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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO
RIO DE JANEIRO
Por:
Lilian Vergna
Orientadora
Mônica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2012
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO
RIO DE JANEIRO
Apresentação de monografia à AVM –
Faculdade Integrada- Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Docência do Ensino Superior.
Por: Lilian Vergna
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que me ajudaram no
decorrer desta caminhada que
contribuiu para que meu sonho se
realizasse, muito obrigada.
3
DEDICATÓRIA
Dedico a todos os meus amigos e
pessoas que me apoiaram no decorrer do
curso.
4
RESUMO
Este trabalho objetiva estabelecer reflexões sobre a docência universitária na
educação superior no Rio de Janeiro. A escolha em discutir a docência superior
advém principalmente de considera a ausência de uma análise mais pontual
acerca das dificuldades que os profissionais enfrentam no cotidiano de suas
práticas em instituições que buscam se afirmar. No fundo, o intuito em
desenvolver tal análise é contribuir, de alguma maneira, com o debate que nos
soa tão crucial neste momento histórico de desafios gigantescos, tanto do
ponto de vista político, quanto acadêmico. Em geral, os docentes do ensino
superior são aqueles profissionais que não fizeram a opção profissional
primeira de ser professor(a). São profissionais das diferentes áreas do
conhecimento, mas que, por alguma razão, acabam chegando a ser professor
do ensino superior. Muitos docentes do ensino superior, ao serem
questionados pela profissão que exercem, identificam-se por outras profissões,
seguido, às vezes, pela identificação de professor universitário, porque
responder apenas professor pode dar margem a uma identidade socialmente
inferior. Inegavelmente, ao longo dos anos, o professor vem perdendo seu
status em virtude de uma deflagrada desvalorização profissional, contribuindo,
sobretudo, para o aprofundamento da proletarização docente
PALAVRAS- CHAVE: Docência, Ensino Superior, Professor
5
METODOLOGIA
A metodologia presente no trabalho foi o da pesquisa
bibliográfica, com o desejo de conhecer as principais variantes referentes à
docência universitária é que foi possível estruturar a pesquisa em questão.
Desta forma foram abordadas diferentes pontos de vista sob o tema em estudo
para que transcendesse à uma visão ampla. Quanto à natureza, o presente
trabalho caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica, baseada em
publicações de autores de reconhecida importância no meio acadêmico e em
artigos veiculados em periódicos indexados pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), neste sentido os
autores que se destacam nesta pesquisa são Fabiana Kauark, Iana Muniz e
Hamilton Werneck. Como pesquisa bibliográfica, teve como objetivo principal
conhecer as formas de atuação do docente universitário, segundo seus
aspectos teóricos e históricos, buscando os conhecimentos necessários para
responder o problema.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................7 CAPÍTULO I- ASPECTOS PRÁTICOS E TEÓRICOS DA PROFISSÃO
DOCENTE...........................................................................................................9
CAPÍTULO II- A EDUCAÇÃO SUPERIOR E SUAS
CARACTERÍSTICAS.........................................................................................18
CAPÍTULO III- PROFESSOR-UM AGENTE DA TRANSFORMAÇÃO..............22 CONCLUSÃO....................................................................................................36 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................38 ÍNDICE.............................................................................................................40
7
INTRODUÇÃO
No presente estudo, será abordada a docência universitária na
educação superior no Rio de Janeiro. Nota-se através da observação das
turmas que há um outro olhar por parte dos alunos e que os mesmos assumem
uma postura de pouca paciência diante dos docentes.
A profissão de professor acarreta grandes responsabilidades pelo fato
de se ajudar a formar a personalidade e o caráter de seres humanos. Neste
caso, observa-se que a devida importância não tem sido dada ao profissional
de educação e essa importância deve ser atribuída a ele, principalmente pelo
discente, que lida diretamente com seu orientador e que, por isso, deve
respeitá-lo para que ele possa realizar seu trabalho de maneira satisfatória e
que resulte no crescimento intelectual do seu aprendiz.
Deve considerar também que seu professor, apesar de estar
hierarquicamente posicionado acima dele, também é humano e, portanto, está
exposto às mesmas circunstâncias que ele: fica doente, tem família e vida
pessoal, devendo ser respeitado e visto como ser que tem o direito de errar.
Outra situação responsável pela estigmatização deste profissional é a imagem
atribuída a ele nos meios de comunicação, a imagem muitas vezes de opressor
daqueles que falam ou escrevem “errado”. É o responsável pela exposição
constrangedora dos discentes, caso eles não correspondam às intenções do
docente.
Sendo assim, o que se pretende ao fazer este estudo é possibilitar uma
reflexão a respeito das principais dificuldades enfrentadas em sala de aula do
professor universitário no Rio de Janeiro, os possíveis motivos responsáveis
por tais dificuldades de relacionamento além de sugestões com o intuito de
ajudar na difícil tarefa de recolocar o professor numa posição de maior
8
destaque, de modo que esse profissional tenha atribuídas as características
que merece por exercer função tão importante na sociedade, a qual tem todas
as suas bases formadas com a ajuda dos seus discentes. No caso específico
do professor universitário, sua importância se dá no fato de que ele é um dos
instrumentos responsáveis pela formação do profissional que atuará em nossa
sociedade.
Certamente, há interesse naquilo que se compreende, e para que se
compreenda algo se faz necessário criar atrativos que cativem o discente para
a disciplina.
A escolha desse tema se justifica pela observação de problemas
variados ocorridos entre professores e alunos, que acabam por resultar no
desinteresse pela disciplina, e consequentemente, influenciando negativamente
na produtividade de outras disciplinas. Pedagogicamente, o tema justifica-se
pelas soluções que serão propostas, pois ajudarão a produzir um aluno mais
interessado nos estudos além de um leitor que sente prazer pelos textos.
Neste sentido, a pesquisa visa colaborar com os professores
universitários afim de que encontrem soluções para a prática docente, assim
como a melhoria da relação professor-aluno que é de fundamental importância
para o andamento dos trabalhos em sala de aula. Desta forma, cria um paralelo
com as outras disciplinas universitárias, ajudando na interdisciplinaridade, na
medida que trabalha assuntos diversificados contribuindo, com maior eficácia
na construção do conhecimento global.
9
CAPÍTULO I
ASPECTOS PRÁTICOS E TEÓRICOS DA PROFISSÃO
DOCENTE
1.1- Educação e processo formativo docente
Conceituar educação é refletir sobre um processo dinâmico e contínuo
que se entrelaça no ensino e na aprendizagem. Se o ensino refere-se ao
instruir, ao fazer saber e outros, a aprendizagem significa buscar informações,
adquirir novos conhecimentos, modificar-se, relacionando, assim, em uma via
de mão dupla onde o professo é o mediador do processo e o aluno o aprendiz,
em uma via em que ambos são indissociáveis, mas são aprendentes.
A educação segundo Durkheim (1973) expressa uma doutrina
pedagógica, que se apóia na concepção do homem e na sociedade:
O processo educacional emerge por meio da família, da igreja, da escola e da comunidade. Pois, para ele, a ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida social tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança determinados números de estados físicos, intelectuais e morais que dele reclamam, sendo, por um lado, a sociedade política em seu conjunto e, por outro, o meio específico ao qual está destinado. (p.44).
Desta forma a educação, o ensino e a aprendizagem na prática
pedagógica, devem estar alicerçados ao ser e ao fazer do professor-educador
a partir da construção da sua identidade e de seus pressupostos filosóficos,
políticos do ser, do mundo e da sociedade que se quer formar.
Nesse sentido, vale ressaltar que, em todo processo educativo, a
competência profissional dos professores e sua capacidade para planejar
situações de aprendizagem, realizar processos de adaptação do currículo e
10
elaborar pautas de trabalhos em equipe adquiriram uma grande relevância, que
parece decisiva para o êxito ou para o fracasso de tal processo, demonstrando
a complexidade e a especificidade de sua função.
Desta maneira, o ambiente sala de aula precisa torna-se um ambiente
ecologicamente cognitivo, ou seja, impulsionador de aprendizagem com
diversos instrumentos didático-pedagógicos, tecnológicos, entre eles:
bibliografias clássica e contemporânea, periódicos, mídias, multimídias,
pesquisas na web, filmes, laboratório vivo, documentários, trabalhos científicos
e outros. (KAUARK, 2011)
Em todo processo educativo, a competência profissional dos professores
e a sua capacidade para planejar situações de aprendizagens, realizar
processos de adaptação do currículo e elaborar pautas de trabalhos em equipe
adquiriram relevância. Essas atitudes são decisivas para o êxito ou o fracasso
do ensino e da aprendizagem.
Portanto, educar e ensinar com excelência é um compromisso com a
construção da identidade do indivíduo, onde o professor possa atender à
realidade pessoal de cada um, respeitando sua diversidade cultural e étnica,
atendendo aos princípios norteadores do conhecimento.
O professor deve ter como ideias primordiais a sua qualificação pessoal,
a formação contínua, atuando como um ser pensante e crítico, modificador de
seu contexto real, capaz de transmitir para seu aluno que ele pode alcançar o
projeto de vida desejado e que pode interpretar e compreender o que está à
sua volta. É preciso que o ensino esteja voltado para a vida, que dê condições
necessárias para que o aprendente eduque-se de maneira consciente e
humana.
No processo formativo, portanto, o professor deve considerar que
nenhum conhecimento se justifica por si mesmo; os alunos é que contam com
seus anseios e com seus projetos pessoais. Assim como um dado nunca se
transforma em informação, se não houver uma pessoa que lhe interprete e lhe
11
dê significado, todo o conhecimento do mundo não vale nada, se não estiver a
serviço da Inteligência, ou seja, dos projetos das pessoas, o que não significa
afirmar que subordinação do conhecimento é a sua aplicabilidade prática, pois
a construção do conhecimento está relacionada à produção e à compreensão
de significados muito mais do que à mera produção de bens matérias.
Essa discussão remete à compreensão de outro elemento importante na
reflexão sobre a associação entre as ideias de competência e de mobilização
de saberes que se refere à sua ligação estreita com as experiências pessoais.
De fato, cada um de nós sempre sabe muito mais sobre qualquer tema
do que consegue expressar em palavras.
Desta maneira, o desafio que tem sido apresentado neste novo milênio
ao professor-educador faz com que ele percorra em eterna busca por
competências. E em atendimento a estas perspectivas, alguns autores e
estudiosos da formação e prática pedagógica elencam competências como
sendo especialmente necessárias a este profissional, para que tenha êxito em
seus empenhos.
A educação em todos os seus momentos históricos sempre
fundamentou os desafios com os quais o homem se defrontou em busca da
modernidade e de suas conquistas tecnológicas. Nos diversos processos da
globalização, ela influenciou e sofreu influências de todos os setores da
sociedade. Afinal, os grandes nomes da história, pequenos, inventores e
memoráveis descobertas sucederam de relações educacionais, formais ou não,
mas oriundas de construções de ensino e aprendizagem.
Na atualidade, os procedimentos e as tecnologias inerentes à então
globalização encontram-se calcados e incidem na velocidade da comunicação
e na qualidade de serviços e produtos, bem como nas atitudes e nos
comportamentos das pessoas, que são tidos como necessários à
competitividade, que tem se formado diante da rapidez da informatização, do
poder de inovação e do apogeu do fazer diferente.
12
Esse contexto leva, mais que em outros tempos, a educação a grandes
desafios quanto às novas competências e a uma maior valorização das
habilidades, também, apreendidas no ambiente escolar, principalmente, para a
efetiva aplicabilidade no mercado de trabalho.
Como afirma Alencar (1996, p. 32), a capacitação para enfrentar este
cenário, altamente competitivo, é o grande desafio atual, e esse desafio a que
se refere o autor tem sido característico das mais diversas organizações.
Poder-se-ia, desta forma, afirmar que tem se sentido, de maneira mais intensa
na atualidade, a necessidade de os espaços escolares se inserirem nessa nova
cultura organizacional de socialização de saber compartilhado com
procedimentos de criatividade e inovação.
Ao tratar da formação de professores, Paulo Freire (1994,p.112) comenta
sobre a liderança destes processos, que deve ser democrática, alerta, curiosa,
humilde e cientificamente competente. Desta maneira, este autor já apontava a
insuficiência do conhecimento científico, ampliando a fronteira dos saberes
necessários para a formação docente.
Se nenhuma autoridade pode ser exercida sem a competência científica,
este conhecimento não é concluso ou conclusivo. É necessária a curiosidade
que nos faz manter a busca constante por novos saberes, ampliando nosso
nível de percepção.
Neste sentido, é ainda Freire(1997) quem nos diz que:
Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Não posso ensinar o que não sei. Mas, este, repito, não é saber de que apenas devo falar e falar com palavras que o vento leva. É saber, pelo contrário, que devo viver concretamente com os educandos. (p.107)
Assim, o educador releva a importância do professor e sua formação
para a prática docente, qualidade esta que deve ser inerente à profissão.
13
O Processo criativo é o que transforma as coisas, mas não
aleatoriamente e, sim, dentro de uma ordem, capaz de sempre percebe
oportunidades de ação produtiva nas diversidades. Quando se age
criativamente, o importante é concretizar o que se pensa, independentemente
da preocupação de não errar ou parecer ridículo. Ser criativo ultrapassa essas
barreiras de conduta que inibem o ser. O indivíduo criativo gosta acima de tudo
de correr riscos.
Segundo afirma Lima (2003), alguns aspectos são peculiares ao ser
criativo. Nesse sentido, ele informa que especialistas concordam que a
curiosidade é característica indispensável e se configura como sendo a
principal definidora do ser criativo; a segunda se refere à inquietude; e por fim o
realismo. Conforme pesquisa do autor:
Criativa é a pessoa que questiona sobre o que está fazendo e como isto pode repercutir para o desenvolvimento do seu perfil profissional e da empresa; é aquele que busca além do esperado; e para tanto se confronta com a realidade, tirando dessa relação novas ideias, levantando diferentes alternativas, infrigindo as limitações.(p.91).
No entanto, diferente do que se pode imaginar, a criatividade não é um
dom, em que uns possuem e outros não, como que uma premiação. De certa
forma, o é, mas não em sua totalidade. Algumas pessoas dispõem de maior
aptidão para criar, outras ainda não se descobriram criadores, atuam como
criaturas a serviço da criação de outrem.
A criatividade é uma habilidade, entretanto, direcionada
organizacionalmente para fins profissionais ou pessoais, decorre de uma
competência aprendida, impulsionada por fatores peculiares a cada indivíduo.
Portanto, a criatividade se apresenta como ferramenta indispensável ao
enfrentamento das diferentes necessidades e performances requeridas das
instituições educativas e de seu produto final: o conhecimento sistematizado.
Para tanto, os professores precisam ser educadores, precisam estar
motivados, ser criativos para construir ambientes propícios ao desenvolvimento
14
das competências de seus alunos. Portanto, a criatividade do professor-
educador se caracteriza como uma das competências fundamentais para o seu
exercício profissional e se define como uma marca pessoal que não pode ser
reduzida ao domínio de um elenco de conteúdos.
Segundo Ramos (apud MOREIRA, 2004), somos reflexo dos nossos
pensamentos, sentimentos e ações. O mundo é somente prova de nossas
capacidades. Se quisermos “mais amor e alegria no mundo, criemos mais amor
e alegria no coração”. O grande desafio dos professores-educadores é “educar
mentes e corações”. (RAMOS,2000)
Os pais confiam seus filhos aos professores e às instituições,
acreditando na capacidade de que ambos terão em orientá-los e ensinar-lhes
habilidades, costumes e competências que os ajudem mais tarde a resistir aos
desafios de mercado e aos sofrimentos e às tentações do mundo. Os
professores-educadores devem ser estudantes vitalícios, engajados não
apenas no mero estudo nas também mergulhados na prática. Somente a
chama de uma lamparina acesa pode acender outras chamas.
O novo desafio para os educadores da sociedade do conhecimento é
ser criativo na preparação e na execução das aulas e, para isso, não basta ser
só dedicado e ter interesse pelo aprendizado do aluno. Hoje o professor-
educador deve ter habilidade de articular, liderar, convencer e desenvolver
talentos nos alunos na efetivação do ensino de qualidade.
1.2- Uma relação de respeito e sabedoria
A partir do momento em que o aluno pisa pela primeira vez em sala de
aula e conhece o seu professor, uma relação de respeito mútuo e
aprendizagem é iniciada. A afetividade no dia adia da sala de aula se reflete na
preocupação com os alunos, reconhecendo-os como seres autônomos,
15
mostrando exigências coerentes e uma atitude de confiança e respeito à
sabedoria e à condição de aprendiz de cada um, o que por si servirá de critério
para a questão da indisciplina em sala de aula.
É importante que o professor perceba-se como facilitador do processo
de aprendizagem pois, quando a relação que estabelece com seu aluno é
pautada no vínculo e no afeto, propicia a ele a oportunidade de: mostrar,
guardar, criar, entregar o conhecimento e permite que o outro possa investigar,
incorporar e apropriar-se do conhecimento. Desta forma há uma relação que
ultrapassa o nível acadêmico e permite que ocorra um olhar diferenciado em
direção ao desconhecido. Com relação a este tópico afirma ANTUNES(2002):
Todos os fundamentos da aprendizagem significativa e toda visão construtivista de inteligência se encontram em um ponto: é impossível ao professor ensinar alguma coisa a alguém se não associar o conceito novo que traz aos conceitos espontâneos que o aluno tem. Constitui assim, tarefa impossível ao ensino o não resgate dos saberes do aluno, presentes em seu mundo imaginário, em seus gostos e desgostos, alegrias e tristezas, sentimentos e emoções. É impossível um verdadeiro trabalho pedagógico sem esse resgate e o mesmo faz com que seja imprescindível ao professor pedir que seus alunos falem, opinem, sugiram, interroguem, contem coisas de seu eu e de seu mundo. Se essa conversa chega ao professor através de entrevista escrita ou oral, conversa individual ou em grupo, importa pouco também. Fato que é, entretanto, impossível esquecer é a imperiosa necessidade de saber os saberes do aluno, para com estes construir-se os saberes da “matéria”. ( p. 15)
Quanto às relações estabelecidas em sala de aula, podemos notar que
as relações aluno-professor foram se modificando ao longo do tempo.
Antigamente os alunos tinham mais respeito para com o professor, tratando-o
como único detentor da sabedoria, sendo também em parte uma relação de
medo, já que este podia até agredi-lo fisicamente caso fizesse algo contra as
regras.
16
Hoje em dia, o respeito é mínimo (quando existe) e os alunos têm outros
meios de acesso ao conhecimento que não o professor, o que faz com a
admiração e o interesse diminuam. Por esse motivo, os professores devem
sempre buscar recursos para tornar a aula mais dinâmica e atrativa para os
alunos. Existe também a relação aluno-aluno que baseia-se no respeito mútuo
nas relações de coleguismo e amizade.
O aluno, ao fazer amigos, busca no colégio, além de um local de ensino,
um local de encontros sociais. Por isso, o educador contemporâneo tende a ser
um mediador, um elemento de conexão e interação das discussões. Ele traz as
problemáticas para serem trabalhadas em sala de aula, e com sensibilidade,
estimula os alunos a falarem, a pensarem, a partilharem suas dúvidas, sem
medo de errar. Nesta lógica, não há certo ou errado, há apenas concepções e
entendimentos diferentes e algumas vezes, antagônicos, que acabam
prejudicando o trabalho em sala de aula. No sentido do conhecimento pessoal
e disciplina dos alunos Antunes(2002) nos diz:
É difícil para quem possui muitas turmas conhecer todos os alunos. Mas o importante é não confundir a circunstância de lembrar-se de seus nomes como o fato de efetivamente conhecê-los. Constitui assim alicerce básico na qual a estrutura disciplinar de uma classe se apóia o respeito que o professor desperta em seus alunos pelo conhecimento que tem, pela paixão com que o transmite pela organização de seu plano de aula e pela coerência incontestável de suas perguntas. (p. 32-37)
Fica cada vez mais evidente, a importância de se estabelecer e construir
uma relação de respeito e sabedoria entre o aluno e o professor a fim de
permitir uma maior interação e eficácia na aprendizagem, propiciando assim
como conseqüência a tão sonhada qualidade de ensino. Neste aspecto
ANTUNES(2002) resume de forma eloqüente uma das maneiras de existir um
bom relacionamento entre o professor e seu aluno:
17
Ser amigo dos alunos, compreensivo e companheiro, ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo de construção do conhecimento, agindo como agente entre os objetos do saber e a aprendizagem, ser para o aluno seu decifrador de códigos e receptor de suas muitas linguagens, significa estabelecer limites e construir democraticamente uma interação onde em lugar da opressão e da prepotência eleva-se a dignidade de quem educa, a certeza de quem planta amanhãs. (p. 60)
Assim, certamente o processo de aprendizagem se dará por prazer e
não por força, apesar das grandes barreiras que são encontradas ao longo
desse grande caminho que é a educação.
18
CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO SUPERIOR E SUAS CARACTERÍSTICAS
2.1- Aspectos históricos e teóricos
O ensino superior compreende normalmente estudos de graduação e
estudos de pós-graduação, bem como estudos e formação de natureza
vocacional. O ensino superior é realizado em estabelecimentos genericamente
conhecidos como "instituições de ensino superior", que podem incluir
instituições universitárias - como as universidades, as faculdades e os colégios
universitários - e instituições de ensino superior técnico e vocacional - como os
politécnicos, as escolas superiores e os colégios comunitários nos EUA.
A realização de cada um dos ciclos do ensino superior confere
geralmente um certificado, um diploma profissional ou um grau académico.
Como normalmente é espectável que um aluno do ensino superior tenha um
desempenho substancialmente superior ao de um aluno dos outros níveis de
ensino, é frequente uma elevada taxa de abandono do ensino sem a obtenção
de um diploma ou grau de final de curso.
O ensino superior inclui normalmente estudos, investigação, trabalhos
práticos e, ocasionalmente, atividades sociais realizadas no âmbito da
instituição de ensino superior. No âmbito dos estudos, os mesmos incluem
tanto os de nível de graduação (referido ocasionalmente como "ensino
terciário") como os de nível de pós-graduação. Este último nível normalmente é
realizado apenas por alunos com qualificações muito altas que pretendem
aprofundar os seus estudos e a sua proeficiência para lá do que seria
necessário para o simples exercício profissional. Em alguns sistemas
educativos - particularmente nos de modelo anglo-saxónico - a nomenclatura
utilizada é diferente, sendo o nível de graduação referido como de
19
"subgraduação" (undergraduate) e o de pós-graduação referido como de
"graduação" (graduate).
No Brasil, a educação superior é composta por cinco modalidades:
cursos sequenciais, os quais podem ser de formação específica, (que conferem
diploma), ou de complementação de estudos, que oferecem certificado de
conclusão; graduação, que compreende: bacharelado; licenciatura; tecnológico.
pós-graduação, composta pelos níveis de especialização (pós-graduação lato
sensu), mestrado e doutorado (pós-graduação stricto sensu); extensão,
representada por cursos livres e abertos a candidatos que atendam aos
requisitos determinados pelas instituições de ensino.
Esses cinco tipos de cursos superiores são ministrados em instituições
diversas, como as universidades, os centros universitários e as faculdades.
Existem ainda outras denominações, como institutos superiores, escolas
superiores e faculdades integradas, por exemplo.
As instituições de ensino superior são públicas ou privadas. As
instituições públicas são criadas e mantidas pelo poder público nas três esferas
- federal, estadual e municipal. As instituições privadas são criadas e mantidas
por pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos.
Nas instituições públicas, o ensino superior de graduação e pós-
graduação stricto sensu é gratuito, por força de norma constitucional. Já em
relação à pós-graduação lato sensu, diversas dessas instituições cobram
mensalidades de seus alunos, o que é objeto de crítica por parte de
profissionais da educação, além de constituir prática de duvidosa legalidade.
No que se refere às instituições privadas, há cobrança de mensalidades
tanto na graduação como na pós-graduação. Considerando a existência de
uma grande amplitude valores, alunos de diferentes classes econômicas têm
acesso ao ensino superior oferecido por essas instituições. Além disso, existem
programas de incentivo (bolsas de estudo) oferecidos tanto pelo governo
federal, na forma do ProUni, como pelos governos estaduais - Programa
20
Escola da Família em SP, por exemplo; além disso, várias instituições possuem
programas internos de bolsas de estudo.
Há uma ampla oferta de cursos de graduação noturnos, que permitem
aos já inseridos no mercado de trabalho (que em sua maioria exercem suas
atividades profissionais durante o dia) frequentar o ensino superior;
paradoxalmente, porém, essa oferta concentra-se principalmente nas
instituições privadas, embora nos últimos anos venha se registrando uma
movimentação do sistema público para incremento da oferta de vagas em
cursos noturnos.
A discussão sobre as perspectivas futuras do ensino superior pode ser
concentrada no exame de duas questões centrais: a possibilidade de
transformar a estratificação que hoje existe em uma diferenciação real e a de
traduzir o corporativismo que hoje paralisa o sistema em formas autênticas e
adequadas de autonomia.
Estas duas questões dependem de uma terceira, que é a da eventual
tendência à substituição da lógica do controle institucional e formal, que até
hoje predominou, por mecanismos semelhantes ao de mercado. Estas
questões estarão condicionadas à expansão que o ensino superior deverá ter,
e que, ainda que não repita as altas taxas de crescimento das décadas
anteriores, devida à incorporação do contingente feminino e dos estudantes
noturnos, deverá sem dúvida reagir de forma vigorosa ao represamento
ocorrido nos últimos 10 anos.
A evolução intelectual a níveis de aprendizagem contemporanea
proporciona ritmos dispares dos 'antes' intelectuais, oferecendo-se a ciclos
mais espaçados de evolução no conhecimento. O saber enquanto percurso de
aprendizagem escolar proporciona-se a ritmos diferentes. os ritmos de
capacidade de conhecimento após a adolescência propõem-se intervalar para
idades mais experientes, a níveis de produção de trabalho efetivo, com novos
ciclos de aprendizagem escolar, permitindo uma apreensão direcionada para o
campus de especificidade social mais capaz e com capacidade resoluta a
21
níveis de estabilidade e conhecimento propensas à elevação intelectual das
faculdades modernas. A aprendizagem escolar com ciclos repensados e
adaptados à realidade moderna e à sua evolução enquanto capacidade de
conhecimento e apreensão promovem um reajuste rítmico mental e uma
educação voltada para as necessidades de conhecimento.
22
CAPÍTULO III
PROFESSOR – UM AGENTE DA TRANSFORMAÇÃO
3.1- A disciplina e a didática transdisciplinar
A palavra “disciplina” tem suas origens na tradição milenar das
doutrinas, seus mestres e seguidores. Os seguidores de doutrinas proclamadas
por mestres são chamados de “discípulos”. A fidelidade do discípulo para com
seu mestre e sua doutrina é verificada pela maneira como o discípulo se
manifesta em relação ao mestre e sua doutrina. A esta maneira de demonstrar
a fidelidade, dá-se o nome de “disciplina”. Durante a Idade Média, esta
fidelidade se tornou tão rigorosa que os religiosos, seguidores do Cristianismo
dominante, utilizavam de objetos de autoflagelação para não pensarem e não
agirem por um instante sequer de forma que desrespeitasse a doutrina que
decidiram seguir.
A imposição da ciência disciplinar e disciplinada, entretanto, mostrou
seus limites e, já em meados da primeira metade do século XX, os
pesquisadores começavam a falar em pluridisciplinaridade, para designar a
necessidade de várias disciplinas tratarem de um mesmo fenômeno do
conhecimento, e, logo mais, na década de 60, perceberam a necessidade de
uma interdisciplinaridade. O surgimento destas novas formas de abordar o
conhecimento evidenciava limites do método moderno, apontava para a
construção de uma epistemologia da vida, onde sujeito, objeto, sociedade,
mundo fazem parte do fenômeno do conhecimento. Segundo Maria Cândida
Moraes,
A interdisciplinaridade não surgiu de um modo isolado, mas ligada a um
movimento de renovação paradigmática e social muito mais amplo e profundo
23
relacionado à compreensão do funcionamento da realidade social, além dos
aspectos de mudança epistemológica que estavam sendo requeridos na época.
(MORAES, 2008, p. 128).
A Didática transdisciplinar é aquela que possibilita ao ser o contato com
a disciplina, transcendendo-o por meio de caminhos que comtemplem a
inteireza e a multidimensionalidade humana. A experiência educacional parte
da necessidade de caminhadas coletivas, colaborativas, e encontramos aí um
desafio a mais... A formação de um grupo de aprendizagem que se constitua
como um todo, sendo simultaneamente mais e menos que a soma das partes.
Por meio da educação, vivemos a sociedade possível e procuramos criar
condições para transformá-la na sociedade almejada. Almejada por quem? Por
nós mesmos e pela compreensão que vamos construindo, no processo de
individuação do ser, no processo de conscientização.
Para isso, não podemos desprezar nenhum pesquisador ou pensador.
Considerando a imensidade de ideias e teorias educacionais ou com
implicações em educação, no contato com as disciplinas, buscamos a
estruturação de um repertório próprio, que nos permita dar consistência à
nossa própria maneira de entender e atuar em educação. A
multidimensionalidade humana e a multirreferencialidade da realidade devem
ser levadas em conta na formulação de propostas didáticas.
Coerentemente, não há modelos, não há receitas de procedimentos que
devam ser seguidos. Mas há de se compreender o caminho e os caminhantes.
Há de ter percorrido anteriormente sendas de conhecimento e transcendência.
Aprendizagem integrada, segundo Maria Cândida Moraes e Saturnino de
La Torre (2004), é um processo que permite a construção, por parte do
educando, de novos significados e novos sentidos sobre si mesmo e a
sociedade/ natureza que o rodeiam. Esta construção é possível pelo
desenvolvimento de habilidades cognitivo-emocionais a partir de estímulos
multissensoriais que impactam não só o raciocínio mas também os
sentimentos, propiciando mudanças em atitudes e valores.
24
Os cenários para uma aprendizagem integrada devem considerar a
inteireza humana e a multirreferencialidade da realidade, envolver e criar
condições para atitudes de abertura, flexibilidade, tolerância, respeito e
trabalho colaborativo, possuindo ainda, em seus temas e estratégias, a reflexão
sobre a vida como bem maior.
Tais cenários contemplam a pesquisa científica e o desenvolvimento de
habilidades de pensamento complexo, compreendendo o todo a partir das
partes, das suas relações e das propriedades emergentes, sendo capaz de
identificar a recursividade e a retroatividade circular, os movimentos de auto-
organização no próprio processo de aprendizagem, as relações do sujeito
aprendente com a realidade observada, formando um novo sistema, também,
complexo em sua formação.
Sendo assim, consideramos que o trabalho de formação em uma
abordagem transdisciplinar pode oferecer subsídios para a compreensão e a
superação dos desequilíbrios constatados, necessidades apontadas por
gestoras e educadoras e dificuldades cotidianas decorrentes em ambas as
instituições. Considerando a transdisciplinaridade como postura perante o
conhecimento, que vai além da disciplina, articulando Ciência, Artes, Filosofia e
Tradições, que reconhece a multidimensionalidade humana e os múltiplos
níveis de realidade, permitindo ao ser a interconexão com a natureza, com o
outro, consigo mesmo, alicerçando a ética, ampliando as suas potencialidades
humanas, na busca do bem comum (ARNT, 2007), vamos em busca de uma
proposta de formação docente, contextualizada nos cenários encontrados, que
seja coerente com esta concepção.
Ao tratar da formação de professores, Paulo Freire (1994,p.112)
comenta sobre a liderança destes processos, que deve ser democrática, alerta,
curiosa, humilde e cientificamente competente. Desta maneira, este autor já
apontava a insuficiência do conhecimento científico, ampliando a fronteira dos
saberes necessários para a formação docente. Se nenhuma autoridade pode
ser exercida sem a competência científica, este conhecimento não é concluso
25
ou conclusivo. É necessária a curiosidade que nos faz manter a busca
constante por novos saberes, ampliando nosso nível de percepção.
Neste sentido, é ainda Freire (1997) quem nos diz que,
Como professor, não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha. Não posso ensinar o que não sei. Mas, este, repito, não é saber de que apenas devo falar e falar com palavras que o vento leva. É saber, pelo contrário, que devo viver concretamente com os educandos.(p.104)
A busca da coerência entre o que falamos, entre a concepção
educacional que levamos em nossa proposta em nossa proposta e nossa ação,
faz-nos mergulhar na retroatividade, ou princípio da causalidade circular
(MORIN, 2000b), segundo o qual o efeito retroage sobre a causa,
transformando-a.
A busca da coerência nos leva à liderança democrática e à ecologia das
ações, preconizada por Edgar Morin (1990). As ações, ao serem
desencadeadas, seguem trajetória própria, pelas interações que propiciam,
escapando das intenções de quem as planejou. Assim, consideramos a
necessidade da negociação constante com as educadoras, parceiras no
processo de formação, coautoras das ações.
A liderança democrática pressupõe a abertura ao inesperado, ao aleatório,
às emergências. Essa abertura e flexibilidade configuram a estratégia, a
criação de um cenário onde constantemente as certezas e as incertezas são
examinadas, podendo gerar transformações no planejamento inicial. Essa
forma de atuação, entretanto, não traz quebra dos compromissos assumidos,
traduzidos na intencionalidade do fazer pedagógico, nos objetivos traçados e
acordados.
Nesse cenário, emerge a necessidade de formação de uma consciência
coletiva de que o mundo por nós habitado é cada vez mais plural e complexo.
A ciência e a educação não devem fragmentar o conhecimento, pois assim
prejudicam os saberes embasados nos valores humanos, éticos, de
26
colaboração e convivência social que deveriam acompanhar todo o processo
de construção desse conhecimento. A preocupação precisa estar voltada para
a integração dos valores humanos na gestão do conhecimento e nas práticas
formativas. Por isso, faz-se necessária a construção de um olhar
transdisciplinar e da ecologia dos saberes para que os valores humanos de
liberdade, solidariedade, convivência, harmonia e equilíbrio com natureza
sejam eixos na formação do cidadão planetário.
A ecologia dos saberes tem como ponto de partida a tecnociência,
capaz de desenvolver talentos tanto para a ciência como para a construção da
paz, além de transpor barreiras de conhecimentos específicos na busca de um
sentido mais profundo e sólido para a vida.
No que se refere ao aluno, conhecê-lo é reconhecer a pessoa que há
dentro de cada um. O indivíduo que se alegra e se angustia, que se emociona
e se envolve e, conhecendo-o, saiba como entusiasmá-lo para o trabalho.
Pensar a atuação do professor desta forma é percebê-lo atuando em uma
docência transdisciplinar.
Segundo a Carta da Transdisciplinaridade (1994):
Uma educação autêntica não pode privilegiar a abstração no conhecimento. Deve ensinar a contextualizar, concretizar e globalizar. A educação transdisciplinar reavalia o papel da intuição, da imaginação, da sensibilidade e do corpo na transmissão dos conhecimentos.(art. 11)
Para uma atuação pedagógica transdisciplinar, há de se abrirem
possibilidades para a visão da não-linearidade dos processos de interação e
conseqüentes aprendizagens, mesmo considerando que a linearidade está
presente nos ambientes educacionais. O pensamento não linear implica outras
possibilidades de resolução para os problemas antigos e novos, e não somente
aqueles que já são conhecidos há tempos.
Para mediar adequadamente os processos de ensino e aprendizagem, o
professor necessita possuir características, atitudes e conhecimentos que lhe
27
permitam criar uma situação de aprendizagem com seus alunos, bem como
procurar ser autêntico, desenvolvendo um estilo de ensino próprio.
Enquanto pessoa que se relaciona com outras, neste caso com seus
alunos, cabe ao professor, com uma abordagem transdisciplinar, procurar sua
atuação na liberdade e para a liberdade; viver sua própria vida sem interferir no
livre arbítrio das demais pessoas; educar no amor, visto que todos, além do
direito de serem instruídos, têm a necessidade de serem amados; fomentar a
autodisciplina, ajudando a desenvolver, desde cedo, valores de
responsabilidade.
Assim, ao trabalhar com todos os canais de comunicação, estimulando os
distintos tipos de expressão – imagens, gestos, palavras; estimular o interesse
por descobrir e por investigar, já que uma das formas mais eficientes de
aprendizagem é aquela que ocorre pela descoberta por si mesmo; estar em
contínua renovação, ou seja, não cair na rotina; cuidar das capacidades do
aluno, tendo em conta suas atitudes e possibilidades; empregar a
heteroavaliação com a intervenção de todos aqueles que participam do
processo educativo; dar confiança às relações, criando um ambiente que
permita superar o medo da exposição nas tentativas de acerto; e trabalhar em
equipe, procurando auxiliar o desenvolvimento de atitudes de respeito,
compreensão e participação.
Quando se pensa em transformar uma prática docente transdisciplinar,
há a necessidade de perceber o conhecimento disciplinar sob a ótica da
complexidade e pensar com o auxílio dos operadores cognitivos do
pensamento complexo. Outra forma, não separada da primeira, é olhar para o
docente e auxiliá-lo a cultivar o tempo de ser, a buscar uma reflexão atenta, a
compreender o que é os processos que há no mundo, tentando compreender
que a complexidade que a complexidade implica uma reforma do pensamento.
28
Segundo Edgar Morin (2000):
é necessário buscar consciência para tudo o que fazemos, acolhendo, no caso do professor, as partes; olhar para os alunos, criando circunstâncias de comunhão, em um planejamento conjunto; e estar pronto para construir suas próprias histórias, utilizando os operadores cognitivos. Nessa perspectiva, esse caminho deve ser uma escolha pessoal, própria, vinda de uma reflexão interior sensata.(p. 15)
Ao se falar em uma prática inovadora na educação, não se pode afastar
o homem estreitamente vinculado com sua mudança interior. Isto representa
dizer mudar o foco do olhar e do agir, do pensar e do pensar e do sentir, do
relacionar e do conviver com o mundo, com o meio, com os outros e,
principalmente, consigo mesmo.
A complexidade, a transdisciplinar, a criatividade e o humanismo, em uma
relação estabelecida em prol de um parâmetro para mudanças pessoais, são
cada um deles referencias importantes para essa empreitada.
Na educação, podemos utilizar desses referenciais, e outros até, a fim de
auxiliar a reflexão sobre a responsabilidade que cada um tem para com a
harmonia das relações supracitadas na busca da melhoria das relações entre
pessoas, entre pessoas e coisas,entre pessoas e animais, entre pessoas e
natureza e entre pessoas e mundo.
Essas reflexões perpassam a amorosidade, a autodisciplina e o
desenvolvimento de valores, como solidariedade, respeito, consideração, ética,
cidadania e outros. Sim, chegamos ao século XXI com problemas sociais,
humanos, éticos e institucionais, sem esquecer de citar os problemas
educacionais.
De já conhecidos que são, e remanescentes de outras épocas que são,
não se pode pensar em tratá-los da forma como se operava. A reforma do
pensamento, utilizando a teoria da complexidade e da transdisciplinaridade
como referenciais de ação transformadora, amparam-nos com uma nova força
para tentar superar essas dificuldades.
29
3.2- O docente e seu papel transformador
De acordo com os PCNs (1997), como princípio, o espaço escolar
caracteriza-se como um espaço de diversidade. O caráter universal do ensino
fundamental, definido em lei, torna a escola um ponto de convergência de
diversos meios sociais, traz para o seu seio os mais variados valores
expressos na diversidade de atitudes e comportamentos das pessoas que a
integram. Como instituição permanente, defronta-se com o desafio da
constante mudança em seu interior.
Coloca-se para a escola a questão de como enfrentar o conflito entre
suas normas e regras e aqueles valores que cada um de seus membros traz
consigo. Tal conflito traduz-se frequentemente em problemas que, se não são
novos, têm se tornado cada vez mais relevantes no espaço escolar, como, por
exemplo, a indisciplina e a violência, portanto, a necessidade de problematizá-
las na perspectiva de uma formação moral. Logicamente o supervisor escolar,
em suas ações, pode delinear o início de uma nova era educacional, onde haja
mais coletividade e o ensino seja buscado com qualidade, priorizando o aluno e
valorizando as experiências significativas.
A organização da escola e de seus espaços faz com que a gestão
democrática tenha papel atuante dentro da instituição de ensino, antes disso
faz-se necessário redefinir os conceitos e formas de democracia no seio da
escola pública, oportunizando a participação dos diferentes segmentos dentro
do contexto escolar.
O contexto educacional deve ser compreendido sob diferentes
dimensões, levando-se em conta os olhares de cada participante desse
processo de ensino e aprendizagem que ocorre também em diversas
dimensões; todos aqueles que dele participam contribuem para a
aprendizagem do outro, não se excluindo ninguém das interferências exercidas
mutuamente nesse momento.
30
Dele, participam, obviamente, o professor, o aluno, a Coordenação
pedagógica, a Direção escolar e por que não falar do porteiro que recebe todos
logo na entrada da escola: o pessoal da merenda, da limpeza e outros.
A prática educativa não se resume nos educadores, mas no processo
social envolvendo todos os agentes na busca de educação de qualidade, para
isso é necessário planejar. Cabe ao gestor buscar a articulação com todos
interessados na educação e combate a indisciplina e isto implica uma gestão
capaz de interagir com todos os segmentos da comunidade. Se a escola é o
lugar da construção da autonomia e da cidadania, a avaliação dos processos
sejam eles da aprendizagem, da dinâmica escolar ou da própria instituição, não
deve ficar sob a responsabilidade apenas de um ou de outro profissional tanto
da coletividade, como cada um em particular.
O professor é essencial para o estabelecimento da relação entre o ensino
e a aprendizagem. O desempenho do seu papel é essencial para a criação de
um clima adequado, favorecedor de aprendizagem dos seus alunos. Muito se
fala acerca do papel do professor em sala de aula e na sua relação com seus
alunos, entretanto sabemos que isso não é suficiente; muito ainda se deva
refletir, discutir e propagar sobre as implicações de sua ação em um ambiente
de aprendizagem.
É interessante discutir, além dos atributos profissionais necessários à sua
atuação como mediador da aprendizagem, o que é importante para sua prática
docente, os atributos pessoais para tal, e isso compreende pensar sobre novas
dimensões para aula e novas competências para o professor.
Segundo Ramos (apud MOREIRA, 2004), somos reflexo dos nossos
pensamentos, sentimentos e ações. O mundo é somente prova de nossas
capacidades. Se quisermos “mais amor e alegria no mundo, criemos mais amor
e alegria no coração”. O grande desafio dos professores-educadores é “educar
mentes e corações”. (RAMOS,2000)
31
Os pais confiam seus filhos aos professores e às instituições,
acreditando na capacidade de que ambos terão em orientá-los e ensinar-lhes
habilidades, costumes e competências que os ajudem mais tarde a resistir aos
desafios de mercado e aos sofrimentos e às tentações do mundo. Os
professores-educadores devem ser estudantes vitalícios, engajados não
apenas no mero estudo nas também mergulhados na prática. Somente a
chama de uma lamparina acesa pode acender outras chamas.
Se o professor perder a motivação terá perdido tudo. Como
consequência, não terá compromisso com seus alunos nem com o
desenvolvimento de sua profissão, não se interessará pela formação
continuada, podendo até, por uma questão behaviorista que muitos educadores
condenam, pensar que, se o salário aumentar, seu trabalho terá uma mudança
significativa.
Não se pode falar em uma educação comprometida, libertadora, onde
saber e sabor estejam juntos, nem se pode conceber uma educação moderna
sem criatividade, empreendedorismo e espírito de aventura, sem nomearmos o
escotismo como uma dessas escolas livres, ao ar livre e para educar um
cidadão livre e responsável, capaz de compreender as necessidades de seus
semelhantes porque vivem as mais complexas situações que a própria
natureza cria em todos os lugares e em todos os acampamentos. (WERNECK,
2007)
3.3- A gestão e o apoio ao docente
A formação ética é uma das alternativas e uma das respostas possíveis
da educação aos apelos do tempo atual. Essa resposta insere-se no princípio
da liberdade de escolhas do ser humano para uma vida pessoal e social de
melhor qualidade. A formação ética é então, parte da educação para a
consciência de limites, que definem valores e paramétrios de condutas.
No que diz respeito à Gestão Democrática da Escola, precisamos
salientar que Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
32
e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação
básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das
comunidades escolares e locais em conselhos escolares. Devemos enfatizar
então que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz
sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da
sociedade.
A educação é o objeto de estudo da escola,ela é um instrumento
primordial que viabiliza a prática da gestão democrática,pois seu papel é dirimir
a filosofia,o pensamento,o comportamento e as relações humanas que os
alunos necessitam para viver numa sociedade,pois dessa forma estarão aptos
a construir uma visão sólida e crítica da realidade educativa,buscando
alternativas coletivas para os problemas no âmbito social e escolar.
Desta forma, gestão democrática da educação está vinculada aos
mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que propõem a
participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na
tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição;
na execução das resoluções colegiadas; nos períodos de avaliação da escola e
da política educacional. Com a aplicação da política da universalização do
ensino deve-se estabelecer como prioridade educacional a democratização do
ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da
qualidade social da educação.
As atitudes, os conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e
competências na formação do gestor da educação são tão importantes quanto
a prática de ensino em sala de aula. No entanto, de nada valem estes atributos
se o gestor não se preocupar com o processo de ensino/aprendizagem na sua
escola. Os gestores devem também possuir habilidades para diagnosticar e
propor soluções assertivas às causas geradoras de conflitos nas equipes de
trabalho, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e
33
técnicas que possibilitem a melhor administração do tempo, promovendo
ganhos de qualidade e melhorando a produtividade profissional.
A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia educacional
para democratizar o processo ensino-aprendizagem,então é de suma
relevância para um gestor implementar novas forma de administrar em que a
comunicação e o diálogo estejam inseridos na prática pedagógica do
docente.Cabe ao gestor assumir a liderança deste processo com competência
técnica e política.
Ainda sobre o assunto, não podemos esquecer que a partir da Gestão
Democrática de ensino, será possível um trabalho em conjunto com a ação dos
especialistas em educação, neste caso os orientadores e supervisores
educacionais, que com os seus esfroços múltiplos, aliados às boas práticas
pedagógicas, irão fortalecer a escola que queremos, tendo portanto,
consequeências positivas para toda a sociedade brasileira.
Os profissionais que atuam na escola contemporânea têm consciência
de que, dentro de uma perspectiva democrática de escola , tem um papel
relevante. É preciso, no entanto rever concepções e buscar, com o coletivo da
escola , novas propostas pedagógicas que visem atender às necessidades às
necessidades atuais, as quais exigem que a escola cumpra sua funão social,
desenvolvendo ações voltadas paa a humanização e a transformação da
realidade atual.
Portanto os problemas educacionais manifestados são reduzidos à
condição de problemas meramente técnicos, cabendo exclusivamente aos
especialistas da educação a árdua tarefa de saná-los. Assim percebemos que
a problemática da hierarquia de poder se manifesta na área da educação no
momento em que há a separação radical: de um lado os que sabem, planejam
e decidem.
34
Várias mudanças na política da administração da educação brasileira, o
discurso legal e político proporciona mais participação da sociedade inclusive
com responsabilidade financeira, o Estado passa a permitir e incentivar várias
formas de gerenciamento escolar, aparentemente mais democrática. As
políticas públicas evoluem, buscam soluções para o gerenciamento e a
qualidade educacional mediante a parceria com os que fazem acontecer no
cotidiano da escola. A participação no processo educacional é condição
essencial para a vivência democrática e para o exercício pleno da autonomia, o
que impõe desafios constantes para a comunidade escolar e local.
Segundo Libâneo (2004) , na gestão participativa a avaliação, tem o
objetivo de aferir a qualidade de ensino e das aprendizagens dos alunos e,
para isso, trata-se de perceber a relação entre a qualidade da oferta dos
serviços de ensino e os resultados do rendimento escolar dos alunos, cujas
avaliações destacam-se a avaliação do sistema escolar, avaliação da escola e
avaliação dos alunos.
Resumindo, a escola é uma instituição social com objetivos a serem
atingidos, sua tarefa básica é o ensino, sua organização é a que melhor
colabora para o trabalho docente, o desenvolvimento dos conteúdos que estão
ligados à construção de alunos cidadãos, participativos na sociedade em que
vivem. Se por um lado a gestão democrática é uma atividade coletiva
implicando a participação e objetivos comuns, por outro depende também de
capacidades e responsabilidades individuais e de uma ação coordenada e
controlada buscando um consenso.
A escola participativa deve ter programas bem projetados e aplicados
com perspectivas do crescimento e desenvolvimento de seus profissionais.
Envolvendo os professores, assim como os pais na seleção dos diretores da
escola, fortalecendo a abordagem participativa da gestão escolar. Da mesma
forma, envolver os professores no processo de avaliação do seu próprio
desempenho, assim como na identificação de suas próprias necessidades,
para alcançar o seu desenvolvimento profissional, ajudando a aprimorar a
35
eficácia educacional nas escolas cujos objetivos e planos para a melhoria estão
bem articulados e apoiados por toda a sua comunidade.
36
CONCLUSÃO
Nesta monografia procurou-se mostrar as questões referentes sobre a
Prática docente e o ensino superior no Rio de Janeiro e o e os elementos
indispensáveis à sua prática. Neste sentido foram salientados os aspectos
teóricos e históricos sobre a prática docente no Brasil . No que concerne sobre
a prática da educação em nível superior universitária, foi possível verificar as
possibilidades de melhoria e agregação profissional dos profissionais de
educação de diversos segmentos. Ainda sobre o assunto, podemos dizer que
no quesito educação, a prática docente tem aspecto significativo na vida das
pessoas, pois de inúmeras maneiras atrai novos estudantes para a formação
profissional na qual os alunos acabem demonstrando sua vocação.
Ainda sobre a educação superior, podemos dizer que hoje, a educação é
um elemento fundamental no desenvolvimento social e econômico e que o
ensino no Brasil é insatisfatório diante dos padrões internacionais tanto na
quantidade quanto na qualidade, por isso, com o processo de autonomia das
escolas, surge o falar de uma educação democrática, de uma escola
participativa e de qualidade, no qual a organização do trabalho pedagógico é
uma estratégia educacional para democratizar o ensino-aprendizagem.
O estudante universitário hoje precisa construir conhecimento a partir do
que faz. Para isso ele também precisa ser curioso, buscar sentido para o que
faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos. Em geral temos
a tendência de desvalorizar o que fazemos na Faculdade e de buscar receitas
fora dela quando é ela mesma que deveria governar-se. É dever dela, ser
cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de governar e controlar o
desenvolvimento econômico e o mercado. A Universidade precisa dar o
exemplo, ousar.
Essa ousadia está vinculada às práticas pedagógicas, que são fruto da
soma de condições objetivas e do compromisso de todas as pessoas
37
participantes do cotidiano da Universidade com a qualidade de ensino que será
oferecido a cada aluno, qualidade esta, ligada essencialmente à educação e ao
conhecimento, sendo uma típica competência humana no seu desdobramento
formal e político, visando assegurar aprendizagens significativas para as
necessidades e o sucesso do aluno.
Para isso, é necessário ter condições objetivas: a formação inicial e
continuada dos professores, a capacitação dos funcionários, o modelo e os
procedimentos da gestão, a infraestrutura e as condições materiais
pedagógicos, a definição clara dos objetivos a que a Universidade se propõe
em relação à formação dos estudantes, o grau de participação de professores,
funcionários, alunos, pais e parceiros da Faculdade, a possibilidade de trabalho
permanente e desenvolvido, e a boa articulação com a rede e com seus
organismos de gestão.
Conclui-se que nos dias atuais, a educação vai abrir um caminho para
que seus estudantes desenvolvam aptidões e habilidades, demonstrando,
assim, que, apesar dos limites inerentes a qualquer um, a sensibilidade
humana é inigualável, única e presente em qualquer indivíduo. A presença
docente vai ajudá-lo a ser valorizado e respeitado dentro de um contexto social
que o vê como um ser incapaz. Portanto, a partir da Universidade vai
demonstrar que a uma nova visão seja observada, a fim de que todos tenham
um espaço Universitário com a prática docente eficiente com objetivos comuns.
38
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WERNECK, Hamilton. Professor: agente da transformação / Hamilton
Werneck – Rio de Janeiro: Wak Ed., 2008. 112p. : 21cm
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO.............................................................................................1
AGRADECIMENTO.............................................................................................2
DEDICATÓRIA....................................................................................................3
RESUMO.............................................................................................................4
METODOLOGIA..................................................................................................5
SUMÁRIO............................................................................................................6
INTRODUÇÃO....................................................................................................7
CAPÍTULO I -ASPECTOS PRÁTICOS E TEÓRICOS DA PROFISSÃO DOCENTE...........................................................................................................9 1.1- Educação e processo formativo docente......................................................9 1.2- Uma relação de respeito e sabedoria.........................................................14 CAPÍTULO II- A EDUCAÇÃO SUPERIOR E SUAS CARACTERÍSTICAS......18 2.1- Aspecos históricos e teóricos....................................................................18 CAPÍTULO III- PROFESSOR- UM AGENTE DA TRANSFORMAÇÃO..........22 3.1- A disciplina e a didática transdisciplinar....................................................22 3.2- O docente e seu papel transformador.......................................................29 3.3- A gestão e o apoio ao docente..................................................................31 CONCLUSÃO....................................................................................................36 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................38 ÍNDICE...............................................................................................................40