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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM: Um Estudo de Caso no Município de Ituberá-Bahia ANDRÉ ROQUE SACRAMENTO MACEDO ORIENTADORA: Profª. Vera Lúcia Agarez Salvador 2009

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM: Um Estudo de Caso no

Município de Ituberá-Bahia

ANDRÉ ROQUE SACRAMENTO MACEDO

ORIENTADORA:

Profª. Vera Lúcia Agarez

Salvador 2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM: Um Estudo de Caso no

Município de Ituberá-Bahia

ANDRÉ ROQUE SACRAMENTO MACEDO

Trabalho monográfico apresentado como

requisito parcial para obtenção do Grau de

Especialista em Educação Ambiental, tendo

como orientadora a Profª. Vera Lúcia Agarez.

Salvador 2009

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por me privilegiar com a oportunidade e a força para realizar mais

uma etapa e minha formação;

A minha esposa pela compreensão e ajuda na construção deste trabalho;

Aos professores orientadores Vera Lúcia Agarez e Leonardo Costa;

Ao amigo Ary José que forneceu dados importantes sobre o lixo local;

E, a todos os colegas que colaboraram direta e indiretamente com a

construção desta monografia.

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Dedico este trabalho a minha esposa, Joelma Rocha

Lima Macedo, pelo amor incondicional a mim

manifestado, mesmo diante da ausência física do

esposo em função da labuta do dia-a-dia entre as

obrigações profissionais e acadêmicas.

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Não são as espécies mais forte que sobrevivem,

nem as mais inteligentes, e sim as que respondem

melhor a mudança.

Charles Darwin

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RESUMO

A sociedade contemporânea exige que o cidadão desenvolva atitudes responsáveis de forma que possa viver com responsabilidade sem comprometer a instabilidade do planeta. Diane disto é importante que as escolas promovam uma educação conscientizadora agindo como instrumento de transformação social. Com a finalidade de constatar essa prática, foi desenvolvida uma pesquisa com os alunos e professores de duas escolas do município de Ituberá-BA, a fim de verificar a percepção a respeito dos problemas ambientais; as praticas para minimização desses problemas; e sobretudo verificar se alunos conhecem a existência de programas de coleta seletiva e reciclagem de lixo na cidade. A metodologia utilizada para esse trabalho foi desenvolvida em duas etapas, primeiramente a pesquisa bibliográfica para a fundamentação teórica, e segundo a pesquisa de campo que foi feita em duas escolas da cidade de Ituberá-BA, sendo uma pública e uma privada. Os participantes da pesquisa foram 20 alunos e 6 professores em sua totalidade. Constatou-se que as teorias discutidas nas escolas não são vivenciadas e praticadas na comunidade, o que se faz necessário uma disseminação maior de informações sobre como desenvolver atitudes de preservação. Ressaltando que a reciclagem por si só não pode ser considerada a solução, mas que a mudança de hábitos e atitudes pode levar a sociedade a tomar medidas mais abrangentes.

Palavras-Chave: Educação Ambiental, Reciclagem, Coleta Seletiva, Lixo.

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METODOLOGIA

O método adotado neste trabalho foi o hipotético-dedutivo, com pesquisa

bibliográfica e estudo de caso em duas escolas do município de Ituberá-BA. Para

obtenção dos dados diretos, foram aplicados questionários (para professores e

alunos).

Primeiramente, foi desenvolvido o levantamento bibliográfico, o que

proporcionou a construção da fundamentação teórica de temas como conceitos de

Educação Ambiental, resíduos sólidos e outros.

Num segundo momento ocorreu a análise dos questionários que foram

respondidos por professores e alunos, com o objetivo de obter informações

importantes a cerca da Educação Ambiental e das conseqüências do lixo para o

meio ambiente e ainda da importância da reciclagem para a diminuição do lixo.

A referida pesquisa foi aplicada em duas escolas de Ensino Fundamental,

sendo uma da rede particular e outra da rede pública, no município de Ituberá-BA.

Foram coletados, analisados, avaliados, os dados dos professores e alunos.

Os questionários aos professores e alunos tiveram como finalidade investigar o

conhecimento acerca da Educação Ambiental, enfocando a questão do lixo e da

reciclagem.

A amostragem se deu da seguinte maneira: foram distribuídos questionários a

06 (seis) professores,03 (três) de cada escola e a 20 (vinte) alunos, sendo 10 (dez)

de cada escola.

Nas questões aplicadas aos educandos procurou-se identificar de que

maneira os professores trabalham a Educação Ambiental, bem como se estes tem

conhecimentos acerca da Educação Ambiental e ainda se possuem uma

consciência crítica acerca das conseqüências do lixo para o meio ambiente e

acreditam na reciclagem como uma alternativa para diminuir a quantidade de lixo no

planeta.

O questionário, composto por 12 (doze) perguntas objetivas, foi distribuído

entre os alunos que cursam do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

O questionário aplicado aos professores teve como objetivo identificar de que

maneira as escolas estão trabalhando a Educação Ambiental, bem como verificar o

conhecimento acerca desta temática. Buscou-se ainda perceber a importância que a

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escola atribui ao aumento da quantidade de lixo no meio ambiente e se desenvolve

nos educandos a consciência de que é preciso reduzir a quantidade de lixo no

planeta afim de garantir uma qualidade de vida para as gerações vindouras.

O questionário foi composto de 10 (dez) questões, sendo 03 (três) subjetivas

e 07 (sete) objetivas.

A organização e a análise dos dados obtidos estão apresentadas através

de gráficos e textos.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 09

2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA 11

3 O LIXO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO AMBIENTE 22

3.1 RECICLAGEM: UM CAMINHO QUE PODE DAR CERTO 29

4 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A RECICLAGEM NAS ESCOLAS DE

ITUBERÁ-BAHIA

33

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITUBERÁ 33

4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS PESQUISADAS 34

4.3 ANÁLISE DOS DADOS 35

4.4 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES 35

4.5 ANÁLISE QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS 42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 52

REFERÊNCIAS 54

ANEXOS 55

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1 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental tem sido um dos principais assuntos a ser discutido na

atualidade, isso por que, um dos grandes problemas que a sociedade tem

enfrentado é com relação ao meio ambiente e a constante degradação que vem

ocorrendo com os bens naturais. Neste contexto o lixo tem sido uma das grandes

preocupações em todos os setores da política nacional, todos buscam alternativas

que possam contribuir para a diminuição dos resíduos sólidos existentes na

natureza. Dessa forma, a reciclagem surge como uma das alternativas pertinentes

para esse grande mal, os resíduos sólidos.

Nessa perspectiva a reciclagem contribui para a diminuição da quantidade de

lixo produzido bem como o reaproveitamento de diversos materiais, ajudando a

preservar alguns elementos da natureza no processo de reutilização de materiais já

transformados. Assim os programas de coleta seletiva devem ser traduzindo

também em alternativas básicas de geração de renda para a manutenção e

sobrevivência de muitas famílias. Devendo ser visto como um fator importante para o

melhoramento da qualidade e da quantidade dos materiais a serem reciclados.

Nesse sentido, as campanhas educativas devem contribuem para mobilizar a

comunidade, para participação efetiva e ativa na implantação da coleta seletiva de

resíduos sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou reutilizáveis diretamente

na fonte de geração.

Vale salientar que é papel da sociedade é buscar através da educação

ambiental projetos que envolvem a todos, levando a ideia de que a reciclagem por si

só não pode ser considerada a solução, mas que a mudança de hábitos e atitudes

pode levar a sociedade a tomar medidas mais abrangentes, com ações que

minimizem a quantidade de resíduos na própria fonte geradora, consumindo menos

e reutilizando mais.

Nesse contexto, se insere o presente estudo que tem como objetivo discutir a

importância da Educação Ambiental enfocando as conseqüências do lixo para o

meio ambiente, destacando a reciclagem como uma alternativa para redução dos

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resíduos sólidos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em duas escolas, sendo

uma da rede pública e outra da rede particular, no município de Ituberá-BA.

Tal pesquisa justifica-se a partir da constatação de uma necessidade de

reeducação ambiental para a população através de desenvolvimento de projetos que

busque trabalhar os valores importantes para o desenvolvimento de uma

consciência ecológica.

Considerando que os alunos do Ensino Fundamental tem uma grande

receptividade a discutir temáticas, foi realizada a pesquisa para investigar a

consciência ambiental da comunidade escolar e se as escolas abrangem em suas

grades curriculares a temática ambiental.

O presente trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro capítulo faz

uma análise histórica sobre a Educação Ambiental, destacando os principais

eventos que ocorreram para fundamentar a E.A; o segundo capítulo, traz uma breve

reflexão sobre o lixo e suas conseqüências para o meio ambiente; no quarto capítulo

é apresentado a caracterização do universo da pesquisa e a análise e discussão

dos dados.

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2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA

Um dos assuntos mais discutidos na atualidade é sem dúvida, a questão

ambiental, passando a ser uma preocupação de governos, escolas, empresas e toda

a sociedade organizada. A degradação e os impactos ambientais não são recentes,

nem as iniciativas de preservação de uso sustentável dos recursos, mas foi nas

últimas décadas que a poluição industrial, o desmatamento, a concentração

populacional nas cidades, o modelo de desenvolvimento econômico sustentável

acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da

espécie humana.

Durante muito tempo, o homem utilizou-se da natureza sem se importar com

os danos que poderia causar. O modo de produção capitalista que impera na

sociedade moderna vem influenciando diretamente no uso irracional dos recursos

naturais, acarretando um grande desgaste destes.

A consciência de que o meio ambiente é uma responsabilidade vital e coletiva ratifica o pressuposto de que a crise ecológica decorre fundamentalmente da ação do homem. [...] A responsabilidade socioambiental do homem refere-se à vida, à história do homem e a si mesmo como usuário responsável do ambiente nos diversos contextos de produção e consumo. (ORDÓÑEZ, 1992, apud, AMARAL, 2007, p. 114).

Essas questões confirmaram a relevância da atuação da escola e da sua

participação para a sensibilização e consciência ambiental da sociedade, fazendo

surgir a Educação Ambiental. Nos últimos anos, a partir da compreensão de que os

problemas ambientais prejudicam a qualidade de vida da sociedade, aprimorou-se

as discussões sobre estas questões, surgindo o conceito de desenvolvimento

sustentável.

Segundo o Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem as próprias necessidades. (PENTEADO, 2007, p. 32).

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Dessa maneira, compreende-se que os recursos naturais devem ser

consumidos de maneira racional para que não haja o desgaste da natureza e

consequentemente comprometa a qualidade de vida das gerações futuras.

Diferente de outras pedagogias que tiveram seu nascimento marcado com

objetivos determinados e dentro de uma esfera específica de preocupações

educacionais, a Educação Ambiental é, sobretudo, uma resposta da educação

básica a uma preocupação da sociedade com a questão ambiental. Por esta razão,

não se pode compreender a EA fora da contextualização dos movimentos

ecológicos. Penteado (2007, p. 59) declara que “[...] a Educação Ambiental é uma

das mais importantes exigências educacionais contemporâneas não só no Brasil,

mas também no mundo.”.

O termo Educação Ambiental foi utilizado pela primeira vez em 1965 na

Conferencia de Educação da Universidade de Keele na Inglaterra, entretanto, tinha

seu foco centrado na conservação e era atrelada a Biologia. Em 1968, a

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

(UNESCO), a partir de estudos na área, esclareceu que a Educação Ambiental não

poderia estabelecer-se como uma disciplina, devido a sua complexidade e

interdisicplinaridade própria e não poderia abordar o meio ambiente apenas como o

entorno físico, mas destacar seus aspectos sociais, culturais, econômicos, dentre

outros. (MEDEIROS; MERCÊS, 2001).

A partir da década de 70, iniciam-se eventos sociais internacionais e

nacionais com o objetivo de fixarem metas e ações que contribuam para conservar e

proteger os recursos do planeta. Dentre esses eventos destacam-se a Conferência

de Estocolmo (1972), a Carta de Belgrado (1975), a Declaração de Tibilisi (1977), o

Tratado Brasileiro de Educação Ambiental (1992), Agenda 21 e o Capítulo de

Educação Ambiental (1992), Conferência Nacional de Educação Ambiental ou

Conferência de Thessaloniki (1997), dentre outros.

Foi a partir da Conferência de Estocolmo (1972) “[...] que introduziu, pela

primeira vez na agenda internacional, a preocupação com o crescimento econômico

em detrimento do meio ambiente.” (GADOTTI, 2007, p. 105). Foi com esta

Conferência que emergiram novas abordagens sociais referentes a relação do

homem com o meio ambiente e as consequencias dessa relação. Essa conferência

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gerou a “Declaração sobre Meio Ambiente Humano” que objetivou chamar a atenção

dos poderes públicos para a adoção de novas políticas ambientais, desenvolvendo

um Programa de Educação Ambiental, a fim de educar o ser humano para a

preservação dos recursos naturais e combater a crise ambiental.

Tornou-se iminente, portanto, a necessidade de reorientação da educação escolar visando o desenvolvimento sustentável e o compromisso com a cidadania ambiental. Esse movimento implicou, necessariamente, o intercâmbio das escolas com as comunidades. (AMARAL, 2007, p. 113).

Nesse contexto, a Conferência de Estocolmo, buscou através da participação

da comunidade que inclui as Organizações Não Governamentais (ONG’s), as

instituições públicas e privadas, grupos de defesa do meio ambiente, construir, a

partir da Educação Ambiental, valores sociais para a construção de uma sociedade

capaz de mudar o comportamento no que se refere ao uso irracional dos recursos

naturais.

Em 1975, a UNESCO realiza o Encontro Internacional sobre a Educação

Ambiental em Belgrado. Esse encontro evidenciou a formulação de princípios e

orientações para um programa internacional de EA, onde ratificou o caráter

interdisciplinar da Educação Ambiental e destacou que esta deveria está integrada

as diferenças regionais e voltadas para os interesses nacionais.

Durante esse encontro, foi produzida a carta de Belgrado, um dos

documentos mais importantes da história da Educação Ambiental que chamou

atenção para a importância de se adotar uma postura ética com o ambiente. O

referido documento descreve a satisfação de todos os cidadãos quando tem seus

desejos saciados.

A carta traz alguns princípios que servem de bases para os programas de

educação ambiental, oferece contribuições que podem descobri os causadores dos

males ambientais, procura também oferecer estratégias que possam desenvolver a

criticidade e as habilidades necessárias para que o aluno se transforme através das

experiências vivenciadas.

A reforma dos processos e sistemas educacionais é central para a contratação dessa nova ética de desenvolvimento e ordem econômica mundial. Governantes e planejadores podem ordenar mudanças e novas

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abordagens de desenvolvimento que possam melhorar as condições do mundo, mas tudo isso não se constituirá em soluções de curto prazo se a juventude não receber um novo tipo de educação. Isso vai requerer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre a escola e a comunidade, entre o sistema educacional e a sociedade” (MEC, 2001).

O mais importante evento para a evolução da Educação Ambiental no mundo

ocorreu em 1977, A “Conferência de Tibilisi”, na Geórgia. Tal evento contribuiu para

vinculação da EA à lei através de políticas públicas no âmbito nacional e

internacional.

Vale destacar, que nesse evento, os estudiosos de todo o mundo delimitaram

os princípios e objetivos que rege a educação ambiental, além de formular as

recomendações à atuação internacional e regional sobre o tema. Segundo Dias

(2000) nessa reunião foi recomendado que na questão ambiental que se deveria

valorizar não somente a fauna e a flora, mas, sobretudo “os aspectos sociais,

econômicos, científicos, tecnológicos, culturais, ecológicos e éticos”. (DIAS, 2000, p.

82), Além dessa questão, foi deliberado também que a Educação Ambiental deveria

ser multidisplinar, possibilitando uma visão integrada do ambiente.

Ao que se percebe o papel da Educação Ambiental é de suma importância

para que ocorra a implementação de uma nova mentalidade e de um novo

paradigma de desenvolvimento social, político e econômico, baseado na

preservação de meio ambiente e na promoção de uma vida sadia para todos os

seres.

Em 1992 a Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de

Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou mais conhecida como Rio 92, por ter sido

realizada no Rio de Janeiro e também como “Cúpula da Terra”, pois representou o

maior encontro internacional de cúpula de todos os tempos.

Entre muitos temas tratados na Rio-92, destacam-se: arsenal nuclear, desarmamento, guerra, desertificação, desmatamento, crianças, poluição, chuva acida, crescimento populacional, povos indígenas, mulheres, fome, drogas, refugiados, concentração da produção e da tecnologia, tortura, desaparecidos, discriminação e racismo. (GADOTTI, 2000, p. 108).

Esse evento contou com a participação 175 países e 102 chefes de Estado e

de governo, onde haviam se reunido apenas uma única vez em 1972, em

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Estocolmo. “Cumprindo o seu objetivo de propor um modelo de desenvolvimento

comprometido acima de tudo com a preservação da vida no planeta” (GADOTTI

2000, p. 109), a Rio-92 produziu a Agenda 21 Global, um documento de 40

capítulos, que constitui-se como o documento mais importante para promover, em

escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado

“desenvolvimento sustentável”, tendo seu capítulo 36 destinado a Educação

Ambiental.

As 175 nações presentes aprovaram e assinaram a Agenda 21, comprometendo-se a respeitar os seus termos. Ela representa a base para a despoluição do planeta e a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, isto é, que não agrida o meio ambiente e não esgote os recursos disponíveis. (GADOTTI, 2007, p. 110).

O termo Agenda 21 foi usado intencionalmente com desejos de mudanças

para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI.

Paralelamente a Rio-92, aconteceu um importante evento, o Fórum Global 92,

promovido pelas entidades da sociedade civil. O Fórum contou com a participação

de mais de 10 mil representantes de Organizações Não Governamentais (ONG’s) de

variadas áreas de atuação de todo o mundo, constituindo-se num conjunto de

eventos, englobando entre outros, os encontros de mulheres, crianças, jovens e

índios. Foi nesse Fórum que aprovou-se uma Declaração do Rio, também chamada

de Carta da Terra. Os participantes do Fórum comprometeram-se em seguir os

princípios da Carta da Terra e empenharam-se para que ela fosse adotada pelas

Nações Unidas e traduzida para todas as línguas. (GADOTTI, 2007).

A Carta da Terra, concebida como um código de ética global por um desenvolvimento sustentável e apontada para uma mudança em nossas atitudes, valores e estilos de vida, envolve três princípios interdependentes: os valores que regem a vida dos indivíduos; a continuidade de interesse entre Estados; e a definição dos princípios de um desenvolvimento sustentável. (GADOTTI, 2007, p. 107).

Nesse contexto, a Carta da Terra, estabeleceu-se numa declaração de

princípios globais que serviria de bússola para a questão do meio ambiente e

desenvolvimento, a fim de conseguir o desenvolvimento sustentável e

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consequentemente uma melhor qualidade de vida para todos os povos. Entretanto,

muitos não se associaram ao movimento, visto que não aceitaram discutir

historicamente o conceito de desenvolvimento, considerando-o como um mito

inviável ao capitalismo.

Outro documento de fundamental importância surgido no Fórum Global-92 foi

o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

Responsabilidade Global elaborado pela sociedade civil durante a Conferência das

Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). Esse Tratado

estabelece princípios fundamentais da educação para sociedades sustentáveis,

enfatizando a necessidade de constituição de um pensamento crítico, coletivo e

solidário, de interdisciplinaridade, de multiplicidade e diversidade. Institui ainda uma

relação entre as políticas públicas de EA e a sustentabilidade, apontando princípios

e um plano de ação para educadores ambientais. Destaca os processos

participativos voltados para a recuperação, conservação e melhoria do meio

ambiente e da qualidade de vida.

Para Cascino (2000, p. 45) o Tratado de Educação Ambiental para

Sociedades Sustentáveis,“[...] representou certo avanço para a leitura da Educação

Ambiental, na medida em que relacionou os processos de aprendizagem

permanentes à busca de uma sustentabilidade global eqüitativa”.

De acordo com Jacobi (2005), a importância do Tratado baseia-se no fato

deste ter sido elaborado pela sociedade civil e por reconhecer a Educação

Ambiental como um processo político dinâmico, em permanente construção,

orientado por valores baseados na transformação social.

Em 1997, aconteceu a Conferência de Thessaloniki (Grécia) – Conferência

Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública

para a Sustentabilidade, onde teve como objetivos: reconhecer o papel crítico da

educação e da consciência pública para o alcance da sustentabilidade; considerar a

importante contribuição da Educação Ambiental; fornecer elementos para o futuro

desenvolvimento do programa de trabalho da Comissão de Desenvolvimento

Sustentável da ONU; e mobilizar ações nos níveis internacional, nacional e local.

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Nesse contexto, fica claro a importância de promover uma educação para que

os seres humanos ajam com responsabilidade, mantendo o ambiente saudável,

saibam exigir os seus direitos e respeitar os direitos de toda a comunidade, tanto

local como internacional modificando-se como pessoa e modificando também as

suas atitudes em relação ao meio ambiente.

Atualmente, o progresso para uma sociedade com objetivos de

sustentabilidades é cheio de obstáculos, a partir do momento em que existe uma

pequena parcela de indivíduos conscientes na sociedade sobre as implicações do

modelo de desenvolvimento em destaque. É percebido que os principais causadores

de atividades ecologicamente predatórias são as instituições sociais, os sistemas de

informação e comunicação e os valores adotados pela sociedade. Dessa forma, é

notável a necessidade de estímulos que promova uma participação ativa da

sociedade em debates a fim de identificar os problemas e as possíveis soluções. O

caminho a ser trilhado requer uma mudança que garanta a acessibilidade e

transparência.

Para tanto, se faz necessário que crie todas as condições para facilitar o

processo, desenvolvendo e distribuindo indicadores e tornando transparentes os

procedimentos por meio de práticas centradas na Educação Ambiental que

garantam os meios de criar novos estilos de vida e promovam uma consciência ética

que questione o atual modelo de desenvolvimento marcada pelo caráter predatório e

pelo reforço das desigualdades socioambientais. “A noção de sustentabilidade

implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida,

equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de desenvolvimento.” (JACOBI,

1997, p. 384).

Nessa perspectiva, segundo Reigota (1998), a educação ambiental indica

propostas pedagógicas centradas na conscientização, na mudança de

comportamento, no desenvolvimento de competências, na capacidade de avaliação

e participação dos educandos.

Pádua e Tabanez (1998) afirmam que a educação ambiental proporciona ao

individuo mais conhecimentos, uma nova visão sobre os valores e o

aperfeiçoamento de habilidades, dando condições básicas para estimular a maior

integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.

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Um objetivo fundamental da Educação Ambiental é lograr que os indivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural e do meio criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais, e adquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as habilidades práticas para participar responsável e eficazmente da prevenção e solução dos problemas ambientais [...] (DIAS, 2000, p.107).

Dessa forma, para que a realização das funções aconteça é necessário que a

Educação Ambiental desenvolva uma relação estreita entre os processos educativos

e a realidade, buscando fundamentos para suas atividades na própria comunidade

em uma perspectiva interdisciplinar e globalizada que possibilite o entendimento dos

problemas ambientais.

A Lei de Política Nacional de Meio Ambiente (PNEA), nº 6.938/81, em seu

décimo princípio estabelece que “A Educação Ambiental em todos os níveis de

ensino, inclusive na educação da comunidade, objetivando capacitá-la para

participação ativa na defesa do Meio Ambiente”.

A Constituição Federal de 1988 cita a Educação Ambiental como um

elemento essencial na promoção da qualidade de vida. Dessa forma, confere ao

Estado o dever de “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e

a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (art. 225, §1º,

inciso VI), surgindo, assim, o direito constitucional de todos os cidadãos brasileiros

terem acesso à Educação Ambiental.

No parecer nº 819/85 do Ministério da Educação e Cultura (MEC), estabelece

a necessidade de inclusão de conteúdos ecológicos, no ensino de 1º e 2º graus, que

permitia a consciência ecológica do futuro cidadão.

Em 1986, a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) juntamente com a

com a Universidade Nacional de Brasília (UNB), criou o primeiro curso de

especialização em Educação Ambiental, tendo a finalidade de instrumentalizar para

o trabalho de multiplicação na área.

A Educação Ambiental ganha novas contribuições em 1996, como a Lei nº

9276/96. No Plano Plurianual do governo 1996/1999, através da Portaria nº 153/96,

o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA)

assinaram um Protocolo de Intenções para cooperação técnica e institucional em

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Educação Ambiental. Ainda nesse período desencadeou uma discussão com o

objetivo de inserir a Educação Ambiental em outros níveis de ensino com base na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96, que mudou o

currículo do ensino formal. O artigo 36, § 1º, da referida Lei explicita que os

currículos do ensino fundamental e médio “devem abranger, obrigatoriamente, [...] o

conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,

especialmente do Brasil”.

Em 1997, o MEC lançou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1ª à

4ª séries e de 5ª à 8ª séries e incluiu o Meio Ambiente como tema transversal. De

acordo com os PCNs a Educação Ambiental possibilita,

Um modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade e da eqüidade. (BRASIL, 1998, p.. 201)

Diante do exposto, percebe-se que a escola assume um papel fundamental

na formação de cidadãos ativos e responsáveis, resgatando valores essenciais

como a ética, fraternidade e respeito à vida, possibilitando a compreensão de que os

problemas ambientais não se restringem apenas à proteção da vida, mas,

sobretudo, a qualidade da mesma.

Segundo os PCNs a principal função com o tema Meio Ambiente é:

Contribuir para a formação de cidadãos conscientes e para tanto é necessário muito mais que informações e conceitos, deve-se trabalhar com atitudes e formação de valores, ensinando aprendizagem de habilidades e procedimentos com gestos simples de solidariedade, hábitos de higiene pessoal, higiene dos diversos ambientes, jogar lixo nos cestos, cuidar das plantas da escola, gestos estes que conflitam com os estímulos propostos pela mídia que mostra valores insustentáveis de consumismo, desperdício e irresponsabilidade. Sendo assim é de fundamental importância que a E. A. seja trabalhada durante todo o ano letivo e não apenas em datas comemorativas ou mesmo na realização de projetos. (BRASIL, 1998, p. 30)

O Meio Ambiente deverá ser integrado ao currículo através da

transversalidade, tratado nas diversas áreas do conhecimento, criando uma visão

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global abrangente da questão ambiental e deve favorecer ao aluno o

reconhecimento de fatores que propiciem real bem-estar, desenvolvendo um espírito

crítico às induções ao consumismo.

A Educação Ambiental no Brasil resulta de um processo histórico articulado

através das políticas nacionais que defendem o meio ambiente e principalmente a

educação. Neste sentido, não deve ser entendida isoladamente dos problemas

mundiais, e sim dentro do contexto mundial, não sendo nem um problema

exclusivamente brasileiro e/ou mundial, mas um problema que está intrinsecamente

ligado.

Vale ressaltar que o Brasil foi o primeiro país da América Latina a se destacar

pela elaboração de uma política exclusiva de EA com a promulgação da Lei

9.795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental, criando a Política Nacional de

Educação Ambiental. Essa conquista deu-se pelo empenho de muitos ambientalistas

que lutaram no Congresso para essa realização. Destaca-se que essa lei veio

legitimar as recomendações da Declaração de Tibilisi (1977).

Tal lei destaca em seu artigo 1º

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (BRASIL, 2003)

Ao que se percebe o papel da Educação Ambiental é de suma importância

para que ocorra a implementação de uma nova mentalidade e de um novo

paradigma de desenvolvimento social, político e econômico, baseado na

preservação de meio ambiente e na promoção de uma vida sadia para todos os

seres.

É destacado também na referida lei os objetivos da Educação Ambiental, com

a proposta de política voltada à cidadania e à construção de uma sociedade justa,

democrática e ambientalmente sustentável. (Art. 5°); as atividades e as linhas de

atuações afeitas aos processos de Educação Ambiental (Art. 8°); a capacitação de

recursos humanos como principal estratégia para a consolidação dos objetivos e

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premissas da lei, como a formação dos professores, de forma complementar em

relação à Educação Ambiental no Artigo 11°.

Percebe-se que uma legislação é de extrema importância para que as ações

aconteçam de fato, entretanto, é preciso salientar que a Educação Ambiental só

acontecerá quando houver a conscientização dos povos de que uma vida de

qualidade perpassa primeiramente por um ambiente sadio e dessa forma passe a

usar os recursos da natureza de forma racional para que haja um desenvolvimento

sustentável.

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3 O LIXO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO AMBIENTE

A questão do lixo vem sendo citada pelos ambientalistas como um dos mais

graves problemas ambientais urbanos na atualidade. (LAYRARGUES, 2008).

Durante a Idade Média o lixo era acumulado pelas ruas e nos arredores das cidades,

o que provocava uma série de epidemias causando a morte de milhões de pessoas.

O processo acelerado de urbanização, a partir da Revolução Industrial, promoveu a

movimentação das pessoas do campo para as cidades, o então conhecido êxodo

rural. Nesse período, observou-se um rápido crescimento populacional, sendo

agraciado também pelo avanço da medicina e consequente aumento da expectativa

de vida. A partir de então, os impactos ambientais passaram a tomar uma dimensão

mais elevada, devido aos inúmeros tipos de poluição, dentre eles, a poluição gerada

pelos diversos tipos de lixo, passando a ser visto como um problema, devendo ser

combatido ou simplesmente escondido pela população. Naquele momento, achava-

se que a solução para o lixo era muito fácil, pois, bastava simplesmente afastá-lo,

colocando-o em áreas afastadas dos centros urbanos, denominados lixões e estaria

resolvido o problema (FADINI, 2001).

O “lixo” é uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, dentre eles, o resíduo sólido urbano gerado em nossas residências. O lixo faz parte da história do homem, já que sua produção é inevitável (FADINI, 2001, p. 21).

Dessa forma, o lixo sólido vai tornando-se como um problema grave a ser

enfrentado pela humanidade, pois os excedentes vão acumulando cada vez mais

em grande escala, e as expectativas para este problema é agravar-se com a

elevação da população, e principalmente, com o estímulo dado ao consumo.

[...] A questão do lixo é um problema de ordem cultural e, assim, situa a cultura do consumismo como um dos alvos da crítica à sociedade moderna. [...] O problema é que atualmente o consumismo é visto também como responsável por uma série de problemas ambientais e, desse modo, não pode mais ser compreendido unicamente como sinônimo de felicidade. (LAYRARGUES, 2008, p. 183).

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Percebe-se que a sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: de um

lado, extrai-se mais e mais matérias primas, do outro, faz-se crescer montanhas de

lixo. E como é sabido todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-

se em novas matérias-primas, acaba por se tornar uma fonte perigosa de

contaminação para o meio ambiente ou de doenças para a população.

O lixo tem acompanhado o homem em todo o seu progresso. É algo que

surge automaticamente, sempre que existir alguma coisa inútil ou imprestável ao seu

proprietário que não só deseja como precisa desfazer-se dele e abrir espaço a

outras utilidades que atendam de imediato, as suas necessidades de subsistência,

conforto, segurança ou, simplesmente, estética. Acontece, porém, que a

preocupação com o lixo tem uma existência muito recente.

[...] A questão do lixo, nas suas variadas facetas, ainda não se tornou objeto de demanda social específica pela criação de políticas públicas, a exemplo das lutas socioambientais consolidadas em alguns movimentos sociais. (LAYRARGUES, 2008, p. 181).

Dessa maneira, percebe-se que não existem ainda políticas públicas que

promovam um questionamento das causas e consequencias da questão do lixo e

consequentemente a resolução dos problemas ambientais causadas por ele.

Layragues (2008) traz como exemplo, as dispersas e isoladas iniciativas de criação

de cooperativas de catadores de lixo, que não alcançaram uma articulação ampla,

capaz de transformar essa atividade numa política pública.

Com os avanços mundial e tecnológico, as indústrias cresceram e as

pessoas passaram a viver mais nas cidades, o que provocou mudanças nos hábitos

de consumo da população, gerando um lixo diferente em quantidade e diversidade.

Vale salientar que não só na zona urbana, mas também nas zonas rurais

encontram-se grande quantidade de frascos e sacos plásticos acumulando-se

devido a formas inadequadas de eliminação. Segundo Bidone citado por Fadini

(2001), em um passado não muito remoto a produção de lixo era de algumas

dezenas de quilos por habitante/ano; hoje, no entanto, conforme esse mesmo autor,

países altamente industrializados como os Estados Unidos produzem mais de 700

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kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio verificado nas cidades mais populosas é da

ordem de 180 kg/hab/ano.

Os países norte-americanos altamente industrializados promovem uma

produção elevada de lixo devido o aumento do consumo de bens descartáveis pela

população. Segundo Fadini (2001), a geração de lixo no Brasil, ainda é, em sua

maioria, de procedência orgânica; porém, nos últimos tempos já é comum observar

na população brasileira a incorporação do modo de consumo dos países ricos, o que

tem aumentado à intensificação do uso de produtos descartáveis.

Atualmente os resíduos representam uma constante ameaça à vida no

Planeta por duas razões fundamentais: a grande quantidade e seus perigos tóxicos;

mundialmente, a população recebe estímulos para consumir cada vez mais,

adquirindo novos produtos que substitui os mais antigos por outros cada vez mais

revolucionários, mais modernos, provocando inconscientemente o uso

indiscriminado dos recursos naturais.

Hoje, mesmo que um determinado produto ainda esteja dentro do prazo de sua vida útil, do ponto de vista funcional, simbolicamente já está ultrapassado. A moda e a propaganda provocam um verdadeiro desvio da função primária dos produtos. [...] A obsolescência planejada e a descartabilidade são hoje elementos vitais para o modo de produção capitalista. (LAYRAGUES, 2008, p. 184).

Nessa conjuntura, emerge o problema da ampliação do volume de lixo

produzido no mundo, cujo aumento representa três vezes mais que o populacional,

nas últimas décadas (MENEZES et al., 2005). Ao que se pode perceber a

quantidade de resíduos sólidos urbanos está diretamente relacionada aos hábitos e

costumes de consumo de cada cultura, deixando claro uma correlação estreita entre

a produção de lixo e o poder econômico de uma dada população.

O lixo pode ser classificado de acordo com sua natureza física, composição

química, origem, riscos potenciais ao meio ambiente, entre outros fatores. Dessa

forma, a maioria do lixo domiciliar produzido no Brasil é composta de matéria

orgânica e papel. O tratamento adequado do lixo envolve tanto vantagens

ambientais (preservação, saúde e qualidade de vida) como econômicas. É sabido

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que o consumo de energia e de água no processo de reciclagem do papel, por

exemplo, é 50% menor que a quantidade usada para produzir um novo material.

A problemática do lixo requer uma reflexão profunda não no seu produto,

mas, sobretudo na sua origem cultural, nas origens de cada sociedade a fim de

promover uma intervenção para as mudanças futuras.

Só recentemente começou-se a entender que, assim como não se pode

deixar acumular lixo em casa, também é necessário conter a produção desenfreada

de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no planeta. Para tanto, é preciso

conter o consumo desenfreado, que consequentemente gera mais lixo, e investir

mais em tecnologias que possibilitem diminuir a geração de resíduos, além de

promover incentivos para a reutilização e a reciclagem dos materiais em desuso.

Vale salientar, a importância de uma nova reformulação a respeito da

concepção de que se tem sobre o lixo. Assim, todo o lixo não pode mais ser

encarado como “resto inútil”, mas, sobretudo, como algo que pode ser transformado

em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

Geralmente as pessoas acreditam que lixo é tudo que não tem utilidade e é

jogado fora. No entanto, se olhar com mais cuidado pode-se observar que o lixo não

representa uma massa indiscriminada de materiais. Ele é composto de diversos

tipos de detritos, e que precisam de cuidado diferenciado. Podendo ser classificado

de várias formas como se pode ver no quadro abaixo:

Tipos de lixo

Origem

Domiciliar /doméstico

São os resíduos oriundos das residências. Composto principalmente por restos de alimentos, embalagens em geral, papeis diversos. etc.

Público Tem origem nos serviços de limpeza urbana, como restos de plantas e produtos da varrição das áreas públicas.

Serviços de Saúde

São resíduos de origem hospitalar, clínicas médicas ou laboratórios, farmácias etc. É um lixo perigoso, podendo conter materiais contaminados ou agentes biológicos e produtos químicos e agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas etc.

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Industrial São os resíduos resultado do processo industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos.

Agrícola São resíduos que resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais etc.

Comercial O lixo comercial tem sua origem nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc.

Quadro 1 – Tipos de Lixo e Origem

Fonte: Fonte: Manual de Saneamento – FUNASA/MS – 1999.

Como se pode perceber, o lixo é sempre formado por restos de algo que não

apresenta mais serventia para o usuário e lá sempre se pode encontrar objetos que

podem apresentar perigo a sua saúde desde o lixo domestico ao lixo comercial, que

pode vir representado em forma de simples utensílios doméstico quebrado ou até

uma embalagem de um produto agrotóxico, todo o lixo é ruim e trás conseqüências

para a população.

Um outro tipo de lixo muito conhecido, porém não muito falado, é o lixo

eletrônico que quando descartado de forma inadequada traz sérios ricos para o

meio ambiente e foi introduzido no mercado em meados dos anos 80. Esse é um lixo

composto por computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos

aparelhos e componentes eletrônicos que, por falta de um destino apropriado, são

incinerados, depositados em aterros sanitários ou até mesmo em lixões. Pesquisas

mostram que até 2004 aproximadamente 315 milhões de microcomputadores foram

descartados. Esse é um tipo de lixo que além de ocupar espaço apresentam

toxicidade para os seres humanos. Vale destacar, que os produtos químicos que

compõem algumas peças como chumbo dos tubos de imagem, cambio das placas e

circuitos impressos e semicondutores, o mercúrio das baterias necessitam de

soluções imediatas. (Fonte: Revista Tema. Serpro, no 160. Março, 2002.Ano XXVI).

Fica evidente que esse tipo de lixo é um dos mais prejudiciais tanto para o

homem em si, como para o meio ambiente, esse é um tipo de resíduo que

permanece na natureza por muitos anos, sem contar com os produtos químicos

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existentes nas peças como é o caso do chumbo e do mercúrio das baterias que são

altamente prejudicial ao homem e que precisam de uma solução imediata. No

entanto, a culpa não é só do fabricante, todos tem culpa, todos são responsáveis e

juntos devem buscar alternativas para um fim adequado para esse material, sendo

mais sensato o retorno para o fabricante, visto que o mesmo sabe como manuseá-lo

adequadamente.

A partir da compreensão da necessidade do gerenciamento dos resíduos

sólidos na natureza é que se vem se implementando programas de educação

ambiental, o que propiciou a formulação do chamado Princípio dos Três Erres

(3R’s). O Princípio dos 3R’s recebeu essa nomenclatura devido à junção das iniciais

das palavras “Reduzir”, “Reutilizar” e “Reciclar”, pois faz-se necessário compreender

que outros fatores devem ser levados em consideração como o ideal de prevenção e

não-geração de resíduos, somados à adoção de padrões de consumo sustentável,

com o objetivo de poupar os recursos naturais e conter o desperdício feito pela

humanidade. Dessa forma, “Reduzir”, implica em consumir menos produtos dando a

preferência para aqueles que possam oferecer menor potencial de geração de

resíduos e tenham maior durabilidade; “Reutilizar”, significa a reutilização dos

vasilhames, das embalagens, ou seja, utilizar as embalagens dando outra função,

por exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou

outros produtos; “Reciclar” é algo mais abrangente, envolve a transformação dos

materiais, ou a partir de outros materiais já usados dá origem ao material

extremamente novo.

De acordo com Carvalho (1991) apud Layrargues (2008) existem duas

matrizes discursivas sobre a questão ambiental: “um discurso ecológico oficial,

enunciado pelo ambientalismo governamental, [...] e um discurso ecológico

alternativo, proferido pelo ambientalismo original strictu sensu, corporificado pelo

movimento social organizado.” (LAYRARGUES, 2008, p. 183). Dessa forma,

Layrargues (2008) destaca que enquanto o ideário oficial deseja manter o estado

atual das coisas, o alternativo deseja modificá-lo. Assim, cada discurso apresenta

uma ideologia diferente sobre o lixo, do significado da Politica dos 3R’s e

consequentemente um conjunto de proposições pedagógicas diferentes sobre a

Educação Ambiental.

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O discurso alternativo aborda a questão do lixo como sendo de ordem

cultural, situando o consumismo como um dos alvos da crítica à sociedade moderna,

já o discurso ecológico oficial defende a questão do lixo como um problema de

ordem técnica e não cultural. “Se para o discurso ecológico alternativo a questão é o

próprio consumismo, o discurso ecológico oficial, que divulga seus ideais sobre a

questão do consumo através da Agenda 21, entende que é o consumo

insustentável. (LAYRARGUES, 2008, p. 186).

Percebe-se que os dois discursos apresentam ideologias diferentes em

relação à questão do lixo, enquanto o discurso alternativo tem postura radical e

revolucionária, o discurso oficial possui uma visão moderada, tradicional na medida

em que faz referência ao consumo insustentável, dando a entender que existe uma

possibilidade de um consumo sustentável.

Nesse contexto, no que se refere à Política dos 3R’s, o discurso oficial afirma

que não faz sentido fazer uma redução do consumo, visto que o problema não está

centralizado no consumismo em si e sim no consumo insustentável. Dessa maneira,

seguindo a lógica do discurso oficial, percebe-se que prioriza-se a técnica da

reciclagem afim de se obter um consumo sustentável.

No que diz respeito à Pedagogia dos 3R’s, o discurso ecológico alternativo advoga uma sequencia lógica a ser seguida: a redução do consumo deve ser priorizada sobre a reutilização e reciclagem; e depois da redução do consumo, a reutilização deve ser priorizada sobre a reciclagem. (LAYRARGUES, 2008, p. 185).

Assim, é importante perceber a sequência e a lógica dos 3R’s, para o

discurso alternativo, onde primeiramente chama atenção para a redução do

consumo, não necessariamente dos produtos que necessitamos para sobreviver,

mas, sobretudo do consumo de produtos supérfluos. A solução é reduzir o lixo que

produzimos, só devemos comprar produtos com poucas embalagens e que

realmente seja necessário para o uso (evitando o desperdício), e depois reaproveitar

o máximo e finalmente reciclar.

Diante do exposto, torna-se claro que a ordem dos 3R’s no discurso ecológico

oficial sofre uma alteração, pois atribui grande importância a reciclagem em

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detrimento da redução do consumo, por outro lado, o discurso alternativo chama

atenção para a técnica da reciclagem, onde explicita que a reciclagem possui pouco

impacto benéfico no ambiente e assim ressalta que o ensino ambiental deveria

valorizar os 3R’s, o que traria resultados significativos para o planeta.

3.1 RECICLAGEM: UM CAMINHO QUE PODE DAR CERTO

Ao analisar os problemas ambientais, percebe-se que a questão do lixo é uma

das mais preocupantes Pesquisas do IBGE, mostram que no Brasil cerca de 64%

dos municípios tem seu lixo depositado de forma inadequada, em locais sem

nenhuma fiscalização ambiental ou controle sanitário. O lixo é depositado nos

chamados lixões ou vazadouros, locais em se acumulam montanhas de lixo a céu

aberto, sem receber nenhuma orientação técnica ou tratamento prévio do solo, com

a simples descarga do lixo sobre o solo. Assim, esses espaços além de degradarem

a paisagem, exalam um mau cheiro terrível e principalmente colocam em risco o

meio ambiente e a saúde pública.

Os lixões acabam atraindo muitos insetos e animais diversos por ser um local

que oferece alimentação abundante e facilidade de abrigo podendo se transformar

um disseminador, direta ou indiretamente, várias doenças. Além dos lixões bastante

comuns, existem outras finalidades destinadas ao lixo, entre elas podem-se destacar

os aterros sanitários, compostagem, e a incineração.

O aterro sanitário surgiu na década de 30 e desde então vem se

aperfeiçoando. Esse é um processo que exige a presença de engenheiro, pois

possui normas operacionais especificas, com o objetivo de confinar o lixo no menor

espaço de volume possível, é um modo seguro de isolamento que não resulta em

danos ambientais e a saúde pública. Dessa forma os resíduos dispostos em aterros

estão isolados do meio ambiente externo por meio da impermeabilização do solo, da

cobertura das camadas de lixo e da drenagem de gases. Entretanto, mesmo com

todo cuidado para não causar danos a natureza, o aterro sanitário pode causar a

contaminação das águas pelo chorume, líquido escuro, ácido e mal cheiroso, gerado

pela decomposição do lixo, uma outra desvantagem dos aterros sanitários é o

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desperdício de matérias-primas. Existe uma grande quantidade de materiais

inorgânicos e matéria orgânica que poderiam ser reciclados ou reaproveitados.

Na compostagem a matéria orgânica putrescível (restos de alimentos, aparas

e podas de jardins etc.) é degradada biologicamente, obtendo-se um produto que

pode ser utilizado como adubo. A prática de fazer adubo ou composto orgânico a

partir do lixo é uma atividade antiga que, atualmente, está ressurgindo em face do

aumento dos resíduos orgânicos gerados pelo homem das modernas sociedades

industrializadas. Este composto não representa, necessariamente, uma solução final

para os problemas decorrentes do lixo, mas pode contribuir decisivamente para a

redução dos impactos sobre o meio ambiente causados pela disposição inadequada

dos resíduos urbanos

A incineração é o processo de transformação de parte dos resíduos em

gases, isso acontece através da queima em altas temperaturas (acima de 900º C),

em um ambiente rico em oxigênio, por um período pré-determinado, transformando

os resíduos em material inerte e diminuindo sua massa e volume. A incineração

apresenta várias desvantagens em relação aos outros métodos de disposição final

do lixo. A mais importante, a longo prazo, é um processo destrutivo que desperdiça

tanto matérias-primas quanto energia.

A reciclagem é hoje, uma das principais alternativas de tratamento para

resíduos sólidos podendo oferecer muitas vantagens, tanto do ponto de vista

ambiental como do social. Ela se torna responsável em reduzir o consumo de

recursos naturais, poupar energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a

poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturada, a

reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode gerar emprego e

renda para as famílias de catadores de materiais recicláveis, que devem ser os

parceiros prioritários na coleta seletiva. Vale destacar que em algumas cidades do

Brasil (do Sul do Brasil) existe essa coleta que funciona como uma parceria entre

setores público e privado afim de uma melhoria na preservação do meio ambiente e

na própria relação entre homem X natureza.

As atividades de recuperação e reciclagem de materiais são capazes de gerar inúmeros empregos, diretos e indiretos. Se vistas como capazes de absorver materiais destinados aos lixões, a reciclagem deverá ser planejada

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também para absorver o homem que vive e trabalha nesses locais: o catador. Apenas através das atividades de coleta seletiva e triagem manual, a reciclagem seria capaz de absorver todos os catadores de um dado vazadouro, e ainda criar empregos diretos. (AMAZONAS, 1992, p. 32)

Diante do exposto, percebe-se que a coleta seletiva do lixo pode transformar-

se como uma fonte de renda além de solucionar problemas ambientais de grande

proporção como o consumo desenfreado de matérias-primas e as questões relativas

ao lixo. Vale destacar que em algumas cidades do Brasil (do Sul do Brasil) a coleta

de lixo funciona como uma parceria entre setores público e privado afim de uma

melhoria na preservação do meio ambiente e na própria relação entre homem X

natureza.

A coleta seletiva caracteriza-se pela adequada separação dos vários tipos de

resíduos, em recipientes diferentes, para que sejam conduzidos à comercialização.

A reciclagem, por sua vez, transforma produtos/matérias-primas velhas e sem

utilidade em novos produtos e matérias-primas que servirão de base as indústrias,

diminuindo os impactos sobre o meio ambiente, reduzindo os níveis de poluição

decorrentes do fabrico desses manufaturados e reduzindo o consumo de energia.

Isso, consequentemente, reduz os preços destes mesmos manufaturados, trazendo

um aumento do consumo e aumento da receita de estados e municípios, através dos

impostos.

Dessa forma, percebe-se que a reciclagem é uma das formas mais eficazes

de diminuir a quantidade de lixo, constituindo-se como uma prática de grande

importância seja para diminuir o acúmulo de dejetos ou para preservar a natureza do

consumo inesgotável de recursos, além de causar menos poluição ao ar, à água e

ao solo.

É sabido que a quantidade de lixo produzido no planeta vem aumentando de

forma assustadora, dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de uma

consciência ambientalista para garantir, as futuras gerações uma qualidade de vida.

Assim, fica claro que é através da Educação Ambiental que a escola vai

proporcionar ao sujeito uma reflexão acerca da preservação da natureza,

contribuindo para que estes percebam que é preciso desenvolver a prática da

conservação do meio ambiente não só no âmbito escolar, mas também em casa e

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em todos os lugares que frequentam e, cabe a escola propiciar ao aluno uma

reflexão acerca da questão dos danos causados pelo lixo e assim despertá-lo para a

questão da redução do consumo, da reutilização de embalagens e para a separação

de todo o lixo produzido em suas residências, impedindo que a sucata se misture

aos restos de alimentos, o que facilita seu reaproveitamento pelas indústrias. Dessa

forma, evita-se também a poluição.

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4 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A RECICLAGEM NAS ESCOLAS DE ITUBERÁ-

BAHIA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITUBERÁ

O município de Ituberá teve sua origem na Aldeia dos Jesuítas de Santo

André. Foi elevado a Município em 1753, sendo denominado primeiramente de Nova

Santarém mais tarde apenas Santarém. E em 1943 seu nome foi mudado para

Serinhaém, e finalmente em 27 de dezembro de 1944 obteve sua nomeação atual

Ituberá, vindo mais tarde em 1909 ser elevado a categoria de Cidade, hoje possui

uma população estimada em 25.970 habitantes.

Ituberá está localizado na zona litorânea na região sul do estado da Bahia, a

cerca de 295 Km da Capital do estado, possui uma larga extensão de praias, uma

faixa de 20 km de lindas praias intocáveis nas quais se destaca a praia do Pratigi,

sendo a única do município que possui estrada asfaltada com ponto de acesso para

as outras praias, conhecida como a Grande jóia da região, a Praia do Pratigi ficou

famosa por sediar, durante os festejos de fim de ano, a grande festa da música

eletrônica, o “Universo Paralelo”, que atrai jovens de todas as partes do Brasil e do

Mundo. No entanto, durante quase todo ano fica deserta, apresentando sempre um

mar esverdeado de águas mornas e calmas, além de uma infra-estrutura ainda

reduzida, com poucas pousadas e uma vila nativa.

Sua economia é diversificada, atende a diversos gêneros como a pesca, o

turismo e algumas indústrias, é o segundo maior produtor de borracha do estado.

Seu destaque e atração ecoturístico deve-se a Cachoeira da Pancada Grande.

Localizada nos limites de uma Área de Proteção Ambiental (APA), entre a vegetação

de Mata Atlântica, a bela cascata de 40 metros de altura formada pelo Rio Mariana é

palco de esportes radicais. Os cerca de 100m de queda d’água vertical convidam

para um cascading (rapel na água) alucinante. Para os mais sossegados, a

cachoeira também propicia um delicioso banho nas piscinas naturais formadas tanto

na base quanto no alto, antes do início das pedras e da queda d’água propriamente

dita. Também no alto, um mirante natural permite avistar toda a costa, as plantações

de seringueira, matas e manguezais. Próximas à base da cachoeira, há um Centro

de Recuperação Ambiental nas ruínas da casa de máquinas de uma antiga usina

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hidrelétrica, e onde acontecem vários eventos educativos promovidos pela

comunidade.

Esta linda cidade conta com uma administração que na medida do possível

tenta mantê-la sempre limpa aos olhos de sue visitantes. As ruas são varridas todos

os dias e a coleta de lixo é feita diariamente pelos carros de lixo com a colaboração

da população que fazem a coleta e organização em suas casas.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ESCOLAS PESQUISADAS

A pesquisa foi realizada em duas escolas da cidade, sendo uma da rede

pública e a outra da rede privada.

A primeira escola denominada Colégio Estadual Neilton Lima Moreira, é uma

instituição pública que possui como entidade mantenedora a Secretaria de

Educação Estadual do Estado da Bahia, teve sua fundação no ano de 1998. Está

localizado à Rua João Paulo II no centro da cidade.

A referida escola possui uma boa estrutura física tanto no que se refere à

parte interna quanto à parte externa. Atende o ensino Fundamental do 6º ano, antiga

5ª série ao 9º ano, antiga 8ª série, nos turnos matutino e vespertino, também atende

a Educação de Jovens e Adultos (EJA) – no noturno.

A escola possui 10 salas de aulas, uma biblioteca, cozinha, banheiros, quadra

esportiva, sala de direção, sala de secretaria e sala para coordenação. O quadro de

funcionários é formado por 42 profissionais, sendo 01 diretor, 02 vice-diretores, 02

coordenadores, 24 professores, 03 secretários, 02 porteiros e 08 auxiliares de

serviços gerais.

Vale ressaltar que todo o corpo docente é capacitado para atender a

demanda de alunos, a maioria dos professores possui formação superior sendo que

alguns estão fazendo pós graduação, se especializando em alguma área.

A segunda escola que também serviu de universo para a pesquisa, Centro

Educacional Priscila Maria – CEPRIMA é uma instituição privada e fica localizada à

Rua Hildebrando de Araújo Góes, S/N. A escola citada possui uma ótima estrutura

física, com dependências para agregar cerca de 800 alunos, distribuídos entre a

Educação Infantil e o Ensino Fundamental II, nos turnos matutino e vespertino.

Page 36: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

35

Possui em seu quadro 35 funcionários sendo, 01 diretor, 03 coordenadores, 02

secretárias, 18 professores, 05 auxiliar de sala de aula, 02 porteiros e 04 auxiliar de

serviços gerais.

4.3 ANÁLISE DOS DADOS

Os resultados que se apresentam a seguir foram constituídos com base em

um estudo de caso, em duas escolas sendo uma pública e uma privada no município

de Ituberá-BA. Para coleta de dados utilizou-se como instrumento questionários que

foram aplicados aos alunos e professores das escolas citadas com o objetivo de

investigar de que maneira as escolas de Ituberá estão trabalhando a Educação

Ambiental e a questão da reciclagem dos resíduos sólidos.

Primeiramente, apresenta-se os resultados dos questionários aplicados aos

professores o qual foi composto por 10 (dez) questões contemplando 03 (três)

perguntas abertas (subjetivas) e 07 (sete) fechadas (objetivas). O questionário foi

aplicado a 06 (seis) professores, sendo 03 (três) da escola da rede pública que

serão representados pelas letras A, B e C e 03 (três) da escola da rede particular

que serão representados pelas letras D, E e F. Em seguida, apresenta-se os

resultados obtidos da pesquisa feita com 20 (vinte) alunos que cursam do 6º ao 9º

ano, sendo 10 (dez) de cada escola, onde utilizou-se de um questionário contendo

11 (onze) questões fechadas (subjetivas).

4.4 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES

Na pergunta inicial procurou-se averiguar o entendimento dos professores

acerca do conceito de Educação Ambiental. Dos 06 (seis) professores, 02 (dois) (A

e E), não responderam essa questão. Merece destaque a dificuldade encontrada por

eles a dá tal definição, visto que diante das respostas apresentadas a Educação

Ambiental é vista como forma de conscientização ou ainda como tema ligado à

preservação. Como percebe-se nas respostas abaixo:

Page 37: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

36

Educação ambiental é a orientação sobre a importância do conhecimento do ambiente para que se tenha uma boa compreensão de como é fundamental a preservação do ambiente. (Professor B).

É a conservação das coisas naturais como, por exemplo, a flora e a fauna. (Professor C).

É a conscientização da preservação da natureza. (Professor D)

Educação Ambiental é a educação voltada para a formação de cidadãos conscientes aptos, para decidirem e atuarem na realidade, socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade. (Professor F)

A questão 2 buscou saber se a escola trabalha Educação Ambiental em seu

currículo, e de que maneira é trabalhada, os entrevistados foram unânimes em

responder que sim, justificando que o trabalho é feito através dos temas transversais

em todas as disciplinas, de projetos sobre o lixo principalmente na semana do meio

ambiente.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), redefinem a função social da

escola na construção da cidadania e inclui a Educação Ambiental como tema a ser

incluído transversalmente em todas as disciplinas.

Foi perguntado aos professores se achavam importante trabalhar a Educação

Ambiental na escola e todos os professores responderam que sim.

Page 38: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Gráfico 1:

Fonte: Pesquisa de Campo, 2

Percebe-se que os professores tem conhecimento da importância de incutir

no aluno uma consciência crítica sobre os problemas do amb

aconteça é necessário que a Educação Ambiental seja trabalhada dentro da escola

e dessa forma, cada aluno torne

disseminada por toda a comunidade.

A questão do lixo é das mais preocupantes

meio ambiente, nesse contexto, perguntou

o lixo causa sérios problemas ao meio ambiente e, mais uma vez, foram unânimes

em responder que sim como mostra o gráfico 2. As respostas dos

comprovam o que a sociedade vem discutindo a respeito do lixo e de suas

consequências para o meio ambiente.

Gráfico 1: Importância da Educação Ambiental

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

se que os professores tem conhecimento da importância de incutir

no aluno uma consciência crítica sobre os problemas do ambiente, e para que isso

aconteça é necessário que a Educação Ambiental seja trabalhada dentro da escola

e dessa forma, cada aluno torne-se um multiplicador e essa consciência seja

disseminada por toda a comunidade.

A questão do lixo é das mais preocupantes quando se trata a degradação do

meio ambiente, nesse contexto, perguntou-se aos professores se eles acreditam que

o lixo causa sérios problemas ao meio ambiente e, mais uma vez, foram unânimes

em responder que sim como mostra o gráfico 2. As respostas dos

comprovam o que a sociedade vem discutindo a respeito do lixo e de suas

consequências para o meio ambiente.

100%

Sim

37

se que os professores tem conhecimento da importância de incutir

iente, e para que isso

aconteça é necessário que a Educação Ambiental seja trabalhada dentro da escola

se um multiplicador e essa consciência seja

quando se trata a degradação do

se aos professores se eles acreditam que

o lixo causa sérios problemas ao meio ambiente e, mais uma vez, foram unânimes

em responder que sim como mostra o gráfico 2. As respostas dos professores

comprovam o que a sociedade vem discutindo a respeito do lixo e de suas

Page 39: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Gráfico

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Assim, questionou

diminuição do lixo, um dos professores respondeu que: “deve

aluno a importância de não jogar lixo nas ruas, a reutilização de objetos reutilizáveis

como as sacolas plásticas e alguns vasilhames, bem como a reciclagem que é

importante.” (Professora B). Pode

reutilização e reciclagem, mas não atenta para diminuição do consumo, uma das

primeiras alternativas em diminuir a quantidade de lixo. Os outros professores

comungam a ideia de que trabalham a questão da diminuição do lixo fazendo

pesquisas juntos aos alunos sobre o lixo e as consequências para o meio ambiente

e mostrando pra eles a importância da rec

Ao analisar as respostas dos professores percebe

coerência sobre o verdadeiro trabalho para a diminuição do lixo. O que fica evidente

que eles ainda não tem o conhecimento da política dos três R’s

primeiramente deve-se haver a redução do consumo, em seguida a reutilização e,

como última alternativa, a reciclagem.

Foi perguntado aos professores se a escola em que eles trabalham participa

de coleta seletiva, dos 06 (seis) profes

que sim, enquanto que os outros 02 (dois) (D e F) responderam que não, como

apresenta o gráfico a seguir. Pode

discrepância nas respostas dos professores, o que deixou sem

Gráfico 2: O lixo causa problemas ambientais.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

Assim, questionou-se de que maneira a escola trabalha a questão da

diminuição do lixo, um dos professores respondeu que: “deve

aluno a importância de não jogar lixo nas ruas, a reutilização de objetos reutilizáveis

como as sacolas plásticas e alguns vasilhames, bem como a reciclagem que é

importante.” (Professora B). Pode-se notar que esta professora aborda a questão da

reutilização e reciclagem, mas não atenta para diminuição do consumo, uma das

vas em diminuir a quantidade de lixo. Os outros professores

comungam a ideia de que trabalham a questão da diminuição do lixo fazendo

pesquisas juntos aos alunos sobre o lixo e as consequências para o meio ambiente

e mostrando pra eles a importância da reciclagem. (Professores A, C, D, E e F)

Ao analisar as respostas dos professores percebe-se que não existe uma

coerência sobre o verdadeiro trabalho para a diminuição do lixo. O que fica evidente

que eles ainda não tem o conhecimento da política dos três R’s, que deixa claro que

se haver a redução do consumo, em seguida a reutilização e,

como última alternativa, a reciclagem.

Foi perguntado aos professores se a escola em que eles trabalham participa

de coleta seletiva, dos 06 (seis) professores, 04 (quatro), (A, B, C, e E) responderam

que sim, enquanto que os outros 02 (dois) (D e F) responderam que não, como

apresenta o gráfico a seguir. Pode-se perceber claramente que existe uma

discrepância nas respostas dos professores, o que deixou sem

100%

Sim

38

se de que maneira a escola trabalha a questão da

diminuição do lixo, um dos professores respondeu que: “deve-se mostrar para o

aluno a importância de não jogar lixo nas ruas, a reutilização de objetos reutilizáveis

como as sacolas plásticas e alguns vasilhames, bem como a reciclagem que é

se notar que esta professora aborda a questão da

reutilização e reciclagem, mas não atenta para diminuição do consumo, uma das

vas em diminuir a quantidade de lixo. Os outros professores

comungam a ideia de que trabalham a questão da diminuição do lixo fazendo

pesquisas juntos aos alunos sobre o lixo e as consequências para o meio ambiente

iclagem. (Professores A, C, D, E e F)

se que não existe uma

coerência sobre o verdadeiro trabalho para a diminuição do lixo. O que fica evidente

, que deixa claro que

se haver a redução do consumo, em seguida a reutilização e,

Foi perguntado aos professores se a escola em que eles trabalham participa

sores, 04 (quatro), (A, B, C, e E) responderam

que sim, enquanto que os outros 02 (dois) (D e F) responderam que não, como

se perceber claramente que existe uma

saber se as escolas

Page 40: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

participam ou não da coleta seletiva de lixo, pois as divergências nas respostas

ocorreram nas duas escolas.

Gráfico 3: A escola participa de coleta seletiva

Fonte: Pesquisa de Campo, 2

Quando perguntados se fazem a coleta seletiva em suas casas, 02 (dois) (C e

D) responderam que sim, 01 (um) (A) respondeu que às vezes e 03 (três) (B, E e F)

responderam que não, como mostra o gráfico 4.

Gráfico 4: Você faz

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

participam ou não da coleta seletiva de lixo, pois as divergências nas respostas

ocorreram nas duas escolas.

Gráfico 3: A escola participa de coleta seletiva

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

Quando perguntados se fazem a coleta seletiva em suas casas, 02 (dois) (C e

D) responderam que sim, 01 (um) (A) respondeu que às vezes e 03 (três) (B, E e F)

responderam que não, como mostra o gráfico 4.

Gráfico 4: Você faz coleta seletiva em casa

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

67%

33%

Sim Não

33%

50%

17%

Sim Não Às vezes

39

participam ou não da coleta seletiva de lixo, pois as divergências nas respostas

Quando perguntados se fazem a coleta seletiva em suas casas, 02 (dois) (C e

D) responderam que sim, 01 (um) (A) respondeu que às vezes e 03 (três) (B, E e F)

Page 41: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Nesta análise pode

para todos os cidadãos, que mesmo tendo conhecimentos da importância da coleta

seletiva muitos ainda não praticam. É importante destacar que a ação do professor

seja na escola ou fora dela é de fundamental importância, pois é ele quem vai

propiciar aos alunos as condições necessárias à mudança de comportamento para

que estes tomem consciência da importânci

preservação do ambiente em que vivem.

Foi perguntado aos professores como eles avaliam o nível das informações

das campanhas sobre o lixo em sua cidade, 01 (um) (Professor B) respondeu bom,

outro (Professor A) respondeu méd

ruim e 02 (dois) (Professores C e E) responderam regular como mostra o gráfico

abaixo.

Gráfico 5: Nível das informações das campanhas sobre o lixo

na cidade.

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Isso demonstra que a cidade precisa investir mais em informações colocando

a sociedade a par de todos os problemas que o lixo pode causa e como evitar esses

problemas.

Foi também perguntado aos professores se acreditam que o problema do lixo

pode ser resolvido com a reciclagem, mais uma vez as respostas dos professores se

apresentam como uma dicotomia, onde 02 (dois) (B e C) responderam que sim, 02

Nesta análise pode-se verificar que essa ainda não é uma prática constante

para todos os cidadãos, que mesmo tendo conhecimentos da importância da coleta

ão praticam. É importante destacar que a ação do professor

seja na escola ou fora dela é de fundamental importância, pois é ele quem vai

propiciar aos alunos as condições necessárias à mudança de comportamento para

que estes tomem consciência da importância das suas atitudes em relação a

preservação do ambiente em que vivem.

Foi perguntado aos professores como eles avaliam o nível das informações

das campanhas sobre o lixo em sua cidade, 01 (um) (Professor B) respondeu bom,

outro (Professor A) respondeu médio, 02 (dois) (Professores D e F) responderam

ruim e 02 (dois) (Professores C e E) responderam regular como mostra o gráfico

Gráfico 5: Nível das informações das campanhas sobre o lixo

na cidade.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

Isso demonstra que a cidade precisa investir mais em informações colocando

a sociedade a par de todos os problemas que o lixo pode causa e como evitar esses

Foi também perguntado aos professores se acreditam que o problema do lixo

pode ser resolvido com a reciclagem, mais uma vez as respostas dos professores se

apresentam como uma dicotomia, onde 02 (dois) (B e C) responderam que sim, 02

17%

33%17%

33%

Bom Ruim Médio Regular

40

se verificar que essa ainda não é uma prática constante

para todos os cidadãos, que mesmo tendo conhecimentos da importância da coleta

ão praticam. É importante destacar que a ação do professor

seja na escola ou fora dela é de fundamental importância, pois é ele quem vai

propiciar aos alunos as condições necessárias à mudança de comportamento para

a das suas atitudes em relação a

Foi perguntado aos professores como eles avaliam o nível das informações

das campanhas sobre o lixo em sua cidade, 01 (um) (Professor B) respondeu bom,

io, 02 (dois) (Professores D e F) responderam

ruim e 02 (dois) (Professores C e E) responderam regular como mostra o gráfico

Gráfico 5: Nível das informações das campanhas sobre o lixo

Isso demonstra que a cidade precisa investir mais em informações colocando

a sociedade a par de todos os problemas que o lixo pode causa e como evitar esses

Foi também perguntado aos professores se acreditam que o problema do lixo

pode ser resolvido com a reciclagem, mais uma vez as respostas dos professores se

apresentam como uma dicotomia, onde 02 (dois) (B e C) responderam que sim, 02

Page 42: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

(dois) (A e E) responderam que não, 02 (dois) (A e D), responderam que talvez,

como representado na figura que se segue. Pode

professores apresentam visões diferentes sobre a problemática do lixo.

Gráfico 6: O

reciclagem

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Para o questionamento se eles acreditam que as escolas devem trabalhar a

Educação Ambiental com a finalidade de orientar e incentivar os alunos a praticarem

coleta seletiva em suas casas, todos os professores responderam que sim.

Gráfico 7: As escolas trabalham a Educação Ambiental com

a finalidade

coleta seletiva em suas casas.

Fonte: Pesqui

nderam que não, 02 (dois) (A e D), responderam que talvez,

como representado na figura que se segue. Pode-se perceber claramente que os

professores apresentam visões diferentes sobre a problemática do lixo.

Gráfico 6: O problema do lixo pode ser resolvido com

reciclagem

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

Para o questionamento se eles acreditam que as escolas devem trabalhar a

Educação Ambiental com a finalidade de orientar e incentivar os alunos a praticarem

coleta seletiva em suas casas, todos os professores responderam que sim.

co 7: As escolas trabalham a Educação Ambiental com

a finalidade de orientar e incentivar os alunos a praticarem

seletiva em suas casas.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

34%

33%

33%

Sim Não Talvez

100%

Sim

41

nderam que não, 02 (dois) (A e D), responderam que talvez,

se perceber claramente que os

professores apresentam visões diferentes sobre a problemática do lixo.

com a

Para o questionamento se eles acreditam que as escolas devem trabalhar a

Educação Ambiental com a finalidade de orientar e incentivar os alunos a praticarem

coleta seletiva em suas casas, todos os professores responderam que sim.

co 7: As escolas trabalham a Educação Ambiental com

praticarem

Page 43: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Nessa resposta pode

importância da redução do consumo com a finalidade de reduzir o lixo, eles ainda

acreditam que a reciclagem seja a única forma de reduzir o lixo produzido pela

população.

4.5 ANÁLISE QUESTIONÁ

A análise que se segue foi feita a partir das respostas obtidas com os

questionários aplicados aos alunos das escolas citadas. Composto por 12 (doze)

questões fechadas. Os questionários tiveram como objetivo

conhecimento sobre a Educação Ambiental e o processo de Reciclagem nas escolas

de Ituberá-BA. Para a obtenção desses resultados foram aplicados 10 (dez)

questionários para cada escola, totalizando 20 (vinte) questionários.

Inicialmente pergu

Educação Ambiental, dos 20 entrevistados 12 (doze) responderam que sim e 08

(oito) responderam que não. Como mostra o gráfico.

Gráfico 8: Conhecimento dos alunos sobre Educaçã

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Diante das respostas dos alunos, percebe

ainda não tem nenhum conhecimento sobre a Educação Ambiental, dessa forma,

Nessa resposta pode-se perceber que os professores não compreendem a

importância da redução do consumo com a finalidade de reduzir o lixo, eles ainda

acreditam que a reciclagem seja a única forma de reduzir o lixo produzido pela

.5 ANÁLISE QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS

A análise que se segue foi feita a partir das respostas obtidas com os

questionários aplicados aos alunos das escolas citadas. Composto por 12 (doze)

questões fechadas. Os questionários tiveram como objetivo

conhecimento sobre a Educação Ambiental e o processo de Reciclagem nas escolas

BA. Para a obtenção desses resultados foram aplicados 10 (dez)

questionários para cada escola, totalizando 20 (vinte) questionários.

Inicialmente perguntou-se se eles tinham algum conhecimento sobre

Educação Ambiental, dos 20 entrevistados 12 (doze) responderam que sim e 08

(oito) responderam que não. Como mostra o gráfico.

Gráfico 8: Conhecimento dos alunos sobre Educação Ambiental

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

Diante das respostas dos alunos, percebe-se que uma parte significativa de

ainda não tem nenhum conhecimento sobre a Educação Ambiental, dessa forma,

60%

40%

Sim Não

42

se perceber que os professores não compreendem a

importância da redução do consumo com a finalidade de reduzir o lixo, eles ainda

acreditam que a reciclagem seja a única forma de reduzir o lixo produzido pela

A análise que se segue foi feita a partir das respostas obtidas com os

questionários aplicados aos alunos das escolas citadas. Composto por 12 (doze)

questões fechadas. Os questionários tiveram como objetivo investigar o

conhecimento sobre a Educação Ambiental e o processo de Reciclagem nas escolas

BA. Para a obtenção desses resultados foram aplicados 10 (dez)

questionários para cada escola, totalizando 20 (vinte) questionários.

se se eles tinham algum conhecimento sobre

Educação Ambiental, dos 20 entrevistados 12 (doze) responderam que sim e 08

o Ambiental

se que uma parte significativa de

ainda não tem nenhum conhecimento sobre a Educação Ambiental, dessa forma,

Page 44: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

faz-se necessário que a escola

para os benefícios que esta prática poderá trazer, não só para o ser humano, mas

sim para toda a biosfera.

As escolas estão sempre trabalhando com projetos que envolvem a Educação

Ambiental, entretanto, é percebido que

escolas se dá de forma descontextualizada e os

relação com o tema abordado, compreende

dos alunos demonstrou um desconhecimento acer

Quando questionados se a educação Ambiental é trabalhada na Escola 13

(treze) responderam que sim e 07 (sete) responderam que não, como apresenta o

gráfico 9.

Gráfico 9: A Educação Ambiental é trab

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

A quantidade de alunos que responderam que a Educação Ambiental não é

trabalhada em sua escola (35%), leva

professores quando afirmaram que a mesma é trabalhada de forma interdisciplinar,

conforme mostra a questão

um re-pensar de como está sendo trabalhada de fato a Educação Ambiental, pois

esta se constitui como um tema transversal e deve ser trabalhada em todas as

disciplinas. De acordo com os Parâmetros Curr

ser um tema transversal a Educação Ambiental contem um conjunto de conceitos,

se necessário que a escola desenvolva um trabalho visando despertar os alunos

para os benefícios que esta prática poderá trazer, não só para o ser humano, mas

sim para toda a biosfera.

As escolas estão sempre trabalhando com projetos que envolvem a Educação

é percebido que grande parte dos projetos pedagógicos das

escolas se dá de forma descontextualizada e os alunos não

relação com o tema abordado, compreende-se então que por esse motivo a maioria

dos alunos demonstrou um desconhecimento acerca da Educação Ambiental.

Quando questionados se a educação Ambiental é trabalhada na Escola 13

(treze) responderam que sim e 07 (sete) responderam que não, como apresenta o

Gráfico 9: A Educação Ambiental é trabalhada na Escola

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

A quantidade de alunos que responderam que a Educação Ambiental não é

trabalhada em sua escola (35%), leva-se a uma reflexão acerca das respostas dos

professores quando afirmaram que a mesma é trabalhada de forma interdisciplinar,

conforme mostra a questão 2 da análise dos professores. Assim, faz

pensar de como está sendo trabalhada de fato a Educação Ambiental, pois

esta se constitui como um tema transversal e deve ser trabalhada em todas as

disciplinas. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), apesar de

ser um tema transversal a Educação Ambiental contem um conjunto de conceitos,

65%

35%

Sim Não

43

desenvolva um trabalho visando despertar os alunos

para os benefícios que esta prática poderá trazer, não só para o ser humano, mas

As escolas estão sempre trabalhando com projetos que envolvem a Educação

grande parte dos projetos pedagógicos das

não conseguem fazer

se então que por esse motivo a maioria

ca da Educação Ambiental.

Quando questionados se a educação Ambiental é trabalhada na Escola 13

(treze) responderam que sim e 07 (sete) responderam que não, como apresenta o

A quantidade de alunos que responderam que a Educação Ambiental não é

se a uma reflexão acerca das respostas dos

professores quando afirmaram que a mesma é trabalhada de forma interdisciplinar,

2 da análise dos professores. Assim, faz-se necessário

pensar de como está sendo trabalhada de fato a Educação Ambiental, pois

esta se constitui como um tema transversal e deve ser trabalhada em todas as

iculares Nacionais (2000), apesar de

ser um tema transversal a Educação Ambiental contem um conjunto de conceitos,

Page 45: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

44

procedimentos, atitudes e valores que deverão ser representados pelos professores

e assimilados pelos alunos.

[...] a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade local e global. Para isso, é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e de procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. (BRASIL, 2000, p.54),

Dessa forma, pode-se perceber que os temas transversais referem-se às

questões da atualidade que são relevantes ao interesse da sociedade e que atingem

varias áreas do conhecimento. Para tanto, deve-se fazer a realização do um

planejamento coletivo e interdisciplinar bem como os eixos centrais do processo de

ensino-aprendizagem.

Entretanto, é notado que nem sempre a E.A. é trabalhado adequadamente

nas escolas, pois, muitos professores, ainda acreditam que esse tema é de

responsabilidade do professor de Ciências Naturais.

Em uma das perguntas questionou-se, o que os alunos pensam da discussão

sobre os problemas ambientais que estão cada vez mais sendo discutidos na mídia

e na sociedade. Dos 20 (vinte) alunos 06 (seis) responderam que acha bom, 01 (um)

respondeu que acha chato, 07 (sete) responderam que é importante e (06) acham

ótimo.

Page 46: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Gráfico 10: O que os alunos pensam da discussão sobre

os problemas ambientais.

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Pode-se verificar que a maioria dos alunos acha importante a discussão dos

temas ambientais. A partir desta comprovação, torna

trabalhar com temáticas ambientais que

Foi questionado aos alunos se eles tinham conhecimento sobre o problema

do lixo no Brasil. Dos entrevistados 16 (dezesseis) responderam que sim e 04

(quatro) responderam que não.

Gráfico 11: Tem conhecimento sobre o problema do lixo no

Brasil.

Fonte: Pesquisa de Campo, 20

Gráfico 10: O que os alunos pensam da discussão sobre

os problemas ambientais.

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

se verificar que a maioria dos alunos acha importante a discussão dos

temas ambientais. A partir desta comprovação, torna-se fácil para o professor

trabalhar com temáticas ambientais que demonstram interesse ao aluno.

Foi questionado aos alunos se eles tinham conhecimento sobre o problema

do lixo no Brasil. Dos entrevistados 16 (dezesseis) responderam que sim e 04

(quatro) responderam que não.

Gráfico 11: Tem conhecimento sobre o problema do lixo no

Fonte: Pesquisa de Campo, 2009.

30%

5%

45%

20%

Bom Chato Importante Ótimo

80%

20%

Sim Não

45

Gráfico 10: O que os alunos pensam da discussão sobre

se verificar que a maioria dos alunos acha importante a discussão dos

se fácil para o professor

demonstram interesse ao aluno.

Foi questionado aos alunos se eles tinham conhecimento sobre o problema

do lixo no Brasil. Dos entrevistados 16 (dezesseis) responderam que sim e 04

Gráfico 11: Tem conhecimento sobre o problema do lixo no

Page 47: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Quando questionados se acreditavam que os materiais recicláveis de

ser jogados no lixo comum. 16 (dezesseis) responderam que sim e 04 (quatro)

disseram que não.

Gráfico 12: Os materiais recicláveis devem ser jogados no lixo

comum

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Questionou-se aos alunos se eles tem conhecimentos de algum tipo de coleta

seletiva na cidade de Ituberá, 19 (dezenove) responderam que não e apenas 01

disse conhecer.

Gráfico 13: Tem conhecimento de coleta seletiva de lixo em

Ituberá

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Quando questionados se acreditavam que os materiais recicláveis de

ser jogados no lixo comum. 16 (dezesseis) responderam que sim e 04 (quatro)

Gráfico 12: Os materiais recicláveis devem ser jogados no lixo

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

se aos alunos se eles tem conhecimentos de algum tipo de coleta

seletiva na cidade de Ituberá, 19 (dezenove) responderam que não e apenas 01

Gráfico 13: Tem conhecimento de coleta seletiva de lixo em

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

80%

20%

Sim Não

5%

95%

Sim Não

46

Quando questionados se acreditavam que os materiais recicláveis deveriam

ser jogados no lixo comum. 16 (dezesseis) responderam que sim e 04 (quatro)

Gráfico 12: Os materiais recicláveis devem ser jogados no lixo

se aos alunos se eles tem conhecimentos de algum tipo de coleta

seletiva na cidade de Ituberá, 19 (dezenove) responderam que não e apenas 01

Gráfico 13: Tem conhecimento de coleta seletiva de lixo em

Page 48: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE …€¦ · acentuaram a crise ambiental, colocando em cheque a própria sobrevivência da espécie humana. Durante muito tempo, o homem

Perguntou-se como avaliam as informações sobre campanhas de lixo

cidade. 12 (doze) disseram ser ruim, 04 (quatro) disseram ser regular, 02 (dois)

responderam que é bom e apenas 01 (um) respondeu ser ótima. Como mostra o

gráfico.

Gráfico 14: Como avaliam as informações sobre campanha de

lixo na cidade.

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Também questionou

separação dos resíduos recicláveis na sua casa. Do total de entrevistados 12 (doze)

disseram que sim e 08 (oito) disseram nunca ter sido informado sobre o assunto.

Como mostra o gráfico.

se como avaliam as informações sobre campanhas de lixo

cidade. 12 (doze) disseram ser ruim, 04 (quatro) disseram ser regular, 02 (dois)

responderam que é bom e apenas 01 (um) respondeu ser ótima. Como mostra o

Gráfico 14: Como avaliam as informações sobre campanha de

lixo na cidade.

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

Também questionou-se se alguma vez foram informados de como fazer a

separação dos resíduos recicláveis na sua casa. Do total de entrevistados 12 (doze)

eram que sim e 08 (oito) disseram nunca ter sido informado sobre o assunto.

5%

11%

21%63%

Ótimo Bom Regular Ruim

47

se como avaliam as informações sobre campanhas de lixo na

cidade. 12 (doze) disseram ser ruim, 04 (quatro) disseram ser regular, 02 (dois)

responderam que é bom e apenas 01 (um) respondeu ser ótima. Como mostra o

Gráfico 14: Como avaliam as informações sobre campanha de

se se alguma vez foram informados de como fazer a

separação dos resíduos recicláveis na sua casa. Do total de entrevistados 12 (doze)

eram que sim e 08 (oito) disseram nunca ter sido informado sobre o assunto.

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Gráfico 15: Já foram informados de como fazer a separação a

Separação dos resíduos recicláveis em casa.

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Para a pergunta que procurou saber se a família tem consciência da

importância da separação dos materiais recicláveis 10 (dez) dos alunos

responderam sim e 10 (dez) disseram que não. Como mostra

Gráfico 16: Sua família tem consciência da importância da

separação dos materiais recicláveis.

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Gráfico 15: Já foram informados de como fazer a separação a

Separação dos resíduos recicláveis em casa.

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

Para a pergunta que procurou saber se a família tem consciência da

importância da separação dos materiais recicláveis 10 (dez) dos alunos

responderam sim e 10 (dez) disseram que não. Como mostra no gráfico.

Gráfico 16: Sua família tem consciência da importância da

eparação dos materiais recicláveis.

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

60%

40%

Sim Não

50%50%

Sim Não

48

Gráfico 15: Já foram informados de como fazer a separação a

Para a pergunta que procurou saber se a família tem consciência da

importância da separação dos materiais recicláveis 10 (dez) dos alunos

no gráfico.

Gráfico 16: Sua família tem consciência da importância da

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Os alunos foram questionados

com outras pessoas a respeito da separação do lixo e 07 (sete)

sim e 13 (treze) responderam que não. Como mostra o gráfico

Gráfico 17: Já conversaram a respeito da separação do lixo

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Para a pergunta que procurou saber se eles acreditam que a separação do

lixo pode contribuir de alguma f

responderam que sim e 05 (cinco) responderam que não. Como mostra o gráfico.

Gráfico 18: Acreditam que a separação do lixo pode contribuir

de alguma forma para

Fonte: Pesquisa de Campo 20

Os alunos foram questionados também se já conversaram com a família ou

com outras pessoas a respeito da separação do lixo e 07 (sete)

responderam que não. Como mostra o gráfico

Gráfico 17: Já conversaram a respeito da separação do lixo

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

Para a pergunta que procurou saber se eles acreditam que a separação do

lixo pode contribuir de alguma forma para o meio ambiente, 15 (quinze) alunos

responderam que sim e 05 (cinco) responderam que não. Como mostra o gráfico.

Gráfico 18: Acreditam que a separação do lixo pode contribuir

e alguma forma para o meio ambiente.

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

35%

65%

Sim Não

75%

25%

Sim Não

49

também se já conversaram com a família ou

com outras pessoas a respeito da separação do lixo e 07 (sete) responderam que

.

Gráfico 17: Já conversaram a respeito da separação do lixo

Para a pergunta que procurou saber se eles acreditam que a separação do

orma para o meio ambiente, 15 (quinze) alunos

responderam que sim e 05 (cinco) responderam que não. Como mostra o gráfico.

Gráfico 18: Acreditam que a separação do lixo pode contribuir

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Por fim, foi solicitado que os alunos respondessem se o trabalho dos

catadores de lixo é uma atividade necessária para a sociedade em geral. Dos

entrevistados 14 (quatorze) afirma

responderam que não. Como descreve o gráfico.

Gráfico 19: O trabalho dos catadores de lixo é uma atividade

necessária para a sociedade em geral.

Fonte: Pesquisa de Campo 20

O catador de lixo surge com uma nova profissão

mais. Essa atividade hoje tem proporcionado o

grande parte de lixo das ruas, e ajuda a

da reciclagem de lixo.

A partir da análise dos questionários constatou

ainda não está inserida de maneira eficaz no currículo da escola e também os

alunos são receptivos aos temas que diz

Sabe-se que atualmente a problemática ambiental está cada vez mais em

evidência nos meio de comunicações e no cotidiano, assim, cabe a escola

desenvolver na educação formal um trabalho permanente de conscientização e

sensibilização das questões ambientais.

O lixo vem se tornando um grande problema ambiental, pois o consumismo

tem proporcionado um aumento significativo na produção de lixo por cada indivíduo.

Por fim, foi solicitado que os alunos respondessem se o trabalho dos

catadores de lixo é uma atividade necessária para a sociedade em geral. Dos

entrevistados 14 (quatorze) afirmaram achar um trabalho importante e 06 (seis)

responderam que não. Como descreve o gráfico.

Gráfico 19: O trabalho dos catadores de lixo é uma atividade

necessária para a sociedade em geral.

Fonte: Pesquisa de Campo 2009.

O catador de lixo surge com uma nova profissão que vem crescendo cada dia

mais. Essa atividade hoje tem proporcionado o sustento a várias famílias, retira

grande parte de lixo das ruas, e ajuda a preservar o meio ambiente com o aumento

A partir da análise dos questionários constatou-se que a Educação Ambiental

ainda não está inserida de maneira eficaz no currículo da escola e também os

alunos são receptivos aos temas que dizem respeito ao meio ambiente.

se que atualmente a problemática ambiental está cada vez mais em

evidência nos meio de comunicações e no cotidiano, assim, cabe a escola

desenvolver na educação formal um trabalho permanente de conscientização e

zação das questões ambientais.

O lixo vem se tornando um grande problema ambiental, pois o consumismo

tem proporcionado um aumento significativo na produção de lixo por cada indivíduo.

70%

30%

Sim Não

50

Por fim, foi solicitado que os alunos respondessem se o trabalho dos

catadores de lixo é uma atividade necessária para a sociedade em geral. Dos

ram achar um trabalho importante e 06 (seis)

Gráfico 19: O trabalho dos catadores de lixo é uma atividade

que vem crescendo cada dia

várias famílias, retira

preservar o meio ambiente com o aumento

se que a Educação Ambiental

ainda não está inserida de maneira eficaz no currículo da escola e também os

em respeito ao meio ambiente.

se que atualmente a problemática ambiental está cada vez mais em

evidência nos meio de comunicações e no cotidiano, assim, cabe a escola

desenvolver na educação formal um trabalho permanente de conscientização e

O lixo vem se tornando um grande problema ambiental, pois o consumismo

tem proporcionado um aumento significativo na produção de lixo por cada indivíduo.

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Dessa forma, faz-se necessário que a escola desenvolva trabalhos que despertem

no educando o desejo em consumir menos e ser um multiplicador dessa

consciência.

A reciclagem constitui-se como uma alternativa para amenizar os impactos

ambientais causados pelo aumento do lixo no planeta. Nessa perspectiva, deve-se

na escola, orientar os alunos a fazerem a coleta seletiva do lixo, não só na escola,

mas, principalmente em casa que é o lugar onde o sujeito produz uma quantidade

maior de lixo e a partir daí o educando perceba o benefício da reciclagem para o

ambiente, pois do ponto de vista ambiental, a reciclagem evita a poluição do

ambiente (água, ar e solos) provocada pelo lixo; aumenta a vida útil dos aterros

sanitários, pois diminui a quantidade de resíduos a serem dispostos; diminui a

exploração de recursos naturais, muitos não renováveis, como o petróleo; reduz o

consumo de energia; e, ainda, gera oportunidades para conscientização em relação

a inúmeros outros problemas ecológicos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos objetivos propostos e nos resultados obtidos através da

pesquisa pode-se chegar as seguintes conclusões:

Nas ultimas décadas, a humanidade tem se conscientização de que o espaço

do planeta terra é limitado, da mesma forma que os recursos naturais nele existente.

Tomou-se consciência de que os bens naturais não são renováveis, e a degradação

acontece com uma velocidade nunca vista as conseqüências serão gravíssimas

para a humanidade.

Atualmente a conscientização mundial vem crescendo, embora o lucro ainda

se faça mais importante do que o custo da recuperação. Preservar, conservar e

recuperar deve ser visto como uma questão de inteligência, afinal o futuro da

humanidade depende do meio ambiente.

As escolas reconhecem a importância da educação ambiental e a

necessidade de uma prática voltada para a conscientização de um ambiente

saudável. Assim, baseado nessa proposta buscam desenvolvera Educação

Ambiental através de trabalhos interdisciplinares visando uma formação

concientizadora e coletiva para a população.

Diante dos dados apresentados é fato que o município de Ituberá ainda não

adota as políticas voltadas para a problemática do lixo, principalmente com assuntos

relevantes no que se refere a importância da reciclagem. O município não apresenta

uma preocupação com esse aspecto. Visto que, foi observado através da pesquisa

que as campanhas ou propagandas com informes para a população como fazer a

coleta seletiva é precária o que deixa uma lacuna entre o que as escolas fazem e o

que vivenciado no dia-a-dia do alunado.

Portanto, fica evidente que o papel da educação ambiental é através de

projetos ambientais, sobretudo voltados para questão do lixo, que na atualidade é

primordial, que se verifiquem resultados eficazes. Deve primeiramente conscientizar

promovendo incentivos que possam promover a realização dos mesmos, através de

informações rápidas e respostas organizadas por parte de toda população.

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Para que o município promova um trabalho de qualidade nessa área,

recomenda-se que a secretaria do meio ambiente organize um pessoal qualificado e

busque parcerias com as escolas que possam otimizar promovendo resultados

expressivos para a população.

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REFERÊNCIAS

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LAYARGUES, Philippe. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. In: LOUREIRO, F.; LAYARGUES, P.; CASTRO, R. (Orgs.) Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Cortez, 2008

MEDEIROS, Heitor e SATO, Michèle. Revista brasileira de educação ambiental / Rede Brasileira de Educação Ambiental. Anais do V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental / Encontro da Rede Brasileira de Educação Ambiental. n. 1, nov.2004. – Brasília: Rede Brasileira de Educação Ambiental, 2004.

MENEZES, M.G.; BARBOSA, R.M.; JÓFILI, Z.M.S.; MENEZES, A.P.A.B.. Lixo, Cidadania e Ensino: Entrelaçando Caminhos. Química Nova na Escola. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química. no 22. novembro de 2005. p. 38-41.

PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998.

REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998.

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ANEXOS

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