33
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FAMILIAR Por: Eduardo Luiz Marinho da Silva Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FAMILIAR

Por: Eduardo Luiz Marinho da Silva

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2010

Page 2: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FAMILIAR

Apresentação de Monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós Graduação “Lato Sensu”

em Docência do Ensino Superior.

Por: Eduardo Luiz Marinho da Silva

Page 3: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

3

AGRADECIMENTOS

Em especial a minha esposa Renata: pois se não fossem os seus

incentivos, suas cooperações, sua dedicação, seus carinhos, suas atenções,

poderia acreditar que hoje não estaria concluindo este Curso de Docência no

Ensino Superior. Ela me fez acreditar que um sonho, por mais distante que ele

possa parecer estar, sempre é possível de torná-lo real. Basta ter atitude e

vontade de fazer com que ele aconteça.

Agradeço ainda a colaboração do orientar Marcelo Saldanha pelas dicas

na montagem do Plano de Pesquisa e a Deus por ter me proporcionado forças,

coragem e saúde para ter conseguido concluir mais uma etapa deste novo

caminho que se inicia.

Page 4: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho com muito amor e carinho a minha esposa Renata,

a minha tão querida mãe e a todos os familiares e amigos que me apoiaram

neste novo projeto de trabalho.

Page 5: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

5

RESUMO

A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição,

senso assim, é importante analisarmos as ferramentas que a Contabilidade,

como ciência, pode oferecer para serem alocadas dentro do âmbito familiar, a

fim de ajudar a planejar o futuro.

Criar metas a serem alcançadas, como exemplo: como poupar e/ou

realizar investimentos financeiros estratégicos que possam garantir o futuro

educacional dos filhos. Traçar objetivos a ser conquistado, criar controles de

todas as ações realizadas pela família com gastos, despesas e investimentos.

Page 6: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

6

METODOLOGIA

A pesquisa foi baseada em bibliografias de Livros de Contabilidade, de

Filosofia, de Sociologia, de Educação, publicações de Revistas voltadas para

área contábil e financeira com enfoque na Economia Doméstica Brasileira e

sites.

Page 7: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - CONTABILIDADE 09

1.1 História 09

1.2 Conceito 10

1.3 Princípios da Contabilidade 11

CAPÍTULO II - AS FERRAMENTAS CONTÁBEIS 16

2.1 Balanço Patrimonial 16

2.2 DRE 18

2.3 Plano de Contas 19

2.4 Fluxo de Caixa 21

CAPÍTULO III - O ORÇAMENTO FAMILIAR 22

3.1 O Orçamento do Brasileiro 22

3.2 Como Planejar o Orçamento 24

3.3 Como Gerenciar 25

CAPÍTULO IV - A Contabilidade e a Educação 27

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 30

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL 31

ÍNDICE 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO 33

Page 8: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

8

INTRODUÇÃO

O planejamento econômico doméstico é uma ferramenta indispensável

para organizar a gestão familiar. Quando se faz o planejamento bem

estruturado e o acompanhamento periódico de suas mutações. Tornasse muito

mais viável à conquista dos objetivos traçados pela família. Sendo possível dar

sustentabilidade para prover o futuro de forma mais segura e consistente.

A entidade familiar possui um patrimônio. Ele deverá ser cuidado e

preservado, com intuito de ser ampliado. Mas para que isso aconteça à

administração necessita de ferramentas para controlá-lo, cuja base vem da

Contabilidade.

A Contabilidade, na condição de Ciência Social, passou a ser a peça

chave sobre o desempenho financiero da entidade familiar. Tendo, com isso,

uma nova perspectiva acerca de seu papel. Começa a ser um elemento

essencial na gestão familiar.

Page 9: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

9

CAPÍTULO I

CONTABILIDADE

1.1 História

Há relatos de que as primeiras manifestações contábeis datam de

cerca de 2.000 a.C, com os sumérios¹. Num mercado baseado na troca de

mercadorias, a contabilidade servia para definir quanto alguém possuia de uma

determinada mercadoria e qual o valor de troca dessa mercadoria em relação

a outra. A contabilidade iniciou-se empiricamente² com LEONARDO

FIBONACCI (1202) e depois o monge LUCA PACIOLI (1494), principal

divulgador do método das partidas dobradas, encerrou-se a fase empírica e

menos organizada da contabilidade a partir do século XV. A chamada escola

inglesa (FRANCIS BACON - 1620, JOHN LOCKE - 1693, DAVID HUME –

1739-1740) contestou o excesso de especulação científica e concebeu o

Empírico como um critério determinante do que seria ciência ou não (indução

empírica) segundo o sociólogo PEDRO DEMO (1982).

Mas a contabilidade só foi reconhecida como ciência propriamente dita

no início do século XIX. Por longo período sua história se confundiu com os

registros patrimoniais de organizações mercantis e econômicas e até os dias

de hoje é possível se notar alguma confusão entre a ciência contábil e a

escrituração de fatos patrimoniais.

Outra dificuldade que se encontra no estudo da matéria,

principalmente no Brasil, é a dos trabalhos científicos sobre contabilidade não

raro sofrerem de um excesso de experimentalismo, o que tem prejudicado o

_______________________________________________________________

¹ Da, ou pertencente ou relativo à Suméria, antiga região da Mesopotâmia

(Ásia). Natural ou habitante da Suméria (Dicionário Aurélio).

² Doutrina que admite que o conhecimento provenha unicamente da

experiência (Dicionário Aurélio).

Page 10: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

10

desenvolvimento da matéria em várias áreas. Muitos desses trabalhos foram

classificados até o final da década de 60 como de economia aziendal um ramo

da economia proposto pelos italianos e outros estudiosos europeus, passando

a prática contábil e, particularmente, a escrituração, a ser mais conhecida

como contabilidade aplicada. Apesar da conotação econômica, a economia

aziendal ressaltava os vínculos contábeis com disciplinas administrativas e

matemáticas. Por essa característica, foi criticada pois sua estrutura se

pareceria com um "sistema de ciências". Assim, no Brasil, prevalece a

abordagem acadêmica da essência econômica, deixando de ser destacada em

primeiro nível as relações profundas com outras ciências observadas na

contabilidade aplicada.

1.2 Conceito

Contabilidade é a ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio

das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo

quanto no qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-

financeira que o afetam e estudando suas consequências na dinâmica

financeira. O nome deriva do uso das contas contábeis. De acordo com a

doutrina oficial brasileira (organizada pelo Conselho Federal de Contabilidade),

a contabilidade é uma ciência social, da mesma forma que a economia e a

administração. No Brasil, os profissionais de contabilidade são chamados de

contabilistas. Aqueles que concluem os cursos de nível superior de Ciências

Contábeis recebem o diploma de bacharel em ciências contábeis (Contador).

Existe também o título técnico de contabilidade aos que têm formação de nível

médio/técnico.

Em Portugal o termo "contador" tornou-se arcaico, sendo sempre

utilizado o termo contabilista, independentemente do nível acadêmico. Existe

no entanto distinção na classificação profissional entre técnicos oficiais de

contas (TOC) e revisores oficiais de contas (ROC).

Page 11: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

11

Até a primeira metade da década de 70, o profissional do ofício técnico

também era conhecido como guarda-livros (correspondente do inglês

bookkeeper), mas o termo caiu em desuso.

Em fevereiro de 2009 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)

apurou no Brasil a existência de 403.912 contabilistas e 69.779 organizações

contábeis ativas.

1.3 Princípios da Contabilidade

São os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática

dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no

meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das

demonstrações financeiras.

No Brasil, com forte tendência para a internacionalização, os princípios

estão organizados em sete Princípios Fundamentais de Contabilidade,

antes chamados de Princípios Contábeis Geralmente Aceitos.

À medida que a prática e a Ciência Contábil foram sendo organizadas

e estruturadas, pesquisadores procuraram identificar e compilar quais os

princípios que as orientavam, em especial a função de registrar todos os fatos

que afetam o patrimônio de uma entidade. Os princípios contábeis ou

contabilísticos tornaram-se regras que passaram a ser seguidas e aceitas por

todos e hoje constituem a principal teoria que sustenta e fundamenta a

Contabilidade.

Nos Estados Unidos, país que primeiro procurou compilar os princípios

contábeis (conhecidos pela sigla US-GAAP's), eles foram vistos durante um

certo tempo como as premissas para um Sistema de Certificação e Avaliação.

Posteriormente foram o conjunto de fatores que separaria a Contabilidade

americana em duas vertentes: contabilidade financeira (na qual deveria ser

observado os princípios contábeis) e contabilidade gerencial (ramo em que os

Page 12: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

12

princípios poderiam não ser seguidos e que por isso poderia ser melhor

traduzida também como administração contábil).

No Brasil, desde que a lei 6.404/76 o incluiu como matéria legislativa a

ser observada pelos agentes do mercado de capitais, os princípios são objeto

de regulamentação dos órgãos reguladores oficiais. O Conselho Federal de

Contabilidade definiu uma primeira versão em 1981, seguida pela Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) que emitiu uma deliberação em 1986 (Deliberação

029/86), classificando-os em postulados, princípios propriamente ditos e

convenções. Em 1993, (Resolução CFC 750), ambas as entidades acordaram

em declarar "Os Princípios da Contabilidade", o que não significa que são mais

importantes do que os outros ou que existam somente os 7 (sete) definidos

pela norma profissional citada. Em 2008, a Deliberação 029/86 da CVM foi

revogada pela Deliberação 539/08, que não mais os classifica em postulados,

princípios e convenções, passando a separá-los em Pressupostos Básicos e

Características Qualitativas.

Os Princípios da Contabilidade devem ser obrigatoriamente

observados no exercício da profissão contábil e constitui condição de

legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Além disso, na

aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade à situações

concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos

formais.

A Resolução do CFC nº 750-93, como já dito, define os Princípios, que

estão revestidos de universalidade e generalidade, elementos que

caracterizam o conhecimento científico, justamente com a certeza, o método e

a busca das causas primeiras.

Os Princípios da Contabilidade são:

1. Entidade

2. Continuidade

3. Oportunidade

Page 13: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

13

4. Registro pelo valor original

5. Atualização monetária

6. Competência

7. Prudência

Em 29 de novembro de 2007 foi editada a Resolução CFC 1.111/2007

que aprova o Apêndice II da Resolução CFC 750/93 e que trata sobre o

"conteúdo e a abrangência dos Princípios Fundamentais de Contabilidade sob

a perspectiva do Setor Público (Contabilidade Pública).

Entidade

A Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa

física e pessoa jurídica. Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde

com o dos seus sócios. A contabilidade da empresa registra somente os atos e

os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa e não os

relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Não se misturam

transações de uma empresa com as de outra, mesmo que ambas sejam do

mesmo grupo empresarial, é respeitada a individualidade.

Continuidade

Tal princípio diz que a empresa deve ser avaliada e escriturada na

suposição de que a entidade nunca será extinta. As Demonstrações Contábeis

não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subseqüentes, a vida

da empresa é continuada going concern, até circunstância esclarecedora em

contrário. Seus Ativos devem ser avaliados de acordo com a potencialidade

que têm em gerar benefícios futuros para a empresa, na continuidade de suas

operações, e não pelo valor que se poderia obter se fossem vendidos no

estado em que se encontram.

Page 14: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

14

Caso ocorra situação desfavorável a entidade poderá ser investigada

pelo conselho de contabilidade, podendo conseqüentemente ser encerrada,

terminando suas atividades empresariais.

Oportunidade

Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações

patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral,

independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos

físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância

para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis

devem ser registrados, incluindo os das filiais e demais dependências de uma

mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito

caso exista como provar o seu valor. São os casos de provisões como o de

férias, 13º salário, contingências etc.

Registro pelo Valor Original

Determina que os registros contábeis sejam feitos no momento em que

o fato ocorra (tempestividade) e pelo seu valor completo (integralidade).

Portanto, este Princípio determina que o registro seja feito no momento da

transferência de propriedade, através da emissão da Nota Fiscal

(oportunidade), e pelo seu valor total (totalidade).

Atualização Monetária

Princípio Revogado Pela Res. CFC 1.282/10

Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido

à perda do poder aquisitivo num ambiente inflacionário. Portanto, a atualização

monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores

originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação do

poder aquisitivo da moeda. Serve também para homogeneizar as diversas

contas das mais variadas espécies.

Page 15: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

15

No Brasil, com o advento do Plano Real (1994), que vetou a "correção

monetária de balanços" houve a mudança da denominação do Princípio. A

antiga era "Princípio da Correção Monetária". Também o art. 185 da Lei

6.404/76 já havia sido revogado pela Lei n.º 7.730/89.

Mas apesar da falta de base legal, hoje em dia no Brasil existe uma

tensão no meio contábil, entre os órgãos reguladores (CFC e CVM) e a classe,

por causa da resolução que admite a correção monetária apenas se a inflação

passar de um determinado patamar: se a inflação superar 100% (em 3 anos)

haveria a atualização. Na verdade, essa resolução atende ao padrão

internacional. Sucede entretanto, que mesmo uma inflação baixa vai distorcer

o real valor do patrimônio em poucos anos.

Competência

As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, no

momento de sua ocorrência, independentemente de seu pagamento ou

recebimento. Este princípio está ligado ao registro de todas as receitas e

despesas de acordo com o fato gerador, no período de competência,

independente de terem sido recebidas as receitas ou pagas as despesas.

Assim, é fácil observar que o princípio da competência não está relacionado

com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas

auferidas e das despesas incorridas em determinado período.

Prudência

O princípio da prudência especifica que ante duas alternativas,

igualmente válidas, para a quantificação da variação patrimonial, será adotado

o menor valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou

exigibilidades. Assim, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis

diante dos outros princípios fundamentais de contabilidade será escolhido a

opção que diminui ou aumentar menos valor do Patrimônio Líquido.

Page 16: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

16

CAPÍTULO II

AS FERRAMENTAS CONTÁBEIS

Como resultado do estudo, apresenta ferramentas construídas à luz da

Ciência Contábil sob seu enfoque gerencial, adaptada de maneira a atender a

gestão financeira das entidades. No desenvolver do trabalho, verifica-se que a

Contabilidade Gerencial pode contribuir positivamente para o sucesso da

entidade, IUDICIBUS (apud PADOVEZE, 2000) nos faz compreender melhor

este campo da contabilidade gerencial e sua importância:

“A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um

enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já

conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de

Custos, na Análise Financeira e de Balanços, etc, colocados numa perspectiva

diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação

e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades

em seu processo decisório”.

Para viabilizar sua implantação e compreensão por parte da entidade

familiar é necessária a adaptação de alguns instrumentos contábeis como:

Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Plano de

Contas e Fluxo de Caixa.

2.1 Balanço Patrimonial

É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação

financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data

Representando, portanto, uma posição estática da mesma. O Balanço

apresenta os Ativos (bens e direitos) e Passivos (exigibilidades e obrigações) e

o Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e

passivos.

Page 17: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

17

MODELO DE UM BALANÇO PATRIMONIAL:

Fonte: http://www.find-docs.com/modelo-de-balanço-patrimonial-2010.html

Elaborado de acordo com os critérios previstos na NBC-T-3.2, com nova redação dada pela Lei nº 11.638/2007 e MP nº 449/2008 alterada pela Lei 11.941 de 27/05/2009 :

RESOLUÇÕES FEDERAIS: RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.157/09 RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.159/09

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidade Duplicatas a Receber (-) Duplicatas Descontadas Contas a Receber Estoques Outros Créditos Despesas do Exercício Seguinte NÃO-CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Valores a Receber Investimentos Participação em Outras Empresas Outros Investimentos Imobilizado Bens em Operação Imobilizado em Andamento (-) Depreciação Acumulada Intangível Direito Autoral Fundo de Comércio Software (-) Amortização Acumulada

PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos e Financiamentos Bancários Fornecedores Nacionais Fornecedores Estrangeiros Obrigações Trabalhistas Obrigações Tributárias Outras Obrigações NÃO-CIRCULANTE Financiamentos Obrigações PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados

Page 18: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

18

2.2 Demonstração de Resultado do Exercício - DRE

Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício,

diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o

regime de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados

operacionais de uma entidade em certo período. Embora sejam elaboradas

anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela

administração e trimestralmente para fins fiscais. A DRE, pode ser utilizada

como indicadores de auxílio a decisões financeiras.

MODELO DE DRE:

DRE R$ RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS Impostos s/ vendas (ICMS ou ISS,CONFINS, PIS), Vendas anuladas e descontos incondicionais concedidos.

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS OPERACIONAIS CMV E CSP LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS • De Vendas

• Despesas Financeiras

• (+) Receitas Financeiras

• Despesas Administrativas

• Outras Despesas Operacionais Multas fiscais

(+) OUTRAS RECEITAS OPERAC. Aluguéis Ativos

LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (+) OUTRAS RECEITAS

Ganhos em transações do Ativo Per.

(-) OUTRAS DESPESAS Perdas em transações do Ativo Permanente.

RESULTADO ANTES DA PROVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA (-) PROV. P/ CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS O IMPOSTO DE RENDA CSLL (-) PARTICIPAÇÕES LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Fonte: http://www.find-docs.com/modelo-de-dre-2010.html

Page 19: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

19

2.3 Plano de Contas

Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas,

previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de

fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a

elaboração das demonstrações contábeis.

A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, já que

os usuários de informações podem necessitar de detalhamentos específicos,

que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender.

Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro

das operações da entidade e, na sua montagem, deve ser levado em conta o

objetivo fundamental que é atender às necessidades de informação da

administração da entidade.

O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de

contas constitui na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte,

ainda, a descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de

Contas", que contém comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o

uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras

informações sobre critérios gerais de contabilização).

Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de plano de contas em dois níveis: 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 Caixa 1.1.1.01 Caixa Geral 1.1.2 Bancos C/Movimento 1.1.2.01 Banco Alfa 1.1.3 Contas a Receber 1.1.3.01 Clientes 1.1.3.02 Outras Contas a Receber 1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas 1.1.4 Estoques 1.1.4.01 Mercadorias 1.1.4.02 Produtos Acabados 1.1.4.03 Insumos 1.1.4.04 Outros

Page 20: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

20

1.2 NÃO CIRCULANTE 1.2.1 Contas a Receber 1.2.1.01 Clientes 1.2.1.02 Outras Contas 1.2.2 INVESTIMENTOS 1.2.2.01 Participações Societárias 1.2.3 IMOBILIZADO 1.2.3.01 Terrenos 1.2.3.02 Construções e Benfeitorias 1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas 1.2.3.04 Veículos 1.2.3.05 Móveis 1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada 1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada 1.2.4 INTANGÍVEL 1.2.4.01 Marcas 1.2.4.02 Softwares 1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada 2 PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher 2.1.1.01 Simples a Recolher 2.1.1.02 INSS 2.1.1.03 FGTS 2.1.2 Contas a Pagar 2.1.2.01 Fornecedores 2.1.2.02 Outras Contas 2.1.3 Empréstimos Bancários 2.1.3.01 Banco A - Operação X 2.2 NÃO CIRCULANTE 2.2.1 Empréstimos Bancários 2.2.1.01 Banco A - Operação X 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 Capital Social 2.3.2.01 Capital Social Subscrito 2.3.2.02 Capital Social a Realizar 2.3.2. Reservas 2.3.2.01 Reservas de Capital 2.3.2.02 Reservas de Lucros 2.3.3 Prejuízos Acumulados 2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores 2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm

Page 21: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

21

2.4 Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira

da entidade. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao

gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos

financeiros da entidade. O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o

futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que

se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para

enfrentar a escassez ou o excesso de recursos.

Por outro lado é importante ressaltar que o fluxo de caixa também

apresenta suas limitações. Uma delas é a incapacidade de fornecer

informações precisas sobre o lucro e sobre os custos. Isto porque as

apurações e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo

regime de competência. Todavia, pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um

instrumento de controle e análise financeira que juntamente com as demais

demonstrações contábeis torna-se efetivamente um instrumento de apoio à

tomada de decisões de caráter financeiro.

O fluxo de caixa é o produto final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar.

Contasa

Receber

Contasa

Pagar

Fluxode

Caixa

Caixa Bancos Aplicações

Fonte: Antonio Lopes de Sá (1997)

Page 22: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

22

CAPÍTULO III

O ORÇAMENTO FAMILIAR

Muitas pessoas entendem que o orçamento familiar é apenas anotar

o que se tem para pagar no próximo mês. O orçamento envolve: planejar,

eleger prioridades, controlar seu fluxo de caixa. O orçamento irá ajudá-lo a

entender seus hábitos de consumo. A elaboração do orçamento familiar não é

uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos para o seu futuro

e o de sua família. Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente

sobre as finanças com a família são os caminhos para que cada um esteja

comprometido e faça sua parte. É a forma de garantir a estabilidade das

finanças no presente, visando prevenir o futuro.

HORNGREN (2000) define orçamento como “expressão quantitativa de

um plano de ação futuro da organização para um determinado período”.

MEYER apud TUNG (1975) define de forma mais detalhada,

descrevendo o orçamento da seguinte forma: “a gestão orçamentária se apóia

em previsões, função das condições internas e externas da entidade. A partir

dessas previsões, os responsáveis pela entidade recebem atribuições –

programas e meios – para um período limitado em valor e quantidade”.

3.1 O Orçamento do Brasileiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados

preliminares da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada entre

julho de 2002 e junho de 2003. A POF visa mensurar as estruturas de

consumo, dos gastos e dos rendimentos das famílias, possibilitando traçar um

perfil das condições de vida da população, a partir da análise de seus

orçamentos doméstico. Foram visitadas 60 mil famílias, das quais 48,5 mil

foram acompanhadas em seus hábitos por nove dias consecutivos.

Page 23: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

23

Os dados preliminares mostram contradições na sociedade brasileira.

Chamamos a atenção, nesta oportunidade, para a informação de que 85,3%

das famílias não conseguem pagar todas as despesas com o que recebem.

Isso abrange 41 milhões de famílias, que gastam mais do que ganham,

significando 150 milhões de pessoas vivendo em domicílios endividados. A

população brasileira na época da pesquisa era 175 milhões.

Os dados sobre as três classes de renda pesquisadas pelo IBGE

mostram: as famílias mais pobres informaram gastar mais do que ganham, no

caso dos que tem renda familiar mensal de até R$ 400, as despesas somam

R$ 454,70, já os que recebem de R$ 2 mil a 3 mil, gastam em média R$ 2.450

e os com rendimentos acima de R$ 6 mil apresentam gastos na ordem de R$

8,7mil.

Os rendimentos cobrem as despesas, para as famílias com renda

acima de R$ 3 mil, abaixo dessa renda as famílias vivem em constante

desequilíbrio. Quanto às causas do desequilíbrio financeiro constatado, ainda

não há informação. A questão é o que fazer para recuperar esse contingente

de 41 milhões de famílias com renda abaixo de R$ 3 mil e prevenir que esse

desequilíbrio não se expanda.

Na linha da recuperação do equilíbrio financeiro dessas 150 milhões de

pessoas, as providências imediatas estão no âmbito de cada família,

sugerindo-se: reunir a prole, estabelecer controle dos gastos, rever hábitos de

consumo, buscar aumentar a renda, definir metas para cada um, e,

periodicamente, cobrar resultados.

A linha da prevenção poderá envolver um processo pedagógico de

conscientização e assimilação da importância do planejamento financeiro

familiar. À semelhança do que existe em alguns países da União Européia,

Estados Unidos e Japão onde o problema do endividamento já assume

proporções graves, recomenda-se a introdução, nas escolas, de programas de

educação para adolescentes e adultos, sobre as finanças pessoais, crédito e

endividamento, abrangendo, entre outras, a gestão, o planejamento e o

orçamento.

Page 24: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

24

Cabe destacar ainda outro dado da pesquisa: 93,9% do orçamento

esta sendo consumido com gastos correntes, enquanto na pesquisa de 1974,

esse percentual era de 79,8%.

Há suficientes evidências que a capacidade de poupança e

investimento está comprometida e com tendência de agravamento da saúde

financeira das pessoas.

3.2 Como Planejar o Orçamento

1. Primeiro passo do orçamento é identificar para onde está indo o

dinheiro: discrimine as despesas fixas: luz, gás, água, telefone,

aluguel, condomínio, transporte, educação, assistência médica,

alimentação, e outras. Considere, também, despesas eventuais, como:

remédios, consertos em geral, cabeleireiro, oficina mecânica, lazer,

vícios, prestações, taxas, impostos, cheques pré-datados e outras.

2. Com esse levantamento feito, você deve projetar o orçamento para os

próximos meses, considerando as despesas sazonais como volta às

aulas, IPVA, licenciamento, datas comemorativas (Dia dos Pais, das

Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa etc.), férias para a

família. Lembre-se que elas podem representar um gasto substancial

em seu orçamento.

3. Discrimine as receitas: salário, outras rendas, etc, utilize o valor líquido

recebido.

4. Faça o balanceamento das receitas e despesas mensais: receitas (-)

despesas. Reserve uma parcela de suas receitas para investimentos.

Page 25: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

25

5. Dicas para corte nas despesas:

Dê um basta nas compras feitas por impulso ou por hábito. Faça uma lista das

suas prioridades de consumo, aproveitando o máximo do dinheiro que você

possui.

Tente negociar ou reduzir as grandes ou pequenas dívidas.

Seja econômico, controle os gastos com celular, internet TV a cabo, energia

elétrica.

Reduza a quantidade de cartões de crédito, dê preferência aos que oferecem

programas de afinidades adequadas ao seu perfil (milhas em viagens,

descontos,etc).

Se estiver pagando juros altos (cheque especial, cartão de crédito, agiotas,

etc.) procure substituir por empréstimo mais barato (desconto em folha ou o

crédito parcelado)

3.2 Como Gerenciar

Identifique gastos que podem ser eliminados ou reduzidos.

Não é fácil mudar hábitos da noite para o dia. Converse com a família, o

aprendizado da austeridade no trato das finanças e o alcance das metas irão

compensar os eventuais sacrifícios e descontentamentos passageiros.

Compare seus gastos com a média. Veja os dados da POF – Pesquisa de

Orçamentos Familiares do IBGE, por tipo de despesa e Região.

Ao fazer suas compras é importante lembrar que o comércio

disponibiliza diferentes formas de pagamento. Evite comprometer seu

orçamento, analise a necessidade da compra:

Page 26: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

26

• À vista – opte por esta forma de pagamento. Você pode obter bons

descontos.

• A prazo – fique atento às taxas de juros cobradas no financiamento,

compare o preço à vista com o total das parcelas e lembre-se que

mesmo no parcelamento "sem acréscimo" geralmente estão embutidos

altos juros.

• Atrasos no pagamento da prestação de financiamento implicam multa

de até 2%.

• É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos débitos, total

ou parcialmente, mediante a redução proporcional dos juros e demais

acréscimos.

Questões importantes a observar quando as formas de pagamento:

• Cheque / cartão de débito - é uma ordem de pagamento à vista. Ao

emiti-lo, lembre-se de que ele será descontado imediatamente.

• Cheque pré-datado - é um acordo informal entre fornecedor e

consumidor. Se você for utilizá-lo como forma de pagamento, faça

constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os números dos

cheques e as datas previstas para os descontos. Esta é a sua única

garantia caso o fornecedor venha a depositá-lo antes do combinado.

• Cheque especial - evite entrar no limite do cheque especial, já que as

taxas de juros costumam ser muito elevadas; não faça desse limite um

segundo salário.

• Cartão de crédito / parcelado no cartão - o controle das despesas

realizadas com cartão exige cuidados. Verifique a conveniência de ter

mais de um cartão, não se esquecendo de incluir em seu orçamento,

Page 27: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

27

as anuidades do(s) cartão (ões). Pague a fatura integralmente na data

do vencimento. Além da multa de até 2% por atraso no pagamento, os

juros cobrados no parcelamento do saldo devedor são muito altos. Em

situação de inadimplência, seu cartão poderá ser cancelado.

Os investimentos devem ter objetivos definidos: fundo de emergência,

férias, previdência, compra de automóvel, etc.

Questões importantes que o investidor deve observar:

• Qual o objetivo ao fazer este investimento?

• Qual é a expectativa de rentabilidade?

• Quanto tenho disponível para investir?

• Quando vou precisar desse dinheiro?

• Tenho todas as informações sobre este tipo de investimento?

• A diversificação da minha carteira é consistente com meu perfil de

risco?

• Acompanhe a performance do(s) seu(s) investimento(s).

CAPÍTULO IV

A CONTABILIDADE E A EDUCAÇÃO

O Ensino da Contabilidade no Brasil, ao longo de mais de uma década,

vem passando por transformações importantes para sua adequação frente às

exigências do mercado, que se encontra em uma constante dinâmica de

mudanças permanentes. O novo profissional de contabilidade precisa ajustar-

se a esse novo perfil que desponta no mundo do trabalho. Um perfil pautado

em conhecimentos, competências e habilidades, assunto este já delineado

pelas próprias Diretrizes Curriculares emanadas pelo Ministério da Educação.

Como forma de acompanhar o desempenho dos estudantes da

graduação o Instituto Nacional Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Page 28: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

28

Teixeira (INEP) vem aplicando o Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes (ENADE), o qual integra o Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Superior (SINAES). O objetivo desse exame é aferir as habilidades

acadêmicas e as competências profissionais desenvolvidas pelos seus

estudantes ingressantes e concluintes das Instituições de Educação Superior

(IES), bem como colher informações relativas às características sócio-

econômicas a respeito dos estudantes selecionados através de procedimentos

de amostragem.

Nesse sentido, ao analisar o ensino da contabilidade as atenções

devem estar centradas na verificação de como as Instituições de Ensino

Superior (IES) estão provendo, quantitativa e qualitativamente, os seus

estudantes para que estejam realmente preparados ou em condições mínimas

para o exercício da profissão que escolheram. Um dos instrumentos utilizado

para essa análise são os resultados do ENADE.

Assim, por meio de seus indicadores dos ENADE é possível levantar

algumas questões: que razões podem ter levado o curso de Ciências

Contábeis a ter uma das médias mais baixas em relação a outros cursos que

participaram, em 2006? De que forma esse exame contribui para a melhoria do

ensino contábil? O que reflete para os cursos de Ciências Contábeis o

resultado do ENADE? Que medidas poderão ser adotadas pelo Conselho

Federal de Contabilidade, Ministério da Educação e das próprias IES, para

melhoria do desempenho dos cursos?

A partir dos dados coletados do ENADE/2006, o presente trabalho tem

o objetivo de analisar o resultado do desempenho dos estudantes de Ciências

Contábeis que formam submetidos ao ENADE/2006, além de se buscar

estabelecer uma discussão crítico-sugestivo para os cursos de Ciências

Contábeis. Com isso, foi utilizada para o desenvolvimento do estudo uma

metodologia de análise documental do relatório do ENADE/2006, bem como de

uma pesquisa bibliográfica referente ao Ensino da Contabilidade, com o

propósito de equacionar e sugerir mudanças para os problemas do Ensino da

Contabilidade no Brasil.

Page 29: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

29

CONCLUSÃO

Quando o planejamento é bem estruturado, acompanhado e

controlado, resulta viável para os objetivos desejados: dar sustentação à

família e prover para o amanhã. No lar, deve haver uma conjugação de

esforços, cada um de seus membros desempenhando uma tarefa sincronizada

com as dos demais, em proveito de todos. Por isso, é uma família. Administrar

o patrimônio familiar sem planejar suas atividades é como pilotar um avião sem

fazer o plano de vôo: fica sujeito a um pouso forçado a qualquer momento e

lugar, podendo sofrer apenas um grande susto, como também ter destruição

total. Se não planejar suas atividades, o gestor corre o risco de ser

surpreendido por imprevistos e colocar a situação financeira da família em

grandes dificuldades. O planejamento se faz necessário em todas as

atividades, mas principalmente nas atividades da área financeira.

Este trabalho não tem nada de novidade. Todo chefe de família ou

toda dona de casa faz uma espécie de orçamento do lar, alocando suas

despesas dentro da renda doméstica. O que procuro chamar a atenção é para

a conscientização que deve haver entre a renda familiar e seus gastos. Através

das ferramentas que a contabilidade oferece, como ciência, busca se precisar

e identificar cada grupo de contas, e com o conhecimento de causa, praticar o

orçamento doméstico com economia, priorizando as necessidades, evitando os

desperdícios, racionalizando os gastos, educando, enfim, o modo de vida

familiar. O orçamento doméstico, antes de ser um agente de controle e

racionalização, é um fator de educação e prudência. E as ferramentas

contábeis são fortes aliadas para obtenção destes controles com intuito de

alcançar os objetivos planejados.

“O planejamento financeiro determina as diretrizes de mudança numa entidade. É necessário porque faz com que sejam estabelecidas as metas determinadas pela família para motivar a organização e gerar marcos de referência para a avaliação de desempenho, as decisões de investimento e financiamento da entidade não são independentes, sendo necessário identificar sua interação, e num mundo incerto à entidade deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas.”

ROSS et al. (1995)

Page 30: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

30

BIBLIOGRAFIA

ANTÔNIO LOPES DE SÁ, História Geral e das Doutrinas da Contabilidade

(1997)

ANTÔNIO LOPES DE SÁ, Perícia Contábil (2000)

AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA, Mini Aurélio (2007)

CHARLES HORNGREN, Contabilidade de Custos (2000)

DAVID HUME, Tratado na Natureza Humana (1739-1740)

FRANCIS BACON, Nova Organum (1620)

FRANCISCO D’AURIA, Organização e Contabilidade Patrimonial Doméstica

GUSTAVO CERBASI, Investimentos Inteligentes (2008)

IUDICIBUS, A Contabilidade como Ferramenta Gerencial na Gestão Financeira

(2000)

JOHN LOCKE, Pensamento Sobre Educação (1693)

LAWRENCE J. GITMAN, Princípios de Administração Financeira (1997)

MEYER apud TUNG, Orçamento Empresarial no Brasil (1975)

PEDRO DEMO, Introdução à Metodologia da Ciência (1982)

REVISTA, Contabilidade Vista & Revista (1995)

ROSS et al, Administração Fianceira (1995)

Page 31: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

31

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL

http://www.cfc.gov.br

http://www.congressocfc.org.br

http://www.crc-rj.gov.br

http://www.cvm.gov.br

http://www.financenter.com.br

http://www.find-docs.com

http://www.fipecafi.org.br

http://www.ibge.gov.br

http://www.inep.gov.br

http://www.mec.gov.br

http://www.portaldecontabilidade.com.br

Page 32: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

32

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(CONTABILIDADE) 09

1.1 – História 09

1.2 – Conceito 10

1.3 – Princípios da Contabilidade 11

CAPÍTULO II

(AS FERRAMENTAS CONTÁBEIS) 16

2.1 – Balanço Patrimonial 16

2.2 – DRE 18

2.3 – Plano de Contas 19

2.4 – Fluxo de Caixa 21

CAPÍTULO III

(O ORÇAMENTO FAMILIAR) 22

3.1 – O Orçamento do Brasileiro 22

3.2 – Como Planejar o Orçamento 24

3.3 – Como Gerenciar 25

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 30

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL 31

ÍNDICE 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO 33

Page 33: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5 RESUMO A base familiar precisa estar bem estruturada desde a sua constituição, senso assim, é importante analisarmos

33

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: A CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FAMILIAR

Autor: EDUARDO LUIZ MARINHO DA SILVA

Data da entrega: 30 de Dezembro de 2010

Avaliado por: Conceito: