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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PAMELA CHRISTOVAM SOARES PROGRAMA DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESC S/A CORRETORA DE SEGUROS E ADMINISTRADORA DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS - BESCOR São José 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PAMELA CHRISTOVAM SOARES

PROGRAMA DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESC S/A CORRETORA DE SEGUROS E ADMINISTRADORA DE BENS

MÓVEIS E IMÓVEIS - BESCOR

São José 2010

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PAMELA CHRISTOVAM SOARES

PROGRAMA DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESC S/A CORRETORA DE SEGUROS E ADMINISTRADORA DE BENS

MÓVEIS E IMÓVEIS - BESCOR

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração

da Universidade do Vale do Itajaí.

Professora Orientadora: Ana Paula Lisboa Sohn

São José

2010

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PAMELA CHRISTOVAM SOARES

PROGRAMA DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESC S/A CORRETORA DE SEGUROS E ADMINISTRADORA DE BENS

MÓVEIS E IMÓVEIS - BESCOR

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, em (dia, mês

e ano constante da ata de aprovação – defesa)

Prof. Dr. Valério Cristofolini UNIVALI – Campus São José

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

Prof(a) MSc. Ana Paula Lisboa Sohn

UNIVALI – Campus São José Professora Orientadora

Prof(a) MSc. Evelize Mara de Souza Gomes Martins UNIVALI – Campus São José

Membro

Prof. MSc. Amarildo Felipe Kanitz UNIVALI – Campus São José

Membro

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Dedico este trabalho a minha família que sempre

esteve ao meu lado em toda esta jornada e é a base

de tudo em minha vida. Ao meu pai José Soares, a

minha mãe Telma e meu irmão Patrick.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por toda a força, luz e coragem nesta caminhada, por

ser o centro da minha vida, por ser o meu guia.

Agradeço a minha família por tudo, pela paciência e apoio nos momentos difíceis, pela

força e incentivo para a realização deste trabalho.

Agradeço a minha cunhada Denise pela contribuição dada.

A minha professora orientadora Ana Paula Lisboa Sohn, agradeço com carinho pela

orientação para a elaboração desta pesquisa.

Aos membros da banca pelas suas sugestões e contribuições.

Agradeço a empresa Bescor pela oportunidade de realizar a pesquisa, aos

colaboradores que participaram e também pela confiança depositada em mim.

A todas as amizades feitas em todo este período do curso, com os colegas de sala,

professores, coordenadores, funcionários da secretaria, entre outros.

Muito obrigada por tudo!!!

Obrigada por tudo!!!

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A vida humana é uma constante experiência de

travessia. Estamos em êxodos contínuos, em

processos de deslocamentos intermináveis,

porque, enquanto estivermos vivos, seremos

convidados para o movimento que nos

proporciona a superação de estágios, condições e

atitudes.

Pe. Fábio de Melo

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RESUMO

O principal objetivo deste trabalho é propor um programa de endomarketing para os clientes internos da empresa Bescor. Para isso, foi necessário seguir os objetivos específicos, onde se buscou realizar um diagnóstico na empresa e analisar o grau de satisfação dos colaboradores a fim de propor ações de endomarketing através de um programa onde possa proporcionar a melhoria do rendimento dos colaboradores. Na fundamentação teórica, expuseram-se assuntos relacionados à teoria das relações humanas, teoria comportamental, o endomarketing, cultura organizacional, clima organizacional, comunicação interna, liderança, gestão de pessoas e qualidade de vida no trabalho. Quanto aos aspectos metodológicos da pesquisa, a abordagem da mesma é predominantemente quantitativa e também se caracteriza como um estudo de caso de natureza exploratória descritiva. Os dados foram coletados por meio de questionário elaborado pela pesquisadora através de pesquisas realizadas em artigos, revistas, materiais eletrônicos e livros de autores consagrados sobre o tema em questão. No questionário, foi privilegiado os indicadores quanto a comunicação interna da empresa, relacionamento entre os colaboradores dentro e fora da empresa, orientações e treinamentos oferecidos, a cultura da empresa, remuneração, ambiente da empresa, entre outros, direcionado a realidade da empresa. Os resultados apresentados foram tabulados por meio do software Excel e elaborados gráficos com o intuito de facilitar a leitura dos dados para a interpretação dos mesmos. Com isso este trabalho propõe algumas sugestões de melhoria para empresa e a satisfação dos clientes internos.

Palavras-chave: Endomarketing. Clima organizacional. Satisfação.

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ABSTRACT

The main objective is to propose a program of endomarketing to internal customers of the Bescor company. For this, we must follow the specific goals, where we make a diagnosis in the company and analyze the employee degree satisfaction in order to propose actions through an endomarketing program where you can provide to improve the income of employees. In the theoretical foundation by exposing issues related to human relations theory, behavioral theory, the endomarketing, organizational culture, organizational climate, internal communication, leadership, people management and quality of work life. Regarding methodological aspects of research, the same approach is predominantly quantitative and also characterized as a case study of exploratory and descriptive nature. Data were collected through a questionnaire prepared by the researcher through surveys in articles, magazines, electronic materials and books by renowned authors on the subject in question. In the questionnaire, was privileged as indicators of company internal communication, relationships between employees inside and outside the company guidelines and offered training, company culture, compensation, enterprise environment, among other things, directed the company's reality. The results were tabulated by the Excel software and graphics designed in order to facilitate reading the data to their interpretation. Therefore this paper proposes some suggestions for improvement for business and internal customer satisfaction. Key-words: Endomarketing. Organizational climate. Satisfaction.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: A pirâmide do movimento das relações humanas.................................................. 17

Figura 02: Pirâmide das necessidades de maslow....................................................................20

Figura 03: Comparação do equilíbrio da equidade...................................................................21

Figura 04: Quadro comparativo das abordagens do endomarketing.........................................25

Figura 05: Quadro plano de ação..............................................................................................80

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Tempo de empresa...................................................................................................50

Gráfico 2: Comunicação da empresa com o departamento de bens móveis.............................51

Gráfico 3: Comunicação entre gestor e colaborador.................................................................52

Gráfico 4: Comunicação interna...............................................................................................53

Gráfico 5: Relação entre os setores da empresa........................................................................55

Gráfico 6: Espírito de equipe no ambiente de trabalho.............................................................56

Gráfico 7: Relação de amizade fora da empresa.......................................................................57

Gráfico 8: Relacionamento profissional entre os setores da empresa......................................58

Gráfico 9: Autonomia para trabalhar........................................................................................59

Gráfico 10: Treinamento/ orientação........................................................................................60

Gráfico 11: A cultura da organização.......................................................................................62

Gráfico 12: Remuneração de acordo com o trabalho................................................................63

Gráfico 13: Possibilidade de crescimento profissional.............................................................65

Gráfico 14: Plano de benefícios................................................................................................66

Gráfico 15: Um bom lugar para trabalhar.................................................................................67

Gráfico 16: Equipamentos da empresa.....................................................................................68

Gráfico 17: Orgulho de trabalhar na empresa...........................................................................69

Gráfico 18: Preocupação da empresa com os funcionários......................................................70

Gráfico 19: Carga horária.........................................................................................................71

Gráfico 20: Preocupação com o futuro da empresa..................................................................72

Gráfico 21: Sucesso na carreira e vida profissional..................................................................73

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................12

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA.........................................................................................13

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA........................................................................................14

1.3 OBJETIVOS....................................................................................................................14

1.3.1 Objetivo geral...................................................................................................................14

1.3.2 Objetivos específicos.......................................................................................................15

1.4 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................17

2.1 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS.......................................................................17

2.2 TEORIA COMPORTAMENTAL...................................................................................19

2.3 ENDOMARKETING......................................................................................................24

2.3.1 Cultura Organizacional....................................................................................................26

2.3.2 Clima Organizacional......................................................................................................30

2.3.3 Comunicação Interna.......................................................................................................32

2.4 LIDERANÇA..................................................................................................................34

2.5 GESTÃO DE PESSOAS..................................................................................................37

2.6 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO...................................................................40

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS...............................................................................43

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA............................................................................43

3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES..................................................................................44

3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS...........................45

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS.................................................................46

4 RESULTADOS...............................................................................................................48

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................................48

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4.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS..................................................50

4.2.1 Perfil.................................................................................................................................50

4.2.2 Comunicação interna........................................................................................................51

4.2.3 Relacionamento interpessoal...........................................................................................56

4.2.4 Treinamento/orientação...................................................................................................60

4.2.5 Cultura organizacional.....................................................................................................62

4.2.6 Política salarial/oportunidade de carreira.........................................................................63

4.2.7 Imagem da empresa.........................................................................................................67

4.2.8 Trabalho realizado/sucesso profissional..........................................................................70

4.3 ANÁLISE GLOBAL DOS RESULTADOS...................................................................74

5 PROGRAMA DE ENDOMARKETING - PROJETO RESGATE BESCOR.........76

5.1 OBJETIVOS DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESCOR......................76

5.2 ESTRATÉGIAS DE ENDOMARKETING....................................................................76

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................81

REFERÊNCIAS..............................................................................................................83

APÊNDICES...................................................................................................................88

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, com os avanços tecnológicos e o aumento exacerbado da

competitividade, as empresas estão em ritmo constante de transformação e trabalham na

difícil tarefa de criar estratégias para se manterem competitivas.

Com isso, a avaliação do mercado, a atenção nas mudanças e o envolvimento de todos

os colaboradores nos processos da empresa, tornam-se imprescindível para que as

organizações caminhem com excelência.

Segundo Chiavenato (2004), nunca houve um momento como este, o mundo está

mudando com uma rapidez incrível e com uma intensidade cada vez maior. A mudança

sempre existiu na história da humanidade, mas não com o volume, rapidez e impacto com que

ocorre hoje.

No entanto, apesar de tantos avanços, recursos e possibilidades, as empresas passam

por momentos cíclicos. É o caso da BESC S/A Corretora de Seguros e Administradora de

Bens Móveis e Imóveis - BESCOR, sociedade de economia mista, que atua no ramo de

serviços há trinta e sete anos e vem enfrentando problemas relacionados à produção no setor

de venda de seguros, o que, no entanto, está acarretando em um ambiente de insegurança,

sentimentos de incerteza e um clima organizacional negativo e improdutivo.

Dentro deste contexto, torna-se oportuno realizar um estudo na empresa a fim de

elaborar um programa de endomarketing para propor ações e melhorar a satisfação dos

colaboradores, pois o endomarketing está totalmente voltado para o público interno.

Segundo França (2007), o endomarketing é um modelo de gestão dotado de uma

filosofia e de um conjunto de atividades que faz uso de políticas, conceitos e técnicas de

recursos humanos e marketing, tendo como função principal integrar todas as áreas e níveis

organizacionais e fazer com que todos os colaboradores estejam motivados, capacitados, bem

informados e orientados para a satisfação dos mesmos e dos clientes externos.

Para Pimenta (2006), o endomarketing envolve ações de marketing para o público

interno ressaltando, ao mesmo tempo, a importância do colaborador no processo produtivo e o

respeito como ser humano, com potencialidades e dificuldades.

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Brum (2010) destaca que o objetivo do endomarketing é, portanto, criar uma

consciência empresarial em relação à visão, missão, princípios e os procedimentos da empresa

dentro de um clima organizacional favorável, pois o propósito é transformar o colaborador em

facilitador para consolidar a imagem da empresa e o seu valor para o mercado.

Observando o exposto pelas autoras Brum (2010) França (2007) e Pimenta (2006)

entende-se neste trabalho que o endomarketing pode ser um poderoso instrumento para

desenvolver ações positivas na empresa Bescor, visto que um dos principais objetivos do

endomarketing consiste em promover a integração, a cooperação, o tratamento de conflitos

entre os colaboradores e com isso estimular o envolvimento e a participação de todos na

organização para atrair e manter talentos.

Desta forma, apresenta-se na seqüência o problema de pesquisa.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Por se tratar de uma empresa prestadora de serviços, a capacidade de atender as

necessidades de diversos grupos de clientes com qualidade é um desafio constante.

Para estabelecer a estratégia mais adequada para a realidade da empresa e do mercado

onde ela atua, a empresa deve buscar conhecer e analisar o meio ambiente onde atua, as

características da tecnologia de base para sua diferenciação no mercado e o próprio potencial

interno da organização em termos de recursos, comunicação e transmissão de conhecimento.

É preciso que a empresa desenvolva ações, visando uma combinação entre a formação

de um ambiente favorável para os seus clientes internos, e ao mesmo tempo, um planejamento

adequado para que a empresa possa acompanhar as realidades do mercado, as mudanças e se

manter competitiva.

Atualmente, a empresa Bescor vem enfrentando problemas no setor de venda de

seguros que está composto pelos ramos de automóveis, empresa, residência e vida.

Por ser a Corretora Oficial do Estado de Santa Catarina desde 1978, parte da carteira

de clientes da empresa estava vinculada ao Banco Besc. No entanto, em 2008 o Banco do

Brasil comprou o Banco Besc. Como o Banco do Brasil também presta serviços de

corretagem não havia necessidade de manter um contrato com a Bescor. Com a saída de parte

dos clientes do Besc a empresa perdeu em torno de 65% de suas vendas de seguros.

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Com isso, o ambiente da empresa passou a ser de muita insegurança e preocupação, o

que, no entanto, está proporcionando um ambiente desfavorável.

Nesse sentido, torna-se imprescindível à necessidade de um estudo aprofundado na

empresa, com o objetivo de formular um programa de endomarketing voltado aos seus

clientes internos.

Devido a esta situação problema, definiu-se o seguinte problema de pesquisa:

De que forma pode-se elaborar um programa de endomarketing para os clientes

internos da empresa Bescor e que este proporcione resultados positivos como um todo?

1.2 PERGUNTAS DE PESQUISA

Como realizar um diagnóstico na empresa Bescor?

Como analisar o grau de satisfação dos colaboradores internos da empresa Bescor?

De que forma pode-se propor ações de endomarketing para a melhoria do

rendimento dos colaboradores e proporcionar satisfação?

1.3 OBJETIVOS

Com o intuito de responder o problema e as perguntas de pesquisa apresentadas, foi

elaborado o objetivo geral e os específicos.

1.3.1 Objetivo geral

O objetivo geral desta pesquisa é:

Elaborar um programa de endomarketing para a empresa Bescor voltado a seus

clientes internos.

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1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

Realizar um diagnóstico interno na empresa Bescor.

Analisar o grau de satisfação dos colaboradores internos com relação à

empresa Bescor.

Propor ações de endomarketing para a melhoria do rendimento dos

colaboradores e proporcionar satisfação.

1.4 JUSTIFICATIVA

Estão sendo desenvolvidas diversas ferramentas gerenciais para melhorar o nível de

relacionamento entre as empresas e seus clientes, no entanto, não estão sendo desenvolvidas,

com a mesma intensidade, ferramentas gerenciais para melhorar o nível de relacionamento

entre as empresas e seus colaboradores. (BISPO, 2006).

Desta maneira, as empresas devem rever e repensar suas estratégias gerenciais, pois de

acordo com Chiavenato (2004) a organização que investe diretamente no funcionário não só o

beneficia como também está, na realidade, investindo diretamente no cliente externo, pois se

os funcionários se sentem bem trabalhando na empresa isso conseqüentemente promoverá

melhores resultados para a mesma.

Nesse sentido, esta pesquisa consiste em analisar a empresa Bescor, bem como os seus

clientes internos, a fim de melhorar o nível de relacionamento entre seus funcionários e

propor instrumentos e ações de endomarketing para proporcionar um ambiente mais favorável

e produtivo.

Para Brum (2010), o endomarketing é a comunicação interna feita com brilho, cor,

imagens, frases de efeito e outros recursos e técnicas de marketing que possibilita ao

funcionário mais interação e motivação.

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Um programa de endomarketing bem feito é capaz de tornar o funcionário

comprometido com a empresa, cada um em sua área de atuação, por meio do seu trabalho e

em um ambiente favorável.

Desta forma, verifica-se que o trabalho de pesquisa poderá ser um importante

instrumento para proporcionar um ambiente organizacional agradável e com grandes

benefícios para os funcionários e também para promover o crescimento da empresa.

O benefício desta pesquisa para a acadêmica será o conhecimento aprofundado da

teoria juntamente com a experiência prática e também proporcionará a Universidade uma

importante fonte de pesquisa para futuros projetos sobre o tema.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo será apresentada as idéias de vários autores sobre o tema da pesquisa.

Assim, seguindo os objetivos propostos, destaca-se a importância dos conceitos e modelos

dos programas de endomarketing, bem como os demais temas que o contemplam.

2.1 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

A teoria das Relações Humanas surgiu da necessidade de humanizar o ambiente de

trabalho e aprimorar o desempenho das organizações. O movimento das Relações Humanas

foi um esforço combinado entre teóricos e práticos, para tornar os gerentes mais sensíveis às

necessidades dos empregados. (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005 e SILVA,

2001).

Nesse sentido, Silva (2001) destaca que o movimento pode ser comparado ao topo de

uma pirâmide (figura 01), cuja base é composta por três influências históricas, como a Grande

Depressão norte-americana de 1930, pois proporcionou o enfraquecimento do sindicalismo, a

filosofia do humanismo industrial que foi caracterizada por estudiosos a fim de mostrar que a

produtividade depende do tratamento dado aos empregados e também através dos estudos de

Hawthorne, uma pesquisa voltada a analisar as influências que determinam o desempenho dos

empregados em uma organização.

Figura 01 – A pirâmide do Movimento das Relações Humanas

Fonte: Silva (2001)

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Considerando os estudos de Hawthorne, uma experiência coordenada e realizada pelo

psicólogo Elton Mayo em uma fábrica na Western Eletric Company no bairro que dá nome a

pesquisa, pode-se verificar uma série de descobertas sobre o comportamento humano no

trabalho.

Para o desenvolvimento e a organização da pesquisa, Caravantes, Panno e Kloeckner

(2005); Chiavenato (2003) e Silva (2001) destacam que foram necessárias quatro fases:

Os estudos da iluminação – pretendia-se verificar o efeito da iluminação sobre a

produtividade dos empregados.

Os estudos da sala de teste de montagem de relés – onde os trabalhadores foram

divididos em grupos a fim de serem observadas variações no rendimento decorrente

das mudanças a que eram submetidos.

O programa de entrevistas – o objetivo era estudar as relações humanas para

entender as opiniões em relação ao trabalho, condições de trabalho e supervisão.

Os estudos da sala de observação de montagem de terminais – teve como

principal objetivo analisar a organização informal dos operários.

Em relação às contribuições da experiência de Hawthorne, Silva (2001) destaca que

esta pesquisa permitiu chegar a algumas conclusões de relativa importância:

Os empregados não eram motivados somente por fatores externos, como

pagamento e condições físicas do ambiente de trabalho – havia fatores

psicológicos que afetavam a produtividade, e não só fisiológicos.

Pausas no trabalho demonstraram bons resultados no que se refere à

produtividade dos operários, mas não poderiam ser analisadas como elemento

isolado.

O relacionamento social entre as operárias e a supervisão provocava condições

de trabalho que favoreciam a aumento da produtividade das funcionárias;

Havia tendência de liderança em grupos mais sociáveis, o que significava

maior cooperação do grupo para ultrapassar dificuldades de trabalho;

A satisfação ou a insatisfação com as tarefas realizadas afetava fortemente o

resultado da produção e a intenção dos operários;

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Os grupos informais afetavam mais os resultados de produção do que as

determinações da alta administração;

O grupo exercia enorme poder sobre o indivíduo, isto é, o comportamento do

indivíduo era fortemente afetado pelas diretrizes estabelecidas pelo grupo;

O volume de produção gerado por um operário não dependia da sua habilidade

ou inteligência, mas da restrição do grupo ao qual pertencia;

Inovações e melhorias técnicas introduzidas pela administração da organização

não eram bem vistas pelos operários, que achavam ser explorados nestas

condições – produzir mais ganhando o mesmo salário.

A partir da experiência de Hawthorne, os estudiosos e pesquisadores puderam

concluir que a produção está determinada pela integração social e não pela capacidade

física dos operários, pois o trabalho é uma atividade em grupo e esses exercem fortes

controles sociais sobre os hábitos de trabalho e atitudes dos trabalhadores. A pesquisa

demonstrou que a necessidade de reconhecimento e segurança é muito mais importante na

determinação da moral do trabalhador e sua produtividade do que as condições físicas

oferecidas. (SILVA, 2001)

2.2 TEORIA COMPORTAMENTAL

A Teoria Comportamental teve origem como um desdobramento da Teoria das

Relações Humanas cujo objetivo foi de consolidar o enfoque das relações humanas nas teorias

das organizações, possibilitando assim um novo direcionamento às teorias da administração,

com uma maior valorização do comportamento do indivíduo. (SILVA, 2001)

Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental fundamenta-

se no comportamento individual das pessoas. Nesse sentido, para explicar como as pessoas se

comportam, Chiavenato (2003) e Silva (2001) destacam que se torna necessário o estudo da

motivação humana.

Em relação ao estudo da motivação humana Caravantes; Panno e Kloeckner (2005);

Chiavenato (2003) e Silva (2001) concordam que uma das teorias mais populares e

importantes sobre o estudo da motivação, partiu de um autor muito consagrado, Abraham

Maslow.

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Maslow após suas experiências chegou à conclusão de que os indivíduos se

comportam no sentido de suprir as suas necessidades mais imediatas, que estão priorizadas na

seguinte ordem:

a) Necessidades fisiológicas – estão relacionadas às necessidades humanas de

sobrevivência, tais como alimentação, repouso etc.

b) Necessidades de segurança – relacionadas à busca de proteção contra ameaças e

privações;

c) Necessidades sociais – surgem no comportamento humano quando as anteriormente

citadas se encontram relativamente satisfeitas e estão relacionadas à participação em grupos,

aceitação por parte dos companheiros, amizade, afeto etc.

d) Necessidades de estima – estão relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se

vê e se avalia; envolvem auto-apreciação, autoconfiança, auto-respeito, aprovação social,

além de status, prestígio e consideração;

e) Necessidades de auto-realização – são as necessidades humanas mais elevadas,

onde alguns têm de realizar o seu potencial (autodesenvolvimento contínuo) são as

necessidades que algumas pessoas têm de “ser o seu melhor.”

Figura 02 – Pirâmide das Necessidades de Maslow

Fonte: http://novo-mundo.org/ciencia/wth-e-piramide-de-maslow.html

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Os estudos da teoria comportamental sobre motivação humana também compreendem

mais duas teorias de motivação: Teoria de Processo e Teoria do Reforço. (SILVA, 2001).

Para apresentar a teoria de processo, será abordada a teoria da equidade de Adams,

que é baseada no fenômeno da comparação social aplicada no local de trabalho. Adams

estabelece que quando um indivíduo avalia a justiça do resultado do seu trabalho

relativamente ao resultado dos trabalhos dos outros, e qualquer desequilíbrio é percebido,

então ocorre um estado mental de motivação, e isto ocorre sempre que alguém acredita que as

recompensas recebidas pela contribuição do seu trabalho são menores do que as recompensas

recebidas pelos esforços dos outros. (SILVA, 2001).

A comparação de equidade em uma situação de trabalho segue em destaque na figura

03, em que cada quadro representa uma relação de elementos:

Figura 03 – Comparação do equilíbrio da equidade.

Fonte: Silva (2001)

A teoria da equidade concentra-se no sentimento do indivíduo de quão justamente ele

tem sido tratado em comparação com o tratamento recebido pelos outros. (SILVA, 2001).

Maximiano (2002, p. 284) colabora destacando que “a teoria da equidade ajuda a

entender a reação das pessoas à distribuição das recompensas no grupo de trabalho e sua

influência sobre a motivação”.

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A teoria do reforço de Skinner propõe que o reforço pode controlar o comportamento,

e que para motivar os funcionários, os administradores não precisam identificar e entender as

suas necessidades, ou entender como os mesmos escolhem comportamentos para realizá-las,

mas sim, entender a relação entre comportamentos e suas conseqüências para prover

circunstâncias que reforcem comportamentos desejáveis e desencorajem comportamentos

indesejáveis. (SILVA, 2001).

Nesse sentido, Skinner destaca três conceitos fundamentais da teoria do reforço

voltada à motivação dos funcionários: 1) Reforço positivo – no qual motiva os funcionários

com recompensas pelo alto desempenho; 2) Reforço negativo – no qual motiva os

funcionários pelo encorajamento dos comportamentos que evitem conseqüências

desfavoráveis; 3) Nenhum reforço – nenhuma recompensa por alto desempenho ou nenhuma

conseqüência desfavorável pelo baixo desempenho. (SILVA, 2001)

Além do estudo sobre a motivação humana a Teoria Comportamental também

apresenta pesquisas sobre liderança nas organizações. Neste sentido, Maximiano (2002)

destaca que liderança é a realização dos objetivos e de metas por meio da direção dos

colaboradores, pois a pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores é um líder.

Para Silva (2001), liderança é o processo de dirigir e influenciar as atividades de

grupos, no sentido do alcance de objetivos, em uma determinada situação.

Para explicar este processo, o autor salienta que os administradores das organizações

têm cinco tipos de poder que servem de base para o desenvolvimento da liderança:

Poder de recompensa – é a capacidade de oferecer algo de valor, um resultado

positivo, como meio de influenciar o comportamento de outras pessoas;

Poder coercitivo – é a capacidade de punir ou de reter resultados positivos,

como meio de influenciar o comportamento de outras pessoas;

Poder de especialização – é a capacidade de influenciar o comportamento de

outras pessoas por causa do conhecimento específico ou do entendimento que

alguém detém;

Poder de referência – é a capacidade de influenciar o comportamento de outras

pessoas por causa do seu desejo de se identificar pessoal e positivamente com

alguém admirado;

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Poder legítimo – é a capacidade de influenciar o comportamento de outras

pessoas em virtude dos direitos do cargo ou da função ocupada. (SILVA,

2001)

Silva (2001) salienta que os tipos de poder de recompensa, coercitivo e legítimo estão

relacionados à posição hierárquica da organização, e os tipos de especialização e referência

estão relacionados ao indivíduo e não dependem da posição ocupada na hierarquia da

organização.

McGregor (1965 apud SILVA, 2001), um dos principais autores que contribuíram

para o estudo do comportamento humano, destaca que a liderança é uma forma dinâmica de

comportamento e sofre a influência de quatro variáveis:

As características do líder;

A atitude, as necessidades e outras características pessoais dos seguidores;

A natureza da organização, seus propósitos, sua estrutura, e as tarefas a

realizar;

O ambiente social, político e econômico.

A partir dessas influências McGregor (1965 apud SILVA, 2001) acredita que a

liderança não é propriedade de um indivíduo, mas um complexo relacionamento entre essas

variáveis.

Neste tópico foi abordada a teoria comportamental, que de acordo com Chiavenato

(2003) trouxe uma nova concepção dentro da teoria administrativa, a fim de ampliar a visão

dos administradores sobre o comportamento individual das pessoas e a importância de

conhecer as necessidades dos mesmos e utilizar a motivação como meio para melhorar a

qualidade de vida dentro das organizações.

Para contribuir com este tópico, foram examinadas as principais teorias que

colaboraram para o estudo da motivação humana, a teoria das necessidades de Maslow, de

processo e reforço. (SILVA, 2001).

No tópico 2.3 a seguir, será apresentado o Endomarketing de acordo com a visão de

autores consagrados sobre o tema.

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2.3 ENDOMARKETING

Para apresentar o tema e a importância da aplicação e implantação de planos e

programas de endomarketing nas organizações, Bekin (1995), Brum (2003) e Cerqueira

(1999) apontam primeiramente os conceitos sobre o Endomarketing.

Bekin (1995, p. 2) conceitua o endomarketing como “ações de marketing voltadas para

o público interno da empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e departamentos

valores destinados a servir o cliente.” O autor ainda destaca que esta noção de servir o cliente,

por sua vez, transfere-se para o tratamento dado aos funcionários comprometidos de modo

integral com os objetivos da empresa.

Endomarketing para Brum (2003) é um conjunto de técnicas, estratégias e ações de

marketing voltadas para o público interno, é dar valor e visibilidades à informação em todos

os níveis, para que os empregados tenham uma visão compartilhada da empresa, seus

objetivos, processos e resultados.

Segundo Cerqueira (1999), endomarketing são projetos e ações que uma empresa deve

empreender para consolidar a base cultural do comprometimento dos seus funcionários com o

desenvolvimento adequado das suas diversas tecnologias. Para o autor através do

endomarketing a empresa pode melhorar a comunicação, o relacionamento e também

estabelecer uma base motivacional para o comprometimento entre as pessoas e das pessoas

com o sistema organizacional.

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A análise comparativa apresentada a seguir por Inkotte (2000) permite discriminar de

uma maneira clara a definição, o conceito, os objetivos e a função do endomarketing na visão

dos autores Cerqueira (1994), Brum (1998) e Bekin (1995).

Figura 04 – Quadro comparativo das abordagens do endomarketing

Fonte: Inkotte (2000 apud PIRES, 2003).

Diante do exposto, pode-se destacar que para Cerqueira (1999), o endomarketing

consiste em um conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação que permite

consolidar a idéia da construção de uma nova empresa voltada para a excelência com a

difusão de uma linguagem cultural própria e homogênea para todos os seus funcionários

independentemente do nível hierárquico, possibilitando assim um conjunto de valores

necessários para regular a relação das pessoas entre si e com a própria organização.

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Para Brum (2003), o endomarketing está voltado a um movimento no sentido de

vender a imagem da empresa ou de um produto para dentro e possibilitar a criação e

manutenção de canais de comunicação abertos e diretos para fazer fluir as relações

profissionais com clareza de regras, respeito às diferenças existentes entre as pessoas e,

sobretudo utilizá-las como fonte de crescimento e não de atrito.

Bekin (1995) considera que o endomarketing está voltado em ações de marketing para

os funcionários das empresas com o objetivo de promover o bom relacionamento interpessoal

e a partir disso proporcionar a cooperação e integração dos vários setores da empresa e

direcionar o foco para a aquisição e retenção dos clientes.

Nesse sentido, pode-se observar que os autores Cerqueira (1999), Brum (2003) e

Bekin (1995) têm visões muito similares em relação ao Endomarketing, pois acreditam que

para uma empresa alcançar o sucesso e a excelência, os funcionários devem ter uma visão

sistêmica e compartilhada sobre o negócio da empresa, sua gestão, metas, produtos e serviços,

cultura, valores e mercados atuantes. Mas para isso a informação e a motivação devem

caminhar juntas.

2.3.1 Cultura Organizacional

A cultura organizacional influencia o comportamento de todos os indivíduos e grupos

dentro de uma organização. Ela impacta o cotidiano da organização: suas decisões, as

atribuições de seus colaboradores, as formas de recompensas e punições, as formas de

relacionamento com seus parceiros comerciais, o estilo de liderança adotado, o processo de

comunicação, a forma como seus colaboradores se vestem e se portam no ambiente de

trabalho etc. Nesse sentido, a cultura de uma empresa acaba reforçando o comportamento de

seus colaboradores, determinando o que deve ser seguido e repudiando o que de ser evitado.

(LUZ, 2003).

Cultura organizacional é como um conjunto de representações imaginárias sociais,

construídas e reconstruídas nas relações cotidianas dentro das empresas, que são expressas em

termos de valores e normas visando a um sentido de direção e unidade, e colocando a empresa

como a fonte de identidade e de reconhecimento para seus colaboradores. (CASTORIADIS,

1995 apud FREITAS, 1997, p. 294).

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Schein apud Fleury (1996, p. 20) conceitua a cultura organizacional como:

Um conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir, em relação a esses problemas.

Nesse sentido, o autor destaca que a cultura de uma organização pode ser aprendida em

vários níveis:

Nível dos artefatos visíveis: é o ambiente construído da organização, a arquitetura,

layout, a maneira de as pessoas se vestirem e padrões de comportamentos visíveis. É

um nível em que os dados são fáceis de obter, mas difíceis de interpretar.

Nível dos valores que governam o comportamento das pessoas: como esses são

difíceis de observar diretamente para identificá-los, é preciso entrevistar os membros-

chave de uma organização ou realizar a análise de conteúdo de documentos formais da

organização.

Nível dos pressupostos inconscientes: são aqueles pressupostos que determinam

como os membros de um grupo percebem, pensam e sentem. Na medida em que certos

valores compartilhados pelo grupo conduzem a determinados comportamentos e esses

se mostram adequados para solucionar problemas, o valor é gradualmente

transformado em pressuposto inconsciente, sobre como as coisas realmente são.

(SCHEIN apud FLEURY, 1996).

Para Motta e Caldas (1997), toda a sociedade independente de suas diferenças, filtra e

adiciona seu próprio “tempero” as idéias e tecnologias globalizantes, criando suas próprias

versões. Desta forma, as organizações também filtram e temperam suas idéias, costumes e

valores, globalizados, mas já nacionalizados, de sua própria maneira. Entender as diferenças

de cada empresa, bem como seu processo de formação, constitui também o objeto de estudos

que tratam de cultura organizacional.

A cultura organizacional exprime a identidade da organização. É construída ao longo

do tempo e serve de chave para distinguir diferentes coletividades. (SROUR, 1998, p.175).

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Segundo Gil (2001) todas as organizações apresentam uma cultura organizacional que

se caracteriza pelos valores que esposam, pela regularidade do comportamento de seus

colaboradores, pela filosofia que guia suas políticas e pelo clima expresso tanto por seu layout

físico quanto pela interação de seus membros entre si e com o público externo.

Knapik (2006, p. 24) sustenta que:

A cultura organizacional é composta por regras formais e informais que direcionam a forma de agir, pensar, perceber e compartilhar das pessoas que fazem parte de uma organização e também a forma como essas pessoas alcançam os objetivos da empresa.

Robbins (2002, p. 498) salienta que a cultura organizacional se refere a um sistema de

valores, compartilhado pelos membros de uma organização e que a difere de uma para a outra.

Para o autor, esse sistema de valores é em última análise, um conjunto de caracterísiticas-

chave que a organização valoriza.

A partir de seus estudos, Robbins (2002) destaca que existem sete características básicas

que, em seu conjunto, capturam a essência de uma organização:

1. Inovação e assunto de riscos – o grau em que os funcionários são estimulados a

serem inovadores e assumirem riscos.

2. Atenção aos detalhes – o grau em que se espera que os funcionários demonstrem

precisão, análise e atenção aos detalhes.

3. Orientação para os resultados – o grau em que os dirigentes focam os resultados

mais do que as técnicas e os processos empregados para o alcance deles.

4. Orientação para as pessoas – o grau em que as decisões dos dirigentes levam em

consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização.

5. Orientação para a equipe – o grau em que as atividades de trabalho são organizadas

mais em termos de equipes do que de indivíduos.

6. Agressividade – o grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, em vez de

dóceis e acomodadas.

7. Estabilidade – o grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção

do status em contraste ao crescimento.

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Segundo o autor, a avaliação da organização em termos dessas sete características,

revela uma ilustração complexa da cultura organizacional, pois essas características se tornam

à base dos sentimentos de compreensão compartilhada que os colaboradores têm a respeito da

organização, de como as coisas são feitas e a forma como devem se comportar. (ROBBINS,

2002).

Luz (2003) aponta alguns fatores que podem influenciar a cultura organizacional:

Seus fundadores – líderes deixam marcas na história de uma organização. São figuras

singulares para a cultura de uma empresa, impregnando-a com suas crenças, seus

valores, seus estilos etc.

Seu ramo de atividade – as empresas têm um perfil que as caracterizam. Esse perfil

sofre influências do ramo no qual as empresas atuam. Alguns ramos de atividade, em

função do tipo de produto ou serviço que produzem, ou do tipo de mercado em que

operam, são mais sofisticados, mais exigentes, do que outros. Isso acaba impactando

na tecnologia, na estrutura, no grau de sofisticação dos processos de trabalho e

também na própria qualidade de seus recursos humanos. Conseqüentemente, a cultura

também é influenciada.

Dirigentes atuais – os dirigentes atuais também podem proporcionar forte influência

sobre a cultura de uma empresa. Em algumas empresas, o ingresso de apenas um

influente executivo pode modificar radicalmente a cultura.

A área geográfica na qual a empresa atua – a localização de uma empresa também

pode exercer forte influência sobre sua cultura. Uma empresa localizada no interior

pode ser muito diferente de uma empresa instalada em uma cidade, enquanto que esta

pode também ser muito diferente de uma outra instalada em uma capital. Por sua vez,

esta última pode ser diferente de uma empresa instalada em uma grande capital. (LUZ,

2003).

Nesse sentido, o autor salienta que a cultura organizacional é constituída de aspectos,

que dão às organizações um modo particular de ser. Ela está para a organização, assim como a

personalidade está para o indivíduo. Ela representa o conjunto de crenças, valores, estilos de

trabalho e relacionamentos, que diferencia uma organização da outra. (LUZ, 2003).

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2.3.2 Clima Organizacional

O clima organizacional está relacionado às impressões ou as percepções que os

colaboradores tem em relação ao seu ambiente de trabalho. Embora nem todos os indivíduos

tenham a mesma opinião, o clima organizacional reflete o comportamento organizacional, ou

seja, atributos específicos de uma organização, seus valores, ou atitudes que afetam a maneira

pela qual as pessoas ou grupos se relacionam no ambiente de trabalho. (CHAMPION apud

LUZ, 2003)

Segundo Litwin (apud Luz, 2003, p. 10) “clima organizacional é a qualidade ou

propriedade do ambiente organizacional, que é percebida ou experimentada pelos membros da

organização e influencia o seu comportamento”.

Em complemento a esta posição Chiavenato (apud Luz, 2003) destaca que o clima

organizacional constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica e

característica que existe em cada organização. Para o autor, o clima organizacional é o

ambiente interno e humano dentro do qual as pessoas de uma organização fazem o seu

trabalho.

Na mesma linha Knapik (2006, p. 24) sustenta que “o clima organizacional é o

ambiente psicológico que existe dentro de um departamento ou empresa, é aquela condição

interna, percebida pelas pessoas, que influencia seus comportamentos e esta ligada à

motivação”.

Brum (2010) menciona que uma empresa é feita de pessoas, portanto, quanto mais

pessoas felizes trabalharem nela, melhor será o seu clima organizacional e os seus resultados.

Nos conceitos dos diferentes autores, sobre clima organizacional, o autor Luz (2003)

afirma que se pode encontrar pelo menos três palavras-chave, que estão quase sempre

presentes:

Satisfação – Esta é a palavra mais presente nos conceitos de diferentes autores. Direta

ou indiretamente, os conceitos nos remetem à relação do clima com o grau de

satisfação dos colaboradores que trabalham em uma organização.

Percepção – Refere-se à percepção que os colaboradores têm sobre os diferentes

aspectos da empresa que possam influenciá-los, positiva ou negativamente.

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Cultura – Alguns autores tratam clima e cultura como sendo coisas parecidas, fazendo

sempre menção à cultura quando se referem ao clima. (LUZ, 2003).

O clima de uma organização pode exercer um efeito dramático sobre os indivíduos

que fazem parte delas. Em alguns casos, a organização colabora para a incapacidade da

pessoa de lidar com o ambiente. (GIL, 2001).

Gil (2001, p. 272) enfatiza que de nada adianta à empresa acreditar ou mesmo ter a

certeza de que o que é oferecido a seus empregados é superior ao que oferecem as outras

empresas, se estes têm uma percepção diferente. Nesse sentido, o autor destaca que é de toda

conveniência, portanto, que as empresas desenvolvam sistematicamente pesquisas sobre o

clima organizacional com vista em:

a) identificar e mensurar as atitudes dos empregados para com os programas, políticas

e possibilidades práticas da empresa. Com esses dados a empresa poderá avaliar os efeitos das

decisões anteriores e promover mudanças onde for conveniente;

b) desenvolver a compreensão das gerências acerca dos pontos de vista dos

empregados para melhorar as relações de trabalho com seus subordinados;

c) identificar as tendências das opiniões e atitudes dos empregados. Comparando-se os

resultados de levantamentos sucessivos, torna-se possível antecipar tendências que poderão

influir no comportamento dos empregados. Dessa forma, a pesquisa de clima organizacional

poderá constituir um verdadeiro “sistema de alerta preventivo”;

d) subsidiar estudos acerca da eficiência organizacional. Os dados obtidos podem ser

utilizados para uma melhor compreensão acerca dos fatores que intervém na satisfação e no

moral do empregado;

e) demonstrar o interesse da empresa nas opiniões dos empregados para melhorar a

qualidade de vida no trabalho. (GIL, 2001).

Avaliar o clima permite às organizações identificar as percepções que seus

colaboradores tem sobre diferentes aspectos que influenciam o seu bem-estar no trabalho e a

possibilidade de identificar oportunidades de melhoria da qualidade dos produtos e serviços

oferecidos, da produtividade, do comprometimento dos colaboradores com os resultados da

empresa e, por conseguinte aumentar a própria rentabilidade das organizações. (LUZ, 2003).

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Diante do exposto, pode-se perceber que os autores têm opiniões bem similares em

relação ao clima organizacional, pois acreditam que a qualidade do ambiente está relacionado

às impressões e percepções que os colaboradores tem da organização. Os autores também

destacam a importância da organização identificar, analisar e mensurar as atitudes dos

colaboradores com o objetivo de promover mudanças se for necessário e assim contribuir para

um clima satisfatório e motivador.

2.3.3 Comunicação Interna

A comunicação é um tema presente e fundamental em todas as organizações e, ao

mesmo tempo, um grande desafio para os gestores. Apesar de sua prática diária e corriqueira

nas empresas, boa parte dos problemas organizacionais é causada por falhas nos sistemas de

comunicação existentes. (GALLÓ apud BRUM, 2010).

Galló apud Brum (2010) salienta que o uso eficiente e correto da comunicação é,

portanto, um dos grandes desafios das lideranças, pois quanto mais clara e direta a sua

mensagem, maior a sua credibilidade junto às suas equipes. Em contrapartida, a boa

comunicação estimula mais comunicação e estabelece-se um fluxo natural de interação que,

reforçado pela prática do feedback, contribui para o fortalecimento das relações interpessoais

e para a construção de um clima organizacional mais favorável.

Em complemento a esta posição Brum (2010) tece considerações de que a informação

é o produto da comunicação interna e a principal estratégia de aproximação da empresa com

os seus colaboradores. A autora destaca que a informação deve ser transmitida com uma

linguagem simples e clara, permitindo aos seus colaboradores uma leitura eficaz e exposta em

lugares estratégicos.

Brum (2010) acredita que a informação, quando bem trabalhada, acaba se

transformando em conhecimento para o público interno. E o conhecimento, por sua vez, pode

proporcionar bons níveis de integração entre os colaboradores.

França (2007) destaca que a tecnologia da informação vem cada vez mais ocupando

espaço dentro das organizações para aumentar a produtividade e a satisfação do cliente,

mudando e melhorando os padrões de comunicação no trabalho.

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Para Chiavenato (1999), toda organização deve ser construída sobre uma sólida base

de informação e de comunicação e não somente sobre uma hierarquia de autoridade.

Segundo Pimenta (2006), a comunicação de qualidade dentro da empresa contribui

para a definição e concretização de metas e objetivos, além de possibilitar a integração e o

equilíbrio entre os seus componentes e os setores da empresa. O autor salienta que a partir do

sistema de comunicação criado internamente, a empresa interage com três grandes sistemas:

1. o sócio-político, que envolve valores da sociedade contemporânea e as políticas do

mercado.

2. o econômico-industrial, que compreende os padrões de competição e as leis de

mercado;

3. o microclima interno das organizações, que define normas e políticas das operações

empresariais; (PIMENTA, 2006, p.58).

Torquato (1996 apud PIMENTA, 2006) defende que a função básica da comunicação

na empresa é promover consentimento e aceitação. Para tanto, é necessário e conveniente uma

estrutura bem definida e uma coordenação centralizada. Diante disso, o autor salienta que essa

coordenação seria responsável pelas pesquisas, estratégias, normas e planos de comunicação

das empresas e teria como resultados:

Capacidade de responder mais rápida e adequadamente às contingências e aos riscos

internos e externos;

Homogeneidade de linguagem;

Harmonia na preservação dos códigos visuais e escritos;

Sinergia;

Racionalização dos processos administrativos e financeiros;

Melhor distribuição de tarefas;

Melhor direcionamento da mensagem e seleção de veículos; (TORQUATO, 1996

apud PIMENTA, 2006).

Desta forma, percebe-se que empresas inteligentes criam oportunidades para que a

comunicação interna aconteça de forma sistemática não apenas no que se refere a canais,

instrumentos e ações, mas principalmente através das lideranças. (BRUM, 2010, p. 123).

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2.4 LIDERANÇA

“Liderança” é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo

homem. Ser líder, formar líderes parece ser um desafio constante do homem e das

organizações. (MARINS, 2010).

Knapik (2006) conceitua liderança como uma influência interpessoal e um fenômeno

social, uma capacidade de influenciar as pessoas por meio de idéias, exemplos e ações e fazer

com que atinjam metas ou passem a acreditar em crenças ou conceitos. Para a autora, quando

se fala em gerenciar, o que se gerencia são pessoas, e o desafio dos líderes é “fazer fazerem”,

unir os esforços e inteligências para a realização de uma meta, ou da missão da empresa.

Markham (1999) destaca que é essencial para um líder de qualquer área ser um bom

comunicador, pois todo líder deve saber dar e receber informação e explicar com clareza o

que deseja e o por quê. A autora enfatiza que quanto mais o líder conseguir conversar com

seus colaboradores, melhor será o clima da organização.

Em perspectiva similar Brum (2010) sustenta que a liderança deve ser o principal

canal de comunicação da empresa com o seu público interno, pois os canais, instrumentos e

ações devem funcionar como meios complementares à atuação da liderança no processo da

informação. Para a autora, líder é aquele que possui autoridade e não poder sobre os seus

subordinados.

Ser líder para Vergara (2000) requer humildade suficiente para se aprender

permanentemente a lidar com indivíduos e grupos. De forma a mobilizá-los para uma causa,

atrelada às escolhas da empresa.

Daily et al (apud HUNTER, 2004, p.25) destacam que “liderança é a habilidade de

influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos

identificados como sendo para o bem comum”.

Sem dúvida, há diferentes tipos de líderes e cada um se pauta por suas próprias regras.

Welch (2005) se guia pelas seguintes:

Os líderes são incansáveis em melhorar a equipe, usando todos os encontros

como oportunidades para avaliar, treinar e reforçar a autoconfiança.

Os líderes se empenham para que as pessoas não só compreendam a visão, mas

também para que a vivenciem.

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Os líderes se põem no lugar de todos, transpirando energia positiva e otimismo.

Os líderes obtêm confiança com franqueza e reconhecendo os méritos alheios.

Os líderes têm coragem para tomar decisões impopulares e agir com base no

instinto.

Os líderes questionam e estimulam, por meio de uma curiosidade constante que

se aproxima do ceticismo, esforçando-se para que suas perguntas sejam

respondidas com ação.

Os líderes inspiram a assunção de riscos e o aprendizado constante, dando o

exemplo.

Os líderes comemoram. (WELCH, 2005).

Liderar é estar cheio de energia e entender que cada dia é um desafio. É uma chance

absolutamente nova de se tornar cada vez melhor num trabalho em que, mesmo quando tudo

parece estar concluído, nunca se atinge a perfeição. (WELCH, 2005).

Marins ([2010]) destaca os 12 maiores atributos da liderança para todos que desejam

vencer e liderar pessoas com maestria nas organizações. Esses atributos partiram do resultado

de pesquisas feitas na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de indústria.

1. Disposição para tentar o que não foi tentado antes – nenhum colaborador

deseja ser guiado por um administrador a quem falte coragem e autoconfiança.

É o estilo de liderança positiva aquele que ousa nas tarefas e se vale de

oportunidades não tentadas anteriormente.

2. Automotivação – o gerente que não consegue se automotivar não tem a menor

chance de ser capaz de motivar os outros.

3. Uma percepção aguda do que é justo – esta é uma grande qualidade de um

líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao

que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de

forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança.

4. Planos definidos – o líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e

planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha

o seu plano com a participação de seus colaboradores.

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5. Perseverança nas decisões – um gerente pode tomar decisões certas, mas um

líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se

fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra.

6. O hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago – um dos ônus da

liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido dos colaboradores.

7. Uma personalidade positiva – as pessoas respeitam esta qualidade, pois

inspira confiança e também constrói uma equipe com entusiasmo.

8. Empatia – o líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar

de seus colaboradores, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras

pessoas.

9. Domínio dos detalhes – o líder bem sucedido entende e executa cada detalhe

do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para

dominar as responsabilidades inerentes à sua posição.

10. Disposição para assumir plena responsabilidade – outro ônus da liderança

é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno

cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele

quem falhou, pois se tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não

continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores.

11. Duplicação – o líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar

suas habilidades em outras pessoas, pois com isso ele faz os outros evoluírem e

é capaz de “estar em muitos lugares ao mesmo tempo”.

12. Uma profunda crença em seus princípios – o líder de sucesso tem a

determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam

pelo caminho, pois acredita no que está fazendo com a determinação de

batalhar por sua realização. ([MARINS, 2010]).

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Não existe nenhuma fórmula fácil para ser líder, pois a liderança é desafiadora. No

entanto, a boa liderança é uma realidade e ela se manifesta em todos os tipos de situações.

Existem líderes discretos e bombásticos, líderes analíticos e impulsivos, alguns são duros com

as equipes, outros são solidários. À primeira vista, seria difícil identificar as qualidades em

comum desses líderes, no entanto, aprofundando-se um pouco mais, logo se vê que todos

cuidam apaixonadamente do seu pessoal, todos zelam pelo crescimento e sucesso de cada

membro da equipe. E também se percebe que eles próprios estão de bem consigo mesmos, são

autênticos, transbordam franqueza e integridade, otimismo e humanidade. (WELCH, 2005).

2.5 GESTÃO DE PESSOAS

A forma como as organizações efetuam a gestão de pessoas passa por grandes

transformações em todo o mundo. Essas transformações vêm sendo causadas por grandes

mudanças na organização do trabalho, no relacionamento entre as empresas e as pessoas, no

modo pelo qual os colaboradores encaram sua relação com o trabalho e no comportamento do

mercado de trabalho. (DUTRA, 2002).

Em complemento a esta posição Chiavenato (2004) sustenta que a gestão de pessoas é

uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nos últimos anos. Não

somente nos aspectos tangíveis e concretos, mas também nos aspectos conceituais e

intangíveis. A gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações

bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a

importância do fator humano na era da informação e da globalização.

Chiavenato (2004) observa que a gestão de pessoas é uma área muito sensível à

mentalidade que predomina nas organizações e ela é contingencial e situacional, pois engloba

vários aspectos importantes da organização como: cultura, estrutura, ambiente, organização,

tecnologia, processos internos, entre outros.

Na mesma concepção Knapik (2006) menciona que o departamento de gestão de

pessoas é o conjunto de políticas e subsistemas que se preocupa com o gerenciamento

estratégico das pessoas e leva à eficácia dos colaboradores em busca dos objetivos pessoais e

empresariais. A autora salienta que as pessoas podem potencializar os pontos fortes de uma

empresa ou reforçar fragilidades, dependendo da maneira como são tratadas, e é a área de

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gestão de pessoas que tem a responsabilidade de proporcionar uma relação positiva e

construtiva de parceria e interação.

Gestão de pessoas, segundo Gil (2001, p. 17) é a função gerencial que visa à

cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto

organizacionais quanto individuais.

Para Vergara (2000), gestão de pessoas é um tema muito importante, pois é no interior

das empresas que os colaboradores passam a maior parte de suas vidas. A autora destaca que

as empresas podem ser tudo, mas nada serão se não houver pessoas a definir-lhes a visão e o

propósito.

Araújo (2006) considera que o gestor de pessoas deve ser hábil no sentido de

identificar eventuais ruídos no relacionamento entre as pessoas, visando sempre ao melhor

clima possível e assegurando o desenvolvimento regular dos trabalhos na organização.

Nesse sentido, Xavier (2006) acrescenta que para uma organização ter uma equipe de

alto desempenho, é necessário que o gestor se atente para algumas etapas do processo de

gestão de pessoas:

Busca – Antes de tudo, é necessário buscar interna ou externamente as pessoas

certas para compor a equipe.

Retenção – Buscar as pessoas certas não basta. É preciso que elas efetivamente

queiram ficar, participar e colaborar com a equipe.

Desempenho – Cada um na equipe tem de fazer a sua parte. Cabe ao gestor a

responsabilidade de orientar o colaborador para as condutas mais eficientes.

Desenvolvimento – Como as exigências externas mudam, é necessário que

cada um cresça, e o gestor tem de criar condições para que isso ocorra. Se os

colaboradores se mantiverem estagnados, o desempenho não tardará a se

mostrar insatisfatório e conseqüências negativas tenderão a

aparecer.(XAVIER, 2006).

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Segundo Xavier (2006) o gestor, para vencer os desafios de sua função, não pode

negligenciar suas tarefas fundamentais de lidar com pessoas. No âmbito de seu desempenho

específico e de sua evolução na carreira, as pessoas são o problema e a solução. O gestor

cresce por meio da equipe, ou cai por negligência no trabalho de conduzi-la.

O mesmo autor destaca que a base para uma boa gestão de pessoas é acreditar no ser

humano e em seu potencial, é estimular os liderados a darem o melhor de si e atingirem os

padrões de desempenho mais elevados, é gostar de ajudar as pessoas a se desenvolverem para

atingir metas cada vez mais desafiadoras.

Em complemento a esta posição Gil (2001) observa que a gestão de pessoas vem

ganhando espaço, pois muitas empresas anunciam a disposição para tratar seus colaboradores

como parceiros, incentivando sua participação nas decisões e utilizando ao máximo o talento

das pessoas para a obtenção da sinergia necessária para o seu desenvolvimento.

Em perspectiva similar, os autores Cardoso, Corrêa, Ferreira, e França (2006)

salientam que muitos esforços foram e estão sendo desenvolvidos para a busca de modelos de

gestão que se revelem mais adequados às necessidades inerentes à gestão organizacional.

A gestão de pessoas abrange uma ampla variedade de atividades, mas para Welch

(2005) realmente se resume em seis práticas fundamentais:

1. Elevar o RH à posição de poder na organização e garantir que o pessoal de RH

tenha qualidades especiais para ajudar os gerentes a construir líderes e

carreiras.

2. Usar sistemas de avaliação rigorosos, não-burocráticos, que enfatizem acima

de tudo a integridade pessoal.

3. Criar mecanismos eficazes para motivar e manter os funcionários.

4. Encarar os relacionamentos difíceis

5. Combater a gravidade, e em vez de tratar os 70% do meio como massa que

segue a corrente, considerá-los o coração e a alma da organização.

6. Desenhar organogramas tão horizontais quanto possíveis, com clareza

ofuscante nas relações de subordinação e nas definições de atribuições.

(WELCH, 2005).

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A preparação para o futuro exige que as empresas invistam na modernização do

sistema de gestão de pessoas e também no suporte ao desenvolvimento das pessoas por si

próprias. A modernização do sistema de gestão de pessoas deve criar condições para que as

mesmas possam visualizar seu desenvolvimento e para que a empresa possa avaliar o poder

de contribuição de todas as pessoas com as quais mantenha relação de trabalho. Desta

maneira, a empresa e as pessoas podem conciliar suas expectativas de forma dinâmica.

(DUTRA, 2002).

2.6 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

O tema qualidade de vida no trabalho vem chamando a atenção de estudiosos, na

última década por interferir no desempenho organizacional e tem mostrado que pode elevar o

nível de satisfação dos colaboradores com reflexos sobre o trabalho de cada um e assim

melhorar o desempenho de todos nas organizações. (AMORIM, 2010).

Durante muito tempo, ao falar-se em qualidade nas empresas, enfatizava-se

principalmente a produção. Hoje, fala-se não apenas em qualidade no trabalho, mas também

em qualidade de vida dos trabalhadores. Isso significa que estes trabalhadores precisam ser

felizes. Para que sejam produtivos, devem sentir que o trabalho que executam é adequado a

suas habilidades e que são tratados como pessoas e com respeito. Não se pode esquecer que

parte significativa da vida das pessoas é dedicada ao trabalho e que para muitas o trabalho

constitui a maior fonte de identificação e realização pessoal. (GIL, 2001).

A qualidade de vida no trabalho é capaz de mudar o ambiente, tornando a atividade

mais humana dentro das organizações. A busca pela produtividade e qualidade é o principal

fator para as empresas proporcionarem a qualidade de vida dentro das organizações, visto que

ao promover a saúde e o bem estar de seus colaboradores, observando tarefas e o

envolvimento dos mesmos, obtêm-se o aumento da motivação, da satisfação e do desempenho

dos trabalhadores. (JULIAO, 2001).

Na mesma linha Chiavenato (2004) destaca que para alcançar níveis mais elevados de

qualidade e produtividade, as empresas precisam de pessoas que estejam entusiasmadas e

motivadas, que participem ativamente nos trabalhos que executam e que sejam

adequadamente recompensadas pelas suas contribuições.

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Com isso as necessidades das pessoas e os novos desafios no trabalho têm estimulado a

estruturação das atividades de qualidade de vida nas empresas, caracterizando uma nova

competência, uma nova especialização gerencial. (FRANÇA, 2007).

Segundo França (2007, p. 167), a gestão da qualidade de vida no trabalho, pode ser

definida como:

A capacidade de administrar o conjunto das ações, incluindo diagnóstico, implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho alinhada e construída na cultura organizacional, com prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organização.

Walton (apud Antunes e Oliva, 2010 p. 50) afirma que a qualidade de vida no trabalho

pode ser utilizada pelas empresas que querem renovar suas formas de organização, de maneira

que se eleve o nível de satisfação do pessoal e, ao mesmo tempo, a produtividade das

empresas.

Amorim (2010) destaca que o bom nível de atendimento às necessidades dos clientes

depende, em grande parte, da satisfação dos colaboradores, seja em empresas públicas ou

privadas. E para melhorar o nível de atendimento ao cliente, cada órgão e entidade pública

deve implementar programas de QVT, objetivando garantir o bem-estar dos colaboradores no

ambiente de trabalho.

A qualidade do trabalho elevada conduz a um clima de confiança e respeito mútuo, no

qual as pessoas tendem a aumentar suas contribuições e elevar suas oportunidades de êxito

psicológico enquanto a administração tende a reduzir mecanismos rígidos de controle social.

(CHIAVENATO, 2004, p. 449).

Segundo o mesmo autor, a qualidade de vida no trabalho envolve uma constelação de

fatores, como:

1. A satisfação com o trabalho executado.

2. As possibilidades de futuro na organização.

3. O reconhecimento pelos resultados alcançados.

4. O salário percebido.

5. Os benefícios auferidos.

6. O relacionamento humano dentro do grupo e da organização.

7. O ambiente psicológico e físico de trabalho.

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8. A liberdade e responsabilidade de tomar decisões.

9. As possibilidades de participar.

França (2007) comenta que o cenário atual das organizações está marcado por

inquietudes individuais e coletivas, diante de fusões, incorporações, novos conhecimentos,

redução dos postos de trabalho, conciliação de expectativas entre trabalho, família e consumo,

sinais e sintomas de stress, alta incidência de lesões por esforços repetitivos, impactos

tecnológicos no trabalho. Esses fatos provocam novas atitudes das organizações para a

necessidade de mudança no modo de vida das pessoas, abrindo espaços para a discussão e a

busca de fatores que construam uma nova realidade nas empresas. Segundo a autora, a base de

análise do bem-estar nas empresas é construída de ações e programas de Qualidade de Vida

no Trabalho, especialmente nas questões gerenciais.

Nesse sentido, pode-se destacar que a qualidade de vida no trabalho é muito

importante para que a organização possa obter resultados mais positivos e também promover

a satisfação dos colaboradores.

Conforme foi destacado pelos autores, a qualidade de vida no trabalho é capaz de

mudar o ambiente das organizações, pois um clima favorável possibilita um melhor

desempenho nas atividades dos colaboradores. Quanto mais felizes estiverem, melhores serão

os resultados.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo será abordado o caminho adotado para o desenvolvimento e aplicação

da pesquisa. Aqui será identificada a caracterização da pesquisa, o contexto e participantes, os

procedimentos e instrumentos de coleta de dados, bem como a definição das categorias de

análise.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como

objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. (GIL, 2002, p. 17).

Segundo Oliveira (2001, p. 118) “a pesquisa, tanto para efeito científico como

profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que

podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento.”

Esta pesquisa caracteriza-se por uma abordagem predominantemente quantitativa de

dados. De acordo com Richardson (1999) o método quantitativo caracteriza-se pelo emprego

da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas

por meio de técnicas estatísticas, desde percentuais simples, média, desvio padrão, até as mais

complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, entre outros. Para o autor,

este método representa a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de

análise e interpretação, possibilitando uma margem de segurança quanto às inferências.

Oliveira (2001) destaca que este método é muito utilizado no desenvolvimento das

pesquisas descritivas, natureza deste trabalho, pois procura descobrir e classificar a relação

entre variáveis.

Para Richardson (1999, p. 114) “ o estudo descritivo possibilita o desenvolvimento de

um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua

ordenação e classificação.” O autor destaca que através destes estudo pode-se analisar o papel

das variáveis que, de certa maneira, influenciam ou causam o aparecimento dos fenômenos.

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Cervo e Bervian (1996) acrescentam que a pesquisa descritiva pode assumir diversas

formas, uma delas é o estudo exploratório, no qual também é um dos objetivos desta pesquisa.

Os autores afirmam que a pesquisa exploratória realiza descrições precisas da situação

e quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma. Também

requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração de diversos aspectos

possíveis de um problema ou uma situação.

Os meios empregados para a investigação foram a pesquisa bibliográfica o estudo de

caso. A pesquisa bibliográfica para Gil (2008, p. 50) é desenvolvida a partir de material já

elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Em complemento a esta posição Marconi e Lakatos (2007) destacam que a pesquisa

bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde

publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, monografias, teses, ou seja, material acessível

ao público em geral. Então, a pesquisa bibliográfica tem o propósito de conhecer as diferentes

formas de contribuição científica que se realizam sobre determinado assunto ou fenômeno.

(OLIVEIRA, 2001, p. 119).

O estudo de caso trata-se de um estudo em profundidade, exaustivo, radical, de uns

poucos objetos, visando obter o máximo de informações que permitam o amplo

conhecimento. (ALVES, 2003, p. 54).

Yin apud Gil (2002, p. 54) destaca que o estudo de caso é o delineamento mais

adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real,

onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente percebidos.

Para Fachin (2006), o estudo de caso é um método que se caracteriza por um estudo

intensivo, pois se leva em consideração, principalmente, a compreensão do assunto estudado

como um todo.

Após caracterizar a pesquisa, apresenta-se na seqüência o contexto e os participantes

da pesquisa.

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3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES

O presente estudo foi realizado na empresa BESC S/A Corretora de Seguros e

Administradora de Bens Móveis e Imóveis – Bescor. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi

necessário identificar a população a ser estudada.

Segundo Richardson (1999), usualmente, fala-se de população ao se referir a todos os

habitantes de determinado lugar, mas em termos estatísticos, população pode ser o conjunto

de indivíduos que trabalham em um mesmo lugar. Cada unidade ou membro de uma

população denomina-se elemento, e quando este se torna certo número de elementos para

averiguar algo sobre a população a que pertence, chama-se de amostra. Contudo, define-se

amostra como qualquer subconjunto do conjunto universal ou da população.

Assim esta pesquisa teve como amostra de sua população 15 funcionários, pois julgou-

se conveniente aplicar a pesquisa com os funcionários que estão envolvidos com o

departamento de seguros. Portanto, colaboraram as secretárias da direção da empresa, onde

são (2) colaboradoras terceirizadas, as funcionárias do departamento de contabilidade, (1)

funcionária e mais (1) colaboradora terceirizada, no departamento de recursos humanos, (1)

funcionário participou da pesquisa, e no departamento de seguros participaram (6)

funcionários e mais (2) colaboradores terceirizados. Entretanto 2 colaboradores não

participaram pois no dia em que a pesquisa foi aplicada, os mesmos estavam exercendo

atividades externas. Na pesquisa foi desconsiderada a participação dos estagiários devido a

grande rotatividade dos mesmos.

A partir da explanação dos participantes da pesquisa, parte-se agora para a

apresentação dos procedimentos e os instrumentos da coleta dos dados.

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3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para efetuar a coleta de dados, foi utilizada a observação participativa. De acordo com

Alves (2003, p.62):

O observador deve ter habilidades fundamentais para saber identificar detalhes relevantes e os desnecessários à pesquisa, saber fazer anotações e, além disso, preparar-se mentalmente para se concentrar durante a observação, demonstrar capacidade de comunicação verbal e saber perceber a comunicação não-verbal, não aceitando somente o que for verbalizado. É preciso captar o discurso do outro à luz dessas linguagens.

Outro instrumento de coleta de dados que foi utilizado na pesquisa é a pesquisa de

satisfação, no qual os dados foram obtidos por meio de questionário.

Segundo Marconi e Lakatos (2007), o questionário é um instrumento de coleta de

dados construído por uma série ordenada de perguntas, onde devem ser respondidas por

escrito e sem a presença do entrevistador.

Conforme Fachin (2006, p. 158), o questionário consiste em um elenco de questões

que são submetidas a certo número de pessoas com o intuito de se coletar informações. E,

para que a coleta de informações seja significativa, é importante verificar como, quando e

onde obtê-las.

O questionário foi construído pela pesquisadora com base nos estudos realizados em

artigos, revistas, materiais eletrônicos, livros, sendo o modelo específico para elaborar as

alternativas para os colaboradores responderem o questionário, a escala de Likert apresentada

pelos autores Aaker; Kumar e Daiy em 2004.

O instrumento de coleta de dados aplicado teve 22 questões, 21 fechadas, sendo estas

perguntas objetivas e 01 aberta com a possibilidade dos colaboradores relatarem suas

observações, fazerem comentários ou deixarem sugestões.

Fachin (2006) destaca que as questões fechadas são aquelas em que o pesquisado

escolhe sua resposta em um conjunto de categorias elaboradas juntamente com a questão. Este

tipo de questão direciona o pesquisado para as alternativas já estruturadas, no qual não há

liberdade para que expresse sua opinião.

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As questões abertas de acordo com Fachin (2006, p. 163) são aquelas que dão

condição ao pesquisado de discorrer espontaneamente sobre o que está questionando; as

respostas são de livre deliberação, sem limitações e com linguagem própria.

A pesquisa foi aplicada no dia 20 de setembro de 2010, em horário comercial,

conforme a autorização do departamento de recursos humanos da empresa.

3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Após a realização dos procedimentos de coleta de dados, estes são submetidos ao

tratamento e a análise, que segundo Alves (2003, p.65) “compreende o trabalho que o

pesquisador irá realizar com os dados colhidos durante a pesquisa.”

Vergara (2000) destaca que o tratamento dos dados refere-se à seção no qual se

explicita para o leitor como se pretende tratar os dados coletados, justificando por que o

mesmo é adequado aos propósitos da pesquisa.

Segundo Gil (2002), o processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos,

tais como: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Após a

análise, pode ocorrer também a interpretação dos dados, que consiste, fundamentalmente, em

estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos.

Os dados desta pesquisa coletados por meio de questionários foram organizados e

codificados em números e inseridos no software Excel para a tabulação. A partir disso, foram

elaborados os gráficos para que fosse possível a visualização dos resultados para efetuação da

análise. Esta teve como base a observação participante da pesquisadora, o auxílio da

fundamentação teórica e a opinião dos entrevistados na questão número 22 a qual foi aberta

para que os mesmos pudessem expressar suas opiniões.

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4 RESULTADOS

Neste capítulo, apresenta-se inicialmente a caracterização da empresa, na seqüência

apresenta-se por meio das informações coletadas, a análise da pesquisa. Os dados foram

coletados através de questionários aplicados no mês de setembro de 2010, onde participaram

as secretárias da direção da empresa, as funcionárias da contabilidade, de recursos humanos, e

o departamento de seguros.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Fundada no dia 31 de maio de 1972 a BESC S/A Corretora de Seguros e

Administradora de Bens Móveis e Imóveis – BESCOR, sociedade de economia mista, está

situada na Rua Saldanha Marinho – Centro – Florianópolis SC. A empresa tem como objetivo

principal realizar corretagem de seguros bem como administrar bens móveis e imóveis em

geral, procedendo à comercialização e corretagem dos mesmos. (informação verbal)1.

Conforme os dados fornecidos pelo gestor do departamento de recursos humanos

referente à hierarquia da empresa, como se trata de uma organização pública e privada, ela

está organizada da seguinte maneira: pela assembléia geral extraordinária, pelo conselho

fiscal e conselho administrativo. A Bescor está composta por 35 colaboradores, sendo um

presidente e duas secretárias terceirizadas, quatro diretores (diretor jurídico, diretor

operacional de seguros, diretor para o setor de bens e um diretor administrativo). A empresa

também tem o seu próprio departamento de contabilidade e o mesmo está composto por uma

contadora e uma auxiliar terceirizada no qual o diretor administrativo é o responsável. O

departamento de recursos humanos atualmente conta com dois funcionários, sendo um o chefe

do RH e um chefe administrativo, mais um colaborador terceirizado e uma estagiária. No

departamento de seguros são seis funcionários, quatro colaboradores terceirizados, um técnico

e mais seis estagiários. O departamento de Imóveis está organizado pelo diretor, mais dois

funcionários, um colaborador terceirizado e mais um estagiário. A empresa também tem um

motorista que está disponível para atender a todos os departamentos. (informação verbal)2.

________________________________

Informações fornecidas por funcionários da Bescor durante o período da pesquisa.

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Por ser a Corretora Oficial do Estado de Santa Catarina desde 1978, os contratos e

renovações de seguros firmados pelos órgãos fundacionais do Poder Executivo Estadual,

quando pago total ou parcialmente com recursos públicos, são realizados mediante

corretagem da Bescor. (BESCOR. C, 2008).

A empresa de médio porte ao longo desses trinta e sete anos, vem desenvolvendo suas

atividades em um ambiente adequado e organizado. A gama de produtos está de acordo com o

ramo da empresa e em dezembro de 2009 passou a oferecer mais um serviço, os seguros de

risco engenharia e garantia para construções e reformas.

Mas em decorrência dos últimos resultados apresentados pela empresa, conforme já

foi destacado na introdução existe a necessidade de ênfase na produção do departamento de

seguros, uma análise mais detalhada, uma comunicação mais abrangente para que todos os

colaboradores possam dar sugestões para possibilitar resultados mais positivos e proporcionar

a satisfação de todos os colaboradores.

________________________________

Informações fornecidas por funcionários da Bescor durante o período da pesquisa.

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4.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir, apresentam-se, os resultados obtidos na pesquisa por meio da aplicação de

questionário no mês de setembro de 2010 e a observação participante durante o período de

estágio na empresa, na qual a pesquisadora foi colaboradora por um ano e oito meses. Os

resultados serão expostos, por meio de gráficos e a análise terá como base a fundamentação

teórica e a opinião dos entrevistados.

4.2.1 Perfil

Optou-se por abordar na pesquisa somente uma questão direcionada ao perfil dos

colaboradores com o objetivo de preservar a identidade dos mesmos. Com base nesta análise

foi questionado o tempo em que os colaboradores trabalham na empresa.

Gráfico 1 – Tempo de trabalho na empresa.

Fonte: Dados primários (2010)

No gráfico 1 verificou-se que cerca de 8% dos colaboradores estão a mais de trinta

anos na empresa, 42% estão a mais de vinte anos, 8% estão a mais de dez anos, 34% estão a

mais de cinco anos e mais 8% estão a menos de cinco anos na empresa.

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4.2.2 Comunicação interna

A pesquisa aborda o nível de satisfação dos colaboradores em relação a comunicação

interna da empresa Bescor, considerando a relação da comunicação da empresa entre os

departamentos, entre gestor e colaborador a comunicação direta de uma maneira geral e a

interação entre os setores.

Gráfico 2 – Comunicação da empresa com os colaboradores. Fonte: Dados primários (2010)

De acordo com o gráfico 2 cerca de 23% dos colaboradores concordam totalmente que

a comunicação direta da empresa com os funcionários de sua área é eficiente, 54% concorda

em termos, 8% dos colaboradores não concordam nem discordam e 15% discordam em

termos.

A partir dos resultados obtidos através da pesquisa, pode-se observar que 77% dos

colaboradores, estão satisfeitos com as informações que são repassadas e o processo de

comunicação entre os mesmos. Com isso pode-se salientar que como 23% acreditam que a

comunicação não está sendo eficiente, os gestores devem adequar mais a maneira de

comunicar-se para que possa haver mais interação entre todos os colaboradores, visto que o

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objetivo da organização deve estar voltado para que todos os funcionários sintam-se

satisfeitos.

De acordo com a autora Brum (2010) a informação, como produto de uma

comunicação interna eficiente, serve para envolver os colaboradores num esforço único de

aderência às estratégias e objetivos da empresa com o propósito de gerar diferenciais de

qualidade para seus clientes externos e também proporcionar a satisfação de todos os clientes

internos.

Conforme a explanação da autora, fica claro que o processo de comunicação é uma

questão muito importante, pois deve ser eficiente ao ponto de promover a satisfação de todos

os colaboradores.

Gráfico 3 – Comunicação entre gestor e colaborador.

Fonte: Dados primários (2010)

Em relação a comunicação entre gestor e colaborador 38% concordam totalmente que

é satisfatória e atende as necessidades, 31% concordam em termos, 8% não concordam nem

discordam e 23% discordam em termos.

Para tanto, conclui-se que a comunicação está adequada para 69% dos colaboradores

e os demais discordam.

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No gráfico 3 pode-se observar que os resultados apresentados em relação a

comunicação com a chefia também é similar, grande parte dos colaboradores estão satisfeitos,

mas não se pode deixar de considerar uma parcela de colaboradores que não estão, pois

somam 31%.

Conforme destaca Markham (1999), é essencial para um líder de qualquer área ser um

bom comunicador, pois todo líder deve saber dar e receber informação e explicar com clareza

o que deseja e o por quê. A autora enfatiza que quanto mais o líder conseguir conversar com

seus colaboradores, melhor será o clima da organização.

Os autores Davel e Machado (2001), em artigo publicado sobre a importância da

dinâmica que deve existir entre líder e liderado para o sucesso das organizações, destacam que

as relações de influência e de identificação desempenham papel fundamental, à medida que as

organizações e o discurso gerencial difundem cada vez mais a necessidade de trabalhar em

equipe, de cooperar e de inovar continuamente no desenvolvimento de projetos, serviços e

produtos.

Com isso, pode-se destacar que o bom relacionamento entre gestor e colaborador é

muito importante para a rotina da empresa, pois conforme já foi destacado, todos os

colaboradores devem estar se sentindo satisfeitos e motivados para trabalhar na empresa, pois

dessa maneira serão mais produtivos e os resultados também serão mais positivos.

Gráfico 4 – Comunicação da empresa com os funcionários em geral. Fonte: Dados primários (2010)

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O gráfico 4 mostra que cerca de 16% dos colaboradores concordam totalmente que a

comunicação da empresa com os funcionários em geral é eficiente, 15% concordam em

termos, 46% não concordam nem discordam e 23% discordam em termos.

Considerando os resultados apresentados neste gráfico, pode-se destacar que grande

parte dos colaboradores acreditam que a comunicação da empresa em geral não está sendo

eficiente, pois 46% não concordam nem discordam e mais 23% discordam em termos. Sendo

assim, pode-se considerar que esse é um fator negativo, pois tal aspecto pode influenciar

diretamente no clima interno e consequentemente nos resultados.

Observando os resultados apresentados nos gráficos 2, 3 e 4 acredita-se que na Bescor

deva-se repensar e analisar com maior profundidade os aspectos associados a comunicação, a

fim de promover mudanças positivas no ambiente de trabalho, pois conforme foi destacado

pela autora Brum (2010) a empresa que consegue criar e manter canais de comunicação

abertos e diretos para fazer fluir as relações profissionais com clareza de regras respeitando as

diferenças existentes entre as pessoas e utilizá-las como fonte de crescimento e não de atrito,

certamente estará colaborando para que os funcionários vivam num ambiente profissional em

que todos sintam-se felizes.

Algumas sugestões como: intensificar as reuniões, abrindo espaço para uma dinâmica

entre os colaboradores em que todos participem e possam dar opiniões, sugestões e dicas,

disponibilizar mais informações através dos murais informativos, enviar e-mails com

mensagens motivacionais, verificar se o colaborador possui as melhores ferramentas para

realizar o trabalho que lhe foi atribuído, podem proporcionar um melhor engajamento dos

colaboradores e com isso a empresa obter maiores níveis de qualidade, produtividade e

integração.

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Gráfico 5 – Relação entre os setores da empresa.

Fonte: Dados primários (2010)

No gráfico 5 verificou-se que 8% dos colaboradores concordam totalmente que os

setores da empresa são capacitados para atender um ao outro de forma eficaz, 31% concordam

em termos, 23% não concordam nem discordam, outros 23% discordam em termos e 15%

discordam totalmente.

A partir destes resultados, analisa-se que as opiniões dos colaboradores se dividiram

um pouco. Conforme foi destacado na fundamentação teórica por Pimenta (2006) a

comunicação de qualidade dentro da empresa contribui para a definição e concretização de

metas e objetivos, além de possibilitar a integração e o equilíbrio entre os seus componentes e

os setores da empresa.

Nesse sentido, pode-se destacar a importância da atenção dos gestores neste aspecto,

pois quanto mais informados e capacitados estiverem os colaboradores, maior será a interação

entre os mesmos e essa dinâmica possibilitará eficiência nos processos da empresa.

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56

4.2.3 Relacionamento interpessoal

Este tópico tem como finalidade verificar o nível de satisfação dos colaboradores

considerando o relacionamento entre os mesmos na empresa e também fora dela.

Gráfico 6 – Espírito de equipe no ambiente de trabalho.

Fonte: Dados primários (2010)

A partir da observação dos dados do gráfico 6, pode-se destacar que 31% dos

colaboradores concordam totalmente que há um espírito de equipe entre os colegas de

trabalho, 7% concordam em termos, 23% não concordam nem discordam, enquanto que 39%

discordam em termos e também totalmente.

Em relação aos dados obtidos, pode-se verificar que 38% dos colaboradores acreditam

que há um espírito de equipe entre os mesmos, 23% não concordam nem discordam, enquanto

que 39% demonstram insatisfação neste aspecto. Estes dados vão de encontro aqueles

apresentados nos gráficos anteriores, evidenciando um certo grau de descontentamento com a

empresa.

De acordo com Champion apud Luz (2003), o clima organizacional está relacionado

às impressões ou as percepções que os colaboradores tem em relação ao seu ambiente de

trabalho. Embora nem todos os indivíduos tenham a mesma opinião, o clima organizacional

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reflete o comportamento organizacional, ou seja, atributos específicos de uma organização,

seus valores, ou atitudes que afetam a maneira pela qual as pessoas ou grupos se relacionam

no ambiente de trabalho.

Com isso, pode-se destacar a importância de se melhorar esse aspecto para que possa

haver uma interação maior entre os colaboradores e que esta promova a satisfação de todos na

empresa. Nesse sentido, pode-se salientar novamente o que já foi destacado, a importância da

empresa repensar seu processo de comunicação interna.

Gráfico 7 – Relação de amizade fora da empresa. Fonte: Dados primários (2010)

Dos funcionários questionados, 31% concordam totalmente que existe uma relação de

amizade com seus colegas de trabalho fora da empresa, 16% concordam em termos, 30%

sentem que não há amizade e 23% discordam totalmente.

Analisando o gráfico 7 pode-se relatar que 31% dos colaboradores estão totalmente

satisfeitos com relação a amizade fora da empresa, mas visto que somam 53% os

colaboradores que demonstram insatisfação. Este é um ponto negativo para a empresa, pois o

bom relacionamento entre os funcionários fora da empresa, permite que os mesmos se

conheçam melhor e isso pode fortalecer a eficiência da equipe e a interação entre todos os

setores da empresa.

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Avaliar o clima permite às organizações identificar as percepções que seus

colaboradores tem sobre diferentes aspectos que influenciam o seu bem-estar no trabalho e a

possibilidade de identificar oportunidades de melhoria da qualidade dos produtos e serviços

oferecidos, da produtividade, do comprometimento dos colaboradores com os resultados da

empresa e, por conseguinte aumentar a própria rentabilidade das organizações. (LUZ, 2003).

De acordo com o que foi mencionado pelo autor Luz (2003), pode-se perceber a

importância dos gestores avaliarem o clima da empresa, as percepções que os colaboradores

tem e a partir disso, propor melhorias, abrir espaço para opiniões, sugestões, ideias, pois o

clima reflete diretamente na produtividade dos mesmos.

Os gráficos 6 e 7 evidenciam que o clima organizacional de uma maneira geral não é

satisfatório, o que pode vir a influenciar nas atividades e na qualidade dos serviços prestados

pela Bescor. Acredita-se que o caráter público da empresa, que sofre influências de decisões

motivadas por interesses políticos possam influenciar na qualidade do clima organizacional.

Mudanças nesse sentido são de difícil implementação tendo em vista a natureza e histórico da

empresa.

Gráfico 8 – Relacionamento profissional entre os setores da empresa. Fonte: Dados primários (2010)

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No gráfico 8 verificou-se que cerca de 23% dos colaboradores concordam totalmente

que há um bom relacionamento profissional entre os setores da empresa, 15% concordam em

termos, 39% não concordam nem discordam, 8% discordam em termos e 15% discordam

totalmente.

Verifica-se que 36% dos colaboradores acreditam que há um bom relacionamento

profissional entre os setores da empresa, 39% não concordam e nem discordam e 23% não se

sentem satisfeitos nesse aspecto.

Gráfico 9 – Autonomia para trabalhar. Fonte: Dados primários (2010)

No gráfico 9 pode-se destacar que 61% dos colaboradores concordam totalmente que a

chefia lhes dá autonomia para trabalhar, 23% concordam em termos, e 16% acreditam que

não.

A partir desses dados pode-se verificar que a maioria dos colaboradores da empresa,

correspondentes ao percentual de 84% demonstram satisfação com a autonomia que a chefia

lhes dá para exercer suas atividades. Os demais demonstram insatisfação.

Acredita-se que para a Bescor a autonomia é muito importante, tendo em vista que a

empresa configura-se como uma prestadora de serviços.

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Nesse contexto, Chiavenato (2004) destaca que a autonomia proporciona liberdade de

métodos, de programar e organizar o trabalho e também intervalos de repouso, mobilidade

física ilimitada e com isso o colaborador deixa de depender da gerência ou de outras pessoas

para exercer as suas funções.

Para modificar a opinião dos colaboradores que estão insatisfeitos neste aspecto,

sugere-se que a empresa implemente algumas ações. Chiavenato (2004) salienta que o ideal é

envolver os colaboradores na escolha de suas tarefas e nos métodos para executá-las, criar um

ambiente de cooperação, de compartilhamento de informações, discussão, encorajar os

colaboradores a assumir iniciativas, tomar decisões e colocar em uso os seus conhecimentos e

habilidades.

4.2.4 Treinamento/orientação

A seguir, apresenta-se o nível de satisfação dos colaboradores quanto as ações da

empresa em proporcionar treinamentos e constante orientação aos colaboradores.

Gráfico 10 – Treinamentos para os funcionários.

Fonte: Dados primários (2010)

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No gráfico 10 verificou-se que 16% dos colaboradores concordam totalmente que a

empresa oferece treinamentos e orientações constantemente para os funcionários, 30%

concordam em termos ou não concordam nem discordam, 8% discordam em termos, enquanto

que 46% discordam totalmente.

Desta forma, pode-se perceber que a maioria dos colaboradores não estão satisfeitos

com este aspecto, e este é um ponto negativo, pois de acordo com os resultados que a empresa

vem apresentando, o ideal seria intensificar as orientações para todos os funcionários com o

objetivo de abrir espaço para novas ideias, atitudes e soluções para a empresa.

Conforme destaca Chiavenato (2004), o capital humano deve ser bem aplicado,

aprimorado e desenvolvido. O treinamento é uma fonte de lucratividade, porque aumenta esse

capital e enriquece o patrimônio humano da organização. O treinamento é um processo

sistemático de melhoria do comportamento dos colaboradores no alcance dos objetivos da

empresa.

Nesse sentido, pode-se destacar a importância do treinamento constante dos

funcionários, pois este investimento contínuo, promove a melhoria dos serviços oferecidos e

consequentemente a lucratividade da empresa.

Tendo em vista os resultados apresentados neste gráfico e o exposto por Chiavenato

(2004) em relação a treinamento sugere-se que a empresa avalie as necessidades de

treinamento da equipe e com base nesta análise desenvolva um cronograma de cursos de

capacitação.

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4.2.5 Cultura Organizacional

Na respectiva pesquisa optou-se por avaliar o nível de satisfação dos colaboradores em

relação a cultura da empresa, se as tradições, práticas e costumes adotados favorecem ou não

a execução das atividades.

Gráfico 11 – A cultura da organização.

Fonte: Dados primários (2010)

Neste gráfico observou-se que 8% dos colaboradores concordam totalmente que a

cultura da empresa favorece a execução das suas tarefas, 15% concordam em termos, 39%

não concordam nem discordam, 23% discordam em termos e mais 15% discordam totalmente.

A partir destes dados, observa-se que a questão da cultura da organização para a

maioria dos colaboradores não favorece a execução de suas tarefas.

Conforme destaca Chiavento (2004), a cultura organizacional pode ser um fator de

sucesso ou de fracasso das organizações. Ela pode ser flexível e impulsionar a empresa, como

também pode ser rígida e travar o seu desenvolvimento.

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Nesse sentido, o autor Luz (2003) salienta que a cultura organizacional é constituída

de aspectos, que dão às organizações um modo particular de ser. Ela está para a organização,

assim como a personalidade está para o indivíduo. Ela representa o conjunto de crenças,

valores, estilos de trabalho e relacionamentos, que diferencia uma organização da outra.

No caso da empresa Bescor pode-se destacar que de acordo com os resultados

apresentados, a insatisfação de grande parte dos colaboradores segue em decorrência de

aspectos já destacados, as decisões que são tomadas pela empresa muitas vezes são motivadas

por interesses políticos, o que, no entanto, pode estar colaborando para afetar o clima da

empresa.

4.2.6 Política salarial/oportunidade de carreira

Os itens a seguir, tem como objetivo avaliar o nível de satisfação dos colaboradores

em relação a política salarial adotada pela empresa, bem como os planos de benefícios e

oportunidades de crescimento profissional.

Gráfico 12 – Remuneração de acordo com o mercado.

Fonte: Dados primários (2010)

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Referente a remuneração, 31% dos colaboradores concordam totalmente que está de

acordo com o mercado de trabalho, 23% concordam em termos, mais 23% não concordam

nem discordam, 15% discordam em termos e 8% discordam totalmente

Analisando estes resultados, pode-se compreender que 54% dos colaboradores

apresentam satisfação em relação a sua remuneração, enquanto que 46% dos colaboradores

acreditam que a sua remuneração não está de acordo com o mercado de trabalho. Observando

o apresentado nos outros gráficos destaca-se que a insatisfação continua presente no tocante a

remuneração.

Segundo Chiavenato (2004, p. 283) “o objetivo principal da remuneração é criar um

sistema de recompensas que seja equitativo tanto para a organização como para os

funcionários.”

Nesse sentido, pode-se destacar a importância da remuneração para que os

colaboradores sintam-se motivados e satisfeitos no desenvolvimento de suas funções. Na

empresa Bescor pode-se considerar que grande parte dos funcionários estão satisfeitos, mas os

gestores não podem deixar de considerar os 46% que estão apresentando insatisfação.

Tendo em vista a realidade socio economica da região onde a empresa está localizada

os salários pagos pela Bescor estão condizentes com as funções exercidas e comparando a

remuneração da empresa com outras no setor privado, a Bescor paga um salário superior para

uma jornada de trabalho de seis horas. Observa-se aqui que os resultados que demonstram

insatisfação sobre este quesito podem estar ligados as questões de clima organizacional e a

própria natureza pública da organização.

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Gráfico 13 – Possibilidade de crescimento profissional.

Fonte: Dados primários (2010)

Dos funcionários questionados, 17% dos colaboradores concordam totalmente que há

possibilidade de crescimento profissional na empresa, enquanto que 41% concordam em

termos, mais 17% dos colaboradores não concordam nem discordam, 17% discordam em

termos e outros 8% discordam totalmente.

Com base nessas informações, pode-se concluir que 58% dos colaboradores acreditam

que há possibilidade de crescimento na empresa, 17% não concordam nem dicordam e 25%

acreditam que não.

A partir desses resultados, conclui-se que grande parte dos colaboradores estão se

sentindo motivados nesses aspecto e acreditam que a empresa pode prosperar e com isso

promover funcionários.

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Gráfico 14 – Plano de benefícios Fonte: Dados primários (2010)

Em relação aos benefícios oferecidos pela empresa, cerca de 46% dos colaboradores

concordam totalmente que os mesmos satisfazem suas necessidades, 18% concordam em

termos mais 18% dos colaboradores não concordam nem discordam e outros 18% discordam

totalmente. Os benefícios oferecidos pela empresa são auxílio alimentação, transporte, além

de convênio médico e odontológico.

Referente aos dados apresentados, pode-se considerar que 64% dos colaboradores

estão satisfeitos com os benefícios oferecidos pela empresa, cerca de 18% não possuem uma

opinião concreta e mais 18% não estão satisfeitos. A partir destes resultados, pode-se destacar

que este é um ponto positivo para a empresa, pois a maioria dos colaboradores estão

satisfeitos em relação aos benefícios oferecidos além do salário.

Segundo Chiavenato (2004), os benefícios oferecidos pelas empresas procuram

atender às necessidades individuais das pessoas, proporcionando uma vida pessoal, familiar e

de trabalho mais tranquila e produtiva. Para o autor, os benefícios devem funcionar como um

elemento de atração e de retenção de pessoal, pois visam: reduzir a fadiga física e psicológica,

visam reduzir a rotatividade do pessoal e fixar as pessoas na empresa, reduzir o absenteísmo,

melhorar a qualidade de vida das pessoas e também minimizar o custo de horas trabalhadas.

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Analisando os gráficos 12 e 14 pode-se perceber que os colaboradores de uma maneira

geral apresentaram insatisfação em relação ao salário pago pela empresa, mas quanto ao plano

de benefícos a maioria demonstrou satisfação.

4.2.7 Imagem da empresa

Pondera-se na sequência, os resultados apresentados na pesquisa em relação ao nível

de satisfação dos colaboradores quanto ao ambiente da empresa, os equipamentos

disponibilizados aos colaboradores e a satisfação dos mesmos com a empresa de uma maneira

geral.

Gráfico 15 – Um bom lugar para trabalhar.

Fonte: Dados primários (2010)

Dos funcionários questionados, cerca de 23% concordam totalmente que a empresa é

um bom lugar para trabalhar e tem um ambiente adequado, 46% concordam em termos, 16%

não concordam nem discordam e 15% discordam em termos.

Conforme os dados obtidos, verifica-se que 69% dos colaboradores acreditam que a

Bescor é um bom lugar para se trabalhar e também possui um ambiente adequado.

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Os demais 31% pode-se considerar que não estão muito satisfeitos, pois 16%

preferiram não opinar e mais 15% discordam em termos. Considerando os resultados

apresentados nos gráficos anteriores, pode-se destacar que este é um fator positivo para

empresa, pois ao mesmo tempo em que existem situações que demonstram muita insatisfação

por algumas ações, sentem-se satisfeitos de uma maneira geral em trabalhar para a empresa.

Este resultado vem de encontro com os resultados apresentados nos gráficos

anteriores, evidenciando novamente um certo grau de insatisfação dos funcionários com a

empresa.

Gráfico 16 – Equipamentos da empresa. Fonte: Dados primários (2010)

No gráfico 16 pode-se destacar que 39% dos colaboradores concordam totalmente que

a empresa possui equipamentos suficientes e adequados para atender as necessidades dos

mesmos e dos clientes externos, 38% concordam em termos, 8% não concordam nem

discordam e 15% discordam em termos.

De acordo com os respectivos dados apresentados, analisa-se que se chegou a uma

porcentagem de 77%, referente aos colaboradores que estão satisfeitos com os equipamentos

de trabalho que lhes são oferecidos e que estes também atendem as necessidades dos clientes

externos.

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Com isso pode-se concluir que este é um fator positivo para a empresa, mas não se

pode deixar de considerar que 23% demonstrou insatisfação, o que, no entanto merece

atenção dos gestores.

Gráfico 17 – Orgulho de trabalhar na empresa. Fonte: Dados primários (2010)

Pode-se verificar no gráfico 17 um ponto muito positivo, pois 54% dos colaboradores

sentem orgulho de trabalhar na empresa, 31% concordam em termos, 7% não concordam nem

discordam e somente 8% discordam totalmente.

A partir destes resultados, verifica-se que grande parte dos colaboradores sentem

orgulho de trabalhar na empresa. Com isso pode-se concluir que independente dos problemas

pelos quais a empresa vem passando e se considerar que este é um fator de preocupação e que

proporciona sentimentos de incerteza nos colaboradores, o fato de grande parte sentir orgulho

de trabalhar na empresa colabora para que a mesma possa evoluir e obter muitas conquistas.

A partir dos resultados apresentados nos gráficos anteriores nota-se que mesmo um

certo grau de insatisfação em relação ao orgulho de se trabalhar na empresa os resultados

foram parcialmente mais favoráveis. Acredita-se que este fato deva ao bom nome da empresa

e reconhecimento dos serviços prestados.

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Gráfico 18 – Preocupação da empresa com os funcionários.

Fonte: Dados primários (2010)

De acordo com o gráfico 18 observou-se que 23% dos colaboradores concordam

totalmente que a empresa está preocupada com o bem-estar dos mesmos, 38% concordam em

termos, mais 23% não concordam nem discordam e 16% acreditam que não.

Verifica-se que 61% dos colaboradores acreditam que a empresa está preocupada com

o bem-estar dos funcionários, enquanto que 39% acreditam que não.

4.2.8 Trabalho realizado/sucesso profissional

Neste tópico verifica-se o nível de satisfação dos colaboradores em relação à carga

horária estabelecida pela empresa Bescor, a preocupação dos colaboradores em relação ao

futuro da empresa e também o nível de satisfação dos colaboradores quanto ao seu

desempenho profissional e encaminhamentos que a empresa proporciona.

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Gráfico 19 – Carga horária. Fonte: Dados primários (2010)

No gráfico 19 verificou-se que 69% dos colaboradores consideram que a sua carga

horária está adequada, 15% concordam em termos, 8% discordam em termos e outros 8%

discordam totalmente.

A partir destes resultados, pode-se considerar que os colaboradores sentem-se

satisfeitos com a sua carga horária, pois a maioria está de acordo. A carga horária da empresa

se compõe de 6 horas diárias.

Ressaltando o momento pelo qual a empresa vem passando, pode-se considerar que os

colaboradores que demonstram insatisfação seria em relação à possibilidade de aumentar a

carga horária para 8 horas, visto que esse é um momento de intensificar as ações da empresa

com o objetivo de alavancar sua produção.

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Gráfico 20 – Preocupação com o futuro da empresa. Fonte: Dados primários (2010)

De acordo com o gráfico 20 verifica-se que 100% dos colaboradores se preocupam

com o futuro da empresa.

A partir desse resultado, pode-se concluir que este é um fator muito positivo para a

empresa, considerando que a mesma vem enfrentando dificuldades para alavancar sua carteira

de clientes no departamento de seguros desde que o BESC foi vendido para o Banco do

Brasil.

Verificou-se ao longo da pesquisa um certo grau de insatisfação em relação ao clima,

comunicação, liderança, relacionamento, entre outros aspectos. Entretanto, apesar destes

resultados fica claro que todos os funcionários preocupam-se com a empresa. Um sinal muito

positivo, visto que pode sinalizar uma esperança de um futuro melhor.

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Gráfico 21 – Sucesso na carreira e vida profissional. Fonte: Dados primários (2010).

No gráfico 21, observou-se que 38% dos colaboradores concordam totalmente que

estão obtendo sucesso em sua carreira e em sua vida profissional, 31% concordam em termos,

e mais 31% não concordam nem discordam.

De acordo com estes resultados, pode-se considerar que grande parte dos

colaboradores estão intimamente satisfeitos com a evolução de sua carreira e sua vida

profissional.

Na questão número 22 foi aberto um espaço para que os colaboradores pudessem

relatar suas observações, comentários ou sugestões, caso considerassem oportuno. Dos treze

respondentes três colaboradores expuseram a sua opinião.

O primeiro enfatiza que a empresa precisa intensificar os treinamentos, controlar a

presença dos funcionários, o controle de acesso na empresa e um maior envolvimento da

diretoria com os funcionários e nas funções exercidas.

O segundo relata que por se tratar de uma organização mista, onde muitas decisões são

movidas por mudanças no governo do estado, os gestores tem cargos indicados, o que gera

dificuldades para se obter cargos de direção. Acredita também que a política salarial está

obsoleta.

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O terceiro respondente acredita que a empresa deve investir em capacitação,

proporcionando mais treinamentos aos colaboradores, pois a empresa precisa se atualizar para

o novo mercado. Este colaborador também acredita que a política salarial deve ser revista.

4.3 ANÁLISE GLOBAL DOS RESULTADOS

De acordo com os dados da pesquisa, referente ao tempo em que os funcionários

trabalham na empresa, pode-se verificar que tem um número muito significativo de pessoas

que já estão na empresa há bastante tempo, sendo 8% a mais de 10 anos, 42% a mais de vinte

anos e outros 8% estão a mais de trinta anos na Bescor. Tal fato denota os resultados

satisfatórios apresentados no gráfico 17 onde grande parte dos colaboradores sentem orgulho

de trabalhar para a empresa.

O gráfico 1 também apresentou que 8% estão a menos de cinco anos e 34% estão a

mais de cinco anos. Considerando estes resultados com as opiniões obtidas no gráfico 17 em

relação aos treinamentos e orientações oferecidos pela empresa, conclui-se que deva-se

intensificar estes recursos com o objetivo de capacitar as pessoas que estão a menos tempo e

renovar os conhecimentos daqueles que estão a bastante tempo na empresa. Conforme foi

relatado por um funcionário, a empresa deve estar preparada para as mudanças e para o novo

mercado.

A partir dos resultados apresentados sobre a comunicação da empresa, pôde-se

observar que grande parte dos colaboradores acredita que a comunicação repassada entre os

setores é satisfatória e 69% demonstram satisfação em relação ao contato entre gestor e

colaborador. O gráfico que apresentou o maior índice de insatisfação foi número 4, pois

grande parte dos colaboradores acreditam que a comunicação da empresa em geral não está

sendo eficiente.

Com isso, pode-se concluir que os gestores devem estar atentos a essa questão, para

que os contatos, as informações e o envolvimento dos mesmos possam ser aprimorados. Na

questão 22 onde foi aberto um espaço para sugestões, um colaborador destacou a importância

de um maior envolvimento da diretoria da empresa nas funções e no contato com os demais

colaboradores no intuito de proporcionar a satisfação de todos os colaboradores, visto que foi

destacado na fundamentação teórica a opinião de vários autores sobre a importância do

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processo de comunicação e da clareza das informações repassadas para a melhora na

produtividade da empresa.

De acordo com os dados obtidos em relação às questões que envolveram o

relacionamento profissional e interpessoal, quanto ao espírito de equipe, amizade dentro e

fora da empresa, pode-se considerar que esses aspectos precisam ser melhorados, pois de uma

maneira geral os colaboradores demonstram certa insatisfação.

Referente a autonomia que lhes é oferecida para a execução de suas tarefas, a pesquisa

demonstrou um resultado muito positivo, pois a maioria dos colaboradores se sentem

satisfeitos nesse aspecto e acreditam que tem liberdade para trabalhar. Contudo cabe a atenção

dos gestores para os colaboradores que apresentam insatisfação.

Em relação à opinião dos colaboradores sobre a cultura da empresa, pode-se concluir

que grande parte discordam das ações que são movidas pela empresa em determinadas

decisões a serem tomadas. Conforme já foi apresentado no gráfico 11, tais números

evidenciam a insatisfação dos mesmos.

A política salarial da empresa de acordo com os resultados apresentados no gráfico 12

demonstra que parte dos colaboradores acreditam que precisa ser repensada, pois estão

insatisfeitos. Dos funcionários que destacaram suas observações na questão 22, também

enfatizaram esse aspecto, pois acreditam que pode melhorar. Ao mesmo tempo quando

questionados em relação ao plano de benefícios a maioria demonstrou satisfação. Um fator a

ser considerado é que a carga horária destes profissionais é de 6 horas diárias.

Diante dos dados coletados em relação ao possível crescimento profissional e as

oportunidades que a empresa proporciona, grande parte demonstrou satisfação. Mas conforme

foi destacado na questão 22 acreditam que por se tratar de uma organização mista, onde

muitas decisões são movidas por mudanças no governo do estado, isso gera dificuldades para

abrir possibilidades para os cargos de direção.

Um aspecto muito positivo observado nos resultados da pesquisa é que os

colaboradores de uma maneira geral sentem-se satisfeitos em relação à estrutura da empresa,

acreditam que os equipamentos disponibilizados e as instalações são adequadas e favoráveis.

Contudo pode-se destacar um aspecto muito importante em relação aos resultados

apresentados na questão 20 da pesquisa, onde todos os colaboradores demonstram

preocupação com o futuro da empresa, visto os problemas pelos quais a mesma vem

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enfrentado conforme já foi destacado no decorrer deste trabalho. Esse é um fator positivo para

empresa pois a partir desta preocupação, os funcionários podem colaborar para promover

mudanças significativas para a mesma.

5. PROGRAMA DE ENDOMARKETING – PROJETO RESGATE BESCOR

A partir dos resultados obtidos através da pesquisa, pode-se sugerir um programa de

endomarketing adaptado à estrutura da empresa.

Em decorrência dos resultados apresentados no capítulo quatro, pode-se destacar o

momento de insegurança e sentimentos de incerteza pelos quais os colaboradores da Bescor

estão passando. Os resultados apresentados na pesquisa destacam a importância de se

desenvolver um programa de endomarketing para empresa. Destaca-se que a atenção dos

gestores neste aspecto juntamente com a colaboração de todos os colaboradores é

fundamental para o sucesso das estratégias de endomarketing sugeridas neste trabalho.

5.1 OBJETIVOS DE ENDOMARKETING PARA A EMPRESA BESCOR

A partir dos resultados observados na pesquisa aplicada junto aos colaboradores da

empresa, formulou-se os seguintes objetivos no tocante ao programa de endomarketing:

Melhorar os processos de comunicação interna;

Intensificar os treinamentos e as orientações;

Promover a integração entre todos os colaboradores na empresa e também fora dela.

Propor programas de incentivos.

5.2 ESTRATÉGIAS DE ENDOMARKETING

Visando o alcance dos objetivos propostos sugerem-se as seguintes estratégias de

endomarketing:

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Estratégia 01 - Comunicação interna

Em relação ao processo de comunicação da empresa, sugerem-se algumas ações para

a mesma.

A autora Brum (2010) que desenvolveu programas de endomarketing para várias

empresas do Brasil com resultados muito positivos, destaca a importância das empresas

elaborarem pelo menos a cada dois anos reuniões onde a pauta seja constituída de todos os

processos da empresa, onde todos os colaboradores possam participar, pois isso possibilita um

levantamento focado na comunicação interna com o objetivo de criar, implantar ou

aperfeiçoar os processos da empresa.

No caso da empresa Bescor, poderia ser intensificado esse processo, visto que a

mesma encontra-se com problemas no departamento de seguros e a opinião de todos os

colaboradores pode ajudar a proporcionar ações positivas e mais concretas para melhorar a

produtividade e a qualidade nos serviços prestados com o objetivo de alavancar sua carteira

de clientes.

As informações da direção que são repassadas aos colaboradores também podem ser

intensificadas e melhoradas com o objetivo de sempre promover clareza para os

colaboradores. Isso engloba todos os meios, a comunicação direta, os avisos em murais,

informações e orientações por e-mail, tudo para proporcionar mais integração entre os

colaboradores e também para intensificar o trabalho em equipe.

Estratégia 02 – Confraternizações

Devido ao número de colaboradores que demonstram insatisfação em relação ao

espírito de equipe na empresa e também em relação à amizade dentro e fora da empresa,

sugere-se então que os gestores da empresa promovam aos funcionários a possibilidade de

uma maior interação entre os mesmos. Para isso, poderiam organizar comemorações em datas

festivas, tanto no ambiente de trabalho em confraternizações mais simples onde possam se

distrair e conversar sobre outros assuntos, como também proporcionar festividades mais

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elaboradas fora do ambiente do trabalho, pois isso favorece um maior envolvimento entre os

colaboradores pelo simples fato de que as pessoas passam a ser conhecer melhor.

Com isso as relações passam a ser mais harmoniosas o que pode ser muito positivo

para o dia-a-dia da empresa.

Para os homens poderia ser criado um time de futebol, onde todos pudessem se

encontrar uma vez por semana fora da empresa, visto que geralmente os homens gostam

muito de futebol. Isso possibilitaria uma relação de amizade mais concreta e um

relacionamento mais harmonioso tanto na empresa como fora dela.

Estratégia 03 – Programas Motivacionais

Considerando que grande parte dos colaboradores estão insatisfeitos quanto à questão

dos treinamentos e capacitação profissional, este aspecto precisa ser intensificado. Sugere-se

então, que a empresa repense suas ações no tocante ao treinamento.

Tendo em vista os resultados da pesquisa vê-se a necessidade da Bescor investir em

cursos e palestras voltadas a capacitação profissional, motivação e criação de um ambiente

organizacional que contribua para satisfação e melhora na qualidade de vida de seus

colaboradores.

A partir destes aspectos sugere-se então as seguintes ações:

1o semestre 2011 – Palestras motivacionais e consultoria com profissionais

renomados no assunto.

Sugere-se a contratação de professores e consultores de empresas para ministrarem

palestras e fornecerem consultoria para os gestores da empresa.

2o. semestre 2011 – programa de cursos de capacitação voltados aos serviços

prestados pela empresa. Sugere-se que a empresa promova os seguintes cursos:

- atendimento ao cliente

- técnicas de vendas

- marketing de relacionamento

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Estratégia 04 - Programa Resgate Bescor

O Programa Resgate Bescor consiste em uma gama de ações que foram desenvolvidas

a partir da análise dos resultados da pesquisa realizada com os funcionários da empresa com o

propósito do alcance dos objetivos de endomarketing propostos, unificando as sugestões

apresentadas anteriormente. Para melhor compreensão do Programa Resgate Bescor foi

desenvolvido o quadro a seguir:

Ação Por que Quem Quando Onde Como Quanto

A comunicação da

empresa necessita

ser intensificada

Os resultados da

pesquisa

demonstraram que os

colaboradores estão

insatisfeitos.

O presidente

da empresa

juntamente

com os

diretores

primeiro

semestre

de 2011

Bescor Intensificando

todos os canais

de comunicação

disponibilizados

pela empresa.

Relação

custo/benefício

excelente pois

esse processo

só vai ser

intensificado.

Confraternizações Vai proporcionar

mais interação e

integração entre os

colaboradores.

O

departamento

de recursos

humanos.

em datas

festivas e

uma vez

na semana

para os

homens

devido a

proposta

de

organizar

um time de

futebol.

Na

Bescor,

em

empresas

de

eventos

e para o

futebol

em um

clube.

Nas datas

festivas a

comemoração

pode ser feita

na própria

empresa após o

expediente. Em

comemorações

de fim de ano

poderia ser

através de uma

empresa de

eventos. Para o

futebol pode ser

em um clube.

Relação

custo/benefício

aceitável e

excelente pois

vai

proporcionar

resultados

muito

positivos para

a empresa

através da

integração de

todos os

colaboradores.

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Ação Por que Quem Quando Onde Como Quanto

Programas

motivacionais e

consultoria

Vai proporcionar

motivação aos

colaboradores e o

processo de

consultoria,

orientações

adequadas aos

gestores da

empresa.

O presidente

da empresa

juntamente

com os

diretores.

março de

2011

Bescor Através de

palestras

direcionadas a

todos os

funcionários

da empresa. O

processo de

consultoria

será

direcionado ao

presidente e

também aos

diretores.

relação

custo/benefício

é aceitável

devido os

resultados

positivos que

serão

proporcionados

a empresa.

Cursos de

capacitação

Vai possibilitar a

atualização

constante e

necessária para os

colaboradores

desenvolverem

bem as suas

atividades e

proporcionar bons

resultados a

empresa.

A diretoria da

empresa.

abril de

2011

Bescor Através de

treinamentos e

cursos

voltados aos

serviços

prestados pela

empresa.

relação

custo/benefício

é aceitável.

Figura 05 – Quadro plano de ação.

Fonte: Organizado pela pesquisadora (2010)

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O endomarketing está voltado a um movimento no sentido de vender a imagem da

empresa ou de um produto para dentro e possibilitar a criação e manutenção de canais de

comunicação abertos e diretos para fazer fluir as relações profissionais com clareza de regras,

respeito às diferenças existentes entre as pessoas e, sobretudo utilizá-las como fonte de

crescimento para a empresa e seus colaboradores. (BRUM, 2003).

Tendo em vista esse contexto, o principal objetivo deste trabalho é propor um

programa de endomarketing voltado para os clientes internos da empresa Bescor. Para isso,

foi necessário seguir os objetivos específicos, onde se buscou realizar um diagnóstico na

empresa e analisar o grau de satisfação dos colaboradores a fim de propor ações de

endomarketing através de um programa que possa proporcionar a melhoria do rendimento e a

satisfação dos colaboradores.

A partir dos resultados da pesquisa de satisfação, observou-se que os colaboradores de

uma maneira geral sentem-se insatisfeitos em relação à comunicação interna da empresa, em

relação ao espírito de equipe e a amizade entre os mesmos, e quanto aos treinamentos e as

orientações que são repassadas, pois acreditam que é de extrema importância à intensificação

destes.

Diante desta situação, este trabalho propôs algumas ações de melhorias para o

ambiente da empresa e também de acordo com a sua estrutura, como: um programa de

endomarketing voltado para o resgate da satisfação dos colaboradores da empresa Bescor.

Este programa envolveu um plano de ação no qual foram estabelecidas regras para promover

as novas ações quanto à comunicação interna, confraternizações que devem ser intensificadas

pelos gestores, um programa motivacional que compõe um ciclo de palestras para todos os

colaboradores juntamente com um processo de consultoria para os gestores e também um

ciclo de cursos intensivos de capacitação constante para os colaboradores.

Por meio deste programa, analisa-se a importância de proporcionar aos colaboradores

oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo e também a integração dos mesmos

na empresa e fora dela.

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Diante desta proposta, espera-se que os gestores da empresa Bescor apliquem estas

ações para promover a satisfação dos colaboradores e com isso a empresa possa obter

melhores resultados, visto o exposto na introdução.

Contudo, pode-se sugerir como recomendação para futuras pesquisas na empresa,

analisar o departamento de imóveis, visto que o mesmo não foi considerado para a pesquisa.

Fica então a sugestão de um diagnóstico neste departamento para analisar sua estrutura,

serviços oferecidos e até mesmo a satisfação dos colaboradores nesta área.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Questionário para os funcionários da empresa Bescor

Caro funcionário (a)

O presente questionário é destinado à coleta de dados para a elaboração do Trabalho

de Conclusão de Curso da acadêmica Pamela Christovam Soares, que tem como principal

objetivo identificar e analisar o atual clima da empresa Bescor e assim, através dos resultados,

proporcionar melhorias e benefícios a você e a empresa como um todo.

Por favor, para cada item abaixo, assinale apenas uma alternativa expressando sua

verdadeira e sincera impressão. A sua identificação não será necessária.

Agradeço sua colaboração

Pamela Soares

1. Há quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) menos de cinco anos

( ) mais de cinco anos

( ) mais de dez anos

( ) mais de vinte anos

( ) mais de trinta anos

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2. A comunicação direta da empresa com os funcionários da sua área é eficiente.

Não

Concordo Concordo concordo Discordo Discordo

totalmente em termos nem discordo em termos totalmente

1 2 3 4 5

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

3. A comunicação entre a sua chefia e você é satisfatória e atende às suas necessidades.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

4. A comunicação da empresa com os funcionários em geral é eficiente.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

5. Os outros setores da empresa são capacitados para atender o seu setor de forma

eficaz.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

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6. Há um espírito de equipe entre você e seus colegas de trabalho.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

7. Existe uma relação de amizade com seus colegas de trabalho fora da empresa.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

8. Há um bom relacionamento profissional entre os setores da empresa.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

9. A chefia do seu setor dá autonomia para você trabalhar.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

10. A empresa oferece treinamentos e orientações constantemente para os funcionários.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

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11. A cultura da organização (tradições, práticas e costumes) adotados na empresa

favorece a execução das suas tarefas.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

12. Sua remuneração está de acordo com o mercado de trabalho.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

13. Você acredita que há possibilidade de crescimento profissional na empresa.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

14. O plano de benefícios (alimentação, transporte, convênio médico, entre outros)

oferecidos pela empresa é um atrativo para os funcionários.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

15. Esta empresa é um bom lugar para se trabalhar. O ambiente é adequado.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

16. A empresa possui equipamentos suficientes e adequados para atender as

necessidades dos funcionários e dos clientes.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

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17. Você sente orgulho de trabalhar nesta empresa.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

18. A empresa está preocupada com o bem-estar dos funcionários.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

19. Considera que a sua carga horária está adequada.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

20. Você se preocupa com o futuro desta empresa.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

21. Considera que está obtendo sucesso em sua carreira e em sua vida profissional.

Concordo totalmente

1 2 3 4 5 Discordo totalmente

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22. Neste espaço você pode relatar as suas observações, os seus comentários, ou as suas

sugestões referente à empresa.

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