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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE NANOPARTÍCULAS
Prof. Rilton Alves de FreitasCentro e Ciência da Saúde, Universidade do
Vale do Itajai, Itajai-S.C., Brasil
Aula curso Second Brazilian School on Nanobiotechnology-Itajai-S.C.4-10 de Novembro 2007 (rede de nanobiotecnologia-NANOBIOTEC
ASPECTOS GERAIS DE NANOPARTÍCULAS
• Fatores de toxicidade de nanopartículas (Nighswonger, 1999; Oberdörster et al., 2005; Smart et al. 2005)::
- Como citado anteriormente a razão área superficial pela massa, pois uma grande área superficial gera partículas com uma maior área de contato com membranas células, assim como uma grande capacidade de absorção e transporte de substâncias tóxicas.
- O Tempo de retenção da partícula, pois quanto maior o tempo de contato da mesma com a membrana celular, maior a chance de dano. Este fator incorpora o conceito de mobilidade de partícula, ou pelo clearance ou migração para tecidos adjacentes.
- Reatividade ou toxicidade inerente do composto químico contido com a partícula.
ASPECTOS GERAIS DE NANOFIBRAS
• Tamanho da fibra x respirabilidade (capacidade de penetrar na região centro-acinar do pulmão).
– Fibras com comprimento maior que 15 um apenas são respiráveis se apresentam uma espessura menor que 5 um.
– Fibras longas (>17 um) tornam difícil a fagocitose por macrófagos, promovendo uma resposta crônica que contribui para a fibrose pulmonar.
– Fibras curtas, menores que 7 um, são por outro lado facilmente fagocidadas, e removidas por macrófagos alveolares (DONALDSON e TRAN, 2004; YE et al., 1999; DONALDSON et al., 1992).
• A Biopersistência: partículas longas são dificilmente fagocitadas por macrófagos.
– Fibras biosolúveis são capazes de se difundir reduzindo e serem fagocitadas mas facilmente, gerando uma baixa biopersistência e reduzindo assim a toxicidade de fibras longas longas (maiores que 20 um).
• Reatividade ou toxicidade inerente, dependendo basicamente dos componentes químicos da nanopartículas.
REGULAMENTAÇÃO DA NANOTOXICOLOGIA
• AVALIAÇÃO COMPLETA DO RISCO DE PRODUÇÃO DE NANOPARTÍCULAS (Friedrichs, Schulte, 2007)– Identificação do risco– Caracterização do risco– Avaliação do risco– Prevenção e controle o risco– Avaliação das medidas de controle do
Obs:. Royal Society and the Royal Academy of Engineering of UK government, Recommend nanoparticulate materials to be treated as new substances.
Tempo para desenvolver um Tempo para desenvolver um medicamentomedicamento
5.0000 a 10.000 5.0000 a 10.000 selecionadosselecionados
250 entram em 250 entram em teste pré-clínicoteste pré-clínico
Apenas 1 chega ao Apenas 1 chega ao mercadomercado
00 22 44 66 88 1010 1212 15151414
AnosAnos
Invenção e desenvolvimento Invenção e desenvolvimento
Testes pré-clínicos Testes pré-clínicos (testes laboratoriais em (testes laboratoriais em animais)animais)
Fase I – 20 a 80 voluntários Fase I – 20 a 80 voluntários saudáveis para determinar saudáveis para determinar segurança e dosagemsegurança e dosagemFase II – 100 a 300 Fase II – 100 a 300
voluntários para determinar voluntários para determinar eficácia e efeitos colateraiseficácia e efeitos colaterais
Fase III – 1.000 a 20.000 pacientes Fase III – 1.000 a 20.000 pacientes voluntários para monitorar reações voluntários para monitorar reações adversas em uso de longa duraçãoadversas em uso de longa duração
Aprovação do GovernoAprovação do Governo
Fase IV – Teste adicional pós-Fase IV – Teste adicional pós-comercializaçãocomercialização
Patente Patente
solicitadasolicitada
Patente Patente
concedidaconcedida
5 entram 5 entram
em testes em testes
clínicosclínicos
Avaliação toxicológica – Estudos Pré- clínicos
Estudos Agudos
• DL50 Oral• DL50 Dérmica • CL50 Inalatória• Irritação / Corrosão Ocular• Irritação / Corrosão Dérmica• Sensibilização Cutânea
Avaliação de perigo
Classificação toxicológica
Avaliação toxicológica
Estudos sobre mutagenicidade• Mutação gênica (procariontes) • Mutação cromossômica (eucariontes)
Estudos sobre carcinogenicidade• Camundongo (18 meses) • Rato (24 meses)
Estudos sobre teratogenicidade• Coelho • Rato
Proibição do Registro
Estudos de reprodução e prole
Estudos de curto prazo• Roedor (90 dias) • Não roedor (1 ano)
Avaliação toxicológica
Estudos de longo prazo e carcino• Camundongo (18 meses) • Rato (24 meses)
Estudos dos efeitos teratogênicos
Estudos de neurotoxicidade
NOAEL
Ingestão Diária Aceitável (IDA) - quantidade máxima que, ingerida diariamente durante toda a vida, parece não oferecer risco apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos atuais
Definições importantes
Avaliação toxicológica
Dose 3X
Controle
Dose 2X
Dose X
NOAEL
Avaliação toxicológica
NOAEL
IDA = NOAEL
Fator de incerteza
Fatores de incerteza
TESTES PRÉ-CLÍNICOS:MÉTODOS TOXICOLOGICOS “IN
VITRO”
Azul de tripan
QUANTIFICAÇÃO DE CRESCIMENTO
MTT(3-(4,5-dimethylthiazole-2-yl)-2,5-diphenyl tetrazolium bromide)
http://www.ib.amwaw.edu.pl/home/dslado/video/mtt.html
Apoptosis Necrosis
Alaranjado de Acridina
AO stains DNA
Small intense spots Diffuse spots
Processos necróticos: Lactato desidrogenase
LACTATO PIRUVATO
NAD+ NADH
• Processos terminais– Nucleases: Fragmentação do DNA– Morfologia (nuclear)
• Processos iniciais– Fosfatidilserina– Caspases
QUANTIFICAÇÃO APOPTOSE
DAPI TUNEL/IODETO PROPIDIO
BROMETO DE ETIDIO ALARANJADO DE ACRIDINA
• Células saudáveis– Membrana polarizada DAPI – Sistema de transporte ativo (Azul 460 nm)
• Células vitais– Membrana polarizada BROMETO DE ETIDIO– Sem sistema de transporte ativo (Vermelho 602 nm)
• Células intactas– Membrana despolarizada BROMETO DE ETIDIO– Sem sistema de transporte ativo (Vermelho 602 nm)
• Células mortas– Membrana despolarizada BROMETO DE ETIDIO– Sem sistema de transporte ativo IODETO PROPIDIO
(Vermelho 603 nm)
--
--
-
-
--
-
-
-- Annexine-FITC
normal
early
late
+ PI
Espalhamento (Forma, Granulos)
size
Fluorescence Verde (FITC)
Fluorescence Vermelho (PI)
Citometria de Fluxo
Dados Típicos
Forward scatter Espalhamento frontal
Side scatterEspalhamento lateral
Forward scatter
Side scatter
100 101 102 103 104
FL
3-H
eig
ht
100
101
102
103
104
FL1-Height Annexine-FITC
PI
Early apoptotic
Late apoptoticNecrotic
Viable
?
PI vs. Annexin-FITC)
Propidium iodide = DNA
BRdU = Sintese DNA
Ciclo celular + corantes
G1
S
G2
M
Apoptose
S=DNA synthesisM=cell dividesG = gap
LosingDNA
G2/MG1
SO
Red fluorescenceG
reen
G2/MG1
SO
Red fluorescence
Gre
en
Higher dilution rateLower death
Lower dilution rateHigher death
CASPASE -3 WESTERN BLOT OU IMMUNOBLOT
FRAGMENTAÇÃO DNA
Células Caco-2
culture dish
insert Basolateral medium
apical medium
Caco-2 cell monolayer
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA BIODISPONIBILIDADE “IN VITRO” DE
NANOPARTÍCULAS
Célula Caco-2Meio E-MEM 10% SFB
200.000 células/mL
Matriz extracelular
Permeação aparente (Papp)
Porção apical
Incubação14 – 28 dias37oC/5%CO2TEER 350 *cm2
BasoLateral
Tempos0 – 24 horasIntervalo 2h
CLASSIFICAÇÃO BIOFARMACÊUTICA
Solubilidade e Permeabilidade são os parâmetros chaves que controlam a absorção de fármacos (AMIDON, 1995)
Classe I: Fármacos de alta solubilidade e alta permeabilidade;
Classe II: Fármacos de baixa solubilidade e alta permeabilidade;
Classe III: Fármacos de alta solubilidade e baixa permeabilidade;
Classe IV: Fármacos de baixa solubilidade e baixa permeabilidade
TEER: Resistência Elétrica Transepitelial
> 300 cm2 < 300 cm2
Manitol
Apical
Basal
enterocito
APICAL
*
CYP3A4
BASAL
enterocito
APICAL
CYP3A4
BASAL
enterocito
*X
APICAL
BASAL
enterocito
*
APICAL
BASAL
enterocito
Pgp
CYP3A4
OATP
BIODISPONIBILIDADE
Classificação do fármaco segundo o Sistema de Classificação Biofarmacêutico.
ClassePapp Razão
dose/solubilidade
1 Altamente solúveis e altamente permeáveis
> 10-5 < ou = 0,5
2 Baixa solubilidade e alta permeabilidade
> 10-5 > 0,5
3 Alta solubilidade e baixa permeabiliade
< 2 x 10-6 < ou = 0,5
4 baixa solubilidade e baixa permeabilidade
< 2 x 10-6 > 1
TEMPO (h)
Conc.Basal
tg
• Papp > 10-6 cm/s: 100% absorvido• 10-7 < Papp < 10-6 cm/s: 1 – 99% absorção• Papp < 10-7 cm/s: < 1 % absorção
Bioequivalência:
• Alta permeabilidade Papp > 10-5 cm/s
• Baixa permeabilidade Papp < 10-5 cm/s
TESTES PRÉ-CLÍNICOS: TESTES TOXICOLÓGICOS “IN VIVO”
Acridinas = intercalantesLevam a mudança de fase de leitura
Dímero de pirimidinaLesão mais comum do UV curto
(fotoliase)
Nem sempre a droga é mutagênicaAflatoxina do fungo do amendoim
é ativada perto do núcleo
4. MUTAGÊNESE (GENOTOXICIDADE) E CARCINOGÊNESE
Reparo de erros de pareamento“Mismatch repair”
Teste de AMES10 bilhões de Salmonella his-
Uma reversão de mutação torna-as his+
Expansão de repetiçõesHuntintina expande de 6-31 rep.
para 36-82
GENOTOXICIDADE
CamundongoFêmur
Remoção dasepífises 1) Contagem
câmara de Neubauer
2) Viabilidade 85%
3) 1.000.000 cel/mL
Lâminas Jateadas
Agarose1%
Agarose Low melting
0,75%
Incubar 1h 37C/5%CO2
Controles DMSOMMS ou H2O2
Lavar com PBS gelado
Tampão de lise Tampão de corrida25 V
300 mA30 min
Tampão de NeutralizaçãoBrometo de etídeo
DMSO: Núcleo íntegro (controle NEGATIVO de Genotoxicidade)MMS: Fragmentação nuclear (controle POSITIVO de Genotoxicidade)
Método de classificação de Kobayashi et al. (1995); Miyamae et al. (1998) 1)sem cauda2) cometas com pequenas caudas (caudas com comprimento < 25% da cabeça)3) Cometas com caudas de tamanho médio (caudas com comprimento entre 25% e 100% da cabeça)4) Cometas com caudas longas (comprimento da cauda > que a cabeça)5) Cometas mal definidos ou com cabeça pequena.