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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARNE FRANCO ROSA NETO ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ Balneário Camboriú 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MARNE FRANCO ROSA NETO

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA ADMINISTRADORA DE

CONDOMÍNIOS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Balneário Camboriú

2008

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MARNE FRANCO ROSA NETO

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA ADMINISTRADORA DE CONDOMINIOS

NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Balneário Camboriú

2008

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Campus Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Aloísio Salomon, Msc.

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MARNE FRANCO ROSA NETO

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE MAIS UMA ADMINISTRADORA DE

CONDOMINIOS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Ênfase em Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Campus de

Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Empreendedorismo

Balneário Camboriú, 11 de Dezembro de 2008.

_________________________________

Prof. Aloísio Salomon, MSc

Orientador

___________________________________

Prof. Marcos Aurélio Batista, MSc

Avaliador

___________________________________

Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc

Avaliador

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Marne Franco Rosa Neto.

Área de Estágio: Empreendedorismo.

Professor Responsável pelos Estágios: Profa. Lorena Schroeder, Msc.

Supervisor da Empresa: Nelson Voltolini

Professor orientador: Prof. Aloísio Salomon

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Castelo Engenharia Consultoria e Administração Ltda.

Endereço: Rua 2500 nº 426

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Nelson Voltolini - Sócio

Carimbo do CNPJ da Empresa: 564175000121

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AUTORIZAÇÀO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 11 de Dezembro de 2008.

A Empresa Castelo Engenharia Consultoria e Administração Ltda., pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a

divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o

Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Marne Franco Rosa Neto.

___________________________________

Nelson Voltolini

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me propiciar tudo que preciso em minha vida.

A minha família especialmente para minha mãe Josy Anne S. Rosa e minha avó

Ivone Anair S. Rosa por me dar sustentação e equilíbrio.

A minha namorada que esteve presente me apoiando, me incentivando em toda esta

difícil trajetória até o fim.

A família Largura que também esteve do meu lado em diversos momentos da minha

vida sendo eles ruins e bons.

Aos meus eternos amigos que sem dúvida foram e serão fundamentais em minha

trajetória.

A Coordenação do Curso de Administração de Marketing pela dedicação aos

acadêmicos.

Ao Orientador Aloísio Salomom pelos ensinamentos recebidos durante todo o

processo de formulação deste projeto.

A todos os professores da instituição UNIVALI.

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RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de avaliar, através de pesquisa bibliográfica e de pesquisa de campo, por meio de métodos quantitativos e análise de resultados a viabilidade, os passos necessários para a abertura de uma empresa, no caso específico, uma administradora de condomínios na cidade de Balneário Camboriú. Abordou-se a importância da implementação das estratégias de marketing através do composto de marketing, posicionamento no mercado, ações estas voltadas na busca pela conquista e introdução no mercado. Na pesquisa realizada verificou-se os principais hábitos de mercado em relação aos possíveis clientes da administradora de condomínios, assim como a exposição e análise dos dados obtidos. A abordagem sobre o plano de negócios mostrou a importância do mesmo como fator determinante para previsão do sucesso do empreendimento. Procurou de uma forma clara explanar, passo a passo, o plano de negócio destacando a estrutura necessária para a implantação da empresa e o estudo de viabilidade econômica, enfatizando os investimentos necessários para sua abertura. Através do alcance de cada objetivo proposto, de uma maneira geral, esta pesquisa contribuiu para observar a viabilidade para a instalação de uma administradora de condomínios no município de Balneário Camboriú.

Palavras-Chave: Viabilidade, Plano de Negócios, Implementação.

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ABSTRACT

This study aims to evaluate, through literature search and field research by means of quantitative methods and results of the feasibility analysis, the steps necessary to start a company, in this instance, a manager of condominiums in the city Camboriú of Spa. Addressed the importance of the implementation of marketing strategies through the compound of marketing, positioning in the market, these stocks turned in quest for conquest and marketing. In research conducted there has been the main habits of the market in relation to possible customers of the Administrator of condominiums, as well as the exposure and analysis of data obtained. The approach on the business plan showed the importance of it as a determining factor for predicting the success of the venture. He sought to explain clearly, step by step, the business plan outlining the structure necessary for the deployment of the company and the feasibility study economics, emphasizing the investment required for its opening. Through the proposed scope of each goal, in general, this research has helped to observe the feasibility for installing an administrator of condominiums in the city of Balneário Camboriú. Key words: Feasibility, Business Planning, Implementation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Modificações que o planejamento causa .................................... 24

Figura 2 O processo de planejamento estratégico .................................... 37

Figura 3 Forças macro ambientais da organização ................................... 38

Figura 4 Principais públicos relevantes de uma organização ................... 40

Figura 5 Matriz Swot .................................................................................. 42

Figura 6 As cinco forças de Porter ............................................................ 43

Figura 7 Coerência dos objetivos .............................................................. 44

Figura 8 Três estratégias genéricas ......................................................... 46

Figura 9 A estrutura dos 7S da Mckinsey .................................................. 49

Figura 10 Planejamento Operacional .......................................................... 57

Figura 11 Conteúdo do balanço patrimonial ................................................ 60

Figura 12 Demonstrativo de resultados ....................................................... 61

Figura 13 Estrutura de fluxo de caixa básico .............................................. 64

Figura 14 Centro de Balneário Camboriú .................................................... 81

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Cinco atividades de planejamento .............................................. 22

Quadro 2 Ser eficiente, eficaz e efetivo ...................................................... 24

Quadro 3 Medidas essenciais para o planejamento da constituição de

uma pequena empresa

26

Quadro 4 Orientações para elaboração do plano de negócios.................... 28

Quadro 5 Públicos para o Bussines Plan .................................................... 29

Quadro 6 Check List para o sumário executivo ........................................... 35

Quadro 7 Etapas para analise do ambiente externo ................................... 39

Quadro 8 Roteiro para analise das cinco forças de Porter........................... 41

Quadro 9 Requisitos das estratégias genéricas ......................................... 47

Quadro 10 Riscos das estratégias genéricas ............................................... 48

Quadro 11 Check List de um plano de marketing.......................................... 55

Quadro 12 Termos utilizados na contabilidade de custo ............................... 58

Quadro 13 Classificação dos indicadores financeiros ................................... 66

Quadro 14 Check List de um plano financeiro .............................................. 67

Quadro 15 Tributação através do lucro real ................................................. 83

Quadro 16 Tributação através do lucro presumido ...................................... 83

Quadro 17 Impostos sobre folha de pagamento .......................................... 84

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Serviços de administração de condomínios ............................... 72

Gráfico 2 Qual administradora .................................................................... 72

Gráfico 3 Estrutura física ............................................................................ 73

Gráfico 4 Satisfação pelos serviços da administradora ............................. 73

Gráfico 5 Serviços prestados com deficiência ........................................... 74

Gráfico 6 Clientes perante parceiros na prestação dos serviços................. 74

Gráfico 7 Opinião sobre serviços prestados pelos parceiros....................... 75

Gráfico 8 Implementação de mais uma administradora de condomínios.... 75

Gráfico 9 Serviços que poderia ser oferecido por uma administradora....... 76

Gráfico 10 Motivos que levariam a troca de administradora.......................... 76

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Aplicações de recurso.................................................................. 92

Tabela 2 Previsões de faturamento............................................................. 93

Tabela 3 Indicadores financeiros................................................................. 93

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 16

1.1 Tema de estágio ...................................................................................... 16

1.2 Problema de pesquisa ............................................................................. 17

1.3 Objetivos da pesquisa ............................................................................. 17

1.4 Justificativa da pesquisa .......................................................................... 18

1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 18

1.6 Organização do trabalho ......................................................................... 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 20

2.1 Administração .......................................................................................... 20

2.2 Planejamento ........................................................................................... 21

2.3 Plano de negócios .................................................................................. 26

2.3.1 Capa ........................................................................................................ 33

2.3.2 Sumário Executivo ................................................................................... 33

2.3.3 Análise de Mercado ................................................................................. 35

2.3.4 Planejamento estratégico ........................................................................ 37

2.3.4.1 Declaração de visão e missão.................................................................. 37

2.3.4.2 Análise do ambiente externo ................................................................... 38

2.3.4.3 Análise dos públicos relevantes e das forças competitivas...................... 39

2.3.4.4 Análise do ambiente interno..................................................................... 41

2.3.4.5 Ferramentas para análise estratégica...................................................... 41

2.3.4.6 Fatores críticos de sucesso ..................................................................... 43

2.3.4.7 Objetivos e metas..................................................................................... 43

2.3.4.8 Formulação de estratégias....................................................................... 45

2.3.4.9 Implementação, avaliação e controle de estratégias................................ 48

2.3.5 Plano de marketing .................................................................................. 50

2.3.6 Plano operacional ................................................................................... 55

2.3.7 Plano financeiro ....................................................................................... 57

2.3.7.1 Balanço patrimonial.................................................................................. 59

2.3.7.2 Demonstrativo de resultado...................................................................... 60

2.3.7.3 Fluxo de Caixa, Ponto de equilíbrio, indicadores econômico-financeiros 61

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3 Metodologia ............................................................................................ 68

3.1 Tipologia de pesquisa............................................................................... 68

3.2 Sujeito de estudo...................................................................................... 69

3.3 Instrumento de pesquisa.......................................................................... 70

3.4 Análise e apresentação dos dados........................................................... 70

3.5 Limitações da pesquisa............................................................................ 70

4 Resultados ............................................................................................. 72

4.1 Sumário Executivo ................................................................................... 77

4.2 Estrutura da empresa............................................................................... 77

4.3 Gestão e equipe profissional.................................................................... 77

4.4 Serviços e tecnologia................................................................................ 78

4.5 Mercado potencial - oportunidades.......................................................... 78

4.6 Elementos de diferenciação..................................................................... 78

4.7 Projeção de vendas.................................................................................. 80

4.8 Descrição do empreendimento................................................................. 80

4.8.1 Histórico, localização e infra estrutura...................................................... 80

4.8.2 Estrutura legal........................................................................................... 81

4.8.3 Gerencia e equipe profissional, estrutura organizacional......................... 84

4.9 Planejamento estratégico......................................................................... 85

4.10 Plano Operacional.................................................................................... 87

4.11 Plano de Plano de Recursos Humanos.................................................... 88

4.12 Plano de marketing................................................................................... 88

4.12.1 Análise de mercado ................................................................................. 88

4.12.2 Ações de marketing.................................................................................. 89

4.13 Plano financeiro........................................................................................ 91

4.13.1 Análise de investimento............................................................................ 93

4.14 Análise das cinco forças de Porter........................................................... 94

4.15 Análise SWOT.......................................................................................... 95

5 Considerações finais ............................................................................ 98

Referências ............................................................................................ 100

Apêndices ............................................................................................... 104

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema:

Constituir uma empresa no mercado atual é, sem duvidas, um grande desafio,

pois a grande maioria não consegue manter-se, devido à falta de competência em

sua gestão de negócio. No Brasil, o fechamento prematuro das empresas é motivo

de grande preocupação para a sociedade em geral, e de entidades como SEBRAE

que:

É de fundamental importância obter informações que propiciem identificar as causas das elevadas taxas de mortalidade das empresas, visando a atuação coordenada e efetiva dos órgãos públicos e privados em prol da permanência das micro e pequenas empresa em atividade, evitando o seu encerramento precoce (SEBRAE, 2008).

A mortalidade empresarial no Brasil, apuradas para empresas constituídas e

registradas nas juntas comerciais dos Estados nos anos 2000, 2001, e 2002,

mostrou que 49,4 % terminaram suas atividades com até 02 (dois) anos de

existência, 56,4 % com até 03 (três) anos e 59,9 % não sobreviveram além dos 04

(quatro) anos.

As estatísticas demonstram taxas de mortalidade elevadas, variando de 46,7% a 62,7%, no segundo ano de constituição da empresa. O Sul é a região com o maior percentual para as empresas com até 02 (dois) e 03 (três) anos de constituição e o Nordeste para as empresas com até 04 (quatro) anos (SEBRAE, 2008).

O trabalho tem como intenção mostrar que, através de um bom plano, é

possível mudar estes números assustadores de mortalidade dos empreendimentos.

Balneário Camboriú segundo a prefeitura municipal possui uma carência no

atendimento à condomínios, sendo eles pequenos de até 5 andares ou grandes

construções com até 40 andares. Em razão desta, este trabalho busca uma

alternativa que viabilize a implantação de uma Administradora de Condomínios que

possa vir a solucionar este com eficiência e eficácia.

A administração de condomínios tem um mercado muito promissor na cidade

de Balneário Camboriú. São visíveis a todos as diversas construções prédios de

diversos portes já concluídos e por concluir, no espaço da Avenida Atlântica até a 3ª

Avenida.

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1.2 Problema e Hipótese de Pesquisa:

Balneário Camboriú, por ser uma cidade bem conceituada no mundo com IDH

de 0,867 e entre os 10 municípios brasileiros com melhor qualidade de vida, e em

segundo lugar entre os 293 municípios catarinense conforme consta no site

www.camboriu.sc.gov.br da prefeitura municipal de Balneário Camboriú no link Sala

de imprensa, tem seus espaços disputados metro por metro pelas diversas

construtoras, com a população predial hoje de aproximadamente 1600 prédios,

segundo a Prefeitura Municipal. O atendimento não é feito com a mesma eficiência a

todos os condomínios.

Através deste problema de mercado, surge à proposição de uma

Administradora de Condomínios para suprir essa carência no bom atendimento aos

consumidores potenciais existentes na cidade, chega ao problema exposto: Qual a

viabilidade de implantação de mais uma Administradora de Condomínios em

Balneário Camboriú?

1.3 Objetivos de Pesquisa:

Analisar a viabilidade de implantação de uma Administradora de Condomínios

no município de Balneário Camboriú.

1.3.1 Objetivos específicos

� Identificar a percepção do cliente sobre as empresas do setor de administração

de condomínio em Balneário Camboriú;

� Desenvolver um estudo de viabilidade econômica;

� Identificar principais concorrentes;

� Desenvolver uma análise das oportunidades e ameaças.

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1.4 Justificativa:

Balneário Camboriú é uma cidade que tem grandes investimentos no ramo

imobiliário, que provem do mundo inteiro. Com o crescimento de prédios residências

e comercias, cresce também a carência no tocante a serviços de administração de

condomínios. Surge assim uma grande oportunidade de negócio.

O acadêmico já tinha um sonho, antes de começar o curso de Administração,

de implantar uma administradora de condomínios. Assim sendo, através de uma

parceria firmada com a atual empresa de trabalho do acadêmico, surge a

oportunidade do sonho tornar-se realidade: a implantação de uma Administradora de

Condomínios, tendo por base um estudo científico, se lançando no mercado para

suprir as suas necessidades com eficiência e eficácia.

1.5 Contexto do Ambiente de Estágio:

A Castelo Engenharia Consultoria e Administração Ltda. foi fundada em 28 de

outubro de 1987 pelos sócios Nelson Voltolini e Maryli Regina Mattos Voltolini, é

uma empresa familiar que se encontra no mercado da construção civil a mais de 20

anos.

A empresa atende a região do vale do Itajaí, mas seu principal mercado esta

situa-se em Balneário Camboriú, com prédios de padrões diversos, sua política de

trabalho é por administração, ou seja, antes das construções serem executadas são

formados grupos de investidores estes de diversas partes do mundo, que recebem

os projetos avaliam e dão o aval ou não para a execução.

Atualmente a empresa esta com três prédios de médio porte, com 11 andares

cada, em execução no bairro centro da cidade, e um de pequeno porte em

execução, com três andares, no bairro das nações.

Ao longo desses mais de vinte anos a empresa vem crescendo em perfeita

sintonia com o da construção civil, o mercado de Balneário Camboriú ainda é o

grande atrativo para os investidores que estão esperando novos empreendimentos

para que possam lucrar.

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1.6 Organização do Trabalho:

No primeiro capítulo destacou-se a introdução num contexto geral, o tema a

ser estudado, a justificativa do tema escolhido e os objetivos, geral e específico, que

darão suporte e estrutura ao trabalho.

No segundo capítulo descreveu-se a fundamentação teórica, onde foram

abordados temas como o conceito de administração, Planejamento e o Plano de

Negócios. Destacou-se a importância do plano de negócios para determinação do

sucesso no empreendimento onde foi estudado minuciosamente passo a passo.

Posteriormente, no terceiro capítulo, considerou-se a metodologia que foi

utilizada para realização da pesquisa.

No capítulo quarto, descreveu-se os resultados obtidos com a pesquisa de

mercado realizada com empresas do ramo de administração de condomínios do

município de Balneário Camboriú.

O capítulo quinto com as considerações finais sobre o trabalho realizado.

No sexto capítulo destacaram-se as referências bibliográficas utilizadas para

o estudo e desenvolvimento do trabalho.

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2. FUNDAMENTAÇÀO TEÓRICA

2.1 Administração

A Administração pode constituir a mais importante inovação do século 20, e

aquela que maior influência exerce diretamente sobre os jovens que estudam nas

faculdades e universidades.

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem. Isto é, aquele que presta um serviço a outro. (CHIAVENATO, 1999, p.6)

Para Masiero (1996, P.12) “a administração é um conjunto de princípios,

normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua

produtividade e eficiência”. Conforme Muniz; Farias (2001, p.79), “a administração é

basicamente a coordenação de atividades grupais”.

Chiavenato (1999, p.12) ainda diz que “a Administração constitui uma

importante atividade em uma sociedade pluralista que se baseia no esforço

corporativo do homem por meio das organizações”. Segundo o mesmo autor, (1999,

p.12) ressalta que:

A tarefa básica de Administração é fazer coisas por meio das pessoas, com os melhores resultados. Em qualquer tipo de organização humana, busca-se o alcance de determinados objetivos com eficiência e eficácia. A Administração dirige o esforço dos grupos organizados.

Para Muniz e Farias (2001, p.78) “a Administração consiste em orientar, dirigir

e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum”.

Conforme Drucker (1998, p.2) “a administração e os administradores constituem

necessidades específicas de todas as entidades da menor à maior”. Para declarar

funções administrativas,

Fayol define o ato de administrar como sendo: prever, organizar, comandar, coordenar, e controlar. As funções administrativas englobam os elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber: 1 Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação; 2 Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa; 3 Comandar: dirigir e orientar o pessoal; 4 Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos; 5 Controlar: verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas. (CHIAVENATO 1999, p.57)

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Para Muniz e Faria (2001, p. 79) “O processo administrativo é composto dos

elementos: Planejamento, Organização, Direção e controle ou PODC”.

2.2 Planejamento

Segundo Kotler (1976, p. 493) “Planejar é decidir no presente o que fazer no

futuro. O planejamento compreende tanto a determinação de um futuro almejado

quanto às etapas necessárias para realizá-lo”.

E para Oliveira (2005) planejamento pode ter seu conceituado como um

processo, considerando os aspectos abordados pelas dimensões anteriormente

apresentadas, desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo

mais eficiente, eficaz e efetivo com a melhor concentração de esforços e recursos

pela empresa.

Para Salim (2005) Consiste na concepção de cenários futuros para uma

organização, seguido do estabelecimento de caminhos e objetivos de acordo com a

definição das ações que possibilitem alcançar tais objetivos e metas para o

empreendimento.

Dornelas 2008 diz que:

Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados: 1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes etc; 2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e 3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destes são micro e pequenos empresários e não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

Segundo Kotler (1976, p. 495) traz benefícios o uso do planejamento:

• Encoraja o hábito de pensar com antecedência.

• Leva uma melhor coordenação dos esforços da empresa.

• Leva ao desenvolvimento de padrões de desenvolvimento para

controle.

• Faz com que a empresa torne seus objetivos e políticas mais nítidos.

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• Resulta na empresa estar melhor preparada para os acontecimentos

imprevistos.

• Torna mais vívida a participação dos executivos em suas atividades

inter-reagentes.

E ainda o mesmo autor diz (1976, p. 495) “que é um erro falar do planejamento

como se fosse de um processo único. Há pelo menos, cinco tipos de atividades de

planejamento";

O quadro 1 mostra as cinco atividades de planejamento conforme diz Philip Kotler:

TIPO DE

PLANEJAMENTO

REPONSABILIDADE

PRINCIPAL

RESULTADO RECURSOS

1. Planejamento a longo prazo

Diretoria Departamento de Planejamento

Objetivos a longo prazo Plano de Crescimento Plano de Concorrência

Previsão Análise de Oportunidade e ameaças Análise de Vantagem diferencial Simulação

2. Planejamento Anual

Diretoria Departamento de Planejamento Administração intermediária

Metas da empresa Orçamento total Metas e orçamentos por território Metas e orçamentos por produto Planos departamentais

Teoria de alocação Procedimentos de Orçamentos e quotas

3. Planejamento de Produto

Vice-presidente de Marketing Gerentes de Produto

Metas de Produto Plano de desenvolvimento de novo produto Plano de aquisição

Teoria do Composto de Marketing

4. Planejamento de Empreendimento

Departamento de novos produtos Departamento de aquisições

Plano de desenvolvimento de novo produto Plano de aquisição

Análise de ponto de equilíbrio Teoria de desconto do fluxo de lucros Teoria dos compostos de Marketing Análise de Riscos

5. Planejamento de Atividade

Administração intermediária Pessoal Técnico

Cronogramas de Projeto

Programação de caminho crítico

Quadro 1: Cinco atividades de planejamento Fonte: KOTLER - 1976 P. 496

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Conforme Oliveira (2005) o processo de planejamento é muito mais

importante que seu produto final, pois o produto final do processo de planejamento,

normalmente, é o plano sendo que deve ser desenvolvido pela empresa. Ainda

conforme afirma Oliveira (2005), existem quarto princípios gerais de planejamento;

• O principio da contribuição aos objetivos e, neste aspecto, o planejamento

deve sempre visar aos objetivos máximos da empresa. No processo de

planejamento devem-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar

alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.

• O principio da precedência do planejamento, correspondendo a uma função

administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle). Na

realidade, é difícil separar e seqüenciar as funções administrativas, mas pode-

se considerar que, de maneira geral, o planejamento “do que e como vai ser

feito” aparece na ponta do processo. Como conseqüência, o planejamento

assume uma situação de maior importância no processo administrativo.

• O principio da maior penetração e abrangência, pois o planejamento pode

provocar uma série de modificações nas características e atividades da

empresa. Algumas destas modificações são mostradas na figura. As

modificações provocadas nas pessoas podem corresponder à necessidade de

treinamento, substituição, transferências, funções, avaliação etc.; na

tecnologia pode ser apresentada pela evolução dos conhecimentos, pelas

novas maneiras de fazer os trabalhos etc.; e nos sistemas podem ocorrer

alterações nas responsabilidades estabelecidas, nos níveis de autoridade,

descentralização, comunicações, procedimentos, instruções etc.

• O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade. O planejamento deve

procurar maximizar os resultados e minimizar os resultados e minimizar as

deficiências. Através desses aspectos, o planejamento procura proporcionar à

empresa uma situação de eficiência, eficácia e efetividade.

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Logo a seguir um quadro 2 onde Oliveira fala sobre o que é ser eficiente

eficaz e efetivo.

Eficiência Eficácia Efetividade

Fazer as coisas de maneira adequada

Fazer coisas certas Manter-se no ambiente

Resolver problemas Produzir Alternativas Criativas Apresentar resultados globais ao longo do tempo (permanentemente).

Salvaguardar os recursos aplicados

Maximizar a utilização de recursos

Cumprir o seu dever Obter resultados Reduzir Custos Aumentar o Lucro Quadro 2: Ser eficiente, eficaz e efetivo Fonte: OLIVEIRA 2005.

A figura 1 demonstra algumas modificações que o planejamento causa

conforme Oliveira

Figura 1: Modificações que o planejamento causa Fonte: Oliveira 2005.

A importância do planejamento em todas as etapas de construção de uma

pequena empresa é, sem dúvida, o ponto a ser enfocado, como demonstra PEGN

(2003, p.10):

O plano de vôo precisa ser minucioso e deve levar em conta os cenários (econômicos, políticos, sociais, ambientais, culturais, etc.), os diferenciais competitivos e as competências internas que a empresa terá, além de uma avaliação realista dos recursos necessários para a montagem do empreendimento. Quanto maior for o tempo dedicado ao plano de negócios e mais detalhado ele for, maiores as possibilidades de êxito.

Planejamento

Provoca modificações em

Pessoas Tecnologia Sistemas

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Segundo o U.S. Small Business Administration (SBA) (1998), uma das

principais razões de falência das MPE americanas é a falta de planejamento do

negócio, exatamente como ocorre no Brasil. Quando se considera o conceito de

planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados:

• Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder

gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes, etc;

• Todas as entidades provedoras de financiamentos, fundos e outros recursos

financeiros necessitam de um plano de negócios da empresa requisitante

para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio; e,

• Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de

negócios.

A maioria destes são empresários de micro e pequenas empresas, e não têm

conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de

equilíbrio, projeções de faturamento, etc. Quando entendem o conceito, geralmente

não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

Diante da importância que o plano de desenvolvimento de um negócio ocupa

nas fases iniciais de constituição de uma empresa, cria-se a necessidade de

explorar medidas essenciais para o desenvolvimento do planejamento. O PEGN

(2003) esboça em um quadro 3 uma relação de medidas importantes para esta

etapa:

MEDIDAS ESSENCIAIS PARA O PLANEJAMENTO DA CONSTITUIÇÃO DE

UMA PEQUENA EMPRESA

1. Avaliar seus talentos pessoais;

2. Analisar os procedimentos burocráticos;

3. Usar o capital com moderação;

4. Conhecer todas as etapas do trabalho desenvolvido na empresa;

5. Ter um plano “B” (caso algo não ocorra como o esperado);

6. Obter certa dose de pessimismo;

7. Participar de eventos relativos ao ramo envolvido;

8. Conhecer o universo dos compradores da produção;

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9. Surpreender os clientes;

10. Envolver toda a equipe na tarefa anterior – “cultura de venda”.

Quadro 3: Medidas essenciais para o planejamento da constituição de uma pequena empresa. Fonte: PEGN, 2003.

2.3 PLANO DE NEGÓCIO

Conforme Pavani (2000, p.11), “o Plano de Negócios ou Business Plan, é um

documento especial, único e vivo que deve refletir a realidade, as perspectivas e a

estratégia da empresa”. Para Olívio (2003, p.14), “o Plano de Negócio é uma

oportunidade para o empreendedor refletir e analisar tudo o que tem haver com o

seu empreendimento”. Ainda segundo Olívio:

O Plano de Negócio possibilita a avaliação sob os aspectos mercadológico, técnico, tecnológico, financeiro, jurídico e organizacional. Facilita a obtenção de capital adicional de terceiros, quando o próprio não for suficiente para cobrir os investimentos e o funcionamento da organização, possibilitando, tanto a procura de outro(s) parceiro(s). como a obtenção de recursos com agentes financeiros. (OLIVIO 2003, P.15)

O Plano de Negócios trata-se de um equilíbrio entre a capacidade do

empreendedor e da credibilidade que a organização deposita no empreendedor.

Para Dornelas (2003, p.97) através do plano de negócios é possível:

• Entender e estabelecer diretrizes para o projeto ou novo negócio;

• Gerenciar de forma mais eficaz e tomar decisões acertadas;

• Monitorar o dia-a-dia do negócio e tomar ações corretivas quando necessário;

• Conseguir os recursos necessários internamente ou externamente;

• Identificar e avaliar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo

para a organização;

• Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o

público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores,

associações, etc.).

O plano de negócios é fundamental para a viabilidade de um

empreendimento, pois nele irá constar a visão de todos os aspectos, as ações e os

objetivos que nortearão o empreendimento, para Hashimoto:

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O Plano de Negócios é um documento que reúne informações sobre as características, condições, expectativas e necessidades do futuro empreendimento, visando uma análIse de potencialidade e viabilidade de implantação. Ele é um instrumento que ajuda o empreendedor a enfrentar obstáculos e mudanças de rumos na organização ou no ambiente (HASHIMOTO, 2006, p.200).

Segundo Salim (2005, p.3) “Plano de Negócio é um documento que contém a

caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para

conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados

financeiros”. Para Dornelas (2005, p.98) “Plano de Negócio é um documento usado

para descrever um empreendimento e um modelo de negócios que sustenta a

empresa”.

Rosa fala que:

Um Plano de Negócio é um documento que descreve quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos devem sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um Plano de Negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. (ROSA, 2004 p. 10)

Para Berle (2003 apud SILVIO, p.14) “um Plano de Negócios é o guia para a

existência da sua empresa, seu mapa rodoviário para avançar pela estrada do

sucesso, a planta para construir sua empresa e a chave para abrir a porta para o

empréstimo bancário”.

Conforme diz Seiegel et al:

Um Plano de Negócios serve a três funções. Em primeiro lugar, ele é um plano que pode ser usado para desenvolver idéias a respeito de como deve ser conduzido. É uma oportunidade para refinar estratégias e “cometer erros no papel” em lugar na vida real, examinando a empresa sob todos os pontos de vista, tais como o mercadológico, o financeiro e o operacional. Em segundo lugar, um Plano de Negócios é uma ferramenta retrospectiva, em relação a qual um empresário pode avaliar seu desempenho atual de uma empresa ao longo do tempo. Por exemplo, a parte financeira de um plano de negócios pode ser usada como base para um orçamento operacional e pode ser cuidadosamente monitorada, para se verificar o quanto a empresa está mantendo dentro do orçamento. A esse respeito, o plano pode e deve ser usadao para um novo plano. Depois de decorrido açgum tempo e, a partir de então, periodicamente, o plano de negócios deve ser examinado, para se ver onde a empresa desviou o rumo, se esse desvio foi benéfico ou demoso e como ela deverá operar no futuro. A terceira razão para se redigir um Plano de Negócios é aquela da qual as pessoas se lembram em primeiro lugar, isto é, levantar dinheiro. A maior parte dos financiadores ou investidores não colocarão dinheiro em uma empresa, sem antes ver um Plano de Negócios. (SIEGEL. et all, 1993 p.17/18).

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O planejamento bem detalhado é fator crítico de sucesso. O plano de

negócios é nada mais, nada menos, que um documento que contém a

caracterização e a forma como a empresa vai operar. As principais estratégias, o

plano para conquistar uma determinada fatia do mercado e a projeção das despesas

envolvidas no desafio, bem como as receitas e os resultados financeiros afirma

Salim (2005).

Segundo Chér:

Para formular um bom Plano de Negócios há que se conhecer a sazonalidade; o perfil do mercado consumidor; o perfil dos principais fornecedores; o grau de influência de decisões governamentais; o perfil da concorrência; a participação de mercado das principais empresas do ramo; as políticas mercadológicas praticadas pela concorrência; a política de preços; os prazos de pagamento; as políticas de crédito e financiamento; a estrutura administrativa da concorrência; a estrutura de vendas da concorrência; as técnicas de operação e produção empregadas pela concorrência; as necessidades do mercado consumidor perfeitamente atendido pela concorrência; e políticas de garantia, assistência técnica e atendimento ao consumidor (CHÉR, 2002, p.51-52).

Dornelas (2003, p.94) considera que é “a partir do plano de negócios que o

empreendedor pode definir alternativas de apresentação que julgue mais adequada

para buscar o convencimento do público-alvo”. O plano de negócios é o suporte

necessário utilizado pelo empreendedor, para as vendas internas e externas,

quando se faz necessário a conquista de adeptos ao seu projeto.

O quadro 4 demonstra as orientações para a elaboração do plano de negócio.

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIO

SEJA SUCINTO.

NÃO PERCA O FOCO DO NEGÓCIO.

EVITE JARGÕES TÉCNICOS.

PROJETE VENDAS COM BASE NO MERCADO E NÃO NA PRODUÇAÕ.

FUJA DAS AFIRMAÇÕES VAGAS.

COLOQUE TODOS OS RISCOS E REFLITA SOBRE ELES.

NÃO “CHUTE” ASPECTOS TÉCNICOS.

VENDA SUA IMAGEM COMO EMPREENDEDOR.

Quadro 4: orientações para elaboração do plano de negocio Fonte: Olívio 2003.

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Segundo Pavani:

A existência de um Business Plan possibilita a diminuição da probabilidade de morte precoce das empresas, uma vez que partes dos riscos e situações operacionais adversas serão previstas no seu processo de elaboração, assim como a elaboração de planos de contingência. (PAVANI, 2000, p.12)

Ainda conforme o mesmo autor (2000) O Business Plan é muito importante na

medida em que serve como um instrumento de apresentação da empresa para

diferentes públicos.

O quadro 5 aponta possíveis públicos para o Business Plan

Possíveis públicos para seu Business Plan

Sócios Potenciais para estabelecer acordos e direção

Parceiros para estabelecer estratégias conjuntas

Bancos para conseguir financiamentos

Intermediários pessoas que ajudem a vender o seu negócio

Investidores empresas de capital de risco, pessoas jurídicas e outros interessados

Gerentes

Executivos de alto nível para aprovar e alocar recursos

Fornecedores para outorgar crédito para compra de mercadorias e matéria-prima

Gente Talentosa que você deseja contratar para fazer parte da sua empresa

A própria empresa para comunicação interna com os empregados

Clientes Potenciais para vender o produto/serviço

Quadro 5: públicos para o Business Plan Fonte: Pavani 2000 p. 13

Segundo Dornelas (2008)

O plano de negócios pode ser considerado a principal ferramenta de gestão do empreendedor. Muito se fala a respeito deste documento nos dias atuais, mas poucos empreendedores sabem como elaborar um e por que o plano de negócios pode definir o sucesso ou fracasso de um negócio. Cabe lembrar que não se aplica apenas aos negócios em fase inicial de desenvolvimento, mas pode e deve ser utilizado por qualquer empresa, em qualquer estágio.

Ainda para Dornelas (2008) não existe uma estrutura rígida para se escrever

um plano de negócio, pois cada negócio tem suas particularidades e semelhanças,

sendo assim impossível definir um modelo padrão que seja universal e aplicado a

qualquer negocio.

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Segue as estruturas de Plano de Negócio segundo Dornelas (2008)

ESTRUTURA 1

1. Capa

2. Sumário

3. Sumário Executivo

4. Analise Estratégica

5. Descrição do Negócio

6. Anexos

ESTRUTURA 2

1. Sumário Executivo

2. Análise de Mercado

3. Casando a Oportunidade e a organização

4. Plano de Marketing

5. Equipe Gerencial

6. Plano Operacional

7. Plano Financeiro

8. Riscos Críticos e fatores de sucesso

9. Cronograma, Prazos e Referências.

10. Natureza de acordo e a proposta de investimento

ESTRUTURA 3

1. Sumário Executivo

2. A oportunidade, a empresa e seus produtos e serviços

3. Pesquisa e análise de mercado

4. Análise econômica do mercado

5. Plano de Marketing

6. Plano de Desenvolvimento

7. Plano de operações e manufatura

8. Equipe gerencial

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9. Cronograma

10. Riscos Críticos, problemas e premissas

11. Plano Financeiro

12. Apêndices

ESTRUTURA 4

1. Capa

2. Sumário

3. Sumário Executivo

4. Conceito do negócio

O negócio oportunidade

O produto serviço

5. Equipe responsável

6. Mercado e competidores

Análise setorial

Mercado alvo

Necessidade do cliente

Benefícios do produto serviço

Competidores

Vantagem competitiva

7. Marketing

Produto

Preço

Praça

Promoção

Estratégia de vendas

Projeção de vendas

Parcerias Estratégicas

8. Estrutura e operação

Organograma Funcional

Processos de Negócios

Fornecedores e Parceiros

Infra-Estrutura e localização

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Tecnologia, patente etc.

9. Analise Estratégica

Analise SWOT (forcas e fraquezas, oportunidades e ameaças)

Cronograma de Implantação

10. Previsões dos resultados econômicos e financeiros

Evolução dos resultados econômicos e financeiros (projetados)

Composição dos principais gastos

Investimentos

Indicadores de rentabilidade

Necessidade de investimentos e contrapartidas do projeto

Cenários alternativos

11. Anexos

Segundo Hashimoto (2006, p.203) o plano de negócios “não será

necessariamente aplicado a qualquer projeto intra-empreendedor, somente para

aqueles ligados diretamente ao negócio da empresa”. O autor afirma que “projetos

intra-empreendedores, relacionados com processos internos, requerem apenas o

plano de projeto”.

Para Dornelas (2008) existem Alguns Tipos de Planos de Negócios:

• Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro, ou se necessita apresentar uma visão completa do seu negócio. Pode variar de 15 a 40 páginas mais materiais anexo; • Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um plano de negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio, investimentos, mercado, e retorno sobre o investimento, devendo dar ênfase nas informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 10 a 15 páginas. • Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação junto aos funcionários.

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As estruturas propostas por Dornelas (2005), Dolabela (2005), e por Hisrich e

Peters (2004) tem muitos aspectos em comum nos seus livros, possibilitando assim

determinar uma estrutura ideal para o seu tipo de negocio. Analisando os autores

acima citado nota-se que um bom plano de negócios deve conter no mínimo os

seguintes itens: Capa, sumário executivo, pesquisa e análise de mercado, descrição

da empresa, estrutura de empresa, equipe gerencial, plano operacional, plano de

marketing, plano financeiro, apêndices e anexos.

2.3.1 Capa

Para Dornelas (2008)

A capa, apesar de não parecer, é uma parte importante do plano de negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem lê o plano de negócios, devendo ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes para se localizar os responsáveis pelo plano.

2.3.2 Sumario Executivo

Para Siegel et al (1993, p.77) “Um sumario executivo capta e apresenta, de

forma sucinta a essência do relatório. Ele é na realidade uma versão condensada do

plano inteiro”.

Conforme Salim et al (2005) o sumario executivo é um extrato competente e

motivante do Plano de Negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou

serviço, qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter? Tudo isso, sem

explicar em detalhes, mas tido de maneira clara, objetiva e sucinta. Isto é o que deve

conter.

Conforme o Grupo Stratus (2008)

O sumário executivo deve descrever de forma sucinta e objetiva (máximo de 2 páginas) a empresa, o produto ou serviço, os objetivos de longo prazo e a oportunidade que a sua empresa está oferecendo aos investidores. Além disso, deve conter uma breve descrição dos empreendedores, uma estimativa do investimento desejado, as razões pelas quais o capital é necessário. O sumário executivo é um resumo de todo o plano de negócios. Portanto deixar esse item para ser escrito ao final (quando todo o plano já estiver concluído) é uma boa estratégia, pois essa é a melhor forma de se conseguir destacar os pontos principais do empreendimento. Por outro lado, ao escrever o sumário executivo as eventuais falhas do plano de negócios podem tornar-se evidentes, configurando um processo eficiente de revisão e “controle de qualidade” do plano de negócios que acaba de ser elaborado. GRUPO STRATUS

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Conforme Dolabela (2008) sumário executivo é a principal seção do seu plano

de negócios. Através do sumário executivo é que o leitor decidirá se continua ou não

a ler o seu plano. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias

vezes e conter uma síntese das principais informações que constam em seu Plano

de Negócios. Deve ainda ser dirigido ao público alvo do seu Plano de Negócios e

explicitar qual o objetivo do Plano de Negócios em relação ao leitor (ex.: requisição

de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para

potenciais parceiros ou clientes etc.). O Sumário Executivo deve ser a última seção a

ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser feita. -

Planejamento Estratégico do Negócio A seção de planejamento estratégico é onde

você define os rumos de sua empresa, sua situação atual, suas metas e objetivos de

negócio, bem como a descrição da visão e missão de sua empresa. É a base para o

desenvolvimento e implantação das demais ações de sua empresa.

Para Siegel et al (1993, p.78) “Alem de facilitar uma rápida compreensão da

proposta, um sumario executivo deve atrair atenção” e ainda segundo o mesmo

autor (1993, p.78) “não é raro uma proposta ser descartada sem que a leitura passe

além do sumário”.

Para Philip Kotler (2007) Sumário Executivo

Em uma grande empresa todos os projetos devem ser submetidos à aprovação da sua alta administração. Logo, o sumário executivo consiste em um breve resumo do plano proposto, com as principais metas e recomendações, direcionando à administração da empresa com o propósito de uma rápida avaliação, de modo que haja um conhecimento prévio do objetivo preestabelecido, das metas a serem seguidas e da forma mais viável para uma realização objetiva e acima de tudo satisfatório. O Sumário Executivo deve conter de forma clara os dados concernentes à situação da empresa, produto e todos os pontos que serão à base de trabalho para o objetivo esperado, tais como: Para cada meta de lucro de tal valor, seria necessária uma meta de vendas em relação ao ano anterior e por conseqüente uma maior participação no mercado respectivo. Sendo que para essa finalidade será preciso determinadas melhorias como preço, propaganda e distribuição; levando em consideração o orçamento de marketing exigido e qual a margem de aumento ou contenção em relação ao plano anterior. (KOTLER, 2007)

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Segue o quadro 6 com o check List proposto por Pavani (2000) para que seja

eficiente o sumário executivo de um Plano de negócios.

Check List Sumário Executivo

• Qual é a oportunidade de mercado?

• Qual o problema ou necessidade o produto vai solucionar?

• Que tendências ou mudanças criaram esta oportunidade?

• O que a empresa pode fazer agora que não podia ser feito antes?

• Como pode esta competência atender as necessidades do mercado?

• Qual é o tamanho do mercado para os produtos da empresa?

• Quão rapidamente o mercado poderá crescer?

• Quem são seus concorrentes?

• De que maneira a empresa pode atender ao consumidor melhor que o

concorrente (mais rápido, mais barato...)?

• Qual é a vantagem competitiva da empresa?

• Quais as vendas, Lucros e retorno esperados sobre o investimento?

• Que montante de capital a empresa espera levantar?

Quadro 6: check List para o sumário executivo. Fonte: Pavani 2000 p. 41

A seguir passamos para a próxima parte do plano de negócios, a análise de

mercado.

2.3.3 Análise do Mercado

Conforme Salim et al (2005, p.72) “A análise pode dar uma visão sobre as

condições que a empresa tem para ingressar no mercado e sobre a conveniência de

investir nela”. Segundo Dornelas

Na seção de análise de mercado, o autor do plano de negócios deve mostrar que os executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (através de pesquisas de mercado): como está segmentado, o crescimento desse mercado, as características do consumidor e sua localização, se há sazonalidade e como agir nesse caso, análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes, os riscos do negócio etc.(DORNELAS 2008)

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De acordo com Kotler (2003, p.125) é possível ter uma idéia de quais

mercados oferecerá maior retorno para a empresa se usar os chamados Indicadores

do Potencial do Mercado. Os indicadores são os seguintes:

• Características Demográficas: tamanho da população, índice de crescimento

populacional, nível de urbanização, densidade populacional e estrutura etária

e sua composição;

• Características Geográficas: área do país, características topográficas e

condições climáticas;

• Fatores Econômicos: Produto Interno Bruto – PIB, distribuição de renda, taxa

de crescimento do PIB e proporção de investimento em relação ao PIB;

• Fatores Tecnológicos: nível de capacidade tecnológica, tecnologia de

produção existente, tecnologia de consumo existente, níveis de educação;

• Fatores Sócio-culturais: valores dominantes, padrões de estilo de vida, grupos

étnicos, fragmentação lingüística;

• Metas e Planos Nacionais: propriedade industrial, plano de investimento em

infra-estrutura.

Para o Grupo Stratus (2008)

A análise do mercado deve caracterizar a dinâmica e as tendências do setor e estimar a base de clientes potenciais do negócio, além de destacar como o empresário pretende acumular receitas e gerar lucro nesse cenário. Esta parte do plano requer do empreendedor um conhecimento concreto do campo de atuação, sendo positivo informar fontes de informação ou pesquisa que confirmem esse conhecimento. Nesse tópico, assim como em todo o plano, deve-se priorizar a exposição de números e informações quantitativas concretas, evitando sempre o uso de informações qualitativas superficiais ou adjetivos.

Para Porter (1997, p.129) esta abordagem “prioriza a análise dos mercados e

da competição e o entendimento da posição relativa de cada empresa em sua

indústria ou segmento produtivo, como elementos primordiais no processo de

formulação das estratégias”. Conforme Porter “os principais focos de análise são

produtos, consumidores e competidores, e a estratégia da empresa deve ser

resultante da identificação de tendências e de oportunidades”.

Conforme Campos

Sobre o mercado: quantos ou quem são os clientes potenciais, onde eles estão, alguns exemplos específicos, como você os atrairá, por que eles

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escolherão você e não o concorrente, quem serão seus parceiros e fornecedores, quem são os concorrentes, quais os fatores do sucesso atual destes concorrentes, qual o seu diferencial competitivo, qual o seu nicho, qual a sua delimitação geográfica, como você vai promover e divulgar seu negócio, como vai distribuir seu produto.

2.3.4 Planejamento Estratégico

A análise estratégica faz parte da primeira etapa de um processo de

elaboração de um plano de negócios, pois, segundo Dornelas (2005, p. 101) “nessa

seção são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão, sua situação atual,

as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas seus objetivos e

metas do negócio.”

De acordo com Dornelas (2005), o processo de planejamento estratégico

pode servir de base para o plano de negócios, pois, o mesmo também se inicia pela

definição da missão e visão da empresa, em seguida, passa uma análise dos

ambientes externos e internos e pela definição dos objetivos e metas, para então

chegar às estratégias que serão adotadas e os planos que serão implantados.

Na figura 2 a seguir pode ser observado o processo de planejamento

estratégico segundo Kotler

Figura 2: o processo de Planejamento estratégico Fonte: Adaptado Kotler (2000)

2.3.4.1 Declaração da visão e missão da empresa

Para começarmos um planejamento estratégico é preciso partir da declaração

da missão e visão da empresa, a visão Oliveira (2005, p. 88) “os limites que os

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proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um

período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.” Já na missão Tavares

(2005, p.103) descreve como “[...] enunciado do papel que a organização pretende

desempenhar em relação às oportunidades e ameaças apresentadas por seu

ambiente de negócios.” Assim sendo a missao e a visao nada mais é do que o papel

que a empresa tem para cumprir com a sociedade em geral.

2.3.4.2 Análise do ambiente externo (macro ambiente)

Para elaborar um plano de negócios é muito importante que o empreendedor

busque conhecer o ambiente externo que a empresa se localiza, que é onde se

encontram as oportunidades e ameaças ao negócio que se inicia, as oportunidades

e ameaças são variáveis externas, não controláveis mas sobre as quais pode-se

exercer algum tipo de influencia.

Segundo Tavares (2005) no macro ambiente destacam-se as seguintes

forças: a economia; a demografia; as forças sociais, a política interna e externa; as

forças legais; as culturais e a tecnologia. Conforme pode ser observado na figura 3.

Figura 3: Forças macro ambientais da organização. Fonte: Tavares 2005

Acker (1984 apud CASAROTTO, 2000) propõe seis dimensões para análise

do ambiente externo, que são: a tecnológica, a governamental, a econômica, a

cultural, a demográfica e a ecológica. O quadro 7 a seguir demonstra as etapas que

devem ser seguidas para a análise do macro ambiente.

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Quadro 7: Etapas para análise do ambiente externo. Fonte: adaptado Acker (1984 apud CASAROTTO, 2000)

2.3.4.3 Análise dos públicos relevantes e das forças competitivas

O ambiente organizacional envolve todos os elementos existentes fora da

organização, mas podem afeta-la como um todo ou em parte. Estes públicos

conforme afirma Tavares (2005, p.165) “[...] também são chamados de stakeholders

e correspondem a indivíduos ou organizações que podem ser considerados

essenciais ao cumprimento de sua missão, afetando-a positiva ou negativamente”.

Na figura 4 a seguir podem-se observar quais são os publico relevantes de

uma organização.

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Figura 4: Principais públicos relevantes de uma organização. Fonte: adaptado Tavares 2005.

Dentre estes elementos é importante frisar que fornecedores, clientes e os

concorrentes, pois, eles têm o maior poder de influência sobre uma organização

onde estão diretamente ligados ao ambiente competitivo, que se encontram as cinco

forças competitivas identificadas por Porter (1992) que são: os entrantes potenciais;

os produtos substitutos; os compradores; os fornecedores, e a, rivalidade entre os

atuais concorrentes.

Segundo Casarotto (2000, p. 63) “[...] tem objetivo de identificar forças

capazes de enfrentar as ameaças ou aproveitas as oportunidades e identificar as

fraquezas a serem sanadas”.

A seguir encontra-se o quadro 8 com o roteiro para análise do ambiente

organizacional onde se encontram os fatores relacionados com as cinco forças

competitivas de Porter.

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Quadro 8: Roteiro para análise das cinco forças de Porter. Fonte: adaptado do modelo de Casarotto (2002). 2.3.4.4 Análise do ambiente interno

A análise do ambiente interno é um recurso que deve ser utilizado pelo

empreendedor para tomada de decisões. Segundo Tavares (2005, p. 209) “deve ser

realizado com vistas à manutenção, a ampliação e ao que constitui as competências

distintivas da organização seu patrimônio intelectual e seus recursos materiais e

tecnológicos tomados em conjunto”. Entretanto Kotler (2000) sugere que no

ambiente interno sejam analisadas as capacidades de marketing, financeiras,

fabricação e organizacionais e classifica cada fator com uma grande força, uma

característica neutra, uma fraqueza ou uma grande fraqueza.

Para facilitar a análise existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas

pelo empreendedor, dentre as quais as mais importantes para um negócio de

administração de condomínios serão citadas a seguir.

2.3.4.5 Ferramentas para análise estratégica

Com o intuito de ajudar as organizações a melhorarem seus posicionamentos

no mercado, sugiram diversas ferramentas para análise estratégica, que foram

criadas a partir de contingências ao longo dos anos.

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a) Análise SWOT

Dornelas (2005) sugere a análise SWOT para o empreendedor traçar o

panorama da situação atual e a prevista para o negócio. A análise SWOT recebeu

este nome devido a terminologia em inglês de strengths (forças), waeknesses

(fraquezas), opporunities (oportunidades) e threat (ameaças).

Para identificar os fatores pertinentes à análise SWOT, Dornelas (2005)

sugere que o empreendedor procure identificar o cenário macro ambiental que

envolve aspectos demográficos, econômicos, tecnológicos, político-legais,

socioculturais, bem como, os fatores micro ambientais importantes que envolvem os

consumidores, concorrentes, canais de distribuição e fornecedores, pois são esses

os fatores que irão afetar diretamente a empresa. A figura abaixo mostra a

representação da análise SWOT.

Figura 5: Matriz SWOT. Fonte: Adaptado Dornelas (2005).

b) Cinco Forças de Porter

As cinco forças de Porter são: poder de negociação dos fornecedores, a

ameaça de novos entrantes, poder de negociação dos compradores, ameaça de

produtos substitutos, e a rivalidade entre as empresas existentes. As cinco forças de

Porter estão representadas na figura 6.

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Figura 6: As cinco forças competitivas de Porter. Fonte: Porter (1992, p. 4)

Para o empreendedor a análise das cinco forças de Porter deve ser uma

ferramenta muito eficiente no auxilio do novo empreendimento.

2.3.4.6 Fatores Críticos de Sucesso

Em uma análise interna da organização, para Almeida (2003, p.16) “[...] são

identificados, os fatores de sucesso de uma empresa em seu ramo de atividade, de

uma empresa ou de um profissional, que levam a entidade a o comprimento de sua

missão (razão de ser) ou vocação”. Para Almeida (2003) os fatores que levam uma

empresa ao sucesso são chamados de fatores críticos de sucesso, que são

decisivos por que seu desenvolvimento será para que a organização se destaque

perante seus concorrentes.

Almeida (2003) ainda afirma que para se chegar aos fatores críticos de

sucesso é indispensável à comparação com concorrentes ou empresas semelhantes

verificando assim os que são superiores, inferiores e equitativo-parecidos, a partir

desta análise que se é possível identificar os pontos fortes e fracos da empresa.

2.3.4.7 Objetivos e Metas

Depois de definir qual sua visão, missão, e de realizar as análises dos

ambientes externos e internos da empresa, é possível desenvolver objetivos e metas

para seu planejamento do novo empreendimento.

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Segundo Dornelas (2005) objetivos são resultados onde a empresa assume

um compromisso definitivo, devem ser ousados levando a empresa a um esforço

acima do normal, buscando a superação, caso não aconteça desta forma a equipe

de funcionários não terão significado e não se motivarão em busca de uma melhor

performance.

Para Oliveira 2005 objetivos identificam um alvo ou ponto que se deve atingir

devem ser quantificados e também determinados prazos para realização. Desta

forma os objetivos se tornam o referencial do planejamento estratégico, pois

determinam o que a organização pretende atingir.

A maioria das organizações não busca apenas um objetivo, segundo Kolter

(2000, p.101) “procura um conjunto de objetivos que inclui lucratividade, crescimento

das vendas, aumento de participação de mercado, contenção de riscos, inovação e

reputação”.

Os objetivos desempenham uma série de funções, que de modo geral

segundo Tavares (2005, p.314) “[...] suas funções podem ser delineadas como:

posicionar a organização, definir o ritmo dos negócios, motivar pessoas, facilitar a

avaliação do desempenho, incorporar a organização e racionalidade”. Ainda

segundo Tavares (2005) é muito importante que na hora em que for determinar os

objetivos haja coerência e que possa apresentar múltiplas dimensões: pode ser

ascendente, descendente, horizontal, e, interna. A figura 7 demonstra a coerência

dos objetivos.

Figura 7: Coerência dos objetivos Fonte: Tavares (2005, p.232).

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Pela que foi visto nesta parte do planejamento estratégico conclui que os

objetivos representam a essência do negócio, ou seja, a parte mais importante de

um plano de negócios, pois sugerem resultados finais direção aos quais a atividade

esta tomando oi irá tomar. A seguir o próximo item a ser tratada esta na formulação

de estratégias empresariais.

2.3.4.8 Formulação de estratégias

Esta etapa é de grande interesse para o empreendedor, pois indica como a

empresa vai alcançar os objetivos firmados.

Para Tavares (2005) a incorporação do termo estratégia a terminologia dos

negócios deu-se a partir da década de 60, com grande esforço por parte do fascínio

que as obras de estrategistas militares provocavam nos profissionais e autores de

administração.

Há cerca de 2500 anos atrás talvez tenha sido lançado o livro mais fascinante

de estratégia no mundo, escrito por San Tzu na china “ A arte da guerra” ganhou

referencias mundiais por ensinar que o mérito supremo insiste em quebrar a

resistência do inimigo sem lutar.

Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, ainda que enfrente cem batalhas, jamais correrá perigo. Aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo às vezes ganha, às vezes perde. Aquele que não conhece o inimigo e nem a si mesmo, esta fadado ao fracasso e correrá perigo em todas as batalhas. (SUN TZU, 500 a.C apud BUSHIDÔ, 2005, p.45)

• Estratégia deliberada e estratégia emergente

Segundo Mintzberg (2004) a estratégia pode ser um plano e também pode ser

um padrão, pois as organizações desenvolvem planos para o futuro e resgatam

padrões do seu passado.

Neste contexto existem dois tipos de estratégias: deliberadas e emergentes.

Quando a empresa consegue implantar uma estratégia conforme foi planejado, pode

ser chamada de deliberada (foco no controle). Já quando não são definidas em um

plano são chamadas de emergentes (foco no aprendizado), porém Mintzberg (2004,

p.5) ainda relata que “[...] poucas estratégias podem ser puramente deliberadas (se

é que alguma pode) e poucas, puramente emergentes. Uma sugere aprendizado

zero e outra controle zero.

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• Estratégias Competitivas

A questão fundamental da formulação de uma estratégia para Porter (1992) é

relacionar uma empresa ao seu ambiente, tendo como meta encontrar uma posição

em que a empresa possa melhor se defender das cinco forças competitivas vista na

teoria.

Ainda segundo Porter (1992, p.1) “A estratégia competitiva é a busca de uma

composição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde

ocorre a concorrência”. Existem dois tipos básicos de estratégias competitivas, que

levam a três genéricas que podem levar a empresa a alcançar um desempenho

acima da media: liderança de custo, diferenciação e enfoque. A figura 8 apresenta

um resumo das três estratégicas genéricas de Porter.

Fonte: Porter (1992, p.10) Figura 8: Três estratégicas genéricas.

Cada estratégia segue por um caminho diferente para o alcance da vantagem

competitiva pretendida. Na liderança de custos, Porter (1992) a organização foca

seus esforços na eficiência produtiva, na ampliação da produção, e na minimização

de gastos e tem no preço um dos principais atrativos perante o consumidor. Na

diferenciação é feito um investimento pesado em imagem, tecnologia, pesquisa e

desenvolvimento, recursos humanos, qualidade e etc. criando assim um diferencial

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perante o consumidor. Já o foco as empresas irão escolher um alvo restrito, na qual

por meio da diferenciação ou do custo se especializarão para atender a segmentos

ou nichos de mercados específicos.

No quadro 9 serão observados os requisitos e as implicações das estratégias

genéricas.

Quadro 9: Requisitos das estratégias genéricas. Fonte: Porter (1986, p.54).

Para Porter (1986) o desenvolvimento empresarial competitiva é, o

desenvolvimento de uma forma ampla para o modo que a empresa irá competir e

visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que

determinam a concorrência.

O quadro 10 representa o risco das estratégias genéricas.

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Quadro 10: Riscos das estratégias genéricas. Fonte: Porter (1992, p.18)

Os estudos sobre estratégias mostraram a importância de uma boa escolha

do empreendedor, as estratégias genéricas podem indicar uma direção, mas,

também é preciso que sejam monitorados os riscos pertinentes à escolha. O próximo

item trata da implementação de estratégia.

2.3.4.9 Implementação, avaliação e controle de estratégias

Para que uma estratégia seja implementada, se faz necessário primeiramente

torna La clara para que seja bem compreendida por toda a empresa. Segundo

Tavares (2005, p.278) “a sua implementação corresponde a um momento decisivo

no processo decisório. Resulta da disposição do corpo diretivo em tomar decisões

crítica, como síntese de todo o processo desenvolvido”. Tavares ainda afirma que a

implementação de estratégias abrange três dimensões: coordenação e integração

de esforços entre todas as áreas que precisam trabalhar juntas ara implementá-la,

comprometimento de indivíduos e equipe para realizá-la, competência técnica e

gerencial para equacionar e resolver problemas e coordenar a implementação das

soluções.

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De acordo com Kotler (2000) a implementação de estratégia, também faz

referências à estrutura organizacional, sistemas e recursos. Kotler sugere o apoio da

estrutura dos 7S da Mckinsey & Company, cujo modelo relata 7 fatores para

organizar uma companhia em uma maneira holística e eficaz. Os fatores são

evidentes da língua inglesa, e são compostos por structure, strategy, systems, skills,

style, staff e shared values, cinforme pode ser observado na figura 9.

Fonte: Peters e Waterman (1986, p.11). Figura 9: A estrutura dos 7S da Mckinsey.

Kotler (2000, p.105) afirma que “a adequação de uma estratégia entre uma

empresa e o ambiente sofrerá um desgaste inevitável, por que o mercado muda

mais rapidamente do que os 7S”. Isso demonstra que há uma necessidade de

monitoramento contínuo do ambiente e flexibilidade no seu planejamento estratégico

para que a empresa possa manter-se no ambiente em evolução.

Depois de escolhida a estratégia e implementada o empreendedor precisa

monitorar os resultados e os novos acontecimentos nos ambientes interno e externo

à empresa, o próximo item trata da avaliação e do controle da estratégia.

A avaliação da estratégia segundo Oliveira (2005) corresponde à fase na qual

o empreendedor analisa e verifica se a estratégia, tal como foi implementada, esta

de acordo proporcionando o alcance do objetivo, desafios e metas almejado pela

empresa. Já Tavares (2005) fala que a avaliação é o mecanismo que visa medir a

efetividade das ações.

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Controle segundo Tavares (2005, p.337) “é um instrumento para verificar o

que está previsto e o que esta efetivamente ocorrendo”. O mesmo autor ainda cita

que é um conjunto de indicadores e métricas que permite constatar se esta havendo

discrepância entre as duas situações.

Terminado o estudo de análise estratégica, é possível continuar a estudar as

demais ações que envolvem um plano de negócios.

2.3.5 Plano de Marketing

Segundo Dornelas (2008, p.136) “Marketing é o processo de planejamento de

uma organização que busca realizar trocas com o cliente”.

O plano de marketing é uma das seções mais importantes e complexas do

plano de negócios, pois nesta parte é estabelecida e definida toda a estratégia em

relação aos aspectos fundamentais de um negócio, que são o mix de produtos e

serviços da empresa, o mercado em que a organização irá atuar e todas as

estratégias de atuação nesse mercado. A formatação do plano de negócios de uma

nova empresa é a primeira seção a ser realizada, pois qualquer negócio começa

com a definição dos produtos/serviços e do mercado de atuação (DORNELAS, 2001,

p.124).

De acordo com Dolabela (2008) o plano de marketing é constituído pela

análise de mercado, voltada para o conhecimento dos clientes, dos concorrentes,

dos fornecedores e do ambiente em que a empresa vai atuar, para saber se o

negócio é realmente viável, e pela estratégia de marketing, em que se faz o

planejamento da forma como a empresa irá oferecer seus produtos/ serviços ao

mercado, visando aperfeiçoar suas potencialidades de sucesso.

A estratégia de vendas está relacionada diretamente com a estratégia de

marketing da empresa e procura estabelecer a maneira como irá vender o

produto/serviço com a finalidade de converter em ações as estratégias

estabelecidas.

A estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em grande escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas posições antes de agir. Em Marketing, a estratégia também é muito importante, pois uma Estratégia de Marketing errada pode destruir uma empresa/produto antes mesmo de ser implementada, independente da qualidade do produto/serviço da empresa ser de alta qualidade ou não. Quando se falar em Estratégia de Marketing, deve-se ter em mente os chamados 4P’s do Marketing: Produto (posicionamento),

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Preço, Praça (Canais de Distribuição) e Propaganda e Promoção. A estratégia de vendas está relacionada diretamente com a Estratégia de Marketing da empresa e procura estabelecer a maneira como irá vender o produto/serviço com a finalidade de converter em ações as estratégias estabelecidas (DORNELAS, 2001, p.129).

Conforme Pavani (2000, p.61) “O Plano de Marketing é uma maneira

estruturada de uma empresa ofertar seus produtos no mercado”.

Para Hisrich e Peters (2004, p.238) o plano de marketing “estabelece como o

empreendedor competirá e operará de modo eficiente no mercado e, assim, atingirá

metas e objetivos do novo empreendimento”.

Para Dolabela (2008, p. 138) “O plano de marketing é constituído pela Análise

de mercado, voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e

ambientes em que a empresa vai atuar.” Ainda segundo Dolabela:

O plano de marketing deve identificar as oportunidades de negócios mais promissoras para a empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados, como conquista-los e como manter posições. É um instrumento de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. No plano, são estabelecidos os objetivos da empresa e, depois, a escolha das estratégias mais viáveis para atingir os objetivos. ( DOLABELA 2008, p. 139)

Para Siegel et al (1993, p.93) “A seção Marketing é uma das partes mais

importantes do plano de negócios, porque ela comunica mais diretamente a

natureza do negócio pretendido e a maneira pela qual ele poderá ter sucesso.”

Siegel et al ainda levanta que existem seis questões importantes que estão na parte

do planejamento de marketing:

a. Definição do mercado e Oportunidade – A seção do plano de negócios que precede a de marketing é dedicada a uma descrição do produto ou serviço. A seção de marketing deve determinar uma demanda para esse produto ou serviço, devendo também definir seu mercado e a oportunidade que este representa. Em termos específicos, ela deve definir o mercado total, os segmentos-alvos primários e secundários, a importância e natureza desses segmentos. b. Concorrências e Outras Influências – Deve-se prestar atenção às condições, orientadas para o mercado, que existem no ambiente externo à empresa. As mais importantes dentre elas são o grau de concorrência existente e o impacto provável dessa concorrência sobre o empreendimento. Também é importante verificar outras forças existentes no ambiente externo, tais como as regulamentações do governo. c. Estratégia de Marketing – Deve ser definida uma estratégia comercial. Em outras palavras, deve haver uma explicação a respeito de como a empresa irá manipular suas ferramentas mercadológicas. Essa estratégia pode abranger fatores como distribuição, propaganda e promoções, política de preços, incentivos de vendas e análise de localização. O escopo e as condições das atividades irão variar dependendo da fase e do potencial da empresa. O plano comercial é, normalmente, sincronizado com o amadurecimento da empresa. Assim, algumas vezes é importante verificar a programação dessas atividades para o período abrangido pelo plano.

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d. Pesquisa de mercado – Quer a pesquisa seja incluída como parte do plano de marketing ou em uma seção própria, costuma ser útil apresentar pesquisas de mercado, formais ou não, para ajudar a legitimar as afirmações. Essas pesquisas também podem ser muito importante para o empreendedor, se o auxiliarem em sua compreensão de mercado. e. Previsões de Venda – Embora projeções financeiras detalhadas sejam, em geral, apresentadas na seção financeira e um plano de negócios, costuma ser útil apresentar as projeções de vendas na seção de marketing. Isto pode incluir o crescimento de vendas previsto, a participação de mercado projetada, as vendas por período, vendas por produto ou serviço e vendas por cliente. f. Material de Apoio – É importante incluir um apêndice ao plano, com materiais que aumentem a credibilidade das afirmativas feitas no mesmo. Esses materiais podem ser estudos da indústria, cartas de apoio, catálogos e estudos ou artigos relacionados ao produto ou serviço. (SIEGEL et al 1993, 94/95).

Ao elaborar um plano de Marketing pode-se compreender a importância que

existe em estar envolvido completamente com estudo e Pesquisa, o mercado não

pára e seus concorrentes sempre irão buscar estar um passo à frente, com produtos

melhores, com uma Marca muito mais presente na mente do consumidor e

conseguindo a fidelização do público-alvo. Segundo Menshhein (2006) um bom

Plano de Marketing tem natureza operacional divida em 5 etapas:

• Informações de mercado: nesta etapa ocorrem as coletas de dados, a busca

por informações que dêem ao profissional de Marketing um direcionamento

de quais ferramentas usar para elaborar e compreender o mercado, a

concorrência e o público que pretende atingir;

• Estratégias de Marketing: este é o momento onde são definidas as

estratégias, é um ponto onde o profissional de Marketing busca adequar as

estratégias ao produto, empresa e mercado;

• Mix de Marketing: o Composto mercadológico é elaborado com base nos 4

P´s (Produto, Comunicação, Distribuição e Preço), com informações precisas

e estratégias bem elaboradas é facilmente simples de ser criado, é necessário

conhecer bem a cadeia de fornecedores, a empresa, os Canais a serem

usados etc.;

• Implementação: este é o ponto mais delicado, colocar toda a estrutura já

montada para funcionar exige atenção, um planejamento de ações muito bem

organizadas e consome investimentos que devem ter retorno positivo ao

longo da sua vida útil;

• Controle e realimentação: nada pode ser feito sem que haja um controle,

usar as ferramentas corretas para medir o desempenho da organização, as

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mudanças do mercado e as melhorias que podem ser feitas com base no

feedback do consumidor são fundamentais e geram um ciclo evolutivo, os

profissionais de Marketing sabem da importância deste ponto e procuram não

deixar brechas para a concorrência superar sua empresa.

Segue o quadro 11 com o check List proposto por PAVANI para que seja

eficiente o Plano de Marketing de um Plano de negócios

Produtos e Serviços

• Que tecnologia os produtos da empresa irão utilizar?

• Como esta tecnologia se compara com as tecnologias existentes?

• A tecnologia pertence à empresa?

• Se não, qual a vantagem em desenvolvê-la?

• Qual o plano para desenvolver as tecnologias e os produtos?

• Quando eles estarão completos?

• Quanto custará o seu desenvolvimento?

• Qual a uniqueness?

• A que necessidade do consumidor atende seu produto?

• Extensão do ciclo de vida esperada

• Disponibilidade de fatores: Tecnológicos, materiais e humanos.

• Forma de empacotamento

• Quais os canais de distribuição?

• Quais os custos de produção?

• Quais os produtos concorrentes?

• Qual a relação custo X benefício?

Oportunidade de mercado

• Qual a necessidade de mercado que a empresa pretende atender?

• Que tendências e mudanças criaram estas necessidades?

• Como se espera que esta tendência continue?

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• Quais são os clientes que a empresa espera atender?

• O que provocou esta necessidade para estes clientes?

• Como isto os afeta?

• Como isto varia nos diferentes segmentos de mercado?

• Que valor pode ser agregado por servir às necessidades dos

clientes?

• Se o produto da empresa faz as coisas mais rapidamente, qual o

valor do tempo para os clientes?

• Se o produto é melhor, qual o valor da qualidade para estes clientes?

• Quantos clientes pagarão para ter estas necessidades atendidas?

• Qual o tamanho do mercado para estes produtos ou serviços? Quão

rápido é o crescimento esperado?

• O que esta orientando o crescimento do mercado?

• Espera-se que continue?

• Por quê?

• Apresentar documentos de apoio.

Competição e Estratégia

• Quais são os atuais e potenciais concorrentes?

• Que produtos eles produzem?

• Quão grande eles são hoje e que fatia do mercado detêm?

• Quão rapidamente eles estão crescendo?

• Quais as suas forças e fraquezas básicas?

• Quais são as tecnologias aplicadas ou possíveis de desenvolvimento

pela concorrência?

• Como a tecnologia da empresa se compara com a dos concorrentes?

• Como os produtos da empresa se comparam com os da

concorrência?

• Serão eles de melhor qualidade, menor custo, ou terão alguma outra

vantagem?

• Como esta vantagem será mantida?

• Como a empresa posicionará o se produto face à concorrência?

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• Como será o seu custo de distribuição?

• Que canais serão utilizados?

Quadro 11: check List de um plano de marketing. Fonte: Pavani, 2000 p.116

Daremos seqüência ao desenvolvimento de um plano de negócios com o

plano operacional.

2.3.6 Plano Operacional

Na laboração de um Plano de Negócios o empreendedor elabora um Plano

Operacional, indicando ações que a empresa esta planejando para oferecer seus

serviços. Nesta etapa, é preciso descrever como serão feitas as várias atividades do

negócio, etapa por etapa, como se dará a prestação dos serviços e até mesmo as

rotinas trabalhistas (Rosa, 2004).

Para Silvio (2003, p.21) “Explique, etapa por etapa, o processo a ser utilizada,

a origem, as particularidades, a tecnologia e as necessidades de pagamento.” O

mesmo autor cita que um plano operacional deve conter os seguintes itens:

• Previsão de Vendas.

• Planejamento da produção.

• Custeio dos produtos.

• Previsão de lucro operacional.

• Previsão de fluxo de caixa e balancete.

• Balanço patrimonial simulado.

• Planejamento financeiro.

• Previsão de índices operacionais e financeiros.

Para Siegel et al (1993, p.123) “Documento interno de planejamento, o plano

operacional deve ser detalhado e profundo. Isto dará ao empreendedor uma

oportunidade para resolver muitos problemas no papel, antes do inicio das

operações”.

Dornelas Cita Plano operacional como

Esta seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em seu sistema produtivo, indicando o impacto que estas ações terão em seus

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parâmetros de avaliação de produção. Deve conter informações operacionais atuais e previstas de fatores como: lead time do produto ou serviço, percentual de entregas a tempo (on time delivery), rotatividade do inventário, índice de refugo, lead time de desenvolvimento de produto ou serviço etc.(DORNELAS 2008)

Siegel et al (1993, p. 124) “A importância relativa de um plano de operacional

irá depender da natureza do negócio” o mesmo autor ainda descreve algumas

questões frequentemente tratadas em um plano operacional:

1. Desenvolvimento de Produtos – Não é raro se preparar um plano de negócios antes que toda a gama de produtos e serviços empresa esteja desenvolvida. Isto vale em especial para uma empresa que esteja se iniciando. Mesmo depois dos produtos terem sido desenvolvidos, costuma ser necessário que a empresa prossiga em seu esforço de desenvolvimento, para manter sua posição competitiva e promover um processo saudável de evolução. Diante disso é interessante apresentar um resumo das atividades de desenvolvimento que serão executadas pela empresa. 2. Fabricação – No caso de uma instalação fabril, é importante expor o processo pelo qual a empresa irá produzir seus artigos. Isso normalmento envolve alguma descrição da fábrica, dos equipamentos, materiais e dos requisitos de mão-de-obra; das técnicas e processos que serão empregados na combinação desses recursos, tais como linhas de montagem e robôs; eo potencial da empresa em termos de volumes de produção, restrições críticas, como a capacidade produtiva, ou programas de garantia de qualidade. 3. Manutenção e Assistência Técnica – Em alguns casos, é importante que a empresa defina a asistencia técnica e o apoio que irá prover. O plano deverá descrever especificamente o nível de apoio que a empresa irá oferecer depois que um cliente tiver comprao um produto ou serviço. Isto é particularmente importante no caso se um produto novo ou técnico. 4. Influencias Externa – Existem, em certos casos, influencias externas que precisam ser expostas, como regulamentações a respeito de controle da poluição ou exigências oficiais quanto a segurança no trabaho. Esta parte do plano operacional proporciona ao empreendedor uma oportunidade para citar fatores fora do seu controle que tenham impacto sobre a forma de operar. Fluxogramas, diagramas e gráficos são eficazes para apresentar este tipo de informações. (SIEGEL et al 1993, p. 124/125)

Para Maximiano (2000, p.245) “é nessa área que ocorrem os processos que

transformam os insumos (ou recursos) em bens e serviços e os entregam para os

clientes e usuários.” Maximiano ainda diz que as tarefas da área de operações

compreendem todo o ciclo de atividades produtivas que são desde a determinação

de quantidades dde serviços a serem oferecidos, ou clientes a serem atendidos, até

a entrega efetiva dos serviços. A figura 10 apresenta o desenvolvimento do

planejamento operacional.

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Figura 10: Planejamento operacional Fonte: Maximiano (2000, p.248)

Silvio ainda diz que:

Analise a infra-estrutura necessária para funcionamento, bem como: arranjo físico das instalações e equipamentos (lay-out), o sistema de controle da qualidade, os gargalos do processo operacional e as “saídas” existentes possíveis. Verifique se o processo operacional dará origem a patentes e se estará sujeito ao monitoramento de órgãos ambientais. O tipo de informação eo detalhamento necessário devera variar em função do negócio (indústria, comércio ou prestação de serviços), do ramo de atividade e do porte da empresa. Descreva de forma simplificada o fluxo operacional: • Que trabalho será feito? • Quem fará? • Com que material? • Com qual equipamento? (SILVIO 2003, P.21)

2.3.7 Plano Financeiro

Para Salim et al (2001, p.110) “É nele que vamos juntar todas as despesas.

Desde aquelas que foram feitas para iniciar o negócio, constituir sua base, até

aquelas que estarão sendo feitas em plena fase operacional mantê-lo vivo e com

funcionamento regular”.

Conforme Siegel et al (1993, p.167) “A finalidade da seção financeira de um

plano de negócios é formular um conjunto de projeções abrangentes e dignas de

crédito refletindo o desempenho financeiro previsto da empresa.” Ainda segundo o

mesmo autor abaixo segue diretrizes úteis ao redigir a seção financeira de um plano

de negócios.

Em primeiro lugar, enfatizamos a importância de dados confiáveis. A qualidade da pesquisa s refere diretamente na exatidão das projeções. Além disso. O analista irá, provavelmente, efetuar sua própia investigação e avaliação, para verificar a validade dessas projeções. A implicação é que, se a seção financeira se desviar das referencias adequadas, como médias ou índices da indústria, será necessária uma boa explicação para esse fato.

Objetivos d

e Níve

l Mais A

lto

Objetivos Específicos

Atividades Recursos

PLANEJAMENTO OPERACIONAL

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Em segundo lugar, por ser amplamente aceito que a análise financeira será, até certo ponto, imprecisa, costuma ser aconselhável projetar mais de um cenário financeiro, mesmo que nem todos esses cenários sejam apresentados no plano formal. Assim como no plano de marketing, o plano financeiro pode incluir vários conjuntos de projeções – por exemplo, um baseado em um conjunto conservador de hipóteses e outro refletindo todo o potencial da empresa. Juntas, essas projeções se tornam um quadro de referência, ou análise de sensibilidade, que permite ao analista uma compreensão melhor a respeito do desempenho previsto da empresa. Em terceiro lugar, é importante analisar periodicamente as projeções, corrigindo-as quando for o caso. Um emprestador ou investidor pode examinar um plano de negócios durante muitas semanas ou meses. Ao longo desse período, podem ocorrer eventos significativos, que afetarão o desempenho financeiro previsto. Por exemplo, podem ser conseguidos contratos que resultem na previsão de um volume de vendas maior. Ou o preço das matérias-primas pode mudar, afetando o lucro bruto previsto. Para que o pleno de negócios seja eficaz, como ferramenta de planejamento e como documento usado para levantar recursos, seu conteúdo precisa estar atualizado. Isto vale especialmente para as projeções financeiras. Em quarto lugar, o plano financeiro precisa estar de acordo com os dados apresentados no restante do plano de negócios. Se a seção de marketing apresenta uma campanha publicitária e dispendiosa, isso deve se refletir na demonstração de resultados projetada. Se na análise de vendas foi indicado um padrão sazonal, o fluxo de caixa projetado deve incorporar esse mesmo padrão. Uma falta de consistência indicará falta de cuidado ou uma compreensão incompleta do problema. (SIEGEL et al 1993 p.167/168).

A parte financeira segundo Dornelas (2005), deve se refletir em números tudo

o que foi planejado até então, incluindo investimentos gastos com marketing, gastos

com pessoal, despesas com vendas, custos fixos e variáveis, projeções de vendas,

análise de rentabilidade do negócio entre outros.

O quadro 12 traz alguns conceitos usados em planos financeiros:

SIGNIFICADOS DE TERMOS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE DE CUSTO

Termo Significado

Custo Compreende os gastos com a obtenção de bens e servços aplicados na produção.

Despesa Compreende os gastos decorrentes dos consumos de bens e da utilização de

serviços das áreas Administrativa, Comercial e financeira que direta ou

indiretamente visam obtenção de receitas.

Desembolso Entrega de numerários antes, no momento ou depois da ocorrência dos gastos.

Gasto À vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços independentemente da sua

destinação dentro da empresa.

Investimento Compreende geralmente os gastos com obtenção de bens de uso da empresa.

Quadro 12: Termos utilizados na contabilidade de custo Fonte: Ribeiro (1999, p.22)

Para Dornelas 2008 a seção de finanças deve apresentar em números

todas as ações planejadas para a incubadora e as comprovações, através de

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projeções futuras (quanto necessita de capital, quando e com que propósito), de

sucesso do negócio. Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de,

pelo menos, 3 anos; balanço patrimonial (se aplicável); necessidades de

investimento; demonstrativos de resultados; demonstrativos de fluxo de caixa e etc.

Segundo Salim (2005) a composição de um planejamento financeiro deverá

conter os seguintes elementos:

• Pressupostos importantes para fazer os planos financeiros e as

justificativas de adotá-los.

• Comparações entre o plano projetado e o desempenho de outras

empresas da área ou de sua empresa em períodos anteriores.

• Cálculo do ponto de equilíbrio econômico-financeiro da empresa

(break-even point).

• Cálculo do custo de operar a empresa sem vender e sem produzir.

• Lucros e perdas projetadas, com base nos custos apurados e nas

expectativas de receitas esperadas (Demonstração do Resultado do

Exercício).

• Fluxo de Caixa – expresso por uma planilha que mostra como serão

cobertas as despesas efetuadas e qual o valor das receitas esperado

ao longo de determinado período de tempo.

• Projeção do balanço da empresa.

• Cálculo de indicadores tais como: margem bruta, lucro bruto, retorno

de investimento, lucro por ação, tempo de recebimento após a venda,

percentagem de inadimplência, índice de liquidez, etc.

2.3.7.1 Balanço patrimonial

Conforme Salim (2005) o balanço patrimonial é a representação contábil da

situação econômico-financeira de uma empresa, sendo que sua elaboração

obrigatória pela legislação, com uma periodicidade mínima anual.

As contas do balanço patrimonial em grupos e subgrupos como demonstra o

exemplo a seguir na figura 11:

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Conteúdo do Balanço Patrimonial

Figura 11: Conteúdo do balanço patrimonial Fonte: Adaptado de Matarazzo (2003)

2.3.7.2 Demonstrativo de Resultados

De acordo com Matarazzo (2003, p.45) “é uma demonstração dos aumentos e

deduções causados no patrimônio líquido pelas operações da empresa”.

Salim (2005) afirma que a demonstração de resultado do exercício é, à

semelhança do balanço patrimonial, de caráter obrigatório e periodicidade mínima

anual. Faz parte dos relatórios contábeis obrigatórios de uma empresa e é

preparado pelo contador, a partir de dados fornecidos pela empresa durante sua

operação. Esta demonstração representa o resultado financeiro do período

considerado e de como foi obtido esse resultado, através da discriminação das

receitas e despesas. Indica também como será feita à distribuição do lucro. Sujeita à

aprovação da Assembléia de Acionistas.

Conforme Siegel et al (1993, p.180) “a finalidade de uma demonstração de

resultados é captar, de forma resumida, o desempenho de lucros de um possível

empreendimento.” Ainda de acordo com o mesmo autor “essa projeção é geralmente

dividida em receitas, custos dos bens ou serviços, despesas e o resultante lucro ou

prejuízo antes do imposto de renda”.

Bens e D

ireitos

Ativos Ativo Circulante Ativo realizável a longo prazo Ativo permanente dividido em: - Investimentos - Ativo imobilizado - Ativo Diferido

Passivo

Passivo circulante Passivo exigível a longo prazo Resultados de exercícios futuros Patrimônio Liquido divido em: - Capital Social - Reservas de Capital - Reservas de reavaliação - Reserva de Lucros - Lucros(ou prejuízos) Acumulados

Obrig

açõe

s Patrim

ônio Liquido

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A figura 12 segue uma síntese de uma demonstração de resultado de Acordo

com Dornelas 2005

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

Figura 12: demonstrativo de resultados Fonte: Dornelas 2005 p. 165

O Próximo passo de um plano de negócios será desenvolver um fluxo de

caixa.

2.3.7.3 Fluxo de Caixa, Ponto de equilíbrio e Indicadores econômico-financeiros.

Conforme Dolabela (2008, p.220) “A ferramenta adequada para um bom

controle financeiro de curto prazo denomina-se “fluxo de caixa” que consiste na

entrada e saídas de recursos financeiros no caixa da empresa”.

Segundo Salim (2005) representa a evolução das entradas e saídas de cada

momento, a disponibilidade líquida do caixa e verificar se os desembolsos futuros

poderão ser efetuados nas datas previstas.

Par Siegel et al existem alguns pontos importantes para se ter em mente

quando e for preparar uma projeção de fluxo de caixa que são os seguintes:

ITEM EXPLICAÇÃO Receita Bruta (-) Deduções = Receita Líquida (-) Custo do Período = Lucro Bruto (-) Despesas = Lucro operacional (+/-) Receita/Despesa não Operacional = Lucro Antes do Imposto de Renda (-) Imposto de Renda = Lucro Líquido

Total geral das vendas

Impostos, devoluções e abatimentos

Gastos ref. à produção e à comercialização ou a serviços prestados

São gastos necessários para que a atividade seja desenvolvida (administrativas, de vendas ou financeiras)

Não provenientes das operações

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• A natureza da maior parte das projeções, financeiras ou não, é que elas se

tornam tão mais incertas quanto mais longe no futuro se olha. Assim,

enquanto um fluxo de caixa trimestral ou mensal é adequado ou mesmo

obrigatório para os primeiros 12 ou 24 meses, é aconselhável preparar fluxos

de caixa trimestrais para o médio prazo e anuais para o longo. Esses últimos

intervalos de tempo devem corresponder àqueles empregados na preparação

das projeções da demonstração de resultados.

• Uma forma útil de se avaliar a posição de um caixa no final de um período é

traduzir as cifras em períodos de cobertura das operações de caixa. Por

exemplo, se a posição final do caixa estiver em US$50.000 e o orçamento

operacional do mês for de US$25.000, a empresa tem em mãos o capital

operacional de 60 dias. O nível adequado de capital irá depender de uma

série de fatores, inclusive a velocidade com a qual as contas a receber são

cobradas, a consciência do fluxo de caixa e a probabilidade de surgirem

problemas e oportunidades críticos. De qualquer modo, o relacionamento

entre um nível desejável de capita de giro e o orçamento operacional é

importante.

• Ao se definir as exigências de capital necessárias ao lançamento de um

empreendimento, é quase impossível determinar o nível de capital de giro

necessário sem se projetar o fluxo e caixa mensal. Este é o único método

pelo qual s pode prever quando irão ocorrer as insuficiências de caixa e a

extensão das mesmas.

• Como no caso da demonstração de resultados, um fluxo de caixa mensal, se

for preparado com cuidado, poderá representar a base para um orçamento

operacional e estabelecer um conjunto de objetivos, em relação aos quais é

possível gerenciar e avaliar o desempenho real.

Para Dolabela o fluxo de caixa (2008, p.220) “mostra o horizonte de curto, e

médio prazos, para que o empreendedor possa escolher os melhores percursos e

evitar desastres”. Ainda no pensamento do mesmo autor “O fluxo de caixa é uma

ferramenta simples, que serve para mostrar se a empresa tem dinheiro para pagar

suas contas”.

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Siegel et al (1993, p.185) ainda diz que “É muito importante compreender que

no inicio da vida da empresa a posição do caixa será mais importante que a

lucratividade, por que ela reflete mais diretamente a viabilidade da empresa”.

Vamos ver o significado de cada item do fluxo de caixa de acordo com

Dolabela:

Investimento inicial: É o valor que o empreendedor necessita gastar para iniciar sua empresa, acrescido do valor que deverá reservar para o primeiro mês de funcionamento até que o dinheiro das vendas comece a entrar em seu caixa. Saldo de caixa inicial: é o valor que o empreendedor tem no caixa no primeiro dia de operação da empresa, dinheiro este necessário para fazer face às despesas até começar a haver receitas de vendas. Total de entradas: É o valor total de entrada de dinheiro no caixa da empresa subdividindo-se em quatro tópicos: Receita de vendas, Receitas financeiras, empréstimos, Outras receitas. Total de Saídas: Consiste no registro de todas as saídas de dinheiro da empresa (pagamentos diversos), bem especificadas para o claro entendimento do empreendedor sobre a situação do caixa de sua firma, mês a mês. Esses itens se explicam por si mesmos. Além disso, alguns (como provisão para Imposto de Renda, ampliações futuras) “lembram” ao empresário quando devera guardar do numerário para fazer face a pagamentos futuros. Outro exemplo disso é o item “depreciação”, que aparece duas vezes no fluxo de caixa (entrada e saída) apenas que o empresário lembre que, em alguma época, deverá ter esse dinheiro para repor algum equipamento, maquina etc. Saldo no período: É o total obtido, subtraindo-se o item 3 do item 4, indicando o valor monetário que sobrou ou faltou (quando entre parênteses) naquele período de atuação da empresa. Reserva de Capital: É o valor que a empresa poderá poupar, caso necessário, para outros investimentos. Depreciação: Já foi explicado no item 4. Fluxo Líquido de Caixa: É o valor em espécie disponível no primeiro dia de operação da empresa (que, quando esta entre parênteses, indica saldo negativo) ou é o valor transportado do final de um periodo para o outro. Indica, a qualquer momento, quanto à empresa tem disponível em seu caixa. (DOLABELA 2008, p.221)

Em seguida, na figura 13, será demonstrada a estrutura de um Fluxo de caixa

básico conforme Dolabela:

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Figura 13: estrutura de um fluxo de caixa básico Fonte: Adaptado Dolabela 2008

O próximo tópico trata-se do ponto de equilíbrio importante ferramenta para

saber se a empresa esta ou não dando resultados satisfatórios.

Ponto de Equilíbrio

Para Siegel et al (1993, p.192) o ponto de equilíbrio “demonstra que nível de

vendas deve ser atingido para que a empresa atenda, com seus próprios meios, às

suas obrigações de caixa, tais como despesas operacionais e pagamentos de

dívidas”.

Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 12 1. Saldo de Caixa Inicial 2 Total de entradas 2.1 Receita de vendas 2.2 Receitas financeiras 2.3 Empréstimos 2.4 Outras receitas 3. Total das Saídas 3.1 (-) Despesas com produção 3.2 (-) Despesas com pessoal administrativo 3.3 (-) Despesas com autônomos 3.4 (-) Despesas com Diretoria 3.5 (-) Despesas com vendas e marketing 3.6 (-) Despesas Gerais 3.7 (-) Manutenção e conservação 3.8 (-) Seguros 3.9 (-) Impostos 3.10 (-) Provisão para Imposto de Renda 3.11 (-) Despesas financeiras 3.12 (-) Depreciação 4. Saldo do Período 5. (-) Reserva de Capital 6. (+) Depreciação 7. Fluxo Liquido de Caixa

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Segundo Salim (2005) O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas no

qual a receita iguala a soma dos custos fixos mais os custos variáveis, ou seja, qual

o lucro é zero.

Conforme Dolabela

O ponto de equilíbrio corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir, exatamente, seus custos, ou seja, atingir lucro operacional igual a zero. Acima do ponto de equilíbrio, a empresa terá lucro, e, abaixo dele, incorrerá em prejuízo. (DOLABELA 2008, p.223).

Segundo Hisrich e Peters (2004, p.271) “é uma técnica utila para determinar

quantas unidades devem ser vendidas ou o volume de vendas deve ser atingido de

forma que se alcance o ponto de equilíbrio”.

O procedimento passo a passo para o calculo do ponto de equilíbrio é:

1. Separar todas as obrigações de caixa em fixas ou variáveis. Uma obrigação fixa é aquela que não varia com o nível de vendas, como o pagamento de dividas. Uma obrigação variável é aquela que varia em função das vendas, como o custo dos bens vendidos. Deve-se notar que muitas obrigações não são puramente fixas ou variáveis. Por exemplo, a folha de pagamento total pode incluir a folha do pessoal de escritório, que é fixa, e a da produção, que é variável. Nesse caso, deve-se fazer o possível para dividir uma obrigação dessas em componentes fixo ou variável. 2. Deve ser calculado um custo total fixo e outra variável. As obrigações fixas totais serão declaradas como um número absoluto, tal como US$100.000. O custo variável total será colocado como uma porcentagem das vendas, por exemplo, 60 por cento. 3. Essas cifras devem ser então ser inseridas na seguinte formula: Vendas para o ponto de equilíbrio = Custos Fixos/Margem de contribuição (SIEGEL et al 1993, p.193)

A seguir veremos os indicadores econômico-financeiros do plano de

negócios.

Indicadores Econômico-Financeiros

Salim (2005) afirma que indicadores econômico-financeiros são relações

obtidas a partir de demonstrações financeiras com o objetivo de definir parâmetros

que ilustrem o desempenho de uma empresa, as tendências desse desempenho e

que também funcionem como parâmetros para a comparação com o desempenho

de empresas concorrentes.

O quadro 13 mostra a classificação dos indicadores econômico-financeiros.

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Índices de Liquidez

Usados para avaliar as condições de cumprimento das

obrigações de curto prazo.

Índices de

Alavancagem

Usados para medir em que extensão a empresa está sendo

financiada com recursos de terceiros.

Índices de atividade Usados para avaliar a eficácia em que a empresa esta

utilizando seus recursos.

Índices de

rentabilidade

Usados para medir o retorno gerado pelo investimento e

pelas vendas.

Quadro 13: Classificação dos indicadores financeiros Fonte: SALIM 2005

O quadro 14 apresenta o check List proposto por Pavani para que seja

eficiente o Plano financeiro de um Plano de negócios

Projeções e retorno sobre investimento

• Como a empresa espera recuperar o investimento que ela está

realizando?

• Ela licenciará a tecnologia, produzirá e venderá os produtos,

distribuirá no mercado?

• Que estrutura de custos a empresa espera para desenvolver sua

atividade?

• Quão rentável o ne3gocio da empresa espera ser?

• Que montante de capital a empresa espera levantar agora?

• Quanto mais adiante?

• Quanto à empresa espera tornar-se rentável?

• Qual a taxa de retorno esperada?

• Como os investidores encontrarão liquidez para seus investimentos?

• Qual a atual estrutura de controle acionário?

• Os investidores atuais farão novos aportes?

• Que premissas são utilizadas nas projeções financeiras?

• A qual delas o plano é altamente sensível?

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Riscos

• Quais são os principais riscos de mercado?

• Como a empresa pretende minimiza-los?

• Quais são os principais riscos tecnológicos?

• Como a empresa pretende minimiza-los?

• Que outros riscos existem?

Quadro 14: check List de um plano financeiro Fonte: Pavani 2000, p. 130

Assim conclui-se este capitulo, com o passo a passo para o desenvolvimento

de um Plano de Negócios, com conceitos de diferentes autores de grande renome.

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3. METODOLOGIA

Este capítulo refere-se aos aspectos metodológicos que serão

utilizados para o desenvolvimento da pesquisa. Para Gil (1991, p.19) “pode-se definir

pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo

proporcionar respostas aos problemas que são propostos”.

Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações (PÁDUA, 2000, p.31).

Marconi e Lakatos (1999) definem a pesquisa como uma atividade voltada

para a busca de respostas e à solução de problemas para questões propostas,

através da utilização de métodos científicos.

Após os conceitos de pesquisa, faz-se necessário destacar o tipo de pesquisa

a ser utilizada neste estudo.

3.1 Tipologia de Pesquisa:

A pesquisa realizada para observar a viabilidade da implantação de mais uma

Administradora de condomínios no município de Balneário Camboriú será a

pesquisa de mercado, que é uma ferramenta que ter informações valiosas sobre o

mercado em que se pretende atuar. Quanto maior o seu conhecimento sobre o

mercado, clientes, fornecedores, concorrentes, menor será sua margem de fracasso

no desempenho do negócio.

Conforme Salim (2005) uma pesquisa de mercado consiste em conseguir

determinar características de mercado, suas expectativas, necessidades, aceitação

ou rejeição de alguma idéia, produto/serviço ou pessoa, através de um procedimento

de consulta de um a amostra desse mercado.

Para a realização deste trabalho de pesquisa foram utilizados dados primários

e secundários. As fontes secundárias são entendidas de acordo com Dolabela

(2008, p.138) “contêm dados e informações coletados por terceiros e colocados à

disposição do publico”.

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A pesquisa de dados secundários diz respeito à coleta de dados já existentes

em diversas fontes, como obras literárias, jornais, revistas, associações de classe,

entre outros, que serão de extrema importância na análise documental, sustentando

algumas informações trabalhadas. A pesquisa com dados secundários teve como

objetivos identificar a estrutura necessária para a implantação da empresa e

desenvolver um estudo de viabilidade econômica.

Em relação às fontes primárias Dolabela (2008, p.138) “São Informações

produzidas pela própria pesquisa. Inicialmente os pesquisadores investigam dados

secundários. Caso não seja o suficiente, coletam dados primários”. Segundo Mattar

(1996, p.134) fontes primárias “são dados que não foram coletados, estando ainda

em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender às

necessidades específicas da pesquisa em andamento”. As fontes primárias deste

estudo serão coletadas através de pesquisa quantitativa, com empresas

Administradoras de Condomínios do município de Balneário Camboriú.

A pesquisa com dados primários teve como objetivo estudar os principais

hábitos de mercado em relação aos possíveis clientes de uma Administradora de

Condomínios. Para a realização desta pesquisa optou-se pela pesquisa quantitativa.

De acordo com Kirk e Miller apud Mattar (1996, p.77) “o método quantitativo é

aquele onde os dados são obtidos de um grande número de respondentes, usando-

se escalas, geralmente, numéricas, e são submetidos a análises estatísticas

formais”.

3.2 Sujeito de Estudo:

Pelo objetivo desta pesquisa ser a implantação de mais uma empresa de

Administração de Condomínios, o foco central da mesma para estudo de sua

viabilização foram os prédios, residenciais, comerciais e condomínios em geral.

Em Balneário Camboriú existem aproximadamente 1600 condomínios, sendo

estes a população a ser analisada. Os dados foram obtidos no setor de cadastro da

Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú.

Segundo Malhotra (2001) utiliza-se para o erro amostral de 5% e num grau de

confiabilidade de 95% no cálculo de aproximação de uma primeira amostra de 320

pesquisados.

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n = N . n0

N + n0

n = 1600 . 400

1600+ 400

n = 320

Legenda = N – População / n – Amostra

Segundo Rea e Parker (2002, p.107) “a finalidade da amostragem é poder

fazer generalizações sobre uma população, com base em um subconjunto,

cientificamente selecionado, dessa população”.

3.3 Instrumentos de Pesquisa:

Os dados serão coletados através de questionário que para Gil (1991, p.124)

“a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de

questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento

de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas,

etc”.

3.4 Análise e Apresentação dos Dados:

Os dados coletados nesta pesquisa foram analisados estatisticamente, de

forma a observar a viabilidade da implantação de mais uma administradora de

condomínios no município de Balneário Camboriú. Será utilizado para fazer as

análises o Excel e as visualizações dos dados obtidos foram representadas através

de gráficos.

3.5 Limitações da Pesquisa:

Na pesquisa realizada o público-alvo foi constituído por aproximadamente

1600 condomínios. A amostra aleatória desta população foi representada por um

total de 320 prédios. O contato realizado foi através de questionários no qual em

alguns casos foram efetuados formalmente, em outros foram enviados via e-mail, e

entregues os questionários para preenchimento.

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O prazo de pesquisa durou 5 semanas, o que dificultou no acesso direto a

uma grande maioria dos síndicos dos condomínios, pois grande parte dos síndicos

não se encontrava no local.

Outra dificuldade foi a de estar recolhendo todo o material, pois em alguns

casos os síndicos não haviam respondido ao questionário, tendo o estagiário, que

voltar em outro dia para obter o documento devidamente respondido. Percebeu-se

que alguns dos entrevistados mostraram-se receosos diante das perguntas como,

por exemplo, na que se perguntava qual era a sua administradora, embora o motivo

desta pesquisa tenha sido abordado de forma clara e sucinta.

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4. RESULTADOS

Neste capitulo vamos apontar o que se encontrou com o levantamento

realizado de acordo com o resultado da pesquisa de campo, foram respondidos 320

questionários.

1 – O seu Condomínio conta com o serviço de uma Administradora de condomínios?

Gráfico 1:serviço de administradora de condomínios Fonte: Questionário de pesquisa

Nota-se que como já era previsto a grande maioria dos condomínios já possui

uma administradora, mas é importante ressaltar que 7% são administrados por uma

pessoa física, ou seja, um possível cliente no futuro.

2 – Qual é a Administradora?

Gráfico 2: Qual administradora Fonte: Questionário de pesquisa

Observamos que a grande maioria optou por deixar em branco esta resposta,

ou para zelar o nome de sua administradora ou realmente por que os condôminos

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pagam e nem sabem para quem ou não dão muita importância, e também pela

resposta podemos identificar os grandes concorrentes do mercado em Balneário

Camboriú que são a DATACENI com 30% e a BACELLAR com 14% dos

questionários aplicados.

3 – Qual a importância que você dá à estrutura física (ou seja, nas instalações da

empresa) da administradora?

Gráfico 3: Estrutura Física Fonte: Questionário de pesquisa.

Através das respostas obtidas na questão fica claro que não é preciso um

investimento muito forte na parte de estrutura física da empresa, pois 65% dos

questionários mostram-nos que a parte física não é muito importante.

4 – Você esta satisfeito com os serviços prestados pela SUA administradora?

Gráfico 4: Satisfação pelos serviços da administradora Fonte: Questionário de pesquisa

É possível notar que a grande maioria esta satisfeita com os serviços

prestados pelas suas administradoras, entretanto os 10% que não estão satisfeitos

são uma parcela de mercado aparentemente fácil de penetrar pela sua insatisfação.

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5 - Qual (is) o (s) serviço (s) prestado pela sua administradora que apresenta

deficiência ou não é prestado por ela?

Gráfico 5: Serviços prestados com deficiência Fonte: Questionário de pesquisa

Nesta questão é importante se lidar com todas as opções de respostas, pois

cada condomínio tem um problema com maior freqüência, mas observamos que na

grande maioria esta na parte que esta diariamente nos prédios que são o de

limpeza.

6 – Você tem uma boa impressão dos parceiros da administradora na prestação de

serviços para o condomínio?

Gráfico 6:clientes perante parceiros na prestação dos serviços Fonte: Questionário de pesquisa

Com esta pergunta buscamos identificar qual a percepção dos clientes

perante as terceirizações de serviços diversos da administradora, observa-se que a

grande maioria não tem nenhuma rejeição perante o assunto.

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7- Qual a sua opinião sobre os serviços prestados pelas empresas contratadas pela

sua administradora de condomínios?

Gráfico 7: Opinião sobre os serviços prestados pelos parceiros. Fonte: Questionário de pesquisa

Nota-se com esta questão a importância na seleção de parceiros na

prestação dos serviços da administradora, pois segundo o questionário 89%

encontram entre o MUITO RUIM e o REGULAR, é um número bastante expressivo

se pensarmos que nossas terceirizações levam o nome da nossa empresa diante do

cliente.

8 – Qual sua opinião sobre a implantação de mais uma administradora de

condomínios em Balneário Camboriú?

Gráfico 8: implantação de mais uma Administradora de Condomínios Fonte: Questionário de pesquisa

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O presente gráfico demonstra que aos olhos dos clientes potencias a

presença de mais uma administradora de condomínios em Balneário Camboriú seria

boa, pois a acirraria a concorrência e os grandes beneficiários seriam os clientes.

9 – Qual o tipo de serviço que você gostaria que fosse oferecido por uma

administradora de condomínios em BC?

Gráfico 9: serviço que poderia ser oferecido por uma administradora Fonte: Questionário de pesquisa.

10 – Qual (is) motivo (s) levaria (m) você a trocar de Administradora?

Gráfico 10: Motivos que levariam a trocar de Administradora Fonte: Questionário de pesquisa.

Neste gráfico que esta talvez a informação mais importante de todo o

trabalho, quais os motivos que os levariam a trocar de administradora, observa-se

que o PREÇO já não é de suma importância na questão de administradora de

condomínios no mercado estudado, e sim a QUALIDADE NOS SERVIÇOS onde

engloba todos os serviços como elétrica, limpeza, hidráulico, financeiros a

transparência na apresentação nos dados, mas a principal questão seja na seleção

dos parceiros de serviços diversos, e claro o BOM ATENDIMENTO também como

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vimos ao longo da pesquisa que os clientes estão reclamando da falta de contato

direto da empresa com os condomínios, isto se encaixa perfeitamente quando é

citado o atendimento na questão de troca de administradora.

4.1 Sumário Executivo

Este Plano de Negócios tem como objetivo a viabilização de uma

administradora de condomínios em Balneário Camboriú, empresa que pretende

oferecer serviços diversos para prédios residenciais e comerciais no município de

Balneário Camboriú, a seguir serão apresentados de forma resumida os pontos mais

relevantes considerados para estudo.

4.2 Estrutura da empresa

No inicio de suas atividades a empresa terá uma estrutura enxuta, que

contará com três colaboradores, para a execução de todos os serviços. A gestão

será realizada pelo empreendedor, a parte de atendimento, agenda será realizado

por uma secretária, e os serviços de ambiente externo da empresa como banco e

etc. será realizado por um moto-boy.

4.3 Gestão e equipe profissional

A gestão ficará a cargo do empreendedor que trabalha a cerca de 3 anos com

o mercado de construção civil, em Balneário Camboriú SC e região, onde mantém

amplos relacionamentos direto ou indiretamente ligados ao mercado, com

empresários da construção de prédios novos residenciais/comerciais, engenheiros,

eletricista, encanadores, empresas do ramo. Além da experiência vivenciada na

Administradora onde participava ativamente na administração dos primeiros 6 meses

dos prédios novos o empreendedor conta com a conclusão este ano do curso de

Administração com ênfase em marketing na Universidade do Vale do Itajai –

UNIVALI. Os demais componentes da equipe já são conhecidos pelo empreendedor

com a formação superior em andamento e com vasta experiência na atividade que

irão desempenhar.

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4.4 Serviços e Tecnologias

Os serviços que serão oferecidos pela empresa abrangem toda a parte de

administração de um condomínio, desda contabilidade de custos como, por exemplo,

água, energia elétrica, gás. Até serviços como encanador, eletricista, limpeza,

segurança. Para facilitar o trabalho e oferecer agilidade e segurança na prestação

dos serviços prestados a empresa fará uso da tecnologia da informação,

implementando um sistema de armazenagem de dados de fácil acesso para

cadastro de clientes e prestadores de serviços terceirizados, o qual terá objetivo de

criar e manter um bom relacionamento com o cliente.

4.5 Mercado Potencial – oportunidades

O mercado de Administração de Condomínios em Balneário Camboriú é

altamente promissor e apresenta imenso crescimento conforme pode ser observado

pela atividade das construtoras na edificação de prédios residenciais e comerciais. A

concorrência também é grande, pois existe um número significativo de pequenas

administradoras cerca de 180 segundo a lista on line que atuam no mercado e

pessoas físicas administrando condomínios como foi visto na pesquisa aplicada. A

oportunidade identificada pelo empreendedor através da pesquisa realizada com

clientes em potencial esta relacionada com uma demanda apresentadas por serviços

personalizados e com qualidade.

4.6 Elementos de diferenciação

O principal elemento de diferenciação da Franco Administradora de

Condomínios esta relacionado com a equipe profissional, que será composta por

pessoas altamente qualificadas, com experiência e perfil adequado ao modelo de

negocio da empresa.

Outro diferencial será pelo atendimento personalizado. O empreendedor

munido por um notebook onde acompanhará cada serviço prestado para os

condomínios relatando os principais fatos ocorridos durante e depois do serviço

realizado onde alimentará a base de dados para um atendimento altamente

personalizado trabalhando também a questão do pós venda.

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Também faz parte do diferencial da Administradora perante os concorrentes,

é a ferramenta pesquisa de mercado que será feita com periodicidade pré-

estabelecida, por cada trimestre, a avaliação da qualidade dos serviços prestados e

a revisão do planejamento que será uma constante, sempre que as pesquisas

apontarem novas oportunidades e ameaças.

Além dos serviços tradicionais (contabilidade, finanças, assessoria jurídica e

gestão de recursos humanos), a empresa estará agregando valor através de novas

atividades oferecidas, como:

- serviços de massagistas e professores de educação física, para fitness;

- serviço de som ambiente;

- programa de educação ambiental;

- plano de redução de despesas do condomínio;

- Serviços especiais de acordo com a necessidade do condomínio.

A construção de um portal na internet também é um instrumento de grande

agregação de valor. Através do portal o síndico pode se comunicar rapidamente com

a administradora, ter acesso à posição financeira do condomínio em tempo real, ao

andamento de cobranças judiciais, às unidades em atraso, ao resumo da

inadimplência nos últimos meses, a acordos com devedores e a todas as contas do

condomínio, pagas e a vencer. Também é possível checar os parâmetros de

cobrança amigável, o número de parcelas possíveis num acordo e o eventual

ajuizamento de ações na Justiça. Os demais condôminos, assim como o síndico,

podem acessar o resumo anual de despesas, balancetes, folha de pagamento, atas

de assembléias, circulares, regimento interno, manuais de síndico e zelador, tabela

de temporalidade de documentos, notícias, calendário de cursos e respostas às

dúvidas mais freqüentes sobre o dia-a-dia de um condomínio.

É importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os serviços que

estão sendo adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de

proporcionar ao cliente um produto diferenciado. Além disso, conversar com os

clientes atuais para identificar suas expectativas é muito importante para o

desenvolvimento de novos serviços ou produtos personalizados, o que amplia as

possibilidades de fidelizar os atuais clientes, além de cativar novos.

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4.7 Projeção de Vendas

A estimativa do volume de serviços esta calculada no fechamento de 30

clientes no primeiro mês, com a taxa de administração estipulada em um salário

mínimo por mês assim sendo um lucro bruto no primeiro mês de R$ 12.450,00. O

fechamento de mais 20% de clientes por trimestre é a meta estabelecida pelo

empreendedor, esta projeção foi calculada com base em sua experiência, e esta de

acordo com as estratégias previstas.

Para o segundo ano de funcionamento estima-se um crescimento de 10% na

receita bruta das vendas seguindo 10% a cada ano que passa.

4.8 Descrição do empreendimento

A descrição do empreendimento foi feito em cima de um breve histórico do

empreendedor, localização, infra-estrutura da empresa, equipe gerencial, estrutura

legal e estrutura organizacional.

4.8.1 Histórico, Localização e infra-estrutura

A Franco Administradora de Condomínios que vem sendo desenhado a 5

anos pelo empreendedor antes mesmo de ingressar no curso de Administração,

quando surgiu a oportunidade de conciliar seu sonho de abrir uma administradora de

condomínios com o TCC (trabalho de conclusão de curso) do curso de

administração com ênfase em marketing, cujo tema escolhido foi o de implantação

de uma administradora de condomínios em Balneário Camboriú.

Localização e infra-estrutura

A Franco Administradora de condomínios estará situada no centro de

Balneário Camboriú, em um prédio na terceira avenida esquina com a rua 902, um

local de fácil acesso, conforme observa-se na figura 14.

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Figura 14: Centro Balneário Camboriú Fonte: Google mapas (2008)

A administradora iniciará suas atividades em um ambiente climatizado e

confortável, representado por uma área de 70m², contendo 3 salas, copa, 2

banheiros e garagem. O escritório estará equipado com 2 microcomputadores,

sendo um notebook, programas específicos para a área, impressora multifuncional,

câmera fotográfica digital, acesso a internet e telefone, tudo adequado a

necessidade do negócio.

4.8.2 Estrutura Legal

Para determinar a estrutura legal da Franco Administradora de Condomínios,

foi feita uma consulta com um empresário do ramo, e também com o auxílio do

SEBRAE-SC, para esclarecimentos de duvidas referentes à formalização da futura

empresa.

A empresa deverá nascer e ter personalidade jurídica e será denominada

Franco Administradora de Condominios, a empresa terá como objetivo a prestação

de serviços de administração de condomínios no município de Balneário Camboriú e

será registrada na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina. O processo de

constituição da empresa terá o apoio de um contador e seguirá os seguintes passos:

I – Documentos Necessários

• Fotocópia do IPTU do imóvel onde será a sede da empresa;

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• Contrato de locação registrado em cartório (se for locado), ou declaração do

proprietário (quando for cedido);

• Fotocópia autenticada do RG e CPF do empreendedor;

• Fotocópia autenticada do comprovante do endereço do empreendedor;

• Declaração do empreendedor exigida pela Junta Comercial para o registro do

empresário.

II – Órgão de Registro:

• Junta Comercial;

• Receita Federal;

• Previdencia Social;

• Conselho Regional de Administração de Santa Catarina;

• Secretaria da Fazendo do Estado de Santa Catarina;

• Inscrição na Prefeitura de Balneário Camboriú.

Quanto ao enquadramento fiscal, como as empresas que prestam serviços

profissionais de administração de condomínios não podem ingressar no Simples

Federal, poderá se optar por duas formas de tributação, uma através do lucro real e

outra do lucro presumido, como mostra os quadros a seguir:

Empresas tributadas pelo sistema de lucro real

TRIBUTOS ALÍQUOTAS OBSERVAÇÕES

COFINS 7,6% Do faturamento bruto mensal

deduzido a mesma alíquota (7,6%)

sobre as despesas e custos da

empresa, comprovados mediante

notas fiscais de aquisição de

produtos e serviços

PIS 1,65% Do faturamento bruto mensal

deduzido a mesma alíquota

(1,65%) sobre as despesas e

custos da empresa, comprovados

mediante notas fiscais de aquisição

de produtos e serviços

Contribuição Social

sobre o Lucro Líquido

9% Sobre o lucro líquido apurado no

mês;

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IRPJ 15% Sobre o lucro líquido apurado no

mês

ISS (somente para

prestadoras de

serviços)

2,5% PMBC Conforme Lei Complementar

116/2003 o ISS pode variar de 2%

a 5% - recomenda-se obter a

tabela de serviços em cada

município, junto ao Setor de

Arrecadação.

Quadro 15: tributação através de Lucro Real. Fonte: SEBRAE-sc 2008 Empresas tributadas pelo sistema de lucro Presumido TRIBUTO ALÍQUOTAS OBSERVAÇÕES

COFINS 3% Do faturamento bruto mensal

PIS 0,65% Do faturamento bruto mensal

IRPJ 4,80% Indústria e Comércio - 1,20% do faturamento bruto trimestral; Serviços de transporte, exceto de cargas - 2,40% do faturamento bruto trimestral; Prestação de serviço por Profissionais liberais - 4,80% do faturamento bruto trimestral; Outros serviços/atividades em geral - 4,80 % do faturamento bruto trimestral.

CSLL 2,80% Indústria e Comércio - 1,08% do

faturamento bruto trimestral; Prestação de serviços em geral - 2,88% do faturamento bruto trimestral.

ISS 2,5% PMBC conforme Lei Complementar

116/2003 o ISS pode variar de 2% a 5% - recomenda-se obter a tabela de serviços em cada município, junto ao Setor de Arrecadação.

Quadro 16: tributação através de Lucro Presumido Fonte: SEBRAE-sc 2008

Além dos tributos acima citados, a empresa que terá empregados

contratados, deverá pagar os encargos sociais relacionados no quadro abaixo:

Impostos sobre a Folha de Pagamento.

ENCARGOS SOCIAIS ALÍQUOTA OBSERVAÇÕES

FGTS 8% Sobre a remuneração do

empregado.

INSS 20% A contribuição ao INSS é calculada

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sobre a parte patronal e a parte do

empregado

SAL. EDUCAÇÃO +

INCRA + SENAI + SESI

+ SEBRAE

5,8% Essa é a regra geral, mas as

alíquotas variam conforme o código

FPAS da empresa.

SAT (seguro de

acidente de trabalho)

1% a 3% de 1% a 3% sobre o total das

remunerações pagas a título de

salário.

Quadro 17: impostos sobre folha de pagamento. Fonte: SEBRAE-sc 2008

4.8.3 Gerência e Equipe profissional, estrutura organizacional

A Franco Administradora de Condomínios será composta por um gerente-

geral, uma secretaria e um moto boy. O Cargo de gerente-geral será ocupado pelo

próprio empreendedor que trabalha no mercado da construção civil há três anos em

Balneário Camboriú mantém uma rede de contados na região de diversos

profissionais da área de serviços diversos que uma administradora necessita. Além

da comprovada vivencia no mercado da construção o empreendedor esta concluindo

o curso de Administração com ênfase em Marketing e conta com línguas como

inglês e espanhol intermediário.

Os outros dois funcionários que farão parte da equipe da Franco

Administradora de condomínios são conhecidos do empreendedor e trabalharam na

área em outras oportunidades com vasta experiência na função, inclusive o moto

boy conta com veiculo próprio e ambos estão com formação superior em

andamento.

Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional esta representada de forma simples, pois a

empresa esta em processo de implantação e os recursos financeiros ainda não são

suficientes para compor uma estrutura mais complexa. Portanto a empresa iniciará

suas atividades com apenas três colaboradores sendo que a gerência do negócio, a

atividade de marketing, recursos humanos e a atividade financeira serão exercidas

pelo próprio empreendedor. As atividades profissionais de agenda, cadastro e

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atendimento serão exercidos pela secretária contratada, os serviços externos a

empresa como os de banco, correio e etc... Serão exercidos pelo moto boy.

A contabilidade, a assessoria jurídica, serviços de limpeza e conservação do

escritório, serviços hidráulicos de encanador, elétrico por eletricistas todos serão

terceirizados pela empresa.

4.9 Planejamento estratégico

O planejamento estratégico da Franco administradora de condomínios

contempla itens relacionados com a missão, visão e valores da empresa, os

objetivos e metas estabelecidos e a formulação das estratégias. Para e

implementação das estratégias foram elaborados planos para as principais áreas

funcionais da empresa, como: recursos humanos, operacional, marketing e

financeiro.

Missão, visão e valores

A Franco administradora de condomínios terá como missão: “Proporcionar

satisfação aos clientes, através de excelência no atendimento, comodidade,

transparência e qualidade total em todos os serviços oferecidos pela empresa”.

Como visão a empresa espera: “ser referência regional em administração de

condomínios”.

Quanto aos valores a empresa buscará se diferenciar através da: excelência

no atendimento, foco no cliente, transparência, qualidade, responsabilidade,

honestidade e aprimoramento e crescimento contínuos.

Objetivos

Foram estabelecidos alguns objetivos para a Franco Administradora de

condomínios tendo como base o conhecimento do empreendedor, tamanho do

mercado e o volume de negócios feito pela concorrência.

O principal objetivo da Franco Administradora de condomínios é ter uma

receita bruta no primeiro ano de R$ 300.00,00.

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Estratégias

Para se manter em um mercado extremamente competitivo, que concentra

um número expressivo de concorrentes, a Franco administradora de condomínios

adotará de acordo com o modelo de estratégias genéricas proposta por Porter

(1992) a estratégia de diferenciação. Com base na pesquisa realizada foram

determinadas algumas estratégias para as principais áreas funcionais da empresa.

a) Área operacional

Equipar a empresa com computadores modernos e um sistema operacional

que possa ser suportado em rede, que permita que a empresa possa fazer

pesquisas sobre clientes e outras informações, para que possa auxiliar na gestão do

negócio e também quando estiver visitando os clientes.

b) Área de Recursos Humanos

Selecionar e contratar colaboradores que possuam um bom nível técnico e

cultural em questões que envolvem o mercado, para transmitir credibilidade e

confiabilidade aos clientes.

Estabelecer um sistema de desenvolvimento contínuo para os colaboradores,

através de treinamentos específicos da área, participação em eventos e outros.

c) Área de Marketing

Estabelecer ações de marketing para atrair e manter clientes, utilizando de

uma rede de contatos já estabelecida e buscando novas formas para atrair clientes.

Fazer pesquisas periódicas e adequar ações para atender as necessidades

identificadas.

Fazer pesquisas de satisfação de clientes para avaliar os serviços prestados

pela empresa, buscando assim uma melhoria contínua nos processos e

fortalecer/manter um relacionamento.

Sistematizar informações sobre o comportamento dos clientes através do

banco de dados, para facilitar as ações de marketing.

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Estabelecidas as estratégias para as áreas funcionais, nos próximos itens

serão apresentados os planos para as áreas funcionais Planos: operacional,

recursos humanos, marketing e financeiro.

4.10 Plano operacional

O plano operacional trata da forma com que a empresa será organizada para

executar suas funções e atender os clientes de maneira eficaz.

Os serviços de administração de condomínios como: constituição de

condomínio, administração de condomínio, contabilidade de condomínio, assessoria

no gerenciamento condominial, consultoria administrativa e financeira, serão

executados através de seus colaboradores, que terão a função de prestar serviços

diversos para os condomínios.

Para que haja transparência e agilidade em todo o fluxo de trabalho, será

implantado desde o início de suas atividades um software de gestão de condomínios

no qual serão disponibilizadas todas as informações pertinentes para a gestão.

O controle de qualidade dos serviços prestados pela Franco administradora

de condomínios terá como base o fluxo de serviços, tendo como meta a satisfação

dos clientes na atividade exercida. O mecanismo para exercer o controle de

qualidade, será a observação do empreendedor, que visa uma análise geral do

processo como um todo desde o primeiro contato até o pós-venda.

Quanto à satisfação dos clientes serão efetuadas pesquisas periódicas, de

acordo com indicadores pré-definidos, para que se possa monitorar o atendimento e

implementar melhorias contínuas.

Para aumentar a participação da Franco administradora de condomínios no

mercado, a empresa pretende firmar parcerias com construtoras da região para que

possamos administrar os prédios novos de Balneário Camboriú.

Os serviços diversos em condomínios como encanador, eletricista, pessoal de

limpeza será terceirizado, com muito rigor na seleção das parcerias para que todos

os serviços se enquadrem com as propostas da administradora.

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4.11 Plano de Recursos Humanos

Na área de serviços de administração de condomínios, o que realmente

diferencia uma empresa da outra é a personalização e a qualidade nos serviços

prestados, e isto, está diretamente ligado aos seus colaboradores, as pessoas com

suas competências, representadas pelos conhecimentos, habilidades e atitudes, são

a principal base de uma organização.

Para fazer uma boa seleção a primeira providência será descrever os cargos

e as funções correspondentes a cada um deles. Assim sendo a empresa irá

selecionar no mercado, profissionais com perfil adequado a cada cargo.

Ao ingressarem na empresa, os colaboradores irão receber treinamento

interno para que possam conhecer a empresa e suas propostas de trabalhos em

geral isso inclui: missão, visão e valores, planejamento, procedimentos de trabalho,

formas de avaliação de desempenho, formas de treinamento e desenvolvimento

entre outros.

A remuneração terá como base pesquisa feita no mercado, a avaliação de

desempenho terá como base as metas estabelecidas, dentro de um período pré

determinado e estarão em conformidade com o planejamento estratégico da

empresa.

4.12 Plano de Marketing

O plano de marketing apresenta a forma com que a empresa pretende

conquistar clientes e vender seus serviços. Veremos uma breve analise do mercado

da cidade e logo em seguida as principais estratégias que serão adotadas pela

Franco administradora de condomínios.

4.12.1 Analise de mercado

O mercado de administração de condomínios está em expansão em Balneário

Camboriú, devido a diversos fatores macro ambientais e setoriais que estão

influenciado positivamente os negócios. Não é novidade para ninguém que conhece

a cidade os prédios novos e os em construções, as movimentações das construtoras

anima aos empresários do mercado de administração de condomínios.

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Com relação a concorrentes, observa-se que o mercado é composto por

diversas pequenas administradoras, 180 administradoras de acordo com a Lista on

line (2007), a maioria sem investimento em treinamentos e com pouca experiência

administrativa.

No que diz respeito a clientes em potencial, a pesquisa apontou

oportunidades para a empresa trabalhar, pois foi um grande número de insatisfação

constatado com a qualidade dos serviços prestados pelas administradoras o que

representa boas chances de negócios para o novo empreendimento, a pesquisa

também apontou que alguns condomínios estão sendo administrados por pessoas

físicas uma grande oportunidade de mercado.

Observando os fatores relacionados, acredita-se que existe um ambiente

favorável para a entrada da Franco Administradora de condomínios, que pretende

trabalhar com profissionais qualificados, uso intensivo de tecnologia da informação,

pesquisa de mercado e principalmente planejamento, propondo assim prestar um

serviço de altíssima qualidade de acordo com a necessidade especifica de cada

cliente.

4.12.2 Ações de marketing

A seguir serão descritas as principais ações de marketing relacionadas com

produtos/serviços, preço, distribuição, promoção e pós-venda.

a) Produtos e serviços

Segundo Kotler (2000) serviços são atos ou desempenhos, essencialmente

intangíveis, que uma parte pode oferecer para outra e que não resultam em

propriedade de nada, porem, podem estar sim ligados a um produto concreto.

Por ser uma grande responsabilidade administrar um condomínio, a Franco

administradora de condomínios fará todo esforço possível para ser percebida como

uma empresa ética e com qualidade nos serviços prestados.

Os serviços são constituição de condomínio, administração de condomínio,

contabilidade de condomínio, assessoria no gerenciamento condominial, consultoria

administrativa e financeira, os diversos hidráulicos, elétricos, segurança e outros por

parceiros.

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b) Preço

Os preços dos serviços de administração de condomínio serão praticados de

acordo com o salário mínimo nacional proposto pelo governo federal, atualmente

estipulado em R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais).

c) Distribuição

No início de suas operações, a administradora terá um único escritório

localizado no centro de Balneário Camboriú, na Rua 902, quase esquina com a

terceira avenida onde serão gerenciadas todas as suas ações.

d) Promoção

A Franco administradora de condomínios, para atingir seu público-alvo, fará

em primeiro lugar um sorteio de uns moveis para o hall de entrada com o valor de

R$ 600,00, buscando a alimentação de seu banco de dados para futuras ações, em

segundo lugar fará uma comunicação pessoal com todas as construtoras e

incorporadoras de Balneário Camboriú apresentando sua proposta de serviços para

seus prédios recém construídos, com uma boa base de dados a empresa lançara

diversos e-mails marketings para divulgação de suas propostas.

Além dos meios de comunicação citados a empresa também fará divulgação

de seus serviços em jornais de grande circulação na cidade, pela internet através de

seu web site.

Outra técnica utilizada será a participação dos colaboradores da empresa em

eventos relacionados com a área, com o objetivo de melhorar a rede de

relacionamentos, através de contatos pessoais com clientes em potenciais e

possíveis parceiros de negócio.

e) Pós-Venda

Para a Franco administradora de condomínios tão importante quanto o

fechamento de um contrato de serviços de administração de condomínios será o

relacionamento duradouro com este cliente, ou seja, o pós-venda.

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O monitoramento da satisfação do cliente será uma constante na empresa,

por exemplo, logo após a prestação de um serviço de encanador, o cliente receberá

via e-mail um questionário o qual poderá se manifestar sobre o atendimento

recebido. Este resultado será utilizado para que a empresa possa corrigir possíveis

falhas e promover uma melhoria contínua nos serviços prestados.

A comunicação constante com o cliente será fundamental para que o

relacionamento entre as duas partes seja duradouro, pois de acordo com a pesquisa

o serviço personalizado é o principal serviço que as concorrentes não estão

oferecendo, por isso prestar excelentes serviços e manter uma comunicação

constante com os clientes será primordial para a Franco administradora de

condomínios.

4.13 Planejamento financeiro

Todos os planos estudados anteriormente terão desdobramentos financeiros

desde a fase de implementação do empreendimento até as operações do dia-a-dia,

pois sem capital que atenda o projeto torna-se inviável.

No planejamento financeiro foram agrupadas todas as despesas previstas,

desde aquelas que foram feitas para iniciar o negócio até aquelas que estarão sendo

feitas para manter a empresa em funcionamento. A estas receitas foram alinhadas

todas as receitas previstas com a venda dos serviços. A elaboração do plano foi feita

com o auxílio de uma planilha desenvolvida pelo SEBRAE.

A Franco administradora de condomínios iniciará suas atividades com um

capital social de R$ 20.000,00 investidos com recursos próprios do empreendedor.

Para a implementação do negócio foi calculado um investimento inicial de R$

15.545,55 pode ser observado na tabela 1.

APLICAÇÕES de RECURSOS Valor R$ % s/ Total

Descrição

Investimentos Fixos: 5.635,55 36,25%

Instalações/construções 500,00 3,22%

Móveis/utensílios 1.722,85 11,08%

Automação/informática 2.412,70 15,52%

Outros investimentos fixos 6,43%

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1.000,00

Despesas de Marketing e Pré-operacionais: 910,00 5,85%

Marketing 410,00 2,64%

Despesas pré-operacionais 500,00 3,22%

Reserva Técnica p/ giro: 9.000,00 57,89%

Financiamento de custos fixos (despesas mensais) 9.000,00 57,89%

TOTAL das APLICAÇÕES 15.545,55 100,00%

Tabela 1: Aplicações de recursos Fonte: Dados primários

Na projeção dos resultados pode-se observar a receita bruta, receita liquida

de vendas, margem de contribuição, resultado operacional e lucro líquido. O cálculo

de receita bruta de vendas do serviço foi feito através de projeções de faturamento

para os primeiros três meses, depois 1º ano e para o 5º ano de funcionamento pode

ser observado na tabela 2.

1º TRIMESTRE 1º ANO 5º ANO

Receita

Bruta/Serviços

56.025,00-100% 300.742,00-100% 440.317,00-100%

Custos Variáveis (7.367,00) 13,15% (39.548,00)13,15% (57.902,00)13,15%

ISS (1.401,00) 2,5% (7.519,00) 2,5% (11.008,00)2,5%

PIS (924,00) 1,65% (4.962,00) 1,65% (7.265,00) 1,65%

Cofins (1.681,00) 3% (9.022,00) 3% (13.209,00) 3%

Inadimplência (1.681,00) 3% (9.022,00) 3% (13.209,00) 3%

Publicidade e

Propaganda

(1.121,00) 2% (6.015,00) 2% (8.806,00) 2%

Outros Variáveis (560,00) 1% (3.007,00) 1% (4.403,00) 1%

MARGEM DE

CONTRIBUIÇÃO

48.658,00-86,85% 261.195,00-

86,85%

382.415,00-

86,85%

CUSTOS FIXOS (14.130,00)25,22% (70.556,00)23,46% (70.556,00)16,02%

DEPRECIAÇÕES (56,00) 0,10% (225,00) 0,07% (225,00) 0,05%

CUSTOS

FINANCEIROS

(1.500,00) 2,68% (6.000,00) 2% (6.000,00) 1,36%

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RESULTADO

OPERACIONAL

32.971,00-58,85% 184.413,00-

61,32%

305.633,00-

69,41%

IRPJ (4.946,00)-8,83% (27.662,00) 9,2% (45.845,00)10,41%

ADICIONAL IRPJ (103,00) 0,03% (6.563,00) 1,49%

CONTRIBUIÇÃO

SOCIAL

(2.967,00)-5,30% (16.597,00) 5,52% (27.507,00) 6,25%

LUCRO/PREJUIZO

LÍQUIDO

25.056,00-44,73% 140.050,00-

46,57%

225.718,00-

51,26%

Tabela 2: previsões de faturamento Fonte: Dados primários

4.13.1 Análise do investimento

A tabela 3 que se refere aos indicadores financeiros geradas através da

planilha do SEBRAE resume os principais pontos analisados através do plano

financeiro.

Fonte: Dados primários. Tabela 3: Indicadores financeiros

Os indicadores econômicos financeiros serviram como direcionadores das

estratégias da empresa.

No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo, isto é, as receitas

provenientes das vendas equivalem a soma dos custos fixos e variáveis podemos

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS

Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

1. Margem de Contribuição 86,9% 86,9% 86,9% 86,9% 86,9%

2. Lucratividade Operacional 61,3% 63,6% 65,8% 67,7% 69,4%

3. Lucratividade Líquida 46,6% 48,4% 50,0% 50,7% 51,3%

4. Ponto de Equilíbrio 88.407

88.407 88.407

88.407

88.407

5. Taxa de Retorno do Projeto 900,9% 1029,3% 1169,7% 1304,4% 1452,0%

6. Prazo de Retorno Investimento 900,9% 1930,2% 3099,9% 4404,3% 5856,2%

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observar que a Franco administradora de condomínios terá seu ponto de equilíbrio

calculado em R$ 7.367,25 por mês.

O prazo do retorno do investimento de acordo com as projeções será no

terceiro mês de atividades da empresa.

Se analisarmos os itens margem de contribuição, lucratividade operacional,

lucratividade líquida, taxa de retorno do projeto e prazo de retorno do investimento

veremos que o projeto esta totalmente atraente, o que ajuda a comprovar a

viabilidade do novo empreendimento.

4.14 Análise das Cinco Forças de Porter (1992)

Ameaças de novos entrantes

Por ser um mercado aberto e muito atrativo, a administração de condomínios

sofre muito com os novos entrantes, as barreiras de novos entrantes são poucas, se

o cidadão estiver munido de recursos financeiros e técnicos pode entrar no mercado.

Ameaças de serviços substitutos

Para administrar um condomínio não é obrigatório ser contratado os serviços

de uma administradora, pois este trabalho pode ser feito por qualquer pessoa física

que esteja disposta há ceder seu tempo em benefício do condomínio. Dentro deste

contexto, geralmente os síndicos são substitutos, disponibilizando esta prestação de

serviço.

Os serviços de uma administradora também podem serem substituídos por

um contador.

Poder de negociação dos fornecedores

A administradora, objeto do presente plano de negócio terá como

fornecedores prestadores de serviços diversos como encanador, eletricista, serviços

de limpeza, vigilância e etc. sob esse aspecto a influência dos fornecedores será

muito grande, pois a busca incessante por serviços de qualidade torna-se vital para

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uma administradora de condomínios e sendo assim estes profissionais acabam se

tornando uma espécie rara e valiosa e muitas vezes fazem seu preço.

Poder de negociação dos compradores

Da mesma forma que no item anterior, a influência dos compradores também

será grande. Para a administradora não resta alternativa a não ser prestar

excelentes serviços.

Rivalidade entre existentes

Balneário Camboriú de acordo com a lista on line (2008) conta com 180

administradoras de condomínio, tornando um mercado extremamente competitivo,

além de como foi visto na pesquisa aplicada existem pessoas físicas administrando

condomínios.

4.15 Análise Swot

Para fazer a análise do ambiente externo, onde se encontram as

oportunidades e ameaças foi utilizada uma adaptação do modelo da matriz Swot, o

ambiente interno, onde se encontra as forças e fraquezas não foi analisado, pois se

trata de um negócio que ainda esta em construção.

Oportunidades

Econômicas

� Aumento moderado do emprego formal e da renda do

trabalhador.

� Entrada de capital estrangeiro na construção civil de Balneário

Camboriú.

Tecnológicas

� Tecnologia desenvolvida para a administradora virtual web sites.

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� Softwares específicos para o auxílio na administração do

condomínio.

Demográficas

� Crescimento da população de Balneário Camboriú.

� Aumento de universitários vindos de regiões diversas.

� Grande fluxo de turistas com maior poder aquisitivo que visitam

a cidade.

� Alto IDH apresentado pela cidade, o que representa um alto

índice de qualidade de vida.

Ambiente setorial

� Aumento bastante significativo da população predial de

Balneário Camboriú.

� Valorização dos imóveis.

� Renda familiar elevada.

� Baixo grau de competências administrativas dos concorrentes.

� Clientes insatisfeitos em relação aos serviços prestados por

parceiros das administradoras.

� Falta de planejamento e investimentos em pesquisas dos

concorrentes.

� Pouco treinamento oferecido pelas administradoras.

Ameaças

Tecnológicas

� Altos custos das novas tecnologias.

� Baixo ciclo de vida dos produtos tecnológicos.

Ambiente setorial

� Poucas barreiras para novos entrantes

� Serviços de administradora facilmente substituídos por uma

pessoa física.

� Grande número de concorrentes.

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� Administradoras com experiência no mercado.

� Prestadores de serviços com pouca escolaridade.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mantendo-se em foco a grande complexidade que envolve a realização de um

sonho, de um novo empreendimento e o seu risco elevado, pode-se afirmar que é de

suma importância que tenha um objetivo claro e um prévio estudo de viabilidade.

Assim sendo, este trabalho não se caracteriza como um ente estável no processo de

desenvolvimento de um produto/serviço, ao contrário se notabiliza como um

elemento que norteará futuras decisões e de possíveis correções de seu rumo

durante o processo de realização de um sonho que é o novo empreendimento. Por

este motivo, tal importância, se faz o desenvolvimento de um estudo com base em

conceitos e dados objetivos e consistentes, deixando de lado o famoso “achismo” e

a análise subjetiva que depende muito do felling do investidor.

Com base nestes princípios o empreendedor deve estar bastante atento às

tendências de mercado, às inovações tecnológicas, percepções dos clientes e muito

mais, para que possa diferenciar o seu produto/serviço em relação à concorrência e

torná-lo prioridade perante o seu público-alvo. Entretanto mesmo um produto/serviço

ousado e inovador, também podem ocorrer uma surpresa bem desagradável e não

proporcionar o almejado e planejado resultado financeiro esperado pelo investidor

em função de algumas distorções durante o processo, que, talvez pudessem ter sido

percebido anteriormente e corrigidas adequadamente.

Um investidor está munido de incertezas e riscos e é influenciado pela

extemporaneidade do mercado, porém carrega consigo a nobreza do

empreendedorismo que é capaz de proporcionar a alavancagem de

desenvolvimento de uma nação. Deve por isso ser embasado por estudos e

avaliações criteriosas e, notadamente confiáveis a fim de atingirem todos os seus

objetivos.

O presente trabalho desenvolveu-se com o objetivo de analisar a viabilidade

de implantação de uma administradora de condomínios no município de Balneário

Camboriú. Este objetivo foi alcançado de acordo com que seus objetivos específicos

foram sendo realizados.

O primeiro objetivo foi identificar a percepção do cliente sobre as empresas do

setor de administração de condomínio em Balneário Camboriú, que foi verificado

através da pesquisa de mercado, onde na sua grande maioria possuem

administradoras em seus condomínios, não estão satisfeitos com os serviços

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prestados por parceiros de suas administradoras, mas concordam que as

administradoras usufruem de parcerias sem restrições na sua grande maioria, 91%

dos questionários e que o grande motivo que os levariam a trocar de administradora

é a qualidade nos serviços prestados, esta pesquisa realizada quantitativamente por

meio de questionários aplicados em clientes em potencial.

Em relação ao segundo objetivo, desenvolver um estudo de viabilidade

econômica notou-se que os riscos sempre existem porem através de um plano de

negócio bem estudado e planejado pode surtir o efeito esperado. Para isto foi feito

uma análise completa de todos os investimentos necessários desde sua implantação

até seu quinto ano de existência no mercado exaltando seus custos, receitas e

despesas como um todo. Foi calculado que para começar suas atividades o capital

social da empresa seria de R$ 20.000,00 investidos com recursos próprios do

empreendedor, e um investimento inicial de R$ 15.545,55 sendo que segundo as

projeções, o prazo de retorno seria no terceiro mês de sua atividade, o estudo de

viabilidade teve como auxílio para o seu desenvolvimento uma planilha desenvolvida

pelo SEBRAE.

Referente ao terceiro objetivo específico, Identificar principais concorrentes,

foi identificado através do questionário aplicado com a pesquisa de mercado

efetuada pelo empreendedor, apesar do receio de alguns síndicos foi possível

identificar dois fortes concorrentes que são a Bacelar e a Dataceni.

O quarto e ultimo objetivo específico foi desenvolver uma análise das

oportunidades e ameaças, foi alcançada através do apoio da ferramenta a matriz

SWOT e também foi feito a análise das cinco forças de Porter (1992). Na qual foi de

grande valia, pois o resultado mostrou que o ambiente é favorável com o número de

oportunidades muito superior ao de ameaças.

Através do alcance de cada um dos objetivos propostos, de uma maneira

geral esta pesquisa contribuiu para observar que a viabilidade de uma

administradora de condomínios com suas devidas competências administrativas no

município de Balneário Camboriú é positiva.

Sugere-se para futuras pesquisas, uma profunda análise da concorrência na

cidade de Balneário Camboriú, considerando todos os concorrentes suas

características bem como pontos fortes e pontos fracos.

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

1 – O seu Condomínio conta com o serviço de uma Administradora de condomínios?

( ) SIM

( ) NÃO

2 – Qual é a Administradora?

3 – Qual a importância que você dá à estrutura física ( ou seja nas instalações da empresa ) da administradora?

( ) MUITO IMPORTANTE - Pois a aparência na estrutura física é o cartão de visita da empresa

( ) IMPORTANTE - Pois é o escritório

( ) SEM IMPORTÂNCIA - Pois é uma empresa de serviços

4 – Você esta satisfeito com os serviços prestados pela SUA administradora?

( ) SIM

( ) NÃO

5 – Qual(is) o(s) serviço(s) prestado pela sua administradora que apresenta deficiência ou não é prestado por ela?

( ) Hidráulico - Encanador

( ) Elétrico - Eletricista

( ) Limpeza – Pessoal Mão de Obra

OUTRO (s) _____________________

6 – Você tem uma boa impressão dos parceiros da administradora na prestação de serviços para o condomínio?

( ) SIM

( ) NÃO

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7 Qual a sua opinião sobre os serviços prestados pelas empresas contratadas pela sua administradora de condomínios?

( ) MUITO RUIM

( ) RUIM

( ) REGULAR

( ) BOM

( ) MUITO BOM

8 – Qual sua opinião sobre a implantação de mais uma administradora de condomínios em Balneário Camboriú?

( ) BOA, POIS A CONCORRÊNCIA FAZ BEM PARA OS CLIENTES

( ) TANTO FAZ, NÃO TROCARIA A MINHA MESMO

( ) RUIM, POIS JÁ TEM MUITAS COM AS MESMAS PROPOSTAS

9 – Qual o tipo de serviço que você gostaria que fosse oferecido por uma administradora de condomínios em BC?

10 – Qual(is) motivo(s) levaria(m) você a trocar de Administradora?

( ) PREÇO

( ) QUALIDADE NOS SERVIÇOS

( ) BOM ATENDIMENTO

Outros_______________