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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS OSMAR FERREIRA RANGEL NETO FATORES PATOLÓGICOS ASSOCIADOS A RECIDIVA EM MULHERES COM CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM ESTÁDIO CLÍNICO IB TRATADAS COM HISTERECTOMIA RADICAL E LINFADENECTOMIA PÉLVICA COM OU SEM RADIOTERAPIA PATHOLOGICAL FACTORS ASSOCIATED WITH RECURRENCE IN WOMEN WITH CLINICAL STAGE IB CERVICAL CANCER TREATED WITH RADICAL HYSTERECTOMY AND PELVIC LYMPHADENECTOMY WITH OR WITHOUT RADIOTHERAPY CAMPINAS 2017

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE … · A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca ... “Um dia, tempos, Tio Terêz o levara à beira da mata,

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

OSMAR FERREIRA RANGEL NETO

FATORES PATOLÓGICOS ASSOCIADOS A RECIDIVA EM MULHERES COM CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM ESTÁDIO CLÍNICO IB TRATADAS COM HISTERECTOMIA RADICAL E LINFADENECTOMIA PÉLVICA COM OU SEM

RADIOTERAPIA

PATHOLOGICAL FACTORS ASSOCIATED WITH RECURRENCE IN WOMEN WITH CLINICAL STAGE IB CERVICAL CANCER TREATED WITH

RADICAL HYSTERECTOMY AND PELVIC LYMPHADENECTOMY WITH OR WITHOUT RADIOTHERAPY

CAMPINAS

2017

OSMAR FERREIRA RANGEL NETO

FATORES PATOLÓGICOS ASSOCIADOS A RECIDIVA EM MULHERES COM CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM ESTÁDIO CLÍNICO IB TRATADAS COM HISTERECTOMIA RADICAL E LINFADENECTOMIA PÉLVICA COM OU SEM

RADIOTERAPIA

PATHOLOGICAL FACTORS ASSOCIATED WITH RECURRENCE IN WOMEN WITH CLINICAL STAGE IB CERVICAL CANCER TREATED WITH

RADICAL HYSTERECTOMY AND PELVIC LYMPHADENECTOMY WITH OR WITHOUT RADIOTHERAPY

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde, área de concentração em Oncologia Ginecológica e Mamária.

Master’s dissertation presented to the Obstetrics and Gynecology Graduate Program of the School of Medical Sciences, University of Campinas, to obtain the MSc grade in Health Science, in the Concentration Area of Gynecological and Mammary Oncology.

Orientadora: Profa. Dra. JOANA FRÓES BRAGANÇA BASTOS Coorientador: Prof. Dr. LUIZ CARLOS ZEFERINO ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEFENDIDA PELO ALUNO OSMAR FERREIRA RANGEL NETO E ORIENTADO PELA PROFA. DRA. JOANA FROES BRAGANÇA BASTOS

Campinas 2017

BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO OSMARFERREIRARANGELNETO

ORIENTADOR:PROFA.DRA.JOANAFROESBRAGANÇABASTOS

COORIENTADOR:PROF.DR.LUIZCARLOSZEFERINO

MEMBROS:

1.PROF.DR.JOANAFROESBRAGANÇABASTOS(PRESIDENTE)

2.PROFA.DRA.SOPHIEFRANÇOISEMAURICETTEDERCHAIN

3.PROF.DR.RICARDODOSREIS

ProgramadePós-GraduaçãoemTocoginecologiadaFaculdadedeCiênciasMédicasdaUniversidadeEstadualdeCampinas

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da bancaexaminadoraencontra-senoprocessodevidaacadêmicadoaluno.

DATADADEFESA:21/07/2017

É inevitável …

É inevitável não lembrar do teu carinho; É inevitável não lembrar do teu afago confortante;

É inevitável não lembrar do teu apoio; É inevitável não lembrar de tudo o que passamos

Depois de tantos anos, a lembrança da tua voz e do teu rosto ás vezes me some da mente,

por um instante apenas, eu juro; porque é inevitável a cada etapa vencida não lembrar de ti.

Seria inevitável não dedicar essa obra a você,

A você… Sueli Aparecida Joioso

(in menorian) (1948-2008)

Agradecimentos

A Profa. Dra. Joana Fróes Bragança Bastos, que sempre acreditou em mim,

em muitos momentos mais do que eu mesmo, pelo carinho, pelo cuidado e atenção de

uma verdadeira mãe.

Ao Prof. Dr. Luiz Carlos Zeferino pela firme coorientação, pela amizade,

dedicação e pela pronta disponibilidade.

A todos docentes da FCM-UNICAMP, especialmente aos do Departamento de

Tocoginecologia, foi nessa casa que entrei jovem adolescente e me fiz médico, foi

nesse hospital que me fiz ginecologista e obstetra e depois especialista em oncologia

pélvica. O apoio, a dedicação e sobretudo o exemplo destes mestres me fizeram ser

parte daquilo que sou hoje e daquilo que um dia eu almejo alcançar.

Ao Sr. Helymar Machado, estatístico do Hospital CAISM, pela ajuda

fundamental e pelo impecável trabalho realizado para esta pesquisa, pela pronta

disponibilidade e pelo auxílio em nos revelar os caminhos tortuosos dos modelos

matemáticos.

A Profa. Dra. Diama Bahdra Vale, pelo fundamental auxílio na organização

do banco de dados, pelas revisões do texto e sobretudo pela amizade e carinho.

Aos Profs. José Humberto Fragnani, Glauco Baiocchi Neto e Pablo Novik,

pelo auxílio na construção dos Banco de Dados e ao Hospital AC Camargo, pelas

informações fundamentais para que pudéssemos concluir este trabalho.

Aos membros da banca de qualificação, Profa. Dra. Sophie Françoise

Mauricette Derchain, Prof. Dr. Júlio César Teixeira e Prof. Dr. Cássio Cardoso Filho,

que em muito contribuíram para a elaboração final desta dissertação.

À Sra. Regina, secretária da Divisão de Oncologia, que sempre conseguiu um

lugar calmo e tranquilo para escrever as linhas desse trabalho, pelos cafézinhos

quentinhos e confortantes no meio da tarde e pela constante preocupação comigo.

A amiga Juliana Yoko Yoneda, pela amizade sincera, sobretudos naqueles

momentos em que o mundo parecia cair, foram inúmeras demonstrações ímpares de

coleguismo e carinho que levo em meu coração.

Aos alunos e médicos residentes do Hospital Santa Marcelina em São Paulo,

por me darem a oportunidade da vida em exercer a medicina em plenitude, ensinando

a vocês os meandros desta arte poderosa e desafiadora.

Aos meus familiares, juntos passamos muitas tempestades, o barco parecia que

iria virar, tão grandes as ondas que nos desafiavam, mas nós nos mantivemos firmes,

resilientes e conseguimos chegar aqui porque estivemos juntos, quando o alicerce é

firme a tempestade não derruba o lar jamais.

“Um dia, tempos, Tio Terêz o levara à beira da mata, ia tirar taquaras. A gente fazia um feixe e carregava;

‘Miguilim, este feixinho está muito pesado pra você?’ ‘Tio Terêz, está não. Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca é pesado…’"

João Guimarães Rosa in “Manuelzão e Miguilim"

“Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar

a cabeça..” João Guimarães Rosa in “Grande Sertão Veredas”

RESUMO

Objetivos: avaliar as taxas de recidiva e sobrevida livre de doença (SLD) em

uma coorte de mulheres com câncer de colo de útero IB tratadas com

histerectomia radical e linfadenectomia pélvica de acordo com fatores de risco

e radioterapia adjuvante.

Métodos: entre 1980 a 2014, 516 mulheres com câncer de colo de útero

estádio clínico IB foram submetidas a histerectomia radical e linfadenectomia

em dois grandes centros de referência oncológicos brasileiros. Foram

analisados os dados demográficos, achados patológicos dos espécimes

cirúrgicos, dados relativos ao seguimento, além de recidiva e óbito.

Resultados: A idade média era de 43 anos, o carcinoma de células

escamosas estava presente em 71,7% e houve 73 recidivas (14,6%). A

presença de metástases linfonodais foi associada à recorrência (p<0,001) e

menor SLD, (p<0,001), mesmo entre as pacientes submetidas a radioterapia

adjuvante. Considerando o grupo de pacientes sem radioterapia, a presença

de pelo menos um fator de risco intermediário mostrou relação com recidiva

(p=0,005) e dentre estes a Invasão Neoplásica Angiolinfática (INA) foi o mais

associado a recidiva (p=0,014). Menor SLD foi associada com a presença de

INA e profundidade de invasão estromal> 10mm. No grupo de mulheres

tratadas com radioterapia, o tamanho tumoral> 20 mm, a profundidade de

invasão> 10 mm e INA não foram associadas à recorrência (p=0,481, p= 0,422

e p= 0,221, respectivamente).

Conclusões: Metástases linfonodais estão relacionadas à alta taxa de

recidiva e menor SLD, mesmo entre as mulheres que receberam tratamento

de radioterapia adequado. A associação de outra terapia adjuvante deve ser

considerada neste grupo de pacientes. A profundidade de invasão e INA

foram associadas com maior risco de recidiva e menor SLD. Pacientes

portadoras de tumores com fatores de risco intermediários ao serem

submetidas a radioterapia não apresentaram associação com recidiva.

Palavras Chave: Neoplasia do colo de útero, Histerectomia, Radioterapia,

Recidiva.

ABSTRACT

Aims: Evaluate recurrence rates and disease-free survival (DFS) in a cohort

of women with cervical cancer stage IB treated with radical hysterectomy and

pelvic lymphadenectomy according to risk factors and adjuvant radiotherapy.

Methods: Between 1980 and 2014, 516 women with stage IB cervical cancer

treated in two Brazilian cancer centers were included. Demographic data,

pathological findings of surgical specimens and follow up information were

analyzed.

Results: The mean age was 43 years; squamous cell carcinoma was present

in 71.7% and 73 relapsed (14.6%). Lymph node metastases were associated

with recurrence (p<0.001) and lower DFS (p<0.001) despite adjuvant

radiotherapy. Considering the group of patients without radiotherapy, the

presence of at least one intermediate risk factor showed a relationship with

recurrence (p=0.005), and among these, Lymph vascular Space Invasion

(LVSI) was the most associated with relapse (p=0.014). Lower DFS was

associated with the presence of LSVI and depth of stromal invasion >10mm.

In the group of women treated with radiotherapy tumor size >20 mm, depth of

invasion> 10 mm and LVSI were not associated with recurrence (p=0.481,

p=0.422 and p=0.221, respectively).

Conclusions: Positive lymph node is related to high recurrence rate and lower

DFS despite adequate radiotherapy treatment. Association of other adjuvant

therapy should be considered in this group of patients. Depth of invasion and

LVSI were associated with higher risk of relapse and lower DFS. Patients with

tumors with intermediate risk factors when submitted to radiotherapy were not

associated with relapse.

Key words: Cervical Cancer, Surgery, Intermediate Risk Factor, Radical

Hysterectomy, recurrence

SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

CA Carcinoma

CAISM Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

cm Centímetros

CO Colpocitologia oncológica

e cols. e colaboradores

ESGO European Society of Gynecologic Oncology

DNA Ácido Dexoxirribonucléico

DFS Disease Free Survival

DTG Departamento de Tocoginecologia

FEBRASGO Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

GOG Gynecologic Oncology Group

HIV Vírus da Imunodeficiência Humana

HPV Papilomavírus humano

HR Histerectomia Radical

IARC International Agency for Research on Cancer

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

INA Invasão Neoplásica Angiolinfática

INCA Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

LVSI Lymph Vascular Space Invasion

mL Mililitros

mm Milímetros

n Número de sujeitos

NCI National Cancer Institute

NCCN National Comprehensive Cancer Network

NIC Neoplasia Intraepitelial Cervical

p Nível de Significância estatística

PNI Programa Nacional de Imunização

RNA Ácido Ribonucléico

SEER Statiscal, Epidemiologic and End Results

SLD Sobrevida Livre de Doença

SG Sobrevida Global

UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

% Porcentagem

Sumário

Sumário 1. INTRODUÇÃO 17 1.1 Câncer de Colo de Útero 17 1.2 Tratamento do Câncer de Colo de Útero 22 1.2.1 Tratamento Cirúrgico 22 1.2.2 Radioquimiosenbilização 26 1.3 Fatores Patológicos de Alto Risco 28 1.3.1 Metástase Linfonodal 29 1.3.2 Acometimento Neoplásico Parametrial 30 1.4 Fatores Patológicos de Risco Intermediário 33 1.4.1 Invasão Neoplásica Angiolinfática 33 1.4.2 Tamanho Tumoral 35 1.5 Outros Fatores Clínicos e Patológicos 36 1.5.1 Tipo Histológico 36 1.5.2 Idade 38 1.6 Avaliação do Risco de Recorrência 39 1.7 Associação de Quimioterapia ao Tratamento Adjuvante 41 2. OBJETIVOS 45 2.1 Objetivo Geral 45 2.2 Objetivos Específicos 45 3. SUJEITOS E MÉTODOS 46 3.1 Desenho do Estudo 46 3.2 Tamanho Amostral 46 3.3 Variáveis 47 3.3.1 Variáveis Dependentes 47 3.3.2 Variáveis Independentes 48 3.4 Seleção dos Sujeitos 49 3.4.1 Critérios de Inclusão 49 3.4.2 Critérios de Exclusão 49 3.5 Instrumento e Coleta de Dados 50 3.6 Análise e Processamento de Dados 51 4. ASPECTOS ÉTICOS 52 5. MANUSCRITO 54 6. CONCLUSÕES 83

Sumário

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85 8. ANEXOS 103 Anexo 1: Ficha de coleta dos dados 102 Anexo 2: Parecer Comissão Pesquisa DTG/CAISM 105 Anexo 3: Parecer Comitê Ética / Plataforma Brasil 106 Anexo 4: Parecer Comitê de Ética AC Camargo 108 Anexo 5: Anuência para o uso de dados AC Camargo 109

Introdução

17

1. Introdução

1.1 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

O câncer de colo do útero é o quarto tipo mais incidente de neoplasia

maligna entre as mulheres no mundo, com 527.624 casos novos por ano e a

quarta causa de morte por câncer, com 265.672 mortes em 2012 (1). A

estimativa da International Agency for Reserach on Câncer (IARC) para 2015

foi de 560.505 casos com 284.923 mortes. Oitenta e cinco porcento dos casos

novos e 87% das mortes se concentram nas regiões menos desenvolvidas do

mundo. As maiores taxas de incidência são encontradas em países da África

Subsaariana (Malawi e Zimbábue) e alguns países da América Latina (Bolívia

e Guiana). O câncer de colo de útero é o responsável por um terço de todos

os tipos de câncer nos países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH), em comparação a 10% nos países ditos desenvolvidos, com alto IDH

(2) (3). Nos Estados Unidos a projeção para 2017 é de 12.820 casos novos

com 4.201 mortes (4).

No Brasil, para 2016, a estimativa foi de 16.340 casos novos,

constituindo o terceiro tipo mais incidente de câncer entre as mulheres. Em

2013 foi a terceira causa de morte por câncer no grupo feminino, perdendo

em termos de letalidade apenas para neoplasia de mama e pulmão (5).

A infecção persistente pelo HPV (Human Papilloma Virus) é

considerada a principal causa de câncer de colo de útero e esta relação de

causalidade foi descrita por Harald zur Hausen em 1984, o que lhe conferiu o

prêmio Nobel, após isolar os tipos 16 e 18, associados a cerca de 70% dos

cânceres de colo de útero (6).

Introdução

18

Os papilomavírus são vírus de DNA circular com de 200 genótipos

descritos, categorizados em gêneros filogenéticos (Alfa, Beta, Gama, Mu e

Nu). Os HPV de importância para espécie humana são os do gênero Alfa que

apresentam predileção por tecidos humanos específicos (7).

Os HPV foram classificados em baixo e alto risco de acordo com a

probabilidade de progressão ao câncer. Em 2012, o IARC classificou os HPV

em grupo 1: carcinogênicos para os humanos, correspondendo aos tipos 16,

18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59, grupo 2A: provavelmente

carcinogênicos, incluindo o tipo 68 e grupo 2B dos possivelmente

carcinogênicos que incluem os tipos: 26, 30, 34, 53, 66, 67,69, 70,73, 82, 85

e 87. Noventa e seis porcento dos casos de câncer de colo de útero são

atribuíveis a um dos 13 tipos que compõem os grupos 1 e 2A (8).

O HPV pode causar verrugas (papilomatose) e lesões intraepiteliais em

mucosas que podem progredir para câncer, especialmente nas mucosas

anogenital (vagina, colo uterino, pênis e canal anal), vias respiratórias (laringe,

traquéia, brônquios) e trato digestivo superior (mucosa oral, orofaringe e

esôfago) (9,10). Cerca de 70% de todos os casos de câncer de colo de útero

estão associados a infecção pelo HPV 16 e 18, já as verrugas genitais estão

mais associadas aos HPV 6 e 11 (11,12).

São reconhecidos outros fatores associados como contribuintes para o

desenvolvimento do câncer de colo uterino: multiparidade, uso de

contraceptivos orais, coinfecção por outros agentes sexualmente

transmissíveis, tabagismo (para tumores epidermoides), infecção pelo vírus

da imunodeficiência humana (HIV) ou outras imunodeficiências que podem

influenciar tanto a vulnerabilidade à infecção pelo HPV, quanto a progressão

Introdução

19

das lesões precursoras para câncer, o início precoce da atividade sexual está

relacionado a maior risco para infecção pelo HPV (13).

O câncer do colo do útero desenvolve-se a partir de uma lesão

precursora, a neoplasia intraepitelial cervical (NIC) de alto grau. A progressão

de lesões precursoras para neoplasias invasoras, geralmente é lento,

permitindo sua identificação em tempo hábil a ponto de estabelecer medidas

terapêuticas que impeçam o desenvolvimento para o câncer, sendo o risco de

uma NIC de alto grau persistente evoluir para câncer de 18% em 10 anos e

36% em 20 anos, estudo com mulheres australianas, publicado em 2007,

encontrou um risco de 30% em 30 anos, em mulheres com NIC de alto grau

que receberam tratamento inadequado ou não foram tratada, ao se oferecer

abordagem terapêutica efetiva para essas pacientes esse risco cai para 0,7%

em 30 anos (14).

Para a prevenção de câncer de colo de útero foram desenvolvidos

programas de rastreamento populacional usando a estratégia de diagnosticar

e tratar lesões precursoras. Programas baseados na colpocitologia oncológica

(CO) ou teste de Papanicolaou têm sua eficácia comprovada, tendo sido

implementados com sucesso em muitos países com redução da incidência de

câncer do colo em até 80 % (15,16).

Políticas de rastreamento não sistemáticas, correspondem ao principal

fator responsável pela pouca efetividade desta estratégia de prevenção (16).

No Brasil o rastreamento configura-se de forma oportunística, com uma

cobertura irregular da população alvo, levando a uma queda discreta das

taxas de incidência e mortalidade (3,17,20).

Introdução

20

Com objetivo de reduzir as limitações dos métodos existentes e ampliar

as possibilidades de métodos de rastreamento, outros testes têm sido

desenvolvidos e utilizados como a detecção de DNA-HPV, já em uso de forma

rotineira em vários países, marcadores moleculares, como E6 e E7 mRNA, e,

mais recentemente, a detecção imunohistoquímica da superexpressão de

inibidor de quinase ciclina dependente (p16 ink4a), marcador de atividade das

proteínas do HPV de alto risco (19,20,21).

Além disto, espera-se que haja redução da incidência do câncer do colo

do útero com a instituição da vacinação contra o HPV recomendada há

aproximadamente 10 anos como estratégia de prevenção primária do câncer

de colo de útero e demais doenças relacionadas à infecção pelo HPV.

Hoje estão disponíveis três tipos de vacina: bivalente (confere proteção

para os tipos 16 e 18), tetravalente (confere cobertura aos tipos 6,11, 16 e 18)

e nonavalente (que inclui cobertura aos tipos 31, 33, 45, 52, 58, 16 18 além

do 6,11,16 e 18) (22). A eficácia em estudos para as vacinas bivalente e

tetravalente é a redução de cerca de 93 a 100% dos casos de NIC de alto

grau decorrentes da infecção pelos HPV 16 e 18 em pacientes de 15 a 26

anos vacinadas quando negativas para tais tipos virais. Já a vacina nona-

valente demostrou uma redução de 85% a 91% de NIC de alto grau e 89% de

carcinoma (23).

Desde 2006 as vacinas já foram licenciadas para mais de cem países,

no Brasil foi introduzida pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de

Imunização (PNI) para meninas em 2014 e para meninos em 2017 (24).

São muitos os esforços para desenvolvimento e aprimoramento dos

métodos de prevenção, detecção e tratamento de lesões precursoras com

Introdução

21

objetivo de diminuir a incidência e a morbimortalidade do câncer de colo do

útero, sobretudo nos países em desenvolvimento, que ainda mantém altas

taxas de incidência, e, especialmente, de mortalidade por este câncer.

Em nosso país considerando as falhas no processo de rastreamento e

detecção de lesões precursoras e a dificuldade de acesso a serviços básicos

de saúde, mais de 40% dos casos são diagnosticados em estádios

avançados. Dados referentes a registros hospitalares entre 2000 a 2009,

indicaram que no Brasil 39,5% das mulheres são diagnosticadas no estádio

III e 7% no estádio IV, quando as chances de curas são muito baixas e com

severo comprometimento da qualidade de vida (18).

O estadiamento do câncer de colo de útero foi o primeiro sistema de

classificação em estádios para uma doença neoplásica maligna, tendo sido

proposto em 1928. Mais tarde, em 1950, no Congresso Internacional de

Ginecologia em Nova Iorque foi definido “International Classification of the

stages of the Uterine Cervix” e até 1994 foram realizadas sete modificações

neste sistema, a maioria delas relacionadas às subdivisões do estádio I,

especialmente após o reconhecimento do conceito de microinvasão (25,26).

Em 2009, foi realizada a última revisão deste estadiamento e nessa

ocasião, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)

propôs modificação na subdivisão do estádio IIA em IIA1 e IIA2 (27). O mais

recente sistema de estadiamento referendado pela FIGO está descrito na

tabela 1 (25).

O sistema de estadiamento do câncer de colo de útero é o único

sistema, dentre todas outras neoplasias sólidas, que considera apenas

aspectos clínicos para definição dos estágios (exceto o estádio IA

Introdução

22

correspondente aos estágios microinvasores), o que frequentemente têm sido

motivo de críticas por parte da comunidade científica.

Tabela 1: Estadiamento do câncer de colo de útero, FIGO 2014.

Estádio I Tumor confinado ao colo do útero

IA Invasão tumoral identificado apenas microscopicamente

IA1 Profundidade de invasão estromal < 3mm e extensão lateral < 7mm

IA2 Profundidade de invasão estromal > 3mm e até 5mm, extensão lateral < 7mm

Estádio IB Lesões detectáveis clinicamente e lesões maiores que estádio IA

IB1 Lesões clinicamente visíveis até 4cm

IB2 Lesões clinicamente visíveis maiores que 4cm

Estádio II Tumor se estende além do colo do útero, porém não invade parede pélvica e nem o terço inferior da vagina

IIA Envolvimento do terço superior da vagina, sem envolvimento evidente dos paramétrios

IIA1 Lesões clinicamente visíveis < 4cm

IIA2 Lesões clinicamente visíveis > 4cm

IIB Tumor com comprometimento parametrial, mas não chega a atingir a parede pélvica

Estádio III Tumor se estende a parede pélvica e/ou tumor se estende ao terço inferior da vagina

IIIA Tumor se estende ao terço inferior da vagina, mas não há comprometimento parametrial até a parede pélvica

IIIB Comprometimento parametrial até a parede pélvica e/ou hidronefrose com ou sem rim excluso funcionalmente

Estádio IV Tumor se estendeu a outros órgãos pélvicos (clinicamente há envolvimento da mucosa de bexiga ou reto) ou metástases a distância

IVA Tumor acomete outros órgãos pélvicos

IVB Presença de Metástases a distância

1.2 TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

1.2.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO

Para doença em estádio inicial IA2 e IB a FIGO define como tratamento

padrão a abordagem cirúrgica que inclui a histerectomia radical associada à

Introdução

23

linfadenectomia pélvica. Tal recomendação também é adotada por guidelines

norte americanos e europeus como o National Cancer Institute (NHI)

(cancer.gov) / National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e da

European Society of Gynecological Oncology (ESGO) e, no Brasil, pela

Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, FEBRASGO (28-30).

A histerectomia radical para o tratamento do câncer de colo do útero

foi descrita por Ernst Wertheim na Áustria em 1912, depois Okabayashi no

Japão em 1921 postulou a respeito da parametrectomia e sua extensão. Já

Vincent Meigs, nos Estados Unidos em 1951, definiu as bases da

linfadenectomia (31-34)

Em 1974 Piver, Rutledge e Smith definiram cinco tipos de

histerectomia, tendo a cirurgia classe II e III as opções consagradas para

tratamento do câncer de colo de útero (35). A histerectomia classe II envolve

a dissecção do paramétrio até o nível do terço proximal do ureter (mantendo

a porção contida no ligamento pubovesical), com sua retirada em bloco junto

do útero, nessa modalidade os ligamentos útero-sacros são ressecados a

meia distância entre sua origem e fixação, além da excisão do terço superior

da vagina, com as artérias uterinas ligadas medialmente ao ureter. Já na

classe III os ureteres são completamente dissecados (destunelizados) dos

paramétrios de modo a retirar maior proporção de tecido parametrial, até sua

fixação na parede óssea, nessa modalidade a artéria uterina é ligada em sua

origem a partir da artéria ilíaca interna e os ligamentos útero sacros são

completamente retirados, há também a retirada da metade superior da vagina

(36).

Introdução

24

Em 2008, Denis Querleu e Paul Morrow propuseram uma nova

classificação das histerectomias na compreensão de que desde 1974, quando

Piver, Rutledge e Smith criaram suas cinco classes, houve aprimoramento

das técnicas operatórias. Como por exemplo, a preservação dos plexos

nervosos introduzida pelos Japoneses na década de cinquenta e amplamente

utilizada por cirurgiões europeus; o desenvolvimento de outros tipos de

ressecções cirúrgicas ultrarradicais; técnicas para preservação da fertilidade

iniciadas pelos Franceses; e mais recentemente o advento do uso da

laparoscopia e da robótica, os procedimentos e técnicas tiveram que ser

revistos (37).

Tais autores propuseram quatro tipos de histerectomia radical (A, B, C

e D). A recomendação para o tratamento cirúrgico do câncer de colo do útero

é o tipo C que compreende a ressecção completa dos ligamentos útero-sacros

e ligamentos vesicouterinos. Nessa técnica, os ureteres são completamente

dissecados para retirada de maior porção do tecido parametrial e são

excisados 15 a 20 mm de vagina, juntamente com os paracolpos. Ainda há

uma subdivisão em duas categorias, na C1 há preservação de alguns ramos

do plexo nervoso hipogástrico, especialmente os que se dirigem a bexiga

urinária, através da ressecção parcial dos ligamentos útero-sacros,

Histerectomia "Nerve Sparing" e a C2 em que o tecido paracervical é

completamente ressecado (37).

Associada à histerectomia, o tratamento cirúrgico do câncer de colo

de útero inclui a linfadenectomia pélvica (38). Admitem-se cinco regiões, sobre

as quais o tecido fibroadiposo contendo os linfonodos devem ser ressecados,

Introdução

25

cujos limites cirúrgicos são padronizados: compartimento ilíaco comum, ilíaco

interno, ilíaco externo, região obturatória e pré sacral (39,40)

A incidência de metástases linfonodais pélvicas aumenta com a

progressão do estádio da doença. No estádio IA é de 0 a 3,7%, no IB é de 12

a 22%, no IIA de 10 a 27% e no IIB de 34 a 46%. O envolvimento linfonodal

para-aórtico segue o mesmo comportamento, no estádio IB é de 2 a 4%, no

estádio IIA é 7 a 11% e no estádio IIB acima dos 7% (41).

O envolvimento neoplásico para-aórtico tem forte associação com o

envolvimento linfonodal pélvico e o risco de metástases linfonodais para-

aórticas aumenta em 25% se há linfonodos pélvicos acometidos pela

neoplasia (42).

A histerectomia radical associada à linfadenectomia pélvica bilateral,

Classe II e III de Piver-Rutledge ou tipo C de Querleu-Morrow, é a

recomendação terapêutica preferencial, orientada pela FIGO para o câncer

de colo de útero em estádios iniciais IA2, IB e IIA, com taxas de sobrevida em

cinco anos variando de 73 a 97% (43).

Embora com bons resultados oncológicos, o tratamento cirúrgico

convencional tem taxas significativas de complicações intra e pós-operatórias

e leva a infertilidade (44). As complicações operatórias envolvem perda

sanguínea média entre 600 a 1.200mL, com necessidade de transfusão em

cerca de 23%, infecção em 8% dos casos, linfocele e linfedema em até 19%

dos casos (45).

As disfunções urinárias e retais precoces e tardias, podem acontecer

em 20 a 30% das mulheres operadas. O risco de fístulas urinárias ou

intestinais está em torno de 7% (45). Além disto, disfunções sexuais são

Introdução

26

relatadas em 19 a 36% dos casos. Portanto o tratamento oncológico pode

levar a complicações transitórias ou permanentes e é frequentemente

associado a transtornos físicos e psíquicos levando a prejuízo da qualidade

de vida (46).

Estas complicações estão majoritariamente associadas à retirada do

tecido parametrial, rico em fibras nervosas autonômicas especialmente

relacionadas ao plexo nervoso hipogástrico, cujas fibras se dirigem para

bexiga urinária, genitais e porção distal do trato gastrointestinal, vasos

venosos, arteriais e linfáticos cuja manipulação cirúrgica leva ao aumento do

tempo cirúrgico e da perda sanguínea.

A parametrectomia é considerada uma etapa fundamental do

tratamento, é pelo tecido parametrial que o câncer do colo de útero primeiro

se dissemina, seja por extensão direta, ou por embolização de vasos linfáticos

ou comprometimento franco dos linfonodos contidos (47).

1.2.2 RADIOQUIMIOSENSIBILIZAÇÃO

Em casos em que o tratamento cirúrgico é contraindicado, a

radioterapia é uma opção de tratamento válida, para mulheres com câncer de

colo de útero em estádio inicial, com taxas de sobrevida em 5 anos que variam

entre 78 a 91%. A radioterapia primária está indicada para pacientes obesas,

idosas ou com alguma morbidade grave e limitante para diminuição dos riscos

relacionados ao procedimento anestésico e as complicações perioperatórias

(48).

Entretanto este tratamento pode levar a complicações decorrentes do

efeito secundário da radiação nos tecidos ao redor do foco tumoral. A

irradiação da pélvis para o câncer de colo de útero causa predominantemente

Introdução

27

efeitos sobre o trato gastrointestinal, principalmente a retite actínica como

também a cistite actínica que pode levar a comprometimento da função renal

e fístulas, além da perda da função ovariana, estenose e encurtamento da

vagina (49).

Em contrapartida, a histerectomia radical permite que a função de pelo

menos um dos ovários seja preservada, evitando assim os efeitos da

menopausa, sobretudo nas mulheres jovens. A cirurgia também oferece

outras vantagens: as recidivas pélvicas podem ser curadas com sucesso pela

radioterapia, enquanto que a cirurgia de resgate após a irradiação primária

apresenta uma alta taxa de falhas e morbidade grave (49).

Estudo produzido por Landoni e cols., com aproximadamente

quinhentas mulheres com câncer de colo de útero estádios IB a IIA, concluiu

que, tanto a cirurgia primária quanto a radioterapia têm resultados oncológicos

semelhantes para sobrevida global e intervalo livre de doença sendo ambas

as propostas terapêuticas efetivas. Com relação a complicações graves, os

autores concluíram que a radioterapia isolada apresenta menores taxas de

toxicidade severa quando comparada a cirurgia isolada e a cirurgia e

radioterapia pós-operatória (48).

Já outro estudo produzido por esse mesmo grupo de autores e

publicado em maio de 2017, com 343 mulheres com câncer de colo útero nos

estádios IB a IIA, apontou sobrevida global após 20 anos de seguimento de

72% no grupo de mulheres submetidas a cirurgia radical e 77% no grupo que

recebeu radioterapia primária, porém sem diferença significativa (p=0,280)

(50).

Introdução

28

Revisão sistemática da Biblioteca Cochrane sobre o assunto, concluiu

que a adição de quimioterapia a base de platina à radioterapia primária

promoveu melhora da sobrevida global e livre de doença, bem como diminui

a recorrência local e a distância em mulheres com câncer de colo de útero em

estádio inicial (51).

A adição da quimioterapia a radioterapia elevou o risco de toxicidade

aguda sobretudo hematológica e gastrointestinal, já com relação a toxicidade

tardia houve um discreto aumento dos sintomas gastrointestinais e urinários

sem significância estatística em relação ao regime de radioterapia isolada

(49).

Estudo prospectivo publicado em 2017, envolvendo mais de cinco mil

mulheres, dividas em dois grandes grupos de acordo com a modalidade

primária de tratamento, revelou que não houve diferenças significativas

quanto a sobrevida e mortalidade entre o grupo submetido a radioterapia

isolada ou em associação a quimioterapia do grupo que foi submetido a

cirurgia primária radical (52).

1.3 FATORES PATOLÓGICOS DE ALTO RISCO

Embora com bons resultados, o risco de recorrência após o tratamento

cirúrgico é de aproximadamente 20% no estágio IB. Para a definição de

grupos de maior risco de recidiva, atualmente são utilizados critérios

patológicos. São considerados fatores de alto risco: o comprometimento

linfonodal, envolvimento tumoral parametrial e o acometimento tumoral das

margens cirúrgicas. São fatores de risco intermediário: a presença de invasão

neoplásica angiolinfática, maior diâmetro tumoral e profundidade de invasão

estromal (53).

Introdução

29

1.3.1 METÁSTASE LINFONODAL O envolvimento neoplásico linfonodal é o mais importante fator

relacionado ao mau prognóstico, classicamente reconhecido pela literatura

desde a década de 80. A sobrevida global em 5 anos para pacientes com

câncer de colo de útero em estádio inicial é de 75 a 95% em pacientes sem

metástases linfonodais, enquanto essa percentagem cai para 50 a 55% em

pacientes com envolvimento neoplásico linfonodal (54).

Dados atuais apontam para uma sobrevida global média das pacientes

estádio clínico IB com metástases linfonodais variando entre 51 a 78%, esta

grande variação pode estar associada a concomitância de outros fatores

patológicos desfavoráveis que influenciam o desfecho (55-58). Park e cols.

estudaram fatores prognósticos em 187 mulheres com tumores em estádio

inicial e linfonodos positivos. Estiveram relacionados a pior sobrevida global e

ao menor tempo livre de doença a associação de tamanho tumoral > 40mm,

tipo histológico não epidermóide ou comprometimento parametrial (59).

O acometimento linfonodal está associado, além de piora da sobrevida

global, a maiores taxas de recidiva e menor intervalo livre de doença. Sartori

e cols., em estudo envolvendo aproximadamente quinhentas mulheres,

encontraram 25% de comprometimento linfonodal em mulheres tratadas com

histerectomia radical. A sobrevida livre de doença em 5 anos nas mulheres

sem metástase linfonodal foi de 88% em contraste com 57% nas com

envolvimento neoplásico linfonodal. Já recorrência de doença seguiu o

mesmo padrão, com 44% no grupo com linfonodos comprometidos em

comparação a 14% no grupo livre de acometimento linfonodal (60).

Introdução

30

Adicionalmente ao menor tempo livre de doença, o comprometimento

linfonodal é prognóstico para metástases à distancia. Uno e cols. encontraram

que 32% das pacientes com comprometimento linfonodal apresentaram

metástases a distância em comparação a apenas 2% das pacientes sem

envolvimento neoplásico linfonodal (61).

1.3.2 ACOMETIMENTO NEOPLÁSICO PARAMETRIAL

A ressecção cirúrgica dos paramétrios foi incorporada ao tratamento

do câncer de colo, incluindo estádios iniciais, pela possibilidade de

acometimento por extensão neoplásica direta ou por embolização da lesão

primária para os vasos linfáticos e linfonodos do tecido parametrial. Por se

tratar de um tecido rico em vasos venosos, arteriais e linfáticos e estar

conectado diretamente ao colo de útero, acredita-se que é pelo paramétrio

que os cânceres do colo do útero primeiro se disseminam sendo sua retirada

etapa fundamental do tratamento (62).

O objetivo da parametrectomia é remover qualquer possível foco

neoplásico nesse tecido rico em vasos ao mesmo tempo da ressecção do

tumor principal. As taxas de acometimento neoplásico parametrial em

estágios iniciais variam de 6 a 31% e essa grande variação ocorre na

dependência de outras características patológicas do tumor (63).

A literatura aponta que o principal fator preditor para o acometimento

neoplásico parametrial é a presença de metástases linfonodais. Benedetti-

Panici e cols. encontram acometimento neoplásico parametrial em todos os

pacientes com tumores de colo de útero em estágio inicial que apresentaram

metástases linfonodais, sendo portanto, a avaliação do status linfonodal uma

Introdução

31

etapa importante não só pelo significado do seu valor em si como também

para avaliação de risco do acometimento neoplásico parametrial (64-67).

A taxa de acometimento neoplásico parametrial está em torno de 10%

nas pacientes com doença no estádio IB1 e está relacionado a características

patológicas do tumor (63,68).

Revisão sistemática conduzida por Schmeler e cols., revelou que o

acometimento neoplásico parametrial é inferior a 1% nas mulheres que

apresentam tumores com diâmetro menor que 20mm, ausência de invasão

neoplásica angiolinfática e profundidade de invasão estromal menor que

10mm, tais características são reconhecidas como fatores prognósticos

favoráveis para o não acometimento neoplásico parametrial (69).

Após a identificação desses fatores relacionados aos baixos indicies

de acometimento neoplásico parametrial diversos autores incluiriam esses

parâmetros em suas casuísticas. Kato e cols, em análise de 571 mulheres,

encontraram 1,9% de acometimento parametrial nas portadoras de tumores

com diâmetro menor que 20mm em contraste a 12,9% nas com tumores com

diâmetro superior (68). Stegeman e cols. encontraram apenas 1,94% de

acometimento parametrial em pacientes com tumores menores que 20mm,

com profundidade de invasão estromal menor que 10mm e ausência de

linfonodos positivos (66). Alan Covens e cols. em trabalho com 842 mulheres

encontraram apenas 0,6% de acometimento parametrial nas mulheres com

tumores menores que 20mm de diâmetro, com profundidade de invasão

estromal menor que 10mm e sem metástases linfonodais (70). Gemer e cols.

apontaram que são fatores independentes associados ao acometimento

parametrial o diâmetro tumoral e a presença da invasão angiolinfática (71).

Introdução

32

Kodama e cols. também relataram que a invasão angiolinfática é fator

prognóstico independente para acometimento neoplásico parametrial, além

da profundidade de invasão estromal (72).

Considerando a baixa taxa de acometimento neoplásico parametrial

em mulheres portadoras de tumores com características favoráveis,

começou-se a cogitar a possibilidade de omissão da parametrectomia do

procedimento cirúrgico padrão, com objetivo de diminuir a taxa de

complicações perioperatórias. Estudo pioneiro de Kinney e cols. ainda nos

anos 90, identificou dentro de uma coorte de 387 mulheres com doença no

estádio IB, um grupo de 83 que apresentavam tumores com diâmetro menor

que 20mm, profundidade de invasão estromal menor que 3 mm e ausência de

invasão neoplásica angiolinfática. Neste grupo não houve nenhum caso de

acometimento parametrial e sobrevida livre de doença de 97,6% em 5 anos.

Estes autores estão entre os primeiros a considerar a omissão da

parametrectomia em pacientes selecionadas garantindo segurança em

termos oncológicos (73).

Assim a omissão da parametrectomia para cirurgias conservadoras

com objetivo de preservação da fertilidade como conização e traquelectomia

não radical começou a ser investigada. (74,75). Biliatis e cols., em mulheres

com tumores estádio IB1, com diâmetro tumoral médio de 9,75mm e

profundidade média de invasão de 1,5mm, submeteram 56,4% das mulheres

a conização com linfadenectomia e 45,6% a histerectomia extra fascicular,

Tipo I de Piver-Rutledge, com linfadenectomia. Nenhuma paciente apresentou

recorrência (63).

Introdução

33

No momento existem 3 protocolos clínicos em andamento para

avaliação de abordagem conservadora para pacientes com câncer de colo em

estádio inicial de baixo risco. O primeiro é o ConCerv liderado pelo MD

Anderson com realização de conização e linfadenectomia pélvica em

pacientes com desejo de manutenção da fertilidade e histerectomia simples

com linfadenectomia em pacientes com prole definida (69). O segundo é o

SHAPE trial (76), liderado pelo Gynecologic Cancer Intergroup, de natureza

prospectiva comparando a histerectomia radical à histerectomia simples sem

parametrectomia, ambas com linfadenectomia. E por último o protocolo 278

do Gynecologic Oncology Group (GOG) que visa avaliar a qualidade de vida

antes e após a cirurgia conservadora (77).

A diminuição da radicalidade do procedimento cirúrgico realizado para

tratamento de câncer de colo em estádio inicial é um tópico que está sendo

constantemente debatido. Salienta-se a alta taxa de complicações

relacionadas a parametrectomia, e o surgimento de alternativas relacionadas

a conservação da fertilidade, em pacientes jovens, com resultados

preliminares revelando segurança oncológica para grupos selecionados de

pacientes.

1.4 FATORES PATOLÓGICOS DE RISCO INTERMEDIÁRIO

1.4.1 INVASÃO NEOPLÁSICA ANGIOLINFÁTICA

No início dos anos 60, Friedell e Parsons avaliaram alguns casos de

cânceres de colo de útero tratados com cirurgia radical e observaram que a

presença de células tumorais na rede linfática dos espécimes cirúrgicos

parecia ter implicação prognóstica. A sobrevida foi de 88% em pacientes sem

Introdução

34

invasão neoplásica angiolinfática em contraste com 58% naquelas com

invasão neoplásica angiolinfática (78).

Delgado e cols., em 1990 identificaram que a presença da invasão

neoplásica angiolinfática era um fator relacionado a recidiva, sendo que a

sobrevida livre de doença neste grupo de mulheres foi de 77% em contraste

com 89,2% nas pacientes com ausência de invasão neoplásica angiolinfática

(79). Sevin e cols. em 1996, avaliaram que a associação entre a presença da

invasão neoplásica angiolinfática, a profundidade de invasão e metástases

linfonodais como fatores relacionados a pior sobrevida livre de doença em

paciente com cânceres em estádios iniciais (80). Em 193 mulheres com

doença no estágio IB e II, metástases linfonodoais e invasão neoplásica

angiolinfática foram fatores prognósticos independentes para pior sobrevida.

Mulheres com tumores menores que 20mm de diâmetro com invasão

neoplásica angiolinfática apresentaram pior sobrevida livre de doença em

comparação aquelas com tumores no mesmo tamanho, mas sem invasão

angiolinfática (81).

Dois outros estudos, apontaram a invasão angiolinfática como fator

prognóstico independente, podendo estar relacionada a um risco até 5 vezes

maior para recorrência em mulheres com câncer de colo de útero em estádio

inicial (82,83). Estudo de caso-controle com 292 mulheres francesas,

encontrou a invasão angiolinfática presente em 77% das pacientes com

recidiva em contraste a 35% dos controles (84). Raspagliesi e cols.

comprovaram a associação entre recorrência e invasão angiolinfática mesmo

em pacientes com tumores microinvasores (85).

Introdução

35

Além da associação com maiores taxas de recidiva, Chernofsky e cols,

encontraram que as pacientes com mais de 5 focos de invasão angiolinfática

ou sua presença em mais que 29% das secções no espécime cirúrgico,

apresentaram os menores intervalos livres de doença e as maiores taxas de

recidiva (86).

1.4.2 TAMANHO TUMORAL (Caracterizado como diâmetro e profundidade de invasão estromal) O sistema de estadiamento do câncer do colo de útero sofreu em 1995

modificação em que houve a separação do estádio IB em IB1 e IB2 com base

no tamanho tumoral de 4,0cm. A sobrevida global de mulheres no estádio IB

é de aproximadamente 90%, entretanto considerando-se apenas o estádio

IB2, esse número cai para 65 a 80% (83).

Desde 1989, em trabalho pioneiro liderado por Delgado e cols., o GOG

98, reconheceu que o tamanho tumoral é um fator prognóstico independente

para o câncer de colo de útero no estádio I, com associação positiva entre

maior diâmetro tumoral e metástases linfonodais, maior acometimento

neoplásico parametrial e diminuição da sobrevida (87).

Em 1992, Kamura e cols., de maneira semelhante ao estudo GOG de

1989, avaliaram mulheres com doença no estádio IB e II e identificaram o

tamanho tumoral, a presença de metástases linfonodais e o tipo histológico

não epidermóide como fatores independentes associados a menor sobrevida,

propondo a combinação destes fatores como parâmetros para avaliação

prognóstica. (88).

Rutledge e cols. desenvolveram estudo com 195 pacientes no estádio

IB1 e IB2 e concluíram que a presença de invasão neoplásica angiolinfática e

o acometimento neoplásico parametrial estavam associados de forma

Introdução

36

independente a metástases linfonodais. Observaram também que a invasão

estromal profunda (abaixo do terço médio) bem como invasão neoplásica

angiolinfática estavam independentemente associados a menor sobrevida

livre de doença. Os autores ressaltaram que decisões baseadas apenas no

tamanho tumoral poderiam subestimar outros fatores patológicos associados

a risco baixo e intermediário (83).

Diversos outros estudos corroboraram a importância da associação do

tamanho tumoral com outras variáveis em relação ao prognóstico oncológico,

Wright e cols., em estudo com 594 mulheres, revelou um índice de recorrência

de apenas 0,7% nas mulheres com tumores com diâmetro menor que 20mm

e ausência de invasão linfática (89). Ayhan e cols em estudo com 393

mulheres com câncer de colo de útero estádio IB, revelaram como fatores

independentes associados a menor intervalo livre de doença o tamanho

tumoral, invasão angiolinfática e o envolvimento de vagina (90).

1.5 OUTROS FATORES PATOLÓGICOS E CLÍNICOS 1.5.1 TIPO HISTOLÓGICO A modificação da abordagem terapêutica de acordo com tipo

histológico do câncer de colo de útero é questão amplamente debatida e ainda

controversa.

Os carcinomas de células escamosas ou epidermóide (CEC) são os

mais prevalentes e responsáveis por aproximadamente 70% dos tumores. Os

adenocarcinomas são tipos histológicos presentes em 15 a 35% dos casos de

câncer de colo de útero e sua incidência vem aumentando, particularmente

nas mulheres jovens (91). São ainda tipos histológicos que acometem o colo

Introdução

37

de útero, tumores adenoescamosos em torno de 5 a 7% e tipos mais raros

como adenóides, neuroendócrinos, carcinóides entre outros (92).

Mulheres com adenocarcinoma têm recebido historicamente

tratamento mais agressivo do que aquelas com CEC devido sobretudo a

dificuldade em se mensurar os estádios iniciais, especialmente os

microinvasores, quando há discordância para determinação da profundidade

de invasão, volume tumoral e invasão neoplásica angiolinfática (93).

A literatura aponta que o prognóstico dos adenocarcinomas é

semelhante aos do CEC, especialmente nos tumores em estádios iniciais. Dos

Reis e cols., em um trabalho envolvendo 126 mulheres com carcinoma de colo

de útero estádio IB1 revelaram que o tipo histológico não esteve associado a

maior envolvimento linfonodal ou parametrial (94). Roudtanasudjatum e cols.,

em um trabalho com 499 mulheres com doença em estádio IA a IIA não

encontraram diferenças em termos de sobrevida global e sobrevida livre de

doença entre os três subtipos histológicos: epidermóide, adenocarcinoma e

adenoescamoso (95). Helpman e cols. demonstraram que as mulheres não

devem ter a cirurgia preservadora de fertilidade, a traquelectomia radical,

contraindicada apenas por serem portadoras de adenocarcinoma, pois

apresentaram evolução clínica semelhantes as pacientes com CEC (96).

Em contrapartida, em um trabalho desenvolvido com 626 pacientes

Taiwanesas considerando as pacientes com risco intermediário e alto para

recorrência, a sobrevida livre de doença foi ligeiramente maior nas pacientes

com subtipo epidermóide (97).

Introdução

38

1.5.2 IDADE

A relação entre idade e evolução clínica também é questão

controversa, ainda mais levando-se em consideração a identificação de casos

avançados de cânceres de colo de útero em mulheres jovens.

Levando-se em consideração que o risco alterações neoplásicas

precursoras progredirem para lesões invasoras é de 1% ao ano, foi proposto

que em mulheres jovens o comportamento tumoral poderia ser mais agressivo

(98).

Apesar de ser bem estabelecido a relação causal entre a infecção por

HPV e o câncer de colo de útero, a ocorrência de casos em mulheres jovens

trouxe o questionamento sobre a existência de uma predisposição genética,

não ao câncer em si, mas a capacidade de eliminação natural do HPV (99).

Alguns autores responsabilizam mudanças no comportamento como

causa desse fenômeno: início precoce da atividade sexual, múltiplos

parceiros, infeção por vários tipos de HPV, além do tabagismo (mais forte sua

associação com CEC) (100,101).

Hildeshein e cols., em estudo conduzido com 493 mulheres,

identificaram que as mulheres mais jovens, as caucasianas e as com

adenocarcinoma ou adenoescamoso apresentaram progressão de doença

mais rápida (102). Já Clark e cols. identificaram em mulheres com idade

inferior a 35 anos maior taxa de envolvimento linfonodal (103).

Uma grande casuística conduzida com mais de duas mil mulheres em

Taiwan identificou a idade inferior a 30 anos como fator de risco para

envolvimento parametrial, metástases à distância, menor sobrevida global e

menor tempo livre de doença (104).

Introdução

39

Estudo com 1.800 mulheres portadoras de câncer de colo de útero no

Reino Unido entre 2007 e 2012, revelou que, embora a incidência de câncer

entres as mais jovens seja baixo, tendem a ser diagnosticados em estádios

mais avançados e de subtipos histológicos menos comuns (105).

Por outro lado, análise de registros de saúde norte americanos

(utilizando a base Stastical, Epidemiologic and End Results, SEER) não

identificou a idade como fator como fator de pior prognóstico em pacientes

com câncer de colo de útero (106). Em estudo com 1.557 mulheres Húngaras,

a sobrevida em 5 anos entre os grupos etários não revelou diferença

significativa de modo que a conclusão do estudo recomendou não se levar em

consideração a idade no comportamento tumoral (107).

Pelkofski e cols. avaliaram apenas pacientes com câncer de colo de

útero e idade inferior a 35 anos. A menor idade não revelou associação com

pior sobrevida global ou livre de doença, porém a sobrevida global da

população em estudo foi de 45%, o que é inferior à média histórica, das

pacientes com idade superior a 50 anos (87% em 5 anos) (108).

1.6 AVALIAÇÃO DO RISCO DE RECORRÊNCIA

Diversos fatores clínicos e patológicos como: tamanho tumoral,

profundidade de invasão estromal, invasão neoplásica angiolinfática,

envolvimento parametrial e de margens cirúrgicas e metástase linfonodal têm

sido analisados como fatores com implicância prognóstica sobretudo

relacionados a recorrência e ao tempo livre de doença.

Fatores como metástases linfonodal, invasão tumoral parametrial e

margens cirúrgicas positivas são reconhecidos fatores de alto risco, que

incrementam em 40% o risco de recorrência e têm indicação de radioterapia

Introdução

40

adjuvante. Entretanto o significado prognóstico de fatores de risco

intermediários: invasão neoplásica angiolinfática, invasão estromal profunda

e tamanho tumoral superior a 20 mm permanecem controversos (109,110).

Ao longo dos anos, diversos estudos foram desenvolvidos no sentido

de se identificar grupos de associação de fatores patológicos que pudessem

estar relacionados a maior risco de recorrência.

Estudo GOG de 1990, liderado por Delgado e cols., envolvendo 575

mulheres, identificou que o maior tamanho tumoral (superior a 20mm), a

presença de invasão neoplásica angiolinfática e a invasão estromal profunda

(maior de que o terço superficial) são fatores de risco independente para

recidiva e devem ser considerados na indicação de radioterapia adjuvante

(111).

Em 1992 a GOG desenvolveu estudo cujo objetivo era identificar o

papel da radioterapia adjuvante no grupo de pacientes com associação dos

fatores de risco intermediários. Estudo liderado por Sedlis e cols., que

envolveu 272 pacientes com câncer de colo de útero IB com fatores de risco

intermediários randomizadas para radioterapia adjuvante e sem tratamento.

As pacientes do grupo tratamento apresentaram uma taxa de recidiva em 3

anos de 15,3% em contraste a 27,9% no grupo que não recebeu nenhuma

modalidade adjuvante, ou seja, a radioterapia adjuvante diminui em 44% o

risco de recorrência (112).

A combinação desses fatores patológicos de risco intermediário foi

consagrada como “Critérios prognósticos de Sedlis” e são utilizados até hoje

para avaliação da indicação de adjuvância após análise dos espécimes

cirúrgicos, descritos na tabela 2 (112).

Introdução

41

Tabela 2: Critérios Prognósticos de Sedlis: para indicação de Teleterapia em mulheres com câncer de colo Ec IB submetidas à HR com ausencia de linfonodos comprometidos, sem invasão parametrial ou de margem cirúrgica

Invasão Angiolinfática Profundidade de Invasão Estromal

Diâmetro Tumoral (cm)

Presente Terço Profundo Qualquer

Presente Terço Médio > 2

Presente Terço Superficial > 5

Ausente Terço Profundo ou Médio > 4

1.7 ASSOCIAÇÃO DE QUIMIOTERAPIA AO TRATAMENTO ADJUVANTE.

As recidivas são mais frequentes em pacientes com metástases

linfonodais, comprometimento neoplásico parametrial e envolvimento tumoral

das margens cirúrgicas, quando um ou mais desses fatores está presente a

sobrevida em cinco anos cai para 50 a 70% e nessas situações a radioterapia

está indicada (113).

Alguns estudos retrospectivos apontam que pacientes com fatores de

alto risco, especialmente metástases linfonodais ao serem submetidas a

radioterapia adjuvante apresentam redução nas taxas de recorrência local,

mas não há melhora na sobrevida global. (114, 115). Baseando-se nos

benefícios do uso da quimioterapia em pacientes com doença metastática

e/ou localmente avançada, alguns autores têm sugerido que as pacientes com

doença em estágio inicial com fatores patológicos de alto risco de recorrência

possam também se beneficiar da adição da quimioterapia a terapia

radioterápica adjuvante (116, 117).

Estudo multicêntrico conduzido por Peters e cols. e publicado no ano

de 2000, incluindo 243 pacientes com câncer de colo de útero nos estágios

Introdução

42

IA2 a IIA, concluiu que as mulheres ao receberem a associação de

quimioterapia e radioterapia apresentaram sobrevida livre de doença em 4

anos de 80% em comparação a 63% das pacientes com radioterapia isolada

(113). Em análise secundária desse mesmo grupo de pacientes Monk e cols,

publicaram em 2005, que os benefícios da adição da quimioterapia ao

esquema de adjuvância radioterápica foram maiores nas pacientes com

tumores com diâmetro maior que 20mm, com aumento de 19% na sobrevida

livre de doença em 5 anos, sugerindo papel benéfico da adição da

quimioterapia no grupo de pacientes com este fator, considerado como de

risco intermediário (118).

Kim e cols, em estudo publicado em 2017, contando com 98 pacientes

seguidas por 5 anos, com câncer de colo de útero estágios IA2 a IIA com

fatores de alto risco para recorrência, encontrou sobrevida livre de doença e

sobrevida global em 5 anos de 90,6% e 88,7% respectivamente,

adicionalmente a presença de metástases linfonodais foi apontada na análise

multivariada como fator prognóstico independente para menor sobrevida livre

de doença (119).

Metanálise conduzida pela biblioteca Cochrane e publicada em 2016,

envolveu 401 pacientes apontou a adição de quimioterapia ao esquema

radioterápico para pacientes com doença estágio IA2 a IIA com fatores de

risco como benéfica reduzindo o risco de morte e de recorrência (120).

Com relação a adição da quimioterapia ao tratamento adjuvante para

pacientes com fatores de risco intermediários, Song e cols. em estudo com

110 pacientes com pelo menos dois fatores de risco intermediários

encontraram sobrevida livre de recorrência em 5 anos de 83,5% em pacientes

Introdução

43

que receberam radioterapia isolada em contraste com 93,8% nas mulheres

que receberam a associação de quimioterapia (121). Okazawa e cols., em

2013, encontraram em 129 pacientes redução de 25% para 9,7% na taxa de

recorrência ao se associar a quimioterapia ao esquema radioterápico

adjuvante (122).

Entretanto, o mais recente estudo publicado sobre o impacto na adição

da quimioterapia a adjuvância para pacientes com câncer de colo de útero em

estágio inicial com pelo menos dois fatores de risco intermediários, o GOG

263, contando com 869 pacientes com doença no estágio IB a IIA (com

linfonodos e margens cirúrgicas negativos) não encontrou diferenças na

sobrevida global em 5 anos entre o grupo de pacientes que receberam

associação de quimioterapia a radioterapia do grupo de pacientes com

radioterapia isolada (87% versus 81%, p=0,6) (123).

Embora mulheres com câncer de colo de útero em estádio inicial

apresentem prognóstico favorável quando tratadas com Histerectomia

Radical e linfadenectomia um grupo de pacientes apresenta-se sob maior

risco de recidiva e óbito.

Como dito anteriormente, fatores considerados de alto risco são

indicação de tratamento adjuvante, entretanto, atualmente, alguns autores

são relutantes em tratar o grupo de pacientes com fatores de risco

intermediários com terapia adjuvante devido à preocupação com o

overtreatment, considerando que nesse grupo o prognóstico é favorável em

85 a 90% dos casos. No entanto, tais fatores de risco geralmente estão

associados e podem estar presentes em até 25% das mulheres com tumores

Introdução

44

no estádio clínico IB podendo aumentar o risco de recorrência em até 31%,

muito próximo do grupo reconhecido como de alto risco (110).

Sendo assim é de fundamental importância o conhecimento da

relevância dos fatores patológicos citados, no entendimento de que a

avaliação isolada de um deles pode não fornecer o risco real de recorrência,

e levar a erros na indicação da terapêutica adjuvante e seguimento.

Este trabalho tem como intuito avaliar fatores prognósticos nas

mulheres submetidas à histerectomia radical e linfadenectomia pélvica

bilateral para tratamento do câncer do colo em estádio inicial, sobretudo os

ditos fatores de risco intermediários, cujo significado ainda é pouco explorado

pelos diversos trabalhos, especialmente com relação a sua associação com

tratamento adjuvante. Visamos assim, contribuir com a casuística publicada

para aumentar a segurança de protocolos de tratamentos, permitindo a

identificação de um subgrupo de pacientes sob maior risco de recidiva,

facilitando a compreensão do real comportamento tumoral e reorientando

condutas tanto em termos de maximizar os benefícios na indicação da

adjuvância quanto evitando tratamentos desnecessários.

Objetivos

45

2. Objetivos

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar fatores patológicos associados a sobrevida livre de doença e

sobrevida global de mulheres com câncer de colo de útero no estádio clínico IB

tratadas com histerectomia radical e linfadenectomia pélvica associadas ou não

a radioterapia adjuvante.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Avaliar a associação de dados clínicos e patológicos dos espécimes

cirúrgicos com recidiva.

2. Correlacionar a associação de fatores patológicos de risco alto e

intermediário com recidiva.

3. Avaliar a associação de fatores patológicos de risco alto e intermediário

com recidiva correlacionando-os com realização de radioterapia

adjuvante.

4. Avaliar a sobrevida livre de doença de acordo com os fatores de risco

associados a recidiva.

Sujeitos e Métodos

46

3. Sujeitos e Métodos

3.1 DESENHO DO ESTUDO

Estudo de coorte retrospectivo para avaliação de variáveis clínicas e

patológicas de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico com histerectomia

radical e linfadenectomia pélvica bilateral associadas ou não a radioterapia

adjuvante para câncer de colo de útero no estádio clínico FIGO IB (29) .

Trata-se de estudo multicêntrico envolvendo duas instituições: Hospital da

Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - Centro de Atenção Integral a Saúde

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) e

Hospital AC Camargo (AC Camargo Cancer Center) da cidade de São Paulo.

Esta análise deriva de protocolo de pesquisa que envolveu pacientes

submetidas a histerectomia radical e linfadenectomia pélvica no CAISM,

acrescida de análise secundária de banco de dados de pacientes submetidas a

mesma cirurgia realizada no AC Camargo. Todas as variáveis analisadas

estavam presentes em ambos os bancos de dados.

3.2 TAMANHO AMOSTRAL

A amostra envolveu 516 mulheres com diagnóstico de câncer do colo do

útero nos estádios IB submetidas à histerectomia radical e linfadenectomia

pélvica bilateral no período de Março de 1998 a Março de 2014 no Hospital da

Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - Centro de Atenção Integral à Saúde

da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP) e

Hospital A.C Camargo da cidade de São Paulo no período de Março de 1980 à

Novembro de 2008.

Sujeitos e Métodos

47

3.3. VARIÁVEIS

3.3.1 VARIÁVEIS DEPENDENTES:

• Idade: número de anos da mulher desde seu nascimento até a

data da cirurgia, segundo dados do prontuário, avaliada em anos

completos.

• Comprometimento de Margem Cirúrgica: presença de células

neoplásicas no manguito vaginal, após avaliação histológica;

classificado em: presente ou ausente.

• Comprometimento Neoplásico Angiolinfático: presença de

células neoplásicas ou êmbolos carcinomatosos no espaço

angiolinfático no espécime cirúrgico, após avaliação histológica;

classificado em: presente ou ausente.

• Recidiva: presença de doença clínica e/ou detectada por

exames de imagem, após o tratamento cirúrgico, categorizada

em sim e não.

• Tipo de recidiva: presença de doença clínica, laboratorial e/ou

detectada por exames de imagem, após tratamento cirúrgico,

categorizada em recidiva pélvica, recidiva a distância ou recidiva

concomitante (pélvica e a distância)

• Tipo de Radioterapia: modalidade adjuvante de tratamento

realizado após a cirurgia como complemento terapêutico a

cirurgia. Categorizada em: Teleterapia, concomitância de tele e

braquiterapia e sem radioterapia.

Sujeitos e Métodos

48

• Tipo Histológico: tipo histológico definido após avaliação da

peça cirúrgica; classificado em: carcinoma epidermóide,

adenocarcinoma ou adenoescamoso.

• Tamanho do tumor: medida da lesão tumoral na peça cirúrgica

de histerectomia, após avaliação histológica; classificado em

menor ou igual a 20mm, entre 21 e 40mm e maior ou igual a

40mm.

• Profundidade de Invasão estromal: medida da profundidade

de invasão neoplásica no estroma da peça cirúrgica de

histerectomia, após avaliação histológica; classificado em menor

ou igual a 10mm e maior que 10mm

• Número de linfonodos pélvicos dissecados: número de

linfonodos identificados no produto de linfadenectomia pélvica,

após análise histológica; classificado em número absoluto.

• Comprometimento Linfonodal: presença de células

neoplásicas no tecido linfonodal, após avaliação histológica;

classificado em: presente ou ausente.

3.3.2 VARIÁVEIS INDEPENDENTES

• Sobrevida Livre de Doença: espaço de tempo sem evidência

de doença clínica, laboratorial e/ou por exames de imagem

desde a data da realização da cirurgia até a ocorrência de

recidiva ou última consulta de seguimento caso não haja

recidiva, segundo consta no prontuário, classificada em meses.

• Sobrevida Global: espaço de tempo compreendido desde a

data da realização da cirurgia até o último contato com a

Sujeitos e Métodos

49

paciente ou ao seu óbito, segundo consta no prontuário,

classificada em meses.

3.4 SELEÇÃO DOS SUJEITOS

As mulheres foram selecionadas através do sistema informatizado de

descrição cirúrgica, primariamente a partir da cirurgia realizada.

Nos dois serviços, esta cirurgia é uma opção de tratamento de mulheres

com câncer de colo IA1 com invasão angiolinfática e estádios IA2, IB1, IB2 e IIA

com IMC até 30, na ausência de morbidades graves associadas ou

contraindicações absolutas a realização da cirurgia.

Após a identificação do grupo potenciais de pacientes candidatas ao

protocolo de pesquisa, foram selecionadas as pacientes com doença no estádio

IB e então aplicado uma ficha de coleta de dados estruturada com objetivo de

coleta de informações pertinentes (Anexo 1).

3.4.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:

• Mulheres com câncer de colo de útero no estádio IB submetidas

a histerectomia radical associada a linfadenectomia pélvica

bilateral nos hospitais CAISM-UNICAMP e Hospital AC Camargo

no período descrito.

3.4.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:

• Mulheres com neoplasias sincrônicas ou prévias com utilização

de quimioterapia ou radioterapia.

• Mulheres submetidas a terapia neoadjuvante para o tratamento

do câncer de colo de útero.

Sujeitos e Métodos

50

• Mulheres com subtipo histológico diferente de: carcinoma

epidermóide (ou escamoso), adenocarcinoma ou

adenoescamoso.

• Mulheres com prontuário hospitalar com informações

incompletas.

• Mulheres que foram admitidas aos Hospitais CAISM-UNICAM

ou Hospital AC Carmargo após cirurgia prévia ou incompleta em

outro serviço.

3.5 INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS

Foi utilizado uma ficha estruturada para coleta dos dados de modelo único

(Anexo 1), elaborada previamente, com base nas informações de interesse ao

projeto de pesquisa. As informações foram coletadas pelos pesquisadores e

colaboradores da pesquisa em ambos serviços.

Os dados dos casos selecionados após a checagem dos critérios de

inclusão, exclusão e avaliação sobre qualidade das informações, foram obtidos

a partir dos prontuários das mulheres e anotados na ficha de coleta de dados

(Anexo 1), com realização de digitação dupla e formação de um banco de dados

para análise estatística. A coleta de dados ocorreu somente após a aprovação

deste projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa de ambas instituições.

A revisão dos prontuários foi feita dentro das próprias instituições

hospitalares, após solicitação dos mesmos ao Serviço de Arquivo Médico.

Nenhum prontuário foi retirado da instituição em nenhuma circunstância, e

somente os pesquisadores envolvidos tiveram acesso às fichas de coleta de

dados.

Sujeitos e Métodos

51

3.6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Todas as análises foram realizadas através do software SAS System for

Windows (Statistical Analysis System), versão 9.2. (SAS Institute Inc, 2002-2008,

Cary, NC, USA).

Para descrever o perfil da amostra segundo as variáveis em estudo foram

feitas tabelas de frequência das variáveis categóricas com valores de frequência

absoluta (N) e percentual (%), e estatísticas descritivas das variáveis numéricas,

com valores de média, desvio padrão, valores mínimo e máximo, mediana e

quartis.

Para comparação das variáveis categóricas entre grupos foram utilizados

os teste Qui-Quadrado ou exato de Fisher (para valores esperados menores que

5). Para comparação das variáveis numéricas foi utilizado o teste de Mann-

Whitney, devido a ausência de distribuição normal das variáveis.

Para análise da curva de sobrevida livre de doença e sobrevida global foi

utilizado o método de Kaplan-Meier e para comparação das curvas foi utilizada

o teste de log-rank. Para estudar os fatores associados com a sobrevida global

e sobrevida livre de doença foi utilizada a análise de regressão de COX

univariada e multivariada com critério Stepwise de seleção das variáveis.

O nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%, ou

seja, p<0,05.

Aspectos Éticos

52

4. Aspectos Éticos

Foram cumpridas nesse estudo todos os princípios enunciados na

Declaração de Helsinque e na Resolução 466 de dezembro de 2012 do

Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.

Trata-se de um estudo de caráter retrospectivo que utilizou de

informações obtidas junto aos prontuários médicos das pacientes submetidas a

procedimento cirúrgico para o tratamento de câncer de colo de útero, desta

maneira não haverá nenhum prejuízo ou qualquer distinção com relação ao

atendimento ou seguimento clínico futuro das mulheres.

A confidencialidade dos dados utilizados foi plenamente assegurada. Em

um primeiro momento foram selecionados os prontuários médicos das pacientes

pelo número do registro hospitalar que reúne informações sobre pacientes e que

inclui em seus registros: nome, número de prontuário, idade, diagnóstico

histopatológico, estadiamento e data do óbito. Nesse estudo foram selecionados

prontuários das pacientes com câncer de colo de útero submetidas a

estadiamento cirúrgico no Hospital Caism Profo. Dr. José Aristodemo Pinotti

(CAISM UNICAMP) e no Hospital AC Camargo no período em questão.

Posteriormente os dados clínicos, particularidades cirúrgicas,

informações sobre terapias complementares e alguns dados laboratoriais foram

transcritos para uma ficha elaborada especificamente para o presente estudo

(instrumento de pesquisa - anexo I), tais fichas foram identificadas apenas por

números . Após a coleta dos dados, foi destacado da ficha os dados relativos ao

nome e ao registro hospitalar assegurando a confidencialidade das mulheres.

Aspectos Éticos

53

Os dados obtidos foram analisados por meio de modelos estatísticos no sentido

de identificar associações entre as variáveis.

Com relação aos riscos, ressalta-se que o estudo teve caráter

retrospectivo, as pacientes já foram submetidas a procedimentos terapêuticos

para o tratamento e esse estudo propõe analisar os resultados da intervenção

cirúrgica e sua repercussão imediata e tardia na saúde e qualidade de vida das

mulheres, portanto os riscos se referem quase que exclusivamente a garantia

pela confidencialidade dos dados.

Também não identificamos benefícios diretos as mulheres cujas

informações foram utilizadas para esta pesquisa, uma vez que elas já receberam

o tratamento preconizado para sua condição, entretanto ressaltamos que

futuramente os resultados da presente pesquisa podem orientar as equipes

assistenciais no sentido do direcionamento de uma estratégia terapêutica

cirúrgica menos agressiva com preservação dos resultados oncológicos com

segurança em relação ao procedimento recomendado como padrão atualmente.

O projeto de estudo foi previamente aprovado pela Comissão de

Pesquisa e Comissão de Ética da Universidade Estadual de Campinas (Anexo

2) bem como pela comissão de pesquisa do Hospital AC Camargo (Anexo 3),

também consta dos documentos a autorização do pesquisador responsável pela

coleta dos dados no Hospital AC Camargo (Prof. Dr. José Humberto Fregnani)

sobre o uso dos dados para a presente pesquisa.

Manuscrito

54

5. Manuscrito ADJUVANT RADIOTHERAPY TREATMENT ACCORDING TO RISK

FACTORS IN PATIENTS WITH CLINICAL STAGE IB CERVICAL CANCER

TREATED WITH RADICAL HYSTERECTOMY.

RANGEL OF1, ZEFERINO LC1, DO VALE DB1, FREGNANI JHTG2, NOVIK P3,

BAIOCCHI GN3, MACHADO H4, BRAGANCA JF1.

1. Department of Obstetrics and Gynecology, School of Medical Sciences,

University of Campinas - UNICAMP, Campinas, SP - Brazil.

2. Barretos Cancer Hospital. Pio XII Fundantion, Barretos, SP - Brazil.

3. AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP - Brazil.

4. Statistic of Unicamp Women’s Hospital, University of Campinas - UNICAMP,

Campinas, SP - Brazil.

Corresponding Author: Bragança J F

Gynecologic Oncology Division – Department of Obstetrics and Gynecology

University of Campinas (UNICAMP) - School of Medicine

Rua Alexander Fleming, 101 Cidade Universitária “Zeferino Vaz”

CEP: 13083-881 Campinas, SP, Brazil

Tel/Fax: (55) 19- 3521-9305

Email address: [email protected]

Manuscrito

55

Gynecologic Oncology <[email protected]> Para [email protected] [email protected] CC [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]@gmail.com e 2 mais... Mai 26 em 2:43 AM Ms. No.: GYN-17-566 Title: Adjuvant Radiotherapy Treatment According to Risk Factors in Patients with Clinical Stage IB Cervical Cancer Treated with Radical Hysterectomy Corresponding Author: Professor Joana Bastos Froes Braganca Authors: OSMAR F RANGEL, MD; LUIS C Zeferino, MD PhD; Diama B Vale, MD PhD; Jose Humberto T Fregnani, MD PhD; Pablo Novik, MD PhD; Glauco N Baiocchi, MD PhD; Helymar C Machado; Dear Professor Braganca, Your submission, referenced above, has been assigned the following manuscript number: GYN-17-566 You will be able to check on the progress of your paper by logging on to the Elsevier Editorial System as an author: https://ees.elsevier.com/ygyno/ Thank you for submitting your work to Gynecologic Oncology. Kind regards, Editorial Office Gynecologic Oncology Elsevier E-mail: [email protected]

Manuscrito

56

ABSTRACT

Aims: Evaluate recurrence rates and disease-free survival (DFS) in a cohort of

women with cervical cancer stage IB treated with radical hysterectomy and pelvic

lymphadenectomy according to risk factors and adjuvant radiotherapy.

Methods: Between 1980 and 2014, 516 women with stage IB cervical cancer

treated in two Brazilian cancer centers were included. Demographic data,

pathological findings of surgical specimens and follow up information were

analyzed.

Results: The mean age was 43 years; squamous cell carcinoma was present in

71.7% and 73 relapsed (14.6%). Lymph node metastases were associated with

recurrence (P <0.001) and lower DFS (p<0.001) despite adjuvant radiotherapy.

Considering the group of patients without radiotherapy, the presence of at least

one intermediate risk factor showed a relationship with recurrence (P = 0.005),

and among these, Lymph vascular Space Invasion (LVSI) was the most

associated with relapse (P = 0.014). Lower DFS was associated with the

presence of LSVI and depth of stromal invasion >10mm. In the group of women

treated with radiotherapy tumor size >20 mm, depth of invasion> 10 mm and LVSI

were not associated with recurrence (p = 0.481, p = 0.422 and p = 0.221,

respectively).

Conclusions: Positive lymph node is related to high recurrence rate and lower

DFS despite adequate radiotherapy treatment. Association of other adjuvant

therapy should be considered in this group of patients. Depth of invasion and

LVSI were associated with higher risk of relapse and lower DFS. Intermediate

risk factors were not related to recurrence in patients treated with adjuvant

radiotherapy.

Manuscrito

57

Key words: Cervical Cancer, Surgery, Intermediate Risk Factor, Radical

Hysterectomy, recurrence

Manuscrito

58

INTRODUCTION

Cervical cancer is the fourth most common cancer in women worldwide

[1], 85% of new cases and 87% of deaths occur in low-income countries, where

access to screening programs, treatment of precursor lesions and immunization

against HPV are deficient [2].

The standard treatment recommended by International Federation of

Gynecology and Obstetrics (FIGO) for early stage IA2 to IIA cervical cancer is

radical hysterectomy and systematic pelvic lymphadenectomy or primary

radiation therapy accompanied or not with chemotherapy, leading to success

rates ranging from 73 to 97% [3,4].

Several pathological factors such as lymph node metastases, parametrial

and surgical margins involvement, lymph vascular space invasion (LVSI), depth

of stromal invasion >10mm and tumor size > 20mm have been considered as

prognostic factors related to lower disease-free (DFS) and overall survival

(OS)[5,6].

Lymph node metastasis, parametrial involvement and positive surgical

margins are recognized as high risk factors and if present, increase the risk of

recurrence by 40% and have indication of adjuvant therapy. However, the

prognostic significance of intermediate risk factors such as LSVI, deep stromal

invasion and tumor size upper to 20mm remain controversial [7,8].

Currently some authors are reluctant to treat the group of patients with

intermediate risk factors with adjuvant therapy by fear of overtreatment,

considering the favorable prognosis in 85 to 90% of cases in this group. However,

such risk factors are present in about 25% of women with tumors in stage IB and

Manuscrito

59

can increase risk of recurrence in 31% especially when associated, nearly to the

group recognized as high risk [7-9].

Gynecology Oncology Group Study, led by Delgado et al, evaluated 575

women in FIGO stage IB cervical carcinoma and defined that tumor diameter

greater than 20mm, stromal invasion of more than one-third and presence of LSVI

are independent poor prognosis pathological factors [10,11]. Sedlis et al,

identified that patients with these risk factors, when submitted to postoperative

adjuvant radiotherapy, have relapse risk decreased by 44%, with greater benefits

in terms of DFS and OS [8,11,12].

The importance of the pathological factors and their association can

provide the real risk of recurrence and properly orientate the adjuvant therapy

after radical surgery. Given the lack of consensus on adjuvant treatment method

and controversy regarding the pathological characteristics in predicting outcome

we evaluate recurrence rates and disease-free survival (DFS) in a cohort of

women with cervical cancer stage IB treated with radical hysterectomy and pelvic

lymphadenectomy according to risk factors and adjuvant radiotherapy.

MATERIAL AND METHODS

After obtaining approval from the Research Ethics Committee at the State

University of Campinas (UNICAMP) in Campinas and from AC Camargo Cancer

Center Hospital in São Paulo, we identified from both institutional surgical

database patients with FIGO IB stage cervical cancer, who underwent radical

hysterectomy with bilateral pelvic lymphadenectomy between 1980 to 2014.

Manuscrito

60

Data such as age, surgical and pathological information, follow-up,

postoperative adjuvant therapy, relapse and death were obtained from medical

files of hospital records.

Surgical procedures were done by surgeons specialized in gynecologic

cancer treatment. All patients were treated with type II or III Piver-Rutledge or

Querleu-Morrow Type C radical hysterectomy and pelvic lymphadenectomy.

Pathological slides from the procedures performed at both institutions prior to

presentation were reviewed by pathologists specialized in gynecologic

malignancies.

Histopathological data included histological type, depth of invasion, tumor

size, LVSI, lymph node metastasis, parametrial and vaginal involvement. Tumors

were classified according to cell type as follows: squamous, adenosquamous,

and adenocarcinoma. Other histological types were not included. Depth of

cervical invasion was measured in millimeters. LVSI was defined by presence of

tumor cells in vascular or/and lymphatic capillaries. Parametrial tissue was

completely submitted to microscopic evaluation, on average five sections were

performed on each side of the parametria, and considered parametrial

involvement the presence of malignant cells in the connective tissue by direct

extension, in lymph vascular space or in lymph nodes contained in this tissue.

The involvement of the surgical margins was defined by the presence of

neoplastic cells in the vaginal cuff. All lymph nodes removed were processed,

counted, and sectioned in their half, both sections were microscopically analyzed.

Adjuvant therapy was determined according to the guideline for cervical

cancer at each institute. The treatment options were: no further treatment,

brachytherapy or brachytherapy plus teletherapy. Adjuvant radiation therapy

Manuscrito

61

started within 4 to 6 weeks after surgery using a conventional four-field technique.

The radiation dose in teletherapy ranged from 40 Gy in 23 fractions to 50.4 Gy in

28 fractions and in brachytherapy 16Gy in four fractions.

At follow-up visits, all patients received a complete physical examination

and Pap smear every four months for the first year and every six months for the

next five years. Chest radiography, pelvic and abdominal ultrasound exam, CT

scan and biopsy were performed when clinical abnormalities were found.

Recurrence was defined as histological presence of tumor cells or when enlarged

lymph nodes or an increase of tumor size was detected or the presence of distant

metastasis.

Data were entered into a computerized database and statistical analysis

was performed using SAS System for Windows software (Statistical Analysis

System), version 9.2.

Categorical variables between groups were analyzed by Chi-Square or

Fisher's exact tests and significance level was considered P <0.05. Mann-

Whitney test was used to compare numerical variables, because absence of

normal distribution of variables. Kaplan-Meier method was used to analyze the

disease-free and overall survival curve, and log-rank test was used to compare

curves.

RESULTS

We identified 516 patients with stage IB cervical carcinoma treated with

radical hysterectomy and bilateral pelvic lymphadenectomy, 16 patients were

excluded due to lack of information on radiotherapy. Clinical and pathological

characteristics according to recurrence are shown in Table 1.

Manuscrito

62

There were 73 women who relapsed (14,6%), the majority in the pelvis

and the mean time to recurrence was 31 months.

The mean age was 43 years, 114 women (22%) were under 35 years old

and 386 (74,8%) above. The most frequent histological type was squamous cell

carcinoma in 370 women (71,7%). Approximately 90% of the women had more

than 11 lymph nodes resected.

About 57% of patients did not received adjuvant treatment. The mortality

rate was higher in the group of patients with recurrence (p <0.001) and 49

patients died (9,4%), 10 women without recurrence died from other causes. The

mean time from treatment to death was 44 months.

Among high risk factors, 67 (13%) had lymph node metastasis, 15 (2,9%)

parametrial involvement and 55 (10,6%) surgical margins involvement. Only the

presence of lymph node metastasis was associated with recurrence (p=0.001).

In the group of intermediate risk factors, tumor diameter was >20mm in 245

patients (47,5%), the depth of invasion > 10 mm in 145 patients (28,1%) and LVSI

in 179 patients (34,7%).The depth of invasion > 10 mm and LVSI were associated

with recurrence (p=0.035 and p=0.004 respectively).

The univariate analysis identified influence of lymph node metastasis (p

<0,001, HR 3.01, 95% CI 1.82-4.99), depth of invasion > 10mm (p = 0.034, HR

1.77, CI 95% 1.04-3.01) and LVSI (p = 0.020, HR 1.75, 95% CI 1.09-2.79) as

factors associated with lower Disease-Free Survival (DFS). The multivariate

analysis revealed that lymph node metastasis (p = 0.003, HR 3.09, 95% CI 1.48-

6.47) is an independent prognostic factor for relapse (Table 2).

Manuscrito

63

Evaluation of recurrence rate according to postoperative adjuvant therapy

is shown in Table 3. Age and histological type were not associated with

recurrence in both groups - with and without adjuvant radiotherapy.

Women with recurrence presented higher mortality rates in both groups

(p<0.001 in radiotherapy group and p=0.014 in without radiotherapy group).

The majority of the patients with high risk were treated with adjuvant

therapy. The presence of at least one high risk factor was associated with higher

recurrence rate in radiotherapy group (p=0.009). Twenty-three women with at

least one high risk factor were not irradiated and three relapsed (p=1.00).

Lymph node metastasis were associated with recurrence (p<0.001) in

patients submitted to radiotherapy. Almost one third, 21 of 65 women, with lymph

node metastasis submitted to radiotherapy relapsed. Patients with lymph node

metastasis alone or associated with surgical margin involvement also had higher

recurrence rate (p=0.033 and p<0.001 respectively). Only one patient with lymph

node metastasis was not irradiated and relapsed.

Parametrial and surgical margins involvement were not significantly

associated with relapse in woman treated with radiotherapy (p=0.141 and

p=0.173 respectively). In addition, in the group without adjuvant radiotherapy,

none of the three women with parametrial involvement recurred and, among 21

women with surgical margins involvement, two recurred (p=1.000 for both

factors).

To the evaluation of recurrence rate in patients with intermediate risk

factors, shown in Table 3, patients with concomitant high risk factors were

excluded. In the group of women treated with adjuvant radiotherapy tumor size

Manuscrito

64

>20 mm, depth of invasion> 10 mm and presence of LVSI were not associated

with recurrence (p = 0.481, p = 0.422 and p = 0.221, respectively).

In the group without adjuvant radiotherapy treatment, the presence of at

least one intermediate risk factors was associated with recurrence (p=0.005). In

this group, 20 out of 88 women relapsed and of these 95.2% had at least one

intermediate risk factor. The presence of LVSI was associated with higher

recurrence rate (p<0.014).

When intermediate risk factors were evaluated alone or in association

LVSI alone or LVSI with depth of invasion > 10mm, tumoral diameter > 20mm

exclusively or the presence of the three factors were associated with recurrence

(p=0.043; p=0.044, p=0.002 and p=0.01 respectively) (data not shown).

Survival curves according to risk factors were constructed to evaluate

disease-free survival according to risk factors. In Figure 1 the presence of lymph

node metastases was associated with lower DFS (p<0.001). Figures 2 and 3

show smaller DFS in the presence of LSVI (p=0.032) and depth of stromal

invasion >10mm (p=0.016).

DISCUSSION

Radical hysterectomy associated with pelvic lymphadenectomy is the

surgical treatment indicated for early-stage cervical cancer with a favorable 5-

year survival exceeding 80%. In our study, the recurrence rate was 14,6%, lower

than reported in literature, that range from 25 and 30% in group of patients for

high risk and 15 to 20% for intermediate risk [6-12].

Observation is appropriate for patients who have negative nodes, negative

margins, negative parametria and no cervical risk factors after radical

Manuscrito

65

hysterectomy [3]. Adjuvant treatment is indicated according to disease stage and

surgical and pathological findings associated with increased risk of recurrence.

Factors such as lymph node metastasis, parametrial invasion, and positive

surgical margins, are well known of high-risk and in these cases adjuvant therapy

as radiotherapy or chemoradiotherapy are commonly offered [5-6,8]. Deep

stromal invasion, LSVI and tumor size> 20mm are considered factors of

intermediate risk and the use of adjuvant therapy in these cases remains

controversial.

In order to understand the impact of the risk factors considering the

radiotherapy adjuvant treatment we identified variables associated with

recurrence and disease-free survival.

In our study, lymph node metastasis was 13,5%, in agreement with

literature that reveals the rate of lymph node metastasis in stage IB range from

12 to 22% [13]. The presence of lymph node metastasis was associated with

lower DFS and with a three times higher risk for relapse, in uni and multivariate

analyzes.

Lymph node metastasis is the most important factor related to the poor

prognosis recognized in literature. Overall survival in stage IB with lymph node

metastasis range from 51 to 78%. Lymph node involvement is also associated

with higher rates of relapse and lower DFS. Sartori et al. in a study involving 454

women Stage IB and IIA, had 25% of lymph node involvement. The 5-year DFS

in women without lymph node metastasis was 88% compared to 57% in positive

lymph nodes. The recurrence rate in the group with lymph nodes metastasis was

44%, in contrast with 14% in women without lymph node involvement [14].

Manuscrito

66

Patients with high risk factors were mostly submitted to adjuvant

radiotherapy. In our study, despite adjuvant treatment, patients with lymph node

metastasis presented high recurrence rate. Among 24 patients that recurred after

radiotherapy, 21 had lymph node metastasis, demonstrating the strong

association between relapse and lymph node metastasis. The presence of only

one high risk factor or their association were also analyzed and again lymph node

metastasis was associated with recurrence alone or in association with positive

surgical margins. On the other hand, in our sample, neither parametrial nor

surgical margins involvement were associated with recurrence in women

submitted to radiotherapy, or in those without radiotherapy, contradicting some

literature data, however, the small number of patients in this group should be

considered [2,3].

Parametrial involvement was 2,9%, lower than reported in literature, and

even among patients who relapse was 5,8%. Parametrial involvement rate in

stage IB according to literature range from 8,4 to 10,7% and is closely linked to

tumor pathological features [15-17].

Retrospective comparisons of patients with positive lymph nodes treated

with postoperative radiotherapy have shown a decrease in the local recurrence

rate but no improvement in long-term survival [18]. Peters et al in study with 263

patients with high risk factors shown a significant benefit in DFS and OS in

women treated with addition of concurrent chemotherapy to pelvic irradiation [19].

However, Monk et al. evaluated 268 patients comparing radiotherapy

alone or chemoradiation in stage IA2, IB and IIA patients found that the absolute

improvement in 5-year survival for adjuvant chemoradiation in patients with

tumors <2cm was only 5% (77% vs 82%), while for those with tumors >2cm it

Manuscrito

67

was 19% (58% vs 77%). In addition, the absolute 5-year survival benefit was less

evident among patients with one nodal metastasis than when at least two nodes

were positive [20].

Cochrane review published in 2014 concluded that chemoradiotherapy

reduced the risk of death and disease progression when compared with adjuvant

radiotherapy alone in early cervical cancer but highlight that no trials compared

adjuvant platinum-based chemotherapy with no adjuvant chemotherapy after

surgery for early cervical cancer with risk factors for recurrence [21].

The evaluation of the number of risk factors are also important. Lim et al.

found more distant metastasis and higher probability of recurrence and death in

patients with two or more high risk factors even in patients treated with

chemoradiotherapy [5].

Matsuo et al. proposed a risk-weighted surgical-pathological factors model

and correlated it with survival and treatment response in early cervical cancer.

Seven pathological factors were evaluated and LSVI, lymph node metastasis,

adenocarcinoma, larger tumor, parametrial invasion and deep estromal invasion

were related to DFS. Surprisingly, the larger the risk-weighted surgical–

pathological score was, the lower the benefit of additional platinum-based

chemotherapy during radiotherapy after radical hysterectomy was, speculating

that these patients likely have occult distant metastases that could not be

sterilized by additional platinum-based chemotherapy [22].

Also, in this group, LVSI is correlated with nodal metastasis and strongly

associated with vascular endothelial growth factor pathway in solid tumors, being

reasonable to consider administering anti-VEGF agents to ‘super high-risk’

tumors exhibiting LVSI, concluding that additional therapeutic approaches are

Manuscrito

68

needed to improve the survival outcome in this particular population of ‘super

high-risk’ group [23]. In our sample LVSI and lymph node metastasis were

strongly associated (p<0,001), data not shown.

In addition, a randomized phase III clinical trial from RTOG 724

(NCT00980954) is evaluating concurrent chemotherapy and pelvic radiation with

or without adjuvant chemotherapy in high risk patients with early stage cervical

carcinoma following radical hysterectomy that can improve data on adjuvant

treatment. Three different chemotherapy regimens – Carboplatin, cisplatin and

Paclitaxel – are being used.

Intermediate risk factors has also been studied for a long time as

prognostic factors. Since 60s, the importance of LSVI has been recognized, its

presence in surgical specimen has been identified as an independent factor for

parametrial involvement, relapse and death [24-27].

A GOG randomized clinical trial has already showed that adjuvant

radiotherapy reduces the risk of recurrence, progression or death in patients in

early stage cervical cancer with intermediate risk factors [12].

Sevin et al, in a study with 370 women, concluded that the depth of

invasion has influence on DFS, patients with invasion less than or equal to 6mm

had a disease-free survival of 92% compared with 64 % of those with 7mm or

more [28]. Several studies of early cervical cancer concluded that deep stromal

invasion, LVSI and tumors with a diameter < 20mm were associated with lower

DFS and higher recurrence rate [17, 29-30].

In our study, the intermediate risk factors associated with relapse were

depth of invasion> 10mm and LVSI. Cox regression for DFS revealed, in the

univariate analysis, 1,7 times higher risk of recurrence, for both factors. On the

Manuscrito

69

other hand, in the group of women who did not receive radiotherapy, one third

recurred and 95,2% of them presented at least one intermediate risk factor.

Yu et al, in study with 133 women in early stage cervical cancer with

intermediate risk factors, concluded that chemoradiation or radiotherapy alone

had equivalent results in DFS [22]. Accordingly, our results showed that the

presence of tumor diameter > 20mm, depth of invasion > 10mm and LVSI, were

not related to recurrence in women treated with radiotherapy.

Ongoing Clinical Trial from GOG 263 (NCT 01101451) is comparing

chemoradiotherapy to radiation therapy alone in stage I and II cervical cancer

with intermediate risk factors, who previously underwent radical hysterectomy.

This trial may provide new data to improve adjuvant therapy in intermediate risk

patients.

Our study has some limitations, its retrospective nature and the lack of

integral pathological data for all patients. As positive aspect, we point the large

number of women included, treated and followed for a long period of time (mean

95 months). The evaluation of the impact of adjuvant radiotherapy specifically

according to the risk factors can contribute to the knowledge currently available

until new data of ongoing clinical trials.

In conclusion, our study reinforces the magnitude of the impact that lymph

node metastasis has on the prognosis. Positive lymph node is related to high

recurrence rate and lower DFS even in women undergoing adequate

radiotherapy treatment. Association of other adjuvant therapy should be strongly

considered in these patients. Factors considered of high risk, such as parametrial

involvement and surgical margins, were not associated with relapse in our study,

regardless adjuvant treatment. Intermediate risk factors, especially depth of

Manuscrito

70

invasion and LVSI were associated with 1,7-time higher risk of relapse and lower

DFS. In patients treated with adjuvant radiotherapy the presence of intermediate

risk factors was not associated with recurrence.

Women with cervical cancer in the IB stage are a heterogeneous group of

patients, whose understanding of the tumor biological behavior goes beyond the

information contained in the staging. The knowledge of the pathological factors

associated with high risk of recurrence according to adjuvant treatment is critical

to improve oncological treatment safety.

Conflict of Interest Statement

The authors declare that there are no conflicts of interest.

Manuscrito

71

Table 1: Clinical and pathological factors in total group and according to recurrence

Total (%) Recurrence Without Recurrence P Value

N (%) N (%)

500 (96,9) 73 (14,6) 427(85,4)

Missing 16(3,1)

Pelvic 36 (49,3)

Distant Metastasis 20 (27,4)

Pelvic + Distant Metastasis 10 (13,7)

Age 0,914

< 35 years 114 (22,0) 17 (23,3) 97 (22,7) > 35 years 386 (74,8) 56 (76,7) 330 (77,3)

Median 43 yr

Histology 0,166

Squamous 370 (71,7) 60 (82,2) 310 (73,5)

Adenocarcinoma 94 (18,2) 8 (11) 86 (20,4)

Adenosquamous 31(6,0) 5 (6,8) 26 (6,1) Dissected Lymph Nodes 0,281

< 10 69 (13,4) 13 (17,8) 55 (12,9)

11-20 217 (42) 25 (34,2) 184 (43,3)

> 20 226 (43,8) 35 (48,0) 186 (43,8)

Postoperative Adjuvant Therapy 0,374

Brachytherapy 40(7,7) 5(6,9) 35(8,3) Brachy + Tele 162(31,4) 30(41,8) 132(31,2)

None 293(56,8) 37(51,3) 256(60,5)

Death <0,001

Yes 49(9,4) 39(53,4) 10(2,3)

No 451(87,4) 34(46,6) 417(97,7)

Time: Median (Min-Max) Time to Recurrence 31,1 months (2-187)

Time to Death 44,8 months (1-157)

Follow up 95,3 months (1-345)

Manuscrito

72

Table 1: Clinical and pathological factors in total group and according to recurrence

High Risk Factors

Lymph Node Metastasis <0,001

Yes 67(13,0) 23(31,5) 44(10,4)

No 430(83,3) 50(68,5) 380(89,6)

Parametrial Involvement 0,483

Yes 15(2,9) 3(5,8) 12(4,1)

No 329(63,8) 49(94,3) 280(95,9)

Surgical Margin Involvement 0,292

Yes 55(10,6) 11(15,5) 44(11,1)

No 412(79,8) 60(84,5) 352(88,9)

Intermediate Risk Factors Tumor Diameter 0,122

< 20mm 91(17,6) 10(18,5) 81(28,7)

> 20mm 245(47,5) 44(81,5) 201(71,3)

Depth of Invasion 0,035

< 10mm 233(43,2) 28(49,2) 205(63,9)

> 10mm 145(28,1) 29(50,9) 116(36,1) Lymph Vascular Space invasion 0,004

Yes 179(34,7) 37(50,7) 142(33,3)

No 320(62,0) 36(49,3) 284(66,7)

Manuscrito

73

Table 2: Results of the univariate and multivariate Cox Analyses for Disease-Free Survival according to Risk Factors

Factor Univariate analysis Multivariate analysis

HR 95% CI P Value HR 95% CI P Value

High Risk Factors

Lymph Node Metastasis

Yes vs No 3,01 1,82-4,99 <0,001 3,09 1,46-6.47 0,003

Parametrial Involvement

Yes vs No 1,43 0,45-4,60 0,548

Surgical Margin Involvement

Yes vs No 1,32 0,69-2,51 0,405

Intermediate Risk Factors

Tumoral Diameter

< 20mm (Ref) 1,0 — —

20 - 40mm 1,37 0,67-2,82 0,394

> 40mm 1,64 0,73-3,70 0,232

Depth of Invasion

< 10mm vs > 10mm 1,77 1,04-3,01 0,034

LVSI

Yes vs No 1,75 1,09-2,79 0,020

HR: Hazard Ratio, calculated buy Cox Regression 95% CI: Confidence Interval of 95%

Manuscrito

74

Table 3: Association of Clinic Pathological variables and Postoperative adjuvant therapy according to risk factors

Radiotherapy (N=206) Without Radiotherapy (N=305)

Recurrence Without

Recurrence P value

Recurrence Without Recurrence

P value

N (%) N (%) N (%) N (%) Age 0,675 0,840

< 35 years 6 (17,1) 24 (14,4) 11 (29,7) 72 (28,1) > 35 years 29 (82,9) 143 (85,6) 26 (70,3) 184 (71,9) Missing=4 Missing=12

Histology Type 0,627 0,204

Squamous 28 (80) 129 (78,2) 31 (83,8) 178 (70,4) Adenocarcinoma 4 (11,4) 27 (16,4) 4 (10,8) 59 (23,3) Adenosquamous 3 (8,6) 9 (5,4) 2 (5,4) 16 (6,3) Missing=6 Missing=15

Death <0,001 0,014

Yes 22 (62,9) 4 (2,4) 16 (43,2) 4 (1,6) No 13 (37,1) 163 (97,6) 21 (56,8) 252 (98,4) Missing =4 Missing=12

High Hisk Factors 0,009 1,000

Yes (at least one)

24 (72,7) 64 (41,4) 3 (11,5) 20 (11,8)

No 9 (27,3) 71 (52,6) 23 (88,5) 149 (88,2) Missing=38 Missing=110

Lymph Node Metastasis <0,001 0,127

Yes 21 (60,0) 44 (26,7) 1 (2,7) 0 (0) No 14 (40,0) 121 (73,3) 36 (97,3) 255 (100) Missing=6 Missing=13

Parametrial Involvement 0,141 1,000

Yes 3 (11,5) 8 (6,6) 0 (0) 3 (1,8) No 23 (88,5) 114 (93,4) 25 (100) 164 (98,2) Missing=58 Missing=113

Manuscrito

75

Table 3: Association of Clinic Pathological variables and Postoperative adjuvant therapy according to risk factors

Surgical Margin Involvement 0,173 1,000

Yes 9 (27,3) 35 (17,0) 2 (5,4) 19 (7,7) No 24 (72,7) 122 (83,0) 35 (94,6) 227 (92,3) Missing=26 Missing=22

Intermediate Risk Factors 1,000 0,005

Yes (at least one)

8 (88,9) 57 (82,6) 20 (95,2) 68 (64,1)

No 1 (11,1) 12 (17,4) 1 (4,8) 38 (35,9)

Missing=128 Missing=178

Tumor Diameter 0,481 0,213

< 20mm 4 (15,4) 25 (21,5) 6 (22,2) 56 (34,4)

> 20mm 22 (84,6) 91 (78,5) 21 (77,8) 107 (65,6)

Missing =41 Missing=115

Depth of Invasion 0,422 0,063

< 10mm 13 (46,4) 75 (54,7) 15 (53,6) 128 (71,1)

> 10mm 15 (53,6) 62 (45,3) 13 (46,4) 52 (28,9)

Missing=41 Missing=97

Lymph Vascular Space Invasion 0,221 0,014

Yes 15 (42,9) 90 (54,2) 16 (43,2) 62 (24,2)

No 20 (57,1) 76 (45,8) 21 (56,8) 194 (75,8)

Missing=5 Missing=12

Manuscrito

76

Figure 1: Disease-Free Survival for Lymph Node Metastasis. Log-Rank Test: X2=20.29; GL=1; P<0.001

Figure 2: Disease-Free Survival for LVSI. Log-Rank Test: X2=4.60; GL=1; P=0,032

Manuscrito

77

Figure 3: Disease-Free Survival for Depht of Invasion. Log-Rank Test: X2=5,78; GL=1; P=0,016

Publicação

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Conclusões

83

6. Conclusões

1. A idade e o tipo histológico não estiveram relacionados a recidiva. O

fator patológico de alto risco associado a recidiva foi a presença de

metástase linfonodal (p=0,001), entre os fatores de risco intermediário,

a profundidade de invasão estromal > 10mm (p=0,035) e a presença de

invasão neoplásica angiolinfática (p=0,004) estiveram associadas a

maiores taxas de recidiva.

2. A presença de metástase linfonodal esteve relacionada a maior taxa de

recidiva mesmo em mulheres submetidas a radioterapia (p<0,001).

Pacientes com metástase linfonodal exclusiva ou em associação com

envolvimento neoplásico de margens cirúrgicas foram dentre os

portadores de fatores de alto risco os com maior associação a recidiva

(p=0,033 e p<0,001, respectivamente). Mulheres com Tamanho tumoral

> 20mm, profundidade de invasão estromal > 10mm e presença de

invasão neoplásica angiolinfática não foram associados a recidiva nas

pacientes submetidas a radioterapia (p=0,481, p=0,422 e p=0,221).

3. As mulheres com pelo menos um fator de risco intermediário exclusivo,

quando não submetidas a radioterapia adjuvante, apresentam maiores

taxas de recidiva (p=0,005), nesse grupo os fatores mais relacionados

a recidiva foram: presença de invasão neoplásica angiolinfática

(p=0,044), diâmetro tumoral > 20mm (p=0,043), associação entre

profundidade de invasão > 10mm e invasão neoplásica angiolinfática

(p=0,002) e a associação dos três fatores intermediários (p=0,010).

Conclusões

84

4. Curvas de sobrevida foram construídas e revelaram o impacto dos

fatores de risco em estudo na sobrevida livre de doença. A curva que

mais chama a atenção é a presença de metástase linfonodal,

fortemente associada a menor sobrevida livre de doença (p=0,001).

Curvas para presença de invasão neoplásica angiolinfática e

profundidade de invasão > 10mm também foram construídas e

revelaram significativo impacto diminuindo a sobrevida livre de doença

(p=0,032 e p=0,016 respectivamente).

Referências Bibliográficas

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Anexos

102

8. Anexos

ANEXO 1: FICHA DE COLETA DE DADOS O presente estudo é um recorte de um estudo que envolve todas as

cirurgias de histerectomia radical realizadas nos dois serviços no período.

Portanto existem dados coletados que não foram utilizados na análise atual.

INICIAIS: ________ PRONTUÁRIO:_______

CASO N⁰: ________

_____________________________________________________________________CASO N⁰:________

FICHA DE COLETA DE DADOS

PROJETO: “Avaliação dos parâmetros definidores de êxito cirúrgico oncológico nas cirurgias de histerectomia radical (Wertheim-Meigs) realizadas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) e no Hospital AC Carmargo. Data da Coleta: ____/____/_____ Responsável pela coleta: ____________ 1. Identificação e Antecedentes: Prontuário:_________ Idade (1ª. consulta): _______________ Idade início atividade sexual: _______________ Número de parceiros: _____________ Menarca: ___________ Paridade: __________ MAC: _____________ Profissão: _______________________________ Peso: _______________ Altura: ____________ IMC: __________________ Tabagismo: [ 1 ] sim [ 2 ] não Sorologia HIV: [ 1 ] reagente [ 2 ] não reagente [ 3 ] não pesquisado Comorbidades: [ 1 ] sim _____________________ [ 2 ] não 2. Colpocitologia oncótica admissão: data ____________ [ 1 ] ACI [ 2 ] ASC-US [ 3 ] ASC-H [ 4 ] NIC 1 [ 5 ] NIC 2 [ 6 ] NIC 3 [ 7 ] AGUS [ 8 ] CEC invasor [ 9 ] ADENOCA invasor 3. Colposcopia:

[ 1 ] lesão de baixo grau [ 2 ] lesão de alto grau [ 3 ] ca invasor

4. Paramétrios (consulta inicial): [ 1 ] livres [ 2 ] comprometidos

5. Biópsia colo de útero: _________________________________ 6. Conização:

[ 1 ] LEEP [ 2 ] cone a frio 7. Anátomo-patológico conização:

Anexos

103

___________________________________________________ 8. Estadiamento inicial: [ 1 ] Ia2 [ 2 ] Ib1 [ 3 ] Ib2 [ 4 ] IIa 9. Medida ecográfica colo de útero: ___________________________ 10. Cirurgias prévias:

[ 1 ] sim ___________________________ [ 2 ] não 11. Dados do Procedimento Cirúrgico: Data cirurgia da internação: _______________________ Data alta hospitalar: ______________________________ Data cirurgia de Wertheim-Meigs: ___________________ Tempo cirúrgico (em minutos): ______________ Incisão cirúrgica: [ 1 ] Mediana [ 2 ] Pfannestiel [ 3 ] Maylard [ 4 ] Cherney Hb/Ht pré-operatório: ______________________ Hb/Ht: pós-operatório _____________________ Sangramento estimado:_____________ Transfusão sangue: [ 1 ] sim Num CH __________________________ [ 2 ] não *Intercorrências intra-operatórias: [ 1 ] lesão vesical [ 2 ] lesão vascular [ 3 ] lesão ureteral [ 4 ] hemorragia [ 5 ] lesão intestinal [ 6 ] doença localmente avançada [ 7 ] instabilidade hemodinâmica [ 8 ] óbito [ 9 ] ausência de complicações *Complicações pós-operatórias: [ 1 ] infecção de ferida operatória [ 2 ] hematoma de ferida operatória [ 3 ] fístula vesico-vaginal [ 4 ] fístula uretero-vaginal [ 5 ] abscesso intra-cavitário [ 6 ] bexiga-neurogênica [ 7 ] uretero-hidronefrose [ 8 ] infecção urinaria precoce [ 9 ] trombose venosa profunda [ 10 ] pneumonia [ 11 ] parestesias _____________________ Ooforectomia: [ 1 ] unilateral [ 2 ] bilateral [ 3 ] não realizada 12. Anátomo-Patológico: Tipo histológico: [ 1 ] carcinoma escamoso [ 2 ] adenocarcinoma [ 3 ] adeno-escamoso [ 4 ] outro ___________________ Tamanho tumor: [ 1 ] até 1cm [ 2 ] 1 – 2cm [ 3 ] maior que 2cm Profundidade de invasão tumoral (em mm) ____________________ Extensão lateral do tumor (em mm) __________________________ Comprometimento angio-linfático: [ 1 ] presente [ 2 ] ausente Comprometimento paramétrio: [ 1 ] presente [ 2 ] ausente Comprometimento do manguito-vaginal: [ 1 ] presente [ 2 ] ausente Comprometimento anexial: [ 1 ] presente [ 2 ] ausente [ 3 ] não se aplica Comprimento do paramétrio (peça-cirúrgica/ em mm): ___________________ Comprometimento de margem de paramétrio: [ 1 ] presente [ 2 ] ausente Comprimento do manguito-vaginal (peça-cirúrgica / em mm): __________________________ Número de linfonodos ilíacos e obturatório direito____________________ Número de linfonodos ilíacos e obturatório esquerdo________________ Linfonodos para-aórticos ressecados: [ 1 ] sim ___________ [ 2 ] não Linfonodos comprometidos: [ 1 ] sim [ 2 ] não Número de linfonodos ilíacos comprometidos: ____________________ Número de linfonodos obturatórios comprometidos: ________________ Número de linfonodos para-aórticos comprometidos: _______________ 13. Estadiamento pós-cirúrgico: [ 1 ] Ia2 [ 2 ] Ib1 [ 3 ] Ib2 [ 4 ] IIa [ 5 ] IIb [ 6 ] IIIb

Anexos

104

14. Terapia adjuvante: [ 1 ] teleterapia [ 2 ] braquiterapia [ 3 ] teleterapia + braquiterapia [ 4 ] não realizado

Complicações do tratamento adjuvante: [ 1 ] lesão cutânea [ 2 ] diarréia [ 3 ] cistite actínica [ 4 ] fístula urinária [ 5 ] fístula intestinal 15. Seguimento: Número de consultas de seguimento: ___________________ Tempo de seguimento ambulatorial: ____________________ * Recidiva: [ 1 ] sim [ 2 ] não Primeira evidência de recidiva: [ 1 ] sintoma referido pela paciente [ 2 ] colposcopia [ 3 ] toque vaginal [ 4 ] toque retal [ 5 ] ultrassonografia [ 6 ] radiografia [ 7 ] tomografia [ 8 ] ressonância [ 9 ] cintilografia óssea Tempo entre cirurgia e recidiva (em meses): _____________ Local de recidiva: __________________________________ Terapia de resgate: [ 1 ] quimioterapia ______________________________________________ [ 2 ] radioterapia ____________________________________________ [ 3 ] quimioterapia + radioterpia ________________________________ [ 4 ] cirurgia _______________________________________________

Anexos

105

ANEXO 2: PARECER DA COMISSÃO DE PESQUISA DTG/ CAISM CAISM

Anexos

106

ANEXO 3: PARECER CIRCUNSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA – UNIVERSAIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – PLATAFORMA

BRASIL

Anexos

107

Anexos

108

ANEXO 4: PARECER COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA HOSPITAL AC

CAMARGO

Anexos

109

ANEXO 5: CARTA DE ANUÊNCIA DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL PELA

COLETA DE DADOS NO HOSPITAL AC CAMARGO, PELO USO DOS

DADOS COLETADOS PARA A PRESENTE PESQUISA