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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

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CAPÍTULO 1

Peças que formam um pc

PC significa “Personal Computer”, ou “Computador pessoal”. Os computadores

que hoje são chamados de PCs são derivados do IBM PC, criado no início dos anos

80. Os PCs modernos não são mais exclusividade de um pequeno grupo de grandes

fabricantes. Como todas as peças que formam um PC são encontradas com facilidade

no comércio, qualquer pequena loja pode ser produtora de PCs. Muitos usuários

também constroem seus próprios PCs, bastando que tenham conhecimento técnico

para tal.

Gabinete: Local onde o micro é alojado; é a “caixa” do micro. Dentro do gabinete

vem a fonte de alimentação. Esse gabinete deve ser escolhido de acordo com a placa-

mãe escolhida.

Placa-mãe: Também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de

circuito impresso, que serve como base para a instalação dos demais componentes

de um computador, como o processador, memória RAM, os circuitos de apoio, as

placas controladoras, os slots do barramento e o chipset. A placa mãe deverá ser

adquirida de acordo com o processador.

Figura 1.1: Placa-Mãe

Processador: É um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada

de decisão de um computador, por isso é considerado o cérebro do mesmo. Ele

também pode ser chamado de Unidade Central de Processamento (em inglês CPU:

Central Processing Unit). Nos computadores de mesa (desktop) encontra-se alocado

dentro do gabinete juntamente com a placa-mãe e outros elementos de hardware. Os

processadores trabalham apenas com linguagem de máquina (lógica booleana).

Realizam as seguintes tarefas:

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Busca e execução de instruções existentes na memória. Os programas e os

dados que ficam gravados no disco (disco rígido ou disquetes), são transferidos para

a memória. Uma vez estando na memória, o processador pode executar os programas

e processar os dados; - Controle de todos os chips do computador.

Cooler para o processador (“fan” ou “Ventoinha”): Vem acoplada a um dissipador

de calor e

Figura 1.2: Processador

é encaixada sobre o processador. É indispensável, pois evita que ele queime

ou trave por super aquecimento. A ventoinha deve ser compatível com o processador

escolhido.

Memória (RAM): Encaixada na placa-mãe, é vendida em módulos. A capacidade

de memória é expressa em megabytes (MB) ou gigabytes (GB) e quanto mais

memória tivermos no microcomputador, melhor. É importante notar que há alguns

tipos diferentes de memória, e a placa-mãe do micro deverá ser compatível com a

tecnologia escolhida (as diferenças entre os tipos de memória serão abordas no

capítulo 2). É nesta memória que são carregados os programas em execução e os

respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus

dados são perdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados,

é necessário salvar a informação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou

memória secundária.

Figura 1.3: Memória (RAM)

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Disco Rígido: Popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do

inglês hard disk drive) ou winchester (em desuso), é a parte do computador onde são

armazenadas as informações, ou seja, é a memória permanente propriamente dita

(não confundir com “memória RAM”). É caracterizado como memória física, não-

volátil, que é aquela na qual as informações não são perdidas quando o computador

é desligado. O disco rígido é um sistema lacrado contendo discos de metal recobertos

por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças, e revestido

externamente por uma proteção metálica que é presa ao gabinete do computador por

parafusos. É nele que normalmente gravamos dados (informações) e é a partir dele

que lançamos e executamos nossos programas mais usados. Este sistema é

necessário porque o conteúdo da memória RAM é volátil, ou seja, é apagado quando

o computador é desligado. Desta forma, temos um meio de executar novamente

programas e carregar arquivos contendo os dados da próxima vez em que o

computador for ligado. O disco rígido é também chamado de memória de massa ou

ainda de memória secundária. Nos sistemas operacionais mais recentes, o disco

rígido é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de

memória virtual.

Placa de Vídeo: Permite a comunicação do microcomputador com o monitor de

vídeo. Algumas placas-mãe trazem vídeo on-board, isto é, a própria placa-mãe

desempenha o papel da placa de vídeo. Caso você opte por montar um micro usando

esse tipo de placa-mãe, não será necessário

Figura 1.4: Disco Rígido

Adquirir uma placa de vídeo. Porém, para aplicações com mais requisitos de

vídeo (como jogos) pode ser necessário adquirir uma placa de vídeo offboard.

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Unidade de disquete: unidade presente em computadores antigos, não utilizada

nos dias de hoje.

CD-ROM, CD-R ou DVD-ROM: Apesar de em princípio esses componentes serem

opcionais, como todos os programas estão sendo comercializados em CD-ROM,

torna-se indispensável a aquisição de pelo menos uma unidade de CD-ROM. O preço

dos gravadores de CD (CD-R ou CD-RW) baixou muito. Com isso, analise a

possibilidade de já adquirir um CD-R ou CD-RW em vez de uma unidade de CD-ROM.

Uma outra possibilidade é, em vez de adquirir um CD-ROM, comprar logo um DVD-

ROM, que permitirá a você ler CDs e DVDs em seu micro, inclusive assistir a filmes.

Placa de som: Esse é um componente teoricamente opcional (isto é, um micro

não precisa dele para funcionar), mas todo mundo quer escutar os sons produzidos

através do PC, e então a placa de som tornou-se um equipamento presente em todos

os micros. As placas-mãe atuais geralmente vem com a placa de som integrada (áudio

on-board). Se este é seu caso, você não precisará comprar uma placa de som avulsa.

Teclado: Principal meio de entrada de dados para o micro.

Mouse: Segundo maior meio de entrada de dados para o micro.

Monitor de vídeo: Principal meio de saída de dados do micro.

Estabilizador de Tensão: Indispensável. No estabilizador de tensão ligamos o

microcomputador, isolando-o da rede elétrica a fim de que ele não seja danificado por

flutuações da tensão elétrica ou ruídos provenientes da rede.

Impressora: A impressora é um componente opcional, mas obrigatório se você

pretende ter o trabalho desenvolvido no micro impresso em papel.

Outros: Nós listamos apenas os componentes obrigatórios, que todo micro deve

ter. Outros componentes poderão ser comprados , opcionalmente, caso você tenha

necessidade deles, como scanner, Zip-drive, joystick, câmera digital, entre outros.

1.1 O QUE DETERMINA SE UM PC É BOM OU RUIM.

Um equívoco muito comum é pensar que somente o processador da máquina

(ex: Pentium 4, Pentium

III, Athlon, Duron, etc.) define se o seu PC será bom ou ruim. Isso ocorre porque

não é só o processador escolhido que determinará o desempenho e a qualidade do

seu micro. A placa-mãe, tipo de memória RAM, disco rígido, placa de vídeo e os

demais componentes do micro também influenciam diretamente no desempenho e

qualidade do seu PC. O ponto de partida para a escolha de qual micro montar é

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realmente a escolha do processador. A escolha das demais peças do micro é tão

importante quanto a escolha do processador, mas, infelizmente, poucas pessoas dão

a devida atenção ao restante da lista. Para você ter uma ideia mais concreta do que

estamos falando, uma placa- mãe, top de linha tem um desempenho muito superior

ao das placas-mãe mais baratas, chegando a fazer com que o micro tenha um

desempenho, muitas vezes, 20 por cento superior. Isso significa o seguinte: se você

montar um micro com um processador topo de linha mas usando uma placa-mãe de

baixa qualidade (isto é, a mais barata que você encontrar), poderá obter no final das

contas um desempenho inferior inclusive ao de um micro equipado com um

processador inferior, teoricamente mais lento. Um bom micro, portanto, não é aquele

que tem o processador mais rápido do mercado, mas sim aquele que é coerente com

a escolha das peças que o compõem. É no mínimo incoerente você ter o processador

mais caro do mercado instalado na placa-mãe mais barata que você encontrou. Outro

ponto importantíssimo que você precisa saber antes de efetivamente escolher as

peças para o seu micro: para que você o utilizará? Infelizmente a mídia como um todo

enfatiza muito o processador da máquina, mas se esquece de duas coisas. Primeiro,

nem sempre o processador mais possante do mercado é adequado a todos os

usuários e o segundo ponto é que a mídia raramente explora a importância das demais

peças que o micro deve ter.

1.2 ENTRADAS DA PLACA MÃE

As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos

os dispositivos que compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para

o processador, para a memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e

saída, entre outros. A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo

SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que são

explicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas,

mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no

decorrer deste texto.

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Figura 1.5: Entradas da Placa-Mãe

Processador

item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também

conhecido como socket,esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim

para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem

características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na

capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de

fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as

“perninhas”) que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser

desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima,

por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos

da fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por “Socket A”. Assim

sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD

Athlon 64 não se conectam a esta placa. Por isso, na aquisição de um computador,

deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe

que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos

sockets vão surgindo. É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza

um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada.

Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada

pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento

da montagem de um computador.

Memória RAM

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item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia

conforme o tipo.As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente

conhecido como SDRAM. A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou

slots) para encaixe de memórias DDR.

Slots de expansão

Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador,

é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão

de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes,

modems etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos

atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP

(Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) -

item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda

o slot ISA (Industry Standard Architecture).

Plug de alimentação

item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia

elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem

ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este

último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É

importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as

memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs,

unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao

processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso)

devem receber conectores individuais de energia.

Conectores IDE e drive de disquete

item E2 mostra as entradas padrão IDE (Integrated Drive Electronics) onde

devem ser encai-xados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe.

Esses cabos, chamados de “flat cables”, podem ser de 40 vias ou 80 vias

(grossamente falando, cada via seria um “fiozinho”), sendo este último mais eficiente.

Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até

quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector

onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à placa-mãe. Existe

também um tipo de HD, hoje predominante, que não segue o padrão IDE, mas sim o

SATA (Serial ATA), como mostra a figura 1.6.

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Figura 1.6: Entrada SATA

BIOS e bateria

item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta.

Esse chip contémum pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System),

que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as

informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma

mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso

ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os

componentes de hardware após o computador ser ligado. Através de uma interface

denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações

de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos,

desativação de portas USB, etc. Como mostra a figura 1.7, placas-mãe antigas

usavam um chip maior para o BIOS.

Figura 1.7: BIOS

Periféricos externos

item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão

do mouse (tantoserial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada

principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o

modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a placa-

mãe for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis

pela parte traseira deste. A figura 1.8 mostra um outro modelo de placamãe da Soyo,

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a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4, que exibe esses

conectores através de outro ângulo.

Figura 1.8: Entrada de Periféricos Externos

A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que

segue o padrão ATX. No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e

alguns conectores são diferentes.

Furos de encaixe

Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso

é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos.

Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este

for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a

motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe

serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.

Chipset

O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-

mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe

atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1)

e Ponte Norte (I2):

Ponte Sul (South Bridge): Este geralmente é responsável pelo controle de

dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que

possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo

também na Ponte Sul;

Ponte Norte (North Bridge): Este chip faz um trabalho “mais pesado” e, por isso,

geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na

foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de

uma estrutura metálica. Essa peça é o dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de

controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com

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a memória e com componentes da placa-mãe), da frequência de operação da

memória, do barramento AGP, etc.

Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por

empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica

motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em

modelos concorrentes de placa-mãe.

Placas-mãe onboard

“Onboard” é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um

ou mais dispositivos de expansão integrados, por exemplo, placa de vídeo, placa de

rede e placa de som.

A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do

computador, uma vez que deixase de comprar determinados dispositivos porque estes

já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais

itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será

comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos

dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não

influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim.

As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico

que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para

tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo

quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba “tomando atenção” do

processador, além de usar parte da memória RAM.

Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação

que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe

onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e

aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placamãe

“offboard”, isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou

rede onboard. Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas

mais conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar

da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bons produtos, é recomendável

pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens e

desvantagens.

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CAPÍTULO 2

MONTAGEM DO COMPUTADOR

O primeiro passo é tirar ambas as tampas do gabinete. Aproveite para remover

também as tampas das baias dos drives de CD e DVD que for utilizar.

Remova também a tampa do painel ATX, ao lado das aberturas dos exaustores.

Cada placa-mãe utiliza uma combinação própria de conectores, de forma que o que

vem com o gabinete é inútil, já que nunca combina com os conectores da placa-mãe.

Por isso o substituímos pela tampa que acompanha a placa-mãe, feita sob medida

para ela. A tampa do painel ATX é chamada em inglês de “I/O plate”, embora o nome

seja pouco usado por aqui.

A parte interna do gabinete possui um padrão de furação, destinado aos

suportes e parafusos que prendem a placa-mãe. Todos os parafusos necessários

devem vir junto com o gabinete.

Figura 2.1: Parafusos

Dependendo da marca e modelo, podem ser usados pinos plásticos, como os

da esquerda, encaixes como os da direita ou (mais comum) espaçadores metálicos

como os do centro. Existem ainda suportes plásticos como os dois na parte inferior da

foto, que podem ser usados como apoio, inseridos nos furos na placa-mãe que não

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possuam par no gabinete. Eles eram mais usados antigamente, na época dos

gabinetes AT, mas é sempre bom ter alguns à mão.

O conjunto com os parafusos e espaçadores necessários deve vir junto com o

gabinete. Ele é chamado de “kit de montagem” pelos fabricantes. Normalmente o

gabinete vem também com o cabo de força, com exceção dos modelos sem fonte,

onde o cabo vem junto com a fonte avulsa.

As placas ATX possuem normalmente 6 furos para parafusos e mais dois ou

três pontos de apoio adicionais, que podem ser usados pelos suportes plásticos. A

posição deles, entretanto, varia de acordo com a distribuição dos componentes na

placa, de forma que o gabinete inclui um número muito maior de furos. Com o tempo,

você acaba aprendendo a descobrir quais usar “de olho”, mas no início você acaba

perdendo tempo comparando as furações da placa e do gabinete para ver onde

colocar os suportes.

Uma dica é que você pode usar uma folha de papel para achar mais facilmente

as combinações entre a furação da placa-mãe e a do gabinete. Coloque a placa-mãe

sobre o papel e use uma caneta para fazer pontos no papel, um para cada furo

disponível. Depois, coloque o papel sobre a chapa do gabinete e vá colocando os

parafusos onde os pontos coincidirem com a furação. Muito simples mas bastante

prático.

É importante apertar os parafusos de suporte usando uma chave torx, para que

eles continuem no lugar depois de parafusar e desparafusar a placa-mãe. Se não

forem bem apertados, os parafusos de suporte acabam saindo junto com os usados

para prender a placa-mãe ao removê-la, o que não é muito agradável.

Com a placa-mãe presa no gabinete, chegou a hora de conectarmos as

funcionalidades do gabinete (Leds, Botão On/Off, Reset). Cada um dos contatos é

formado por dois pinos, um positivo e um neutro. Nos conectores, o fio colorido

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corresponde ao positivo e o branco ao neutro. Tanto os dois botões, quanto o speaker

(que usa um conector de 4 pinos, embora apenas 2 sejam usados) não possuem

polaridade, de forma que podem ser ligados em qualquer sentido. Os LEDs por sua

vez, precisam ser ligados na polaridade correta, caso contrário não funcionam.

Quase sempre, a própria placa traz uma indicação resumida decalcada,

indicando inclusive as polaridades, mas em caso de dúvidas você pode dar uma

olhada rápida no manual, que sempre traz um esquema mais visível.

Em seguida, temos os conectores das portas USB frontais, também conectados

diretamente na placamãe. Eles precisam ser encaixados com atenção, pois inverter

os contatos das portas USB (colocando o polo positivo de alimentação na posição do

negativo de dados, por exemplo) vai fazer com que pendrives, mp3 e outros

dispositivos eletrônicos conectados nas portas USB sejam queimados, um problema

muito mais grave do que deixar parafusos soltos ou inverter a polaridade de um LED,

por exemplo.

Os conectores USB (ou headers USB) na placa-mãe são conectores de 9 pinos,

facilmente reconhecíveis. Cada porta USB utiliza 4 pinos, dois para a alimentação e

dois para dados, sendo que dentro de cada par, um é o positivo e o outro o negativo.

O nono pino do conector serve apenas como orientação, indicando o lado referente

aos dois fios pretos, referentes ao polo neutro do par de alimentação.

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Figura 2.2: Conectores das Entradas USB

Cada header USB inclui duas portas. Uma placa-mãe com “12 portas USB”

normalmente inclui 4 portas no painel traseiro e mais 4 headers para a conexão das

portas frontais do gabinete. Alguns gabinetes possuem 4 portas frontais, mas a

maioria inclui apenas duas. Existem ainda diversos tipos de suportes com portas

adicionais, leitores de cartões e outras bugigangas instaladas na baia do drive de

disquetes, em uma das baias dos drives ópticos ou em uma das aberturas traseiras.

Assim como as portas frontais, eles também são ligados nos headers USB da placa-

mãe.

Dentro de cada header a ordem os fios é a seguinte: VCC (vermelho), DATA -

(branco), DATA + (verde) e GND (preto), onde o GND fica sempre do lado do nono

pino, que serve como guia. Ligue primeiro os pinos da porta 1, para não arriscar

misturá-los com os da segunda porta.

Fazendo isso com a atenção, não existe muito o que errar; o problema é que

se você precisa montar vários micros, acaba tendo que fazer tudo rápido, o que abre

espaço para erros.

Figura 2.3: Instalação dos conectores das portas USB frontais do gabinete

A partir de 2007, a Asus passou a fornecer “agrupadores” para os conectores

do painel e das portas USB frontais junto com as placas. Eles são práticos, pois ao

invés de ficar tentando enxergar as marcações na placa-mãe você pode encaixar os

conectores no suporte e depois encaixá-lo de uma vez na placa-mãe.

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Antes de instalar a placa-mãe dentro do gabinete, você pode aproveitar também

para instalar o processador, o cooler e os módulos de memória.

Com exceção dos antigos Pentiums e Athlons em formato de cartucho, todos

os processadores são ligados ao chipset e demais componentes da placa-mãe

através de um grande número de pinos de contato. Como o encapsulamento do

processador é quadrado, seria muito fácil inverter a posição de contato, o que poderia

inutilizar o processador quando o micro fosse ligado e a alimentação elétrica fornecida

pela placa-mãe atingisse os pinos errados.

Para evitar isso, todos os processadores atuais possuem uma distribuição de

pinos que coincide com a do soquete em apenas uma posição. Você pode notar que

existe uma seta no canto inferior esquerdo deste Athlon X2, que coincide com uma

pequena seta no soquete.

Figura 2.4: Processador Conectado ao Soquete

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Figura 2.5: Alavanca do Soquete

O encaixe do processador é genericamente chamado de “ZIF” (zero insertion

force), nome que indica justamente que você não precisa fazer nenhuma pressão para

encaixar o processador. A própria ação da gravidade é suficiente para encaixá-lo no

soquete. O ideal é simplesmente segurar o processador alguns milímetros acima do

soquete e simplesmente soltá-lo, deixando que a lei da gravidade faça seu trabalho.

Isso evita que você entorte os pinos se estiver sonolento e tentar encaixar o

processador no sentido errado. A pressão necessária para manter o processador no

lugar é feita pelo próprio soquete, e não pelo cooler. Isso faz com que a força

necessária para fechar a alavanca do soquete nas placas soquete seja muito maior.

Com o processador instalado, o próximo passo é usar a boa e velha pasta

térmica para melhorar a condutividade térmica com o cooler. A ideia básica é passar

uma fina camada de pasta térmica cobrindo todo o dissipador do processador. Se

você simplesmente esparramar um montinho de pasta sobre o processador, a pressão

exercida pelo cooler vai se encarregar de espalhá-la cobrindo a maior parte do

dissipador de qualquer forma, mas a aplicação nunca fica perfeita, de forma que se

você tiver tempo para espalhar a pasta uniformemente, antes de instalar o cooler, o

resultado será sempre um pouco melhor.

Muitos coolers vem com uma camada de pasta térmica (quase sempre cinza)

pré-aplicada. O principal objetivo é a praticidade, já que elimina uma das etapas da

instalação do cooler. Caso prefira utilizar sua própria pasta térmica, remova a camada

pré-aplicada no cooler usando uma flanela e álcool isopropílico. Não use espátulas ou

qualquer outro objeto metálico, pois você vai arranhar a base do cooler, o que também

prejudica a dissipação de calor.

Para manter o processador firme no lugar (evitando mal contatos nos pinos) e

eliminar o excesso de pasta térmica o cooler precisa pressionar o processador com

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uma certa pressão. Na maioria dos coolers antigos, você precisava da ajuda de uma

chave de fenda para instalar e remover o cooler. A ponta era presa em um pequeno

encaixe na presilha do cooler e você precisava de uma boa dose de força para

encaixá-la no soquete.

Este sistema levava a acidentes, pois com frequência a chave de fenda

escapava, muitas vezes destruindo trilhas e inutilizando a placa-mãe. Como a pressão

era exercida sobre os pinos laterais do soquete, também às vezes acontecia deles

quebrarem. Para não ter que descartar a placa-mãe, você acabava sendo obrigado a

fazer alguma fixação para prender ou colar o cooler no soquete.

Para solucionar estes dois problemas, tanto a Intel quanto a AMD

desenvolveram novos sistemas de encaixe. A AMD passou a usar uma “gaiola”

plástica em torno do processador. Os pinos de encaixe ficam na gaiola, que é presa à

placa por dois ou quatro parafusos e pode ser substituída em caso de quebra. O cooler

é encaixado através de um sistema de alavanca, onde você encaixa a presilha dos

dois lados e usa a alavanca presente no cooler para prendê-lo ao soquete.

Figura 2.6: Encaixe do Cooler Sobre o Processador

Nas placas soquete 775, a pressão necessária para manter o processador

preso é exercida pelo encaixe metálico incluído no próprio soquete. A Intel se

aproveitou disso para desenvolver um sistema de encaixe bastante engenhoso, onde

o cooler exerce menos pressão sobre a placa-mãe e é preso por 4 presilhas.

As presilhas utilizam um sistema de retenção peculiar. Girando o prendedor no

sentido horário (o sentido oposto à seta em baixo relevo) você o deixa na posição de

encaixe, pronto para ser instalado. Girando no sentido anti-horário, o prendedor de

solta, permitindo que o cooler seja removido.

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Ao instalar o cooler, você só precisa deixar as presilhas na posição de

instalação e pressioná-la em direção a placa. Ao contrário dos coolers para placas

soquete 754, 939 e AM2, você pode encaixar o cooler em qualquer sentido.

A forma correta de instalar o cooler é ir encaixando uma das presilhas de cada

vez, fazendo um “X”, onde você encaixa primeiro a presilha 1, depois a 3, depois a 2

e por último a 4.

É bem mais fácil instalar o cooler, antes de instalar a placa-mãe dentro do

gabinete.

Figura 2.7: Instalação do Cooler Fora do Gabinete

Outra forma de instalar o cooler seria pressionar as 4 presilhas de uma vez,

usando as duas mãos, com a placa já instalada dentro do gabinete. Esta segunda

opção faz com que seja exercida uma grande pressão sobre a placa-mãe, o que é

sempre bom evitar.

Com o cooler instalado, não se esqueça de instalar o conector de alimentação

do cooler. As placas atuais oferecem pelo menos dois conectores de alimentação;

uma para o cooler do processador e outro para a instalação de um exaustor frontal ou

traseiro. Muitas placas oferecem 3 ou 4 conectores, facilitando a instalação de

exaustores adicionais.

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Para remover o cooler, basta girar as presilhas no sentido anti-horário,

destravando o mecanismo. É mais fácil fazer isso usando uma chave de fenda.

Com relação à alimentação, existem dois tipos de conectores para o cooler.

Além do conector tradicional, com 3 pinos, existe o conector PWM, que possui 4 pinos.

Ele foi introduzido pela Intel em 2004 e é usado na maioria das placas atuais (tanto

para processadores Intel quanto AMD). O conector de 4 pinos é perfeitamente

compatível com coolers que utilizam o conector antigo de 3 e você também pode

conectar coolers que utilizam o conector de 4 pinos em placas com o conector de 3

pinos sem risco. A guia presente em um dos lados do conector impede que você

encaixe o conector invertido ou ocupando os pinos errados, por isso não há o que

errar.

No conector de 3 pinos, dois deles são responsáveis pela alimentação elétrica

(+12V e GND), enquanto o terceiro é usado pela placa-mãe para monitorar a

velocidade de rotação do cooler (speed sensor). O quarto pino permite que o BIOS da

placa-mãe controle a velocidade de rotação do cooler (PWM pulse), baseado na

temperatura do processador. Com isso o cooler não precisa ficar o tempo todo girando

na rotação máxima, o que além de reduzir o nível de ruído do micro, ajuda a

economizar energia.

Figura 2.8: Uso de Ferramenta para Destravar o Cooler

Figura 2.9: Conector do Cooler na Placa-Mãe

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Ao conectar um cooler com o conector de 4 pinos em uma placa com o conector

de 3, você perde o ajuste da rotação, de forma que o cooler simplesmente passa a

girar continuamente na velocidade máxima, mas com exceção disso não existe

problema algum.

Continuando, você pode aproveitar também para instalar os módulos de

memória com a placa ainda fora do gabinete. O chanfro do conector impede que você

encaixe um módulo DDR2 (ou DDR3) em uma placa que suporte apenas módulos

DDR ou vice-versa, de forma que a principal dica é segurar sempre os módulos pelas

bordas, evitando assim qualquer possibilidade de danificá-los.

Figura 2.10: Instalação do Módulo de Memória

Depois de tudo isso, podemos finalmente instalar a placa dentro do gabinete,

prendendo-a nos suportes usando parafusos. Na verdade, você pode instalar a placa

logo no início da montagem, e encaixar o processador, cooler, memória e os

conectores do painel frontal com ela já dentro do gabinete. A questão é que é bem

mais fácil instalar estes componentes com a placa “livre” sobre a bancada do que

dentro do espaço apertado no gabinete.

O próximo passo é ligar os conectores de força na placa-mãe. Praticamente

todas as placas atuais utilizam tanto o conector ATX de 24 pinos e o conector P4, de

4 pinos, que fornece anergia adicional, reforçando o fornecimento elétrico para o

processador e também para o slot PCI Express x16. Ao montar qualquer PC atual,

você deve utilizar uma fonte de pelo menos 450 watts, que ofereça ambos os

conectores.

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Figura 2.11: Conectores de Força

O próximo passo é instalar os drives. Alguns gabinetes são espaçosos o

suficiente para que você instale os HDs antes mesmo de prender a placa-mãe, mas

na maioria dos casos eles ficam parcialmente sobre a placa, de forma que você

precisa deixar para instalá-los depois.

Ao usar drives IDE, você precisa se preocupar também com a configuração de

master/slave. No caso do drive óptico (vou adotar este termo daqui em diante, já que

você pode usar tanto um drive de CD quanto de DVD), o jumper está disponível bem

ao lado do conector IDE. Colocá-lo na posição central configura o drive como slave,

enquanto colocá-lo à direita configura o drive como master. Para o HD, a configuração

do jumper varia de acordo com o fabricante, mas você encontra o esquema de

configuração na etiqueta de informação do drive. Quase sempre, o HD vem

configurado de fábrica como master e ao retirar o jumper ele é configurado como

slave.

HDs SATA não utilizam jumpers de configuração de master/slave, pois cada

porta permite a instalação de um único HD. Apesar disso, a maioria dos drives incluem

um jumper que permite forçar o HD a operar em modo SATA/150 (evitando problemas

de compatibilidade com algumas placas antigas). Em muitos HDs (como na maioria

dos modelos da Seagate) ele vem ativado por padrão, fazendo com que o drive opere

em modo SATA/150 por default. Ao usar uma placa equipada com portas SATA/300,

não se esqueça de verificar a posição do jumper, para que a taxa de transferência da

interface não seja artificialmente limitada.

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Figura 2.12: Jumpers em um HD IDE, HD SATA e drive de DVD IDE

Ao instalar o HD e o drive óptico em portas separadas, você pode configurar

ambos como master. Atualmente é cada vez mais comum que placas novas venham

com apenas uma porta IDE, o que o obriga a instalar um como master e o outro como

slave. É comum também que o drive óptico seja instalado como slave mesmo ao ficar

sozinho na segunda porta, já deixando o caminho pronto para instalar um segundo

HD como master futuramente.

Ao usar dois (ou mais) HDs SATA, é importante que o HD de boot, onde você

pretende instalar o sistema operacional, seja instalado na porta SATA 1. É possível

mudar a configuração de boot através do setup, dando boot através dos outros HDs,

mas o default é que o primeiro seja usado. A identificação de cada porta vem

decalcada sobre a própria placa-mãe. Na foto temos “SATA1” e “SATA2” indicando as

duas portas SATA e “SEC_IDE”, indicando a porta IDE secundária. Ao lado dela

estaria a “PRI_IDE”, a porta primária.

Figura 2.13: Conectores SATA

Nas placas e cabos atuais, é usada uma guia e um pino de controle, que

impedem que você inverta a posição da cabos IDE. Em placas e cabos antigos é

comum que estas proteções não estivessem presentes. Nestes casos, procure um

número 1 decalcado em um dos lados do conector. A posição do 1 deve coincidir com

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a tarja vermelha no cabo e, do lado do drive, a tarja vermelha fica sempre virada na

direção do conector de força.

Figura 2.14: Conectores IDE

Os cabos IDE possuem três conectores. Normalmente dois estão próximos e o

terceiro mais afastado. O conector mais distante é o que deve ser ligado na placa-

mãe, enquanto os dois mais próximos são destinados a serem encaixados nos drives.

Ao instalar apenas um drive no cabo, você deve usar sempre as duas pontas do

conector, deixando o conector do meio vago (nunca o contrário).

Ao instalar dois ou mais HDs na mesma máquina, deixe sempre que possível

um espaço de uma ou duas baias entre eles, o que ajuda bastante na questão da

refrigeração.

É sempre chato ficar colocando parafusos dos dois lados, tanto para os HDs,

quanto para o drive óptico, mas é importante que você os instale corretamente, usando

todos os parafusos. A questão fundamental aqui é a vibração. Colocando parafusos

apenas de um lado, ou colocando apenas um de cada lado, a movimentação da

cabeça de leitura dos HDs e do drive óptico vão fazer com que o drive vibre dentro da

baia, aumentando o nível de ruído do micro, sem falar de possíveis problemas

relacionados ao desempenho ou mesmo à vida útil dos drives.

Concluindo, falta apenas instalar a placa de vídeo e outras placas de expansão

(como uma segunda placa de rede, modem ou uma placa de captura) e a montagem

está completa.

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Figura 2.15: Fixação da Plava de Vídeo

Alguns poucos gabinetes utilizam protetores independentes para as aberturas

dos slots, mas na maioria é usada uma simples chapa cortada, onde você precisa

remover as tampas dos slots que serão usados. Algumas sempre esbarram em

capacitores da placa-mãe, por isso precisam ser removidas com mais cuidado. O aço

cortado é praticamente uma lâmina, é bem fácil se cortar.

Figura 2.16: Slots

Tanto os slots PCI Express x16, quanto os slots AGP, utilizam um sistema de

retenção para tornar o encaixe da placa de vídeo mais firme. Ao remover a placa, não

se esqueça de puxar o pino do lado direto do slot, senão você acaba quebrando-o.

Figura 2.17: Detalhe: Placa presa ao Slot

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Toda placa-mãe inclui pelo menos um jumper, o jumper responsável por limpar

o CMOS (CLR_CMOS ou CLRTC). Em muitas placas, ele vem de fábrica na posição

discharge (com o jumper entre os pinos 2 e 3), para evitar que a bateria seja

consumida enquanto a placa fica em estoque. A maioria das placas não dão boot

enquanto o jumper estiver nesta posição, o que pode ser confundido com defeitos na

placa.

Antes de ligar o PC, certifique-se que o jumper está na posição 1-2 (indicada

no manual como Normal ou “Default”).

2.1 COMPATIBILIDADE DA PLACA MÃE COM O PROCESSADOR

Basicamente, não temos um modelo padrão de placa mãe. Para cada modelo

de processador ou uma família de modelos temos características específicas que

devem ser fornecidas pela placa, inclusive o encaixe (socket) não é o mesmo para os

vários processadores.

Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros

modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na

quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de

energia, na quantidade de terminais (as “perninhas”) que o processador tem, entre

outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados

processadores.

Portanto, procure saber antes de comprar um computador qual a melhor relação

entre placa mãe processador, normalmente, os fabricantes de placas listam em seus

sites os modelos das placas que são compatíveis com os vários modelos de

processadores. Isto é mais importante ainda quando deseja-se fazer a troca do

processador, pois devemos observar se a placa atual se adequa ao novo modelo,

caso negativo a placa mãe deverá ser trocada também!

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CAPÍTULO 3

Formatação do HD e Instalação de Sistemas Operacionais

Primeiro temos que saber alguns conceitos.

Formatar

Formatar um HD significa – simplificadamente – apagar suas informações.

Antes de instalar qualquer sistema operacional (Windows, Linux etc.) o HD deve ser

formatado, o que normalmente já é feito em seu processo de fabricação.

Quando se fala em PC (Personal Computer), formatar um HD geralmente é

usado para corrigir um erro de difícil reparação e/ou otimizar o sistema. Fazer que um

programa ou até mesmo o próprio sistema operacional funcione e tornar um

computador mais rápido são problemas que podem ser solucionados com a

formatação.

Lembre-se que na formatação todos os dados do disco são apagados.

Particionar

Particionar significa dividir, em uma ou mais partes, o HD. É importante notar

que, só pelo fato de usar um sistema operacional, o HD já obrigatoriamente estará

particionado, mesmo que só em uma parte.

Podemos dividir o HD em mais de uma parte por diversos motivos, entre outros:

para organizar o computador em “sistema” e “arquivos comuns”; para instalar mais de

um sistema operacional; para uso de backup (cópia de segurança); para algumas

tarefas de multiusuários; para simples critério de organização e para otimizar a

gravação de um CD.

3.1 PREPARAÇÃO PARA FORMATAÇÃO DO HD

Deve-se seguir os seguintes passos antes de se formatar o HD.

3.1.1 Reavaliar a necessidade de formatá-lo

Formatar um computador demanda entre outras coisas tempo e trabalho. Não

importa o quão experiente seja o usuário, com maior ou menor frequência, haverá

problemas ao formatar um PC. É prudente tentar analisar e resolver cada problema

que motiva a formatação. Portanto, só é recomendado formatar um computador

quando houver problemas sérios sem solução aparente ou quando se prever mais

tempo e trabalho para solucioná-los do que para formatar o HD.

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3.1.2 Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado

Planos minimizam erros. Para planejar-se a formatação é preciso adequar os

passos a cada caso específico e organizar as informações. Por exemplo, é

interessante anotar cada arquivo que se deseje salvar bem como onde encontrar

determinados drivers e informações. Com um plano bem feito em mãos otimiza-se o

tempo e customiza-se o trabalho.

Recomenda-se que se crie uma pasta chamada BACKUP onde tudo será salvo.

Depois basta ir realizando o backup na ordem do guia. Quando chegar na parte de

programas e arquivos, é interessante salvar pastas inteiras e indicar de alguma

maneira a localização da pasta salva (colocando no nome a localização da pasta para

depois copiá-la de volta - ex: c - documents and settings).

É necessário ter bastante atenção para que não se esqueça nada, pois os erros

mais graves e mais frequentes ocorrem nessa etapa. É preciso ainda saber que o guia

não passa de uma regra, que pode ter exceções, ou seja, é necessário atentar para

outros arquivos que não se encaixem na lista do guia, mas que precisam ser salvos.

Ciente disso, basta verificar.

O que salvar de cada usuário

Vale a pena para essa etapa, criar uma pasta para cada usuário no local de

backup e ir copiando cada parte importante para cada usuário.

Desktops: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings, geralmente

em C:\ e copiar a

pasta Desktop de cada usuário e salvar no local de backup organizadamente

para posterior recuperação.

Meus Documentos: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings,

geralmente em C:\ e

copiar a pasta Meus Documentos ou copiar a pasta onde o usuário guarda seus

documentos.

O que salvar do computador

Drivers: O ideal é que se tenham todos os CDs de drivers que vêm quando se

compra um computadorou que se tenha uma pasta em algum lugar que não será

formatado ou CD com todos os drivers usados no PC.

Quando não houver nenhuma das alternativas anteriores, resta apelar para

alguns programas que identificam, salvam e posteriormente restauram os drivers do

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computador. Ex: My Drivers, Driver Genius etc. Geralmente basta pedir para ele

encontrar os drivers e salvar em um lugar que não será formatado e depois de

instalado o Sistema Operacional, basta recuperá-los pelo programa. Mais detalhes

sobre a instalação de drivers são tratados em 3.5.

Programas e arquivos de programas importantes: É necessário criar uma lista

de cada programainstalado no computador, quais arquivos se deseja salvar desses

programas e onde encontrar o executável para reinstalação posterior do programa.

3.1.3 Dando boot pelo CD

Isso significa fazer com que o computador inicie-se a partir do CD, e não do HD.

Isso é necessário pois a instalação de um sistema operacional deve ser feita sem a

necessidade de algum outro sistema operacional já instalado.

Para tanto, siga os passos:

Reinicie o Computador e tecle DEL para entrar no SETUP

Altere a prioridade de boot para o CD

Para isso, cada placa mãe tem uma maneira diferente que é indicada no

manual. Contudo, sempre é necessário listar, na ordem, as unidades em que serão

buscados os arquivos de inicialização. O usuário pode descobrir navegando nos

menus do SETUP até achar a palavra chave BOOT. Às vezes está em Advanced

Setup, às vezes em Advanced Settings, às vezes em Boot Device. Há ainda em

algumas placas mães a necessidade de apertar F11 ou F6 ou outro F qualquer para

que se encontre um menu de prioridade de boot.

Normalmente dispositivos apresentam-se com nomes um pouco complicados

como:

Ao invés de leitora de cd: HL-DT-ST GCE-8526B

Ao invés de leitora de DVD: HL-DT-ST DVDRAM GSA-4163B

Vale observar que normalmente os HDs possuem o número da sua capacidade

em Gigabytes nesse nome, exemplo:

Ao invés de HD de 40Gb: WDC WD400EB-00CPF0

Ao invés de HD de 80Gb: SAMSUNG SP0802N

O importante é ter o entendimento geral de prioridade de boot e ir navegando

pelo SETUP até fazer o computador reiniciar pelo CD.

Agora que o sistema está pronto para dar boot pelo CD vamos à instalação do

Windows.

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3.2 FORMATANDO E INSTALANDO WINDOWS

Insira o DVD do Windows 7 e reinicie seu computador;

Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo DVD;

Antes de começar a carregar o Windows, ele pedirá que você pressione

qualquer tecla para iniciar via DVD-Rom, faça isso;

Aguarde enquanto o sistema carrega os arquivos necessários (o que leva algum

tempo, dependendo da velocidade do seu micro).

Escolha o idioma, o horário, a data e o padrão do teclado que você utiliza. Após

isso, clique em continuar;

Na próxima tela você terá as opções de particionamento de disco, clique em

opções de drive para particionar. Selecione a partição que deseja que seja feita a

instalação do Windows. Clique em próximo;

Agora você precisa apenas esperar que o programa continue a instalação, esta

etapa pode demorar alguns minutos.;

Assim que o computador reiniciar o sistema solicitará informações como: nome

do computador e usuário. Preencha e clique em próximo.

Na próxima tela você tem as opções de atualização, recomenda-se que o

windows seja atualizado frequentemente.

O próprio sistema fará agora as últimas configurações. Após isso ele estará

pronto para uso.

3.3 INSTALANDO O UBUNTU

Insira o CD-ROM do Ubuntu e reinicie seu computador.

Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo CD-ROM.

Antes de começar a carregar o Ubuntu, o sistema solicitará que você pressione

qualquer tecla para iniciar via CD-Rom. Faça isso.

Quando o instalador carregar, ele te oferecerá a opção de testar o Ubuntu e de

instalá-lo no computador, escolha a opção de instalação. Na barra à esquerda você

tem a opção de escolher o idioma a ser instalado.

Na tela seguinte você deve escolher o país e o fuso horário, escolha e clique

em avançar.

A seguir você tem a opção de escolher o layout do teclado. O que contém a

tecla ç (c cedilha) é o ABNT2. Escolha e clique em avançar.

Agora você tem a opção de escolher a partição para a instalação do linux,

escolha a opção de especificar particionamento manualmente e clique em avançar.

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Antes de você criar a partição para a instalação do Sistema Operacional (S.O.),

é recomendado que você crie uma partição de SWAP. Para fazer isso na barra “usar

como:” escolha “área de troca(SWAP)”. Recomenda-se que a partição de SWAP

tenha o dobro do tamanho da sua memória RAM.

Você agora deve escolher o espaço para criar a partição. Para o formato de

montagem escolha o ext4 e na caixa de ponto de montagem escolha / (barra).

Você deve ter o cuidado de escolher um espaço que você queira, de fato,

sobrescrever. Tenha cuidado para não sobrescrever outras partições que você esteja

usando (por exemplo a do Windows instalado no item 3.2).

Na tela seguinte você deve definir o nome do computador, um usário e a senha

desse usuário. Muita atenção nesta hora. Escolha e clique em avançar.

Agora o instalador te confirma as informações que você forneceu na etapa

anterior. Confira e clique em instalar. O instalador só irá fazer alterações no seu

computador após você clicar em instalar.

Desse ponto em diante você não precisa fazer mais nada, o próprio instalador

concluirá o processo.

3.4 RECUPERANDO O GRUB

O GRUB (Grand Unified Bootloader) é um gerenciador de boot usado em várias

distros Linux. Quando você reinstala o Windows ou, eventualmente, quando o

Windows faz atualizações, ele instala seu próprio gerenciador de boot, que não

“enxerga” sistemas linux, sendo assim necessário que reinstalemos o GRUB para

poder usar o linux.

Para reinstalar o GRUB será necessário um live-CD (que é um disco que pode

carregar o S.O. Sem instalá-lo), a maioria dos cds de instalação do linux são live-CD’s.

Se você dispõe de um cd do ubuntu, quando ele te der a opção de instalar ou

testar o sistema, você deve escolher testar o sistema.

Quando o sistema do live-CD iniciar, abra o terminal e entre como root

(comando su);

Crie uma pasta para o sistema do live-CD montar o sistema do linux instalado

no seu PC: mkdir -p /mnt/linux;

Agora com o comando fdisk -l veja em qual partição o linux estará montado,

provavelmente será algo como /dev/sdax, onde x representa o número da partição

linux;

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Agora monte o sistema na pasta anteriormante criada com o comando mnt

/dev/sdax /mnt/linux, substitua x pelo número da partição em que o linux está instalado

no seu computador;

Agora use os comandos a seguir: mount -o bind /dev /mnt/linux/dev e mount -t

proc none

/mnt/linux/proc;

Devemos agora acessar a partição montada como root, para isso use o

comando chroot /mnt/linux /bin/bash;

Utilizaremos agora o comando para atualizar o GRUB: /usr/sbin/update-grub;

Instalando o GRUB: grub-install /dev/sda;

Agora saia do chroot com o comando exit;

Desmonte agora as parições montadas com os comandos umount

/mnt/linux/proc; umount /mnt/linux/dev e umount /mnt/linux;

Agora e só reiniciar o computador com o comando reboot. Lembre-se de retirar

o disco quando o computador estiver sendo reiniciado.

3.5 INSTALAÇÃO DOS DRIVERS

Após a instalação do Windows é necessário instalar os drivers do componentes

que o Windows não possui. Os drivers são programas que fazem seu hardware

funcionar corretamente. Por exemplo, para fazer sua placa de vídeo funcionar é

necessário instalar o driver para aquele exato modelo.

Para instalar os driver das placas onboard, normalmente rede e som, basta

inserir o CD de instalação que veio junto com a placa mãe e seguir as instruções.

Para as placas offboard, use o CD de instalação que veio com a placa.

Em ambos os casos, talvez você tenha perdido o CD de instalação ou necessita

instalar um versão mais nova para resolver alguma incompatibilidade ou para ter

novos recursos. Para tanto precisamos primeiro saber a marca e modelo da placa.

Podemos fazer isso de duas maneiras:

Abrir o gabinete e procurar a marca e modelo da placa escritas em algum chip.

Se for para uma placa onboard, o melhor é tentar identificar a marca e modelo da

placa mãe olhando na própria placa, como mostrado na figura 3.1.

Se a placa for offboard deve-se procurar a marca e modelo escrita em algum

chip ou na própria placa, como mostrado na figura 3.2.

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Figura 3.1: Marca e modelo da placa mãe. No caso, marca GigaByte, modelo G31M-S2L

Usar o programa HWinfo32, disponível no site www.superdownloads.com.br.

Existe a versão portable, que não exige que o programa seja instalado no computador.

Quando executa-se o programa ele já mostra qual o seu processador, placa e vídeo

e mais algumas informações. Com ele você também pode saber informações de

alguns sensores do computador, como temperatura e velocidade dos coolers.

A figura 3.3 mostra o modelo da placa mãe do computador. Note que o menu

esquerdo também está mostrando a marca e modelo da placa de vídeo, no caso uma

ATI 9550.

Identificada a marca e modelo, procure no google o site do fabricante e vá na

seção de downloads ou suporte para fazer o download do driver apropriado.

Figura 3.2: Marca e modelo da placa de som. No caso, marca Creative, modelo SB0570

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Figura 3.3: Marca e modelo da placa mãe usando o HWinfo32. No caso, marca Asus, modelo P4S8X-MX

Identificando dispositivos não instalados

Para saber quais os dispositivos não possuem drivers instalados, clique com o

botão direito em Meu Computador, Propriedades, aba Hardware e clique no

“Gerenciador de Dispositivos”. Os dispositivos que ainda não estiverem instalados ou

com algum outro problema terão um sinal de exclamação ao seu lado.

Se preferir, tente achar o driver para o dispositivo usando o Windows Update.

Para tanto, clique duas vezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão

“Reinstalar driver”. Na janela que aparecer, selecione a opção que permite que o

Windows Update procure o driver. Tenha certeza de que esteja conectada à internet.

Instalando apenas o driver, sem instalar outros softwares

Muitas vezes ao instalar um driver não instalamos somente o driver em si e sim

algum software de controle a mais. Por exemplo, ao instalar o driver de vídeo usando

o setup do programa, é instalado também um software para controle de frequência do

monitor, resolução, entre outras coisas. Quando instala-se o driver de som usando o

setup dele, instala-se também um gerenciador de áudio que fica residente na memória

do sistema. Esse gerenciador pode controlar a conexão e desconexão de dispositivos.

Se você não quer que esses outros softwares sejam instalados, tem a opção

de instalar somente o necessário. Para tanto, clique com o botão direito em Meu

Computador, Propriedades, aba Hardware e clique no “Gerenciador de Dispositivos”.

Clique duas vezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão “Reinstalar

driver”. Você será perguntado se deseja usar o Windows Update. responda que não.

Após isso, escolha o local que se encontra o driver e confirme. O sistema instalará

somente o driver.