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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

O COACHING NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E

COMPETÊNCIAS

FRANCISCO DE PAIVA BARRETO NETO

QUEIMADOS

2012

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O COACHING NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E

COMPETÊNCIAS

FRANCISCO DE PAIVA BARRETO NETO

Trabalho apresentado à Universidade Estácio

de Sá como requisito parcial para obtenção do

grau de Bacharel em Administração.

Orientador: Andréia Karina Carvalho Gendera

Co-orientador: Dimas Ferreira Vidal

QUEIMADOS

2012

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RESUMO

A pesquisa objetivou explicar sobre a definição e conceitos do processo de coaching, e de

que maneira este processo pode ser uma solução para o desenvolvimento de habilidades e

competências dos funcionários de uma organização. A base teórica foi explorada em

publicações de obras literárias que abordam sobre o coaching, habilidades e competências,

aprendizagem organizacional, liderança e motivação, tal como nas obras de

KRAUSZ(2007), CLUTTERBUCK(2008), entre outros. Foi utilizado, para complementar

a base teórica, dissertações que continham pesquisas sobre o coaching. A partir das

pesquisas realizadas observou-se que o processo de coaching, se devidamente aplicado,

pode ser uma interessante solução para o desenvolvimento de habilidades e competências

dos funcionários.

Palavras chaves: Coach, Coaching, habilidades, competências.

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ABSTRACT

The research aimed to explain about the definition and concepts of the coaching process,

and how this process can be a solution for the development of skills and competencies of

employees of an organization. The theory was explored in publications of literary works

that address on the coaching skills and competencies, organizational learning, leadership

and motivation, as in the works of KRAUSZ (2007), Clutterbuck (2008), among others.

Was used to complement the theoretical papers containing research on coaching. From the

surveys showed that the coaching process, if properly applied, can be an interesting

solution for the development of skills and competencies of employees.

Keywords: Coach, Coaching, skills, competencies.

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SUMÁRIO

1.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................. 3

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 3

1.3.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................ 3

1.3.2 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS ......................................................................... 4

1.4 TIPOS DE PESQUISA ............................................................................................... 4

1.5 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 4

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 5

2.1 HABILIDADES, COMPETÊNCIAS E APRENDIZADO ........................................ 5

2.2 APRENDIZADO ORGANIZACIONAL ................................................................... 7

2.3 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO ................................................................................ 9

2.3.1 Liderança ................................................................................................................. 9

2.3.2 Motivação .............................................................................................................. 10

2.4 COACHING E SEUS CONCEITOS ....................................................................... 12

2.4.1 Coaching e suas similaridades ............................................................................... 13

2.4.2 Por que usar o coaching? ....................................................................................... 14

2.4.3 Áreas do coaching ................................................................................................. 15

2.4.4 Intervenção do coaching ........................................................................................ 15

2.5 O LÍDER COACH ................................................................................................... 17

2.5.1 Sobre o coachee ..................................................................................................... 19

2.5.2 A importância do Feedback ................................................................................... 20

3 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 22

4 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 23

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1. INTRODUÇÃO

O mundo atual é mais sujeito à pressões causadas por mudanças

proporcionalmente grandes, e em períodos de tempo relativamente curtos como

nas palavras de Krausz(2007). Cada vez mais o mundo corporativo necessita de

funcionários mais qualificados e mais ágeis. Devido a tais mudanças os trabalhos

que até então eram rotineiros e repetitivos passaram a necessitar de soluções

criativas e inovadoras, de uma maneira que o ambiente e as situações não

proporcionem chances de as organizações terem um tempo considerável de

resposta.

Em meio a exigências tão grandes no mundo corporativo, surge o

coaching. O coaching é uma metodologia de desenvolvimento pessoal e

profissional já bastante popular nos Estados Unidos, ganhou espaço na Europa, e

lentamente vem sido reconhecido no Brasil. O coaching tem uma proposta de

trabalho com tempo determinado, que procura mudanças em curto prazo. Nessa

pesquisa serão abordados assuntos como: o que é o coaching, os benefícios que

este pode proporcionar, e como tal metodologia pode desenvolver o

conhecimento e habilidades nos funcionários de uma empresa.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Em meio às exigências das organizações no que diz respeito à qualificação

dos funcionários, e a procura de soluções para tal que tenham resultados á curto

prazo. Será apresentado nesta pesquisa respostas para o seguinte

questionamento:

A utilização do coaching pode colaborar para o desenvolvimento de habilidades e

competências de executivos de uma empresa?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVOS GERAIS

Demonstrar como a utilização do coaching pode colaborar para o

desenvolvimento de habilidades e o aprendizado dos executivos de uma

empresa.

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1.3.2 OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS

� Explicar sobre o processo de coaching, e sobre os envolvidos que

participam desse processo;

� Conceituar liderança; motivação, habilidades e competências;

� Abordar sobre aprendizado;

� Diferenciar coaching de suas similaridades;

� Ressaltar a importância do feedback;

1.4 TIPOS DE PESQUISA

De acordo com a proposta de Vergara (2005), esta pesquisa será

estruturada de acordo com os fins, e de acordo com os meios. Quanto aos fins,

esta pesquisa será explicativa, afim de, expôr, definir e especificar o tema

proposto, e de que maneira este poderá solucionar a problemática em questão.

Quanto aos meios, será bibliográfica, buscando respostas e conceitos em

pesquisas e obras já publicadas por autores dominantes no assunto proposto.

1.5 JUSTIFICATIVA

O coaching tem sido uma opção que várias empresas adotam para o

desenvolvimento profissional de seus funcionários. Segundo Krausz (2007),

Coaching é um processo que contribui para: a transformação das pessoas,

aprofundamento da aprendizagem, obtenção de novas habilidades e

capacidades. Trabalha com uma forma de provocação, estimulando a

aprendizagem e o desenvolvimento contínuo. Portanto essa pesquisa terá o

objetivo de explicar o coaching e os benefícios de sua aplicação.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HABILIDADES, COMPETÊNCIAS E APRENDIZADO.

A habilidade pode ser definida como a maneira de aplicar conhecimento

segundo Resende (2008). É diferente de especialidades específicas, já que

habilidade pode se referir a diversas profissões. Habilidade é a maneira de agir e

aplicar conhecimentos.

Alguns exemplos de tipos de habilidades são citados por Resende (2008)

42p.

“Ter pensamento ágil, facilidade para aprender, saber ouvir, ter

facilidade para fazer cálculos, saber impor respeito, ter senso

prático, senso estético, presença de espírito, saber levar na

brincadeira, saber prender a atenção do público.”

A respeito de desenvolvimento de habilidades, Paviani (2003) dá atenção

ao conhecimento prático, ou seja, que a obtenção de conhecimentos teóricos não

necessariamente qualifica o profissional como um sujeito hábil. O conhecimento

se torna eficaz quando se torna prático, pois muitas pessoas podem possuir

informações sobre determinado assunto mas não sabem aplicá-lo,o aprendizado

se conclui quando se adquiri habilidades, o conhecimento precisa de habilidades,

e essa por sua vez do conhecimento.

Habilidade nas palavras de Goulart (2010), é a capacidade de transformar

conhecimento adquirido em resultado, conhecimento este que é o nível de

informação que se domina sobre determinado assunto.

Tal pensamento é compartilhado por Chiavenato (2007), que define

habilidades como capacidade de aplicar o conhecimento adquirido em soluções

práticas. Conhecimento este que só tem valor de fato quando é posto em prática.

Como na afirmação de Carrilho Cruz (2005), as competências se

consolidam com a prática das habilidades. Pois as competências não se

restringem a apenas os conhecimentos, as atitudes fazem parte desta

abrangência.

As habilidades compõem as competências, são uma junção de recurso e

resultado. São desenvolvidas quando as capacidades são postas em ação. As

habilidades devem se mobilizar com o saber e o ser, assim feito, são constituídas

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novas competências ( Ramos, 2001 apud Carrilho Cruz, 2005).

A competência, no ponto de vista das empresas, é a capacidade de

transformar tecnologia conhecida sobre algo ou assunto e transformar em

produto.A colocação do conhecimento a serviço das empresas (Machado, 2000

apud Carrilho Cruz, 2005).

Seguindo as palavras do autor a competência é a junção do saber, saber

fazer-fazer e saber ser. Afim de que se execute uma atividade. Corresponde não

somente ao conhecimento, como também as experiências vividas.

Sob a ótica de Resende (2008), competência compreende na capacidade

das pessoas e organizações de dominar e aplicar conhecimentos. O

conhecimento pode ser ilustrado como matéria-prima, e a competência como a

capacidade de utilizá-la, estes conhecimentos podem ser processados com mais

competências, ou menos competências. Todas as profissões requerem

competências específicas para que assim suas atividades sejam devidamente

executadas.

Alguns exemplos de tipos de competências são citados por Resende

(2008) (p.44):

“Saber elaborar projetos de engenharia, saber diagnosticar

defeitos em motores, saber consertar telefones celulares, saber

liderar reuniões, saber redigir bula de remédio com clareza, saber

dar feedback saber fazer churrasco, saber dirigir carretas, saber

identificar espécies de plantas, saber tratar bem os clientes etc...”

Encontra-se vários conceitos sobre competências nas afirmações de Boog

(1991) apud Bitencourt (2004), algumas delas são: a qualidade de resolver

determinado assunto, ter capacidade, habilidade, aptidão e idoneidade.

São características de um indivíduo que influencia em seu desempenho no

trabalho Spencer (1993) apud Bitencourt (2004).

São atitudes relevantes para que se obtenha o resultado de alto

desempenho no trabalho, seja na carreira como todo ou numa estratégia

corporativa (Sparrow e Bognanno, 1994 apud Bitencourt, 2004).

Ou simplesmente " competência é o resultado final da aprendizagem"

(Bruce, 1996 apud Bitencourt, 2004).

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Competência organizacional, é um conjunto de capacidades providas pelas

pessoas, que desenvolvem valor agregado a organização, ao próprio indivíduo e

ao ambiente onde estão inseridos. (AZEVEDO; SORDI, 2007)

Competência organizacional é a capacidade de um individuo de mobilizar

recursos, sejam tangíveis ou intangíveis, que proporcionará um resultado que irá

agregar vaolres sejam para o indivíduo e para a organização. Comini, Matsuzaki,

Bose, Silva (2009) apud Fleury e Fleury, 2001.

2.2 APRENDIZADO ORGANIZACIONAL

Sobre ensinamento e aprendizagem, (Heidegger[?] apud Paviani, 2003)

aborda que o ensinamento implica em deixar aprender, não pode ser encarado

com uma questão de imposição. O aprender implica em escolhas, decisões e

assumir responsabilidades. No aprender não se deve se preocupar com apenas

estar informado, é preciso saber-fazer, efetivar a habilidade.

Sobre o desenvolvimento organizacional Bitencourt (2004) afirma que,

empresas investem em programas de treinamento e desenvolvimento, e de fato

observa-se que há aprendizagem no final do processo. Porém, os resultados não

se tornavam tangentes na prática, o aprendizado não se transferia para o

ambiente de trabalho. A partir disto, houve mudanças nas diretrizes de

aprendizado. No caso, focar menos no treinador e mais nas pessoas, alinhá-las

com o objetivo da empresa.

No desenvolvimento de pessoas, procura-se propiciar progressos através

da interação com outras pessoas e o exercício das habilidades.

Afinal, a aprendizagem do homem, segundo From (1979) apud Bitencourt

(2004). É um processo ativo, que está sempre exercitando o modo ser e o modo

ter, que no caso, é a manutenção da aprendizagem na memória.

A autora ainda afirma que o auto desenvolvimento consiste em autonomia,

em escolhas próprias, num processo que promova a reflexão, propiciando assim

uma aprendizagem contínua.

Aprendizagem organizacional segundo Bitencourt (2004), consiste numa

resposta às mudanças sofridas pela empresa, no intuito de estimular o

aprendizado contínuo, aproveitar-se de experiências adquiridas e transformar em

conhecimento, não apenas adquirir conhecimento mas a mudança de

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comportamento deve fazer parte desse processo para aumentar o desempenho.

Este conhecimento visa aumentar o desempenho da organização.Para isto as

pessoas envolvidas devem participar ativamente das estratégias e procedimentos

adotados para atingirem os melhores resultados.

A aprendizagem organizacional segundo Carvalho (1999), está ligada a

necessidade das organizações de obterem modificações rápidas devido a

imprevisibilidades. As pessoas e as organizações devem ser adaptáveis, possuir

capacidade de se modificarem, afim de que tenham alternativas para solução de

problemas cotidianos. Ou seja está tudo relacionado a uma necessidade de

sobrevivência.

O autor ainda afirma que as organizações não possuem o feitio de estarem

preparadas para mudanças e adversidades, isso é reflexo do comportamento

humano, que se prepara sempre para a estabilidade e não para a

imprevisibilidade.

Uma organização renovável segundo Gardner apud Carvalho (1999),

buscam alternativas para enfrentar desafios; não se preocupam com o passado e

regras convencionais; são pré dispostas a assumir riscos; superam os próprios

desafios de mudanças; e procuram manter um contínuo aprendizado.

As organizações segundo Etzioni apud Carvalho (1999) são uma constante

na realidade da sociedade, uma vez que muitas das nossas etapas de vida se

passam em organizações. Visto que, a época atual, é uma época turbulenta e de

constantes transformações, a sociedade deve-se moldar a essas transformações,

no caso, uma sociedade com capacidade de aprender.

Para o desenvolvimento de equipes Goulart (2010) afirma que as

organizações devem ter como objetivos gerais a garantia da produção mediante a

satisfação dos funcionários. E específicos de proporcionar a interdependência dos

funcionários sejam pessoal, funcional, organizacional. Devem também:

proporcioná-los o autoconhecimento de suas características próprias para

desenvolver suas capacidades de relacionamento; estimular a troca de feedbacks

para que aumente a produtividade e a satisfação; analisar e atender as

necessidades dos funcionários. Lembrando que desenvolvimento de equipes

propicia: auto-avaliação e auto percepção; trocas de feedback's construtivos afim

de gerar confiança, valoriza a interdependência, e estimula os questionamentos

mediante a tabus e conservadorismo.

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2.3 LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

2.3.1 Liderança

Pode-se definir liderança como nas palavras de Robbins (2008), que diz

que liderança é a capacidade de influenciar uma ou mais pessoas para alcançar

um objetivo.

Uma capacidade de influenciar comportamentos e idéias e direcioná-los

para a execução do objetivo, diz Chiavenato (2009), enfatizando impor ordens já

não é suficiente nos dias de hoje.

Lembrando que Robbins (2008) ressalta que a liderança formal, no caso a

que é imposta por meio de cargos específicos dentro da organização, não garanti

que uma performance eficaz na hora da influencia perante os subordinados,

afirma também que, a liderança conquistada externamente perante a formalidade

da organização é tão, ou mais, importante que a liderança formal.

Enfatizando a última informação, Chiavenato (2009) chama à atenção ao

conceito antigo sobre liderança, que é o caso dos traços de personalidade. Que

as pessoas nascem com esse dom, tal como empatia, relacionamento,

determinação. Conceito este que é ignorado hoje em dia.

Existe três tipos de liderança no conceito de Chiavenato (2009), a liderança

autocrática, liderança liberal e liderança democrática.

A liderança autocrática é o estilo autoritário, decisões centralizadas, e os

subordinados apenas obedecem. É o estilo ideal para trabalhos simples e

rotineiros.

A liderança liberal é o estilo que proporciona liberdade total aos

subordinados, mais adequado para equipes que exerçam trabalhos criativos.

A liderança democrática consiste numa maior troca de informações, há

diálogos e discussões sobre o assunto a ser tratado, o líder define o objetivo, e

decide junto com a equipe quais as melhores decisões a serem tomadas.

Liderar, segundo Khoury (2010) é influenciar os acontecimentos dentro do

ambiente no qual se está inserido. Estes acontecimentos tanto podem ser a

mudança que se deseja na própria vida, quanto a inspiração de outras pessoas a

compartilhar de um objetivo. É ideal que o líder tenha como características: a

comunicação, iniciativa, respeito, ter bons relacionamentos, resolução de

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conflitos, ter energia, ser flexível, estimular a melhora tanto das pessoas quanto

do ambiente.

A respeito de liderança, Clutterbuch (2007) afirma que o líder deve ter a

capacidade de proteger a equipe do mundo externo, desenvolver as habilidades

de equipe, motivá-la, esclarecer as metas, e deixar a equipe numa posição

confortável para que esta desempenhe as tarefas com sucesso. O líder deve

encorajar a sua equipe, estimular para que cada um dos membros cumpra a sua

parte nas tarefas, e também servir de exemplo para estes.

2.3.2 Motivação

Algumas das definições sobre motivação podem ser descritas com as de

Robbins (2008), que afirma que este é um comportamento externado, é uma

disposição para realizar alguma coisa para assim satisfazer uma necessidade, tal

necessidade viria de algum tipo de deficiência, que faça com que o indivíduo

passe a visualizar resultados que pareçam interessantes.

Lembrando que Robbins (2008) ressalta que pessoas motivadas exercem

atividades melhor do que aquelas que não estejam motivadas, logo, funcionários

que trabalham com afinco, assim estão porque estão visando uma meta a ser

alcançada.

A motivação nos conceitos de Chiavenato (2009), é a influência no

comportamento de um indivíduo, o motivo é uma razão para um comportamento,

o motivo faz um indivíduo buscar um objetivo. Logo motivar é o despertar

interesse e entusiasmo em alguém, para determinado assunto.

A motivação, nas palavras de Limão Ervilha (2008), é uma das missões

mais difíceis da liderança, pois, além do estágio de influenciar as pessoas para

que compartilhem de um mesmo propósito, devem motivá-las para que executem

continuamente o que tem para se fazer. A motivação é algo pessoal, bem íntimo,

portanto, o líder deve achar essa razão nas pessoas para que elas tenham sua

motivação alimentada. O autor lembra da conhecida hierarquia das necessidades

de Maslow. Na qual as prioridades seguem em: necessidades fisiológicas,

proteção e segurança, necessidades sociais, necessidades do ego, e nem

sempre realizadas, as necessidades de auto-realização.

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As necessidades básicas humanas elaboradas por Maslow (1943), também

tem atenção recebida por Chiavenato (2009), na adaptação do autor, as

necessidades são:

� Necessidades fisiológicas: São as vitais e biológicas; relacionadas à

sobrevivência da espécie/ pessoa. Ex: Alimentação, hidratação, dormir etc...

� Necessidades de segurança: relacionada à proteção e segurança contra o

perigo, sobrevivência do indivíduo. Ex: Desejo de proteção, fugir ou evitar o

perigo;

� Necessidades sociais: De vida associativa, no caso, integração com outros da

mesma espécie, amizades, afeição, relações amorosas, participação de

grupos sociais, aceitação social, entre outras...

� Necessidades de estima: a respeito de auto-avaliação, amor próprio,

reconhecimento, reputação, prestígio, entre outras...

� Necessidades de realização: relativo ao auto-desenvolvimento, a máxima

realização, sucesso pessoal, ambições, são necessidades mais sofisticadas;

Na figura 1, é reproduzido uma modelo de pirâmide de necessidades humanas

elaborado por Maslow (1943).

Figura 1. Modelo de pirâmide de necessidades básicas humanas,

adaptado de Maslow.

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2.4 COACHING E SEUS CONCEITOS

Podemos definir coaching de várias maneiras, segundo Krauz (2007), o

coaching é um processo que facilita o aprendizado e o desenvolvimento das

pessoas, estimula a capacidade de reinvenção e de escolher alternativas. Os

objetivos e os resultados são definidos pelo treinado (coachee), e o treinador

(coach) o auxilia a alcançar tais objetivos.

A autora também afirma que, o coaching contribui para que as pessoas e

os grupos reflitam sobre suas visões, valores e crenças, aprofundem o

aprendizado e incorporem novas habilidades e capacidades, ou seja, como já foi

dito ajuda a estimular o desenvolvimento das pessoas. O coach e o coachee

buscarão juntos o alcance dos desejos do coachee.

Isso tudo pode ser enfatizado pelas palavras de Clutterbuck (2008), que diz

que os profissionais de coaching atuam externamente para que os treinados se

potencializem internamente, eles (coach) utilizam de ferramentas para que os

treinados acessem seus recursos, tanto internos como externos, para que

estimulem o desenvolvimento.

A partir das palavras de Chiavenato (2002) apud Garcia (2011) a definição

básica de coaching consiste na atividade que envolve o Coach ( profissional que

se compromete a coordenar o processo de coaching), e o coachee ( o que

receberá o processo de coaching). Essa atividade objetiva o alcance de

resultados, aprendizado de novas competências, crescimento profissional,

obtenção de novos comportamentos, entre outras....

Assim como é confirmado pelas pesquisas realizadas por Frisch (2001)

apud Ferreira (2008) que coaching é uma atividade intervencionista que visa o

crescimento profissional dos subordinados. Poderá ser conduzido por um agente

externo à organização, ou por um gestor participante desta.Seja quem for o

responsável, este o será no objetivo de promover o desenvolvimento da equipe, e

eliminar as adversidades que impedem o bom desempenho( apud, Frisch 2001,

Lages e O'Connor 2004, Minor 2001, Whitmore 2005).

A origem e o significado da palavra coach é um assunto complexo segundo

Sztucinski(2001) apud Ferreira(2008), o termo origina-se da França antiga, no

caso coche, e é um nome dado a um tipo de carruagem. Porém uma outra

corrente afirma que tal termo teria surgido na Hungria, no caso Kocsi. Tal fato

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também é confirmado pelas pesquisas de Merrian-Webster (?) apud Blanco(2006)

que afirma que este termo é originário da cidade de Kocs na Húngria, e que se

espalhou por demais localidades na Europa, pelos nomes de Kustche na

Alemanha, e Coche na França

2.4.1 Coaching e suas similaridades

Como já foi mencionado o coaching utiliza-se de variados tipos de

ferramentas de várias ciências, essa é uma razão que faz com que este processo

venha a ser confundindo com algumas outras abordagens no mundo executivo.

Será abordado a seguir as diferenças com algumas técnicas, no caso: Mentoring,

treinamento e aconselhamento.

Segundo Krauz (2007), define-se mentoring como transferência de

conhecimentos, de um indivíduo mais experiente, para outro mais novo, novato,

em iniciação. É o desenvolvimento profissional no qual as razões estão de acordo

com a empresa especificamente onde estão inseridos, são as habilidades,

comportamentos, e cultura da empresa. Enquanto no coaching trabalha-se com

estímulo ao desenvolvimento, a facilitação a aprendizagem. Diferentemente do

mentoring que se baseia na orientação.

Embora a princípio as palavras, treinamento e coaching, soem ter o mesmo

significado há diferenças. Segundo Krauz (2007), o treinamento caracteriza-se

pelo aprendizado de habilidades para que se execute atividades específicas no

trabalho, ou seja a aquisição e aperfeiçoamento de habilidades. Já o coaching lida

com o desenvolvimento do potencial, busca resultados mais elevados, e também

a mudança de comportamento.

O aconselhamento tem um propósito próximo ao de uma terapia, como

procura o bem estar emocional do cliente. Existe uma certa hierarquia entre o

profissional e o cliente, o segundo tem uma problemática, um obstáculo, enquanto

o primeiro tem a solução para o assunto em questão. A diferença que este

processo tem em relação ao coaching começa pelo fato de o último não tomar a

atitude de aconselhar, jamais diz ao cliente o que fazer, seguindo sempre a

filosofia de estimulá-lo a procurar por sí próprio as respostas que precisa.

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2.4.2 Por que usar o coaching?

Encontram-se então os seguintes questionamentos: Por que deve-se usar

o coaching? Em que o coaching pode ser útil nas organizações? Na verdade,

inúmeros podem ser os benefícios do coaching, procurando tais motivos que

confirmem esta afirmativa na literatura aqui podem ser listados alguns. Tal como

afirma Landsberg () apud Clutterbuck (2007):

"O processo de coaching busca aprimorar nas pessoas seu desempenho e

sua capacidade de aprender. Implica fornecer feedback, mas também usa

outras técnicas, como motivação, questionamentos eficazes e a

adequação do estilo de gerenciamento do coach à prontidão dos coachees

para se dedicarem a uma determinada tarefa. Esse processo baseia-se

em ajudar o coachee a se ajudar por meio de uma interação dinâmica – o

coaching não depende de só uma pessoa que diz como fazer, e que dá as

instruções."

Seguindo a mesma literatura, tal como John Whitmore(2006) apud

Clutterbuch(2008): "Destrava o potencial de uma pessoa para maximizar o próprio

desempenho... ajudando-a a aprender em vez de ensinar-lhe alguma coisa."

Percebe-se que o apoio é um elemento presente neste processo, tal como

mais uma vez afirma Clutterbuch (2008), que o coach trabalha com

questionamentos, afim de que o coache desenvolva a sua compreensão, seja,

das situações, dos processos, e de fatores internos e externos que venham a

interferir no seu desempenho tanto de maneira positiva como negativa. O coach

deve sempre estimular o coache a manter a motivação necessária para o

cumprimento das metas, e também deve estar disponível sempre que o coache

estiver precisando.

O coaching é muito procurado pelas organizações hoje em dia devido à

necessidade de se amenizar o estresse, e o fracasso executivo. E esse pode sim

ser uma grande ajuda no que diz respeito à superação dessas adversidades

dentro do contexto organizacional, segundo as palavras de Skiffington e Zeus(

2005) apud Almeida (2011).

O coaching para Boyatzys e Mckee (2006),colabora para o

desenvolvimento contínuo de líderes eficazes dentro da empresa, afinal, as

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empresas de hoje em dia preferem desenvolver pessoas para se tornarem

líderes. Coaches ensinam liderança e ajudam a desenvolver habilidades para a

boa administração. Em resumo o coach oferece apoio para que as pessoas

tenham um desenvolvimento pessoal e profissional.

O coaching para Holloway e Kusy (2010) é uma alternativa para reter

talentos na empresa, aprimorando habilidades de liderança nos funcionários

pertencentes a empresa. Ajuda a desenvolver os pontos fortes dos profissionais,

planeja melhoria em outras áreas, promove o potencial dos funcionários na

questão das metas e necessidades da empresa.

2.4.3 Áreas do coaching

Pelos conceitos praticamente unânimes dos autores, o coaching pode ser

dividido em duas áreas basicamente. O coaching pessoal, e o coaching executivo.

No coaching pessoal, ou individual ou carreira, segundo os conceitos de

Krausz (2007). Refere-se a questões íntimas, muitas vezes um objetivo pessoal,

despretencioso, ou não, com questões profissionais.

No coaching executivo, ou empresarial, organizacional, corporativo.

Trabalha-se com um contexto de uma empresa. Assegurando os interesses

desta, capacitando uma pessoa ou grupo no intuito de aumentar o desempenho

como um todo.

A diferença entre os dois, segundo Rego (2007), é que no individual é

justamente centralizado num indivíduo. No coaching executivo o foco é baseado

no indivíduo, e na empresa. O coaching executivo compreende sim ao indivíduo

em sí, só que no plano sistêmico da empresa, vai muito mais além.

2.4.4 Intervenção do coaching

Existe sete passos principais no processo de intervenção de coaching

segundo Clutterbuck (2008). Os passos são estes:

Identificar a necessidade de melhora ou mudança - O coaching sempre

começa a partir de uma necessidade de mudança, geralmente o cliente assiná-la

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ou possui essa necessidade. Ou esta pode surgir de maneira imposta dentro do

contexto no qual esteja inserido, como uma meta nova no trabalho por exemplo.

Observar ou reunir evidências - É importante que o coachee esteja ciente do

desempenho almejado, e também dos fatores críticos que o prejudicam nessa

busca, nessa momento deve ser feito constantes observações dos

acontecimentos que influem esses fatores.

Motivar para determinar e alcançar metas de evolução pessoal - Esse é o

momento de confrontar o coache, evidenciando os benefícios a serem alcançados

se o devido esforço for aplicado.

Ajudar a planejar como alcançar essas metas - Deve-se esclarecer os

resultados, identificar os fatores que favorecem, e os que não favorecem o

objetivo, subdividir as tarefas, e identificar o progresso.

Criar oportunidades para praticar as habilidades desejadas - Por em prática

os planos elaborados.

Observar ações e oferecer feedback objetivo - Oferecer feedback objetivo para

impactar o coach, afim de que o feedback externo venha a se tornar interno, no

caso, o feedback próprio.

Ajudar a superar contratempos - Os contratempos podem ser um elemento

essencial para a desmotivação do coache, o coach deve ajudá-lo a superar isso.

Deve-se encorajar, reforçar a confiança, afastar-se um pouco dos problemas,

reavaliar as motivações, re-elaborar as metas caso necessário, rever os recursos

disponíveis, e fazer o relançamento do processo.

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2.5 O LÍDER COACH

O líder coach, que também pode ser conhecido como líder treinador, é

definido por Khoury (2010) justamente como um “treinador”, alguém que se

preocupa com o desenvolvimento dos integrantes de sua equipe, ajuda a visar as

metas da equipe e a desenvolver as competências necessárias para assim

alcançá-las. As críticas construtivas fazem parte deste processo, no intuito de

melhorar a performance dos colaboradores, no caso o ajudando a identificar as

suas forças e fraquezas. Ela também ressalta que essas atitudes de

demonstração de interesse do líder pode provocar a motivação por parte da

equipe.

Quadro 1. Atividades descrição das atividades a serem feitas pelo coach

O que o coach faz a

respeito de

comunicação e

questionamentos;

� Pratica questionamentos sobre o assunto tratado, afim de

provocar reflexões sobre o assunto;

� Promove diálogos transparentes, para que os clientes se

expressem a vontade sobre os assuntos que desejarem;

� Procura ser empático com os colaboradores;

O coach não deve

ensinar, deve promover

a aprendizagem;

� Transfere as responsabilidades para os funcionários, continuam

auxiliando-os, porém, não assume as responsabilidades dos

funcionários;

� Contém-se em proporcionar resposta e soluções aos

colaboradores;

� Promove ambientes propícios ao aprendizado;

� Procura promover a ampliação das perspectivas dos clientes, no

caso, encoraja os a trabalharem em outras áreas, pondo em

teste seus conhecimentos;

� Proporciona recursos como informações e materiais de

aprendizado, ajuda a remove obstáculos que impedem o

desenvolvimento dos colaboradores;

O coach proporciona

feedback;

� Proporciona feedback aos colaboradores. O feedback

observacional, após observar as ações do funcionários;

feedback reflexivo, agir como reflexo dos colaboradores para

que tenham noção sobre a opinião dos demais sobre as suas

ações; e o último tipo de feedback consiste em proporcionar

feedback dos clientes internos dos colaboradores;

� Solicita o feedback por parte dos funcionários, para se ter noção

das idéias e concepções sobre as atividades executadas;

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Enfatizando o que foi dito anteriormente, Limão Ervilha (2008) explica que

a importância dos questionamentos sobre o Coach é de que isso estimula a

autonomia do treinado, fazendo assim com que ele encontre a solução para as

metas por conta própria, adquirindo responsabilidade por suas decisões. O

Coach, mesmo que sabendo qual seja a atitude correta a ser tomada para a

resolução de alguma meta ou problema, não a mencionará, fará questionamentos

abertos, afim de que isto provoque o raciocínio do liderado. Em contrapartida se o

Coach explicar ou solucionar a problemática encontrada na situação, fará com o

que o treinado se estabeleça em um estado de dependência, “atrofiando” a sua

capacidade de tomar decisões.

Aprofundando sobre o que está sendo proposto, podemos observar uma

enumeração de atitudes a serem feitas pelos líderes listadas por Rego(2007), o

quadro1 a seguir mostrará algumas dessas.

O líder:

A questão do auxílio que o profissional de coach exerce sobre o cliente, no

que diz respeito a interferir menos o possível, se preocupando mais em ajudar o

cliente é mencionado por Zaharovi (2009), ela diz que o coach constrói condições

e situações para que o cliente reflita sobre si próprio. Sobre as decisões e atitudes

que têm tomado, e que poderão mudar para que alcancem seu crescimento, tanto

pessoal quanto profissional. O coach deve fazer isso respeitando os modos de

cada um, não impondo decisões e conselhos, estimulando os clientes a buscarem

as respostas desejadas através de suas próprias concepções, conhecimentos e

sabedoria.

Zaharovi (2009) ainda afirma que um bom coach deve saber ouvir e saber

perguntar. E as perguntas tem o propósito de instigar os clientes a buscarem as

respostas que procuram com base na sua própria sabedoria. Sejam através de

suas experiências, conhecimentos, intuição. Explorando seu mapa mental,

emocional, e fisiológico. Essas respostas encontradas, afirma a autora, terão

maior eficácia do que um elaborado por um coach.

Segundo a autora a formação acadêmica específica do coach em si não é

um fator determinante, qualquer profissional de qualquer área poderá desenvolver

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tal procedimento. É importante que o coach saiba lidar com pessoas, ele deve ser

um facilitador do crescimento de pessoas, deve saber gerir equipes, ter boa

comunicação, ser um negociador, ter uma percepção aguçada e empatia.

O quadro 2 a seguir mostra algumas das atividades que o coach exercem,

segundo a autora:

Quadro 2. Atividades a serem exercidas pelo coach.

2.5.1 Sobre o coachee

Coach e coachee para Krausz(2007), são parceiros num processo em que

o coachee estará buscando respostas para as sua dúvidas, e para isso, o

coachee deverá estar de acordo no que diz respeito as compromissos que deverá

assumir para tal.

Ainda segundo a autora, o coaching colabora para que os clientes se

transformem. É um processo devidamente coordenado que visa a aprendizagem.

Este processo resultará no desenvolvimento de novas capacidades e habilidades

que serão necessárias para o crescimento dos clientes nas áreas em que

pretendem evoluir.

O coaching ativa a autodescoberta como diria Krausz ( 2007), aproveita o

potencial ainda não utilizado, afinal, como a própria autora afirma "As pessoas

sabem mais do que acham que sabem" (26 p). Coaching é um processo que

contribui para a transformação das pessoas, aprofundamento da aprendizagem,

adquiram novas habilidades e capacidades. Trabalha com uma forma de

provocação, estimulando a aprendizagem e o desenvolvimento contínuo.

� Envolvem-se com os clientes para que obtenham sucesso nas mudanças

desejadas;

� Desafia os clientes a atingirem ou superarem seus limites;

� Auxilia os clientes no controle de ansiedade;

� Procura resultados concretos;

� Estimula a auto-eficácia do cliente;

� Põe em foco as soluções e não os problemas;

� Aproveita os recursos e características principais dos clientes;

� Estimula o julgamento independente dos clientes;

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Ainda segundo a autora, o coaching trabalha com o objetivo de ampliar o

conhecimento do próprio indivíduo, uma das atividades desse processo é fazer

perguntas, estimulando o cliente a buscar as respostas que necessita,

desenvolvendo assim sua própria autonomia. Facilita o desenvolvimento de

qualidades pessoais, foca no aperfeiçoamento do desempenho e das habilidades

dentro de um contexto. Essas são umas das razões de que o coaching pode ser

uma resposta eficaz quanto a necessidade de aprendizado das pessoas.

No processo de coaching há algumas atitudes a serem tomadas pelo

coachee segundo Clutterbuck(2008), o coachee deve deixar claro quais as

questões ou dúvidas para qual o processo deverá buscar solução. Quando o

coachee deixa esse assunto claro há um impacto positivo no gerenciamento do

processo. O coach conseguirá planejar melhor os procedimentos, seja no estilo a

ser adotado, no foco e desenvolvimento do diálogo. O coach terá noção de como

o coachee está recebendo e compreendendo o processo.

O coachee deve estar sempre refletindo sobre as questões no processo.

No caso, sobre quais questões são essas, o que deve ser feito para solucioná-las,

e quais os resultados pretendidos.

2.5.2 A importância do Feedback

Matos (2009) lembra que o feedback é essencial para a comunicação, pois

o retorno faz com que o emissor tenha ciência de que o receptor recebeu a

mensagem, gerando assim a realimentação do processo tornando a comunicação

completa. Algumas das funções do feedback além de demonstrar que a

mensagem foi recebida, são também demonstrar como esta foi recebida, ou seja,

o entendimento desta, revelar a opinião sobre, aprová-la ou não, elogiar ou

repreender o emissor. Quando o feedback é bem aplicado ajuda as pessoas a

melhorarem seu desempenho.

Continuando a abordagem sobre o feedback, Zaharovi (2009) afirma que o

feedback deve ser tratado com uma maneira de ajudar, deve ser acima de tudo

construtivo. Cuidados devem ser tomados para que não aconteça o contrário, no

caso complicar ainda mais a situação, e o que deve ser feito é: ser mais

descritivo, ou seja, descrever o que tem sido feito, e não necessariamente avaliar,

não se deve impor julgamento, esta é uma atitude que por vezes soa arrogante e

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agressiva, gerando assim uma reação defesa por parte do receptor; preocupar-se

mais com as necessidades de quem ouve, atitudes egoístas devem ser evitadas.

Lembrando que feedback é uma ferramenta corretiva, diferencia o que se espera

do que de fato está acontecendo, para que o feedback seja bem aplicado deve

haver confiança entre as partes envolvidas, é ideal que o ato ocorra diretamente

entre o receptor e o emissor sem desvio e “mensageiros”, de maneira pessoal

com contato presencial de preferência que tenha privacidade, a não ser que tal

ato seja útil para mais pessoas. O feedback positivo também deve ser aplicado,

no caso o de reforço, conhecido como elogio. Isso evidencia o que tem sido feito

corretamente, isso ajuda a elevar a autoconfiança e auto-estima do receptor, uma

vez que se tem ciência de suas capacidades, afinal de contas o feedback também

é uma ferramenta de crescimento pessoal e profissional.

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3 CONCLUSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo esclarecer sobre a metodologia do

coaching, e como tal metodologia poderá ser útil para o desenvolvimento de

habilidades e colaborar para o aprendizado dos funcionários inseridos num

ambiente organizacional.

Abordou-se sobre habilidades, que no caso é a capacidade de por em

prática os conhecimentos, dar resultado a estes. O que é um fator essencial, a

partir de que conhecimento teórico por sí só não é o suficiente para a realização

de metas, sejam quais forem, e em quais áreas sejam.

O aprendizado para que se concretize, é necessário praticar o

conhecimento adquirido, logo, para desenvolver habilidades é necessário que se

pratique o conhecimento teórico.

O coaching , como foi pesquisado. Consiste num processo de

desenvolvimento, que tanto pode ser pessoal, quanto profissional. Para tal

atividade ser praticada é necessário que seja conduzida por um profissional

qualificado na área. Então será estabelecido uma relação, coach e coache, na

qual o primeiro será o condutor do processo e o outro o que receberá as

atividades do processo.

O profissional condutor do processo, o coach, atuará como uma espécie de

estimulador. Proporcionará situações que propiciem o aprendizado, mas não

necessariamente irá impor idéias e ensinamentos. No caso, o coach irá estimular

o coache a buscar as respostas para as suas dúvidas, ele se baseará nos

conhecimentos que possui e se desenvolverá nos objetivos que procura com a

atividade.

Baseando-se nos conceitos pesquisados sobre aprendizagem, sabe-se

que para desenvolver as habilidades, ou seja, tornar tangível os seus

conhecimentos. É necessária que se saiba por em prática. E o profissional de

coach, como foi abordado nesta pesquisa, pode ser uma solução para tal

processo. A partir de que o profissional pouco irá interferir no processo de

aprendizagem, o coache estará numa situação de assumir as responsabilidades,

o que lhe proporcionará autonomia sobre as suas atitudes, e claro, praticar o que

sabe. Conclui-se que o processo de coaching é uma solução para o aprendizado

e o desenvolvimento de habilidades.

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