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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
CALIANDRA MEDEIROS PINTO MENDES
OS IMPACTOS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NA ESCOLA MUNIICIPAL ANGELINA LEAL
Salvador 2015
CALIANDRA MEDEIROS PINTO MENDES
OS IMPACTOS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NA ESCOLA MUNIICIPAL ANGELINA LEAL
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Prof. Ms. Ana Paula Moreira
Salvador 2015
CALIANDRA MEDEIROS PINTO MENDES
OS IMPACTOS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NA ESCOLA MUNICIPAL ANGELINA LEAL
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
AGRADECIMENTOS
“Que darei eu ao senhor por todos os benefícios que tem me feito?” (Sl.116:12)
Agradeço a Deus por esta caminhada, sei que em muitos momentos vacilei, mas Ele
me sustentou, colocando ao meu lado pessoas que me incentivaram e apoiaram.
Aos meus pais, minha base, que sempre se encantam e torcem por cada momento
da minha vida; meus irmãos, que quando chegam em casa e estou no computador,
dizem: “estudando?” e sorriem feliz comigo; meu esposo, companheiro de todas as
horas, que me ajuda nas correções e ouve atento o que quero acrescentar no
trabalho. Amo vocês!
Agradeço a minha orientadora Ana Paula Moreira, pelo cuidado nas orientações,
atenção, e mensagens constantes, me impulsionando a buscar mais, confiando no
meu empenho ao desenvolver esse trabalho. Devo ter sido a aluna mais trabalhosa,
mas espero dar o resultado que você espera, pois sem o seu incentivo e paciência
não teria chegado até aqui.
À Secretária de Educação do município de Barra do Rocha, Jeruza Rocha Lima, por
nos proporcionar a oportunidade de participarmos desta etapa do CECOP3.
À Faculdade de Educação da UFBA, professores e coordenadores do Programa
Escola de Gestores, que nos acompanhou e abraçou nesta jornada.
Aos colegas e companheiros da pós, de Barra do Rocha, em especial Aline, Marilú e
Marcos Vinícius pelas trocas de experiências e apoio constante.
Aos alunos, professores e equipe (Genice, Damiana, Noélia, Gabriela) da Escola
Municipal Angelina Leal, muito obrigada!!!
Se temos de esperar que seja para colher a semente boa que
lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que
seja para produzir milhões de sorrisos de solidariedade e
amizade.” (CORA CORALINA).
MENDES, Caliandra Medeiros Pinto. Os impactos do programa Mais educação
na escola Municipal Angelina Leal, 2015. Projeto Vivencial (Especialização) –
Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade
Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
Neste trabalho, relata-se as informações coletadas sobre os impactos do Programa Mais Educação na Escola Municipal Angelina Leal, no município de Barra do Rocha. O Mais Educação, é uma das muitas políticas públicas educacionais, porém, com proposta de educação integral, com o objetivo de ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola, e com isso melhorar o seu desempenho escolar através das diversas oficinas oferecidas. Para avaliar os impactos positivos desta modalidade de ensino, realizou-se um questionário com os alunos que participam do programa e com o professor da classe regular, onde relataram sobre a importância do Mais Educação, as oficinas que mais se identificam e quais os resultados positivos no processo de ensino aprendizagem, bem como a influência no comportamento, frequência e disciplina. A relevância desse trabalho, dá-se em função de que essa pesquisa, criou mecanismos de intervenção para contribuir com a melhoria das oficinas aplicadas e consequentemente uma maior participação dos alunos. Palavras-chave: Mais Educação. Políticas públicas. Oficinas. Desempenho escolar.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Oficinas por macrocampo ......................................................... 21
Quadro 2 Cronograma de ações do PI....................................................... 23
Quadro 3 Cronograma da oficina de Capacitação.....................................
27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CECOP
IDEB
Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
CP
FNDE
Coordenador Pedagógico
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
LDB
MDS
MEC
PDDE
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ministério da Educação
Programa Dinheiro Direto na Escola
PDE
PEJA
PMEd
PNAE
PNE
UFBA
Plano de Desenvolvimento da Escola
Programa de Educação de Jovens e Adultos
Programa Mais Educação
Programa Nacional de Alimentação Escolar
Plano Nacional de Educação
Universidade Federal da Bahia
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................ 11
2. Minhas memórias..................................................................................... 13
2.1. Vida acadêmica ....................................................................................... 13
2.2. Vida profissional....................................................................................... 14
2.3. Expectativas............................................................................................. 15
3. Revisão de literatura.................................................................................. 16
4. Proposta de intervenção............................................................................ 20
4.1. Metodologia............................................................................................... 22
4.2.
4.2.1.
4.2.2.
Operacionalizando a proposta de intervenção..........................................
Objetivo ....................................................................................................
Desenvolvimento.......................................................................................
Considerações finais.................................................................................
25
25
25
28
Referências............................................................................................... 29
Apêndice................................................................................................... 31
11
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho apresento os estudos sobre os impactos do programa
Mais Educação na Escola Municipal Angelina Leal, em relação ao rendimento
escolar dos alunos, a frequência, disciplina e comportamento.
A escolha deste objeto de estudo se deve ao fato de que há 2 anos sou
coordenadora desta unidade escolar e tenho contato direto com o programa Mais
Educação pelo segundo ano na mesma escola e pude observar a importância do
mesmo nas relações interpessoais e no ensino aprendizagem dos alunos. No ano de
2014, foi oferecida a oficina do futebol que foi a mais frequentada e participativa,
onde fizemos uma parceria com o professor monitor que ia sempre à escola fora dos
horários de suas aulas passar um relatório dos alunos e nós acompanhamos o seu
desenvolvimento. Com isso, pude observar e acompanhar melhor alguns alunos,
vendo o resultado positivo da participação nas oficinas. E, este ano, apesar de não
haver a oficina do futebol devido à dinâmica que ocorre nas escolas de mudanças
de modalidades, muitos pais matricularam seus filhos no início do ano letivo
automaticamente no Mais Educação. Portanto percebemos o interesse não só do
aluno, mas dos pais também. Apesar de considerar algo novo, pois é só o 2º ano do
programa na escola, acredito que através deste estudo, poderemos contribuir para
que haja um maior esclarecimento do programa à comunidade, bem como mostrar a
importância no desenvolvimento dos alunos.
Para obter o resultado esperado nesta pesquisa, foi aplicado um questionário
informal ao professor titular de uma sala de aula regular e aos seus alunos que
participam do programa Mais Educação. Com essa coleta de dados, analisou-se
quais as possíveis intervenções necessárias para que o programa continue com o
seu principal objetivo que é a melhoria do desempenho escolar do aluno.
A finalidade deste trabalho é mostrar :
A importância dos impactos do programa Mais Educação na Escola Angelina
Leal em relação a qualidade da educação;;
Como o programa tem ajudado os alunos no seu processo de ensino
aprendizagem;
12
Quais as oficinas que mais ajudaram nesse processo ;
Quais as oficinas que não são atrativas;
Procurar uma forma de tornar as oficinas atrativas, para que haja mais
participação.
A pesquisa está estruturada em quatro capítulos, que abordam sobre o
programa Mais Educação, seu impacto na unidade escolar e os resultados
esperados. No capítulo 1, é a introdução, que faz um breve resumo do que será
abordado nesta pesquisa.
No capítulo 2, trata sobre o memorial de vida, relatando a vida acadêmica,
profissional e as expectativas quanto ao curso de especialização e o tema escolhido
para o desenvolvimento do trabalho.
O capítulo 3, fala sobre a revisão de literatura, que é a síntese do referencial
teórico buscado para dar embasamento à pesquisa, através dos autores que
abordam sobre o tema proposto.
No capítulo 4, mostra a proposta de intervenção, a caracterização da unidade
escolar estudada e a metodologia aplicada com técnicas que visem atingir o objetivo
do trabalho.
13
2. MINHAS MEMÓRIAS
2.1. VIDA ACADÊMICA
Meu nome é Caliandra Medeiros Pinto Mendes. Nasci em Barra do Rocha, no
interior da Bahia, no dia 29 de julho de 1982. Sou casada há 4 anos com Alex
Mendes Souza, cristã da Primeira Igreja batista de Barra do Rocha, licenciada em
Ciências Biológicas pela UESB, professora, e atualmente coordenadora pedagógica
da Escola Municipal Angelina Leal.
Minha jornada na educação começou em 2004, quando tranquei o curso de
Enfermagem, pois tinha sido aprovada no vestibular de biologia e tive a
oportunidade de lecionar no Ensino Fundamental II. No início, conciliar o trabalho e
o estudo foi bem puxado para mim, pois meu curso era diurno na cidade de Jequié,
enquanto o trabalho era à noite, no município em que moro. Mas consegui com o
tempo e a ajuda dos colegas e familiares passar por esse período de adaptação de
forma tranquila. Durante a graduação, tive oportunidade de participar de vários
workshops promovidos pela instituição, bem como congressos e curso de extensão,
todos voltados para área biológica ou educacional. Concluí a graduação em 08 de
agosto de 2008 e comecei uma pós em Educação Ambiental no início de 2009.
Inscrevi-me pela Plataforma Freire para segunda licenciatura, desta vez em inglês,
porém não abriu turma e acabei não cursando outra licenciatura.
No ano de 2013 fui convocada pela Secretária de Educação Jeruza Rocha,
do Município de Barra do Rocha, para ser tutora do PROGESTÃO. No início recusei
devido à imensa responsabilidade do programa, mas acabei aceitando e realmente
foi uma experiência marcante pra mim. Pude olhar a gestão escolar com outros
olhos, e compreender mais sobre o papel da escola na sociedade e para seus
alunos.
O programa contou com 10 módulos, e cada um tratava de um tema diferente,
mas interligados no processo escolar. Antes, começava com o módulo I, porém com
as mudanças ocorridas, os responsáveis viram que a dinâmica de estudo dos
módulos poderia variar, e demos início com o último módulo, onde tratamos sobre o
IDEB das escolas. Em seguida sobre os tipos de avaliações escolares, a inserção e
importância social da escola na comunidade, as questões financeiras, entre outros,
14
quando concluímos os módulos, percebi que estudei a escola como um todo. Foi tão
interessante essa fase que me propus a ficar com a próxima turma do programa,
porém o município não participou da nova edição.
2.2. VIDA PROFISSIONAL
Meu primeiro emprego foi no CEMMO (Centro Educacional Manoel Muniz de
Oliveira), em Barra do Rocha, no ano que comecei a estudar biologia. Durante o dia,
estudava e à noite dava aula de ciências e artes. De início foi difícil me adaptar a ter
os três turnos praticamente ocupados, sem tempo de desenvolver outras atividades
a não ser acadêmica e profissional, porém com o tempo, fui conseguindo conduzir
de forma que não me atrapalhava. Assim tornando possível desenvolver um bom
trabalho e continuar cursando a faculdade com qualidade. Meus pais sempre foram
meu apoio constante, presentes em todos os momentos, sendo exemplos também
de luta e de profissionais compromissados.
Lecionei de 2004 a 2012 no CEMMO. No ano de 2013 com a nova gestão no
município, fui designada coordenadora do mesmo colégio, porém foi um ano atípico,
pois não sabia como desenvolver essa responsabilidade. Quando falo do ano de
2013, digo que não fui uma coordenadora, mas uma articuladora no colégio, pois o
papel de coordenador que deveria fazer, não fiz. Também à noite, lecionei no
Colégio Estadual Antonio Motta Bittencourt, às turmas de 2º e 3º ano a disciplina de
biologia, e do 6º ao 9º ano a disciplina inglês.
Então, em 2014 fui designada para coordenar a Escola Angelina Leal, mais
uma vez o frio na barriga, pela responsabilidade de uma escola de ensino
fundamental II. Porém, durante esse ano, tive ajuda de muitos profissionais que já
tinham atuado na área, além de professores que também se mostraram abertos em
dividir as experiências, o que tornou o trabalho prazeroso e consegui aprender um
pouco mais. E, graças a Deus, obtivemos bons resultados e dando continuidade a
esse trabalho no presente ano. Durante esses quase dois anos a escola participou
de alguns programas, dentre eles o Mais Educação, o qual pude acompanhar um
pouco e me interessei bastante sobre o seu funcionamento e sua proposta de
funcionamento integral, sendo um complemento nos estudos do aluno.
15
2.3. EXPECTATIVAS
O curso de especialização em coordenação veio na hora certa na minha vida
profissional. Apesar de ter trabalhado 2 anos como coordenadora, ainda não me
sinto totalmente segura na minha função. Sinto muitas dúvidas de como um
coordenador deve agir. Portanto sou bastante empolgada com o curso, pois tenho
aprendido através dos componentes, dos professores, do material disponibilizado
para estudo; tenho visto a coordenação com um novo olhar, e isso é de grande
importância na minha formação, podendo trabalhar com segurança, de forma que
ajude no desenvolvimento da escola, bem como no trabalho com os professores,
visando sempre o aluno, que é o foco principal da educação.
E, quando foi para escolher o tema para o TCC, confesso que demorei
pensando para não tomar uma decisão sem base. Então li sobre os temas propostos
e, apesar de todos serem voltados para a educação, sempre tem aquele no qual
temos curiosidade e queremos entender como funciona e como pode ajudar nesse
processo. Por isso, escolhi Políticas Públicas em Educação, onde falo sobre o Mais
Educação, que é uma política educacional de ação contra a exclusão social e
pobreza, bem como uma proposta integral nas escolas, com o intuito de minimizar
as deficiências na área de aprendizado, principalmente em escolas com baixo Ideb.
Com isto, o trabalho é um estudo sobre os impactos deste programa em relação ao
rendimento escolar dos alunos, a frequência, disciplina e comportamento dos
mesmos.
16
3. REVISÃO DE LITERATURA
O presente trabalho discute as políticas públicas educacionais,
especificamente os impactos do programa Mais Educação na Escola Municipal
Angelina Leal, em relação ao rendimento escolar dos alunos, a frequência,
disciplina e comportamento, já que o mesmo é uma política educacional vigente com
proposta de educação integral e sócio educativa.
As políticas públicas educacionais norteiam a ação do poder público na
melhoria da educação através dos princípios de colaboração, inclusão, autonomia e
democracia, encontrando apoio nos regulamentos e leis. Apesar de pouco
conhecida as políticas públicas educacionais, podemos destacar várias políticas com
o objetivo de melhorar o desempenho escolar, a qualidade dos serviços
educacionais e garantir o direito a educação. Conhecer a política educacional e a
sua implementação nas escolas é de grande importância para a elaboração do seu
Projeto Político pedagógico.
A partir do Plano nacional de educação -PNE, aprovado pela Lei 10.172,
cada município é estimulado a elaborar seu Plano Municipal de Educação,
observando a qualidade do ensino e desempenho escolar como meta , eliminando
assim a evasão, defasagem idade-série, e a reprovação, bem como aperfeiçoar a
formação dos profissionais de educação. Se não houver observação quanto ao
rendimento e desempenho escolar do aluno, consequentemente o resultado é a
reprovação, ou até mesmo uma aprovação sem significado, e a exclusão social.
Para Saviani (2008, p.22), “o PDE é a primeira política pública educacional a
encarar a questão da qualidade de ensino como prioridade. Mas ele é só o primeiro
passo.”. Dentre as metas e ações do PDE, o Programa Mais Educação é o que
concretiza a educação integral por dar continuidade às aulas, em turnos opostos,
apesar de ser de forma diferenciada, acontece no próprio âmbito escolar. Conforme
afirma Saviani (2007), o Programa Mais Educação: propõe a ampliar o tempo de
permanência dos alunos nas escolas, o que implica também a ampliação do espaço
escolar para a realização de atividades educativas, artísticas, culturais,esportivas e
de lazer, contando com o apoio dos ministérios da Educação, Cultura, Esporte e
Desenvolvimento Social.
Segundo Neto, 2002, p. 5 :
17
O estudo sobre as políticas educacionais tem ganhado maior amplitude na
última década. Isso se deu, em grande parte, em virtude de a História da
Educação ter redimensionado suas fontes de pesquisa. Assim, convenções,
leis, decretos, campanhas publicitárias, parâmetros curriculares,
instrumentos gerenciais, planos nacionais e regionais, têm sido
considerados fontes de estudo, além de o próprio conceito de educação vir
sofrendo revisões e reinterpretações sob novos enfoques e contribuindo
para uma discussão mais acurada acerca da educação no contemporâneo.
A legislação regulamentar do Programa Mais Educação (PMEd) é a Portaria
Normativa Interministerial nº. 17, de 24 de abril de 2007 (BRASIL, 2007), que
instituiu o programa visando fomentar a educação integral para crianças,
adolescentes e jovens. Esta portaria foi firmada entre os Ministérios da Educação
(MEC), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Esporte (ME) e da
Cultura (MINC) e fomentado pelos Programas Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e o
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) através do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) como mais uma ação para contribuir tanto
com a diminuição das desigualdades educacionais, quanto com a valorização da
diversidade cultural brasileira na luta contra a pobreza, a exclusão social e a
marginalização cultural; apostando na ampliação do tempo e espaços educativos
como solução para a problemática da qualidade de ensino.(BRASIL, 2011)
Para Ana Cavaliere (2010), a educação integral é uma ação educacional que
envolve diversas e abrangentes dimensões da formação dos indivíduos, e quando
referida à educação escolar, apresenta o sentido de religação entre a ação
intencional da instituição escolar e a vida no sentido amplo.
Na década de 90, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o país abarca com maior compreensão a
proposta da educação integral como uma solução para o melhor desenvolvimento
na qualidade do ensino e para atender às questões sociais de muitas crianças em
situações de vulnerabilidade. Pois, a educação integral faz uma articulação entre o
poder público, as ações sociais e as necessidades básicas do aluno quanto ao
ensino aprendizagem.
18
A educação integral proposta, tem sua estrutura baseada no currículo
escolar, e é concretizada através das oficinas oferecidas pelo programa Mais
Educação, que completa a carga horária dos alunos com aulas voltadas para a
linguagem, disciplina, esporte e lazer. Dando uma nova visão ao aluno, com aulas
práticas e diferenciadas que complementam seus estudos e consequentemente uma
mudança de vida, tornando-o crítico e reflexivo.
Como afirma Anísio Teixeira, 1997:
“a escola deve ensinar a todos a viver melhor, a ter a casa mais cuidada e mais
higiênica; a dar às tarefas mais atenção, mais meticulosidade, mais esforço e maior
eficiência; a manter padrões mais razoáveis de vida familiar e social; a promover o
progresso individual, através os cuidados de higiene e os hábitos de leitura e estudo,
indagação e crítica, meditação e conhecimento”. (Teixeira, 1997, p. 82)
Para Anísio Teixeira, a escola é um apoio à família, não a substitui, mas
completa sua função de educar,
“A escola ampliou os seus deveres até participar de todos os deveres do lar,
assumindo a responsabilidade de dar às crianças todas as condições que lhe
asseguram – ou lhe deviam assegurar – na família, a continuidade e a integridade de
uma ação formadora completa. Educação e não instrução apenas. Condições de vida
e não condições de ensino somente. Mas nem por isso a escola substitui
integralmente o lar”. (Teixeira, 1997, p. 65).
Portanto, ao observar o andamento das aulas do Mais Educação e a
participação dos alunos, pudemos ver o envolvimento, a desenvoltura deles e
consequentemente os bons resultados no desempenho escolar e na socialização
entre os colegas. Essa observação permitiu vermos o que estava dando certo ( as
oficinas em que os alunos mais participavam), as ações que precisavam ser revistas
( como exemplo a metodologia dos oficineiros do Mais Educação, que eram sem
criatividade e estratégias para envolver os alunos), e com isso nos orientando em
relação as táticas a serem usadas para estimular os alunos a continuarem no
programa.
O Mais Educação,
“é a conquista efetiva da escolaridade dos estudantes, através da ampliação
de experiências educadoras, as práticas realizadas além do horário escolar
19
precisam estar sintonizadas com o currículo e os desafios acadêmicos. Este
trabalho tem como objetivo auxiliar na construção de espaços de interseção
de tal forma que os conhecimentos escolares tenham condições de trocas
com os conhecimentos locais e vice-versa. Espera-se, assim, colaborar para
a elaboração de um paradigma de educação integral que reúna diversas
áreas, experiências e saberes. (MEC, 2009, p.15)
O programa é implementado por meio do apoio à realização, em escolas e
outros espaços sócio-culturais, de ações sócio-educativas no contraturno escolar,
incluindo os campos da educação, artes, cultura, esporte, lazer, mobilizando-os para
a melhoria do desempenho educacional, ao cultivo de relações entre professores,
alunos e suas comunidades, à garantia de proteção social da assistência social e à
formação para a cidadania, incluindo perspectivas temáticas dos direitos humanos,
consciência ambiental, novas tecnologias, comunicação social, saúde e consciência
corporal, segurança alimentar e nutricional, convivência e democracia,
compartilhamento comunitário e dinâmica de redes. (BRASIL, 2007)
20
4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A Escola Municipal Angelina Leal, está localizada no Bairro Firmo Ferreira
Leal, no município de Barra do Rocha. Funciona nos três turnos, sendo que nos
turnos matutinos e vespertinos atende aos 4º e 5º anos do ensino fundamental I, e
no noturno a turma da EJA. O número de alunos matriculados este ano foram de
214 incluindo os três turnos. Possui 4 salas de aula, todas climatizadas neste ano de
2015, um laboratório de informática, onde funciona também a biblioteca, uma
secretaria, uma cozinha, 2 banheiros para alunos e um para os funcionários, e um
pátio de recreação. Apesar de ser a única escola na cidade que atende os 4º e 5º
anos do Ensino Fundamental I, é ainda vista de forma estigmatizada pela
comunidade como de periferia, pois é localizada num bairro distante e a estrutura
física da escola é toda murada e com grades. O município segundo o IBGE tem
aproximadamente 6 mil habitantes, e a maior fonte de emprego dos moradores da
cidade é a prefeitura, aqueles que não trabalham lá, tem pequenos comércios, são
diaristas ou vivem do bolsa família.. Portanto, a maioria dos alunos são de famílias
de baixa renda.
O quadro de funcionários é composto por: um diretor, um vice diretor, um
coordenador, um supervisor pedagógico, um auxiliar de secretaria, um secretário,
sete professores, quatro serventes. Os professores são graduados, e alguns
possuem especialização. Os professores do noturno são vinculados ao programa
PEJA (Programa de educação de Jovens e Adultos) e são quatro. A meta do IDEB
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ) da escola no ano de 2013 era de
3,4, porém alcançou 3,6 superando as expectativas, o que se espera para o
resultado deste ano também.
O programa Mais Educação atendeu inicialmente as escolas das capitais e de
regiões metropolitanas que tinham o IDEB baixo, requerendo prioritariamente as
ações de políticas públicas. Porém, só entrou em vigor na escola no ano de 2014, e
pudemos acompanhar de perto as ações e os resultados desta política pública
educacional.
De início nos foram apresentados o programa que é dividido em
macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Meio Ambiente; Esporte e Lazer;
Direitos Humanos em Educação ; Cultura e Artes; Inclusão Digital; Prevenção e
21
Promoção da Saúde; Educomunicação; Educação Científica; Educação
Econômica e Cidadania. Dentre esses, diante da necessidade e do público alvo da
escola foram escolhidos 5 macrocampos com suas respectivas oficinas:
Quadro 1- Oficinas por macrocampo
MACROCAMPOS OFICINAS
1- Acompanhamento Pedagógico Letramento
2- Esporte e Lazer Judô
3- Cultura e Artes Capoeira
4- Educomunicação Jornalismo
5- Inclusão Digital Informática
Fonte: Escola Municipal Angelina Leal
Essa escolha partiu do princípio de que as oficinas estivessem de acordo com
as atividades já desenvolvidas na escola, ou que seriam as apropriadas para o
público alvo da escola, que atende alunos de 9 a 12 anos. Então, automaticamente
no ato da matrícula, os pais ou responsáveis escolhiam quais macrocampos os
alunos iriam participar, sendo que o de Acompanhamento Pedagógico torna-se
obrigatório, pois está direcionada à atividades pedagógicas de diferentes áreas do
conhecimento, proporcionando um apoio aos educandos em dificuldade de
aprendizagem. Esse macrocampo tem sua metodologia voltada à atividades lúdicas
no processo de ensino, tornando o antigo “reforço” escolar, em algo significativo,
mais dinâmico e prazeroso.
As ações do programa acontecem no turno oposto das aulas, de acordo com
um cronograma semanal dos horários e locais onde acontecem cada oficina, pois
devido ao tamanho da escola, foi necessário encontrar outro espaço para
desenvolver algumas das oficinas do programa.
No macrocampo de Acompanhamento Pedagógico, a escola optou pela
oficina letramento/alfabetização, pois muitos dos alunos chegam à unidade escolar
sem o conhecimento adequado e previsto na leitura e escrita para as séries que vão
cursar, o que é algo gritante nas turmas finais do Ensino Fundamental I, onde eles já
22
devem ter noção dessas habilidades e competências. Em esporte e Lazer, a unidade
escolar optou pelo judô, pois já havia uma escolinha na cidade e muitos dos alunos
queriam participar e não podiam comprar o fardamento, então foi feita essa escolha
como forma de agregar um maior número de turmas possíveis, além de trabalhar a
disciplina, a socialização com os colegas e as habilidades corporais através das
lutas.
No macrocampo Cultura e Artes, escolheu-se a capoeira, com o intuito de
resgatar e valorizar a cultura local. Em Educomunicação, a escola viu no jornalismo
uma forma de ajudar os alunos a se expressarem melhor, serem mais
independentes e desenvoltos na fala e, consequentemente na escrita. No
macrocampo Inclusão Digital, a escola viu a necessidade dos alunos estarem
inseridos no mundo globalizado, com os recursos da era digital, permitindo esse
acesso que muitos não tem condições de ter, e que é de grande ajuda no processo
de ensino aprendizagem.
No programa Mais educação se esclarece, tanto na portaria como nos
documentos de referência pedagógica, seu objetivo e finalidades em cultivar
relações entre escola e comunidade, “promovendo a aproximação entre a escola, as
famílias e as comunidades mediante atividades que visem a responsabilização e a
interação com o processo educacional, integrando os equipamentos sociais e
comunitários entre si e à vida escolar”. (BRASIL, 2007)
Após a escolha das oficinas, foram escolhidos os monitores com as
habilidades para cada área, e separados os kits para serem entregues aos alunos.
Com isso em mãos, passamos a acompanhar as oficinas, e percebemos o
envolvimento dos alunos em algumas oficinas mais do que em outras, o que nos
leva a essa pesquisa ação, com o intuito de descobrir o que mais atrai e o que mais
funciona na ação do programa Mais Educação, e o que podemos fazer para
melhorar.
4.1. METODOLOGIA
A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é
concebida e realizada em estreita associação com urna ação ou com a resolução de
um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos
23
da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
(THIOLLENT, 1986, pg 14).
Para desenvolver essa proposta de intervenção, foi escolhida uma turma
atuante e participante das oficinas do Mais Educação e seu professor titular da sala
de aula, onde aplicamos dois questionário. Essa ação foi a forma que encontramos
para avaliarmos os impactos do programa Mais Educação na Escola Municipal
Angelina Leal, e os entrevistados foram de grande importância, para sabermos se
esses impactos tem sido positivos, se os alunos tiveram um bom desempenho
escolar após a participação nas oficinas, e se houve alguma que não funcionou
como esperado, ouvirmos a opinião deles para buscarmos formas de melhorar essa
ação. “Os princípios. gerais da elaboração de questionários e formulários
convencionais são úteis para que os pesquisadores possam dominar os aspectos
técnicos da concepção, da formulação e da codificação.” (THIOLLENT, 1986)
O objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, em
esclarecer os problemas da situação observada. (THIOLLENT, 1986)
De início foi feito um cronograma para o desenvolvimento da pesquisa na
unidade escolar:
Quadro 2- Cronograma de ações.
AÇÃO NOVEMBRO DEZEMBRO
Diálogo com a equipe gestora para
apresentar a proposta de intervenção X
Questionário ao professor titular X
Questionário aos alunos X
Após a apresentação da proposta, aplicamos o questionário com o professor
da turma, através de uma conversa informal, deixando-o livre para apresentar suas
convicções em relação ao programa. A primeira pergunta foi sobre como o professor
avalia o programa Mais educação?
24
Através das perguntas, o professor avaliou o programa como uma política
voltada para a melhoria da educação, com propostas diferentes em alguns
macrocampos, possibilitando aos alunos uma vivência diferenciada de uma
educação integral. Segundo ele, o Mais Educação garante aos seus alunos
possibilidades de uma educação que só os mais abastados da sociedade possuem.
Disse também ter ouvido uma entrevista do Ministro da Educação dizendo que
haveria mudança no programa, dando mais ênfase e prioridade ao macrocampo
Acompanhamento Pedagógico, pois não estava dando o resultado esperado no
IDEB das escolas. O qual o mesmo professor citou que se houver essas mudanças,
que não se esqueçam dos outros macrocampos ao dar prioridade somente em um.
O professor também comentou que alguns dos seus alunos tiveram um
avanço no processo de ensino aprendizagem, bem como no comportamento e
rendimento escolar. “Aqueles alunos que levaram a sério seus estudos, também
tiveram uma boa participação nas oficinas do Mais Educação. Não posso garantir
que isso seja só mérito do programa, mas desde que começaram as oficinas em
turno oposto, pude perceber uma melhor disciplina deles nos estudos e no
envolvimento das atividades escolares.” (Professor x) As oficinas em que seus
alunos mais citam em sala de aula, afirmando serem as melhores são judô,
jornalismo e capoeira.
Num segundo momento, foram feitas perguntas aos alunos sobre a oficina
que mais gostam e a que menos gostam de participar. Das 05 modalidades citadas,
04 foram unânimes (capoeira, judô, informática, jornalismo) de serem as mais
requisitadas, com maior quantidade de alunos e a que teve menos aceitação foi a de
Letramento. Ao serem questionados sobre a causa disso, a maioria afirmou que
parece que eles continuam na sala de aula, com aquela forma tradicional de ensinar,
sem atrativos para permanecerem na oficina. Quanto ao comportamento e
desempenho escolar, eles comentam que melhoraram, pois os monitores das
oficinas deixam claro que para eles continuarem participando das oficinas, tem que
mostrar resultados positivos no processo escolar.
Apesar de se esperar que o letramento tivesse uma metodologia diferente,
percebemos que os alunos não se identificam, achando que é uma continuação da
sala de aula. Com base no que observamos e ouvimos, pode-se perceber que isso
acontece devido ao pouco conhecimento do monitor na área do letramento. Muitas
25
vezes o professor requisitado para essa função tem muitos anos de experiência em
sala de aula, porém falta a didática, a dinâmica dessa nova metodologia de ensino
integral, fazendo com que o aluno falte a oficina por falta de interesse.
Diante disso, pretendemos propor para o ano letivo de 2016 uma capacitação
diferenciada para o monitor do macrocampo Acompanhamento Pedagógico, de
forma que torne suas aulas mais atrativas e dinâmicas, usando o lúdico ao seu
favor; estimular a participação dos alunos nesta oficina, tornando-os protagonistas
destas ações; envolver os pais e a comunidade neste processo.
4.2. OPERACIONALIZANDO A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA OS MONITORES DO MAIS EDUCAÇÃO
LOCAL: Auditório do Centro Educacional Manoel Muniz de Oliveira
TEMPO: 40 horas distribuídas em 5 encontros
PERÍODO: março a julho de 2016
PÚBLICO ALVO: monitores
RESPONSAVÉL: Caliandra Medeiros Pinto Mendes
4.2. OBJETIVO:
Desenvolver instrumentos que facilitem o planejamento pedagógico dos
monitores; fornecer orientações para a utilização do material didático de cada
oficina; repensar a metodologia apresentada durante as oficinas de forma mais
dinâmica; aproximar os monitores do Mais Educação a equipe gestora da escola.
4.2.2. DESENVOLVIMENTO
Após o levantamento da quantidade de alunos, dos monitores, da separação
do material didático e dos espaços onde ocorrerão as oficinas escolhidas para o ano
letivo, iniciam-se as aulas do Mais Educação. Portanto, ao término desse processo,
a oficina de capacitação para os monitores terá início no mês de março, finalizando
no mês de novembro. Com carga horária total de 40 horas distribuídas em 5
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encontros de 8 horas, os encontros acontecerão no auditório Eraldo Tinôco, no
Centro Educacional Manoel Muniz de Oliveira, por contar com um espaço amplo e
estruturado.
As oficinas serão voltadas especificamente para os monitores do Mais
Educação, porém, como a escola tem autonomia na escolha das atividades do
programa, é importante a participação da equipe gestora da Escola Municipal
Angelina Leal, havendo assim um diálogo entre as duas esferas, para que a
proposta do programa esteja inserido e de acordo com as ações propostas no
Projeto Político Pedagógico da escola.
Os encontros ocorrerão na primeira semana de cada mês. No primeiro
encontro será explanado para os monitores o que se refere a oficina de capacitação,
seus objetivos, sua carga horária, a importância do Mais Educação, sua influência
na vida escolar do alunos e quais os resultados esperado nas aulas do Mais
Educação, ou seja, oficinas mais atrativas, com maior participação dos alunos e um
melhor desempenho escolar.
No segundo encontro, os monitores terão uma explanação sobre aulas de
didática, orientando-os como ensinar, como desenvolver as atividades propostas do
seu macrocampo. O terceiro momento trabalharão com os jogos e atividades lúdicas
de cada oficina, pois o monitor precisa se apropriar das ferramentas que sua
modalidade disponibiliza. No quarto encontro os monitores irão apresentar suas
oficinas, as mudanças que ocorreram após essa capacitação e os resultados
obtidos. O quinto encontro será um momento de descontração e socialização, para
todos confraternizarem.
Apesar de haver encontros entre o coordenador do programa e os monitores,
essa capacitação tem uma proposta diferenciada, com o intuito de orientar
especificamente para cada oficina, onde os monitores aprenderão como envolver
seus alunos através de uma aula dinâmica e com foco no que é proposto. A cada dia
torna-se essencial que o professor ou monitor tenha clareza e o domínio do que irá
transmitir e desenvolver com os alunos, pois num mundo cheio de informações,
necessita-se filtrar aquilo que realmente importa no processo ensino aprendizagem.
Os recursos utilizados durante a capacitação será o Datashow, som,
notebook, microfone, material impresso, papel ofício, lápis, canetas, hidrocor, lápis
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de cor, quadro branco, marcador permanente, marcador para quadro branco, papel
madeira, jogos lúdicos.
Quadro 3- Cronograma da oficina de Capacitação
ATIVIDADE MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO
1-Apresentação da oficina de
capacitação
X
2- Aula didática x
3- Aula com jogos X
4- Aula de demonstração dos
resultados pelos monitores
X
5- Confraternização X
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao conhecermos um pouco do programa Mais Educação e sua relação com o
desempenho escolar do aluno, pudemos perceber que uma educação integral de
qualidade, independente da sua forma de atuação, desde que seja organizada e
com propósito de ensino qualificado, pode fazer a diferença na vida de alunos em
situações de vulnerabilidade social, e com problemas de aprendizagem.
A escola tem um papel de grande importância social na vida de seus
educandos, portanto, todas as suas ações devem estar propostas no seu projeto
político pedagógico, e, consequentemente ligados ao programa Mais Educação, de
forma que apresente quais são as reais necessidades dos alunos. A condição
necessária para que se tenha uma educação integral é a existência de um currículo
que integre os turnos, que as atividades de todas as áreas do conhecimento sejam
intencionalmente planejadas e articuladas (GADOTTI, 2009)
Através do questionário aplicado para a fundamentação deste trabalho,
percebeu-se que o Mais Educação apresenta impactos relevantes no desempenho
escolar do aluno, pois ao participarem do programa eles não só tem a informação,
como o articula com sua realidade. Percebeu-se também o desinteresse na oficina
de letramento, o que levou a conclusão de que a metodologia e os recursos
utilizados nesta modalidade não tem sido diferenciada nem atrativa para os alunos.
O que nos leva a proposta de intervenção que é a Oficina de Capacitação dos
Monitores, pois, por intermédio delas, os oficineiros estarão sendo orientados a
desenvolverem um trabalho mais específico e qualificado, de forma dinâmica,
atraindo assim a participação dos envolvidos.
Portanto, ao promover essa capacitação aos monitores do programa Mais
Educação, principalmente trabalhando a parte pedagógica, espera-se que haja uma
mudança positiva na forma como é trabalhada as oficinas, em especial a de
letramento e com isso contribuir para que o programa continue dando o retorno de
alunos com bom rendimento escolar, alta frequência, disciplina e comportamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Portaria Normativa Interministerial nº 17, de 24 de Abril de 2007.
Institui o Programa Mais Educação. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1290
7:legislacoes&catid=70:legislacoes.
CAVALIERE, Ana Maria. Educação Integral. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade.
et al. Dicionário trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte:
UFMG/Faculdade de Educação, 2010, CD ROM.
GADOTTI, Moacir. Educação Integral no Brasil: inovações em processo.
São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009
NETO, Marcelo de Sousa . Políticas Públicas em Educação: reflexões
histórico- sociais, 2002. Disponível em:
<http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/evento2002/GT.
3/GT3_8_2002.pdf>. Acesso em novembro 2015.
________PROGESTÃO: Como articular a gestão pedagógica da escola
com as políticas da educação para a melhoria do desempenho escolar?,
módulo x/ José Vieira de Sousa; Katia Siqueira de Freitas. Coordenação
Geral: Lílian Barboza de Sena – Brasília: CONSED – Conselho Nacional de
Secretários de educação, 2009.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico crítica: Primeiras aproximações.
São Paulo: Autores Associados, ed. rev Campinas: Autores Associados,
2007.
TEIXEIRA, A. (1997). Educação para a democracia. Rio de Janeiro:
Ed.UFRJ. (Original publicado em 1936)
30
THIOLLENT, Michel, 1947- Metodologia da pesquisa-ação / Michel
Thiollent. -São Paulo : Cortez : Autores Associados, 1986. (Coleção temas
básicos de pesquisa-ação).
_______. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos
pedagógicos de educação integral: caderno para professores e diretores
de escolas. – 1. ed. – Brasília : Ministério da Educação, 2009.
---------- Vivenciando o desfio da aprendizagem nas séries iniciais: a
experiência de Sobral/CE. Brasília: INEP, 2005, p.32
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APÊNDICE
QUESTIONÁRIO PARA PROFESSOR
1- Como você avalia o programa Mais educação?
2- O programa ajudou no desenvolvimento e aprendizagem do aluno? No
rendimento escolar? No comportamento?
3- Há alguma oficina que seus alunos mais gostem?
QUESTIONÁRIO PARA ALUNO
1- Qual a oficina que você mais gosta? 2- Qual a oficina que você não gosta de participar? Porque?
3- Seu comportamento melhorou depois de participar das oficinas?