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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
CURSO DE MATEMÁTICA LICENCIATURA
FABRÍCIO GOMES DE ABREU
JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Santa Maria, RS
2016
Fabrício Gomes de Abreu
JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Matemática Licenciatura, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para obtenção do
título de Licenciado em Matemática.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Fajardo
Santa Maria, RS
2016
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Fabrício Gomes de Abreu
JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Matemática Licenciatura, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para obtenção do
título de Licenciado em Matemática.
Aprovado em 05 de julho de 2016:
Ricardo Fajardo, Dr. (UFSM) (Orientador)
Karine Faverzani Magnago, Dra.(UFSM)
Celene Buriol , Dra. (UFSM)
Santa Maria, RS
2016
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus por me acompanhar todos os dias na realização de um sonho.
Agradeço a minha mãe, meu pai, meu irmão, minha irmã e minha esposa por sonharem juntos comigo, por me apoiarem e por estarem sempre do meu lado
mesmo estando às vezes longe em missões aéreas.
A minha mãe e meu pai que mesmo longe por estarem sempre prontos para me ajudar, mesmo não sabendo no que.
Ao meu irmão pelos conselhos, pelos livros e pelos conselhos incansáveis de não desistir de um curso tão árduo
Aos meus tios e primos que me acompanharam nessa etapa.
A minha segunda família: Galera IBC, que participou de toda jornada e meu deu apoio e alegria em chegar ate aqui.
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RESUMO
JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
AUTOR: FABRÍCIO GOMES DE ABREU ORIENTADOR: RICARDO FAJARDO
Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre Educação Matemática apontando aspectos relativos aos jogos e suas possibilidades de contribuição para o ensino e a aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Em especial, visa destacar as possibilidades de explorar a ludicidade presente nos jogos como aliada a educação ao serem inseridos na sala de aula. Além de questões teóricas relativas ao tema, são trazidos resultados de uma pesquisa realizada com professores por meio de questionários que objetivaram investigar sobre como professores da rede estadual e particular utilizam os jogos em seu cotidiano escolar. O trabalho é apresentado em três capítulos, tratando respectivamente sobre: um estudo sobre os jogos e a educação, jogos e educação matemáticas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e alguns jogos matemáticos que podem ser usados como meio de instrumento facilitador e agregador do conhecimento.
Palavras- chave: Ensino-Aprendizagem. Jogo. Educação Matemática.
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ABSTRACT
GAMES AND MATHEMATICS EDUCATION : A STUDY IN THE EARLY YEARS TEACHING FUNDAMENTAL .
AUTHOR: FABRÍCIO GOMES DE ABREU ADVISOR: RICARDO FAJARDO
This paper presents some reflections on mathematics education pointing aspects of the games and their contribution possibilities for teaching and student learning in the early years of elementary school. In particular, it aims to highlight the possibilities of exploring the playfulness present in games like combined with education to be inserted in the classroom . In addition to theoretical questions about the topic , results of a survey of teachers are brought through questionnaires that aimed to investigate how teachers of state and private network use the games in their school routine . The work is presented in three chapters , dealing respectively on : a study on the games and education, games and mathematical education in the Early Years of Elementary School and some mathematical games that can be used as a means of facilitator and aggregator tool of knowledge .
Keywords: Teaching and Learning . Game. Mathematics Education .
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 7
2 UM ESTUDO SOBRE JOGOS E EDUCAÇÃO .................................. 10
2.1 ALGUNS ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE O JOGO ................................. 10
2.2 JOGO E EDUCAÇÃO ......................................................................................... 11
2.3 O JOGO E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ....................................................... 14
2.4 A LUDICIDADE ................................................................................................... 16
3 JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: A PESQUISA COM PROFESSORES ........ 18
4 ALGUNS JOGOS MATEMÁTICOS QUE PODEM SER USADOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................. 22
4.1 XADREZ............................................................................................................... 23
4.2 BOLICHE MATEMÁTICO................................................................................... 24
4.3 PENTABOL .......................................................................................................... 25
4.4 ALVO MATEMÁTICO ......................................................................................... 26
4.5 EQUILIBRANDO O BASTÃO ............................................................................ 27
4.6 JOGO DAS TAMPINHAS ................................................................................... 28
4.7 DESENHANDO COM TANGRAM ..................................................................... 29
4.8 CALCULANDO AS FORMAS GEOMÉTRICAS ............................................... 30
4.9 DOMINÓ GEOMÉTRICO ................................................................................... 31
4.10 TORRE DE HANÓI ............................................................................................. 32
4.11 ENIGMATEMÁTICA VOLUMÉTRICA ............................................................... 33
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 37
7
1 INTRODUÇÃO
A construção desse trabalho começou por meio de um filme que assisti
chamado “Lances Inocentes” criado em 1993 pelo diretor Steven Zailian, que
comenta e retrata sobre uma criança de 10 anos que era um gênio em jogos,
especialmente em xadrez e seu desenvolvimento na escola era espetacular,
reflexo da sua vida cotidiana com os jogos. Por tal, veio em minha mente a
questão da problematização: qual a potencialidade do jogo enquanto
instrumento de ensino e aprendizagem da matemática nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental?
A temática aqui elaborada está voltada a utilização de jogos como auxiliadores
de aprendizagem. Este assunto ainda é muito pertinente no âmbito escolar e traz
desconfiança de seus resultados pedagógicos por alguns professores que não veem
o jogo como instrumento pedagógico. Por esta razão, gostaria de apresentar esta
temática para auxiliar os professores a trabalhar a matemática com seus alunos, de
maneira diferente, saindo da rotina das aulas tradicionais e trazendo para as salas a
realidade social que seus alunos vivem através da ludicidade que o jogo
proporciona.
Surgiu assim, a vontade de pesquisar sobre o ensino e a aprendizagem da
matemática e sua relação com a ludicidade. Desse modo, ao desenvolver esse
estudo, o principal objetivo foi investigar quais as possibilidades que os professores
visualizam na utilização dos jogos para o ensino de Matemática nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental. Lembro de Brougère que diz que “o jogo é e permanecerá
amiúde como uma atividade prática essencial” (BROUGÈRE, 1998, p.123), para
pensar que pode haver possibilidades de transformar os conteúdos trabalhados em
aula que se dizem “mais difíceis” pelos alunos em conteúdos de fácil compreensão e
entendimento através dos jogos desenvolvidos especificamente para aquele
conteúdo e para a realidade em quais os alunos estão expostos. Por meio de
leituras pude notar que é necessário entender e ajudar a desenvolver propostas de
ações educativas novas em que envolvam os alunos de maneira mais divertida e
inovadora.
8
Assim, como diz D`Ambrosio:
ninguém poderá ser um bom professor sem dedicação, preocupação com o próximo, sem amor num sentido amplo. O professor passa ao próximo aquilo que ninguém pode tirar de alguém, que é o conhecimento. Conhecimento só pode ser passado adiante por uma doação. O verdadeiro professor passa o que sabe não em troca de um salário (pois se assim fosse melhor seria ficar calada 49minutos!), mas somente porque quer ensinar, quer mostrar os truques e os macetes que conhece. (D`AMBROSIO,1996, p.84)
Contudo, ainda é difícil trabalhar dessa maneira, pois alguns professores não
vêem essa relação de aprendizagem, de que o jogo ajuda no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos. Assim como diz Moura:
o jogo, como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar um aluno diante de situações de jogo pode ser uma estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola, além de poder estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas. (MOURA, 2007, p.80)
Dessa forma, podemos ver a importância da utilização do jogo pelos
professores da Educação do Ensino Fundamental, como também diz Brougère: “é
preciso conciliar a presença do jogo, que responde à necessidade desde criança...”
(BROUGÈRE, 1998, p.122) porque o professor precisa fazer diferença nas
atividades desenvolvidas e aplicadas em sala de aula para que os alunos possam
aprender os conteúdos ensinados, através da realidade na qual a comunidade
escolar está inserida. Segundo Moura:
temos alguns indicadores que nos permitem inferir que estamos começando a sair de uma visão do jogo como puro material instrucional para incorporá-lo ao ensino, tornando-o mais lúdico e propiciando o tratamento dos aspectos afetivos que caracterizam o ensino e a aprendizagem como uma atividade. (MOURA, 2007, p.81)
Por essas razões entendemos a importância do jogo na educação e que seus
resultados podem ser muito satisfatórios na aprendizagem do aluno, pois até mesmo
com jogos competitivos podemos ver bons resultados, como diz Lopes:
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o exercício de jogos competitivos, quando são trabalhadas as emoções deles decorrentes, faz com que a criança internalize conceitos e possa lidar com seus sentimentos dentro de um contexto grupal, o que a prepara para a vida em sociedade. (LOPES, 2005, p.47)
E assim podemos aliar o jogo à Educação Matemática de uma maneira mais
real e concreta, em que os alunos podem se enxergar dentro das problematizações
expostas na resolução de problemas durante as aulas de matemática, como diz
D’Ambrosio: “a matemática começa a se organizar como instrumento de análise das
condições do céu e das necessidades do cotidiano” (D’AMBROSIO, 2002, p.35). Ou
seja, todo o conteúdo trabalhado tem que estar diretamente relacionado com o meio
cultural, sociológico e econômico em que os alunos estão inseridos naquele
determinado momento do período escola e seus interesses para a vida após o
término dos estudos.
Partindo do que foi exposto, desenvolvi esse trabalho em três partes. A
primeira refere-se a um estudo teórico sobre a relação que o jogo e a educação
possuem, trazendo alguns aspectos históricos do jogo, o jogo e a educação, o jogo
e a Educação Matemática. A segunda constituiu-se de uma pesquisa sobre o jogo e
a Educação Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental através de
questionários com os professores, que tinha como base as seguintes temáticas:
sobre os professores participantes; sobre a prática docente em matemática; sobre
os jogos na prática docente e sobre os alunos e a utilização dos jogos. Nessa etapa,
foram distribuídos vinte questionários sendo que oito professores responderam e
devolveram os questionários. Os questionários foram entregues para os professores
que aceitaram responder em duas escolas que visitei e mantive o contato durante o
período previsto no meu cronograma de estudo.
E a terceira parte refere-se a algumas sugestões de jogos para se trabalhar a
Educação Matemática com os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
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2 UM ESTUDO SOBRE JOGOS E EDUCAÇÃO
2.1 ALGUNS ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE O JOGO
Para começarmos a falar sobre os jogos, é necessário fazer um breve relato
sobre seu surgimento e sua história.
Não há uma data registrada para falar quando o jogo surgiu, mas acredita-se
que ele foi inventado muitos anos antes de Cristo para suprir o crescimento
intelectual das pessoas lidando com o desconhecido e incomum.
Também não há registros do primeiro jogo criado, mas os primeiros
mencionados na história são de tabuleiro e de cartas, através de pessoas
importantes como: rei Arthur e Galileu Galilei.
Os jogos antigamente não eram tão importantes como hoje na sociedade e
nem tinham o mesmo objetivo que hoje tem, e para ter esse reconhecimento no
desenvolvimento da aprendizagem que atualmente têm, passou por grandes altos e
baixos até os jogos se espalharem e se popularizarem pelo mundo.
considerado como parte da cultura popular, o jogo tradicional guarda a produção espiritual de um povo em certo período histórico. Essa cultura não oficial, desenvolvida sobretudo pela oralidade, não fica cristalizada. Está sempre em transformação, incorporando criações anônimas das gerações que vão se sucedendo. (KISHIMOTO, 1993, p. 15)
No Brasil, os jogos criados pelos índios eram bem rudimentares até a chegada de Cabral no país. Com a chegada da colonização portuguesa vieram também jogos mais elaborados, enriquecendo tanto a qualidade quanto a quantidade de jogos.
Porém, no Brasil não foi diferente do resto do mundo e os jogos passaram por grandes dificuldades para ter aceitação e respeito. Assim como diz Kishimoto: ``compreender a origem e o significado dos jogos tradicionais infantis requer a investigação das raízes folclóricas responsáveis pelo seu surgimento.`` (KISHIMOTO, 1993, p. 16)
Um dos jogos trazidos pelos portugueses foi a pipa ou papagaio que tem sua
origem oriental, mas foi apresentado ao Brasil pelos portugueses e sua popularidade
ainda é vista pelos céus, guiadas por crianças ou por adultos em qualquer classe
11
social, porem é mais utilizada até hoje pelas classes menos favorecidas pelo seu
baixo custo para produzi-las.
Os jogos também tiveram outras influências importantes, como: a indígena,
através do peão e da peteca e a africana, através da linguagem oral dos contos,
lendas e cantigas, além das mudanças que ocorreram no Brasil desde sua
descoberta até os dias atuais.
2.2 JOGO E EDUCAÇÃO
O jogo é uma ferramenta de aprendizagem muito importante para adultos e
crianças que em geral traz grandes benefícios, pois trabalha com a ludicidade,
transformando em uma ação prazerosa, envolvente e desafiante; trabalhando com
valores, através do respeito, paciência, cooperação, convivência, além de estimular
tanto a imaginação e os sentidos, como o tato e a fala.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN):
[...]é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver. (BRASIL, 1997, p. 38).
A partir do que o PCN da matemática fala, podemos ver que o jogo é um
aliado indispensável para o professor em se tratando de aprendizagem. Porém,
utilizar os jogos como instrumento de aprendizagem requer um bom planejamento
do professor para que possa ter intencionalidade e atingir os objetivos corretos, de
auxiliadores da resolução de problemas e não só como material lúdico e concreto
para diversificar os métodos de ensino das aulas.
a dúvida sobre se o jogo é ou não educativo, se deve ou não ser usado com fins didáticos poderia ser solucionada, se o educador tomasse para si o papel de organizador do ensino. Isto quer dizer que ele deve ter consciência de que o seu trabalho é organizar situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado do conhecimento a ser adquirido e de que para que o apreenda torna-se necessário um conjunto de ações a serem executadas com métodos adequados. (MOURA, p. 84, 2007)
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Nesse sentido, torna-se bem claro que o uso de jogos como materiais
didáticos nas aulas é benéfico em qualquer nível escolar, em qualquer disciplina, até
mesmo como objeto de apoio para a multidisciplinaridade das aulas e que através
desse material podemos trabalhar com a realidade da escola e de seus alunos com
situações cotidianas deles, fazendo com que eles tenham maior interesse ao realizar
as atividades propostas. Assim como diz Mauricio:
O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade. (Mauricio, pág. 3, 2009)
Porém, o jogo como instrumento de auxílio para a educação ainda é recente,
mas o seu uso traz grandes benefícios para o desenvolvimento mental e físico; para
a construção do conhecimento e para socialização dos alunos no seu período
escolar, além de ser uma ferramenta prazerosa para a aprendizagem dos conteúdos
que são trabalhados em aula. Grandes pesquisadores como: Brougère, Smole,
Kishimoto , trabalham com essa temática e trazem estudos que comprovam essa
tese.
O jogo é o relaxamento indispensável ao esforço em geral, o esforço físico em Aristóteles, em seguida esforço intelectual e, enfim, muito especialmente, o esforço escolar. O jogo contribui indiretamente à educação, permitindo ao aluno relaxado ser mais eficiente em seus exercícios e em sua atenção. Em segundo lugar, o interesse que a criança manifesta pelo jogo deve poder ser utilizado para uma boa causa. É possível dar o aspecto de jogo a exercícios escolares, é o jogo como artifício pedagógico. Enfim, o jogo permite ao pedagogo explorar a personalidade infantil e eventualmente adaptar a esta o ensino e a orientação do aluno. (BROUGÈRE, 1998, p. 54)
Nesse sentido, o jogo se torna peça fundamental para os professores que
planejam suas aulas com bastante interesse e que se importa em auxiliar a
aprendizagem de seus alunos, através de jogos de encaixe e jogos de montar.
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Atualmente os alunos que estão na escola recebem muitos estímulos fora do
ambiente escolar, através das tecnologias, como: televisão, jogos eletrônicos,
Internet, entre outros. Por isso é muito importante que o professor também leve em
consideração essa nova realidade que os alunos possuem e traga propostas de
atividades lúdicas, alegres e que estejam adaptadas à realidade e ao interesse dos
alunos da turma que vão ser desenvolvidas. Assim como diz Lopes:
a partir de um levantamento feito das causas mais frequentes das dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem, tanto da parte dos educadores como dos educandos, constatei que muitas crianças desconhecem seus potenciais porque não tiveram a oportunidade de experenciá-los, e, ao fazê-lo, aumentam a sua autoestima. Como seres capazes de realizar, de inventar coisas com utilidade, conseguem dar valor a objetos que foram feitos por suas próprias mãos, incorporam alguns valores essenciais à vida. (LOPES, 2005, p. 37)
Dessa maneira, fazer a utilização de materiais didáticos adaptados à
realidade e a idade deles, fazer com que eles criem atividades e jogos com regras,
objetivos, entre outros, origina mais facilidade e confiança para os alunos em suas
resoluções de problemas que enfrentam tanto nas aulas, como na vida de cada um.
Lopes diz que:
o trabalho de criação de jogos tem-se mostrado eficiente na prática psicopedagógica com crianças de diferentes faixas etárias, produzindo excelentes resultados psicomotores. A tarefa pode abranger desde a confecção de jogos já conhecidos até a criação de novos jogos. Muitos jogos ganham uma motivação especial quando a criança confecciona. (LOPES, 2005, p. 25)
Assim, os jogos não são apenas de lógica, são mais amplos, como o jogo
dramático e as imitações das atitudes de adultos, com a expressão corporal e a
musicalidade, com jogos de encaixe e construção, com jogos de grupos com
bolas,ou individuais de raciocínio, peças e cantigas, com brincadeiras como pique-
esconde e amarelinha, com atividades no pátio de interação com o grupo e isso
facilita a interação social, a linguagem oral e o desenvolvimento do aluno no meio
social.
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Nesse sentido, podemos ver que o jogo vai além da imaginação, das regras
muitas vezes impostas; o jogo vai proporcionando relações de aprendizagem em
diversos aspectos, pois trabalha com a imaginação e a curiosidade do aluno em
situações diversas que vão desde a resolução de problemas na escola, a resolução
de problemas individuais quanto coletivos na vida pessoal.
2.3 O JOGO E A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
A Educação Matemática parte do pressuposto de que para o ensino de
matemática ser compreendido e que a sua aprendizagem seja construída é
necessário que os alunos sejam motivados, como: através de ações educativas
lúdicas, nesse caso: o jogo.
assim, os materiais didáticos há muito vem despertando o interesse dos professores e, atualmente, é quase impossível que se discuta o ensino da matemática sem fazer referência a esse recurso... de nada valem materiais didáticos na sala de aula se eles não estiverem atrelados a objetivos bem claros e se seu uso ficar apenas restrito à manipulação ou ao manuseio que o aluno desejar fazer deles. (SMOLE, 2000, p. 170-171)
A partir dessa consideração podemos então fazer essa adesão na tão “difícil”
matemática para que as pessoas percam essa visão de dificuldade da disciplina e
facilite sua aprendizagem com métodos inovadores e menos tradicionais nas aulas,
trabalhando com coisas do cotidiano em que a comunidade escolar está inserida e a
partir dos interesses dos alunos para desenvolver as atividades. Assim como diz
Moura: “a matemática dessa forma, deve buscar no jogo (com sentido amplo) a
ludicidade das soluções construídas para as situações-problema seriamente vividas
pelo homem.” (p. 86, 2007)
Mas essas atividades antes de qualquer coisa devem ser muito bem
estudadas e exploradas pelo professor antes de levar para seus alunos, para que
alcancem os objetivos significativamente e não apenas para ilustrar.
o material didático deve fornecer elementos de articulação entre diferentes formas de conhecimento, caracterizando-se fundamentalmente como um dos recursos entre todos aqueles de que o professor pode se utilizar para levar o aluno a
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desenvolver suas competências intelectuais, e a trabalhar com as idéias matemáticas e contextos para desenvolvê-las. (SMOLE, 2000, p. 172)
Ou seja, não é simplesmente levar o jogo para diferenciar e incrementar as
aulas, mas para que através dos jogos os alunos possam ter maior facilidade na
hora de resolver problemas de qualquer natureza.
Os jogos em grupos trabalham com a cooperação e o respeito entre os
colegas, mostrando que para acabar o jogo é preciso da ajuda de todos e que se
trabalharem em equipe conseguem desenvolver as atividades de maneira mais
rápida e fácil, pois o jogo em grupo traz oportunidades de elaborar regras e condutas
que podem modificar as atitudes de individualismo que alguns alunos apresentam ao
participar desse tipo de atividade. Mas nem sempre é assim, pois a competitividade
é um fato exponencial, porém não devemos deixar de fora a competitividade e sim
trabalhar com que ela seja apenas mais uma parte do jogo. Assim como diz Smole:
“no jogo é possível que os erros possam ser revistos de forma natural na ação das
jogadas, sem deixar marcas negativas, mas propiciando novas tentativas,
estimulando previsões e checagem.” (p. 138, 2000)
Podemos pensar nessa idéia de Smole, sempre que aplicamos um jogo no
planejamento de aula, pois os jogos propiciam situações que são comparadas com
nossos problemas do cotidiano e se soubermos ensinar para nossos alunos que
podemos tentar de novo quando não acertamos o alvo, as atividades escolares terão
uma visão diferente para os alunos. Os alunos que estão na escola, estão
aprendendo a resolver problemas da aula, mas também podem aprender a resolver
problemas que terão quando não estiverem na escola, como quando for fazer
compras no mercado e ter que fazer os cálculos para ver se o dinheiro que ele tem
dará para comprar tudo o que ele pegou, se o troco que ele recebeu está certo,
entre outros. Como diz D`Ambrosio:
a todo instante, os indivíduos estão comparando, classificando, quantificando, medindo, explicando, generalizando, inferindo e, de algum modo avaliando, usando os instrumentos materiais e intelectuais que são próprios à sua cultura. (D`AMBROSIO, 2002, p. 23)
16
Os jogos e a Educação Matemática precisam estar baseadas no histórico da
turma, para que essas atividades sejam vistas como auxiliadoras nas atividades
propostas pelo professor, fazendo com que a bagagem cultural que esses alunos
trazem para dentro da sala se relacione diretamente com o que a professora
trabalha em aula.
Por isso é necessário o envolvimento da professora com a realidade das
turmas com que trabalha. Porém essa é apenas uma parte para que o trabalho seja
desenvolvido com êxito, existem outras maneiras e recursos que também vão
trabalhar com essas competências intelectuais e pessoais dos alunos.
2.4 A LUDICIDADE
O aluno aprende brincando, e essa aprendizagem deve ser divertida,
prazerosa e estimulante para o seu desenvolvimento . E os alunos em
desenvolvimento cognitivo brincam muito de “faz de conta”, de imitar o que eles
veem em casa ou nos lugares que frequentam e é assim que podemos trabalhar
com eles, nos inserindo no mundo deles e interagindo com o que é estimulante para
eles.
A ludicidade é muito importante para a saúde mental do ser humano, é um
ambiente que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para
expressão do ser, é o espaço de todo o aluno para a relação afetiva com o mundo,
com as pessoas e com os objetos que os cercam. É através das atividades lúdicas
que o aluno cria conceitos, ideias, estabelece relações lógicas e se socializa com o
grupo e essa socialização com o grupo através do lúdico, proporciona ao instruendo
vivências de mundo de uma forma prazerosa que é o brincar aprendendo. Assim
como diz Mauricio:
O jogo é mais importante das atividades da adolescência, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. (MAURICIO, pág. 3, 2009)
O brincar e o jogar na fase de desenvolvimento são indispensáveis, pois
estão ligadas a saúde física, mental e intelectual do ser, pois é através do jogo e da
brincadeira que ele desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a
17
iniciativa e a auto-estima que são muito importantes para que ele tenha um bom
relacionamento com o meio em que vive, assim como Mauricio cita em seu artigo:
Através do jogo a criança e o adolescente: libera e canaliza suas energias; tem o poder de transformar uma realidade difícil; propicia condições de liberação da fantasia; é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que joga ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento. (Mauricio, pág. 4-5, 2009)
O brincar do aluno em desenvolvimento cognitivo deve trazer estímulos
corporais, identificando e nomeando as partes do corpo; exercícios mentais, com
jogos estratégicos; jogos de lógica, com figuras geométricas e introdução de estudos
de corpos celestes com suas imensas dimensões.
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3 JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: A PESQUISA COM PROFESSORES
Como já ressaltei anteriormente, a intenção em desenvolver esta pesquisa
surgiu em razão do meu fascínio com a interação e relação entre jogos matemáticos,
cognição e descobrimento da genialidade por trás de jovens e adolescentes, no qual
discutíamos qual a potencialidade do jogo como instrumento de ensino e
aprendizagem da matemática no ensino fundamental. A partir dessa indagação me
senti estimulado a desenvolver uma investigação junto a professores dos anos
iniciais do ensino fundamental, com o objetivo de identificar as dificuldades e
também as facilidades em trabalhar com a matemática de uma forma lúdica, ou mais
especificamente com jogos.
Para isso foi elaborado um questionário (ANEXO A) entregue para professores
de uma escola estadual e particular de Ensino Fundamental de Santa Maria. Foram
distribuídos vinte questionários e voltaram oito questionários respondidos, sendo
quatro da Estadual e quatro da Particular. Ressalto que dois sendo do sexo
masculino e seis do sexo feminino, o que nos leva a usar no decorrer da
apresentação dos resultados, o termo “professores”.
As perguntas foram pensadas e estruturadas em quatro categorias: sobre os
professores participantes; sobre a prática docente em matemática; sobre os jogos na
prática docente e sobre os alunos e a utilização dos jogos.
a) Sobre os professores participantes
Dos oito professores que responderam o questionário, todos são formados
em matemática sendo três com especializações em: alfabetização, TIC’S em
educação, psicopedagogia, didática da educação, supervisão escolar, organização
escolar, administração escolar e orientação educacional. Ainda dois professores são
formados em letras tendo uma com especialização em educação ambiental.
Um aspecto importante que se coloca é o de que todas possuem formação
superior. De acordo com a Lei 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional onde no Artigo 63 diz:
19
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental.(BRASIL, 1996, p. 49)
O tempo de atuação acadêmica varia de sete meses a vinte e oito anos. Isso
significa que em nossas escolas temos profissionais com experiência maior, mas
também temos professores em início de carreira. Com essa grande diferença que
encontramos com o tempo de atuação, podemos notar que há trocas de
experiências e vivências no âmbito escolar, há procura de cursos de
aperfeiçoamento para acompanhar as novidades em relação à educação e há
também uma inovação de professores na escola.
Dos oito professores, sete tem magistério e um não tem. O magistério é um
curso técnico oferecido em algumas escolas de ensino médio, que ao terminar o
curso podem exercer a profissão de professor de Educação Infantil e dos primeiros
anos do Ensino Fundamental. Ressalta-se que na cidade de Santa Maria, a única
escola que ainda contempla essa modalidade de ensino é Instituto Estadual Olavo
Bilac.
O tempo de atuação trabalhando nas escolas como professores variam de
sete meses a trinta e dois anos em sala de aula. Esse tempo de atuação mostra o
desenvolvimento da educação no Brasil, pois algumas professoras começaram a
prática docente antes mesmo de ter feito o magistério, mas esse dado traz muito
clara a valorização da formação superior para os anos iniciais do ensino
fundamental.
Todos os professores entrevistados declaram tentar se manter atualizados
através de cursos de aperfeiçoamento, encontros e seminários, livros sobre
educação, revistas especializadas em educação, pesquisas na Internet e materiais
disponibilizados pelo MEC; onde também é citado na LDB art.62, § 1º a § 3º diz que:
A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. A formação inicial de profissionais de magistério
20
dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância. (BRASIL , 1996, pág. 49-50)
Cinco deles trabalham em duas turmas nos turnos da manhã e da tarde e três
trabalham em apenas uma turma. A carga horária dos professores é bastante
extensa, levando em consideração que trabalham no mínimo vinte horas semanais
em sala de aula, além de trabalhar em casa fazendo os planejamentos de aula para
o ano todo, corrigindo trabalhos, estudando e buscando se aperfeiçoar para trazer
atividades que contemplem o aprendizado dos alunos em meio a tanta novidade que
os meios de comunicação trazem. Assim podemos notar o quanto é difícil planejar e
ainda criar atividades lúdicas que venham contemplar as expectativas dos alunos.
b) Sobre a prática docente em matemática
A maioria dos professores trabalham a matemática no quadro, em projetos
envolvendo o cotidiano, com livro didático e com material manipulável: blocos
lógicos, objetos do cotidiano, boliche, ábaco, material dourado, copos, grãos,
barbantes, papeis geométricos coloridos, tabuleiros e dados.
A partir dos materiais apontados pelos professores, nota-se que eles estão se
empenhando para que suas aulas sejam mais produtivas para seus alunos
aprenderem.
Alguns dos docentes afirmaram ainda sentir falta de materiais mais
específicos para o desenvolvimento dos conteúdos matemáticos que pudessem
oportunizar formas diferenciadas de trabalhar. Também apontaram a falta de tempo
para planejar atividades novas, pois muitos deles trabalham em dois turnos.
Em geral, o fato de enumerar diferentes materiais podem nos levar a
compreender que atualmente já existem novas concepções sobre o ensino da
matemática, refutando antigas ideias de que essa disciplina é abstrata e só pode ser
trabalhada através de quadro e giz. Podemos ver, assim, que os professores atuais
estão querendo aplicar em suas aulas mais atividades práticas para a melhor
compreensão dos alunos.
21
c) Sobre os jogos na prática docente
A maioria dos professores afirmam utilizar os jogos em sala de aula;
acreditando que estes contribuem para a aprendizagem; a partir dessa idéia
podemos dizer que os jogos já estão tomando um enfoque maior nas aulas, já que
ele age como um auxiliador, assim como diz Enrique: “o lúdico como uma alternativa
eficiente para a motivação e ‘ensinagem’ de vários conteúdos e disciplinas”.
(ENRIQUE, 1999, p. 186).
Entre os jogos citados pelos professores, os mais utilizados nas aulas estão:
memória, dominó, quebra-cabeça, bingo, cartas, encaixe, dados, boliche, blocos
lógicos, engenheiro, varetas, trilhas, jogo da velha, xadrez, rouba monte, 7 cobras,
caça-palavras, stop e o que é, o que é?; .
Estes dados mostram que faltam materiais, pois esses jogos são bem
conhecidos e poderia ter uma diversidade maior se os professores tivessem mais
tempo, explorassem a criatividade de seus alunos em sala de aula, assim como diz
Smole: “sucatas, palitos, materiais trazidos pelos alunos, confeccionados em
conjunto com pais e colegas professores podem constituir um acervo valioso na
organização do uso de material didático na aula.” (SMOLE, 2000, p. 174) e mais
ajuda da escola na compra de mais materiais pedagógicos para que essas
atividades se tornem possíveis.
Dos oito professores, apenas uma não adapta os jogos a realidade dos
alunos, pois não acha necessário e não utiliza com muita frequência os jogos.
Os professores tentam utilizar os jogos em todas as aulas práticas, pois
acreditam que os jogos auxiliam na aprendizagem dos alunos. Afirmam não ter
muita dificuldade em inseri-los nas aulas, com exceção de uma que tem dificuldade
de utilizar, pois seus alunos se agitam muito com essa atividade.
Smole diz que “quando selecionamos um material para a sala de aula, uma
primeira preocupação é perceber o quanto ele promoverá o envolvimento do
aluno...” (SMOLE, 2000, p. 173). Isso nos leva a refletir sobre diferentes aspectos
que envolvem a utilização de jogos na educação: alguns jogos funcionam bem e
outros não; mudam a rotina da classe, os alunos ficam agitados.
22
d) Sobre os alunos e a utilização de jogos
Dois dos professores tem aluno incluído em sua sala de aula e seis não tem.
Dentre os que possuem alunos incluídos, todos eles conseguem envolver seus
alunos através dos jogos, apesar de ter que fazer algumas adaptações para eles
desenvolverem as atividades, pois eles precisam que esses materiais chamem
bastante a atenção e o interesse deles.
Todos os professores acreditam que os jogos auxiliam na aprendizagem dos
alunos incluídos; porém eles não participam de qualquer jogo, o jogo precisa chamar
a atenção deles para eles se envolverem na atividade, porque o tempo de
concentração do aluno incluído geralmente é menor do que dos alunos ditos
normais.
A maior dificuldade apresentada nas respostas dos questionários é variar os
jogos trabalhados; quase todos trabalham com os mesmos jogos e a maioria das
vezes com o jogo pronto, dessa maneira os alunos não veem algo tão interessante e
chamativo quanto um jogo que eles mesmos vão inventar criar e produzir o jogo em
grupo na ou individualmente na sala de aula. Para que os alunos e professores
trabalhem dessa forma é necessário respeito e cooperação de ambas as partes,
pois para trabalhar com essas atividades é preciso de paciência e muito apoio do
professor para que os alunos realizem as atividades de maneira que auxiliem a
aprendizagem.
4 ALGUNS JOGOS MATEMÁTICOS QUE PODEM SER USADOS
NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
O jogo como instrumento pedagógico é um aliado muito importante dos
professores para os planejamentos de aula e para o ensino-aprendizagem do aluno,
pois assim como diz Knappe sobre o jogo:
implica necessariamente a ação, o inter-relacionamento e a improvisação a partir da espontaneidade, a curiosidade e a aceitação do risco, dentro de um processo espiralado contínuo
23
de desestruturação/estruturação. Jogo, assim entendido, não é só próprio dos primeiros ano de vida, como de todo o processo de crescimento e aprendizagem vital em qualquer fase da vida.(KNAPPE, 1998, p.33-34)
Por essas razões, aliado ao que foi colocado anteriormente e aos resultados da
investigação realizada com os professores, apresento algumas sugestões de jogos e
ações pedagógicas lúdicas que podem contribuir para a aprendizagem matemática
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As fontes utilizadas estão citadas nas
referências bibliográficas.
4.1 XADREZ
MATERIAL: tabuleiro com 64 casas sendo 8 vertical e 8 horizontais com peças de
diferentes posições e objetivos.
OBJETIVO: estimular o raciocínio cognitivo, o desenvolvimento da memorização, a
inteligência, a comparação, a hierarquização, respeito e tolerância.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: noções de movimentos com noções de formas
matemáticas.
DESENVOLVIMENTO: com dois jogadores um contra o outro o objetivo e anular o
rei do império adversário com estratégias de ir anulando e destruindo os
subordinados que o protegem e ao mesmo tempo atacam com movimentos
específicos de avanço e recúo que cada peça contém.
24
Figura 1: crianças jogando xadrez na Praça Saldanha Marinho
Fonte disponível em: https://www.google.com.br/search?q=escolas+e+o+xadrez&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm= torneio de xadrez na praça Saldanha marinho em Santa Maria Rio Grande do Sul
4.2 BOLICHE MATEMÁTICO
MATERIAL: bolas, garrafas para fazer de pinos (podem ser de refrigerante ou água e podem ser construídos por eles durante a aula)
OBJETIVO: estimular o conhecimento dos algarismos, comparação de conjuntos envolvendo peso, espaço e força, trabalha com a atenção, atividades em grupo, noções de espaço, quantidade e medidas.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: quantidade, seqüência numérica, medidas, força e equilíbrio.
DESENVOLVIMENTO: as garrafas são organizadas todas de pé no meio da sala de aula ou no pátio, depois os alunos formam uma fila para jogar a bola para derrubar o maior numero de garrafas possíveis.
25
Figura 2: boliche matemático realizado em sala de aula
Fonte disponível em: https://www.google.com.br/search?q=escolas+e+o+xadrez&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwid1dqmyqfNAhUII5AKHVBcBMkQ_AUIBigB#tbm=isch&q=boliche+matematico&imgrc=PQrwyQggnRtZ-M%3A
Vale ressaltar que brincadeiras com bola, dentro ou fora da sala auxiliam no
desenvolvimento das habilidades motoras, como jogar e pegar a bola, quantidade e
medidas. Esse tipo de jogo possui várias maneiras de serem trabalhadas.
4.3 PENTABOL
MATERIAL: 5 bolas de cores diferentes e uma quadra de esportes.
OBJETIVO: coordenação motora, atividades em grupo, noções de espaço, quantidade e medidas.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: números e operações de soma, multiplicação, divisão e subtração.
DESENVOLVIMENTO: O jogo é baseado no futebol, porém no pentabol utilizamos 5
bolas de cores diferentes e a partir das cores agregamos valores as bolas, o jogo
começa com as 5 bolas soltas em quadra para as crianças chutarem e marcarem a
maior quantidade de gols, ao final do jogo voltamos para a sala e revelamos os
26
valores de cada bola e após a revelação, os alunos fazem a soma dos pontos
ganhos no jogo.
Figura 3: crianças jogando pentabol em aula prática de matemática
Fonte da imagem: arquivo pessoal.
4.4 ALVO MATEMÁTICO
MATERIAL: caixas de papelão, cesto e bolas
OBJETIVO: trabalhar com a coordenação motora, equilíbrio, noções de distância,
trabalho em grupo e cooperação.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: quantidades e noção espacial
DESENVOLVIMENTO: as crianças formam duas ou mais equipes e tem que acertar
o alvo mais vezes possíveis para fazer a pontuação. Pode aumentar a dificuldade
colocando vários alvos juntos e colocando valores em cada alvo.
27
Figura 4: crianças jogando alvo matemático
Fonte disponível em: http://recreamat.blogs.sapo.pt/6545.html.Brincadeiras matemáticas do ensino fundamental nas aulas de matemática: blog de matemática recreativa
4.5 EQUILIBRANDO O BASTÃO
MATERIAL: bastões de madeira de diferentes tamanhos (como cabos de vassouras)
OBJETIVO: trabalhar com equilíbrio, cooperação, trabalho em grupo, noções
espaciais.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: coordenação motora, noções corporais, noções de
medidas e quantidades.
DESENVOLVIMENTO: as crianças devem equilibrar os bastões com as mãos, os
dedos, a cabeça, a testa, a perna, o pé entre outros.
Figura 5: ilustração imaginativa do jogo
fonte disponível em: http://www.circusartsonline.com/images/equilibristics/hand01.gif
Lembro que jogos de equilíbrio
trabalhadas e materiais podem ser recicláveis
Além disso, os materiais recicláveis são ótimos materiais para a construção de
jogos dentro da sala de aula, com os alunos criando e construindo jogos que sirvam
para os auxiliarem na aprendizagem.
4.6 JOGO DAS TAMPINHAS
MATERIAL: tampinhas de garrafa
OBJETIVO: estimular a criatividade, a cooperação e as noções numéricas.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: seqüência e conjuntos numéricos.
DESENVOLVIMENTO: a turma é separada em grupos, depois cada grupo recebe
tampinhas com valores aleatórios para todos integrantes, depois o professor fala
uma ação, exemplo: pular, ent
Figura 5: ilustração imaginativa do jogo
http://www.circusartsonline.com/images/equilibristics/hand01.gif
Lembro que jogos de equilíbrio possuem várias maneiras para serem
trabalhadas e materiais podem ser recicláveis, como: garrafas, latas, potes ,
Além disso, os materiais recicláveis são ótimos materiais para a construção de
jogos dentro da sala de aula, com os alunos criando e construindo jogos que sirvam
para os auxiliarem na aprendizagem.
JOGO DAS TAMPINHAS
MATERIAL: tampinhas de garrafa
OBJETIVO: estimular a criatividade, a cooperação e as noções numéricas.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: seqüência e conjuntos numéricos.
DESENVOLVIMENTO: a turma é separada em grupos, depois cada grupo recebe
leatórios para todos integrantes, depois o professor fala
uma ação, exemplo: pular, então cada membro da equipe vê o número na tampinha
28
http://www.circusartsonline.com/images/equilibristics/hand01.gif
rias maneiras para serem
como: garrafas, latas, potes , etc...
Além disso, os materiais recicláveis são ótimos materiais para a construção de
jogos dentro da sala de aula, com os alunos criando e construindo jogos que sirvam
OBJETIVO: estimular a criatividade, a cooperação e as noções numéricas.
DESENVOLVIMENTO: a turma é separada em grupos, depois cada grupo recebe
leatórios para todos integrantes, depois o professor fala
mero na tampinha
29
e repete essa ação conforme a quantidade escrita em sua tampinha. Pode fazer
outros tipos de ações, mas a intenção é trabalhar as quantidades que estão nas
tampinhas.
Figura 6: desenho ilustrativo do jogo
fonte disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_CJODmVH2wE8/ShLr0QgKLfI/AAAAAAAAMuE/rOOb5gdjTpY/s400/tampinhas.bmp
4.7 DESENHANDO COM TANGRAM
MATERIAL: folha colorida, cola e molde tangram
OBJETIVO: estimular a criatividade utilizando às formas geométricas do tangram.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: formas geométricas
DESENVOLVIMENTO: os alunos deverão construir desenhos de animais, objetos,
paisagens etc, com as formas geométricas do tangram, utilizando de maneira que
todas as peças sejam usadas na figura.
30
Figura 7: desenho ilustrativo do jogo
Fonte disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=54
4.8 CALCULANDO AS FORMAS GEOMÉTRICAS
MATERIAL: figuras geométricas
OBJETIVO: trabalhar a operação matemática da adição e o raciocínio lógico.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: adição
DESENVOLVIMENTO: é dada uma folha contendo algumas figuras em que a soma
consiste num determinado resultado, então o aluno deverá descobrir qual o valor de
cada figura, obedecendo ao total de cada soma.
31
Figura 8: desenho ilustrativo do jogo
Fonte disponível em: http://www.brasilescola.com/upload/e/Untitled-6(3).jpg http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/jogo-matematico-qual-valor-das-figuras.htm
4.9 DOMINÓ GEOMÉTRICO
MATERIAL: cartela com desenhos, cola e papel cartão
OBJETIVO: construir o jogo coletivamente e trabalhar com raciocínio lógico e
estratégico.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: formas geométricas e quantidade.
DESENVOLVIMENTO: os alunos construirão o jogo na sala desenhando, pintando e
colando as cartelas, depois do jogo construído, eles jogaram a vontade, trabalhando
as formas e relacionando com objetos que possuem as mesmas formas
geométricas.
32
Figura 9: desenho ilustrativo do jogo
Fonte disponível em: http://espacoeducar-liza.blogspot.com/2009/08/domino-geometrico.html
4.10 TORRE DE HANÓI
MATERIAL: Torre de Hanói
OBJETIVO: coordenação motora, ordem crescente e decrescente e identificação de
formas
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: raciocínio lógico, quantidade
DESENVOLVIMENTO: cada crianças fará a transferência das peças e a contagem
dos movimentos, para trabalhar com as hipóteses de quantos movimentos cada
colega fará, todos vão fazer a mesma quantidade de movimentos, porque não
fizeram a mesma quantidade.
33
Figura 10: imagem ilustrativa do jogo
fonte disponível em: http://www.simque.com.br/imagens/brinquedos/matematica/387.jpg
4.11 ENIGMATEMÁTICA VOLUMÉTRICA
MATERIAL: jarras e potes de diferentes tamanhos, formas e quantidades.
OBJETIVO: trabalhar com as noções de volume através das medidas de cada
objeto.
CONTEÚDOS ENVOLVIDOS: medidas, quantidades, formas e volumes.
DESENVOLVIMENTO: será montada uma mesa com várias jarras com água
colorida com diferentes medidas. Os alunos deverão descobrir qual jarra
corresponde a tal pote. Deverá ser bem medido antes pelo professor para não dar
problema na hora da atividade.
34
Figura 11: imagem do jogo sendo praticada
Fonte disponível em: http://galaxiainfancia.blogspot.com/2010/09/experiencias-coloridas-usando-garrafas.html
Por fim, gostaria de ressaltar que ações pedagógicas que envolvem a
ludicidade, tais como brincadeiras de xadrez, como diagramas de figuras
geométricas; cálculos matemáticos com varetas chinesas, ou lógica matemática
simples também podem ser adaptadas para se trabalhar com a matemática e com
as outras disciplinas, porém é necessário que o professor dê espaço para que os
alunos auxiliem na montagem e no desenvolvimento das brincadeiras para que o
trabalho tenha um maior aproveitamento e interesse por parte dos alunos.
Os jogos também devem ser inseridos conforme a realidade dos alunos com
que estamos trabalhando. Criar jogos em conjunto com os alunos faz com que eles
se interessem muito, trabalhar com mercado ou feira na sala de aula para trabalhar
com quantidades e dinheiro; para trabalhar com questões financeiras , para se
trabalhar com quantidades, medidas e tempo; montar projetos de reciclagem e
35
limpeza das salas e da escola, além de trabalhar com a consciência ambiental,
também trabalha com quantidades, pesos e medidas e trazem a vida deles para a
sala de aula.
O importante em trabalhar com atividades lúdicas, como o jogo em sala de aula
auxilia na aprendizagem dos alunos em sala e também fora dela para a resolução de
problemas que eles vão encontrando durante os anos em todos os lugares que
forem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar quais as
possibilidades que os professores visualizam na utilização dos jogos para o ensino
de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Ao desenvolvê-lo foi possível perceber que o jogo é um aliado importante na
aprendizagem do aluno, pois através do lúdico, presente no jogo e em outras ações
pedagógicas, o aluno aprende com mais facilidade. Por isso é importante que o
professor esteja sempre se atualizando com cursos, livros e até mesmo pela
Internet, pois se demonstra interesse pelos seus alunos e pela cultura que ele traz
junto com ele todos os dias para a aula, ele consegue desenvolver atividades que os
alunos tenham interesse em participar. O jogo como instrumento de aprendizagem é
uma grande possibilidade de os alunos se interessarem mais pela Matemática e
pelas outras disciplinas, pois elas estarão representando o que eles vivem dentro e
fora da escola, mostrando mais interesse pelos conteúdos escolares.
Além disso, foi possível verificar que professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental valorizam essas prática e que muitas vezes não fazem uso dela por
motivos relacionados à estrutura escolar, ou até mesmo aos próprios conhecimentos
relativos à mesma.
Finalizando, gostaria de dizer que espero ter contribuído para que os leitores,
em especial os professores, percebam a importância da utilização dos jogos na
educação, não só na matemática, mas em todas as disciplinas que trabalharem com
seus alunos.
Acredito que os jogos têm objetivos muito maiores que aprender a trabalhar em
grupo ou a estimular a competição. Creio que eles auxiliam de maneira
36
extraordinária o ensino e a aprendizagem dos alunos e que através deles os alunos
conseguem vivenciar o conteúdo estudado em sala de aula
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação matemática: da teoria à pratica. 15 ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatematica – elo entre as tradições e a modernidade. 2 ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2002.
EMERIQUE, Paulo Sergio. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org). Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. 1 ed. São Paulo, SP: editora UNESP, 1999.
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38
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KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. 12 edição. Petrópolis, RJ: vozes, 1993.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 6 ed. São Paulo, SP: Cortez, 2005.
MAURÍCIO, Juliana Tavares. Aprender Brincando: O Lúdico na Aprendizagem
MOURA, Manoel Oriosvaldo de. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10 ed. São Paulo, SP: Cortez, 2007.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. V. 3. Brasília: MEC/SEF, 1997.
SMOLE, kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Reimpressão revisada. Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul, 2000.
39
SMOLE, kátia Cristina Stocco. DINIZ, Maria Ignez. CÂNDIDO, patrícia (Org.) Jogos nas aulas de matemática. 1 ed. Porto alegre, RS: Artes Médicas, 2000.
ANEXOS
41
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Curso de Matemática Licenciatura Plena
Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso II – TCC II
Prezado(a) professor(a)!
Agradecemos muito a sua participação em responder este questionário. Sua
colaboração será de grande valia para podermos entender melhor como está
acontecendo o Ensino de Matemática em nossa cidade.
Por favor, não esqueça de ler, na última página, os esclarecimentos sobre essa
pesquisa e de assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o que nos
autoriza a utilizar, de forma sigilosa, os dados que está nos fornecendo. Uma das
vias desse termo é sua.
Caso queira fazer alguma colocação ou observação, use o verso das folhas ou
espaço reservado para isso no final do questionário. Qualquer dúvida entre em
contato conosco.
Muito obrigado!
Acadêmica: Fabrício Gomes de Abreu – (55) 91218946 –
Professor Orientador: (55) 3222-5519 – rfja@gmail
1.Qual é a sua formação em nível superior? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
42
2.Há quanto tempo está formada(o)? _______________________________________________________________ 3.Em Nível Médio, você tem magistério? ( ) Sim ( ) Não 4.Há quanto tempo você atua como professor? Resposta:______________________________________________________________________________________________________________________ 5.Procura fazer especializações e se manter atualizada em seus métodos? ( )Não ( )Sim De que forma? ( ) Cursos de aperfeiçoamento. ( ) Encontros e Seminários. ( ) Livros sobre educação. ( ) Revistas especializadas em educação. ( ) Pesquisas/ informações na Internet. ( ) Materiais disponibilizados pelo MEC/SEC/SMED. 6.Em quantas turmas você trabalha? Em qual nível/ano? Resposta:______________________________________________________________________________________________________________________ 7.Você gosta de trabalhar com matemática? ( )Sim ( )Não
8.Como você trabalha essa disciplina em suas aulas?
( ) quadro.
( )Computador.
( ) projetos envolvendo o cotidiano.
( ) livro didático.
( ) material manipulável( concreto).
qual(s)?_________________________________________________________
43
_______________________________________________________________
(outros.)Qual(is)_________________________________________________
_______________________________________________________________
9.Em relação aos jogos, você utiliza em suas em suas aulas (nas diferentes
disciplinas)?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
10.Acredita que os jogos contribuem para aprendizagem dos alunos?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
11.Quais tipos de jogos que você traz para sala de aula?
Resposta:___________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
12.Você adapta os jogos para se inserir na realidade dos seus alunos?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
13.Em quais disciplinas você utiliza os jogos?
Resposta:___________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
44
14.Tem dificuldade em utilizar os jogos em sala de aula?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
15.Em sua sala de aula tem alunos incluídos?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
16.Se tiver, consegue envolver eles através dos jogos?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
17.Acredita que os jogos auxiliam na aprendizagem desses alunos incluídos?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
18.Eles conseguem participar de qualquer tipo de jogo que você propõe?
( )Sim ( )Não
Obs:___________________________________________________________
19.Lembra de algum jogo que seja interessante para trabalhar com os alunos?
( )Sim ( )Não
Qual:_______________________________________________________________
___________________________________________________________
20. O que você teria a dizer sobre o uso de jogos nas aulas de matemática?
45
Resposta:___________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
APÊNDICES
47
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE MATEMATICA LICENCIATURA PLENA
DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCCII
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro(a) Senhor(a)!
Eu, FABRICIO GOMES DE ABREU, acadêmico do Curso de Matemática
Licenciatura Plena, portador do CPF 073.363.796-56, RG 489541 COMAER,
estabelecido(a) na Rua Victorino da Cas, 600, cujo telefone é (55) 32129203, sob
orientação do Professor Ricardo Fajardo, portador do CIC XXXXXXX, RG.
XXXXXXX, estabelecido (a) na Rua XXXXXXXX, cujo telefone de contato é (55)
XXXXX, estou desenvolvendo um Trabalho de Conclusão de Curso – TCCII cujo
título é JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO NOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL.
O objetivo deste estudo é investigar quais as possibilidades que os professores
visualizam na utilização dos jogos para o ensino de Matemática nos anos iniciais do
ensino fundamental. Por isso, necessitamos que o Sr(a) nos forneça informações à
respeito de suas idéias e concepções sobre o tema do trabalho através de um
questionário, cujo perguntas estão em anexo, devendo ocupá-lo(a) por 30 minutos
para completar as respostas. Em nossa avaliação realizaremos os procedimentos:
Tabulação e organização dos dados obtidos de forma geral, sem identificação
nominal; Análise dos dados obtidos visando identificar possíveis contribuições para
os estudos sobre formação inicial de professores.
48
Sua participação nesta pesquisa é voluntária e constará de perguntas que deverão
ser respondidas sem minha interferência, lembrando que os dados obtidos não
serão organizados nominalmente, ou seja, haverá sigilo absoluto em relação ao
autor de cada uma das respostas, uma vez que nosso interesse está nos resultados
gerais e não individuais.
Sua participação não trará qualquer benefício direto, mas proporcionará um melhor
conhecimento à respeito do ensino da matemática em nossa região, o que poderá
contribuir para buscarmos encaminhamentos para o seu desenvolvimento futuro.
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento
e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. Garanto que as informações
obtidas serão analisadas em conjunto, não sendo divulgada a identificação de
nenhum dos participantes.
O Sr(a) tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das
pesquisas e caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante em qualquer
fase do estudo. Também não há compensação financeira relacionada à sua
participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo
orçamento da pesquisa. Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente
para pesquisa e os resultados serão veiculados através de artigos científicos em
revistas especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem nunca
tornar possível sua identificação.
Abaixo, o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha ficado
qualquer dúvida.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Fui suficiente informado(a) à respeito das informações que li ou que foram lidas para
mim, descrevendo o estudo JOGOS E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UM ESTUDO
NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Eu discuti com a responsável pela pesquisa sobre a minha decisão em participar
nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os
procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de
confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho
garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer
tempo. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
___________________________________ Data _______/______/______
Assinatura do entrevistado
__________________________________ Data _______/______/______
Fabrício Gomes de Abreu