155
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE CIRURGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIRURGIA MARIA TEREZA AGUIAR PESSOA MORANO IMPACTO DA REABILITAÇÃO PULMONAR NOS MARCADORES INFLAMATÓRIOS PRÉ-OPERATÓRIOS E NAS COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-OPERATÓRIAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO CANDIDATOS A RESSECÇÃO PULMONAR FORTALEZA 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

  • Upload
    vananh

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIRURGIA

MARIA TEREZA AGUIAR PESSOA MORANO

IMPACTO DA REABILITAÇÃO PULMONAR NOS MARCADORES

INFLAMATÓRIOS PRÉ-OPERATÓRIOS E NAS COMPLICAÇÕES PULMONARES

PÓS-OPERATÓRIAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO CANDIDATOS

A RESSECÇÃO PULMONAR

FORTALEZA

2011

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

MARIA TEREZA AGUIAR PESSOA MORANO

IMPACTO DA REABILITAÇÃO PULMONAR NOS MARCADORES

INFLAMATÓRIOS PRÉ-OPERATÓRIOS E NAS COMPLICAÇÕES PULMONARES

PÓS-OPERATÓRIAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO CANDIDATOS

A RESSECÇÃO PULMONAR

Tese submetida ao Programa de Pós-

graduação Stricto Sensu em Cirurgia do

Departamento de Cirurgia da Faculdade de

Medicina da Universidade Federal do Ceará

como requisito parcial para a obtenção do grau

de Doutor em Ciências Médico-Cirúrgicas.

Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de

Moraes Filho

Co-Orientadora: Profa. Dra. Eanes Delgado

Barros Pereira

FORTALEZA

2011

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

M829I Morano, Maria Tereza Aguiar Pessoa

Impacto da reabilitação pulmonar nos marcadores inflamatórios

pré-operatórios e nas complicações pulmonares pós-operatórias de

pacientes com câncer de pulmão candidatos a ressecção pulmonar/ Maria

Tereza Aguiar Pessoa Morano. – 2011.

154 f. : il.

Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de

Medicina, Programa de Pós-Graduação em Cirurgia, Fortaleza,

2011.

Orientador: Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho

Co orientação: Profa. Dra. Eanes Delgado Barros Pereira

1. Neoplasias Pulmonares. 2. Fibrinogênio 3. Reabilitação 4.

Complicações Pós-Operatórias I. Título.

CDD616.99424

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

MARIA TEREZA AGUIAR PESSOA MORANO

IMPACTO DA REABILITAÇÃO PULMONAR NOS MARCADORES

INFLAMATÓRIOS PRÉ-OPERATÓRIOS E NAS COMPLICAÇÕES PULMONARES

PÓS-OPERATÓRIAS DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO CANDIDATOS

A RESSECÇÃO PULMONAR

Tese submetida ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cirurgia do Departamento

de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, como requisito

parcial para obtenção do grau de Doutor em Ciências Médico-Cirúrgicas

Aprovada em: 23/11/2011

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________

Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho (Orientador)

Universidade Federal do Ceará-UFC

______________________________________________________

Prof. Dr. Alcimar Nunes Pinheiro

Universidade Federal do Maranhão-UFMA

______________________________________________________

Prof. Dra. Daniela Gardano Bucharles Mont’Alverne

Universidade de Fortaleza-UNIFOR

______________________________________________________

Prof. Dra. Elisete Mendes Carvalho

Universidade Federal do Ceará-UFC

______________________________________________________

Prof. Dra. Eanes Delgado Barros Pereira

Universidade Federal do Ceará-UFC

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

A Deus por ter me concedido a graça de mais uma etapa

vencida na minha vida o meu louvor e o meu amor

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

- Aos meus Pais (In Memoriun) Tereza e

Geraldo que sempre desejaram para mim uma

formação na Universidade Federal do Ceará

toda a minha saudade e a certeza da presença

de vocês nesse dia tão especial para mim, o

meu amor incondicional.

- A minha adorada família que com as

limitações impostas me impulsionaram e me

incentivaram a caminhar não me fazendo

desistir por mais sacrificante que fosse o

caminho....Morano, Teca, David, Giovanni,

Raquel, Márcio, Izabelle, Dani e Carol o meu

agradecimento fraterno e de amor..

- Ao meu Mateus que logo ao nascer me fez

ver a vida maior e melhor...

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

AGRADECIMENTOS

A pessoa que se sensibilizou e acreditou que eu poderia alcançar minhas metas e meus

objetivos e esteve sempre presente nessa caminhada o meu carinho e agradecimento ao

estimado orientador Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho.

A minha amiga que ao longo desse doutorado esteve sempre comigo e manteve-se

firme nas horas de orientação e de supervisão da minha tese o meu mais puro sentimento de

gratidão para minha co-orientadora Dra. Eanes Delgado Barros Pereira.

Ao coordenador do Curso de pós-graduação em Cirurgia, Dr. Paulo Roberto

Leitão Vasconcelos o meu agradecimento pelo apoio e a oportunidade de ter convivido e

conhecido melhor o meio médico. Sempre disse...se não conseguir chegar.. eu já estaria

agradecida a Deus pelas amizades encontradas e aprendizado recompensado.

Ao Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes pela disponibilidade e

pela confiança depositada em mim em nome da diretora Dra. Maria do Perpétuo Socorro

Parente Martins, do chefe da Fisioterapia Dr. Rogério Maia Nogueira e fisioterapeutas e

amigas, Emília Matos Rocha e Socorro Quintino e da chefia do Laboratório Geral e sua

equipe Dra. Rosélia Silvia Cavalcante Coelho, o meu respeito.

A todos os cirurgiões torácicos do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart

Gomes, em especial, Dr. Antero Gomes Neto, Dr. Rafael Pontes de Siqueira, Dr. Rafael

Fernandes Viana de Araújo, Dr. Newton Albuquerque Alves, Dr. Israel Lopes de Medeiros,

Francisco Martins Neto, Dra. Cecília Bianca Silva Moura, que entenderam o meu propósito e

objetivos, o meu respeito e gratidão.

Pelas contribuições na minha qualificação e pelo honroso compromisso de lerem o

meu trabalho e de realmente procurarem o melhor para mim, Raimunda Hermelinda Macedo,

Daniela Gardano Bucharles Mont’Alverne, Dr. Sérgio Botelho Guimarães o meu

agradecimento por tamanha cooperação.

Aos professores, pelo tempo concedido nas aulas tão motivadoras e tão valiosas

realizadas dentro do bloco didático.

A minha fiel amiga, Juliana Maria de Sousa Pinto, que mesmo a distância soube

compartilhar das minhas vitórias, tristezas, ansiedades ajudando e cooperando em todas as

etapas desse estudo. O meu reconhecimento pela sua nobreza e disponibilidade.

Nobres alunos Guilherme Pinheiro Ferreira da Silva, Amanda Souza Araújo, Rafael

Barreto de Mesquita, Francisco Alessandro Braga do Nascimento cada um em sua

singularidade não deixou que esta caminhada fosse solitária...o meu fraterno e emocionado

obrigada por todos os ansiosos, bons e felizes momentos, pelo nosso aprendizado e

cumplicidade, por nossa alegria e nossos encontros. Pela certeza que eu tenho hoje de que sem

vocês eu não chegaria, o meu respeito.

Pelas amizades inesquecíveis de colegas do doutorado e os que faziam mestrado...

(Ana Augusta Monteiro Cavalcante, Marinila Calderaro Munguba Macedo, Rosilma Gorete

Lima Barreto, Denissa Ferreira Gomes de Mesquita, Joaquim Jose de Lima e Silva, Marcio

Wilker Soares Campelo e demais colegas), pelas viradas de noites estudando, pelas reflexões,

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

críticas construtivas e sugestões recebidas e por não dizer por nossas inesquecíveis

gargalhadas.... todo o meu respeito e carinho.

Juliana Monteiro Silveira, Juliana Monte Tenório, Maria Alicelângela Magalhães

Barros, Roberta de Paiva Medeiros, Amanda Costa e Silva, Ticiana Pinto de Torres de Melo,

Sâmea Albuquerque e a todos que fazem parte da Reabilitação Pulmonar que direta e

indiretamente contribuíram para mais um degrau,....inesquecíveis e adorados alunos pelo

empenho e companheirismo o meu mais sincero obrigada.

A minha estimada Antonia Carlos de Lima (Toinha) que ao longo desse tempo soube

dar o melhor de si e que não mediu esforços para a realização de mais uma etapa da minha

vida, a minha gratidão.

As dedicadas secretárias (Luciene e Magda) com competência e responsabilidade não

nos deixavam esquecer horários de aulas, dias de aulas, dias de matrículas, entregas de

material, reuniões, freqüências... Verdadeiras aliadas o meu carinho.

A Laura Ferreira das Neves, secretária da Cirurgia Torácica, que com sua ajuda

permitiu que esse estudo caminhasse dentro do tempo permitido, o meu reconhecimento.

A Dra. Cyntia Maria Sampaio Viana, Dra. Renata Maria Araújo Pinto e Dra. Maria da

Penha Uchôa Sales pelo companheirismo e incentivo contínuo, a minha amizade e gratidão.

Ao meu estimado Adamivi, anjo acolhedor e protetor, que nas horas mais difíceis

esteve presente na minha vida me guiando e me fazendo discernir o que era melhor para mim,

a plenitude do meu amor.

Aos meus irmãos, Miguel Aguiar Pessoa, Antonio Augusto Aguiar Pessoa, Júlia Maria

Pessoa de Pontes Medeiros, Sandra Maria Pessoa Rocha e José Geraldo Pessoa Filho, eternos

torcedores das minhas conquistas o meu mais profundo sentimento fraterno e de amor.

A Daniela Gardano Bucharles Mont’Alverne, Michele Barboza, Fernanda Gadelha,

Eluciene Carvalho, Maria Ayrtes, Elisete Carvalho, Ivana Paiva e Denise Moura, amigas

presentes, que mesmo na distância foram vibradoras de minhas vitórias e de minhas

conquistas, o meu carinho e amizade.

A Grace Adeodato Maia, Elilete Feitosa, Vera Bezerra e Eliane Pinheiro Maciel que

compensaram meus dias de estafa com tardes aprazeradoras e relaxantes o meu

reconhecimento e a minha amizade.

Aos amigos e colaboradores José Bastos e Núbia Garcia que no silêncio de suas

humildades souberam contribuir como bons e fiéis aliados.

A todos que direta e indiretamente participaram desse trabalho, o meu muito obrigada.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Aos pacientes que, mesmo com o sofrimento, souberam entender o meu propósito e se

mostraram solícitos e amigos, conseguindo em todos os momentos me entusiasmar e

estreitando nossos laços de amizade e de conquistas ....

O meu respeito e carinho por toda nobreza, grandeza e disponibilidade.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

RESUMO

O câncer de pulmão (CP) é uma agressão maligna com características inflamatórias e muitas

vezes ressecáveis. A escolha do fibrinogênio e albumina deve ao fato de serem marcadores

inflamatórios e se manifestarem em CP, muitas vezes associado à doença obstrutiva crônica.

As complicações pulmonares ainda são preocupações nas ressecções pulmonares. O estudo

avaliou o impacto da reabilitação pulmonar nos marcadores inflamatórios pré-operatórios e

nas complicações pulmonares pós-operatórias de pacientes com CP. Ensaio clínico,

controlado com 31 pacientes, com doença obstrutiva de moderado a grave, estadiamento IA a

IIIA, aleatorizados em: Grupo A (GA) submetido à RP e o controle Grupo B (GB) a

fisioterapia respiratória (FR). Avaliados antes e após 4 semanas do protocolo do estudo pela

função pulmonar, força muscular respiratória, capacidade funcional, força muscular de

membros superiores (MMSS), capacidade máxima e submáxima de exercício, ansiedade e

depressão (HADS), qualidade de vida pelo Short-Form36 (SF36), fibrinogênio e albumina.

Após a cirurgia foram analisadas as complicações pulmonares. O GA realizou treinamento

aeróbico, de força muscular periférica e respiratória. O GB executou técnicas para expansão

pulmonar. Os grupos receberam aulas educativas e realizaram os protocolos com tempo

equânime. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Messejana. No GA

houve melhora significativa da CVF passando de 65±17 para 76±15% previsto (p=0,003), da

PImax de 78±46 para 104±42cmH2O (p=0,0003), da PEmax, de 78±21 para 93±25cmH2O

(p=0,0009), aumento da distância percorrida de 435±70 para 491±88m (p<0,0001), da carga

máxima para MMSS de 1,0 para 2,0kg (p=0,008), da inclinação do teste de MMII de 5±3

para 8±3% (p<0,0001) e velocidade de 4,9 [3,7-5,5] para 5,2 [4,4-6] (p=0,002), da capacidade

submáxima de MMII de 447±179 para 718±220s (p=0,002), da HADS-A de 9,9±4,9 para

4,9±2,7 (p<0,0001), do HADS-D de 9,05±4,08 para 4,9±2,1 (p<0,0001), da qualidade de vida

com Coeficiente Físico Sumarizado (CFS) de 37,5±9,07 para 46,15±8,7% (p=0,004) e do

fibrinogênio de 448,3±129,9 para 321,6±73,2mg/dl (p=0,0002). A albumina não apresentou

nenhum resultado significativo nos grupos (p>0,05). No GB houve aumento significativo da

PImax 50±22 para 70±35(p=0,004) e redução não significante no fibrinogênio passando de

490,7±199,7 para 453,3±177,2 mg/dl(p=0,3). Nas demais variáveis o GB não apresentou

resultados significantes. Quando comparados entre grupos houve diferença significante nas

variáveis: teste da caminhada de 6min (p=0,0001), força muscular de MMSS (p=0,009),

inclinação (p=0,0008), endurance (p=0,005), HADS-A (p=0,0002), HADS-D (p=0,04), CFS

(p=0,03) e fibrinogênio (p=0,04). Dos 31 pacientes, 10 não realizaram cirurgia. Nas

complicações pulmonares pós-cirúrgicas o GA relacionados a morbidade de menor e maior

relevância apresentou menor percentual (p=0,002 e p=0,01 respectivamente), menor tempo

de internação hospitalar (p=0,004) e dreno torácico (p=0,03), percentual menor de fístula

broncopleural (p=0,009) e menor presença de broncoespasmo (p=0,002) quando comparado

com GB. A RP pré-operatória teve impacto na diminuição dos níveis séricos de fibrinogênio,

melhora dos parâmetros clínicos funcionais, qualidade de vida, ansiedade e depressão e

reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR

pode ser uma estratégia importante no pré-operatório.

Descritores: Neoplasia pulmonar. Fibrinogênio. Reabilitação. Complicações pós-operatórias.

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

ABSTRACT

Lung cancer (LC) is a malignant aggression which can be also surgically treated characterized

by inflammation and higher mortality rates. Pulmonary complications are still concerning.

The choice of studying fibrinogen and albumin is due to the fact that they are active

inflammatory markers in LC often associated with chronic obstructive pulmonary disease.

Pulmonary complications subsequent to lung resection are still worrying. This study evaluated

the impact of Pulmonary Rehabilitation (PR) on preoperative inflammatory markers and

postoperative pulmonary complications of LC patients. Controlled clinical trial with 31

patients with moderate to severe obstructive disease, stages IA to IIIA, randomized into

Group A (GA) undergone PR and the control group - Group B (GB) undergone respiratory

therapy (RT). Pulmonary function, respiratory muscle strength, functional capacity, upper

limbs muscle strength, maximum and submaximal exercise capacity, Hospital anxiety and

depression scale (HADS), quality of life through Short-form36 (SF36), fibrinogen and

albumin were evaluated before and after a 4 weeks of the survey protocols. After surgery

pulmonary complications were analyzed. GA performed aerobic physical training, peripheral

and respiratory muscle strength training. GB performed lung expansion techniques. Both

groups received educational classes and performed the protocols in similar time. The study

was approved by the institution’s ethic committee. There was in GA significant improvements

in FVC from 65±17 to 76± 15% of its predicted (p=0.003 ), in maximal inspiratory pressure

(MIP) from 78±46 to 104± 42cmH2O (p=0.0003 ), in maximal expiratory pressure (MEP)

from 78±21 to 93± 25cmH2O (p=0.0009 ); in walked distance from 435±70 to 491±88 m

(p<0.0001 ), upper limb maximum load from 1.0 to 2.0 kg (p=0.008 ), in treadmill inclination

from 5±3 to 8± 3% (p<0.0001 ) and speed from 4.9 [3.7 -5.5] to 5.2 [4.4 -6] (p=0.002 ),

submaximal exercise capacity from 447±179 to 718± 220s (p=0.002 ), in anxiety from 9.9

±4.9 to 4.9 ±2.7 (p<0.0001 ), and depression from 9.05 ±4.08 to 4.9 ±2.1 (p<0.0001 ), in

quality of life with Physical Component Summary (PCS) from 37.5 ±9.07 to 46.15 ± 8.7 %

(p=0.004 ) and fibrinogen to 448.3 ±129.9 to 321.6 ± 73.2 mg/dl (p=0.0002 ). Albumin has

not showed significant result in both groups. In GB there was significant increase in MIP

50±22 to 70± 35 (p=0.004) and reduction in fibrinogen from 490.7 ± 199.7 to 453.3 ± 177.2

mg/dl (p=0.3). Other variables GB did not show any significant results. When comparing

results between groups there was significant difference in the walked distance (p=0,0001), in

upper limb strength (p=0,009), in inclination (p=0,0008), in endurance (p=0,005), in anxiety

(p=0,0002), in depression (p=0,04), in PCS (p=0,03) and fibrinogen (p=0,04). Out of 31

patients, 10 were not operated. In postoperative pulmonary complications, GA show less

greater and lesser relevance morbidity (p=0,002 and p=0,01 respectively) shorter length of

hospital stay (p=0,004), less chest tube days(p=0,03), lower percentage of bronchial fistula

(p=0,009) and less bronchospasm (p=0,002). When compared to GB. PR had impact on the

reduction of serum fibrinogen, on clinical improvements, health related quality of life, anxiety

and depression, and also reduced postoperative pulmonary complications. In the absence of

PR programs, RT can be an important preoperative strategy.

Keywords: Lung Neoplasm. Fibrinogen. Rehabilitation. Postoperative Complications.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Esquema da organização temporal da pesquisa....................................................45

FIGURA 2. Fluxograma de pacientes do estudo.....................................................................58

FIGURA 3. Comparação das pressões inspiratória (PImax) e expiratória máximas (PEmax)

pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.............62

FIGURA 4. Comparação da distância percorrida no TC6 pré e pós-intervenção nos grupos

GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos...................................................................62

FIGURA 5. Comparação da carga máxima de membros superiores pré e pós-intervenção nos

grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.......................................................63

FIGURA 6. Comparação do tempo alcançado no teste de endurance de membros inferiores ré

e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos...................64

FIGURA 7. Comparação da dosagem sérica de fibrinogênio pré e pós-intervenção nos grupos

GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos...................................................................66

FIGURA 8. Comparação da dosagem sérica de albumina pré e pós-intervenção nos grupos

GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos...............................................................67

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Características iniciais dos pacientes do estudo...................................................59

TABELA 2. Comparação da função pulmonar pré e pós intervenção nos grupos GA e GB e da

variação (delta) entre esses grupos............................................................................................61

TABELA 3. Comparação da inclinação e velocidade alcançados no teste incremental de

membros inferiores pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB e da variação (delta) entre

esses grupos...............................................................................................................................64

TABELA 4. Comparação da ansiedade e depressão pré e pós-intervenção nos grupos GA e

GB e da variação (delta) entre esses grupos..............................................................................65

TABELA 5. Comparação da qualidade de vida separada por dimensões física e mental pré e

pós-intervenção nos grupos GA e GB e da variação (delta) entre esses grupos.......................66

TABELA 6. Análise de covariância da distância percorrida do Teste da Caminhada de seis 6

minutos tendo como variável dependente os grupos GA e GB................................................67

TABELA 7. Caracterização da amostra no pós-operatório de pacientes que realizaram quatro

semanas de reabilitação pulmonar versus fisioterapia respiratória ..........................................68

TABELA 8. Pacientes que apresentaram complicações pulmonares pós-operatórias após

quatro semanas de reabilitação pulmonar versus fisioterapia respiratória................................69

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACP American College of Physicians

ATS American Thoracic Society

AVD Atividades da Vida Diária

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

Cm Centímetro

CO2 Gás carbônico

CP Câncer de Pulmão

CPC Carcinoma de Pequenas Células

CPPC Carcinoma de Pulmão de Pequenas Células

CPPO Complicações Pulmonares Pós-Operatórias

CNPC Carcinoma de Não Pequenas Células

CNS Conselho Nacional de Saúde

CPNPC Carcinoma de Pulmão de não Pequenas Células

CRVP Cirurgia Redutora de Volume Pulmonar

CVF Capacidade Vital Forçada

DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DRC Doença Respiratória Crônica

ERS European Respiratory Society

FR Fisioterapia Respiratória

FC Frequência Cardíaca

fr Frequência Respiratória

GOLD Global Iniciative for Chronic Obstructive Lung Disease

HADS Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão

HADS-A Escala Hospitalar de Ansiedade

HADS-D Escala Hospitalar de Depressão

HDL High Density Lipoproteins (Valores de colesterol)

HIV Human Immunodeficiency Virus

IARC Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer

IC Insuficiência Cardíaca

II Inspirômetro de incentivo

IL6 Interleucina 6

IL8 Interleucina 8

IMC Índice e Massa Corpórea

INCA Instituto Nacional de Câncer

IR Incentivador Respiratório

LTB4 Leucotrieno B4

MI Marcadores Inflamatórios

Min Minuto

MMII Membros Inferiores

MMSS Membros Superiores

OMS Organização Mundial de Saúde

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

O2 Oxigênio

PA Pressão Arterial

PCR Proteína C-Reativa

PEmax Pressão Expiratória Máxima

PImax Pressão Inspiratória Máxima

QEC Questionário de Estabilidade Clínica

QV Qualidade de Vida

RP Reabilitação Pulmonar

RX Raios-X

seg Segundos

SF36 Medical Outcomes Study 36-Short-Form Health Survey

SpO2 Saturação Periférica de Oxigênio

TC6 Teste da Caminhada de 6 minutos

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TMR Treinamento Muscular Respiratório

TNF-a Fator de necrose tumoral

TNM T (Tumor) N (Linfonodos) M ( Metástase)

VC Volume Corrente

VEF1 Volume Expiratório Final no Primeiro Segundo

VO2 Consumo de oxigênio

WHO World Health Organization

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 18

1.1 Câncer de pulmão ............................................................................................................ 18

1.2 Câncer de pulmão (CP) e pneumopatias associadas ........................................................ 22

1.3 Marcadores inflamatórios (MI) - Câncer de pulmão doenças pulmonares crônicas.......24

1.4 Efeitos do exercício físico sobre o câncer de pulmão (CP) ............................................. 27

1.5 Pré-operatório de neoplasia de pulmão, reabilitação pulmonar e fisioterapia respiratória

nas ressecções pulmonares ....................................................................................................... 30

1.5.1 Reabilitação pulmonar (RP) .......................................................................................... 32

1.5.2 Fisioterapia Respiratória (FR) ....................................................................................... 35

1.6 Complicações pulmonares pós-operatórias ...................................................................... 36

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 40

2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 40

2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 40

3 MÉTODO .......................................................................................................................... 41

3.1 Tipo de estudo .................................................................................................................... 41

3.2 Local e período do estudo ................................................................................................... 41

3.3 Participantes ....................................................................................................................... 42

3.3.1 Critérios de inclusão e exclusão ...................................................................................... 42

3.4 Desenho do estudo .............................................................................................................. 43

3.4.1 Grupos Estudados - Técnica de aleatorização ................................................................. 43

3.4.2 Intervenções e monitoramento......................................................................................... 43

3.4.3 Organização temporal da pesquisa .................................................................................. 44

3.5 Desfechos clínicos/ variáveis estudadas ............................................................................. 45

3.5.1 Desfechos primários e secundários.................................................................................. 45

3.5.2 Definição das variáveis .................................................................................................... 45

3.6 Protocolos de tratamento .................................................................................................... 52

3.6.1 Protocolo da Reabilitação Pulmonar – Grupo da Reabilitação Pulmonar (GA) ............. 52

3.6.2 Protocolo da Fisioterapia Respiratória – Grupo da Fisioterapia Respiratória (GB)......54

3.7 Análise estatística ............................................................................................................... 56

4 RESULTADOS ................................................................................................................. 58

4.1 Características basais dos participantes do estudo ............................................................. 58

4.2 Função pulmonar ................................................................................................................ 60

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

4.3 Força muscular respiratória ................................................................................................ 61

4.4 Capacidade funcional de exercício ..................................................................................... 62

4.5 Força muscular de membros superiores (MMSS) .............................................................. 63

4.6 Capacidade máxima de exercício ....................................................................................... 63

4.7 Capacidade submáxima de exercício .................................................................................. 64

4.8 Ansiedade e depressão ........................................................................................................ 65

4.9 Qualidade de vida ............................................................................................................... 65

4.10 Marcadores inflamatórios ................................................................................................. 66

4.10.1 Fibrinogênio .................................................................................................................. 66

4.10.2 Albumina ....................................................................................................................... 67

4.11 Complicações pulmonares pós-cirúrgicas ........................................................................ 68

5 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 70

6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 84

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 85

APÊNDICES ......................................................................................................................... 110

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .......... 111

APÊNDICE B - FICHA FISIOTERÁPICA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA - PRÉ-

OPERATÓRIA ..................................................................................................................... 114

APÊNDICE C - FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA APÓS A

INTERVENÇÃO (REABILITAÇÃO PULMONAR OU FISIOTERAPIA

RESPIRATÓRIA) ................................................................................................................ 116

APÊNDICE D - ALTERAÇÕES E COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS - DADOS

OPERATÓRIOS ................................................................................................................... 117

APÊNDICE E - CHECK LIST - FICHA PRÉ E PÓS-PROTOCOLOS .......................... 118

APÊNDICE F - DADOS BRUTOS ..................................................................................... 120

ANEXOS ............................................................................................................................... 138

ANEXO A - ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO ....................................... 139

ANEXO B - ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS

CÉLULAS POR GRUPOS .................................................................................................. 140

ANEXO C - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA .......................................................... 141

ANEXO D - REGISTRO DE ENSAIOS CLÍNICOS BRASILEIROS ........................... 142

ANEXO E - TESTE DA CAMINHADA DE 6 MINUTOS ............................................... 143

ANEXO F - TESTE INCREMENTAL DE MMSS ........................................................... 144

ANEXO G - TESTE INCREMENTAL DE MMII ............................................................ 145

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

ANEXO H - TESTE DE ENDURANCE DE MMII .......................................................... 146

ANEXO I - VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE

VIDA SF-36 ........................................................................................................................... 147

ANEXO J - ESCALA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO – HAD................................... 151

ANEXO L - ESCALA DE BORG ....................................................................................... 154

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

18

1 INTRODUÇÃO

1.1 Câncer de pulmão

O câncer de pulmão (CP), baseado na terminologia mais atual é conceituado como

uma agressão maligna ao epitélio respiratório, sendo a enfermidade que mais mata no mundo,

estando entre as três com maior incidência superada somente pelo câncer de próstata e de

mama (SCHOTTENFELD; SEARLE, 2005; PASCHOAL, 2009). É o tipo mais letal, com 1,2

milhões mortes anuais, apresentando um aumento de 2% por ano na sua incidência mundial

(INCA, 2009).

Para 2008, a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) juntamente

com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estimaram 12,4 milhões de casos novos e 7,6

milhões de óbitos por câncer no mundo. Destes, dentre os mais incidentes estaria o CP (1,52

milhões de casos novos) o qual, devido ao mau prognóstico passou a ser a principal causa de

morte (1,31 milhões) (DATASUS, 2009).

No Brasil, o CP foi responsável por mais de 20 mil mortes em 2008. Em 2010, o

número de casos novos foi estimado em 17.800 entre homens e de 9.830 nas mulheres, o que

correspondeu a um risco estimado de 18 casos novos a cada 100 mil homens e 10 para cada

100 mil mulheres. Em países ou regiões onde existe uma longa história de consumo de tabaco,

a maioria dos casos de CP pode ser considerada tabaco-relacionado (INCA, 2009).

A quebra dos mecanismos de defesa pulmonar acarreta o desenvolvimento do CP, e

isso ocorre pela inalação aguda ou crônica do tabaco, substância irritante e o principal fator de

risco. O fumante tem 22 vezes mais chances de risco de morte por CP do que os não

fumantes (LANÇA, 2010; INCA, 2007; CAPELOZZI, 2005).

O prognóstico do CP é ruim, cerca de 7% dos pacientes sobrevivem por cinco anos e a

maioria é tratada paliativamente a partir do diagnóstico (PARSONS et al., 2010).

O tabagismo é atualmente, nos países desenvolvidos, a principal causa de

enfermidades evitáveis e de mortes prematuras. O tabaco é uma droga lícita largamente

utilizada em todo o mundo e provoca 90% dos casos de câncer pulmonar. Dos 10% de vítimas

restantes que não fumam, um terço fuma passivamente (MALCON et al., 2003; WHO, 2009).

O CP pode também ser causado por substâncias químicas encontradas especialmente

no ambiente ocupacional e inclui a radiação de urânio, a poluição do ar por radônio ou por

inalação de substâncias como: asbestos, níquel, carvão, berílio, arsênico, cloreto de vinila,

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

19

cromo e cádmio (LANÇA, 2010; CAPELOZZI, 2005). Outros fatores relacionados a este

tumor são os dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), deficiência de vitamina A e

beta-caroteno, predisposição genética, fatores imunológicos, doença pulmonar obstrutiva

crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e a história familiar desse tipo de neoplasia.

Pacientes com quadro de tuberculose e/ou fibrose pulmonar parecem ter um risco aumentado

para o CP. Nestes casos, também temos o tabagismo como variável confundidora, e a

ausência de reconhecida causalidade. Acontece também, do desenvolvimento dessa doença,

em indivíduos que nunca fumaram e apresentam causa desconhecida (LANÇA, 2010; INCA,

2007; CAPELOZZI, 2005; PASCHOAL, 2009).

O CP pode surgir em qualquer parte do pulmão, mas é comumente originado no lobo

superior do pulmão direito e sua localização mais incidente é no segmento anterior do lobo

superior direito (ZAMBONI; CARVALHO, 2005).

O tumor primário do pulmão desenvolve-se tanto na parte central quanto na periférica

diferenciando-se pelo surgimento dos sintomas e pelo seu tamanho. O tumor central nasce nos

brônquios principais ou brônquios segmentares proximais e lobares, e é conhecido como

câncer broncogênico ou carcinoma broncogênico com os sintomas associados de tosse seca e

não produtiva, hemoptise, dispneia, sibilância localizada, perda de peso, febre e dor torácica.

O tumor periférico só é visualizado na radiografia do tórax quando apresenta diâmetro acima

de 1 cm e encontra-se nas vias distais, geralmente é assintomático e quando relacionado com

algum sintoma vem acompanhado de tosse, dispneia, dor torácica pleurítica e bem localizada

(ZAMBONI; CARVALHO, 2005; INCA, 2007; GOLDSTRAW, 2009).

O CP também pode surgir na pleura ou parede torácica, sendo então conhecido como

mesotelioma, podendo causar dor, tosse e dispneia do tipo restritivo, ou seja, dispneia por

pouca expansibilidade pulmonar. Raramente, pode se originar nos vasos sanguíneos, que são

tecidos de suporte dentro dos pulmões (MELLO, 2001; ZAMBONI; CARVALHO, 2005;

GOLDSTRAW, 2009).

A classificação anatomo-patológico do CP atualmente utilizada foi elaborada pela

OMS em 1982. O CP ficou dividido em dois tipos principais: carcinoma de não-pequenas

células (CNPC) e carcinoma de pequenas células (CPC) (WHO,1982; INCA, 2007).

O CNPC corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos

principais e distintos: carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes

células; ocorrendo em cerca de 75% a 80% dos pacientes diagnosticados com CP. Dentre os

tipos celulares restantes, destaca-se o CPC indiferenciado com os três subtipos celulares:

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

20

linfocitóide (oat cell), intermediário e combinado (células pequenas mais carcinoma

epidermóide ou adenocarcinoma) (ZAMBONI; CARVALHO, 2005; PASCHOAL, 2009).

O CPC caracteriza-se por um crescimento tumoral rápido, uma disseminação

metastática precoce e uma boa resposta à quimioterapia (SPIRA; ETTINGER, 2004).

O oat cell é uma expressão que ganhou importância na linguagem médica por ser um

subtipo especial de CP. Tem grande capacidade de disseminação, rápido crescimento e

invasão cerebral frequente. Apresenta baixo percentual de cura embora com uma boa resposta

ao tratamento (INCA, 2007).

A avaliação do paciente com CP inclui não somente o diagnóstico do tumor primário,

como também a detecção de disseminação tumoral linfonodal ou para outras estruturas.

Denoix, em 1946, propôs o sistema de estadiamento TNM do CP, formado por três letras que

significam: T ( tumor), N (linfonodo) e M (metástase) (DENOIX, 1946). Esse sistema teve

como finalidade determinar a extensão tumoral, fornecendo informações prognósticas

importantes, auxiliando também na escolha do procedimento terapêutico apropriado e na

comparação dos resultados (ZAMBONI; CARVALHO, 2005). O estadiamento desempenha

papel importante sobre a definição e intenção do tratamento e engloba dois aspectos: o radical

(com intenção de cura) e o paliativo (com o propósito de diminuir os sintomas)

(GONÇALVES, 2001).

O mais importante nesse processo é pontuar pacientes candidatos à ressecção cirúrgica

e os que são inoperáveis, mas que terão benefício com o tratamento quimioterápico,

radioterápico, ou ambos (SILVESTRI et al., 2003).

Atualmente, o estadiamento do CP acompanha as normas do International System for

Staging Lung Cancer, propostas em 1986 e revisadas em 1997 por Mountain, sendo adotadas

pela American Joint Commitee on Cancer, Union Internationale Contrele Cancer e American

Thoracic Society (MOUNTAIN, 1997).

O estadiamento do CP com a extensão, o desenvolvimento e o crescimento do tumor,

além do estadiamento do CP por grupos encontram-se em ANEXO A e ANEXO B,

respectivamente.

Pacientes nos estágios IA, IB, IIA e IIB geralmente se beneficiam do tratamento

cirúrgico. O estágio IIIA, pelo Sistema Internacional para o Estadiamento de Câncer de

Pulmão, em 1997 (MOUNTAIN, 1997) retirou o T3N0M0 do estágio IIIA, por entender que

seu prognóstico e curva de sobrevida se distanciavam dos demais aproximando-o mais do

estágio IIB, caracterizando-o nesse estágio. O estágio IIIA se definiu por abranger situações

muito diferentes de alta complexidade e de difícil escolha da melhor estratégia de tratamento,

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

21

mas que ainda tem como opção a estratégia cirúrgica. Requer, portanto, para uma decisão

precisa de tratamento a visão de uma equipe multidisciplinar, com experiência e

conhecimento para escolher a melhor sequência de opções terapêuticas (ATS, 1997;

SILVESTRI et al., 2003; ZAMBONI; CARVALHO, 2005).

O estágio IIIB se caracteriza por sua heterogeneidade e tem sido considerado não

cirúrgico, sendo os tratamentos com radio e quimioterapia os mais recomendados. A

ressecção cirúrgica só está indicada em casos bastante estudados e bem selecionados (JETT et

al., 2003; SPIRA; ETTINGER, 2004).

O tratamento e o prognóstico do CP dependem do seu tipo histológico e do estágio

(grau de dispersão) dentre outros fatores. O tratamento curativo cirúrgico permanece como a

opção terapêutica relacionada à melhor sobrevida em pacientes corretamente estadiados. Para

alguns pacientes a tentativa curativa requer: lobectomia (a mais freqüentemente realizada),

ressecção em cunha ou pneumectomia. No entanto, dois terços dos casos são inoperáveis por

serem descobertos apenas na fase avançada da doença (JAMNIK; UERARA; SILVA, 2006;

SÁNCHEZ et al., 2006).

A quimioterapia e a terapia radioativa representam os tratamentos paliativos e são

sugeridos à maioria dos pacientes. Mesmo com o desenvolvimento de novas drogas, a

sobrevida em cinco anos ainda permanece baixa, entre 10% e 15% (JAMNIK; UERARA;

SILVA, 2006).

Não somente tratamentos convencionais estão sendo considerados para o tratamento

de neoplasias. Hoje, grandes institutos que tratam pacientes com câncer, como o National

Coalition for Cancer Survivorship (NCCS), endossam o exercício físico para pacientes com

CP. Embora muitas pesquisas ainda não estejam concluídas, há indícios de que o exercício

físico regular poderia diminuir o risco de CP e de endométrio. Pesquisas também mostram

que praticar exercício físico regularmente ajuda pessoas sobreviventes do câncer a ter melhor

qualidade de vida (NCCS, 2011).

Tanto a doença quanto o tratamento (cirúrgico ou não) podem causar uma diminuição

da capacidade pulmonar do paciente e limitações músculo-articulares, além de muitos

pacientes apresentarem doença pulmonar crônica subjacente. Cicatrizes de cirurgias de

pulmão podem reduzir ainda mais a mobilidade da parede torácica, diminuir a amplitude de

movimento do ombro resultando no aparecimento de dor. Isso traz como consequência, a

dificuldade de respirar (TOM; HARRISON, 2002). Hoje a prática de exercícios como

treinamento aeróbico, de força e com alongamentos está indicado para maximizar a função

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

22

pulmonar antes, durante e após o tratamento cirúrgico por ressecção pulmonar e muitos

estudiosos já indicam estratégias como os programas de reabilitação pulmonar (GOLD, 2010).

1.2 Câncer de pulmão (CP) e pneumopatias associadas

As principais doenças pulmonares que são comprometidas ou que tem como principal

fator de risco o tabagismo são: CP, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Muitas

doenças pulmonares estão relacionadas com o CP, no entanto, a DPOC é a doença que tem

demonstrado alto poder nessa associação, com 80% a 90% dos casos (INCA, 2009). Tanto no

paciente com CP ou DPOC o tabagismo se apresenta como o fator de risco de maior

incidência, ou seja, aproximadamente, 90% para os dois casos. Quanto mais cigarros se

fumam, maior é o risco de se contrair o CP e/ou DPOC e o fato do paciente ser portador das

duas patologias agrava mais ainda o seu prognóstico (LAIZO, 2009; PARSONS et al., 2010).

Não existe evolução da DPOC para câncer, porque são doenças diferentes. No entanto,

as duas têm como fator de risco o tabaco. A fumaça do cigarro degenera e inflama os

brônquios e essa inflamação crônica faz com que as células brônquicas estejam sempre em

constante reprodução para substituir as que morreram e foram danificadas pela fumaça. Nesse

mecanismo de reprodução, podem sofrer uma mutação que dá origem à célula cancerosa. O

nexo causal, portanto, é a fumaça do cigarro e não o fato de uma doença ter evoluído para

outra (TURNER et al., 2007; LAIZO, 2009).

A DPOC é uma patologia tratável e preventiva, caracterizada pela obstrução crônica

das vias respiratórias limitando o fluxo aéreo e que não é totalmente reversível. Essa

obstrução é progressiva e está associada a um processo inflamatório anormal devido à

inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo (GLOBAL

INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE - GUIDELINE, 2010).

O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos brônquios (bronquite

crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar)

(CONSENSO BRASILEIRO SOBRE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA –

DPOC, II – 2004; GODOY, 2007).

Tockman et al, em 1987, em uma de suas pesquisas demonstrou, que muito mais que a

idade ou o tabagismo, a obstrução brônquica das vias aéreas é um importante preditor de CA,

onde quanto mais limitado o paciente, ao nível de função pulmonar (VEF1), maior a chance

de desenvolvimento de câncer levantando a hipótese de que essa associação deva ser pela

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

23

presença de inflamação crônica comum nas duas patologias, associada ao clearance alterado

de substâncias carcinogênicas presentes na fumaça do cigarro (TOCKMAN et al., 1987).

O aumento da prevalência, tanto do CP quanto da DPOC, tem avançado pelo uso do

cigarro e pelo envelhecimento da população. Nos últimos anos, se tem percebido que a DPOC

tem demonstrado maior relação com o CP. Observando uma amostra de 113 sujeitos durante

10 anos, Skillrud, Offord e Miller, em 1986, encontrou, (comparados por idade, sexo e

tabagismo, dentre outros), uma prevalência de câncer em pessoas com DPOC em torno de

9%, comparados com 2% nos controles (SKILLRUD; OFFORD; MILLER, 1986).

Até em pequenas reduções na função pulmonar determinadas pela DPOC aumenta o

risco de CP (WASSWA-KINTU et al., 2005) e dobra a curva de mortalidade em doenças

cardiovasculares independente do tabagismo (HOLE et al., 1996; SIN; WU; MAN, 2005).

Segundo Campos, em 2006, embora não comprovado, a interação de fatores genéticos

com tabagismo responsável pela patogenia da DPOC deve também estar envolvida na gênese

de outras enfermidades, particularmente cardiovasculares e neoplásicas. Múltiplos

mecanismos, que envolvem ativação celular, liberação de citocinas pró-inflamatórias,

proteases e radicais livres, ligam o tabagismo ao comprometimento do pulmão e do

organismo em geral (CAMPOS, 2006).

Muitos dos sintomas comuns de CP são semelhantes aos do paciente com DPOC e por

isso o diagnóstico precoce é difícil. O diagnostico do CP é realizado de forma tardia fugindo

do período de tratamento cirúrgico. Em mais de 50% dos pacientes que procuram o médico, a

doença já está instalada e quase sempre com metástase. A maioria dos pacientes com CP

também terá DPOC, pois ambas as doenças são causadas principalmente pelo tabagismo. No

entanto, apenas 1 ou 2 % dos pacientes com DPOC vai desenvolver CP (CANCER Talks,

2000 – 2011).

Fumantes com DPOC têm maior risco de câncer que aqueles com função pulmonar

normal. Observa-se que a taxa de risco para neoplasia de pulmão, entre indivíduos com VEF1

menor que 60% do previsto, foi de 6,07%, quando ajustada para a carga tabágica (UEHARA;

JAMNIK; SANTORO, 1998).

A inflamação é uma característica comum e presente em quase todas as doenças

pulmonares especialmente o CP e a DPOC. Alguns marcadores têm sido amplamente

estudados nessas patologias e têm demonstrado certa relação com os seus prognósticos e/ou o

desenvolvimento de complicações cardiovasculares. Esse estudo tentou analisar e contribuir

para possíveis fatores na sistemática da inflamação através do conhecimento nos níveis

séricos do fibrinogênio e da albumina.

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

24

1.3 Marcadores inflamatórios (MI) - câncer de pulmão (CP) e doenças pulmonares

crônica

A escolha do fibrinogênio e albumina no estudo se deve ao fato de serem marcadores

inflamatórios (MI) e se manifestarem em pacientes com câncer, que percentualmente

apresentam diagnóstico de doença obstrutiva crônica

pelo uso prolongado do cigarro

(DETTERBECK et al., 2001).

O uso de MI vem sendo avaliado em grupos de patologias progressivas que estão

relacionadas a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões, na tentativa de identificar

precocemente a infecção, de estratificar o risco de os pacientes desenvolverem complicações

clínicas graves e de programar terapêuticas adequadas (NEUENSCHWANDER, 2009).

Segundo De Cicco (2004) e Marinho e Takagaki (2008), os marcadores inflamatórios

são importantes para pontuar, também, riscos cirúrgicos e essa relação é vista, muito próximo,

por exemplo, entre o fibrinogênio e processo neoplásico em pacientes com CP uma vez que

mais de 50% dos pacientes com neoplasia e 90% daqueles que possuem metástases têm

alteração na coagulação.

O fibrinogênio e a albumina são MI e proteínas hepáticas essenciais com funções

específicas. O fibrinogênio é uma proteína de coagulação (fator I da coagulação) também

chamada de proteína de fase aguda porque sua concentração no sangue aumenta rapidamente

em resposta a processos inflamatórios (SONG, 2006). A velocidade de formação do coágulo é

significativamente afetada pelos níveis de fibrinogênio. Concentrações elevadas de

fibrinogênio associam-se a um aumento de risco trombótico enquanto que níveis baixos de

fibrinogênio estão presentes em várias situações clínico-patológicas (ex: terapêutica

trombolítica, doença hepática, coagulação intravascular disseminada) (DE CICCO, 2004).

A albumina sérica é também uma proteína de fase aguda negativa e sua concentração

no sangue é reduzida em resposta à inflamação (ROTHSCHILD; ORATZ; SCHREIBER,

1988; DON; KAYSEN, 2004).

A concentração de pré-albumina indica o estado nutricional do indivíduo sendo uma

avaliação importante em pacientes com CP já que muitos apresentam desnutrição (JORGE

FILHO; ANDRADE; ZILIOTTO JUNIOR, 1995), situação que implica aumento de riscos

operatórios e pós-operatórios (SCHWARTZ, 1985) nesses pacientes.

O fibrinogênio e a albumina são liberados na circulação em grande quantidade,

principalmente, em resposta a estimulação da proteína IL-6 que induz efeitos locais,

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

25

facilitando a migração de leucócitos e efeitos sistêmicos como a indução dessas proteínas de

fase aguda (GABAY; KUSHNER, 1999; CASTELL et al., 1989).

As concentrações do fibrinogênio podem estar elevadas em qualquer condição que

cause dano ou inflamação do tecido, embora não sejam específicas. Normalmente, essas

elevações são temporárias, retornando ao normal após a doença subjacente ser resolvida (LAB

TESTS ONLINE, 2011).

Níveis alterados destas duas proteínas podem ser vistos nas infecções agudas, câncer,

obesidade, doença arterial coronariana, diabetes melitus, infarto do miocárdio, doenças

inflamatórias (como artrite reumatóide e glomerulonefrite), gravidez, tabagismo e trauma

(LOWE, 1995; MANSFIELD; HEYWOOD; GRANT, 1996).

Há quase 150 anos, Trousseau sugeriu a relação entre câncer e alteração na coagulação

(TROUSSEAU, 1865). Posteriormente, os fenômenos tromboembólicos foram esclarecidos

quanto ao maior risco de se desenvolverem em pacientes oncológicos. Isto pode ser

conseqüência da ativação do sistema de coagulação pelas células neoplásicas ou pelas terapias

empregadas (quimioterapias e cirurgias). Tais fenômenos podem, ainda, ser a primeira

manifestação do câncer e a sua recorrência, mesmo com anticoagulação adequada

(PRANDONI et al., 2002).

O sucesso no tratamento de anticoagulação foi animador com o uso das heparinas de

baixo peso molecular no carcinoma de pequenas células de pulmão, embora os campos de

pesquisa e tratamento estejam suscetível a novos estudos devido o conhecimento sobre esses

mecanismos ainda serem relativamente recentes (MARINHO; TAKAGAKI, 2008).

Além da utilização da heparina, a quantidade de fibrinogênio pode ser uma forma de

terapia preventiva em pacientes antes do procedimento cirúrgico. Isso foi comprovado em um

estudo piloto, tipo ensaio clínico realizado por uma equipe da Universidade de Gotemburgo,

na Suécia, onde os pacientes antes de serem submetidos a cirurgias cardíacas receberam uma

dose de fibrinogênio, mostrando que a técnica reduz o risco de hemorragia. Outros estudos

serão necessários para confirmar os resultados, já que a experiência foi um estudo-piloto da

técnica (KARLSON et al., 2009).

Os MI têm relação no desenvolvimento inflamatório da infecção e o fibrinogênio está

entre as proteínas mais estudadas juntamente com a IL6, IL8, TNF-a, LTB4. Esses

mediadores já se mostram aumentados nos pacientes com DPOC, mas sua concentração está

mais elevada nas exacerbações, diminuindo após o tratamento. Outro fator interessante é que

as concentrações dos mediadores inflamatórios estão regularmente mais altas nos pacientes

que apresentam mais de três exacerbações por ano (JONES et al., 2009).

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

26

Atualmente, a presença de uma correlação entre fibrinogênio e outros marcadores de

inflamação e doenças do coração surge de forma muito forte. Muitas pesquisas demonstraram

que altos níveis de fibrinogênio estão relacionados com as coronariopatias e doença arterial

periférica (KANNEL et al., 1987; DANESH et al., 1998). Característicamente, essas doenças

também estão associados à redução da função pulmonar (GUNNELL et al., 2003).

É possível, portanto, que a inflamação crônica de baixo grau sistêmico comprometa

também, negativamente, o tecido pulmonar, embora ainda é desconhecido o mecanismo

específico de atuação. Há poucas informações sobre a relação entre os níveis de fibrinogênio

plasmático e a função do pulmão (DAHL et al., 2001; THYAGARAJN et al., 2006; SIN;

MAN, 2003). A associação entre os níveis de fibrinogênio plasmático e função pulmonar é

particularmente importante dada à observação de hiperfibrinogenaemia ligada à: idade,

obesidade (VGONTZAS et al., 2000), asma (JOUSILAHTI et al., 2002; ENRIGHT et al.,

1996), e ao tabagismo (ELIASSON et al., 1995).

Quanto à idade, a variação da concentração sérica de fibrinogênio aumenta

paralelamente com a faixa etária e esta é o determinante principal dos níveis do mesmo

(NASCETTI et al., 2001; ASSANELLI et al., 2002). O tabagismo, por outro lado, é o

segundo fator fortemente associado ao fibrinogênio (ASSANELLI et al., 2002;

SCHUITEMAKER, 2004). O fumo guarda correlação íntima com a elevação dos níveis de

fibrinogênio sérico, sendo que este aumento é mais pronunciado nas mulheres

(SCHUITEMAKER, 2004). Possíveis explicações para tal fenômeno consistem na reação

inflamatória, lesão endotelial, fibrinólise diminuída e ativação plaquetária induzida pelo

tabagismo (DE MAAT et al., 1996).

Em outro estudo, com uma amostra de 8.955 adultos dinamarqueses, o Copenhagen

City Heart Study, para testar se o fibrinogênio aumentava quando correlacionado com função

pulmonar e as taxas de hospitalização de DPOC, concluiram que o fibrinogênio elevado foi

associado com VEF reduzida e aumento do risco de DPOC, não podendo ser explicado pelo

hábito de fumar sozinho (DAHL et al., 2001).

Numa outra pesquisa sobre dados de fibrinogênio foi comprovada uma associação

entre a inatividade física e a inflamação sistêmica (WATZ et al., 2008). Esse fato leva-se a

refletir sobre a possibilidade do aumento do fibrinogênio em pacientes com pneumopatias

crônicas devido processo inflamatório e sintomas intrínsecos da doença, que levam ao ciclo

vicioso da dispneia que está relacionado diretamente com a inatividade e a falta de

condicionamento físico. A dispneia e a inatividade levam também a diminuição da qualidade

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

27

de vida ocasionando ansiedade e depressão muito comum nesse tipo de paciente ((PRYOR;

WEBBER, 2002).

A inflamação sistêmica está presente em pacientes com DPOC e tem um impacto

sobre a mortalidade nessa população (MAN et al., 2006; DAHL et al., 2007). Sabe-se a partir

de estudos epidemiológicos que as pessoas que relatam menor atividade física têm valores

mais elevados dos marcadores de inflamação sistêmica (MORA et al., 2006).

Em pacientes com DPOC, as concentrações séricas de alguns biomarcadores foram

relacionadas à gravidade e sua tolerância ao exercício para as concentrações séricas de PCR,

IL-6, IL-8, fibrinogênio e albumina (GARCIA-RIO et al., 2010).

De acordo com o que foi escrito acima, existe uma relação entre a inatividade física,

intolerância ao exercício, gravidade da doença, paciente com câncer e pneumopatias

associadas com o alto teor sistêmico inflamatório. Frente a isso, levanta-se a hipótese de que a

atividade física através de protocolos de condicionamento físico possa melhorar os níveis

séricos de fibrinogênio e albumina, prevenindo riscos peri e pós-operatórios.

1.4 Efeitos do exercício físico sobre o câncer de pulmão (CP)

Os exercícios físicos, desde os primórdios da nossa existência, são importantes a todas

as pessoas, independente da idade, porque proporcionam bem-estar, saúde e socialização.

McArdle et al. (1998), definiram exercício físico como uma atividade com movimentos

orientados realizado com repetições sistemáticas, e respostas de aumento no consumo de

oxigênio devido à solicitação muscular (MCARDLE et al., 1998).

Os benefícios vitais também estão presentes, como a progressão do condicionamento

físico aumentando com isso a capacidade do trabalho do sistema cardiorrespiratório e

influenciando, também, nos outros sistemas de forma positiva. O exercício é uma estratégia

recorrente com base nos benefícios da saúde universal e como atenuante de quedas do

potencial do estado funcional e a sua disponibilidade para todos os pacientes (ADAMSEN et

al., 2003; OLDERVOLL et al., 2005; OLDERVOLL et al., 2006).

Obviamente, as pessoas portadoras de alguma doença como os cardiopatas,

hipertensos, diabéticos, osteoporóticos etc, e posteriormente os portadores de doenças

pulmonares, acabam minimizando e muitas vezes solucionando, dentro de suas condições

físicas especiais, seus problemas vitais através de atividades bem orientadas e elaboradas.

Outro fator relevante é a melhora da auto-estima diminuindo lentamente as emoções negativas

elevando os aspectos emocionais e de qualidade de vida (OLDERVOLL et al., 2006).

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

28

Com o objetivo de sustentar o equilíbrio celular, o exercício físico provoca uma série

de respostas fisiológicas nos sistemas corporais e, em especial, no sistema cardiovascular

frente ao aumento do consumo de energia e das demandas metabólicas (FERREIRA;

MATSUBARA, 1997; MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).

Segundo Pedersen e Hoffman-Goetz, em 2000, o número crescente de estudos sobre

exercício físico e sistema imune tem mostrado um importante efeito modulador da função de

células do sistema imune e possivelmente no sistema como um todo. Esses efeitos são

mediados por diversos fatores, incluindo a liberação induzida pelo exercício de citocinas pró-

inflamatórias, hormônios, efeitos hemodinâmicos que conduzem a uma redistribuição de

células. A natureza desta interação é complexa e parcialmente compreendida. Algumas

alterações observadas são: modificação na expressão de moléculas de adesão, recrutamento

seletivo de linfócitos maduros e comprometimento nos processos de mitose e apoptose das

células do sistema imune (PEDERSEN; HOFFMAN-GOETZ, 2000).

Na atualidade, já é bem estabelecida os efeitos do treinamento físico na melhora das

capacidades físicas, especialmente na força e resistência dos músculos, contribuindo para uma

condição física e psicológica favorável (ASTRAND et al., 1997).

Exercícios físicos como caminhada, por no mínimo cinco vezes por semana, foram

capaz de melhorar, através de um estudo, os valores de colesterol (High Density Lipoproteins

ou HDL), diminuir o Índice e Massa Corpórea (IMC), regular os níveis fibrinolíticos, baixar

pressão arterial sistólica e frequência cardíaca aumentando a captação de oxigênio e, mesmo

no caso da ocorrência de acidente vascular encefálico, apresentou redução da incidência e

severidade de sequelas relacionadas (CASTRO; VIANNA, 2004).

A continuidade e persistência do exercício físico aeróbio de moderada intensidade, por

exemplo, promove efeitos positivos tanto na prevenção quanto no tratamento das doenças

cardiovasculares, da hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, aterosclerose,

obesidade e osteoporose, e sua prática regular tem sido recomendada por diferentes

associações de saúde do mundo. Sendo assim, o baixo nível de atividade física ou de

condicionamento físico é considerado fator de risco para o desenvolvimento dessas doenças

(BROWN et al., 2003).

Evidências epidemiológicas têm demonstrado uma correlação positiva entre a prática

de atividade física e a diminuição na incidência ou taxa de mortalidade em vários tipos de

câncer e outras doenças crônicas (NIEMAN, 1997; TEMEL et al., 2009).

O exercício moderado tem um efeito estimulante da função imune, podendo ter

implicações práticas quando administrado em conjunto a situações patológicas como câncer

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

29

(NIEMAN; NEHLSEN-CANNARELLA, 1994). Alguns autores afirmam ainda que pacientes

com câncer com sintomas debilitantes como fadiga, caquexia, depressão e ansiedade também

podem ser beneficiados com a prática de exercício (GALVÃO; NEWTON, 2005; CRAMP;

DANIEL, 2008; COURNEYA; KEATS; TURNER, 2000; DIMEO et al., 1999), bem como

pacientes com câncer de características avançadas (MUSTIAN et al., 2007; CASSILETH et

al., 2007; RUMMANS et al., 2006). Outros tipos de intervenções comportamentais, tais como

a terapia cognitivo-comportamental (GIELISSEN et al., 2006; GIVEN et al., 2004), gestão

multidisciplinar integradora são tidas como novas alternativas de tratamento e tem se

mostrado útil no combate sintomático do câncer (MUSTIAN et al., 2007; CASSILETH et al.,

2007; RUMMANS, 2006).

Jones et al., em 2009 através de uma revisão de literatura investigou o papel do

exercício como terapia em todo o continuum de câncer de pulmão (ou seja, da prevenção ao

tratamento paliativo) e descreveu como resultados que evidências atuais sugerem que o

treinamento físico é uma terapia segura e viável adjuvante para pacientes com câncer de

pulmão operável, tanto antes como após a ressecção pulmonar. Entre os pacientes com

doença inoperável os estudos demonstraram, criteriosamente, que o treinamento físico é

seguro e garantido. Evidências preliminares nesta área sugere que a terapia de exercício pode

ser uma consideração importante no tratamento multidisciplinar dos pacientes diagnosticados

com câncer de pulmão (JONES et al., 2009)

Apesar do conhecimento sobre os benefícios da atividade física em pacientes com

câncer, a viabilidade de um programa de exercícios para pacientes com metástase de tumores

sólidos, muitos dos quais são idosos com comorbidades presentes, ainda não foi estabelecida.

Os poucos estudos publicados sobre intervenções de exercício com populações mistas de

câncer incluíram pacientes com estágio inicial e final da doença (ADAMSEN et al., 2003;

OLDERVOLL et al., 2005; OLDERVOLL et al., 2006).

No entanto, o papel do exercício como protetor das doenças inflamatórias, e mais

especificamente das doenças pulmonares, ainda necessita de mais estudos. Recentes pesquisas

em laboratório usando modelos experimentais demonstraram que o treinamento físico prévio

ao processo cirúrgico, de moderada intensidade, promove efeitos benéficos significativos

(DELBIN et al., 2007; MUSSI et al., 2008; DELBIN et al., 2009). Portanto, o treinamento

físico aeróbio pode ser de grande relevância tanto na redução de comorbidades como

prevenção das complicações pós-cirúrgicas (DELBIN et al., 2009).

Após uma criteriosa avaliação clínica, por profissional qualificado, a prescrição do

exercício deve envolver sessões de treinamento com protocolo definido e estar sob direta

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

30

supervisão. Os exercícios físicos aeróbicos regulares têm, também, demonstrado benefícios na

prática da reabilitação pulmonar, com aumento da função pulmonar e qualidade de vida em

indivíduos submetidos à ressecção e a transplante pulmonar (STIEBELLEHNER et al., 1998;

SUZUKI et al., 2002).

1.5 Pré-operatório de neoplasia de pulmão, reabilitação pulmonar e fisioterapia

respiratória nas ressecções pulmonares

Na abordagem clínica para as cirurgias não cardíacas, especialmente nas

pneumopatias, deve-se considerar sempre os efeitos intra-operatórios e pós-operatórios da

anestesia, assim como os do procedimento cirúrgico, sobre a função pulmonar do paciente. É

necessário ter uma especial atenção aos pacientes com maior risco de evoluírem com

complicações pulmonares pós-operatórias, tais como os asmáticos, portadores de DPOC, além

dos tabagistas e os indivíduos com indicação de ressecção pulmonar (OLIVEIRA, 2006).

O cirurgião, na avaliação pré-operatória, deve responder duas perguntas como base

fundamental: qual o risco cirúrgico e o que se deve fazer para minimizá-lo. Nesse caso, as

respostas devem ser definidas pela avaliação do estado clínico do paciente, perfil de risco,

exames que devam ser realizados e otimização das condições médicas, a fim de minimizar as

complicações perioperatórias.

Na indicação de ressecção pulmonar em portadores de CP associado a doenças

respiratórias crônicas, o efeito potencial do procedimento merece uma avaliação pré-

operatória rigorosa e atenciosa. Uma assistência multidisciplinar com a equipe de saúde

através de testes, orientações e cuidados que possam avaliar a operabilidade a candidatos à

esse tipo de cirurgia são fatores importantes para o sucesso. É no período pré-operatório que

tomadas de decisões são essenciais para levar o paciente a uma condição clínica melhor

diminuindo o risco de ocorrência de complicações no pós-operatório (FARESIN, 2005).

Durante a anamnese, deve-se identificar as doenças cardiovasculares, diabete melito,

severidade e estadiamento, capacidade funcional e as co-morbidades. A avaliação clínica

orientará na realização de outros exames pré-operatórios específicos, além dos necessários de

rotina. Ao final da avaliação, o médico clínico e o cirurgião estratificarão o risco para o

procedimento cirúrgico proposto e indicarão se necessário, algum procedimento ou

terapêutica específica para reduzir esse risco, além dos cuidados especiais pré, intra e pós-

operatório (KAWAMURA, 2001). Fazem parte da avaliação a realização de espirometria,

teste de exercício, testes funcionais e gasometria.

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

31

A espirometria é um exame pré-operatório de rotina, além de se considerar a extensão

radiológica da doença e a magnitude da ressecção proposta. A análise do VEF1 é essencial

para responder se o paciente poderá ou não se submeter a alguma ressecção pulmonar e se há

necessidade de outros exames para concluir a avaliação. A espirometria a ser considerada é a

que será realizada com o paciente no melhor da sua função pulmonar, sem exacerbações ou

hipersecreção brônquica. Se o valor do VEF1 obtido for de 80% ou mais de 2,0L, o paciente é

julgado capaz de tolerar até uma pneumectomia, no entanto será contraindicada qualquer

ressecção para pacientes que apresentarem VEF1 menor que 30% do previsto ou 0,6L

(DATTA; LAHIRI, 2003).

Torna-se também importante na avaliação pré-ressecção pulmonar o teste de exercício

e o consumo máximo de O2 acima de 15ml/kg por minuto que assegura uma boa evolução

pós-operatória (SMITH et al., 1984). O teste de exercício cardiopulmonar sugere algoritmos

de avaliação pré-ressecção pulmonar, onde durante o exercício o consumo de O2, a produção

de CO2 e o débito cardíaco irão aumentar, refletindo a integração pulmão-coração-vasculatura

(BOLLIGER; PERRUCHOUD, 1998; EPSTEIN et al., 1993).

Testes funcionais como o cicloergométrico, TC6, teste da escada e teste das atividades

da vida diária, considerados mais simples e de baixo custo em comparação aos descritos

acima, também se mostram úteis na avaliação pré-operatória. Risco cirúrgico,

particularmente, foi observado nos pacientes que foram incapazes de realizar tarefas simples,

tais como iniciar um teste cicloergométrico (BRUTSCHE et al., 2000; EPSTEIN et al., 1995),

subir mais do que três lances de escadas ou andar mais do que 330m em seis minutos

(OLSEN et al., 1991).

A gasometria, análise dos gases arteriais, não deve ser realizada de rotina, no entanto

sua indicação estará restrita a toracotomias para ressecção pulmonar em portadores de doença

pulmonar crônica, cuja espirometria apresente distúrbio moderado a grave. Hipercapnia

crônica é um dado que pode contraindicar isoladamente uma ressecção pulmonar (FARESIN,

2005).

Apesar da abstinência ao hábito de fumar e da otimização da terapêutica clínica,

fatores estes para indicação de cirurgia, boa parte dos pacientes desenvolvem dispneia aos

esforços levando-os a reduzir o nível de atividade física. Disso resulta uma perda de

condicionamento físico que implica em menor tolerância ao exercício, além de toda uma

história clínica conhecida como a perda do apetite e peso resultando na diminuição de massa

muscular (RODRIGUES, 2003).

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

32

O American College of Physicians (ACP), em 1990 estipulou a importância da

avaliação pré-operatória de ressecção pulmonar e os exames citados acima como essenciais

incluindo também a realização de exercícios, os quais têm demonstrado ação positiva e o

benefício no pré-operatório visando o fortalecimento da musculatura tanto respiratória como

periférica, além de melhorar a qualidade de vida e autoestima, importantes nesse período

(ACP, 1990).

Trabalhar com pacientes com CP com doenças pulmonares associadas requer

habilidades e muita atenção. Hoje, a importância de uma equipe multidisciplinar para

acompanhamento é indiscutível e propostas conjuntas propiciam cuidados e melhorias, nas

condutas preventivas, capazes do paciente lidar com a sua doença ou ser submetido a uma

cirurgia em melhores condições físicas, psíquicas e emocionais. As condutas para controle

dos sintomas e dos quadros clínicos prevalentes, de acordo com o conhecimento e a

experiência da equipe e com base nos conhecimentos técnico-científicos atuais são fortemente

mencionadas no Manual de Cuidados (UNIC – 2009).

Outras estratégias utilizadas no pré-operatório são os serviços fisioterápicos, já tidos

como rotinas na maioria dos hospitais e, atualmente, serviços mais amplos e

multidisciplinares como a Reabilitação Pulmonar.

1.5.1 Reabilitação pulmonar (RP)

A definição de RP foi proposta pela American Thoracic Society (ATS), em 1999,

como “um programa multidisciplinar de cuidados para pacientes com incapacidade

respiratória crônica, o qual é individualizado e desenhado para otimizar a autonomia e o

desempenho físico e social” (ATS, 1999).

Através deste programa observa-se que os exercícios aumentam a capacidade de

trabalho cardíaco, a eficiência dos pulmões e capacidade dos músculos levando um melhor

desempenho em todas as atividades cotidianas pela diminuição da dispneia, aumentando

habilidades de auto-ajuda (independência), proporcionando uma maior expectativa de vida

(HODGKIN, 2000).

A RP enfrenta, atualmente, grandes e importantes desafios em sua implementação,

apesar dos estudos científicos apoiarem de forma positiva e segura o seu uso. O grande

entrave parte da descrença de uma boa parte de elementos da equipe de saúde e falta de

motivação de alguns médicos. Esse fato, algumas vezes, leva à transferência inadequada de

informações sobre RP para o paciente, número insuficiente de indicações e retardos dessas

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

33

indicações. Oportunidades adicionais incluem disponibilidade inadequada de programas em

algumas regiões do país e falta de uma política nacional quanto ao custo justo e adequado das

necessidades desses serviços (ACCP/ AACVPR, 1997).

Por outro lado, as razões científicas para realização de RP em indivíduos com outros

diagnósticos, apesar de haver menos estudos, existem de forma tão forte como ocorre com os

pacientes com DPOC. Indivíduos com asma, fibrose cística, doenças pulmonares intersticiais

crônicas, doenças respiratórias associadas à obesidade, distúrbios neuromusculares e/ou

doenças da caixa torácica e hipertensão pulmonar, câncer de pulmão, assim como pacientes

que estão sendo preparados para cirurgias torácicas da porção superior do abdome, transplante

de pulmão, além de alguns pacientes pediátricos com doença respiratória e com pneumpatias

associadas à doença cardíaca coexistente que não apresentam contra-indicações claras para

exercício, podem todos se beneficiar com a RP (FOSTER; THOMAS, 1990).

Atualmente a RP tem sido visualizada também como uma estratégia de escolha, tanto

pré como pós-operatória utilizada para as cirurgias de transplante do pulmão, bronquiectasias,

diminuição do volume e ressecção pulmonar (AMERICAN THORACIC SOCIETY

DOCUMENTS, 2006), porém ainda é discutida a indicação de pacientes com CP para RP

antes da ressecção pulmonar. Isso decorre de uma preocupação com o tempo de treinamento

antes da cirurgia devido ao período relativamente breve entre o diagnóstico de câncer e

cirurgias, muitas vezes não permitindo a participação do paciente

(TAKAOKA;

WEINACKER, 2005).

No entanto, um estudo realizado no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, procurou

conhecer o retardo no diagnóstico e no tratamento cirúrgico do CP e verificou uma média de

tempo da primeira consulta até a cirurgia (tempo total) de cinquenta oito (58) dias e de vinte

cinco (25) dias a média do tempo despendido entre o diagnóstico e a cirurgia (KNORST;

DIENSTMANN; FAGUNDES, 2003).

Esses dados coincidem com os do estudo de Ringbaek et al.(1998) que demonstraram

atraso terapêutico em média de vinte e seis (26) dias, sendo que 95% dos oitenta e três (83)

pacientes com CP ressecável foram operados em sessenta (60) dias. Billing e Wells (1996)

avaliaram trinta e oito (38) pacientes com CP atendidos em um hospital da Inglaterra e

observaram um intervalo médio entre a referência para tratamento cirúrgico e a ressecção

pulmonar de vinte e quatro (24) dias. Outros autores relataram média de quarenta e cinco (45)

e cinquenta e quatro (54) dias em dois (2) grupos de pacientes na Espanha (ENCUENTRA et

al., 1998).

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

34

Por esta razão, ainda se tem indicação para protocolos de treinamento físico antes da

cirurgia de pacientes com câncer por entender como alternativa valiosa de tratamento pela

melhora da capacidade funcional e física, aumento da força muscular inspiratória (WEINER

et al., 1997), além de resultados de melhoria da ansiedade e depressão, qualidade de vida e

autonomia, devendo ser portanto elemento essencial no manejo do paciente pré-operatório

(FERRI et al., 2008).

A RP promove um aumento na capacidade do exercício funcional com nível de

significância positivo, melhora na qualidade de vida, (LANGENDIJK et al., 2001) aumento

na composição corporal (HARVIE et al., 2005) e melhora na fadiga e função esquelética

(BROWN; MCMILLAN; MILROY, 2005).

Spruit et al. (2006), corroborando com os estudos citados acima concluíram seu

trabalho afirmando que o paciente com CP apresenta clara indicação para os exercícios e só

encontra benefícios em iniciar um programa de RP.

A intervenção educativa é outro componente importante na RP. Embora, pouco eficaz

quando utilizada isoladamente é um componente essencial juntamente com o treinamento de

habilidades para as atividades da vida diária (AVD), treinamento de exercícios e o apoio

psicossocial (AACVPR, 2007). A abordagem educativa auxilia o paciente e família a

desenvolverem um conhecimento no processo saúde-doença e abrange um vasto leque de

temas pertinentes, incluindo a adequada administração de medicamentos, cessação de

tabagismo, uso de oxigênio, nutrição, anatomia pulmonar, fisiologia e fisiopatologia da

doença (TIEP, 1997), além de aprenderem métodos de conservação de energia e simplificação

do trabalho, permitindo-lhes realizar AVD com mais facilidade, e capacitá-los para economia

de energia para outras tarefas essenciais.

Também são ensinadas técnicas respiratórias e controle sobre a respiração, o que

favorece a um maior e melhor desempenho em todas as fases do tratamento incluvise no pré e

pós-operatório de pacientes com CP com doença obstrutiva crônica associada (LAREAU;

INSEL, 2000). Olsen et al. (1997) demonstraram que as orientações fisioterapêuticas no pré-

operatório podem reduzir a probabilidade de o paciente desenvolver complicações

pulmonares.

Ainda é controverso se há contribuição de exercícios específicos para músculos

inspiratórios, utilizando dispositivos resistivos respiratórios (AACVPR, 2007), porém alguns

autores sugerem que respirar contra resistência pode levar a um aumento de força muscular

respiratória e resistência, assim como redução da dispneia (BELMAN; SHADMEHR, 1988;

HARVER et al.,1989).

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

35

Tipos de treinamento de músculos respiratórios incluem carga limiar, ou seja uma

pressão inspiratória positiva, em geral sob alguma fração da pressão inspiratória positiva

máxima (BELMAN et al., 1994).

1.5.2 Fisioterapia Respiratória (FR)

A FR é, frequentemente, utilizada na prevenção e tratamento de complicações pós-

operatórias (retenção de secreção, atelectasias e pneumonia). Na avaliação pré-operatória, os

objetivos são: a melhoria da ventilação, tolerância ao exercício e diminuição do trabalho de

respiração (CERTO, 1993) além de evitar o aparecimento ou minimizar sintomas presentes no

momento da avaliação e, até mesmo, familiarizar o paciente com as técnicas e manobras a

serem instituídas (STILLER; MUNDAY, 1992; LEGUISAMO; KALIL; FURLANI, 2005).

Embora, sendo mais estudados no atendimento pós-operatório, dados limitados

sugerem que a FR pré-operatória pode conduzir à redução de complicações pulmonares após a

cirurgia (PASHKOW et al., 1995). A frequência e duração da FR pré-operatória são variadas,

dependendo das necessidades individuais, preferência terapêutica e prática institucional

(CUELLO; MASCIANTONIO; CUELLO, 1988). A condução da FR é composta por

orientação de exercícios ventilatórios, cinesioterapia respiratória e preparo psicológico.

A orientação de exercícios ventilatórios consiste na adequação do tempo inspiratório e

expiratório, profundidade e padrão ventilatório, tanto no que se refere à frequência

respiratória quanto ao volume corrente (CUELLO; MASCIANTONIO; CUELLO, 1988).

Essa orientação dá seguimento para o paciente utilizar corretamente a musculatura ventilatória

e a fazê-lo entender os diferentes tipos de padrões ventilatórios, por meio de demonstração

prática neste processo de orientação (SCIAKY, 2004).

A cinesioterapia respiratória deve ser estimulada no pré e pós operatório, através de

exercícios ativos livres e/ou o uso de respirações profundas sustentadas e espontâneas e

correspondem as melhores técnicas para a expansão pulmonar (STILLER; MUNDAY, 1992;

CIESLA, 1996).

Além disso, favorecer, no paciente, um preparo psicológico para o desafio de uma

cirurgia importante e para que ele possa entender e, essencialmente, contribuir com os

protocolos e medidas utilizadas pelo serviço são de suma importância (FARESIN, 2005).

Com o mesmo objetivo esperado na RP, a intervenção educativa na FR, foi aplicada

com temas como: tabagismo, aprendizado sobre como administrar medicamentos, uso

adequado de oxigênio, orientações nutricionais, anatomia, fisiologia e fisiopatologia da

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

36

doença e conservação de energia (TIEP, 1997) além de aprenderem métodos de conservação

de energia e simplificação do trabalho, permitindo-lhes realizar AVD com mais facilidade.

A FR é a estratégia de escolha e a que comumente é realizada em todos os serviços

antes da cirurgia, porém, o benefício da fisioterapia respiratória no pré-operatório é

controverso, por exemplo, Brasher et al. (2003), não evidenciaram alteração significativa nas

complicações respiratórias com a utilização de exercícios preventivos (BRASHER et al.,

2003). Entretanto, outros autores relatam que, em pacientes de alto risco, a fisioterapia

respiratória pré-operatória é benéfica (SMETANA, 1999).

1.6 Complicações pulmonares pós-operatórias

Quando o paciente é submetido a uma cirurgia sob anestesia geral, mesmo que seja

extratorácica, existe impacto na função pulmonar e na cirurgia torácica isso torna mais

relevante, podendo apresentar complicações pós-operatórias (CPO) mais importantes

(MIRRA; JUSTO, 1995).

As Complicações Pulmonares Pós-operatórias (CPPO) são conceituadas como

alterações pulmonares que ocorrem após uma cirurgia e comumente, apresentam doença

identificável ou modificações que clinicamente podem ser significantes porque desvia de

forma desfavorável o percurso clínico (O'DONOHUE JUNIOR, 1992). É considerada a

segunda complicação mais frequente, sendo superada pelas infecciosas e seguida pelas

cardíacas (KHURI et al., 1995).

As mais comuns alterações na função pulmonar são a redução na capacidade vital e na

capacidade residual funcional; aumento da resistência ao fluxo aéreo e alteração na relação

ventilação-perfusão. Isso ocorre por consequência da disfunção diafragmática, presença de

dor no pós-operatório, analgesia e diminuição dos movimentos tóraco-abdominais, limitando

a capacidade de tossir e de respirar normalmente (BECKLES et al., 2003; LATIMER et al.,

1971; PEREIRA et al., 2008).

As CPPO são pneumonia, broncoespasmo, atelectasia, insuficiência respiratória aguda,

intubação orotraqueal ou ventilação invasiva prolongada por mais de 48 horas (FARESIN,

2005). A atelectasia está entre as complicações mais frequentes, no entanto, a pneumonia é a

principal causa de mortalidade pulmonar entre as outras infecciosas (TISI, 1979;

STRANDBERG et al., 1986; MARTIN et al., 1984).

O CP representa a maior indicação de ressecção pulmonar entre outras indicações

como, processos inflamatórios e parasitários, congênitos e traumáticos. (OLSEN, 1992). É o

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

37

método mais eficiente de controle do tumor, desde que ele seja completamente ressecável e a

morbimortalidade do procedimento seja baixa. (ZAMBONI; CARVALHO, 2005). No

entanto, o aumento da morbimortalidade está relacionado com a quantidade de parênquima

pulmonar ressecado podendo apresentar uma variação de 30% a 50% (BECKLES et al.,

2003). Na ressecção pulmonar ocorrem alterações adicionais capazes de produzir um maior

número de complicações, como a insuficiência respiratória crônica, fator incapacitante do

paciente para sua rotina de vida (KEARNEY et al., 1994).

Com os avanços nas técnicas cirúrgicas é possível oferecer a melhor oportunidade para

a cura em pacientes de maior risco com carcinoma de pulmão de não pequenas células

(CPNPC) (BOLLIGER et al., 2005), embora ainda as CPPO ocorram com uma importante

incidência de 30% nos pacientes submetidos a cirurgias torácicas não cardíacas (SWEITZER;

SMETANA, 2009; WANG; ULTMAN; OLAK, 1997).

Atualmente, o prognóstico do risco que envolve uma ressecção pulmonar ainda é um

desafio tanto para os clínicos como para os cirurgiões estabelecendo então, uma avaliação

pré-operatória dividida em três passos, onde primeiramente se avalia os pulmões como um

todo, espirometria, gasometria arterial e teste de difusão pulmonar. O segundo passo refere-se

à avaliação da função regional que normalmente é realizado pelo mapeamento pulmonar de

ventilação-perfusão e o terceiro, o menos comum, trata-se dos testes mais complexos e

invasivos como o estudo hemodinâmico, ou seja, pela ressecção funcional do leito vascular do

pulmão doente, através da oclusão temporária com balão da artéria pulmonar homolateral,

com ou sem exercício que só serão solicitados se houver necessidade (FARESIN, 2005).

São considerados fatores de risco para complicações pulmonares o local da incisão,

tempo de anestesia, dispneia grave, idade, doença cardiopulmonar associada, hipercapnia

(JACKSON, 1988) obesidade, tabagismo, espirometria alterada e gasometria com valores

anormais (TRAYNER; CELLI, 2001).

Os pacientes que apresentam testes para determinação da capacidade de exercício e o

cardiorrespiratório máximo com níveis reduzidos, incapazes de produzir alto consumo de

oxigênio (VO2), podem, ser incapazes de responder a uma demanda hipermetabólica frente a

um grande procedimento cirúrgico ou suas complicações (REILLY JUNIOR, 1999).

Uma avaliação pré-operatória para o conhecimento do estado nutricional também é

importante sabendo que a desnutrição é um fator de risco operatório e pós-operatório (JORGE

FILHO; BASILE FILHO; MADUREIRA FILHO, 1995) e que, pode haver uma correlação

entre as deficiências proteicas viscerais e morbidade (BRYANT; MORGAN JUNIOR, 1985).

Portanto, as medidas, como peso e altura, são avaliadas facilmente e podem dar informações

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

38

significantes sobre o estado nutricional (JORGE FILHO; BASILE FILHO; MADUREIRA

FILHO, 1995) além, dos resultados de exames laboratoriais que predizem o porte nutricional

do indivíduo, como a dosagem sérica plasmática de albumina e número de linfócitos

(BRYANT; MORGAN JUNIOR, 1985).

Alterações do fibrinogênio, também, levam a riscos pós-operatórios. Seus valores estão

aumentados em caso de uso de anticoncepcionais orais e anticoagulantes, estresse, trauma,

inflamação, infecção, neoplasias, gravidez e pós-operatórios (BRASIL, 2005).

No caso de pacientes idosos, ex-tabagistas que comumente já apresentam marcador

inflamatório alto, como o fibrinogênio, que tenham neoplasia de pulmão e DPOC, como na

presente pesquisa, poderão apresentar fatores de riscos maiores se forem candidatos a

procedimento cirúrgico e pelo exposto anteriormente, esses tipos de pacientes apresentam

maior incidência de complicações pulmonares à medida que deteriora sua função pulmonar

(DAHL et al., 2001).

Mesmo que o risco seja aumentado nesses pacientes, o importante é a identificação

desse fato e preparar-se para elaborar um plano de atendimento multidisciplinar para o pré e

pós-operatório minimizando as complicações pulmonares pós-operatórias (FARESIN, 2005).

De acordo com Saad e Zamboni (2001), o tabagismo é um fator de risco para

desenvolvimento de CPPO, mesmo naqueles sem doença pulmonar. A cessação do consumo

tabágico no pré-operatório deve ocorrer no mínimo por oito semanas antes da cirurgia, a fim

de que se permita a redução das complicações (SAAD; ZAMBONI, 2001).

O desenvolvimento e a aplicação dessas medidas estratégicas, entre outras vantagens,

levam também a uma rápida recuperação funcional por parte do paciente e consequente

encurtamento do tempo de hospitalização. Na cirurgia torácica, em especial no nosso meio,

em função dos custos e prevalência de determinadas doenças, existe a percepção da

importância de reduzir os custos hospitalares face à premente falta de recursos. Isto tem

mobilizado a aplicação de protocolos clínicos em pré e pós-operatório com o objetivo de

reduzir o tempo de internação, justamente nos países mais ricos (ZEHR et al., 1998;

LANDRENEAU et al., 1998).

Reduzir o custo da internação hospitalar e identificar possíveis fatores relacionados

com o restabelecimento mais rápido do paciente em pós-operatório de cirurgia torácica de

grande porte deveria ser uma preocupação contínua no nosso meio, com a vantagem adicional

de o menor tempo de internação permitir avançar mais rapidamente a fila de espera nos

hospitais públicos com demanda reprimida (LIMA; CARVALHO, 2003).

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

39

Hoje a participação de uma equipe multidisciplinar na recuperação do paciente é de

suma importância e a fisioterapia se destaca como uma categoria que trabalha com medidas

profiláticas no pré e pós-operatórios auxiliando na reabilitação que é um processo complexo

envolvendo a melhora da capacidade funcional, funções cardiopulmonares,

musculoesqueléticas, neurológicas, vasculares, de equilíbrio e coordenação motora (PRYOR;

WEBBER, 2002).

O papel do fisioterapeuta foi ressaltado por Neves, Aguiar e Sleutjes, em 2005, quando

relataram a relevância de sua presença na recuperação cirúrgica, atuando na parte física até a

social do paciente. Portanto, a FR e outras estratégias que concentre a presença do

fisioterapeuta são recomendados como tratamento de rotina (NEVES; AGUIAR; SLEUTJES,

2005).

Assim, todo o trabalho pós-operatório dependerá de um efetivo preparo pré-operatório.

O paciente deverá ser orientado em conjunto com as ações multiprofissionais para que

compreenda todo o seguimento do pós-operatório, facilitando suas atitudes frente a situações

limitadas.

Os trabalhos avaliando reabilitação pulmonar e marcadores inflamatórios bem como

reabilitação pulmonar e complicações respiratórias no pós-operatório de ressecção pulmonar

por neoplasia de pulmão são escassos e controversos. A presença de heterogeneidade dos

protocolos, número reduzido de amostra e ausência de trabalhos aleatorizados cria uma lacuna

de expectativas sobre o assunto. Devido à relevância da pesquisa foi conduzido um estudo

controlado, na eminência de responder questionamentos a respeito do tema que ainda hoje é

considerado controverso.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

40

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Avaliar o impacto da reabilitação pulmonar (RP) nos marcadores inflamatórios pré-

operatórios e nas complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes com câncer de

pulmão (CP) candidatos a ressecção pulmonar.

2.2 Objetivos específicos

- Avaliar o impacto da RP quando comparado ao grupo controle (Fisioterapia respiratória –

FR) em relação à função pulmonar; força muscular respiratória e periférica; capacidade

funcional, máxima e submáxima de exercício em pacientes com CP;

- Comparar os efeitos da RP em relação ao grupo controle (FR) nos níveis de ansiedade e

depressão e qualidade de vida em pacientes com CP candidatos à cirurgia de ressecção

pulmonar;

- Verificar os efeitos da RP em relação ao grupo controle (FR) nos níveis séricos de

fibrinogênio e albumina em pacientes com CP candidatos à ressecção pulmonar;

- Identificar e comparar as principais complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à

cirurgia por ressecção pulmonar entre os protocolos de RP e o controle (FR).

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

41

3 MÉTODO

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Messejana (CEP-HM)

Dr. Carlos Alberto Studart Gomes – SECRETARIA DE SAÚDE – CE (SESA/CE), com o

parecer de número 540/08 (ANEXO C), seguindo os princípios éticos e legais, de acordo com

as recomendações da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL,

1996). O mesmo foi registrado no Registro de Ensaios Clínicos Brasileiros com o número

RBR-3nm5bv (ANEXO D).

3.1 Tipo de estudo

Trata-se de um ensaio clínico controlado, aberto e aleatorizado dividido em duas fases:

a primeira investiga o impacto da reabilitação pulmonar nos marcadores inflamatórios de

pacientes com câncer de pulmão (CP) candidatos à ressecção pulmonar, enquanto a segunda

analisa o efeito da reabilitação pulmonar nas complicações pulmonares no pós-operatório de

cirurgia de ressecção pulmonar de pacientes com CP.

3.2 Local e período do estudo

A pesquisa foi realizada no Serviço de Reabilitação Pulmonar do Hospital de

Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes – SESA/CE, no período de julho de 2007 a

agosto de 2011.

O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes foi fundado em 1933,

como instituição privada para o diagnóstico e o tratamento da tuberculose. Atualmente possui

369 leitos e 2.020 servidores, sendo um hospital terciário para o tratamento clínico e cirúrgico

de cardiopatias e pneumopatias.

O serviço de reabilitação pulmonar deste hospital, existente desde 1999, se destina ao

atendimento a pacientes portadores de doenças pulmonares crônicas e pré e/ou pós-operatório

de cirurgias pulmonares. O serviço é formado por uma equipe multidisciplinar formada por

médico pneumologista, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, psicólogo e

assistente social.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

42

3.3 Participantes

Foram selecionados 31 pacientes portadores de CP, com estadiamento clínico IA, IB,

IIA, IIB ou IIIA, candidatos a cirurgia de ressecção pulmonar por toracotomia e, assistidos no

ambulatório de cirurgia do referido hospital.

3.3.1 Critérios de inclusão e exclusão

Critérios de inclusão

- Paciente portador de CP com estadiamento IA, IB, IIA, IIB ou IIIA, conforme as

normas do International System for Staging Lung Cancer, proposto em 1986 Mountain e

revisado em 1997 com algumas modificações (MOUNTAIN, 1986; MOUNTAIN, 1997);

- Pacientes com diagnóstico de distúrbio ventilatório obstrutivo, de grau moderado a

grave segundo as diretrizes nacionais (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia -

SBPT, 2002) e com base nos valores de referência para população brasileira (PEREIRA et al.,

2007).

- Pacientes candidatos a cirurgia de ressecção pulmonar por toracotomia;

- Pertencentes do sexo masculino ou feminino com idade maior ou igual a 18 anos e

sem restrições ao grupo étnico.

Critérios de exclusão

- Pacientes com doença cardiovascular grave que contraindicassem a realização de

exercício (infarto agudo do miocárdio recente, angina instável, arritmias graves do tipo

taquicárdicas supraventricular ou ventricular e fibrilação ventricular);

- Pacientes com enfermidades que apresentassem limitações ortopédicas que

impossibilitassem a realização da marcha;

- Pacientes que apresentassem reações adversas à quimioterapia ou radioterapia que

contra indicasse o ingresso na Reabilitação Pulmonar (RP) tais como: mal estar, tontura,

indisposição, exacerbação de tosse, aumento da secreção e/ou falta de ar;

A coleta de dados se iniciou após o consentimento do paciente ou responsável,

mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE

A).

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

43

3.4 Desenho do estudo

3.4.1 Grupos Estudados - Técnica de aleatorização

Os pacientes provenientes do ambulatório de Cirurgia devidamente estadiados e que

preencheram os critérios de inclusão foram encaminhados ao Serviço de Reabilitação

Pulmonar. Após avaliação clínica médica e aceitando entrar na pesquisa os pacientes foram

aleatorizados em 2 grupos: Grupo Reabilitação Pulmonar (GA) e Grupo Fisioterapia

Respiratória (GB).

A aleatorização foi realizada em forma de blocos pelo médico do Serviço de RP por

meio de envelopes selados mostrados a dois pacientes, solicitando aos mesmos a retirada de

um dos envelopes de forma simultânea. Os blocos foram preparados com 2 envelopes cada.

Os envelopes iguais e selados foram organizados pelo pesquisador onde em cada envelope

continha o nome Reabilitação Pulmonar ou Fisioterapia Respiratória. Dessa forma, eram

formados dois grupos de intervenção: Grupo A (GA) e Grupo B (GB):

Grupo A – pacientes com CP com indicação de ressecção cirúrgica submetidos ao

protocolo de RP durante um mês, fazendo treinamento 5 vezes por semana, perfazendo um

total de 20 atendimentos.

Grupo B – pacientes com CP com indicação à ressecção cirúrgica submetidos ao

protocolo de FR durante um mês, fazendo treinamento 5 vezes por semana, perfazendo um

total de 20 atendimentos.

3.4.2 Intervenções e monitoramento

Uma vez aleatorizados os pacientes foram encaminhados para a pesquisadora e

informados a cerca dos objetivos e procedimentos do estudo sendo esclarecidas todas as

dúvidas restantes, e solicitada à assinatura do TCLE. As características dos pacientes em

ambos os grupos foram semelhantes, e estes receberam cuidados equânimes de acordo com os

protocolos.

Todos os pacientes foram submetidos antes e após as intervenções a uma avaliação

clínica (APÊNDICE B e C), exame de dosagem sérica de fibrinogênio e albumina,

Espirometria, Manovacuometria, Teste da Caminhada de 6 minutos (TC6) (ANEXO E), Teste

Incremental de Membros Superiores (MMSS) (ANEXO F) e Membros Inferiores (MMII)

(ANEXO G), Teste de Endurance de MMII (ANEXO H). Também foram aplicados Teste de

Qualidade de Vida (Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida Short Form-36)

(ANEXO I) e Teste de Ansiedade e Depressão (HAD) (ANEXO J). Após a cirurgia, os

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

44

pacientes foram avaliados quanto a existência de alterações e complicações pós-cirúrgicas

(APÊNDICE D).

Para um melhor seguimento e para melhor compreensão dos resultados encontrados

foi criada uma ficha (do tipo CHECK-LIST) com todas as anotações dos dados obtidos –

Ficha Pré e Pós-protocolos (GA e GB) (APÊNDICE E).

Durante a atividade física e nos testes de esforço foi aplicada a escala de Borg

modificada para avaliação da dispneia devidamente validada (BORG, 1982). A escala de

Borg foi desenvolvida, originalmente, para a percepção do grau de esforço realizado durante o

exercício. Sua forma modificada possui escores entre 0 e 10. Ela permite uma correlação entre

a intensidade dos sintomas classificados em categorias e uma graduação numérica, desenhada

para guardar proporcionalidade com a intensidade do esforço. Antes da realização e durante

os testes, cada paciente foi orientado a responder qual o nível de percepção da dispneia de

acordo com o grau de esforço percebido. A escala foi mostrada ao paciente e explicada que se

tratava de uma escala numérica, de 0 a 10 onde zero (0) significava ausência de falta de ar e o

número dez (10) representava uma falta de ar extrema. O paciente também era informado que

se ele sentisse uma falta de ar muito grande poderia pedir para parar o teste. Essa escala é

utilizada também para avaliar o cansaço físico de MMSS e MMII (ANEXO L).

Para a realização dos testes (Manovacuometria, TC6, Incremental de MMSS e MMII,

Endurance de MMII), foram utilizados aparelhos que possibilitassem a medição de alguns

parâmetros essenciais no controle e segurança do paciente como: medidas de saturação

periférica de oxigênio (SpO2) e frequência cardíaca (FC) pelo oxímetro digital (BCI - 1300®),

a sensação de dispneia, pela escala de Borg (ANEXO L) e a pressão arterial (PA) com

Esfigmomanômetro Microlife: BP A100® e Estetoscópio Littmann Classic II®, além de toda

uma supervisão sobre as manifestações clínicas, como: tonturas, náuseas, dores de cabeça,

dores musculares.

Todos os exames e testes foram realizados em dois dias onde foram alternados os

testes de esforços com os testes que não exigiam esforços físicos. Cada exame era feito com

um intervalo de, aproximadamente, uma hora evitando assim fadiga no paciente.

3.4.3 Organização temporal da pesquisa

Cada momento da pesquisa teve o seu tempo (T) caracterizado: T0, T1 e T2. No T0

foram avaliados os dados basais através de avaliações realizadas antes dos protocolos de RP e

FR. O espaço compreendido entre T0 e T1 foi o período de aplicação dos protocolos de RP ou

FR, que aconteceu durante um mês. No T1 foram realizadas as reavaliações após os

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

45

protocolos. O período compreendido entre T1 e T2 foi o tempo onde foi realizada a cirurgia.

O T2 foi o tempo em que aconteceu a avaliação após a cirurgia e o período de identificação

das complicações pulmonares.

FIGURA 1. Esquema da organização temporal da pesquisa.

3.5 Desfechos clínicos/ variáveis estudadas

3.5.1 Desfechos primários e secundários

O desfecho primário foi a dosagem dos marcadores séricos fibrinogênio e albumina

após a intervenção: Reabilitação Pulmonar (RP) ou Fisioterapia Respiratória (FR) e as

principais complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à cirurgia por ressecção

pulmonar.

Os desfechos secundários foram a avaliação da função pulmonar; força muscular

respiratória e periférica; capacidade funcional, máxima e submáxima de exercício, testes de

ansiedade, depressão e qualidade de vida.

3.5.2 Definição das variáveis

- Ficha de avaliação clínica

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

46

Foram avaliados os dados sócios demográficos (idade, sexo, nível educacional)

dados clínicos: tosse, expectoração, dispneia, presença de comorbidades medição dos volumes

pulmonares e estudo da força muscular respiratória (APÊNDICE B e C).

- Dosagem Sérica de Fibrinogênio (Exame laboratorial)

A dosagem laboratorial das concentrações séricas de fibrinogênio foi realizada

pela manhã no Laboratório de Análise do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studant

Gomes – SESA/CE. Para a realização desse exame foi colhido sangue venoso com uso de

material tipo Vacutainer descartável, contendo 2,7ml de citrato de sódio a 3,2% como

anticoagulante, pelo método STA Compact (Stago) para dosagem da concentração sérica de

fibrinogênio. Os valores de referência situam-se entre 200 a 400 mg/dl (GABRIEL et al.,

2006). Como esse exame não era rotina da Instituição foi necessário uma autorização da

direção para sua devida realização.

- Dosagem sérica de albumina (Exame laboratorial)

A dosagem laboratorial das concentrações séricas da albumina foi realizada pela

manhã no Laboratório de análise do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studant Gomes

– SESA/CE. Para a realização desse exame foi colhido 5 ml de sangue venoso e foi

considerada concentração normal entre 3,5 e 5,0 gramas por decilitro de albumina (DOS

SANTOS et al., 2004).

Os exames, citados acima, foram solicitados pelo médico do Serviço de RP e

foram realizados por dois técnicos que revezavam entre si.

- Prova de Função Pulmonar

A avaliação da função pulmonar foi realizada por um mesmo técnico em

espirometria do serviço de função pulmonar da instituição onde foi realizada a pesquisa, por

meio de um espirômetro de resistência inerente ao fluxo, com tempo de resposta rápido de

maneira a cronometrar o tempo. As provas foram executadas utilizando-se o espirômetro

Respiradayne II Plus®, na posição sentada com flexão de quadris e joelhos a 90º, e os

procedimentos foram realizados de acordo com o critério previamente estabelecido pela

American Thoracic Society (ATS, 2002). Foram realizados pelo menos três testes, com

variação inferior a 5% e o maior valor obtido em um dos testes foi comparado com os

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

47

volumes preditos dos parâmetros de função pulmonar e derivados daqueles para a população

brasileira (PEREIRA et al., 2007).

- Manovacuometria

As medidas das pressões inspiratórias e expiratórias (PImáx e PEmáx,

respectivamente) máximas foram obtidas com a utilização de um manovacuômetro (Record®)

e realizados pelo próprio pesquisador. A medida da PImáx foi realizada com o paciente

sentado solicitando uma inspiração profunda a partir da sua capacidade residual funcional

(CRF). A PEmáx foi obtida solicitando uma expiração máxima a partir da CRF. Realizadas no

mínimo três medidas para cada pressão. Utilizou-se o valor máximo obtido, desde que esse

não fosse o último. As manobras foram repetidas com intervalo de 1min entre elas, até serem

atingidas três manobras tecnicamente aceitável, com variação de mais ou menos 20%

(STOCKS; QUANJER, 1995). Para evitar escape de ar através das narinas, foi utilizado um

clipe nasal (ROCHESTER, 1988).

- Teste da Caminhada de Seis Minutos (ANEXO E)

O teste da caminhada de seis minutos (TC6) seguiu as normas de validação da

American Thoracic Society Statement – Guidelines for the six-minute walk test, de 2002. É

um teste submáximo de fácil aplicação, interpretação, bem tolerado pelos pacientes e que

mais reflete as atividades de vida diária quando comparado a outros testes (SOLWAY et al,

2001).

O TC6 foi realizado pelo pesquisador em um corredor plano de 30 metros de

comprimento e 1,5 de largura, demarcados a cada metro, que consistiu de uma caminhada na

qual o paciente foi orientado a percorrer a maior distância possível por um período de 6

minutos, com incentivo padronizado a cada minuto. Os parâmetros de FC, fr, SpO2, PA, bem

como o grau de dispneia através da escala de Borg foram medidas em repouso, no final de

6min e 5min após o teste. No 3º min foi medido somente a FC, SpO2 e Escala de Borg (ATS,

2002). O principal parâmetro de avalição deste teste foi à distância percorrida.

- Teste Incremental de Membros Superiores - MMSS (ANEXO F)

Realizado para determinar a capacidade de exercício e a carga inicial do

treinamento dos MMSS consistindo na elevação de pesos realizando um movimento na

segunda diagonal (diagonal primitiva) do Método de Facilitação Neuromuscular

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

48

Proprioceptiva de Kabat (KABAT, 1959), pela funcionalidade e por solicitar a ação de vários

grupos musculares que são utilizados na realização das atividades diárias que envolvem os

membros superiores (RODRIGUES, 2003).

O paciente foi orientado a realizar o teste com o membro dominante, em pé, durante 1

minuto com incremento de 500g a cada minuto. O teste foi iniciado com a carga de 500g até

que se encontrasse a carga de treinamento.

A cada troca de peso, ou seja, a cada minuto verificou-se FC, SpO2, Borg para

dispneia e para MMSS. O teste foi finalizado quando da solicitação do paciente, por

apresentar SpO2 abaixo de 88%, ou por compensação do movimento. O teste foi feito de

forma contínua e não houve intervalo ao incrementar peso. Esse teste foi realizado pelo

pesquisador e seguiu o Protocolo do Serviço de Reabilitação Pulmonar da Universidade

Federal de São Paulo (UNIFESP), cujo serviço foi pioneiro no Brasil (ANEXO F).

- Teste Incremental de Membros Inferiores - MMII (ANEXO G)

O teste de incremental de MMII foi realizado com o objetivo de encontrar a carga

máxima alcançada e determinar a intensidade do treinamento aeróbio (CONSENSO

BRASILEIRO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA I, 2000). O teste foi

aplicado pelo pesquisador e realizado em esteira ergométrica (Moviment® RT 300), seguindo

o protocolo de Harbor de caráter incremental por possuir incrementos de carga mais gradual,

sendo mais adequado ao pneumopata crônico. Tal protocolo consiste na programação de uma

velocidade da esteira confortável para o paciente, com aumento de 1% na inclinação da esteira

a cada minuto, até o limite do paciente (MCARDLE; KAATCH; KAATCH, 1998; JARDIM

et al., 2002; TARANTINO, 2002; WASSERMAN, 1999).

Iniciou-se o teste com uma velocidade aleatória, encontrada subjetivamente. A

velocidade estabelecida foi aquela em que o paciente referiu como de boa tolerância e

possibilidade de realizar a caminhada de maneira suportável por aproximadamente 10 min.

Quando o paciente sinalizou qual a velocidade foi para ele bem tolerada, a mesma foi

aumentada para um valor que gerou maior esforço e tornou possível definir com precisão a

velocidade tolerada e que viabilizou a realização do teste em condições satisfatórias. Após a

detecção da velocidade, através do método aleatório, o paciente permaneceu um período de

repouso por 30min.

A realização do teste foi feito pelo pesquisador e teve início através do aquecimento,

que consistiu na manutenção da velocidade durante todo o teste sem que houvesse inclinação

nos primeiros três minutos.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

49

Após o período de aquecimento, aumentou-se 1% de inclinação a cada minuto, ao

mesmo tempo a FC, SatO2 e a escala de Borg para dispneia e MMII eram verificadas. A cada

três minutos a PA, além dos parâmetros já citados eram observados e anotados em ficha

própria (ANEXO G). Os critérios de interrupção do teste foram sensação subjetiva de cansaço

pela Escala de Borg, dispneia, dores ou fadiga nos MMII, aumento da FC máxima prevista ou

alteração da PA maior que 16 mmHg. O oxigênio (O2) só foi administrado quando o paciente

apresentava queda de SatO2 abaixo de 88%.

Para o treinamento foi utilizado 80% da inclinação máxima obtida no teste. A

velocidade foi a mesma do teste, porém iniciou-se com 80% do valor até atingí-la por

completo.

- Teste de Endurance de Membros Inferiores - MMII (ANEXO H)

O Teste de endurance dos MMII, realizado pelo pesquisador, objetivou conhecer a

resistência do paciente em relação à velocidade e a inclinação encontrada no teste incremental

de MMII. O tempo máximo do teste foi o que o paciente conseguiu. Na ficha de avaliação do

teste de endurance (ANEXO H) o máximo de tempo determinado é de 24min, no entanto se o

paciente apresentar condições de avançar este tempo, o avaliador deve permitir. Se no teste

pós-protocolos o paciente atingir 60min encerra-se o teste, acreditando-se que uma hora na

esteira o paciente deva ter conseguido o seu condicionamento (WASSERMAN, 1999).

O teste foi realizado com a velocidade de 90% da inclinação máxima que foram

obtidas no incremental de MMII, e sendo interrompido somente pelo paciente ou por

alterações dos parâmetros clínicos.

No final do teste foram verificados todos os parâmetros na recuperação ativa (2min) e

na recuperação passiva (2min), além da distância percorrida e do tempo conseguido pelo

paciente e anotados na ficha de avaliação (RODRIGUES, 2003).

Os mesmos cuidados necessários durante o teste incremental de MMII serviram

também para o teste de endurance. O incremento de O2 só foi administrado quando o paciente

apresentou queda de SatO2 abaixo de 88%.

- Teste de Qualidade de Vida - Medical Outcomes Study 36-Short-Form Health Survey SF-

36 (ANEXO I)

Para avaliar a repercussão dos protocolos em relação à qualidade de vida dos

pacientes foi aplicado o SF-36 validado no Brasil por Ciconelli (1997), que é um instrumento

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

50

genérico de avaliação da qualidade de vida. Possui oito (8) áreas de abordagem e é

autoaplicável. Cinco áreas (função física, rotina física, dor corporal, função social e rotina

emocional) definem qualidade de vida como a ausência de limitação ou disfunção. Para essas

áreas, 100 pontos identificam o indivíduo sem problemas de saúde. As três áreas restantes

(saúde geral, vitalidade e saúde mental) são bipolares e medem o estado positivo ou negativo

em relação à vida. Para um estado positivo de saúde, um escore de 50 indica ausência de

disfunção (RODRIGUES, 2003).

No entanto para melhor descrever essas áreas foi analisado o coeficiente físico

sumarizado (CFS) e o coeficiente mental sumarizado (CMS), caracterizando as oito (8) áreas.

Esse estudo foi amparado pela pesquisa de Benzo et al (2000), que escolheu o Medical

Outcomes Survey Form 36-item Short questionário (SF-36) para detectar mudanças na QV

em pacientes com pneumopatias crônicas onde concluíram que o questionário SF-36 e seu

resumo de pontuações são instrumentos sensíveis para detectar a melhoria de QV em

pacientes com essas características. Outros autores consideraram o SF-36 um questionário útil

para avaliar a QV de pacientes com câncer de pulmão (GANZ; LEE; SIAU, 1991; HANDY

JUNIOR et al., 2002).

Haja vista o nível educacional baixo, a aplicação do teste foi realizada pelo

pesquisador tendo a sensibilidade de não induzir a resposta quando o paciente não

apresentasse condições de responder individualmente.

- Teste de Ansiedade e Depressão (ANEXO J)

Foi aplicado pelo pesquisador a todos os participantes da pesquisa, antes e após os

protocolos, o questionário da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS)

(ZIGMOND; SNAITH, 1983) que possui quatorze (14) itens, dos quais sete (7) são voltados

para a avaliação da ansiedade (HADS-A) e sete (7) para a depressão (HADS-D). Cada um dos

seus itens pode ser pontuado de zero (0) a três (3), compondo uma pontuação máxima de vinte

e um (21) pontos para cada escala. Foram adotados os pontos de cortes apontados por

Zigmond e Snaith, em 1983, recomendados para ambas as subescalas:

• HAD-ansiedade: sem ansiedade de 0 a 8, com ansiedade > ou igual 9;

• HAD-depressão: sem depressão de 0 a 8, com depressão > ou igual 9.

- Complicações Pulmonares Pós-cirúrgicas (APÊNDICE D)

As complicações pulmonares pós-cirúrgicas foram analisadas através do surgimento

das desordens clínicas e transcritas em uma ficha específica (APÊNDICE D). A classificação

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

51

das complicações seguiu as mesmas de Pereira et al., em 2008. Os pacientes foram visitados

por um profissional que não o pesquisador, a partir do quinto dia após a cirurgia até a alta

hospitalar, por entender que nesse período as complicações já estivessem estabelecidas. Teve

acesso ao prontuário, onde fez todas as anotações sobre o procedimento cirúrgico trans e pós.

As complicações consideradas no estudo foram: pneumonia, traqueobronquite, insuficiência

respiratória aguda (IRA), atelectasia, broncoespasmo, fístula broncopleural, empiema pleural,

escape aéreo prolongado. Foi também observado o tempo de internação hospitalar e tempo de

permanência na unidade intensiva por se entender que esses parâmetros são consequências

das complicações pulmonares.

Pneumonia: sendo considerada com a presença de um RX tórax com infiltrado pulmonar

recente associado à secreção traqueobrônquica purulenta, hipertermia acima de 30 graus,

leucocitose acima de 25% do valor pré-operatório.

Traqueobronquite: sendo considerado com a presença de RX tórax normal, aumento da

quantidade ou modificação da cor do escarro ou aspecto purulento da secreção

traqueobrônquica.

Insuficiência Respiratória Aguda (IRA): na presença de hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg),

hipercapnia (PCO2 > 45 mmhg) e PH arterial alterado com necessidade de ventilação

mecânica.

Atelectasia: com presença de RX tórax anormal com sintomas respiratórios agudos.

Broncoespasmo: com sintomas respiratórios agudos acompanhados de sibilância e

necessidade de intervenção terapêutica, sendo excluído quadro de edema pulmonar

cardiogênico ou tromboembolismo.

Fístula broncopleural: que corresponda a presença de trato sinuoso que possui luz e

comunica um brônquio com a cavidade pleural.

Empiema pleural: presença de acúmulo de pus na cavidade pleural.

Escape aéreo prolongado: vazamento de ar para o espaço pleural com borbulhamento do

dreno de tórax por período > 7 dias.

Para efeito de análise estatística as complicações foram agrupadas em:

Morbidade de maior relevância: IRA, pneumonia, VM prolongada (>48 horas), Fístula

broncopleural, Empiema pleural.

Morbidade de menor relevância: Traqueobronquite, Atelectasia, Broncoespasmo, Escape

aéreo prolongado.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

52

3.6 Protocolos de tratamento

Finalizadas todas as avaliações, cada paciente iniciou o seu tratamento de Reabilitação

Pulmonar (RP) ou Fisioterapia Respiratória (FR). É importante destacar que os pacientes

realizaram seus tratamentos em momentos distintos segundo sua inserção no estudo, cada um

perfazendo um total de vinte (20) atendimentos.

3.6.1 Protocolo da Reabilitação Pulmonar – Grupo da Reabilitação Pulmonar (GA)

Um programa de treinamento deve ter bem estabelecido o tipo de exercício, sua

intensidade, o número ou tempo de repetições e a duração total do programa. Ainda não se

tem estudos que comprovem ou estabeleçam essas variáveis (SARMENTO, 2005). A escolha

desse protocolo foi baseado em muitas leituras (SARMENTO, 2005; AMERICAN

THORACIC SOCIETY DOCUMENTS, 2006; PRESTO, 2007; SCANLAN; WILKINS;

STOLLER, 2009) e determinou seu treinamento pelo resultado conclusivo dessas variáveis,

pelas avaliações, a clínica do paciente e o bom senso frente a situações de prevenção de

doenças e comorbidades.

Os pacientes do GA foram submetidos ao treinamento físico, no turno da tarde, por

quatro semanas, com frequência de cinco sessões semanais perfazendo vinte (20)

atendimentos com duração diária média de 60 min a 75 min. Esse tempo e a intensidade dos

exercícios foram baseados nos documentos da AMERICAN THORACIC SOCIETY que

preconiza que treinamento intensivo, de curto prazo, possam ser condensado em 20 sessões e

período de 3-4 semanas e demonstrado como eficaz (FUCHS-CLIMENT et al., 1999).

Completando o período de treinamento, foram reavaliados, repetindo todos os testes e

encaminhados para seu médico cirurgião para marcação da cirurgia.

Cada atendimento foi composto por: 1- alongamento muscular; 2- exercícios de

aquecimento intervalados; 3- fortalecimento de MMSS; 4- condicionamento aeróbico para

MMII.

1- Alongamento Muscular - realizados para a musculatura cervical, cintura escapular,

MMSS e MMII. Foram mantidos 30 seg. em cada posição de alongamento realizado em 5

min.

2- O aquecimento foi composto por exercícios físicos intervalados para diferentes

grupos musculares do tronco e dos MMII/MMSS. Entre um exercício e outro o paciente tinha

30 seg de repouso perfazendo uma média de 10 min.

3- O fortalecimento de MMSS foi realizado inicialmente com 50% da carga máxima

atingida no teste incremental. Foram realizadas duas séries de 2 min para cada membro, com

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

53

30 seg de repouso entre elas perfazendo um total aproximado de 10 min. Utilizaram-se as

diagonais de Kabat para o exercício de grupos musculares dos MMSS.

4- O condicionamento aeróbico para MMII foi realizado em esteira ergométrica

durante 30 min, sendo que na primeira semana de treino, o paciente realizou somente 10 min.,

progredindo para 20 min na segunda semana e 30 min na terceira. A partir daí, o tempo de

treino foi mantido em todas as sessões até o final do programa. A intensidade do exercício foi

baseada em 80% da carga máxima obtida no teste ergométrico (CONSENSO BRASILEIRO

DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA I, 2000) o que corresponde a uma

atividade intensa.

Durante as sessões os pacientes foram monitorados a SpO2, a FC, pelo oxímetro

digital (BCI - 1300®), sensação de dispneia, pela escala de Borg e a pressão arterial (PA) com

Esfigmomanômetro Microlife: BP A100® e Estetoscópio Littmann Classic II®, além de toda

uma supervisão sobre as manifestações clínicas, como: tonturas, náuseas, dores de cabeça,

dores musculares.

Após o treinamento aeróbico, todos os pacientes do GA foram submetidos a

treinamento muscular respiratório com o Threshold (Threshold® IMT Ref. HS730-Bra) com

a carga pré-estabelecida de 50% a 60% do valor da PImax da primeira avaliação. Iniciou-se,

no entanto, com 20% a 30% da carga e aumentando progressivamente até atingir a carga

desejada. O paciente foi orientado a realizar o treinamento duas vezes ao dia, por um período

de 10 min, com intervalos de repouso a cada 5 min. Durante os dias de reabilitação pulmonar,

realizaram por duas vezes o treinamento com o threshold, um antes e outro no final do

treinamento. A reavaliação do paciente foi realizada semanalmente, para possíveis reajustes

da carga de treinamento.

Já faz parte do protocolo da RP, o treinamento muscular respiratório a todos os

pacientes que são encaminhados para o serviço de RP do Hospital de Messejana para o pré-

operatório de qualquer cirurgia pulmonar. Sendo, por isso o protocolo escolhido para o Grupo

A.

Também, está inserido nesse protocolo que o paciente que for se submeter a um

treinamento esteja bem alimentado. Como a maioria dos pacientes tinha um baixo poder

aquisitivo, eles se alimentaram antes do treinamento, no próprio setor, evitando assim

sintomas desconfortantes.

Os pacientes receberam intervenções educativas semanalmente com o intuito de

realizar esclarecimentos acerca da importância do pré-operatório.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

54

As orientações dadas foram realizadas uma vez por semana, no tempo de 20 a 30 min.

sobre diversos assuntos: tabagismo e sua importância de parar fumar no período que antecede

a cirurgia; procedimento cirúrgico conscientizando quanto ao tipo de incisão, sedação,

intubação oro-traqueal e dor tornando-se mais motivadora a presença de algumas atitudes;

exercícios respiratórios e físicos orientando quanto à importância dos exercícios respiratórios

de expansão, o uso do incentivador, a tosse e a caminhada precoce prevenindo as posturas

antálgicas; orientação nutricional facilitando o conhecimento de alimentos adequados para

hábitos de vida saudável e alta educando-o para a alta hospitalar com a continuação dos

exercícios respiratórios como fator importante na sua recuperação. No dia da intervenção

educativa os pacientes permaneciam no setor por mais 20 a 30 min.

As aulas eram dadas de forma didática, explanativas sempre com a presença de um ou

mais pacientes e familiares onde em grupo todos poderiam interferir e serem atendidos quanto

as suas dúvidas ou questionamentos. Também foram utilizados recursos audiovisuais,

apresentação de alguns aparelhos usados no processo cirúrgico (tubo orotraqueal, sondas).

Terminado o período de treinamento os pacientes foram reavaliados e liberados para a

cirurgia. Após a cirurgia, o seguimento foi feito por um profissional de fisioterapia, que não o

pesquisador, que estava envolvido com a pesquisa, mas que desconhecia qual protocolo o

paciente havia participado. A partir do 5º dia, esse profissional responsável, fez a primeira

visita ao paciente, onde preencheu uma ficha com as respectivas complicações, já definidas

anteriormente, onde foi registrada a presença ou não dessas complicações pulmonares até a

alta ou óbito (APÊNDICE D).

3.6.2 Protocolo da Fisioterapia Respiratória (FR) - Grupo da Fisioterapia Respiratória (GB)

Os pacientes do GB foram submetidos à FR por 4 semanas, com frequência de 5 vezes

semanais, perfazendo um total de 20 atendimentos, no turno da manhã, protocolo padrão do

Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes.

Foram acompanhados com orientações através de intervenções educativas e

fisioterapia de expansão.

Da mesma forma como aconteceu no GA os pacientes do GB foram monitorados na

SpO2, FC, pelo oxímetro digital (BCI - 1300®), a sensação de dispneia, pela escala de Borg, e

a PA com Esfigmomanômetro (Microlife: BP A100®) e Estetoscópio (Littmann Classic II®)

além de toda uma supervisão sobre as manifestações clínicas, como: tonturas, náuseas, dores

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

55

de cabeça, dores musculares. No treinamento foram verificados os parâmentros em repouso e

após o atendimento.

O GB assim como os pacientes do GA também recebeu orientações educativas sobre

os mesmos assuntos com os mesmos objetivos. As intervenções aconteceram semanalmente

com os temas sobre a importância do pré-operatório, cessação tabágica, treinamento

respiratório, conhecimento dos passos do processo cirúrgico, enfoque nutricional e quanto à

necessidade de procurar os serviços de saúde quando necessário.

Foram ministradas no período de 20 a 30 minutos, de forma didática, explanativas

sempre com a presença de um ou mais pacientes e familiares onde em grupo todos poderiam

interferir e serem atendidos quanto as suas dúvidas ou questionamentos. Também foram

utilizados recursos audiovisuais, apresentação de alguns aparelhos usados no processo

cirúrgico (tubo orotraqueal, sondas).

Na realização das técnicas de expansão pulmonar foram utilizadas quatro técnicas,

uma com um recurso instrumental o incentivador inspiratório a fluxo (Respiron® NCS)

(COSTA, 1991; AZEREDO, 1993; SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2009) e três técnicas

dependentes da variação da pressão pleural, sem recurso instrumental: exercício diafragmático

(CUELLO et al., 1986; FELTRIM, 1999; FROWNFELTER, 1978; GASKEL; WEBBER,

1984; SUTTON et al., 1982), exercício intercostal (CUELLO et al., 1986; CUELLO;

MASCIANTONIO; CUELLO, 1982) e inspiração em tempo (AZEREDO, 1984; AZEREDO,

1993).

Cada exercício foi repetido em três séries com dez repetições cada, com intervalos de

repouso de dois minutos entre uma e outra série, com exceção do incentivador inspiratório,

que foi realizado em cinco séries com dez repetições cada, mantendo o mesmo intervalo entre

as séries. O tempo total do protocolo foi em média de sessenta minutos, com exceção dos dias

das intervenções educativas, que os pacientes permaneciam no setor por mais vinte a trinta

minutos. O protocolo foi realizado sob a responsabilidade do fisioterapeuta pesquisador.

Foram respeitadas as limitações dos pacientes onde foram estimulados a progredir e atingir as

séries o mais precocemente possível.

O incentivador inspiratório é um recurso mecânico e foi utilizado para incentivar o

paciente a realizar esforços inspiratórios máximos, pela elevação de esferas plásticas através

de um feedback visual. Para a realização desse exercício o paciente ficou na posição sentada,

de forma confortável e onde pudesse visualizar o instrumento de forma adequada. Os

pacientes foram orientados a manter o bocal com vedação labial e a realizar inspiração lenta,

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

56

profunda e uniforme deslocando as esferas contidas na câmara (COSTA, 1991; AZEREDO,

2000; SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2009).

O exercício diafragmático utilizado teve como objetivo melhorar a ventilação nas

bases pulmonares, aumentar a capacidade residual funcional e o volume de reserva

inspiratório (SARMENTO, 2005). Foi realizado com o paciente na posição sentada, com as

mãos do terapeuta sobre a região abdominal aplicando uma leve pressão para que

possibilitasse a conscientização do movimento a ser realizado. O paciente foi solicitado a

realizar algumas inspirações tranquilas, seguidas de uma inspiração profunda,

preferencialmente nasal, para que ocorra condicionamento do ar inspirado (aquecimento,

filtragem e umidificação), sem utilização da musculatura acessória, observando-se nessa fase

o deslocamento para fora da região abdominal. A expiração foi realizada de forma lenta pela

boca (CUELLO, 1986; FELTRIM, 1999; GASKEL; WEBBER, 1984).

O exercício intercostal é uma atividade da musculatura intercostal e tem como objetivo

aumentar a ventilação pulmonar em zonas mediais e laterais, a capacidade residual funcional

e o volume de reserva inspiratório (SARMENTO, 2005). Para a execução desse exercício o

paciente ficou em posição sentada e foi solicitado a realizar respiração com predomínio

diafragmático e, após a expiração, realizar uma inspiração nasal, procurando deslocar a

respiração para a região superior do tórax, seguida de expiração tranquila pela boca

(CUELLO, 1986; CUELLO; MASCIANTONIO; CUELLO, 1982).

O exercício inspiração em tempos visou melhorar a complacência do tórax e dos

pulmões e aumentar a capacidade inspiratória. O paciente foi orientado pelo pesquisador a

inspirar através do nariz de forma suave e curta, mantendo um tempo curto de apneia após

cada inspiração; a fase inspiratória foi fracionada em seis tempos. A expiração é realizada

pela boca de maneira suave, podendo ser associada à técnica de respiração freno labial

(AZEREDO, 1984; CUELLO; MASCIANTONIO; CUELLO, 1988).

3.7 Análise estatística

O cálculo do tamanho amostral foi realizado a partir de uma amostra piloto composta

por cinco dentre os primeiros pacientes participantes do estudo, devido a ausência de estudos

semelhantes a este. O marcador inflamatório utilizado foi o fibrinogênio. Considerando-se,

então, uma variação pós menos pré-tratamento de - 162 (± 89) mg/dl para o grupo RP e de -

16 (± 50) mg/dl para o grupo FR, com um poder de 95% e um alpha de 0,01, acrescido de

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

57

20% de taxa de dropout, estimou-se um tamanho de amostra de 12 pacientes para cada grupo.

O programa estatístico utilizado para esse cálculo foi o BioEstat (Belém, Brasil) versão 3.0.

As variáveis categóricas foram descritas em frequência absoluta e relativa. O teste de

normalidade das variáveis quantitativas foi realizado pelo teste de Shapiro-Wilk. Para a

análise descritiva, foram calculados média e desvio padrão ou mediana e intervalo

interquartil, de acordo com a normalidade. A comparação entre os grupos nos dois tempos

estudados foi realizada mediante o teste t de student para as variáveis paramétricas ou teste de

Mann-Whitney para as variáveis não paramétricas. Para avaliar a associação das variáveis

categóricas com a ocorrência de complicações, foi utilizado o teste do qui-quadrado ou teste

exato de Fisher. Foi realizada análise de regressão através do modelo linear generalizado com

análise de covariância, tendo como variável dependente a dosagem sérica do fibrinogênio e

independente o grupo ao qual o paciente pertencia (GA ou GB). A co-variável analisada foi a

distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos. A escolha dessa co-variável deve-

se ao fato dela apresentar diferença estatisticamente significante entre os dois grupos no

momento basal do estudo. Foram usados testes bicaudais e a probabilidade alfa fixada em 5%.

Os dados foram processados e analisados por meio dos programas estatísticos Statistical

Package for the Social Sciences (SPSS) versão 16.0 e GraphPad Prism versão 5.0.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

58

4 RESULTADOS

4.1 Características basais dos participantes do estudo

Dos 31 pacientes com indicação cirúrgica, 54,8% (n=17) participaram do GA, com

idade média de 64,59 ± 2,53 anos, e 45,2% (n=14) do GB (Figura 2), com idade média de

70,79 ± 1,89 anos. Desses, 29 eram tabagistas, sendo 15 do GA e 14 do GB.

FIGURA 2. Fluxograma de pacientes do estudo.

Em relação às características iniciais dos grupos estudados, não houve diferença

estatística significante na comparação das variáveis antropométricas e demográficas, gênero,

idade, peso, altura e índice de massa corpórea (IMC), entre os grupos (p>0,05); o mesmo

aconteceu, em relação aos valores gasométricos e espirométricos demonstrando a

homogeneidade da amostra.

Aleatorizados

(n=31)

GA (reabilitação pulmonar)

(n=17)

GB (fisioterapia respiratória)

(n=14)

Completaram o protocolo

(n=17)

Completaram o protocolo

(n=14)

Realizaram cirurgia

(n=12)

Realizaram cirurgia

(n=9)

Não realizaram cirurgia (n=5)

Por desistência (n=3)

Por piora clínica (n=2)

Não realizaram cirurgia (n=5)

Por desistência (n=3)

Por piora clínica (n=2)

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

59

No que se refere às variáveis estudadas, observou-se homogeneidade da amostra nos

marcadores inflamatórios, qualidade de vida e níveis de ansiedade e depressão (p>0,05). No

entanto, as variáveis de força muscular respiratória, distância percorrida no teste de

caminhada de seis minutos (TC6) e inclinação máxima no teste incremental de membros

inferiores (MMII) apresentaram diferença significante entre os grupos estudados (p<0,05)

(Tabela 1).

TABELA 1. Características iniciais dos pacientes da 1ª fase do estudo.

Variável GA (17) GB (14) P

Gênero (M/F) 8/9 4/10 -

Idade (anos) 64,59 ± 10,44 70,79 ± 7,09 0,06

Peso (kg) 58,18 ± 15,44 58,10 ± 13,58 0,9

Altura (m) 1,54 ± 0,09 1,55 ± 0,07 0,6

IMC (kg/m2) 24,2 ± 5,3 23.9 ± 5,4 0,8

Estadiamento (n / %)

I A 7 / 41 4 / 29 -

II A 3 / 18 1 / 7 -

III A 2 / 11 4 / 29 -

I B 4 / 24 2 / 14 -

II B 1 / 6 3 / 21 -

Gases arteriais

Ph 7,39 ± 0,03 7,40 ± 0,03 0,4

PaCO2 (mmHg) 43,09 ± 3,79 43,14 ± 6,51 0,5

PaO2 (mmHg) 78,85 ± 8,59 73,39 ± 10,21 0,1

Função pulmonar

VEF1 (% previsto) 48 [37-56] 49 ± 17 0,9

CVF (% previsto) 65 ± 17 66 ± 21 0,8

VEF1/CVF (%) 73 ± 16 73 [69-85] 0,4

Força muscular respiratória

PImax (cmH2O) 78 ± 46 50 ± 22 0,01*

PEmax (cmH2O) 78 ± 21 45 [34-78] 0,04*

Marcadores inflamatórios

Fibrinogênio (mg/dl) 448,3 ± 129 490,7 ± 199,7 0,4

Albumina (g/dl) 4,2 [3,9-4,3] 3,97 ± 0,31 0,2

Capacidade física

Distância TC6 (m) 435 ± 70 343 ± 114 0,01*

Força muscular de membros superiores

Teste incremental MMII

Inclinação (%)

1,1 ± 0,4

5 ± 3

0,8 ± 0,4

3 ± 3

0,07

0,08

Velocidade (km/h) 5 [4-6] 4 ± 1 0,006*

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

60

Teste de endurance

Tempo (seg.)

447 ± 179

405 [260-583]

0,7

Qualidade de vida

SF-36

CFS (%)

CMS (%)

37,5 ± 9,07

43,3 ± 12,9

35,1 ± 6,76

45,73 ± 14,2

0,4

0,6

Ansiedade e Depressão

HADS-A 9,9 ± 4,9 8,2 ± 5,4 0,3

HADS-D 9,05 ± 4,08 9,57 ± 3,1 0,7

Dados em média ± desvio padrão. GA: grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB: grupo

B,realizou fisioterapia respiratória; IMC: Índice de massa corpórea; VEF1: Volume

expiratório forçado no primeiro segundo; CVF: Capacidade vital forçada; TC6: Teste de

caminhada de seis minutos; SF-36: Short-form 36; CFS: Coeficiente físico sumarizado;

CMS: Coeficiente mental sumarizado; HADS-A: dimensão ansiedade do questionário

HADS; HADS-D: dimensão depressão do questionário HADS. *p<0,05.

4.2 Função pulmonar

Com relação à função pulmonar, no GA foi observado: aumento do VEF1 passando de

48 [37-56] para 50 [41-55] % previsto (p=0,4); aumento significativo da CVF passando de 65

± 17 para 76 ± 15 % previsto (p=0,003) e manutenção da relação VEF1/CVF passando de 73

± 16 para 72 ± 18 % (p=0,8). No GB ocorreu: aumento do VEF1 passando de 49 ± 17 para 54

± 15 % previsto (p=0,06); aumento da CVF passando de 66 ± 21 para 70 ± 20 % previsto

(p=0,2) e aumento da relação VEF1/CVF passou de 73 [69-85] para 76 [70-87] % previsto

(p=0,07). Quando comparado entre os grupos, estas variáveis não apresentaram significância

estatística (Tabela 2)

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

61

TABELA 2. Comparação da função pulmonar pré e pós-intervenção nos grupos GA e

GB e da variação (delta) entre esses grupos.

GA GB P

VEF1 (% prev) Pré 48 [37-56] 49 ± 17 -

Pós 50 [41-55] 54 ± 15 -

P 0,4 0,06 -

Delta 1 [-3 – 9] 4 [0 – 11] 0,4

CVF (% prev) Pré 65 ± 17 66 ± 21 -

Pós 76 ± 15 70 ± 20 -

P 0,003* 0,2 -

Delta 9 [2 – 23] 1 [-2 – 7] 0,1

VEF1/CVF (%) Pré 73 ± 16 73 [69 – 85] -

Pós 72 ± 18 76 [70 – 87] -

P 0,8 0,07 -

Delta -2 [-11 – 6] 2 [0 – 6] 0,2

Dados em média ± desvio padrão ou mediana [intervalo interquartílico 25-75%]. GA: grupo A, realizou

reabilitação pulmonar; GB: grupo B, realizou fisioterapia respiratória; VEF1: volume expiratório forçado

no primeiro segundo; CVF: capacidade vital forçada. *p<0,05.

4.3 Força muscular respiratória

No tocante à força muscular respiratória, as comparações intra e intergrupos estão

apresentadas na Figura 3. Observou-se que no GA houve melhora significativa da PImax,

passando de 78 ± 46 para 104 ± 42 cmH2O (p= 0,0003) e da PEmax, passando de 78 ± 21

para 93 ± 25 cmH2O (p= 0,0009). No GB houve melhora significativa da PImax, passando de

50 ± 22 para 70 ± 35 cmH2O (p= 0,004), enquanto que a PEmax passou de 45 [34-78] para

53 [43-83] cmH2O (p=0,2). Quando comparadas entre os grupos, não houve diferença

significativa entre as variáveis PImax e PEmax (p=0,5 e p=0,3, respectivamente).

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

62

FIGURA 3. Comparação das pressões inspiratória máxima (PImax) e expiratória máxima

(PEmax) pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

Pré Pós Pré Pós

-50

0

50

100

150

200

GA

GB

p=0,0003

p=0,004

PImax

Delta

GB

p=0,5

Delta

GA

PIm

ax (

cm

H2O

)

Pré Pós Pré Pós

-50

0

50

100

150

GA

GB

p=0,0009

p=0,2

PEmax

p=0,3

Delta

GA

Delta

GB

PE

max (

cm

H2O

)

4.4 Capacidade funcional de exercício

Ao analisar os resultados do teste de caminhada de seis minutos (TC6), no GA houve

aumento significativo na distância percorrida de 435 ± 70 para 491 ± 88 metros (p<0,0001).

No GB houve aumento da distância caminhada de 343 ± 114 para 345 ± 106 metros, porém

sem significância estatística (p=0,9). Quando comparados os resultados desta variável entre os

grupos, houve significância estatística (p=0,0001). A Figura 4 evidencia os resultados dos

dois grupos.

FIGURA 4. Comparação da distância percorrida no TC6 no pré e pós-intervenção nos grupos

GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

Pré Pós Pré Pós

-150

0

150

300

450

600

GA

GB

p<0,0001

p=0,9

Delta

GB

p=0,0001

Delta

GA

Dis

tân

cia

TC

6 (

metr

os)

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

63

4.5 Força muscular de membros superiores (MMSS)

Quanto à força muscular de membros superiores (MMSS), observou-se aumento

significativo da carga máxima atingida no teste somente no GA, passando de 1,0 [0,9-1,5]

para 2,0 [1,0-2,0] kg (p=0,008); no GB houve manutenção dessa variável, apresentando 1,0

[0,5-1,1] kg antes a após o protocolo (p=1,0). Quando comparados os grupos, houve diferença

significativa (p=0,009) (Figura 5).

FIGURA 5. Comparação da carga máxima de membros superiores no pré e pós-intervenção

nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

Pré Pós Pré Pós-1

0

1

2

3

GA

GB

p=0,008

p=1,0

Delta

GADelta

GB

p=0,009

Carg

a m

áxim

a (

kg

)

4.6 Capacidade máxima de exercício

Em relação ao teste incremental de MMII, houve aumento significativo da inclinação

durante esse teste no GA passando de 5 ± 3 para 8 ± 3 % (p<0,0001). No GB houve

manutenção desta variável no pré e pós-intervenção em 3 ± 3 % (p=1,0). Quando comparado

os dois grupos, houve diferença significativa (p=0,0008). Quanto aos valores de velocidade

encontrada no teste, houve aumento significativo no GA passando de 4,9 [3,7-5,5] para 5,2

[4,4-6] km/h (p=0,002). No GB estes valores também foram significativos passando de 3,3 ±

1 para 3,6 ± 1 km/h (p=0,03). Quando comparados os dois grupos, não houve diferença

significativa (p=0,06) (Tabela 3)

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

64

TABELA 3. Comparação da inclinação e velocidade alcançadas no teste incremental de

membros inferiores pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre

esses grupos.

GA GB P

Inclinação (%) Pré 5 ± 3 3 ± 3 -

Pós 8 ± 3 3 ± 3 -

P 0,0001* 1,0 -

Delta 2 [1,5 – 3] 0 [-1 – 0,3] 0,0008*

Velocidade (km/h) Pré 4,9 [3,7-5,5] 3,3 ± 1 -

Pós 5,2 [4,4-6] 3,6 ± 1 -

P 0,002* 0,03* -

Delta 0,5 [0,2 – 0,9] 0,1 [0 – 0,5] 0,06

GA: grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB: grupo B, realizou fisioterapia respiratória. *p<0,05.

4.7 Capacidade submáxima de exercício

Quanto ao teste de endurance de MMII, houve aumento significativo da duração do

teste somente no GA passando de 447 ± 179 para 718 ± 220 segundos (p=0,002), enquanto no

GB houve redução desta variável, passando de 420 [249-609] para 370 [247-650] segundos,

porém sem significância estatística (p=0,6). Quando comparados os dois grupos, evidenciou-

se significância estatística (p=0,001) (Figura 6).

FIGURA 6. Comparação do tempo alcançado no teste de endurance de membros inferiores

nos momentos pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses

grupos

Pré Pós Pré Pós0

500

1000

1500

GA

GBp=0,002

p=0,6

Delta

GA

p=0,001

Delta

GB

Tem

po

(seg

.)

.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

65

4.8 Ansiedade e depressão

No que se refere a variável ansiedade e depressão, no GA os resultados foram

estatisticamente significativos nos escores do HADS-A passando de 9,9 ± 4,9 para 4,9 ± 2,7

(p<0,0001) e no HADS-D passando de 9,05 ± 4,08 para 4,9 ± 2,1 (p<0,0001). Em relação ao

GB, os escores do HADS-A passaram de 8,2 ± 5,4 para 7,5 ± 4,9 (p=0,1), enquanto que o

HADS-D passou de 9,57 ± 3,1 para 7,4 ± 3,1 (p=0,007). Quando comparados os resultados

entre o GA e o GB, houve diferença significante tanto para o HADS-A (p=0,0002) quanto

para o HADS-D (p=0,04) (Tabela 4).

TABELA 4. Comparação da ansiedade e depressão pré e pós-intervenção nos

grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

GA GB P

HADS-A Pré 9,9 ± 4,9 8,2 ± 5,4 -

Pós 4,9 ± 2,7 7,5 ± 4,9 -

P <0,0001* 0,1 -

Delta -5 ± 3 -1 ± 2 0,0002*

HADS-D Pré 9,05 ± 4,08 9,57 ± 3,1 -

Pós 4,9 ± 2,1 7,4 ± 3,1 -

P <0,0001* 0,007* -

Delta -4 ± 3 -2 ± 3 0,04*

GA: grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB: grupo B, realizou fisioterapia respiratória;

HADS-A: dimensão ansiedade do questionário HADS; HADS-D: dimensão depressão do

questionário HADS. *p<0,05.

4.9 Qualidade de vida

Para a variável qualidade de vida, no GA os resultados foram estatisticamente

significativos para no CFS passando de 37,5 ± 9,07 para 46,15 ± 8,7 (p=0,004), enquanto que

para o CMS houve aumento dos valores passando de 43,39 ± 12,90 para 50,10 ± 11,18

(p=0,09). Em relação ao GB, houve aumento no CFS passando de 35,15 ± 6,76 para 36,76 ±

7,16 (p=0,3), porém houve manutenção do CMS passando de 45,73 ± 14,20 para 45,99 ±

11,45 (p= 0,8). Quando comparados os resultados entre o GA e o GB, não houve diferença

significante no CFS (p=0,4) e no CMS (p=0,9) (Tabela 5).

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

66

TABELA 5. Comparação da qualidade de vida separada por dimensões física e

mental pré e pós-intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre

esses grupos.

GA GB P

CFS Pré 37,5 ± 9,07 35,15 ± 6,76 -

Pós 46,15 ± 8,7 36,76 ± 7,16 -

P 0,004* 0,3 -

Delta 9 ± 11 2 ± 6 0,4

CMS Pré 43,39 ± 12,90 45,73 ± 14,20 -

Pós 50,10 ± 11,18 45,99 ± 11,45 -

P 0,09 p= 0,8 -

Delta 7 ± 16 -1 ± 7 0,9

GA: grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB: grupo B, realizou fisioterapia respiratória;

CFS: Coeficiente físico sumarizado; CMS: Coeficiente mental sumarizado. *p<0,05.

4.10 Marcadores inflamatórios

4.10.1 Fibrinogênio

Quanto à variável fibrinogênio, houve redução estatisticamente significantes dos

valores no GA de 448,3 ± 129,9 para 321,6 ± 73,2 mg/dl (p=0,0002). O GB também

apresentou redução dos seus valores, passando de 490,7 ± 199,7 para 453,3 ± 177,2 mg/dl,

porém sem significância estatística (p=0,3). Quando comparados os resultados entre o GA e o

GB após a intervenção, houve diferença estatisticamente significante (p=0,047) (Figura 7).

FIGURA 7. Comparação da dosagem sérica de fibrinogênio nos momentos pré e pós-

intervenção nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

Pré Pós Pré Pós-500

-250

0

250

500

750

1000GA

GBp=0,0002p=0,3

Delta

GB

Delta

GA

p=0,047

Fib

rin

og

ên

io (

mg

/dl)

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

67

Posteriormente por meio da análise de covariância (ANCOVA), foi observado que o

GA exerceu maior impacto na dosagem sérica do fibrinogênio (TABELA 6).

TABELA 6. Análise de covariância da distância percorrida do Teste da Caminhada de seis 6

minutos tendo como variável dependente os grupos GA e GB

Variável B

Erro

padrão t P

Intervalo de confiança 95%

Limite inferior Limite superior

Constante 401,656 105,604 3,803 ,001 185,671 617,641

TC6pré -178 ,234 -,761 ,453 -,658 ,301

GA 112,832 50,603 2,230 ,034 9,337 216,326

GB 0a . . . . .

TC6pré: teste de caminhada de seis minutos pré-intervenção; GA: grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB:

grupo B, realizou fisioterapia respiratória.

4.10.2 Albumina

Em relação à variável albumina, houve redução no GA de 4,2 [3,9-4,3] para 4,2 [3,8-

4,4] g/dl (p=0,7). O GB apresentou aumento dos seus valores, passando de 3,97 ± 0,31 para

4,06 ± 0,3 g/dl, porém sem significância estatística (p=0,3). Quando comparados os resultados

entre o GA e o GB, não houve diferença estatisticamente significante (p=0,1) (Figura 8).

FIGURA 8. Comparação da dosagem sérica de albumina nos momentos pré e pós-intervenção

nos grupos GA e GB, e da variação (delta) entre esses grupos.

Pré Pós Pré Pós-2

-1

0

1

2

3

4

5

6GA

GB

p=0,7

p=0,3

p=0,1

Alb

um

ina (

g/d

l)

Delta

GA

Delta

GB

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

68

4.11 Complicações pulmonares pós-cirúrgicas

Dos 31 pacientes candidatos a cirurgia de ressecção pulmonar, dez não foram

submetidos a esse procedimento (cinco do GA e cinco do GB). Tanto no GA quanto no GB,

três pacientes desistiram por razões de ordem pessoal e dois por piora clínica. Em relação aos

pacientes que realizaram o procedimento cirúrgico, fizeram parte do GA doze indivíduos

(quatro homens e oito mulheres), enquanto que o GB foi composto de nove indivíduos (dois

homens e sete mulheres) (Figura 2).

Em relação aos pacientes que foram submetidos à cirurgia de ressecção pulmonar,

participaram desta fase vinte e um pacientes, sendo doze do GA e nove do GB. Houve

homogeneidade da amostra em todas as variáveis estudadas nesta fase. A Tabela 7 descreve as

características dos pacientes que foram submetidos a ressecção pulmonar por neoplasia.

TABELA 7. Caracterização da amostra no pós-operatório de

pacientes que realizaram quatro semanas de reabilitação pulmonar

versus fisioterapia respiratória.

Variável GA (n=12) GB (n=9) P

Idade (anos)a 64,8 ± 8 68,8 ± 7.3 0,3

Sexo masculino (n / %)b 4 / 33,3 2 / 22,2 0,4

Fumantes (n / %)b 10 / 83,3 9 / 100 0,4

Comorbidades n / %)b 7 / 58,3 3 / 33,3 0,3

Núm. de segmentos

pulmonares removidosb

3,6 ± 1,5 3,5 ± 1,4 0,8

VEF1 (L)a 1,07 ± 0,37 1,18 ± 0,25 0,3

CVF (L)a 1,68 ± 0,57 1,94 ± 0,55 0,4

Dados em média ± desvio padrão ou frequência absoluta e relativa (%); GA:

grupo A, realizou reabilitação pulmonar; GB: grupo B, realizou fisioterapia

respiratória; VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; CVF:

capacidade vital forçada; a: Test t de student; b: Teste exato de Fisher.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

69

Foi observado também um menor tempo de internação hospitalar no pós-operatório, de

permanência com dreno de tórax, percentual de fístula broncopleural e percentual de

broncoespasmo com significância estatística descritos na Tabela 8.

TABELA 8. Pacientes que apresentaram complicações pulmonares pós-operatórias

após quatro semanas de reabilitação pulmonar versus fisioterapia respiratória.

Variável GA (n=12) GB (n=9) P

Dias de internação hospitalar a 7,8 ± 4,8 12,2 ± 3,6 0,04*

Horas em unidade de terapia intensivaa 2,4 ± 0,6 3 ± 1,3 0,20

Dias de permanência com dreno torácicoa 4,5 ± 2,9 7,4 ± 2,6 0,03*

Pneumonia (n / %)b 1 / 8,3 2 / 22,2 0,17

Ventilação mecânica > 48 h (n / %)b 0 / 0 3 / 33,3 0,20

Fístula brocopleural (n / %)b 1 / 8,3 6 / 66,7 0,009*

Atelectasia (n / %)b 0 / 0 3 / 33,3 0,06

Broncoespasmo (n / %) b

1 / 8,33 6 / 66,7 0,002*

Complicações de menor relevância (n / %)b 1 / 8,3 7 / 77,8 0,002*

Complicações de maior relevância (n / %)b 2 / 16,6 6 / 66,7 0,016*

Dados em média ± desvio padrão ou frequência absoluta e relativa (%); a: Test t de

student; b: Teste exato de Fisher.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

70

5 DISCUSSÃO

A melhoria da tolerância ao exercício físico após um programa de Reabilitação

Pulmonar (RP) é um achado oportuno e bem estabelecido em pacientes com DPOC

(LACASSE et al., 1996; ZUWALLACK; CROUCH, 2004; TROOSTERS et al., 2005).

Embora com dados registrados que confirma seu uso nesses pacientes, a RP, também,

apresenta respostas satisfatórias para outras doenças pulmonares, especialmente, câncer de

pulmão e pré e pós-operatório de cirurgias tóraco-abdominais (FISHMAN, 1996; AACVPR,

2007).

Há evidências preliminares de que as intervenções de exercício para pacientes com

câncer podem levar a melhora na função física e não estão associados com aumento dos

sintomas de fadiga (STEVINSON; LAWLOR; FOX, 2004).

RP pré-operatória tem sido proposta como uma intervenção para diminuir a morbidade

cirúrgica em pacientes com CP, mas não há protocolo estabelecido e somente um estudo

aleatorizado realizado por Benzo et al. (2011) foi publicado até hoje.

O presente ensaio clínico indica que a RP pré-operatória fez com que os pacientes com

CP aumentem a função pulmonar e a força muscular respiratória e periférica, além de garantir

melhora da qualidade de vida e níveis de ansiedade e depressão, reduzindo os níveis de

fibrinogênio e favorecendo a diminuição das morbidades clínicas advindas do procedimento

cirúrgico.

Para uma melhor compreensão a discussão dos resultados foi estruturada em forma de

tópicos.

Função Pulmonar

No estudo vigente os dados basais demonstraram que os pacientes, candidatos à

cirurgia de ressecção pulmonar tinham função pulmonar homogênea e que após os protocolos

os grupos apresentaram resultados positivos, embora a CVF tenha aumentado

significativamente somente no grupo da reabilitação pulmonar (GA).

Sabe-se que os exercícios físicos são fundamentais nos programas de RP. Entretanto,

não se tem demonstrado sua eficácia em relação à função pulmonar, divergindo com a

pesquisa atual (GOLDSTEIN et al., 1994; AACVPR, 1997; MAHLER, 1998).

Nessa luz, Cesário et al. (2007) publicaram um estudo piloto com oito portadores de

câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) internados submetidos a um programa de

RP, incluindo o exercício aeróbico (bicicleta, esteira), exercícios respiratórios, estimulação

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

71

elétrica muscular (abdominais) e sessões de educação, curiosamente, a RP respondeu com

uma melhora significativa na CVF e no TC6. Aliado à pesquisa de Cesário, outro estudo

também, com respostas positivas da função pulmonar, relatou que muitos desses pacientes

foram capazes de se submeter à cirurgia com excelentes resultados em termos de evolução

pós-operatória (FUCHS-CLIMENT et al., 1999; CESÁRIO et al., 2007), corroborando com

esse estudo, onde demonstra o benefício fisiológico de um programa estruturado de exercício

pré-operatório.

Sekine et al. (2005) compararam 22 indivíduos com DPOC submetidos a reabilitação

antes da cirurgia, por duas semanas, o que consistia em sustentação máxima inspiratória

(SMI), exercícios respiratórios e tosse, nebulização com broncodilatador (cinco vezes por

dia) e caminhada com 5000 passos. Esse exercício foi mantido pré e pós-operatório até a alta.

Foi utilizado um grupo controle o qual realizou somente fisioterapia respiratória (FR) no pós-

operatório. O grupo RP apresentou piora da relação VEF1/CVF e do VEF1 após a

intervenção, contrastando com os resultados do trabalho em discussão em que, a função

pulmonar (VEF1, CVF, VEF1/CVF) apresentou melhora nos dois grupos A e B. Isso pode

demonstrar quão relevante é a presença da FR na ausência de programas de RP

supervisionados com exercícios aeróbicos possibilitando assim aos pacientes a função

pulmonar viável no pré-operatório, embora não tenha apresentado nenhum resultado

significante quando comparado entre os grupos demonstrando que nenhum grupo prevaleceu

o outro.

Força muscular respiratória

Com qualquer exercício, a atividade muscular respiratória aumenta e, assim, os

músculos respiratórios são exercitados (AACVPR, 2007). Em coerência com a pesquisa

vigente, os pacientes do GA e GB apresentaram resultados satisfatórios e significativos em

relação à força muscular inspiratória (PImax), enquanto que a força muscular expiratória

(PEmax) só foi significativa no GA antes de se submeterem a cirurgia. Não se pode afirmar

que um grupo superou o outro devido à falta de significância entre os mesmos.

Em um ensaio clínico controlado e aleatorizado, Weiner et al. (1997) estudou o efeito

do incentivador respiratório (IR) e treinamento muscular respiratório (TMR) na função

pulmonar pós-operatório previsto após a ressecção. Um grupo recebeu fisioterapia pré-

operatória com IR e TMR. O outro grupo não recebeu este treinamento. O grupo de

intervenção apresentou VEF1 aumentado no pós-operatório em relação ao grupo controle. No

entanto, é incerto se essa melhora no VEF1 pós-operatório possa ser atribuída ao efeito

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

72

volume do IR ou a 'carga' efeito de TMR (WEINER et al., 1997). No estudo em pauta, o GA

além da RP usou o TMR, enquanto que o GB usou o IR e exercícios respiratórios. Após a

intervenção, os grupos melhoraram em sua função pulmonar. Supõe-se que os recursos

utilizados (IR e TMR) colaboraram, também, para esse feito.

Uma metanálise de 15 ensaios clínicos aleatorizados com o objetivo de avaliar a

eficácia do treinamento dos músculos inspiratórios em pacientes com DPOC mostrou que o

treinamento aumenta significativamente a força muscular e diminui a sensação de dispneia

concluindo que é importante nos programas de RP o treino desses músculos (LOTTERS;

VAN, 2002). No estudo vigente, a amostra era formada por pacientes com CPNPC, mas que

na sua maioria era portadores de DPOC, o que trouxe um resultado positivo nos dois grupos.

Um dos mais atualizados estudos encontrados, foi uma revisão de literatura de

Nagarajan et al., em 2011, onde 10 artigos foram selecionados com as palavras chaves, pré-

operatório, fisioterapia, Reabilitação Pulmonar e ressecção de pulmão. A conclusão dessa

revisão é que programas de reabilitação pré-operatória e fisioterapia respiratória melhoram a

capacidade de exercício em pacientes submetidos à toracotomia e ressecção pulmonar, e em

pacientes com DPOC preserva a função pulmonar após a cirurgia. Se esses benefícios se

traduzem em uma redução no desenvolvimento de complicações pulmonares pós-operatória

(CPPO) ainda é incerto (NAGARAJAN et al., 2011). Muitos dos estudos dessa revisão não

tiveram uniformidade nos protocolos, mas corroboraram, em muitas variáveis com o estudo

apresentado, podendo afirmar que os dois grupos tiveram benefícios, mas que o GA se

beneficiou mais com o protocolo de RP revelando uma possível evidência na redução das

CPPO.

Capacidade funcional de exercício

Uma das variáveis escolhidas para conhecer a capacidade funcional de exercício no

atual estudo foi o TC6 que comprovou que os pacientes que participaram do GA tiveram

maior desempenho e superaram suas marcas com significância, ou seja, apresentaram uma

diferença clínica pré e pós RP de 55.1 m, ultrapassando a média de validade estabelecida de

54m (REDELMEIER et al., 1997).

Spruit et al. (2006) avaliou 10 pacientes com CP e função pulmonar gravemente

comprometida e observou uma melhora na distancia percorrida no teste da caminhada dos 6

min após RP por 8 semanas. Há divergência com o estudo vigente no que se refere ao tempo

de RP e na função pulmonar gravemente comprometida, mas que coincidentemente

apresentaram melhoras na distância percorrida após RP. Isso fortalece à iniciativas e crenças

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

73

de que independente do tempo de exercícios e da função pulmonar os pacientes são

beneficiados com estratégias de exercícios melhorando índices que favorecerem suas

presenças em programas de RP.

Recentemente, foram publicados a experiência de Cesário et al., 2007 e Ferri et al.,

2008, com base em pacientes com CPNPC. Coincidentemente cada estudo realizou RP e

apresentou uma amostra de oito pacientes. Estes pacientes puderam ser operados com

melhora significativa da CVF e da distância percorrida no TC6, resultados estes que se

comparam com os da pesquisa. Em outro estudo mais recente, menos da metade dos pacientes

foram capazes de completar a intervenção e tiveram uma melhora em seus sintomas de CP e

nenhuma diminuição em seu TC6 ou força muscular divergindo com os resultados do estudo

atual que não chegou a avaliar sintomas do CP (TEMEL et al., 2009).

Jones et al. (2007) em um estudo incluindo 18 indivíduos que receberam treinamento

pré-operatório estruturado com cinco sessões de ciclo ergômetro durante 3 semanas

apresentaram no pós-operatório melhora de 2,4 ml/kg/2min de VO2max com um p=0.002 e

de 40m noTC6, p=0,006. Isso soma aos outros trabalhos de que Programa de Reabilitação

Pulmonar (PRP) possa melhorar a capacidade de exercício em pacientes antes da cirurgia

torácica de grande porte, coincidindo com os resultados da pesquisa em pauta.

Força muscular de MMSS, capacidade máxima e submáxima de exercício

O exercício para MMII é o tipo de treinamento aeróbico mais comum e mais usado

nos programas de RP (NICI et al., 2006). Embora o exercício para MMSS seja menos

utilizado, este tipo de treinamento apresenta peculiaridades e resulta em benefícios

importantes para pacientes com doenças respiratórias crônicas. Embora ainda hajam poucos

ensaios clínicos relacionados com treinamento para MMSS em programas de RP, havendo

necessidade de maior embasamento científico (DOURADO, 2011; COSTI et al., 2009).

Ries et al. (1988) concluíram que os pacientes submetidos a um PRP, que inclui o

treinamento de MMSS, diminuíram o grau de dispneia quando comparados com pacientes que

receberam somente programa educacional. No estudo não foi avaliado a dispneia pelo

desempenho do treinamento físico com MMSS, mas a carga máxima conseguida no

treinamento de MMSS foi superior no grupo que realizou RP, o que pode ser atribuído ao

trabalho de grupos musculares que atuam como acessórios da respiração e não somente como

músculos necessários para manter a posição dos membros e postura, o que poderá ter

influenciado também na dispneia embora não tenha sido estudado na pesquisa em discussão.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

74

Spruit et al. (2002), concluíram que treinos de resistência e endurance têm efeitos

semelhantes na força muscular periférica, na capacidade de exercício e saúde relacionados

com qualidade de vida nesses pacientes, corroborando com o nosso estudo, onde foi

observado que os pacientes que realizaram RP melhoraram a força de MMSS, MMII quando

comparados ao grupo que realizou a FR. No entanto, os dois grupos melhoraram no

treinamento de endurance isso nos leva a acreditar que pacientes quando submetidos a

qualquer tipo de atividade, nos quais precisam do deslocamento de sua casa para a instituição,

somente isso já favorece a um ganho na resistência desses pacientes, podendo ter sido a razão

desse feito.

O mesmo pesquisador (SPRUIT et al., 2006) avaliou antes e após um programa de RP

10 pacientes com câncer de pulmão durante 8 semanas. Apesar da falta de mudança na

função pulmonar, todos os pacientes melhoraram significativamente sua capacidade de

exercício medida no TC6 e no incremental de MMII com uso de bicicleta ergométrica

corroborando os resultados com a pesquisa em pauta. (SPRUIT et al., 2006).

Varela et al., em 2006 avaliaram a relação custo-efetividade de um programa de

fisioterapia respiratória em pacientes submetidos à lobectomia. O programa começou na

véspera da cirurgia e continuou até o dia da alta. Consistia de exercício aeróbio em esteira e

bicicleta, tosse e exercícios respiratórios e treinamento com MMSS. Esses autores

encontraram que a prevalência de atelectasias e o tempo médio de permanência hospitalar

diminuíram, sem aumentar o custo do procedimento neste grupo de pacientes, em comparação

com controles históricos (VARELA et al., 2006). O presente estudo tem resultados

semelhantes onde o GA apresentou melhores resultados que o grupo controle.

Em estudo mais recente, Bobbio et al. (2008), demonstrou significativa melhora no

consumo máximo de oxigênio de 12 indivíduos com CP recrutados em um programa RP que

compreendeu 5 sessões por semana, durante 4 semanas, com treinamento supervisionado de

exercícios respiratórios, técnicas de tosse, inspirômetro de incentivo (II) e treinamento

muscular periférico de MMII e MMSS. Concluindo que a RP melhora a capacidade de

exercício, apesar de uma ausência de alterações na relação VEF1/CVF o que coincidiu com os

resultados da presente pesquisa cujo protocolo é semelhante ao do referido pesquisador

(BOBBIO et al., 2008).

Ansiedade e depressão

A escala que avalia ansiedade e depressão (HAD) nas situações de morbidade física

(DOYLE, 1999) validada no Brasil em 2001 (MARCOLINO et al., 2007) foi a usada na

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

75

pesquisa vigente, embora ainda não haja determinação da influência da depressão ou sintomas

depressivos em cirurgia torácica não cardíaca, estudos apontam características peculiares

nestas cirurgias. A maioria dos pacientes é ou foi tabagista e a associação entre tabagismo e

depressão já foi determinada (BROWN et al., 1996). O cirurgião torácico rotineiramente

depara-se com pacientes asmáticos, DPOC e carcinoma brônquico, os quais necessitam de

procedimento cirúrgico e, comumente, esses pacientes trazem consigo o estigma do cigarro

(MOUSSAVI et al., 2007).

Depressão é um sintoma muito comum em DPOC e, é um fator de risco para

readmissão hospitalar por exacerbação da insuficiência respiratória (NG et al., 2007). Estes

fatores coincidem com a pesquisa em discussão, onde os candidatos à ressecção pulmonar por

neoplasia na sua maioria eram DPOC ou pneumopatas crônicos, ex-fumantes e apresentavam

altos índices de depressão e ansiedade na avaliação inicial com melhora após um programa de

exercício pela RP.

No estudo de Adamsen et al. (2003), foram aplicados os questionários SF-36 e HADS

onde concluíram que um programa de exercícios, que combina alta e baixa intensidade de

atividades físicas, pode ser usado para prevenir e/ou pode minimizar a inatividade física,

fadiga, ansiedade e depressão, perda de massa muscular e perda de energia em pacientes com

câncer (ADAMSEN et al., 2003) corroborando com os achados no estudo vigente.

Estudos demonstram, (PEDDLE et al., 2009; SPRUIT et al., 2002; TAKA OKA,

WEINACKER, 2005) consistentemente, que exercícios físicos após o diagnóstico de

câncer trazem um efeito positivo para a qualidade de vida, incluindo bem-estar físico,

funcional, psicológico e emocional. Embora não tenham analisado especificamente a

ansiedade e depressão

Courneya, em 1999, acompanhou pacientes durante um período de 12 semanas a um

ano fazendo uso de bicicleta ergométrica, caminhada ou exercícios de resistência e

demonstrou melhoras significativas em medidas físicas, força muscular e alívio de dores, bem

como nos fatores psicológicos como ânimo, autoestima e satisfação com a vida, corroborando

com o estudo em pauta, muito embora, os resultados positivos aconteceram no período de 4

semanas (COURNEYA, 1999).

Qualidade de vida (QV)

O interesse de avaliar o estado de saúde e de qualidade de vida (QV) das pessoas,

saudáveis ou com algum tipo de doença já existe há algum tempo, mas ultimamente esse

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

76

crescimento na busca de evidências que comprovem o impacto da doença na vida diária e no

bem-estar dos pacientes é um ponto de interesse de muitos pesquisadores.

Um programa de RP foi capaz de melhorar com significância a qualidade de vida de

pacientes candidatos à ressecção pulmonar por neoplasia de pulmão no Coeficiente Físico

Sumarizado (CFS) e aumentou os valores do Coeficiente Mental Sumarizado (CMS) quando

participaram de um PRP. Os pacientes que fizeram FR também se beneficiaram embora sem

valores significantes. Quando comparados os resultados entre o GA e o GB, houve diferença

significante apenas para o CFS demonstrando que o GA superou o GB no aspecto físico.

Embora sem significância percebe-se que a FR foi capaz de melhorar resultados tanto no CFS

como no CMS demonstrando que não somente exercícios aeróbicos, mas também, a

fisioterapia convencional aponta para melhorias na QV tanto no aspecto físico como mental

nessa população.

Stevinson et al. (2004) realizaram uma revisão sistemática da literatura sobre os efeitos

do exercício em pacientes com câncer e concluiram que houveram algumas evidências de que

a função física foi maior entre aqueles que se exercitaram. No entanto, não encontraram

provas suficientes para determinar efeitos sobre outros desfechos, como a QV, com resultados

dificultados pela heterogeneidade entre os estudos, bem como a pobre qualidade

metodológica (STEVINSON; LAWLOR; FOX, 2004).

Outra revisão de estudos sobre a atuação dos exercícios em pacientes com câncer

demonstrou benefícios fisiológicos e psicológicos do exercício, quando realizado durante ou

após o tratamento do câncer levando a uma melhor função física e QV. No entanto, esses

estudos sofreram limitações porque não foram ensaios clínicos aleatorizados e/ou utilizaram

amostras muito pequenas (GALVÃO; NEWTON, 2005).

No entanto, estudos comprovam que pacientes com CP candidatos à ressecção

pulmonar ou redução pulmonar melhoram a qualidade de vida antes do tratamento cirúrgico

quando participam de algum tipo de atividade física melhorando na capacidade funcional e

física (LOSSO; HADDAD, 1998; SAAD; BOTEGA; TORO; 2006; SAAD; BOTEGA;

TORO, 2007; LIMA et al., 2009). Já Franceschini et al., em 2008, encontrou pior pontuação

no grupo de CP para os aspectos emocionais, que avaliam o impacto de aspectos psicológicos

no bem-estar do paciente. A diminuição dos escores de tais aspectos pode ter sido decorrente

do impacto do diagnóstico de neoplasia e do medo da morte corroborando com os resultados

obtidos nesse estudo onde o GA (grupo da reabilitação pulmonar) demonstrou estatísticas

significantes no Coeficiente Sumarizado Físico (CSF) e não significante no Coeficiente

Sumarizado Mental (CSM) do SF36 (FRANCESCHINI et al., 2008).

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

77

É importante que sejam realizados mais estudos com ensaios clínicos desenhados para

demonstrar o efeito dose-resposta de treinamento para essa população.

Marcadores inflamatórios (Fibrinogênio e Albumina)

Uma avaliação pré-operatória meticulosa combinada com um programa de RP foram

capazes de comprovar que pacientes candidatos à ressecção pulmonar por neoplasia de

pulmão baixaram os índices de fibrinogênio e mantiveram os de albumina quando

comparados com pacientes que fizeram Fisioterapia Respiratória (FR). Na comparação

intragrupos com relação ao fibrinogênio, observou-se resultados significantes confirmando a

efetividade do protocolo de RP.

Em coerência com nossos resultados, elevados níveis plasmáticos de fibrinogênio

foram observados em algumas doenças inflamatórias pulmonares (JOUSILAHTI et al., 1999;

ALESSANDRI et al., 1994), isso se deve ao fato, já bastante conhecido, de que esses altos

níveis podem afetar a coagulação, agregação plaquetária, viscosidade do sangue, reologia e

função endotelial (ERNST; RESH, 1993; HEINRICH et al., 1994), além de proporcionar

pequenas tromboses nos capilares pulmonares, isquemia tecidual pulmonar alterada, fazendo

com que pacientes fiquem vulneráveis à inflamação, infecção e especificamente antes de

ressecção pulmonar (HEINRICH et al., 1994; GABAY; KUSHNER, 1999).

Portanto, pode ser que a medição dos níveis de fibrinogênio sérico forneça um método

não invasivo de identificação de inflamação das vias aéreas em curso e destruição do tecido

pulmonar (HEINRICH et al., 1994; GABAY; KUSHNER, 1999).

A redução da função pulmonar está associada com aumento dos níveis de marcadores

inflamatórios sistêmicos (fibrinogênio, proteína C-reativa (PCR), leucócitos, fator de necrose

tumoral alfa (TNF-alfa) e as interleucinas 6 e 8, que podem ter importantes implicações

fisiopatológicas e terapêuticas para pacientes com DPOC (GAN; MAN; SIN, 2004).

Confirmando o que os pesquisadores acima afirmaram, Song et al, em 2006, demonstraram

que o fibrinogênio também está associado com redução da função pulmonar e aumento do

risco de doença pulmonar obstrutiva crônica doença (SONG et al., 2006).

Proteínas plasmáticas, como fibrinogênio pode diminuir a atividade do surfactante em

doenças respiratórias agudas de acordo com o avanço da doença proporcionando a diminuição

de sua função (JACOBSON et al., 1993). Outros estudiosos têm explorado a relação entre o

fibrinogênio e a função pulmonar (DAHL et al., 2001; SIN; MAN, 2003; GAN; MAN; SIN,

2005; MANNINO; FORD; REED, 2003) e concluíram que numa amostra de jovens adultos

com doença pulmonar moderada apresentavam perda significativa da função pulmonar

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

78

aqueles que tinham níveis maiores de fibrinogênio independente do hábito de fumar, atividade

física, raça e sexo. Os autores insistiram em afirmar que a perda da função pulmonar está

relacionada ao aumento do processo inflamatório à semelhança do que ocorre com doenças

cardiovasculares (THYAGARAJAN et al., 2006; GABRIEL et al., 2006).

Em pacientes com câncer de pulmão, vários estudos têm demonstrado coagulação e

distúrbios da fibrinólise (SACK JUNIOR; LEVIN; BELL, 1977; GABAZZA et al., 1993),

além de elevação dos níveis de marcadores hemostáticos como plaquetas, tempo de

protrombina, fibrinogênio, D-dímero e antitrombina III (BUCCHERI et al., 1997; VAN

WERSCH; TJWA, 1991).

Em coerência com os resultados desse trabalho, os pacientes apresentaram doenças

com características inflamatórias, e os achados apontam que, muitos deles, entraram no estudo

com níveis elevados de fibrinogênio.

O tabagismo e a idade também contribuiram para esse feito, já que as elevações do

fibrinogênio estão diretamente relacionadas com o uso do tabaco (ASSANELLI et al., 2002;

SCHUITEMAKER, 2004), e com a faixa etária elevada (NASCETTI et al., 2002;

ASSANELLI et al., 2002), corroborando com a pesquisa onde a maioria dos pacientes eram

fumantes e idosos. Gabriel et al. (2006), no seu estudo, correlacionou a agregação plaquetária

e o fibrinogênio sérico com parâmetros ligados ao risco cardiovascular e comprovou que a

idade avançada, tabagismo e etilismo influenciaram diretamente o fibrinogênio de acordo com

a pesquisa em discussão (GABRIEL et al., 2006).

Estudos epidemiológicos mostram uma associação favorável entre os níveis

plasmáticos de fibrinogênio com o treinamento físico (HANSEN et al., 1994; EL-SAYED,

1996). Algumas pesquisas relatam a redução no fibrinogênio em pacientes (WOSORNU et

al., 1992) e em homens idosos, mas não em jovens quando da realização de alguma atividade

física (SCHUIT et al., 1997).

A maioria dos estudos sobre a influência dos exercícios nessas variáveis sanguíneas é

conduzida em atletas treinados ou submetidos a um programa de treinamento (DUFAUX;

ORDER; LIESEN, 1991; EL-SAYED et al., 2000) e vários estudos populacionais relataram

significativa relação inversa entre a atividade física e o fibrinogênio (FERGUSON et al.,

1987; DE PAZ et al., 1992; PRISCO et al., 1998; GEFFKEN et al., 2001; FORD, 2002;

PITSAVOS et al., 2003) assim como demonstrados os resultados desse estudo, muito embora,

a amostra tenha sido composta por pacientes com neoplasia de pulmão

associado a pneumopatias crônicas e o tipo de atividade física proposta tenha sido um

protocolo estruturado de RP diferenciando dos citados acima.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

79

Comprova-se que os índices de fibrinogênio baixam com a presença de alguma

atividade física e que a RP parece ser uma relação custo-eficácia de intervenção benigna, sem

efeitos adversos devendo ser um elemento essencial e componente de manejo do paciente

antes do transplante de pulmão, Cirurgia Redutora de Volume Pulmonar (CRVP), a ressecção

do pulmão e, potencialmente, qualquer outro procedimento cirúrgico eletivo torácico

(TAKAOKA; WEINACKER, 2005) permitindo o que já se conhece de resultados de um

programa de RP com mais um achado adicional, encontrado nesse trabalho, levando o

paciente a índices baixos de nível plasmático de fibrinogênio.

Quando feita a análise de covariância usou-se como variável dependente o

fibrinogênio, independente o grupo (GA ou GB) e a co-variável a distância percorrida no

TC6, por ter apresentado diferença significante entre os grupos no momento basal do estudo.

Foi observado então que, mesmo após o ajuste feito pela covariável, o GA continuou

exercendo impacto na dosagem sérica do fibrinogênio.

A concentração de albumina prediz o estado nutricional e o risco de complicação pós-

operatória de indivíduos com CP. (BRYAN; MORGAN JUNIOR, 1985) Com relação à

concentração deste marcador nos pacientes da pesquisa, esses entraram no estudo com índices

dentro da normalidade (3,5 e 5,0 g/dl) e nenhum grupo apresentou índices maiores após

intervenções.

Fisiologicamente, os níveis séricos da albumina, segundo Dos Santos et al, em 2004,

diminuem com o avançar da idade chegando a reduzirem em 20% nos indivíduos com idade

acima de 70 anos. Essa afirmação confronta-se com o encontrado no estudo onde mais da

metade dos pacientes apresentaram faixa etária elevada e não apresentaram déficit de

albumina pela idade em ambos os grupos (DOS SANTOS et al., 2004).

Fu e Nair em 1998 investigaram o efeito da idade sobre as taxas de síntese fracionada

(FSR) do fibrinogênio e albumina além das concentrações plasmáticas em 12 seres humanos

jovens (20-30 anos), com idade média (45-60 anos) e idosos (65-79 anos) (FU; NAIR, 1998).

Foi observado um declínio relacionado à idade nas FSR de fibrinogênio (P <0,01), mas em

contraste, as concentrações plasmáticas de fibrinogênio aumentaram com a idade (P <0,002).

Não houve alteração relacionada com a idade na taxa de síntese e as concentrações de

albumina (SCHUITEMAKER, 2004) o que corrobora com o presente estudo.

Estudo realizado com 635 pacientes submetidos à ressecção pulmonar mostrou que, o

sexo masculino, a dosagem do fibrinogênio e a duração da cirurgia apresentaram correlações

significantes sobre o nível sérico pré-operatório do fibrinogênio e a presença de complicações

pulmonares (SONG et al., 2006). Isso fortalece o estudo em pauta, pois sabendo que o

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

80

fibrinogênio é preditor de complicações pulmonares pós-ressecção, a RP surge como

estratégia para diminuir os níveis séricos de fibrinogênio antes da cirurgia, levando a um

marcador inflamatório dentro dos limites normais corroborando com os resultados desse

estudo onde os pacientes que participaram do GA foram para cirurgia com níveis mais baixos

de fibrinogênio e o estudo demonstrou também, que esses pacientes apresentaram CPPO

significativamente menores quando comparados com o GB.

É interessante ressaltar que não foi encontrado na literatura nenhum estudo

relacionando o fibrinogênio com a RP o que torna essa pesquisa pioneira, relevante e

motivadora para novos estudos e abrangência nesse assunto. Os resultados encontrados no

presente estudo poderão estabelecer um ponto de corte no que se refere a relação entre níveis

séricos de fibrinogênio e o exercício físico.

Complicações Pulmonares Pós-operatórias (CPPO)

A segunda fase da pesquisa avaliou o impacto da reabilitação pulmonar (RP) nas

complicações pulmonares pós-operatórias (CPPO) de pacientes com câncer de pulmão (CP)

quando comparados com a fisioterapia respiratória (FR). Os achados apontam para resultados

significantes para o GA na diminuição do tempo de permanência e de dreno torácico assim

como na diminuição das comorbidades de baixa a alta relevância.

Segundo Colice et al., em 2007 e Reeve et al., em 2008 dentre as estratégias pré-

operatórias que buscam diminuir as CPPO, a cessação do tabagismo e a realização de

exercícios respiratórios são as mais utilizadas. Isso fortalece o estudo que apresenta

estratégias fisioterápicas que com seus achados apontaram respostas positivas, especialmente,

no PRP (COLICE et al., 2007; REEVE et al., 2008).

Segundo Lee Jones, diretor científico do Centro de Duque de sobrevivência para o CP

da Duke University School of Medicine, e seus colaboradores afirmaram que níveis de

aptidão física em pacientes com CP é de 30 a 40% abaixo da média de adultos saudáveis, em

muitos casos, relacionados aos efeitos de longo prazo do fumo. Entretanto, a terapia de

exercício pode aumentar estes níveis de aptidão, se for realizada antes ou após a cirurgia

(JONES et al., 2009).

As complicações de maior relevância (insuficiência respiratória aguda (IRA),

pneumonia, ventilação mecânica prolongada, fístula broncopleural, tempo de permanência de

dreno de tórax, empiema pleural) e de menor relevância (traqueobronquite, atelectasia,

broncoespasmo, escape aéreo prolongado) foram as determinadas para esse estudo, segundo

Pereira et al. (2008).

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

81

A incidência de maior ou menor relevância implica em consequências no tempo de

permanência no hospital e em unidades intensivas e a identificação de fatores de risco para

morbi-mortalidade no pós-operatório de cirurgias torácicas podem também implicar

diretamente no tempo e custos de internações (HOLDEN et al., 1992; REILLY, 1999;

SMETANA, 1999; MATSUOKA et al., 2004).

No nosso estudo foi observado que os pacientes submetidos à RP permanecerem

menos dias internados e menos dias com dreno de tórax. Isto fortalece a importância da

reabilitação com treinamento muscular inspiratório no pré-operatório, rotina essa que possa

ser incluída também no protocolo do FR, padrão de muitos hospitais.

Comparando o estudo de Sekine et al., em 2005, com a pesquisa em discussão, a

função pulmonar respondeu bem nas duas pesquisas com melhoras nos dois grupos tanto o

grupo da RP como o controle. Reforça que o VEF1 é capaz de ser preservado tanto na RP

como na FR (SEKINE et al., 2005). No entanto, o tempo de permanência é um importante

indicador onde corroborando, novamente, com o estudo de Sekine et al. (2005) e agora com o

de Benzo et al. (2011) os achados do estudo vigente mostraram que o grupo da RP (grupo A)

também permaneceu por menos tempo no hospital reforçando a presença de exercícios pré-

operatório através da RP e sua importância devendo ser usada como rotina em todos os

serviços.

Como os pacientes com CP sujeitos a uma avaliação para ressecção de pulmão

geralmente são fumantes, muitas vezes eles têm doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

concomitante com função pulmonar diminuída, tornando o risco aumentado para o

desenvolvimento de CPPO (SONG et al., 2006). Portanto, além da avaliação histológica e

estágio do tumor, a avaliação, análise fisiológica e a capacidade de exercício desses pacientes

são importantes para predizer o risco de CPPO, o que foi realizado no presente estudo.

Para pacientes com DPOC a capacidade de exercício é conhecida como um importante

preditor de resultados (CELLI et al., 2004; OGA et al., 2003) e em pacientes com CP

candidatos a ressecção (muitas vezes, com diagnóstico de alguma pneumopatia associada) a

capacidade de prever complicações cardiopulmonares ainda é controversa (BENZO, 2007).

A baixa capacidade de exercício é um fator de risco potencialmente modificável, postula-se

que uma intervenção que melhore esse quadro, como a RP, poderia melhorar o desfecho do

paciente (menos CPPO) como o que aconteceu no trabalho vigente.

Somando com o que se falou acima, o National Emphysema Treatment Trial fortalece

claramente o presente estudo, com seus resultados onde pacientes que realizaram RP a

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

82

capacidade de exercício melhorou suficientemente alterando a categoria de risco de pacientes

candidatos à ressecção (RIES et al., 2005).

Os resultados deste trabalho revelaram que os pacientes com câncer de pulmão

candidatos a ressecção pulmonar e que realizaram RP por 4 semanas no pré-operatório

complicaram menos que os pacientes submetidos à FR. Somente um ensaio clínico (BENZO

et al., 2011) demonstrou redução na morbidade respiratória no pós-operatório de ressecção

pulmonar em pacientes submetidos a RP no pré-operatório. No entanto este estudo realizou

apenas uma semana de RP, sendo dez (10) sessões, duas vezes ao dia, durante cinco (5) dias.

Acredita-se com o tempo de protocolo maior possibilitaria os pacientes a terem uma resposta

melhor.

Segundo Jones et al. (2009) os exercícios deverão ser realizados em períodos curtos

de atividade de intensidade moderada e repetidas vezes ao dia, (3 x ao dia) com duração de

10 a 15 min. O autor enfatiza que os pacientes deverão se exercitar por pelo menos 30 min e

cinco dias por semana, não permitindo cansaço da musculatura e fadiga de extremidades.

(JONES et al., 2009).

Em se tratando de RP, com protocolos curtos e intensivos, o que se recomenda para ter

o efeito desejado, é que o paciente deva fazer pelo menos 20 sessões, no período de 3-4

semanas como a realizada na pesquisa vigente (FUCHS-CLIMENT et al., 1999).

Na revisão sistemática de Granger et al. (2011) a intervenção de exercícios para

pacientes com CPNPC é segura antes e depois do tratamento do câncer e no pré e pós-

operatório e estão associados com benefícios positivos na capacidade do exercíco, nos

sintomas e alguns domínios de qualidade de vida. Porém precisam ser vistos com cautela e

mais pesquisas são necessárias para estabelecer o efeito do exercício durante e após o

tratamento do câncer, na fase avançada da doença e o tipo ideal de treinamento físico.

A RP não acontece somente com uma característica, forma um conjunto de ações

multidisciplinares onde o todo favorece de alguma forma no tratamento pré e pós-operatório

do indivíduo. Isso fortalece a iniciativa de incrementar dentro da RP pacientes com CP e que

pela estruturação e acompanhamento só favoreceria a essa população.

No estudo de Bobbio et al. (2008), os resultados em relação as CPPO não são

estimuladores, 8 dos 12 pacientes submetidos a ressecção apresentaram CPPO: dois

desenvolveram atelectasia que resolveu com fisioterapia. Seis foram submetidos à

broncoscopia, quatro destes foram traqueostomizados devido retenção de muco e

um foi admitido na unidade de terapia intensiva com ventilação mecânica devido à

insuficiência respiratória. Os resultados negativos do referido estudo para CPPO não são

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

83

preocupantes, pois, com uma amostra pequena os resultados probabilísticos se tornam

impossíveis, mas reforça os resultados do trabalho em discussão que com uma amostra bem

maior e um protocolo bem próximo comprovou que pacientes que participaram de um PRP

complicaram menos que o grupo controle e apresentaram melhoras significativas na

capacidade do exercício após RP.

Se a RP é considerado padrão de atendimento e hoje faz parte integrante da gestão dos

pacientes submetidos à cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP) e transplante pulmonar

(PALMER; TAPSON, 1998; TAKAOKA; WEINACHER, 2005), poderá, então se pensar em

incluí-la como padrão em ressecção pulmonar já que qualquer conduta cirúrgica deve ser

precedida de estratégias que promovam diminuição de riscos e complicações pulmonares.

Esse estudo, no entanto, teve suas limitações:

Adesão à pesquisa por parte de alguns cirurgiões, participando somente cinco (5)

cirurgiões o que dificultou o recrutamento de participantes;

Outra importante limitação do estudo foi o número reduzido do tamanho amostral.

Isso se deveu a dificuldade do recrutamento devido ao fato da doença neoplásica exigir uma

agilidade entre o diagnóstico e o tratamento cirúrgico.

Houve uma limitação de MI relacionados ao CP devido a escassez de estudos que

fundamentasse a escolha de outros marcadores. Estudos prévios com fibrinogênio

demonstraram que esse marcador é um bom preditor para complicações pulmonares no pós-

operatório.

A análise das complicações foram limitadas porque o tamanho amostral foi pequeno.

Sabendo que a capacidade de exercício é um preditor de complicações pulmonares em

pacientes com CPNPC é possível, então falar que protocolos de exercícios poderão prevenir

essas complicações. É conhecido, também, que o fibrinogênio, marcador inflamatório, é

preditor de complicações pulmonares (SONG et al., 2006) e sabe-se que o exercício é capaz

de baixar as taxas de fibrinogênio (WANNAMETHEE et al., 2002; GEFFKEN et al., 2001;

CONNELLY; COOPER; MEADE, 1992), então o presente estudo foi importante para

intensificar essas afirmações, pois foi capaz de observar diminuição nas taxas de fibrinogênio

por meio de um protocolo de exercícios através da RP e, consequentemente reduziu as

complicações pulmonares desses pacientes.

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

84

6 CONCLUSÃO

Os pacientes com câncer de pulmão candidatos a ressecção pulmonar e submetidos à

reabilitação pulmonar, quando comparados ao grupo controle (que recebeu fisioterapia

respiratória) melhoraram nas seguintes variáveis:

- capacidade vital forçada, força muscular respiratória e periférica, capacidade

funcional máxima e submáxima de exercício;

- níveis de ansiedade e depressão, assim como o coeficiente físico da variável

qualidade de vida;

- níveis séricos de fibrinogênio, sem, no entanto, alterar os níveis de albumina.

Quanto às complicações pulmonares no pós-operatório, o grupo que realizou

reabilitação pulmonar, em relação ao grupo controle (fisioterapia respiratória), apresentou:

- menor percentual de complicações pulmonares;

- menor número de dias de internação hospitalar;

- menor número de dias de permanência com dreno de tórax.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

85

REFERÊNCIAS

ADAMSEN, L.; MIDTGAARD, J.; RORTH, M.; BORREGAARD, N; ANDERSEN, C;

QUIST, M; MØLLER, T; ZACHO, M.; KNUTSEN, L. Feasibility, physical capacity, and

health benefits of a multidimensional exercise program for cancer patients undergoing

chemotherapy. Support Care Cancer, v.11, n.11, p.707-716, 2003.

ALESSANDRI, C.; BASILI, S.; VIOLI, F; FERRONI, P.; GAZZANIGA, P.P.; CORDOVA,

C. Hypercoagulability state in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thromb.

Haemost., v.72, n.3, p.343-346, 1994.

AMERICAN ASSOCIATION OF CARDIOVASCULAR AND PULMONARY

REHABILITATION (AACVPR). Promovendo a saúde & prevenindo a doença. 3. ed. São

Paulo: Roca, 2007.

AMERICAN COLLEGE OF CHEST PHYSICIANS; AMERICAN ASSOCIATION FOR

CARDIOVASCULAR AND PULMONARY REHABILITATION. Pulmonary

rehabilitation. Joint ACCP/ AACVPR evidence-based guidelines. Chest, v.112, n.50, p.1363-

1396, 1997.

AMERICAN COLLEGE OF PHYSICIANS (ACP). Position paper: preoperative pulmonary

function testing. Ann. Intern. Med., v.112, n.10, p.793-794, 1990.

AMERICAN THORACIC SOCIETY. Pulmonary rehabilitation. Am. J. Respir. Crit. Care

Med., v.159, n.1, p.1666-1682, 1999.

AMERICAN THORACIC SOCIETY DOCUMENTS. American Thoracic Society/European

Respiratory Society Statement on Pulmonary Rehabilitation. Am. J. Respir. Crit. Care

Med., v. 173, n.12, p.1390-1413, 2006.

AMERICAN THORACIC SOCIETY STATEMENT: Guidelines for the six-minute walk test.

Am. J. Respir. Crit. Care Med, v.166, n.1, p.111-117, 2002.

ASSANELLI, D.; FERRARI, R.; IACOVIELLO, L.; DI CASTELNUOVO, A.; GALEAZZI,

G.L.; BOLDINI, A.; ALBERTINI, F.; MACCALLI, P.; BRENTANA, L.; ASCARI, L.

Plasma fibrinogen variability in healthy citizens. Thromb. Res., v.108, n.5-6, p.287-289,

2002.

ASTRAND, P.O.; BERGH, U.; KILBOM, A.A. 33-yr follow-up of peak oxygen uptake and

related variables of former physical education students. J. Apll. Physiol., v.82, p.1844-1852,

1997.

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

86

ATS Guidelines: Pretreatment evaluation of non-small cell lung cancer. Am. J. Respir. Crit.

Care Med., v.56, n.1 p.320-332, 1997.

AZEREDO, C.A.C. Fisioterapia respiratória. Rio de Janeiro: Panamed Suam, 1984.

AZEREDO, C.A.C. Fisioterapia respiratória moderna. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993.

AZEREDO, C.A.C. Fisioterapia respiratória no hospital geral. São Paulo: Manole, 2000.

CASSILETH, B.R.; DENG, G.E.; GOMEZ, J.E.; JOHNSTONE, P.A.; KUMAR, N.;

VICKERS, A.J. Complementary therapies and integrative oncology in lung cancer: ACCP

Evidence-Based Clinical Practice Guidelines. Chest, v.132, p.340S-354S, 2007.

BECKLES, M.A.; SPIRO, S.G.; COLICE, G.L.; RUDD, R.M. The physiologic evaluation of

patients with lung cancer being considered for resectional surgery. Chest, v.123, n.1, p.105S-

114S, 2003.

BELMAN, M.J.; BOTNICK, W.C.; NATHAN, S.D.; CHON, K.H.. Ventilatory load

characteristics during ventilatory muscle training. Am. J. Respir. Crit. Care Med., v. 149, p.

925-929, 1994.

BELMAN, M.J.; SHADMEHR, R. Targeted resistive ventilator muscle training in chronic

obstructive pulmonary disease. J. Appl. Physiol., v. 65, n. 6, p. 2726-35, 1988.

BENZO, R.; FLUME, P.A.; TURNER, D.; TEMPEST, M. Effect of pulmonary rehabilitation

on quality of life in patients with COPD: the use of SF-36 summary scores as outcomes

measures. J. Rehabil. Cardiopulm., v.20, n.4, p.231-234, 2000.

BENZO, R.; KELLEY, G.A.; RECCHI, L.; ALBERT HOFMAN, M.D.; SCIURBA, F.

Complications of lung resection and exercise capacity: a meta-analysis. Respir. Med., v. 101,

n. 8, p. 1790–1797, 2007.

BENZO, R.; WIGLE, D.; NOVOTNY, P.; WETZSTEIN, M; NICHOLS, F.; SHEN, R.K;

CASSIVI, S.; DESCHAMPS, C. Preoperative pulmonary rehabilitation before lung cancer

resection: Results from two randomized studies. Lung Cancer, 2011.

BILLING, J.S.; WELLS, F.C. Delays in the diagnosis and surgical treatment of lung

cancer. Thorax, v.51, n.9, p.903-906, 1996.

BOBBIO, A.; CHETTA, A.; AMPOLLINI, L.; PRIMOMO, G.L.; INTERNULLO, E.;

CARBOGNANI, P.; RUSCA, M.; OLIVIERI, D. Preoperative pulmonary rehabilitation in

patients undergoing lung resection for non-small cell lung cancer. Eur. J. Cardiothorac.

Surg., v. 33, p. 95–98, 2008.

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

87

BOLLIGER, C.T.; KOEGELENBERG, C.F.; KENDAL, R. Preoperative assessment for lung

cancer surgery. Curr. Opin. Pulm. Med., v. 11, n.4, p. 301-6, 2005.

BOLLIGER, C.T.; PERRUCHOUD, A.P. Functional evaluation of the lung ressection

candidate. Eur. Resp. J., v.11, p.198-212, 1998.

BORG, G.A.V. Psychophysical bases of perceived exertion. Med. Sci. Sports, v.14, n.5

p.377-81, 1982.

BRASHER, P.A.; MCCLELLAND KH, DENEHY L, STORY I. Does removal of deep

breathing exercices from a physiotherapy program incluing pre-operative education and early

mobilization after cardiac surgery alter patient outcomes? Aust. J. Physiother., v.499, n.3,

p.165-173, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova

diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial

[da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 out. 1996. Seção 1,

n.201, p. 1082.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de tratamento das coagulopatias hereditárias.

Brasília, DF, 2005. Disponível em:<

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1132_M.pdf >. Acesso em: 30 nov. 2011.

BROWN, D.A.; JEW, K.N.; SPARAGNA, G.C.; MUSCH, T.I.; MOORE, R.L. Exercise

training preserves coronary flow and reduces infarct size after ischemia-reperfusion in rat

heart. J. Appl. Physiol., v.95, n.6, p.2510-8, 2003.

BROWN, D.J.F.; MCMILLAN, D.C.; MILROY, R. The correlation between fatigue, physical

function, the systemic inflammatory response, and psychological distress in patients with

advanced lung cancer. Cancer, v.103, n.2, p.377-382, 2005.

BROWN, R.A.; BROWN, R.A.; LEWINSOHN, P.M.; SEELEY, J.R; WAGNER, E.F.

Cigarette smoking, major depression, and other psychiatric disorders among adolescents. J

Am. Acad. Child Adolesc. Psychiatry, v.3, n.12, p.1602-1610, 1996.

BRUTSCHE, M.H.; SPILIOPOULOS, A.; BOLLIGER, C.T.; LICKER, M.; FREY, J.G.;

TSCHOPP J.M. Exercise capacity and extent of resection as predictors of surgical risk in lung

cancer. Eur. Respir. J., v.15, n.5, p.828-832, 2000.

BRYANT, L. R.; MORGAN JUNIOR, C. V. Parede torácica, pleura, pulmão e mediastino.

In: SCHWARTZ, S. I. (Ed.). Princípios de cirurgia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1985. p.685-689.

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

88

BUCCHERI, G.; FERRIGNO, D.; GINARDI, C.; ZULIANI, C. Haemostatic abnormalities in

lung cancer: prognostic implications. Eur. J. Cancer, v. 33, n.1, p.50-5, 1997.

CAMPOS, H.S. Doença pulmonar obstrutiva crônica: mais do que apenas uma doença

pulmonar. Bol. Pneumol. Sanit., v.14, n.1, p.27-32, 2006.

CANCER Talks. Câncer de doenças pulmonares. 2000 – 2011. Disponível em:

<http://cancertalks.org/cancer-de-pulmao/9379/cancer-de-doencas-pulmonares>. Acesso em:

26 mar. 2011.

CAPELOZZI, V.L. Anatomia patológica do CP. In: ZAMBONI, M. Câncer de pulmão. São

Paulo: Atheneu, 2005. cap. 4.

CASSILETH, B.R.; DENG, G.E.; GOMEZ, J.E.; JOHNSTONE, P.A.; KUMAR, N.;

VICKERS, A.J. Complementary therapies and integrative oncology in lung cancer: ACCP

evidence-based clinical practice guidelines. Chest, v.132, p.340S–354S, 2007.

CASTELL, J.V.; GÓMEZ-LECHÓN, M.J.; DAVID, M.; ANDUS, T.; GEIGER, T.;

TRULLENQUE, R.; FABRA, R.; HEINRICH, P.C. Interleukin-6 is the major regulator of

acute phase protein synthesis in adult human hepatocytes. FEBS Lett., v.242, n.2, p.237-

239,1989.

CASTRO, R.B.; VIANNA, L.M. Mecanismo que explicam o efeito da atividade física na

prevenção de acidente vascular encefálico. Fisioter. Bras., v.5, n.3, p.221-223, 2004.

CELLI, R.B.; COTE, C.G.; MARIN, J.M.; CASANOVA, C.; MONTES DE OCA, M.;

MENDEZ, R.A.; PLATA, V.P.; CABRAL, H.J. The body-mass índex, airflow obstruction,

dyspnea, and exercise capacity índex in chronic obstructive pulmonary disase. N. Engl. J.

Med., v. 350, n. 10, p. 1005-12, 2004.

CERTO, C. Chest physical therapy. In: HODGKIN, J.; CONNORS, G.L.; BELL, C.W. (Ed.).

Pulmonary rehabilitation: guidelines to success. 2. ed. Philadelphia: Lippincott Company,

1993. p. 232-233.

CESARIO, A.; FERRI, L.; GALETTA, D.; CARDACI, V.; BISCIONE, G.; PASQUA, F.;

PIRAINO, A.; BONASSI, S; RUSSO, P.; STERZI, S.; MARGARITORA, S.; GRANONE, P.

Pre-operative pulmonary rehabilitation and surgery for lung cancer. Lung Cancer, v.57, n.1

p.118-119, 2007.

CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, W. Tradução para a língua portuguesa e

validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36. Rev Bras

Reumatol, v.39, n.3, p.143-50, 1998.

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

89

CIESLA, N.D. Chest physical therapy for patients in the intensive care unit. Phys. Ther.,

v.76, n.6, p.609-625,1996.

COLICE, G.L.; SHAFAZAND, S.; GRIFFIN, J.P.; KEENAN, R.; BOLLIGER, C.T.

Physiologic evaluation of the patient with lung cancer being considered for resectional

surgery: ACCP evidence-based clinical practice guidelines (2nd Edition). Chest, v.132, n.3,

p. 161-77, 2007.

CONNELLY, J.B.; COOPER, J.A.; MEADE, T.W. Strenuous exercise, plasma

fibrinogen and factor VII activity. Br. Heart J., v. 67, n.5, p. 351–354, 1992.

CONSENSO BRASILEIRO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

(DPOC), I. J. Bras. Pneumol., v.26, p. S1-S52, 2000.

CONSENSO BRASILEIRO SOBRE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA –

DPOC, II – 2004. J. Bras. Pneumol., v.30, Supl 5, 2004.

COSTA, D. Manobras manuais da fisioterapia respiratória. Fisioterapia em Movimento, v.4,

p.11-25, 1991.

COSTI, S.; DI BARI, M.; PILLASTRINI, P.; D'AMICO, R.; CRISAFULLI, E.; ARLETTI,

C.; FABBRI, L.M.; CLINI, E.M. Short-term efficacy of upper-extremity exercise training in

patients with chornic airway obstruction: a systematic review. Phys. Ther., v.89, n.5, p.443-

455, 2009.

COURNEYA, K.S. Quality of life and psychological and emotional state of a patient with

cancer. Ann. Behav. Med., 1999.

COURNEYA, K.S.; KEATS, M.R.; TURNER, A.R. Physical exercise and quality of life in

cancer patients following high dose chemotherapy and autologous bone marrow

transplantation. Psychooncology, v.9, n.2, p.127-136, 2000.

CRAMP, F.; DANIEL, J. Exercise for the management of cancer-related fatigue in adults.

Cochrane Database Syst. Rev., n.2, p.CD006145, 2008.

CUELLO, A.F.; MASCIANTONIO, L.; CUELLO, G.A. Entrenamiento muscular com

patrones musculares respiratórios em diferentes patologias y distribución regional de

ventilación. Med. Intensive, v.5, p.68-77, 1988.

CUELLO, A.F.; MUHR, E.; DIAZ, M.R.; MASCIANTONIO, L.; LUQUE, L.; CUELLO,

G.A. Técnicas para incrementar la función muscular respiratória. Kinesiologia Científica, v.

1, p.21-29, 1986.

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

90

CUELLO, G. A.; MASCIANTONIO, L.; CUELLO, A.F. Patrones respiratórios em distintas

afecciones. Corde, v.3, p.48-60,1982.

DAHL, M.; TYBJAERG-HANSEN, A.; VESTBO, J.; LANGE, P.; NORDESTGAARD, B.G.

Elevated plasma fibrinogen associated with reduced pulmonary function and increased risk of

chronic obstructive pulmonary disease. Am. J. Respir. Crit. Care Med., v. 164, n.6, p.1008–

1011, 2001.

DAHL, M.; VESTBO, J.; LANGE, P.; BOJESEN, S.E.; TYBJAERG-HANSEN, A.;

NORDESTGAARD, B.G. C-reactive protein as a predictor of prognosis in chronic

obstructive pulmonary disease. Am. J. Respir. Crit. Care Med., v.175, n.3, p.250-255, 2007.

DANESH, J.; COLLINS, R.; APPLEBY, P.; PETO, R. Association of fibrinogen, C-reactive

protein, albumin, or leukocyte count with coronary heart disease: meta-analyses of

prospective studies. JAMA, v.279, n.18, p.1477–1482, 1998.

DATASUS. Ministério da Saúde. Departamento de Informação e Informática do SUS.

Sistema de informação sobre mortalidade 2006 – 2007: dados de declaração de óbito.

Brasília, 2009. Disponível em: <www.datasus.gov.br>. Acesso em: 13 fev. 2011.

DATTA, D.; LAHIRI, B. Preoperative evaluation of patients undergoing lung resection

surgery. Chest, v.123, n.6, p.2096-2103, 2003.

DE CICCO, M. The prothrombotic state in cancer: pathogenic mechanisms. Crit. Rev.

Oncol. Hematol., v.50, n.3, p.187-96, jun. 2004.

DE MAAT, M.P.; PIETERSMA, A.; KOFFLARD, M.; SLUITER, W.; KLUFT, C.

Association of plasma fibrinogen levels with coronary artery disease, smoking and

inflammatory markers. Atherosclerosis, v.121, n.2, p.185-91, 1996.

DELBIN, M.A.; MORAES, C.; CAMARGO, E.; MUSSI, R.K.; ANTUNES, E.; DE NUCCI,

G.; ZANESCO, A. INFLUENCE of physical preconditioning on the responsiveness of rat

pulmonary artery after pulmonary ischemia/reperfusion. Comp. Biochem. Physiol. A Mol.

Integr. Physiol., v. 147, n.3, p.793-798, 2007.

DELBIN, M.A.; DAVEL, A.P.; BAU, F.R.; PRIVIERO, F.B.M.; ROSSONI, L.V.;

ANTUNES, E. Reduction in vascular oxidative stress and improvement of NO/cGMP

pathway in trained rats after lung ischemia/reperfusion. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE

BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 17., 2009, Belo Horizonte. Hipertensão, v.12, supl. 1,

n.8, 2009.

DELBIN, M.A.; ANTUNES, E.; ZANESCO, A. Papel do exercício físico na

isquemia/reperfusão pulmonar e resposta inflamatória. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc., v.24,

n.4, p.552-556, 2009.

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

91

DENOIX, P. F. Enquete permanent dans lês centres anti-cancereux. Bull. Inst. Nat. Hyg.,

v.1, p.70-75, 1946.

DE PAZ, J.A.; LASIERRA, J.; VILLA, J.G.; VILADÉS, E.; MARTÍN-NUÑO, M.A.;

GONZÁLEZ-GALLEGO, J. Changes in the fibrinolytic system associated with physical

conditioning. Eur. J. Appl. Physiol. Occup. Physiol., v.65, n.5, p.388-393,1992.

DETTERBECK, F.C.; RIVERA, M.B.; SOCINSK, M.; ROSENMAN, J.G. Diagnosis and

treatment of lung cancer: an evidence-based guide for the practicing clinician. N. Engl. J.

Med., v.344, n.22, p.1723-2174, 2001.

DIMEO, F.C.; STIEGLITZ, R.D.; NOVELLI-FISCHER, U.; FETSCHER, S.; KEUL, J.

Effects of physical activity on the fatigue and psychologic status of cancer patients during

chemotherapy. Cancer, v. 85, n.10, p. 2273-7, 1999.

DON, B.R.; KAYSEN, G. Serum albumin: relationship to inflammation and nutrition. Semin.

Dial., v.17, n.6, p.432–437, 2004.

DOS SANTOS, N.S.J.; DRAIBE, S.A.; KAMIMURA, M.A.; CUPPARI, L. Albumina sérica

como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. Rev. Nutr., v.17, n.3, p.339-49,

2004.

DOURADO, V.Z. Exercício físico aplicado à reabilitação pulmonar-princípios

fisiológicos, prescrição e avaliação dos resultados. Rio de Janeiro: Revinter, 2011.

DOYLE, R.L. Assessing and modifying the risk of postoperative pulmonary

complications. Chest, v.115, p.77S-81S, 1999.

DUFAUX, B.; ORDER U.; LIESEN, H. Effect of a short maximal physical exercise on

coagulation, fibrinolysis, and complement system. Int. J. Sports Med., Suppl. 1, p.S38-42,

1991.

ELIASSON, M.; ASPLUND, K.; EVRIN, P.E.; LUNDBLAD, D. Relationship of cigarette

smoking and snuff dipping to plasma fibrinogen, fibrinolytic variables and serum insulin. The

Northern Sweden MONICA Study. Atherosclerosis, v.113, n.1, p.41-53, 1995.

EL-SAYED, M.S. Effects of high and low intensity aerobic conditioning programs on blood

fibrinolysis and lipid profile. Blood Coagul. Fibrinolysis, v.7, n.4, p.484-90, 1996.

EL-SAYED, M.S.; SALE, C.; JONES, P.G.; CHESTER, M. Blood hemostasis in exercise and

training. Med. Sci. Sports Exerc., v.32, n.5, p.918-925, 2000.

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

92

ENRIGHT, P.L.; ENRIGHT, P.L.; WARD, B.J.; TRACY, R.P.; LASSER, E.C. Asthma and

its association with cardiovascular disease in the elderly. The Cardiovascular Health Study

Research Group. J. Asthma, v.33, n.1, p.45-53, 1996.

EPSTEIN, S.K.; FALING, L.J.; DALY, B.D.; CELLI, B.R. Predicting complications after

pulmonary resection – preoperative exercise testing vs a multifactorial cardiopulmonary risk

index. Chest, v.104, n.3, p.694-700, 1993.

EPSTEIN, S.K.; FALING, L.J.; DALY, B.D.; CELLI, B.R Inability to perform bicycle

ergometry predicts increased morbidity and mortality after lung resection. Chest, v.107, n.2,

p.311-316, 1995.

ERNST, E.; RESH, K.L. Fibrinogen as a cardiovascular risk factor: a meta-analysis and

review of the literature. Ann. Intern. Med., v. 118, n.2, p. 956–963, 1993.

FARESIN, S. M. Avaliação pré-operatória pulmonar. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.

FELTRIM, M.I.Z. Análise de configuração tóraco-abdominal e do volume corrente

durante a realização de exercícios respiratórios em indivíduos sadios. Dissertação

(Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 1999.

FERREIRA, A.L.A.; MATSUBARA, L.S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas,

sistema de defesa e estresse oxidativo. Rev. Assoc. Med. Bras., v.43, n.1, p.61-68, 1997.

FERRI, L.; CESÁRIO, A.; MARGARITORA, S.; GRANONE, P.. Pulmonary rehabilitation

in patients undergoing resection for non-small cell lung cancer. A preoperative and

postoperative added value. Eur. J. Cardiothorac. Surg., v.33, p.754-758, 2008.

FERGUSON, E.W.; BERNIER, L.L.; BANTA, G.R. Effects of exercise and conditioning on

clotting and fibrinolytic activity in men. J. Appl. Physiol., v.62, n.4, p.1416-1421, 1987.

FISHMAN, A.P. (Ed.). Pulmonary rehabilitation: lung biology in health and disease. New

York: Marcel Dekker, 1996.

FRANCESCHINI, J.; SANTOS, A.A.; EL MOUALLEM, I.; JAMNIK, S.; UEHARA, C.;

FERNANDES, A.L.G. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com câncer de pulmão

através da aplicação do questionário Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health

Survey. J. Bras. Pneumol., v.34, n.6, p.387-393, 2008.

FORD, E.S. Does exercise reduce inflammation? Physical activity and C-reactive protein

among US adults. Epidemiology, v.13, n.5, p.561-568, 2002.

FOSTER, S.; THOMAS, H.M. Pulmonary rehabilitation in lung disease other than chronic

obstructive pulmonary disease. Am. Rev. Respir. Dis., v.141, n.3, p.601-604, 1990.

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

93

FROWNFELTER, D.L. Chest physical therapy and pulmonar rehabilitation. Chicago:

Year Book Medical Publishers Inc, 1978.

FU, A.; NAIR, K.S. Age effect on fibrinogen and albumin synthesis in humans. Am. J.

Physiol. Endocrinol. Metab., v.275, n.6, p. 1023-1030, 1998.

FUCHS-CLIMENT, D.; LE GALLAIS, D.; VARRAY, A.; DESPLAN, J.; CADOPI, M.;

PRÉFAUT C. Quality of life and exercise tolerance in chronic obstructive pulmonary disease:

effects of a short and intensive inpatient rehabilitation program. Am. J. Phys. Med. Rehabil.,

v.78, n.4, p.330-335, 1999.

GABAY C.; KUSHNER, I. Acute-phase proteins and other systemic responses to

inflammation. N. Engl. J. Med., v.340, n.6 p.448-454, 1999.

GABAZZA, E.C.; TAGUCHI, O.; YAMAKAMI, T.; MACHISHI, M.; IBATA, H.; SUZUKI,

S. Evaluating prethrombotic state in lung cancer using molecular markers. Chest, v. 103, n.1,

p.196-200, 1993.

GABRIEL, S.A.; TRISTÃO, C.K.; IZAR, L.C.; DOMINGUES, C.; GABRIEL, E.A.;

CLIQUET, M.G. Evaluation of platelet aggregation and level of fibrinogen in patients with

cardiovascular diseases and the correlation of taking aspirin with coronary risk factors. Braz.

J. Cardiovasc. Surg., v.21, n.3, p.289-294, 2006.

GALVAO, D.A.; NEWTON, R.U. Review of exercise intervention studies in cancer patients.

J. Clin. Oncol., v.23, n.4, p.899-909, 2005.

GAN, W.Q.; MAN, S.; SIN, D. Association between chronic obstructive pulmonary disease

and systemic inflammation: a systematic review and a metaanalysis. Thorax, v.59, n.7, p.

574-80, 2004.

GAN, W.Q.; MAN, S.; SIN, D. The interactions between cigarette smoking and reduced lung

function on systemic inflammation. Chest, v.127, p.558-564, 2005.

GANZ, P.A.; LEE, J.J.; SIAU, J. Quality of life assessment. An independent prognostic

variable for survival in lung cancer. Cancer, v.67, n.12, p.3131-3135, 1991.

GARCIA-RIO.; MIRAVITLLES, M.; SORIANO, J.B.; MUÑOZ, L.; DURAN-TAULERIA,

E.; SÁNCHEZ, G.; SOBRADILLO, V.; ANCOCHEA J. Systemic inflammation in chronic

obstructive pulmonary disease: a population-based study. Respir. Res., v.25, p.11-63, 2010.

GASKEL D.V.; Webber, B.A. Fisioterapia respiratória: guia do Brompton Hospital. 4. ed.

Rio de Janeiro: Colina, 1984.

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

94

GEFFKEN, D.F.; CUSHMAN, M.; BURKE, G.L.; POLAK, J.F.; SAKKINEN, P.A.;

TRACY, R.P. Association between physical activity and markers of inflammation in a healthy

elderly population. Am. J. Epidemiol., v. 153, n.3., p. 242–250, 2001.

GIELISSEN, M.F.; VERHAGEN, S.; WITJES, F.; BLEIJENBERG, G. Effects of cognitive

behavior therapy in severely fatigued disease-free cancer patients compared with patients

waiting for cognitive behavior therapy: a randomized controlled trial. J. Clin. Oncol., v.24,

n.30, p.4882-4887, 2006.

GIVEN, C.; GIVEN, B.; RAHBAR, M.; JEON, S.; MCCORKLE, R.; CIMPRICH, B.;

GALECKI, A.; KOZACHIK, S.; BRADY, A.; FISHER-MALLOY, M.J.; COURTNEY, K.;

BOWIE, E. Effect of a cognitive behavioral intervention on reducing symptom severity

during chemotherapy. J. Clin. Oncol., v.22, n.3, p.507-516, 2004.

GLOBAL INITIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE (GOLD)

Guideline: Global Strategy for the Diagnosis, management and Prevention of Chronic

Obstructive Pulmonary Disease. Disponível em: <www.goldcopd.com>. Acesso em: 12 July

2011.

GODOY, I. Programa de cessação de tabagismo como ferramenta para o diagnóstico precoce

de doença pulmonar obstrutiva crónica. J. Bras. Pneumol., v. 33, n.3, p.282-286, 2007.

GOLDSTRAW, P. Staging manual in thoracic oncology. Orange Park, FL: Rx Press, 2009.

GOLDSTEIN, R.S.; GORT, E.H.; STUBBING, D.; AVENDANO, M.A.; GUYATT, G.H.

Randomized controlled trial of respiratory rehabilitation. Lancet, v.344, n.8934, p.1394-1397,

1994.

GONÇALVES, J. F. Câncer de pulmão: anatomia topográfica x plano de tratamento. In:

SEMINÁRIO EM RADIOTERAPIA, 1., 2001, Angra dos Reis, RJ. Anais...Rio de Janeiro:

INCA, 2001. cap. 4. p. 157-166.

GRANGER, C.L.; MCDONALD, C.F.; BERNEY, S.; CHAO, C.; DENEHY, L. Exercise

intervention to improve exercise capacity and health related quality of life for patients with

Non-small cell lung cancer: A systematic review. Lung Cancer, v.72, n.2, p. 139-153, 2011.

GUNNELL, D.; WHITLEY, E.; UPTON, M.; WATT, G. Associations of height, leg length,

and lung function with cardiovascular risk factors in the Midspan Family Study. J.

Epidemiol. Commun. Health, v.57, n.2, p.141-146, 2003.

HANDY JUNIOR, J.R.; ASAPH, J.W.; SKOKAN, L.; REED, C.E.; KOH, S.; BROOKS, G.;

DOUVILLE, E.C.; TSEN, A.C.; OTT, G.Y.; SILVESTRI, G.A. What happens to patients

undergoing lung cancer surgery? Outcomes and quality of life before and after surgery.

Chest, v.122, n.1, p.21-30, 2002.

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

95

HANSEN, J.B.; SVENSSON, B.; ZHANG, C.L.; LYNGMO, V.; NORDØY, A. Basal plasma

concentration of tissue plasminogen activator (t-PA) and the adaption to strenuous exercise in

familial hypercholesterolaemia (FH). Blood Coagul. Fibrinolysis, v.5, n.5, p.781-787, 1994.

HARVER, A.; MAHLER, D.A.; DAUBENSPECK, J.A. Targeted inspiratory muscle training

improves respiratory muscle function and reduces dyspnea in patients with chronic

obstructive pulmonary disease. Ann. Intern. Med., v. 111, n.2, p. 117-124, 1989.

HARVIE, M.N.; HOWELL, A.; THATCHER, N.; BAILDAM, A.; CAMPBELL, I. Energy

balance in patients with advanced NSCLC, metastatic melanoma and metastatic breast cancer

receiving chemotherapy - a longitudinal study. Br. J. Cancer, v.92, n.4, p.673-680, 2005.

HEINRICH, J.; BALLEISEN, L.; SCHULTE, H.; ASSMANN, G.; VAN DE LOO, J.

Fibrinogen and factor VII in the prediction of coronary risk. Results from the PROCAM study

in healthy men. Arterioscler. Thromb., v.14, n.1, p. 54-59, 1994.

HOLDEN, D.A.; RICE, T.W.; STELMACH, K.; MEEKER, D.P. Exercise testing, 6 minute

walk, and stair climb in the evaluation of patients at high risk for pulmonary resection. Chest,

v.102, n.6, p.1774-1779, 1992.

HODGKIN, J. E. Benefits and the future of pulmonary rehabilitation. In: HODGKIN, J.E.;

CELLI, B.R.; CONNORS, G.L. Pulmonary rehabilitation: Guidelines to success. 3rd ed.

Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2000.

HOLE, D.J.; WATT, G.C.; DAVEY-SMITH, G.; HART, C.L.; GILLIS, C.R.;

HAWTHORNE, V.M. Impaired lung function and mortality risk in men and women: findings

from the Renfrew and Paisley prospective population study. BMJ, v.313, n.7059, p.711-715,

1996.

INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER – IARC. Monographs on

the evaluation of carcinoenic risk to humans: Tobacco smoking. Lyon 1986. v 38.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativas 2008: incidência de câncer no

Brasil. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:

http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/estimativa20091201.pdf

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativa 2010. Incidência de câncer no

Brasil. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:

<http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/estimativa20091201.pdf> Acesso em: 13 fev. 2011.

JACKSON, C.V. Preoperative pulmonary evaluation. Arch. Intern. Med., v.148, n.10, p.

2120-2127, 1988.

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

96

JACOBSON, W.; PARK, G.R.; SAICH, T.; HOLCROFT, J. Surfactant and adult respiratory

distress syndrome. Br. J. Anaesth., v.70, n.5, p. 522-526, 1993.

JAMNIK, S.; UEHARA, C.; SILVA, V.V. Localização do carcinoma pulmonar em relação ao

vício tabágico e ao sexo. J. Bras. Pneumol., v. 32, n. 6, p.510-14, 2006.

JARDIM, J. R.; MAYER, A. F.; CAVALHEIRO, L.; VELLOSO, M. Reabilitação Pulmonar.

In: TARANTINO, A. B. Doenças pulmonares. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2002. cap. 24. p. 524-533.

JETT, J.R.; SCOTT, W. J.; RIVERA, M.P.; SASE, W. T. Guidelines on treatment of stage

IIIB non-small cell lung cancer. Chest, v.75, n.1, p.1107-1112, 2003.

JONES, L.W.; EVES, N.D.; PEDDLE, C.J.; COURNEYA, K.S.; HAYKOWSKY, M.;

KUMAR, V.; WINTON, T.W.; REIMAN, T. Effects of presurgical exercise training on

systemic inflammatory markers among patients with malignant lung lesions. Appl. Physiol.

Nutr. Metab., v.34, n.2, p.197-202, 2009.

JONES, L.W.; EVES, N.D.; WANER, E.; JOY, A.A. Exercise therapy across the lung cancer

continuum. Curr. Rep. Oncol., v.11, n.4, p.255-62, 2009.

JONES, L.W.; PEDDLE, C.J.; EVES, N.D.; HAYKOWSKY, M.J.; COURNEYA, K.S.;

MACKEY, J.R.; JOY, A.A.; KUMAR, V.; WINTON, T.W.; REIMAN, T. Effects of

presurgical exercise training on cardiorespiratory fitness among patients undergoing thoracic

surgery for malignant lung lesions. Cancer, v.110, n.3, p. 590-8, 2007.

JORGE FILHO, I.; BASILE FILHO, A.; MADUREIRA FILHO, D. Avaliação nutricional.

In: JORGE FILHO, I.; ANDRADE, J. I. de; ZILIOTTO JUNIOR, A. (Ed.). Cirurgia geral:

pré e pós-operatório. São Paulo: Atheneu, 1995. p.28-29.

JORGE FILHO, I.; ANDRADE, J. I. DE; ZILIOTTO JUNIOR, A. (Ed.). Cirurgia geral: pré

e pós operatório. São Paulo: Atheneu, 1995.

JOUSILAHTI, P.; SALOMAA, V.; RASI, V.; VAHTERA, E. Symptoms of chronic

bronchitis, haemostatic factors, and coronary heart disease risk. Atherosclerosis, v.142, n.2,

p.403-407,1999.

JOUSILAHTI, P.; SALOMAA, V.; HAKALA, K.; RASI, V.; VAHTERA, E.; PALOSUO, T.

The association of sensitive systemic inflammation markers with bronchial asthma. Ann.

Allergy Asthma Immunol., v.89, n.4, p.381-385, 2002.

KABAT, H.M.D. Facilitação neuromuscular kabat proprioceptiva: modelos e técnicas.

Vallejo, Califórnia, 1959.

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

97

KANNEL, W.B.; WOLF, P.A.; CASTELLI, W.P.; D'AGOSTINO, R.B. Fibrinogen and risk

of cardiovascular disease. The framingham Study. JAMA, v.258, n.9, p.1183-1186, 1987.

KARLSSON, M.; TERNSTRÖM, L.; HYLLNER, M.; BAGHAEI, F.; FLINCK, A.;

SKRTIC, S.; JEPPSSON A. Prophylactic fibrinogen infusion reduces bleeding after coronary

artery bypass surgery. A prospective randomized pilot study. Thromb. Haemost., v.102,

p.137-144, 2009.

KAWAMURA, T. Avaliação da capacidade física e teste ergométrico. Rev. Soc. Cardiol.

Estado de São Paulo, v.11, n.3, p.659-672, 2001.

KEARNEY, D.J.; LEE, T.H.; REILLY, J.J.; DeCAMP, M.M.; SUGARBAKER, D.J.

Assesment of operative risk in patients undergoing lung resection. Importance of predictive

pulmonary function. Chest, v.105, n.3, p.753-759, 1994.

KHURI, S.F.; DALEY, J.; HENDERSON, W.; BARBOUR, G.; LOWRY, P.; IRVIN, G.;

GIBBS, J.; GROVER, F.; HAMMERMEISTER, K.; STREMPLE, J.F. The national veterans

administration surgical risk study: risk adjustment for the comparative assessment of the

quality of surgical care. J. Am. Coll. Surg., v.180, n.5, p.519-531, 1995.

LAB TESTS ONLINE. 2011. Disponível em: <www.labtestsonline.org/

understanding/analytes/fibrinogen/test.html>. Acesso em: 22 June 2011.

LACASSE, Y.; WONG, E.; GUYATT, G.H.; KING, D.; COOK, D.J.; GOLDSTEIN, R.S.

Meta-analysis of respiratory rehabilitation in chronic obstructive pulmonary disease. Lancet,

v.348, n.9035, p.1115-1119, 1996.

LAIZO, A. Doença pulmonar obstrutiva crónica: uma revisão. Rev. Port. Pneumol., v.15,

n.6, p.1157-1166, 2009.

LANÇA, M. A. Câncer de pulmão, 2010. Disponível em:

<www.abcdasaude.com.br/artigozinho?64>. Acesso em: 18 mar. 2011.

LANDRENEAU RJ, MACK MJ, DOWLING RD, LUKETICH JD, KEENAN RJ, FERSON

PF et al. The role of thoracoscopy in lung cancer management. Chest, v.113, n. 1 suppl., p.

6S-12S, 1998.

LANGENDIJK, J.A.; AARONSON, N.K.; de JONG, J.M.; ten VELDE, G.P.; MULLER,

M.J.; LAMERS, R.J.; SLOTMAN, B.J.; WOUTERS, E.F. Prospective study on quality of life

before and after radical radiotherapy in non-small-cell lung cancer. J. Clin. Oncol., v.19, n.8,

p.2123-2133, 2001.

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

98

LAREAU, S.C.; INSEL, K.C. Education of patient and family. In: HOFGKIM, J. E.; CELLI

B.R.; CONNORS, G.L. Pulmonary rehabilitation: guidelines to success. 3. ed. Philadelphia:

Lippincott Williams & Wilkins, 2000. p.72-85.

LATIMER, R.G.; DICKMAN, M.; DAY, W.C.; GUNN, M.L.; SCHMIDT, C.D. Ventilatory

patterns and pulmonary complications after abdominal surgery determined by preoperative

and postoperative computerized spirometry and blood gas analysis. Am. J. Surg., v.122, n.5,

p.622- 632, 1971.

LEGUISAMO, C.P; KALIL, R.A.K.; FURLANI, A.P. A efetividade de uma proposta

fisioterapêutica pré-operatória para cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev. Bras.

Cir. Cardiovasc., v.20, n.2, p. 134-141, 2005.

LIMA, L. N. T.; SILVA, R.A.; GROSS, J.L.; DEHEINZELIN, D.; NEGRI, E.M. Avaliação

da função pulmonar e da qualidade de vida em pacientes submetidos à ressecção pulmonar

por neoplasia J. Bras. Pneumol., v.35, n.6, p.521-528, 2009.

LOPEZ, A.E.; DE NICOLAS J.L.M.; LOPEZ M.C.; DE POCH, E.M, FERNANDEZ, C.M.

Delays in the diagnosis and surgical treatment of bronchogenic carcinoma. Cooperative

Group on Bronchogenic Carcinoma of SEPAR (GCCB-S). Arch. Bronconeumol., v.34, n.3,

p.123-126, 1998.

LOSSO, L.C.; HADDAD, R. Redução de volume pulmonar - Uma alternativa cirúrgica para o

tratamento do enfisema pulmonar difuso grave? Rev. Assoc. Med. Bras., v.44, n.3, p.246-

252, 1998.

LOTTERS, F., VAN, T.B. Effects of controlled inspiratory muscle training in patients with

COPD: a meta-analysis. Eur. Respir. J., v.20, n.3, p.570-576, 2002.

LOWE, G.D. Fibrinogen and cardiovascular disease: historical introduction. Eur. Heart

J., v.16, n.11, Suppl. A, p.2S-5S, 1995.

MAHLER, D.A. Pulmonary rehabilitation. Chest, v.113, n.1, p.263-68, 1998.

MALCON, M.C.; MENEZES, A.M.B.; MAIA, M.F.S.; CHATKIN, M.; VICTORA, C.G.

Prevalência e fatores de risco para tabagismo em adolescentes na América do Sul: uma

revisão sistemática da literatura. Rev. Panam. Salud Publica, v.13, n.4, p.222-8, 2003.

MAN, S.F.; CONNET, J.E.; ANTHONISEN, N.R.; WISE, R.A.; TASHKIN, D.P.; SIN, D.D.

C-reactive protein and mortality in mild to moderate chronic obstructive pulmonary disease.

Thorax, v.61, n.10, p.849-853, 2006.

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

99

MANNINO, D.M.; FORD, E.S.; REDD, S.C. Obstructive and restrictive lung disease and

markers of inflammation: data from the Third National Health and Nutrition Examination.

Am. J. Med., v.114, n.9, p.758-762, 2003.

MANSFIELD, M.W.; HEYWOOD, D.M.; GRANT, P.J. Circulating levels of factor VII,

fibrinogen, and von Willebrand factor and features of insulin resistance in first-degree

relatives of patients with NIDDM. Circulation, v.94, n.9, p.2171-2176, 1996.

MARCOLINO, J.A.M.; MATHIAS, L.A.S.; TELLES, P.C.; Piccinini Filho, L.;

GUARATINI, A.A.; SUZUKI, F.M.; ALLI, L.A.C. Escala hospitalar de ansiedade e

depressão: Estudo da validade de critério e da confiabilidade com pacientes no pré-operatório.

Rev. Bras. Anestesiol., v.57, n.1, p.52-62, 2007.

MARINHO, F.C.A.; TAKAGAKI, T.Y. Hipercoagulabilidade e câncer de pulmão. J. Bras.

Pneumol., v.34, n.5, p.312-22, 2008.

MARTIN, L.F.; ASHER, E.F.; CASEY, J.M.; DONALD, E.F. Postoperative pneumonia.

Determinants of Mortality Arch. Sung., v.119, n.4, p.379-383, 1984.

MATSUOKA, H.; NISHIO, W.; SAKAMOTO, T.; HARADA, H.; TSUBOTA, N. Prediction

of morbidity after lung resection with risk factors using treadmill exercise test. Eur. J.

Cardiothorac. Surg., v. 26, n.3, p. 480-2, 2004.

MCARDLE, W.; KATCH, F.; KATCH, V. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e

desempenho humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

MCARDLE, W.D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. I. Diferenças individuais e mensuração das

capacidades energéticas. In: MCARDLE, W. D. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e

desempenho humano. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. p. 245-622.

MELLO, M.D.L. Câncer de pulmão: anatomia topográfica x plano de tratamento. In:

SEMINÁRIO EM RADIOTERAPIA, 1., 2001, Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Anais... Rio

de Janeiro: INCA, 2001. cap. 4. p. 167-176.

MIRRA, A.P.; JUSTO, F.A. Particularidades da cirurgia pulmonar. In: JORGE FILHO I.

ANDRADE, J.I. de, ZILIOTTO JUNIOR, A. (Ed.). Cirurgia geral: pré e pós-operatório. São

Paulo: Atheneu, 1995. p.605.

MORA, S.; LEE, I.M.; BURING, J.E.; RIDKER, P.M. Association of physical activity and

body mass index with novel and traditional cardiovascular biomarkers in women. JAMA,

v.295, n.12, p.1412–1419, 2006.

MOUNTAIN, C.F. A new international staging system for lung câncer. Chest, v.89, suppl4.,

p.225S-233S, 1986.

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

100

MOUNTAIN, C.F. Revisions in the international system for staging of lung cancer. Chest,

v.111, n.6, p.1710-7, 1997.

MOUSSAVI, S.; CHATTERJI, S.; VERDES, E.; TANDON, A.; PATEL, V.; USTUN, B.

Depression, chronic diseases, and decrements in health: results from the World Health

Surveys. Lancet, v.370, n.9590, p.851-8, 2007.

MUSSI, R.K.; CAMARGO, E.A.; FERREIRA, T.; De MORAES, C.; DELBIN, M.A.;

TORO, I.F.; BRANCHER, S.; LANDUCCI, E.C.; ZANESCO, A.; ANTUNES, E. Exercise

training reduces pulmonary ischemia-reperfusion-induced inflammatory response. Eur.

Respir. J., v.31, n.3, p.645-9, 2008.

MUSTIAN, K.M.; MORROW, G.R.; CARROLL, J.K.; FIGUEROA-MOSELEY, C.D.;

JEAN-PIERRE, P.; WILLIAMS, G.C. Integrative nonpharmacologic behavioral interventions

for the management of cancer-related fatigue. Oncologist, v.12, Suppl. 1, p.52S–67S, 2007.

NAGARAJAN, K.; BENNETT, A.; AGOSTINI, P.; NAIDU, B. Is preoperative

physiotherapy/pulmonary rehabilitation beneficial in lung resection patients? Interact.

Cardiovasc. Thorac. Surg., v.13, n.3, p.300-2, 2011.

NASCETTI, S., ELOSUA, R.; PENA, A.; COVAS, M.I.; SENTI, M.; MARRUGAT, J.

Variables associated with fibrinogen in a population-based study: interaction between

smoking and age on fibrinogen concentration. Eur. J. Epidemiol., v.17, n.10, p. 953-8, 2001.

NATIONAL COALITION FOR CANCER SURVIVORSHIP – NCCS. Disponível em: <

ww.en.wikipedia.org.pt.mk.gd/wiki/Wikimedia_Foundation>. Acesso em: 11 January 2011.

NEUENSCHWANDER, L. C. Avaliação prospectiva de diferentes marcadores

inflamatórios como preditores de evolução clínica e óbito em pacientes neutropênicos

febris. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina, Universidade

Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

NEVES, M. C.; AGUIAR, J. L. N.; SLEUTJES, L. A fisioterapia respiratória no pós-

cirúrgico do pneumotórax espontâneo em soropositivos para o HIV. Rev. Científica da

FAMINAS, v. 1, n.3, p.43-52, 2005.

NICI, L.; DONNER, C.; WOUTERS, E.; ZUWALLACK, R.; AMBROSINO, N.;

BOURBEAU, J.; CARONE, M.; CELLI, B.; ENGELEN, M.; FAHY, B.; GARVEY, C.;

GOLDSTEIN, R.; GOSSELINK, R.; LAREAU, S.; MACINTYRE, N.; MALTAIS, F.;

MORGAN, M.; O'DONNELL, D.; PREFAULT, C.; REARDON, J.; ROCHESTER, C.;

SCHOLS, A.; SINGH, S.; TROOSTERS, T. American thoracic society/European respiratory

society statement on pulmonary rehabilitation. Am. J. Respir. Crit. Care Med., v.173, n.12,

p.1390-1413, 2006.

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

101

NIEMAN, D.C. Exercise immunology: practical applications. Int. J. Sports Med., v.18,

Suppl 1, p.91S-100S, 1997.

NIEMAN, D.C.; NEHLSEN-CANNARELLA, S.L. The immune response to exercise.

Semin. Hematol., v.31, n.2, p.166-179, 1994

NG, T.P.; NITI, M.; TAN, W.C.; CAO, Z.; ONG, K.C.; ENG, P. Depressive symptoms and

chronic obstructive pulmonary disease. Effect on mortality, hospital readmission symptom

burden, functional status, and quality of life. Arch. Intern. Med., v.167, n.1, p.60-67, 2007.

LIMA, N. F. F. DE; CARVALHO, A. L. A. Redução do tempo de hospitalização após

cirurgia torácica de grande porte: identificação de fatores determinantes. Rev. Col. Bras. Cir.

v.30 n.5, 2003.

O'DONOHUE JUNIOR, W.J. Postoperative pulmonary complications. When are preventive

and therapeutic measures necessary? Postgrad. Med., v.9, n.13, 167-170, 1992.

OLDERVOLL, L.M.; LOGE, J.H.; PALTIEL, H.; ASP, M.B.; VIDVEI, U.; HJERMSTAD,

M.J.; KAASA, S. Are palliative cancer patients willing and able to participate in a physical

exercise program? Palliat. Support Care, v.3, n.4, p.281-287, 2005.

OLDERVOLL, L.M.; LOGE, J.H.; PALTIEL, H.; ASP, M.B.; VIDVEI, U.; WIKEN, A.N.;

HJERMSTAD, M.J.; KAASA, S. The effect of a physical exercise program in palliative care:

a phase II study. J. Pain Symptom. Manage, v.31, p.421-430, 2006.

OGA, T.; NISHIMURA, K.; TSUKINO, M.; SATO, S.; HAJIRO, T. Analysis of the factors

related to mortality in chronic obstructive pulmonary disease. Am. J. Respir. Crit. Care

Med., v.167, n.4, p. 544-9, 2003.

OLIVEIRA, M.V.C. Abordagem clínica para as cirurgias não cardíacas nas pneumopatias. In:

POVOA, R. Avaliação clínica pré-operatória: risco cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2006. p.117-125.

OLSEN, G.N. Avaliação e tratamento pré e pós-operatório do paciente de cirurgia torácica.

In: FISHMAN, A.P. Diagnóstico das doenças pulmonares. Barueri: Manole, 1992. p.491-

510.

OLSEN, G.N.; BOLTON, J.W.; WEIMAN, D.S.; HORNUNG, C.A. Stair climbing as an

exercise test to predict the postoperative complications of lung resection. Two years

experience. Chest, v.99, n.3, p.587-590, 1991.

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

102

OLSEN, M.F.; HAHN, I.; NORDGREN, S.; LONROTH, H.; LUNDHOLM, K. Randomised

controlled trial of prophylactic chest physiotherapy in major abdominal surgery. Br. J. Surg.,

v.84, n.11, p.1535–1538, 1997.

PALMER, S.M.; TAPSON, V.F. Pulmonary rehabilitation in the surgical patient. Respir.

Care Clin. N. Am., v.4, n.1, p.71–83, 1998.

PASHKOW, P. ADES, P.A.; EMERY, C.F.; FRID, D.; HOUSTON-MILLER, N.; PESKE,

G.; REARDON, J.Z.; SCHIFFERT, J.H.; SOUTHARD, D.; ZU WALLACK, R.L. Outcome

measurement in cardiac and pulmonary rehabilitation. J. Cardiopulm. Rehabil., v.15, n.6,

p.394-405, 1995.

PARSONS, A.; DALEY, A.; BEGH, R.; AVEYARD, P. Influence of smoking cessation after

diagnosis of early stage lung cancer on prognosis: systematic review of observational studies

with meta-analysis. BMJ, v.340, p.b5569, 2010.

PASCHOAL, M.E.M. Epidemiologia do câncer de pulmão. Pulmão, Rio de Janeiro, Supl. 4,

p.S3-S5, 2009.

PEDDLE, C.J.; JONES, L.W.; EVES, N.D.; REIMAN, T.; SELLAR, C.M.; WINTON, T.;

COURNEYA, K.S. Effects of presurgical exercise training on quality of life in patients

undergoing lung resection for suspected malignancy: A Pilot Study. Cancer Nurs., v.32, n.2,

p.158-65, 2009.

PEDERSEN, B.K.; HOFFMAN-GOETZ, L. Exercise and the immune system: regulation,

integration, and adaptation. Physiol. Rev., v.80, n.3, p.1055-1081, 2000.

PEREIRA, C.A.C.; SATO, T.; RODRIGUES, S.C. New reference values for forced

spirometry in white adults in Brazil. J. Bras. Pneumol., v.33, n.4, p.397-406, 2007.

PEREIRA, E.D.B.; ALCÂNTARA, M.H.; ALVES, N.A.; FREITAS, T.H.; OLIVEIRA, D.;

TEIXEIRA, C. Prognostic factors for complications following thoracotomy: assessment of the

clinical history and the respiratory functions. Rev. Eletr. Pesq. Med., v.2, n.2, 2008.

PITSAVOS, C.; CHRYSOHOOU, C.; PANAGIOTAKOS, D.B.; SKOUMAS, J.;

ZEIMBEKIS, A.; KOKKINOS, P.; STEFANADIS, C.; TOUTOUZAS, P.K. Association of

leisure-time physical activity on inflammation markers (C-reactive protein, white cell blood

count, serum amyloid A, and fibrinogen) in healthy subjects (from the ATTICA study). Am.

J. Cardiol., v.91, n.3, p. 368-370, 2003.

PRANDONI, P.; LENSING, A.W.; PICCIOLI, A.; BERNARDI, E.; SIMIONI, P.;

GIROLAMI, B.; MARCHIORI, A.; SABBION, P.; PRINS, M.H.; NOVENTA, F.;

GIROLAMI, A. Recurrent venous thromboembolism and bleeding complications during

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

103

anticoagulant treatment in patients with cancer and venous thrombosis. Blood, v.100, n.10,

p.3484-8, 2002.

PRESTO, B. E.; PRESTO, L. D. N. Fisioterapia respiratória uma nova visão. Rio de

Janeiro, RJ: Bruno Presto, 2007.

PRISCO, D.; PANICCIA, R.; BANDINELLI, B.; FEDI, S.; CELLAI, A.P.; LIOTTA, A.A.;

GATTESCHI, L.; GIUSTI, B.; COLELLA, A.; ABBATE, R.; GENSINI, G.F. Evaluation of

clotting and fibrinolytic activation after protracted physical exercise. Thromb. Res., v.89, n.2,

p.73-78, 1998.

PRYOR, J. A.; WEBBER, B. A. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. 2.

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

REEVE, J.C.; NICOL, K.; STILLER, K.; MCPHERSON, K.M.; DENEHY, L. Does

physiotherapy reduce the incidence of postoperative complications in patients following

pulmonary resection via thoracotomy? a protocol for a randomised controlled trial. J.

Cardiothoracic. Surg., v.3, n,1, p.3-48, 2008.

REDELMEIER, D.A.; BAYOUMI, A.M.; GOLDSTEIN, R.S.; GUYATT, G.H. Interpreting

small differences in functional status: The six-minute walk test in chronic lung disease

patients. Am. J. Respir. Crit. Care Med., v.155, n.4, p.1278-1282, 1997.

REILLY JR, J.J. Evidence-based preoperative evaluation of candidates for thoracotomy.

Chest, v.116, n.6, p. 4745-65, 1999.

RIES, A.L; ELLIS, B.; HAWKINS, R.W. Upper extremity exercise training in chronic

obstructive pulmonary disease. Chest, v. 93, n.4, p. 688-692, 1988.

RIES, A.L.; MAKE, B.J.; LEE, S.M.; KRASNA, M.J.; BARTELS, M.; CROUCH, R. The

effects of pulmonary rehabilitation in the national emphysema treatment trial. Chest, v.128,

n.6, p.3799–3809, 2005.

RINGBAEK, T.J.; BORGESKOV, S.; LANGE, P.; VISKUM, K. Therapeutic and prognostic

course in patients with suspected lung cancer. Results of combined thoracic surgery-

pulmonary medicine evaluation. Ugeskr. Laeger, v.160, n.2, p.170-5, 1998.

ROCHESTER, D.F. Tests of respiratory muscle function. Clin. Chest Med., v.9, n.2, p.249-

61, 1988.

RODRIGUES, S. L. Reabilitação pulmonar: conceitos básicos. São Paulo: Manole, 2003.

ROTHSCHILD, M.A.; ORATZ, M.; SCHREIBER, S.S. Serum albumin. Hepatology, v.8,

n.2, p.385-401, 1988.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

104

RUMMANS, T.A. CLARK, M.M.; SLOAN, J.A.; FROST, M.H.; BOSTWICK, J.M.;

ATHERTON, P.J.; JOHNSON, M.E.; GAMBLE, G.; RICHARDSON, J.; BROWN, P.;

MARTENSEN, J.; MILLER, J.; PIDERMAN, K.; HUSCHKA, M.; GIRARDI, J.; HANSON,

J. Impacting quality of life for patients with advanced cancer with a structured

multidisciplinary intervention: a randomized controlled trial. J. Clin. Oncol., v.24, n.4, p.635-

642, 2006.

SAAD, I. A.D.; ZAMBON, L. Variáveis clínicas de risco pré-operatório. Rev. Ass. Med.

Bras., v.47, n.2, p.117-124, 2001.

SAAD, I.A.; BOTEGA, N.J.; TORO, I.F. Evaluation of quality of life of patients submitted to

pulmonary resection due to neoplasia. J. Bras. Pneumol., v.32, n.1, p.10-15, 2006.

SAAD, I.A.; BOTEGA, N.J.; TORO, I.F. Predictors of quality-of-life improvement following

pulmonary resection due to lung cancer. Med. J., v.125, n.1, p.46-49, 2007.

SACK JUNIOR, G.H.; LEVIN, J.; BELL, W. Trousseau’s syndrome and other manifestations

of chronic disseminated coagulopathy in patients with neoplasm. Medicine, v.56, n.1 p.1–37,

1977.

SÁNCHEZ, P.G. ; VENDRAME, G.S. ; MADKE, G.R.; PILLA, E.S.; CAMARGO, J.J.P. ;

ANDRADE, C.F. ; FELICETTI, J.C.; CARDOSO, P.F.G. Lobectomia por carcinoma

brônquico: análise das co-morbidades e seu impacto na morbimortalidade pós-operatória. J.

Bras. Pneumol., v. 32, n. 6, p.495-504, 2006.

SARMENTO, G.J.V. Fisioterapia Hospitalar: pré e pós operatórios. Barueri: Manole, 2009.

SCANLAN, C. L.; WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K. Fundamentos da terapia

respiratória de Egan. 9. ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

SCHOTTENFELD, D.; SEARLE, J.G. The etiology and epidemiology of lung cancer. In:

CARBONE, D.P., JOHNSON, D.H., MINNA, J.D., TURRISI III, A.T. Lung Cancer:

principles and practice. Philadelphia: Lippincort Williams & Wilkins, 2005. v.1, p.3-24.

SCHUIT, A.J.; SCHOUTEN, E.G.; KLUFT, C.; De MAAT, M.; MENHEERE, P.P.; KOK,

F.J. Effect of strenuous exercise on fibrinogen and fibrinolysis in healthy elderly men and

women. Thromb. Haemost., v.78, n.2, p.845-851, 1997.

SCHUITEMAKER, G.E. Fibrinogen levels in hypercholesterolemic smokers and non-

smokers in relation to age and gender. Clin. Exp. Med., v.3, n.4, p.231-235, 2004.

SCHWARTZ, S.I. (Ed.). Princípios de cirurgia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

1985.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

105

SCIAKY, A. J. Educação do paciente. In: FROWNFELTER, D.; DEAN, E. Fisioterapia

cardiopulmonar: princípios e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. p.355-363.

SEKINE, Y.; CHIYO, M.; IWATA, T.; YASUFUKU, K.; FURUKAWA, S.; AMADA, Y.;

IYODA, A.; SHIBUYA, K.; IIZASA, T.; FUJISAWA, T. Perioperative rehabilitation and

physiotherapy for lung cancer patients with chronic obstructive pulmonary disease. Jpn. J.

Thorac. Cardiovasc. Surg., v.53, n.5, p.237-243, 2005.

SILVESTRI, G.A.; TANOUE, L.T.; MARGOLIS, M.L.; BARKER, J.; DETTERBECK, F.

The noninvasive staging of non-small cell lung câncer: The guidelines. Chest, v.123, Suppl.

1, p.147S-156S, 2003.

SIN, D.D.; MAN, S.F. Why are patients with chronic obstructive pulmonary disease at

increased risk of cardiovascular diseases? The potential role of systemic inflammation in

chronic obstructive pulmonary disease. Circulation, v.107, n.11, p.1514-9, 2003.

SIN, D.D.; WU, L.; MAN, S.F. The relationship between reduced lung function and

cardiovascular mortality: a population-based study and a systematic review of the literature.

Chest, v.127, n.6, p.1952-1959, 2005.

SKILLRUD, D.M.; OFFORD, K.P.; MILLER, R.D. Higher risk of lung cancer in chronic

obstructive pulmonary disease. A prospective, matched, controlled study. Ann. Intern. Med.,

v.105, n.4, p.503-507, 1986.

SMETANA, G. Preoperative pulmonary evaluation. N. Engl. J. Med., v.340, n.25, p.937-

944, 1999.

SMITH, T. P.; KINASEWITZ, G.T.; TUCKER, W.Y.; SPILLERS, W.P.; GEORGE, R.B.

Exercise capacity as a predictor of post-thoracotomy morbidity. Am. Rev. Resp. Dis., v.184,

n.129, p.730-734, 1984.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA - SBTP. I Consenso

Brasileiro de Espirometria. J. Pneumol., v.22, n.3, p.105-164, 1996.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA - SBPT. Diretrizes para

Testes de Função Pulmonar. J. Pneumol., v.28, p.1-221, 2002.

SOLWAY S.; BROOKS, D.; LACASSE, Y.; THOMAS, S. A qualitative systematic overview

of the measurement properties of functional walk tests used in the cardiorrespiratory domain.

Chest, v.119, n.1, p.256-270, 2001.

SONG, S.W.; LEE, H.S.; KIM, M.S.; LEE, J.M.; KIM, J.H.; NAM, B.H.; ZO, J.L.

Preoperative Serum Fibrinogen Level Predicts Postoperative Pulmonary Complications After

Lung Cancer Resection. Ann. Thorac. Surg., v.81, n.6, p. 1974-81, 2006.

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

106

SPIRA, A; ETTINGER, D. S. Multidisciplinary management of lung cancer. N. Engl. J.

Med., v.350, n.4, p.379-392, 2004.

SPRUIT, M.A.; GOSSELINK, R.; TROOSTERS, T.; De PAEPE, K.; DECRAMER, M.

Resistance versus endurance training in patients with COPD and peripheral muscle weakness.

Eur. Respir. J., v.19, n.6, p.1072-8, 2002.

SPRUIT, M.A.; JANSSEN, P.P.; WILLEMSEN, S.C.; HOCHSTENBAG, M.M.;

WOUTERS, E.F. Exercise capacity before and after an 8-week multidisciplinary inpatient

rehabilitation program in lung cancer patients: A pilot study. Lung Cancer, v.52, n.2, p.257-

260, 2006.

STIEBELLEHNER, L.; QUITTAN, M.; END, A.; WIESELTHALER, G.; KLEPETKO, W.;

HABER, P.; BURGHUBER, O.C. Aerobic endurance training program improves exercise

performance in lung transplant recipients. Chest, v.113, n.4, p.906-912, 1998.

STILLER, K.R.; MUNDAY, R.M. Chest physiotherapy for the surgical patient. Br. J. Surg.,

v.79, n.8, p.745-9, 1992.

STEVINSON, C.; LAWLOR, D.A.; FOX, K.R. Exercise interventions for cancer patients:

systematic review of controlled trials. Cancer Causes & Control, v.15, n.10, p.1035-1056,

2004.

STOCKS, J.; QUANJER, H. Reference values for residual volume, functional residual

capacity and total lung capacity. Eur. Respire. J., v.8, n.3, p. 492-506, 1995.

STRANDBERG, A.; TOKICS, L.; BRISMAR, B.; LUNDQUIST, H.; HEDENSTIERNA, G.

Atelectasis during anaesthesia and in the postoperative period. Acta Anaesthesiol. Scand.,

v.30, n.2, 154-158, 1986.

SUZUKI, K.; NAKAJI, S.; YAMADA, M.; TOTSUKA, M.; SATO, K.; SUGAWARA, K.

Systemic inflammatory response to exhaustive exercise. Cytokine kinetics. Exerc. Immunol.

Rev., v.8, p.6-48, 2002.

SUTTON, P.P.; PAVIA, D.; BATEMAN, J.R.; CLARKE, S.W. Chest physiotherapy: a

review. Eur. J. Resp. Dis., v.63, n.3, p.188-208, 1982.

SWEITZER, B.J.; SMETANA, G.W. Identification and evaluation of the patient with lung

disease. Med. Clin. N. Am., v. 93, n.5, p.1017-30, 2009.

TAKAOKA, S.T.; WEINACKER, A.B. The value of preoperative pulmonary rehabilitation.

Thorac. Surg. Clin., v.15, n.2, p. 203-211, 2005.

TARANTINO, A. B. Doenças Pulmonares. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

107

TEMEL, J.S.; GREER, J.A.; GOLDBERG, S.; VOGEL, P.D.; SULLIVAN, M.; PIRL, W.F.;

LYNCH, T.J.; CHRISTIANI, D.C.; SMITH, M.R. Original article a structured exercise

program for patients with advanced non-small cell lung cancer. J. Thorac. Oncol., v.4, n5,

p.595-601, 2009.

THYAGARAJAN, B.; JACOBS, D.R.; APOSTOL, G.G.; SMITH, L.J.; LEWIS, C.E.;

WILLIAMS, O.D. Plasma fibrinogen and lung function: the CARDIA Study. Int. J.

Epidemiol., v.35, n.4, p.1001-8, 2006.

TIEP, B.L. Disease management of COPD with pulmonary rehabilitation. Chest, v.112, n.6,

p.1630-1656, 1997.

TISI, G.M. Preoperative evaluation of pulmonary fuction. Am. Rev. Respir. Dis., v.119, n.2,

p.293-310, 1979.

TOCKMAN, M.S.; ANTHONISEN, N.R; WRIGHT, E.C.; DONITHAN, M.G. Airways

obstruction and the risk for lung cancer. Ann. Intern. Med., v.106, n.4, p.512–518, 1987.

TOM, J.; HARRISON, K. Living with chronic lung disease and the effect of pulmonary

rehabilitation: Patients’ perspectives. Physiotherapy, v.88, n.10, p.605-619, 2002.

TRAYNER JR., E.; CELLI, B.R. Postoperative pulmonary complications. Med. Clin. North

Am., v.85, n.5, p.1129-1139, 2001.

TROOSTERS, T.; CASABURI, R.; GOSSELINK, R.; DECRAMER, M. Pulmonary

rehabilitation in chronic obstructive pulmonary disease. Am. J. Respir. Crit. Care Med.,

v.172, n.1, p.19-38, 2005.

TROUSSEAU, A. Phlegmasia Alba Dolens. In: TROUSSEAU, A. (Ed.). Clinique médicale

de l’Hôtel-Dieu de Paris. 2. ed. Paris: Baillière, 1865. p. 654-712.

TURNER, M.C.; CHEN, Y.; KREWSKI, D.; CALLE, E.E; THUN, M.J. Chronic obstructive

pulmonary disease is associated with lung cancer mortality in a prospective study of never

smokers. Am. J. Resp. Crit. Care Med., v.176, n.3, p.285-290, 2007.

UEHARA, C.; JAMNIK, S.; SANTORO, I. L. Câncer de pulmão. Simpósio: Doenças

pulmonares. Medicina, Ribeirão Preto, v.31, p.266-276, 1998.

UNIC. Manual de cuidados paliativos em pacientes com câncer. Rio de Janeiro:

UNATI/UERJ - Univ. aberta 3. idade, 2009. ano I. 1 DVD.

VARELA, G.; BALLESTEROS, E.; JIMÉNEZ, M.F.; NOVOA, N.; ARANDA, J. L. Cost-

effectiveness of prophylactic respiratory physiolotherapy in pulmonary lobectomy. Eur. J.

Cardiothorac. Surg., v. 29, n.2, p.216-20, 2006.

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

108

VAN WERSCH, J.W.; TJWA, M.K. Coagulation/fibrinolysis balance and lung cancer.

Haemostasis, v. 21, n.2, p.117-23, 1991.

VGONTZAS, A.N.; BIXLER, E.O. Chronic systemic inflammation in overweight and obese

adults. JAMA, v.283, n.17, p.2235-6, 2000.

WANG, J.; ULTMAN, R.; OLAK, J. Prospective trial of diffusing capacity and oxygen

consumption in the prediction of pulmonary complications after lung resection. Chest, v.112,

p.153S, 1997.

WANNAMETHEE, G.S.; LOWE, G.D.E.; WHINCUP, P.H. Physical Activity and

Hemostatic and Inflammatory Variables in Elderly Men. Circulation, v.105, p.1785-1790,

2002

WASSERMAN, K. Principles of exercise testing and interpretation. Philadelphia:

Lippincott Williams & Wilkins, 1999.

WASSWA-KINTU, S.; GAN, W.; MAN, S.; PARE, P.; SIN, D. Relationship between

reduced forced expiratory volume in one second and the risk of lung cancer: a systematic

review and metaanalysis. Thorax, v.60, n.7, p.570-5, 2005.

WATZ, H.; WASCHKI, B.; BOEHME, C.; CLAUSSEN, M.; MEYER, T.; MAGNUSSEN,

H. Extrapulmonary effects of chronic obstructive pulmonary disease on physical activity. Am

J. Respir. Crit. Care Med., v.177, n.7, p.743-751, 2008.

WEINER, P.; MAN, A.; WEINER, M.; RABNER, M.; WAIZMAN, J.; MAGADLE, R.;

ZAMIR, D.; GREIFF, Y. The effect of incentive spirometry and inspiratory muscle training

on pulmonary function after lung resection. J. Thorac. Cardiovasc. Surg., v.113, n.3, p.552-

7, 1997.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Histological typing of lung cancer. Am. J.

Clin. Pathol., v.77, p.123-136,1982.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Cancer Report, 2008. International Agency

for Research on Cancer. Lyon, 2009.

WOSORNU, D.; ALLARDYCE, W.; BALLANTYNE, D.; TANSEY, P. Influence of power

and aerobic exercise training on homeostatic factors after coronary artery surgery. Br. Heart

J., v.68, n.2, p.181-186, 1992.

ZAMBONI, M.; CARVALHO, W.R. Câncer do pulmão. São Paulo: Atheneu, 2005.

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

109

ZEHR KJ, DOWSON PB, YANG SC, HEITMILLER RF. Standardized clinical care

pathways for major thoracic cases reduce hospital costs. Ann. Thorac. Surg., v.66, n.3,

p.914-919, 1998.

ZIGMOND A.S.; SNAITH, R.P. The hospital anxiety and depression scale. Acta

Psychiatr. Scand., v.67, n.6, p.361-370, 1983.

ZUWALLACK, R.Z.; CROUCH, R. (Ed.). Guidelines for pulmonary rehabilitation

programs. 3. ed. Champaign, IL: Human Kinetics, 2004.

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

110

APÊNDICES

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

111

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL

LEGAL

1. Nome do paciente: _____________________________________

Data de Nascimento___/___/___ Sexo: M ( ) F ( )

Endereço: ______________________________________________

Telefone: ___________________

II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1.Título do protocolo de pesquisa: Efeito dos protocolos de Reabilitação Pulmonar (RP) e

Fisioterapia Respiratória (FR) nos marcadores inflamatórios em pacientes com câncer de

pulmão (CP) candidatos à cirurgia de ressecção pulmonar.

Pesquisador: Maria Tereza Aguiar Pessoa Morano

Cargo/Função: Fisioterapeuta

Inscrição conselho regional: nº. 2898-F

2. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como

conseqüência imediata ou tardia do estudo).

Sem risco ( ) risco mínimo ( x ) risco médio ( )

Risco baixo ( ) risco maior ( )

III – REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU

REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:

Este trabalho tem o intuito de pesquisar qual o benefício de um programa de exercícios

físicos e respiratórios conhecido como reabilitação pulmonar e fisioterapia respiratória para

diminuir as complicações que poderão ocorrer depois da cirurgia a qual o senhor (a) será

submetido. A pesquisa será dividida em dois grupos. O grupo A será formado pelos pacientes

que foram selecionados para reabilitação pulmonar antes da cirurgia e o Grupo B será

formado pelos pacientes que foram selecionados para a fisioterapia respiratória. Os dois

grupos antes de iniciarem suas avaliações e seus exercícios realizarão exames de sangue para

saber o valor de alguns marcadores inflamatórios: fibrinogênio e a albumina. O fibrinogênio e

a albumina são proteínas do fígado com funções específicas. O fibrinogênio responde com

uma concentração no sangue aumentada em resposta a processos inflamatórios. A albumina

sérica é também uma proteína e sua concentração no sangue é reduzida em resposta à

inflamação. Reabilitação Pulmonar quer dizer que você será submetido a um treinamento de

exercícios físicos antes da cirurgia. Fisioterapia Respiratória trata-se de exercícios para

melhorar a expansão do pulmão além de orientações educacionais pré-operatórias. Para isso

precisaremos saber como vai ficar a musculatura responsável pela sua respiração e músculos

de braços e pernas passando então os dois grupos por testes iniciais: Para sabermos qual será a

força e a carga de treinamento respiratório o senhor (a) deverá assoprar com força num bocal

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

112

para saber quanto de ar tem no seu pulmão em um aparelho chamado manovacuômetro, que

nos dirá qual a força dos músculos respiratórios. Para testar os músculos de braços e pernas o

senhor (a) passará por um seqüência de testes: teste da força máxima de braços realizada com

halteres e força máxima de pernas, realizado na esteira. Estes testes serão executados com

segurança onde o senhor (a) estará assistido por aparelhos que o monitoram a todo o instante.

O senhor (a) também caminhará numa pista durante 6min na velocidade possível e se cansar

poderá parar. Esta caminhada será para saber a distância que o senhor (a) consegue fazer em

seis minutos procurando analisar a sua tolerância a uma atividade física. Responderão também

a um questionário de qualidade de vida e de ansiedade e depressão que serão aplicados pelo

próprio pesquisador, para saber como está sua qualidade de vida e o grau de ansiedade e

depressão antes e após os treinamentos. Serão feitos também exames laboratoriais, que são

utilizadas técnicas comum do próprio exame de sangue para observar as dosagens de

albumina e fibrinogênio. Essas proteínas nos dirão melhor o grau do seu risco cirúrgico. Esse

exame será realizado antes e após o treinamento. Após os testes iniciais e o exame laboratorial

cada um deverá ser sorteado para saber qual protocolo irá se submeter. O paciente que fará

Reabilitação Pulmonar deverá seguir um protocolo de treinamento da Reabilitação Pulmonar

de um mês que acontecerá 5x por semana, composto de exercícios físicos, que consiste em

alongamentos, uma sequência de exercícios para braços e pernas e exercícios realizado em

esteira rolante. Estes exercícios não geram desconforto para o (a) senhor (a), porque são

realizados com cuidado e de forma crescente, ou seja, com uma carga mínima e vai

aumentando de acordo com suas possibilidades até chegar a sua carga de treinamento. Para

treinamento de músculos respiratórios o senhor (a) deverá respirar 5 vezes na semana, 2 vezes

ao dia durante 15 minutos seguidos no aparelho chamado threshold contra uma força que nós

colocaremos para o senhor (a). O paciente que fará fisioterapia respiratória deverá seguir um

protocolo de no período de um mês e deverá comparecer 5x por semana para realizar

exercícios de expansão pulmonar, que são exercícios para aumentar o volume de ar dentro dos

pulmões e são realizados ativamente pelo paciente e supervisionado pelo fisioterapeuta.

Receberão também um aparelho chamado respiron que serão estimulados a realizar exercícios

três vezes ao dia, iniciando com uma série de 5x de 10 repetições, com repouso entre uma e

outra. Esse exercício será supervisionado pelo fisioterapeuta enquanto estiver no hospital, em

casa fará o mesmo exercício por mais duas vezes com o aprendizado adquirido. O número de

repetições poderá ser aumentado com uma avaliação do fisioterapeuta. O senhor (a)

complementando seus exercícios respiratórios receberá aulas sobre a cirurgia, sobre a

importância e conscientização dos exercícios respiratórios, sobre dor e como superar as

dificuldades de uma cirurgia. Quero aqui deixar claro que os dois grupos não estarão sendo

prejudicados e que receberão todos os atendimentos previstos sem que o tratamento possa

mudar o seu curso, nem clínico nem cirúrgico. O que se pretende é apenas conhecer os efeitos

dos dois protocolos de atendimento fisioterápico antes de sua cirurgia.

O risco mínimo considerado trata-se de algum mal estar, tontura, indisposição, exacerbação

de tosse, secreção aumentada, falta de ar aumentada que serão atendidos prontamente sob os

cuidados de profissionais do próprio hospital.

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

113

IV - ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS

DO SUJEITO DA PESQUISA:

O senhor (a) terá acesso quando quiser as informações, riscos e benefícios relacionados com o

trabalho. Caso queira, o (a) senhor (a) poderá retirar seu consentimento para não participar

mais do trabalho.

O (a) senhor (a) poderá:

1. Ter acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios

relacionados à pesquisa, inclusive para elucidar eventuais dúvidas.

2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do

estudo.

3. Salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.

5. Publicação dos dados e resultados da pesquisa resguardando sua identidade

6. Terá direito a uma cópia deste documento podendo antes de assinar levar para pessoas de

sua confiança lê.

V – INFORMAÇÕES DE NOME, ENDEREÇO E TELEFONE DO RESPONSÁVEL

LEGAL PELA PESQUISA.

Nome: Fisiot. Maria Tereza Aguiar Pessoa Morano

Endereço: Avenida Frei Cirilo, 3480 – Cajazeiras – Centro de Reabilitação Pulmonar

Telefone: (85) 3101-4065

Assinatura do Pesquisador_________________________________

Assinatura do paciente ou responsável_______________________

Assinatura da Testemunha_________________________________

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

114

APÊNDICE B - FICHA FISIOTERÁPICA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA - PRÉ-

OPERATÓRIA

Data ___________ Médico cirurgião__________________

Nome:_______________________________________Nº do prontuário ____________

Idade:_________DN____/____/____ Cor_______

Profissão_________________________Nacionalidade___________________

Endereço:__________________________________CEP_________Fone___________

HDA_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Medicação______________________________________________________________

Diagnóstico:

Estadiamento clínico da neoplasia:

IA______ IIA_______ IB______ IIB_______IIIA________ IIIB________

Tosse habitual sim ______ não ______Tosse atual sim ________ não_______

Expectoração habitual sim _____ não _____Expectoração atual sim _____não _______

Chiado sim _________ não ________

Dispneia sim _______ não _________

Sintomático respiratório sim _______ não _______

Pneumopatia prévia sim ____ não ____Qual?______________________________

Hipertensão arterial sistêmica sim ________ não _______

Diabetes sim _____________ não _________

Cardiopatia sim __________ não __________

Comorbidade sim _________ não __________

Tabagismo atual sim _________ não _________ anos/maço _________

Tabagismo pregresso sim ____ não ___ parou quando ____ anos/maço______

QT neoadjuvante sim ________ não __________

Radioterapia previa sim _______ não _________

Medicações em uso _____________________________________________

Exame físico: bom estado geral_______regular ________ comprometido _______

Peso ________ Altura _______ IMC ________

Pulso __________ FC ________ PA __________FR __________ Sat02_________

Cianose_____tiragem ___Baqueteamento digital ____deformidade torácica _________

Ausculta pulmonar ___________________________________________________

Exames complementares laboratoriais

Hb_____Ht_____leucócitos________creatinina______Na______K______

glicose ________

Albumina sérica _______________________

Fibrinogênio sérico ____________________

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

115

Espirometria CVF (pós-BD)__________( %)

VEF1 pós-BD __________( %)

VEF1/CVF ____________( %)

FEF 25%-75%__________( %)

Gasometria:

pH ___________ PaO2 _________ PaCO2 _________ SatO2 ___________

Manuvacometria: Pimax_______ Pemax _______

Peak Flow: ______________

Ventilometria: VC________VM__________

_________________________________________

Avaliador

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

116

APÊNDICE C - FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA APÓS A

INTERVENÇÃO (REABILITAÇÃO PULMONAR OU FISIOTERAPIA

RESPIRATÓRIA)

Data____________Médico Cirurgião________________

Nome:_______________________________________Prontuário_____________

Exame Clínico

Tosse melhorou __________ piorou _________ desapareceu _______

Expectoração melhorou __________ piorou _________ desapareceu _____

Dispnéia melhorou __________ piorou _________ desapareceu _____

Chiado no peito melhorou __________ piorou _________ desapareceu _____

Sintomático respiratório sim ___________ não___________

Pulso _______ FC ________ PA __________Freqüência respiratória _______

Cianose_____tiragem _____Baqueteamento digital_____________

Deformidade torácica ____________________________________________

Ausculta pulmonar________________________________________________

Exames laboratoriais pós reabilitação

Albumina sérica ___________________________________

Fibrinogênio sérico __________________________________

Espirometria pós reabilitação

CVF (pós-BD)_________ ( %) VEF1 pós-BD _______( %)

VEF1/CVF ___________

VEF1 ppo ________ ( %)(VEF1 predito no pós-operatório)

FEF 25%-75%

VEF1 previsto do Pós > 40% do pré ou 800ml de volume de ar

Fórmula do calculo: VEF1 pré X (1- y/19) y = número de segmentos a ser ressecado

_________________________________________________________

Gasometria

pH _______ PaO2 _________ PaCO2 _________ SatO2 ___________

Exame físico: bom estado geral_______regular _______ comprometido _______

Peso ________ Altura _______ IMC ________ ∆ peso _______ kg/mês

Manuvacometria: Pimax_______ Pemax _______

Peak Flow: ______________

Ventilometria: VC________VM__________ fr_____________________

_____________________________________

Avaliador

Page 118: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

117

APÊNDICE D - ALTERAÇÕES E COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS - dados

operatórios

Data: _____________

Nome:___________________________________Nº Prontuário____________

Unidade: _______________Enfermaria___________Nº do Leito___________

Data da Cirurgia ________________

Cirurgião _____________________ Anestesista _____________________

Intercorrência intra-operatória___________________________________________

Lobectomia: ( )

Bilobectomia: ( )

Lobectomia ampliada: ( )

Pneumonectomia: ( )

Segmentectomia: ( )

Dados Anestésicos

Tempo operatório ________________ Tipo de anestesia __________________

Tempo anestésico _____________

Concentrado de glóbulos sim _________ não _________ Qtos _______

Óbito intra-operatório sim _________ não ____________

COMPLICAÇÕES INTRA E PÓS-OPERATÓRIAS

COMPLICAÇÕES SIM NÃO DIAS OBSERVAÇÕES

VM/EOT > 48 horas

T dreno torácico D prolongado

(dias)

T dreno torácico E prolongado

(dias)

T UTI prolongado(dias)

Tempo de internação

prolongada(dias)

Empiema

Hemorragia

Infecção da ferida cirúrgica

Atelectasia

Retenção de secreção

pneumonia

traqueobronquite

Pneumotórax

Embolia pulmonar

Falência Resp. Aguda

Broncoespasmo

Fístula broncopleural

Escape aéreo prolongado

(> 7 dias)

SDRA

____________________________________________

Avaliador

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

118

APÊNDICE E – CHECK LIST - FICHA PRÉ E PÓS-PROTOCOLOS

Nome:

____________________________________________________________

Diagnóstico: ___________ Estadiamento Clínico da NEO:_____________

Idade:______________ Sexo:_____________

Início da RP: ____/____/____ Término da RP: ____/____/____

TESTES ANTES RP DEPOIS RP

TOSSE

EXPECTORAÇÃO

DISPNÉIA

CHIADO NO PEITO

SINTOMÁTICO

RESPIRATÓRIO

FREQ.CARDIACA;

RESPIRATÓRIA,

PRESSÃO ARTERIAL

FC: FR:

SATO2:

PA:

FC: FR:

SATO2:

PA:

CIANOSE

TIRAGEM

BAQUETEAMENTO

DIGITAL

DEFORMIDADE

TORÁCICA

AUSCULTA PULMONAR

EXAMES

LABORATORIAIS

Albumina sérica Fibrinogênio sérico

Albumina sérica Fibrinogênio sérico

ESPIROMETRIA

PÓS-

BRONCODILATADOR

VEF1

CVF

VEF1/CVF

VEF1 ppo

FEF 25%-75%

VEF1

CVF

VEF1/CVF

GASOMETRIA

PH

PaCO2

PaO2

SpO2

PH

PaCO2

PaO2

SpO2

PESO

ALTURA

IMC

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

119

VENTILOMETRIA VC: f: Vmin: VC: f: Vmin:

MANUVACUOMETRIA Pimáx: Pemáx: Pimáx: Pemáx:

PEAK FLOW

TC6M Dist:_________m

SpO2 inicial: final:

Dist: ________ m

SpO2 inicial: final:

TESTE INCREMENTAL

MMSS

TESTE INCREMENTAL

MMII

Inclinação Inclinação

TESTE ENDURANCE DE

MMII

Tempo Tempo

ESCALA DE ANSIEDADE

E DEPRESSÃO

SF- 36

CF : ____________

AF: ____________

D: ____________

ESG: ___________

V: ____________

AS: ____________

AE: ____________

SM: ____________

CFS: ____________

CMS:

CF : ____________

AF: ____________

D: ____________

ESG: ___________

V: ____________

AS: ____________

AE: ____________

SM: ____________

CFS: ____________

CMS:

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

120

APÊNDICE F – DADOS BRUTOS

Sim=1; Não=0 1=+; 0=-

ID Nome Treinamento Cirurgia Médico responsável

Estadiamento do CA Comorbidades

1 RAA RP 1 Dr. Newton 5 1

2 MGM RP 1 Dr. Newton 3 0

3 LDP RP 1 Dr. Newton 3 1

4 PHBM RP 1 Dr. Antero 4 1

5 MAS RP 1 Dr. Antero 3 1

6 LGC RP 1 Dr. Antero 3 0

8 FAC RP (Piora clínica) Dr. Antero 11 0

9 VMS RP (Desistência) Dr. Newton 3 0

10 FLR RP (Piora Clínica) Dr. Newton 3 0

11 MFFM RP 1 Dr. Antero 3 0

12 RRS RP 1 Dr.Rafael 7 0

20 RNS RP (Desistência) Dr. Israel 4 0

21 MJA RP 1 Dr. Rafael 4 0

22 MFN RP (Desistência) Dr. Neto 5 1

26 FVP RP 1 Dr. Antero 4 1

28 VMS RP 1 Dr. Antero 9 1

31 JAS RP 1 Dr. Antero 5 1

Fisioterapia Respiratória (FR)

Sim=1; Não=0 1=+; 0=-

Dropout ID Nome Treinamento Cirurgia Médico responsável

Estadiamento do CA Comorbidades

7 MDR FR 1 Dr. Newton 4 0

14 MNO FR (Piora Clínica) Dr. Antero 6 0

15 MVSS FR 1 Dr. Rafael 3 0

16 MLB FR 1 Dr. Antero 8 0

17 MLFL FR 1 Dr. Antero 4 1

18 ASA FR 1 Dr. Rafael 6 0

19 PCM FR 1 Dr. Antero 7 0

23 AML FR (Piora Clínica) Dr. Newton 5 0

24 VBC FR (Desistência Dr. Israel 9 0

25 MSL FR 1 Dr. Rafael 8 0

27 MGFC FR 1 Dr.Alexandre 3 1

29 MRS FR Desistência Dr. Rafael 3 0

30 FNS FR 1 Dr. Antero 11 1

32 PPM FR Desistência Dr. Newton 3 1

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

121

RP Caracterização da amostra Sinas Vitais

H=1 M=0 1=+; 0=-

G Idade RPpré

Peso_ RP_pré

Altura_ RP_pré

IMC_ RP_pré FC FR SatO2 PAS PAD Tabagista

0 59 44 1,46 20,64 82 24 94 130 80 1

0 57 60 1,42 29,61 100 23 90 130 80 0

1 59 71 1,61 27,39 68 20 95 130 80 1

1 68 59 1,57 23,94 96 24 93 170 110 1

0 62 61 1,53 26,23 77 18 92 110 70 1

0 79 56 1,45 26,40 67 16 95 110 60 1

1 60 49 1,59 19,38 78 16 93 90 70 1

1 47 60 1,70 20,76 62 18 96 100 70 1

1 69 80 1,65 29,38 73 24 96 120 80 1

0 54 28 1,38 14,70 101 24 94 120 80 1

0 44 82 1,53 35,03 75 20 97 120 80 0

1 73 53 1,60 20,70 64 20 95 110 60 1

0 76 56 1,60 21,88 72 20 96 110 60 1

0 71 36 1,50 16,18 89 14 94 140 70 1

0 78 44 1,40 22,65 80 16 96 140 80 1

1 69 68 1,61 26,04 69 22 97 140 80 1

1 73 82 1,63 30,86 94 24 92 120 70 1

Caracterização da amostra Sinas Vitais

H=1; M=0 1=+; 0=-

G Idade FR_pré

Peso FR_pré

Altura FR_pré

IMC FR_pré FC FR SatO2 PAS PAD Tabagista?

0 74 39 1,51 17,06 117 20 96 150 100 1

0 80 40 1,55 16,65 101 24 94 150 80 1

0 62 57 1,50 25,33 81 36 96 130 80 1

0 65 51 1,50 22,67 87 24 94 120 70 1

0 75 88 1,57 35,70 79 24 97 150 80 1

1 57 57 1,60 22,27 80 20 95 150 100 1

1 80 63 1,60 24,61 85 11 95 110 70 1

0 73 54 1,44 26,04 85 20 88 130 80 1

1 67 68 1,62 25,91 115 20 95 140 90 1

0 74 66 1,50 29,33 95 13 95 110 70 1

0 68 56 1,58 22,43 89 20 95 130 70 1

0 71 71 1,55 29,47 81 24 92 120 80 1

0 65 39,4 1,55 16,40 106 20 96 130 90 Fumante Passiva

1 80 64 1,73 21,38 72 16 87 110 70 1

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

122

ID Nome Exames Laboratoriais ID Nome Exames Laboratoriais

Albumina_RP_pré Fibrinogênio_RP_pré Albumina FR_pré

Fibrinogênio FR_pré

1 RAA 3,9 623 7 MDR 4,0 376

2 MGM 3,8 438 14 MNO 3,7 852

3 LDP 4,4 380 15 MVSS 4,2 189

4 PHBM 4,2 390 16 MLB 3,7 740

5 MAS 3,5 484 17 MLFL 4,2 216

6 LGC 3,5 638 18 ASA 3,6 303

8 FAC 4,3 640 19 PCM 3,4 658

9 VMS 4,8 304 23 AML 4,0 527

10 FLR 4,0 448 24 VBC 4,5 621

11 MFFM 4,3 386 25 MSL 4,1 361

12 RRS 5,6 239 27 MGFC 4,3 368

20 RNS 4,2 399 29 MRS 4,3 451

21 MJA 3,7 347 30 FNS 3,9 552

22 MFN 4,0 383 32 PPM 3,8 656

26 FVP 4,1 361

28 VMS 4,3 701

31 JAS 4,3 460

ID Nome Albumina_RP_pós Fibrinogênio_RP_pós ID Nome Albumina FR_pós

Fibrinogênio FR_pós

1 RAA 3,5 392 7 MaDR 3,8 432

2 MGM 4,0 239 14 MNO 3,5 443

3 LDP 4,2 291 15 MVSS 4,4 190

4 PHBM 4,5 343 16 MLB 3,6 820

5 MAS 3,8 238 17 MLFL 4,0 193

6 LGC 3,4 338 18 ASA 3,9 268

8 FAC 3,4 411 19 PCM 4,1 568

9 VMS 4,8 192 23 AML 4,5 621

10 FLR 4,2 350 24 VBC 4,5 621

11 MFFM 4,3 184 25 MSL 4,3 450

12 RRS 4,7 324 27 MGFC 4,4 364

20 RNS 4,2 369 29 MRS 4,5 476

21 MJA 3,7 347 30 FNS 3,5 559

22 MFN 4,1 361 32 PPM 3,9 341

26 FVP 4,0 287

28 VMS 4,4 437

31 JAS 4,3 364

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

123

ID Nome Dist_TC6(m)

RP_pré Dist_prev

Troosters(m) %Dist_prev_ RP_pré

SatO2 inicial

SatO2 final Delta_SatO2

1 RAA 369 575,448 64,12395212 94 97 3

2 MGM 382 537,2994 71,09630124 94 91 -3

3 LDP 579 655,322 88,35351171 96 93 -3

4 PHBM 535 608,458 87,92718643 96 73 -23

5 MAS 421 564,1828 74,62120433 93 91 -2

6 LGC 354 443,231 79,86805977 94 89 -5

8 FAC 560 679,278 82,44047356 97 81 -16

9 VMS 570 785,2 72,59296994 97 92 -5

10 FLR 321 606,5 52,92662819 95 97 2

11 MFFM 365 589,696 61,89629911 94 90 -4

12 RRS 527 622,904 84,60372706 97 93 -4

20 RNS 413 608,066 67,92025866 97 96 -1

21 MJA 426 535,392 79,56786803 98 96 -2

22 MFN 430 545,8328 78,77870293 95 94 -1

26 FVP 300 442,8088 67,74933109 96 93 -3

28 VMS 473 608,415 77,74298793 97 92 -5

31 JAS 376 571,344 65,80973984 90 84 -6

ID Nome Dist_TC6(m)_

FR_pré Dist_prev

Troosters(m) %Dist_prev_ FR_pré

SatO2 inicial

SatO2 final

Delta_ SatO2

7 MaDR 250 530,5178 47,12377228 92 86 -6

14 MNO 296 517,18 57,23345837 93 94 1

15 MVSS 396 556,674 71,13678742 96 98 2

16 MLB 420 551,502 76,15566217 95 96 1

17 MLFL 390 467,756 83,37680329 97 97 0

18 ASA 482 685,994 70,26300522 96 96 0

19 PCM 173 552,846 31,29262037 97 92 -5

23 AML 185 472,708 39,13621094 92 82 -10

24 VBC 568 623,296 91,12845261 95 94 -1

25 MSL 300 476,652 62,93899952 96 95 -1

27 MGFC 430 567,672 75,74796714 95 93 -2

29 MRS 333 509,6816 65,33490713 95 94 -1

30 FNS 216 598,0588 36,11685005 96 94 -2

32 PPM 363 617,868 58,75041271 90 84 -6

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

124

ID Nome Dist_TC6(m)_

RP_pós Dist_prev

Troosters(m) %Dist_ prev_RP_pós

SatO2 inicial

SatO2 final

Delta_ SatO2

1 RAA 403 575,448 70,03239215 93 96 3

2 MGM 470 540,356 86,97969487 95 94 -1

3 LDP 630 655,322 96,13594538 97 95 -2

4 PHBM 590 612,054 96,39672316 93 72 -21

5 MAS 468 566,7 82,58337745 94 94 0

6 LGC 362 441,433 82,00564978 95 90 -5

8 FAC 600 682,874 87,86393976 97 95 -2

9 VMS 640 785,2 81,50789608 97 92 -5

10 FLR 467 606,5 76,9991756 96 97 1

11 MFFM 430 587,898 73,14193959 96 87 -9

12 RRS 548 626,5 87,47007183 97 95 -2

20 RNS 490 608,066 80,58335773 94 97 3

21 MJA 507 535,5718 94,66517841 96 94 -2

22 MFN 440 539,5398 81,55098104 95 95 0

26 FVP 376 445,326 84,43252808 94 95 1

28 VMS 523 602,122 86,85947366 97 92 -5

31 JAS 394 580,334 67,89193809 93 87 -6

ID Nome Dist_TC6(m)_

FR_pós Dist_prev

Troosters(m) %Dist_ prev_FR_pós

SatO2 inicial

SatO2 final

Delta_ SatO2

7 MDR 252 530,338 47,5168666 91 87 -4

14 MNO 272 518,978 52,41069949 93 91 -2

15 MVSS 306 554,876 55,14745637 96 97 1

16 MLB 466 553,3 84,22194108 95 94 -1

17 MLFL 390 473,15 82,42629187 97 97 0

18 ASA 444 689,0506 64,43648696 96 98 2

19 PCM 160 556,442 28,75411993 98 100 2

23 AML 240 474,506 50,57891786 91 87 -4

24 VBC 509 607,876 83,73418263 95 95 0

25 MSL 347 468,9206 73,99973471 96 96 0

27 MGFC 432 565,874 76,34208322 95 94 -1

29 MRS 364 503,928 72,23254116 96 95 -1

30 FNS 220 595,182 36,96348344 96 93 -3

32 PPM 429 616,07 69,63494408 93 86 -7

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

125

ID Nome PImax(cmH2O)

RP_pré

PImax_prev Neder (cmH2O)

%PImax_prev _RP_pré

PEmax(cmH2) RPpré

PEmax_prev Neder(cmH2O)

%PEmax_prev RP_pré

1 RAA 130 44 299 75 87 86

2 MGM 50 45 110 70 92 76

3 LDP 70 44 160 75 90 83

4 PHBM 100 50 199 115 106 108

5 MAS 95 46 207 85 92 93

6 LGC 70 46 152 90 93 97

8 FAC 50 47 106 90 100 90

9 VMS 85 44 195 90 91 99

10 FLR 75 43 174 70 87 81

11 MFFM 25 46 55 82 92 89

12 RRS 150 43 346 75 90 83

20 RNS 30 42 71 95 88 109

21 MJA 45 42 107 80 88 91

22 MFN 5 44 11 25 89 28

26 FVP 150 44 342 50 90 56

28 VMS

150 44 343 100 91 110

31 JAS 45 50 91 60 97 62

ID

Nome

PImax(cmH2O)FR_pré

PImax_prev Neder(cmH2O)

%PImax_ prev_ FR_pré

PEmax(cmH2O)

FR_pré

PEmax _Prev Neder(cmH2)

%PEmax _prev_ FR_pré

7 MaDR 50 48 104 30 96 31

14 MNO 40 45 89 30 89 34

15 MVSS 25 42 59 85 86 99

16 MLB 25 43 58 40 88 46

17 MLFL 40 42 95 40 87 46

18 ASA 100 43 233 100 88 114

19 PCM 25 44 57 60 91 66

23 AML 70 49 142 75 99 76

24 VBC 50 44 114 30 89 34

25 MSL 60 43 139 35 88 40

27 MGFC 70 44 158 50 90 56

29 MRS 70 44 159 90 89 101

30 FNS 25 44 57 35 89 39

32 PPM 50 50 101 60 97 62

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

126

ID

Nome PImax(cmH2O)RP

_pós

PImax_prev Neder

(cmH2O) %PImax_prev_RP_pós

PEmax (cmH2O) RPpós

PEmaxprev Neder (cmH2O)

%PEmaxprev _RPpós

1 RAA 150 -307 -49 90 -301 -30

2 MGM 105 -271 -39 75 -272 -28

3 LDP 150 -358 -42 75 -366 -21

4 PHBM 140 -324 -43 130 -330 -39

5 MAS 110 -294 -37 110 -294 -37

6 LGC 95 -194 -49 90 -192 -47

8 FAC 70 -384 -18 110 -388 -28

9 VMS 125 -469 -27 130 -471 -28

10 FLR 75 -329 -23 80 -326 -25

11 MFFM 50 -316 -16 60 -311 -19

12 RRS 150 -340 -44 85 -342 -25

20 RNS 70 -328 -21 100 -327 -31

21 MJA 100 -263 -38 100 -269 -37

22 MFN 15 -273 -5 40 -272 -15

26 FVP 150 -196 -77 80 -195 -41

28 VMS 150 -320 -47 130 -322 -40

31 JAS 60 -312 -19 90 -305 -30

ID

Nome

PImax(cmH2O)FR_pós

PImax_prev Neder(cmH2O)

%PImax prev FRpós

PEmax cmH2O -FRpós

PEmax_prev Neder(cmH2O)

%PEmax_ prev_FRpós

7 MDR 60 -282 -21 50 -264 -19

14 MNO 35 -270 -13 35 -255 -14

15 MVSS 50 -298 -17 90 -284 -32

16 MLB 24 -283 -8 45 -283 -16

17 MLFL 40 -219 -18 35 -218 -16

18 ASA 150 -401 -37 100 -393 -25

19 PCM 100 -312 -32 50 -285 -18

23 AML 100 -236 -42 55 -219 -25

24 VBC 70 -326 -21 80 -327 -24

25 MSL 65 -220 -30 50 -215 -23

27 MGFC 90 -296 -30 80 -293 -27

29 MRS 90 -249 -36 70 -243 -29

30 FNS 30 -339 -9 38 -317 -12

32 PPM 80 -340 -24 90 -334 -27

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

127

ID Nome Tempo Carga máx_FR_pré Tempo

Carga máx_FR_pós

7 MDR 83 0,5 98 0,5

14 MNO 150 1,0 120 1,0

15 MVSS 170 1,5 170 1,0

16 MLB 95 0,5 159 1,0

17 MLFL 142 1,0 155 1,0

18 ASA 218 1,5 205 1,5

19 PCM 74 0,5 143 0,5

23 AML 162 1,0 99 0,5

24 VBC 219 1,5 228 1,5

25 MSL 152 1,0 152 1,0

27 MGFC 90 0,3 101 0,3

29 MRS 150 1,0 180 1,5

30 FNS 145 0,5 135 0,5

32 PPM 80 0,5 1o2 0,5

ID Nome Tempo pré

Carga máx_RP_pré

Tempo pós

Carga máx_RP_pós

1 RAA 120 1,0 207 2,0

2 MGM 88 0,5 135 1,5

3 LDP 169 1,5 249 2,0

4 PHBM 213 1,5 251 2,0

5 MAS 73 1,0 133 1,0

6 LGC 330 1,5 202 1,0

8 FAC 206 1,5 240 2,0

9 VMS 231 2,0 225 2,0

10 FLR 130 1,0 131 1,0

11 MFFM 164 1,5 170 1,5

12 RRS 220 1,5 230 2,0

20 RNS 215 1,5 230 2,0

21 MJA 250 1,0 240 2,0

22 MFN 189 0,8 201 0,8

26 FVP 141 0,5 180 0,8

28 VMS 200 0,8 232 1

31 JAS 143 1 270 2

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

128

ID Nome Inclinação_RP_pré Velocidade_RP_pré Tempo

1 RAA 7 3,5 592

2 MGM 3 4,5 380

3 LDP 5 4,0 465

4 PHBM 3 5,5 390

5 MAS 1 3,2 200

6 LGC 1 4,9 257

8 FAC 8 5,5 743

9 VMS 2 5,0 298

10 FLR 6 5,5 540

11 MFFM 8 4,5 677

12 RRS 3 5,0 330

20 RNS 9 5,5 788

21 MJA 7 5,0 600

22 MFN 7 5,5 648

26 FVP 4 3,0 378

28 VMS 7 4,0 600

31 JAS 7 2 600

ID Nome Inclinação_FR_pré Velocidade_FR_pré Tempo

7 MDR 1 3,8 270

14 MNO 4 4,0 410

15 MVSS 2 4,2 291

16 MLB 3 4,0 352

17 MLFL 4 4,7 540

18 ASA 0 5,2 240

19 PCM 0 2,7 105

23 AML 0 2,5 135

24 VBC 3 3,0 390

25 MSL 8 2,0 660

27 MGFC 8 3,8 652

29 MRS 6 2,5 540

30 FNS 3 2 450

32 PPM 6 2,5 540

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

129

ID Nome Inclinação_RP_pós Velocidade_RP_pós Tempo

1 RAA 12 5,2 930

2 MGM 5 4,5 472

3 LDP 7 5,2 600

4 PHBM 8 6,3 654

5 MAS 4 4,0 410

6 LGC 3 4,9 257

8 FAC 9 5,8 825

9 VMS 5 6,2 473

10 FLR 9 6,0 758

11 MFFM 11 5,2 834

12 RRS 8 6,0 660

20 RNS 11 5,8 840

21 MJA 9 5,5 720

22 MFN 6 6,0 526

26 FVP 7 3,0 600

28 VMS 8 4,3 660

31 JAS 8 2 660

ID Nome Inclinação_FR_pós Velocidade_FR_pós Tempo

7 MDR 1 3,6 278

14 MNO 4 4,0 392

15 MVSS 1 4,2 272

16 MLB 2 5,2 328

17 MLFL 4 4,8 410

18 ASA 6 5,2 525

19 PCM 0 3,0 120

23 AML 0 2,5 120

24 VBC 4 3,8 434

25 MSL 7 2,0 600

27 MGFC 8 3,8 660

29 MRS 3 2,9 400

30 FNS 0 2,5 180

32 PPM 8 3 700

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

130

ID Nome Ansiedade_FR_pré Depressão_FR_pré Ansiedade FR_pós

Depressão FR_pós

7 MDR 13 8 12 8

14 MNO 11 11 11 7

15 MVSS 10 12 8 5

16 MLB 5 10 9 9

17 MLFL 7 7 7 6

18 ASA 11 10 9 8

19 PCM 1 7 1 8

23 AML 3 9 1 2

24 VBC 5 9 6 6

25 MSL 14 10 10 8

27 MGFC 20 15 18 15

29 MRS 10 11 10 9

30 FNS 3 13 2 10

32 PPM 2 2 1 3

ID Nome Ansiedade_RP_pré Depressão_RP_pré

Ansiedade RP_pós

Depressão RP_pós

1 RAA 13 13 6 7

2 MGM 12 10 5 5

3 LDP 14 7 6 3

4 PHBM 2 4 0 0

5 MAS 12 12 6 7

6 LGC 13 7 7 3

8 FAC 4 5 4 3

9 VMS 18 6 4 1

10 FLR 12 9 7 5

11 MFFM 16 16 11 5

12 RRS 13 14 7 8

20 RNS 4 9 1 7

21 MJA 5 5 3 3

22 MFN 12 9 4 8

26 FVP 7 4 4 3

28 VMS 2 17 1 10

31 JAS 10 7 8 6

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

131

ID Nome CFS_RP_pré CMS_RP_pré CFS_RP_pós CMS_RP_pós

1 RAA 36,37 38,37 55,21 48,19

2 MGM 38,05 37,43 34,48 39,29

3 LDP 29,96 53,31 48,49 53,62

4 PHBM 41,78 64,97 52,64 59,05

5 MAS 54,23 24,65 46,32 40,66

6 LGC 31,16 25,73 39,85 58,79

8 FAC 48,36 60,35 50,41 63,18

9 VMS 29,00 29,81 54,05 47,65

10 FLR 27,82 43,39 58,34 31,94

11 MFFM 36,62 34,91 33,32 59,10

12 RRS 34,56 46,17 48,38 39,08

20 RNS 42,51 49,89 40,98 66,26

21 MJA 44,46 50,15 55,56 57,37

22 MFN 54,06 27,43 55,7 60,63

26 FVP 22,00 61,41 34,12 34,27

28 VMS 32,28 53,58 42,49 56,5

31 JAS 34,2 36,1 34,2 36,1

ID Nome CFS_FR_pré CMS_FR_pré CFS_FR_pós CMS_FR_pós

7 MDR 36,98 39,22 37,97 39,28

14 MNO 33,16 37,07 39,18 34,29

15 MVSS 28,49 41,20 37,91 33,44

16 MLB 46,89 50,86 52,03 44,19

17 MLFL 42,45 43,44 33,19 49,42

18 ASA 30,29 66,33 24,51 64,7

19 PCM 44,55 52,68 39,94 56,94

23 AML 27,11 64,84 23,53 64,91

24 VBC 38,68 52,63 42,47 52,48

25 MSL 23,28 36,09 35,36 32,04

27 MGFC 36,90 22,66 34,13 34,2

29 MRS 31,75 30,49 36,36 37,88

30 FNS 37,5 33,37 35,39 45,21

32 PPM 34,11 69,28 42,66 54,91

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

132

ID Nome G

RP Idade_ RP_pré

Peso_ RP_pré

Altura_ RP_pré

IMC_ RP_pré G

Idade RPpós

Peso RPpós

Altura RPpós

IMC RPpós

1 RAA 0 59 44 1,46 20,64 0 59 44 1,46 20,64

2 MGM 0 57 60 1,42 29,61 0 57 58 1,42 28,76

3 LDP 1 59 71 1,61 27,39 1 59 71 1,61 27,39

4 PHBM 1 68 59 1,57 23,94 1 68 57 1,57 23,12

5 MAS 0 62 61 1,53 26,23 0 62 60 1,53 25,63

6 LGC 0 79 56 1,45 26,40 0 79 57 1,45 26,87

8 FAC 1 60 49 1,59 19,38 1 60 47 1,59 18,59

9 VMS 1 47 60 1,70 20,76 1 47 60 1,70 20,76

10 FLR 1 69 80 1,65 29,38 1 69 80 1,65 29,38

11 MFFM 0 54 28 1,38 14,70 0 54 29 1,38 15,23

12 RRS 0 44 82 1,53 35,03 0 44 80 1,53 34,17

20 RNS 1 73 53 1,60 20,70 1 73 53 1,60 20,70

21 MJA 0 76 56 1,60 21,88 0 76 56 1,60 21,84

22 MFN 0 71 36 1,50 16,18 0 71 40 1,50 17,73

26 FVP 0 78 44 1,40 22,65 0 78 43 1,40 21,94

28 VMS 1 69 68 1,61 26,04 1 69 71 1,61 27,39

31 JAS 1 73 82 1,63 30,86 1 73 77 1,63 28,98

ID Nome G Idade FRpré

Peso FRpré

Altura FRpré

IMC FRpré G

Idade FR_pós

Peso FR_pós

Altura FR_pós

IMC FRpós

7 MaDR 0 74 39 1,51 17,06 0 74 39 1,51 17,10

14 MNO 0 80 40 1,55 16,65 0 80 39 1,55 16,23

15 MVSS 0 62 57 1,50 25,33 0 62 58 1,50 25,78

16 MLB 0 65 51 1,50 22,67 0 65 50 1,50 22,22

17 MLFL 0 75 88 1,57 35,70 0 75 85 1,57 34,48

18 ASA 1 57 57 1,60 22,27 1 57 55 1,60 21,60

19 PCM 1 80 63 1,60 24,61 1 80 61 1,60 23,83

23 AML 0 73 54 1,44 26,04 0 73 53 1,44 25,56

24 VBC 1 67 68 1,62 25,91 1 67 68 1,59 26,90

25 MSL 0 74 66 1,50 29,33 0 74 70 1,50 31,24

27 MGFC 0 68 56 1,58 22,43 0 68 57 1,58 22,83

29 MRS 0 71 71 1,55 29,47 0 71 74 1,55 30,80

30 FNS 0 65 39,4 1,55 16,40 0 65 41 1,55 17,07

32 PPM 1 80 64 1,73 21,38 1 80 65 1,73 21,72

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

133

SIM=1; NÃO=0

REABILITAÇÃO PULMONAR - cirurgia VM/EOT > 48horas

Dreno torácico D prolongado (dias)

Dreno torácico E prolongado

(dias) UTI prolongada (dias)

Tempo de Internação prolongada (dias)

RAA 0 Não - 2 dias Não 2 dias

Não 2 dias Não - 5 dias

MGM 0 Não - 3 dias Não 2 dias Não - 6 dias

LDP 0 Sim - 9 dias Sim 5 dias Não 2 dias Sim - 11dias

PHBM 0

dreno à D Ant. 10 dias Post.

15 dias Sem

dreno à E Sim 3 dias Sim 20 dias

MAS 0 Não - 2 dias Sem

dreno à E Não 2 dias Não - 5 dias

LGC 0 Sim - 6 dias Sim - 5

dias Sim 4 dias Sim - 10 dias

MFFM 0

dreno à D Ant. 08 dias Post.

10 dias Sem

dreno à E Não 2 dias Sim - 13 dias

RRS 0 Sem Dreno à D Não - 3

dias Não 2 dias Não - 7 dias

MJA 0 Não 4 dias Não 2 dias Não - 5 dias

FVP 0 Não 3 dias Sem

dreno à E Não 2 dias Não - 4 dias

VMS 0 Sem Dreno à D

Dreno torácico E ( 3dias) Não 3 dias Não - 3 dias

JAS 0 Não - 2 dias

Dreno torácico D

(2dias) Não 3 dias Não - 5dias

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

134

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

REABILITAÇÃO PULMONAR - cirurgia Empiema Hemorraiga Infecção da ferida cirúrgica

RAA 0 0 Não

MGM 0 0 Não

LDP 0 0 Não

PHBM 0 0 Infecção do dreno (antibiótico)

com enfisema subcutâneo

MAS 0 0 Não

LGC 0 0 Não

MFFM 0 0 Não

RRS 0 0 Não

MJA 0 0 Não

FVP 0 0 Não

VMS 0 0 Não

JAS 0 0 Não

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

RP- cirurgia Atelect.

Retenção de

Secreção Pneumonia Bronquite Pneumotórax Embolia pulmonar

Falência Respiratória Aguda

Bronco espasmo

RAA 0 0 0 0 0 0 0 0

MGM 0 1 0 0 0 0 0 0

LDP 0 1 0 0 0 0 0 0

PHBM 0 0 0 0 0 0 0 0

MAS 0 1 0 0 0 0 0 0

LGC 0 1 0 0 0 0 0 0

MFFM 0 1 0 0 0 0 0 0

RRS 0 1 0 0 0 0 0 0

MJA 0 1 0 0 0 0 0 0

FVP 0 0 0 0 0 0 0 0

VMS 0 0 0 0 0 1 0 0

JAS 0 0 0 0 0 0 0 0

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

135

Morbidade de maior relevância

Morbidade de menor relevância

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

RP cirurgia IRA Pneumonia

VM Prologada

>48h Total Taqueo

bronquite Atelectasia Bronco espasmo Total

RAA 0 0 0 0 0 0 0 0

MGM 0 0 0 0 0 0 0 0

LDP 0 0 0 0 0 0 0 0

PHBM 0 0 1 1 0 0 0 0

MAS 0 0 0 0 0 0 0 0

LGC 0 0 0 0 0 0 1 1

MFFM 0 0 0 0 0 0 0 0

RRS 0 0 0 0 0 0 0 0

MJA 0 0 0 0 0 0 0 0

FVP 0 0 0 0 0 0 0 0

VMS 0 0 0 0 0 0 0 0

JAS 0 0 0 0 0 0 0 0

Morbidade Clínica

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0 SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

REABILITAÇÃO PULMONAR - cirurgia IRA Pneumonia

VM prolongada

Traqueo bronquite Atelectasia

Bronco espasmo

RAA 0 0 0 0 0 0

MGM 0 0 0 0 0 0

LDP 0 0 0 0 0 0

PHBM 0 0 1 0 0 0

MAS 0 0 0 0 0 0

LGC 0 0 0 0 0 1

MFFM 0 0 0 0 0 0

RRS 0 0 0 0 0 0

MJA 0 0 0 0 0 0

FVP 0 0 0 0 0 0

VMS 0 0 0 0 0 0

JAS 0 0 0 0 0 0

Page 137: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

136

Morbidade operatória

SIM=1; NÃO=0 SIM=1; NÃO=0 SIM=1; NÃO=0

REABILITAÇÃO PULMONAR - cirurgia

Escape aéreo prolongado

Fístula Broncopleural

Empiema pleural Total

Total das morbidades

RAA 0 0 0 0 0

MGM 0 0 0 0 0

LDP 1 1 0 2 2

PHBM 1 1 0 2 4

MAS 0 0 0 0 0

LGC 0 0 0 0 2

MFFM 1 0 0 1 1

RRS 0 0 0 0 0

MJA 0 0 0 0 0

FVP 0 0 0 0 0

VMS 0 0 0 0 1

JAS 0 0 0 0

Morbidade de maior relevância

Morbidade de menor relevância

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

FR - Cirurgia IRA Pneumonia

VM prologada

> 48h Total Taqueo

bronquite Atelectasia Bronco

espasmo Total

MDR 0 0 Sim (5dias) 0 0 1 1

MVSS 0 0 Não(2dias) 0 0 1 1

MLB 0 0 Não(2dias) 0 0 1 1

MLFL 0 0 Sim (3dias) 0 1 1 2

ASA 0 0 Não(2dias) 0 1 1 2

PCM 0 0 Não(2dias) 0 0 1 1

MSL 0 0 Não(2dias) 0 0 0 0

MGF 0 0 Não(2dias) 0 0 0 0

FNS 0 0 Sim (3dias) 0 1 1 2

0 0 Não(2dias) 0 0 0 0

0 0 Sim(3 dias) 0 1 1 2

Page 138: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

137

Morbidade Clínica

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1 NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

FR Cirurgia

IRA Pneumonia VM prolongada

Traque obronquite Atelectasia

Bronco espasmo Total

MDR 0 0 Sim (5 dias) 0 0 1 2

MVSS 0 0 0 0 0 1 1

MLB 0 0 0 0 0 1 1

MLFL 0 0 Sim (3 dias) 0 1 1 3

ASA 0 0 0 0 1 1 2

PCM 0 0 0 0 0 1 1

MSL 0 0 0 0 0 0 0

MGF 0 1 0 0 0 0 1

FNS 0 0 Sim (3dias) 0 1 1 3

Morbidade operatória

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

SIM=1; NÃO=0

FR- Cirurgia

Escape aéreo prolongado

Fístula Broncopleural Empiema pleural Total

Total das morbidades

MDR Sim (12 dias) 1 0 1

MVSS Sim (06 dias) 1 0 1

MLB 0 0 0 1

MLFL 0 1 0 1

ASA Sim (09 dias) 1 0 1

PCM 0 0 0 1

MSL Sim (8 dias) 1 0 0

MGF Sim ( 8 dias) 1 0 0

FNS Sim (10 dias) 1 0 2

REABILITAÇÃO PULMONAR - Não cirurgia FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Não Cirurgia

FAC MNO

VMS AML

FLR VBC

RNS MRS

MFN PPM

Page 139: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

138

ANEXOS

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

139

ANEXO A – ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO

T Tumor Primário

Tx Citologia positiva sem evidência de tumor

T0 Sem evidência de tumor primário

Tis Tumor in situ

T1 Tumor ≤ 3 cm, sem invasão do brônquio lobar

T2 Tumor ≥ 3 cm ou de qualquer tamanho, com invasão da pleura

visceral, ou pneumonite obstrutiva ou atelectasia. Tumor em

brônquio lobar ou a pelo menos 2 cm distal da carina

T3 Tumor de qualquer tamanho com extensão direta à parede torácica

(incluindo tumor de Pancoast), ao diafragma, à pleura mediastinal

ou ao pericárdio. Tumor com atelectasia ou pneumonite obstrutiva

de todo o pulmão.

T4 Tumor de qualquer tamanho, com invasão do mediatino, do coração,

dos grandes vasos, da traquéia, do esôfago, de corpos vertebrais ou

da carina principal; ou associação a derrame pleural maligno.

N Envolvimento Linfonodal

N0 Sem metástases para linfonodos reionais

N1 Metástases para linfonodos peribrônquicos ou hilares do mesmo

lado ou ambos, incluindo extensão direta

N2 Metástases para linfonodos mediastinais do mesmo lado e para

linfonodos subcarinais

N3 Metástases para linfonodos mediastinais contralateral, hilares

contralaterais, supraclaviculares ou pré-escalênicos do mesmo lado

ou contralaterais.

M Metástases a Distância

M0 Sem metástases a distância (conhecidas)

M1 Metástases a distância presentes

Fonte: * FERNANDEZ, A.; JATENE, F.B.; ZAMBONI, M. Diagnóstico e estadiamento do câncer de pulmão. J Pneumol,

v.28, n.4,p. 219-228, 2002.

Page 141: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

140

ANEXO B – ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS

CÉLULAS POR GRUPOS

I

II

III

IV

IA

T1 N0 M0

IIA

T1 N1 M0

IIIA

T3 N1 M0

T1 N2 M0

T2 N2 M0

T3 N2 M0

IV

M1, com qualquer

T ou qualquer N

IB

T2 N0 M0

IIB

T2 N1 M0

T3 N0 M0

IIIB

T4 N1 M0

T4 N2 M0

T4 N3 M0

T1 N3 M0

T2 N3 M0

T3 N3 M0

T4 N3 M0

Fonte: * FERNANDEZ, A.; JATENE, F.B.; ZAMBONI, M. Diagnóstico e estadiamento do câncer de pulmão. J Pneumol,

v.28, n.4,p. 219-228, 2002.

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

141

ANEXO C - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

142

ANEXO D - REGISTRO DE ENSAIOS CLÍNICOS BRASILEIROS

Page 144: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

143

ANEXO E - TESTE DA CAMINHADA DE 6 MINUTOS

AVALIAÇÃO ( ) REAVALIAÇÃO ( )

NOME:_____________________________________________TEL:___________

TODAS AS AVALIAÇÕES DEVEM SER REALIZADAS PÓS BD (aguardar 15 min)

1. Está tomando alguma medicação diferente do habitual nos últimos dias? Se sim, qual

medicação? ___________________________

2. Secreção: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

3. Alterou a cor da secreção? ( ) não ( ) sim ( ) amarelada ( ) esverdeada

4. Falta de ar: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

5. Tosse: ( ) não ( ) sim ( ) melhorou ( ) piorou ( ) inalterada

6. Se apresentar um dos itens acima alterado, comunicar o médico e/ou fazer espirometria

Questionário de Estabilidade Clínica (QEC) : ( ) normal ( ) alterado

Data: ___/___/___ ( ) pré - RP ( ) pós- RP

Distância percorrida:_________metros

PA FC FR PA Sat de O2 Borg Voltas

MMII Dispnéia

Repouso

3 min

6 min

5 min

após

Oxigênio: cateter - ____________L/m Venturi: _______________________

Parou ou fez uma pausa antes dos seis minutos?

Motivo____________________________________________________

Ao final do teste outros sintomas ( ) angina ( ) tontura ( ) dor nas pernas, quadril ou

panturrilha

Responsável:_________________________________________________

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

144

ANEXO F - TESTE INCREMENTAL DE MMSS

AVALIAÇÃO ( ) REAVALIAÇÃO ( )

NOME:_____________________________________________DATA:_______

TODAS AS AVALIAÇÕES DEVEM SER REALIZADAS PÓS BD (aguardar 15 min)

1. Está tomando alguma medicação diferente do habitual nos últimos dias? Se sim, qual medicação?

__________________________________________________________________________

2. Secreção: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

3. Alterou a cor da secreção? ( ) não ( ) sim ( ) amarelada ( ) esverdeada

4. Falta de ar: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

5. Tosse: ( ) não ( ) sim ( ) melhorou ( ) piorou ( ) inalterada

6. Se apresentar um dos itens acima alterado, comunicar o médico e/ou fazer espirometria

( ) pré - RP ( ) pós- RP

QEC: ( ) normal ( ) alterado

CARGA Tempo

Inicial/final

Tempo

final

FC

(bpm)

F

(rpm)

SpO2

(%)

Borg D Borg

MMSS

Repouso

0,50kg 0´- 1´

1,00kg 1´- 2´

1,50kg 2´- 3´

2,00 kg 3´- 4´

2,50 kg 4´- 5´

3,00 kg 5´- 6´

3,50 kg 6´-7´

4,00 kg 7´- 8´

4,50 kg 8´-9´

5,00 kg 9´-10´

5,50 kg 10´-11´

6,00 kg 11´-12´

Recup. 2´

Oxigênio:__________________________________________________________________

Observações:_______________________________________________________________________

________________________________________________________________________

CARGA DE TREINAMENTO: __________________________________________________

________________________________________

Avaliador

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

145

ANEXO G – TESTE INCREMENTAL DE MMII

AVALIAÇÃO ( ) REAVALIAÇÃO ( )

NOME:_____________________________________________DATA:_______

TODAS AS AVALIAÇÕES DEVEM SER REALIZADAS PÓS BD (aguardar 15 min)

Questionário de estabilidade clínica

1. Está tomando alguma medicação diferente do habitual nos últimos dias? Se sim, qual medicação?

_______________________________________________________

2. Secreção: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

3. Alterou a cor da secreção? ( ) não ( ) sim ( ) amarelada ( ) esverdeada

4. Falta de ar: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

5. Tosse: ( ) não ( ) sim ( ) melhorou ( ) piorou ( ) inalterada

6. Se apresentar um dos itens acima alterado, comunicar o médico e/ou fazer espirometria

FC máx idade: ____bpm Vel: ______mph _____ Km/h Incl: _______ %

Equação: Sim ( ) Não ( )

Tempo: ______ min Distância: _______milhas _____Km

BORG

Repouso FC PA fr Sat02 D MMII

Final 3´ aquec

1% 4´

2% 5´

3% 6´

4% 7´

5% 8´

6% 9´

7% 10´

8% 11´

9% 12´

10% 13´

11% 14´

12% 15´

13% 16´

14% 17´

15% 18´

2´ rec. Ativa

2´ rec. passiva

Uso de Oxigênio:_________/min

Observações:____________________________________________________________

Examinadores: ________________________________

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

146

ANEXO H - TESTE DE ENDURANCE DE MMII

Nome: _____________________________________________________________ Data:

___/___/___

TODAS AS AVALIAÇÕES DEVEM SER REALIZADAS PÓS BD (aguardar 15 min)

1. Está tomando alguma medicação diferente do habitual nos últimos dias? Se sim, qual medicação?

___________

2. Secreção: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

3. Alterou a cor da secreção? ( ) não ( ) sim ( ) amarelada ( ) esverdeada

4. Falta de ar: ( ) aumentou ( ) diminuiu ( ) inalterada

5. Tosse: ( ) não ( ) sim ( ) melhorou ( ) piorou ( ) inalterada

6. Se apresentar um dos itens acima alterado, comunicar o médico e/ou fazer espirometria

( ) pré - RP ( ) pós- RP

Questionário de estabilidade clínica: ( ) normal ( ) alterado

FC máx idade: ____bpm Vel: ______mph _____ Km/h

Incl: _______ % Distância: _______milhas _____Km Tempo:

______ min

FC (bpm) PA (mmHg) f (rpm) SpO2 (%) Borg D Borg MMII

REPOUSO

12´

15´

18´

21´

24´

2´ rec. ativa

2´rec.passiva

Uso de Oxigênio:___________________________________

Examinadores:________________________________________________

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

147

ANEXO I - VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE

VIDA SF-36

AVALIAÇÃO ( ) REAVALIAÇÃO ( )

Nome: ___________________________________________ Tel ___________

Instrução: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão

informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida

diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro

ou em dúvida em como responder, por favor tente responder o melhor que puder.

1- Em geral, você diria que a sua saúde é: (circule uma em cada linha)

Excelente Muito boa Boa Ruim Muito ruim

1 2 3 4 5

2- Comparada a um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?

(circule uma em cada linha)

Muito melhor Um pouco

melhor

Quase a mesma Um pouco pior Muito pior

1 2 3 4 5

3- Os seguinte itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um

dia comum. Devido a sua saúde, você teria dificuldade para fazer essas atividades?

Neste caso, quanto?

(circule uma em cada linha)

ATIVIDADES

Sim.

Dificulta

muito

Sim.

Dificulta

um pouco

Não.

Não

dificulta

de modo

algum

a. Atividades vigorosas, que exigem muito esforço,

tais como correr, levantar objetos pesados, participar

em esportes árduos

1

2

3

b. Atividades moderadas, tais como mover uma

mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a sala.

1

2

3

c. Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3

d. Subir vários lances de escada 1 2 3

e. Subir um lance de escada 1 2 3

f. Curva-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3

g. Andar mais de 1 kilômetro 1 2 3

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

148

h. Andar vários quarteirões 1 2 3

i. Andar um quarteirão 1 2 3

j. Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu

trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de saúde física?

(circule uma em cada linha)

Sim Não

a- Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava-se ao seu

trabalho ou a outras atividades?

1

2

b- Realizou menos tarefas do que você gostaria 1 2

c- Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 1 2

d- Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (por

exemplo: necessitou de um esforço extra)?

1

2

5- Durante últimas 4 semanas, você teve alguns dos seguintes problemas com o seu

trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüente de algum problema

emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso)? (Circule uma em cada linha)

Sim Não

a- Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava-se ao seu

trabalho ou a outras atividades?

1 2

b- Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c- Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto

cuidado como geralmente faz?

1

2

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas

emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação a família,

vizinhos, amigos ou em grupo? (circule uma)

De forma

nenhuma

Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas semanas? (circule uma)

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito Grave

1 2 3 4 5 6

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal

(incluindo tanto o trabalho, fora de casa e dentro de casa)?

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

149

De maneira

alguma

Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você

durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais

se aproxime da maneira como você se sente. Em relação as últimas 4 semanas.

Todo

tempo

A maior

parte do

tempo

Uma

boa

parte do

tempo

Alguma

parte

do

tempo

Uma

pequena

parte do

tempo

Nunca

a- Quanto tempo você tem se

sentido cheio de vigor, cheio

de vontade, cheio de força

1 2 3 4 5 6

b- Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa muito

nervosa

1 2 3 4 5 6

c- Quanto tempo você tem se

sentido tão deprirmido que

nada pode anima-lo

1 2 3 4 5 6

d- Quanto tempo você tem se

sentido calmo ou tranqüilo?

1 2 3 4 5 6

e- Quanto tempo você tem

com muita energia?

1 2 3 4 5 6

f- Quanto tempo você tem se

sentido desanimado e abatido?

1 2 3 4 5 6

g- Quanto tempo você tem se

sentido esgotado?

1 2 3 4 5 6

h- Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa feliz?

1 2 3 4 5 6

i- Quanto tempo você tem se

sentido cansado?

1 2 3 4 5 6

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

150

10- Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo dedicado a sua saúde física ou

problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais, como visitar

amigos, parentes, etc?

Todo o tempo A maior parte

do tempo

Alguma parte

do tempo

Uma pequena

parte do tempo

Nenhuma parte

do tempo

1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitiv

amente

verdadeir

a

A maioria

das vezes

verdadeiro

Não

sei

A maioria

das vezes

falsa

Definitiva-

mente falsa

a- Eu costumo adoecer um

pouco mais facilmente que as

outras pessoas

1 2 3 4 5

b- Eu sou tão saudável quanto

qualquer pessoa que eu conheço

1 2 3 4 5

c- Eu acho que a minha saúde

vai piorar

1 2 3 4 5

d- Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5

Avaliador

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

151

ANEXO J - ESCALA DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO – HAD

AVALIAÇÃO ( ) REAVALIAÇÃO( )

NOME:_____________________________________________DATA:___________

Por favor, leia toadas as frases. Marque com um “X” a resposta que melhor corresponde a

como você tem se sentido na última semana. Não é preciso ficar pensando muito em cada

questão. Vale mais a sua resposta espontânea.

A Eu me sinto tenso ou contraído

3. ( ) A maior parte do tempo

2. ( ) Boa parte do tempo

1. ( ) De vez em quando

0. ( ) Nunca

D Eu ainda sinto gosto (satisfação) pelas mesmas coisas que costumava gostar

0. ( ) Sim, do mesmo jeito que antes

1. ( ) Não tanto quanto antes

2. ( ) Só um pouco

3. ( ) Já não sinto mais prazer em nada

A Eu sinto uma espécie de medo, como se alguma coisa ruim fosse acontecer

3. ( ) Sim, de um jeito muito forte

2. ( ) Sim, mas não tão forte

1. ( ) Um pouco, mas isso não me preocupa

0. ( ) Não sinto nada disso

D Dou risada e me divirto quando vejo coisas engraçadas

0. ( ) Do mesmo jeito que antes

1. ( ) Atualmente um pouco menos

2. ( ) Atualmente bem menos

3. ( ) Não consigo mais

A Estou com a cabeça cheia de preocupações

3. ( ) A maior parte do tempo

2. ( ) Boa parte do tempo

1. ( ) De vez em quando

0. ( ) Raramente

D Eu me sinto alegre

3. ( ) Nunca

2. ( ) Poucas vezes

Page 153: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

152

1. ( ) Muitas vezes

0. ( ) A maior parte do tempo

A Consigo ficar sentado à vontade e me sentir relaxado

0. ( ) Sim, quase sempre

1. ( ) Muitas vezes

2. ( ) Poucas vezes

3. ( ) Nunca

D Estou lento (lerdo) para pensar e fazer as coisas

3. ( ) Quase sempre

2. ( ) Muitas vezes

1. ( ) De vez em quando

0. ( ) Nunca

A Tenho uma sensação ruim de medo (como um frio na espinha, ou um aperto no

estômago...)

0. ( ) Nunca

1. ( ) De vez em quando

2. ( ) Muitas vezes

3. ( ) Quase sempre

D Eu perdi o interesse em cuidar da minha aparência

3. ( ) Completamente

2. ( ) Não estou mais me cuidando como eu deveria

1. ( ) Talvez não tanto quanto antes

0. ( ) Me cuido do mesmo jeito que antes

A Eu me sinto inquieto, como se eu não pudesse ficar parado em lugar nenhum

3. ( ) Sim, demais

2. ( ) Bastante

1. ( ) Um pouco

0. ( ) Não me sinto assim

D Fico esperando animado as coisas boas que estão por vir

0. ( ) Do mesmo jeito que antes

1. ( ) Um pouco menos do que antes

2. ( ) Bem menos do que antes

3. ( ) Quase nunca

A De repente tenho a sensação de entrar em pânico

3. ( ) A quase todo momento

2. ( ) Várias vezes

1. ( ) De vez em quando

Page 154: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

153

0. ( ) Não sinto isso

D Consigo sentir prazer ao assistir a um bom programa de TV, de rádio, ou quando leio

alguma coisa

0. ( ) Quase sempre

1. ( ) Várias vezes

2. ( ) Poucas vezes

3. ( ) Quase nunca

Avaliador

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Repositório ... · reduziu o percentual de complicações pulmonares no pós-operatório. Na ausência de RP a FR pode ser uma estratégia importante

154

ANEXO L - ESCALA DE BORG

0 Nenhuma

0,5 Muitíssima leve

1 Muito leve

2 Leve

3 Moderada

4 Um pouco acentuada

5 Acentuada

6 Muito Acentuada

7 Forte

8 Muito Forte

9 Bastante Forte

10 Máxima