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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Biomédicas Programa de Pós Graduação em Ciências Morfológicas Departamento de Anatomia FATOR DE CRESCIMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO (CTGF) PROMOVE AGREGAÇÃO, MIGRAÇÃO E QUIMIOATRAÇÃO EM TERATOCARCINOMA EMBRIONÁRIO P19. Dissertação de Mestrado Diego Pinheiro Aguiar Orientador: José Garcia Ribeiro Abreu Júnior Rio de Janeiro – 2008

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Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Biomédicas

Programa de Pós Graduação em Ciências Morfológicas Departamento de Anatomia

FATOR DE CRESCIMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO (CTGF) PROMOVE AGREGAÇÃO, MIGRAÇÃO E

QUIMIOATRAÇÃO EM TERATOCARCINOMA EMBRIONÁRIO P19.

Dissertação de Mestrado

Diego Pinheiro Aguiar

Orientador: José Garcia Ribeiro Abreu Júnior

Rio de Janeiro – 2008

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Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo (CTGF) promove agregação, migração e quimioatração em teratocarcinoma embrionário P19.

Diego Pinheiro Aguiar Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Pós Graduação em Ciências Morfológicas - Mestrado Orientador: Prof. Dr. José Garcia Ribeiro Abreu Jr.

UFRJ/ICB

2008

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Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo (CTGF) promove agregação, migração e quimioatração em teratocarcinoma embrionário P19.

Diego Pinheiro Aguiar

Dissertação de mestrado submetida ao corpo docente do Programa de Pós Graduação em Ciências Morfológicas. Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ, como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de mestre.

Prof. Dr. José Garcia Ribeiro Abreu Jr – Orientador. Prof. Dr. Stevens Kastrup Rehen – Examinador. Prof. Dr. Marcelo Felippe Santiago – Examinador. Prof. Dr. Gilberto Weissmüller – Examinador. Profa. Dra. Helena Lobo Borges – Revisor a Suplente. Prof. Dr. Marcelo Einicker Lamas – Suplente.

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Rio de Janeiro 2008

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FICHA CATALOGRÁFICA

Aguiar, Diego Pinheiro Fator de crescimento do tecido conjuntivo (CTGF) promove agregação,

migração e quimioatração em teratocarcinoma embrionário P19 / Diego Pinheiro Aguiar. – Rio de Janeiro: UFRJ / ICB, 2008.

xvi, 135f. : il. ; 31 cm. Orientador: José Garcia Ribeiro Abreu Júnior

Dissertação (mestrado) – UFRJ/ICB, Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfológicas, 2008.

Referências bibliográficas: f. 62-88 1. Movimento celular. 2. Aderência celular. 3. Teratocarcinoma – embriologia. 4. Proteínas quinases S6 ribossômicas 90-kDa. 5. Peptídeos e proteínas de sinalização intercelular. 6. Linhagem celular tumoral. 7. Camundongos. 8. Ciências Morfológicas – Tese. I. Abreu Júnior, José Garcia Ribeiro. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, ICB, Programa de Pós-Graduação Ciências Morfológicas. III. Título.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu Orientador e amigo José Garcia Ribeiro Abreu Jr. Por

esses quase cinco anos juntos na vida científica, no qual pude aprender muito

sobre a carreira científica. É uma grande honra e prazer ter participado da

construção do Laboratório de Embriologia de Vertebrados (LEV) e fazer parte

desse grupo. Obrigado pelos ensinamentos e por ter exigido o máximo de mim.

Aos amigos do Laboratório de Embriologia de Vertebrados que

participaram da minha formação, Marcos Pacheco, Karla Loureiro, Fábio

Mendes, Alice Helena e recentemente Débora Malta. Obrigado pelos debates

que enriqueceram a minha formação profissional e pessoal. Às meninas do

LEV, Mariana Louza e Nathália Amado.

Aos amigos do Laboratório de Morfogênese Celular (LMC), Professor

Vivaldo, Bruno, Rose, Luciana, Gisele, Sheila, Rossana, Ana e Nathan. Por

estar sempre dispostos a ajudar nas horas difíceis.

Aos amigos do Laboratório de Neurobiologia Celular (LNBC), Flávia

Gomes, Vivian, Joice, Tânia, Aline, Cristiane, Rômulo, Fernando, Juliana e

Ismael. Por terem colaborado com o meu crescimento profissional.

A Professora Helena Borges, pela excelente revisão. Aos membros da

banca, Professores Stevens Rehen, Marcelo Santiago e Gilberto Weissmuller.

Por contribuir com de maneira construtiva.

Agradeço à minha querida namorada Juliana Coelho, pela dedicação,

compreensão, amizade, carinho e apoio nessa caminhada.

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Meu agradecimento especial à minha querida família que sempre me

apoiou, confiou em mim e sofreu junto em todos os momentos difíceis. Muito

obrigado meus pais, Lourenço Aguiar e Vera Lúcia Pinheiro, avós Maria Luiza e

José e meus queridíssimos irmãos, Tiago Aguiar e Ramon Aguiar. Um

muitíssimo obrigado sem vocês tudo isso seria muito difícil.

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Lista de abreviaturas

AR - Ácido Retinóico

ATCC - American Type Culture Collection

BMP - Proteína Morfogenética do Osso

CTGF - Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo

CYR61 - Rico em Cisteína 61

DMSO - Dimetil Sulfoxi

DNA - Ácido Desoxiribonucleico

ERK – Proteína Quinase Reguladora de Sinais Extracelulares

FN – Fibronectina

LN - Laminina

MAPK - Proteína Quinase Ativadora de Mitose

MEK - MAP-quinase-quinase-quinase

MSS - Meio Sem Soro

NOV - Nefroblastoma Superexpresso

P38 – Proteína de 38 kDa

PI3K - Fosfoinositol 3 quinase

PKB/Akt - Protína Quinase B

RAF - MAP-quinase-quinase

Ras - Proteína Moduladora de GTPase

RNA - Ácido Ribonucleico

RNAm - Ácido Ribonucléico mensageiro

SFB - Soro Fetal Bovino

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SIRNA - Pequeno RNA de interferência

TGF-beta - Fator de Crescimento Transformante - beta

WISP1 - Wnt-inducible signaling pathway protein-1

WISP2 - Wnt-inducible signaling pathway protein- 2

WISP3 - Wnt-inducible signaling pathway protei- 3

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SUMÁRIO

Ficha Catalográfica...........................................................................................iii

Agradecimentos................................................................................................iv

Lista de abreviaturas........................................................................................vi

Índice de figuras..............................................................................................xii

Índice de tabelas.............................................................................................xiv

Resumo.............................................................................................................xv

Abstract...........................................................................................................xvi

1- INTRODUÇÃO

1.1 - Relevância da tese: porque estudar migração e adesão celular?........1

1.2 - Locomoção celular....................................................................................2

1.3 - Orientação dos movimentos celulares por moléculas

quimioatratoras..................................................................................................2

1.4 - Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo (CTGF) em processos

fisiológicos e patológicos.................................................................................3

1.5 - CTGF durante o desenvolvimento dos vertebrados..............................7

1.6 - A célula de teratocarcinoma embrionário P19 como modelo de

estudo.................................................................................................................8

1.7 - CTGF e as vias de sinalização ERK e P38 MAPK, e PKB/AKT............10

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2 - OBJETIVOS

2.1 - Objetivo geral...........................................................................................14

2.2 - Objetivos específicos..............................................................................14

3 - MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 - Cultura de células....................................................................................15

3.2 - Método de contagem de células e análise estatística..........................15

3.3 - Manutenção, indução e purificação da proteína recombinante

CTGF.................................................................................................................16

3.4 - Tratamento das esferas com meio condicionado enriquecido com

CTGF recombinante.........................................................................................17

3.5 - Eletroforese e Imunodetecção...............................................................18

3.6 - Ensaio de Proliferação celular por incorporação de timidina tritiada

[3H].....................................................................................................................23

3.7 - Microscopia eletrônica de varredura.....................................................23

3.8 - Ensaio de migração e invasão celular...................................................24

3.9 - Protocolo de revestimento protéico das esferas de poliestireno......25

3.10 - Pinça óptica e medida do tempo característico de adesão...............25

4 - RESULTADOS

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4.1 - Células P19 preferencialmente aderem e agregam-se a esferas de

agarose tratadas com CTGF recombinante..................................................27

4.2 – O número de células aderidas e próximas às esferas tratadas com

CTGF é significantemente maior....................................................................31

4.3 - Análise morfológica do fenômeno de agregação.................................33

4.4 - CTGF não induz proliferação durante o fenômeno de agregação......35

4.5 - CTGF age como fator quimioatrator para células de teratocarcinoma

embrionário P19...............................................................................................37

4.6 - A proteína CTGF é extremamente adesiva............................................41

4.7 - CTGF promove aumento na fosforilação de PKB/AKT e P38, mas não

de ERK..............................................................................................................46

4.8 - A quimioatração promovida pelo CTGF é dependente das vias de

MAPK e PKB/Akt..............................................................................................48

5 - DISCUSSÃO

5.1 - Desenvolvimento embrionário e migração...........................................53

5.2 - Migração, quimioatração e metástase tumoral.....................................54

5.3 - Hipótese de ativação da migração, quimioatração causada pelo

CTGF.................................................................................................................56

6 - CONCLUSÃO.........................................................................................60-61

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................62

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ANEXO II

CCN2/CTGF-Modulated cell adhesion and chemoattraction in embryonal carcinoma cell. Diego P. Aguiar; Fábio A. Mendes; Leonardo R. Andrade; Bruno A. Pontes; Nathan B. Viana and José G. Abreu. ANEXO II Dynamic analysis of th expression of the TGF-β/SMAD2 pathway and CCN2/CTGF during early steps of tooth development. Marcos S, Pacheco; Alice H. dos Reis; Diego P. Aguiar; Karen M. Lyons and José G. Abreu.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Domínios das proteínas pertencentes à família CCN..........................5

Figura 2. Via de Sinalização MAPK e PKB/Akt.................................................13

Figura 3. Imunodetecção contra o epítopo Flag da proteína recombinante

CTGF.................................................................................................................17

Figura 4. Imunodetecção contra o epítopo (Flag) presente na proteína CTGF

ligada às esferas de agarose após a incubação com o meio

condicionado......................................................................................................18

Figura 5. Representação esquemática da esfera de agarose..........................29

Figura 6. Células P19 preferencialmente aderem e agregam-se às bilhas de

agarose tratadas com CTGF recombinante.......................................................30

Figura 7. Gráfico do número de células P19 aderidas às esferas tratadas ou

não com CTGF..................................................................................................32

Figura 8. CTGF gera adesão e projeção de lamelipódio das células P19 sobre

as esferas tratadas com CTGF..........................................................................34

Figura 9. CTGF não promove aumento na proliferação das células de

teratocarcinoma embrionário P19......................................................................36

Figura 10. Representação esquemática da Câmara de Boyden......................39

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Figura 11. CTGF promove quimioatração dose dependente...........................40

Figura 12. Representação esquemática da aproximação da esfera de

poliestireno com a pinça óptica..........................................................................43

Figuira 13. Imunodetecção contra a proteína CTGF (A), Laminina (LN) (B) e

Fibronectina (FN)...............................................................................................43

Figura 14. Tempo de adesão característico das moléculas CTGF, Fibronectina

e Laminina.........................................................................................................44

Figura 15. CTGF promove o aumento da fosforilação de PKB/Akt e P38, mas

não de ERK........................................................................................................47

Figura 16. Fotomicrografia da porção inferior da membrana de

policarbonato.....................................................................................................49

Figura 17. Quantificação do número de células presentes na porção inferior da

membrana de policarbonato..............................................................................50

Figura 18. Representação esquemática da hipótese de atuação do CTGF na

promoção da migração, quimioatração..............................................................59

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Características dos anticorpos primários utilizados..........................21

Tabela 2. Características dos anticorpos secundários utilizados......................22 Tabela 3. Características das sondas e corantes utilizados.............................22

Tabela 4. Medidas do tempo de adesão característico.....................................46

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RESUMO

O Fator de crescimento do tecido conjuntivo (CTGF) é uma proteína secretada que esta envolvida em múltiplos fenômenos celulares como proliferação, diferenciação, migração, remodelamento da matriz extracelular e diversos processos mais complexos como angiogênese, condrogênese e cicatrização. Essas observações sugerem que o CTGF pode influenciar na migração e agregação, podendo funcionar como um importante agente quimiotático, durante a interação célula-célula e célula-matriz. Neste estudo investigamos a influência do CTGF como agente quimiotático e promotor da adesão celular em cultura de células de teratocarcinoma embrionário (P19). Nossos resultados mostram que as células P19 preferencialmente são atraídas e aderem a esferas tratadas com a proteína CTGF, as análises físicas por microscopia eletrônica de varredura e a caracterização do tempo de adesão revelaram a adesão física e adesão morfológica das células P19 sobre as esferas tratadas com CTGF. Além disso, ensaio de migração usando a câmara Boyden mostrou que as células P19 são atraídas pela proteína CTGF solúvel e que este evento pode envolver a fosforilação de PKB/AKT e P38, mas não a fosforilação de ERK1/2MAPK. Esses resultados mostram que a proteína CTGF é um potente indutor da quimioatração e adesão e que este evento é dependente deda via de P38 MAPK e PKB/AKT. Palavras Chave: Agregação celular, família CCN, teratocarcinoma embrionário, migração, quimiotaxia, pinça ótica.

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ABSTRACT

Connective Tissue Growth Factor (CTGF) is a matricellular secreted protein involved in complex processes such as wound healing, angiogenesis and chondrogenesis by regulating cell proliferation, migration, adhesion and extracellular matrix remodeling. Although several reports have shown CTGF adhesive/migratory properties in different cell types, it was not reported CTGF functioning in adhesion and migration of embryonal carcinoma cells neither physical feature involved in this processes. In this study, we investigated the adhesion and chemoattraction role of CTGF protein bound to beads using embryonic teratocarcinoma cells (P19). The results showed that P19 cells surrounded and attached to CTGF-treated beads. Scanning electron microscopy and optical tweezers analysis of characteristic time adhesion revealed morphological and physical attachment of P19 cells to CTGF-treated beads. P19 cells adhesion time on CTGF was 9.6 seconds, which was 5 to 3.5 folds slower than laminin and fibronectin, respectively. Furthermore, Boyden chamber experiments showed that P19 cells are attracted by CTGF protein and that this event may involve the phosphorylation of AKT and P38, but not phospho-P44/42 MAPK (Erk1/2). Together, these data suggest that CTGF also influence adhesion and chemoattraction in pluripotent P19 cells and reveal important morphological and physical properties of P19 cell adhesion. Keywords: Cell aggregation, CCN family, teratocarcinoma cells, migration, chemotaxis, optical tweezers.

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1. INTRODUÇÃO

1.1 - Relevância da tese: por que estudar migração e adesão celular?

De acordo com Lodish et al., 2002, a mobilidade celular é uma das

realizações capitais da evolução. As células primitivas não tinham movimento

próprio, eram transportadas por correntes no meio primordial. Com a evolução

dos organismos multicelulares, órgãos primitivos foram formados por

migrações de células isoladas de partes remotas do embrião. Em organismos

adultos, o movimento de células isoladas em busca de microorganismos é

fundamental contra as infecções; por outro lado a migração celular

descontrolada é um sinal funesto de uma célula cancerosa.

Quase todas as células do corpo têm uma situação fixa, podendo exibir

alterações dramáticas na sua morfologia, como a contração de células

musculares, alongamento de axônio dos neurônios, formação de projeções na

superfície celular e constrição de uma célula durante a mitose.

Esses movimentos celulares são essenciais no crescimento e na

diferenciação celular e devem ser cuidadosamente controlados pelas células

para que sejam específicos e ocorram em locais determinados (Lodish et al.,

2002).

Neste trabalho nós utilizamos esferas de agarose como um meio sólido

contendo a proteína de estudo é uma ferramenta que nos permite avaliar o

potencial indutor de agregação e migração celular em pontos específicos da

cultura de células. Da mesma maneira as esferas de poliestireno constituem

ferramenta primorosa, sendo determinante neste trabalho, nos permitindo

estudar o tempo relativo de adesão em pontos da superfície celular.

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1.2 - Locomoção Celular

Diferentes mecanismos são utilizados pelas células para a criação de

movimento, como a montagem de filamentos de actina sob a forma de feixes e

redes complexas, e a contração desses feixes sobre moléculas de miosina

(Stålhand et al., 2007). Esses mecanismos representam os principais

processos pelos quais as células geram as forças necessárias para a sua

migração.

Ao se movimentarem as células exibem uma seqüência de mudanças na

morfologia celular. A etapa inicial é a protrusão de um lamelipódio, onde ocorre

a polimerização controlada de filamentos de actina na margem de ataque da

célula e, subseqüentemente, interligação destes filamentos em feixes e redes.

Depois de concluir as fixações para o avanço, a maior parte do conteúdo

celular sofre translocação para frente. Finalmente a última etapa do movimento

é o deslocamento, onde as aderências focais são rompidas e a parte traseira

da célula é transportada para frente (Lodish et al., 2002). Esses processos são

controlados por diversas vias de sinalização.

1.3 - Orientação dos movimentos celulares por moléculas

quimioatratoras.

A migração celular é um evento crítico para o desenvolvimento

embrionário normal, para a resposta imune, para a reparação de feridas e

durante os eventos de metástase (Tanaka et al., 1995; Cohen-Hillel et al.,

2007). A atração quimiotáxica é baseada em um gradiente de um determinado

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fator ou substância que, por meio de sinais intracelulares gerados a partir de

receptores presentes na membrana celular, promovem eventos de motilidade

celular (Cohen-Hillel et al., 2007; Kamiya et al., 2007). Sob certas condições,

essas trilhas químicas extracelulares orientam o movimento de uma célula em

determinada direção (Lodish et al., 2002). A motilidade é regulada

fundamentalmente por duas maneiras: por contato das células com a matriz

extracelular e por fatores de crescimento solúveis que se ligam aos receptores

na superfície celular (Entschladen et al., 2006). Em alguns tipos celulares como

os queratinócitos ou fibroblastos, a migração celular é iniciada pela matriz

extracelular, que promove adesões focais e a migração propriamente dita, não

necessitando de fatores de crescimento solúveis. Em contraste, alguns eventos

migratórios são iniciados por fatores de crescimento solúveis, que dependem

posteriormente da matriz extracelular (Entschladen et al., 2006).

1.4 - Fator de Crescimento do Tecido Conjuntivo (CTGF) em processos

fisiológicos e patológicos.

A proteína CTGF foi descoberta em 1991 por Bradham e colaboradores

e descrito como um novo polipeptídio secretado por células endoteliais

humanas em cultura e que estimulava a síntese de DNA e a quimiotaxia em

fibroblastos. Atualmente o CTGF participa de uma família de proteínas

chamada de CCN, cujos membros são: CYR61/CCN1, CTGF/CCN2,

NOV/CCN3, WISP-1, WISP-2 e WISP-3. As proteínas da família CCN são

caracterizadas por possuírem quatro domínios específicos extremamente

conservados, domínio idêntico a uma porção do fator de crescimento

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semelhante à insulina (IGF) (módulo I), um outro domínio semelhante a

trombospondina-1 (TSP-1) (módulo II), um terceiro domínio que corresponde a

repetição do Fator de Von Willenbrand tipo C (VWF) (módulo III) e por fim, o

domínio C-terminal, rico em cisteína (módulo IV) (Essam et al., 2000, Moussad

e Brigstock, 2000, Abreu et al., 2002) (Figura 1). Esses módulos são

importantes na modulação de outros fatores, como TGF-beta, BMP e

fibronectina (Abreu et al, 2002; Hoshijima et al., 2006), e promovem diferentes

eventos como migração e adesão celular em células satélites do fígado (Gao e

Brigstock, 2006), proliferação e diferenciação de miofibroblasto (Asano et al.,

2005), condrogênese e angiogênese durante o desenvolvimento esquelético

(Ivkovic et al., 2003) deposição de matriz extracelular (di Mola et al., 2002). O

domínio CT do CTGF interage com a fibronectina aumentando a adesão celular

em condrócitos através da integrina α5β1 (Hoshijima et al., 2006), controla

adesão em plaquetas pela ação sinérgica de CTGF e Cyr61 através da

interação com integrinas αIIbβ3 (Jedsadaynmata et al., 1999), e estimula a

deposição de colágeno via modulo III através de subunidades de integrinas αVII

e β1 (Heng et al., 2006).

O CTGF está presente e superexpresso em alguns tipos de fibroses

como: a esclerose sistêmica, esclerose da pele e quelóides (Igarashi et al.,

1995, Igarashi et al., 1996 e Sato et al., 2000), está também presente em

outras condições patológicas, como: a displasia tumoral, a regeneração de

ferida e a regeneração do fígado (Brigstock, 1999), além de eventos

metastáticos, pois anticorpos neutralizadores contra a proteína CTGF podem

controlar a metástase em tumores pancreáticos (Dornhofer et al, 2006).

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Estudos in vivo mostraram superexpressão do RNA mensageiro e da proteína

CTGF em muitos órgãos e tecidos fibróticos, incluindo fígado (Paradis et al.,

1999), rim (Ito et al., 1998), pulmão (Lasky et al., 1998), sistema cardiovascular

(Oemar et al., 1997), pâncreas (Di Mola et al., 1999), intestino (Dammeier et al.,

1998), olho (Lee e Joo, 1999) e gengiva (Hong et al., 2000). O progresso dos

estudos sobre os mecanismos de ação do CTGF tem sido considerado

pequeno, pois até o presente momento não existe nenhuma descrição sobre

receptores e vias de sinalização específica para o fator. Sendo assim, as

publicações sobre o CTGF aparecem de maneira descritiva e indireta.

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IGFB TSP

IGFB TSP

Figura 1. Domínios das proteínas pertencentes à família CCN. CYR61/CCN1, CTGF/CCN2, NOV/CCN3, WISP-1, WISP-2 e WISP-3. As proteínas da família CCN são caracterizadas por possuírem quatro domínios específicos extremamente conservados, domínio idêntico a uma porção do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) (módulo I), um outro domínio semelhante a trombospondina-1 (TSP-1) (módulo II), um terceiro domínio que corresponde a repetição do Fator de Von Willenbrand tipo C (VWF) (módulo III) e por fim, o domínio C-terminal, rico em cisteína (módulo IV) (Essam et al., 2000 (Modificado a partir de Moussad e Brigstock 2000).

Módulo I Módulo II Módulo III Módulo IV CT

CT

CT

CT

CT

VWF

VWF

VWF

VWF

VWF

VWF

WISP-3/CCN6

WISP-2/CCN5

WISP-1/CCN4

CYR61/CCN1

NOV/CCN3

CTGF/CCN2

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1.5 - CTGF durante o desenvolvimento de vertebrados.

O CTGF pode ser encontrado em vários tecidos durante o

desenvolvimento do embrião e na fase adulta dos indivíduos, exercendo papel

primordial na padronização das estruturas do embrião e na manutenção da

homeostasia do sistema adulto. O CTGF é fortemente expresso em

camundongo na região anterior, central e posterior do mesênquima de meckel

em embriões de 12 dias de gestação, essa expressão diminui nos embriões de

15 dias de gestação e reaparece nos condrócitos hipertróficos localizado na

região anterior e na metade rostral da região central (Shimo et al., 2004).

No decorrer do desenvolvimento, encontra-se expressão moderada nas

meninges, expressão passageira na camada neuroepitelial e mais tarde no

epitélio do ventrículo, desaparecendo após a idade de E18 em ratos (Heuer et

al., 2003). No animal adulto, CTGF aparece em neurônios da camada VII do

córtex cerebral de ratos (Heuer et al., 2003). Também é encontrado no

desenvolvimento da notocorda de embriões de peixe zebra, sendo condição

obrigatória para o desenvolvimento desta, pois em embriões cuja expressão de

CTGF fora bloqueada a notocorda se desenvolveu com defeitos morfológicos

graves (Chio et al., 2006). Em embriões de Xenopus leavis, a expressão de

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CTGF aparece nos blastômeros já nas primeiras clivagens, especificamente na

região dorsal do embrião, sugerindo que o CTGF é um gene maternal. Esta

expressão desaparece e torna a aparecer na placa neural, placa do assoalho e

notocorda. Em estágios mais avançados como a nêurula, o CTGF aparece nos

somitos. A expressão de CTGF pode também ser encontrada no coração, no

placóide nasal e nos arcos branquiais em Xenopus leavis (Abreu et al, 2002). O

desenvolvimento do esqueleto endocondral começa com a formação da

cartilagem onde células mesenquimais agregam-se e então, começam a

diferenciação. Neste momento, o CTGF age juntamente com o TGF-beta como

mediador da condensação endocondral (Song et al., 2007).

Nos tecidos onde expressão do CTGF é observada, existe uma

particularidade, que é o fato deles sempre se encontram densos e

compactados. Assim, é provável que a presença da proteína CTGF seja

importante na compactação dos tecidos. Desta forma, nosso objetivo foi

estudar os efeitos que a proteína CTGF possui na migração, agregação e

adesão das células embrionárias usando como modelo in vitro as células

provenientes de um teratocarcinoma embrionário P19.

1.7 - A célula de teratocarcinoma embrionário P19 como modelo de

estudo.

Teratocarcinomas podem desenvolver-se a partir de embriões em

estágios iniciais do desenvolvimento transplantados do útero para locais

ectópicos (Stevens, 1970). As células P19 são derivadas de um

teratocarcinoma formado a partir de um embrião de camundongo de 7,5 dias

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implantado em testículo de camundongo adulto (McBurney and Rogers, 1982).

O tumor proveniente do implante do embrião cresceu rapidamente e as células

cultivadas permaneciam em um estado indiferenciado. Assim, estas células

foram classificadas como carcinoma embrionário P19 (Michael e McBurney,

1993). Muitos trabalhos têm mostrado o potencial destas células no estudo da

diferenciação celular. Este processo pode ser controlado por algumas drogas,

como o ácido retinóico (AR) que promove diferenciação de 85% das células

P19 em neurônios após seis dias de tratamento (McBurney et al., 1988).

Quando este tratamento com AR dura dez dias, células gliais maduras são

formadas (Jones-Villeneuve et al., 1982), ou seja, o AR é responsável por

diferenciar estas células em tipos celulares derivados do ectoderma e

fibroblastos.

Agregados de P19 expostos ao dimetil sulfóxido (DMSO) são

diferenciados em derivados endodermais e mesodermais (McBurney et al.,

1982; Edwards et al., 1983) incluindo músculo cardíaco e esquelético

(McBurney et al., 1982), queratinócitos e músculo liso (Smith et al., 1987).

Entender a diferenciação é tão importante quanto entender os processos

celulares que ocorrem antes e após este evento, como adesão e migração

após a identificação de um sinal químico, que chamamos de quimioatração.

A migração de células cancerígenas com a formação de uma nova lesão

tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas é um evento

conhecido como metástase (Plaza et al., 2007). Atualmente numerosos

estudos têm trabalhado com a hipótese de que diversos tipos de cânceres têm

origem nas célula-tronco adultas (Uemaetomari et al., 2005; Fomchenko et al.,

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2005; Filip et al., 2006; Lasky et al., 2006; Silva et al., 2007; Webster et al.,

2007; Ward e Dirks 2007; Price et al., 2007). Estes trabalhos demonstram a

presença do fator de transcrição OCT-4 nas células cancerígenas, que por sua

vez é importante para a manutenção da pluripotência das células-tronco

(Webster et al 2007). Podemos observar marcadores de célula-tronco em

cânceres cerebrais de origem astrocitária (Lee et al., 2007), em mieloma

(Tonon, 2007), meduloblastoma (Raso et al., 2007), leucemia linfóide (Kayo et

al., 2007) câncer de próstata (Miki e Rhim, 2007), e câncer de mama (Polyak,

2007).

Sendo assim, estudar a migração, adesão e quimioatração em células

indiferenciadas é extremamente importante para melhor compreendermos

como células neoplásicas se desprendem do tumor primário, caminham através

do interstício e lá formam uma nova colônia, o que é conhecido como

metástase tumoral.

1.5 - CTGF e as vias de sinalização ERK, P38 e PKB/AKT.

Muitos sinais extracelulares produzidos por moléculas de origem

protéica são convertidos em sinais para o interior da célula através de

receptores conhecidos como integrinas (Juliano et al., 2004). As integrinas

além de funcionarem como moduladoras da citoarquitetura, por proporcionar

uma ligação das moléculas de actina no interior da célula às proteínas da

matriz extracelular (Webb et al., 2002), também são capazes de ativar as

proteínas cinase ativadoras de mitose (MAPK) (Johnson e Lapadat, 2002),

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conduzindo a célula a organizar seus feixes de actina e miosina, produzindo a

migração celular (Pollard e Borisy, 2003).

A via de MAPK pode ser ativada por diferentes fatores, que produzem

diferentes respostas, como: aumento da proliferação, sobrevivência, migração

celular (Bergmann et al., 2002; Chrzanowska et al., 2007; Beisswenger et al.,

2007) e apoptose (Kralova et al., 2007). A ativação de via de MAPK é devido a

modificações dentro do loop de ativação no domínio cinase (Johnson e

Lapadat, 2002), que pode ser modificado pela ativação de moléculas

sinalizadoras como as GTPases, que por sua vez ativam RAS (Babic et al,

1999; Schwartz e Ginsberg, 2002) e assim desencadeiam a cascata de MAPK ,

onde MAP-cinase-cinase-cinase (RAF), ativa MAP-cinase-cinase (MEK), e esta

ativa MAPK (Huang et al, 2004). Dependendo do local de fosforilação dentro do

loop de ativação da MEK é determinado qual será a próxima molécula ativada,

que podem ser três diferentes moléculas, proteína cinase reguladora de sinais

extracelulares (ERK/MAPK), P38 e C-jun N-terminal cinase (JNK) (Huang et al,

2004). A regulação precisa dessa via é importante para desencadear eventos

como migração, proliferação e adesão celular (Kyriakis et al., 1994; Herlaar e

Brown., 1999; Senger e Krebs., 1995; Krueger et al., 2001) (Figura 2).

Outro importante regulador dos processos de migração celular é a

proteína cinase B/AKT (PKB/AKT), que é regulada pela fosforilação de

fosfatidilinositol-3 cinase (PI3K) (Bellacosa et al.,2005). A ativação da PKB/Akt

pode der produzida em resposta a diversos estímulos, incluindo fatores de

crescimento, citocinas (Manning e Cantley., 2007) e receptores tirosino cinase

(Katso et al., 2001). Essa via de sinalização vem sendo descrita como uma

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importante reguladora da invasão e metástase tumoral (Higuchi et al., 2001)

(Figura 2). Recentemente alguns autores mostraram que a proteína CTGF é

um regulador determinante para a diferenciação celular, migração e

proliferação através das vias de P38 e ERK, e PKB/AKT (Crean et al., 2002;

Sharma et al., 2003; Crean et al., 2006), demonstrando, assim, a importante

regulação da proteína CTGF sobre essas vias de sinalização. A família das

cinase PKB/Akt estabelece relação reguladora importante nos eventos de

proliferação (Petzmann et al., 2006), controle do metabolismo (Song et al.,

2007), apoptose (wong et al., 2007), sobrevivência (Goel et al., 2007) e

migração celular (Okawa et al., 2007). Desta forma, entender os mecanismos

envolvidos na dinâmica desta função é extremamente valioso para podermos

estabelecer estratégias seguras para o controle exato desta via de sinalização.

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2 - OBJETIVOS

2.1 - Objetivo geral

Figura 2. Via de Sinalização MAPK e PKB/Akt. O receptor tirosina cinase após reconhecer seu ligante sofre fosforilação e conseqüentemente, os mensageiros secundários são ativados por fosforilação até que ocorra a fosforilação dos fatores de transcrição (MAP-cinase), efetores das vias de MAPK e PKB/Akt (ERK, P38, JNK e PKB/Akt). Com a ativação destes fatores de transcrição eles encaminham-se ao núcleo e assim regulam uma gama de genes alvos. U0126 inibidor de MEK, SB203580 inibidor de P38 e LY 294002 inibidor de PI3-cinase. (Katso et al., 2001; Johnson e Lapadat., 2002)

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Uma vez que a proteína CTGF possui papel importante nos estágios

inicias do desenvolvimento embrionário e em eventos de metástase tumoral, é

de extremo valor entender qual o efeito do CTGF em processos adesivos e

migratórios de células indiferenciadas.

Desta forma, esse trabalho tem especial interesse em estudar os

mecanismos de ação da proteína CTGF na condução de processos migratórios

e quimioatratores em células de teratocarcinoma embrionário P19.

2.2 - Objetivos específicos

2.2.1 - Analisar os efeitos quimioatrativos do CTGF imobilizado em esferas

de agarose em células P19.

2.2.2 - Analisar o efeito quimioatrator do CTGF solúvel, sobre as células

P19.

2.2.3 - Analisar o efeito do CTGF na proliferação das células P19.

2.2.4 - Determinar o tempo de adesão característico do CTGF na superfície

de células P19.

2.2.5 - Investigar as sinalizações celulares envolvidas na adesão,

quimioatração e migração, promovidas pelo CTGF.

3 - MATERIAIS E MÉTODOS

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3.1 - Cultura de células.

As células de carcinoma embrionário P19 foram adquiridas da American

Type Culture Collection (ATCC). Essas células foram cultivadas em Minimum

Essential Medium Alpha Medium (Invitrogen/Gibco) e suplementadas com 10%

de Soro Fetal Bovino (Invitrogen/Gibco), com 500 unidades de penicilina e

estreptomicina para 1 litro de meio, as células P19 foram mantidas em uma

estufa humedecida a 5% de CO2 a uma temperatura de 37º. Foram repicadas a

cada 48h por tripsinização (0,05% tripisina e 0,53 mM de EDTA).

As células S2 foram obtidas da ATCC e mantidas de acordo com seu

protocolo. São provenientes de células de ovário de Drosophila melanogaster e

crescem em suspensão em meio Schneider (Invitrogen/Gibco) adicionados de

10% de SFB (Invitrogen/Gibco). As células S2 foram mantidas em estufa a

22oC sem CO2 e repicadas a cada 4 dias.

3.2 – Método de contagem de células e análise estatística.

A análise estatística e a contagem de células foram produzidas a partir

da marcação nuclear feita por DAPI (1mg/ml) e marcação citoplasmática feita

por panótico (Tabela 3). O número de células aderidas à esfera e/ou total de

células num raio de 160 µm e o número de células na face interna da

membrana de poliestireno, que migraram após 4 horas em cultura, foram

contadas e os valores obtidos para todas as condições, foram submetidas a

uma análise de distribuição de percentil e/ou barras que foram plotadas em

gráficos usando GraphPad Prism 4.0 software (www.graphpad.com). A análise

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estatística foi feita comparando o nível de significância de cada condição

usando análise não paramétrica em teste de Mann-Whitney (Siegel, 1956).

3.3 – Manutenção, indução e purificação da proteína CTGF.

As células S2 recombinantes foram plaqueadas em placas 35 mm (TPP)

e acondicionadas em uma estufa não humedecida a 22ºC. Para a produção de

CTGF-FLAG nestas células adicionamos, por 48 horas, meio Schneider sem

soro contendo 250 µg/ml de sulfato de cobre (Abreu et al., 2002). O meio

condicionado foi recolhido, centrifugado a 1500rpm por 5 min e seu

sobrenadante foi armazenado a –70oC até o momento da purificação. Para a

purificação foi utilizado esferas de agarose conjugadas ao anticorpo anti-

FLAG® monoclonal (anti-FLAG M2 gel®, Sigma) que foram depositadas em

colunas de cromatografia de polipropileno de 9 cm de altura (BioRad). Nesta

coluna, as esferas foram lavadas 3 vezes com glicina HCl 0,1 M (pH 3.5) e

posteriormente lavadas 5x com TBS (50 mM de Tris HCl; 150 mM de NaCl, pH

7.4). Após a passagem do TBS, aproximadamente 50 ml do meio condicionado

de células S2 foi adicionado à coluna gradativamente e o fluxo de passagem foi

reduzido para alcançar um tempo de incubação total de 4 h do meio

condicionado com as esferas. Após a passagem do meio condicionado, as

esferas foram lavadas três vezes com TBS e posteriormente incubadas com

500 µl de peptídeo FLAG (octapeptídeo sintético, N-Asp-Tyr-Lys-Asp-Asp-

Asp-Asp-Lys-C) (Sigma) na concentração de 100 µg/µl em TBS (10 mM de Tris

HCl; 150 mM de NaCl) para a eluição por competição do peptídeo FLAG com

a proteína CTGF-FLAG pelo sítio de ligação com o anticorpo. A proteína

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CTGF-FLAG eluída foi aliquotada e armazenada a –70oC (Abreu et al, 2002).

Para confirmarmos a presença da proteína recombinante CTGF, fizemos um

imunobloting (Figura 3).

3.4 - Tratamento das esferas com meio condicionado enriquecido com

CTGF recombinante.

As esferas de agarose conjugadas ao anticorpo anti-FLAG® monoclonal

(anti-FLAG M2 gel®, Sigma) foram lavadas com TBS (50 mM de Tris-HCl, 150

mM NaCl pH 7,4) por três vezes de cinco minutos, em seguida lavadas com

Glicina (0,1 M pH 3,5 HCl) por dez minutos e depois lavadas três vezes com

TBS por cinco minutos. Expõe-se as esferas previamente tratadas a 1 ml de

Figura 3. Imunodetecção contra o epítopo Flag da proteína recombinante CTGF. Coluna 1 - meio condicionada após passar pela coluna de purificação, coluna 2 - primeira lavagem da coluna de purificação, coluna 3 - segunda lavagem da coluna de purificação, coluna 4 - terceira lavagem da coluna de purificação e coluna 5 - eluição da coluna utilizando o peptídeo Flag.

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meio condicionado de S2 rico em CTGF recombinante por 24 horas a 4ºC.

Após esse tempo as esferas foram lavadas uma vez com TBS por cinco

minutos. Para confirmar se a proteína está aderida à esfera, tratamos as

esferas que receberam ou não o tratamento com a proteína CTGF, com

tampão de amostra e aplicamos essa amostra num gel de eletroforese de 10%,

como explicado no item 3.2 deste trabalho. O resultado desta imunodetecção é

mostrado na Figura 4.

3.5 - Eletroforese e Imunodetecção.

Para a imunodetecção da proteína recombinante CTGF-Flag, de

fibronectina, laminina, PKB/AKT, ERK1/2 e P38 (Tabela 1). As amostras foram

tratadas com tampão de amostra [0,02 mM de ditiotreitol (DTT); 1,38mM de

dodecil sulfato de sódio (SDS); 125mM de tris HCl pH 6.8 e 20% de glicerol)].

As placas de cultura de 6 poços, contendo células P19 semi-confluente

Figura 4. Imunodetecção contra o epítopo (Flag) presente na proteína CTGF ligada às esferas de agarose após a incubação com o meio condicionado. Coluna 1 - Controle Positivo (Meio condicionado rico em CTGF), coluna 2 - esferas tratada com o meio condicionado controle e coluna 3 - esferas tratadas com o meio condicionado rico em CTGF.

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previamente tratadas com CTGF-flag, foram solubilizadas, com 100 µl de

tampão de amostra. As amostras foram fervidas por 5 min e carregadas em gel

de poliacrilamida 10 % na presença de dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE),

segundo o método de Laemmli (1970). O gel de poliacrilamida consiste de gel

de entrada (25 mm de Tris/HCl, pH 6.8; 0,15% de SDS; 5% de acrilamida e

0,13% de bisacrilamida) e um gel de corrida (0,4mM de Tris/HCl pH8.8; 0,1%

de SDS; 12% ou 7% de acrilamida e 0,13% de bisacrilamida). A corrida

eletroforética foi realizada a 100 v (aproximadamente 25mA) em tampão Tris-

glicina (25mM Tris HCl; 192mM de glicina; 3,5mM de SDS) por

aproximadamente 2h. Após a corrida, as proteínas foram transferidas por

corrente elétrica para membrana de PVDF (fluoreto de polivinilideno)

(Amersham). O gel foi embebido em tampão de transferência (25 mm de

Tris/HCl; 192mM de glicina; 20% de metanol, 3,5mM de SDS) juntamente com

a membrana de PVDF. O gel foi colocado em contato com a membrana e a

transferência semi-seca ocorreu por 1h e 20mim a 2mA por cm2 de membrana.

Após a transferência, a membrana foi incubada com a solução de bloqueio

TBSt (20mM de Tris/HCl pH 7.6; 137mM de NaCl com 0,1% de Tween 20),

acrescidos de 5% de leite em pó desnatado, por 1h, lavada com TBSt por três

vezes e incubada durante a noite a 4oC com anticorpo anti flag monoclonal

(Sigma), anti laminina monoclonal (Sigma), anti-fibronectina (Sigma) anti-

ERK1/2, anti-PKB/AKT e anti-P38 (Cell Signaling), na diluição de 1:1000 em

TBSt-leite 5% ou TBSt-BSA 5%. Após a incubação, a membrana foi lavada

novamente três vezes com TBSt e incubada com o anticorpo secundário anti-

IgG feito em camundongo ou coelho conjugado a peroxidase (Promega) na

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diluição de 1:2000 por 1h a temperatura ambiente. Após a incubação com o

secundário, novas lavagens foram feitas com TBSt e por fim a membrana de

PVDF foi revelada através do método de intensificação da quimioluninescência

pelo luminol (SuperSignal West Pico, Pierce). O método consiste na oxidação

de luminol, reação catalisada pela peroxidase, em presença de peróxido de

hidrogênio. Intensificadores químicos sustentam a emissão de luz do luminol

que imprime as bandas correspondentes às proteínas imunodetectadas em

filmes auto-radiográficos (Kodak). Esses filmes foram então revelados e fixados

com material específico Kodak. Em alguns casos, após a imunodetecção da

primeira proteína, a membrana passava por um processo de desligamento dos

anticorpos primários e secundários, utilizando o tampão Tris/SDS (62,5 mM de

Tris HCl pH 6.7; 69 mM de SDS; adicionando na hora, 1,4% de β-

mercaptoetanol) durante 30min a 45oC e posteriormente lavada 5 vezes com

TBSt. Assim, uma nova imunodetecção era feita para a proteína tubulina

seguindo o protocolo descrito acima e utilizando os anticorpos anti-tubulina

monoclonal (Sigma) na diluição de 1:2000 e o secundário anti-IgG de

camundongo (promega) na diluição de 1:2000 (Tabela 1 e 2).

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Anticorpos Primários Tipo Diluição

Utilizada Peso

Molecular Origem

Anti-Laminina Monoclonal Imunobloting 1:1000 400KDa Sigma

Anti-Fibronectina Monoclonal Imunobloting 1:1000 250KDa Sigma

Anti-Flag M2 -----------

Fluorescência 1:200

Imunobloting 1:1000

----------- Sigma

Anti-ERK Policlonal Imunobloting 1:1000 42KDa Cell Signaling

Anti-Phospho ERK Policlonal Imunobloting 1:1000 42KDa Cell Signaling

Anti-P38 Monoclonal Imunobloting 1:1000 43KDa Cell Signaling

Anti-Phospho P38 Monoclonal Imunobloting 1:1000 43KDa Cell Signaling

Anti-Akt Monoclonal Imunobloting 1:1000 60KDa Cell Signaling

Anti-Phospho Akt Monoclonal Imunobloting 1:1000 60KDa Cell Signaling

Tabela 1. Características dos anticorpos primários utilizados.

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Anticorpos Secundários Diluição Utilizada Origem

Anti-IgG de Coelho-FITC 1:400 Promega

Anti-IgG de Camundongo-Cy3 1:800 Promega

Anti-IgG de camundongo conjugado a peroxidase 1:1000 Promega

Anti-IgG de coelho conjugado a peroxidase 1:1000 Promega

Sondas e Corantes Afinidade Diluição

utilizada Origem

Dapi DNA 1:10 Molecular Probes (EUA)

Tabela 2. Características dos anticorpos secundários utilizados.

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Panótico Citoplasma -------------------- Laborclin (Brasil)

3.6 - Ensaio de proliferação celular por incorporação de timidina tritiada

T[H3].

Células P19 foram plaqueadas em placas de 24 poços em α-MEM com

10% de Soro Fetal Bovino numa concentração de cem mil células por poço.

Após 12 horas, o meio foi retirado e as células foram expostas a diferentes

condições: esferas de agarose tratadas com CTGF recombinante, esferas sem

tratamento com CTGF, e mitomicina-c (3 mM) (SIGMA), todas diluídas em α-

MEM com 1% de Soro Fetal Bovino. E 1µCi de [3H]-timidina foi adicionado aos

poços. Após um período de 6, 12 e 24 horas de incubação, o meio foi removido

e a cultura de células foram lavadas 2 vezes com PBS. Foram

adicionados,então, 300 µl de ácido tricloroacético 10%, e as células foram

mantidas a -20ºC por 1 hora. Então, a incorporação da [3H]-timidina foi aferida

em um cintilador beta (Packard 1600 TR). Esse experimento foi realizado três

vezes e cada condição com sua triplicata.

Tabela 3. Características das sondas e corantes utilizados.

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3.7 - Microscopia eletrônica de varredura.

As células foram cultivadas por 24 horas sobre lamínulas de vidro de 15

mm em presença de esferas controle, sem a proteína CTGF, ou esferas

recobertas pela proteína CTGF. Foram fixadas em glutaraldeído 2.5% diluído

no tampão cacodilato de sódio a 0.1 M (pH 7.2) por 1 hora. Após 1 hora de

fixação, as amostras foram lavadas com o mesmo tampão e então pós fixadas

com tetróxido de ósmio a 1% em tampão cacodilato por 40 minutos. As

amostras foram desidratadas em concentrações crescentes de etanol 70%,

80%, 90% e 100%. As lamínulas com células aderidas secaram através do

método do ponto crítico do CO2 (Balzers/Union CPD 030), depositadas sobre

uma fita condutiva de carbono aderida a suportes de alumínio (“stubs”) e

metalizadas com uma fina camada de ouro de aproximadamente 20 nm (Bal-

Tec SCD 050). As amostras foram observadas em um microscópio eletrônico

de varredura JEOL SEM 5310, operado a 15 ou 20 KV. Foi utilizada a distância

de trabalho de 10 mm para a aquisição das imagens (resolução de 1024 x 768

pixels) em modo de varredura lenta (“slow scan mode”).

3.8 - Ensaio de migração e invasão celular.

A quimiotaxia das células P19 foi testada na Câmara de Boyden (Lee et

al., 1999; Ohshima e tal, 2003). 50 µl de meio α-MEM com 1% de Soro Fetal

Bovino com 1,0 x 105 células/ml foi adicionado no compartimento superior da

Câmara de Boyden. No compartimento inferior foram adicionados 28,5 µl de

solução contendo: α-MEM com 10% de soro fetal bovino, α-MEM com1% de

soro fetal bovino, α-MEM sem soro fetal bovino e α-MEM contendo a proteína

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CTGF em diferentes concentrações (0,5 nM, 2 nM e 10 nM). Os

compartimentos superior e inferior são separados por uma membrana de

policarbonato com poros de 10µm de diâmetro (PVP)-free polycarbonate filters

(Neuro Probe, Gaithersburg, MD). A câmara de boyden foi encubada por 4

horas em estufa humidificada com 5% de CO2 à 37ºC. Após as 4 horas a

membrana de policarbonato foi retirada, e a face da membrana voltada para o

compartimento inferior foi corada com Panótico (Laborclin), (Tabela 3).

3.9 - Protocolo de revestimento protéico das esferas de poliestireno.

Para testamos a adesão do CTGF, laminina e fibronectina às esferas de

poliestireno (diâmetro de 3.04 µm), primeiramente incubamos 0.5%

volume/volume da solução esfera/PBS com as respectivas proteínas na

concentração de 0,1 mg/ml, overnight e a 4ºC. No dia seguinte à incubação,

centrifugamos por 10 min a 10.000g e lavamos a solução três vezes com PBS,

ressuspendendo-as em 100 µl desse tampão. As células foram cultivadas 24

horas antes dos experimentos na pinça óptica.

3.10 - Pinça óptica e medida do tempo característico de adesão.

Para manipular uma única esfera de poliestireno e posicioná-la sobre

uma célula qualquer da cultura, usamos uma pinça óptica construída com um

laser de Nd:YAG (λ = 1.06 µm) que chega a uma objetiva Nikon Plan Apo

100X, NA1.4 acoplada a um microscópio Nikon Eclipse TE300, equipado com

uma câmara de CO2 que mantém a temperatura controlada a 37ºC e 5% de

CO2. Para medir o tempo de adesão característico, seguramos uma esfera de

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poliestireno, controle ou previamente incubada com as proteínas de interesse,

usando a armadilha óptica, e em seguida, movendo o estágio do microscópio,

escolhemos aleatoriamente uma célula na cultura para pressionar a esfera de

poliestireno. A força axial realizada ao pressionar a esfera de poliestireno sobre

a membrana celular é da ordem de 20 pN. Mantemos a esfera de poliestireno

pressionada sobre a membrana celular por um intervalo fixo de tempo, t. Após

esse intervalo, desligamos o laser e observamos a imagem da esfera de

poliestireno para verificarmos sua adesão ou não. Para cada intervalo de

tempo, repetimos o procedimento dez vezes em três experimentos

independentes para cada uma das condições, e no final de cada experimento

contamos o número de esferas de poliestireno aderida, em relação ao número

total de esfera de poliestireno. Dessa forma, conseguimos montar um gráfico

do número relativo de adesões em função do tempo t. Para determinar o tempo

característico de adesão, ajustamos os resultados experimentais na equação

τt

eNN −

−=10

, onde N0 é o numero total de tentativas de adesões para um

específico intervalo de tempo, N é o numero de esferas de poliestireno

aderidas no final do intervalo de tempo e τ é o tempo característico de adesão.

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4 - RESULTADOS

4.1 - Células P19 aderem e agregam preferencialmente às esferas de

agarose tratadas com CTGF recombinante.

Com o objetivo de determinar se o CTGF é capaz de promover a adesão

e a quimioatração das células de teratocarcinoma embrionário P19, nós

usamos uma esfera de agarose que possui um anticorpo anti-flag em toda a

sua superfície, que por sua vez reconhece um epítopo flag que está presente

na proteína CTGF recombinante (Figura 5). O meio condicionado contendo a

proteína CTGF-flag recombinante proveniente da transfecção de células de

ovário de Drosophila melanogaster (células S2) (Abreu et al, 2002), foi

colocada em contado com a esfera contendo o anticorpo contra o epitopo Flag

por aproximadamente duas horas a temperatura ambiente, e então sucessivas

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lavagens com TBS (50mM) foram feitas com objetivo de retirar as ligações

inespecíficas e manter apenas a proteína CTGF a superfície da esfera.

Para comprovar a ligação entre a proteína CTGF-flag na superfície da

esfera foi realizado um ensaio de eletroforese contra a proteína Flag para

detectar a proteína recombinante na superfície das esferas que foram ou não

expostas ao meio condicionado rico em CTGF (Figura 4). Somente foi

observada a marcação por imunodetecção com o anticorpo anti-flag na

amostra que continha esferas tratadas com o meio condicionado rico em CTGF

recombinante (Figura 4, coluna 3). Não foi observada marcação na amostra

em que a esfera não foi tratada (Figura 4, coluna 2). Com a confirmação da

presença do CTGF-flag na superfície da esfera, experimentos com objetivo de

testar a quimioatração das células P19 pelo CTGF formam feitos. Em culturas

de células P19 com cerca de 50% de confluência foram adicionadas esferas

contendo CTGF e esferas sem o CTGF por um período de 24 horas. Então,

essas culturas foram fixadas com paraformaldeído 4% e expostas à sonda

DAPI por 5 minutos. Após a documentação das condições por microscopia

óptica e de fluorescência, quantificamos e observamos que esferas que não

contém CTGF em sua superfície apresentam poucas células próximas e

mantendo contato com as esferas (Figuras 6A e 6B). Todavia, as esferas

contendo o CTGF promoveram aparentemente um fenômeno de agregação,

quimioatração e migração nas células P19, pois um grande número de células

mantêm relação íntima de adesão com a esfera, como podemos notar ao

observarmos a mudança morfológica indicada pela seta nas Figuras 6C e 6D.

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Figura 5. Representação esquemática da esfera de agarose que possui o anticorpo anti-flag em sua superfície, que por sua vez reconhece o epítopo flag presente na proteína CTGF recombinate.

- Anti-flag - Epitopo-flag

Legenda

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Figura 6. Células P19 preferencialmente aderem e agregam-se às bilhas de agarose tratadas com CTGF recombinante. Fotomicrografias das células P19 (contraste de fase e DAPI) crescidas após 24 horas em cultura na presença de bilhas não tratadas (A e B) e bilhas tratadas com CTGF (C e D). Seta indicando mudança da morfologia da célula aderida à esfera tratada com CTGF. A barra corresponde a 50 µm. N = 6.

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4.2 - O número de células aderidas e próximas às esferas tratadas com

CTGF é significantemente maior.

Com o objetivo de comprovar a dimensão do fenômeno visto na cultura

de células P19 em presença de esferas contendo CTGF, analisamos as

fotomicrografias, quantificamos e fizemos a análise estatística desses valores,

que foram expostos num gráfico de distribuição em percentil que organiza os

valores em 95%, 75%, 50%, 25% e 5%, separando a amostra em cinco

diferentes grupos. Podemos observar que o número de células aderidas à

superfície da esfera contendo a proteína CTGF é três vezes maior (14 a 49

células), do que o número de células aderidas à superfície das esferas sem a

proteína CTGF (7 a 18 células) (Figura 7A). Quantificamos também o número

de células presentes num raio de 160 µm a partir do centro das esferas,

contendo ou não a proteína CTGF em sua superfície. Como podemos observar

nos gráficos abaixo, o número de células encontrado na superfície das esferas

tratadas com CTGF é duas vezes maior que o número de células encontradas

ao redor das esferas não tratadas. (Figura 7B).

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Figura 7. Gráfico do número de células P19 aderidas às esferas tratadas ou não com CTGF. Aproximadamente 200 esferas tratadas e não tratadas foram adicionadas à cultura por 24 horas. Fotos individuais das esferas foram adquiridas e quantificadas. (A) O número de células tocando nas esferas ou (B) número de células presentes num raio de 160µm que compõe uma área de 8x104 µm2. O gráfico de distribuição de percentil na figura A mostra que o número de células aderidas às esferas tratadas com CTGF é três vezes maior do que o número de células aderidas às esferas não tratadas. A média da distribuição em percentil na figura B mostra que as células encontradas na área das esferas tratadas com CTGF é duas vezes maior do que o número de células encontradas na área das esferas não tratadas. N = 6, *P<0,033 e **P<0,022.

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4.3 - Analise morfológica do fenômeno de agregação.

Nós também avaliamos o perfil morfológico da agregação e adesão das

células P19 sobre as esferas tratadas e não tratadas com CTGF recombinante,

por microscopia eletrônica de varredura (Figura 8). Como podemos observar

na Figura 8 A e B, um grande número de células aderidas tanto a superfície

quanto ao redor da esfera de agarose tratada com CTGF. Na Figura 8 C

(Setas), evidenciamos a grande adesão da célula de teratocarcimoma

embrionário P19 a superfície da esfera tratada com CTGF. Na Figura 8 D, não

conseguimos identificar qualquer tipo de interação ou efeito da esfera de

agarose que não foi tratada com a proteína CTGF. Importante notar que a

morfologia celular encontrada nas duas condições é diferente.

Esses resultados corroboram com os resultados encontrados nas

Figuras 6 e 7 que mostram um grande número células P19 sendo atraídas

fortemente e aderindo à superfície da esfera tratada com a proteína CTGF,

indicando que CTGF é uma proteína que promove a agregação e adesão em

células de teratocarcinoma embrionário P19.

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Figura 8. CTGF gera adesão e projeção de lamelipódio das células P19 sobre as esferas tratadas com CTGF. Fotomicrografia eletrônica das células expostas às esferas tratadas (A-C) e não tratadas (D) com CTGF. As setas indicam a membrana da célula sobre a esfera.

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4.4 – CTGF não induz proliferação durante o fenômeno de agregação.

Com objetivo de desvendar se o fenômeno de aumento do número de

células sobre e ao redor das esferas tratadas com a proteína CTGF é

realmente agregação ou simplesmente aumento na proliferação destas células,

adicionamos à cultura de células P19 semi-confluente, por 6, 12 e 24 horas,

200 unidades por poço de esferas de agarose não tratadas e tratadas com

CTGF recombinante e um agente anti-proliferativo, a mitomicina-c numa

concentração de 3 nM, diluída em meio alfa-MEM suplementado com 1% de

soro fetal bovino. A timidina tritiada T[H3] foi adicionada a estas culturas na

concentração de 1µCi por poço. Observamos que no período inicial de 6 horas,

não houve diferença representativa na proliferação celular após adição das

esferas (Figura 9 – Cabeça-de-seta). Entretanto, com 12 horas em cultura,

observamos um menor perfil proliferativo na condição com as esferas

conjugadas à proteína CTGF, quando comparada com a condição contendo

esferas não tratadas (Figura 9 - Seta). Nas últimas 24 horas, o perfil

proliferativo destas células, com esferas tratadas e não tratadas com CTGF,

não apresentou nenhuma diferença considerável (Figura 9). Como era de se

esperar as células tratadas com mitomicina-c mantiveram-se em baixo perfil

proliferativo nas três medidas de tempo. Desta forma, podemos concluir que a

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proteína CTGF aderida às esferas de agarose não promove aumento na

proliferação durante o fenômeno de agregação das células P19.

Figura 9. CTGF não promove aumento na proliferação das células de teratocarcinoma embrionário P19. Ensaio de incorporação timidina tritiada T[H3], usando a concentração de 1µCi por poço com 200 unidades de esferas de agarose tratadas ou não com CTGF, as medidas foram feitas em três momentos 6 horas (Cabeça de seta), 12 horas (Seta) e 24 horas de exposição. N = 3.

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4.5 – CTGF age como fator quimioatrator para células de teratocarcinoma

embrionário P19.

Para entendermos de que maneira o CTGF age sobre as células durante

o fenômeno de migração e quimioatração, usamos o modelo de Câmara de

Boyden para avaliar a quimiotaxia. A Câmara de Boyden consiste de duas

câmaras separadas por um filtro poroso, com poros de 12µm de diâmetro,

tamanho suficiente para permitir que as células o atravessem ativamente, com

gasto de energia, e não de forma casual ou passiva (Figura 10). Para este

experimento foram adicionadas 10x104 células no compartimento superior da

câmara de Boyden. Em cada compartimento inferior, foram adicionadas

diferentes concentrações de CTGF recombinante solúvel diluído em alfa-MEM,

0,5 nM,1nM, 2nM, 5nM,10nM, meio alfa-MEM (MSS) ou alfa-MEM com 10% de

soro fetal bovino (SFB10%). Então a Câmara de Boyden foi posta na estufa

humidificada a 37 ºC com 5% de CO2 por um período de 4 horas. Cada

condição foi feita em triplicata. A significância desse experimento é proveniente

da contagem do número de células encontradas na face inferior do filtro, ou

seja, a face que está em contato com o fator (Figuras 11A - MSS, 11B -

SFB10% e 11C - CTGF).

Nós podemos notar que o número de células presentes nas

fotomicrografias pertinentes as condições, MSS (25.28 ± 2.102) e SFB10%

(38.83 ± 2.766) são inferiores ao número de células encontradas na condição

contendo CTGF 5nM (45.12 ± 2.933).

O resultado da contagem do número de células presentes na face

inferior do filtro de cada uma das condições está representado no gráfico

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(Figura 11D). Podemos identificar no gráfico, a ação quimioatratora da proteína

CTGF, sendo extremamente significante nas concentrações 2 nM, 5 nM e 10

nM. Além disso, a quimioatração ocorre de maneira dose dependente.

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Figura 10. Representação esquemática da Câmara de Boyden. Porção superior da Câmara de Boyden, onde adicionamos 10x104 células por poço (A), membrana de silicone que proporciona vedação dos poços (B), membrana de policarbonato de poros de 12 µm (C) e porção inferior da Câmara de Boyden onde adicionamos o agente quimioatrator (D).

A

B C

D

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Figura 11. CTGF promove quimioatração dose dependente. Meio Sem Soro (MSS) (A), Soro Fetal Bovino (SFB) (B). Fotomicrografias das células coradas com Panótico presentes na face interna da membrana voltada para o fator (A-C). Quantificação do ensaio de câmara de boyden durante um período de 4 horas (D). ***P<0,0001. N = 4.

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62

4.6 – A proteína CTGF é extremamente adesiva

Uma vez que o CTGF promove fenômenos de agregação (Figuras 6, 7

e 8), quimioatração, migração (Figuras 8 e 11) e adesão (Figura 8, setas) nas

células de teratocarcinoma P19, buscamos examinar o tempo de adesão

característico do CTGF na membrana celular e a comparação deste tempo,

com o tempo de adesão de duas proteínas altamente adesivas da matriz

extracelular, a Fibronectina (FN) e Laminina (LN). Para isso, usamos a

tecnologia da pinça óptica, que consiste em manipular uma única esfera de

poliestireno e posicioná-la sobre uma única célula em cultura, com esse intuito

usamos uma pinça óptica construída com um laser de Nd:YAG (λ = 1.06 µm).

Com a esfera pinçada, aproximamos e pressionamos sobre a superfície celular

(Figura 12A-D). Note que o foco da esfera em relação à membrana da célula

muda quando pressionamos a esfera sobre a mesma (Figura 12D). É

importante frisar que, para cada ponto dessas medidas foram usadas trinta

células e trinta esferas diferentes em três diferentes experimentos.

Para assegurar que havia proteína na superfície das esferas tratadas

com as proteínas estudadas, fizemos imunodetecção contra a proteína CTGF

(Figura 13A), Laminina (Figura 13B) e Fibronectina (Figura 13C). Sendo

confirmada a presença das proteínas, realizamos os experimentos com a pinça

óptica. O primeiro passo foi analisar o tempo de adesão característico das

esferas sem nenhum tratamento. Este tempo foi de aproximadamente 3.3 + 0.3

minutos, que foi interpretado como uma adesão inespecífica. As esferas

tratadas com Laminina levaram fração de segundos para aderirem à membrana

da célula, cujo tempo médio é de 1.8 + 0.45s, enquanto as esferas tratadas

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com Fibronectina levaram 2.7 + 0.44s. As esferas tratadas com CTGF tinham

um tempo de adesão característico de 9.6 + 1.9s, ou seja, bem próximo aos

tempos da Laminina e Fibronectina. Os resultados desses experimentos foram

expostos num gráfico (Figura 14A) que mede a adesão relativa em relação ao

tempo (min) em função logarítmica. Esses resultados nos mostram que o

tempo de adesão característico do CTGF é extremamente pequeno, quando

comparado as esferas não tratadas, possuindo tempo de adesão mais próximo

aos da Laminina e Fibronectina, comparativamente.

Sabendo que CTGF interage com a Fibronectina pela porção C-terminal

durante processos de adesão celular (Hoshijima et al, 2006), analisamos a

adesão relativa de esferas tratadas com uma combinação de CTGF (0,1mg/ml)

e Fibronectina (0,1mg/ml), (Figura 14B), com o objetivo de quantificar o tempo

de adesão. Os resultados foram simplificados num gráfico de adesão relativa

por tempo (min) obedecendo a uma escala logaritma. Podemos observar que o

tempo de adesão relativa da combinação entre o CTGF e a Fibronectina foi de

5.5 + 0.5 que é mais lento que a Fibronectina 2.7 + 0.44s e mais rápido que o

CTGF 9.6 + 1.9s, nos levando a entender que a mistura entre essas duas

moléculas foi capaz de diminuir o tempo de adesão, nos permitindo acreditar

que a combinação da Fibronectina ao CTGF é capaz de potencializar a adesão

celular, ou seja, diminuir o tempo de adesão relativa do CTGF (Figura 14B),

nos indicado que a ação sinérgica entre FN e CTGF podem definir diferentes

intensidades de adesão. Os valores da quantificação da adesão relativa estão

expostos na tabela abaixo (Tabela 4)

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Figura 12. Representação esquemática da aproximação da esfera de poliestireno com a pinça óptica. A esfera de poliestireno é pinçada com o laser (A), levada até a superfície da célula (B), pressionada sobre essa superfície (C) e, então, o laser é desligado (D). Após o desligamento do laser abre-se contagem.

Figura 13. Imunodetecção contra a proteína CTGF (A), Laminina (LN) (B) e Fibronectina (FN) (C). O controle positivo de cada condição é proveniente da proteína purificada utilizada em cada uma das condições. Confirmação da presença das proteínas na superfície das esferas de poliestireno (Controle positivo).

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Figura 14. Tempo de adesão característico das moléculas CTGF, Fibronectina e Laminina. Gráfico de Adesão Relativa por tempo em minutos mostrando o tempo de adesão do CTGF, Laminina e Fibronectina (A) e o tempo de adesão da relação entre o CTGF e a Fibronectina (B). Controle negativo corresponde a esfera de poliestireno sem nenhum tratamento.

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Tabela 4. Medidas do tempo de adesão característico. Laminina (LN), Fibronectina (FN), segundos (s) e minuto (min).

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67

4.7 - CTGF promove aumento na fosforilação de PKB/AKT e P38, mas não

de ERK.

Com intuito de investigar de que maneira o CTGF age promovendo a

migração e adesão das células P19, investigamos se o CTGF é capaz de

promover ativação da via de MAPK e PKB/Akt, que vem sendo descrita como

vias reguladoras da migração e adesão celular (Crean et al., 2002; Sharma et

al., 2003; Crean et al., 2006). Para isso, adicionamos CTGF recombinante 2nM

a cultura de células semi-confluente por 20 minutos e, após esse tempo,

interrompemos a cultura de células com a adição do tampão de extração. Logo

após o tratamento das amostras, corremos um gel de eletroforese e

conseqüentemente fizemos imunodetecção para as proteínas fosforiladas e

não fosforiladas da via de MAPK e PKB/Akt. Podemos notar na Figura 15A,

coluna 2 e no gráfico correspondente, que após a adição do CTGF na cultura,

não ocorreu nenhuma alteração na fosforilação de ERK, todavia ocorre o

aumento da fosforilação e ativação de P38, como podemos observar na Figura

15B, coluna 2, quando comparamos com a condição não tratada (Figura 15B,

coluna 1 e gráfico). Além disso, CTGF promove o aumento na fosforilação e

ativação de PKB/Akt, como podemos observar quando comparamos com a

condição não tratada (Figura 15C, colunas 1 e 2 e gráfico).

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A

B

C

Figura 15. CTGF promove o aumento da fosforilação de PKB/Akt e P38, mas não de ERK. Análise por Imunodetecção das proteínas ERK, total e fosforilada (A), P38, total e fosforilada (B) e PKB/AKT, total e fosforilada (C), das células expostas ao CTGF 2 nM por 20 min. Os gráficos foram produzidos a partir da densitometria da banda da proteína fosforiladas, subtraídas da densitometria da banda da proteína total. Unidade Arbitrária (AU).

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69

4.8 - A quimioatração promovida pelo CTGF é dependente das vias de

MAPK e PKB/Akt.

Como o intuito de avaliar se a migração e quimioatração produzida pelo

CTGF é diretamente dependente das vias de MAPK e PKB/Akt, fizemos um

ensaio de Câmara de Boyden usando os inibidores de MAP-cinase-cinase

(MEK) U0126, P38 SB239063 e o de PI 3-cinase LY294002. Para esse

experimento, incubamos as células dissociadas com 0,02 % EDTA, por 20

minutos com os inibidores, e então lavamos com PBS por três vezes. Após os

tratamentos, adicionamos 10x104 células, tratadas ou não com os inibidores,

na porção superior da Câmara de Boyden e no compartimento inferior

adicionamos CTGF recombinante solúvel na concentração 2nM diluído em

meio alfa-MEM sem soro fetal bovino (MSS), ou meio alfa-MEM com 10% de

soro fetal bovino (SFB 10%). Em seguida, a Câmara de Boyden foi

acondicionada na estufa humidificada a 37 ºC com 5% de CO2 por 4 horas. As

células presentes na porção da membrana voltada para a solução contendo o

agente quimioatrator foram coradas com Panótico, e então foi feita a

documentação com auxílio do microscópio óptico (Figura 16). A partir da

avaliação e quantificação do número de células que migraram em cada uma

das condições (Figura 16 A-F), construímos um gráfico de média do número

de células por condição utilizada (Figura 17). Os dados obtidos confirmam a

ação quimioatrator do CTGF, além disso, podemos observar que quando

tratamos as células com os inibidores U0126, SB239063 e LY294002, CTGF

não foi capaz de atrair as células, indicando que a quimioatração

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proporcionada pelo CTGF é dependente da via de MAPK e PKB/Akt (Figura

17).

Figura 16. Fotomicrografia da porção inferior da membrana de policarbonato. Meio alfa-MEM sem soro (MSS) (A), Meio Alfa-MEM com 10% de Soro Fetal Bovino (SFB10%) (B), CTGF solúvel na concentração de 2nM (CTGF 2nM) (C), inibidor de MEK (U0126) (D), inibidor de P38 (SB203580) (E) e inibidor de Pi3-cinase (LY294002) (F).

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Figura 17. Quantificação do número de células presentes na porção inferior da membrana de policarbonato. Contagem do número de células coradas com Panótico na face inferior da membrana. Soro fetal bovino (SFB), meio sem soro (MSS), U0

inibidor de MEK, SB inibidor de P38 e LY inibidor de Pi3-cinase. *** = P<0,0001; ** = P<0,01.

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5 - DISCUSSÃO

Foi mostrado anteriormente que CTGF induzia a formação de agregados

esféricos em cultura de células P19 e 293T (Abreu et al., 2002). Neste trabalho

nós investigamos este fenômeno usando diferentes abordagens para

demonstrar que a proteína CTGF age promovendo quimioatração, migração e

adesão nas células P19. Os resultados mostraram que as células P19

preferencialmente migram e aderem às esferas que foram tratadas com CTGF

recombinante, e ensaios usando a Câmara de Boyden confirmam que a

quimioatração seguida de migração causada pala proteína CTGF ocorre de

maneira dose dependente. A morfologia das células aderidas à esfera tratada

com CTGF mostra uma sólida adesão. Nós comparamos o tempo de adesão

da proteína CTGF revestindo esferas de poliestireno com outras duas proteínas

da matriz extracelular, Laminina e Fibronectina, e observamos que o tempo de

adesão da proteína CTGF é tão pequeno quanto o tempo de adesão da

fibronectina, laminina. Levando-nos a concluir que CTGF é uma molécula

extremamente adesiva, podendo ser comparada a adesão promovida pelas

proteínas da matriz extracelular. Análise da fosforilação dos componentes da

via de MAPK [P44/42 (ERK), P38] e PKB/Akt demonstrou a ação do CTGF no

aumento da fosforilação de P38 e PKB/Akt. O bloqueio da via de MAPK e

PKB/Akt durante a quimioatração revelou que a quimioatração produzida pelo

CTGF é dependente da via de MAPK e PBK/Akt. Juntos, estes resultados

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demonstram que o CTGF funciona como uma molécula adesiva, quimioatratora

em células de teratocarcinoma embrionário P19, e que esses eventos são

dependentes da fosforilação dos componentes da via de MAPK e PKB/Akt.

Muito pouco se sabe sobre as moléculas presentes durante o

desenvolvimento embrionário, que mantêm as células indiferenciadas nos

tecidos e órgãos adultos e as que determinam a especificidade celular

(Arnalich-Montiel et al., 2007; Barclay et al., 2007). A célula P19 é um

teratocarcinoma embrionário que possui propriedades pluripotentes, derivadas

de um teratocarcinoma maligno, podendo proporcionar um esplêndido sistema

in vitro, que nos permite estudar e avaliar uma gama de fenômenos da biologia

celular, tais como: migração celular, proliferação e diferenciação (Graham et

al., 1977). Quando tratamos as células P19 com dimetil sulfóxido (DMSO) em

um sistema de cultura usando “gotas pendentes” as células P19 diferenciam-se

em músculo liso (Edwards et al, 1983) e quando tratamos com ácido retinóico

às células P19 dão origem a neurônio e células gliais in vitro (Elizabeth et al.,

1982).

A proteína CTGF está envolvida em processos biológicos fundamentais,

sendo assim um alvo importante para a medicina molecular, pois anticorpos

monoclonais contra o CTGF poderiam ser usados em tecidos fibróticos e como

um inibidor de metástase (Perbal et al., 2003). O tratamento de camundongos

com um anticorpo neutralizador produziu uma diminuição na metástase, na

microvascularização, e suprimiu o crescimento de um tumor subcutâneo in vivo

(Shimo et al., 2006). Da mesma maneira, outros membros da família CCN

como Cyr61 e NOV têm sido implicados na adesão e migração celular

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(Scotlandi et al., 2003), ativação da cinase de adesão focal (Lin et al., 2003) e

também na interação com moléculas de integrina em eventos de migração e

adesão (Moussad e Brigstock, 2000).

5.1 - Desenvolvimento embrionário e migração

Durante o desenvolvimento embrionário um grande número de células

progenitoras migra por longas distâncias antes de diferenciarem (Casazza et

al., 2007). A migração é orientada por um complexo número de fatores que

além de guiar o destino da migração, controlam a proliferação e diferenciação

das células durante o percurso (Sandell e Trainor 2006). Sendo a migração

celular extremamente relevante durante a morfogênese no embrião.

No embrião de vertebrado, muitos tipos celulares são originados a partir

de uma estrutura comum, a crista neural (Burns e Douarin., 1998). Células

migratórias originárias da crista neural de galinha e camundongo colonizam

diversas porções do embrião, e então diferenciam dando origem a diversos

tipos de células especializadas, tais como: neurônios a células gliais do sistema

nervoso periférico (Schreine et al., 2007; Dupin et al., 2007), células

pigmentadas da pele (Lacosta et al., 2007), células das glândulas tireóide e

adrenal (Martinez et al., 2005). A migração das células da crista, também é

responsável pela formação das estruturas gerada a partir de células

mesênquimais, como: cabeça e pescoço (Creuzet et al., 2006; Rizzoti e Lovell-

Badge., 2007), cartilagem craniofacial (Rizzoti e Lovell-Badge., 2007), osso

(Han et al., 2007), derme (Eames e Schneider., 2005), tecido adiposo (Le

Lièvre e Le Douarin., 1975) e células de músculo liso (Wiegreffe et al., 2007).

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Diversas moléculas têm sido apontadas como responsáveis pela migração e

especialização das células provenientes da crista neural. Os genes Hox

possuem papel crítico na morfogênese da cabeça (Santagati et al., 2005), da

mesma maneira o fator de crescimento fibroblástico 8 (FGF8) apresenta papel

central na formação do esqueleto facial (Creuzet et al., 2006).

A proteína CTGF tem sido estudada durante o desenvolvimento

embrionário. O padrão de expressão do CTGF em Xenopus Leavis que este é

um gene maternal expresso no pólo animal do embrião de quatro células. Sua

expressão é silenciada durante o processo de gastrulação, e durante a

neurulação é transcrito na notocorna e no assoalho do tubo neural, e mais

tardiamente, é fortemente transcrito na região dorsal dos somitos (Abreu et al.,

2002). Ivkovich e colaboradores em 2003 desenvolveram, através da técnica

de deleção de genes (Knock out, KO), um camundongo com deleção total do

gene CTGF. Os autores observaram que o gene CTGF é letal, isto é, o

camundongo morre ao nascer e, além disso, apresenta deformidades crânio

faciais e encurtamento dos ossos longos. A superexpressão de CTGF através

da injeção de RNA mensageiro em embriões de Xenopus Leavis provoca um

embrião com fenótipo extremamente anteriorizado, com aumento da região da

cabeça e do tubo neural (Mercúrio et al., 2004). Os fenótipos de

superexpressão em embriões de Xenopus Leavis bem como os fenótipos

apresentados pelos camundongos KO, sugerem a participação de CTGF na

modulação de vias de sinalização durante a morfogênese do embrião.

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Como podemos observar a expressão da proteína CTGF apresenta-se

em locais e momentos específicos onde o tecido encontra-se denso e

compactado, e prestes a migrar para a colonização de outras estruturas.

5.2 - Migração, quimioatração e metástase tumoral.

Quimiotaxia é o fenômeno cujas células identificam sinais químicos do

ambiente e migram na direção a este sinal (Barthel et al., 2007). A

quimioatração foi descrita inicialmente por Pan e colaboradores em 1975, onde

observaram uma gama de moléculas atraindo bactérias. Desde então uma

diversidade de moléculas vem sendo descrita como responsáveis pela

quimioatração de células procarióticas e eucarióticas.

Entender sobre a formação de novas colônias neoplásicas a partir de um

primeiro foco tumoral vem sendo motivo de estudo de muitos pesquisadores. A

descoberta de que células desprendidas de tumores podem ser atraídas por

alguns fatores presentes no plasma e no tecido conjuntivo adjacente (Weber et

al., 2007). Esses agentes quimioatratores vêm sendo motivo de muitas

investigações.

Diversas moléculas têm sido descrita com ativadoras da quimioatração e

migração, entre elas está o CTGF (Bradhan et al., 1991). CTGF foi encontrado

em grande quantidade em células metastáticas de melanoma (Hashimoto et al.,

1998), bem como aparece como uma das moléculas mais expressas em

cânceres de mama que migraram para os ossos (Kang et al., 2003; Shimo et

al., 2006) e a sua inibição é descrita como um atenuante do crescimento,

metástase e angiogênese (Aikawa et al., 2006). Ainda em 2006, Shimo e

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colaborados mostraram que a proteína CTGF é largamente produzida pelas

células metastáticas de câncer de seio, e Dornhöfer e colaboradores

publicaram resultados mostrando que anticorpo neutralizador contra a proteína

CTGF é capaz de inibir o crescimento e metástase em tumores pancreáticos.

Esses resultados fornecem suporte suficiente para apontar o CTGF como uma

molécula extremamente importante no estudo da migração, quimioatração e

metástase tumoral.

5.3 - Hipótese de ativação da migração, quimioatração e agregação

causada pelo CTGF.

Nas ultimas décadas diversos trabalhos tem definido uma imensa gama

de ligantes para os receptores da via de MAPK e PKB/Akt, entretanto, as

possibilidades não estão esgotadas. A combinação dos mecanismos

regulatórios das vias de sinalização MAPK e PKB/Akt são os maiores

responsáveis pela ativação destas vias (Caunt et al., 2006), podendo ser

considerados o tempo de exposição aos ligantes (Caunt et., al 2006) e sua

diversidade. O controle da ativação da via de MAPK pode ser feito por diversos

fatores dentre eles estão: TGF-beta, fator de crescimento epidermal (EGF)

(Uttamsingh et al., 2007), Trombina, fator de crescimento endotelial vascular

(VEGF) (Kinney et al., 2007), fator de crescimento do fibroblasto (FGF) (Beh et

al., 2007), metaloproteinases (Hecht et al., 2007), fator de necrose tumoral-alfa

(TNF-alfa) (Turner et al., 2007), fator de crescimento semelhante à insulina

(IGF) (Fu et al., 2007), interferon-alfa tipo II (INF-alfa II) (Avraamides et al.,

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2007), fator de crescimento ligador de heparina (HGF) (Lai et al., 2004) e CTGF

(Crean et al., 2002; Furlong et al., 2007; Secker et al., 2007).

A via de PKB/Akt também é um grande responsável pelo controle da

ativação da migração celular, sendo esta ativação produzida por zoledronate

(Hasmim et al., 2007), fator de crescimento de fibroblasto (Schmidt et al.,

2006), beta-arrestina (Buchanan et al., 2006) e CTGF (Crean et al., 2006).

A superativação destas vias de MAPK e PKB/Akt está diretamente

relacionada à metástase tumoral (Bao et al., 2004; Yoeli et al., 2006; Leonis et

al., 2007; Mirmohammadsadegh et al., 2007), onde após analise patológica

encontraram a presença nuclear dos fatores de transcrição, PKB/Akt e P38,

efetores destas vias em câncer de seio e próstata (Yoeli et al., 2006; Mendes

et al., 2007). Sendo assim a provável inibição das vias de MAPK e PKB/Akt

com inibidores específicos U0126, LY297002 e o SB203580, através de

técnicas pontuais de ação destes inibidores, pode ser uma estratégia

inteligente para evitar a metástase tumoral nos diferentes cânceres.

Existem três principais receptores responsáveis pela ativação das vias

de MAPK e PKB/Akt, entre eles estão as integrinas beta3 (Lerea et al., 2007),

alfaV beta 3, alfa V beta 5 (Naik and Naik, 2006), os receptores tirosina cinase

(Mehdi et al., 2007) e os receptores acoplados a proteína G (Oak et al., 2001;

Yamauchi et al., 2001). Baseado nos nossos achados somados aos dados

discutidos na literatura, nós desenvolvemos um modelo de discussão para a

ação do CTGF durante a migração e quimioatração celular. Ainda não foi

descrito receptor específico para a proteína CTGF, desta forma, o aumento da

fosforilação produzida pela molécula CTGF durante a migração e

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quimioatração, poderia ser, devido a ligação do CTGF a receptores descritos

como tradutores de sinal intracelular para as vias de MAPK e PKB/Akt. Como

mostramos na Figura 17 a inibição destas vias poderia evitar o efeito do CTGF

na estimulação da migração e quimioatração, constituindo uma importante

estratégia para evitar a migração e metástase de tumores. Desta forma,

entender os mecanismos pelos quais as células respondem ao estímulo

produzido pelo CTGF e seu efeito em vias ativadoras da migração, bem como

a inibição, tanto do CTGF como dos componentes efetores das vias de MAPK

e PKB/Akt é algo imprescindível para novas perspectivas ao estudo da

migração, quimioatração e metástase tumoral.

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Figura 18. Representação esquemática da hipótese de atuação do CTGF na promoção da migração, quimioatração. Primeiro passo da ativação é o reconhecimento do CTGF pelo receptor que podem ser integrinas, receptores tirosina cinase e/ou receptores acoplados a proteína G. Com o reconhecimento do CTGF, os receptores sofrem fosforilação e ocorre o desencadeamento da cascata de sinalização, com a ativação dos mensageiros secundários até a ativação por fosforilação dos fatores de transcrição, P38 e PBK/Akt que agirão no núcleo e ativarão a transcrição de uma gama de genes responsáveis pela migração gerada por um agente quimioatrator.

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CONCLUSÃO

1. Células de teratocarcinoma embrionário P19 preferencialmente aderem

e agregam-se às esferas de agarose tratadas com CTGF recombinante.

2. O número de células aderidas e ao redor das esferas tratadas com

CTGF é significantemente maior do que o número de células aderidas e

ao redor das esferas não tratadas com CTGF.

3. Analise morfológica por microscopia eletrônica de varredura das células

P19 aderidas a esferas, revelou grandes interações das células na

superfície das esferas tratadas com a proteína CTGF.

4. Ensaio de incorporação de Timidina Tritiada T[H3] mostrou que as

esferas tratadas com CTGF não alteram a proliferação das células de

teratocarcinoma embrionário P19. Confirmando que o aumento do

número de células ao redor das esferas tratadas com CTGF é um

fenômeno de agregação.

5. CTGF é uma molécula quimioatratora em células P19, agindo de

maneira dose dependente.

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6. Tempo de adesão característico da proteína CTGF é baixo, podendo ser

comparada à adesão promovida por moléculas da matriz extracelular,

como: Fibronectina e Laminina.

7. CTGF promove aumento na fosforilação e ativação de PKB/Akt e P38,

mas não de ERK.

8. A inibição das vias de sinalização de MAPK e PKB/Akt impede a

quimioatração promovida pelo CTGF

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