UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

PRÁTICA DE COMUNICAÇÃO NA ESCOLA: APRENDENDO COM A

TECNOLOGIA

Marcione de Paula M. Ribeiro.1

Orientadora: Klívia de Cássia Silva Nunes2

Resumo

Este trabalho apresenta relatos do projeto "Práticas e Espaços de Comunicação na

Escola: Aprendendo com a Tecnologia", desenvolvido na Escola Paroquial Cristo Rei,

tendo como objetivo geral proporcionar ao docente, uma visão mais ampla quanto ao

uso das tecnologias em prol da aprendizagem do aluno. Para tanto, organizou-se com os

docentes um planejamento voltado para o uso das tecnologias em sala de aula, na

expectativa de estimular a leitura e a escrita (produção textual), para os alunos do 4º

ano. Ressalta-se que na unidade escolar já possui uma internet sem fio, além disso, 60%

dos docentes já participaram de diferentes formações continuadas voltadas para assuntos

ligados ao uso dos recursos tecnológicos e 90% dos docentes possuem notebooks, o que

vem facilita os trabalhos pretendidos. Destaca-se, que durante os estudos propostos

100% revelaram que mesmo com as formações continuadas apresentam algumas

dificuldades relacionadas ao uso das tecnologias, dentre elas citaram: gravação de CD,

salvar determinados vídeos, montar um slideshare, facebook, blog e entre outros que

facilitam o planejamento e organização do cotidiano escolar, mas também revelaram

que na hora do planejamento que é realizado em conjunto o conhecimento torna-se um

só e todos colaboram com o que sabe e acabam aprendendo uns com os outros. Assim,

concluímos que planejar coletivamente com uso das tecnologias facilita a melhoria na

realização do trabalho educativo com maior ênfase na qualidade.

Palavras-chave: recursos tecnológicos, formação continuada, leitura e escrita, produção

textual.

1 Pós Graduada em Gestão Escolar – EDUCOM do TO. Coordenadora Pedagógica da Escola Paroquial Cristo Rei. marcionepmr@hotmail.com. 2 Mestre em Educação - PUC de Goiás. Profª do Curso de Ciências Sociais da UFT. Membro do Grupo de

Pesquisa em Cultura, Educação e Política: patrimônio, ruralidades, tecnologia e gestão klivia@uft.edu.br

Introdução

Tendo em vista que o uso dos recursos tecnológicos possibilita uma melhor

compreensão no processo de ensino e aprendizagem, e que a sociedade contemporânea

necessita urgentemente acompanhar a evolução tecnológica, onde a quantidade de

informações circula de forma rápida, e a conexão proporciona a interação com o mundo

globalizado, o presente projeto de pesquisa intitulado: “Práticas e Espaços de

Comunicação na Escola: Aprendendo com Tecnologia", desenvolvido na Escola

Paroquial Cristo Rei, tendo como objetivo geral proporcionar ao docente, uma visão

mais ampla quanto ao uso das tecnologias em prol da aprendizagem, pois sabemos que a

construção do conhecimento deve partir dos próprios anseios dos alunos em conhecer

algo, e trabalhar a história da própria escola favoreceu essa busca no sentido de que os

mesmos mostraram–se empolgados com a temática trabalhada, pois tratava- se de algo

do seu cotidiano em que eles iriam conhecer mais profundamente a trajetória da

Unidade Escolar.

Assim podemos dizer que dos 32 docentes que fazem parte da equipe escolar

todos participaram nos momentos de estudos sobre a importância e uso da tecnologia

em sala de aula para favorecer a compreensão e ampliação do conhecimento dos alunos,

desta forma estudamos e adaptamos diversas situações para que a tecnologia estivesse

em vários momentos, dentre eles podemos citar o ato de registrar/fotografar usando a

máquina digital, a digitação dos textos escritos pelos próprios alunos, à impressão dos

mesmos, o uso do CD, microssistem, pendrive e o manuseio do computador tanto pelos

docentes como pelos alunos, no intuito de descobrir o novo através dos recursos

tecnológicos disponíveis na Unidade Escolar. Tendo em vista que o uso da tecnologia

cria expectativas em relação ao conhecimento e a interação com o mundo virtual e

tecnológico.

Diante dos textos produzidos pelos alunos, analisou-se individualmente e

constatou que na turma escolhida para produção textual, estão matriculados 25 alunos,

que apresentam dificuldades na leitura, escrita e produção textual, sendo que 15.78 %

leem palavra por palavra, 52.63% leem palavra com fluência, 31.57% escrevem frases

soltas dentro do tema e 26.31% escrevem textos com começo, meio e fim.

Os dados coletados das fichas de acompanhamento e ficha de matricula em que

há um total de 25 alunos na turma, retratam que 15% dos alunos matriculados na turma

apresentam dificuldades de aprendizagem referentes a fatores genéticos, (considerados

alunos especiais com laudo médico de diferentes especialidades, psicólogo, psiquiatra e

neurologista), 25% oriundos do Programa Se Liga, programa este que alfabetiza alunos

com distorção idade/série e 25% reprovados de ano/série anteriores que por diferentes

motivos não alcançaram o perfil proposto para cursar o ano/série em que estão, e 35%

da turma apresenta habilidade e competência para cursar o ano/série, levando em

consideração que 56% das famílias dos alunos não possuem um grau de escolaridade

suficiente para realizar um acompanhamento no que diz respeito a leitura e escrita,

todos esses fatores contribuem para que o índice de aproveitamento escolar esteja

abaixo do esperado para a turma.

No entanto, estes dados foram motivos para que o projeto fosse desenvolvido

na referida turma, visto que era preciso amenizar o problema que acarretavam uma

aprendizagem lenta apresentada pela turma, assim unimos o útil ao agradável, professor

- computador - aluno e, então, com o auxílio da tecnologia surgiu alternativas de

práticas educativas que pudessem desenvolver uma maneira mais interessante e

agradável para aprender a ler, escrever e reescrever textos utilizando a tecnologia, visto

que a máquina (computador) chama muito à atenção de todos, principalmente de

crianças que são incessantemente ativas para o novo e pensando assim, propomos

incentivar uma aprendizagem mais conectada com a tecnologia. Ressaltando que apesar

de desenvolver o projeto somente na turma de 4º ano, os momentos de estudos sobre o

uso das tecnologias em sala de aula, aconteceram com os demais docentes da Unidade

Escolar que atendem as outras séries/anos, sendo que estes momentos de

estudo/formação continuada se deram concomitante à realização do trabalho educativo

com os alunos, ou seja, após a realização dos estudos dos textos organizou-se

metodologias que poderiam atender a sugestões quanto ao uso da tecnologia na sala de

aula, como por exemplo, organização de sites de pesquisa para determinados assuntos

previstos no planejamento, de forma a contemplar os conteúdos/assuntos, visitas em

laboratórios de informática, atividades em sites educativos, uso de CD e DVD e outras

fontes de pesquisa e aprofundamento do conteúdo já estudado, segundo relatos verbais

dos docentes em reuniões houve um aumento por turma, pela procura do uso das

tecnologias, isso quer dizer que quando o conteúdo é lançado na aula, aproximadamente

3 em cada 10 alunos citam que irão pesquisar mais na internet e em sites mais

informações sobre o assunto estudado, inclusive relatam que se sentem motivados

diante das tecnologias (máquina digital, microssistem, computador, celular, sites

educativos e outros) e assim, acredita-se que as atividades propostas para estudo são

mais instigantes e estimulantes à curiosidade em aprofundar mais o conhecimento.

Os textos estabelecidos para estudo são organizados de acordo com o

cronograma de formação continuada que já acontece na escola bimestralmente, textos

estes que impulsiona o docente a fazer uso constante dos meios tecnológicos, em

relação os textos que estavam direcionados ao uso da tecnologia foram incorporados

através de sugestão do cursista do curso de pós-graduação em coordenação pedagógica,

os quais ofereceram uma maior clareza sobre o uso das tecnologias em diversos âmbitos

educacionais, não só no planejamento, mas também na metodologia adequada ao

conteúdo/assunto proposto e em algumas situações como o discente utiliza-o no seu

cotidiano pessoal e interpessoal.

As Tecnologias e a Comunicação no Século XXI

As tecnologias atualmente revolucionaram os tempos passados, trazendo para a

população a era da comunicação mundial, facilitando o contato direto e indireto com o

outro, a modernidade e precisão dos aparelhos modernos que revolucionam a cada dia

nossa vida faz pensar que o homem é capaz de mudar um mundo em instantes, isto traz

benefícios e malefícios, pois podem trazer a tona à destruição de relações pessoais e

interpessoais, por indivíduos que agem de má fé e se aproveita para fazer uso da

tecnologia a seu benefício e não ao bem comum de todos os cidadãos.

O modo de pensar de um discente do século XXI diante de uma tecnologia

(computador, tablet, internet, celular, vídeo game...), vem influenciando seu modo de

viver, agir e reagir para com o outro, de forma que isto possa vir causar transtornos para

sua vida futura, como por exemplo, uma convivência a partir de si com uma máquina e

não com seu semelhante, deixando de lado o valor afetivo, por exemplo: a amizade

construída com o diálogo é diferente da mesma construída virtualmente, a tecnologia

não consegue substituir o calor humano, o aperto de mão, um abraço, um olhar de uma

mãe e outros, é preciso que o mundo moderno tenha em mente que o ser humano é

insubstituível, e que a tecnologia é uma ferramenta de auxílio para sermos mais rápidos

e precisos, no mercado de trabalho que exige tanto de nosso potencial humano. Além de

oferecer contato virtual com familiares, amigos..., que está distante visualizando através

da web can (câmera de imagem), isto facilita a sobrevivência humana no sentido

sentimental.

Mas também é válido considerar que a tecnologia traz uma nova realidade

diante do modo de pensar e tomar decisões diante de determinadas situações no mundo,

há mais comunicação e perfeição com o uso de tecnologias, ou seja, está o nosso favor

quando adquirimos conhecimento necessário para lidar com todo esse aparato de

ferramentas tecnológicas que de alguma maneira torna a nossa vida mais fácil diante do

modo como a sociedade avança perante a descoberta de uma forma de melhorar a

qualidade de vida de todo cidadão, principalmente na área da saúde, reduzindo o

sofrimento de muitos e principalmente salvando vidas em tempo hábil, capacidade esta

que o homem tem de interagir com a máquina e o tempo, isto tudo é claro quando se

leva a sério a questão de que antes de nos tornarmos grandes pesquisadores fomos bem

preparados e orientados na construção do conhecimento.

A capacidade intelectual do homem parece ser infinitamente inesgotável na

busca de garantir o seu bem estar e esta constante busca pelo conhecimento perpassa por

situações que quando comparadas com séculos passados pareciam impossíveis de se

tornarem reais e possíveis e hoje apesar da educação nas escolas ainda não terem

alcançado esta modernidade a altura de nossas capacidades intelectuais, isto levando em

consideração a estrutura física da escola e não a do pensamento humano, profissional

atuante no quadro docente e formador de opiniões que situa o discente de acordo com as

possibilidades que lhe são favoráveis, possibilitando até mesmo manuseio de

tecnologias que não são de convivência diária, mas que podem transformar e formar

uma visão de mundo ao alcance de todos.

[...] As teorias sociointeracionistas explicam a aprendizagem

como fruto da interação do aprendiz com o mundo dos objetos

e das pessoas. ( FREIRE, 1970; PIAGET, 1976; VYGOTSKY,

1991; WALLON, 1989).

A tecnologia não precisa estar a todo o momento ao nosso lado, mas de alguma

maneira traz possibilidades de construir um mundo diferente do que estamos

acostumados, leva-se em consideração que um docente que tem a iniciativa e a

curiosidade em transformar suas aulas num campo de interação entre assunto proposto e

aprendizagem mais eficaz adota a tecnologia para apresentar resultados mais

significativos no desempenho escolar dos discentes, que a todo o momento desejam

aprender com mais interação e comunicação.

Formação de Docentes e a Tecnologia

É fundamental para docentes a expansão e uso das ferramentas tecnológicas na

organização e planejamento de suas atividades pedagógicas, sendo que através da

interação com a internet podem-se encontrar metodologias/meios mais eficazes e

rápidos de se preparar com as teorias e práticas educativas que pode de alguma maneira

aperfeiçoar o ensino proposto nas diferentes fases do ensino fundamental e até nível

superior.

As tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador,

facilitam o processo de ensino-aprendizagem: sensibilizam

para novos assuntos, trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo, com as outras escolas,

aumentam a interação (redes eletrônicas), permitem a

personalização (adaptação ao ritmo de trabalho de cada aluno)

e se comunicam facilmente com o aluno, porque trazem para a

sala de aula as linguagens e meios de comunicação do dia-a-

dia. (MORAN, 1994, p.48).

Inegáveis são as chances de melhor desempenho tanto por parte do docente

quanto para o discente, ambos são necessário entender que não é somente com o uso das

ferramentas tecnológicas que poderão obter sucesso, é preciso antes de tudo uma

formação adequada para não cairmos na tentação de que a aprendizagem irá por si só

ser responsabilidade dos meios tecnológicos.

Depende muito do docente e sua formação continuada que com ou sem

tecnologia os discentes serão construtores de conhecimento e autônomos, é necessário

que se que se tenha uma visão amplamente conectada ao mundo da forma como usar e

planejar para obter sucesso no desempenho escolar dos discentes.

O docente precisa estar antenado tecnologicamente para entrar neste mundo

virtual, é fundamental que ele tenha preparação intensiva, especialize-se, e se preciso

for voltar até para a universidade, de maneira que tenha em mente a sua reconstrução no

fazer pedagógico dentro e fora da escola.

Discussão dos resultados

Tomando como objeto de estudo, a dificuldade de aprendizagem na leitura,

escrita e produção textual, bem como a formação continuada de 32 docentes quanto ao

uso das tecnologias em sala de aula, proporcionamos para ambas as partes momentos de

contato com a tecnologia, de diferentes maneiras, como: contato direto e indireto com

alguns recursos tecnológicos ( computador, TV, CD, microssistem, DVD, máquina

digital e outros), que facilitam tanto o planejamento do docentes quanto a aprendizagem

dos discentes.

No que diz respeito ao trabalho com os docentes, o projeto supracitado foi

apresentado a uma equipe de 32 docentes que se mostrou bastante receptiva e

empolgada. No momento da discussão dos textos estudados sobre as TICs (Tecnologia

na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC), houve interesse dos docentes

devido à maioria desejar estar mais interligado as novas formas de ensinar com o uso de

tecnologias, pois a escola em breve estará recebendo recursos tecnológicos e os mesmos

poderão inovar as metodologias de aprendizagem tanto para discentes quanto docentes.

A escola preocupada com o uso das tecnologias de informação e

comunicação aproveitou o momento do Dia Pedagógico, dia este previsto e destinado a

estudos de interesse e realidade/necessidades do ambiente escolar, estão previsto no

calendário escolar, para realização dos estudos voltados para a Formação Continuada.

Neste dia o texto indicado para reflexão foi “As sereias do ensino eletrônico,

de Paulo Blikstein e Marcelo Knorich Zuffo (2001), que trata da influência das

tecnologias na implementação do trabalho pedagógico, no intuito de disseminar o

conhecimento a respeito do uso das tecnologias em sala de aula, o referido texto

auxiliou a equipe docente a refletir sobre as vantagens e desvantagens de inserir os

recursos tecnológicos, tendo em vista que caso a escola almeje ampliar e enriquecer o

nível de aprendizado é necessário que o docente esteja preparado e com a intenção de

que é preciso que o discente entenda que o conhecimento será construído por si próprio,

de forma descentralizada, que é preciso vislumbrar e descobrir através da produção

independente, ser empreendedor no sentido da educação transformar o mundo,

melhorando a vida de milhares de pessoas.

O papel dos recursos tecnológicos para que alcance seus objetivos devem

estar interligados ao projeto curricular, estando claramente definido em suas metas a

importância de favorecer o ensino aprendizagem, poderá constar também de que

maneiras pode contribuir para que não seja uma mera fantasia. Então a escola através do

estudo verificou que a tecnologia faz sentido quando bem utilizada na organização do

planejamento e sua aplicação em sala de aula, fazendo uso a benefício próprio,

estimulando à imaginação e a curiosidade de ambas as partes interessadas, ou seja,

docente e discente.

Destaca-se que as reflexões promovidas neste momento de estudo promoveu

o entendimento de se ter o cuidado de não achar que a tecnologias por si só vai resolver

os problemas educacionais, mas que é preciso que haja dinamismo, persistência e

inovação por parte do professor, pois apesar de todos os recursos tecnológicos

existentes na escola, o professor continua sendo a peça chave na condução do

conhecimento em sala de aula, o que confirma o pensamento de Hasse (1999, p. 138)

quando diz que:

[... ]A simples convivência com os computadores nem sempre

resulta em melhor desempenho dos seus usuários. Isto significa

que o trabalho com o computador na escola deve ser bem

planejado e desenvolvido, de modo que só torne oportunas experiências válidas e gratificantes dos alunos. Experiências

que, a nosso ver, devem ultrapassar um caráter meramente

recreativo, ilustrativo, ou, então, de uma máquina de escrever

eletrônica.

Tal pressuposto teórico tratado por Hasse fortalece os encaminhamentos

trabalhados durante o desenvolvimento do trabalho e reforça que apesar do

conhecimento já existente a respeito do assunto e da participação nas capacitações, se

faz necessário que haja um planejamento quanto ao uso das tecnologias em sala de aula,

inclusive documentado no projeto Político Pedagógico da escola e inserido no currículo

escolar , para que se cumpra na integra e não corra o risco dos recursos tecnológicos

serem utilizados aleatoriamente ou como forma de passatempo sem nenhum

planejamento previsto em que o conteúdo esteja em consonância com os objetivos que

se pretende alcançar ao utilizar determinado recursos tecnológicos.

No que se refere aos 25 discentes, os mesmos demonstraram bastante interesse

em conhecer melhor a trajetória escolar da instituição a qual estuda. Deu-se início a

construção do texto, comentando sobre a estrutura física, antiga e atual da escola

relacionando as melhorias que a escola recebeu ao longo dos anos, os gestores que por

aqui passaram, deixando rastros de que a educação é o melhor caminho para a

construção de uma sociedade que visa o progresso. De acordo com as perguntas

direcionadas aos alunos referente à escola, percebe-se uma grande curiosidade em saber

mais a respeito da história e acontecimentos da instituição. Visto que são 50 anos de

trabalho e dedicação voltados para a comunidade tocantinópolina. Durante a execução

da atividade de produção textual os discentes fizeram bastantes indagações sobre o

caminho percorrido pela escola desde a sua criação aos dias de hoje.

O breve histórico da escola foi organizado e revisado através de um

passatempo de perguntas e respostas, contendo catorze perguntas seguidas de respostas

e curiosidades do passado, presente e futuro da Escola. Em outro momento realizou-se a

leitura do Hino da Escola, disponibilizando em papel chamex a letra para todos os

alunos e a música acompanhada por um CD, os quais retratam e reforça o que já

havíamos discutido e estudado, facilitando logo a seguir a produção textual com o tema:

“50 Anos da Escola Paroquial Cristo Rei”.

Propomos então, a produção textual a partir da aprendizagem do assunto

proposto “50 Anos da Escola Paroquial Cristo Rei”, foi orientado sobre o cabeçalho e

iniciamos a produção textual, 100% dos 25 alunos realizaram a produção textual,

acompanhamos e orientamos individualmente cada aluno, os resultados obtidos a partir

das observações nas produções textuais dos alunos foram: 70% dos alunos conseguiram

produzir um texto com começo meio e fim, com erros ortográficos, sem pontuação,

15% dos alunos conseguiram produzir um texto confuso, devido muitos erros

ortográficos, sem pontuação, mas as ideias estavam dentro do assunto proposto e 15%

não conseguiram produzir um texto, mediante nossas orientações, mas desenharam a

escola baseado nas observações, enquanto aluno. Oralmente as ideias e a leitura

realizada pelos próprios alunos de seu texto são ótimas, faltam ainda adquirirem as

habilidades e competências propostas pela leitura e escrita, o hábito de manusearem o

dicionário, por exemplo, na hora da produção textual e o texto coletivo que também

auxilia o docente no momento de organização dos textos com os discentes.

Diante dessa situação verificamos que os discentes estão no seguinte

processo de leitura (gráfico abaixo), o que dificulta a produção textual, pois quando o

aluno não adquiriu as competências e habilidades necessárias para a leitura com

fluência, assim não consegue produzir textos com clareza, sem erros ortográficos, o que

possibilitou a disposição no gráfico abaixo:

Diante do exposto, percebe-se que quando os alunos ainda não dominam

bem a leitura, a escrita e o gênero textual fornecem dados para que seu pensamento

sobre o assunto tenha significado próprio, ou seja, a expressão do pensamento do

próprio escritor possa desencadear um processo entre o real e o imaginário, nessa fase

cabe ao professor proporcionar contatos diferenciados com a leitura e a escrita de modo

que o aluno organize seu pensamento objetivando uma interlocução em que haja uma

15,78%

52,63%31,57%

26,31%

DEMONSTRATIVO DO PERCENTUAL DE ALUNOS QUE APRESENTAM

DIFICULDADE NA LEITURA E ESCRITA

LEEM PALAVRA POR PALAVRA

LEEM PALAVRA COM FLUÊNCIA

ESCREVEM FRASES SOLTAS DENTRO DO TEMAESCREVEM TEXTO COM COMEÇO MEIO E FIM

expressão eficaz da mensagem por meio da linguagem em que o escritor utiliza para se

comunicar com o leitor. Sendo que esta apresenta um caráter interlocutivo, em que as

pessoas expressam seus pensamentos e transmitem informações por meio da linguagem

oral e escrita, tal como adverte Garcia (1967, p. 206):

[...] Aprender a escrever é, em grande parte, se não

principalmente, aprender a encontrar ideias e concactená-

las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem,

não se pode transmitir o que a mente não criou ou não

aprovisionou.

Todavia, o uso da tecnologia possibilita ao aluno a interação com os

diferentes meios de aprendizagem que o conduzem ao processo de construção do

conhecimento, uma vez que em contato com a tecnologia, o educando possa expressar,

criar formar diferentes conhecer e aprender, fazendo do ato de estudar algo prazeroso,

onde a leitura e a escrita se torna um elo de comunicação entre as pessoas por meio da

linguagem.

Considerações

Após os estudos realizados com os docentes e as atividades desenvolvidas com

os alunos, percebe-se que as discussões foram bastante pertinentes, uma vez que

proporcionou ampliação dos conhecimentos a respeito do uso das tecnologias no

planejamento e na sala de aula, sendo estes resultados dos estudos realizados em textos

predefinidos, que o conhecimento advindo do uso das tecnologias podem ser bastante

favorável à aprendizagem em sala de aula.

Para que os recursos tecnológicos alcancem os objetivos e obtenha sucesso é

necessário que haja uma formação continuada constante, devido haver sempre novas

informações a que venha suprir as necessidades e dificuldades encontradas no espaço

educativo e no mundo contemporâneo.

Reorganizar o currículo de maneira que se possa inserir a tecnologia como

disciplina será de extrema importância para que o aluno tenha acesso e manuseie-a com

exatidão, afinal de contas é preciso inserir o mundo das inovações no cotidiano escolar e

torná-lo acessível a todos os que estão em busca do conhecimento.

O trabalho pedagógico desenvolvido através de situações que chamam à

atenção torna-se mais fácil a compreensão dos que ali estão em busca da aprendizagem,

e a escola deve assumir espaços que proporcionem maior compreensão a todos, mas

para isto é necessário que políticas públicas auxiliem na estrutura física e formação de

profissionais que atuem com qualidade, pois ambos são essenciais para que a educação

seja direcionada ao mundo tecnológico.

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