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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO DE ANIMAIS KNOCKOUT PARA RECEPTOR MAS Paulo César Rodrigues Pereira Túlho César Rocha DIAMANTINA 2012/2

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E … · Tendo em vista que o treinamento físico aeróbio leva a adaptações cardíacas benéficas, com a melhora da função cardíaca,

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO

DE ANIMAIS KNOCKOUT PARA RECEPTOR MAS

Paulo César Rodrigues Pereira

Túlho César Rocha

DIAMANTINA

2012/2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO

DE ANIMAIS KNOCKOUT PARA RECEPTOR MAS

Paulo César Rodrigues Pereira

Túlho César Rocha

Orientador: Marco Fabrício Dias Peixoto

Coorientador: Dirceu de Sousa Melo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física, como parte dos requisitos exigidos para conclusão do curso.

DIAMANTINA

2012/2

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TÍTULO: Efeitos do treinamento físico sobre o desempenho aeróbio de animais

knockout para receptor mas

Paulo César Rodrigues Pereira

Túlho César Rocha

Orientador:

Marco Fabrício Dias Peixoto

Coorientador:

Dirceu de Sousa Melo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação Física, como parte dos requisitos exigidos para a conclusão do curso.

APROVADO em ..... / ..... / .....

_______________________________

Profª Dr. Flávio de Castro Magalhães – UFVJM

_______________________________

Prof. Gilton de Jesus Gomes – UFVJM

_______________________________

Prof Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto - UFVJM

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Dedicamos este trabalho aos nossos familiares

e amigos que sempre nos deram força.

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Agradecemos primeiramente a Deus.

Agradecemos o nosso orientador, Professor Marco Fabrício Dias Peixoto, por todo

auxilio, disponibilidade e paciência. Ao nosso co-orientador, Dirceu de Sousa Melo,

sempre prestativo e disposto a nos ajudar. Agradecemos aos animais que deram suas

vidas para que este estudo se concretizasse a todos que nos auxiliaram de alguma forma.

Agradecemos ao corpo de professores do curso de Educação Física da UFVJM e aos

funcionários, Eufrosina e Emersom. Agradecemos aos nossos pais, que sempre nos

motivaram a continuar dentre as diversas dificuldades enfrentadas.

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RESUMO

EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O DESEMPENHO AERÓBIO DE ANIMAIS KNOCKOUT PARA RECEPTOR MAS.

O treinamento físico aeróbio gera uma série de adaptações fisiológicas benéficas, principalmente sobre o sistema cardiovascular. As adaptações cardíacas ao treinamento influenciam diretamente no aumento da capacidade aeróbia por melhorar o desempenho cardíaco. Dentre os fatores determinantes na geração das adaptações ao treinamento, evidências apontam que o Sistema Renina Angiotensina (SRA) tem participação efetiva na regulação destas adaptações. Estudos revelam que a ligação da Ang(1-7) um novo peptídeo do SRA ao seu ligante específico, o receptor MAS, pode estar envolvido com as adaptações ao treinamento físico aeróbio. Nestes animais identificaram que a deleção gênica pode acarretar prejuízos no funcionamento cardíaco, principalmente pela redução da contratilidade. Tendo em vista que o treinamento físico aeróbio leva a adaptações cardíacas benéficas, com a melhora da função cardíaca, um fator determinante para a melhora do desempenho aeróbio, procuramos investigar se esta adaptação ocorreria na ausência do eixo Ang(1-7)/MAS. Objetivo: O presente estudo foi desenhado para determinar o desempenho aeróbio máximo em camundongos knockout MAS e avaliar a eficácia do treinamento físico em melhorá-lo. Métodos: O protocolo do estudo foi aprovado pelo CETEA / UFMG (protocolo: 36/2012). 3 meses masculinos C57/BL6 camundongos selvagens (WT) e knockout Mas (Mas-/ -) foram divididos em quatro grupos: Tipo selvagem Sedentário (WTSED, n = 9), tipo selvagem Treinado (WTTR, n = 7), Mas - / - Sedentário (KOSED, n = 10) e Mas-/ - treinados (KOTR, n = 9). Elas foram submetidas a um protocolo de natação (5 dias / semana. Durante 10 semanas., 40-60 min. Diariamente em 40-80% da capacidade máxima) ou permaneceram sedentários nas suas gaiolas sendo colocados na piscina um dia por semana durante 15 minutos apenas para aclimatação. Antes e após treinamento os animais foram pesados e submetidos a um teste de desempenho aeróbio máximo. Os resultados são apresentados como média ± SEM. A significância estatística das diferenças foi determinada utilizando ANOVA de uma via seguida pelo teste de comparações múltiplas de Bonferroni. O nível crítico de significância foi estabelecido em p <0,05. Resultados: Antes de treinar o peso corporal foi semelhante entre os grupos (WTSED: 27,7 ± 2,5 g, WTTR: 26,9 ± 2,0 g KOSED: 26,2 ± 1,4 g, KOTR: 26,1 ± 1,6 g). Após o treinamento de todos os animais tiveram um aumento de peso corporal (WTSED: 3,38 ± 1,85 g, WTTR: 2,67 ± 1,88 g KOSED: 2,23 ± 0,45 g, KOTR: 1,49 ± 1,45 g) e o peso corporal final, não foi diferente entre os grupos sedentários e grupos treinados (WTSED: 30,6 ± 2,9 g, WTTR: 28,3 ± 1,5 g KOSED: 28,4 ± 1,3 g, KOTR: 27,1 ± 0,8 g). É interessante notar que antes do treino os camundongos Mas-/ -tiveram um desempenho aeróbico máximo inferior dos WT como mostrado pela carga máxima na última etapa do protocolo aeróbico máximo (WT: 6,81 ± 1,18 mg / g, Mas-/ -: 5,55 ± 1,60 mg / g). Além disso, a formação foi capaz de melhorar o desempenho aeróbio máximo em camundongos WT (WTSED: 6,22 ± 1,20 mg / g, WTTR: 8,00 ± 1,26 mg / g), mas não em camundongos Mas-/ - (KOSED: 6,00 ± 1,15 mg / g, KOTR: 6,25 ± 1,28 mg / g). Conclusão: Camundongos Mas-/ - mostrou prejudicado desempenho aeróbio e o treinamento físico não foi capaz de melhorá-lo.Palavras-chave: Desempenho Aeróbio; Animais Knockout para receptor MAS; Angiotensina-(1-7)/MAS.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 07

2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................... 08

2.1. Treinamento Físico Aeróbio e Capacidade Aeróbia ...................... 082.1.1. A hipertrofia cardíaca excêntrica fisiológica ........................ 082.1.2. O aumento da contratilidade cardíaca ................................... 092.1.3. Aumento da extração e consumo de oxigênio

musculo-esquelético ................................................................ 092.2. O Sistema Renina-Angiotensina ..................................................... 092.3. Eixo Ang-(1-7)/Mas e treinamento físico aeróbio........................... 11

3. METODOLOGIA................................................................................ 11

4. RESULTADOS.................................................................................... 14

5. DISCUSSÃO......................................................................................... 16

6. CONCLUSÃO...................................................................................... 18

7. REFERÊNCIAS .................................................................................... 19

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1. Introdução

Já é bem documentado na literatura que existe uma relação inversa entre o

aumento dos níveis de capacidade aeróbia e menor incidência de doenças

cardiovasculares (PASCOA, 2008). Entretanto os mecanismos moleculares envolvidos

nas adaptações cardiovasculares e metabólicas ao Treinamento Físico Aeróbio (TFA)

ainda são pouco conhecidos.

Recentes evidências têm apontado que o Sistema Renina Angiotensina (SRA)

participa das adaptações cardiovasculares ao treinamento sendo o eixo angiotensina-(1-

7)/Mas um importante modulador deste processo (Gomes-Filho et al., 2008, Fernandes

et al., 2011, Dias-Peixoto et al., 2012). De uma forma geral estes estudos indicam que o

TFA promove um aumento da atividade do eixo ECA2/Ang-(1-7)/Mas, eixo

cardioprotetor, e uma redução da atividade do eixo ECA/Ang-(II)/ATI, eixo

cardiodeletério.

Apesar destes indicativos, ainda são poucos os estudos que avaliam a

participação do eixo Ang-(1-7)/Mas nas adaptações do TFA. A utilização camundongos

knockout para o receptor Mas (Mas-/-) tem sido uma importante ferramenta nos últimos

anos que comprovaram os efeitos cardioprotetores do eixo Ang-(1-7) e colocaram o

receptor Mas como principal ligante endógeno da Ang-(1-7). Tendo em vista que

animais Mas-/- apresentam disfunção cardíaca (Dias-Peixoto et al, 2008) e metabólica

(SOUSA-SANTOS, 2007), os dois principais parâmetros envolvidos com a melhora do

desempenho aeróbio (BARRETTI, 2011), Sabendo-se que o TFA melhora o

Desempenho Físico Aeróbio, levantamos a hipótese de que animais Mas-/- apresentam

prejuízo no desempenho aeróbio e o TFA não é capaz de melhorá-lo. Ou seja, a

presença do receptor MAS é essencial para o aumento do desempenho aeróbio.

Portanto o estudo teve como objetivo avaliar o desempenho aeróbio máximo de

camundongos MAS-/- antes e após um período de dez semanas de treinamento aeróbio

em piscina.

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2. Revisão de Literatura

2.1Treinamento Físico Aeróbio e Capacidade Aeróbia

O primeiro estudo clássico que relacionou o aumento da capacidade aeróbia com

a redução da incidência de doenças cardiovasculares foi descrito por Morris et al., 1953.

Neste estudo, foi comparada a incidência de Doença Cardíaca Coronariana (DCC) entre

motoristas e cobradores de ônibus da Inglaterra. O estudo revelou que a incidência de

DCC em motoristas de ônibus que passavam o dia inteiro sentados era alta,já em

cobradores esta incidência era baixa e isto foi relacionado ao fato de que estes passavam

o dia inteiro se movimentando, subindo e descendo as escadas dos ônibus que possuíam

dois andares. Desde as observações iniciais de Morris et al., (1953) muitos outros

estudos foram realizados, com resultados semelhantes: Pessoas ativas têm taxas mais

baixas de doenças DCC e doenças cardiovasculares (DCV) do que os inativos. O corpo

coletivo de evidências levaram a Associação Americana do Coração, em 1992,

reconhecer que a inatividade física como um fator de risco para doença coronariana e

DCV, ou seja, existe uma relação inversa entre o aumento dos níveis de capacidade

aeróbia e menor incidência de doenças cardiovasculares (PASCOA, 2008).

Em 1988, Dickinson W. Richards publicou um importante trabalho que definia

os principais determinantes da capacidade aeróbia. Resumidamente, este trabalho

descreve o princípio de Fick como o principal determinante da capacidade aeróbia.

Matematicamente a equação descreve:

VO2máx = DC x Δa-V O2máx

onde,

• VO2máx é a capacidade aeróbia máxima em mL/kg/min;

• DC é o débito cardíaco em mL/min;

• Δ a-V O2 é a diferença arteriovenosa de oxigênio em mL/dL.

Neste contexto, dentre as principais adaptações cardiovasculares e metabólicas

que favorecem o aumento do VO2 máx destacam-se:

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2.1.1 A hipertrofia cardíaca excêntrica fisiológica: Esta adaptação ocorre em pela

prática regular de exercícios aeróbios que gera uma sobrecarga de volume ao coração.

Essa sobrecarga geram um aumento do diâmetro ventricular com a inserção de novos

sarcômeros em série (Morganroth, 1975).

2.1.2 O aumento da contratilidade cardíaca: Esta adaptação ocorre principalmente

pelas alterações morfológicas e de vias de sinalização cardíaca. Morfológicas pelo fato

do TFA induzir um aumento do tamanho de cardiomiócitos. Em vias de sinalização pela

constatação que o TFA aumenta o pico do transiente de cálcio em cardiomiócitos o que

permite um aumento da disponibilidade de cálcio durante a sístole culminando em um

aumento da contratilidade (ALMEIDA, 2003).

2.1.3 Aumento da extração e consumo de oxigênio musculoesquelético: além das

adaptações cardíacas o TFA é conhecido por aumentar a vascularização tecidual e

aumentar a eficiência de extração e consumo de oxigênio no músculo esquelético

(CAMPOS, 2002).

Portanto, as duas primeiras adaptações cardíacas são as responsáveis principais

em aumentar o DC máx e a última por aumentar a Δ a-VO2máx, o que em conjunto,

promovem o aumento do VO2máx.

2.2 O Sistema Renina-Angiotensina

Segundo Santos et al., (2000) o Sistema Renina Angiotensina (SRA) clássico é

descrito como um eixo endócrino no qual cada componente de uma cascata é produzido

por diferentes órgãos. É constituído de enzimas e peptídeos que levam a formação da

Angiotensina II (Ang II). O aumento exacerbado da atividade deste peptídeo promove

ações deletérias nos diferentes sistemas fisiológicos.

Santos et al., (2008), mostram que na visão moderna do SRA existe um eixo

contra regulatório que tem como produto final a Angiotensina (1-7) (Ang-(1-7)), um

peptídeo com ações, na maioria das vezes, protetoras e opostas à Ang II.

A formação da Ang II e de outros componentes bioativos do sistema, como Ang-

(1-7) envolve uma série de reações enzimáticas a partir de precursor comum, o

Angiotensinogênio (Aogen) (DZAU et al., (1968) . Estudos mostram que a principal

enzima formadora da Ang-(1-7) é a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2)

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(TIPNIS et al.,(2000). A figura 01 apresenta um esquema da visão moderna do sistema

renina-angiotensina.

A partir de pesquisas que demonstraram que o bloqueio dos receptores AT1 e

AT2 não interferem na ação da Ang-(1-7) (BENTER et al.., (1993); PORSTI et al.,

(1994); BROSNIHAN et al., (1996) especulou-se a existência de um receptor específico

da Ang-(1-7). Recentemente um número crescente de estudos apontam que este receptor

é o Mas que foi descrita inicialmente como um receptor funcional para angiotensinas

(Santos et al., 2003). Nos estudos de Santos et al., 2003, foi demonstrando que a deleção

do receptor MAS abole os efeitos da Ang-(1-7) em rins de camundongo inibindo a ação

antidiurética promovida pela Ang-(1-7) após sobrecarga hídrica. Ainda nesse estudo foi

demonstrado que a resposta vasodilatadora promovida pela Ang-(1-7) é abolida na aorta

de camundongos knockout para o receptor MAS (Mas-/-) (SANTOS et al.,(2003)).

Desde então diversos estudos tem comprovado que os efeitos protetores da Ang-

(1-7) são mediados pelo receptor Mas e o uso de animais Mas-/- tem sido uma

importante ferramenta nestas descobertas. Resumidamente, já foi demonstrado que a

Ang-(1-7) apresenta ação vasodilatadora (RIBEIRO, 2006), anti-proliferativa

(RIGATTO, 2004), tem efeitos positivos na melhora da função cardíaca (CASTRO,

2008) e metabólica (SOUSA-SANTOS, 2007) e, estes efeitos são abolidos em animais

Mas-/- (Santos et al, 2006; Dias-Peixoto et al, 2008, Santos et al, 2010).

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Figura 01 – Ilustração simplificada da cascata proteolítica de formação e de degradação

dos principais peptídeos angiotensinérgicos biologicamente ativos.

ECA_enzimaconversora de angiotensina; ECA 2_enzima conversora de angiotensina 2.

PEP_Prolilendopeptidades; PCP_prolicarboxipeptidase; AT1 e AT2_receptores para

angiotensina 2; Mas_receptor para angiotensina-(1-7) (SILVA-JUNIOR, 2011).

2.3Eixo Ang-(1-7)/Mas e treinamento físico aeróbio

Evidências recentes indicam que o eixo Ang-(1-7)/MAS pode estar envolvido

com as adaptações ao TFA. Nos estudos de Gomes-Filho et al (2008); Silva (2011) foi

mostrado que o TFA aumentou os níveis de Ang-(1-7) e da expressão do MAS em

animais SHR (espontaneamente hipertensos). Barrettiet al, (2010), mostraram que o

eixo Ang-(1-7)/MAS está associado com a ativação da via da Akt, via relacionada com

as adaptações cardíacas ao treinamento, como a hipertrofia fisiológica. Na mesma linha,

Silva-Junior, (2011) observaram que o efeito vasodilatador da Ang-(1-7) foi

potencializado pelo treinamento aeróbio, o que poderia contribuir para uma maior oferta

de O2 para a musculatura esquelética.

3. Metodologia

GRUPOS EXPERIMENTAIS

No estudo foram utilizados camundongos machos, C57/BL6 selvagem (Mas+/+) e

knockout para o receptor Mas (Mas-/-), com idade de 12 semanas. Os grupos

experimentais foram divididos da seguinte maneira:

• Selvagem sedentário – 7 camundongos Mas+/+ que não realizaram treinamento

físico;

• Selvagem treinado – 9 camundongos Mas+/+ que realizaram treinamento físico;

• Knockout sedentário – 8 camundongos Mas-/- que não realizaram treinamento

físico;

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• Knockout treinado – 8 camundongos Mas-/- que realizaram treinamento físico.

Os animais foram fornecidos pelo Dr. Robson Augusto dos Santos (Departamento

de Fisiologia e Biofísica, UFMG). Os animais foram mantidos, manipulados e

sacrificados conforme recomendações do “Guia de Manutenção e Uso de Animais de

Laboratório” e de acordo com o Comitê de Ética em Experimentação Animal (CETEA)

da UFMG. A presente proposta foi aprovada pelo referido comitê de ética (protocolo de

número 036/10).

PROTOCOLO DO EXERCÍCIO EM PISCINA

Aclimatação ao exercício – após uma semana de aclimatação às condições do

biotério os animais foram aclimatados ao exercício em piscina por um período de quatro

dias durante quinze minutos por dia. A aclimatação ao exercício em piscina consistiu

em 10 minutos diários de natação em piscina (temperatura da água 31 ± 1º C) sem

sobrecarga.

Determinação da intensidade máxima do exercício em piscina – consistiu em um

protocolo de carga progressiva até exaustão, realizado 72 horas após o período de

aclimatação. Antes da realização do teste os animais foram pesados assim, a partir da

massa corporal dos mesmos, foram confeccionadas sobrecargas correspondentes a 2%

da massa corporal. O teste foi realizado individualmente, na mesma raia, com água na

temperatura de 31 ± 1º C (termo neutra em relação à temperatura corporal do animal)

(Azevedo e cols., 2003). O cronômetro foi disparado a partir do momento em que o

animal foi colocado na água, com uma sobrecarga de 2% afixada na cauda. O teste foi

de caráter contínuo, pois não havia necessidade de retirar o animal da água quando foi

adicionada a sobrecarga, a cada três minutos, até a exaustão. O estado de exaustão foi

caracterizado pela imersão do animal por 4 segundos. A capacidade máxima foi

definida como a maior sobrecarga alcançada durante o teste.

Treinamento na piscina - Os camundongos foram submetidos a diferentes

tempos e intensidades de treinamento, durante as dez semanas do experimento conforme

nosso protocolo de treinamento em piscina (figura 01) (Almeida et al., 2009). Os

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mesmos foram pesados no início de cada semana, às segundas-feiras pela manhã, antes

de iniciarem o exercício (pesagem extra de cada animal foi realizada nos dias dos

testes). Os animais treinaram de segunda à sexta-feira no período da manhã.

Objetivando evitar qualquer diferença em relação à natação dos animais na piscina, as

raias foram alteradas a cada dia de treinamento e, para minimizar a influência do

estresse no resultado, todos os grupos foram transportados diariamente ao local da

realização do treinamento e os testes de exaustão foram considerados como dia de

treinamento. Após a primeira semana (quatro dias de adaptação e um teste de carga

máxima no quinto dia) os animais descansaram 72 horas e, na segunda semana, foi

iniciado o protocolo de treinamento físico propriamente dito. Nessa semana os animais

se exercitaram5 dias, 40 minutos a 50% da carga máxima (CM). Na terceira semana o

protocolo foi repetido com um acréscimo de 20 minutos no tempo de exercício. Na 4ª

semana os animais exercitaram5 dias, 40 minutos a 60% da CM. Na 5ª semana o

protocolo foi repetido porém a 70% da CM. Na 6ª e 7ª semanas os animais se

exercitaram5 dias, 40 minutos, a 80% da CM. Na 8ª, 9ª e 10ª semanas os animais se

exercitaram5 dias, 60 minutos, a 80% da CM. Após 72 horas foi realizado um novo

teste de carga máxima.

Interessantemente, alguns estudos sugerem que os efeitos do treinamento físico

sobre o coração parecem ser mais evidentes em treinamento de piscina em relação ao

treinamento em esteira. (Levine & Kinasewitz, 1986; Pierce e et al., 1989; Novela et al.,

1990).

Almeida, 2009.

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Figura 02 – Esquema ilustrativo do protocolo de treinamento físico.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados estão apresentados como a média ± o desvio padrão. Para comparações

de duas variáveis será utilizado o teste t student, para comparação de mais de duas

variáveis será utilizado o teste oneway ANOVA. O nível de significância foi

estabelecido para um *p< 0.05.

4. RESULTADOS

A Tabela 1 mostra que o peso corporal foi semelhante entre os grupos antes

(SWT: 27,7 ± 3,36 g, TWT: 25,30 ± 1,05 g SKO: 27,30 ± 0,99 g, TKO: 26,06 ± 1,8 g) e

após o TFA (SWT: 32,38 ± 2,96 g, TWT: 28,68 ± 1,21 g SKO: 29,58 ± 0,76 g, TKO:

26,64 ± 1,15 g).

Tabela 01 – Peso corporal pré e pós treinamento físico.

Nota-se que após o treinamento houve uma diferença no peso do TWT em

comparação ao SWT, porém ao se realizar o Δ, que avalia o ganho de peso após o

período de treinamento, esta diferença não foi observada, pois os animais TWT já

apresentavam um peso corporal inferior mesmo antes do treinamento físico.

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É interessante notar que já antes do TFA os camundongos Mas-/- tiveram um

desempenho aeróbico máximo inferior dos WT como mostrado pela carga máxima

suportada no último estágio do protocolo aeróbico máximo (WT: 6,81 ± 1,18 mg / g,

Mas-/ -: 5,55 ± 1,60 mg / g, FIGURA 03). Além disso, o TFA foi capaz de melhorar o

desempenho aeróbio máximo em camundongos WT (WTSED: 6,22 ± 1,20 mg / g,

WTTR: 8,00 ± 1,26 mg / g), mas não em camundongos Mas-/ - (KOSED: 6,00 ± 1,15

mg / g, KOTR: 6,25 ± 1,28 mg / g, FIGURA 04).

Desempenho Aeróbio Máximo Pré-Treinamento

Figura 03 – Desempenho aeróbio máximo pré-treinamento em animais selvagens (WT)

e knockout para o receptor Mas (Mas-/-). * p < 0,05

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Desempenho Aeróbio Máximo Pós-Treinamento

Figura 04 – Desempenho aeróbio máximo pós-treinamento em animais selvagens (WT)

e knockout para o receptor Mas (Mas-/-). * p < 0,05.

5. DISCUSSÃO

Este trabalho mostrou pela primeira vez que animais MAS-KO apresentam

redução do desempenho aeróbio quando comparado a animais WT e, diferente do que

ocorre em animais WT, o TFA não foi capaz de aumentar o desempenho aeróbio de

animais MAS-KO.

Recentemente alguns trabalhos sugeriram que o eixo Ang-(1-7)/MAS participa

das adaptações cardiovasculares do TF. Dentre estes trabalhos destacamos autores que

obtiveram em seus estudos dados que complementam nossos resultados.

Gomes-Filho et al., (2008), investigaram os efeitos do TFA sobre a ang-(1-7)

plasmática e cardíaca (1-7) de ratos Wistar normotensos e hipertensos (SHR). Foram

avaliadas também possíveis alterações na expressão do receptor Mas no coração. O

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TFA induziu a hipertrofia cardíaca em ratos wistar e em ratos espontaneamente

hipertensos (SHR). O TFA promoveu uma redução significativa dos níveis

plasmáticos de Ang II em ambas as cepas. A concentração de Ang-(1-7) foi aumentada

no ventrículo esquerdo de ratos SHR treinados, mas não em corações de ratos Wistar

treinados. A análise de western blot indicou claramente uma maior expressão da

proteína MAS no ventrículo esquerdo dos ratos SHR treinado.

Fernandes et al., 2011, investigaram os mecanismos bioquímicos e moleculares

que levam a uma hipertrofia fisiológica do ventrículo esquerdo, resultante de TFA.

Foram utilizados 03 grupos experimentais de camundongos: 1 (sedentários), T1

(natação de volume moderado de TF) e T2 (natação com alto volume de TF). A

expressão de ang II foram menores em T1 e em T2, ambos apresentaram um aumento

da Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2) e uma maior atividade de ang-(1-7)

no coração.

Sendo assim este trabalho trouxe evidências que apontam o SRA como um dos eixos

que tem participação efetiva nas adaptações cardíacas ao TF.

De forma interessante, estudos com animais Mas-/- mostram que estes

apresentam diversas disfunções cardiovasculares e metabólicas.

Santos et al., 2006 mostraram que animais Mas-/- apresentam disfunção cardíaca

e, mais tarde, Dias-Peixoto et al 2008, mostraram que esta disfunção possivelmente

ocorre devido a alterações do transiente de cálcio e apoptose de cardiomiócitos.Em

adição, Gava et al, 2012 mostraram que estes animais apresentam um aumento do

conteúdo de colágeno e fibronectina, possivelmente envolvido com a maior expressão e

atividade de MAPKs, o que pode contribuir para a diminuição do desempenho cardíaco

em animais Mas-/-.

Tendo em vista que a melhora do desempenho aeróbio está intimamente

relacionada com uma melhora da função cardíaca, acreditamos que o menor

desempenho aeróbio dos animais Mas-/- antes do TFA se deve as alterações cardíacas e

metabólicas observadas nestes animais. Além disso, o fato dos camundongos Mas-/- não

apresentarem melhora do desempenho aeróbio com o TFA nos fornece fortes indícios

que a presença do receptor Mas é fundamental para as adaptações cardiovasculares ao

TFA. Confirmando estes indícios dados ainda não publicados de nosso grupo mostram

que animais Mas-/- não apresentam outras adaptações do TFA observadas em animais

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WT, tais como redução da frequência cardíaca, redução da pressão arterial de repouso e

hipertrofia cardíaca.

Portanto, acreditamos que novos estudos devem ser realizados para confirmar

não só a importância do receptor Mas, mas também da ang-(1-7) nestas adaptações.

Primeiramente sugerimos que futuros estudos investiguem em animais MAS-/- as vias

de sinalização intracelular envolvidas com a hipertrofia fisiológica cardíaca em resposta

ao TFA, por exemplo, a via da AKT.Além disso, seria importante a realização de

estudos que avaliassem vias metabólicas de extração e utilização de oxigênio muscular

nestes animais, por exemplo, a avaliação da citratosintase.

Sugerimos ainda que sejam realizados trabalhos com animais que

superexpressam Ang-(1-7) na tentativa de avaliar se estes animais, de forma oposta aos

animais Mas-/-, apresentam respostas exacerbas das adaptações cardiovasculares e

metabólicas ao TFA.

6. CONCLUSÃO

Animais Mas-/- apresentam baixos níveis de desempenho aeróbio e o

treinamento físico não é capaz de aumentá-lo. Estes dados sugerem que o receptor Mas

tem importante papel fisiológico na melhora do desempenho aeróbio em resposta ao

TFA.

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AUTORIZAÇÃO

Autorizo a reprodução e/ou divulgação total ou parcial do presente trabalho, por

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Paulo César Rodrigues Pereira

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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

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