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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
ESTUDO CEFALOMÉTRICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS
PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN
ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL
GERALDO ÂNGELO ANTONELLINI
São Bernardo do Campo
2006
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
ESTUDO CEFALOMÉTRICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS
PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN
ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL
GERALDO ÂNGELO ANTONELLINI
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade Metodista de
São Paulo, como parte dos requisitos para
obtenção do Título de MESTRE pelo
Programa de Pós-graduação em
ODONTOLOGIA, Área de Concentração em
Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Scanavini
São Bernardo do Campo
2006
Aos meus pais, Luiz e Elza (in memorian),
que não pouparam esforços para tornarem possível minha criação e formação
profissional, e pelo espírito de amor e dedicação recebido no transcorrer de
toda minha vida. Onde estiverem hoje, tenho certeza de que estão felizes por
mim.
À minha esposa, Daniela,
pelo amor, companheirismo, paciência e compreensão na busca da minha
realização profissional. Que eu possa retribuir à altura tudo que você fez por
mim. Você é meu eterno amor.
À minha filha, Natalia,
pela compreensão destes anos de ausência e distância. Espero que esta luta
seja um espelho para sua vida e que possa contribuir para o seu futuro.
Ao Prof. Dr. Marco Antonio Scanavini, meu grande mestre desde o curso de
especialização em Ortodontia, meu amigo, meu orientador, minha gratidão pela
amizade e conhecimentos transmitidos na elaboração deste trabalho e pelo
constante incentivo no decorrer do meu aperfeiçoamento profissional e humano.
À Prof.ª Dra. Fernanda Angelieri, pela valiosa ajuda e conhecimentos,
contribuindo imensamente para o desenvolvimento deste trabalho, meu profundo
reconhecimento.
À Prof.ª Dra. Liliana Ávila Maltagliati, pela amizade, presteza, confiança e por
transmitir motivação para a pesquisa e o ensino, meus sinceros agradecimentos.
À Prof.ª Dra. Silvana Bommarito, pela amizade, dedicação e conhecimento.
Ao Prof. Dr. Savério Mandetta, pela amizade e conhecimentos transmitidos, os
meus agradecimentos.
À Prof.a Dra.Maria Helena Ferreira de Vasconcelos, pela simpatia e apoio
sempre. A sua contribuição foi muito valiosa .
Ao Prof. Dr. Danilo Furquim Siqueira, pela amizade apoio e colaboração.
À Prof a Dra. Fernanda Cavicchioli Goldenberg, pelo incentivo, simpatia e
dedicação.
Ao Prof. Dr. Eduardo Sanomia, pela amizade com a nossa turma.
Aos colegas da turma de Mestrado,
Minhas companheiras: Aline, Cris, Liana, Mônica, Renata, Olivia e Tatiana,
meu muito obrigado pelo convívio.
Meus companheiros: André, Glauber, Júnior, Márcio, Gervásio e Paulo, será
impossível esquecer a nossa amizade.
Ao meu companheiro e irmão, José Antônio dos Santos Júnior. Foram muitos
anos de jornada juntos, muitas batalhas e vencemos cada uma delas. Minha eterna
admiração, meu grande amigo.
Ao meu amigo, Paulo Roberto Pelucio Câmara. Obrigado pelo companheirismo
neste nosso convívio, pela amizade e motivação.
À bibliotecária, Noeme Timbó, pela atenção,carinho e dedicação dispensada.
Sua colaboração e simplicidade jamais serão esquecidas.
À secretária, Ana da pós-graduação da UMESP, pela sua simplicidade,
paciência, educação e profissionalismo exemplar.
À Célia da Radiologia da UMESP, obrigado pelo respeito e convívio.
À Marilene, responsável pela clínica, obrigado pelo respeito e convívio.
À secretária, Paula pela sua simpatia e colaboração.
Ao Edílson, protético da UMESP, obrigado pelo seu carinho e amizade.
A todos os funcionários do departamento de Ortodontia da UMESP, meu muito
obrigado pelo respeito e convívio. Sem vocês esta estrutura maravilhosa não
existiria.
À Prof a. Carla Scanavini, minha professora do curso de especialização em
Ortodontia (ACDSSV), responsável pela idéia do tema deste trabalho, minha
profunda admiração e agradecimento.
Aos pacientes que fizeram parte desta amostra, minha eterna gratidão.
Ao estatístico Sérgio Mikyo pela sua contribuição.
Antonellini, Geraldo Ângelo - Estudo Cefalométrico das Alterações
Produzidas Pela Utilização da Placa Distalizadora de Cetlin Associada à
Ancoragem Extrabucal.
RESUMO
sta pesquisa objetivou estudar cefalometricamente as estruturas dento-
esqueléticas em pacientes com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tratados
por meio da distalização dos primeiros molares superiores. Foi utilizado como
mecanismo distalizador a placa de Cetlin, associada à ancoragem extrabucal
cérvico-occipital, até a obtenção da relação molar normal de Classe I, com ligeira
sobrecorreção. A amostra deste estudo consistiu em 40 telerradiografias em norma
lateral, 20 tomadas ao início do tratamento e 20 após a distalização dos molares,
obtidas de 20 jovens, sendo, 6 do sexo feminino e, 14 do sexo masculino, com idade
média de 11 anos e 2 meses, tratados por um período médio de 6 meses e 28 dias.
Após a análise estatística do teste t pareado das mensurações obtidas, observou-se
que o tratamento não influenciou significativamente a maxila e mandíbula, no sentido
vertical.
E
Os primeiros molares superiores foram distalizados 3,45 mm, em média, sendo
que suas raízes distalizaram em média, 2,45mm, ou seja, houve uma inclinação
para distal de 4,08º, em relação ao plano palatino.
Um efeito adverso encontrado com relação à mecânica empregada foi a perda
da ancoragem anterior, que acarretou um movimento de inclinação para vestibular
dos incisivos superiores de 4,35º, com protrusão de 1,7mm.
A correção da relação molar de Classe II ocorreu em todos os pacientes, sendo
uma técnica eficaz, porém necessitando de extrema colaboração dos pacientes e
controle sobre os vetores de força aplicados aos dentes.
Antonellini, Geraldo Ângelo - Cephalometric Study of the Alterations Pro
duced by the Use of Cetlin Distalizer Plate Associated to the Extrabucal An
chorage.
SUMMARY
This research aimed to study by cephalometric methods the bite-skeletal struc
tures in patients with malocclusion of Class II, 1st division, treaties through the distal
ization of the first superior molars. It was used as distalizer mechanism the plate of
Cetlin associated to the anchorage extrabucal cervical-occipital, until the obtaining of
the relationship normal molar of Class I with overcorrection.
The sample of this study consisted of 40 radiograph’s of lateral norm, 20 sock
ets to the beginning of the treatment and 20 after the distalization of the molars, ob
tained of 20 young ( 6 female and 14 male ) with medium age 11 years old and 2
months, treated by a medium period of 6 months and 28 days. After the statistical
analysis of the obtained measurements, it was evaluated that the treatment didn't in
fluence the jawbone and jaw significantly, in the vertical sense.
The first superior molars were distalize 3,45 mm, on average, and their roots
on average, 2,45mm, in other words, there was an inclination for distal of 4,08th, in
relation to the palatine plan.
An adverse effect found regarding the employed mechanics was the loss of the
previous anchorage, that cause of inclination for labial contest of the superior incisors
of 4,35th, with protrusion of 1,7mm.
The correction of the relationship molar of Class II happened in all the patients,
being an effective technique, however needing the patients' extreme collaboration
and control on the vectors of force applied to the teeth.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS........................................................................................ XXI
LISTA DE TABELAS...................................................................................... XXIII
0. INTRODUÇÃO........................................................................................ 2
0. INTRODUÇÃO........................................................................................ 2
0. REVISÃO DA LITERATURA................................................................... 5
0. REVISÃO DA LITERATURA................................................................... 5
2.1. Características da Classe II, 1a Divisão.................................................... 6
2.2. Placa Distalizadora de Cetlin ................................................................. 17
2.3. Ancoragem Extrabucal Tipo IHG (Interlandi Headgear) ......................... 22
2. PROPOSIÇÃO...................................................................................... 49
2. PROPOSIÇÃO...................................................................................... 49
3. MATERIAL E MÉTODO........................................................................ 51
3. MATERIAL E MÉTODO........................................................................ 51
4.1. Material................................................................................................... 51
4.2. Método.................................................................................................... 52
4.2.1. Seleção da Amostra......................................................................... 52
4.2.1.1. Desenho Anatômico (Figura 4.2)............................................... 54
4.2.1.2. Pontos Cefalométricos (Figura 4.2)........................................... 54
4.2.1.3. Linhas e Planos Cefalométricos: (Figura 4.3)............................56
4.2.1.4. Grandezas Angulares (Figura 4.3)............................................ 56
4.2.1.5. Grandezas Lineares (Figura 4.3)............................................... 56
XVII
4.2.2. Construção dos Dispositivos Utilizados Para a Distalização dos
Molares Superiores....................................................................... 58
4.2.2.1. Construção da Placa Distalizadora de Cetlin (Figura 4.4)......... 58
Procedimentos Clínicos:.............................................................. 58
Procedimentos Laboratoriais:...................................................... 59
Instalação da Placa de Cetlin...................................................... 59
Ativação do dispositivo................................................................ 60
4.2.2.2. Construção da Ancoragem Extrabucal Tipo IHG (Interlandi-
HeadGear).............................................................................. 60
Procedimentos Clínicos:.............................................................. 60
Instalação da Ancoragem Extrabucal.......................................... 61
4.2.3. Telerradiografias em norma lateral ................................................. 64
4.2.4. Traçado Cefalométrico .................................................................... 65
4.2.4.1. Desenho Anatômico.................................................................. 65
4.2.4.2. Pontos Cefalométricos............................................................... 67
4.2.4.3. Linhas e Planos Cefalométricos (Figura 4.11)...........................70
4.2.4.4. Grandezas Lineares Esqueléticas (Figura 4.12)........................72
4.2.4.5. Grandezas Lineares Dentárias (Figura 4.13).............................74
4.2.4.6. Grandezas Angulares Esqueléticas (Figura 4.14)..................... 77
4.2.4.7. Grandezas Angulares Dentárias (Figura 4.15).......................... 79
4.2.5. Método Estatístico............................................................................ 81
4.2.5.1. Erro do Método.......................................................................... 81
4.2.5.2. Avaliação de Normalidade dos Dados....................................... 81
4.2.5.3. Comparação Entre as Médias de Cada Tempo.........................81
5. RESULTADOS...................................................................................... 83
5. RESULTADOS...................................................................................... 83
5.1. Análise do Padrão de Normalidade das Variáveis Estudadas................ 83
5.2. Análise do Erro do Método...................................................................... 85
5.3. Análise dos Efeitos da Distalização dos Molares Superiores..................87
6. DISCUSSÃO....................................................................................... 107
XVIII
6. DISCUSSÃO....................................................................................... 107
6.1. Precisão da Metodologia....................................................................... 108
6.2. Considerações Sobre a Amostra.......................................................... 109
6.3. Considerações Sobre a Mecânica Empregada..................................... 111
6.4. Efeitos Esqueléticos e Dento-Alveolares Promovidos Pela Placa de
Cetlin, Associada à Ancoragem Extrabucal Cérvico-Occpital............. 113
6.4.1. Variável C6-PP............................................................................... 113
6.4.2. Variável M-Iis................................................................................. 114
6.4.3. Variável I.PP.................................................................................. 114
6.4.4. Variável M-Ais................................................................................ 115
6.4.5. Variável M-Cs................................................................................. 116
6.4.6. Variável M-As................................................................................. 116
6.4.7. Variável PP.CsAs........................................................................... 117
6.4.8. Variável S-Go................................................................................. 118
6.4.9. Variável N-Me................................................................................ 118
6.4.10. Variável SN.GoMe........................................................................ 119
6.4.11. Variável Ena-SN........................................................................... 119
6.4.12. Variável Enp-SN........................................................................... 120
6.4.13. Variável SN.PP............................................................................ 120
6.4.14. Variável PP-Go............................................................................ 121
6.4.15. Variável PP-Me............................................................................ 121
6.4.16. Variável PP.GoMe........................................................................ 122
6.5. Considerações Clínicas......................................................................... 123
7. CONCLUSÕES................................................................................... 127
7. CONCLUSÕES................................................................................... 127
7.1. Em Relação às Alterações Esqueléticas............................................... 127
7.2. Em Relação às Alterações Dentárias.................................................... 128
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 130
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 130
XIX
4. ANEXOS............................................................................................. 143
4. ANEXOS............................................................................................. 143
5. APÊNDICES....................................................................................... 159
5. APÊNDICES....................................................................................... 159
XX
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1 – Telerradiografia em norma lateral direita digitalizada........... 53
Figura 4.2 – Desenho Anatômico e Pontos Cefalométricos......................55
Figura 4.3 – Linhas, Planos, Grandezas Angulares e Lineares................ 57
Figura 4.4 – Placa de Cetlin...................................................................... 60
Figura 4.5 – Cefalograma para a determinação do ângulo (ab.bc) entre o braço
interno e externo do arco facial......................................................................... 63
Figura 4.6 – Extrabucal (IHG) Vista Frontal.............................................. 64
Figura 4.7 – Extrabucal (IHG) Vista Lateral.............................................. 64
Figura 4.8 – Desenho Anatômico.............................................................. 66
Figura 4.9 – Desenho da Fossa Pterigopalatina............... 68
Figura 4.10 – Pontos Cefalométricos........................................................ 69
Figura 4.11 – Linhas e Planos Cefalométricos......................................... 71
Figura 4.12 – Grandezas Lineares Esqueléticas...................................... 73
Figura 4.13 – Grandezas Lineares Dentárias........................................... 76
Figura 4.14 – Grandezas Angulares Esqueléticas.................................... 78
Figura 4.15 – Grandezas Angulares Dentárias......................................... 80
XXII
Figura 5.1 – Gráfico da Variável C6-PP Durante as Fases Inicial e Final.88
Figura 5.2 – Gráfico da Variável M-Ais Durante as Fases Inicial e Final.. 89
Figura 5.3 – Gráfico da Variável M-Iis Durante as Fases Inicial e Final... 90
Figura 5.4 –Gráfico da Variável M-Cs Durante as Fases Inicial e Final....91
Figura 5.5 – Gráfico da Variável M-As Durante as Fases Inicial e Final...92
Figura 5.6 – Gráfico da Variável M-As Durante as Fases Inicial e Final...93
Figura 5.7 – Gráfico da Variável N-Me Durante as Fases Inicial e Final.. 94
Figura 5.8 – Gráfico da Variável Ena-SN Durante as Fases Inicial e Final.95
Figura 5.9 – Gráfico da Variável Enp-SN Durante as Fases Inicial e Final.96
Figura 5.10 – Gráfico da Variável PP-Go Durante as Fases Inicial e Final.97
Figura 5.11 – Gráfico da Variável PP-Me Durante as Fases Inicial e Final.98
Figura 5.12 – Gráfico da Variável SN.PP Durante as Fases Inicial e Final.99
Figura 5.13 – Gráfico da Variável SN.GoMe Durante as Fases Inicial e Final.
100
Figura 5.14 – Gráfico da Variável PP.GoMe Durante as Fases Inicial e Final.
101
Figura 5.15 – Gráfico da Variável PP.CsAs Durante as Fases Inicial e Final. 102
Figura 5.16 – Gráfico da Variável I.PP Durante as Fases Inicial e Final.103
XXIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 - Teste de Kolmogorov - Smirnov para Verificação da Normalidade
das Observações............................................................................................... 84
Tabela 5.2 – Correlação Intraclasse de Cada Variável nos Tempos Inicial e
Final. 86
Tabela 5.3 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável C6-PP –
Teste t Pareado................................................................................................. 88
Tabela 5.4 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Ais –
Teste t Pareado................................................................................................. 89
Tabela 5.5 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Iis –
Teste t Pareado................................................................................................. 90
Tabela 5.6 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Cs –
Teste t Pareado................................................................................................. 91
Tabela 5.7 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-As –
Teste t Pareado................................................................................................. 92
Tabela 5.8 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável S-Go –
Teste t Pareado................................................................................................. 93
Tabela 5.9 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável N-Me –
Teste t Pareado................................................................................................. 94
XXV
Tabela 5.10 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável Ena-SN –
Teste t Pareado................................................................................................. 95
Tabela 5.11 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável Enp-SN –
Teste t Pareado................................................................................................. 96
Tabela 5.12 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP-Go –
Teste t Pareado................................................................................................. 97
Tabela 5.13 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP-Me –
Teste t Pareado................................................................................................. 98
Tabela 5.14 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável SN.PP –
Teste t Pareado................................................................................................. 99
Tabela 5.15 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável SN.GoMe
– Teste t Pareado............................................................................................ 100
Tabela 5.16 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP.GoMe
– Teste t Pareado............................................................................................ 101
Tabela 5.17 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP.CsAs
– Teste t Pareado............................................................................................ 102
Tabela 5.18 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável I.PP –
Teste t Pareado............................................................................................... 103
XXVI
Introdução
0.INTRODUÇÃO
má oclusão de Classe II, sem comprometimento esquelético significativo,
permite o seu tratamento por meio da distalização de molares superiores,
levando-os a uma relação de normalidade com os dentes inferiores sem alterações
esqueléticas significativas.
AO primeiro aparelho utilizado com a finalidade da distalização dos molares
superiores foi o aparelho extrabucal. Porém, observa-se na literatura, (GOULD32,
1957); (ARMSTRONG4, 1971); (WIESLANDER83, 1974); (CONTASTI e LEGAN20,
1982); (TURNER80, 1991); (ASHMORE5, 2002); (MELSEN; DALSTRA50, 2003) e
(SCANAVINI et al.74, 2003), que ocorrem vários efeitos quando da utilização deste
aparelho, principalmente os ortopédicos, como a restrição do crescimento anterior
da maxila, favorável para a correção da má oclusão de Classe II esquelética.
Outro aspecto importante a ser considerado na utilização deste aparelho é a
cooperação do paciente, que nem sempre é efetiva. Entretanto, cabe ressaltar que
o aparelho extrabucal é uma ferramenta de grande utilidade na Ortodontia e
Ortopedia Facial, e são diversas as associações com outros dispositivos.
Desta forma, procurando eliminar os aspectos negativos citados na utilização
deste aparelho na correção da Classe II, sem comprometimento esquelético, autores
como, (WILSON85, 1978); (GIANELLY29, 1988); (GIANELLY et al.30, 1991);
(GIANELLY31, 1998); (HILGERS38, 1992) procuraram desenvolver aparelhos
distalizadores de molares, que causassem o mínimo de efeitos secundários
indesejáveis.
2
Introdução
Dentre estes aparelhos distalizadores, destaca-se a placa distalizadora de
Cetlin, desenvolvida por Norman Cetlin e Ane Ten Hoeve e publicada em 1983
(CETLIN e TEN HOEVE17, 1983), também chamada ACCO (Acrylic Cervical
Occipital – placa acrílica cérvico-occipital), (SFONDRINI et al.75, 2002).
Descrito como um aparelho removível funcional, consiste em um aparelho de
Hawley, modificado com molas digitais posicionadas nas faces mesiais dos
primeiros molares superiores para a sua distalização.
Entretanto, por ser este um dispositivo intrabucal removível, permite a ação de
efeitos colaterais como, a inclinação para distal dos molares durante a sua
distalização, inclinação para anterior dos pré-molares, caninos e incisivos, sendo por
este fato, sua indicação sempre associada ao aparelho extrabucal.
Assim sendo, o método de distalização de molares superiores com o aparelho
distalizador de Cetlin, associado ao aparelho extrabucal, é um método importante,
porém com literatura escassa, necessitando de maiores investigações quanto aos
seus efeitos no complexo dentoalveolar e craniofacial.
Esta pesquisa foi realizada, visando trazer alguma contribuição ao estudo e
esclarecer alguns aspectos referentes à utilização deste método.
3
0.REVISÃO DA LITERATURA
om a finalidade de apresentar a revisão da literatura de maneira didática,
permitindo uma visualização mais clara e objetiva dos temas estudados, esta
foi dividida nos seguintes tópicos:
C
2.1. Características da má oclusão de Classe II, 1a divisão
2.2. Placa distalizadora de Cetlin
2.3. Ancoragem extrabucal
5
Revisão da Literatura
2.1. Características da Classe II, 1a Divisão
A má oclusão de Classe II apresenta-se com alta prevalência na população.
Segundo Silva Filho et al.76(1989), 42% das crianças, com idade variando de 7 a 11
anos, da cidade de Bauru-SP, apresentavam má oclusão de Classe II. Devido à alta
prevalência na população, vários estudos foram realizados no decorrer do tempo,
com o intuito de esclarecer os principais componentes esqueléticos ou dentários
presentes nesta má oclusão.
Em 1899, Angle2 propôs o primeiro método científico para classificação das
más oclusões. Era essencialmente oclusionista, pois se fundamentava apenas nas
posições dentárias, baseada na relação mesiodistal dos primeiros molares
permanentes.
Alguns anos mais tarde, Angle3(1907) reafirmou que os indivíduos com Classe
II se caracterizavam por uma posição distal dos 1os molares inferiores em relação os
1os molares superiores. A má oclusão de Classe II foi subdividida em divisão 1 e 2,
dependendo da inclinação dos incisivos. Quando os incisivos se encontravam
vestibularizados, a Classe II foi denominada 1ª divisão, por outro lado, na presença
de incisivos inclinados para lingual, em que não há trespasse horizontal positivo, a
Classe II foi denominada de Classe II, 2ª divisão.
Revisando a literatura sobre as características da Classe II, Lundstrom42(1925)
verificou a existência de um padrão esquelético (hereditário) e outro dentário que
6
Revisão da Literatura
geralmente seria de fácil correção, demonstrando o fator adquirido deste tipo de
distoclusão.
Brodie15(1931) reafirmou que o primeiro molar superior constituía o ponto mais
estável da oclusão devido a sua posição definida na estrutura do crânio. E a posição
da mandíbula é que definiria as más oclusões, e não a maxila, dessa forma a
posição retrognata da mandíbula seria definida como Classe II.
Dez anos depois, Baldrige7(1941), após um estudo com telerradiografias,
afirmou que os casos de Classe lI, 1a divisão, apresentavam a mandíbula em relação
posterior.
Discordando que a distoclusão dos molares inferiores era considerada uma
deficiência de crescimento e/ou uma retroposição da mandíbula, Anderson1(1946)
apresentou um trabalho em que se discutiu diferentes casos clínicos e demonstrou
que, em muitos deles, a mandíbula apresentava-se normal com a maxila
posicionada anteriormente, criando uma aparente distoclusão dos molares inferiores
e, conseqüentemente, exigindo uma modificação no plano de tratamento.
Renfroe61(1948) afirmou que a mandíbula se encontrava posicionada
posteriormente nos jovens com más oclusões de Classe II, 1ª e 2ª divisões, porém
verificou que o comprimento mandibular apresentava-se similar nos jovens com
Classe I. Em seu estudo realizado com jovens apresentando más oclusões de
Classe I e Classe II, 1ª e 2ª divisões, comparou as alterações cefalométricas,
afirmando que a maxila, avaliada pelo ponto Ena, encontrava-se protruída nos casos
de Classe I e de Classe II, 1ª divisão.
7
Revisão da Literatura
Em decorrência da divergência de opiniões sobre a relação da maxila com
outras estruturas cranianas e faciais, Riedel63(1952) realizou uma pesquisa para
determinar a constância ou a variação desta relação com a base do crânio e a
mandíbula. Comparando uma amostra de má oclusão de Classe II, 1a divisão, com
uma de oclusão normal, comprovou que as alterações significantes encontravam-se
no posicionamento ântero-posterior da mandíbula quando medida pelo SNB, e na
relação entre a maxila e a mandíbula quando medida pelo ANB. Nos casos de má
oclusão de Classe lI, 1a divisão, a mandíbula apresentou-se mais retrognata e o
ângulo ANB maior do que na amostra de oclusão normal. Observou também que a
relação da maxila com o crânio (SNA) e a inclinação axial dos incisivos superiores
não apresentaram diferenças significantes entre os dois grupos.
Foram avaliadas, estatisticamente, por Martin46(1958), as diferenças existentes
entre os indivíduos com oclusão normal e aqueles portadores de má oclusão de
Classe II, 1a divisão. Para isso foram utilizados traçados cefalométricos de 60
pacientes com idade média de 12,6 anos, e os valores obtidos revelaram que a
espinha nasal anterior e a borda incisal do incisivo central superior localizaram-se
mais para anterior nos casos de Classe II. Além disso, o ponto A posicionava-se
mais anteriormente nestes casos. A mandíbula dos pacientes, apresentando má
oclusão de Classe II, 1a. divisão, apresentou-se menor e com um posicionamento
mais para distal, em relação aos pacientes com oclusão normal.
No intuito de avaliar cefalometricamente as relações dentoesqueléticas de 50
pacientes que apresentavam a má oclusão de Classe lI, 1a divisão, com idades
variando de 8 a 15 anos, Maj; Lucchese43(1960) concluíram que, na maioria dos
pacientes, ocorre uma desarmonia entre as bases apicais, com um posicionamento
8
Revisão da Literatura
anterior da maxila e posterior dos côndilos mandibulares. Entretanto, o comprimento
mandibular total não apresentou grandes variações. Foi observada uma inclinação
acentuada dos incisivos superiores em 78% dos casos. Pela análise destes dados,
concluíram que a Classe lI, 1a divisão, resulta de uma série de alterações
dentoesqueléticas, com uma tendência para o prognatismo maxilar e um aumento
da sobressalência, em decorrência da posição protruída dos dentes anteriores.
Para estabelecer uma classificação etiológica dos problemas
dentoesqueléticos, identificando os sinais característicos de cada um deles,
Sassouni69(1969) classificou os tipos faciais em verticais e ântero-posteriores. As
discrepâncias ântero-posteriores compreenderam as más oclusões de Classe II
esqueléticas que resultam de um prognatismo maxilar de um retrognatismo
mandibular, ou de ambos, quando as estruturas esqueléticas encontram-se com
suas dimensões normais; ou ainda, de uma maxila aumentada ou de uma mandíbula
diminuída em relação ao seu tamanho quando estas dimensões apresentam-se
alteradas. Finalmente, observou que estas alterações dimensionais e de posição
podem se apresentar isoladamente ou combinadas entre si.
Rothstein68(1971) descreveu as características esqueléticas e craniofaciais
associadas à má oclusão de Classe II,1a divisão, a partir de comparações
cefalométricas. Assim, definiu a má oclusão de Classe II por uma retroposição dos
primeiros molares inferiores e protrusão dos incisivos centrais superiores. Concluiu
que a amostra de má oclusão de Classe lI, 1a divisão, apresentou um
posicionamento para anterior dos dentes superiores, uma maxila maior do que o
normal e, uma mandíbula bem posicionada e com tamanho e formas normais.
9
Revisão da Literatura
Com a finalidade de avaliar as principais características da má oclusão de
Classe II, McNamara Jr48(1981) estudou cefalometricamente uma amostra de 277
jovens, sendo 153 do sexo masculino e 124 do sexo feminino, possuindo tanto as
más oclusões de Classe II, 1a divisão e 2a divisão, com idades variando de 8 a 10
anos e 11 meses, com uma média de 9 anos, obtendo as seguintes conclusões: esta
má oclusão não é uma entidade clínica única; podendo resultar de inúmeras
combinações de componentes dentários e esqueléticos; somente uma pequena
porcentagem da amostra exibiu protrusão maxilar esquelética em relação à base do
crânio; em média, a maxila apresenta-se bem posicionada e, às vezes, encontra-se
até em uma posição retruída; a retrusão mandibular esquelética foi a característica
mais comumente encontrada na amostra de Classe II.
Avaliando as estruturas dentoesqueléticas, por meio de telerradiografias em
norma lateral de 50 pacientes dos sexos masculino e feminino, com má oclusão de
Classe II, 1a divisão, Vale82(1985) concluiu que a posição da maxila apresentou-se
variável, com uma tendência (embora discreta) para o prognatismo; os incisivos
superiores demonstraram uma excessiva tendência para a protrusão; a análise da
posição mandibular não permitiu uma conclusão definitiva. Mas, pôde-se afirmar
que, uma grande porcentagem dos casos, apresentou uma posição mandibular
variando do normal para a retrognata. Os incisivos inferiores apresentaram uma
posição mais retrusiva.
Definindo que a má oclusão de Classe II é caracterizada por um
relacionamento ântero-posterior inadequado entre a maxila e a mandíbula,
Proffit59(1993) apresentou quatro combinações esqueléticas: protrusão da maxila
com posicionamento normal da mandíbula; retrusão da mandíbula com o
10
Revisão da Literatura
posicionamento normal da maxila; e retrusão mandibular ou rotação mandibular no
sentido horário.
Sarhan; Hashim71(1994) verificaram nos jovens, com mandíbula retruída, uma
retrusão maxilar com o ângulo SNA mostrando-se diminuído; os ângulos dos planos
mandibular, palatino e oclusal normalmente apresentaram-se aumentados, bem
como a altura facial total, e os incisivos inferiores denotaram uma inclinação correta.
Por outro lado, nos jovens com mandíbulas de tamanho normal, evidenciou-se uma
protrusão maxilar com o ângulo SNA aumentado; os ângulos dos planos mandibular,
palatino e oclusal mostraram-se diminuídos e os incisivos inferiores, inclinados para
vestibular.
No propósito de verificar se a má oclusão de Classe II esquelética era causada
por protrusão maxilar ou por retrusão mandibular, Rosenblum67(1995) analisou
telerradiografias de 103 jovens com má oclusão de Classe II e verificou que, de
acordo com o ângulo facial de Downs, 27% das amostras apresentaram mandíbula
retruída, enquanto que ao analisar o ângulo NA.FH (linha NA, com o plano horizontal
de Frankfurt), houve uma protrusão maxilar em 56,3% dos jovens analisados. Assim,
concluiu que o padrão predominante destes jovens foi o de protrusão maxilar com
uma mandíbula normal.
Baccetti et al.6(1997) compararam um grupo composto por 25 jovens com má
oclusão de Classe II e outro grupo de 22 jovens com oclusão "normal". Os grupos
foram avaliados longitudinalmente (análise de modelos e cefalométrica), por um
período médio de 2 anos e 6 meses, sem nenhum tratamento ortodôntico, desde a
fase de dentadura decídua à dentadura mista. Observaram que a relação de má
11
Revisão da Literatura
oclusão de Classe II, apresentada inicialmente, manteve-se ou tornou-se ainda pior.
O padrão esquelético da má oclusão relatada caracterizou-se por uma maxila
estreita, em relação à mandíbula, por uma retrusão mandibular significativa, com
deficiência no comprimento efetivo da mandíbula e uma rotação deste osso no
sentido horário. A maxila apresentou um maior incremento no crescimento para
anterior e a mandíbula, um crescimento sagital menor no grupo de má oclusão de
Classe II, quando comparado ao grupo de oclusão “normal”. Concluíram que os
sinais clínicos da má oclusão de Classe II são evidentes na dentadura decídua e
persistem na dentadura mista.
Henriques et al.34(1998) estudaram as características dentoesqueléticas da má
oclusão de Classe II, 1a divisão, em jovens não tratados ortodonticamente. A
amostra foi constituída de 25 jovens com a idade média inicial de 9 anos e 4 meses,
que foram acompanhados longitudinalmente por 3 anos e 4 meses. Os resultados
obtidos mostraram que, em 75% dos casos, a mandíbula apresentou-se retruída e a
maxila variou entre retruída, bem posicionada e protruída. O padrão de crescimento
denotou variabilidade, com predomínio de crescimento horizontal. A altura facial
ântero-inferior aumentou em decorrência do crescimento crânio facial. A relação
maxilomandibular manteve a discrepância esquelética da má oclusão de Classe II,
1ª divisão. Além disso, os molares e os incisivos superiores acompanharam o
crescimento maxilar, com conseqüente mesialização e extrusão; enquanto que os
molares e incisivos inferiores também extruíram, porém com a mesialização apenas
dos molares e retrusão dos incisivos, agravando o trespasse horizontal. A
comparação das telerradiografias iniciais e finais evidenciou que tanto a maxila
como a mandíbula se desloca para anterior, mantendo a má oclusão de Casse II,
com a permanência da discrepância esquelética.
12
Revisão da Literatura
Com o objetivo de analisarem as características dentofaciais e craniofaciais da
má oclusão de Classe II, 1a divisão, Rothstein et al.69(2000) avaliaram 613
telerradiografias em norma lateral, provenientes de 278 jovens possuindo oclusão
normal e 335, com má oclusão de Classe II, não tratados. Os resultados
demonstraram que a mandíbula apresentou o mesmo tamanho, forma e
posicionamento entre os grupos, enquanto que a maxila apresentou-se mais
protruída no grupo com Classe II, assim como os incisivos e os molares superiores,
encontraram-se posicionados mais mesialmente em relação ao grupo controle
(oclusão normal).
Para comparar as dimensões maxilomandibulares entre jovens com má
oclusão de Classe II, 1a divisão, não tratados e, jovens com oclusão normal, Gurgel
et al.33(2000) realizaram um estudo cefalométrico e verificaram que, em relação ao
ponto A, não houve diferença estatísticamente significante entre os grupos,
indicando que a protrusão maxilar, muitas vezes associada a má oclusão de Classe
II, 1ª divisão, não se manifestou neste estudo. Não obstante, os valores das medidas
horizontais da mandíbula mostraram uma diferença estatisticamente significante.
Assim, os autores concluíram que a diferença mais evidente restringiu-se às
dimensões ântero-posteriores da mandíbula, enquanto que a maxila equiparou-se
nos sentidos horizontal e vertical. Entretanto, o posicionamento da maxila
apresentou uma variabilidade, sendo possível encontrá-la protruída ou retruída em
diferentes casos.
Destacando a importância da análise facial, como exame auxiliar no
diagnóstico e no planejamento ortodôntico, Brandão et al.14(2001) avaliaram as
características da má oclusão de Classe II, 1a divisão, observadas em
13
Revisão da Literatura
telerradiografias, e compararam-nas com as características morfológicas da face,
verificadas na análise facial subjetiva. A amostra constou de 30 jovens, dos sexos
masculino e feminino, com idades entre 12 e 16 anos. A análise cefalométrica
mostrou perfil ósseo convexo, maxila bem posicionada e mandíbula retruída em
relação à base do crânio, incisivos superiores e inferiores protruídos em relação às
bases ósseas, trespasse horizontal acentuado e vertical moderado. O exame facial
subjetivo mostrou um envolvimento da maxila em 3 casos (10%); da mandíbula em
13 casos (43,3%); associação da maxila e mandíbula em 43,3% (13 casos) e maxila
e mandíbula consideradas bem posicionadas em apenas 1 caso (3,3%). Assim,
concluíram que a avaliação subjetiva apresentou uma razoável coerência
comparada aos valores obtidos na análise cefalométrica.
Considerando uma amostra brasileira apresentando má oclusão de Classe II,
Bertoz et al.10(2003) determinaram parâmetros cefalométricos no intuito de contribuir
para o diagnóstico ortopédico-ortodôntico. Foram utilizadas 55 telerradiografias
provenientes de 31 jovens do sexo feminino e 24 do sexo masculino, com idade
média variando entre 6 e 11 anos. Os resultados revelaram que, em mais da metade
da amostra, a maxila encontrou-se bem posicionada ou ainda retruída e a mandíbula
apresentou retrusão em relação à base do crânio.
No sentido de caracterizar cefalométricamente a má oclusão de Classe II, 1ª
divisão esquelética, Santos70(2003) avaliou uma amostra de 55 jovens brasileiros,
leucodermas, dos sexos masculino e feminino, com idade média de 13 anos e 6
meses. Os resultados demonstraram que a maxila apresentou-se bem posicionada e
a mandíbula retruída, em relação à base do crânio. Em relação à proporcionalidade
das bases apicais, evidenciou-se que a mandíbula possuía dimensão pequena e a
14
Revisão da Literatura
maxila, normal. O padrão facial demonstrou um predomínio do crescimento vertical.
Os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se inclinados para vestibular.
Riesmeijer et al.64(2004) estudaram amostras provenientes de centros de
pesquisas do crescimento de Fels, Michigan e Nijmegen (Países Baixos), por meio
das telerradiografias em norma lateral. As idades dos indivíduos variaram entre 7 a
14 anos para o sexo feminino e, 9 a 14 anos para o sexo masculino. Estes pacientes
foram divididos em Classe I (ANB <4°) e Classe II (ANB = ou >4°). Os resultados
mostraram que os pacientes, possuindo Classe II, tiveram maiores ângulos SNA e
SN.GoMe. Comparado com o grupo Classe I, foram observadas mandíbulas mais
curtas nos grupos com menor idade das amostras de Classe II. Nenhuma diferença
foi observada no comprimento mandibular (Ar-Gn) e comprimento do corpo
mandibular (Go-Gn) nos grupos com maior idade, comparando-os entre si e com os
pacientes possuindo Classe I. Estes resultados indicam que o comprimento
mandibular igual nos grupos de Classe II pode ter contribuído para o sucesso no
tratamento em estudos nos quais um grupo Classe I era o controle.
Com objetivo de comparar as mudanças longitudinais na forma e tamanho das
estruturas craniofaciais, Palomoa et al.56(2005) analisaram 32 indivíduos do sexo
feminino, sem tratamento, sendo 16 com má oclusão de Classe II, 1ª divisão e 16,
com oclusão normal. Foram utilizadas 30 variáveis cefalométricas em 3 dimensões,
para comparar as diferenças entre 4 subconjuntos de pontos (maxila, mandíbula,
face média, e abóbada craniana). As comparações incluíram diferenças de forma e
tamanho entre subgrupos de diferentes idades: 6, 11, e 15 anos, na amostra de
Classe II assim como entre a amostra de Classe I. Os resultados demonstraram que
o complexo craniofacial sofreu mudança de forma contínua entre as idades de 6 a
15
Revisão da Literatura
15 anos, em ambas as amostras. Na amostra de Classe II, a menor contribuição
para mudança da forma craniofacial foi observada entre os pontos demarcados na
mandíbula entre as idades de 6 e 11 anos. Comparado com a amostra de Classe I, a
Classe II demonstrou um padrão facial mais longo, uma diferença menor na
anatomia da mandíbula na idade 6 e maior na idade 15 anos e a maxila
apresentava-se mais protruída em todas as idades comparadas com a amostra de
Classe I. A amostra de Classe II também demonstrou uma mudança maior em
tamanho (6,5%) nas idades 11 a 15 anos, considerando que a amostra Classe I
mostrou a maior mudança de tamanho (10.5%) nas idades 6 a 11anos. Os autores
concluíram que houve diferenças de tamanho e forma significantes mandibulares e
maxilares durante crescimento e desenvolvimento craniofacial entre as más
oclusões de Classe II e Classe I.
16
Revisão da Literatura
2.2. Placa Distalizadora de Cetlin
Cetlin e Ten Hoeve17(1983) publicaram uma técnica desenvolvida para a
correção de apinhamentos dentários e protrusões nas más oclusões de Classe II,
sem a necessidade de exodontias, por meio de ganho de espaço, preservando a
ancoragem, sem efeitos adversos sobre o crescimento craniofacial. Foi utilizada uma
placa lábio-ativa ajustada nos molares inferiores, geralmente erupcionados mais
mesializados e, no arco superior, um aparelho removível em acrílico e com molas
digitais nos molares para promover a distalização dos mesmos. A ancoragem era
realizada por uma boa adaptação da placa ao palato, um escudo acrílico nos
incisivos centrais e laterais superiores e, grampos de Adams modificados nos pré-
molares, associada à ancoragem cérvico-occipital ou cervical, dependendo do
padrão facial apresentado pelo paciente. Os autores relataram o tratamento de 10
casos clínicos, resolvidos com a placa lábio-ativa e com o aparelho removível,
associados à ancoragem extrabucal.
Ten Hoeve78(1985) descreveu as características da relação molar na má
oclusão de Classe II e da importância de se avaliar a má oclusão por oclusal para
evidenciação da possível presença de rotações dos molares. Para isso relatou uma
série de casos clínicos em que utilizou a placa de Cetlin associada à ancoragem
extrabucal para a distalização dos molares superiores e uma placa lábio-ativa na
arcada inferior, restabelecendo a oclusão molar de Classe I. O autor ainda fez
referências quanto à sobrecorreção da relação molar.
17
Revisão da Literatura
Counihan21(1998) descreveu vários casos clínicos com a utilização da placa de
Cetlin associada à ancoragem extrabucal. Dessa forma, relatou que a estética facial
torna-se mais agradável em tratamentos que não sejam realizadas as exodontias
dos pré-molares com a finalidade de se conseguir espaços, e que a diferença no
tamanho dos 1os e 2os pré-molares são evidentes e essa substituição nas posições
nos casos tratados com exodontias dos 1os pré-molares tornaria o resultado
indesejável pela proximidade dos caninos, que possuem maior tamanho. Ainda a
respeito das vantagens do tratamento conservador, o autor faz referências à
jovialidade que os pacientes tratados poderiam aparentar por apresentarem uma
leve protrusão labial com conseqüente melhora na estética, além do risco dos
tratamentos realizados com as exodontias promoverem reabsorções radiculares dos
incisivos pela extensa movimentação provocada pela retração dos dentes
anteriores. O autor descreve quatro casos clínicos em que fez uso da mecânica
proposta por Cetlin com excelentes resultados conseguidos com a distalização dos
molares superiores e finalização com aparelho ortodôntico fixo.
Com o objetivo de avaliarem as mudanças dentoesqueléticas ântero-
posteriores e verticais produzidas pela terapia de Cetlin, associada à ancoragem
extrabucal cervical, para corrigir a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, na dentição
mista tardia, Ferro et al.25(2000) estudaram uma amostra de 110 jovens, sendo 67 do
sexo masculino e 43 do sexo feminino, com idade média entre 10 e 11 anos,
comparada a um grupo controle de 100 jovens, sendo 48 do sexo masculino e 52 do
sexo feminino, com idade média entre 10 e 11 anos, semelhantes em número, idade
e má oclusão. Foram realizadas telerradiografias em norma lateral antes e após o
tratamento com a terapia de Cetlin e, mensuradas com a análise de Pancherz. O
18
Revisão da Literatura
resultado mostrou uma significante limitação do crescimento maxilar para anterior,
devido o uso da ancoragem extrabucal cervical quando comparado com o grupo
controle. Entretanto, em 77% dos casos, foi observada uma inclinação das coroas
dos molares superiores para distal, indesejada e, uma inclinação das coroas para
mesial em 21% dos casos, a que os autores atribuíram a um excesso de forças do
dispositivo extrabucal. O efeito adverso, considerado mais importante pelos autores,
foi a perda de ancoragem anterior em 81% dos casos com a proclinação e
vestibularização dos incisivos superiores. Os autores atribuíram a variabilidade dos
resultados a uma falta de padronização na idade dos pacientes e nas forças
aplicadas. Além disso, nenhuma mudança significante na posição mandibular foi
encontrada, apesar da ocorrência de abertura de mordida. Os autores concluíram
que a terapia prescrita por Cetlin é confiável e efetiva para recuperar espaços e
interceptar tratamentos de Classe II, 1ª divisão. Pode ser necessária uma terapia
adicional com aparelhos fixos para finalizar os casos.
Giancotti28(2000) descreveu um caso clínico, utilizando a placa de Cetlin
associada à ancoragem extrabucal com tração alta, para a correção da má oclusão
de Classe II por meio da distalização dos molares superiores em um paciente em
crescimento cujas características faciais demonstravam excesso vertical. O autor
relata que é possível tratar pacientes com padrão de crescimento dolicofacial sem a
necessidade de serem realizadas exodontias para a correção sagital por meio da
distalização dos molares superiores. Segundo o autor, a mecânica não deve causar
a extrusão dos molares e conseqüente rotação horária mandibular, justificando o uso
da tração alta para ancoragem extrabucal a fim de não acarretar nenhuma extrusão
dentária. O aparelho extrabucal foi utilizado 14 à 16h/dia e a placa de Cetlin, 24
h/dia. As molas digitais da placa de Cetlin liberavam uma força de 30 a 40g,
19
Revisão da Literatura
aproximadamente. Os resultados obtidos revelaram uma melhora significativa no
perfil facial, resultando em uma adequada postura labial após o tratamento
ortodôntico fixo, com bons resultados da terapia para a correção do overjet, de 10
mm para 1.5mm.
Em uma revisão de literatura dos aparelhos distalizadores de molares
superiores, Sfondrini et al.75(2002) afirmaram que a ancoragem extrabucal, além de
corrigir a relação molar de Classe II, limita o crescimento maxilar para anterior com a
vantagem de possuir baixo custo e facilidade de aplicação. Ao citar a placa de
Cetlin, os autores consideraram difícil a monitoração dos dois vetores de força
aplicados sobre os molares (forças da mola digital e da ancoragem extrabucal),
indicando seu uso em pacientes em fase de crescimento, e restringindo somente a
correção da Classe II com mordida profunda.
Marchi et al.45(2003) associaram uma barra transpalatina ao aparelho de Cetlin
com o intuito de rotacionar os molares superiores antes da distalização. Na
ancoragem extrabucal, seguindo a indicação de CETLIN E TEN HOEVE17(1983), os
autores utilizaram uma força de 150 gramas de cada lado, com o uso de 12 horas
por dia para controle da verticalização radicular e para proporcionar um movimento
de translação dos molares superiores. Na mola digital da placa removível, foi
aplicada uma força de aproximadamente 30g. Segundo esses autores, após 8 a 12
meses de tratamento, esperam-se os seguintes resultados: aumento da distância
intercaninos; correção da curva de Spee; verticalização e rotação dos molares e
melhor alinhamento anterior.
20
Revisão da Literatura
No desígno de examinar o protocolo de tratamento com a mecânica de Cetlin e
averiguar suas mudanças dento-alveolares, sagitais e transversais na terapia sem
exodontias, Ferro et al.26(2004) avaliaram 80 pacientes, sendo 43 do sexo feminino e
37 do sexo masculino, com idade média de 10 anos e com má oclusão de Classe II,
1a divisão. Os pacientes foram tratados com a Placa de Cetlin e ancoragem
extrabucal com tração cervical no arco dentário superior; já no arco dentário inferior
foi utilizada uma placa lábio-ativa. A amostra constou de modelos de estudo superior
e inferior que foram analisados antes do tratamento e após a correção da relação
molar de Classe II com o intuito de averiguar se os molares foram mecanicamente
distalizados, girados ou expandidos. Os autores verificaram um significante aumento
do perímetro do arco dentário superior. Concluíram que foi necessário um curto
período de tempo para correção da relação molar, variando de 6 meses a 18 meses,
de acordo com a severidade da má oclusão inicial e a cooperação do paciente. O
protocolo de Cetlin obteve os seguintes efeitos: 1) correção da relação molar, e 2)
melhoria do apinhamento dentário anterior.
21
Revisão da Literatura
2.3. Ancoragem Extrabucal Tipo IHG (Interlandi Headgear)
A Classe II, 1a divisão, pode ser tratada de várias maneiras, dependendo das
suas características craniofaciais, seja por protrusão da maxila, seja por retrusão
mandibular ou ambos os fatores associados. Dentre os tratamentos mais
recomendados para a protrusão maxilar, destaca-se a ancoragem extrabucal,
associada ou não a outros tipos de aparelhos, podendo sua força ser aplicada sobre
os dentes e a maxila.
A ancoragem extrabucal foi primeiramente utilizada na ortodontia em 1866, por
Norman Willian Kingsley, para a correção da protrusão dentária superior, Scanavini
et al.76(2003).
Durante muito tempo a ancoragem extrabucal foi relegada ao esquecimento,
até que Oppenheim55(1936) reavivou seu uso. Empregou uma força extrabucal
apoiada por um casquete, exercendo uma pressão para distal sobre os molares
superiores de uma atriz que não poderia desempenhar seu trabalho profissional se
usasse um aparelho ortodôntico fixo para corrigir uma má ocIusão de Classe II, 1a
divisão. Uma impressionante melhora no relacionamento dentário e na aparência
facial, conseguida com o uso deste aparelho, somente à noite, levou-o a aplicar este
método em outros pacientes.
Kloehn40(1947) observou que durante o crescimento normal, tanto o processo
alveolar como os dentes, move-se para a anterior e quando se intercepta esse
22
Revisão da Literatura
crescimento para anterior do arco dentário superior na Classe II, até que o
crescimento normal da mandíbula, também para frente, tenha avançado o suficiente,
obtém-se a correção da Classe II. É de vital importância iniciar esse tipo de
tratamento, o mais cedo possível, devido ao declínio gradual do crescimento dos
maxilares e dos processos alveolares. A época mais propícia corresponde à irrupção
completa dos primeiros molares permanentes.
Epstein24(1948) realizou um estudo em 138 pacientes com má oclusão de
Classe II durante a dentadura mista, tratados por meio da ancoragem extrabucal.
Observou que em alguns casos, o relacionamento dos primeiros molares
permanentes foi conseguido pelo movimento distal dos molares superiores. Em
outros casos, ponderou que a relação correta entre os primeiros molares superiores
e inferiores foi obtida pela estabilidade sagital dos molares superiores durante o
crescimento normal para anterior, tanto da maxila como da mandíbula.
Com o maior uso da ancoragem extrabucal, Closson19(1950) resumiu as
principais indicações para sua utilização: pacientes jovens, com a finalidade de
redirecionar o crescimento alveolar para o controle ântero-posterior efetivo dos
molares em relação à sua posição axial, possibilitando uma posição final mais
estável após a época de contenção; o tempo dispendido na cadeira é reduzido e os
intervalos são mais espaçados entre as visitas; a cooperação do paciente quanto ao
uso do aparelho extrabucal é boa desde que este esteja confortável; a harmonia do
perfil facial é facilmente conseguida com o uso da ancoragem extrabucal,
principalmente quando a má oclusão é acentuada; e que a ancoragem extrabucal
elimina completamente a perda de ancoragem, particularmente quando os pacientes
são tratados na dentadura mista.
23
Revisão da Literatura
Nelson52(1952) afirmou que: a ancoragem extrabucal pode ser usada para
aumentar como para diminuir o comprimento do arco; é um excelente meio para se
obter relações mesiodistais corretas entre os dentes superiores inferiores; é
indispensável como reforço de ancoragem intrabucal quando se deseja um
movimento mínimo dos dentes de ancoragem. Afirma ainda que a ancoragem
extrabucal oferece um dos meios mais efetivos de aplicação de forças leves e
intermitentes para mover os dentes com mínimo de dor para o paciente e de
traumatismos para os tecidos.
Continuando sua pesquisa, Nelson53(1953) desenvolveu outro estudo sobre as
possibilidades e limitações da ancoragem extrabucal no tratamento da Classe lI, 1ª
divisão. Confirmou que os molares podem ser mantidos ou movidos distalmente com
o auxílio da ancoragem extrabucal.
Esclarecendo os efeitos da ancoragem extrabucal, tração cervical e occipital
sobre os dentes e o processo alveolar, Cucalon22(1955) realizou um estudo
utilizando 20 pacientes com má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Concluiu que: os
primeiros molares superiores foram distalizados, restabelecendo a correta relação
com os inferiores; a ancoragem cervical propiciou um movimento distal de corpo e
de extrusão; a ancoragem occipital realizou um movimento distal de inclinação, sem
extrusão; a ancoragem extrabucal não alterou a posição da mandíbula e nem os
molares inferiores foram inclinados para mesial; e finalmente que o sucesso
depende não só do crescimento e do desenvolvimento, mas também do uso correto
do aparelho e da cooperação do paciente.
24
Revisão da Literatura
Com o intuito de observar os efeitos da ancoragem extrabucal, durante o
período da dentadura mista, Mathews47(1956) realizou uma avaliação em 50 jovens
com má oclusão de Classe II, 1a divisão, utilizando as trações occipital e cervical.
Concluiu que: a correta relação molar de Classe I foi obtida em todos os casos; é
possível movimentar os dentes anteriores e posteriores para distal e sem
inclinações; a melhor época de iniciar o tratamento é a fase final da dentadura
decídua e inicial da mista; não houve impacção dos segundos molares superiores
permanentes; a direção da força resultante da ancoragem occipital é quase paralela
ao plano oclusal, sem qualquer efeito de inclinação dos molares superiores durante
o tratamento; a direção da força resultante da ancoragem cervical incide
aproximadamente ao nível da terceira vértebra cervical provocando extrusão dos
molares, auxiliando assim no tratamento dos casos de sobremordida; e que a
excelência do resultado está condicionada à cooperação e não à idade ou ao sexo
do paciente.
Com o propósito de estudar os princípios mecânicos associados com a
ancoragem extrabucal, Gould42(1957) efetuou uma pesquisa com as duas trações
mais utilizadas pelos ortodontistas, ou seja, a occipital e a cervical. Baseado nos
seus resultados inferiu que para se obter o movimento dentário desejado, a direção
da força deve manter-se coincidente com o centro de resistência do dente. Isto
significa que o aparelho deve ser ajustado continuamente. Com a ancoragem
occipital esse ajuste é realizado a partir da instalação dos elásticos no casquete para
cima ou para baixo. Com a tração cervical, um resultado semelhante é obtido,
elevando-se ou abaixando-se o braço externo do arco facial. Segundo ele, a
ancoragem occipital seria mais indicada, pois permite maiores possibilidades dos
25
Revisão da Literatura
movimentos do que a cervical, oferecendo ao operador maior facilidade na
visualização da posição e direção das forças empregadas.
Com a intenção de determinar as alterações esqueléticas que ocorrem durante
o tratamento com a técnica Edgewise, associada à ancoragem cervical,
Blueher12(1959) efetuou um estudo cefalométrico em 34 pacientes com Classe II, 1ª
divisão, tratados sem extrações e comparou com outros jovens com oclusão normal.
Os traçados iniciais e finais foram superpostos em SN, e os resultados revelaram
que: o ângulo SNA geralmente diminuiu; o ângulo SNB tanto pode permanecer o
mesmo como aumentar ou diminuir: o ângulo do plano mandibular diminuiu ou
estabilizou na maioria dos jovens do sexo masculino, porém tendeu a aumentar na
maioria dos jovens do feminino; o ângulo do plano palatino aumentou tanto no sexo
masculino como no feminino; e que a altura ântero-inferior aumenta, em
conseqüência da extrusão dos molares ocasionada pela tração cervical.
Desejando elucidar a influência do crescimento e desenvolvimento craniofacial
durante o tratamento com a ancoragem extrabucal, Ricketts62(1960) efetuou um
estudo em pacientes da Classe II, divididos em três grupos. Cada grupo foi tratado
de forma diferente, sendo o primeiro com ancoragem extrabucal; o segundo com
elásticos intermaxilares e o terceiro com ambos. Traçados cefalométricos foram
realizados, enfocando tanto a maxila e suas estruturas adjacentes como a
mandíbula e as mudanças nos incisivos e molares. A partir da análise, verificou-se
uma alteração na maxila, isto é, o plano palatino, a espinha nasal anterior e o ponto
A sofreram alterações devido às forças extrabucais mesmo quando eram
empregadas somente 12 a 14 horas por dia. Os incisivos e os molares superiores
foram movimentados para distal. Considerando esses resultados, o autor concluiu
26
Revisão da Literatura
que o crescimento da maxila para anterior pode ser redirecionado para baixo e para
trás.
Após utilizar exaustivamente a ancoragem extrabucal com apoio cervical no
tratamento da má oclusão de Classe II, Kloehn 41(1961) avaliou 7 casos,
pretendendo esclarecer as inúmeras variações que cada jovem e cada má oclusão
pode apresentar. Concluiu que o tratamento da má oclusão será bem sucedido e
estável se os dentes forem posicionados em equilíbrio dinâmico e nos limites dos
padrões morfológicos, fisiológicos e genéticos do paciente. A ancoragem cervical
proporciona um bom equilíbrio facial e uma oclusão estável. A força deve ser suave,
movimentando apenas os dentes que necessitam ser movimentado, reduzindo
assim a tensão nos outros que estejam em posição correta. O movimento dos
dentes superiores para distal parece ser evidente e em muitos casos, a mesialização
dentoalveolar superior ocasionada pelo crescimento foi inibida.
Wieslander83(1963) avaliou o efeito da tração cervical sobre o complexo
dentofacial em 30 jovens com má oclusão de Classe II durante a dentadura mista,
comparando com igual número de crianças com oclusão normal. Concluiu que a
posição dos molares superiores foi bastante alterada pela ancoragem extrabucal tipo
Kloehn; a esperada migração anterior dos dentes em relação à base do crânio foi
inibida pela inclinação ou pelo movimento de corpo dos molares para distal,
ocorrendo, ao mesmo tempo, uma extrusão desses dentes; o côndilo mandibular
mostrou uma mudança para baixo, significativamente maior no grupo com
ancoragem extrabucal do que no de controle. Conseqüentemente ocorreu um
aumento no ângulo do plano mandibular, o mesmo acontecendo com o pogônio que
parece se mover ligeiramente para frente no grupo controle.
27
Revisão da Literatura
Observando a eficiência dos diversos tipos de ancoragem extrabucal para a
movimentação distal dos dentes superiores, Poulton58(1967) afirmou que os vários
tipos de extrabucais são bastante efetivos para movimentar distalmente os molares
superiores e ocasionar mudanças nas estruturas da maxila, além dos dentes e do
processo alveolar. Os aparelhos extrabucais que tendem a extruir os molares
superiores podem influenciar na posição da mandíbula. Isto geralmente é
indesejável, a menos que o crescimento subseqüente na área condilar venha
compensá-lo. Além disso, considerou que a seleção do tipo de ancoragem
extrabucal deve ser feita de acordo com o caso, levando-se em consideração a má
oclusão e o tipo facial.
Interlandi39(1969) apresentou o caso clínico de um paciente cujo tratamento
havia sido planejado com extrações dos primeiros pré-molares superiores,
bandagem total para a técnica de Edgewise, aparelho extrabucal de Interlandi (IHG)
e mecânica de Classe II. Após o tratamento, o autor concluiu que as diferenças entre
os valores cefalométricos iniciais e finais eram bastante expressivas, principalmente
com relação à distalização dos molares superiores e a restrição no deslocamento
ântero-posterior da maxila. Relatou ainda a restrição na extrusão dos primeiros
molares superiores.
Ringenberg; Butts65(1970) realizaram um estudo cefalométrico sobre o controle
de aplicação da tração cervical, utilizando dois grupos de pacientes: um com Classe
lI, 1a divisão, tratado com aparelho extrabucal, e outro sem tratamento, servindo
como controle. Observaram no grupo tratado uma significante redução do ângulo
SNA e um ligeiro aumento no ângulo SNB, possivelmente ocorrendo um movimento
em massa para distal da maxila. Ocorreu uma ligeira extrusão dos primeiros molares
28
Revisão da Literatura
superiores, mas não o suficiente para alterar o ângulo FMA e o plano oclusal. A
altura facial não foi afetada, sendo que, em ambos os grupos, observou-se um
aumento uniforme.
Armstrong4(1971) fez considerações sobre a magnitude, direção e duração da
força de tração extrabucal. No tratamento das más oclusões de Classe II e I, a
direção da força deve ser horizontal e distal, paralela ao plano oclusal. A altura da
força no plano vertical deve estar localizada no centro de resistência e os primeiros
molares superiores para efeito ortodôntico. Os principais objetivos da força de tração
são: movimentar o arco dentário superior ou os molares para distal, de corpo ou com
alguma inclinação, mas sem extrusão; prevenir o deslocamento mesial dos dentes
posteriores em casos de extração sem causar extrusão; e restringir o crescimento
horizontal da maxila sem estimular o crescimento vertical. Segundo o autor, a força
aplicada deve ser conhecida, contínua, pesada e horizontal e na direção do centro
de resistência da maxila para efeito ortopédico, preferencialmente durante a
dentição mista tardia.
Para comparação das alterações em traçado cefalométrico, Barton8(1972)
avaliou 20 casos tratados com casquete de tração alta conjugado a um arco inserido
no canino e 20 casos tratados com casquete de tração cervical inserido no primeiro
molar. Todos os pacientes foram orientados a usar o casquete por um período de 12
horas durante a noite, usando elásticos que exerciam força de aproximadamente 12
onças (340g). Cinco medidas lineares e oito medidas angulares foram comparadas
antes e após o tratamento. As diferenças significativas foram notadas somente nas
medidas 1-NS, 6-NS, N-Me, SNB e NS.PP. As alterações nas medidas 1-NS, 6-NS e
N-Me, utilizadas para comparar o movimento vertical dos dentes superiores e o
29
Revisão da Literatura
crescimento vertical do complexo facial, mostraram que houve maior extrusão dos
molares superiores e aumento médio de 2,3 mm em relação à altura facial total N-
Me proporcionada pela tração cervical se comparada com a tração alta. Houve maior
aumento do ângulo NS.PP com a tração cervical. Além disso, observou-se um maior
crescimento mandibular (0,85 mm) com o uso da tração alta, segundo a medida,
ângulo SNB. Com base nestes resultados, o autor concluiu que o centro de
resistência da maxila e a direção de tração devem ser considerados na seleção da
tração.
Ao elaborar um estudo em 28 crianças avaliadas na fase de dentadura mista,
tratadas com tração cervical, e observando o efeito da força sobre a maxila e
estruturas anatômicas circundantes, Wieslander84(1974) concluiu que: a força
aplicada na maxila em uma direção distal produziu uma mudança no padrão de
crescimento, com a subseqüente posição mais posterior e ligeiramente inferior da
mesma; o ângulo ANB reduziu-se devido ao movimento para posterior do ponto A;
os molares superiores sofreram uma distalização de 5 mm nos grupos tratados,
devido ao crescimento de 2 mm da maxila associado à movimentação de 3 mm para
distal dos molares, na área dentoalveolar. A distalização dos molares superiores
produziu uma ligeira rotação horária da mandíbula.
Meldrun49(1975) avaliou os efeitos do emprego da tração extrabucal sobre o
padrão de crescimento esquelético facial superior (que se direciona para a inferior e
para a anterior em situações normais). Estudou quatro macacos (Macaca mulatta),
submetidos à mecânica extrabucal de tração occipital. Designaram-se três animais
como grupo experimental e um animal, como controle, com uma idade aproximada à
humana entre seis e sete anos. Para a aplicação da força, sobre o arco dentário
30
Revisão da Literatura
superior, utilizou-se um esplinte metálico cimentado sobre os dentes superiores, em
que se empregou uma força de magnitude de 300 gramas por lado, durante um
período de 81 a 89 dias, com a linha de ação da força de 40º em média com o plano
oclusal. Os dados cefalométricos (mensurados tendo como referências implantes
metálicos) e os histológicos sugeriram que o aparelho extrabucal desacelerou, ou
mesmo, reverteu o padrão normal de crescimento da maxila, minimizando ou
mesmo anulando o movimento para anterior e para inferior da maxila durante o
período de crescimento. O plano palatino foi deslocado superiormente e rotacionado
em sentido anti-horário, o que surpreendeu o autor, acompanhando o movimento
dos esplintes em mesmo sentido. Atribuiu-se a este movimento do esplinte o
movimento dentário e a remodelação sutural e óssea do complexo esquelético facial
superior. Não se constatou movimento de corpo dos dentes superiores.
Chaconas et al.18(1976) determinaram as forças transmitidas ao complexo
craniofacial pela ancoragem extrabucal de tração cervical e alta. Para este fim
reproduziram um crânio humano em material birrefringente, simulando
separadamente ossos, dentes e ligamento periodontal. A força total aplicada por
meio dos dispositivos foi de 2500 g. A observação fotoelástica do estresse
demonstrou que ambos os aparelhos extrabucais produziram forças ao redor dos
dentes e que foram transmitidas às estruturas craniofaciais. A ancoragem de tração
cervical produziu maior efeito extrusivo nos primeiros molares superiores. A tração
cervical também gerou maior estresse na sutura zigomático-temporal, zigomático-
frontal, processo pterigóide e processo frontal da maxila, indicando uma inclinação
da força para baixo e para trás na maxila. A tração cervical causou não só estresse
de maior intensidade como também produziu estresse em três áreas onde a tração
alta não teve efeito. A ancoragem de tração cervical tendeu a abrir o palato na
31
Revisão da Literatura
região posterior, enquanto a tração alta produziu compressão na sutura maxilar na
região inferior à espinha nasal anterior.
Na realização de um estudo sobre o aparelho extrabucal com tração cervical e
cérvico-occipital, Scanavini73(1976) comparou cefalometricamente pacientes com má
oclusão de Classe II que foram tratados com aparelho extrabucal com apoio cérvico-
occipital (IHG), com pacientes que usaram aparelho extrabucal com apoio cervical
(KHG), e concluiu que as modificações no padrão esquelético da face, em áreas
distanciadas do ponto de aplicação da força extrabucal, não eram diferentes para os
grupos que foram estudados, e que os resultados não permitiram determinar maior
efetividade a nenhum dos aparelhos empregados.
Thurow79(1979) descreveu os aspectos mais importantes da ancoragem
extrabucal. O aparelho pode ser utilizado desde a dentadura mista precoce até a
fase de dentadura permanente. A força resultante depende da combinação dos
vetores horizontais e verticais no molar, sendo um aspecto fundamental. A direção
da tração extrabucal pode variar desde a cervical até a alta. Em relação à tração
cervical ou alta, relatou que o arco facial atua como se fosse uma extensão do
molar, com os braços externos atuando como os reais pontos de atuação da força
no molar, de maneira a controlar o movimento de inclinação para distal deste dente.
O controle da inclinação dos molares deve ser realizado cuidadosamente, pois
objetiva-se que a linha de aplicação de força passe pelo centro de resistência do
molar, ou seja, na trifurcação de suas raízes para não inclinar o molar para distal. A
elevação da parte anterior do arco facial na ativação é um indício da presença de um
momento necessário de inclinação mesial que neutralizará o momento secundário
(distal) do molar, distalizando-o de corpo. A velocidade do movimento coronário para
32
Revisão da Literatura
distal também é influenciado pela quantidade do efeito de inclinação distal. Ao
controlar-se a inclinação, reduz-se o movimento coronário, mas sem diminuir a ação
ortopédica para distal. Porém, cada caso deve ser analisado individualmente ao
longo do tratamento para manter sempre uma inclinação ótima do molar.
Baumrind et aI.9(1979) analisaram uma amostra composta por 198 pacientes
com má oclusão de Classe II, no início da dentadura mista. Foram utilizados 5 tipos
diferentes de ancoragem extrabucal: sendo 62 com tração cervical, 8 com tração
occipital, 53 com tração alta, 14 combinadas e 61 intrabucais. A média de tratamento
foi igual ou inferior a 3 anos. Foram tomadas telerradiografias em norma lateral
antes e após o tratamento, e sobrepostas, tendo como referência o plano oclusal, a
cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior e a espinha nasal anterior para
quantificar o movimento para distaI tanto do dente em questão quanto da maxila.
Verificaram que em 40% dos casos, (80) houve deslocamento distal, tanto da
cúspide quanto do ápice do molar. Em relação à maxila, houve uma ocorrência de
37%, isto é, 74 dos 198 casos apresentaram um redirecionamento do crescimento
maxilar para anterior com sua restrição.
Ressaltando a importância do conhecimento dos princípios de biomecânica,
Contasti e Legan20(1982) estudaram modelos mecânicos de quatro tipos de tração
extrabucal: alta, parietal, cervical e vertical. Os princípios básicos, segundo os
autores, seriam: (1) o centro de resistência (CR) não é um elemento único como o
dente; (2) a variação do local de aplicação da linha de força (LF) pode alterar o
centro e o sentido de rotação do dente; (3) a mudança na direção da linha de força
determinará os vetores de força verticais; (4) o arco interno deve ser posicionado
paralelamente ao plano oclusal, enquanto o externo tem ajuste infinito, o conjunto é
33
Revisão da Literatura
considerado rígido, embora seja conhecido que o material sofra deformação elástica
quando sob tensão; (5) o momento produzido pelo dispositivo extrabucal é o produto
da distância da perpendicular entre CR e LF, e (6) o módulo da força. Para todas as
considerações a seguir, os autores consideraram uma força aplicada no primeiro
molar superior e o centro de resistência situado na furca.
Tração cervical: pode ser utilizada como força de restrição, força de retração e
força suplementar. Sua principal desvantagem seria a extrusão dos molares
superiores, o que somente é conveniente em pacientes com dimensão vertical
diminuida. A direção da força é sempre para posterior, e apenas em situações em
que o arco externo estiver localizado abaixo do elástico cervical haveria força
intrusiva.
Tração alta: a força aplicada é sempre para posterior e intrusiva; o momento
depende da posição do arco externo em relação à linha de força do elástico. Se o
arco estiver anteriorizado, o momento seria negativo; se o arco estiver
posteriorizado, o momento seria positivo. A tração alta seria indicada para pacientes
Classe II, de face alongada e com grande angulação do plano mandibular.
Tração horizontal: a combinação da tração alta e cervical, segundo os autores,
traz a vantagem da versatilidade e da possibilidade de produzir somente forças para
distal de translação. Sua indicação seria para pacientes com Classe II que não
necessitam de alteração na dimensão vertical.
Tração vertical: a principal característica é a produção de forças intrusivas nos
dentes superiores a linha de força deve estar perpendicular ao plano oclusal. É
indicada para pacientes Classe I, com mordida aberta.
34
Revisão da Literatura
Nicolai54(1985) discutindo os diversos vetores de forças obtidos com o aparelho
extrabucal cervical explicou que a obtenção de forças excêntricas é realizada com a
utilização de elásticos de diâmetros diferentes associados a um capacete bem
adaptado à cabeça do paciente, ou com a utilização de um arco facial assimétrico.
Analisando as forças no plano sagital, demonstrou que quando a linha de ação da
força extrabucal passa abaixo do centro de resistência do molar, resulta em uma
força de inclinação para distal da coroa. Se a linha de ação passa pelo centro de
resistência, não há inclinação do dente, e se passar acima do centro de resistência,
ocorre um movimento de inclinação da raiz para distal. Para se obter este último
efeito, é necessário que o braço externo do aparelho extrabucal seja elevado bem
acima do plano oclusal. Entretanto, isto proporciona um grande vetor de extrusão ao
nível do molar. Quando o aparelho extrabucal cervical é utilizado no arco dentário
superior associado ao aparelho ortodôntico fixo, a inclinação do braço externo
abaixo do plano oclusal proporciona uma força extrusiva nos incisivos.
Inversamente, se o braço externo estiver acima do plano oclusal, provoca uma
intrusão dos incisivos.
Dermaut et al.23(1986) estudaram os movimentos dos molares superiores,
submetidos à tração extrabucal em crânios secos, empregando espectros de raios
laser. Utilizando um aparelho extrabucal com uma antena em diferentes níveis
horizontais aplicaram uma força de 700g perpendicularmente ao longo eixo dos
molares. Observaram um movimento de corpo quando a direção da tração passava
próximo à trifurcação (ou seja um pouco abaixo dela). Portanto, o centro de
resistência dos molares superiores foi experimentalmente localizado neste nível.
35
Revisão da Literatura
Comparando o aparelho extrabucal de tração occipital com a tração cervical,
Boecler et al.13(1989) estudaram 200 pacientes, tratados ortodonticamente de três
maneiras: um grupo com aparelho extrabucal com tração cervical, outro com
aparelho extrabucal com tração combinada (vetor de força occipital e cervical), e
grupo controle sem tratamento e concluiu que tanto o aparelho extrabucal cervical,
como o combinado reduziram a discrepância ântero-posterior da má oclusão de
Classe II, e que não houve diferença significante nas alterações produzidas pelo
aparelho extrabucal tração combinada ou cervical.
Rock66(1990) descreveu as características da força extrabucal, associada aos
aparelhos removíveis e fixos. A ancoragem extrabucal pode ser usada para evitar o
movimento para mesial dos dentes de ancoragem, e também para promover uma
força de distalização dos molares e/ou do segmento anterior. Se corretamente
aplicada soluciona muitos problemas, tornando possível um tratamento, muitas
vezes desfavorável, isto é, evitando a extração dos pré-molares. Esse aparelho é
usado 12 horas por dia, com uma força de 450g em cada lado, até a distalização
desejada dos dentes; quando a força é diminuida para 250g para a contenção da
relação molar conseguida.
Turner80(1991) revisou alguns dos princípios básicos da utilização dos
aparelhos de tração extrabucal. O autor considerou como principais indicações da
tração extrabucal: a distalização de dentes para ganho de espaço, restrição do
crescimento maxilar pelo seu redirecionamento, reforço de ancoragem, e como
possibilidades, a extrusão e intrusão de grupos de dentes. O autor enfocou o artigo
para a distalização dos molares no arco dentário superior. Entre os fatores a serem
considerados na escolha do tipo de tração, foram citadas as direções da força, que
36
Revisão da Literatura
têm influência direta sobre a direção da movimentação dos dentes e depende do tipo
de má oclusão a ser tratada, a magnitude da força e tempo de uso, e o ângulo entre
os planos de Frankfurt e mandibular. Para casos em que o ângulo entre os planos
de Frankfurt e mandibular tem valores acima de 30º, há necessidade de distalização
e intrusão dos molares, de forma que a tração occipital seria indicada. Para casos
em que o ângulo entre os planos de Frankfurt e mandibular têm valores abaixo de
24º, forças cervicais seriam indicadas, especialmente quando a extrusão de molares
facilitaria a correção de trespasse vertical grave; contudo o autor citou críticas de
outros autores com relação a uma provável instabilidade da extrusão dos molares,
especialmente em adultos. Segundo o autor, a tração cervical seria contra-indicada
para uso conjugado a aparelhos removíveis por aumentar seu deslocamento.
Combinações entre dispositivos occipitais e cervicais promovem um controle mais
refinado da direção da força, sendo que o aparelho de Interlandi é considerado o
mais versátil pelo autor. Ganchos tipo “J” seriam uma alternativa de ancoragem
associada a aparelhos removíveis, ou para distalização de caninos.
Investigando cefalometricamente os efeitos esqueléticos e dentários dos
aparelhos de tração extrabucal, Firouz et al.27(1992) avaliaram se a força resultante
passava pela furca dos molares superiores. Doze pacientes adolescentes, com
idade inicial de 9,5 a 12,5, portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, foram
tratados durante seis meses, com uso médio de 12 horas de uso por dia. A
magnitude da força aplicada foi de 500 g para cada lado e direcionada a 20° acima
em relação do plano oclusal. Um grupo de pacientes adolescentes, sem tratamento,
foi selecionado como controle. Telerradiografias em norma lateral foram tomadas
antes e depois do tratamento. O mesmo procedimento foi realizado com o grupo
controle em tempos compatíveis. Os resultados indicaram que quando a direção da
37
Revisão da Literatura
força coincide com o centro de resistência dos molares superiores houve
distalização e intrusão significativas dos molares. Além disso, os resultados
demonstraram que uma força de 500g foi suficiente para promover alterações
ortopédicas na maxila dos pacientes tratados. Estas alterações incluíram relativa
restrição do crescimento horizontal e vertical da maxila. Concluíram que a
ancoragem de tração alta, com a conseqüente aplicação da força na trifurcação dos
molares, foram possíveis a obtenção da distalização e intrusão dos molares
superiores.
Com o intuito de verificar as alterações verticais em pacientes em crescimento,
portadores de má oclusão de Classe II, 1a divisão, com ângulo de plano mandibular
(FMA) alto, tratados com a ancoragem extrabucal, com a incidência da força em
diferentes níveis, Burke; Jacobson16(1992) avaliaram dois grupos de pacientes de
(FMA) alto, um tratado com ancoragem cervical (CC) e o outro tratado com
ancoragem occipital (CO). Os pacientes foram avaliados por meio de
telerradiografias em norma lateral ao início e final do tratamento. Verificou-se que
não ocorreu aumento significativo da dimensão vertical nos pacientes do grupo CC;
nenhuma das medidas do plano mandibular (GoGn, Down e Björk) foi
significativamente aumentada no grupo CC em relação ao grupo CO, o mesmo
ocorreu com as medidas referentes à altura facial no período pós-tratamento; além
disso, houve significativa redução no ângulo do plano oclusal do grupo CC. Os
autores concluíram que em ambos os grupos as respostas ao tratamento foram
altamente variáveis e somente as diferenças verticais foram significativas entre os
grupos tratados com ancoragem cervical e occipital.
38
Revisão da Literatura
Tanne et al.77(1993) investigaram a distribuição das tensões promovidas pela
tração extrabucal sobre o esqueleto craniofacial. Os autores criaram um modelo
tridimensional de um crânio humano no computador, incluindo as suturas. Uma força
de 1kg foi aplicada paralelamente e a 30º para baixo do plano oclusal. Na sutura
temporo-zigomática, as tensões atingiram maior intensidade na sua porção superior.
Na sutura esfeno-maxilar, grandes forças compressivas foram observadas, em
especial, nas áreas inferiores. Na sutura fronto-zigomática, forças compressivas de
alta magnitude foram encontradas na região média. Na lâmina crivosa, as forças
compressivas ficaram concentradas na sua porção anterior. Forças de cisalhamento
foram encontradas em todas as suturas analisadas e em maior magnitude que
qualquer outro tipo de tensão. Os autores observaram também que a força
extrabucal foi transmitida a suturas distantes do crânio. Concluíram que as regiões
resistentes ao deslocamento horizontal apresentavam tensões normais, áreas que
resistiam ao deslocamento vertical apresentavam tensões além do normal e a tração
inclinada para baixo promoveu maiores tensões que a horizontal.
Com a finalidade de estudar a influência das diferentes direções de tração do
aparelho extrabucal sobre os primeiros molares superiores, Yoshida et al.86(1995)
analisaram três estudantes, com idades entre 23 e 27 anos, e observaram que, com
a utilização da tração occipital, as raízes dos primeiros molares superiores sofreram
uma inclinação para distal, em decorrência da aplicação de força acima do centro de
resistência dos molares. Um outro resultado, de grande importância, foi a
vestibularização das coroas dos molares em conseqüência da aplicação de forças
intrusivas, inerentes à tração occipital. Os autores alegaram ser a linha de ação da
força uma importante consideração no controle dos efeitos de inclinação e que a
posição do centro de resistência e outros fatores variam entre os indivíduos. Além
39
Revisão da Literatura
destas afirmações, aconselharam os ortodontistas a verificarem e a ajustarem,
regularmente, os aparelhos extrabucais durante todo o tratamento.
Com o objetivo de comparar as alterações dentoesqueléticas da má oclusão de
Classe II, 1a divisão, sem tratamento com um grupo tratado por dois tipos de
aparelhos ortodônticos, Maltagliati44(1997) avaliou uma amostra composta por 150
telerradiografias em norma lateral, sendo uma inicial e outra final, provenientes de
75 pacientes tratados, divididos em grupo 2 e 3 e um grupo controle (grupo 1). Os
pacientes dos grupos experimentais foram tratados com o AEB conjugado (grupo 2)
e com aparelho fixo associado ao AEB cervical (grupo 3). Os resultados da análise
revelaram que houve pouca alteração no padrão de crescimento e que a altura facial
ântero-inferior aumentou em todos os grupos. Não houve melhora significante da
relação maxilomandibular no grupo controle, enquanto que, nos grupos tratados, a
maxila foi retruída e conseqüentemente o ângulo ANB diminuiu significantemente.
As alterações dentoalveolares demonstraram que o aparelho utilizado no grupo 2
(AEB conjugado) foi eficiente no controle vertical do crescimento maxilar e na
inibição da extrusão dos dentes superiores posteriores e anteriores. Estes, em
ambos os grupos tratados, foram movimentados para distal, conduzindo a uma
relação molar normal e à redução do trespasse horizontal aumentado. No grupo
controle, no entanto, os dentes superiores e inferiores desenvolveram-se em uma
direção ântero-inferior, mantendo as características da má oclusão de Classe II, 1a
divisão.
Os efeitos de várias direções da força aplicadas pela tração extrabucal
combinada foram avaliados por Uçëm Yuksel81(1998). A amostra foi constituída por
30 pacientes, com idade média de 10 anos, possuindo má oclusão de Classe II com
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Revisão da Literatura
planos mandibulares muito inclinados. A amostra foi dividida em três grupos: o
primeiro grupo foi tratado com forças de 150 g por lado, tanto para o componente de
tração alta quanto para o componente cervical; o segundo grupo foi tratado com
força de 200 g para o componente de tração alta e 100 g para o componente
cervical; e o terceiro grupo, com força de 100 g aplicadas para o componente de
tração alta e de 200 g para o componente cervical. O tempo de tratamento foi de
dois a nove meses no primeiro grupo, três a sete meses no segundo grupo e de dois
a sete meses no terceiro grupo. Os resultados foram avaliados por meio de
telerradiografias em norma lateral tomadas antes e depois do tratamento. A maior
inclinação para distal do molar superior foi observada no terceiro grupo. O ângulo do
plano mandibular mostrou uma redução significativa no segundo grupo quando
comparado ao terceiro grupo. A inclinação do plano oclusal no primeiro e no
segundo grupo aumentou significativamente quando comparada ao terceiro grupo.
Henriques et al.35(1999) relataram os principais efeitos dentoesqueléticos do
aparelho extrabucal de tração occipital. Os principais efeitos ortodônticos foram:
distalização dos molares superiores para a obtenção da relação molar normal;
controle de uma possível extrusão dos molares superiores ou, em alguns casos, a
possibilidade de intrusão; tendência de inclinação das raízes para a distal e baixo
risco de impacção dos segundos molares superiores permanentes. Os efeitos
ortopédicos consistiram em: restrição do crescimento maxilar no sentido ântero-
posterior, identificada por uma diminuição significativa do ângulo SNA; melhor
relacionamento entre as bases ósseas representada pelo ângulo ANB; o mento
assume uma posição mais anterior quando comparado à tração cervical; a altura
facial ântero-inferior diminuiu ao final do tratamento em alguns estudos, em outros,
houve um pequeno aumento; controle do desenvolvimento vertical da maxila com a
41
Revisão da Literatura
diminuição da tendência de rotação horária da mandíbula, de forma a auxiliar no
relacionamento dos molares e na melhora do perfil facial do paciente.
Descrevendo o tratamento da má oclusão de Classe II,1ª divisão, utilizando a
ancoragem extrabucal, Henriques et al.37(2000) apresentaram dois casos clínicos em
pacientes com padrão de crescimento facial vertical. Um, utilizando o aparelho
extrabucal com tração cervical; outro, utilizando o mesmo aparelho com tração
occipital, e concluíram que o tratamento desta má oclusão em pacientes com padrão
de crescimento facial vertical mostrou-se eficiente com os dois tipos de tração.
Houve melhora na relação maxilomandibular e diminuição do ângulo ANB, devido
principalmente à retrusão da maxila (SNA) e, no caso tratado com o aparelho
extrabucal de tração occipital, não ocorreu alteração no padrão facial vertical.
Para analisar a ancoragem extrabucal occipital (IHG) na correção da má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, Henriques et al.36(2000) utilizaram uma amostra
com um acompanhamento de 12 anos em que o mesmo foi associado ao aparelho
ortodôntico fixo e a extração de quatro pré-molares. Demonstraram um caso clínico
tratado da maneira já citada e concluíram que o aparelho extrabucal com tração
occipital mostrou-se como um recurso eficaz a ser empregado para o tratamento da
má oclusão de Classe II, 1ª divisão, com a restrição do desenvolvimento ântero-
posterior da maxila, manutenção da ancoragem dos molares superiores, assim como
controle do crescimento vertical da face. Após 12 anos do término do tratamento os
resultados obtidos com a correção da má oclusão de Classe II, 1a divisão,
mantiveram-se estáveis.
42
Revisão da Literatura
Interessados em estudar os efeitos da ancoragem extrabucal no complexo
nasomaxilar, Billet et al.11(2001) avaliaram, por meio de holograma, em um crânio
humano macerado, a aplicação de forças em diferentes direções, simulando as
trações baixa e média-alta. Os resultados demonstraram que o centro de resistência
da maxila situou-se abaixo do processo zigomático do complexo maxilar, pois
quando o vetor de força era aplicado nesta região, obteve-se um movimento de
translação puro da maxila. Conseqüentemente, a aplicação de forças acima do
centro de resistência ou abaixo do mesmo resultava em rotações no sentido anti-
horário da maxila e no sentido horário, respectivamente.
Ashmore et al.5(2002) desenvolveram um método matemático para
sobreposição tridimensional do posicionamento do primeiro molar superior durante o
tratamento com a ancoragem extrabucal. O material consistiu de modelos dentários
confeccionados a cada dois meses em 36 crianças portadoras de má oclusão de
Classe II, 1a divisão, tratadas por um período de 24 meses, com a ancoragem
extrabucal de tração alta. A força utilizada foi de 397 a 454 g por lado, empregada
por um período aproximado de 14 horas por dia, até a obtenção da neutro-oclusão,
quando passa a ser utilizada por 10 horas/dia. Os dados obtidos foram comparados
a um grupo controle, composto por 38 indivíduos portadores da mesma má oclusão,
em que os modelos iniciais e após 24 meses foram avaliados, sem receber nenhum
tratamento. Os modelos foram orientados espacialmente de modo que as rugas
palatinas pudessem estar na melhor sobreposição possível para obtenção das
medidas do movimento do molar. Observou-se que o tratamento com a ancoragem
extrabucal resultou na distalização dos molares superiores em média de 3 mm. O
aparelho também causou significativa extrusão desse dente, em média de 0,56 mm,
e expansão para vestibular, em média de 0,58 mm, quando comparado às medidas
43
Revisão da Literatura
do grupo controle. Além disso, houve grande variabilidade individual na quantidade e
padrão de movimento dentário. Não puderam ser determinadas com precisão as
rotações dos molares.
Verificando que as forças ortodônticas, especialmente as extrabucais,
comportam-se de forma levemente diferente na prática clínica em relação às
análises teóricas geométricas e, considerando que o arco facial se deforma quando
a força do elástico e a reação dos dentes são aplicadas sobre ele, Scanavini et
al.74(2003) apresentaram um método por meio de telerradiografias em norma lateral
para determinação do ângulo formado entre os arcos interno e externo do arco
facial, de forma a determinar que a força resultante aplicada na ancoragem
extrabucal coincida com o centro de rotação ou o fulcro dos primeiros molares
superiores, permitindo, dessa forma, que o movimento de distalização dos molares
superiores seja de corpo. Os autores utilizaram as seguintes referências: coroa do
primeiro molar superior, ponto (a), que seria representado pelo ponto de aplicação
da força extrabucal no centro dos tubos soldados às bandas, que receberão o arco
interno, o centro de rotação na trifurcação radicular dos molares ou fulcro ponto (F),
e tangenciando ao plano oclusal funcional os pontos demarcados, transfere-se para
a parte superior do traçado, a mesma distância entre o centro do tubo e o centro de
rotação ou fulcro (a-F), demarcando um ponto (c).Novamente com uma régua
posicionada sobre a linha paralela ao plano oclusal, demarca-se, nesta linha, um
ponto (b), 8 (oito) milímetros distantes da face vestibular do incisivo superior, traçado
no cefalograma. Segundo os autores, uma vez estabelecidas as direções das forças
horizontal e vertical, a resultante deve então passar pelo fulcro do dente para que se
obtenha os resultados desejados, ou seja um movimento de translação na
distalização dos molares.
44
Revisão da Literatura
Com o intuito de verificar a estabilidade da distalização dos molares superiores
promovido pelo AEB cervical, Melsen; Dastra50(2003) avaliaram os resultados de
uma amostra composta por 20 pacientes (12 do sexo masculino e 8 do feminino)
com má oclusão de Classe II, na fase da dentadura mista, com idade inicial variando
de 8,1 a 10,4 anos. Antes do início do tratamento foram inseridos marcadores intra-
ósseos de titânio, sendo fixados quatro na maxila e cinco na mandíbula. Os
pacientes utilizaram o AEB cervical 12h por dia, por um período de oito meses.
Destes, em 10 pacientes o braço externo foi angulado 20° para cima (Grupo 1) e nos
demais (Grupo 2), o braço externo foi angulado 20° para baixo, em relação ao plano
oclusal. Com a análise de quatro telerradiografias em norma lateral (inicial, após três
meses da instalação dos implantes, após oito meses de uso do AEB e após sete
anos do final do tratamento) os autores verificaram que quando a linha de ação de
força do AEB passa abaixo de centro de resistência dos molares (Grupo 2), estes
apresentaram um maior movimento de inclinação distal da coroa, apresentando uma
rotação do molar no sentido horário. Apesar das diferentes direções verticais das
forças, não houve diferença entre os dois grupos em relação à posição vertical dos
molares superiores. Também não se observou diferença significante entre os grupos
na comparação do deslocamento distal dos molares superiores durante todo o
período observado. Os autores concluíram que a relação de Classe I obtida com o
AEB não se mostrou mais estável quando comparada aos aparelhos funcionais ou a
outros aparelhos intrabucais.
Phan et al.57(2004) realizaram um estudo retrospectivo em telerradiografias, em
norma lateral, para investigar os efeitos do tratamento ortodôntico, utilizando a
ancoragem extrabucal, na rotação e deslocamento da mandíbula na má oclusão de
Classe II, 1ª divisão. Avaliaram trinta pacientes, sendo 15 do sexo masculino e 15
45
Revisão da Literatura
do sexo feminino, com idade média inicial de 12.27 anos (± 1.36), comparados a um
grupo controle composto por 28 indivíduos, sendo 15 do sexo masculino e 13 do
sexo feminino com idade média de 12.01 anos (± 0.07), que tinham as mesmas
características craniofaciais do grupo tratado. Os pacientes do primeiro grupo foram
tratados com a ancoragem extrabucal, tração alta e cervical, associadas ao aparelho
ortodôntico fixo. As telerradiografias foram tomadas em três fases: inicial (T1), final
de tratamento (T2), e pelo menos 2 anos pós-contenção (T3). Os resultados
revelaram que o aparelho extrabucal tração cervical promoveu uma direção de
crescimento mandibular mais vertical com uma conseqüente rotação horária
mandibular. O movimento vertical dos molares superiores ou inferiores não estava
correlacionado à rotação mandibular ou ao deslocamento do pogônio quando
comparado ao grupo controle. O grupo tratado não exibiu nenhuma diferença
significante estatisticamente na rotação mandibular, entretanto apresentou um
maior movimento oclusal dos molares inferiores durante o tratamento.
Em sua tese de doutorado, Nahás51(2004) estudou cefalometricamente as
alterações dentoesqueléticas da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tratada com o
aparelho de Herbst e com o aparelho extrabucal de tração occipital (IHG). Dividiu a
amostra em quatro grupos, sendo estes dois experimentais e dois controles com má
oclusão de Classe II, 1ª divisão. A autora concluiu que o tratamento com o aparelho
extrabucal de tração occipital (IHG) alterou a tendência de deslocamento anterior da
maxila de modo significante; o crescimento mandibular não foi influenciado e houve
uma significativa melhora na relação maxilomandibular e na convexidade facial, pelo
efeito inibitório da terapia sobre o osso basal superior no sentido sagital; o padrão de
crescimento craniofacial não foi influenciado pelo tratamento; o desenvolvimento dos
molares superiores foi restringido com o tratamento com o aparelho extrabucal nos
46
Revisão da Literatura
sentidos vertical e sagital de modo estatisticamente significante; a relação molar de
Classe II foi corrigida, com conseqüente redução da projeção do lábio superior.
Para avaliarem as alterações no perfil esquelético de indivíduos com má
oclusão de Classe II, submetidos a tratamento ortodôntico, Ramos; Lima60(2005)
realizaram um estudo avaliando telerradiografias em norma lateral obtidas de 30
indivíduos brasileiros (17 do sexo feminino e 13 do sexo masculino) com idades
médias de 11,1 (inicial) e 15,1 anos (final), tratados com a ancoragem extrabucal
cervical e o aparelho ortodôntico fixo. O grupo controle foi composto por
telerradiografias em norma lateral obtidas de 30 canadenses (13 do sexo feminino e
17 do sexo masculino) com idades de 6, 9, 12, 14 e 16 anos do Centro de
Crescimento de Burlington, Canadá, sem qualquer tipo de tratamento. Os resultados
demonstraram uma redução na convexidade do perfil esquelético em ambos os
grupos. No grupo controle canadense a maxila apresentou uma tendência de
deslocamento no sentido anterior (P < .01), a qual não foi observada no grupo
experimental (P < .01). A mandíbula apresentou um deslocamento para frente em
ambos os grupos, porém apenas o grupo canadense demonstrou uma diferença
significante (P ≤ .01), na mandíbula, que ocorreu entre os 9 e 16 anos de idade.
47
Proposição
2.PROPOSIÇÃO
ste estudo visa comparar cefalometricamente, por meio da análise de
telerradiografias em norma lateral, tomadas ao início e ao final da distalização
dos molares superiores, as alterações esqueléticas e dentoalveolares do complexo
craniofacial em pacientes possuindo má oclusão de Classe II, tratados por meio da
associação da placa de Cetlin à ancoragem extrabucal, tração cérvico-occipital.
E
49
Material e Método
3.MATERIAL E MÉTODO
4.1. Material
amostra do presente estudo foi constituída por 40 telerradiografias, obtidas
em norma lateral direita de 20 pacientes, jovens brasileiros, 17 leucodermas e
3 melanodermas, sendo 6 do sexo masculino e 14 do sexo feminino, com idade
média de 12 anos e 5 meses, na dentição mista no 2º período transitório e
permanente, com má oclusão de Classe II, 1a e 2a divisão de Angle.
A
Este estudo tem caráter prospectivo, em que os pacientes foram tratados na
Clínica do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração
Ortodontia e, submetidos à utilização de um dispositivo removível funcional (Placa
de Cetlin), associado à ancoragem extrabucal tipo IHG (Interlandi Headgear) para a
correção da relação molar de Classe II.
51
Material e Método
4.2. Método
4.2.1. Seleção da Amostra
Com a finalidade de compor a amostra, foram examinados clinicamente 645
pacientes e selecionados 41, observando-se inicialmente os critérios:
a) Relação molar de Classe II, em ambos os lados;
b) Ausência de deficiência mandibular significativa;
c) Ausência de agenesia de dentes permanentes.
Para cada um desses 41 pacientes foi obtida uma telerradiografia em norma
lateral direita e em oclusão habitual de acordo com a técnica preconizada por
Zapata87(2003).
As radiografias foram digitalizadas com resolução de imagem de 150 dpi para o
traçado e mensuração das medidas lineares e angulares para verificar se o paciente
era portador de Classe II com deficiência mandibular ou excesso maxilar, foi
utilizado o programa Radiocef Studio de cefalometria da empresa Radiomemory.
(Figura 4.1)
52
Material e Método
FIGURA 4.1 – Telerradiografia em norma lateral direita digitalizada.
A elaboração do cefalograma constitui em:
4.2.1.1. Desenho Anatômico;
4.2.1.2. Pontos Cefalométricos;
4.2.1.3. Linhas e Planos Cefalométricos;
4.2.1.4. Grandezas Angulares;
4.2.1.5. Grandezas Lineares.
53
Material e Método
4.2.1.1. Desenho Anatômico (Figura 4.2)
Constitui-se dos detalhes que permitem o traçado de pontos, linhas e planos
cefalométricos, fornecendo uma visualização clara dos padrões cefalométricos a
serem estudados, obtidos de acordo com as normas pré-estabelecidas em
Ortodontia.
4.2.1.2. Pontos Cefalométricos (Figura 4.2)
Os pontos cefalométricos demarcados para o traçado cefalométrico para
seleção da amostra constituíram em:
Ponto Sela (S): Localizado no centro da imagem da sela turca;
Ponto Násio (N): Localizado na parte mais anterior da sutura frontonasal, no
encontro das linhas do perfil ósseo da glabela e ossos nasais;
Ponto Sub-Espinhal (A): Localizado na maior profundidade da curva formada
pelo perfil alveolar, no ponto em que ela se une ao perfil da
Espinha Nasal Anterior;
Ponto Supramentoniano (B): Localizado no ponto mais profundo do perfil
alvéolo-mentoniano da sínfise;
Ponto Condílio (Co): Ponto mais póstero-superior dos côndilos mandibulares;
Ponto Gnátio (Gn): Situado na projeção da bissetriz entre NP (Násio-Pogônio)
e o plano que tangencia a borda inferior da mandíbula;
Ponto Pogônio (Pg): Ponto mais anterior da curvatura da sínfise mandibular,
na cortical vestibular;
54
Material e Método
Ponto Pório (Po): Localizado no ponto mais superior da imagem da oliva
metálica;
Ponto Orbital (OR): Localizado no ponto intermediário entre os limites das
margens inferiores das órbitas.
SN
PgGn
A
Co
B
OrPo
FIGURA 4.2 – Desenho Anatômico e Pontos Cefalométricos.
1) Ponto Sela (S) 6) Ponto (A)
2) Ponto Násio (N) 7) Ponto (B)
3) Ponto Orbital (Or) 8) Ponto Gnátio (Gn)
4) Ponto Pório (Po) 9) Ponto Pogônio (Pg)
5) Ponto Condílio (Co)
55
Material e Método
4.2.1.3. Linhas e Planos Cefalométricos: (Figura 4.3)
Linha S-N: Linha que passa pelos pontos S e N;
Linha N-B: Linha que passa pelos pontos N e B;
Linha N-A: Linha que passa pelos pontos N e A;
Plano de Frankfourt: Plano que passa pelos pontos Po e Or;
Linha Nperp: Linha que passa pelo ponto N perpendicularmente a Frankfourt.
4.2.1.4. Grandezas Angulares (Figura 4.3)
SNA: Ângulo formado pelas linhas SN e NA. Avalia a posição ântero-posterior
da maxila , expressando o grau de protrusão ou retrusão da maxila em
relação à base do crânio;
SNB: Ângulo formado pelas linhas SN e NB. Determina a posição ântero-
posterior da mandíbula , em relação a base do crânio;
ANB: Diferença entre os ângulos SNA e SNB. Determinado pela diferença
matemática entre os ângulos SNA e SNB, revelando a posição ântero-
posterior entre a maxila e a mandíbula.
4.2.1.5. Grandezas Lineares (Figura 4.3)
Co-A: Distância do ponto Co ao ponto A. Representa o comprimento da
maxila;
Co-Gn: Distância do ponto Co ao ponto Gn. Representa o comprimento da
mandíbula;
Nperp-Pg: Menor distância entre o ponto Pg (pogônio) e a vertical Nperp.
Define o grau de protrusão ou retrusão mandibular.
56
Material e Método
5
1
4
3
2
6
7
8
9
10
11
FIGURA 4.3 – Linhas, Planos, Grandezas Angulares e Lineares.
1) Linha S-N 7)Ângulo SNA
2) Linha N-A 8)Ângulo SNB
3) Linha N-B 9)Medida linear Nperp-Pg
4) Ângulo ANB 10)Medida Linear Co-A
5) Linha Nperp 11)Medida Linear Co-Gn
6) Plano de Frankfourt
57
Material e Método
Dos 41 pacientes selecionados clinicamente, após a aplicação da metodologia
para verificar se a má oclusão de Classe II era definida por deficiência mandibular ou
excesso maxilar, foram selecionados 20 pacientes que se caracterizaram por
apresentar posicionamento mandibular normal e excesso maxilar. (Apêndices A e
B)
4.2.2. Construção dos Dispositivos Utilizados Para a Distalização
dos Molares Superiores
Todos os pacientes selecionados receberam como mecanismo para
distalização dos molares superiores, a placa distalizadora de Cetlin, (CETLIN E TEN
HOEVE17, 1983) e ancoragem extrabucal, de apoio cérvico-occipital de Interlandi.
Um único aluno do Programa de Pós-Graduação em Ortodontia da
Universidade Metodista de São Paulo, supervisionado pelo professor orientador,
realizou os procedimentos clínicos e laboratoriais de construção e instalação dos
dispositivos.
4.2.2.1. Construção da Placa Distalizadora de Cetlin (Figura 4.4)
Procedimentos Clínicos:
a) Para obtenção de espaços interdentários entre os primeiros molares
permanentes superiores e segundos pré-molares quando presentes, ou
58
Material e Método
segundos molares decíduos, foram inseridos anéis elásticos separadores
marca (GAC);
b) Moldagem do arco dentário superior com alginato (Jeltrate, Dentsply).
Procedimentos Laboratoriais:
a) Vazamento do modelo de trabalho em gesso pedra branco (Herodent,
Vigodent S/A);
b) Construção dos grampos de retenção tipo Adams, nos primeiros pré-
molares superiores com fio de aço 0,7 milímetros, 0.028” de polegada
(Dentaurum);
c) Construção de arco vestibular passivo com fio de aço 0.019” x 0.025” de
polegada, recoberto com resina acrílica na região de incisivos centrais e
laterais para maior ancoragem;
d) Construção das molas digitais com helicóides para distalização dos
molares com fio 0,7 milímetros, 0.028” de polegada (Dentaurum);
e) Recobrimento com cera 07 na parte ativa das molas digitais para alívio no
processo de acrilização;
f) Isolamento do modelo de gesso com isolante marca Cel-Lac (SSWhite);
g) Acrilização da placa base com resina acrílica de auto-polimerização
marca Orto-Clas (Clássico).
Instalação da Placa de Cetlin
Foram separados os segundos pré-molares superiores ou segundos molares
decíduos dos primeiros molares permanentes, com a finalidade de se conseguir
59
Material e Método
espaço suficiente para melhor posicionamento das molas digitais nas faces mesiais
dos 1os molares superiores, próximo à papila interdentária, para posterior
distalização.
Ativação do dispositivo
As ativações das molas foram feitas a cada 3 semanas, com força de 30g de
cada lado, e sua utilização por tempo integral, obedecendo aos critérios de (CETLIN
e TEN HOEVE17, 1983); (FERRO et al.25, 2000); (MARCHI et al.45, 2003).
FIGURA 4.4 – Placa de Cetlin.
4.2.2.2. Construção da Ancoragem Extrabucal Tipo IHG (Interlandi-HeadGear)
Procedimentos Clínicos:
a) Bandagem dos primeiros molares superiores permanentes, com bandas
pré-fabricadas, da marca 3M Unitek, escolhidas previamente;
60
Material e Método
b) Soldagens dos acessórios ortodônticos, tubos duplos da marca Abzil,
prescrição (padrão) Dr. Leopoldino Capelozza Filho, com slot retangular
0.022”X 0.028” de polegada e tubos redondos voltados para gengival de
diâmetro 0,045” de polegada nas superfícies vestibulares;
c) Fixação das bandas com cimento de ionômero de vidro, marca Vidrion (S.
S. White);
d) Construção e adaptação do arco facial;
e) Adaptação do casquete de apoio cérvico-occiptal de Interlandi.
Instalação da Ancoragem Extrabucal
A instalação da ancoragem extrabucal obedeceu aos critérios propostos por
(SCANAVINI et al.74, 2003) que utilizaram as telerradiografias em norma lateral
direita para a determinação do ângulo formado entre o braço interno e externo do
arco facial para que a resultante das forças aplicadas seja coincidente com o centro
de rotação ou fulcro dos primeiros molares superiores.
Foram demarcados no traçado inicial (ponto a) a localização na coroa, do
centro dos tubos, que receberão o arco interno, e o centro de rotação ou fulcro
(ponto F) na trifurcação radicular.
Com uma régua milimetrada, tangenciando os pontos demarcados, foi
transferida para a parte superior do traçado a distância entre o centro do tubo e o
centro de rotação ou fulcro (a-F), demarcando um ponto (c). Em seguida foi traçada
uma linha, paralela ao plano oclusal funcional, em toda a sua extensão, tendo como
referência o ponto (a), centro do tubo molar.
61
Material e Método
Com uma régua posicionada sobre a linha paralela ao plano oclusal, foi
demarcado nesta linha um ponto (b), 8 (oito) milímetros distante da face vestibular
do incisivo central superior mais vestibularizado traçado no cefalograma.
Unindo-se os pontos a-b e b-c foi construído no cefalograma um sistema de
força, que, aplicado o método do paralelogramo, permite a obtenção da resultante
(R) coincidente com o centro de rotação ou fulcro.
O valor do ângulo formado pelas linhas a-b e b-c, medido em graus, foi
transferido para os arcos interno e externo do arco facial.
A intensidade da força aplicada foi de 300 gramas de cada lado, e utilizado por
um período médio de 12 horas por dia. (Figuras 4.5, 4.6, 4.7)
62
Material e Método
FIGURA 4.5 – Cefalograma para a determinação do ângulo (ab.bc) entre o braço
interno e externo do arco facial.
1) Ponto (a) 4) Ponto (b)
2) Ponto (F) 5) Plano oclusal funcional
3) Ponto (c) 6) Ângulo (ab.bc)
63
1
3
2
45
6
Material e Método
FIGURA 4.6 – Extrabucal (IHG) Vista Frontal. FIGURA 4.7 – Extrabucal (IHG) Vista Lateral.
4.2.3. Telerradiografias em norma lateral
As telerradiografias em norma lateral foram realizadas no início do tratamento
(fase 1) e imediatamente após o término da distalização dos molares superiores com
os dispositivos distalizadores (Placa de Cetlin e ancoragem extrabucal) (fase 2),
utilizando o aparelho de raios X Villa System Medical (Dabi Atlante S.A.), modelo
Rotograph Plus, calibrado com kilovoltagem de 70 Kv, miliamperagem entre 15 e
20mA e tempo de exposição determinado pelo operador para cada paciente
variando de 0,9 a 1,6 segundo. O filme radiográfico utilizado foi da marca Kodak com
processamento automático pela processadora Mac Med X.
64
Material e Método
4.2.4. Traçado Cefalométrico
4.2.4.1. Desenho Anatômico;
4.2.4.2. Pontos Cefalométricos;
4.2.4.3. Linhas e Planos Cefalométricos;
4.2.4.4. Grandezas Lineares Esqueléticas;
4.2.4.5. Grandezas Lineares Dentárias;
4.2.4.6. Grandezas Angulares Esqueléticas;
4.2.4.7. Grandezas Angulares Dentárias.
4.2.4.1. Desenho Anatômico
Foram traçadas as seguintes estruturas:
a) Perfil dos tecidos moles da face;
b) Sela turca;
c) Complexo esfeno-occipital;
d) Perfil do osso frontal e ossos nasais;
e) Margens infra-orbitais;
f) Fossa pterigopalatina;
g) Osso maxilar;
h) Corpo e cabeça da mandíbula;
i) Coroas e raízes dos incisivos centrais superiores e inferiores;
j) Coroas e raízes dos primeiros molares superiores e inferiores.
65
Material e Método
4.2.4.2. Pontos Cefalométricos
Após o desenho das estruturas anatômicas foram demarcados os seguintes
pontos cefalométricos:
Ponto Sela (S): Localizado no centro do contorno interno da imagem da sela
turca;
Ponto Násio (N): Localizado na parte mais anterior da sutura frontonasal, no
encontro das linhas do perfil ósseo da glabela e ossos nasais;
Ponto Ena (Espinha nasal anterior): Ponto mais anterior do assoalho das
fossas nasais;
Ponto Enp (Espinha nasal posterior): Ponto mais posterior, no plano sagital,
dos ossos palatinos, no palato duro;
Ponto Go (Gônio): Ponto mais inferior e posterior na região goníaca, no
ângulo da mandíbula, determinado pela bissetriz do ângulo
formado pelas tangentes às bordas posteriores (ramo
ascendente) e inferior (corpo) da mandíbula;
Ponto Me (Mentoniano): Localizado no limite mais inferior da curvatura da
sínfese da mandíbula no ponto em que as linhas externas das
imagens das corticais vestibular e lingual se encontram;
Ponto Iis (Incisal do incisivo superior): Ponto localizado na borda incisal, do
incisivo central superior;
67
Material e Método
Ponto Ais (Ápice radicular do incisivo central superior): Ponto do ápice
radicular do incisivo central superior;
Ponto C6 (Cúspide do molar superior): Ponto localizado na cúspide mésio-
vestibular, do primeiro molar superior;
Ponto Cs (Distal da coroa do molar superior): Ponto localizado na máxima
convexidade do contorno distal da coroa do primeiro molar
permanente superior;
Ponto As (Ápice do molar superior): Ponto marcado no ápice da raiz distal
do primeiro molar permanente superior;
Ponto Esfenoetmoidal (SE): Ponto médio da sutura esfenoetmoidal;
Ponto Pt’: Ponto mais ântero-superior da fossa pterigopalatina. Quando houve
duplicidade de imagem da fossa pterigopalatina, determinou-
se o ponto médio correspondente às duas imagens traçadas.
(Figura 4.9)
FIGURA 4.9 – Desenho da Fossa Pterigopalatina.
68
Material e Método
4.2.4.3. Linhas e Planos Cefalométricos (Figura 4.11)
Linha Sela-Násio (SN): Linha que une os pontos Sela e Násio;
Linha M: Linha que une os pontos SE e o Pt’;
Plano Mandibular (GoMe): Plano formado pelos pontos Go (gônio) e Me
(mentoniano);
Plano Palatino (PP): Plano determinado pelos pontos Ena (espinha nasal
anterior) e Enp (espinha nasal posterior);
Longo eixo do incisivo central superior: Linha que segue o eixo longitudinal
do incisivo central superior, determinados pelos pontos Iis e
Ais.
70
Material e Método
FIGURA 4.11 – Linhas e Planos Cefalométricos.
1) Linha Sela-Násio (SN) 4) Linha (AsCs)
2) Plano Palatino (PP) 5) Longo eixo do incisivo central superior
3) Plano Mandibular (GoMe) 6) Linha M
71
5
1
4
3
2
6
Material e Método
4.2.4.4. Grandezas Lineares Esqueléticas (Figura 4.12)
S-Go: distância entre os pontos S (sela) e Go (gônio). Expressa a altura facial
posterior total;
N-Me: distância entre os pontos N (násio) e Me (mentoniano). Expressa a
altura facial anterior total;
Ena-SN: distância perpendicular da linha SN a Ena (espinha nasal anterior).
Expressa alteração vertical do ponto Ena com relação à base do
crânio;
Enp-SN: distância perpendicular da linha SN a Enp (espinha nasal posterior).
Expressa alteração vertical do ponto Enp com relação à base do
crânio;
PP-Go: distância perpendicular de Go ao PP (Plano Palatino). Expressa
alteração vertical do ponto Go com relação ao Plano Palatino;
PP-Me: distância perpendicular da PP (Plano Palatino) a Me. Expressa
alteração vertical do ponto Me com relação ao Plano Palatino.
72
Material e Método
1
24
3
5 6
FIGURA 4.12 – Grandezas Lineares Esqueléticas.
1) (S-Go) 4) (Ena-SN)
2) (N-Me) 5) (PP-Go)
3) (Enp-SN) 6) (PP-Me)
73
Material e Método
4.2.4.5. Grandezas Lineares Dentárias (Figura 4.13)
C6-PP: distância entre o ponto C6 (cúspide do molar superior) e o Plano
Palatino (PP). Define durante o tratamento ortodôntico se houve
intrusão ou extrusão dos primeiros molares superiores pela diferença
entre os valores obtidos;
M-Ais: distância perpendicular da linha M a Ais (ápice do incisivo central
superior). Define a posição ântero-posterior do ápice do incisivo central
superior, sendo constituído pela diferença entre os valores iniciais e
finais. Valores finais menores que os iniciais indicam retrusão radicular
e valores finais maiores protrusão radicular;
M-Cs: distância perpendicular da linha M a Cs (ponto localizado na máxima
convexidade do contorno distal da coroa do primeiro molar permanente
superior). Define a posição ântero-posterior da coroa dos primeiros
molares superiores. A interpretação depende dos valores iniciais e
finais. Valores finais maiores representam movimento mesial e valores
menores, movimento distal das coroas;
M-As: distância perpendicular da linha M a As (ponto marcado no ápice da raiz
distal do primeiro molar permanente superior). Define a posição ântero-
posterior do ápice dos primeiros molares superiores, constituído pela
diferença entre os valores iniciais e finais. Valores finais maiores
representam movimento mesial e menores, movimento distal dos
ápices dos primeiros molares superiores;
74
Material e Método
M-Iis: distância perpendicular da linha M a Iis (incisal do incisivo central
superior). Define a posição ântero-posterior das coroa do incisivo
central. A interpretação depende dos valores iniciais e finais. Valores
finais maiores que os iniciais representam protrusão da coroa e, meno-
res, retrusão.
75
Material e Método
1
2
3
5
4
FIGURA 4.13 – Grandezas Lineares Dentárias.
1) M-Cs 4) M-Ais
2) M-As 5) M-Iis
3) C6-PP
76
Material e Método
4.2.4.6. Grandezas Angulares Esqueléticas (Figura 4.14)
SN.PP: ângulo formado pelas linhas SN e Plano Palatino. Define as alterações
rotacionais do Plano Palatino em relação a SN em decorrência do
tratamento ortodôntico;
SN.GoMe: ângulo formado pelas linhas SN e Plano Mandibular. Indica o
comportamento da base da mandíbula representada pelo plano
(GoMe) em relação à base do crânio (linha SN). Valores finais maiores
que iniciais mostram que há uma divergência dos planos horizontais
com predominância do crescimento facial no sentido vertical. Contudo,
valores menores que iniciais determinam um crescimento
preponderante no sentido horizontal;
PP.GoMe: ângulo formado pelos Planos, Palatino (Ena-Enp) e Mandibular
(GoMe). Define as alterações rotacionais do Plano Palatino com
relação ao Plano Mandibular em decorrência do tratamento
ortodôntico.
77
Material e Método
1
2
3
FIGURA 4.14 – Grandezas Angulares Esqueléticas.
1) SN.PP
2) PP.GoMe
3) SN.GoMe
78
Material e Método
4.2.4.7. Grandezas Angulares Dentárias (Figura 4.15)
PP.CsAs: ângulo formado pelo longo eixo do 1o molar superior e o Plano
Palatino. Determina a inclinação distal ou mesial dos primeiros
molares superiores;
I.PP: ângulo formado pelo longo eixo do incisivo central superior e o Plano
Palatino. Determina uma inclinação vestibular ou palatina do
incisivo central superior.
79
Material e Método
4.2.5. Método Estatístico
Toda a análise estatística foi realizada pelo programa de computador SPSS for
Windows versão 11.5.1 .
4.2.5.1. Erro do Método
Após a mensuração dos ângulos e obtenção dos resultados, foi realizada a
verificação do erro sistemático intra-observador, utilizando-se o índice de correlação
intraclasse.
Para a determinação do erro do método foram selecionados aleatoriamente
50% da amostra obtida, ou seja, 20 telerradiografias de indivíduos da amostra. Estas
foram submetidas a um novo traçado após um período de quinze dias, utilizando-se
os mesmos materiais e observando-se os mesmos critérios anteriormente
empregados.
4.2.5.2. Avaliação de Normalidade dos Dados
Para verificar se os dados apresentaram distribuição normal, foi aplicado o
teste de Kolmogorov-Smirnov.
4.2.5.3. Comparação Entre as Médias de Cada Tempo
Para a comparação das médias de cada variável entre os dois tempos, utilizou-
se o teste t pareado.
81
Resultados
5. RESULTADOS
5.1. Análise do Padrão de Normalidade das Variáveis Estudadas
Realizou-se o teste de Kolmogorov – Smirnov para cada variável nos tempos,
inicial e final, a fim de verificar o padrão de normalidade de cada uma delas.
Na Tabela 5.1 (p.84), verifica-se que todas as variáveis encontravam-se dentro
do padrão de normalidade (p>0,05), sendo possível, então, a realização de testes
paramétricos para a comparação entre as médias nas fases inicial e final.
83
Resultados
TABELA 5.1 - Teste de Kolmogorov - Smirnov para Verificação da Normalidade das
Observações.
VariávelN
Diferenças mais extremas
Absoluto Positivo Negativo
TesteNível
descritivo (p)
C6-PP Inicial 20 ,127 ,127 -,103 ,570 ,902C6-PP Final 20 ,141 ,141 -,081 ,630 ,823M-Ais Inicial 20 ,088 ,088 -,088 ,394 ,998M-Ais Final 20 ,195 ,093 -,195 ,870 ,435M-Iis Inicial 20 ,097 ,054 -,097 ,436 ,991M-Iis Final 20 ,133 ,133 -,116 ,595 ,871M-Cs Inicial 20 ,175 ,175 -,106 ,781 ,576M-Cs Final 20 ,103 ,103 -,087 ,460 ,984M-As Inicial 20 ,091 ,052 -,091 ,409 ,996M-As Final 20 ,120 ,120 -,114 ,538 ,934S-Go Inicial 20 ,152 ,152 -,093 ,680 ,745S-Go Final 20 ,133 ,133 -,092 ,595 ,871N-Me Inicial 20 ,143 ,143 -,067 ,638 ,810N-Me Final 20 ,130 ,130 -,097 ,583 ,886Ena-SN Inicial 20 ,152 ,152 -,128 ,678 ,747Ena-SN Final 20 ,221 ,130 -,221 ,989 ,282Enp-SN Inicial 20 ,168 ,168 -,103 ,752 ,623Enp-SN Final 20 ,166 ,166 -,098 ,743 ,640PP-Go Inicial 20 ,123 ,123 -,117 ,548 ,925PP-Go Final 20 ,180 ,119 -,180 ,803 ,539PP-Me Inicial 20 ,113 ,113 -,060 ,505 ,961PP-Me Final 20 ,121 ,104 -,121 ,542 ,931SN-PP Inicial 20 ,146 ,146 -,125 ,655 ,785SN-PP Final 20 ,120 ,120 -,055 ,537 ,936SN.GoMe Inicial 20 ,241 ,241 -,119 1,077 ,196SN.GoMe Final 20 ,195 ,195 -,125 ,871 ,434PP.GoMe Inicial 20 ,138 ,138 -,085 ,616 ,842PP.GoMe Final 20 ,119 ,119 -,073 ,534 ,938PP.CsAs Inicial 20 ,194 ,194 -,083 ,868 ,439PP.CsAs Final 20 ,132 ,114 -,132 ,590 ,877I.PP Inicial 20 ,209 ,108 -,209 ,935 ,346I.PP Final 20 ,165 ,108 -,165 ,736 ,651
84
Resultados
5.2. Análise do Erro do Método
Para a análise do erro do método, foram estudadas as diferenças entre as
mensurações obtidas em dois conjuntos diferentes de cefalogramas das mesmas
telerradiografias, que foram selecionadas aleatoriamente, sendo correspondentes a
50% da amostra. Isto foi realizado, considerando-se as telerradiografias iniciais e
finais. O segundo conjunto de cefalogramas foi realizado num intervalo de 15 dias,
entre o primeiro conjunto e o segundo. Assim, o objetivo desta análise foi verificar
para quais variáveis houve diferença estatisticamente significante entre as medidas
realizadas a partir da mesma telerradiografia, mas em tempos diferentes.
Para a constatação do erro do método intra-examinador, de caráter
sistemático, foi realizado o teste de correlação intraclasse em que, valores de
correlação próximos a 1, indicam a existência de repetição do procedimento. Foram
considerados valores abaixo de 0,8 como erros estatisticamente significantes. Desta
forma, verificou-se na tabela 5.2 (p.86) que 2 variáveis apresentaram erro
sistemático estatisticamente significante (PP-Me e S-Go). Contudo, do total das 16
variáveis analisadas, 94% apresentaram confiabilidade, indicando uma alta
correlação entre as duas medições realizadas.
85
Resultados
TABELA 5.2 – Correlação Intraclasse de Cada Variável nos Tempos Inicial e Final.
Variáveis Correlação intraclasse
Intervalo de confiança de 95%Limite inferior
Limite superior
F p
C6-PP Inicial 0,9735 0,9035 0,9933 74,58 0,000C6-PP Final 0,9133 0,7076 0,9774 22,07 0,000M-Ais Inicial 0,9186 0,7236 0,9788 23,56 0,000M-Ais Final 0,9888 0,9584 0,9972 177,95 0,000M-Iis Inicial 0,9885 0,9574 0,9971 173,65 0,000M-Iis Final 0,9857 0,9469 0,9964 138,52 0,000M-Cs Inicial 0,9692 0,8885 0,9921 64,00 0,000M-Cs Final 0,9749 0,9084 0,9936 78,69 0,000M-As Inicial 0,945 0,807 0,9858 35,39 0,000M-As Final 0,9399 0,7904 0,9845 32,28 0,000S-Go Inicial 0,7528 0,3047 0,9313 7,09 0,003S-Go Final 0,9476 0,8154 0,9865 37,16 0,000N-Me Inicial 0,9892 0,9599 0,9973 184,91 0,000N-Me Final 0,9926 0,9725 0,9981 270,90 0,000Ena-SN Inicial 0,9645 0,8721 0,9909 55,30 0,000Ena-SN Final 0,9381 0,7846 0,984 31,31 0,000Enp-SN Inicial 0,9735 0,9 33 0,9932 74,38 0,000Enp-SN Final 0,9885 0,9572 0,9971 172,85 0,000PP-Go Inicial 0,8403 0,5061 0,9572 11,52 0,000PP-Go Final 0,921 0,7311 0,9795 24,32 0,000PP-Me Inicial 0,9914 0,9677 0,9978 230,30 0,000PP-Me Final 0,7163 0,2311 0,9199 6,05 0,005SN-PP Inicial 0,9087 0,6937 0,9761 20,90 0,000SN-PP Final 0,9253 0,7442 0,9806 25,77 0,000SN.GoMe Inicial 0,9667 0,8797 0,9915 59,05 0,000SN.GoMe Final 0,9608 0,8596 0,99 50,07 0,000PP.GoMe Inicial 0,965 0,874 0,9911 56,21 0,000PP.GoMe Final 0,9694 0,8889 0,9922 64,27 0,000PP.CsAs Inicial 0,9341 0,7719 0,983 29,36 0,000PP.CsAs Final 0,9107 0,6997 0,9767 21,39 0,000I.PP Inicial 0,9724 0,8995 0,993 71,45 0,000I.PP Final 0,9281 0,7531 0,9814 26,83 0,000
86
Resultados
5.3. Análise dos Efeitos da Distalização dos Molares
Superiores
As alterações esqueléticas e dentárias, sagitais e verticais decorrentes da
distalização dos molares superiores com a placa de Cetlin, associada à ancoragem
extrabucal cérvico-occipital, foram avaliadas por meio da análise das
telerradiografias em norma lateral convencional nas fases inicial e final. Para tanto,
foram obtidas as médias das grandezas cefalométricas estudadas. Para a
verificação dos efeitos promovidos pela terapia distalizadora com a placa de Cetlin,
associada à ancoragem extrabucal, empregou-se o teste t para dados pareados,
como constam nas tabelas a seguir (5.3 a 5.18).
87
Resultados
TABELA 5.3 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável C6-PP – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
C6-PP Inicial 20,57 2,58371C6-PP Final 20,34 2,51811
0,81 0,429
Não significante ao nível crítico de 5%
17,518
18,519
19,520
20,521
21,522
mm
Variável C6-PP
C6-PP Inicial C6-PP Final
FIGURA 5.1 – Gráfico da Variável C6-PP Durante as Fases Inicial e Final.
88
Resultados
TABELA 5.4 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Ais – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
M-Ais Inicial 46,63 3,76684M-Ais Final 47,02 4,05437
-0,81 0,430
Não significante ao nível crítico de 5%
4344454647484950
mm
Variável M-Ais
M-Ais Inicial M-Ais Final
FIGURA 5.2 – Gráfico da Variável M-Ais Durante as Fases Inicial e Final.
89
Resultados
TABELA 5.5 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Iis – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
M-Iis Inicial 60,99 5,83037M-Iis Final 62,69 5,63243
-5,05 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
54565860626466
mm
Variável M-Iis
M-Iis Inicial M-Iis Final
FIGURA 5.3 – Gráfico da Variável M-Iis Durante as Fases Inicial e Final.
90
Resultados
TABELA 5.6 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-Cs – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
M-Cs Inicial 16,59 4,55942M-Cs Final 13,14 4,85856
6,68 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
1011121314151617181920
mm
Variável M-Cs
M-Cs Inicial M-Cs Final
FIGURA 5.4 –Gráfico da Variável M-Cs Durante as Fases Inicial e Final.
91
Resultados
TABELA 5.7 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável M-As – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
M-As Inicial 20,11 3,08498M-As Final 17,66 3,83219
5,21 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
1516171819202122
mm
Variável M-As
M-As Inicial M-As Final
FIGURA 5.5 – Gráfico da Variável M-As Durante as Fases Inicial e Final.
92
Resultados
TABELA 5.8 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável S-Go – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão Teste t P
S-Go Inicial 73,49 4,89457S-Go Final 76,22 5,15519
-6,14 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
70717273747576777879
mm
Variável S-Go
S-Go Inicial S-Go Final
FIGURA 5.6 – Gráfico da Variável M-As Durante as Fases Inicial e Final.
93
Resultados
TABELA 5.9 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável N-Me – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
N-Me Inicial 113,19 7,89165N-Me Final 117,50 8,50900
-7,88 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
108110112114116118120122
mm
Variável N-Me
N-Me Inicial N-Me Final
FIGURA 5.7 – Gráfico da Variável N-Me Durante as Fases Inicial e Final.
94
Resultados
TABELA 5.10 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável Ena-SN – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
Ena-SN Inicial 49,15 3,25555Ena-SN Final 50,98 3,69352
-3,02 0,007
Significante ao nível crítico de 1%
47484950515253
mm
Variável Ena-SN
Ena-Sn Inicial Ena-Sn Final
FIGURA 5.8 – Gráfico da Variável Ena-SN Durante as Fases Inicial e Final.
95
Resultados
TABELA 5.11 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável Enp-SN – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
Enp-SN Inicial 45,52 3,02971Enp-SN Final 46,73 3,60619
-4,14 0,001
Significante ao nível crítico de 1%
4444,5
4545,5
4646,5
4747,5
4848,5
49
mm
Variável Enp-SN
Enp-SN Inicial Enp-SN Final
FIGURA 5.9 – Gráfico da Variável Enp-SN Durante as Fases Inicial e Final.
96
Resultados
TABELA 5.12 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP-Go – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão Teste t P
PP-Go Inicial 28,65 5,09568PP-Go Final 30,62 5,41805
-3,50 0,002
Significante ao nível crítico de 1%
25262728293031323334
mm
Variável PP-Go
PP-Go Inicial PP-Go Final
FIGURA 5.10 – Gráfico da Variável PP-Go Durante as Fases Inicial e Final.
97
Resultados
TABELA 5.13 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP-Me – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
PP-Me Inicial 62,90 5,79121PP-Me Final 64,16 8,04350
-1,30 0,208
Não significante ao nível crítico de 5%
60616263646566676869
mm
Variável PP-Me
PP-Me Inicial PP-Me Final
FIGURA 5.11 – Gráfico da Variável PP-Me Durante as Fases Inicial e Final.
98
Resultados
TABELA 5.14 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável SN.PP – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
SN.PP Inicial 5,00 3,1829SN.PP Final 5,82 3,54175
-1,48 0,156
Não significante ao nível crítico de 5%
33,5
44,5
55,5
66,5
77,5
8
graus
Variável SN.PP
SN.PP Inicial SN.PP Final
FIGURA 5.12 – Gráfico da Variável SN.PP Durante as Fases Inicial e Final.
99
Resultados
TABELA 5.15 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável SN.GoMe – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
SN.GoMe Inicial 33,14 5,05217SN.GoMe Final 33,94 4,47250
-2,40 0,027
Significante ao nível crítico de 5%
3031323334353637
graus
Variável SN.Go-Me
SN.Go-Me Inicial SN.Go-Me Final
FIGURA 5.13 – Gráfico da Variável SN.GoMe Durante as Fases Inicial e Final.
100
Resultados
TABELA 5.16 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP.GoMe – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão Teste t P
PP.GoMe Inicial 28,92 5,57220PP.GoMe Final 28,90 6,19804
0,05 0,962
Não significante ao nível crítico de 5%
252627282930313233
graus
Variável PP.Go-Me
PP.Go-Me Inicial PP.Go-Me Final
FIGURA 5.14 – Gráfico da Variável PP.GoMe Durante as Fases Inicial e Final.
101
Resultados
TABELA 5.17 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável PP.CsAs – Teste t
Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
PP.CsAs Inicial 66,13 6,98523PP.CsAs Final 62,05 5,97940
2,52 0,021
Significante ao nível crítico de 5%
58606264666870
graus
Variável PP.Cs-As
PP.Cs-As Inicial PP.Cs-As Final
FIGURA 5.15 – Gráfico da Variável PP.CsAs Durante as Fases Inicial e Final.
102
Resultados
TABELA 5.18 – Comparação Entre as Fases Inicial e Final da Variável I.PP – Teste t Pareado.
Variável Média Desvio Padrão t P
I.PP Inicial 114,80 7,91892I.PP Final 119,15 7,52178
-5,01 0,000
Significante ao nível crítico de 1%
110112114116118120122124
graus
Variável I.PP
I.PP Inicial I.PP Final
FIGURA 5.16 – Gráfico da Variável I.PP Durante as Fases Inicial e Final.
103
Resultados
Verificou-se, por meio do teste t para dados pareados, que a mecanoterapia
empregada (placa de Cetlin, associada à ancoragem extrabucal cérvico-occipital)
promoveu, principalmente efeitos dentoalveolares, sem efeitos esqueléticos
significantes. Os incisivos superiores protruíram de forma estatisticamente
significante, em média, 1,7 mm (variável M-Iis), além de inclinarem para vestibular
(variável I.PP), em média 4,35o, significante estatisticamente.
Já os primeiros molares superiores distalizaram 3,45 mm, em média, quando
esta distalização foi mensurada pela coroa (M-Cs) e 2,45 mm, em média, quando as
referências utilizadas foram as raízes (M-As), ou seja, houve uma suave inclinação
das coroas para distal (visto que as coroas e as raízes não distalizaram na mesma
magnitude); fato confirmado por meio da variável PP.CsAs, que demonstrou uma
inclinação para distal dos primeiros molares superiores, em média de 4,08º,
estatisticamente significante. Apesar desta inclinação para distal, os molares
permaneceram estáveis no sentido vertical, pois a variável C6-PP não demonstrou
diferença estatisticamente significante no período estudado.
A maxila não sofreu qualquer alteração rotacional devido à mecanoterapia
empregada, pois as medidas lineares Ena-SN e Enp-SN aumentaram em média
1,83 mm e 1,21 mm, respectivamente, ou seja, com valores muito próximos entre si,
provavelmente sem qualquer alteração rotacional. Este fato foi comprovado pela
grandeza SN.PP, que não apresentou significância estatística.
Com relação às alturas faciais, observou-se um aumento estatisticamente
significante, tanto da altura facial total posterior (variável S-Go) de 2,73 mm, como
da altura facial total anterior (variável N-Me) de 4,31 mm, em média.
Já a mandíbula demonstrou uma rotação no sentido horário, estatisticamente
significante, em média de 0,8º, representada pela variável SN.GoMe, corroborando
104
Resultados
com um maior aumento da altura facial total anterior (N-Me) em relação à posterior
(S-Go).
Todavia, as variáveis lineares PP-Go e PP-Me mostraram uma discreta rotação
mandibular no sentido anti-horário, pois a medida PP-Go apresentou um ligeiro
aumento após a terapia empregada, de 1,97 mm, enquanto que a medida PP-Me
não demonstrou qualquer alteração estatisticamente significante. Também no intuito
desta avaliação, foi utilizada a medida angular PP.GoMe, porém seu resultado
permaneceu inalterado e sem significância estatística, finalmente elucidando que a
terapia distalizadora de Cetlin não foi capaz de alterar a mandíbula se comparada à
maxila.
105
Discussão
6. DISCUSSÃO
isando a uma melhor interpretação e discussão dos resultados obtidos neste
estudo, julga-se de fundamental importância realizar inicialmente alguns
comentários sobre a amostra e a metodologia empregada e, posteriormente, discutir
as alterações esqueléticas e dentárias decorrentes da distalização dos molares
superiores com a utilização da placa distalizadora de Cetlin, associada à ancoragem
extrabucal cérvico-occipital. Dessa forma, dividiu-se o capítulo em:
V
6.1. Precisão da Metodologia;
6.2. Considerações Sobre a Amostra;
6.3. Considerações Sobre a Mecânica Empregada;
6.4. Efeitos Esqueléticos e Dento-Alveolares Promovidos Pela Placa de
Cetlin Associada à Ancoragem Extrabucal Cérvico-Occpital;
6.5. Considerações Clínicas.
107
Discussão
6.1. Precisão da Metodologia
Este estudo foi realizado seguindo-se criteriosamente a metodologia já
descrita, iniciando-se com o cumprimento dos critérios para seleção da amostra.
Para a padronização da técnica radiográfica, as telerradiografias em norma
lateral foram obtidas sempre pelo mesmo operador em um mesmo aparelho
radiográfico.
A construção dos aparelhos ortodônticos, tanto nas fases laboratoriais e
clínicas como as suas ativações, foram executadas pelo mesmo aluno do curso de
Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração Ortodontia da Universidade
Metodista de São Paulo, supervisionados pelo professor orientador.
As telerradiografias em norma lateral foram tomadas ao início e após a
obtenção de uma relação molar de Classe I, com sobrecorreção aproximada de
1mm, que propiciaram a avaliação dos efeitos causados pela mecanoterapia
empregada.
Para analisar o erro do método, foram escolhidos, aleatoriamente, dez
pacientes, o que correspondia a 50% da amostra. Para esses pacientes
selecionados, realizou-se um novo conjunto de cefalogramas, envolvendo as fases
inicial e final do experimento, quinze dias após a obtenção do primeiro conjunto de
cefalogramas. De posse das medidas provenientes desses dois conjuntos de
cefalogramas, foi realizado o teste estatístico da correlação intraclasse, tendo sido
verificado que do total de 16 variáveis analisadas (Tabela 5.1), 94% delas
apresentaram um coeficiente de correlação acima de 0,8, ou seja, indicando a
existência de repetição do procedimento, de forma estatisticamente significante.
108
Discussão
6.2. Considerações Sobre a Amostra
A má oclusão de Classe II apresenta uma alta prevalência na população, como
comprovado por (SILVA FILHO et al.76, 1989), em 1989, em que 42% das crianças
dos 9 aos 11 anos apresentavam esta má oclusão.
Esta má oclusão relativamente freqüente na população, tem despertado o
interesse de muitos pesquisadores na elaboração de formas alternativas de
tratamento, como pode ser visto nas inúmeras citações, (CETLIN e TEN HOEVE17,
1983); (TEN HOEVE78, 1985); (FERRO et al.25, 2000); (WILSON85, 1978);
(GIANELLY29, 1988); (GIANELLY et al.30, 1991); (HILGERS38, 1992); (SFONDRINI et
al.75, 2002); (MARCHI et al.45, 2003).
O sucesso de um tratamento que atenda às necessidades do paciente
depende fundamentalmente de um diagnóstico diferencial que defina a participação
dos componentes envolvidos, sejam dentários e/ou esqueléticos. Na sua maioria, os
estudos verificam a posição ântero-posterior da maxila e mandíbula, além das
alterações verticais nos indivíduos com má oclusão de Classe II.
Quanto à posição esquelética da maxila em relação à base craniana, as
constatações são divergentes. Alguns pesquisadores relatam uma maior prevalência
de protrusão; (ANDERSON1, 1946); (MARTIN46, 1958); (MAJ e LUCCHESE43, 1960);
(SASSOUNI72, 1969); (ROTHSTEIN69, 1971); (VALE82, 1985); (ROSENBLUM67,
1995); (BACCETTI et al.6, 1997); (ROTHSTEIN et al.68, 2000), outros observaram a
maxila bem posicionada, (RIEDEL63, 1952); (McNAMARA Jr48, 1981); (GUEGEl et
al.33, 2000); (BERTOZ et al.10, 2003); (SANTOS70, 2003).
No presente estudo, os pacientes selecionados apresentavam, em média, a
maxila protruída em relação à base craniana (Apêndice B), corroborando com
109
Discussão
grande parte dos autores (HENRIQUES et al.34, 1998); (RIESMEIJER et al.64, 2004);
(SARHAN; HASHIM71, 1994).
Quanto à posição mandibular, a maioria dos autores relata uma maior
prevalência de retrusão em relação à base do crânio; (RIEDEL63, 1952); (MARTIN46,
1958); (SASSOUNI72, 1969); (McNAMARA Jr48, 1981); (BACCETTI et al.6, 1997);
(HENRIQUES et al.34, 1998); (GURGEL et al.33, 2000); (BRANDÃO et al.14, 2001);
(BERTOZ et al.10, 2003); (SANTOS70, 2003). Contudo, outros estudos relataram um
posicionamento mandibular normal; (ANDERSON1, 1946); (ROTHSTEIN68, 1971);
(ROSENBLUM67, 1995); (ROTHSTEIN et al.69, 2000).
Os pacientes pertencentes a esta amostra apresentaram um padrão favorável
para que o tratamento fosse realizado pela distalização dos molares superiores, pois
os valores médios referentes à mandíbula descartam deficiências significantes.
(Apêndice B)
Entretanto, essa mecanoterapia tem a sua indicação também diante de casos
de protrusão esquelética ou dentoalveolar da maxila ou mesmo em casos de
apinhamentos anteriores suaves, assim como em situações clínicas em que não é
permissível a realização de exodontias de dentes superiores ou a utilização de
aparelhos protrusores mandibulares, (CETLIN e TEN HOEVE17, 1983); (FERRO et
al.25, 2000).
Portanto, as características da má oclusão de Classe II dos pacientes,
pertencentes à amostra desse estudo, demonstraram que a distalização dos
primeiros molares superiores poderia ser uma opção favorável para o tratamento e
correção da relação oclusal.
110
Discussão
6.3. Considerações Sobre a Mecânica Empregada
A terapia com a placa distalizadora descrita por (CETLIN e TEN HOEVE17,
1983) visa à correção de apinhamentos dentários e protrusão da maxila nas más
oclusões de Classe I e II de Angle, sem a necessidade de exodontias. Os autores
buscavam ganho de espaço com a distalização dos primeiros molares superiores,
preservando a ancoragem anterior (representada pelos incisivos, caninos e pré-
molares superiores), sem efeitos adversos sobre o crescimento craniofacial.
Dessa forma, (FERRO et al.25, 2000) relataram uma significante limitação do
crescimento maxilar para anterior, com o uso da placa distalizadora de Cetlin
associada ao aparelho extrabucal cervical e consideraram a técnica eficaz e
confiável, necessitando, talvez, de uma padronização das forças aplicadas.
SFONDRINI et al.75(2002), no que diz respeito à terapia distalizadora de Cetlin,
considerou que esta dissociação de forças distalizadoras na maxila tornaria o
planejamento e a execução mais difíceis, além de uma possível perda de
ancoragem anterior. Entretanto, apesar da aplicação de mais uma força (proveniente
do aparelho extrabucal) poder tornar o planejamento mais complexo, cabe ressaltar
que a ancoragem extrabucal é uma ferramenta de grande utilidade na Ortodontia e
Ortopedia Facial, (MALTAGLIATI44, 1997); HENRIQUES et al.35, 1999); (BILLET et
al.11, 2001) e são diversas as suas associações a outros dispositivos. Há inúmeros
estudos relacionados à biomecânica e ao uso da ancoragem extrabucal, desde os
trabalhos mais antigos, (CUCALON22, 1955); (GOULD32, 1957); (ARMSTRONG4,
1971); (RICKETTS62, 1960); (WIESLANDER83, 1963); (POULTON58, 1967);
(SCANAVINI73, 1976); (THUROW79, 1979), até estudos mais atuais, como os de
(TURNER80, 1991); (TANNE et al.77, 1993); (UÇËM e YUKSEL81, 1998); (BILLET et
111
Discussão
al.11, 2001); (ASHMORE5, 2002); (SCANAVINI et al.74, 2003); (NAHÁS51, 2004);
(RAMOS e LIMA60, 2005). Segundo alguns autores, (KLOEN41, 1961); (BARTON8,
1972); (MELDRUN49, 1975); (NICOLAI54, 1985), respeitados os princípios biológicos
(magnitude das forças necessárias para movimentação dentária sem danos ao
ligamento periodontal, tecidos ósseo e dentários) e mecânicos (pontos e direções de
aplicação das forças), essas forças extrabucais aplicadas sobre os molares podem
ser efetivamente previstas, controladas e utilizadas de forma segura e eficiente
clinicamente. Estudos como os de (CHACONAS et al.18, 1976); (TURNER80, 1991);
(BURKE; JACOBSON16, 1992); (YOSHIDA et al.86, 1995); (UÇËM E YUKSEL81,
1998); (BILLET et al.11, 2001), demonstraram as forças resultantes de cada tipo de
tração. Trabalhos como os de (WIESLANDER83, 1974); (MELSEN e DALSTRA50,
2003) mostraram que os resultados do tratamento realizado por meio da ancoragem
extrabucal apresentaram uma estabilidade satisfatória a longo prazo.
Com relação à associação da ancoragem extrabucal com a placa de Cetlin,
(MARCHI et al.45, 2003) publicaram um relato de um caso clínico tratado, em que foi
utilizada esta técnica com resultados satisfatórios, assim como os resultados de
(FERRO et al.25, 2000), que, embora tendo obtido resultados bastante variáveis com
o uso da placa de Cetlin, associada à ancoragem extrabucal, tração cervical,
consideraram a técnica eficaz e confiável, porém, necessitando talvez de uma
padronização nas forças aplicadas. Essa padronização deverá acontecer com o
adequado conhecimento da biomecânica da movimentação ortodôntica, cuja
importância foi ressaltada por (GOULD32, 1957); (ARMSTRONG4, 1971);
(CONTASTI e LEGAN20, 1982); (TURNER80, 1991) e (SCANAVINI et al.74, 2003).
112
Discussão
6.4. Efeitos Esqueléticos e Dento-Alveolares Promovidos Pela Placa de Cetlin, Associada à Ancoragem Extrabucal Cérvico-Occpital
A placa de Cetlin, associada à ancoragem extrabucal, tração cérvico-occipital,
promoveram vários efeitos esqueléticos e dentoalveolares nos pacientes do
presente estudo. Para um melhor entendimento e compreensão dos resultados, as
variáveis utilizadas serão discutidas individualmente.
6.4.1. Variável C6-PP
O comportamento vertical dos primeiros molares superiores foi verificado no
aspecto coronário pela alteração da cúspide mésio-vestibular, representada pelo
ponto C6, tendo como referência o plano palatino (PP). Os resultados do teste t
pareado, apresentados na Tabela 5.3 (p.88), não foram estatisticamente
significantes, embora as alterações nos valores médios de C6-PP entre as fases
inicial e final diminuíram discretamente 0,23mm, como observados na Figura 5.1.
Esta estabilidade vertical dos molares superiores durante a sua distalização,
por meio da ancoragem extrabucal, tração cérvico-occipital, já era esperada, visto
que a direção da força resultante, proporcionada por este aparelho, coincide com o
centro de resistência do primeiro molar superior, não promovendo, assim, extrusão
ou intrusão significativa deste dente, corroborando com (INTERLANDI39, 1969);
ARMSTRONG4, 1971); (CONTASTI e LEGAN20, 1982); (NICOLAI54, 1985);
(DERMAUT et al.23, 1986); (TURNER80, 1991); (FIROUZ et al.27, 1992); (SCANAVINI
113
Discussão
et al.74, 2003); (NAHÁS51, 2004). Esta estabilidade no sentido vertical é bastante
importante, principalmente em pacientes, com padrão de crescimento equilibrado ou
com tendência suavemente vertical, a fim de não aumentar a altura facial ântero-
inferior, o que seria bastante anti estético para estes pacientes.
6.4.2. Variável M-Iis
As alterações sagitais no posicionamento da coroa dos incisivos centrais
superiores foram verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto
cefalométrico Iis (incisal do incisivo central superior) à vertical M, representadas pela
variável M-Iis. Os valores médios de M-Iis, apresentados na Tabela 5.5 (p.90) e
ilustrados na Figura 5.3 (p.90), demonstraram um aumento após a terapia
distalizadora de 1,7 mm, em média, e com significância estatística, entre as fases
inicial e final, respectivamente. Este foi em efeito adverso promovido pela
distalização dos molares superiores com a placa de Cetlin, o que indicou uma
protrusão dos incisivos superiores, devido a perda de ancoragem anterior,
concordando com os resultados obtidos por (CETLIN e TEN HOEVE17, 1983); (TEN
HOEVE78, 1985); (FERRO et al.25, 2000); (SFONDRINI et al.75 2002).
6.4.3. Variável I.PP
A inclinação dos incisivos centrais superiores em relação ao Plano Palatino
(PP) foi avaliada cefalometricamente neste estudo pela medida angular I.PP que
114
Discussão
foram obtidas pela mensuração do ângulo formado pela linha que une os pontos Iis
e Ais (longo eixo dos incisivos centrais superiores) e o Plano Palatino (Ena e Enp).
Os valores médios de I.PP apresentados na Tabela 5.18 (p.103) e ilustrados na
Figura 5.16 (p.103), demonstraram que os incisivos centrais superiores inclinaram
para vestibular em média, 4,35º, de forma estatisticamente significante, sendo um
efeito adverso da distalização dos primeiros molares superiores com a placa de
Cetlin, representando a perda de ancoragem anterior, concordando com os
resultados de (FERRO et al.25, 2000).
6.4.4. Variável M-Ais
As alterações sagitais no posicionamento do ápice dos incisivos centrais
superiores foram verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto
cefalométrico Ais (ápice do incisivo central superior) à vertical M, representadas pela
variável M-Ais. Os valores médios de M-Ais apresentados na Tabela 5.4 (p.89), não
demonstraram significância estatística entre as fases inicial e final, ou seja, apesar
da ocorrência de perda de ancoragem anterior, devido à inclinação para vestibular
dos incisivos superiores, estatisticamente significante, esta não foi tão acentuada a
ponto de promover um movimento para anterior de corpo dos incisivos superiores.
115
Discussão
6.4.5. Variável M-Cs
As alterações sagitais no posicionamento das coroas dos 1os molares
superiores foram verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto
cefalométrico Cs (ponto localizado na coroa dos 1os molares superiores da maior
convexidade distal) à vertical M, representadas pela variável M-Cs. Os valores
médios de M-Cs apresentados na Tabela 5.6 (p.91) e ilustrados através da Figura
5.4 (p.91), demonstraram uma diminuição estatisticamente significante entre as
fases inicial e final. Isto se deveu à distalização das coroas dos molares superiores,
em média, de 3,45mm e conseqüente maior proximidade com a linha M,
demonstrando eficiência na distalização dos 1os molares superiores pela mecânica
empregada. Os resultados obtidos foram próximos aos de (FERRO et al.25, 2000)
que descreveram uma distalização do molar superior de 3,61mm, em um período
médio de observação de 13 meses.
6.4.6. Variável M-As
As alterações sagitais no posicionamento das raízes dos 1os molares superiores
foram verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto cefalométrico
As (ápice da raiz disto vestibular dos 1os molares superiores) à vertical M,
representadas pela variável M-As. Os valores médios de M-As apresentados na
Tabela 5.7 (p.92) e ilustrados pela Figura 5.5 (p.92) , demonstraram uma diminuição
estatisticamente significante entre as fases inicial e final do tratamento. Essa
diminuição deveu-se à distalização efetiva média de 2,45mm das raízes dos 1os
116
Discussão
molares superiores e conseqüente maior proximidade com a linha M. Assim,
verificou-se que houve distalização das raízes como também das coroas dos
primeiros molares superiores, contudo, observando os valores referentes às coroas
e às raízes dos 1os molares superiores, conclui-se que as coroas distalizaram mais
em relação aos ápices dos mesmos, sugerindo uma possível inclinação para distal
desses dentes.
6.4.7. Variável PP.CsAs
A inclinação dos 1os molares superiores com relação ao Plano Palatino (PP) foi
avaliada cefalometricamente pela medida angular PP.CsAs. Os valores médios da
grandeza angular PP.CsAs encontram-se expostos na Tabela 5.17 (p.102) e
ilustrados na Figura 5.15 (p.102). Observou-se uma diminuição deste ângulo,
estatisticamente significante, demonstrando uma inclinação para distal média de
4,08o da coroa dos primeiros molares superiores, corroborando com Ferro et
al.25(2000). A distoinclinação dos 1os molares superiores deveu-se talvez ao curto
tempo de observação, que provavelmente foi insuficiente para a verticalização das
raízes dos 1os molares superiores com o uso do aparelho extrabucal, ou ainda, a
uma angulação entre o braço interno e externo do arco facial do aparelho extrabucal
inferior aos valores necessários para que a resultante das forças aplicadas
possibilitassem um movimento de translação dos molares distalizados com o uso
desta mecanoterapia. A ação de mais um vetor de força aplicado nas coroas dos 1os
molares superiores devido ao uso integral da placa de Cetlin e ao menor tempo de
uso diário da ancoragem extrabucal, somente por 12 h/dia proporcionou uma maior
concentração de forças agindo nas coroas. Essa ação das forças resultantes poderia
ser compensada pelo aumento do tempo de uso da ancoragem extrabucal ou pela
117
Discussão
elevação do braço externo do arco facial em relação ao braço interno. Além disso,
mesmo com o uso somente do aparelho extrabucal, há uma inclinação para distal
dos molares distalizados, (ARMSTRONG4, 1971), (YOSHIDA et al.86, 1995).
Entretanto, (SFONDRINI et al.75, 2002) já haviam relatado as dificuldades no
monitoramento de dois vetores de força incidentes nas coroas dos 1os molares
superiores, um pela ação da ancoragem extrabucal e outro pela placa de Cetlin.
6.4.8. Variável S-Go
A distância linear do ponto S (Sela) ao ponto Go (Gônio) corresponde à altura
facial total posterior. Os valores médios de S-Go apresentados na Tabela 5.8 (p.93)
e elucidados na Figura 5.6 (p.93), demonstraram um aumento médio de 2,73mm,
estatisticamente significante, entre as fases inicial e final da distalização dos 1os
molares superiores. Esse aumento da altura facial total posterior provavelmente se
deveu ao próprio crescimento craniofacial no sentido vertical, inerente ao paciente,
visto que não houve qualquer alteração vertical significativa nos molares superiores.
6.4.9. Variável N-Me
A distância linear do ponto N (Násio) ao ponto Me (Mentoniano) representa a
altura facial total anterior e foi avaliada pela grandeza linear N-Me. Conforme os
dados evidenciados pela tabela 5.9 (p.94) e ilustrados pela Figura 5.7 (p.94), houve
um aumento, estatisticamente significante, da altura facial total anterior de 4,31mm,
em média, entre as fases inicial e final. Provavelmente, este aumento deveu-se ao
crescimento craniofacial no sentido vertical.
118
Discussão
6.4.10. Variável SN.GoMe
A grandeza SN.GoMe mensurou as alterações verticais mandibulares em
relação à base do crânio após a distalização dos 1os molares superiores. Os valores
médios de SN.GoMe encontram-se dispostos na Tabela 5.15 (p.100) e são
ilustrados na Figura 5.13 (p.100). Embora os resultados apresentem valores
próximos entre as médias, houve um discreto aumento de 0,8o (grau) neste ângulo,
de forma estatisticamente significante, ou seja, verificou-se uma rotação mandibular
no sentido horário, apesar da estabilidade vertical dos primeiros molares superiores
distalizados. (FERRO et al.25, 2000) descreveu uma rotação de 1o (grau) da medida
SN.GoMe, atribuída a uma diferença individual entre os tipos faciais.
6.4.11. Variável Ena-SN
As alterações no posicionamento vertical da maxila em relação à base do
crânio foram verificadas pela distância linear Ena-SN. Observando-se a Tabela 5.10
(p. 95), verifica-se um discreto aumento da distância linear Ena-SN, ilustrada pela
Figura 5.8 (p.95), constatando-se que a diferença entre as médias dos tempos inicial
e final foi estatisticamente significante, sugerindo uma pequena alteração da porção
anterior da maxila. Isto ocorreu provavelmente devido ao próprio crescimento
craniofacial no sentido vertical, inerente aos pacientes.
119
Discussão
6.4.12. Variável Enp-SN
A distância linear Enp-SN foi avaliada pela projeção ortogonal do ponto
cefalométrico Enp (espinha nasal posterior) à linha SN (base do crânio), de forma a
detectar alterações no posicionamento vertical da maxila (porção posterior) durante
as fases estudadas. Na Tabela 5.11 (p.96), observam-se alterações semelhantes
àquelas descritas para a variável Ena-SN, isto é, foi verificado um ligeiro aumento
desta grandeza linear, também estatisticamente significante, ilustrado na Figura 5.9
(p.96) Comparando os resultados desta grandeza com a medida anterior (Ena-SN),
verificou-se aumentos muito próximos entre elas, sugerindo que ambas as
alterações sejam decorrentes do crescimento craniofacial vertical normal. Além
disso, pode-se concluir que a mecanoterapia empregada não promoveu qualquer
alteração rotacional da maxila em relação à base do crânio, fato corroborado por
(TURNER97, 1991); (BURKE;JACOBSON16, 1992); (HENRIQUES et al.35, 1999);
(NAHÁS51, 2004).
6.4.13. Variável SN.PP
A inclinação do plano palatino em relação à base do crânio também foi
mensurada pela grandeza angular SN.PP. A Tabela 5.14 (p.99), ilustrada pela
Figura 5.12 (p.99) apresentam valores médios desta variável durante as fases
estudadas, porém sem demonstrarem significância estatística entre elas. Assim, foi
demonstrado que o plano palatino não sofreu nenhuma rotação entre as fases inicial
e final da distalização dos molares superiores em relação à base do crânio, em
120
Discussão
concordância com as alterações provenientes das variáveis Ena-SN e Enp-SN, e
com os resultados observados por (FERRO et al.25, 2000), apesar da utilização da
tração cervical em seu experimento.
6.4.14. Variável PP-Go
Por meio da distância linear PP-Go, obtida pela projeção ortogonal do ponto
cefalométrico Go (gônio) ao Plano Palatino (PP), verificaram-se as alterações no
posicionamento vertical posterior da mandíbula em relação à maxila, durante as
fases estudadas. A Tabela 5.12 (p.97) ilustrada pela Figura 5.10(p.97) demonstrou
um aumento de 1,97mm, estatisticamente significante, entre as fases iniciais e após
a distalização dos 1os molares superiores, sugerindo que a mandíbula sofreu
alteração vertical em relação ao Plano Palatino.
6.4.15. Variável PP-Me
As alterações verticais anteriores da mandíbula em relação à maxila foram
verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto cefalométrico Me
(Mentoniano) ao Plano Palatino (PP), representadas pela variável PP-Me. De acordo
com o teste t pareado, representado na Tabela 5.13 (p.98), não houve diferença
estatisticamente significante entre as médias dos diferentes tempos para esta
variável. Assim, verifica-se que, associado ao aumento estatisticamente significante
observado na variável PP-Go, pode-se concluir que houve uma discreta rotação no
121
Discussão
sentido anti-horário da mandíbula em relação ao Plano Palatino, em decorrência,
provavelmente da ancoragem extrabucal empregada, que não causou extrusão dos
1os molares superiores distalizados, comprovado pela variável C6-PP apresentada
pela Tabela 5.3 (p.88). Esse resultado demonstrou que a ancoragem extrabucal,
tração cérvico-occipital, foi eficiente com relação ao controle vertical dos molares e
da rotação mandibular. Contudo, observa-se que, segundo a variável SN.GoMe,
houve rotação mandibular horária, contrariamente ao presente resultado.
Provavelmente isto ocorreu devido aos diferentes planos de referência utilizados por
ambas variáveis (Plano Palatino para PP-Me e PP-Go; e linha SN para SN.GoMe).
6.4.16. Variável PP.GoMe
A possível alteração rotacional do Plano Mandibular foi avaliada também pela
grandeza angular PP.GoMe. Os valores médios para a medida PP.GoMe
encontram-se dispostos na Tabela 5.16 (p.101) e ilustrados na Figura 5.14 (p.101)
demonstrando que não houve diferença estatisticamente significante nas fases
estudadas. Ou seja, de acordo com esta variável, a mandíbula não sofreu nenhuma
rotação, se comparada ao Plano Palatino. Este resultado mostrou-se controverso ao
observado pelas variáveis PP-Go e PP-Me, que demonstraram uma suave rotação
mandibular no sentido anti-horário. Provavelmente, esta rotação mandibular anti-
horária não alcançou significância estatística na variável PP.GoMe, pois esta trata
de uma grandeza angular, e que portanto tende a não detectar alterações de
pequena magnitude. Porém, (FERRO et al.25 2000), encontraram resultados que
diferem quanto ao posicionamento mandibular, pois utilizaram a ancoragem
122
Discussão
extrabucal cervical em seu estudo, o que poderia ter possibilitado um aumento em
suas medidas verticais. Além disso, (CUCALON22, 1955); (MATHEWS47, 1956);
(GOULD32, 1957), (BLUEHER12, 1959); (WIESLANDER83, 1963); (RINGENBERG;
BUTTS65, 1970); (ARMSTRONG4, 1971); (BARTON8, 1972); (WIESLANDER84,
1974); (CHACONAS et al.18, 1976); (THUROW79, 1979); (CONTASTI e LEGAN20,
1982); (NICOLAI54, 1985); (BURKE; JACOBSON16, 1992) descreveram como efeito
inerente ao uso da ancoragem cervical a extrusão dos molares superiores e
conseqüente rotação mandibular no sentido horário.
6.5. Considerações Clínicas
Pelos resultados obtidos nesta pesquisa, verifica-se que houve uma correção
efetiva da relação molar dos pacientes com má oclusão Classe II, 1ª divisão. A placa
de Cetlin foi responsável pela distalização das coroas dos 1os molares superiores e o
aparelho extrabucal, pela distalização das raízes, proporcionando a sua
verticalização. O relacionamento ortodontista-paciente propiciou impacto positivo na
cooperação dos pacientes já que ambos os aparelhos são removíveis, sendo de
fundamental importância para o sucesso da terapia o rigor em seu uso. O alívio
realizado na face palatina da placa acrílica na região dos segundos pré-molares
superiores favoreceu a sua livre distalização (distalização espontânea) e a obtenção
de um bom relacionamento com os dentes antagonistas, favorecendo também a
ancoragem representada pelos dentes posteriores para a retração ântero-superior e
finalização dos casos. O tempo médio de tratamento foi de 6 meses e 28 dias, desde
a instalação do aparelho extrabucal, associado à placa de Cetlin, até a obtenção da
123
Discussão
relação molar de Classe I, com ligeira sobrecorreção aproximada de 1mm. Ocorreu
uma discreta alteração rotacional nos componentes mandibulares, de forma
estatisticamente significante, provavelmente devido ao crescimento normal ou à
seleção da amostra, que não seguiu critérios para seleção com relação ao padrão
esquelético facial dos pacientes. A relação molar normal foi obtida em todos os
pacientes da amostra pela distalização dos 1os molares superiores.
Contudo, na utilização desse protocolo para a correção da má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, o ortodontista deve avaliar a melhor forma de tratamento para
seu paciente, com um diagnóstico preciso das características cefalométricas e
clínicas da má oclusão de Classe II, levando em consideração a queixa principal e a
colaboração do paciente, para que se obtenha um bom resultado. Esse protocolo é
uma forma de tratamento que propicia o comprometimento do paciente e de seus
responsáveis com o ortodontista para obtenção de bons resultados, porém com a
vantagem de se realizar o tratamento sem a necessidade de realização de
exodontias. (COUNIHAN21, 1998); (GIANCOTTI28, 2000) afirmam que o tratamento
sem exodontias poderia propiciar uma maior jovialidade ao perfil do paciente no
futuro, já que os lábios apresentar-se-ão mais evidentes após um tratamento sem
extrações, visto que haverá uma menor movimentação ortodôntica para retração dos
incisivos, conseqüentemente menor chance para as reabsorções radiculares.
Quanto à inclinação para distal dos 1os molares, observada no presente estudo,
esta apresentou-se bastante suave (4,08o) e semelhante àquela encontrada quando
da utilização do aparelho extrabucal somente, (ARMSTRONG4, 1971); (YOSHIDA et
al.86, 1995). Isto representa uma possível maior estabilidade dos molares
distalizados, segundo (GIANELLY31, 1998), que afirmou que molares distalizados,
124
Discussão
mas acentuadamente inclinados para distal, possuem uma alta tendência à recidiva
e à perda de uma quantidade razoável de distalização durante a sua verticalização.
Outro aspecto importante a ser salientado é o controle vertical da mecânica
empregada, ou seja, a não extrusão dos 1os molares superiores durante o
movimento de distalização, tornando este protocolo confiável, principalmente em
pacientes com padrão facial vertical.
125
Conclusões
7. CONCLUSÕES
om base nos resultados obtidos e na metodologia empregada, no que tange
às alterações esqueléticas e dentárias, decorrentes da distalização dos
primeiros molares superiores, com os aparelhos placa de Cetlin, associada à
ancoragem extrabucal cérvico-occiptal, julga-se lícito concluir que:
C
7.1. Em Relação às Alterações Esqueléticas
Em relação à base do crânio, não houve qualquer alteração rotacional da
maxila de forma estatisticamente significante (Ena-SN, Enp-SN e SN.PP).
Em relação à base do crânio, houve uma rotação mandibular no sentido
horário, estatisticamente significante (SN.GoMe). Contudo, quando esta rotação foi
mensurada a partir do plano palatino, observou-se uma rotação no sentido anti-
horário, quando se utilizou de variáveis lineares (PP-Go e PP-Me) e nenhuma
alteração rotacional mandibular estatisticamente significante, empregando-se
variável angular (PP.GoMe).
127
Conclusões
7.2. Em Relação às Alterações Dentárias
Os 1os molares superiores tiveram suas coroas distalizadas 3,45 mm, em
média, e suas raízes, 2,45mm, em média, ou seja, houve uma inclinação para distal
das coroas dos primeiros molares superiores de 4,08º, contudo sem qualquer
alteração vertical estatisticamente significante.
Houve um efeito recíproco da placa de Cetlin sobre a unidade de ancoragem
(dentes anteriores), acarretando em um movimento de inclinação para vestibular dos
incisivos centrais superiores de 4,35º, com a protrusão de 1,7mm das suas coroas.
É possível concluir, com este estudo, que o único efeito indesejável deste
protocolo de tratamento restringiu-se à perda de ancoragem anterior. A técnica foi
eficiente no seu desígnio, mas requer a cooperação do paciente e extremo controle
dos vetores das forças aplicadas sobre os primeiros molares superiores.
128
Referências Bibliográficas
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Graduação em Ortodontia. São Bernardo do Campo, 177p., 2003.
141
Anexos
ANEXO 2
Carta Explicativa
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu____________________________________________________________
RG.__________________CPF__________________Aceito e entendo a
proposta desta pesquisa, dando meu inteiro consentimento,e colaborando para que
o Aluno desta instituição Geraldo Ângelo Antonellini, RG 17449914, CPF
058516648-00 possa diagnosticar,instalar os devidos aparelhos propostos e assim
tratar, visando a correção do problema de posicionamento dental em meu filho
menor de idade:____________________________________
___________________________________Assinatura do responsável ____/____/______
_______________________________Prof. Dr. Marco Antonio Scanavini
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ortodontia da
Universidade Metodista de São Paulo
_______________________________Aluno:Geraldo Ângelo Antonellini
144
Anexos
ANEXO 3
A/C
Conselho de Faculdade
Ref.: Disponibilidade de horário para pesquisa/extensão
Eu, Aluno Geraldo Ângelo Antonellini, venho, por meio dessa, declarar que
tenho disponibilidade de horário para a realização da pesquisa
“ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL”
Por ser verdade, firmo a presente declaração.
São Bernardo do Campo, 14 de outubro de 2004.
__________________________Aluno: Geraldo Ângelo Antonellini
145
Anexos
ANEXO 4
Termo de Compromisso
TERMO DE COMPROMISSO EM CUMPRIR OS TERMOS DA RESOLUÇÃO 196/96 DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
Comprometo-me, sendo pesquisador responsável pelo projeto de pesquisa: “ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAl” a fazer cumprir os termos da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Data: 24 de abril de 2005
____________________________________Aluno Geraldo Ângelo Antonellini
Pesquisador Responsável
146
Anexos
ANEXO 5 MINISTÉRIO DA SAÚDE Conselho Nacional de Saúde Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP
FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS FR-059901
Projeto de PesquisaESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL
Área de Conhecimento4.02 – Odontologia
GrupoGrupo III
NívelTerapêutico
Área(s) Temática(s) Especial(s) FaseNão se Aplica
UnitermosPlaca distalizadora de Cetlin
Sujeitos na Pesquisa
Nº de Sujeitos no Centro22
Total Brasil 22
Nº de Sujeitos Total22
Grupos Especiais(Menores de 18)
PlaceboNÃO
HIV / AIDSNÃO
Wash-outNÃO
Sem Tratamento EspecíficoNÃO
Banco de Materiais BiológicosNÃO
Pesquisador Responsável
Pesquisador ResponsávelGeraldo Ângelo Antonellini
CPF058.516.648-00
Identidade17449914
Área de EspecializaçãoOrtodontia e Ortopedia facial
Maior TitulaçãoEspecialista
Nacionalidade brasileiro
EndereçoRua Sta terezinha 46
BairroCentro
Cidade Limeira - SP
147
Anexos
Código Postal13480-090
Telefone19 34536245 /
Fax19 34526281
Termo de CompromissoDeclaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS 196/96 e suas complementares. Comprometo-me a utilizar os materiais e dados coletados exclusivamente para os fins previstos no protocolo e publicar os resultados sejam eles favoráveis ou não.Aceito as responsabilidades pela condução científica do projeto acima. _________________________________________Data: _______/_______/______________ Assinatura
Instituição Onde Será Realizado
NomeUniversidade Metodista de São Paulo – UMESP
CNPJ44.351.146/0001-57
Nacional/InternacionalNacional
Unidade/ÓrgãoFaculdade de Odontologia
Participação EstrangeiraNÃO
Projeto MulticêntricoNÃO
EndereçoRua do Sacramento 230
BairroRudge Ramos
Cidade São Bernardo do Campo - SP
Código Postal09640-00
Telefone11 43665600
Termo de CompromissoDeclaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS 196/96 e suas complementares e como esta instituição tem condições para o desenvolvimento deste projeto, autorizo sua execução.Nome: __________________________________________________ _________________________________________Data: _______/_______/______________ Assinatura
Patrocinador
NomeNÃO SE APLICA
CNPJ
Endereço Bairro Cidade -
Código Postal Telefone Fax Email
148
Anexos
Responsável Cargo / Função
O Projeto deverá ser entregue no CEP em até 30 dias a partir de 25/04/2005. Não ocorrendo a entrega nesse prazo esta Folha de Rosto será INVALIDADA.
149
Anexos
ANEXO 6
Inscrição de Projeto de Pesquisa/Extensão
INSCRIÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA/EXTENSÃO
Faculdade: OdontologiaCurso: Pós-Graduação em Ortodontia (Mestrado)
Título do Projeto:
“ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL”
Eixo Temático Institucional: Bem estar humano e saúde públicaProjeto: (X) pesquisa ( ) extensão
Coordenador e carga horária:
Geraldo Ângelo Antonellini – 6h
Colaboradores/as e carga horária: ------------Carga Horária Total da Pesquisa/Extensão: 6 meses (144h)
Início:05 / 2005 Duração prevista até: 11 /2005
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Anexos
ANEXO 7
“ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN
ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL”
1. Resumo do projeto:
Em muitos casos de Classe II esquelética, a distalização dos molares
superiores é um dos recursos que podem ser utilizados em seu tratamento. Entre
diversos dispositivos de distalização molar superior, a placa de Cetlin, associada à
ancoragem extrabucal, apresenta uma mecânica considerada complexa, embora a
literatura relacionada seja escassa. Este trabalho procurará avaliar alterações
cefalométricas produzidas pela desta placa, associada ao casquete de Interlandi,
seguindo os princípios de aplicação de forças cujas resultantes coincidam com o
centro de rotação dos primeiros molares superiores utilizando método que determina
o ângulo entre o arco interno e o arco facial.
2. Parecer Final do Conselho de Faculdade – Data da Reunião: ___/___/_____
(favor anexar a ata na íntegra)
_____________________________Prof. Dr. Savério Mandetta
Diretor da Faculdade de OdontologiaUniversidade Metodista de São Paulo
151
Anexos
ANEXO 8
Declaração Pública
DECLARAÇÃO PUBLICAÇÃO
Declaro, como requisito do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Metodista de São Paulo - UMESP, que todos os resultados do Projeto de Pesquisa:
“ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES
PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN
ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRA-BUCAL”
serão publicados, sejam favoráveis ou desfavoráveis, não existindo cláusulas
restritivas quanto à divulgação dos mesmos.
Data: 24 de abril de 2004
____________________________________Aluno: Geraldo Ângelo Antonellini
Pesquisador Responsável
152
Anexos
ANEXO 9
São Bernardo do Campo, 19 de outubro de 2004
Senhor Coordenador
Encaminho ao Comitê de Ética em Pesquisa o Projeto de Pesquisa: “ESTUDO
CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA
UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À
ANCORAGEM EXTRABUCAL” de minha autoria, para ser avaliado do ponto de vista
ético.
Nesta oportunidade, aproveito para reiterar a V.Ex.a meus protestos de elevada
estima e distinta consideração.
Atenciosamente,
_____________________________
Aluno: Geraldo Ângelo Antonellini
Pesquisador Responsável
153
Anexos
ANEXO 10
Ao Prof. Dr. Sávio Carlos Desan ScopinhoDD. Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa - UMESP
CARTA DE AQUIESCÊNCIA
Eu, Marco Antonio Scanavini, Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Ortodontia da UMESP, tenho ciência e autorizo a utilização da clínica e de todas
as outras dependências do Departamento para a realização da pesquisa “ESTUDO
CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA
UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN ASSOCIADA À
ANCORAGEM EXTRABUCAL” de autoria do aluno Geraldo Ângelo Antonellini.
________________________________
Prof. Dr. Marco Antonio Scanavini
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia
Programa de Pós
154
Anexos
ANEXO 11
CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA
Os critérios para a suspensão da pesquisa são com relação ao uso dos
aparelhos extrabucal e placa distalizadora de Cetlin, uma vez que são removíveis, e
sem a colaboração do paciente não haverá resultado no tratamento. Os materiais
necessários para o andamento do trabalho não são caros e estão disponíveis no
Departamento, viabilizando, assim, os procedimentos.
_________________________________Aluno: Geraldo Ângelo Antonellini
Pesquisador Responsável
155
Anexos
ANEXO 12
CARTA DE INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Por este instrumento, que atende às exigências do COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), venho informar ao
paciente, portador da cédula de identidade n.º __________________, os
procedimentos aos quais será submetido durante o transcorrer do tratamento e
desta pesquisa.
Inicialmente, será solicitada uma documentação ortodôntica de rotina,
constituída de radiografias (panorâmica e telerradiografia em norma lateral),
fotografias extrabucais, slides intrabucais, modelos de estudo, fichas de exame
clínico para a realização de uma anamnese completa e, conseqüentemente, um
correto diagnóstico, planejamento e tratamento do caso.
Com todo este material em mãos, eu, o autor do projeto e responsável, irei
analisar e chegar à conclusão qual seria a melhor maneira para a realização do
tratamento ortodôntico para você. Como você já passou por um exame clínico inicial,
selecionamos apenas aqueles pacientes que se enquadrariam na nossa pesquisa,
ou seja, aqueles pacientes que devam utilizar a placa de Cetlin e o aparelho
extrabucal. Estes aparelhos são indicados para indivíduos que tenham um problema
chamado Classe II,com prognatismo maxilar, caracterizada pelo excesso de
crescimento do osso do maxilar superior. Para a instalação dos dispositivos citados
anteriormente, devem-se fazer as bandas do aparelho ortodôntico para ser inserido
o aparelho extrabucal. Esses são removíveis, ou seja, depende da colaboração do
paciente, e deverão ser usados para dormir. Novas radiografias deverão ser obtidas
ao final do período de distalização do molar, após os seis meses de uso dos
aparelhos.
Após esse período, serão feitos os procedimentos de correção com
aparelhagem fixa para finalização. Nesta fase também será solicitada documentação
ortodôntica final, idêntica à inicial.
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Anexos
ANEXO 13
ORÇAMENTO DETALHADO DA PESQUISA
ESTUDO CEFALOMÉTRICO - RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES PRODUZIDAS PELA UTILIZAÇÃO DA PLACA DISTALIZADORA DE CETLIN
ASSOCIADA À ANCORAGEM EXTRABUCAL
Os materiais relacionados abaixo já estão disponíveis, portanto não haverá a
necessidade de aquisição de nenhum produto para a atual pesquisa. Não haverá
solicitação de nenhum auxílio para agências de fomento e, o valor, que o
pesquisador responsável receberá, será o equivalente às suas horas/aula na
instituição.
Quantidade Discriminação UnidadesDisponível
1-Paquímetro2-Impressora3-Programa4-Computador5-Scanner6- Extrabucal
Dentaurum ZurichHP Deskjet 840CRadiocef PC Pentium HP Scanjet 61000Morelli
11111
22
_________________________________Aluno: Geraldo Ângelo Antonellini
Pesquisador Responsável
157
Apêndices
5.APÊNDICES
APÊNDICE A Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Obtidos Para a
Seleção da Amostra.
RG Grandezas Cefalométricas Seleção
SNA SNB ANB Co-A Co-Gn dif.Mx-Md Pog-N pep1C 84.88 75.07 9.81 88.75 112.47 23.72 3.04 - Sim2C 81.09 76.10 4.99 86.22 107.43 21.20 5.39 -3C 86.29 79.01 7.28 92.42 112.28 19.86 0.04 - Sim4C 77.10 70.61 6.50 89.67 110.78 21.11 4.78 -5C 85.97 81.51 4.46 95.21 121.02 25.81 3.03 Sim6C 85.50 81.95 3.35 89.33 116.35 27.02 10.22 Sim7C 79.48 75.53 3.95 85.25 111.84 26.59 1.978C 78.16 72.61 5.55 89.49 107.10 17.61 13.22 -9C 79.46 75.49 3.97 83.47 106.76 23.29 7.47 -10C 80.63 74.07 6.56 88.92 106.93 18.01 3.88 -11C 80.71 75.99 4.73 90.91 110.06 19.15 6.34 -12C 81.61 75.50 6.11 93.67 112.66 18.99 9.84 -13C 86.20 82.59 3.61 93.19 116.51 23.32 4.90 Sim14C 81.99 74.88 7.11 97.97 118.78 20.81 15.87 -15C 77.75 73.24 4.51 92.82 114.71 21.89 7.84 -16C 86.72 83.40 3.32 92.82 113.94 21.12 4.27 - Sim17C 85.67 73.66 12.02 97.27 116.32 19.05 13.71 -18C 79.83 75.32 4.51 88.14 105.52 17.38 8.58 -19C 84.19 78.13 6.06 92.18 116.62 24.44 1.75 Sim
20C 85.68 75.79 9.89 96.34 111.53 15.18 3.35 - Sim21C 84.58 79.55 5.03 95.06 113.95 18.88 4.22 Sim22C 85.24 76.09 9.15 99.33 131.01 31.68 4.84 Sim23C 84.84 80.34 4.50 97.16 118.95 21.80 9.46 Sim24C 81.33 76.97 4.36 85.80 113.27 27.47 7.7925C 78.55 75.73 2.82 87.23 107.26 20.23 2.2426C 80.83 77.63 3.19 89.55 114.65 25.10 0.5027C 82.61 75.98 6.63 100.24 122.95 22.71 7.4628C 83.89 78.31 5.58 94.17 112.81 18.63 2.63 Sim29C 82.73 74.96 7.77 88.00 106.71 18.70 8.78-30C 85.17 81.20 3.97 99.55 123.40 23.85 7.67 Sim31C 85.86 81.01 4.85 86.91 108.93 22.02 0.23 Sim32C 85.58 77.87 7.71 92.87 113.20 20.32 3.71 Sim33C 85.19 82.67 2.52 90.56 111.79 21.23 6.57 Sim34C 80.20 77.92 2.29 89.95 119.09 29.54 2.5935C 83.16 79.53 3.63 101.65 125.88 24.22 8.30 Sim36C 80.88 77.16 3.72 90.80 119.87 29.80 9.5137C 81.25 73.98 7.27 88.04 112.15 24.11 2.4238C 86.70 83,97 2,73 87.82 108.85 21.23 1.95 Sim39C 82.00 78.16 3.83 101.77 127.54 25.77 0.40 Sim40C 88.01 75.52 12.49 87.37 107.97 10.59 22.2141C 85.55 79.40 6.15 99.82 121.36 21.53 6.15 Sim
Apêndices
APÊNDICE B Tabela Apresentando a Média dos Valores Cefalométricos
Obtidos de Cada Paciente Selecionado.
RG Grandezas angulares Grandezas lineares
SNA SNB ANB Co-A Co-Gn dif.Mx-Md
Pog-N pep
1C 84,88 75,07 9,81 88.75 112,47 23,72 3,04 -3C 86,29 79,01 7,28 92.42 112,28 19,86 0,04 -5C 85,97 81,51 4,46 95.21 121,02 25,81 3,036C 85,5 81,95 3,75 89.33 116,35 27,02 10,2213C 86,2 82,59 3,61 93.19 116,51 23,32 4,916C 86,72 83,4 3,68 92.82 113,94 21,12 4,27 -19C 84,19 78,13 6,06 92.18 116,62 24,44 1,7520C 84,68 75,79 8,89 96.34 111,53 15,18 3,35 -21C 85,58 79,55 6,03 95.06 113,95 18,88 4,2222C 85,24 76,09 9,15 99.33 131,01 31,68 4,8423C 84,84 80,34 4,5 97.16 118,95 21,8 9,4628C 83,89 78,31 5,58 94.17 112,81 18,63 2,63 -30C 85,17 81,2 4,15 99.55 123,4 23,85 7,6731C 85,86 81,01 4,85 86.91 108,93 22,02 0,2332C 85,58 77,87 7,71 92.87 113,2 20,32 3,7133C 90,19 82,67 7,52 90.56 111,79 21,23 6,5735C 83,16 79,53 3,63 101.65 125,88 24,22 8,30 -38C 86,7 83,97 2,73 87.82 108,85 21,23 1,9539C 82 78,16 3,83 101.77 127,54 25,77 0,441C 85,55 79,4 6,15 99.82 121,36 21,53 6,15Média 85,40 79,77 5,66 94,34 116,91 22,58 4,65
Apêndices
APÊNDICE C Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (C6-PP, M-Ais, M-Iis e M-Cs) nas Fases Estudadas,
Início do Tratamento e Após a Distalização dos Primeiros Molares
Superiores com a Placa de Cetlin Associada à Ancoragem
Extrabucal.
Medida C6-PP M-Ais M-Iis M-CsFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 23,35 21,45 41,52 41,99 54,88 57,23 12,95 7,112ª 18,92 19,34 51,49 50,68 58,32 60,82 15,51 13,43ª 24,54 24,68 40,13 37,66 45,86 47,8 7,66 34ª 20,81 22,11 48,27 48,37 65,44 66,53 17,13 16,325ª 19,01 19,9 51,21 49,18 67,26 68,88 20,79 20,926ª 17,46 18,68 43,96 44,56 55,23 59,03 11,02 9,197ª 20,43 21,96 47,62 47,63 63,29 63,64 21,13 16,338ª 17,6 16,89 46,27 50,31 59,49 60,54 15,73 12,679ª 25,4 26,34 45,3 45,25 63,98 62,73 16,14 7,4910ª 16,64 17,16 44,37 48,03 61,48 62,69 16,87 13,2711ª 16,82 17,28 42,56 39,85 58,26 59,43 13,89 10,5212ª 22,49 21,17 49,14 51,72 68,2 69,2 22,86 16,2213ª 18,83 16,39 45,12 50,11 63,18 69,01 17,2 17,3514ª 21,08 20,06 46,92 46,97 61,86 63,43 16,49 14,2415ª 21,58 21,42 52,34 51,47 70,39 71,46 20,88 17,7416ª 22,79 20,05 48,5 47,06 59,4 59,84 16,62 10,5417ª 20,09 20,93 41,36 41,97 56,88 57,86 12,8 9,1518ª 22,34 20,62 48,69 47,37 61,39 62,82 17,46 13,8919ª 22,93 21,78 44,66 47,92 55,9 60,02 11,17 10,5520ª 18,35 18,55 53,08 52,39 69,03 70,86 27,56 22,85
Apêndices
APÊNDICE D Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (M-As, S-Go, N-Me e Ena-SN) nas Fases Estudadas,
Início do Tratamento e Após a Distalização dos Primeiros Molares
Superiores com a Placa de Cetlin Associada à Ancoragem
Extrabucal.
Medida M-As S-Go N-Me Ena-SNFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 17,51 13,04 70,19 75,36 117,89 121,24 44,42 43,962ª 18,85 16,33 75,57 77,44 115,26 118,54 51,9 52,723ª 12,23 10,05 77,58 81,64 114,91 124,33 45,43 52,034ª 19,8 20,74 71,99 76,74 113,01 120,38 45,66 50,245ª 24,6 23,79 72,9 78,45 110,03 114,92 50,29 53,046ª 16,47 12,48 75,53 77,76 111,37 118,73 45,68 50,667ª 23,28 20,24 71,65 73,33 118,69 121,01 50,16 51,868ª 21,99 17,98 69,26 68,63 103,69 106,59 49,71 51,169ª 20,42 12,37 77,5 81,97 134,46 140,78 54,89 55,5810ª 20,94 19,26 75,81 78,26 110,1 114,32 50,59 52,3811ª 17,74 13,34 68,27 73,53 101,34 106,75 45,85 50,4712ª 22,73 19,94 70,96 72,16 115,5 117,09 49,97 51,4913ª 20,7 21,14 68,33 66,91 105,57 103,9 46,39 40,4314ª 22,28 18,26 73,94 76,54 110,81 115,2 49,08 51,5315ª 21,47 20,42 72,16 74,39 107,02 112,97 48,97 52,216ª 19,22 16,64 86,88 89,49 126,99 130,59 54,11 55,2617ª 20,34 17,49 74,62 76,12 104,41 109,52 44,62 47,9318ª 18,86 18,78 77,07 77,84 118,2 123,34 52,54 55,5919ª 17,07 16,98 76,61 79,44 115,07 116,57 49,12 47,8420ª 25,72 23,99 63,08 68,5 109,39 113,31 53,61 53,13
Apêndices
APÊNDICE E Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (Enp-SN, PP-Go, PP-Me e SN.PP) nas Fases
Estudadas, Início do Tratamento e Após a Distalização dos
Primeiros Molares Superiores com a Placa de Cetlin Associada à
Ancoragem Extrabucal.
Medida Enp-SN PP-Go PP-Me SN.PPFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 41,26 42,59 28,15 30,21 70,55 72,55 3,5 1,682ª 47,94 49,66 29 28,5 62,35 64,31 4,2 3,233ª 46,71 49,16 28,38 31,86 66,86 69,48 1,5 3,584ª 44,38 48,48 27,47 28,95 66,04 68,87 1,9 2,585ª 47,53 49,99 26,92 29,7 59,3 60,92 3,6 3,766ª 49,95 51,62 21,9 24,62 61,69 64,23 5,4 1,147ª 43,74 44,67 30,73 32,26 66,64 67,94 7,4 8,218ª 43,77 43,17 27,21 28,23 53,9 55,49 6,8 9,549ª 49,06 50,16 27,82 29,85 76,64 81,7 6,5 6,1410ª 47,53 46,8 28,42 33,64 58,73 42,01 3,8 6,911ª 43,36 43,64 24,48 32,37 54,52 56,42 2,9 7,5512ª 48,16 49 21,01 22,4 64,22 65,01 2,1 2,6413ª 46,72 46,18 18,91 15,28 57,38 59,75 1,4 6,7314ª 41,43 43,61 35,63 37,72 62,27 63,6 8,8 10,4115ª 41,95 42,06 33,93 37,18 59,25 61,84 8,4 12,0716ª 51,94 55,13 34,92 33,96 70,68 72,56 2 0,1617ª 43,69 44,36 31,49 33,76 59,65 62,02 1,3 4,4918ª 45,53 47,92 34,67 33,82 64,74 66,94 7,8 8,819ª 42,64 43,06 37,83 38,5 65,91 68,34 7,6 5,1520ª 43,11 43,33 24,1 29,59 56,77 59,26 13 11,72
Apêndices
APÊNDICE F Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (SN.GoMe, PP.GoMe, PP.CsAs, I.PP) nas Fases
Estudadas, Início do Tratamento e Após a Distalização dos
Primeiros Molares Superiores com a Placa de Cetlin Associada à
Ancoragem Extrabucal.
Medidas SN.GoMe PP.GoMe PP.CsAs I.PPFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 42,44 40,82 38,94 39,14 61,57 52,14 113,31 114,662ª 32,62 32,97 28,41 29,74 68,72 67,17 97,02 104,063ª 30,55 33,52 32,02 29,94 69,28 62,03 101,71 114,334ª 35,06 37,3 33,2 34,71 63,15 57,45 115,34 117,925ª 30,78 30,66 27,22 26,9 62,24 62,74 117,66 120,036ª 31,43 33,43 36,83 34,57 56,9 62,87 102,99 109,157ª 38,98 39,29 31,56 31,09 71,9 69,06 116,55 123,398ª 29,18 32,24 22,38 22,49 54,96 60,11 110,65 1099ª 47,01 46,91 40,5 40,77 63,55 66,13 120,11 122,8310ª 28,43 29,48 24,57 22,59 61,92 58,07 125,52 124,8411ª 27,09 27,6 24,15 20,05 60,7 70,63 115,09 128,2712ª 34,81 34,99 32,68 32,35 76,57 65,75 122,1 126,0413ª 31,18 30,57 31,63 37,31 62,88 53,87 120,38 126,5714ª 32,56 33,43 23,73 23,02 61,21 66,96 116,38 122,3515ª 29,69 31,94 21,26 19,87 74,25 67,11 127,37 132,1616ª 30,81 31,04 28,76 30,88 69,59 51,68 104,28 108,3117ª 28,3 31,5 26,96 27,01 59,26 53,36 118,06 123,5718ª 32,08 34 24,26 25,2 78,22 69,2 118,7 122,3919ª 31,47 30,56 23,91 25,41 67,23 60,24 114,98 114,4920ª 38,31 36,58 25,37 24,86 78,47 64,46 117,78 118,7
Apêndices
APÊNDICE G Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (C6-PP, M-Ais, M-Iis e M-Cs) nas Fases Estudadas,
Início do Tratamento e Após a Distalização dos Primeiros Molares
Superiores com a Placa de Cetlin Associada à Ancoragem
Extrabucal.
Medida C6-PP M-Ais M-Iis M-CsFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 23,23 24,43 40,04 42,2 54,78 59,38 12,18 8,932ª3ª 24,94 24,36 40,38 38,35 48,22 48,93 9,47 4,984ª5ª 19,64 21,27 48,96 49,71 65,34 68,97 18,82 21,576ª 19,11 19,59 44,2 43,75 55,68 57,96 11,43 9,157ª8ª9ª 25,17 26,9 45,66 44,77 64,68 63,08 15,99 7,6110ª 16,57 17,28 43,39 48,37 61,07 63,66 17,46 14,0211ª12ª 22,8 21,55 47,75 51,64 68,09 69,18 21,93 15,813ª14ª15ª 22,21 22,04 48,48 51,44 70,25 71,22 20,92 17,3816ª17ª 20,06 21,32 41,13 40,77 55,61 55,81 10,87 6,9718ª 21,73 20,64 48,33 46,21 61,6 61,66 16,97 12,7119ª20ª
Apêndices
APÊNDICE H Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (M-As, S-Go, N-Me e Ena-SN) nas Fases Estudadas,
Início do Tratamento e Após a Distalização dos Primeiros Molares
Superiores com a Placa de Cetlin Associada à Ancoragem
Extrabucal.
Medida M-As S-Go N-Me Ena-SNFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 17,43 16,37 74,51 76,04 117,79 120,23 44,49 45,372ª3ª 14,67 11,4 81,01 83,86 112,97 121,53 44,85 50,284ª5ª 23,42 23,16 74,43 78,26 110,37 114,32 48,4 50,586ª 16,51 11,76 76,51 78,91 110,66 118,44 45,16 50,647ª8ª9ª 20,95 10,93 77,15 82,28 132,76 140,25 53,71 55,5410ª 20,31 19,11 76,54 77,95 109,25 114,04 50,27 52,3711ª12ª 22,59 19,46 72,3 71,67 115,28 117,24 50,24 50,4813ª14ª15ª 21,35 19,64 71,36 72,76 108,54 113,88 50,33 52,1416ª17ª 18,73 15,25 76,05 75,54 106,24 108,94 45,01 46,6418ª 18,31 18,11 77,7 76,36 118,54 123,76 51,68 55,2619ª20ª
Apêndices
APÊNDICE I Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (Enp-SN, PP-Go, PP-Me e SN.PP) nas Fases
Estudadas, Início do Tratamento e Após a Distalização dos
Primeiros Molares Superiores com a Placa de Cetlin Associada à
Ancoragem Extrabucal.
Medida Enp-SN PP-Go PP-Me SN.PPFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 41,24 41,59 33,32 34,33 69,98 71,57 3,81 4,72ª3ª 46,53 49,18 32,27 33,42 66,26 68,58 1,94 1,44ª5ª 47,53 49,02 27,14 29,23 60,75 62,46 1,16 1,936ª 48,26 51,22 25,48 26,75 62,22 64,24 4,16 0,77ª8ª9ª 48,14 50,15 28,12 30,35 76,15 81,1 6,31 6,1210ª 47,82 46,33 28,87 34,27 58,2 61,74 3,12 7,5211ª12ª 48,07 48,65 22,79 21,84 63,7 65,01 2,46 2,1413ª14ª15ª 42,1 41,82 33,94 36,05 59,31 62,15 10,57 12,6716ª17ª 44,21 44,05 32,25 32,84 60,62 62,2 1,19 3,4418ª 45,63 47,77 34,54 32,17 65,61 67,15 6,74 8,6819ª20ª
Apêndices
APÊNDICE J Tabela Apresentando os Valores Cefalométricos Para as
Variáveis (SN.GoMe, PP.GoMe, PP.CsAs, I.PP) nas Fases
Estudadas, Início do Tratamento e Após a Distalização dos
Primeiros Molares Superiores com a Placa de Cetlin Associada à
Ancoragem Extrabucal.
Medidas SN.GoMe PP.GoMe PP.CsAs I.PPFase Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
RG1ª 40,52 39,87 36,71 35,16 59,72 51,39 114,01 118,792ª3ª 26,72 29,97 28,66 28,57 65,97 61,8 106,18 113,034ª5ª 30,24 29,74 29,08 27,82 59,1 65,71 116,58 118,446ª 30,51 32,8 34,67 33,5 58,99 66,3 105,04 108,97ª8ª9ª 47,33 46,89 41,01 40,77 61,81 70,18 118,7 121,7710ª 27,45 29,74 24,34 22,22 68,48 62 126,97 126,1811ª12ª 33,59 35,73 31,13 33,59 75,24 64,76 122,22 123,6813ª14ª15ª 31,6 33,98 21,03 21,31 75,39 67,74 128,51 129,4916ª17ª 29,16 30,35 27,97 26,91 58,85 55,8 115,72 118,9518ª 31,64 35,36 24,9 26,68 79,18 68,31 118,92 122,3219ª20ª
Apêndices
APÊNDICE L Tabela Apresentando a Média, Desvio Padrão e Erro Padrão das
Observações de Cada Mensuração Para Cada Variável em Cada
Tempo.
Medição Variável Média N Desvio padrão Erro padrão da média
1ª medição C6-PP-Inicial 21,2900 10 2,92982 ,92649
2ª medição C6-PP-Inicial 2 21,5460 10 2,70948 ,85681
1ª medição C6-PP-Final 21,2350 10 2,65416 ,83932
2ª medição C6-PP-Final 2 21,9380 10 2,71992 ,86011
1ª medição M-Ais-Inicial 45,8020 10 4,31288 1,36385
2ª medição M-Ais-Inicial 2 44,8320 10 3,50796 1,10931
1ª medição M-Ais-Final 45,9200 10 4,51169 1,42672
2ª medição M-Ais-Final 2 45,721 10 4,5575 1,4412
1ª medição M-Iis-Inicial 60,5550 10 7,47903 2,36508
2ª medição M-Iis-Inicial 2 60,5320 10 6,87794 2,17500
1ª medição M-Iis-Final 61,9700 10 6,99755 2,21282
2ª medição M-Iis-Final 2 61,9850 10 6,84352 2,16411
1ª medição M-Cs-Inicial 15,9430 10 4,83727 1,52968
2ª medição M-Cs-Inicial 2 15,6040 10 4,38765 1,38750
1ª medição M-Cs-Final 11,7980 10 5,54146 1,75236
2ª medição M-Cs-Final 2 11,9120 10 5,27970 1,66959
1ª medição M-As-Inicial 19,5570 10 3,50112 1,10715
2ª medição M-As-Inicial 2 19,4270 10 2,78099 ,87943
1ª medição M-As-Final 16,7620 10 4,47518 1,41518
2ª medição M-As-Final 2 16,5190 10 4,12929 1,30580
1ª medição S-Go-Inicial 74,4320 10 2,72804 ,86268
2ª medição S-Go-Inicial 2 75,7560 10 2,77240 ,87671
1ª medição S-Go-Final 77,3950 10 3,04312 ,96232
2ª medição S-Go-Final 2 77,3630 10 3,79485 1,20004
1ª medição N-Me-Inicial 114,3890 10 8,37672 2,64895
2ª medição N-Me-Inicial 2 114,2400 10 7,64461 2,41744
1ª medição N-Me-Final 119,7240 10 8,75525 2,76865
2ª medição N-Me-Final 2 119,2630 10 8,55554 2,70550
1ª medição Ena-Sn-Inicial 48,7400 10 3,58407 1,13338
2ª medição Ena-Sn-Inicial 2 48,4140 10 3,32399 1,05114
1ª medição Ena-Sn-Final 51,4860 10 3,45755 1,09337
2ª medição Ena-Sn-Final 2 50,9300 10 3,22642 1,02028
1ª medição Enp-SN-Inicial 46,1370 10 2,96380 ,93724
2ª medição Enp-SN-Inicial 2 45,9530 10 2,60540 ,82390
1ª medição Enp-SN-Final 47,3660 10 3,32171 1,05042
2ª medição Enp-SN-Final 2 46,9780 10 3,41770 1,08077
Apêndices
APÊNDICE L Continuação.
Medição Variável Média N Desvio padrãoErro
padrão da média
PP-Go-Inicial 28,2690 10 4,45624 1,40919 2ª medição PP-Go-Inicial 2 29,8720 10 3,98071 1,25881
PP-Go-Final 30,7040 10 4,45841 1,40987 2ª medição PP-Go-Final 2 31,1250 10 4,25914 1,34686
PP-Me-Inicial 64,1630 10 5,84870 1,84952 2ª medição PP-Me-Inicial 2 64,2800 10 5,48918 1,73583
PP-Me-Final 64,6700 10 10,12852 3,20292 2ª medição PP-Me-Final 2 66,6200 10 6,02946 1,90668
SN-PP-Inicial 4,397 10 2,5473 ,8055 2ª medição SN-PP-Inicial 2 4,1460 10 2,96664 ,93813
SN-PP-Final 5,1200 10 3,40745 1,07753 2ª medição SN-PP-Final 2 4,930 10 3,8225 1,2088
SN.GoMe-Inicial 33,5520 10 6,26982 1,98269 2ª medição SN.GoMe-Inicial 2 32,8760 10 6,36577 2,01303
SN.GoMe-Final 34,7250 10 5,28666 1,67179 2ª medição SN.GoMe-Final 2 34,4430 10 5,48521 1,73458
PP.GoMe-Inicial 30,5240 10 6,67607 2,11116 2ª medição PP.GoMe-Inicial 2 29,9500 10 6,09713 1,92808
PP.GoMe-Final 29,8340 10 6,87009 2,17251 2ª medição PP.GoMe-Final 2 29,6530 10 6,05498 1,91475
PP.CsAs-Inicial 66,3760 10 7,62386 2,41088 2ª medição PP.CsAs-Inicial 2 66,2730 10 7,87073 2,48894
PP.CsAs-Final 61,9400 10 5,75089 1,81859 2ª medição PP.CsAs-Final 2 63,3990 10 5,87866 1,85900
I.PP-Inicial 116,7530 10 8,58506 2,71483 2ª medição I.PP-Inicial 2 117,2850 10 7,71551 2,43986
I.PP-Final 121,0000 10 6,68852 2,11510 2ª medição I.PP-Final 2 120,1550 10 6,02643 1,90573
Apêndices
APÊNDICE M Tabela Apresentando a Idade dos Pacientes no Início da
Pesquisa e Tempo de Tratamento com Suas Respectivas Médias.
Paciente Idade Tempo de tratamento1A 9 anos e 11 meses 8 meses e 14 dias2A 11 anos e 1 meses 7 meses e 12 dias3A 10 anos e 3 meses 6 meses4A 8 anos e 9 meses 7 meses e 1 dias5A 10 anos e 8 meses 9 meses e 25 dias6A 11 anos e 9 meses 5 meses7A 11 anos e 8 meses 6 meses e 14 dias8A 11 anos e 2 meses 7 meses e 24 dias9A 13 anos e 8 meses 5 meses e 9 dias10A 9 anos e 3 meses 6 meses e 29 dias11A 9 anos e 3 meses 4 meses e 26 dias12A 12 anos 7 meses e 25 dias13A 10 anos e 5 meses 7 meses e 1 dia14A 11 anos e 4 meses 7 meses e 14 dias15A 9 anos e 8 meses 7 meses e 1 dia16A 13 anos e 4 meses 12 meses e 12 dias17A 13 anos e 5 meses 4 meses e 12 dias18A 12 anos e 2 meses 7 meses e 1 dia19A 11 anos e 1 mês 4 meses e 17 dias20A 12 anos e 1 mês 5 meses e 24 diasMédia 11 anos e 2 meses 6 meses e 28 dias
Apêndices
APÊNDICE N Histograma das Observações das Variáveis em Cada Tempo.
C6-PP-Inicial
25,024,0
23,022,0
21,020,0
19,018,0
17,0
C6-PP-Inicial
Freq
uenc
y
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
,5
0,0
Std. Dev = 2,58 Mean = 20,6
N = 20,00
C6-PP-Final
26,025,0
24,023,0
22,021,0
20,019,0
18,017,0
16,0
C6-PP-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 2,52 Mean = 20,3
N = 20,00
Apêndices
M-Ais-Inicial
54,052,0
50,048,0
46,044,0
42,040,0
M-Ais-Inicial
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,77 Mean = 46,6
N = 20,00
M-Ais-Final
52,050,0
48,046,0
44,042,0
40,038,0
M-Ais-Final
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 4,05 Mean = 47,0
N = 20,00
Apêndices
M-Iis-Inicial
70,067,5
65,062,5
60,057,5
55,052,5
50,047,5
45,0
M-Iis-Inicial
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,83 Mean = 61,0
N = 20,00
M-Iis-Final
72,570,0
67,565,0
62,560,0
57,555,0
52,550,0
47,5
M-Iis-Final
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,63 Mean = 62,7
N = 20,00
Apêndices
M-Cs-Inicial
27,525,0
22,520,0
17,515,0
12,510,0
7,5
M-Cs-Inicial
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 4,56 Mean = 16,6
N = 20,00
M-Cs-Final
22,520,0
17,515,0
12,510,0
7,55,0
2,5
M-Cs-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 4,86 Mean = 13,1
N = 20,00
Apêndices
M-As-Inicial
26,024,0
22,020,0
18,016,0
14,012,0
M-As-Inicial
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,08 Mean = 20,1
N = 20,00
M-As-Final
24,022,0
20,018,0
16,014,0
12,010,0
M-As-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,83 Mean = 17,7
N = 20,00
Apêndices
S-Go-Inicial
87,585,0
82,580,0
77,575,0
72,570,0
67,565,0
62,5
S-Go-Inicial
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 4,89 Mean = 73,5
N = 20,00
S-Go-Final
90,087,5
85,082,5
80,077,5
75,072,5
70,067,5
S-Go-Final
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 5,16 Mean = 76,2
N = 20,00
Apêndices
N-Me-Inicial
135,0130,0
125,0120,0
115,0110,0
105,0100,0
N-Me-Inicial
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 7,89 Mean = 113,2
N = 20,00
N-Me-Final
140,0135,0
130,0125,0
120,0115,0
110,0105,0
N-Me-Final
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 8,51 Mean = 117,5
N = 20,00
Apêndices
Ena-Sn-Inicial
55,054,0
53,052,0
51,050,0
49,048,0
47,046,0
45,044,0
Ena-Sn-Inicial
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,26 Mean = 49,1
N = 20,00
Ena-Sn-Final
56,054,0
52,050,0
48,046,0
44,042,0
40,0
Ena-Sn-Final
Freq
uenc
y
10
8
6
4
2
0
Std. Dev = 3,69 Mean = 51,0
N = 20,00
Apêndices
Enp-SN-Inicial
52,051,0
50,049,0
48,047,0
46,045,0
44,043,0
42,041,0
Enp-SN-Inicial
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,03 Mean = 45,5
N = 20,00
Enp-SN-Final
56,054,0
52,050,0
48,046,0
44,042,0
Enp-SN-Final
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 3,61 Mean = 46,7
N = 20,00
Apêndices
PP-Go-Inicial
37,535,0
32,530,0
27,525,0
22,520,0
PP-Go-Inicial
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 5,10 Mean = 28,6
N = 20,00
PP-Go-Final
37,535,0
32,530,0
27,525,0
22,520,0
17,515,0
PP-Go-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,42 Mean = 30,6
N = 20,00
Apêndices
PP-Me-Inicial
77,575,0
72,570,0
67,565,0
62,560,0
57,555,0
PP-Me-Inicial
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,79 Mean = 62,9
N = 20,00
Apêndices
PP-Me-Final
80,075,0
70,065,0
60,055,0
50,045,0
40,0
PP-Me-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 8,04 Mean = 64,2
N = 20,00
SN-PP-Inicial
12,010,08,06,04,02,0
SN-PP-Inicial
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 3,18 Mean = 5,0
N = 20,00
Apêndices
SN-PP-Final
12,010,08,06,04,02,00,0
SN-PP-Final
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 3,54 Mean = 5,8
N = 20,00
Apêndices
SN.Go-Me-Inicial
47,545,0
42,540,0
37,535,0
32,530,0
27,5
SN.Go-Me-Inicial
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,05 Mean = 33,1
N = 20,00
SN.Go-Me-Final
47,545,0
42,540,0
37,535,0
32,530,0
27,5
SN.Go-Me-Final
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 4,47 Mean = 33,9
N = 20,00
Apêndices
PP.Go-Me-Inicial
40,037,5
35,032,5
30,027,5
25,022,5
PP.Go-Me-Inicial
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 5,57 Mean = 28,9
N = 20,00
PP.Go-Me-Final
40,037,5
35,032,5
30,027,5
25,022,5
20,0
PP.Go-Me-Final
Freq
uenc
y
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 6,20 Mean = 28,9
N = 20,00
Apêndices
PP.Cs-As-Inicial
77,575,0
72,570,0
67,565,0
62,560,0
57,555,0
PP.Cs-As-Inicial
Freq
uenc
y
7
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 6,99 Mean = 66,1
N = 20,00
PP.Cs-As-Final
70,067,5
65,062,5
60,057,5
55,052,5
PP.Cs-As-Final
Freq
uenc
y
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
,5
0,0
Std. Dev = 5,98 Mean = 62,1
N = 20,00
Apêndices
I.PP-Inicial
125,0120,0
115,0110,0
105,0100,0
95,0
I.PP-Inicial
Freq
uenc
y
8
6
4
2
0
Std. Dev = 7,92 Mean = 114,8
N = 20,00
I.PP-Final
132,5130,0
127,5125,0
122,5120,0
117,5115,0
112,5110,0
107,5105,0
I.PP-Final
Freq
uenc
y
6
5
4
3
2
1
0
Std. Dev = 7,52 Mean = 119,2
N = 20,00
Apêndices
APÊNDICE O Box-Plot das Observações das Variáveis em Cada Tempo.
2020N =
C6-PP-FinalC6-PP-Inicial
28
26
24
22
20
18
16
14
9A
2020N =
M-Ais-FinalM-Ais-Inicial
60
50
40
30
Apêndices
2020N =
M-Iis-FinalM-Iis-Inicial
80
70
60
50
40
3A
2020N =
M-Cs-FinalM-Cs-Inicial
30
20
10
0
Apêndices
2020N =
M-As-FinalM-As-Inicial
30
20
10
0
3A
2020N =
S-Go-FinalS-Go-Inicial
100
90
80
70
60
16A
16A
Apêndices
2020N =
N-Me-FinalN-Me-Inicial
150
140
130
120
110
100
90
9A
9A
2020N =
Ena-Sn-FinalEna-Sn-Inicial
60
50
40
30
1A
13A
Apêndices
2020N =
Enp-SN-FinalEnp-SN-Inicial
58
56
54
52
50
48
46
44
42
40
2020N =
PP-Go-FinalPP-Go-Inicial
50
40
30
20
10
13A
Apêndices
2020N =
PP-Me-FinalPP-Me-Inicial
90
80
70
60
50
40
30
10A
9A
2020N =
SN-PP-FinalSN-PP-Inicial
14
12
10
8
6
4
2
0
-2
Apêndices
2020N =
SN.Go-Me-FinalSN.Go-Me-Inicial
50
40
30
20
9A
1A
9A
2020N =
PP.Go-Me-FinalPP.Go-Me-Inicial
50
40
30
20
10
Apêndices
2020N =
PP.Cs-As-FinalPP.Cs-As-Inicial
90
80
70
60
50
40
2020N =
I.PP-FinalI.PP-Inicial
140
130
120
110
100
90
2A
Apêndices
Autorização:
Autorizo a cópia de todo ou parte do presente trabalho por meios
reprográficos, exclusivamente com finalidade de estudo e pesquisa.
É vedado qualquer tipo de uso comercial na reprodução do mesmo.
Geraldo Ângelo Antonellini
São Bernardo do Campo, 14 de Março de 2006
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