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unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal MÓDULO 20 Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: Silvicultura Tratamento Preservativo da Madeira Sérgio Valiengo Valeri Rinaldo César de Paula 2 0 0 9 TRATAMENTO PRESERVATIVO DA MADEIRA

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unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

UNIVERSIDADE PAULISTA

Campus de Jaboticabal

MÓDULO 20

Departamento de Produção Vegetal

DISCIPLINA:

TEMA:

PROFESSORES:

Silvicultura

Tratamento Preservativo da Madeira

Sérgio Valiengo Valeri

Rinaldo César de Paula

2

0

0

9

TRATAMENTO PRESERVATIVO DA MADEIRA

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Departamento de Produção VegetalDisciplina: Silvicultura

Tema: Tratamento Preservativo da Madeira

Prof. Dr. Sérgio Valiengo Valeri

Novembro 2006

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• Madeira: material renovável de florestas

naturais e implantadas.

• Usos diversos: projetos de engenharia,

decoração, móveis e ferramentas.

• Contato com o solo: Postes, dormentes,

moirões.

• Contato com a água: estacas portuárias

1. INTRODUÇÃO

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Arquitetos: Rodopho

Ortenblad e Patrícia Toth

Arquitetura & Construção n.3,

1995

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POSTE

Fonte: IPT ([1994], p.1)

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DORMENTES

Fonte: IPT ([1994], p.5)

Fonte: IPT ([1994], p.4)

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• Aroeira

• Guarantã

• Faveiro

• Candeia

• Peroba

DURABILIDADE NATURAL

Produzem compostos

fenólicos, durante

transformação do

alburno em cerne

Espécies de crescimento rápido:

eucalipto e pinus. Alburno

Cerne

Medula

Fonte: IPT ([1994], p.8)

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O que é tratamento preservativo da madeira?

• A madeira de espécies como aroeira, guarantã, faveiro, candeia e perobapossui compostos fenólicos formados durante a transformação do alburno emcerne, tornando-a naturalmente mais resistente aos organismos xilófagos.

• Entretanto, as espécies portadoras destas substâncias tóxicas são raras,geralmente necessitam de dezenas de anos para fornecer madeira aproveitávele não existem em disponibilidade, principalmente próxima aos principaiscentros consumidores do país. Assim sendo, houve a necessidade de seremusadas espécies de crescimento rápido, cultivadas através de florestasimplantadas, cuja madeira geralmente apresenta maior quantidade de alburno eque aliado ao crescimento rápido apresentam menor durabilidade natural.

• Para que o uso destas espécies seja viável, é necessário impregnar nointerior da madeira substâncias tóxicas aos organismos xilófagos, com oobjetivo de aumentar a sua durabilidade e consequentemente a sua vida útil.Essa técnica é chamada de tratamento preservativo da madeira oupreservação da madeira.

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• Publicada em 1965

• Tornou-se obrigatório o emprego de

madeira preservada pelas companhias de

serviço de transporte, energia e

telecomunicações.

• Setor de preservação ficou consolidado.

• A Lei n. 5.106 de 1965, dos incentivos

fiscais, aumentou florestas de crescimento

rápido.

LEI FEDERAL N. 4.797

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• Físicos: luz solar, absorção e perda de água

pela alternância de chuvas, causando

inchamento e contração da madeira.

• Químicos: poluentes, substâncias do solo e

da água que reagem com os componentes da

madeira.

• Biológicos (xilófagos): usam substâncias

armazenadas na madeira (amido, açúcar) e

abrigo.

2. AGENTES DESTRUIDORES

DA MADEIRA

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Quais são os agentes destruidores da madeira

mais importantes? Por que?

• A madeira exposta ao tempo sofre a influência de agentes físicos, químicos ebiológicos que atuam em conjunto, acelerando o processo de deterioração.

• A contínua exposição da madeira à luz solar provoca a deterioração dos seusconstituintes, enquanto que a alternância de chuvas resulta na absorção e perdade água, causando o inchamento e a contração da madeira. Da mesma forma,partículas poluentes presentes na atmosfera e substâncias químicas do solo eda água reagem com os seus componentes, contribuindo para a suadeterioração.

• Os agentes biológicos, representados pelos organismos xilófagos, são osmais importantes. Organismos xilófagos são aqueles capazes de usar diretaou indiretamente as substâncias armazenadas na madeira (amido, açúcar, etc.)ou os principais componentes da madeira (celulose, hemiceluloses e lignina)como alimento ou fonte de energia, provocando a sua deterioração. Estesorganismos encontram-se na natureza na forma de bactéria, fungos, insetos,moluscos e crustáceos.

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BACTÉRIAS

• Ambiente úmido.

• Primeiros colonizadores.

• Ataque vagaroso.

• Substâncias de reserva das células do raio.

• Depois, ataca células do raio, fibras e

traqueídeos.

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Corte transversal Corte longitudinal

BACTÉRIAS formadoras de túneis em

Pinus ponderosa.

Fonte: Oliveira et al. (1986), p.116

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BACTÉRIAS escavadoras, atacando

parede secundária.

Fonte: Oliveira et al. (1986), p.116

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FUNGOS

• Vegetais inferiores não fotossintetizadores.

• Produtos das cavidades celulares ou das

substâncias que compõem as paredes

celulares.

• Umidade acima de 20%, ideal de 60 a 80%.

• Temperatura de10 a 40 °C, ideal 25 °C.

• Ar: > 20%

• pH: 4,5 a 5,5.

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Por que a madeira oferece condições para

desenvolvimento de fungos?

• Um mínimo de 20% de ar nas cavidades celulares é necessário para o desenvolvimento normal dos

fungos. Concentrações baixas de O2 restringem o seu desenvolvimento e a ausência de O2 inibe o seu

ataque. Por isto, madeiras submersas em água não são atacadas por fungos.

• Valores adequados de pH para o desenvolvimento de fungos xilófagos encontram-se entre 4,5 e

5,5. A maioria das espécies florestais produzem madeira cujo pH se apresenta dentro dessa

faixa, sendo portanto favorável ao ataque destes organismos.

• Os postes, estacas, esticadores e moirões de cerca são usados parcialmente enterrados, havendo na

região próxima ao nível do solo condições que favorecem o desenvolvimento dos fungos. Isto explica

o fato de ocorrer, principalmente nessa região, o apodrecimento que inutiliza a peça.

• Entretanto, a madeira usada sem contato direto com o solo pode também apresentar apodrecimento,

desde que o seu teor de umidade seja superior a 20%.

• E o que ocorre, por exemplo, com testeiras de telhados e forros de beirais em residências. A madeira

de uso interior como a de móveis, desde que mantida isolada de possíveis fontes de água, tem uma

umidade de equilíbrio com o ambiente ao redor de 14%, estando, portanto, livre do ataque de fungos.

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TIPOS DE FUNGOS

• Apodrecedores: desintegram a parede

celular.

• Manchadores: alimentam-se de reservas

nutritivas e e produzem colorações (defeitos

estéticos).

• Bolores: massa de esporos na superfície da

madeira.

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FUNGOS APODRECEDORES

Podridão Mole

Ascomicetos e Deuteromicetos

Podridão parda:

Basidiomicetos

Fonte: Oliveira et al. (1986), p.120

Fonte: Oliveira et al. (1986), p.121

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CUPINS OU TÉRMITAS

• Cerca de 2.000 espécies.

• Celulose, digerido por protozoários de seus

intestinos.

• Cupim de madeira úmida: contato com solo.

• Cupim de madeira seca: baixo teor de

umidade (móveis, vigamentos).

• Cupim de solo: constróem seus ninhos no

solo e atacam a madeira.

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CUPINS

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COLEÓPTEROS

Hylotrupes bajulus

Macho e Fêmea

Fonte: Navák et al. (1976 apud Oliveira et al. (1986), p.151)

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CRUSTÁCEOS

Limnoria Perfuram madeiras, no mar.

Fonte: Ray (1958 apud Oliveira et al. (1986), p.173)

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MOLUSCOS

Martesia strita, A – vista dorsal e B – vista lateral,

Espécime adulto

Fonte: Turner (1971 apud Oliveira et al. (1986), p.177)

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MOLUSCOS

Martesia strita

Fonte: Oliveira et al. (1986) p.178

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3. PRESERVATIVOS DA

MADEIRA

CONCEITO: produto químico que, aplicado

convenientemente na madeira, a torna

resistente ao ataque de organismos

xilófagos.

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3. 1. CARACTERÍSTICAS DOS

PRESERVATIVOS

• Tóxico aos diversos organismos xilófagos.

• Baixa toxidez ao homem e animais.

• Alta permanência na madeira, sem evaporar

ou lixiviar, pela chuva ou umidade do solo.

• Formar composto estável no interior da

madeira, não se decompondo ou se

alterando.

• Não prejudicar as características físicas,

químicas ou decorativas da madeira.

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3. 1. CARACTERÍSTICAS DOS

PRESERVATIVOS

• Não provocar alterações nos materiais com

os quais a madeira tratada irá entrar em

contato: metal, concreto, plástico e couro.

• Ser barato e encontrado com facilidade no

mercado.

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3. 2. CLASSIFICAÇÃO DOS

PERVATIVOS

• Os preservativos são classificados conforme o

solvente: óleo ou água.

• 3.2.1. OLEOSSOLÚVEIS:

• Creosoto: obtido da destilação do alcatrão da

hulha e produzido nas usinas siderúrgicas. É de

composição bastante complexa.

• 90% de hidrocarbonetos

• 3 a 5% de ácidos de alcatrão

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Por que o creosoto é eficiente?

• Por ser constituído de dezenas de substâncias, cada qual apresentandocerta toxidez aos organismos xilófagos, e por conferir à madeirarepelência à água, o creosoto tem se mostrado um dos mais eficientespreservativos da madeira.

• Não provoca corrosão em metais e é recomendado para madeira queserá utilizada em situações de alta incidência de ataque de organismosxilófagos, como em contato com o solo ou com a água. A únicadesvantagem que apresenta é que a madeira com ele tratada mostra-seoleosa, não aceitando a pintura.

• O creosoto pode ser usado também em mistura com alcatrão, em partesiguais. Esta mistura é menos dispendiosa que o creosoto puro e demaior poder de penetração na madeira do que o alcatrão, que emboramais barato que o creosoto, é pouco fluído.

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3. 2. CLASSIFICAÇÃO DOS

PERVATIVOS

• 3.2.1. OLEOSSOLÚVEIS:

• Quinolinolato de cobre-8: nome comercial =

Osmose K-8.

• Baixa toxidez ao homem.

• Recomendado para madeiras que entrarão

em contato com alimentos.

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3. 2. CLASSIFICAÇÃO DOS

PERVATIVOS

• 3.2.2. HIDROSSOLÚVEIS:

• Sais de de boro, cobre, zinco, fluoretos e

compostos de arsênico (Trióxido de arsênio:

sólido, pulverulento e venenoso: As2O3).

• Osmose K-33: Cobre-cromo-arsênico

• Wolmanit CCB: cobre-cromo-boro

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4. PREPARO DA MADEIRA PARA

TRATAMENTO

• DESCASCAMENTO

• QUALQUER CORTE OU ENTALHE

DEVE SER FEITO ANTES DO

TRATAMENTO.

• SECAGEM: para tratamento de madeira

seca. Lugar seco e à sombra.

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4. PREPARO DA MADEIRA PARA

TRATAMENTO (Secagem e

armazenamento)

Fonte: IPT ([1994], p.5)

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5. PROCESSOS

PRESERVATIVOS

• 5.1. PRÁTICOS:

• 5.1.1. Pincelamento e Pulverização ou

Injeção. (Preservativo ou curativo)

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Quando se usa o método da pulverização?

• Por fornecer proteção limitada à madeira, o pincelamento e a pulverização não devemser usados em situações de elevada incidência de ataque por organismos xilófagos,como no caso das peças parcialmente enterradas no solo e das que ficam em contatoconstante com a água.

• Podem ser empregados para madeira seca tanto em tratamentos preservativoscomo curativos. Podem ser aplicados em madeirame de telhado, portas, portões ecomponentes de cercas que não estejam em contato com o solo.

• Tanto os preservativos oleossolúveis como os hidrossolúveis podem ser utilizados. Ocreosoto e outros produtos cujos solventes sejam óleos pesados devem ser excluídosquando houver intenção de se pintar a madeira após o tratamento.

• No caso do pincelamento, o pincel deve estar bastante encharcado e deve ser aplicadovárias vezes no mesmo local, com movimento em diferentes direções, a fim de permitirmaior absorção do preservativo. No caso da pulverização, que também é chamada deaspersão, a operação é executada por meio de um pulverizador portátil. Sãorecomendados os pulverizadores que produzem borrifos bastante finos e o preservativodeve ser aspergido até que comece a escorrer sobre a madeira.

• Nos dois casos, após a absorção do preservativo, outra demão deve ser aplicada na peçatoda e uma terceira demão nas suas extremidades, pois são as regiões mais sujeitas àdeterioração.

• Como a penetração do preservativo na madeira é pequena, recomenda-se reaplicaçãoanual do pincelamento ou da pulverização. Em madeiras bastante permeáveis, obtém-sepenetração de 1 a 5 mm, enquanto que nas madeiras de pouca permeabilidadedificilmente se obtém penetração superior a 1 mm.

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5.1.2. IMERSÃO A FRIO

• Preventivo

• Madeira seca: hidrossolúvel ou oleossolúvel

a 5% de concentração (período de 7 dias). A

penetração ocorre por absorção.

• Madeira verde (> 50% de umidade): sais

hidrossolúveis, 5 a 10% de concentração

(período de 5 dias). A penetração ocorre por

difusão.

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5.1.2. IMERSÃO A FRIO

Cocho de tambor de 200 litros

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5.1.2. IMERSÃO A FRIO

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5.1.3. TRATAMENTO COM PASTA

• O método é conhecido como bandagem.

• Madeiras em contato com o solo.

• Escavar ao redor da peça cerca de 35 cm.

• Raspar e remover a parte apodrecida.

• Aplicar a pasta com auxílio de uma brocha,

15 cm acima do solo e 30 cm abaixo no

nível do solo.

• Envolver a superfície tratada com material

impermeável.

• Absorção por difusão.

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5.1.3. TRATAMENTO COM PASTA

BANDAGEM

OSMOFORM

PREGOS PARA

SEGURAR PAPEL

ZONA “TERRA AR”

TERRA

15 cm

PASTA

OSMOFORM

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5.1.5. BANHO QUENTE-FRIO

• O método é MAIS EFICIENTE DO QUE

OS ANTERIORES.

• Madeira seca (70% de ar) e preservativos

oleossolúveis.

• Banho quente: 2 a 4 horas.

• Banho frio: 2 a 4 horas.

• Creosoto.

• Após tratamento: empilhar a madeira por 20

a 40 dias na sombra.

• Durabilidade: acima de 20 anos.

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5.1.5. BANHO QUENTE-FRIO

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Por que o método banho quente-frio é

métodos prático mais eficiente ?

• Este processo é mais eficiente que os anteriores, sendo recomendado para o tratamentopreventivo de madeira seca com a utilização de preservativos oleossolúveis.

• São utilizados dois recipientes, um com o preservativo quente e outro com opreservativo frio, à temperatura ambiente. A madeira deve permanecer durante 2 a 4horas no banho quente e a seguir ser transferida rapidamente para o banho frio, ondepermanecerá por mais 2 a 4 horas.

• Durante o banho quente, a madeira poderá ficar totalmente imersa na soluçãopreservativa, colocada em um tanque ou em um cocho. Poderá também ser colocada naposição vertical dentro de tambores de 200 litros, com a base das peças imersa nasolução. Durante o banho frio, geralmente costuma-se colocar as peças verticalmentedentro dos tambores, com a base imersa na solução fria.

• A madeira seca geralmente se apresenta com 70% de ar em suas cavidades celulares.Durante o banho quente, a temperatura elevada diminui a viscosidade do óleo e causaa expansão do ar contido na madeira, que é parcialmente expulso. Durante o banhofrio, o ar aquecido remanescente na madeira se contrai rapidamente, provocandoum vácuo que força uma profunda penetração do preservativo na madeira, porabsorção.

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5.1.4. SUBSTITUIÇÃO DE SEIVA

• O processo de substituição de seiva é chamado também de transpiração radial e deve ser empregadoem madeira verde, devendo o tratamento ser iniciado no máximo 24 horas após o corte da árvore.Baseia-se na substituição da seiva por uma solução preservativa hidrossolúvel e o processo perdeeficiência quando ocorrer grande evaporação da água da seiva antes do início do tratamento.

• Soluções aquosas a 5% de concentração são preparadas em tambores vazios de 200 litros cortados aomeio, não devendo o nível das mesmas ultrapassar 2/3 da altura do recipiente. As peças a seremtratadas são colocadas na posição vertical, com a base imersa na solução preservativa. Deve serprovidenciado um suporte para que as peças não caiam do tambor e permaneçam na posição vertical.

• Quando necessário, adiciona-se mais solução até o seu nível aproximar-se da borda do recipiente. Aseguir, coloca-se óleo queimado para formar uma fina camada protetora sobre a solução, com oobjetivo de impedir a evaporação da água da solução.

• À medida que se processa a evaporação da água da seiva pelas partes superiores das peças, a soluçãopreservativa penetra por difusão e capilaridade de suas bases até as pontas. Periodicamente, o nívelda solução deve ser examinado e mantido na altura inicial, através de reposições.

• O tratamento deve ser efetuado em local abrigado da chuva e as peças devem ser arranjadas norecipiente de modo a permitir boa ventilação entre elas, acelerando assim a evaporação da seiva. Operíodo de tratamento varia em média de 2 a 4 dias, sendo que nos meses mais secos e com apresença de ventos o processo se realiza com maior rapidez.

• A quantidade de solução a ser absorvida pelas peças a serem tratadas depende de suas dimensões.Por exemplo, um moirão de 2,20 m de comprimento a 12 cm de diâmetro em sua base deveráabsorver cerca de 2,52 litros de solução preservativa.

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5.2. PROCESSOS INDUSTRIAIS

O que são esses processos e o que eles usam?

• Usam pressão superior à atmosfera para

introduzir a solução preservativa dentro da

madeira, preenchendo todo alburno;

• Usam equipamentos complexos: cilindro de

tratamento (autoclave);

• Tanques de armazenamento, medidor e

misturador de preservativos;

• Tubulações, válvulas;

• Trilhos, vagonetes.

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AUTOCLAVE: cilindro de tratamento (40 mil litros)

COIMOR: Aquidauana-MS

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5.2. PROCESSOS INDUSTRIAIS

Por que são mais eficientes?

• porque o preservativo penetra mais

profundamente na madeira e a distribuição

do preservativo no interior da madeira é

mais uniforme.

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5.2. PROCESSOS INDUSTRIAIS

Existem basicamente dois processos em que o

preservativo é aplicado por pressão:

• 5.2.1. Célula Cheia

• 5.2.2. Célula Vazia

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5.2.1. CÉLULA CHEIA

-25 mm Hg

A-B vácuo inicial

B- 15 min até -25 mm Hg

C- 30 min a -25 mm Hg

D-E 15 min até 12 kgf/cm2

Preenchimento preservativo

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5.2.1. CÉLULA CHEIA

12 kgf/cm2

F- 2 horas a 12 kgf/cm2

G- 28 min: libera pressão e retorna a solução para os tanques

Madeira de lei consome (1.500 a 1.700 L) Eucalipto (3.000L)

H- 10 a 15 min: vácuo final até -25 mm Hg para retirar a madeira

logo em seguida

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5.2.1. CÉLULA VAZIA

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AutoclaveTaque de solução

Misturador

Bombas e

Motores

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MISTURADOR

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MISTURADOR

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VAGONETE

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MANÔMETRO

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VACUÔMETRO:

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TRATOR - CARREGADEIRA

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COIMOR:16 mil dormentes de eucalipto por

mês, 2005/2006: para Minas Gerais

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Fonte: IPT ([1994], p.1)

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALMEIDA, N.L.; LEITE, O.L.V.; LAGO, L. Madeira tratada, melhores lucros. Belo

Horizonte: IEF, 1980. 23p.

CAVALCANTE, M.S. Deterioração biológico e preservação de madeiras. São Paulo: IPT,

1982. 40p. (Pesquisa & Desenvolvimento, 8).

FRANCO, F.C.; BICUDO, L.P. Tratamento de eucalipto para mourões de cerca.

Campinas: CATI, 1970. 14p. (Instruções Práticas SCR, 76).

FREITAS, A.R.; GERALDO, F.C. Preservação de madeiras no Brasil 1978-1979. São

Paulo: IPT, 1982. 53p. (Pesquisa & Desenvolvimento, 5).

GALVÃO, A.P.M. Processos práticos para preservar a madeira. Piracicaba, ESALQ/USP,

1975. 29p.

GHILARDI, E.; MAINIERI, C. Tratamento de moirões roliços de Eucalyptus saligna

pelo processo do banho quente-frio. São Paulo: IPT, 1964. 16p. (Publicação, 606).

IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo). Preservação:

durabilidade e qualidade na madeira. São Paulo, [1994]. [Publicação comemorativa aos 25

anos da Associação Brasileira dos Preservadores de Madeira]. 26 p.

LEPAGE, E.S. Preservação de madeiras. São Paulo, IPT, 1974. 36p.

OLIVEIRA, A.M.F. et al. Capítulo V: Agentes destruidores da madeira. In: OLIVEIRA,

A.M.F. et al. Manual de preservação de madeiras. Vol. 1. São Paulo: IPT, 1986. p. 99-278.

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Módulo 20 - TRATAMENTO PRESERVATIVO DA MADEIRA

Testes de Asserção e Razão

Responda as questões abaixo, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras:

(A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda for justificativa da primeira.Orientação: coloque a

palavra porque entre as proposições P1 e P2 para confirmar se P2 é justificativa de P1;

(B) Se proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não for justificativa da primeira;

(C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta;

(D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta;

(E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas.

I. INTRODUÇÃO

1. (P1) Madeira de eucalipto não necessita de tratamento preservativo para aumentar a sua vida útil na construção civil.

(P2) A durabilidade de madeira de povoamentos de eucalipto no Brasil é semelhante a de madeiras como aroeira,

candeia e peroba-rosa.

2. (P1) O preservativo de madeira é usado para impregnar e tratar o alburno de madeiras de crescimento rápido. (P2) O

alburno não apresenta alta densidade básica e o cerne sim.

3. (P1) O setor de preservação de madeira ficou consolidado no Brasil a partir de 1965. (P2) A lei Federal nº 4.797 de 1965

tornou obrigatório em todo território nacional o emprego de madeira preservada pelas companhias de serviço público

de transporte, energia e telecomunicações.

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II. AGENTES DESTRUIDORES DA MADEIRA

4. (P1) Os agentes biológicos são mais importantes a serem considerados no tratamento preservativo da madeira do que os

físicos e químicos. (P2) Os organismos xilófagos são aqueles capazes de usar direta ou indiretamente as substâncias

armazenadas na madeira.

5. (P1) A madeira apresenta valor de pH favorável para o desenvolvimento de fungos. (P2) Os valores adequados de pH

para o desenvolvimento de fungos xilófagos encontram-se entre 4,5 e 5,5 e a maioria das espécies florestais produzem

madeira cujo pH se apresenta dentro dessa faixa.

III. PRESERVATIVO DA MADEIRA

6. (P1) Um bom preservativo deve ser de alta permanência no interior da madeira. (P2) O preservativo de madeira não deve

se decompor e não se alterar após formar um composto no interior da madeira.

7. (P1) O preservativo de madeira deve formar um composto estável no interior da madeira. (P2) O preservativo não deve

se evaporar e nem se lixiviar pelas águas da chuva ou pela umidade do solo.

8. (P1) O creosoto é um preservativo oleoso eficiente e sua composição química é simples. (P2) O creosoto é tóxico aos

diferentes tipos de organismos xilófagos.

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(IV) PROCESSOS PRÁTICOS DE PRESERVAÇÃO DE MADEIRA

9. (P1) A pulverização de preservativo pode ser feita em madeira que sofreu alta incidência de ataque por organismos. (P2)

No processo de pulverização, pode-se usar preservativo oleossolúvel ou hidrossolúvel.

10. (P1) No processo preservativo por imersão a frio, quando se usa madeira seca, pode-se empregar sais hidrossolúveis e

soluções oleosas. (P2) Quando se usa madeira seca, neste processo de imersão, a penetração do preservativo se dá por

absorção.

11. (P1) Quando se trata madeira verde no processo de imersão a frio apenas os preservativos oleosos são usados. (P2) No

processo de imersão a frio, ocorre a penetração do preservativo oleoso na madeira, por difusão.

12. (P1) O tratamento com pasta é usado no tratamento preventivo de madeiras que estão em contato com o solo. (P2) No

tratamento com pasta, o preservativo é aplicado na superfície da madeira, na região denominada zona terra-ar.

13. (P1) O processo de substituição de seiva só pode ser empregado no tratamento de madeira verde. (P2) Nesse processo, a

penetração da solução preservativa hidrossolúvel na madeira ocorre por difusão e capilaridade.

14. (P1) Após o tratamento preservativo, a madeira roliça permanece na horizontal para secagem. (P2) Todo furo, entalhe,

corte e descascamento deve ser feito antes do tratamento.

15. (P1) O tratamento feito pelo processo banho quente-frio é mais eficiente do que o de substituição de seiva. (P2) Durante

o banho quente, ocorre a expansão do ar contido na madeira, que é parcialmente expulso, e durante o banho frio o ar

aquecido remanescente na madeira se contrai rapidamente, provocando um vácuo que força uma profunda penetração

do preservativo na madeira, por absorção.

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(IV) PROCESSOS INDUSTRIAIS

16. (P1) Os processos industriais usam pressão superior à atmosfera para introduzir a

solução preservativa dentro da madeira e são os mais eficientes do que os processos práticos

vistos anteriormente. (P2) No processo industrial o preservativo penetra mais

profundamente na madeira e a distribuição do preservativo no interior da madeira é mais

uniforme.

Quadro de Respostas

1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( )

6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( )

11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( )

16. ( )

O gabarito de respostas é apresentado na página seguinte.

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Gabarito do Módulo 20 - 2009

Tratamento Preservativo da Madeira

1. ( E ) 2. ( A ) 3. ( A ) 4. ( A ) 5. ( A )

6. ( B ) 7. ( B ) 8. ( D ) 9. ( D ) 10. ( B )

11. ( E ) 12. ( B ) 13. ( A ) 14. ( B ) 15. ( A )

16. ( A )