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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia de Computação BRUNNO ALVES FERREIRA JEFERSON ANDRÉ PUGAS TIAGO DE OLIVEIRA LEME PLANO DE PROJETO UTILIZANDO A METODOLOGIA PMBOK PARA MIGRAÇÃO DE VERSÃO DO ERP PROTHEUS Itatiba 2013

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia de Computação

BRUNNO ALVES FERREIRA JEFERSON ANDRÉ PUGAS TIAGO DE OLIVEIRA LEME

PLANO DE PROJETO UTILIZANDO A METODOLOGIA PMBOK

PARA MIGRAÇÃO DE VERSÃO DO ERP PROTHEUS

Itatiba 2013

BRUNNO ALVES FERREIRA – R.A. 002200800159 JEFERSON ANDRÉ PUGAS – R.A. 002200500179 TIAGO DE OLIVEIRA LEME – R.A. 002200800166

PLANO DE PROJETO UTILIZANDO A METODOLOGIA PMBOK

PARA MIGRAÇÃO DE VERSÃO DO ERP PROTHEUS

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia de Computação da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Computação.

Orientador: Prof.ª Vânia Franciscon Vieira

Itatiba 2013

As nossas famílias e amigos.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos, as nossas famílias, por tudo.

Aos nossos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constante.

A Professora Vânia F. Vieira, pela paciência na orientação e incentivo que

tornaram possível a conclusão deste trabalho de conclusão de curso.

RESUMO

O ERP é uma plataforma de software que foi desenvolvida com o objetivo de

unificar diversos setores de uma empresa, possibilitando a automação e

armazenamento de todas as regras de negócio. Com as evoluções apresentadas nos

processos envolvidos com o ERP e com a evolução da arquitetura de T.I. a aplicação

ERP e seus componentes precisam se adequar às atualizações que o mercado sofre

periodicamente. Para o planejamento e realização dessas adequações foi utilizado o

PMBOK, um conjunto de práticas que permite gerenciar projetos de diferentes áreas,

inclusive a migração de versão do sistema Protheus. Utilizando os conceitos do

PMBOK foi criado um plano de projeto para o auxilio na migração de versão do ERP

Protheus.

Palavras-chave: PMBOK. Protheus. Enterprise Resource Planning. Gerencia de Projetos.

ABSTRACT

The ERP is a software platform that has been developed with the goal of unifying

various departments of a company, enabling the automation and storage of all

business information. With the evolution presented in the processes involved with the

ERP and the IT architecture evolution, the ERP application and its components need

to comply with the updates that the market suffers periodically. For planning and

carrying out these adjustments it has been created the PMBOK, a set of practices that

enables to manage projects from different areas, including Protheus system version

migration. Using the concepts of PMBOK a project plan has been created to aid in the

ERP Protheus version migration.

Key words: PMBOK. Protheus. Enterprise Resource Planning. Project Management.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Tela de Instalação Protheus ............................................................ 33 

Figura 2 – Parâmetro Inicialização do Sistema ................................................. 37 

Figura 3 – Introdução ao Migrador de versão ................................................... 37 

Figura 4 – Tela de login para inicialização do migrador .................................... 38 

Figura 5 – Escolha da versão para qual será atualizado o sistema. ................. 39 

Figura 6 – Escolha do diretório raiz do sistema. ............................................... 39 

Figura 7 – Configuração do processo de atualização. ...................................... 40 

Figura 8 – Empresas e tarefas que serão executadas no migrador. ................ 41 

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Subdiretórios x Descrição. .............................................................. 30 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ERP – Enterprise Resourse Planning (Planejamento dos Recusros da

Empresa)

MRP I – Material Requirement Planning (Planejamento das Necessidades do

Material)

MRP II – Manufacturing Resources Planning (Planejamento dos Recursos de

Manufatura)

PMBOK – Project Management Body of Knowledge (Conjunto

de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos)

PGP – Plano de Gerenciamento de Projeto

PMI – Project Management Institute (Instituto de Gestão de Projetos)

PMQ – Project Management Quarterly (Gestão de Projeto Trimestral)

SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12 

2.  OBJETIVO ................................................................................................................... 14 

3.  METODOLOGIA .......................................................................................................... 15 

4.  GERENCIAMENTO DE PROJETOS ........................................................................... 16 

5.  PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI) ............................................................ 17 

5.1  A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK) ................ 17 

5.2  Project Management Professional (PMP) ......................................................... 23 

5.3  Plano de projeto ................................................................................................ 24 

5.4  Escopo do Projeto ............................................................................................. 24 

5.5  Gestão de tempo .............................................................................................. 25 

5.6  Gestão de riscos ............................................................................................... 26 

6.  ELABORAÇÃO DO PLANO DE PROJETO ................................................................ 27 

6.1  Escopo do projeto ............................................................................................. 27 

6.2  Gerenciamento do Tempo ................................................................................ 28 

6.2.1.  Definição e Sequenciamento das atividades ................................................ 29 

6.2.2.  Preparação do ambiente a ser migrado ....................................................... 31 

6.2.3.  Instalação da nova versão ........................................................................... 32 

6.2.4.  Atualização da nova versão ......................................................................... 33 

6.2.5.  Preparando o Ambiente a ser migrado ......................................................... 35 

6.2.6.  Executando o atualizador de versão (MP710TO110) ................................... 36 

6.3  Gerenciamento de recursos humanos do projeto ............................................. 42 

6.4  Gerenciamento de custos do projeto ................................................................ 42 

6.5  Gerenciamento de qualidade do projeto ........................................................... 43 

6.6  Gerenciamento de riscos do projeto ................................................................. 44 

6.6.1.  Definição dos riscos ..................................................................................... 45 

6.6.2.  Identificação os riscos .................................................................................. 45 

7.  CONCLUSÃO .............................................................................................................. 46 

8.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 47 

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1. INTRODUÇÃO

O termo Enterprise Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da

Empresa - começou a ser utilizado no Brasil em meados da década de 90 quando as

empresas estrangeiras começaram a se estabelecer no nosso país. A origem desta

sigla tem uma trilha bastante curiosa. Há de se lembrar de que uma das primeiras

grandes aplicações comerciais, ainda na época dos mainframes, em 1960, foi um

sistema denominado MRP I – Material Requirement Planning, e que basicamente

calcula a necessidade de compra de matérias-primas e produção de componentes a

partir de previsão de vendas e de uma situação de estoque. Isto, em grandes fábricas,

com grandes quantidades de produtos acabados, inúmeros níveis de componentes,

cada um formado por matérias-primas utilizadas muitas vezes em quantidades

diferentes, é um calculo bastante trabalhoso. (Haberkorn, Ernesto, 2003)

Se por um lado o MRP informa o que deve ser produzido e comprado, por outro

ele não diz como. E como quem dá a missão deve fornecer os meios, surgiram a

seguir, já na década de 70, os sistemas MRP II. A sigla é mera coincidência, daí a

diferenciação pelo ordinal I e II. MRP II significa Manufacturing Resources Planning,

traduzindo Planejamento dos Recursos de Manufatura. Através do MRP II é possível

saber quem vai produzir, quando e com quais recursos, ou seja, a fábrica é alocada

minuto a minuto, operação a operação de acordo com um calendário pré-definido e

um conjunto de recursos disponíveis. (Haberkorn, Ernesto, 2003).

Com as evoluções apresentadas nos processos envolvidos com o ERP

(obrigações fiscais, leis trabalhistas) e com a evolução da arquitetura de T.I. (Sistema

Operacional, Banco de Dados) a aplicação ERP e seus componentes precisam se

adequar a essas atualizações que o mercado sofre periodicamente. Por exemplo, com

a evolução da arquitetura dos sistemas operacionais de 32 para 64 bits, as aplicações

ERP necessitam ser adequadas para que possam operar de forma otimizada nessa

nova plataforma. Outro ponto importante é o ciclo de vida do suporte que o fabricante

oferece para cada versão do ERP, ou seja, em determinado ponto o fabricante para

de oferecer suporte à determinada versão da aplicação, ou seja, em um caso de

indisponibilidade aonde todos os processos de correção documentos não são

suficientes para efetuar a correção do erro, o analista responsável pela aplicação não

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pode mais recorrer ao fabricante solicitando um novo procedimento e/ou patch de

correção, esse mesmo conceito é aplicado para a infraestrutura que suporta aplicação

(sistema operacional, banco de dados, hardware, etc.). Nesses casos de falha a

empresa responsável apenas informa o cliente que a aplicação não é mais suportada

e também sugere as versões que a aplicação pode ser migrada, caso a aplicação seja

migrada e o erro persista o fornecedor toma uma ação de correção. Com a falta de

suporte do fabricante, os períodos de downtime podem ser mais constantes visto que

comparado com a versão suportada, a versão em backlevel não possui nenhum

atualização de correção (patches, workarounds, atualizações de registros, etc.).

Para que sejam evitados estes tipos de problemas e conduzir uma implantação

eficiente que atenda os requisitos do cliente com qualidade, deve-se ter uma equipe

de implantação com conhecimentos aprofundados em técnicas de gestão de projeto,

a fim de focar a atenção aos pontos mais críticos no processo de implantação para

obter sucesso. Tendo como base estas premissas, torna-se então viável a utilização

dos conceitos do PMBOK para gerenciar este tipo de projeto. A metodologia PMBOK

consiste de ferramentas que ajudam a entrega do produto mais ágil e de acordo com

os padrões especificados pelo cliente em questão, mantendo como foco principal o

controle dos riscos e melhoria contínua da qualidade do produto, atendendo aos

padrões do Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI) e utilizando de boas práticas

para que sejam apresentadas melhorias desde a ideia até a fase de apresentação e

avaliação de resultados.

Os fatores abordados nas práticas de gestão de projetos são interdependentes,

ou seja, qualquer fator que seja alterado no plano de projeto provavelmente resultará

na alteração dos demais recursos do mesmo, ocasionando na melhoria ou total

desequilíbrio na execução do projeto. Além de todos estes conceitos, o gerente do

projeto deve analisar e gerenciar toda e qualquer influência que agentes internos e

externos possam gerar para que seja efetivamente garantido um resultado de

sucesso.

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2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho de conclusão de curso é apresentar um plano

de projeto de migração de versão do ERP Protheus, utilizando das práticas contidas

no PMBOK, mostrando a eficácia da implantação de uma solução previamente

planejada com etapas definidas e que possui como principal característica a

possibilidade de gerenciar de forma eficaz escopo, tempo, risco, qualidade e

comunicação entre as partes envolvidas.

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3. METODOLOGIA

Foi desenvolvida a documentação baseada em conteúdos bibliográficos

criando um plano de gerenciamento de projeto dentro dos conceitos abordados pelo

PMBOK.

O escopo do projeto envolve a descrição da situação geradora do projeto e os

objetivos específicos, apresentando quais são as dificuldades inicias e quais as

necessidades pertinentes ao plano de projeto. O escopo aborda também quais os

resultados esperados com a implantação de um possível projeto e qual será o alvo da

implantação da solução que será definida na conclusão do plano de projeto.

Os riscos estarão presentes em todas as áreas do projeto, desde um problema

com variação dos prazos a problemas com quaisquer partes envolvidas no mesmo. A

avaliação destes riscos torna-se uma tarefa de suma importância, pois qualquer

variação que não tenha sido prevista pode levar o projeto a tornar-se inviável. Melhor

do que definir os riscos, é poder analisá-los e classificá-los para que o planejamento

de resposta seja feito de maneira eficaz, garantindo que as surpresas durante a

execução do projeto sejam as menores possíveis.

Foi elaborado um levantamento dos procedimentos e requisitos que abrangem

a migração do sistema. Dentre os requisitos, foram levados em conta as configurações

de hardware dos equipamentos envolvidos, os softwares que serão utilizados no

processo e na execução do sistema e a qualificação técnica dos profissionais que irão

executar a migração.

Baseado nos procedimentos e requisitos foi elaborado um documento que

contempla o detalhamento da execução da migração do Protheus. Neste documento

são abordadas as etapas básicas de como deverá ser executada a migração, bem

como os troubleshootings para os erros já documentados pelo desenvolvedor da

aplicação.

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4. GERENCIAMENTO DE PROJETOS

A área chave de pesquisa deste projeto foi o gerenciamento de projetos. Essa

pesquisa envolveu os mais variados autores e teve como principal referência as

práticas contidas no guia de gerenciamento de projetos, o PMBOK. O benefício da

especialização desta área de pesquisa é estar a par com os desenvolvimentos mais

recentes no campo de projetos, o que leva a ter um trabalho de pesquisa mais

relevante e focalizado, balanceando integração e continuidade ao longo do projeto de

migração do ERP Protheus.

O gerenciamento de projetos é um empreendimento integrado, e requer que

cada processo de projeto ou produto seja alinhado e conectado de forma apropriada

com os outros processos para facilitar a coordenação. As ações adotadas durante um

processo em geral afetam esse e outros processos relacionados. (PROJECT

MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 39)

À medida que mais informações ou características do projeto são coletadas e

entendidas, pode ser necessário um planejamento adicional. Mudanças significativas

ocorridas ao longo do ciclo de vida do projeto acionam uma necessidade de revisitar

um ou mais dos processos de planejamento e possivelmente, alguns dos processos

de iniciação. Este detalhamento progressivo do plano de gerenciamento do projeto

com frequência é denominado “planejamento por ondas sucessivas”, indicando que o

planejamento e a documentação são processos iterativos e contínuos. (PROJECT

MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p.46)

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5. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (PMI)

O Project Management Institute conhecido como PMI, foi fundado na

Pensilvânia, por cinco voluntários no ano de 1969, que ao final da década de 70 já

contavam com mais de 2.000 associados pelo mundo (PMISP, 2013).

As publicações referentes ao órgão PMI eram conhecidas mundialmente e os

serviços e programas começaram a ser procurados com maior frequência,

necessitando assim, da criação de um código de Ética que regulamentava o instituto,

e o PMQ Special Report on Ethics Standards and Accreditation, um primeiro modelo

de padrão de gerenciamento de projetos (PMISP, 2013).

Nos anos 90, de acordo com o site do PMISP (2013), o número de associações

ultrapassava a marca de 8.500 e crescia cerca de 20% ao ano. Para atender a

crescente demanda, foi publicada então, inclusive através da internet a A Guide to the

Project Management Body of Knowledge (PMBOK) uma norma que engloba todas as

áreas de gerenciamento de projetos.

Com uma série de serviços, programas e certificações o PMI atualmente faz

parte de 185 países com mais de 500.000 associados em diversos setores industriais.

É reconhecida como a principal associação profissional em gerenciamento de projetos

e se preocupa com a prática, fazendo do PMBOK um guia profissional a ser seguido

mundialmente tendo em vista à padronização em gerenciamento de projetos (PMISP,

2013).

5.1 A Guide to the Project Management Body of Knowledge

(PMBOK)

De acordo com MAXIMIANO (2002) um projeto consiste em uma gama de

atividades com uma sequencia temporal programada, isto é, com começo, meio e fim,

cuja finalidade é atender um objetivo predeterminado. É um empreendimento bem

definido que consome recursos e opera sob pressão de prazos, custos e

qualidade (KERZNER, 2010).

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O objetivo de um projeto é criar um produto, serviço ou resultado exclusivo de

uma demanda, sendo assim, cada projeto é singular, mesmo que contenham

características semelhantes e/ou elementos repetidos. Um projeto só é concluído

quando o objetivo for alcançado ou quando se constatar que não há possibilidades de

concluí-lo, ou mesmo quando não houver mais a necessidade do mesmo (PMBOK,

2008).

Kerzner (2010) ressalta que para atender as necessidades e a alta

competitividade do mercado de modo mais ágil e com o menor risco de fracasso, os

executivos perceberam a importância de gerenciar e estruturar os projetos de maneira

mais detalhada e eficaz, investido em formação e conhecimento e, garantindo assim,

melhores resultados para a empresa.

Partindo do pressuposto de que o processo de gerenciamento de projetos

consiste em governar etapas ao longo de seu ciclo de vida da melhor maneira possível

a partir de uma estrutura predeterminada, adequando ao contexto mais amplo do

programa ou da instituição patrocinadora, o Guia do Conhecimento em

Gerenciamento de Projetos PMBOK é um método de acompanhamento sistemático

visando à garantia de sucesso de um determinado projeto (PROJECT MANAGEMENT

INSTITUTE, 2008).

O PMBOK é uma norma reconhecida para a profissão de gerenciamento de

projetos, cujo principal objetivo é fornecer uma visão geral dos conhecimentos em

gerenciamento de projetos, com a aplicação correta das habilidades, ferramentas e

técnicas, controlando custos e prazos mantendo a competitividade e aumentando as

chances de sucesso (VALLE et al., 2007).

Para isso o PMI considera o PMBOK como uma metodologia de referência

básica de gerenciamento de projetos para seus programas de desenvolvimento

profissional e certificações (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008).

Para o guia PMBOK (2008) gerenciar um projeto é aplicar técnicas, habilidades,

conhecimentos e ferramentas necessárias com a finalidade de atender os requisitos,

passando por um total de 42 processos essencialmente alocados em cinco grupos:

iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento.

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De acordo com VARGAS (2005):

A Fase de definição consiste fase inicial do projeto, cujas características das

fases do projeto são moldadas de acordo com a definição da missão e do

objetivo.

A segunda Fase de planejamento requer o planejamento estratégico de

abordagem do projeto, detalhando tudo o que será realizado.

A Fase de execução é a materialização do que foi planejado. Geralmente

os erros ficam evidentes nesta etapa.

O controle acontece em paralelo à execução do projeto, tendo como

objetivo acompanhar e propor ações corretivas e preventivas no menor

tempo possível.

A Fase de finalização ocorre através da avaliação da execução dos

trabalhos por meio de auditoria interna ou externa.

Estas características são conhecidas como ciclo de vida do projeto, que

conforme aponta VARGAS (2005) dependem da natureza do projeto, partindo de uma

ideia até a execução. Vale ressaltar que cada fase define a natureza dos trabalhos

que deverão ser realizados e quais os principais envolvidos.

Há três tipos básicos de relações entre as diversas fases de um projeto. A

Relação Sequencial é aquela que uma fase começa somente quando a anterior estiver

totalmente concluída. Esta fase diminui as incertezas, porém pode eliminar as opções

de redução do cronograma, por exemplo. Já a Relação Sobreposta tem inicio antes

da fase anterior estar terminada, através de uma técnica chamada paralelismo. O

prazo pode ser reduzido com esta fase, porém, há maior probabilidade de retrabalhos,

se a fase anterior não for bem executada. A terceira relação é denominada de Relação

Interativa, na qual o planejamento da fase posterior é feito apenas na medida em que

os trabalhos da fase atual forem avançando. Durante todo ciclo de vida de um projeto

mais de uma relação entre as fases podem ser aplicadas (PROJECT MANAGEMENT

INSTITUTE, 2008).

Segundo MAXIMIANO (2002) recomenda-se seu uso por se tratar de uma

ferramenta completa para o gerenciamento de projeto. Embasado nos conceitos do

PMBOK (2008) para a qualidade do gerenciamento de projetos, existem nove áreas

20

de conhecimento para cada processo de gerenciamento um determinado projeto. São

elas:

ÁREA 1 – Gerenciamento de integração:

Na integração do projeto são inclusos os processos para identificação,

definição, combinação, unificação e coordenação das atividades dos grupos de

gerenciamento. No processo de integração, são inclusas características como, a

unificação, consolidação, articulação e ações integradoras, que são essenciais para o

término do projeto com sucesso, atendendo aos requisitos.

ÁREA 2 – Gerenciamento do escopo do projeto:

Nesta área, o gerenciamento do escopo inclui os passos necessários para

assegurar que o projeto possua todo o trabalho necessário para terminá-lo com

sucesso. O gerenciamento e as ferramentas variam de acordo com a área de

aplicação e normalmente são definidos como parte do ciclo de vida do projeto.

ÁREA 3 – Gerenciamento de tempo do projeto:

Esta etapa é fundamental para o término pontual do projeto, a partir de um

cronograma, que o guia PMBOK abrange também os dados e cálculos que produzem

o próprio cronograma, referindo-se ao mecanismo de agendamento preenchido com

os dados do projeto.

ÁREA 4 – Gerenciamento de custos do projeto:

Gerenciar custos envolve estimativas, orçamentos e controles de custos a fim de

que o projeto termine dentro do orçamento aprovado. Preocupa-se principalmente

com os custos dos recursos necessários para o projeto.

ÁREA 5 – Gerenciamento de qualidade do projeto:

A área de gerenciamento da qualidade abrange os processos e as atividades

da organização executora que determinam as políticas de qualidade, os objetivos e

as responsabilidades por meio de políticas de qualidade e procedimentos com

atividades de melhoria contínua de processos. O gerenciamento da qualidade se

21

aplica ao gerenciamento do projeto e ao produto, pois as medidas e técnicas de

qualidade específica do produto são resultantes do projeto.

ÁREA 6 – Gerenciamento de recursos humanos do projeto:

Gerenciar recursos humanos inclui os processos que organizam a equipe do

projeto. A equipe consiste nas pessoas com papéis e responsabilidades designadas

para a conclusão. É importante o envolvimento e a participação de todos os membros,

assim como a interação entre eles.

ÁREA 7 – Gerenciamento das comunicações do projeto:

Assegura que as informações sejam geradas, coletadas, distribuídas,

armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriadas. A

comunicação pode ser interna (em todos os níveis da organização) ou externa à

organização. Deve ser eficaz e abranger diferentes níveis de conhecimento e diversas

perspectivas.

ÁREA 8 – Gerenciamento de riscos do projeto:

Fazem parte do Gerenciamento de riscos: planejamento, identificação, análise,

planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos. É uma tarefa

importante para o aumento da probabilidade de impactos positivos e para a redução

de impactos negativos no projeto. O risco do projeto é sempre futuro e incerto. A causa

pode estar associada a um requisito, uma premissa, uma restrição ou uma condição

que gerem futuros impactos, podendo ter uma ou mais causas. Devem ser

identificados e analisados, a fim de promover o planejamento de respostas, porém se

o risco já ocorreu pode ser considerado um problema.

ÁREA 9 – Gerenciamento de aquisições do projeto

Gerenciar aquisições significa incluir os processos necessários para compra de

novos produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto. Devem

assegurar que todas as aquisições sejam necessárias para o desenvolvimento do

projeto e ao mesmo tempo sejam adequadas as politicas de aquisição da empresa.

22

Inclui-se no gerenciamento de aquisições contratos, compras, aspectos jurídicos e

disciplinas técnicas.

Utilizando-se destas nove áreas é possível criar e gerenciar um plano de projeto

de forma eficiente. Para gerenciar projetos, é necessária uma equipe integrada e do

exercício de diferentes funções visando à garantia de bom desempenho e qualidade

essenciais para os projetos. Segundo VALLE et al. (2007, p. 26) “a tarefa central do

gerenciamento de projetos sempre foi a combinação do trabalho de diferentes

pessoas para a execução de tarefas que seriam úteis para os clientes ou as

organizações”.

Para isso é necessário um gerente de projeto, que é a pessoa designada para

seguir os passos norteadores no desenvolvimento e cumprimento do projeto a fim de

atingir o objetivo inicialmente proposto (PMBOK, 2008).

De acordo com o PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE (2008) o gerente e

sua equipe devem abordar e controlar cada processo com cuidado, este esforço é

conhecido como adequação. Para atingir todos os passos contidos no PMBOK, deve

haver um processo alinhado e conectado com outros processos de forma a facilitar a

coordenação. Gerenciar um projeto de forma bem sucedida requer gerenciar

ativamente estas interações para que se cumpra o esperado pelo patrocinador, pelo

cliente ou por outras partes interessadas.

Segundo o manual do PMI, os projetos não podem operar com um sistema

fechado. Para isso, são munidos de processos de gerenciamento, nos quais são

agrupados em cinco categorias conhecidas como grupos de processos, que são

distintos das fases do processo. O primeiro grupo consiste no grupo de processos de

iniciação, ou seja, define o novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente. O

segundo é o grupo de processos de planejamento, ferramenta que opera para definir

o escopo, refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação. O próximo grupo é o

grupo de execução, que consiste na execução do trabalho propriamente dita. O grupo

de monitoramento e controle acompanha, revisa e regula o processo e desempenho,

identificando se há a necessidade de mudanças. E, por fim, o grupo de processo de

encerramento finaliza as atividades de todos os outros grupos de processos. Estes

processos podem gerar informações que aprimoram o gerenciamento de projetos

23

futuros. São apresentados como elementos distintos, porém na prática eles se

sobrepõem e interagem entre si (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2008).

As vantagens de gerenciar um projeto com qualidade podem ser inúmeras,

acarretando em resultados positivos respeitando qualidade, orçamentos de custos e

prazos. Conforme apontado por VARGAS (2005) o principal benefício do

gerenciamento de projetos é que este não se aplica somente aos projetos grandes,

podendo ser aplicados em empreendimentos de qualquer complexidade e em

qualquer área de negócios e sendo extremamente eficaz.

Contudo, o mesmo autor afirma que existem muitos fracassos decorrentes de

obstáculos naturais/externos e que não estão ao controle da organização. Podem ser

evitados ou minimizados a partir de um bom gerenciamento de riscos, porém muitos

fracassos também ocorrem das falhas gerenciais. O projeto pode ser cancelado por

diversos motivos, entre eles, fatores naturais, má liderança e gerenciamento, falta de

verbas, mau aproveitamento de tempo, não cumprimento de cronograma, entre

outros, causando um impacto negativo em diversas instâncias da empresa VARGAS

(2005).

5.2 Project Management Professional (PMP)

De acordo com o PMISP (2013) desde 1984 há a dedicação contínua no

desenvolvimento e manutenção de um rigoroso programa de Certificação, conhecido

como Project Management Professional (PMP).

O Project Management Professional é a certificação gerada pelo PMI aos

profissionais que cumprem todos os requisitos para a certificação, sendo a primeira

certificação a ser reconhecida pela International Organization for

Standardization (ISO) 9001. É um rigoroso programa mantido pelo PMI com o intuito

de garantir o avanço profissional em gerenciamento de projetos e reconhecimento

individuais para os portadores desta certificação (PMISP, 2013).

Para obter a Certificação PMP, o profissional deve comprovar experiência em

duas categorias passar no Exame de Certificação PMP e aderir ao Código de Conduta

24

Profissional (Code of Professional Conduct). O portador desta certificação tem um

grande prestigio no grupo de profissionais na comunidade de gerenciamento de

projetos e passa a seguir guia PMBOK para conhecimento e aperfeiçoamento na

profissão (PMISP, 2013).

Atualmente, diversas organizações estão interessadas em profissionais com a

Certificação PMP, focando o padrão de qualidade dos serviços oferecidos por este

tipo de profissional.

5.3 Plano de projeto

O planejamento de projeto é um processo continuo que não acaba com o inicio

da execução. É engano pensar que basta estabelecer um PGP (Plano de

Gerenciamento de Projeto) e implementá-lo. O plano precisa ser mantido atualizado

para refletir a execução do projeto e as mudanças autorizadas, pois até mesmo as

orientações básicas e os objetivos, que normalmente são validos por um tempo mais

longo, podem mudar durante o projeto. É muito importante que haja acordo entre os

envolvidos no projeto para que o PGP seja modificado. E, quando não se consegue

este acordo, é sempre melhor aceitar a situação e abandonar uma determinada

abordagem para um projeto, que implementá-la contra os fortes interesses das

principais partes interessadas. Não se deve acreditar que “tudo é possível”, pois o

planejamento implica em custos que precisam ser justificados pelos benefícios obtidos

da adaptação do PGP. (VIVACQUA; MACEDO; XAVIER, 2009, p. 31).

É importante ressaltar que a metodologia utilizada para gerenciamento de

projetos utilizada faz uso de tarefas definidas, ou seja, todo o processo de

gerenciamento é dividido em áreas menores. A primeira área do gerenciamento é o

Gerenciamento de escopo do projeto.

5.4 Escopo do Projeto

Segundo Vicacqua, Macedo e Xavier (2009, p. 138) o processo de aceitação

de escopo tem como objetivo obter o aceite formal do escopo do projeto pelas partes

envolvidas (steakholders). Isto exige uma revisão dos produtos e resultados dos

trabalhos para garantir que tudo foi completado correto e satisfatoriamente, com

25

correspondente aceite do cliente. Desta forma esse processo depende da aprovação,

pelo controle de qualidade, dos produtos e serviços gerados. A gestão do escopo é

representada pelos processos necessários para assegurar que o projeto comtemple

todo trabalho, e apenas o trabalho necessário para que a missão do projeto seja

atingida. Os processos são a iniciação, o planejamento do escopo, o detalhamento do

escopo, a verificação do escopo e o controle de mudanças do escopo. Deve ficar clara

a diferença entre o escopo do produto e escopo do projeto. O escopo do produto

determina as funções e características do serviço ou produto a ser produzido pelo

projeto. Já o escopo do projeto determina e quantifica o trabalho a ser executado para

gerarmos o produto ou serviço do projeto tal como delimitado no seu escopo.

(HABERKORN, 2003, p. 197)

5.5 Gestão de tempo

A gestão de tempo é representada pelos processos que efetivarão o

cumprimento dos prazos envolvidos. São eles a definição de atividades, o

sequenciamento das atividades, a estimativa da duração das atividades, o

desenvolvimento do cronograma e o controle do cronograma. A variação do tempo de

execução das tarefas ou entrega dos produtos ou subprodutos em um projeto é um

dos fatores de maior impacto nos custos e qualidade, assim como nas outras gestões.

É também inúmeras vezes causa de conflitos e renegociações. A gestão do tempo

pode ser definida como a perfeita sincronia de entrega dos produtos de fornecedores

internos para clientes internos do projeto. Portanto, a sincronia nos prazos de entrega

e recebimento é fundamental e crítica, e o sequenciamento das atividades, peça sem

a qual o quebra-cabeça do projeto não se completará. (HABERKORN, 2003, p. 199)

Os processos de gerenciamento do tempo do projeto e suas ferramentas e

técnicas associadas são documentados no plano de gerenciamento do cronograma.

O mesmo é contido no plano de gerenciamento do projeto ou é um plano auxiliar,

podendo ser formal ou informal, altamente detalhado ou generalizado, baseado nas

necessidades do projeto e deve incluir os limites de controle apropriados. (PROJECT

MANAGEMENT INSTITUTE, 2008, p. 113).

26

5.6 Gestão de riscos

A gestão de riscos é representada pelos processos que identificam e analisam

riscos, e criam um plano de resposta adequado a ocorrência de qualquer risco

previamente identificado. São eles a identificação dos riscos, a quantificação dos

riscos, o desenvolvimento das respostas aos riscos e o controle das respostas aos

riscos. O gerenciamento dos riscos consiste em mapear, analisar e avaliar riscos nas

tarefas do projeto que comprometam o sucesso do mesmo. Quando pensamos em

riscos, dois itens merecem destaque: a probabilidade da sua ocorrência e o reflexo

sobre o projeto em algum dos seus indicadores (tempo e custo, por exemplo) em

termos de prejuízos e benefícios. (HABERKORN, 2003, p. 211)

27

6. ELABORAÇÃO DO PLANO DE PROJETO

O planejamento de projetos requer conhecimentos, habilidades, ferramentas e

técnicas que possibilitem alcançar ou exceder as necessidades e as expectativas dos

seus empreendedores. A necessidade de planejamento é algo que a maioria dos

profissionais do mercado entendem do que se trata, no entanto, são poucos aqueles

que realmente planejam ou executam seus planos e atividades, ou seja, os que

organizam seus passos utilizando metodologia, pesquisa e bom senso no

planejamento. A metodologia de planejamento de projetos utilizada possui áreas de

conhecimento muito bem definidas.

Uma área de conhecimento é definida por seus requisitos de conhecimentos e

descrita em termos dos processos que a compõem, suas práticas, entradas, saídas,

ferramentas e técnicas. Existem nove áreas de conhecimento, são elas: Integração,

Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações, Riscos e

Aquisições.

6.1 Escopo do projeto

Qualquer modificação que seja feita no sistema de uma empresa com uma

quantidade considerável de dados sem qualquer tipo de planejamento pode se tornar

muito arriscada, pois qualquer falha não prevista por uma equipe de planejamento

especializada pode causar grandes prejuízos às empresas que necessitam fazer a

migração de versão do Protheus. O objetivo deste projeto é evitar que quaisquer falhas

causem tal fracasso da migração.

Para que o projeto seja concluído com êxito, será necessário que alguns

requisitos sejam preenchidos a fim de atingir uma maior economia de recursos e

minimização de eventuais problemas que venham a ser causados por má

administração de recursos como gerenciamento de riscos e tempo. Todo o

planejamento tem como principal premissa cumprir com as expectativas do cliente

com uma chance muito maior de sucesso.

O projeto é um modelo standard para todos que tiverem a necessidade de

efetuar a migração de versão do Protheus, atendendo assim ao maior campo de

28

clientes possível. Após concluída esta etapa é iniciada a etapa de gerenciamento de

tempo do projeto.

6.2 Gerenciamento do Tempo

O Guia PMBOK determina o gerenciamento de tempo com uma área de

conhecimento específica, com processos que definem as atividades e criam um

cronograma para ser seguido e controlado. Não é possível estimar o tempo necessário

para a migração em um plano default, mas é possível definir quais os processos que

deverão ser concluídos, criando um cronograma de acordo com cada caso. O

cronograma macro tem como finalidade que todos os envolvidos no projeto saibam

quando cada etapa deverá ser iniciada e posteriormente concluída, de forma que as

atividades possam ser distribuídas de maneira adequada. O cronograma pode ser

elaborado em semanas, assim torna-se possível que todas as áreas fiquem cientes

de alguma pessoa necessária que esteja indisponível por qualquer motivo que impeça

sua dedicação ao projeto. O cronograma macro deverá também definir a data da

atualização da versão no ambiente oficial, ou seja, quando a empresa deixará de

utilizar o Protheus versão atual e passará a utilizar o Protheus na nova versão.

O cronograma macro deverá prever as seguintes fases:

Atualização de versão em ambiente de homologação:

Nesta fase a equipe técnica será responsável por converter o ambiente

do Protheus para a nova versão. Essa operação leva em torno de dois a três

dias para ser concluída, dependendo do tamanho da base de dados do cliente.

Período de homologação dos usuários:

Em cada setor da empresa ou modulo do sistema são definidos um ou

dois usuários para realizarem a validação das rotinas, esses usuários são

chamados de usuários-chave. Os usuários-chave terão acesso ao sistema de

homologação a fim de verificar se todas as rotinas utilizadas no Protheus

versão atual se comportam de forma esperada ao serem utilizadas no Protheus

na nova versão e documentarem quais rotinas foram validadas e qual o

resultado da validação, se a rotina se apresentou da forma esperada ou se a

29

rotina retornou algum erro, por exemplo. Caso a rotina tenha apresentado erro,

este é passado ao técnico que atua para solucionar o mesmo e retorna ao

usuário para que o ele possa validar novamente a rotina.

O tempo estimado para que os testes garantam que os problemas nas

rotinas possam ser resolvidos deverá ser de no mínimo três semanas, porém o

prazo não poderá ser muito extenso para não prejudicar as datas previstas pelo

cronograma.

Com todos os testes realizados pelos usuários e problemas

solucionados pelos técnicos já resolvidos, o sistema esta pronto para ser feita

a atualização em modo produção.

Atualização de versão em ambiente produção:

A atualização no ambiente produção deve ser cautelosa, a fim de evitar

que ela seja feita em períodos críticos como de fechamentos mensais ou

próximos à data de entregas de obrigações fiscais, por exemplo.

Por experiência em outras atualizações de versões já ocorridas

anteriormente e a atualização que foi feita em base homologação apenas um

final de semana é suficiente para fazer a migração em produção, porém pode

se estender de acordo com o tamanho da base de dados do cliente, então o

adequado seria planejar a utilização de recessos prolongados para migrar o

ambiente.

A primeira tarefa necessária para iniciar o planejamento é a definição e

sequenciamento das atividades.

6.2.1. Definição e Sequenciamento das atividades

O processo de migração de versão do Protheus é cirúrgico e exige muita

atenção em todos os passos envolvidos. Qualquer informação que seja perdida ou

danificada na atualização pode ter consequências ruins para o funcionamento da

empresa.

30

Antes de relatar como é o processo da migração do Protheus, é importante ter

em mente como é formada a estrutura de diretórios que compõe o corpo do sistema.

O diretório base da instalação padrão é chamado \TOTVS\Microsiga, sendo

definidos na instalação os subdiretórios, de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 – Subdiretórios x Descrição.

Subdiretório Descrição

\PROTHEUS_DATA Raiz do sistema

\APO Repositório de objetos (RPO)

\BIN\SMARTCLIENT Executáveis, bibliotecas e arquivos de

configuração (.INI) do sistema.

\BIN\SMARTCLIENT_ACTIVEX Destinado aos arquivos para acesso

via Web por meio do recurso

ACTIVEX.

\BIN\APPSERVER Executáveis, bibliotecas e arquivos de

configuração (.INI) do sistema.

\BIN\APPSERVER\ACE_9.99 Arquivos de configuração e bibliotecas

para acesso aos arquivos SX’s.

\BIN\TOOLS Onde são encontradas as ferramentas

para manutenção do sistema,

\CPROVA Destinado para gravação dos

lançamentos analíticos do ambiente

contábil.

\CRYSTAL Contem arquivos de bibliotecas e

relatórios modelos do Crystal Report.

\DATA Contém o Banco de Dados do

Protheus (Codebase, CTREE ou ADS)

\HANDHELD Arquivos da biblioteca para integração

com Palm-OS e Pocket PC.

31

\INCLUDE Contem as bibliotecas (.CH)

necessárias a execução e compilação

do AP7.

\MY PROJECT\SAMPLES\SOURCE Fontes cara exemplos de funções

ADVPL.

\SAMPLES\DOCUMENTS Arquivos modelos para integração com

o pacote Microsoft Office.

\SYSTEMLOAD Arquivos de carga do Dicionário de

Dados, Help’s do Protheus e

indicadores Nativos, usados somente

na instalação/migração do Protheus.

\SPOOL Destinado para gravação de relatórios

gerados em disco.

\SEMAFORO Arquivos de semaforização de

registros.

\SYSTEM Contém os arquivos de Customização,

Empresa, Usuários, Fiscais,

impressão e menus do sistema.

\SISCOMEX Contem os arquivos específicos para

uso dos ambientes de importação e

exportação.

\PROFILE Armazena o perfil de cada usuário.

Antes da migração são exigidos alguns requisitos e o ambiente deve ser

previamente preparado.

6.2.2. Preparação do ambiente a ser migrado

Antes de iniciar o processo de atualização devem ser levados em conta alguns

fatores importantes para a migração:

32

O espaço em disco livre deve ser de aproximadamente três vezes o tamanho

atual da pasta “System” somado ao tamanho do banco de dados. Ou seja, se a

database em questão estiver com 4,5 GB, e a pasta “System” estiver com 500MB,

então, o seu espaço em disco livre deverá ser de aproximadamente 15 GB. Isso se

faz necessário, pois o Protheus efetua backups de cada tabela no momento da

conversão delas.

Deve-se efetuar o backup do diretório \PROTHEUS_DATA e do Banco de Dados

e checar a duplicidade de registros:

I. Efetuar o download do portal o arquivo SX2.UNQ e colocá-lo na

\Systemload do ambiente a ser convertido.

II. Executar a rotina CHECKDUPL. A rotina CheckDupl verifica se

existem registros duplicados nas tabelas do sistema, removendo as

duplicidades e mantendo a integridade das tabelas no banco de

dados.

III. Ajustar os registros duplicados (caso exista)

Com a garantia de um backup da estrutura do Protheus devemos apagar todos

os arquivos de índices do diretório \PROTHEUS_DATA:

I. Efetuar uma busca pela extensão dos arquivos de índices: *.CDX ou *.IDX.

II. Em casos de base CTREE, são criadas pastas com o nome e extensão *.IDX,

exemplo: sc62990a.idx. As pastas deverão ser excluídas.

III. Apagar o conteúdo das pastas “ctreeint”. Normalmente são duas pastas, sendo

uma no PROTHEUS_DATA e a outra na SYSTEM.

IV. Apagar o índice do Arquivo de Empresas (arquivo SIGAMAT.IND). Apagar

todos os arquivos Temporários, Logs e de Backup’s:

V. Deve ser feita uma busca pela extensão *.LOG, *.TMP e *.DBF e apagar os

arquivos.

Após a preparação deste ambiente, a instalação da nova versão do software já

pode ser iniciada.

6.2.3. Instalação da nova versão

33

Com o instalador, Figura 1, da TOTVS deve-se realizar a instalação das

seguintes aplicações:

TOTVS Application Server;

TOTVS Smart Client;

TOTVS DBAccess.

Figura 1 – Tela de Instalação Protheus

6.2.4. Atualização da nova versão

O primeiro passo da atualização é efetuar o download dos pacotes mais recentes

no portal da Totvs:

RPO – Categoria: Repositório de Objetos;

BUILD – Categoria: Binário TOTVSTec;

UPDATE – Categoria: Update de Programas;

PATCH/LIB DE PROGRAMAS – Categoria: Path de Programas;

HELP – Categoria: Help de Campo/Pergunta;

MENUS – Categoria: Menu de módulo.

BRA.ZIP – Categoria: Dicionário de dados.

34

Com os arquivos disponíveis e prontos para serem utilizados devem ser

seguidos os passos para a realização da atualização:

RPO – Repositório de Objetos

Arquivos binários compilados, os quais contêm instruções de funcionamento,

como funções e aplicações de todos os módulos do ERP.

O arquivo baixado do portal deve substituir o que está presente no diretório

padrão de instalação: \TOTVS\Microsiga \Protheus11\apo.

O arquivo de deve ser renomeado de “13-07-05-bra-chi-eua-par-uru-tttp110.rpo”

para “tttp110.rpo”.

Build

Versão completa do sistema com seus executáveis, Dll’s e RPO completo. O

Build do sistema pode ser identificado através das seguintes opções “Ajuda” + “Sobre”,

dentro de qualquer módulo do sistema.

Ao descompactar o arquivo baixado existem três pastas que devem ser

substituídas, todos os seus arquivos em seus respectivos diretórios.

Appserver

Copiar todo o conteúdo de dentro da pasta e substituir no diretório

\TOTVS\Microsiga \Protheus11\bin\appserver. Dentro do diretório “appserver” existe

uma pasta chamada “ace_8.00”, todo o conteúdo dessa pasta deve ser

descompactado no diretório bin\appserver.

Smartclient

Copiar todo o conteúdo da pasta e substituí-lo no diretório \TOTVS\Microsiga

\Protheus11\bin\smartclient.

SmartclientActiveX

Copiar todo o conteúdo da pasta e substituí-lo no no diretório \TOTVS\Microsiga

\Protheus11\bin\smartclientActivex.

Update

35

Este arquivo contém todos os programas contidos no RPO que sofreram

alterações por motivos de atualização de rotinas, correções de problemas, etc.

Esse arquivo de extensão .upd deve ser aplicado no DevStudio e suas

alterações gravadas no RPO.

LIB de Programas

Arquivo que contem a biblioteca de funções dos programas. Esse arquivo deve

ser aplicado no DevStudio e suas alterações são gravadas no RPO.

Patch de Programas

Arquivo específico para cada rotina ou função que tem o intuito de corrigir

problemas pontuais ou atualizar rotinas especificas. Esse arquivo deve ser aplicado

no DevStudio e suas alterações são gravadas no RPO.

Help

Arquivo que contém os ajudas (helps) de campo e perguntas do sistema. Esse

arquivo deve ser descompactado na pasta \systemload\ substituindo os arquivos nela

existentes.

Menus

Contempla os arquivos de extensão .xnu. Esses arquivos são os menus de cada

modulo que devem ser substituídos na pasta \system\.

BRA.ZIP

Contém o arquivo SXBRA.TXT, que é o dicionário de dados padrão do Protheus.

O arquivo deve ser descompactado na pasta \systemload\ substituindo os arquivos

nela existentes.

6.2.5. Preparando o Ambiente a ser migrado

Para preparar o ambiente é necessário checar a duplicidade de registros na base de

dados. O responsável deverá efetuar o download do arquivo SX2.UNQ no portal da

Totvs e colocá-lo na pasta systemload do ambiente a ser convertido. Em seguida

deve-se executar a rotina “CheckDupl”. Essa rotina tem como objetivo localizar e

36

corrigir eventuais ocorrências de duplicidades na base de dados, de forma a manter e

viabilizar a utilização da integridade referencial. A rotina de migração de versão não

finaliza caso tenha registros duplicados, portanto e de extrema importância à

execução dessa rotina.

É necessário certificar-se de utilizar o arquivo SX2.UNQ mais recente, disponível

no Portal. Em casos de execução com o objetivo de migração de versão, utilize o

arquivo SX2.UNQ relativo à versão superior, para que seja adotada como parâmetro

as chaves únicas relativas às tabelas da versão a ser migrada.

Antes de executar a rotina de migração deve ser efetuados os seguintes passos:

Copiar o conteúdo do diretório SYSTEM (SIGAADV) e DATA (DADOSADV) do

sistema Protheus (Versão atual) para seus respectivos diretórios do sistema

Protheus (Nova versão);

Copiar o conteúdo da pasta PROFILE do sistema Protheus (Versão atual) para

sua respectiva pasta do sistema Protheus (Nova versão);

Verificar se o espaço disponível no servidor que hospeda a base de dados do

sistema Protheus (Nova versão) é 3x superior o tamanho da base de dados do

sistema Protheus (Versão atual).

Excluir os arquivos *.DBF/*.CDT da pasta SYSTEMLOAD;

Excluir os arquivos *.IDX da pasta SYSTEMLOAD;

Excluir os arquivos *.TSK da pasta APPSERVER do sistema;

Excluir os arquivos *.LOG e *.SPS da pasta SYSTEM.

Ao final da preparação do ambiente o responsável deverá executar o atualizador

de versão.

6.2.6. Executando o atualizador de versão (MP710TO110)

É necessário acessar o SmartCient da nova versão e no “Programa Inicial”,

digitar “MP710TO110” e clicar no botão “OK” para confirmar, conforme Figura 2.

37

Figura 2 – Parâmetro Inicialização do Sistema

Será apresentada uma janela com as orientações sobre o processo de atualização

(Figura 3):

Figura 3 – Introdução ao Migrador de versão

Ao clicar em “Avançar” será apresentada uma janela onde será informada a senha

do usuário Administrador do sistema (Figura 4). Somente o usuário administrador

possuirá permissão para executar essa função.

38

A opção “Simulação” deve estar selecionada para que seja feita uma simulação da

atualização e assim os erros que necessitam de correção sejam exibidos. Somente

após a correção destes erros a função de atualização poderá ser executada

novamente, só que desta vez sem selecionar a opção de simulação para que seja

feita em modo definitivo.

Figura 4 – Tela de login para inicialização do migrador

Ao informar a senha é apresenta uma nova janela onde deverá ser escolhida a

versão para qual será atualizado o sistema Protheus (Figura 5).

39

Figura 5 – Escolha da versão para qual será atualizado o sistema.

Com a versão selecionada, é apresentada uma nova janela informando em qual

diretório serão criadas as novas tabelas da nova versão e quais empresas

cadastradas no sistema sofrerão a atualização (Figura 6).

Figura 6 – Escolha do diretório raiz do sistema.

40

Ao clicar em “Avançar” será apresenta uma nova janela com as configurações

desejadas para a atualização (Figura 7). Com o processo sendo executado em modo

simulação, as opções devem ser marcadas conforme mostrado abaixo.

Figura 7 – Configuração do processo de atualização.

Ao clicar em avançar, serão exibidas as empresas que serão convertidas e as

tarefas que serão executadas para realizar a atualização:

Empresas envolvidas:

- 99/01 - TESTE/MATRIZ

Lista de Tarefas:

- Verificar integridade

- Atualização do SINDEX

- Atualização do SX1

- Atualização do SX2

- Atualização do SX3

- Atualização do SX4

- Atualização do SX5

- Atualização do SX6

41

- Atualização do SX7

- Atualização do SX9

- Atualização do SXA

- Atualização do SXB

- Atualização do SXD

- Atualização do SXG

- Atualização do SXQ

- Atualização do SXR

- Atualização do SXS

- Atualização do SXK

- Atualização das tabelas

- Atualização do Help de programa

- Atualização do Help de soluções

- Funções de compatibilização

- Finalizando atualização

Figura 8 – Empresas e tarefas que serão executadas no migrador.

42

Ao clicar em “Avançar”, conforme Figura 8, a conversão terá inicio.

O processo que a função migrador faz para migrar a versão do sistema varia de

acordo com o tamanho da base de dados do cliente. Em uma base de dados de

aproximadamente 10GB o migrador leva em torno de 2 a 3 horas para finalizar todo o

processo.

O gerenciamento de tempo é uma parte de grande importância para o projeto,

mas é dependente das demais etapas, nas quais o gerenciamento de recursos

humanos está incluso.

6.3 Gerenciamento de recursos humanos do projeto

Durante o projeto de atualização de versão do ERP Protheus são alocados

técnicos de diferentes áreas de atuação. A alocação desses técnicos pode variar de

acordo os módulos utilizados pela empresa no sistema. Por exemplo, se a empresa

utiliza algum modulo especifico como “Planejamento e Controle Orçamentário”, é

necessário alocar um técnico com conhecimentos no módulo para que ele auxilie na

validação após a migração no ambiente homologação. Os únicos técnicos fixos no

projeto, ou seja, aqueles que iniciam e terminam o projeto, são os que de fato fazem

o processo de atualização.

As alocações dos técnicos são feitas de acordo com o surgimento das

necessidades do projeto e podem variar conforme a estrutura do cliente. Se a

atualização do ERP for feita em uma empresa que não possui estrutura de T.I. são

alocados técnicos com conhecimento geral para que façam a validação das rotinas,

por exemplo.

Finalizados os procedimentos de gerenciamento de recursos humanos, deve-se

dar início ao gerenciamento de custos, que é uma área muito importante para

quantificar valores gastos no projeto.

6.4 Gerenciamento de custos do projeto

Segundo Vargas (2005) o custo é a quantidade de capital necessária para se

realizar uma atividade ou um projeto. O custo de uma atividade é calculado com a

43

soma dos custos de todos os recursos que envolvem essa atividade com os custos

que interferentes indiretamente nessas atividades (custo de supervisão).

O gerenciamento de custos do projeto consiste em controlar os custos de modo

que o mesmo não ultrapasse a estimativa definida na elaboração orçamento do

projeto. O gerenciamento do custo exige uma constante interação entre os processos

do projeto e preocupa-se principalmente com o custo dos recursos necessários para

completar as atividades do projeto. (PMBOK)

Uma variável que afeta também de forma direta os custos do projeto é o

gerenciamento de qualidade.

6.5 Gerenciamento de qualidade do projeto

Segundo o PMBOK (2008) O planejamento da qualidade deve ser realizado em

paralelo com os outros processos de planejamento do projeto, levando em conta que

modificações propostas para que os padrões de qualidade sejam atendidos podem

causar reajustes nas demais áreas do projeto, causando impactos positivos ou

negativos na finalização do mesmo. Garantir a qualidade é um procedimento de

auditoria de todos os requisitos de qualidade aplicados aos resultados encontrados

anteriormente a fim de garantir que os padrões de qualidade e suas definições de

operação sejam sempre adequados.

A garantia da qualidade deve ser fornecida a todos os envolvidos no plano de

projeto, ou seja, a equipe do projeto, a gerência, o cliente e quaisquer outras partes,

a fim de que o trabalho seja concluído. Segundo o PMI, gerenciar o projeto requer que

todos os processos sejam alinhados de maneira correta a fim de facilitar a

coordenação do mesmo. Mudanças significativas que ocorram ao longo do projeto

podem acionar a necessidade de possível revisão dos processos anteriores,

influenciando nos custos do projeto ou descumprimentos de metas, por esse motivo

as métricas de desempenho de trabalho devem ser bem definidas para que se

obtenham dados reais de custos e prazos a serem comparados com o que foi

previamente planejado.

Para a migração do sistema de acordo com o PMBOK (2008), a qualidade é

indispensável por estar diretamente envolvida com todas as demais áreas do projeto

com a finalidade de economizar em retrabalhos. O custo da qualidade envolve todos

44

os custos utilizados para prevenção de riscos ou descumprimentos dos requisitos

necessários para que o processo não fracasse. Por exemplo, para que os dados do

cliente não sejam comprometidos em uma migração é necessário garantir que ela seja

feita anteriormente em um ambiente de homologação com uma cópia da base do

cliente.

Este ambiente de homologação deverá ser auditado pela qualidade para

assegurar que os dados duplicados sejam eliminados e que nenhuma tabela tenha

sido comprometida com nomes de colunas ou tipos de dados inconsistentes. O custo

do processo já havia sido previsto de acordo com a instrução de trabalho, mas caso

esse ambiente de homologação não seja implementado por qualquer que seja o

motivo e ocorrerem falhas, é gerada uma não conformidade, o que consequentemente

causará problemas ao projeto. Os custos das falhas são em sua maioria reflexo do

mau gerenciamento da qualidade.

A fim de evitar estas falhas, se torna extremamente necessário que seja feito

um estudo dos riscos do projeto.

6.6 Gerenciamento de riscos do projeto

O Guia PMBOK define em uma área de conhecimentos específica o

gerenciamento dos riscos no projeto. Os riscos são mapeados através da identificação

dos mesmos. Os impactos no projeto são avaliados para determinar a prioridade de

cada um, as medidas a serem tomadas para cada risco são determinadas, sempre

monitorando os riscos. A cada novo risco identificado ao longo do projeto é tratado da

mesma forma.

Com a finalidade de gerenciar os riscos, deverão ser feitas reuniões periódicas

para a identificação e eventuais soluções destes riscos. Todos os envolvidos deverão

apresentar sugestões de riscos positivos e negativos que possam afetar o projeto em

seu andamento, atentando para particularidades de cada cliente. Em reuniões

posteriores os responsáveis pelo projeto deverão avaliar o gerenciamento e as

devidas alterações que foram feitas no projeto para que, de acordo com as mudanças

já propostas se tenha base se foram impostas melhorias ou foram causados novos

problemas com as decisões.

45

6.6.1. Definição dos riscos

Durante o processo de migração de versão do ERP Protheus existem diferentes

situações que podem ser consideradas de risco para o andamento e qualidade do

projeto.

Quando é realizada uma previa da migração em base de homologação são

levantados todos os possíveis erros que podem ocorrer em rotinas do sistema. Com

esses erros já mapeados, eles são utilizados para serem corrigidos posteriormente

após a migração em ambiente produção. Caso exista alguma rotina após a migração

não validada ou que apresentou problema e não foi corrigida, isso influenciará

diretamente na qualidade e sucessivamente no tempo de entrega do projeto. Esses

pontos são considerados riscos que podem influenciar diretamente no projeto.

6.6.2. Identificação os riscos

Identificar os riscos é detectar as áreas potenciais de risco, sendo que através

da eficácia desta identificação resultará a eficiência do gerenciamento de risco.

Segundo o PMBOK (2008), a fase de identificação de risco compreende a

determinação de quais riscos podem afetar o projeto e em documentar as suas

características.

No processo de validação das rotinas em base de homologação, são

identificados os riscos que podem influenciar diretamente o projeto. É necessária uma

atenção na validação desses processos, pois nele são identificados os riscos que

deverão ser tratados para que se chegue a uma solução e deixem de ser um risco ao

final do projeto.

46

7. CONCLUSÃO

Com o presente trabalho de conclusão de curso no qual foi abordado um projeto

e migração de versão do ERP Protheus baseados nos conceitos do PMBOK, podemos

concluir que com um planejamento, estruturação e boa execução do projeto podem-

se obter excelentes resultados ao final do trabalho. Este trabalho nos auxiliou a

entender ainda mais a importância de se planejar a execução de um projeto para obter

os resultados esperados ao final de sua conclusão, além de ter-nos permitido

desenvolver e aperfeiçoar competências de gerencia e execução de um projeto de

pequeno e médio porte.

47

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HABERKORN, Ernesto Mário. Gestão Empresarial com ERP. São Paulo: Microsiga, 2003.

HABERKORN, Ernesto Mário. Um Bate Papo sobre O Gestão Empresarial com ERP. São Paulo: Saraiva, 2007.

VIVACQUA, Flavio Ribeiro; MACEDO, Otualp Sarmento; XAVIER, Luiz Fernando da Silva; XAVIER, Carlos Magno da Silva. Metodologia de Gerenciamento de Projetos. 2 ed. Brasport, 2009.

Como fazer a migração para Protheus 11.5? Disponível em: < http://tdn.totvs.com/x/_QR3Ag >. Acesso em 24 de abr. de 2013.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. 4.ed. Pennsylvania: PMI, 2008.

KERZNER, Harold. Gestão de projetos: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2010.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Administração de projetos. São Paulo: Atlas, 2002.

PMBOK. Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos. [Manual]. Global Standard. Campus Boulevnad: Newtown Square, 2008.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE SÃO PAULO. Disponível em: < http://www.pmisp.org.br/>. Acesso em 17 de out. de 2013.

VALLE, André Bittencourt Do; SOARES, Carlos Alberto Pereira; MOREIRA, Itamar; FINOCCHIO JR., José; SILVA, Lincoln de Souza Firmino; VERGARA, Silvia Constant. Fundamentos do gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.