Upload
tranhanh
View
221
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Curitiba
2006
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
REVISAo DE LlTERATURA SOBRE TRATAMENTO DA
OSTEOPOROSE NA FISIOTERAPIA
Projeto de conclusao de curso, apresentadoao curso de Fisioterapia da UniversidadeTuiuti do Parana, Faculdade de CienciasBiol6gica e da Saude.Orienraaor: Luis Carios aa Camara Vicelti.
Juliana Xavier KUster
REVISAo DE LlTERATURA SOBRE TRATAMENTO DA
OSTEOPOROSE NA FISIOTERAPIA
Curitiba
2006
TERMO DE APROVA<;AO
Juliana Xavier Kuster
REVISAO DE LlTERATURA SOBRE TRATAMENTO DA
OSTEOPOROSE NA FISIOTERAPIA
Esle Irabalho fai julgado e aprovado para obtenyflO do titulo de Bacharel em Fisioterapia da
Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba. de de 2006.
Coordenador (a):
Orientador (a)" Professor: Luis Carlos da Camara Vicelli
Professo(a):
Professor(a):
Professor(a)
AGRADECIMENTOS
Agradeyo primeiramente a Deus pela dad iva de vida e pela prote98o.
Aos meus pais, pela confian98 depositada e pelo investimento de todos esses
anos e par me ensinarem a superar todas as dificuldades da vida.
Ao meu namoracto, aDs meus amigos, principalmente a Ligia companheira de
estagio e familiares par me compreenderem nas haras dificeis e sempre estarem ao
meu lado me dando for9a para continuar.
. 17
. 20
. 21
. 24
.. 24
SUMARIO
1.INTRODUI(Ao .......................................................•.......................... 7
2.REVISAo DE LlTERATURA .
2.1 OSTEOPOROSE ..
2.2 EPIDEMIOLOG!.A. ...
2.3 ETIOPATOGENIA.
2.4 CLASSIFICAt;AO .
2.5 QUADRO CUNICO ....
2.6 DIAGNOSTICO ..
2.7 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ...
2.8 TRATAMENTO ..
... 9
. 9
.. 10
. 11
2.8.1 Tratamento medicamentoso 25
2.8.2 Tratamento Fisioterapeutico.. .. 28
3. MATERIAL E METODOS 35
4. DISCUssAo 36
5. CONSIDERAI(OES FINAIS 38
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS........... 39
RESUMO
A osteoporose e uma doenc;:a metabolica que S8 caracteriza par urna doenc;:a
generalizada no osso par rarefac;:ao assea, ha uma diminui~o da forma<;8o
osteoblastica da matriz 6ssea associada a urn aumento da reabsOfC;:3o osteoclastica
do osso. A fisioterapia pede vir atU8r na preven930 como no tratamento da
osteoporose e sua complica96es. 0 exercicio fisico e 0 ponto chave tanto na
prevenQ130 com no tratamento tendo sua importancia discutida nesse trabalho. 0
objetivo deste estudo e realizar uma atualiza,ao bibliografica sobre a osteoporose.
Para este estudo, fcram selecionados artigos. literaturas encontradas nas principais
universidades de Curitiba - PR (UTP, PUC-PR, Unicenp e UTFPR) entre os anos de
1979 a 2005. Considerando as opinioes dos autares, observou -se concordancia
quanta sua clinica medica, porem na revisao de literatura do tratamento
fisioterapeutico mais eficaz, pode-se observar varias contradi90es entre as autores,
as quais serao discutidas neste estudo.
Palavras - chave: Osteoporose, tratamento fisioterapeutico, revisao bibliografica.
Vvords-key: Osteoporosis, physiotherapy treatment, bibliographical revision.
ABSTRACT
The osteoporosis is a metabolic disease that it is characterized by a
widespread disease in the bone for bone rarefied, there is a decrease of the
formation osteoblastica of the associated bone head office the an increase of the
reabsorption osteoclastica of the bone. The physiotherapy can come to act in the
prevention as in the treatment of the osteoporosis and his/her complications. The
physical exercise is the so much key point in the prevention with in the treatment
tends hislher importance discussed in that work. The objective of this study is to
accomplish a bibliographical updating on the osteoporosis. For this study, goods
were selected, literatures found in the main universities of Curitiba ~ PR (UTP, PUC~
PR, Unicenp and UTFPR) among the years from 1979 to 2005. Considering the
authors' opinions, it observed .se agreement as yours practices medicine doctor,
however in the revision of literature of the treatment more effective physiotherapy, it
can be observed vary contradictions among the authors, which will be discussed in
this study
1.INTRODU<;:Ao
.f.J... osteoporose e lima das principais causas subjacentes das fraturas 6sseas
em tnull)eres p6s-tnenop~usfcas e nas pessoas fdosas em genal. E uma condi9ao na
qual a massa 6ssea diminui, tornando os ossos mais suscetiveis a fratura. (HALL e
BRODY, 2001).
Todo 0 esqueleto e susceptivel de ser afetado, pafem destaca-se as fraturas
do femur, de Colles e as vertebrais como as de maior incidencia, freqOemcia e
importancia. (PETIT e CARRIL, 2001).
A possibilidade de sofrer osteoporose e de 10% maior no sexo feminin~,
embora em contrapartida sua sobrevivencia, ap6s as fraturas, seja francamente
superior a do homem. (PETIT e CARRIL. 2001).
Atualmente se pode avaliar 0 risco de fratura realizando-se periodicamente
exames que permitam conhecer a densidade de massa ossea. Desta maneira, 0
individuo pode ser tratado antes da instafaC;8o de um quadro irreverslvel. (PETfT e
CARRIL. 2001).
o tratamento tem como objetivo melhora da massa 6ssea, melhora
sintomatica, educalf<3.o e profilaxia, que deveriam ser objetivos primordiais sempre
que possive! com esses pacientes.
o paciente que sofre de osteoporose sintomatica recorrera ao servilfo de
fisioterapia geraimente por conta de dores que se agravam pelo esforgo, como,
dorsalgias e lombalgias, Oll quando apresenta epis6dios de compressao vertebral.
A escolha deste tema, foi devido ao alto indice de pessoas 8cametidas par
essa patologia, a qual nao possui urn diagnostico precoce e um tratamento descrito
adequado e especifico para seus portadores. Segundo aos autores, Moreira e
Carvalho, no Brasil 30% das mulheres que passaram pela menopausa iraQ
desenvolver a osteoporose, sendo esse numero pr6ximo dos 5 milhoes. E dessa
porcentagem, apenas um pequeno numero dessas mulheres tera um
acompanhamento medico e fisioterapeutico adequados para preveny80 de posslveis
complicayoes posteriores. Dentre essa complica90es esta a possibilidade de
ocorrerem fraturas, podendo ser resultado de uma queda au proveniente de um
esforyo minima, causando morbidade individual e tendo urn alto custo no tratamento
p6s-fratura para a saude publica.
Na pesquisa realizada pode-se observar que a literatura sobre osteoporose,
contribui para maior conhecimento da patologia, suas possiveis causas, e a rnelhor
conduta a ser aplicacta, tanto na clinica medica, com na clinica fisioterapeutica. Para
se obter um methor resultado na evoluc;ao do tratamento escolhido, e necessaria um
conhecimento geral do acometimento que urn portador dessa patologia possa
possuir.
o objetivo gera1 da pesquisa !iteraria e identificar literaturas recentes sabre
fisioterapia para pacientes portadores de ost80porose. as objetivos especificos
seriam dentre essas literaturas poder proporcionar um maior conhecimento sabre a
patologia, e verificar um traba1ho especifico para osteoporase de acordo com
compara90es feitas entre varios autares.
8
9
2. REVISAo DE LlTERATURA
2.1 OSTEOPOROSE
A osteoporose pade ser definida de varias maneiras. dependendo da
metodologia disponivel e da perspectiva da analise. ( ROCHA et ai, 1998)
A Organiza,ao Mundial da Saude define osteoporose como uma "doen,a
esquelt~tica sistemica caracterizada par diminuic;ao da massa 6ssea e deteriorac;ao
microarquitetural do tecido 6sseo, com conseqOente aumento da fragilidade 6ssea e
da suscetibilidade a fratura". Segundo Riggs e Melton, osteoporose e uma redu,ao
na massa 6ssea suficiente para produzir manifestac;oes clinicas. (CHIARELLO et ai,
2005)
Trata-se da alteraC;30 metab61ica mais frequente, caracterizando-se pela
dimil1ui980 lent8 e progressiva da massa osses, pelo cornprometirllento da
integridade do arcabouc;o 6sseo, pela diminuiC;8o de sua resistencia e pelo
acometimento de Iraturas dos ossos, mesmo nos minimos eslor90s. (CHIARELLO et
al,2005).
A osteoporose e urna reduC;<3odo tecido osseo par unidade de volume. Perda
da matriz 6ssea (oste6ide), com perda secunda ria de mineral (fosfato de calcio, e na
forma de eristais de hidroaxipatita). Na opiniao de alguns investigadores a perda de
calcio a partir do osso indica a anomalia primeria. (GOLDING, 1998).
Osteoporose, que signifiea "ossos porosos" e uma doem;a genera!!zada do
osso caract8rizada por diminui;;ao da forma;;ao osteoblastica de matriz combinada
com aumento da reabsory80 osteoclastica do 0550, resultando em acentuada
diminui9ao na quantidade total de osso no esqueleto. Enquanto a diminui,ao da
deposi9ao 6ssea tern sido ha bastante tempo considerada 0 maior fator do
desequiHbrio que leva a osteoporose, dados recentes sugerem que 0 aumento da
reabsor,ao ossea pode ser 0 fator mais importante, senilo 0 tlnico. (SALTER, 1985).
A osteoporose e a mais comum e mais significativa doen~a metabolica ossea.
Constitui grande problema de saude publica, sendo assustadoras as proje90es feitas
para a doen93 no pr6ximo secuio, em todo 0 mundo. (ROCHA et a!, 1998)
2.2 EPIDEMIOLOGIA
A osteoporose ocorre em todo 0 mundo, possuindo incidemcia variavel entre
as diversas populac;oes e grupos etarios, ja tendo S8 tornado urn grande problema
nos EUA e na Europa. (ROCHA et al,1998)
A osteoporose constitui grave problema de saude publica, com importante
irnpacto social per sua considerfivei morbidade e alto custo social, sobretudo pelas
fraturas. Acomete, atualmente, 20 a 25 milhOes de pessoas nos EUA, e no Brasil
30% das mulheres que passaram pela menopausa iraQ desenvolver a osteoporose,
sendo esse numero proximo dos 5 milhoes. Metade delas, cerca de 2,5 milhoes, ira
sofrer fraturas, principalmente do colo do femur. Destas, aproximadamente 700.000
deverao morrer de complica90es delas decorrentes. Estas estimativas colocam a
osteoporose como uma das principais causas de morbiletalidade da populayao
feminina no pais, ao lado de outras causas tradicionalmente mais lembradas, como
o cancer, as coronariopatias e 0 acidente vascular cerebral. Ocorrem em 49% dos
casos na coluna vertebral, 20% na articula9ao coxofemoral, 15% no antebra90 e 0
restante no resio do esqueleio. (MOREIRA e CARVALHO, 2001j
Urn ter,o de todas as mulheres com mais de 65 anos de idade tern fraturas
vertebra is. Entre as pessoas que vivem ate a idade de 90 anos, 32% das mulheres e
17% dos homens terao sofrido fraturas de quadri!. Doze a 20% dos pacientes com
10
11
fratura do quadril morrem dentro de urn ana, 50% necessitam de enfermagem a
lango prazo, e apenas 30% chegam a feobter 0 seu estado de deambula9ao pre~
fratura. (BROWNER et al, 2000)
Apenas urn ter90 das mulheres brasileiras tern a doenc;a diagnosticada, e
destas somente 20% estao recebendo tratamento adequado, estando 0 Sistema de
Saude brasileiro despreparado para 0 diagnostico e tratamento da doeng8,
somando-s8 a fatD das escassas informac;oes sobre a doen98, disponiveis para a
popula9ao. (MOREIRA e CARVALHO, 2001)
Ocorre predominantemente em mulheres ap6s a menopausa e, de maneira
menes expressiva, em homens idosos. Galsworthy & Wilson estimam que em cad a
duas mulheres e urn em cada cinco homens aeirna dos 65 anos apresentarao, em
algum momenta da vida, pelo menos uma fratura relacionada a osteoporose. A
osteoporose encontra-se entre as maiores causas de morbidade e mortalidade entre
os idosos, e sua incidencia aumenta de acordo com a tendencia demografica eta ria
da popula98o mundial e seu respectivQ aumento na expectativa de vida. As
conseqUencias da osteoporose tornaram-na 0 maior problema de saude pubiica da
atualidade com enormes repercussoes socia is e economicas, provocando grande
impacto na qualidade de vida e no grau de independencia dos individuos
acometidos. (CHIARELLO et ai, 2005).
Estas estatisticas indicam a necessidade de percep9ao e diagnostico
aumentados pelos medicos e, mais importante, de enfase na preven98o.
(BROWNER et al, 2000)
2.3 ETIOPATOGENiA
12
o osso e um tecido que suporta 0 corpo humano, sendo, de modo gera!,
composto de 80% de osso cortical au compacta e 20% de osso trabecular au
esponjoso. 0 ritmo metab61ico do osso trabecular e aproximadamente oito vezes 0
do osso cortical e a con sequencia disto e que as medidas de massa assea
efetuadas nos asses trabecuiares usua!mente detectam aiterac;oes mais precoces
que no cotiical. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
E formado predominantemente pelo colageno do tipo I, onde S8 depositam
calcic e f6sforo na forma de crista is de hidroxiapatita. A resistencia 6ssea depende
da deposi,ao mineral. (SlEJNFELD, 2001).
o osso e um tecido vivo que S8 renova permanentemente durante a vida tada.
Essa renovaC;3o S8 deve as celulas 6sseas responsaveis pela atividade de farmaC;03o
e de reabsorc;ao do tecido 6sseo. Esse sistema de "construc;ao e destruic;ao" e
denominada remadelag80 6ssea. Em geral ha UIll excelente equilibria entre
ieabson:;ao 6ssea por osteoclastos e a subseqQente restaurac;ao do osso par
osteoblastos. Ha evidencia de que, na osteoporOSe, a perda de 0550 e resultado de
urn desequiiibrio entre a reabsorc;ao e a farmac;ao 6ssea. (CHiAREllO et ai, 2005).
As unidades de remodelac;ao sao independentes e individuais, compondo-se
cada uma de osteoblastos e osteoclastos, para formac;ao e reabson;ao,
respectivamente. Os osteoclastos sao celulas sinciciais gigantes. que estao
presentes principalmente nas partes mais altas das lacunas de reabsorc;ao dos
ossos trabeculares. Os osteoblastos sao as celulas respons8.veis pela formac;ao da
matriz que sera posteriormente mineralizada. (PLAPLER. 1997).
iviudanc;a continua acontece em todo osso ao long a de vida. Estas mudam;as
acontecem em cic!os e sao atribuiveis a atividade de grupos de osteoc!astos e
osteoblastos. Osi.eoclaslos aparecern na superficie do ossa e sao responsBveis pela
13
reabsor<;:c3o, que e 0 processo par meio de ende cristais de fosfato de calcic sao
removidos do OS50 e sao absorvidos pelo sangue. Oepois que a fase de reabsofg8o
e completada, as osteoblastos aparecem e sao responsaveis par formagao de osso
novo (LUKERT,1987)
o pice de massa 6ssea e atingido per volta des 35 anos de idade em homens
e mulheres. Ap6s essa idads, as iTtulheres perdern aproximadamente 1% de massa
6ssea par ana e padem perder ate 6% par ana durante as primeiros 5 anos apos a
menopausa. Os homens apenas comeQam a perder massa ossea, cerea de 0,3%
por ano, por volta dos 50 anos. (BORELLI, 2000)
Vale lembrar que nos individuos ap6s as 35 anos de idade, principalmente no
sexo feminin~, a forma9ao 6ssea nao consegue repar de forma completa a mass a
6ssea perdida durante a atividade asteoclastica. Ha reduyc30 da massa esqueletica e
os ossos tornam·se progressivamente porosos. Esta redu<;:ao de massa assea ao
longo do tempo e conhecida como perda 6ssea involutiva. (LUKERT, 1987)
A ostaoporose oeorre quando as osteociastos eriam uma eavidade
excessivamente profunda que nao consegue ser suficientemente preenchida peios
osteoblastos ou quando estes nao conseguem preencher uma cavidade de
reabsor~ao normal. (PLAPLER, 1997).
Nas mulheres ap6s a menopausa, alem dos indices de reabsoryao e
remodela~ao estarem diminuidos, hi! um grande desequilibrio entre estes dois
processos. Os osteoblastos, apesar de ativos, nao sao capazes de reconstruir
completamente as cavidades osseas reabsorvidas pelos osteoclastos e a partir dal
inieia-se uma perde excessiva de massa ossea. (BORELLI, 2000)
A osteoporcse e ums sind rome mulbfatorial com inumeras causas e fatores
de risco para 0 seu aparecirnento. Os dais fatores que rnats tnffuenciam no seu
aparecimento sao a baixa massa 6ssea par ocasiao da menopausa e a deficiemcia
estrogimica pos-menopausa. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Foi observado que a elemento mais importante para a determinar;ao da
ocorrencia au nao da osteoporose e a reserva de massa 6ssea_ E existem fatores
que influenciam a quantidade de ta! reserva, como: (SKARE, 1999).
-Etnia e lieredilariedade: onde se observa que a osteoporose e mais rara em
individuos de raya negra e mais freqOente nos orientais. Esses fatores estao mais
relacionados as diferenyas de massa 6ssea entre os individuos do que a velocidade
de destruil'ao ossea. (SKARE, 1999).
Uma das razoes dos negros terem esqueletos mais denses e a econemia
mais favoriwel de c~lIcio no corp a (menos excrer;ao de calcio na urina), porem os
negros apresentam uma maior resistencia aos efeitos de reabsoryao ossea. Essa
resistencia pede permitir que eles acumu!em mais osso durante a crescimento.
(KOTTKE et ai, 1994).
Os fatares famitiares podem exercer urn papel significativ~ na determina980
da densidade ossea. Parentes de pacientes com osteoporose parecem apresentar
uma densidade 6ssea reduzida, em comparar;ao com as parentes de individuos sem
osteoporose. (CALKINS et ai, 1997)
-Nutriqao: urn suprimento adequada de calcio tanto e importante para manter
uma massa 6ssea maxima como para alcan<;:a-Ia. A principal fonte de calcio para as
seres humanos e a leite. Para um adulto jovem, 0 aporte recomendado de ingestao
de calcio e de 750 a 1.000 mg/dia. Nas gestantes e nas mulheres com mais de
cinqOenta anos, 0 suprimento recomendado e de 1.500 mg/dia. As necessidades do
idoso aumentam porque a abson;:ao de calcio depende de vitamina D, tornando-se
menos eficaz corn a idade. Outro componente imporlanie da dieta e a vitamina D,
14
que e transformada em um hormonia ativo. Cerca de metade da nossa necessidade
de vitamina 0 provem da dieta; 0 restante, de uma rea9ao endogena estimulada
pelos raios ultravioletas. na pele. (SKARE. 1999).
A deficielncia de vitamina 0 pade causar raquitismo em crianc;as e rna
abson;ao de ca!cio e osteomalacia em adultos. A deficiencia de vitamina D pode ser
resultado de exposiyao inadequada a luz solar au consuma dietetico inadequado de
vitamina D. A diminui980 da vitamina 0 no corpo tambem pode causar miopatia, a
qual posteriormente pode contribuir para a incidemcia de fratura do quadril atraves do
aumento do risco de queda secunda ria a instabilidade neuromuscular. (KOTTKE et
al,1994).
Na ausencia de vitamina 0, 0 ossa recem formado nao consegue depositar as
quantidades norma is dos crista is de hidroxiapatita, de modo que 0 ossa fica mole e
toma varias form as contorcidas, uma condi980 chamada de raquitismo. (GUYTON,
1988).
Uma d8snutri98o proteica e Dutro fator que as vezes e encontrado em
pacientes com osteoporose. A rna nutri980 prote!ica calorica na infancia pode causar
retardo do crescimento e diminui980 da formalf80 de ossa cortical, e portanto pode
interferir com 0 pica de forma93o ossea. (SKARE, 1999; KOTTKE et ai, 1994).
o alcool e urn fator de risco independente para a desenvolvimento da
osteoporose, pais apresenta urn efelto inibitorio direte sabre a prolifera98o de
osteoblastos e sabre a sintese da rnatriz, que pade melhorara com a abstinencia.
Alem deste efeito direto sabre as celulas osseas, outras consequencias do uso do
alcool, como alteralfoes na concentrac;ao dos ester6ides sexuais, na ingest80 do
ca!cio da dieta a!imentar e a tendenci:::= aumentada as quedas, tambem podem
15
contribuir para 0 seu efeito em reduzir a densidade 6ssea e aumentar a incidencia
de fraturas. (CALKINS et ai, 1997).
Bebidas que contem cola sao ricas em fosfatos que se ligam ao calcio e
impedem a sua abson;ao Oietas ricas em s6dio aumentam a excreC;80 urinaria do
ca!cio. (SIl,/\RE, 1999).
- Alividade ffsica: a atividade diaria de supoiie do proprio corpo e essencial
para a saude do esqueleto. E, talvez, a principal tator ex6geno que altera 0
desenvolvimento e 0 remodelamento osseo. Assim, a massa acaba sendo
proporcional a massa de museulatura esqueletica. Urna pessoa sedentaria, portanto,
tern um risco muito maior de se tornar osteopor6tica que outra que pratique
eXercicios que envolvam a suporte do proprio peso. Pareee que 0 aumento da carga
mecanica, por algum mecanismo ainda desconhecido, estimula os osteoblastos a
depositar mais ossa durante 0 processo de remodelamento do que quantia que S8
fo! absorvida pelos osteoc!astos. (SKARE, 1999).
A perda essea pela imobiliza9ao au inatividade fisica se produz por urn
aumenta substancial da reabsoryao 6ssea. Baixos nfveis de atividade fisica na
infancia e adolescencia podem levar a uma redU9<30do pica de massa assea e 0
sedentarismo em qualquer idade, levam a uma redu9<30 da for9a muscular e ao
aumenta do rico de quedas e fraturas. (PICKLES, 2000).
- Harmonia: a osteoporose tern side relacionada desde ha tempos com a
menopausa. A perda 6ssea rapida pos-menopausa e revertida pelo uso de
estragenos. Recentemente foi descrito que as celulas 6sseas possuem um receptor
de estrogenos. (SKARE, 1999)
Os receptores de estrogenio nos ostecb!astcs, produzem substancias
(principairnente ciloquinas) que aiterarn a fUI19cjO osteoclastica. A!temalivarnente, a
16
deficiencia de estrogenio pode agir diretamente sabre as osteoclastos, que tambem
possuem receptores do estrogenio, ativando sua fun9ao. (CALKINS et ai, 1997).
o estrageno exerce atividade anti-reabsortiva per meio de varios mecanismos
de ayao ainda nao suficientemente esclarecidos. Urn deles faz-se par a<;ao direta,
par meio de uma liga<;ao com seu receptor no osteob!asto, aumentando a forma<;ao
essea. Quiras evidencias sugerern que 0 estr6geno possa atuar na sintese eiou na
excrer;:ao de calcitonina, que e um poderoso inibidor da reabson;ao 6ssea.
(CHIARELLO et ai, 2005).
- Quiros fa/ores: a ingesta de cafe parece estar associada com maior perda
de massa assea, pela cafeina possuir efeitos hipercalciuricos. Ja a ocorrencia de
multiplas gesta90es e aleitamento parece exercer urn efeito protetar. A obesidade
tambem e considerada um fator de prote,ao. (SKARE, 1999).
A ausencia de harmonios sexuais (hipogonadismo) na agenesia de ovaria.
sindrome de Klinefe!ter e hipopituitarismo, tambem e um fator que leva a
osteoporose. (GOLDING, 1998).
2.4 CLASSIFICAc;:Ao
Osteoporose tipo 1 OU p6s-menopausa tambem chamada de asteoporose
acelerada, aparece em 5 a 10% de toda a popula913o feminina nos 20 anos que
seguem a menopausa. Ela resu!ta, na rea!idade, do somat6rio de dais efeitos. 0 da
perda de OS50 relacionada com a idade associada ao efeito da perda acelerada pela
pes-menopausa, pravavetmenie devida a deficiemcia de estragenas. Essas mulheres
perdem mais ossa trabecular do que cortical, e com freqOencia desenvolvem fraturas
do carpo vertebral. (SKARE, 1999).
17
18
Na forma p6s-menopausa, que ocorre 15 a 20 anos ap6s a menopausa,
aparece fraturas sem relat;ao com trauma au queda importante, mas comumente
relacionada a esfon;o brusco, movimento involuntario provocado per espirro, tosse,
entre DutroS. (MOREIRA e CARVALHO. 2001)
o que nao se sabe e per qua! mec3nismo a deficiencia de edrcgeno promove
a perda 6ssea. cirrbora a failia ovarrana se acornpanhe de urn aurnento de
remoderamento Osseo com uma difereny8 entre reabson;fao e forma!(8.o 6ssea,
favorecendo a primeira, nao S8 sa be S8 issa S8 deve, ou nao, a uma a9aO direta dos
hormonios Dvarianos no osso. (SKARE, 1999).
Uma Qutra ideia e que a osteoporose p6s-menopausica se explique por
defici€:!ncia de calcitonina. A calcitonina e 0 harmonia da paratireoide cujo efeito
principal e se opor a reabson;ao osteoclastica. Tern se demonstrado que pacientes
osteoporoticos tern urn nivel serico de calcitonina menor que as nao osteoporoticos
com a mesma idade, e que a administra<;ao de estrogenos aumenta 0 nlvel serico da
calcitonina. (SKARE, 1999).
Osteoporose tipo 2 ou senil, ocorre em individuos em torno dos 75 anos e se
rnanifesta por fraturas vertebrais e de quadris. 0 remodelamento osseo esta
diminuido, principaJmente no que se refere a taxas de forma<;ao ossea. (SKARE,
1999).
Essa forma de osteoporose representa um exagero das altera<;oes
normalmente vistas com a idade. Existe uma diminui<;c3o na longevidade do
osteoblasto, alam de um prejuizo em seu recrutamento e lung"o. (SKARE, 1999).
Um outro fator que contribui para a osteoporose senil e a diminui<;.3o da
atividade da enzima respons2ve! pels forma93c da vitamina 0 ativa. (SKARE, 1999).
19
A forma senil e de evolu<;:ao lenta e, como quase nunca provoca sintomas,
seu diagnostico se faz com frequencia pelos achados radiol6gicos ou quando
ocorrem fraturas, na maiaria das vezes em situa<;:oes banais. (MOREIRA e
CARVALHO,2001).
Em ambos as cases podem cecrrer reduc;:ao da estrutura, aparecimento
progressivo das fraturas veiiebrais e deformiciades espinhais (principafrnente dfose
dorsal e "giba"), alem da ocorrencia de fraturas em outros iocais do esqueleto, como
quadril, ter90 medio dos antebra90s e costelas. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Osteoporose masGulina, tern sido reconhecida recentemente como um
importante problema da terceira idade. Entretanto, os conhecimentos desta
sind rome sao limitad05 e fragmentados. Muitas Gondutas clinicas de diagnostico e
tratamento sao tomadas a partir de extrapola90es do conhecimento da osteoporose
feminina. Provavelmente, devetn existir diferengas itnportantes na apresentagao
c[inica, diagnosttco e terapeut!ca que nao conhecemos bem ate 0 momento.
(MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Osteoporose idiopatica, pode ser juvenii ou de aduitos jovens sao
relativamente raras. A doenga e muito agressiva e associada com um maior turnover
6sseo. Ainda que a remissao ocorra de maneira espontanea, as pessoas afetadas
podem permanecer com incapacidade residual importante (por causa das fraturas) e
dificilmente atingem, em idade adulta, uilla Illassa ossea normal. (SKARE, 1999).
o tipo idiopatico juvenil e autolimitado, ocorre em meninos e meninas
usualmente entre oito e quatorze anos. A doenga usualmente tern curso agudo, por
dois a quatro anos, e depois desaparece. (ROCHA, et al 1998)
2.5 QUADRO CLiNICO
A osteoporose inicialmente e assintomatica. Com base nissa, alguns auto res
a definem como "epidemia silenciosa do secu!o XX" ou "doenC;2 trai90eiraH. As
primeiras manife5ta~6es clinicas surgem quando ja houver perda de 30 a 40% de
massa essea. A sintomatologia fisica mais comum entre as individuos acometidos
se manifestam por dor, deformidade postural e fraturas. (CHIARELLO et ai, 2005).
- Dor: e urna das queixas mais caracteristicas, principalmente em caluna
vertebral. A dar pode, au nao, estar associada com alterac;6es radiol6gicas da
doenc;a. Quando existem fraturas compressivas (totais ou parciais), a origem da dar
e obvia, mas nem sempre issa acontece. Acredita-se que nesta outra situac;ao a dar
se deva a microfraturas de OSso trabecular. Espasmo muscular e urn fator que
contribui para a dor nas costas_ A dor naG e comum em outros locais, embora a
osteoporose seja urn processo generalizado. (SKARE, 1999}.
A lombalgia pode aparecer em decorrencia de microfraturas vertebrais por
compressao ou pelo co/apso ou encunhamento do corpo vertebral, algumas vezes
associada a raquialgia importante. A dar cranica irradia-se lateralmente e esta quase
sempre associada ao esfo[(;o. sendo aliviada parcialmente com 0 repouso.
(CHIARELLO et ai, 2005).
o curso evolutivo do processo doloroso e variavel. Em alguns pacientes,
ap6s urn ataque agudo de poucas semanas pod em existir longos period os de alivio.
A dor par si s6 pode ser callsa de imobilizayao, 0 que agrava a osteoporose.
(S!(6.RE, 1999).
- Deformidade: a redw:;:ao na altura da regiao anterior dos corpos vertebrais
leva a deformidade vertebral com conseqUente cifose dorsal, redwy80 da estrutura e
dor craniea secunda ria a deformidade mecanica e ao espasmo da musculatura
20
paravertebral. Quando varias vertebras se colapsam, a perda de altura pode atingir
200mm. Essas alterac;:6es anatomicas reduzem a capacidade das cavidades toracica
e abdominal. com conseqUente alterac;:ao das fun<;:6es cardiaca. pulmonar, gastrica e
vesical, que podem dificultar a respirayao e causar hernia de hiato e incontinencia
urinaria. (CHIARELLO et ai, 2005).
As fraturas da coluna vertebral seguem uma sequencia especifica de eventos
que aeaba par levar a deformidades caracteristicas. A medida que 0 processo
progride e aparecem mais fraturas, a abdome fica proeminente. Se existir fraturas
em vertebras lombares inferiores, a caixa toracica pode vir a se apoiar nos ossos da
pelve. (SKARE, 1999).
-Fratura: as fraturas de quadril e das vertebras representam a consequencia
mais seria da osteoporose e, tambem, 0 principal fator determinante da morbilidade,
da mortalidade e do custo socioecon6mico da doen9a. A perda da independ€mcia
decorre da incapacidade de deambular e a principal consequEmcia da fratura de
quadril, seja pela limitac;:ao funcionat, seja pelo medo de quedas. Essa inatividade
leva a piora da osteoporose e aumenta os riscos de quedas e jraturas. Conforme a
doenc;:a progride, as fraturas das vertebras e do quadril podem levar a depressao e
as altera,oes na imagem corporal. (CHIARELLO et ai, 2005).
E necessaria abservar que existem fatares hereditarias na determinac;:ao de
uma maior au menor massa 6ssea em determinadas locais. Assim, a histaria familiar
de fratura pode ser considerada como fator de risco da mesma. (SKARE, 1999).
2.6 DiAGNOSTICO
-Diagnostico por imagem: as altera96es da massa 6ssea que ocorrem ao
lange da vida sugerem que, em diferentes idades, a aferiC;:Elada mass a 6ssea pode
21
22
ter utilidade potencial diferente. Durante as anas de crescimento e matura<;ao natural
pade-s8 avaliar influencias adversas sabre 0 metabolismo 6sseo. Mais tarde durante
os anos da massa ossea relativamente estaveL e mesmo na pos-menopausa, ha
necessidade de S8 avaliar a adequ8C;SO da massa ossea. (I'viOREIRA e CARVALHO,
2001).
o estudo da densidade ossea poda S8r feita atraves do Raia X convencional
ou de metodos mais sofisticados. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Apesar de S8 saber que 0 diagnostico de imagem da osteoporose nao pade
ser baseado exclusivamente em radiografias convencionais, este metoda continua
sendo de substancial importancia no diagnostico e segmento do curso de
deformidades vertebrais e fraturas. E ainda hoje, com cerieza, a metoda mais
empregado em nosso pais. Possui varia<;:oes de diffcil contrale, como as dosagens
de radia<;:aa para fazer a exame, a opiniao subjetivado leitor, que e suscetive! a alto
grau de erro. !\lormalmente s6 e eficiente quando a perda ossea j13atingiu 30%, e s6
em circunstancias especiais pode render mais que isso. (MOREIRA e CARVALHO,
2001)
As altera<;:oes radiologicas osseas encontradas na osteoporose sao as
seguintes: rarefa<;:ao assea generalizada, mais proeminente na coluna; diminuic;ao e
acentuac;ao das corticais; altera<;:ao na forma dos corpos vertebra is (vertebras em
cunha, achatadas au biconcavas); fratura de vertebras, de punho, costelas au colo
do femur. (FILHO, et al, 2000)
Na densitometria ossea os metodos hoje disponiveis para aferir a densidade
de massa 6ssea sao seguros, nao invasivos, comodos, de custo relativamente baixo
e bastante precisos, com acuracidade maior que 95%), com erro de precisao menor
que 1%. (MOREIRA e CARVALHO, 200-i).
23
wExames laboratoriais: todos as pacientes com suspeita de osteoporOs8
devem fazer exames basicos como 0 hemograma completo, velocidade de
hemossedimenta9ao, dosagens sericas de calcio. fosforo, fosfatase alcalina total,
exame de retina da urina e calciurica de 24 haras. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
No case da osteoporcse prima ria, todos as exames sao usualmente normais.
Qualquer alteray80 deve conduzir ao diagnostico diferenciai. E preciso cautela,
porque mesma 0 achado de todos os exames norma is nao afasta a possibilidade de
haver uma doen9a subjacente. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
A avaliaf):ao mais sofisticada do metabolismo osseo pade ser uti I para 0
diagnostico e monitoriza<;ao de doem;as metab6licas osseas. Para esta finalidade,
as marcadores bioquimicos, ao lado da densitometria e histomorfometria ossea,
pod em informar sobre a dinamica da forma9ao ossea. (MOREIRA e CARVALHO,
2001).
Nos marcadores de forma<;ao ossea, a atividade da fosfatase alcalina
corresponde ao rnarcador serico rna is frequenternente utilizado. Ela se encontra
elevada em presenya de turnover osseo aumentado e diminufda, em casas de baixa
taxa de formay20 6ssea. A osteocaJcina e sintetizada pelos osteoblastos e esta
ligada a mineralizaC;20 da matriz ossea, contribuindo, assim, na homeostase de
calcio. Ela e urn marcador confiavel da atividade osteoblastica e subsequente
forma9ao ossea. (CHIARELLO et ai, 2005).
Nos marcadores de reabsor<;ao 6ssea, D calciD uriniuio em jejum, medido em
uma amostra urinaria matutina e corrigido pela excre<;2o de creatinina, e um
marcadar muito uti I da perda ossea mineral. A hidroxiprolina e produto da
degrada<;2o do co!ageno tipo I, sendo, portanio, urn born indicador da reabson;:ao
ossea. (CHIARELLO et ai, 2005).
24
-Biopsia e hisiomorfometria: exame uti!. mas nao necessario, na maior parte
dos casos de avalia98.0 da maieria das osteopenias. Sua grande vantagem em
rela<;8.o a Qutras tecnicas e que a estudo histomorfometrico fornece medida
quantitativa e qualitativa do OSSO, permitindo nao somente 0 diagnostico diferencial
entre varias condir;oes osteopemicas, mas tambem a identific3930 das perdedoras
"Ientas" (baixo turnover) e "rapidas" (atto turnover) do calcio na osteoporose.
(MOREIRA e CARVALHO, 2001).
2.7 DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
o principal problema no diagnostico da ost8oporose e a sua direrenciay80 de
Qutros disturbios que provocam a perde 6ssea como: osteomalacia; deficiencia de
vitamina D, calcio e/au f6sforo; hiperparatlreoidismo; hipertfreoidismo; infiltra90es
malignas amplamente disseminadas, como na leucemia; mieloma multiplo;
carcinoma disseminado; excesso de glicocorticoides; doenc;a hepatica cranica;
alcoolismo e administra,ao de heparina. (CHIARELLO et ai, 2005).
2.8 TRATAMENTO
Nao resta duvida de que, em osteoporose, 0 melhor tratamento e 0
preventivo. Os fatores a serem atendidos sao basicamente a manutengao de massa
ossea e a correC;:<3odas causas de quedas au de autros eiementos predisponentes a
fratura. (SKARE,1999).
Devem ser enfatizadas as medidas que previnem, retardam ou interrompem a
progressao da osteoporose antes de ocorrerem defeitos estruturais irreverslveis.
(HALL e BRODY, 2001).
Nao ha esquema terapeutico ideal mente estabelecido para 0 tratamento da
osteoporose, quer na prevenr;ao, quer no tratamento propriamente dito. A prevenr;ao
deve comer;ar na adolescencia, antes da maturar;ao ossea, atraves da ingestao
adequada de calcio, com alimenta9ao rica em laticinios, peixes e outros alimentos
ricos em calcio. ,l'l..lemdisso, 0 individuo deve ter atividade fisica adequada e reduyaa
dos fatores de risco como usa de furno, alcool, cafe, medicarnentos que induzarn a
osteopenia, dieta 11iperproteica e hipersalina que estimulem a aumento de calciuria,
imobilizagoes prolongadas, entre ouras. Todas essas atitudes profilaticas devem ser
discutidas com os jovens, explicando que elas visam a alcanr;ar a maxima densidade
ossea possivel antes da maturidade, pois, quanto maior for, menores serao as
conseqOimcias de sua perda, inevitavel, na vida adulta. (MOREIRA e CARVALHO,
2001).
A manuten<:;:ao dos exercicios desde a infancia nao 56 mantem ou aumenta a
massa essea durante ° crescimento e a maturidade, como ameniza sua perda na
sensibilidade, alem de aumentar tonus e a forga muscular, a fungao articular, a
destreza e, conseqlientemente, proteger os segmentos do esqueleto mais
suscetiveis a fraturas. (iviOREIRA e CARVALHO, 2001).
2.8.1 Tratamento medicamentoso
Os tratamentos descritos para a osteeporose dizem respeite as suas formas
idiopatica, senil e pes-menopausa. Como nao ha meios de controle segura da
afecyao, ° grande objetivo do tratamento e frear sua progressao e aiiviar seus
sintomas. (SEDA, 1979).
No tratamento da osteoporose ja estabelecida, varios regimes
medicamentosos pOdem ser utillzactos e de modo geral pOdem ser divididos em
25
26
quatro categorias, de acordo com 0 seu modo de a98o: (MOREIRA e CARVALHO,
2001).
Adjuvantes: calcio. vitamina D e seus metabelicos. (MOREIRA e
CARVALHO, 2001).
- Antiabsortivos: basicamente evitam a reabsor<;ao assea; estrogenos,
calcitonina, bifosfanatos, SEREivls, calcio, diureticos tiazidicos, vitamina D.
(MOREIRA e CARVALHO, 2001).
- Agentes estimulantes da osteogenese que tern potencial de restaurar a
massa assea pelo estimulo osteoblastico: fluoreto de s6dio, PTH, fatares do
crescimento, calcitriol, estereides anabelicos. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
- Outros medicamentos. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Calcio - e a base da preven~ao e do tratamento da osteoporos8. E: razoavel
recomendar urna ingest80 minima de calcio para todas as mulheres pre e pos-
menopausa e homens. (DE LISA et ai, 2002)
Sua administra9ao pod a ser atraves da dieta, com fontes de calcia nos
alimentos, au atraves de suplemental;c3.0 orais. Ha muitos supiementos de caicio
disponiveis no mercado e dezenas de formula90es diferentes, sendo elas: carbonato
de calcio, citrato de calcio, fluoreto de calcio, entre outros. (MOREIRA e
CARVALHO, 2001).
Vitamina 0 - a vitamina 0 e um harmonia que facilita a absor98o intestinal de calcio,
devendo ser usada principalmente em idosos, que em geral tem dieta e abson;ao
deficientes em calcio. muitas vezes confinados e pouco expostos a luz solar.
(MOREIRA e CARVALHO, 200'1).
27
o usa de analogos potentes de vitamina D, como calcitriol, pode resultar em
aumento do risco para calculos rena is ou para hipercalciuria. nefrolitiase ou mesmo
nefrocalcinose. (DE LISA et ai, 2002).
Estrogeno - a terapia de reposi9<30 hormonal deve ser ideal mente iniciada logo apes
a menopausa, nos primeiros cinco anos, prevenindo assim a fase inida! da perda
rapida que ocorre nesse periodo. (MOREiRA e CARVALHO, 2001).
Esse medicamento pode preservar a massa 6ssea em multiplas regi6es do
esqueleto e evitar fraturas. Alem disso, os estrogen os podem prevenir sintomas
vasomotores, assim como ter um efeito cardioprotetor mediado par um efeito no
colesterol enos lipidios e efeitos que promovem 0 relaxamento das paredes dos
vasos sangOineos. (DE LISA et ai, 2002).
Embora 0 estrogenic tenha um efeito favoravel sobre 0 esqueleto 6sseo,
existem efeitos colaterais potencia!mente significativos. A administra9ao continua de
estrogenio nao oposta causa proliferay8o endometrica e aumenta 0 risco de
carcinoma do endometrio em ",ulheres. (CALKINS et ai, 1997).
Cafcitonina - a calcitonina reduz a reabsorc;ao 6ssea inibindo diretamente a ayao
dos osteoclastos. (CALKINS et ai, 1997).
Existem muitas fontes diferentes de calcitonina (salmao, enguia, porcina,
Ilumana) e em diferentes formas de apresenta9ao (injetavel - intra-muscular ou
subcutanea - ou spray nasal). (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Bifosfanatos - seu mecanisme de ayao inibe a reabsorC;8o par terem uma ayao
direta sabre as osteoclastos. Impedem a adesao destas celulas ao osso subjacente,
o que e pre-requisito para absor,ao ossea. (SKARE, 1999).
28
AS efeitos colaterais dos bifosfanatos sao minimos: queixas gastrintestinais
menores, sendo a diarreia a queixa e 0 problema mais freqOente. (CALKINS et ai,
1997)
SERMs (modulares seletivos dos receptores do estrogeno) - exercem 8920
benefica sabre as osso e 0 sistema cardiovascular, sem as efeitos de!etericos sabre
o utero e a marna. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Diureticos tiazidicos - e usado em pacientes com hipercalciuria e naqueles com
hipertensao arterial. Estudos demonstram que seu usc pade reduzir em
aproximadamente urn ter90 0 risco de fratura femoral quando usado a longo prazo.
(MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Ester6ides anabolizantes - estimulam a atividade osteoblastica e reduzem a
reabson~ao ossea. Aumentam significativamente a massa 6ssea e a forlYa muscular.
(ROCHA,1998).
Seus efeitos colaterais inc!uem toxicidade hepatica, masculinizalYao e
aumento do nivel de colesteroL (DE LISA et aI, 2002).
Fluoreto de s6dio - e sempre usado com suplementalYao de caicio, tendo efeito
anabolizante no osso trabecular, por mecanismos nao totalmente esclarecidos. Sua
eficacia e controversa. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
Quiros medicamenlos - varios medicamentos tem side testados para 0 tratamento
da osteoporose ainda sem resultados convincentes que autorizem sua utiliza9ao na.
pratica clinica. Sao eles: vitamina K, hidroxiapatita, plicamicina, fosfato oral, campos
eletromagneticos e efeito piezoeletrico. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
2.8.2 Tratamento Fisioterapeutico
Nao ha esquema terapeutico ideal estabelecido para a osteoparose, quer na
prevenl'ao, quer no tratamento propriamente dlto. (ROCHA et ai, 1998).
Objetivo Fisioterapeutico
o objetiva do tratamento fisioterapeutico em varios individuos que sofrem de
osteoporose dependera da avalia9:30 fisioterapeutica do paciente. Nos pecientes em
estagios rnais avan'):ados da daen'):8, 0 objetivo nao sera 0 de faverecer a aquisi9ao
de massa 6ssea, e sim de aiiviar a dar; melhora no equilibria, visando sempre a
preven'):8o de quedas e conseqOentemente de risco de fraturas; redu'):80 da
contratura muscular; manutenl.f80 da mobilidade articular; preveny80 do
aparecimento de deformidades; fortalecimento muscular; manuten9<30 au melhora da
capacidade respirat6ria; orientay30 postural; condicionamento fisico; manuten980 ou
restaurac;:ao da independencia; mobilizay6es precoces e arientac;:oes e informa96es
sabre a doen,a para 0 paciente. (CHIARELLO et al. 2005).
A atividade fisica atua como um dos principais coadjuvantes na terapeutica da
osteoporose e pode auxiliar preventivamente desde a adolescencia na aquisi9ao de
uma "poupan,a 6ssea". (BROvVNER,2000).
Administra-Ia em nlveis adequados na juventude e de extrema importancia,
para que as pessoas alcancem uma boa massa assea maxima, que se admite ser 0
parametro mais importante para se prever a osteoporose futura. (SANTARt:M,
2001).
Segundo Santarem (2001), a importancia do exercicio fisico e grande tanto
para a profilaxia quanto para 0 tratamento da osteoporose. A sua utiliza980 deve
ocorrer desde a infancia , nos anos onde se atinge a massa 6ssea maxima . Por
mecanismos ainda pouco esclarecidos , os sxercicias mais sficientes sao os que
irnpiicarn em suporte de cargas e conlrar;;oes rnusculares fortes. Denlre esses tipos
29
30
de exercicios , os mais seguros e praticos sao as exercicios com pesos.
(SANTAREM,2001).
o exercicio terapeutico e urn elemento essencial no program a de reabilita<;:8o
para pacientes com osteoporose e deve ser ajustado aD nivel de preparo do
paciente e a propensao a fratura que se preveem. (DE LISA et ai, 2002)
A fisioterapia preventiva ioea exercicios gerais e espolies adaptados para a
terceira idade como ginastica geral, bicicleta e nata9aO. Se passive I reduzir ao
maximo os period as de imobiliz89.30 pos-traumaticos, pos-operat6rios ou durante as
doengas. Durante estes periodos de imobiliz8c;80, na medida do passivel, realizar
urn trabalho sistematico, principalmente isometria, dos diferentes grupos
museu lares, prineipalmente 0 museulo paravertebral. (XHARDEZ, 1989).
o exercicio au urn programa de terapia fisica com enfase na sobrecarga de
impacto, como par exemplo, andar em vez de nactar au movimentos passiv~s, enos
exercicios para a parte superior do corpa, levantamento de peso moderado, deve ser
eneorajado. (CALKINS et ai, 1997).
Os exercicios realizados dentro de piscinas, como a nata980 e hidroterapia,
naD satisfazem as exigencias de sustentac;:ao de peso e nao tem 0 mesmo efeito que
exercicios realizados no solo, como marcha au corrida. (KOTTKE et ai, 1994)
o exercicio deve sobrecarregar 0 sistema fisiologico a ser treinado. As
atividades selecionadas devem enfocar as reg iDes que ten ham maior risco de fratura
nos pacientes que naD tenham pouca massa 6ssea. Os pacientes com massa 6ssea
muito baixa precisam de protet;ao esqueh~tjca enquanto desenvolvem forc;a e
aumentam 0 equilibrio e a flexibilidade_ As atividades que envolvem f!eX80 de coluna
devem ser evitadas nesse grupo de pacientes. (DE LISA et ai, 2002)
31
Precisa haver urn aumento progressiv~ na intensidade do exercfcio para a
melhora continua. As cargas aplicadas precisam estar dentro da capacidade do osso
suportar a sobrecarga mecanic8. A progressao na resistencia e importante para
metas de saude 6ssea e melhora da capacidade iuncionai. (DE LISA et ai, 2002)
A manutenyao dos exercicios nao 56 aumenta a massa 6ssea durante 0
crescimento e a maturidade, como ameniza sua perda na senilidade, aiern de
aumentar 0 tonus e a fOfVa muscular, a destreza e consequentemente proteger os
segmentos do esqueleto mais suscetiveis a fralura. (ROCHA et ai, 1998).
o minima de atividade fisica para reduzir 0 aparecimento da doenrya e 200
Kcal/dia em media, que equivalem a cerca de meia hora de ginastica ou de trabalho
com esforc;o moderado. (MOREIRA e CARVALHO, 2001).
No tratamento fisioterapeutico 0 exercicio deve ser rea!;zado em um local
especifico, au seja, se a intenC;Eloe aumentar a densidade de massa 6ssea (OMO)
da caluna, deverao ser realizados exercicios de fortalecimenta da musculatura
vertebral; se a inteny80 for aurnentar a densidade de massa 6ssea do femur, os
exercicios deveram ser feitos visando a muscuiatura do membra inferior. Segundo
Bannick, existem quatro tipas de exercicias que devem ser realizados por individuos
osteaperoticos sendo um programa de caminhada, 50 minutes, 5 vezes per semana,
exercicios que envolvam sustentayao de peso, atividades que envolvam equilibrio e
coordenac;ao, alividades que envolvam a extensao da coluna. (CHIARELLO et ai,
2005).
Deve-se enfatizar as exercicias para resistencia a fadiga. au treina de fafya
de baixa intensidade. A carga deve ser acrescentada ao programa de treina de forya
muito gradualmente. As atlvldades de sustentac;ao de peso de baixo lmpacto devem
ser incorporadas na pragrama de exercicios, mas movimentos explosivos torsionais
devem ser evitados. (KISNER e COLLBY, 1998).
Bannick afirma tambem, que existem quatro tipos de exercicios que devem
ser evitados par individuos osteaporoticos as sed a a aerobica de alto impacto,
carrida, saito, urna vez que elas aurnentam 0 risco de fraturas vertebrais por causa
da fragilidade das vertebras, flexao da coluna, porque isso aumenta as for9as de
compressao na coluna, aumentando 0 risco de colapsos vertebrais, atividades que
envolvam risco de quedas, como step e caminha em terrenos irregulares e
movimentos resistidos de aduc;:ao e abduc;ao do quadril, pois nesses movimentos
aumenta-se a probabilidade de Iraturas proximais de lemur. (CHIARELLO et ai,
2005).
Autores descreveram que 0 treinamento com peso tern side urn meio efetivo
de incremento de forC;8 muscular na mulher idosa e que nesta etapa da vida as
exercicios com peso devem ser priorizados. (FILHO, 2000).
Em urn estudo feito, Setangal, et ai, submeteram cinqOenta e tres mutheres
em pas-menopausa a um treinamentD de exercicios de resistencia lentD e rapido em
dois grupos. Oesignando urn grupo a treino de resistencia (ST) e outro grupo de
treinamento de forc;:a (PT). Ambos os grupos levaram a cabo urn treinamento
progressiv~ de resistencia, urna sessao de ginastica, e um treinamento em casa
durante 12 meses. Durante 0 treino de resistencia, 0 grupo ST usou movimentos
lentos e 0 PT usa ram movimentos rapid os. Oepois de 12 meses, Icram observadas
diferen9as significantes entre os grupos. 0 grupo PT manteve a densidade 6ssea em
coluna e em quadril, enquanto 0 grupo ST perdeu significativamente em ambos os
locais. Estes resultados sugerem que treinamento de forya e mais efetivo que
32
33
treinamento de resistencia, reduzindo a perda de densidade 6ssea em mulheres
p6s- menopausa. (STENGEL, 2005).
Nos pacientes em pos-fratura as exercicios devem ser especificamente
ajustados para eles_ 0 programa de exercicios deve incluir exercicios de
alongamento e fortalecimento dos muscu!os acometidos. Programas de
fortalecimento generaiizado auxHiarao na coordenayao e devern ajudar na
prevenc;;ao de quedas. Urn programa a longo prazo de atividade fisica tambem deve
incluir exercicios aer6bicos e de usa de carga. E S8 0 paciente relatar quadro algico
as possiveis alternativas incluem terapia com calor, frio e TENS. (KAUFFRNAN,
2001).
o calor, chamado tambem de termoterapia, possui efeitos fisiol6gicos de
suma importancia terapeutica, sendo eles: urn aumento da extensibilidade do tecido
colageno, diminui a rigidez das articulagoes, produz diminuigc30 da dar, alivia
espasmo muscular, aumenta 0 fluxo sangQineo, ajuda na resoluy8.o dos infiltrados,
edema e exudatos inflamatorios. (AGNE, 2004).
Existem varias formas de aplica<;:ao do calor, podendo ser superficial ou
profunda. 0 calor superficial pode ser aplicado atraves de aparelhos como 0
infravermelho, forno de Bier, banhos de parafina, radia<;:c3oultravioleta e em forma de
calor umido. Ja 0 calor profundo e alcan<;:ado por aparelhos como 0 microondas,
ondas curtas e ultra-som. (AGNE, 2004).
A crioterapia e a termo que se refere a aplica<;:8.o de frio sobre 0 organismo
com fins terapeuticas, geralmente empregados para 0 tratamento da dar em
afec<;:6es museuloesqueleticas, seja em !es6es traumaticas reeentes como a
inflamaC;:3o e cantraturas museu lares. Pede ser apticada de varies metedes como a
34
massagem com cubos de gelD, balsa de gelD, almofadas frias, imersao em agua
gelada, evapora9ao com spray e jato de ar frio. (AGNE, 2004).
o termo T.E.N.S., significa estimula<;:ao eletrica nervosa transcutanea, que
consiste na aplic89ao de eletrodos sabre a pele intacta como 0 objetivo de estimular
as fib,as ner.!OS8S grossas, de ccndUl;ao rapida, gerando redu<;3o da dar e
relaxarnento rnuscuiar. Ern dores agudas deve-se utJiizar freqOencia elevada e
intensidade moderada, ji3 em dores cronicas a freqQencia deve ser baixa e a
intensidade elevada. (AGNE, 2004).
35
3. MATERIAL E METODOS
E urn estudo observacional descrito, para a presente trabalho foi utilizada
pesquisa bibliografica, a qua! contempla a leitura, analise e resenha de materiais
cientificos publicados, como: livros, artigos. fevistas, peri6dicos e Internet, nas
principais universidades da cidade de Curitiba - PR (UTP. PUC-PRo UNiCENP.
UTFPR. UEPR) entre os anos de 1979 a 2005.
o material utilizado se limitou a pesquisa bibliogratica de carater primarias e
secundarias, enfocando osteoporose, sua definic;ao, etiopatogenia, classifica<;ao,
diagnosticQ, diagnostico diferencia! e tratamento medicamentoso e fisioterapeutico.
4. DISCUSSAO
Segundo MOREIRA (2001) a osteoporose e uma sind rome multifatorial com
inumeras causes e fatores de risco para seu aparecimento.
A osteoporose e a mais comum e mais significativa doen~a metab6lica ossea.
Ocorre em todo 0 mundo, possuindo incidencia variiwel entre diversas popuia~6es e
grupos etarios. Ocorre predominantemente em mulheres brancas ap6s a
menopausa, sendo urn numero pequeno que possuem a doenl):a diagnosticada.
A sua etiopatogenia e bem definida como urn desequilibrio entre a reabson;ao
e a formayao 6ssea, ha varios (atores que influenciam para esta ocorrencia, como a
nutriyao, etnia, hereditariedade, atividade fisica, harmonia, entre Qutros fatares.
Todes os autores trazem como melhor forma de tratamento fisioterapeutico
para pacientes portadores de osteoporose 0 exerdcio fisico, para ganho de massa
6ssea ou apenas a manutenc;ao da mesma. Com 0 exercicio fisico ha um aumento
do tonus e da forc;a muscular, equilibrio e coordenagao mOlora que diminui os
episodios de quedas, conseqOentemente protegendo as segmentos do esqueleto
mais susceptiveis a fraturas.
Na revisao de literatura do tratamento fisioterapeutico mais eficaz, pade-se
observar varias contradic;oes entre as autores, relacionados a carga e ao impacto
necessaria para a manutenC;Elo da densidade de massa ossea.
Nao hit cancord'=!lncia entre as auto res na intensidade e modo dos exercicios.
Bannick afirma que existem quatro tipos de exercicios que devem ser evitados par
individuos osteoporolicos as seda a aer6biea de alto irnpacto, corrida, saito e 0 step.
(CHIARELLO et ai, 2005).
Ja Santa rem (2001), eita que os exercfcios mais eficientes sao os que
implicam em suporte de cargas e contrac;oes musculares fortes Dentre esses tipos
36
37
de exercfcios , os mais seguros e praticos sao as exercfcios com pesos. E Kottke
(1994) cita como tratamento a marcha e corrida.
Alguns autores trazem que os exercicios de resistencia e com carga
aumentam a densidade de massa ossea, porem outros autores relatam que nao ha
urn aumento da densidade de massa ossea, e sim uma manutenc;:ao da mesma.
He tambern autores que uefenuarn que os tratarnentos dentm de piscinas
tenham boa evolu~ao como XHARDEZ Porem, KOTTKE afirma que exercicios
dentro de piscinas como a natayao e a hidroterapia, nao satisfazem as exigencias de
sllstentay80 de peso e nao tern 0 mesma efeito que as exercicios feitos em solo.
Alguns autores relatam que as exercicios devem comegar com uma
intensidade baixa e a carga deve ser acrescentada gradualmente, respeitando a
capacidade do osso suportar a sobrecarga mecanica.
Apos essa discusseo, 0 fisioterapeuta necessita ter 0 conhecimento sobre a
osteoporose para entao tra~ar um tratamento ajustado ao nivel de prepare do
paciente e a propensao a fratura que 56 preV6em, levando 0 paciente a conviVer
com essa patologia de forma mais adequada, sempre sendo orientado peio
profissionai desta area.
38
5, CONSIDERAC;;OES FINAlS
A osteoporose e uma patoiogia multifatoriai, que acamete muitas muiheres e
homens atualmente. Urn dos seus principais fatores e 0 aumento da expectativa de
vida, ocorrendo um envelhecimento populacional mundial, que significa aumento da
propor9ao de idosos, que sao mais suscetiveis a essa doenc;a.
Pode~se observar que a preven980 e a melhor tratamento, e 0 exercicio fisico
e essencial para a manutenyao da densidade da massa ossea. A prevenC;8o deve
acontecer desde a adolescemcia, e em adultos jovens ate os 35 anos, onde a
abson;ao de calcia e mais eficaz, ap6s essa idade comec;a a ter urn declinio anual
da densidade ossea, piorando com a menopausa.
Apesar de algumas contradic;oes pode se observar que 0 impacto tern uma
maior ac;ao sabre 0 OSSO, estimulando os osteoblastos, alem de aumentar a massa e
a tonus muscular, a equilibria e a coordenac;c3o, a que favorecem para a diminuic;ao
dos incidentes como as quedas.
A atividade fisica sendo considerada uma das estrategias mais eficientes para
prevenir e tratar a osteoporose, a papel do fisioterapeuta se torna de capital
imporU'mcia para prescrever, orientar e acompanhar um programa adequado para
cada individuo. Com as cuidados necessarios e a tratamento adequado para esta
patologia a paciente podera ter uma melhor qualidade de vida, retornando a suas
atividades de vida diarias.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGNE, Jones E. Eletrotermoterapia Teoria e Pratica. Editora Orium. Santa Maria.
2004.
BORELLI, A. Envelhecimento 6sseo: Osteoporose Fundamentos, ciinica e
terapeutica. l'ed. Editora Atheneu. Sao Paulo. 2000.
BROWNER, Bruce B, et al. Traumatismo do Sistema Muscuioesqueietico. Volume 1.
2' ed. Editora Manole. Sao Paulo. 2000.
CALKINS,Evan, et al. Geriatria Pratica. 2'ed. Editora Revinter. Rio de Janeiro. 1997.
CHIARELLO, Berenice, et al. Fisioterapia Reumatoi6gica. Editora Manole. Sao
Paulo. 2005.
DE LISA, Joel A, et al. Tratado de Medicina e de Reabilitat;ao Principios e Pratica.
Volume 2. 33 ed. Editora Manole Sao Paulo. 2002.
F1LHO, Erica T. et al. Geriairia. Fundamento, Clinica e Terapeulica. Ediiora Atheneu.
Sao Paulo, 2000.
GOLDING, Douglas N. Reumatoiogia em Medicina e Reabilita9iio. Editora Atheneu.
Sao Paulo. 1998.
GUYTON, Arthur. C. Fisioiogia Humana. 6' ed. Editora Guanabara. Rio de Janeiro.
1988.
HALL, Carrie, BRODY, Lori Thun. Exercicios Tempel/ticos na Busca da Fungiio.
Editora Guanabara. Rio de Janeiro. 2001
KAUFFRNAN, Timothy L. ftAanua! de Reab;Jifar;ao Geriatrica. Editora Guanabara. Rio
de Janeiro. 2001.
KISNER, Carolyn, COLLBY, Lynn Allen. Exercicios Terapeuticos Fundamentos e
Tecnicas. 3' ed. Editora Manole. Sao Paulo. 1998.
39
40
KOTIKE, Frederic, et al. Tratado de Medicina Flsica a Reabilita,8o de Krusen. 4'
ed. Editora Manole. Sao Paulo. 1994.
LUKERT. B.P. Diagnosis and management of osteoporosis. Compr Ther 1984; 10: 8-
14 apud Aisenbrey JA. 1987.
MOREIRA, Caio, CARVALHO, rv1arco Antonic P. Reumatologia Diagnostico e
Tralamen[o. 2a ed. Ediiora Medica e Clentifica. Rio de Janeiro. 2001.
PLAPLER, P. G. Osteoporose e exerclcios. Revista Hospital Cllnlco Faculdade
Medlcina. Sao Paulo 1997
PETIT, J. Diaz, et al. Fisioterapia em Traumatologia Ortopedia e Reumatologla
Edltora Revinter. Rio de Janeiro. 2001.
ROCHA, Manoel Otavio de C. Terapeutica Clinica. Editora Guanabara. Rio de
Janeiro. 1998.
SALTER, Robert B. DisfUrbios e Lesoes do Sistema MusculoesqueltMico. 2a ed.
Editora Medica e Cientifica. Rio de Janeiro. 1985.
SANTAREM, Jose Maria. Exercicio Fisico e Osteoporose. Disponivel em
http://www.saudetotal.com/santarem.htm .Acesso em '10/10/2006.
SEDA, Hilton. Reumatologia Perguntas e Respostas. Volumell. Editora Cultura
Medica. Rio de Janeiro. 1979.
SHARE, Thelma Larocca. Reumatologia Princlplos e Pratlca. Editora Guanabara.
Rio de Janeiro. 1999.
STENGEL, S. V, et al. Power training is more effective than strength training for
maintaining bone mineral density in postmenopausal women. Germany. Feverero
2005.
SZENJNFELD, V. l. Reumatologia Atualiz8y80 terapeutica. 20° ed. Editcra Artes
Medicas, Sao Paulo. 2001
XHARDEZ, Yves. Manual de Cinesioterapia. Editora Atheneu. Rio de Janeiro. 1989.
41