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Universidade Federal do Triângulo Mineiro Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas Cursos de Engenharia Viscosímetro de Stokes Aluno: Fausto Pagan Disciplina: Fundamentos de Fenômenos de Transporte. Professor: Rúbner Gonçalves. Uberaba-MG

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viscosidade

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  • Universidade Federal do Tringulo Mineiro Instituto de Cincias Tecnolgicas e Exatas

    Cursos de Engenharia

    Viscosmetro de Stokes

    Aluno: Fausto Pagan

    Disciplina: Fundamentos de Fenmenos de Transporte.

    Professor: Rbner Gonalves.

    Uberaba-MG

  • 1. OBJETIVO

    A aula experimental teve como objetivo a determinao da densidade absoluta

    () de um fluido a partir da descida de uma esfera nesse mesmo fluido, contido

    em um tubo de vidro vertical.

    2. INTRODUO

    A viscosidade uma caracterstica completamente ligada aos fluidos.

    Basicamente, viscosidade a propriedade que os fluidos possuem em resistir ao

    escoamento, dado certa temperatura.

    Gases e lquidos , quando submetidos a tenses apresentam sua capacidade de

    escoar, mostrando assim sua caracterstica viscosa, diferentemente dos slidos

    que quando submetidos a tenses se deformam.

    A viscosidade de um fluido pode ser determinada de diferentes formas, uma

    delas pelo Viscosmetro de Stokes, forma abordada na realizao do

    experimento que se baseia na velocidade e tempo de queda de uma esfera em um

    determinado fluido.

    O viscosmetro de Stokes, um tubo de vidro contendo o lquido que desejamos

    determinar sua viscosidade.

    Nesse tubo, marca-se uma altura pr-determinada, e deixa-se cair uma esfera, de

    dimetro conhecido, no interior do fluido. Tendo a distncia percorrida pela

    esfera e seu tempo de queda, possvel determinar sua velocidade.

    Enquanto a esfera cai pelo fluido ele submetida s foras de empuxo (E), peso

    (P) e resistncia imposta pelo fluido esfera (Fvis).

    Tendo em considerao esses conceitos pode-se ento determinar a viscosidade

    absoluta de um fluido, na qual discorremos no decorrer deste relatrio.

  • 3. MATERIAIS

    Esferas de vidro,

    Proveta de vidro graduada;

    Cronmetro;

    Rgua;

    Picnmetro;

    Balana;

    Fluido 1: VR EXTRA MOLD SAE-40 API SF VECCHI LUBRIFICANTES;

    Fluido 2: MOBIL SUPER 1000 API SM 20W-50;

    4. MTODOS

    Mediu-se a massa das esferas de vidro e uma balana semi-analtica e anotaram-

    se os respectivos valores;

    Posteriormente, mediu-se o dimetro da esfera, com auxlio de uma rgua

    milimtrica, adotando o mesmo valor de dimetro para as demais esferas;

    Em seguida, marcou-se uma altura de 17 cm na proveta de vidro, distncia esta

    que foi a percorrida pela esfera na descida.

    Com auxlio de um cronmetro, o tempo de queda das esferas foi aferido e

    anotado.

    O mesmo foi feito para as demais esferas, sendo 3 esferas para um determinado

    fluido e outras 6 esferas para outro. Nas provetas 1 e 3 foi colocado um fluido e

    na proveta 2 foi colocado o segundo fluido.

    Posteriormente 3 picnmetros foram pesados vazios, e em seguida pesados com

    gua, tendo seus respectivos valores anotados.

    Em seguida, os picnmetros foram lavados e secos, sendo posteriormente

    preenchidos com os fluidos em questo. E ento foram novamente pesados.

  • Com esses valores em mos, a volume do picnmetro pode ser determinado

    algebricamente.

    5. RESULTADOS E DISCUSSES

    Tendo registrados todos os dados caracterizados nos mtodos foi montada a

    seguinte tabela com os valores:

    Fluido Tempo (s)

    Distncia

    (m) Raio da esfera (10-3

    m) Massa (10-3

    kg) (Pa.s)

    Fluido 1

    T1= 1,66

    d = 0,17

    R1= 9 m1= 4,97 1= 0,0294

    T2= 2,18 R2= 9 m2= 5,74 2= 0,0259

    T3= 1,99 R3= 9 m3= 4,68 3= 0,0231

    T mdio= 1,94 Rmdio= 9 m mdio = 5,13 mdio = 0,0261

    Fluido 2

    T1= 1,31

    d = 0,17

    R1= 9 m1= 4,67 1= 0,0351

    T2= 1,84 R2= 9 m2= 5,71 2= 0,0305

    T3= 1,58 R3= 9 m3= 5,02 3= 0,0312

    T mdio= 1,58 Rmdio= 9 m mdio = 5,13 mdio = 0,0322

    Fluido 3

    T1= 1,67

    d = 0,17

    R1= 9 m1= 5,27 1= 0,0310

    T2= 2,20 R2= 9 m2= 5,50 2= 0,0246

    T3= 2,00 R3= 9 m3= 5,20 3= 0,0256

    T mdio= 1,96 Rmdio= 9 m mdio = 5,32 mdio = 0,0270

    OBS.: Os fluidos 1 e 3 mostrados na tabela so os mesmo.

    Com estes dados em mos, podemos calcular a viscosidade do fluido por meio

    algbrico, seguindo a frmula deduzida como:

    - havamos dito que a esfera em queda no fluido era submetida s foras de

    empuxo (E), peso (P) e resistncia imposta pelo fluido esfera (Fvis), logo

    temos que

    Fvis = 6VR;

    E = Sg;

    P = mg

    Onde

  • = viscosidade absoluta do fluido;

    V = velocidade da esfera;

    R = raio da esfera;

    = massa especfica do lquido;

    Nas condies do equilbrio dinmico, temos que

    VRgRmg

    FEP visc

    63

    4 3

    Pela frmula acima, podemos isolar a viscosidade absoluta, resultando em:

    VR

    gRmg

    6

    3

    4 3

    Frmula, que nos fornece algebricamente o valor da viscosidade do fluido em questo.

    Os valores de viscosidade foram ento calculados e dispostos na tabela apresentada

    anteriormente.

    Os valores encontrados na literatura para as massas especficas dos fluidos 1 e 2

    so:

    Fluido 1: = 0,869 g/cm

    Fluido 2: = 0,874 g/cm

    E os valores de viscosidade cinemtica para os fluidos 1 e 2, tambm

    encontrados na literatura so:

    Fluido 1: mnimo 12,5 cSt = 12,5 cm/s e mximo 16,3 cSt = 16,3 cm/s para

    uma temperatura de 100C. Tomamos 14,4 cm/s como sendo seu valor mdio

    de viscosidade cinemtica.

    Fluido 2: mnimo 146 cSt = 146 cm/s e mximo 17,8 cSt = 17,8 cm/s para uma

    temperatura de 100C. Tomamos 81,9 cm/s como sendo o valor mdio da

    viscosidade cinemtica.

    Relacionando a viscosidade dinmica com a cinemtica temos que:

    =

  • Com,

    = viscosidade dinmica ou absoluta;

    = massa especfica do fluido;

    = viscosidade cinemtica.

    Pela frmula apresentada obtivemos os seguintes valores de viscosidade

    absoluta:

    Fluido 1 = 1,251 Pa.s

    Fluido 2 = 7,158 Pa.s

    Da tabela, podemos observar que temos a viscosidade do fluido 1 como sendo

    0,0261 Pa.s e do fluido 2 como sendo 0,0296 Pa.s. Equiparando os valores de

    viscosidade encontrados na literatura, observamos relevada diferena entre os

    valores. Sendo assim, podemos assumir essa diferena entre os valores como

    sendo resultado da diferena de temperatura em que foram especificadas as

    viscosidades, j que pela literatura as viscosidades foram fornecidas a uma

    temperatura de 100C enquanto o valor determinado pelo experimento foi

    determinado temperatura ambiente de 27C.

    Logo podemos registrar a influncia que a temperatura exerce sobre a

    viscosidade, como exemplo, citamos a dilatao que o fluido pode vir a sofrer, o

    que alteraria o valor de sua viscosidade.

    6. CONCLUSO

    Pelo discutido, podemos concluir que o a diferena entre os valores de

    viscosidade determinados experimentalmente e os encontrados na literatura se

    devem ao fato das temperaturas no serem coincidentes.

    O que era de se esperar, sabendo sobre a influncia da temperatura sobre a

    viscosidade, logo os valores encontrados experimentalmente so de vlidos

    quanto a temperatura em que se realizou o experimento (27C).

  • 7. REFERNCIAS

    ROTEIRO AULA PRTICA: viscosmetro de Stokes.

    MOBIL SUPER 1000 20W-50, Rio de Janeiro RJ Brasil, 2009.

    DIRIO OFICIAL DA UNIO de 27/11/2008, pg. 106, Seo 1, disponvel

    em http://www.jusbrasil.com.br/diarios/905133/dou-secao-1-27-11-2008-pg-

    106. Acesso em: 30 de janeiro de 2013.