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UNIVERSIDADETUIUTI DO PARANA FACULDADE DE CIENCIAS BIOLCGICAS E DA SAODE CURSO DE FISIOTERAPIA FATORES QUE INFLUENCIAM A EVOLUCAO FISIOTERAPEUTICA DOS PACIENTES COM TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO ATENDIDOS NO HOSPITAL DO TRABALHADOR CURITIBA . 2005

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UNIVERSIDADETUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS BIOLCGICAS E DA SAODE

CURSO DE FISIOTERAPIA

FATORES QUE INFLUENCIAM A EVOLUCAO

FISIOTERAPEUTICA DOS PACIENTES COM TRAUMATISMO

CRANIO-ENCEFALICO ATENDIDOS NO HOSPITAL DO

TRABALHADOR

CURITIBA. 2005

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KELLY REGINA NORA

FATORES QUE INFLUENCIAM A EVOLUCAO

FISIOTERAPEUTICA DOS PACIENTES COM TRAUMATISMO

CRANIO-ENCEFALICO ATENDIDOS NO HOSPITAL DO

TRABALHADOR

Trabalho de conclusao de curso apresentadopara obtenvao de nota para colayao de grau,do curso de Fisioterapia da UniversidadeTuiuti do Parana.Orientadores Julio Romani

Patricia Harder

CURITIBA2005

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AGRADECIMENTOS

Agrad~ a minha familia, que sempre me ofereceu condi¢es planas

para manter a faculdade. Aos meus av6s Clarice e Emmo, que mesmo falando

que achavam que nao iriam agOentar para verem minha formatura ai estao.

Traquilino e Maria Nora (In Memorian) que estejam onde estiverem, sei que

estao muito felizes, e orgulhosos pela minha vit6ria. Ao meu sobrinho Igor, que

sempre me trouxe alegria e animo para estar sempre bem comigo mesma. Aos

amigos, que sempre quiseram me ver feliz. Enfim, agrad~ a Deus por me

proporcionar a vida, a saude, e as alegrias que tive ate hoje.

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DEDICATORIA

Existem pessoas que vieram ao mundo para construir, para iluminar

caminhos e para ajudar a construir um mundo melhor.

Existem pessoas na trajetoria de nossas vidas que, por mais que

queiramos agradecer nunca 0 conseguiremos fazer, tamanha e a luz que

semeiam, e 0 carinho que dedicam ao nobre ato de educar.

A todos os que estiveram ao meu lado e se dedicaram a me ensinar a

fazer as melhores escolhas a nossa gratidao.

Pe9Q que Deus retribua com as necessarias energias para que sua

missao nunca cesse. Entre eles estao meus orientandos Julio Romani e

Patricia Harder, meus pais Euclides e Sonia, namorado Suhel, irmaos Rodrigo

e Daisy e os amigos com quem dividimos nossas alegrias, tristezas, e nossas

vitorias, "Tu".

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SUMARIO

LISTA DE TABE LAS •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••vi

LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS vii

RESUMO viii

ABSTRACT f£ ••••••••••••••••••.••.•••••••.••• ~ •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ix

1.1NTRODUC;AO•..•...••.•••••..•.••••••••.•....•••.••••.••••......•.••...•...••..••••..•••..••••.••••••••..••..••..••..•••.••1

2.REVISAo DA LITERA TURA •••••.•.•••••••••••••••••....•......••...•..•.•....••..•........•.........•........•..•..2

2.1.Conceito 2

2.2. Epidemio~ogia 2

2.3.Etiologia 3

2.4.Etiopatogenia 3

2.4.1.Lesao Axonal Difusa E Concussao Cerebra\.. 3

2.4.2. Hematomas Cerebrais .4

2.4.3.Controle Da Pressao Intra-Craniana. 5

2.5.Classificac;ao 6

2.6.Diagn6stico 7

2.7.Quadro CHnico 9

2.7.1. Classificac;ao das Paralisias 10

2.8.0bjetivos Primordiais Da Intervenc;ao Fisioterapeutica 11

3.METODOLOGIA ......................................................................................•.......•........•.. 13

3.1.Abordagem EpidemioI6gica 13

3.2.Material. 13

3.3.Metodo 13

3.4.Populac;ao 14

3.5.Analise Estattstica 14

4.RESUL TADOS •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•••.•••••••••••••••••••••••••15

5.DISCUssAo ••......•••••.....•••••••••..•••••••••.•.••••••...•.•••.....•••.•..•••.••••..••••.••••..••..•••.•••..••..•••.•••20

6.CONSIDERAC;Ao FINAL ••••...•.•••••••.•.•••••••..•.••••..•••••..•..•.•....••.•.•.•.•••••.•••.••••••••.•••.•••..••21

7.REFERENCIA BIBLIOGRAFICA. 22

APENDICES ....•...•...•..........•••.........•.:..........•.......•••....••••....•••...••....••..•.•.......•.......•....•...••24

v

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LlSTA DE TABELAS

Tabela 1 apresentayao dos dados referentes a identificayao dos individuos

avaliados 15

Tabeta 2 apresentayao dos dados referentes a identificayao dos indivfduos

avaliados 17

Tabela 3 apresentayao dos dados referentes ao padrao de membros dos

individuos acometidos 18

Tabela 4 apresentayao dos dados referentes ao padrao de membros dos

individuos acometidos 19

vi

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USTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TCE Traumatlsmocranio-encefalico

AVC Acidentevascularcerebral

LAD Lesaoaxonaldifusa

FR Frequenciarespiratoria

PIC Pressaointra-craniana

MMSS Membrossuperiores

MMIIMembrosinferiores

ROT.1NTRota930interna

vii

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RESUMO

A busca de fatores prognosticos para 0 traumatismo crimio-encefalico tem sidoalvo de muitos estudos nas ultimas decadas. A identificaQ80 de indicadoresconsistentesda evolu980destes pacientes tem representado um grande desafio para afisioterapia, e sua utilidade considerada evidente tanto para orientar 0 tratamento,quanto para a estimativa do resultado final. 8aseado numa avaliacrao de vintepacientes, estudou-se a influencia de varios fatores como deficits motores erespiratorios que resultam em altera¢es importantes como hipertonia precoce compOSSIVe!instalayao de deformidades, comparada com a influencia fisioterapeutica paraa evotu980 dos mesmos. A metodologia utilizada foi do tipo observacional descritivo,para isso foram selecionados pacientes com traumatismo cranio-encefalicoindependente do grau de comprometimento sem algum item para exdusao. 0 materialutilizado para pesquisa, foi uma avalia980 contendo dados como anamnese dopaciente,resultadosde testes diagnosticos, estado respiratorio, se 0 mesmo apresentafraturasllesoes associadas, integridade cutanea e estado funcional de seus membros, eum termo de consentimento livre e esdarecido para 0 paciente ou responsavel. Osresultados do estudo, ainda nao foram obtidos pois 0 mesmo ainda encontra-se emandamentonao atingindo 0 total do numerode padentes pre-estabelecidos.

Palavras-chaves: Traumatismo cranio-encefalico,fisioterapia.

viii

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ABSTRACT

The search of factors prognostics for the trauma skuH-encefalico has been whiteof many studies in the last decades. The identification of consistent pOinters of theevolution of these patients has represented a great challenge for the fisioterapia, and itsconsidered utility evident in such a way to guide the treatment, how much for theestimate of the final result. Based in an evaluation of twenty patients, it was studiedinfluence of some motor and respiratory factors as deficits that result in importantalterations as hipertonia precocious with possible installation of deformities, comparedwith the fisioterapeutica influence for the evolution of the same ones. The usedmethodology was of the descriptive observacional type, for this had been selected withtrauma independent skuU-encefalico of the degree of comprometimento without someitem for exclusion patient. The material used for research, was an evaluation contendsgiven as anamnese of the patient, results of disgnostic tests, respiratory state, if thesame it presents fraturasllesoes associates, cutaneous integrity and functional state ofits members, and a term of free and dartfied assent for the responsible patient or. Theresults of the study, had still not been gotten therefore the same still meet in progressnot reaching the total of the number of daily pay-established patients.

Word-keys: Trauma skull-encefalico, fisioterapia.

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1. INTRODUCAo

Nas ultimas decadas a incidencia e a gravidade dos acidentes

automobilisticos e por arma de fogo tern aumentado de maneira assustadora por

todo 0 mundo.

o traumatismo cranio-encefalico (TCE) e importante causa de morte ou de

deficiencia fisica e mental, superado apenas pelo acidente vascular cerebral (AVC)

como patologia neurol6gica com maior impacto na quattdade de vida.

As incapacidades fisiol6gicas e funcionais restringem 0 acometido do convlvio

com 0 meio social. leva-o ao afastamento de seus afazeres profissionais excluindo-

se com poucas probabilidades de retorno.. A depressao, a baixo estima diftcultarao a

recuperagao e limitarao mais ainda sua evolugao.

o traumatismo cranio-encefalico permanece urn serio problema em nosso

meio. Uma razoavel padronizagao da condugao desses pacientes tern sido

conseguida com a introdugao de protocolos de tratamento tanto no Brasil como em

outros parses. Esta padronizagao favorece a comparagao de casutsticas e

conclus5es melhor embasadas em evidencias.

o presente estudo tern por objetivo avaliar atraves de um questionario

padronizado os fatores que influenciaram a evolugao da Fisioterapia em pacientes

com Traumatismo cranio-encefalico, independente do grau de acometimento, sexo,

idade ou raga.

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2.REVISAo DA LlTERATURA

2.1.CONCEITO

Nos Estados Unidos, 0 National Head Injury Foundation(NHIF) definiu 0 dano

cerebral traumatico como um "comprometimento do cerebro causado por uma forya

externa que pode produzir uma diminui9ao ou altera9ao do estado de consciencia,

acarretando uma altera980 das habilidades cognitivas ou do funcionamento

ffsico"(JUNQUE,2001).

A injuria primaria que acontece no TCE e aquela imediatamente ap6s 0

impacto e que pode ser focal ou difusa. De acordo com este parametro, havera uma

altera980 no prognostico. Uma injuria focal atinge uma discreta area, geralmente

localizada ao lado do impacto. Uma injuria difusa e caracterizada p~r uma grande

area acometida, com altera9ao nas estruturas cerebrais e na condu980 axonal. A

injuria secundaria e toda lesao que acontece como conseqOencia da lesao primaria,

isto e, 0 processo que acontece com as estruturas circunvizinhas em resposta ao

dano primario. Estas conseqOencias, em geral, estao relacionadas a altera90es no

suprimento sanguineo de outras areas podendo gerar hemorragias e

isquemias.(BASS, 2001).

Os pacientes pas-trauma cranio encefalico apresentam um complexo de

deficits ffsicos, cognitivos e integrativos que resultam em altera90es importantes:

hipertonia precoce, com possivel instala9ao de deformidades, altera980 do nivel de

consciencia em grande parte dos casos (DELISA, 2000).

2.2.EPIDEMIOLOGIA

o traumatismo cranio encefalico e a causa mais frequente de morte entre os 2

e 42 anos de idade e tern uma mortalidade entre 5% a 50%; em quase 50% dos

pacientes poli traumatizados ha TCE associado.

Aproximadamente 60% das mortes ocorrem dentro das primeiras 24 horas do

trauma. Os avan9Qsnas medidas utilizadas em Unidades de Terapia Intensiva tem

reduzido a mortalidade e a intensidade das sequelas (JUNQUE, 2001).

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o aumento da mortalidade resultante de TeE nos ultimos anos,

particularmente nos pafses em vias de desenvolvimento, chama a atencao para as

conseqOencias serias deste problema que MiIler,em 1996 chamou epidemia

silenciosa.Kraus e McArthur, em 1996 , referem que, desde meados dos anos 50 a

meados dos anos 70, a mortalidade resultante de TCE aumentou 600%.

Para Koizume, em 2000 os estudos epidemiologicos sobre TCE sao

escassos, sendo essa dificuldade encontrada inclusive nos paises mais

desenvolvidos. S6 em Sao Paulo, considerando a populacao brasHeira de

150milhoes de habitantes, foram constatados 57 mil 6bitos decorrente de TeE.

2.3.ETIOLOGIA

A principal causa de TeE, alcancando quase que 50% dos casos sao os

acidentes automobmsticos, e a associacao de bebidas alco6licas com esses

acidentes chega a 72% dos casos de TeE. (FREIRE, 2001).

Alem do choque espedfico por queda ou acidente automobilistico, uma outra

forma de traumatismo craniano que vem aumentando 0 seu numero e aquele

acontecido atraves do uso de projetil de arma de fogo. A penetracao da caixa

craniana pelo projetil provoca laceracao, necrose e hemorragia no interior dos

tecidos, podendo, muitas vezes, evoluir com infec¢es do tipo meningite,

osteomiolite e abscesso. 0 TeE tambem pode ser provocado por um momenta de

aceleracao e desacelera.;ao de forcas onde 0 cerebro pode ser impelido em dire.;ao

a estrutura 6ssea. (FREIRE, 2001).

2.4.ETIOPATOGENIA

2.4.1 lesao axonal difusa e concussao cerebral

A lesao axonal difusa (LAD) deve-se ao comprometimento das fibras

nervosas par ocasiao da acelera.;ao-desaceleracao da cabe.;a. Na LAD ocorrem

distensao e ruptura dos axonios. Quando a altera.;ao da consciencia for breve

(menos que 6h) e usado a termo concussao cerebral. Nestes casos pode nao haver

perda total da consciencia, mas um estado de atordoamento, caracteristico da

concussao cerebral.

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A perda da consciencia e decorrente da desorganiza980 funcional e nao

anatomica do sistema reticular ativador ascendente. Importante notar que nestes

casos exames de tomografia computadorizada e ressonancia nuclear magnetica nao

acusam lesao. (RIBAS,2002).

Deve-se estabelecer a distinyao entre a lesao inicial ou primaria e a lesao

cerebral secundaria. As lesoes primarias ocorrem segundo a biomecanica que

determina 0 trauma. As lesoes secundarias ocorrem segundo alteray6es estruturais

encefalicas decorrentes da lesao primaria bern como de alteray6es srstemicas

decorrentes do traumatismo. Esta distinyao e fundamental no tratamento dos

pacientes com TeE, uma vez que 0 objetivo principal e evitar ou minimizar as fesoes

cerebrais secundarias. Quando estudamos os mecanismos de lesao encefalica,

devemos considerar todos os fatores fisico-dinamicos que agem sobre 0 complexo

encefalico (RIBAS,2002).

2.4.2.hematomas cerebrais

Sao coley6es de coagulos que se encontram no interior do cranio

(Iocalizayoes focais), que acabam por deslocar 0 parenquima cerebral. Muitos se

localizam na substancia branca profunda, diferentemente das contusoes onde a

maior prevalencia se da no cortex.

a) hematomas subdurais

Normalmente ocorrem devido ao movimento do cerebro dentro da caixa

craniana "cisalhamento". Raramente envolvem arterias piais, mais freqC!entemente

de origem venosa.

Estes hematomas normalmente apresentam-se nas convexidades laterais do

cerebro podendo acometer a superficie medial do hemisferio, entre 0 tentorio

cerebelar e 0 lobo occipital, na fossa posterior. Apresentam-se na forma de uma

tente concavo-convexa, nao respeitando os limites das suturas

osseas(MAYER,2002)

Os hematomas subdurais agudos costumam estar relacionados a

traumatismos graves, e geralmente acompanham lesoes encefalicas importantes.

Deve-se principalmente ao sangramento de veias corticais que sao particularmente

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frageis nas suas por¢es rnais pr6ximas ao seio sagital superior, onde fazem trajeto

"em ponte", sem urn born apoio. Estes hematomas subdurais agudos desenvolvem

sintomas a partir de 72h decorrentes do trauma que geralmente nao eautomobilistico e sim por agressoes, pancadas ou quedas. Ha perda da consciencia

com posterior recupera~o "intervalo lucido" e retorno ao coma decorrente do

aumento do hematoma. Hemiparesia contralateral ao hematoma a observada com

midrfase ipsilateral ao trauma. Mostra-se na TC de forma hiperdensa(MAYER,2002)

o hematoma subdural cronico torna-se sintomatico ap6s 21 dias ou mais do

trauma ocorrido. A faixa etaria predominante a de 50 anos ou rnais onde ha

presen9a de atrofia cerebral e aumento fisiol6gico do espa90 existente entre a dura-

mater e a aracn6ide. Pacientes alc061atrase epilapticos tambam apresentam com

freqOencia este tipo de lesao, sempre decorrente de urn trauma banal, quase que

sem nenhuma compressao cerebral devido a atrofia. Dentre os posslveis sintomas,

observa-se altera~o de personalidade, situa~o as vezes confundida com demencia

ou esclerose. Apresenta-se na TC de forma isodensa a hipodensa (MAYER, 2002).

b) hematomas epidurais

Constituem-se numa rara complica~o do TCE. Ocorre em menos de 1% dos

casos. 0 sangramento no espa90 epidural costuma ser ocasionado pela ruptura da

artaria meningea madia podendo tambam ter origem dos seios durais. A tomografia

computadorizada, observa-se urn aspecto de lente biconvexa ja que 0 coagulo nao

ultrapassa as suturas osseas.A dura-mater a separada do crania (tabua interna) por

urn coagulo que aumenta pragressivamente de tamanho comprimindo 0 parenquima

cerebral. A mortalidade aproxima-se de 100% em pacientes que nao realizam 0

procedimento cirurgico de forma emergencial (RIBAS, 2002)

2.4.3.controle da pressao intracraniana - pic

A sua realiza9aOesta indicada em todo paciente com suspeita de PtC elevada

aguda ou subaguda com risco de descompenSa9aO; pacientes com TCE com

Glasgow menor ou igual a 8 tambam possuem indica9aO. 0 desenvolvimento de

sistemas de fibras 6pticas veio permitir maior facilidade da instala~o, menos erras

nas medi90es, menos complica90es infecciosas. Admitem-se toleraveis valores de

20mmHg (ideal 15mmHg ou 20cm de agua) (UANZA, 2002).

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As meningites ocorrem geralmente em pacientes com fratura mastoide ou dos

seios nasais. A rinorreia e a drenagem do liquor pelo nariz por fratura da lamina

crivosa, onde se nao for corrigida pode ser uma porta de entrada da meningite. A

drenagem pela fratura do osso temporal e chamada de Otorreia, que tambem e uma

porta de entrada. A pneumoce\e(presenc;ade ar no interior da caixa craniana) pode

levar a meningite se estiver infectada ou encher a cavidade de Hquido(UANZA,

2002).

A (esao dos nervos cranianos e complica~o frequente da fratura da base do

cranio. Os nervos cranianos, especialmente 0 olfatorio, podem ser torcidos ou

feridos pelo movimento do cerebro dentro do cranio (UANZA, 2002).

2.5.CLASSIFICACAO

Concussao: e causada por uma aceterac;ao rotacional, provocada por um

movimento subito da cabec;a,que induzira ao movimento rotaciona\ dos hemisferios

cerebrais ao redor do diencefalo, ocorrendo alterac;ao da PIC. E um disturbio

fisiologico reversivel das func;Oesde sistema nervoso, com perda ou diminuic;ao da

consciencia, ocorrendo amnesia, ou seja, e urn problema.mais comum subsequente

quando ocorre 0 TCE ela e provocada por um movimento rotacional e subito da

cabec;a(JUNQUE, 2001).

Contusao: Pode ser resultado de traumatismo direto do cerebro no local do

impacto, deslocamentos violentos contra irregutaridades osseas, fragmentos osseos

sob traumas ou lesao por contra-golpe. Quando existe hematoma do cortex, 0

tratamento deve ser considerado porque pode Ter varios tipos de hemorragias.

(JUNQUE,2001).

Edema cerebral. Ocorre devido ao acumulo excessive de liquido dentro do

tecido cerebral, sendo causa de deteriorizac;ao neurologica progressiva, tendo 0

aumento da PIC que se torna incontrolavel. Qualquer manuseio pode acelerar 0

aumento dessa PlC.

Os TCEs podem ser classificados em tres tipos, de acordo com a natureza do

ferimento do cranio: traumatismo craniano fechado, fratura com afundamento do

cranio, e fratura exposta do cranio. Esta classificac;ao e importante, pois aiuda a

definir a necessidade de tratamento cirurgico.

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•0 traumatismo craniano fechado caracteriza-se por ausencia de ferimentos no

cranio ou, quando mUito, fratura linear. Quando nao ha lesao estrutural

macrosc6pica do encefalo, 0 traumatismo craniano fechado a chamado de

concussao. Contusao, lacera<;ao,hemorragias, e edema (incha<;e)podem acontecer

nos traumatismos cranianos fechados com lesao do parenquima

cerebral(ROWLAND,1997}.

•Os traumatismos cranianos com fraturas com afundamento caracterizam-se

pela presen<;ade fragmento osseo fraturado afundado, comprimindo e (esando 0

tecido cerebral adjacente. 0 prognostico depende do grau da lesao provocada no

tecido encefalico(ROWLAND,1997).

•Nos traumatismos cranianos abertos, com fratura exposta do cranio, ocorre

lacera<;aodos tecidos pericranianos e comunica<;§odireta do couro cabeludo com a

massa encefalica atravas de fragmentos osseos afundados ou estilhayados. Este

tipo de lesao a, em geral, grave e ha grande possibilidade de complicacy6es

infecciosas intracranianas(ROWLAND,1997}.

Estes danos podem acometer daficts motores, que poderiam ser a debilidade

ou paralisia em um ou amos os lados do corpo, falta de coordena<;8o dos

movimentos musculares ou ataxia, espasticidade ou hipertonia, lentidao motora ou

bradicinesia, rigidez, perda da motricidade fina e grossa, falta de equilibrio e redu<;§o

da forya fisica, a comum que aconteya neste indivrduo lesado um comprometimento

dos musculos do aparelho motor da fala, acarretando disartria e tambam

comprometimento da degluti<;ao,consequentemente, disfagia(JUNQUE, 2001).

2.6.Diagnostico

Para 0 critario diagnostico de Trauma Craniencef€tlico consideram-se as

seguintes requisitos mfnimos: historia de golpe na cabe<;a, lacera<;ao do couro

cabeludo e disturbio de consciencia (BOTELHO, 1999).

Sao observados os sioais de localiza<;ao que dizem respeito ao diametro

pupilar a presen<;a de reflexo fotomotor, os sinats de hemiplegia, atitudes de

descerebra<;8o e descortica<;8o etc. Os exames de imagem devem ser

providenciados assim que 0 paciente tenha condi<;Oesde ser conduzido ao local.

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Dentre esses exames, a Tomografia Computadorizada do cranio a

fundamental para 0 correto diagnostico das lesoes intracranianas produzidas pelo

trauma. A avalia9Bo do diametro pupilar e fundamental nos Traumas

Cranioencefalicos. Pupilas de mesmo tamanho sao ditas isocOricas, puntiformes

ditas mioticas e dHatadasmidriaticas. A midriase unilateral ou bilateral pode significar

desde uma lesao no globo ocular ate compressao do nervo oculomotor no seu

trajeto ou nucleo; por esta razao os sinais pupilares devem ser analizados

juntamente com a escala de coma. (BOTELHO,1999).

Exames complementares

o liquor permanece totalmente normal quando se trata de concussao

cerebral. Sera claro e incolor, com pressao aumentada, quando 0 traumatismo for

complicado por edema cerebral. Fica sanguinoleto e com pressao aumentada,

quando houver contusao ou lacerayao da substancia cerebral(ROWLAND,1997).

Um dos aspectos do eletroencefalograma, de todos os traumatismos

cranianos, a a excessiva suceptibilidade da atividade cortical a hiperventilayao que

pode persistir p~r varias semanas. Ocorre tambam a supressao da atividade elatrica

do cortex no momenta da lesao(MERRIT,1997).

Achado vaHosopara 0 diagnostico e a tocalizayao da hemorragia extradural a

o encontro da pupila que nao reage a luz ou a acomodayao. Essa pupila dilatada e

fixa, usualmente acompanhada por outros sinais de paralisia do terceiro par acha-se

sempre do mesmo lado do coagulo e a devida a compressao do terceiro nervo pelo

giro do hipocampo, quando ele se harnia pela borda livre da tenda do

cerebelo(MERRIT,1997).

As radiografias de cranio sao importantes porque permitem determinar a

gravidade do trauma da caixa craniana e a presenya ou nao de deslocamento da

epifise e de outros elementos anatomicos da linha mediana(ROWLAND,1997).

A tomografia de cranio a capaz de demonstrar os deslocamentos com maior

grau de precisao, alam de poder revelar a eventual presenya de hemorragia

intracerebral, subdural ou extradural, ou a presenya de edema(MERRIT,1997).

A pressao intracraniana pode ser monitorizada com auxllio de urn cateter

interventricular, subdural ou epidural. Normalmente a pressao a inferior a 10mmHg,

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9

conforme 0 aparelho. PressOes acima de 20mmHg devem ser considerados

anormais(ROWLAND,1997).

2.7.QUADRO CLiNICO

Alterayao na funyao auton6mica (pulso, FR, geralmente estao diminuidos, a

temperatura pode estar elevada, dentre outras caracteristicas. Geralmente, 0

paciente apresenta aumento da sudorese, a PA pode estar descontrolada).

Alterayao da consciencia: coma (paraltsia cerebral, 0 paciente muitas vezes

nao responde aos estfmulos); esturpor (6 quase 0 coma, mas 0 paciente, as vezes,

pode ser temporariamente acordado), sonolencia (0 paciente dorme muito e quando

e acordado ele tem uma diminuiyao nas respostas em que e submetido que enos

testes, as respostas sao bem lentas); delirio (geralmente observado no momento em

que 0 paciente comeya a recuperar a consciencia, as vezes, 0 paciente vai estar

agitado); embayamento da consciencia (falha da memoria).

Alterac;oes nas fun¢es motoras: mono (nao existe); hemiplegia (6 0 mesmo

mecanisme do AVC); reflexos anormais. A flacidez inicial pode transformar-se em

rigidez e espasticidade.

Posturas anormais

Decorticac;ao: quando paciente apresenta respostas flexoras em membros

superiores e membros inferiores.

Descelerac8o: respostas extensoras em membros superiores e membros

inferiores.

Flacidez: respostas extensoras em membros superiores com fracas respostas

em membros inferiores, ausencia de respostas motoras. Estas respostas podem ser

bilaterais ou uniiaterais(DAVtES,1997).

o disturbio de consciencia e 0 mais comum no traumatismo craniano.

Na concussao aparece coma ou perda do contato com 0 ambiente de

pequena durayao. A durac;ao do coma depende da localizac;ao e gravidade da

lesao. Ha presenya de hemiplegia,atasia, paralisias de nervos cranianos e outros

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10

sinais neurol6gicos focais depende da regiao e extensao do dano as estruturas

extracranianas(MERRIT,1997).

A morte encefalica ocorre quando ocorrer os seguintes criterios:

• Ausencia de respirayao expontanea;

• Falta de motricidade expontanea;

• Tono muscular flacido;

• Decrescimo acentuado da temperatura;

• ECG sem atividade cerebral;

• Sem circulac;aocerebral. Resultado obtido por angiografia (MERRIT,

1997).

2.7.1 Classificayao Das Paralisias

Dependendo do numero e da forma como os membros sao afetados pela

paralisia, segue a seguinte classificayao:

• Monoplegia - condic;aorara em que apenas um membro e afetado.

• Diplegia - quando sao afetados os membros superiores, ou inferiores.

• Hemiplegia - quando sao afetados os membros do mesmo lado.

• Triplegia - condic;aorara em que tres membros sao afetados.

• Tetraplegial Quadriplegia - quando a paralisia atinge todos os

membros; sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam

lesoes na sexta ou selima vertebra.

• Paraplegia - quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores;

podendo ter como causa resultante uma lesao medutar toracica ou lombar. Este

trauma ou doen~ altera a func;aomedular, produz como conseqOencias, alem

de deficits sensitivos e motores, alterac;oesviscerais e sexuais.

o padrao, e a gravidade da lesao causada por TCE, sao variaveis. Alguns

pacientes nao apresentam perda da consciencia por urn curto periodo, podendo

retornar as suas atividades normais, em porco tempo; e ainda existem aqueles

considerados paclentes graves, que passam par um longo perfodo em coma,

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11

apresentam amnesia pos-traumatica, deficits fisicos, persistindo por meses ou anos

apos 0 trauma.(RIZO, 2001)

Para uma pessoa com incapacidade, uma postura adequada pode ser a

chave para a maior independencia. Muitos destes pacientes necessitam de urn born

atendimento fisioterapeutico para uma methor evolU9aO e prognostico. Por isso

tambem e necessaria uma boa avaliayao e a interven980 em tres momentos: a fase

inicial de recuperayao; a fase inicial de reabilitayao e, par ultimo, a fase final de

reabilita9ao ( DELISA,2000).

Nos estagios iniciais, ha extremas varia90es na melhora do paciente de um

dia para 0 outro, tornando as objetivos da adequayao ainda rnais dificeis. Quanta

aos padr6es motores, embora sejam caracteristicos, eles nao sao previsiveis na

intensidade do tonus au no padrao de movimenta9ao. Durante a estagio agudo de

traumas severos, as pacientes geralmente exibem uma postura tlpica

predominantemente flexora (decorticayao postural) au extensora (decerebrayao

postural), au ainda a combinayao das duas posturas que podem levar ao

desenvolvimento de graves deformidades que acabam impossibiHtando ate mesmo

a postura sentada. (DELISA, 2000).

2.8 OBJETIVOS PRIMORDIAIS DA INTERVENCAO FISIOTERAPEUTICA

Para se obter um born resultado funcional e adequayao postural e necessario

trayar alguns objetivos como:

Adequar 0 tonus: que significara reduzir a padrao anormal do tonus flexor au

extensor. Cada individuo deve ser posicionado a mais adequadamente posslvel

para facilitar a inibi9ao da hipertonia (HUSSEY, 1998).

Prevenir, dar suporte ou acomodar a deformidade: Para a pessoa com

incapacidade, uma postura adequada pode ser a chave para a maior

independencia. Mitos adultos necessitam de mais suportes do que uma cadeira de

rodas comum pode proporcionar, portanto uma cadeira de rodas adaptada de

acordo com as necessidades de cada paciente.

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12

Prevenir a formas;aode (dceras de pressao: Tanto na cama, como na cadeira

de rodas, deve-se ter cuidado para prevenir a formagao de ulceras de pressao, 0

que atinge cerca de 10% dos pacientes com TeE que sao usuarios de cadeira de

rodas, nao somente pela ausencia de sensibilidade, mas tambam pela incapacidade

de mudar de posiyao independente (HUSSEY,1998).

Para RIZO, 2001 a posiyao sentada, com suporte especial em casos de

dano neurol6gico, e considerada como urn suplemento para mecanismos de

controle postural, com a proposta de facilitar a habilidade funcional e residual e

reduzir as complicay5es secundarias ao trauma, onde ha estabilidade para a pelve,

seguindo as curvaturas fisiol6gicas da coluna e controle do tronco estavel,

aumentando assim 0 grau de funyao dos membros superiores, onde conter a parte

superior do tronco auxflia a reduzir a retrayao de ombro; alem disso, se a origem da

retrayao e uma persistencia do reflexo tonico labirfntico, a postura ereta reduzira os

efeitos da atividade reflexa, reduzindo a aduyao do ombro. Mesmo com a pelve e

tronco bern posidonados, ha aqueles pacientes que nao mantem a cabeya e

pescogo em uma posigao ideal, necessitando de urn apoio cervtca\'

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3.METODOLOGIA

3.1.ABORDAGEM EPlDEMlOL6GtCA

o tipo de estudo utilizado para esta pesquisa foi do tipo observacional

descritivo.

3.2.MATERIAL

Foram utilizados prontuario do paciente para coleta de dados, estetoscopio

para ausculta pulmonar, raio-x para basear-se em evidencias e verificar atteracees

anatomicas/pulmonares.

3.3.METODO

Foi utilizado um questionario tendo como referencia a indicagao de JUNQUE

& et al (1996), objetivando avaliar as condiyoes motoras e respiratorias

apresentadas pelos pacientes vitimas de traumatismo cranio-encefalico

imediatamente apos sua chegada a unidade de atendimento fisioterapico. 0

questionario abordou inicialmente a identificayao do paciente, historia do trauma,

resultado dos testes diagnosticos, estado respiratorio, habitos de vida, inspey80

toracica, lesoes associadas, integridade cutanea e estado funcional do paciente,

independente de idade, sexo e/ou rays, n80 havendo criterios de exclusao para 0

mesmo, e um termo de consentimento livre e esclarecido contendo telefone do

Hospital do Trabalhador, nome da academica respons8vel pela pesquisa, nome dosorientadores da mesma, e uma breve explicayao sobre 0 objetivo da pesquisa e

introduy80 sobre 0 traumatismo cranio-encefalico. Uma copia deste termo fica em

poder do paciente ou respons8vel, estando este, ciente de que podera. desistir da

pesquisa a qualquer momento, e outra com 0 academica respons8vel.

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3.4. POPULACAo

Estabeleceu-se como universo de pesquisa um total de 1° pacientes

vftimas de traumatismo cranio-encefalico, atendidos no periodo de agosto a

setembro de dois mil e cinco, utilizando-se como criterio a ordem de chegada

dos pacientes a unidade de atendimento.

3.5.ANAuSE ESTATisTICA

Calculo para amostra: Calculo para adeguac80 da margem de erro:

N=Z2. p. 9D2

d2 =(1,96) 2 •50 . 50

10

N= (1,96)2 . 50. 50

52d2=960

N=384 d= 30,9%

Calculo para adeguacao das amostras

Nf= n/n+1/n

Nf= 384/384+1/10

Nf=384/38,5

Nf=10,0

14

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4.Resultados

o estudo teve por objetivo analisar os fatores que inftuenciaram a evolugao

fisioterapeutica dos pacientes com Traumatismo cranio-encefalico atendidos no

Hospital do Trabalhador.

Foram avaliados dez indivfduos vrtimas de TeE por diversas etiologias,

independente da intensidade do mesmo. A idade variou de 9 a 41anos1 sendo 8

individuos do sexo masculino e 2 do sexo feminino e a principal etiologia da lesao 4

foi atropelamento, 3 queda de altura, seguido de 2 por FAF e 1 por espancamento.

Foi observado 0 predominio do padrao muscular respiratorio diafragmatico (6 dos

indivrduos), respirac;ao paradoxal em 3, traqueostomia em 5 dos casos. Um dado

significativ~ de 6 de uso de musculatura acessoria.

TABELA 1- Apresentagao de dados referentes a identificac;ao dos individuos

avaliados.

Paciente 1 2 3 4 5

8exo M M M M M

Idade <10an05 >26anos >16an05 >20an05 >20anos

UTI 8im 8im 8im 8im 8im

Glasgow 4 6 15 3 9

1°avaliayao

HMA Atropela FAF FAF Espanca Queda de

mento mento altura

Local da Lesao Fratura Regiao Regiao Regiao Regiao

Fronto- Frontal D Temporal Parieto- Fronto-

Temporal D D OCCipital Parietal

Efeito de Nao 8im Nao 8im Nao

DrogalMedicamento

Tosse 8eca Nao Nao Nao Nao Nao

Tosse Umida 8im 8im 8im 8im 8im

Continua

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16

Continua~io

Secreyao Mucosa Mucosa Mucosa Muco Mucosa

purulenta

Traqueostomizado Nao Sim Sim Sim Sim

Morfologia de Torax NormoHneo Longe Norma NormoHneo Longe

linea lineo IIneo

Padrao Muscular Intercostal Inter Diafragma Intercostal Diafrag

Respiratorio costal tico matico

Respirayao Sim Nao Sim Nao Nao

Paradoxal

Tiragem Intercostal Sim Sim Nao Sim Nao

Uso de Musculatura Sim Sim Sim Sim Sim

Acessoria

A tabela 1 apresenta dados dos pacientes vitimas de TeE, sendo todos do

sexo masculino, com idade variante de 9 a 27anos, todos internados primeiramente

na UTI, apresentaram na escala de Glasgow 1 com valor 4,1 com valor 6, urn com

15, um com valor 3 e 1 com valor 9, com a HMA(mecanismo de trauma) de 2

individuos sendo par FAF, 1 por espancamento, 1 por queda de altura, e 1 por

atropelamento. a local da lesao tambem variou, porem a maioria das lesOes foi

sempre do mesmo lado da cabega, 1 Fratura Fronto-Temporal D, 1 regiao frontal D,

1 regiao temporal D, 1 regiao parieto-occipital e 1 regiao fronto parietal. Dos cinco

indivfduos, 3 nao estavam sob efeito de drogas e/ou medicamentos, porem os outros

dois estavam sob 0 efeito de alcoa\' Na parte respiratoria, todos os pacientes

apresentaram tosse umida produtiva, 4 destes com secrec;ao mucosa, apenas 1com

secreyao muco-purulenta, 4 pacientes destes cinco apresentavam traqueostomia. 3

Pacientes apresentaram a morfologia de torax como sendo normoHneo, e 2

10ngiHneos. Durante a avaliayao 3 apresentaram padrao muscular intercostal e 2

padrao muscular diafragmatico, 3 pacientes com tiragem intercostal e 2 nao

apresentaram e todos os pacientes utilizava musculatura acessoria.

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17

TABELA 2 - Apresentayao de dados referentes a identificayao dos individuos

avaliados (continua<;ao).

Paciente 6 7 8 9 10

Sexo F M F M M

Idade >36anos >10anos >10anos >40anos >16anos

UTI Nao Sim Nao Sim Sim

Glasgow 14 7 12 7 4

1°avalia98°

HMA Atropela Atropela Atropela Queda de Queda de

mento mento mento altura altura

Local da Lesao Regiao Regiao Regiao Contusao Regiao

Temporal D Fronto- Temporal Fronto- Parietal

Parietal D D Parietal

Efeito de Sim Nao Nao Sim Nao

Droga/Medicamento

Tosse Seca Nao Nao Nao Nao Nao

Tosse Umida Sim Sim Sim Sim Sim

Secre<;ao Mucosa Mucosa Mucosa Muco Mucosa

Traqueostomizado Nao Nao Nao Nao Sim

Morfologia de T6rax NormoHneo Normo Normo NormoHneo Longe

lineo linea Iineo

Padrao Muscular Diafragmati Diafrag Diafragma Diafragmatico Inter

Respirat6rio co matico tico costal

Respira<;ao Nao Nao Nao Nao SimParadoxal

Tiragem Intercostal Nao Nao Nao Nao Sim

Uso de Musculatura Sim Nao Nao Nao Nao

Acess6ria

A tabela 2 apresenta dados dos pacientes vftimas de TCE, sendo 3 do sexo

masculino e 2 do sexo feminin~, com idade variante de 10 a 41anos, 3 pacientes

internados primeiramente na UTI, os outros dois nao, onde as mesmos

apresentaram na escala de Glasgow 1 com valor 14, 1 com valor 7, urn com valor

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18

12, um com valor 7, um com valor 4, com a HMA(mecanismo de trauma) de 3

indivfduos sendo por atropelamento, 2 por queda de altura. 0 local da leseo tambem

variou, porem a maioria das lesoes foi sempre do mesmo lado da cabe98, 2

Temporal 0, 1 regieo fronto parietal 0, 1 por contuseo fronto-parietal D, 1 regieo

parietal. Dos cinco individuos, 3 neo estavam sob efeito de drogas e/ou

medicamentos, porem os outros dois estavam sob 0 eferto de alcool. Na parte

respirat6ria, todos os pacientes apresentaram tosse umida produtiva, todos com

secrec;eo mucosa, 4 pacientes destes cinco neo apresentavam traqueostomia,

apenas 1 era traqueostomizado. 4 Pacientes apresentaram a morfologia de t6rax

como sendo normoHneo,e 1 longiHneo.Durante a avaliayao 4 apresentaram padreo

muscular diafragmatico e 1 padreo muscular intercostal, 1 paciente com tiragem

intercostal e 4 neo apresentaram, somente 1 paciente apresentava musculatura

acess6ria.

TABELA 3- Apresentayao de dados referentes ao padreo de membros dos

indivfduos acometidos.

Paciente 1 2 3 4 5 10

Tipo de Hiperto- Hiperto- Hiperto- Hiperto- Hiperto- Hiperto-

Tonus nico nico nico nlco nico nico

Intensi- Grave Grave Grave Modera- Modera- Modera-

dade do do do

Dedos Flexeo Flexeo Exteseo Flexeo Flexeo Flexeo

Punhos Flexeo Flexeo Extenseo Flexeo Flexeo Flexeo

Cotovelos Flexeo Flexeo Flexeo Extenseo Flexeo Flexeo

Ombros Rot.tnt. Rotint. Rot.lnt. Rot.tnt. Rot.tnt. Flexeo

Pes Planti Planti Planti Planti Planti PIanti

Flexeo Flex80 Flexeo Flexeo Flexeo Flexeo

Torno- Inverseo Inversao Inverseo Inverseo Inversao Inverseo

Zelos

Joelhos Flexeo Flexeo Flexeo Flexeo Flexeo Flexeo

Quadril Rot.lnt. Rot. Int. Rot.lnt. Rot.lnt. Rot.lnt. Rot.lnt

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19

A tabela 3 representa os dados referentes aos 6 pacientes que

desenvolveram seqCtelasp6s trauma, os outros 4 nao sofreram altera<;8o alguma,

portanto nao desenvolveram padrao patol6gico algum. Onde prevaleceu em todos

estes, 0 tipo de tonus hipertonico, sendo em 3 de intensidade moderada e em 3 de

intensidade grave. Nos MMSS, como dedos 5 pacientes apresentavam padrao flexor

de dedos, 1 com padrao extensor, em punhos 5 com padrao flexor, e 1 com padrao

extensor, em cotovelos 5 com flexao de cotovelos e 1 com extensao, j8 em ombro os

6 pacientes apresentaram rotayao interna de ombro. Em MMH, prevaleceu a planti

flexao dos pes, inversao de tornozelos, flexao de joelhos e rotagao interna de quadril

nos 6 pacientes.

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205. Discussao

o objetivo deste estudo foi avaliar as condiyaes motoras e respiratorias

apresentadas palos pacientes vitimas de traumatismo cranio-encefalico

imediatamente apos sua chegada na unidade de atendimento fisioterapico, baseado

em um questionario padronizado contendo dados como identificayao do paciente;

habitos de vida; historia do trauma; estado respiratorio; inspe<;8otoracica; estado

funcional; integridade cutanea entre outros.

Segundo JUNQUE a maior incidencia de TCE ocorre em pacientes com

menos de 45 anos, sendo mais frequente no sexo masculino, onde e a causa mais

comum de sequela neurologica, sendo estes mais pre dispostos a este tipo de

trauma pela exposigao a drogas; bebidas alcoolicas; tipo de trabalho como

construgao civil e envolvimento em brigas. Pudemos observar uma oscilayao de

idade entre 15 a 42 anos, em urn numero elevado de individuos do sexo masculino,

com historia de atropelamento em 40% dos casos sendo 0 restante por queda de

altura; FAF e espancamento.

SANTOS em 2003 cita que a principal causa de TeE alcangando 50% dos

casos sao acidentes automobilistico e associados a bebidas alcoolicas esses

acidentes chegam a 72% dos casos, 0 que nao foi observado nesta pesquisa.

Existe uma outra forma que vern aumentando nos ultimos tempos, em que 0 trauma

e causado por uso de arma de fogo.

Dentro dessas analises foi avaliado 0 estado funcional destes J constatou-se

urn equillbrio de tonus: hipertonico espastico de intensidade grave em 3 pacientes e

em outros 3 moderada, e 0 restante dos avaliados nao tiveram instalagao de padrao

ou deformidade.

DELISA 2000 relatou que a maioria dos pacientes pos-TCE apresentam urn

complexo de deficits fisicos; cognitivos e integrativos, que resultam em alteragOes

importantes como hipertonia precoce com possivel instalagao de deformidades e

paralisia em urn ou ambos os lados do corpo; ataxia; rigidez; perda de motricidade;

atrofia muscular; correspondendo ao que fOI constatado nesta pesquisa devido ao

grau de comprometimento dos mesmos.

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21

6.Considera~oesFinais

Os traumatismos cranio-encefalicos, geralmente resultam de traumas graves

que podem ocorrer em qualquer parte do cranio sendo estes do tipo aberto,

fechado, por fratura com afundamento do cranio, e etc...

De urn modo geral, quando os TeE sao graves, podem gerar encurtamentos,

deformidades e ate mesmo alterac;oes respirat6rias. Observou-se que a evoluC;ao

da Fisioterapia quando relacionada aos fatores que a infiuenciam, estao

diretamente ligadas a gravidade do trauma.

Este estudo, alem de contribuir para 0 crescimento academico da pesquisadora,

serve como ponto de partida para 0 surgimento de outros estudos relacionados com

o mesmo. Sugiro que os pr6ximos estudos possam apresentar uma amostra maior

de pacientes para sempre defenderem 0 nosso trabalho dando assim maior

credibilidade aos resuttados obtidos.

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APENDICE

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APENDICE-1

FATORES QUE INFlUENCIAM A EVOlUCAo FISIOTERAPEUTICA

DOS PACIENTES COM TRAUMATISMO CRANIOENCEFALICOATENDIDOS NO HOSPITAL DO TRABAlHADOR - FICHA DE COLETA DEDADOS

Data da avaliac;ao: _,_, __

1. INFORMACAO CLiNICA: ANAMNESE

1.1IDENTIFICACAO:

Nome: ldade: ( )menor de 10 anos

( )10 a 15 ( )16 a 19 ( )20 a 25 ( )26 a 29 anos

( )30 a 35 ( )36 a 39 ( }acima de 40 anos

Sexo: ( )M ( )F Estado Civil ( ) casado ( }soltelro ( )viuvo ( ) uniaoEndereyo: B,airro: _

Cidade: Profissao'Ocupagao: Ra9a: ( )branca (

)afro-descendente ( ) amarela ( ) indigena

Escolaridade: ( ) analfabeto ( )1° grau incompleto ( }1° grau completo

( )2°grau incompleto ( )2° grau completo

( )30 grau incompleto ( ) 3° grau completo

Local de internamento: ( ) posto 1 ( ) pediatria

Admissao na UTI '__ I nO

internamento _

de dias de

Admissao no posto 1_---'I , nOde dias de

internamento ------Valor da escala de Glasgow(1°avaliagao), _

Foi submetido a ventHagao mecanica? ( ) sim ( ) nao n. de dias _

Diagn6stico Clinico:

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1.2. H.M.A. (Hist6ria do trauma):

{ )acidente de trabalho ( )colisao bike - auto ( )moto - bike ()objeto contuso

( )FAF ( )colisao auto-auto ()capotamento { )nao especificado

( )FAB

( )atropelamento

Local anatomico da

lesao------------------------------------------

( )colisao moto-auto { )queda de altura

( )colisao moto-moto { )espancamento

Estava sob efeito de alcool, drogas, medicamentos "fortes"ou em grandes doses, etc

no momenta do trauma?

{)sim {)nao { )nao observado

Qual substancia: ( )maconha ( )alcool ( )cocaina ( )crack ( )LSD ( )herotna

( )Ecstasy

Faz uso de alguma destas substancias?Se sim, qual _

Frequencia: ( )uma vezlsemana ()ate' tres vezes/semana

( )menos de uma vezlmes

( )diariamente

1.3. RESULTADOS DOS TESTES DIAGNOSTICOSTAC _

Ressonancia magnetica. _

1.4. ESTADO RESPIRATORIOApresenta doengas respirat6rias pregressas { )sim ( )naoTipo _

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1.4.2.H.V. :

Tabagista: ()sim ()nao ( )nao informado

Qtde/dia: tempo: lnterrompeu? __ Quando? _

1.4.3.0BSERVACOES:

Tosse: ( )sim: ( )nao

( )seca

( )umida: ( )produtiva ( )improdutiva

Secre~ao: ( )sim: ( )nao

( )serosa

( )mucosa

( ) muco-perulenta

( )purulenta

Inspe~ao:

a)Traqueostomisado ( )sim ( )nao

Ha ventilac;ao nasal/oral? _

b) MobHidade do gradil costal:

Superior (anter.) Medio (anter.) Inferior (post.)

D E D E D E

( ) ( ) normal ( ) ( ) normal ( ) ( ) normal

( ) ( ) diminufda ( ) ( ) diminufda ( ) ( ) diminufda

( ) ( )( ) ( )( ) ( )

aumentada aumentada aumentada

Simetrico/assimetrico

c )sudorese ()sim ( )nao

Tipo: ( )quente ( )fria

Regiao: ( )centra~ ( )periferica

d) Morfologia do t6rax: ()normoHneo ()brevelineo ( )Iongellneo

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e) Heteromorfias toracicas: { )p. carinatun {)p. escavatun ()"tonel" ()

normal

f) Padrao muscular respirat6rio: ( )diafragmatico ( ).•1tercostal

g) Respirayao paradoxal: ( )sim ( )nao

h) Tiragem intercostal: { )sim ( )nao

Localizac;ao( )1/3 superior D () 113 superior/E

( )1/3 medio direito ( ) 1/3 medio esquerdo

( )1/3 inferior direito ( )1/3 inferior esquerdo

i) Tipo de respirayao: ()oral ()nasal ( ') mista () traqueostomia

j) Uso de musc. Acess6ria: ()sim ()naoQual: _

Grau: ()I () It ( ) III ( ) IV

I) Cianose: ()sim {)nao Regiao: ( )labios

( )extremidades: ( }maos

( )pesm) Desvio traqueal: ( )sim: p/ _n) Espac;ocrico-esternal: ( )normal

( )nao

( )diminuido ( )aumentado

0) Ausculta pulmonar:

Htd:

Apice: ( )aumentado

( ) diminufdo

( )ausente

( )normal

1/3 medio: ()aumentado

( )diminuido

( )ausente

( )normal

Hte:

Apice { )aumentado

( )diminuido

( )ausente

( )normal

1/3 medio ()aumentado

( )diminuido

( )ausente

( )normaf

2&

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Base

( )aumentado

( )diminuldo

( )ausente

( )normal

Estertores secas: Roncas ( )

Sibilos ( )

Base

( )au",entado

( )diminufdQ

( )ausente

( )normal

Estertores umidos : Bolhosos ( )

Crepitantes( )

p) Exame muscular respirat6rio:

Muculos: o (grau): E (grau):

Diafragma

Intercostais

1.5.LESOES ASSOCIADAS:

Fraturas associadas: ( )sim:{ )clavicula: _

( )arco costal: _

{ )nao

( )vertebras: _

( )esterno: _

( )face

( )tibia

( ) femur

( )pelve

Trauma abdominal associado: ( )sim:

( )unilateral

( )bilateral

( )nao

Foi submetido a laparatomia? (

Lesao diafragmatica: { )sim

( )bilateral

) sim ( ) nao

( )nao

( )unilateral

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1.6. INTEGRIDADE CUTANEA

Ulceras de decubito: ()sim ()nao

local: ( ) sacro ( ) quadril 0 E ( ) occipital ( ) calcaneo 0 E( ) outro _

1.7. ESTADO FUNCIONAL

1.7.1.Analise do movimento

Padrao de MMSS

Membro superior direito:

( )flexao de punho ( )flexao de dedos ( )flexao de cotovelo ( )rotayao interna

de ombro.

( )extensao de punho ( )extensao de dedos ( )extensao de cotovelo

( )rota980 externa de ombro

Membro superior esguerdo:

{ )flexao de punho ( )flexao de dedos { )flexao de cotovelo ( )rotayao interna

de ombro.

( )extensao de punho ( )extensao de dedos ( )extensao de cotove(o

( )rota980 externa de ombro

Padrao de MMII

Membro inferior direito:

( )planti flexao ( )flexao de joelho ( ) flexao de quadril ( ) rota980 interna de

coxalquadril

( )dorsi flexao ( ) extensao de joelho ( ) extensao de quadril ( ) rotayao

extern a de coxa/quadril

( )inversao de tornozelo ( )prono de cotovelo

( )eversao de tornozelo ()supino de cotovelo

( )elevagao de ombros () rotac;ao de cabec;a

( )inclinac;ao de cabec;a

Membro inferior esguerdo:

( )planti flexao ( )flexao de joelho ( ) flexao de quadril ( ) rotagao interna de

coxa/quadril

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( )dorsi Hexao ( ) extensao de joelho ( ) extensao de quadril ( ) rotayao

extern a de coxa/quadril

( )inversao de tornozelo ( )prono de cotovelo

( )eversao de tornozelo ()supino de cotovelo

( )elevayao de ombros () rotayao de cabeya

Tipo de tonus

Hipertonico - espastico ( )

Hipotonico - Flacido ( )

Avaliayao da intensidade de tonus

( ) leve ( )moderada ( )grave

1.7.2.Paciente evoluiu para 6bito: ( )sim ( )nao

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32APENDICE-2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECtDO

Voce esta sendo convidado (a) para participar de uma pesquisa. Asinforma90es existentes neste documento S80para que voce entenda perfeitamenteas objetivos etapesquisa, e saiba que a sua participa980 e espontanea. Se durante aleitura deste documento houver alguma duvida voce deve fazer perguntas para quepossa entender perfeitamente do que se trata. Ap6s ser esclarecido (a) sobre asinforma90es a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final estedocumento, que esta em duas vias, sendo uma via sua e a outra do pesquisadorresponsavel.

INFORMACOES SOBRE A PESQUISA:Titulo do Projeto de PesQuisa: Fatores que infiuenciam a evolu980

fisioterapeutica dos pacientes com traumatismo cranio-encefalico atendidos noHospital do TrabalhadorPesquisador Respons8vel: Kelly Regina Nora.Telefone para Contato; {041 )3212-57 -32Pesquisadores Participantes: Kelly Regina Nora; Patricia Harder; Julio Romani.Telefone para Contato: {041)3212-57-32

INTRODUCAo:

Nas ultimas decadas a incidencia e a gravidade dos acidentesautomobilisticos par arma de fogo e/ ou espancamento tern aumentado demaneira assustadora par todo a mundo.O traumatismo cranio-encefalico (TeE)e importante causa de morte e de deficiencia ffsica e mentar

o traumatismo cranio-encefalico permanece urn serio problema em nossomeio. Uma razoavel padroniza980 da condu980 desses pacientes tem sidoconseguida com a introdu980 de protocolos de tratamento tanto no Brasil como emoutros parses. Esta padroniza980 favorece a compara980 de causfsticas econclusoes methor embasadas em evidencias.

FINALIDADE DA PESQUISA:

Esta pesquisa tern como objetivo avaliar as disfun¢es tanto motoras quandorespirat6rias dos pacientes vitimas de traumatismo cranioencefalico.

PROCEDIMENTO:

Para tanto, e necessaria que seja feita a obten980 de amostras.lsto serarealizado par meio da avaHa980do paciente.

RISCOS E BENEFicIOS:

o risco sera minima au inexistente, devido ao tempo do mesmo permanecerrestrito ao leito podendo apresentar altera90es hemodinamicas.

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DESCONFORTO:A avaliagao podera gerar urn desconforto minima ou inexistente, tais como:

falta de ar; cansac;o, dor e tontura, porem 0 mesmo voltara ao seu estado normalap6s alguns minutos de repouso.

CUSTOS:Voce nao tera nenhum gasto com a pesquisa, porque ela sera custeada pela

instituic;ao ou pelo pesquisador.

PARTICIPACAO:

Caso voce queira desistir de participar da pesquisa, podera faze-Io emqualquer tempo e no momento em que desejar sem prejufzo ao tratamento nohospital do trabalhador. Durante 0 deeorrer da pesquisa, caso voce venha a teratguma duvida ou precise de alguma orienta<;8o a mais, sotidte ao nossoeompareeimento no leito.

Todos os participantes da pesquisa serao informados, acompanhados etralados pela pesquisadora Kelly Regina Nora.

PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE:

Voce tern 0 compromisso dos pesquisadores de que a sua imagem eidentidade serao mantidas em absoluto sigHo.

RESPONSABILIDADE:

Caso ocorra algum tipo de dano no decorrer da pesqujsa, os pesquisadores ea Universidade Tuiuti do Parana se responsabiliza pelos eventuaisressareimentos.No caso de novas informagoes no decorrer da pesquisa, estas seraosubmetidas a avaliac;ao da Comissao de Etica para um novo parecer.

DECLARACAo DE CONSENTIMENTO:

Eu, , portador(a) do RG:______ , abaixo assinado, eoneordo em partieipar do estudo aeimadeserito como sujeito.Fui devidamente informado(a) e eselarecido(a) sobre apesquisa, os procedimentos nela envo!vidos, assim como os posslveis riscos ebenefleios deeorrentes de minha participagao. Foi-me garantido que posso retirarmeu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquerpenalidade ou interrup<;8o de meu aeompanhamento/assisteneialtratamento.

Curitiba, _'_1__<

Assinatura do Sujeito ou Responsavel

Assinatura do Pesquisador Responsavel