V Congresso Brasileiro de Direito Tributário Salvador - BA Mini-curso ICMS: Regra Matriz do Imposto...
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V Congresso Brasileiro de Direito Tributário Salvador - BA Mini-curso ICMS: Regra Matriz do Imposto e seus Aspectos Atuais e Controversos Produtos intermediários Clélio Chiesa Mestre e Doutor pela PUC/SP. Professor de graduação e pós- graduação em Direito Tributário. Consultor e Advogado. 1
V Congresso Brasileiro de Direito Tributário Salvador - BA Mini-curso ICMS: Regra Matriz do Imposto e seus Aspectos Atuais e Controversos Produtos intermediários
V Congresso Brasileiro de Direito Tributrio Salvador - BA
Mini-curso ICMS: Regra Matriz do Imposto e seus Aspectos Atuais e
Controversos Produtos intermedirios Cllio Chiesa Mestre e Doutor
pela PUC/SP. Professor de graduao e ps-graduao em Direito
Tributrio. Consultor e Advogado. 1
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Princpio da no-cumulatividade H no texto constitucional uma
demarcao do contedo e alcance da no-cumulatividade no tocante aos
tributos sujeitos essa diretriz ou essa uma tarefa atribuda ao
legislador infraconstitucional? 2
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Princpio da no-cumulatividade na Constituio continuao Art.
153[CF] 3 - O imposto previsto no inciso IV [IPI]: II - ser
no-cumulativo, compensando- se o que for devido em cada operao com
o montante cobrado nas anteriores [leia-se: incidente nas
anteriores]; 3
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Princpio da no-cumulatividade na Constituio continuao Art. 154.
A Unio poder instituir: I - mediante lei complementar, impostos no
previstos no artigo anterior, desde que sejam no-cumulativos e no
tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminados
nesta Constituio; 4
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Princpio da no-cumulatividade na Constituio continuao Art.
155[CF] 2. O imposto previsto no inciso II [ICMS] atender ao
seguinte: I - ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios
com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
pelo Distrito Federal; II - a iseno ou no-incidncia, salvo
determinao em contrrio da legislao: a) no implicar crdito para
compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes;
b) acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores;
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Princpio da no-cumulatividade na Constituio continuao Art.
195.[CF] contribuies 12. A lei definir os setores de atividade
econmica para os quais as contribuies incidentes na forma dos
incisos I, b [contribuio incidente sobre a receita ou o
faturamento]; e IV do caput [IV - do importador de bens ou servios
do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar], sero
no-cumulativas. (Includo pela Emenda Constitucional n. 42, de
19.12.2003) 6
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Delimitao da competncia legislativa O regulamento pode definir
o que gera e o que no gera crdito para fins de dar efetividade ao
princpio da no-cumulatividade? A lei ordinria pode? E a lei
complementar? A determinao de no-cumulatividade do IPI, ICMS e da
contribuio ao PIS e COFINS idntica nos trs tributos? 7
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No-cumulatividade na Constituio Federal Diferena: Art. 154, I,
da CF: o constituinte no definiu quais as tcnicas que podem ser
utilizadas para se alcanar a no- cumulatividade 8
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No-cumulatividade na Constituio Federal Diferena: Art. 153, 3,
II e art. 155, 2, da CF: a tcnica a ser adotada j est definida na
Constituio, deve se abater o imposto incidente na operao anterior
com o imposto a pagar na operao subsequente 9
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No-cumulatividade na Constituio Federal Diferena: Art. 195, 12
da CF: o constituinte no definiu quais as tcnicas que podem ser
utilizadas para se alcanar a no- cumulatividade, permitindo, neste
caso, que ela seja adotada tendo em considerao os setores da
economia 10
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No-cumulatividade na Constituio Federal Aspecto comum:
neutralizao das mltiplas incidncias Trata-se de um princpio que
veda a sobreposio de tributao, impondo ao legislador que adote
critrios destinados a afastar o acmulo de carga tributria. 11
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Breve retrospecto sobre o surgimento do IPI e sua evoluo
normativa 12
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Lei n 4.502, de 30 de novembro de 1964 Dispe Sbre o Impsto de
Consumo e reorganiza a Diretoria de Rendas Internas. Art. 25. A
importncia a recolher ser o montante do impsto relativo aos
produtos sados do estabelecimento, em cada ms, diminudo do montante
do impsto relativo aos produtos nle entrados, no mesmo perodo,
estabelecidas as especificaes e normas que o regulamento
estabelecer. 13
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Decreto-lei n 1.136, de dezembro de 1970 Art. 1 O artigo 25 da
Lei n 4.502, de 30 de novembro 1964, alterado pelo artigo 2 do
Decreto-lei n 34, de 18 de novembro de 1966, e pelo artigo 18 do
Decreto-lei n 400, de 30 de dezembro de 1968, passa a vigorar com a
seguinte redao: Decreto-lei n 1.136, de dezembro de 1970 Altera a
legislao pertinente ao Impsto sbre Produtos Industrializados. Art.
1 O artigo 25 da Lei n 4.502, de 30 de novembro 1964, alterado pelo
artigo 2 do Decreto-lei n 34, de 18 de novembro de 1966, e pelo
artigo 18 do Decreto-lei n 400, de 30 de dezembro de 1968, passa a
vigorar com a seguinte redao:artigo 25 da Lei n 4.502, de 30 de
novembro 1964,artigo 2 do Decreto-lei n 34, de 18 de novembro de
1966artigo 18 do Decreto-lei n 400, de 30 de dezembro de 1968artigo
25 da Lei n 4.502, de 30 de novembro 1964,artigo 2 do Decreto-lei n
34, de 18 de novembro de 1966artigo 18 do Decreto-lei n 400, de 30
de dezembro de 1968 14
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Art. 25. A importncia a recolher ser o montante do impsto
relativo aos produtos sados do estabelecimento, em cada ms,
diminudo do montante do impsto relativo aos produtos nle entrados,
no mesmo perodo, obedecidas as especificaes e normas que o
regulamento estabelecer. 1 O direito de deduo s aplicvel aos casos
em que os produtos entrados se destinem comercializao,
industrializao ou acondicionamento e desde que os mesmos produtos
ou os que resultarem do processo industrial sejam tributados na
sada do estabelecimento. 15
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Parecer Normativo CST n 65/79 Como se v, trata-se de norma no
auto- aplicvel [referindo-se ao art. 25 do Decreto-lei 1.136/70],
de vez que ficou atribudo ao regulamento especificar os produtos
entrados que geram o direito subtrao do montante de IPI a recolher.
16
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Origem constitucional do IPI EC 18, de 1/12/65 Art. 11. Compete
Unio o impsto sbre produtos industrializados. Pargrafo nico. O
impsto seletivo em funo da essencialidade dos produtos, e
no-cumulativo, abatendo-se, em cada operao, o montante cobrado nos
anteriores. 17
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O IPI no CTN Art. 46. O imposto, de competncia da Unio, sobre
produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu
desembarao aduaneiro, quando de procedncia estrangeira; II - a sua
sada dos estabelecimentos a que se refere o pargrafo nico do artigo
51; III - a sua arrematao, quando apreendido ou abandonado e levado
a leilo. Pargrafo nico. Para os efeitos deste imposto, considera-se
industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer
operao que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeioe
para o consumo. 18
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O IPI no CTN continuao Art. 49. O imposto no-cumulativo,
dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferena a
maior, em determinado perodo, entre o imposto referente aos
produtos sados do estabelecimento e o pago relativamente aos
produtos nele entrados. Pargrafo nico. O saldo verificado, em
determinado perodo, em favor do contribuinte transfere-se para o
perodo ou perodos seguintes. 19
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Crditos no RIPI/67 Decreto n. 61.514, de 12.10.1967 Art. 30. Os
estabelecimentos industriais e os que lhe so equiparados podero
creditar-se pelo impsto: I - relativo a matrias-primas, produtos
intermedirios e material de embalagem, importados ou de fabricao
nacional, recebidos para emprgo na industrializao de produtos
tributados, por estabelecimento industrial ou pelo estabelecimento
a que se refere o inciso III, do 1 do art. 3, compreendidos, entre
as matrias- primas e produtos intermedirios, aqules que, embora no
se integrando no nvo produto, forem consumidos no processo de
industrializao. 20
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Crditos no RIPI/72 Decreto n. 70.162, de 18.02.1972 Art. 32. Os
estabelecimentos industriais e os que lhes so equiparados podero
creditar-se do imposto; I - Relativo a matrias-primas, produtos
intermedirios e material de embalagem, importados ou de fabricao
nacional, recebidos para emprego na industrializao de produtos
tributados, por estabelecimento industrial ou pelo estabelecimento
a que se refere o inciso III do 1 do artigo 3, compreendidos, entre
as matrias- primas e produtos intermedirios, aqueles que, embora no
se integrando no novo produto, forem consumidos, IMEDIATA E
INTEGRALMENTE, no processo de industrializao; 21
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Parecer Normativo CST n. 181/74 Visando esclarecer o que
significava a inovao imediata e integralmente, foi editado o PN
CST181/74, no qual se sustentou que o consumo imediato dos produtos
intermedirios significava que eles deveriam ter uma participao
intrnseca no processo produtivo. Vale dizer, no se enquadravam no
conceito de intermedirios os que atuavam de modo extrnsecos sobre
os produtos produzidos, como mquinas, equipamentos e instalaes. E,
quanto ao termo integralmente, significava que o desgaste do
produto intermedirio deveria ser completo aps uma nica utilizao,
tornando-se imprestvel para novas utilizaes. 22
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RIPI/79 desparecimento da condio consumo imediato e
integralmente "Art. 66. Os estabelecimentos industriais e os que
lhe so equiparados, podero creditar-se (Lei n 4.502/64, arts. 25 a
30 e Decreto-lei n 3.466, art. 2, alt. 8): I - do imposto relativo
a matrias-primas, produtos intermedirios e material de embalagem,
adquiridos para emprego na industrializao de produtos tributados,
incluindo-se, entre as matrias-primas e os produtos intermedirios,
aqueles que, embora no se integrando no novo produto, forem
consumidos, [excluiu-se: imediata e integralmente] no processo de
industrializao, salvo se compreendidos entre os bens do ativo
permanente. [inovao] 23
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RIPI/79 Decreto n 83.263/79 No RIPI/79 desapareceu a exigncia
do consumo imediato e integral no processo produtivo. De igual
forma sucedeu-se nos RIPIs editados posteriormente (RIPI 1982,
1998, 2002 e 2010) 24
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Art. 66 do RIPI/79 geram crditos a) as matrias-primas e
produtos intermedirios que se integram ao novo produto fabricado,
bem como as embalagens; b) as matrias-primas e produtos
intermedirios que, embora no integrem um novo produto, so
consumidos no processo de industrializao, salvo se compreendidos
entre os bens do ativo permanente. 25
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O que so produtos intermedirios para fins de apropriao de
crditos no IPI? 26
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No cumulatividade no RIPI/2010 Decreto n. 7.212, 15.06.10 Art.
225. A no cumulatividade efetivada pelo sistema de crdito do
imposto relativo a produtos entrados no estabelecimento do
contribuinte, para ser abatido do que for devido pelos produtos
dele sados, num mesmo perodo, conforme estabelecido neste Captulo
27
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RIPI/2010 Decreto n. 7.212, 15.06.10 Crditos de produtos
intermedirios Art. 226. Os estabelecimentos industriais e os que
lhes so equiparados podero creditar-se: I - do imposto relativo a
matria-prima, produto intermedirio e material de embalagem,
adquiridos para emprego na industrializao de produtos tributados,
incluindo-se, entre as matrias-primas e os produtos intermedirios,
aqueles que, embora no se integrando ao novo produto, forem
consumidos no processo de industrializao, salvo se compreendidos
entre os bens do ativo permanente; 28
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Considerando a parte final do art. 66, I, do RIPI/2010 [no
geram crditos os produtos compreendidos entre os bens do ativo
permanente], podemos afirmar que somente no geram crditos os
produtos inseridos naquele grupo de contas? Resposta luz da
jurisprudncia do CARF: QUESTO? 29
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Resposta luz da jurisprudncia do CARF:...ao dispor[referindo-se
ao RIPI/82 redao semelhante ao do RIPI atual] que se inclui no
conceito de matria-prima e produtos intermedirios aqueles que,
embora no se integrando ao produto novo, sejam consumidos no
processo produtivo, salvo se se tratar de ativo permanente, na
verdade, est admitindo como tal apenas aqueles produtos que ou se
integram ao novo, ou so consumidos no processo produtivo, o que no
significa dizer que basta no ser ativo permanente, por exemplo,
para poder ser includo nesta concepo, porque, de pronto, j se deve
excluir aqueles que no se integram e nem so consumidos na operao de
industrializao (RV 805.149, j. 01.03.2011) 30
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Art. 226 do RIPI/2010 Produtos intermedirios So aqueles que, no
compreendidos entre os do ativo permanente, embora no sejam
integrados ao novo produto, forem consumidos no processo de
industrializao. Mas o que significa ser consumido no processo de
industrializao? Significa ser gasto, utilizado? Necessita ser
diretamente ou pode ser indiretamente? Precisa ser de forma
imediata? Integral ou pode ser parcial? Necessita ou no que o bem
utilizado tenha contato com o novo produto? 31
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CARF RV n 152.801 j. 05.02.2009 A legislao do IPI estabeleceu o
limite at onde se pode considerar os bens consumidos no processo
produtivo como matria-prima, produto intermedirio ou material de
embalagem. E tal limite exatamente a capacidade do insumo em gerar
o produto novo ou interagir diretamente com ele, no abrangendo
aqueles produtos que atuam sobre as mquinas, equipamentos ou
ferramentas, que se constituem nos meios dos quais se vale o
industrial para obter esses produtos novos. Desta forma, no geram
direito ao crdito de IPI os insumos que, embora se desgastem ou se
consumam no decorrer do processo industrial, no se caracterizam
como produtos intermedirios, nos termos definidos no Parecer
Normativo CST n 65/79. 32
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CARF RV n 152.801 j. 05.02.2009 Quanto ao mrito, crucial
definir se os materiais glosados, partes e peas de mquinas e
equipamentos que servem para o transporte e movimentao dos insumos
e dos produtos fabricados durante o processo de industrializao,
desde a fase de matria-prima at se chegar ao produto embalado,
pronto para distribuio ao mercado atacadista, d direito ao
aproveitamento dos crditos de IPI pagos na sua aquisio....nem tudo
o que se consome ou se utiliza na produo pode ser conceituado como
produto intermedirio, nos termos objetivados pela legislao do IPI.
Esta concluso confirmada pelo item 13 do Parecer Normativo CST n
181/74, verbis: 33
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CARF RV n 152.801 j. 05.02.2009 remisso ao PN CST 181/74: "13 -
Por outro lado, ressalvados os casos de incentivos expressamente
previstos em lei, no geram direito ao crdito do imposto os produtos
incorporados s instalaes industriais, as partes, peas e acessrios
de mquinas equipamentos e ferramentas, mesmo que se desgastem ou se
consumam no decorrer do processo de industrializao, bem como os
produtos empregados na manuteno das instalaes, das mquinas e
equipamentos, inclusive lubrificantes e combustveis necessrios ao
seu acionamento. Entre outros, so produtos dessa natureza: limas,
rebolos, lmina de serra, mandris, brocas, tijolos refratrios usados
em fornos de fuso de metais, tintas e lubrificantes empregados na
manuteno de mquinas e equipamentos, etc." 34
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Parecer Normativo CST n 65/79 10.3. Passam, portanto, a fazer
jus ao crdito, distintamente do que ocorria em face da norma
anterior [RIPI/72], as ferramentas manuais e as intermutveis, bem
como quaisquer outros bens que, no sendo partes nem peas de
mquinas, independentemente de suas qualificaes tecnolgicas, se
enquadrem no que ficou exposto na parte final do subitem. 35
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Parecer Normativo CST n 65/79 10.2. A expresso "consumidos",
sobretudo levando-se em conta que as restries "imediata e
integralmente", constantes do dispositivo correspondente do
Regulamento anterior, foram omitidas, h de ser entendida em sentido
amplo, abrangendo, exemplificativamente, o desgaste, o desbaste, o
dano e a perda de propriedades fsicas ou qumicas, desde que
decorrentes de ao direta do insumo sobre o produto em fabricao, ou
deste sobre o insumo. 36
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A aquisio de mquinas, equipamentos, peas de mquinas e
ferramentas geram crditos? 37
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Vamos ao gemba...Gemba (pronuncia-se guemba) uma palavra
japonesa que mais ou menos significa o local onde ocorre a ao
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Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa Equipamentos: 1. ato ou
efeito de equipar(-se); equipao 1.3 Derivao: por extenso de sentido
tudo aquilo que serve para equipar; conjunto de apetrechos ou
instalaes necessrios realizao de um trabalho, uma atividade, uma
profisso Ferramentas: 1 qualquer apetrecho de metal us. em artes e
ofcios 3 Derivao: sentido figurado, por extenso de sentido.
qualquer instrumento necessrio prtica profissional 7 Regionalismo:
Brasil. e P (reg.) tab. rgo sexual masculino 42
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Parecer Normativo CST 181/74 editado na vigncia do RIPI/72 Novo
RIPI/79 No RIPI/79 desapareceu a exigncia do consumo imediato e
integral no processo produtivo. Novo parecer: PN CST 65/79
Destacou-se no parecer que a expresso consumidos deveria ser
entendida em sentido mais amplo. 44
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Parecer normativo CST n. 65/79 excerto 10.2. A expresso
"consumidos", sobretudo levando-se em conta que as restries
"imediata e integralmente", constantes do dispositivo
correspondente do Regulamento anterior, foram omitidas, h de ser
entendida em sentido amplo, abrangendo, exemplificativamente, o
desgaste, o desbaste, o dano e a perda de propriedades fsicas ou
qumicas, desde que decorrentes de ao direta do insumo sobre o
produto em fabricao, ou deste sobre o insumo. 45
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Parecer Normativo CST n 65/79 - excerto 10.3. Passam, portanto,
a fazer jus ao crdito, distintamente do que ocorria em face da
norma anterior [RIPI/72], as ferramentas manuais e as
intermutveis... 46
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CARF RV n 152.801 j. 05.02.2009 concluso do voto que remete ao
PN CST 181/74 e ao PN CST n 65/79: Nos termos dos dois pareceres
acima referenciados, e em consonncia com o disposto no inciso I do
art. 147 do IPI/98, no se pode admitir o creditamento do IPI pago
na aquisio de partes e peas de mquinas e equipamentos industriais,
pois o simples fato de estes elementos manterem contato fsico com o
produto fabricado e se desgastarem durante o processo industrial no
elemento suficiente para o exerccio deste direito. 47
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CARF RV n 202.124544 j. 25.07.2006 Mas isso no significa uma
interpretao ampla, a ponto de se incluir como insumo toda e
qualquer aquisio que venha a ser utilizada para e no na
industrializao do produto. necessrio a meu ver, certa distino. Na
industrializao, certamente so tambm necessrios diversos elementos,
tais como: maquinrios, peas, utenslios, pessoal tcnico etc,
substituveis em espcie, sem a alterao do produto final. Da, se
dizer com certa propriedade que, aquilo que se agrega ou mantm
contato direto ao produto certamente insumo bsico ou produto
intermedirio ou material de embalagem. Consequentemente, o insumo
utilizado na consecuo do produto final, somente ser produto
intermedirio, se tiver contato com o produto final. 49
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CARF RV 261.752 19.11.2009 - excertos Sem embargo da importncia
do leo diesel na propulso das embarcaes e dos equipamentos de pesca
na captura do pescado, obrou com irreparvel correo o exator ao
subtrair do clculo do favor fiscal em. exame a parcela relativa aos
gastos com essas mercadorias, porque os mesmos no se subsomem ao
conceito de matria-prima, produto intermedirio e material de
embalagem fixado pelo Parecer Normativo C.ST n. 65, de 06 de
novembro de 1.979, publicado no Dirio Oficial da Unio na mesma
data......nos termos do citado PN CST n. 65, de 1979, j erigido em
norma complementar da legislao tributria em face de sua reiterada
aplicao, cie acordo com o art. 100, inc. III, da Lei n. 5.172, de
25 de outubro de 1966 Cdigo Tributrio Nacional. 50
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IPI crditos energia eltrica e combustveis - CARF...
Relativamente aos dispndios com energia eltrica e combustvel, este
Colegiado tem reiteradamente decidido no sentido de que a energia
eltrica e os combustveis no podem compor o clculo do crdito
presumido do IPI, previsto na Lei n 9.363/96, porque, legalmente,
tais dispndios no se classificam como matrias- primas ou produtos
intermedirios (RV 805.149, j. 01.03.2011). Smula CARF n 19 No
integram a base de clculo do crdito presumido da Lei no 9.363, de
1996, as aquisies de combustveis e energia eltrica uma vez que no
so consumidos em contato direto com o produto, no se enquadrando
nos conceitos de matria-prima ou produto intermedirio. 51
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CARF RV n 137.007 j. 03.12.2008 Para que sejam caracterizados
como matria- prima, produto intermedirio e material de embalagem os
bens devem no fazer parte do ativo permanente da empresa, ser
consumidos no processo de industrializao ou sofrer desgaste, dano
ou perda de propriedades fsicas ou qumicas em funo da ao exercida
diretamente sobre o produto em fabricao, nas fases de
industrializao. 52
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CARF RV 805.149 j. 01.03.2011 Os conceitos de produo, matrias-
primas, produtos intermedirios e material de embalagem so os
admitidos na legislao aplicvel do IPI, no abrangendo os produtos
empregados na manuteno das instalaes, das mquinas e equipamentos ou
necessrios ao seu acionamento.. 53
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STJ IPI Produtos intermedirios REsp n 1049305/PR - DJe
31/03/2011 A energia eltrica, o gs natural, os lubrificantes e o
leo diesel (combustveis em geral) consumidos no processo produtivo,
por no sofrerem ou provocarem ao direta mediante contato fsico com
o produto, no integram o conceito de "matrias-primas" ou "produtos
intermedirios" para efeito da legislao do IPI e, por conseguinte,
para efeito da obteno do crdito presumido de IPI. 54
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CARF RV 805.149 j. 01.03.2011...adotando o entendimento do
referido parecer [Parecer Normativo CST n 65/79], que, alis,
pacfico na jurisprudncia deste Colegiado, no vislumbro que
materiais de uso/consumo e de ativo, servios de transporte e
servios de comunicao possam ser considerados matria-prima ou
produtos intermedirios, porque no exercem qualquer ao direta sobre
o produto final. 55
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Parecer normativo CST n. 65/79 11. Em resumo, geram o direito
ao crdito, alm dos que se integram ao produto final (matrias-
primas e produtos intermedirios, stricto sensu, e material de
embalagem), quaisquer outros bens que sofram alteraes, tais como o
desgaste, o dano ou a perda de propriedades fsicas ou qumicas, em
funo de ao diretamente exercida sobre o produto em fabricao, ou,
vice-versa, proveniente de ao exercida diretamente pelo bem em
industrializao, desde que no devam, em face de princpios contbeis
geralmente aceitos, ser includos no ativo permanente. 56
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Produtos intermedirios luz da jurisprudncia do CARF So aqueles
produtos que, embora no se integrando ao novo produto, so
consumidos na industrializao, ou sofrem desgaste, dano ou perda de
propriedades fsicas ou qumicas em funo da ao exercida diretamente
sobre o produto fabricado, nas fases de industrializao. Exige-se,
portanto, segundo esse entendimento, para a caracterizao de produto
intermedirio, que ele seja consumido mediante um contato direto com
o produto final. O consumo pode ser lento, mas no superior a um
ano, pois, sendo superior, ele passar a integrar o ativo
imobilizado (art. 301, 2, RIR/99). 57
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INSUMOS NO ICMS
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Art. 20. Para a compensao a que se refere o artigo anterior,
assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado em operaes de que tenha resultado a entrada
de mercadoria, real ou simblica, no estabelecimento, inclusive a
destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o
recebimento de servios de transporte interestadual e intermunicipal
ou de comunicao. Crditos no ICMS LC 87/96
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Art. 20... 5 o Para efeito do disposto no caput deste artigo,
relativamente aos crditos decorrentes de entrada de mercadorias no
estabelecimento destinadas ao ativo permanente, dever ser
observado: (Redao dada pela LCP n 102, de 11.7.2000)(Redao dada
pela LCP n 102, de 11.7.2000) I a apropriao ser feita razo de um
quarenta e oito avos por ms, devendo a primeira frao ser apropriada
no ms em que ocorrer a entrada no estabelecimento; Crditos no ICMS
LC 87/96 ativo permanente
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Art. 33. Na aplicao do art. 20 observar-se- o seguinte: I -
somente daro direito de crdito as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento, nele entradas a partir de 1 de janeiro
de 1998; I - somente daro direito de crdito as mercadorias
destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entradas a
partir de 1 de janeiro de 2000; (Redao dada pela LCP n 92, de
23.12.1997) I - somente daro direito de crdito as mercadorias
destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entradas a
partir de 1 o de janeiro de 2003; (Redao dada pela LCP n 99, de
20.12.1999) I somente daro direito de crdito as mercadorias
destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entradas a
partir de 1 o de janeiro de 2007; (Redao dada pela Lcp 114, de
16.12.2002)Redao dada pela LCP n 92, de 23.12.1997) (Redao dada
pela LCP n 99, de 20.12.1999) (Redao dada pela Lcp 114, de
16.12.2002) I - somente daro direito de crdito as mercadorias
destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a
partir de 1 o de janeiro de 2011; (Redao dada pela Lcp n 122, de
2006)(Redao dada pela Lcp n 122, de 2006) I somente daro direito de
crdito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do
estabelecimento nele entradas a partir de 1 o de janeiro de 2020;
(Redao dada pela Lcp n 138, de 2010)(Redao dada pela Lcp n 138, de
2010) Crditos no ICMS LC 87/96 uso e consumo
Slide 63
O que so insumos para efeito de apropriao de crditos? Crditos
no ICMS insumos
Slide 64
A expresso "insumo" consoante o insigne doutrinador Aliomar
Baleeiro " uma algaravia de origem espanhola, inexistente em
portugus, empregada por alguns economistas para traduzir a expresso
inglesa 'input', isto , o conjunto dos fatores produtivos, como
matrias- primas, energia, trabalho, amortizao do capital, etc.,
empregados pelo empresrio para produzir o 'output' ou o produto
final. (...). "Insumos so os ingredientes da produo, mas h quem
limite a palavra aos 'produtos intermedirios' que, no sendo
matrias-primas, so empregados ou se consomem no processo de produo"
(Direito Tributrio Brasileiro, Forense Rio de janeiro, 1980, 9
edio, pg.214) Nessa linha, como tais tm-se a matria-prima, o
material secundrio ou intermedirio, o material de embalagem, o
combustvel e a energia eltrica, consumidos no processo industrial
ou empregados para integrar o produto objeto da atividade de
industrializao, prpria do contribuinte ou para terceiros, ou
empregados na atividade de prestao de servios, observadas as normas
insertas no subitem 3.4 deste trabalho. SP Deciso normativa CAT
1/2001 parte 1
Slide 65
Entre outros, tm-se ainda, a ttulo de exemplo, os seguintes
insumos que se desintegram totalmente no processo produtivo de uma
mercadoria ou so utilizados nesse mesmo processo produtivo para
limpeza, identificao, desbaste, solda etc : lixas; discos de corte;
discos de lixa; eletrodos; oxignio e acetileno; escovas de ao;
estopa; materiais para uso em embalagens em geral - tais como
etiquetas, fitas adesivas, fitas crepe, papis de embrulho, sacolas,
materiais de amarrar ou colar (barbantes, fitas, fitilhos, cordes e
congneres), lacres, isopor utilizado no isolamento e proteo dos
produtos no interior das embalagens, e tinta, giz, pincel atmico e
lpis para marcao de embalagens -; leos de corte; rebolos;
modelos/matrizes de isopor utilizados pela indstria; produtos
qumicos utilizados no tratamento de gua afluente e efluente e no
controle de qualidade e de teste de insumos e de produtos. SP
Deciso normativa CAT 1/2001 parte 2
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Tenho adotado, pois, a interpretao mais restritiva do
dispositivo ora enfocado, preservando o tratamento que sempre foi
dado, admitindo o crdito apenas para os materiais que se integrem
ao produto ou que sejam consumidos em apenas uma operao, no o
admitindo para os materiais que, embora participem do processo
produtivo, apenas se desgastam ao longo tempo e no so objeto de
sada posterior. TIT Proc. n DRT 14-437.222/2009
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Considerou o IPT que a recorrente opera na atividade de moagem
de cana produzindo lcool e acar e verificou os modos operantes, a
forma de utilizao, o consumo e o desgaste dos equipamentos,
ferramentas e materiais, no processo de produo. No estou convencido
de que a recorrente tem direito ao crdito do ICMS incidente sobre
os bens, produtos e mercadorias constantes dos documentos de fls.
87/560, os quais esto relacionados nos referidos laudos do IPT.
Para que o crdito do ICMS pago sobre determinado bem possa ser
reconhecido preciso que o bem, produto ou mercadoria seja consumido
diretamente no processo produtivo, ou seja, dever ser consumido em
contato com o produto fabricado. Este o conceito estabelecido pela
Deciso Normativa CAT 01/01, ao tratar dos insumos em seu item 3.1,
tambm trazido pela recorrente em seu recurso (fI.1535/1536). TIT
Proc. n DRT 09-500071/2009 parte 1
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Se no fosse assim, a prpria mquina ou equipamento de produo
perderia seu conceito de bem de produo e de ativo permanente para
se conceituar como produto intermedirio. Tambm no se pode perder de
vista que os componentes que acompanham ou integram as mquinas e
equipamentos de produo no podem assumir o papel de produto
secundrio simplesmente porque no se constituem em ferramentas
intermutveis. Desta feita, a conceituao de produto secundrio e de
intermedirio, tambm chamados de auxiliares produo, muito se
assemelha ao de matria prima ou de material direto. No mbito do
ICMS, todos eles devem ser consumidos imediata e integralmente com
o produto fabricado. O termo "imediata e integralmente" deve ser
entendido como em contato com o produto ou no processo de fabricao
do produto, podendo ser utilizado mais de uma vez. TIT Proc. n DRT
09-500071/2009 parte 2
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Indstria farmacutica Materiais de vesturio: luvas cirrgicas,
turbantes, gorros descartveis, macaces, toucas, mscaras e
sapatilhas Apesar da alegao do Fisco de que o tempo de desgaste no
seria referncia legal para a concluso do direito ao crdito, penso
que, devido ao contorno do ordenamento jurdico atual, a diferena
entre o desgaste ao longo do tempo, sem direito ao crdito, e o
consumo imediato e integral no processo, com direito ao crdito, ter
como um dos elementos essenciais a mensurao do tempo em que se d o
"desgaste" ou o "consumo. Assim, no caso dos autos, entendo
tratar-se de material de vesturio descartvel utilizado em apenas um
turno de produo, onde utilizado e, inclusive, por exigncia legal,
descartado, ao final do turno, pelo que concluo se tratar de situao
de consumo no processo. Sou, pois, pelo direito ao crdito do
material de vesturio descartvel utilizado no processo produtivo de
fabricao de medicamentos. TIT Proc. n DRT 3-3-245733/06 parte
1
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39 - Quanto aos produtos qumicos utilizados em controle de
qualidade de matrias primas e de produtos acabados, entende o Fisco
que estamos diante de material utilizado em matrias-primas e
produtos que acabam por ser inutilizadas e destrudas e que,
portanto, no tero sadas tributadas. Com todo respeito ao
posicionamento do Fisco, me parece que isso seria delimitar de
maneira por demais estreita o prprio processo produtivo. Ora, para
mim, o controle de qualidade exercido diretamente nos insumos e nos
produtos acabados, inclusive por exigncia legal, na fabricao de
medicamentos, configura, em relao aos produtos qumicos consumidos
em tal controle de qualidade, situao de consumo no processo
produtivo, com direito ao crdito do ICMS de tais produtos qumicos.
TIT Proc. n DRT 3-3-245733/06 parte 2
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41 - Quanto aos outros insumos: o "ribbon" preto,
diferentemente do que conclui o Fisco, a mim me parece ser
exatamente o refil de tinta que, como diz o laudo (fls. 904) "
transferido j*' a superfcie a ser marcada por compresso de uma
determinada informao". As fotos juntadas me parecem bastante
esclarecedoras no sentido de que a tinta preta fica impregnada na
embalagem dos produtos, o que acaba por ir alm do conceito de
"consumo no processo" para se configurar em "integrao ao produto",
j que a embalagem parte integrante do produto final. Correto, pois
o creditamento neste ponto TIT Proc. n DRT 3-3-245733/06 parte
3
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42 - Quanto ao puno de ao, a prpria descrio e explicao do laudo
tcnico (fls. 902 e 905) me convence se tratar de ferramental que se
acopla s mquinas de produo e se desgasta ao longo tempo. Trata-se
de material de ao, com possibilidade de maior tempo de utilizao, e
que se amolda definio dos materiais de uso ou consumo do
estabelecimento, cujo crdito somente ser possvel a partir de
janeiro de 2011, conforme artigo 33 da LC 87/96 TIT Proc. n DRT
3-3-245733/06 parte 4
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Pelo AIIM, lavrado em um nico item infracional, o contribuinte
acusado de crdito indevido, relativo a material de uso e consumo.
Consta das fls. 05 uma planilha em que se indica como material de
uso e consumo objeto da glosa de crditos: discos de corte e
desbaste, lubrificantes, escova de ao, produtos qumicos como soda
custica, alm de oxignio e acetileno.(...) Examinando as provas,
sobretudo o laudo tcnico trazido ao processo, percebe-se que as
mercadorias objeto do processo de creditamento so utilizadas na rea
industrial do estabelecimento para limpeza e lubrificao de mquinas
e, tambm, para a retirada da oxidao provocada pelo contato direto
com a matria-prima, cana-de-acar, que poderia levar a contaminao
dos produtos fabricados. TIT Proc. n DRT 06-93545-10 parte 1
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Nesse sentido, seguindo na anlise da Deciso Normativa CAT
01/2001, percebo que lixas, discos de corte, escovas de ao no se
consomem imediatamente no processo industrial. Menos ainda rebolos,
modelos ou pincis atmicos, de onde concluo que a legislao paulista
no exigiu que o material de uso industrial se consuma imediatamente
no processo produtivo, embora no haja nada na legislao que faa
supor que no seja exigvel o seu consumo integral no processo
produtivo. Assim, relativamente ao crdito de ICMS relativo
indstria, entendo que, nos termos da legislao paulista, do direito
a crdito do ICMS as mercadorias que se destinam a consumo no
processo industrial, ainda que esse consumo no seja imediato e que
no integrem o produto final, o que vem corroborado pela prpria
definio de mercadoria destinada a "uso e consumo" do prprio
estabelecimento, contida na Deciso Normativa CAT 01/2001. TIT Proc.
n DRT 06-93545-10 parte 2
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1 CMARA DE JULGAMENTO FISCAL - BA ACRDO CJF N 0136-11/07 1
CMARA DE JULGAMENTO FISCAL - BA ACRDO CJF N 0136-11/07 necessrio
salientar que, tanto os materiais de consumo quanto os produtos
intermedirios, so consumidos pelo estabelecimento industrial, porm
o que importa para a sua caracterizao legal onde o consumo
acontece: se o bem consumido em funo e como resultado de sua
participao direta no processo de fabricao do produto da empresa,
ento h que se denomin-lo de produto intermedirio; caso contrrio,
deve ser definido como material de consumo. 75
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1 CMARA DE JULGAMENTO FISCAL - BA ACRDO CJF N 0136-11/07 -
continuao 1 CMARA DE JULGAMENTO FISCAL - BA ACRDO CJF N 0136-11/07
- continuao notrio que existem materiais vinculados ou consumidos
no processo produtivo, a exemplo de explosivos, combustveis e
eletrodos. Porm, peas de reposio so bens de uso ou consumo,
utilizados na manuteno de bens produtivos, sendo vedada a utilizao
do crdito e devida a diferena de alquotas, pois no se consideram
consumidas imediata e integralmente em cada processo produtivo,
tampouco integram ao produto final. 76
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1 CMARA DE JULGAMENTO FISCAL ACRDO CJF N 0085-11/08 - BA 1
CMARA DE JULGAMENTO FISCAL ACRDO CJF N 0085-11/08 - BA Entende-se
como material de uso ou consumo do prprio estabelecimento, as
mercadorias que no forem destinadas a comercializao,
industrializao, produo, gerao, extrao ou prestao, por no serem
consumidas nem integrarem o produto final ou o servio na condio de
elemento indispensvel ou necessria sua produo, composio ou prestao,
as quais so consumidas ao longo de vrios processos produtivos, o
que as caracteriza como material de consumo e, nesta condio, o
crdito fiscal somente ser admitido a partir de 2011 (art. 33, I, da
LC N 87/96, com redao dada pela LC 122/06). 77
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1 CMARA DE JULGAMENTO FISCAL ACRDO CJF N 0085-11/08 - BA 1
CMARA DE JULGAMENTO FISCAL ACRDO CJF N 0085-11/08 - BA O
entendimento do CONSEF, atravs de reiteradas decises, a exemplo dos
Acrdos: JJF n 0082-02/02 - CJF n 0033-12/02; JJF n 0323-01/03 CJF n
0150-12/03; JJF n 0382-03/05; JJF n 0351-03/05, de que para que uma
mercadoria seja definida como produto intermedirio (insumos e
matria prima), gerando o direito ao crdito fiscal, exige-se que, ou
integre o produto final como elemento indispensvel sua composio ou,
no havendo a integrao, seja consumida, inutilizada, gasta ou
destruda a cada processo produtivo, de forma que seja necessria a
sua renovao, no de tempos em tempos, mas em cada novo processo
produtivo. 78
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TJ/BA - Apelao n. 0020167- 45.2008.8.05.0001- 2012 Assim, deve
ser entendido por produto intermedirio todo e qualquer tipo de
material utilizado para a produo de um determinado produto, mas que
no, necessariamente, integre a ele, podendo ser, desse modo,
materiais auxiliares de produo, usados na fbrica para dar suporte
produo do produto final ou produto acabado, sofrendo desgaste ou
perda de propriedade no curso do processo produtivo. Enquanto que
material de uso e consumo os materiais consumidos em atividades no
produtivas. 79