31
v.. .,m Lii v HBt KH'*^^ _^^_^^í_l_^ Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li^TlvH I /xrf^ 0,^^_X ^f-»*^^^** "' / */ Jk /!-»••¦**I 10t' " "* _f\^^^^^^^^^¦'"•fl""-'-"^^^^^^^-$| | •^—^_^_-_-_--____^%^- r_&r^' ¦•*. "T^ STDRHl- .41 4 ' Como estas contente! Que ha de novo ? Ora ! Quarta-feira vou fazer sucesso na nova fase d' O TICO-TICOI!

v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

  • Upload
    others

  • View
    35

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

v. . ., m ii vHBt KH'*^^ _^^_^^í_l _^

Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941

*. li ^Tl vH I /x rf^ ^^ _X ^f-»*^^^** "' / */ Jk /!-»••¦** I 10 t' " "*

_f \^^^^^^^^^¦'"•fl""-'-"^^^^^^^- | | •^—^_^_-_-_--____ ^%^-

r_&r^' ¦•*.

V» "T^ STDRHl- .41

4 '

Como estas contente! Que ha de novo ?Ora ! Quarta-feira vou fazer sucesso na nova fase d' O TICO-TICOI!

Page 2: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO 23 — J u 1 h o — 1941

i ONDE ESTIVER NO BRASIL

| P«K»A»8I n A uiüca Emissora Na-IÚ cional que transmiti»í _n simultaneamente EUf

íS \ *9»92 6oi°Kc*CS 416,6 720 Kc/s

ífifl 3.000 Walli-P.fi. 1.8

^^SÊBÊBÊSSÊÊ Peraii ac _ Sil

ENXOVAL DO

,y<* r.l___^> J-^*^^r>*-7"^/-^

PREÇO

6$EM

TODO0 BRASIL

O mais gracioso e original enxovaí p-_.r« ricerr»-nascido, executa-se com este Álbum 40 PAGUNAS COM 100 MOTIVOS ENCANTADORESpara executar e ornamentar a. diversa, peça.acompanhada- das mais claras explicações,luggestões e conselhos especialmente para a*fovenii mães. Em um grande supplemento ertcon.tram-se. além de lindíssimo rísco para colcha daberço e um de édredon. 12 MOLDES EMTAMANHO DE EXECUÇÃO para confeccio.n,_r rojpinhas da creança desde recém-nascidaate a edade de 5 annos.

O ENXOVAL OO BÊ6Ê"_ UMA PRECIOSIDAD6

A venda nas livrarias — Pedidos á Rcd.cçâo d*"Arte de Bofdar" — "... - --—.._

— Rio de Janeiro — Caixa Pastai 899

LEI

JTjL

APAGI

A_sr:29

KpEWoT[^ NAO FALHA ^1

FAZ DOS FRACOS FORTESINFALLIVEL NOS CASOS

DEESGOTAMENTOANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSOMNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SYMPTOMASDE FRAQUEZA ORGANI-CA DE CRIANÇAS E DE

ADULTOSj

PÍLULAS

b_& /^^^o_>>__^^^r*^>_i

(PÍLULAS DE PAPAINA EPODOFILINA)

Empregadas com sucesso nas mo-lestias do estômago, fígado ou intes-tinos. Essas pílulas, além de tônicas,são indicadas nas dispepsias, doresde cabeça, moléstias do fígado e pri-são de ventre. São um poderoso di-gestivo e regularizador das funçõesgastro-intestinais.

À venda em todas as farmácias.Depositários: JOÃO BAPTISTA DAFONSECA — Rua do Acre, 38 — Vi-iro: 2$500 — Pelo correio: 3$000 —Rio de Janeiro.

ct0_.oeaaoo0Ooooo<tc_3t>ij<.(3K><.ocHía

*._

COLEÇÃO SETHENSINO PRIMÁRIO POR MEIODO DESENHO-INTERESSA ÁCRIANÇA E FACILITA O MESTREVEM NAS LIVRARIAS OÓ BRASILAS OBRAS DíSn COLEÇÃO OU PE-ÇA HtOSPeCTOS _0"ATEUER S-TH"tf. RAMAIHO OKTIGAP 9- 2? - RIQ

DEPOSITO Efl S PAULOJ.COUTO-R.KIACr._E_0 fift-A

Page 3: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

í*]__rí_âiLi_^_L)tV Diretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA

SEMANÁRIO INFANTILASStNATVR AS

BRASIL:1 ano C5J00"6 meses _, „ ,. ., l.SOÍOEXTERIOR:t ano «« .. 75$0806 meses ,. ., .. .. S5$000Numero atrazado .. ._ .. .. JSOO

Propriedade da S. A. "O MALHO" —Travessa do Ouvidor, 26 — Eio.

UÇQ&O <&&^Ò\/ÔfMeus netinhos:

O próximo número de O TICO-TICO seráo primeiro da sua anunciada nova fase.

O jornalzinho de vocês, que se orgulhade gosar da preferencia de tantos milhares decrianças de todo o Brasil, que foi também aleitura preferida dos papas de seus leitoresde hoje, vai- sofrer uma grande, radical trans-formação.

Em primeiro lugar, deixará de ser sema-nário. Passará a aparecer uma vez mensal-mente, e para compensar todos vo-cês pela sua ausência nas demais

quarta-feiras do mês, surgirá a par-tir da próxima edição muito maisbonito, com o número de páginasgrandemente aumentado, trazendohistórias empolgantes, várias pági-nas de armar com jogos, bonecas para vestire outras diversões próprias para a idade devocês.

Na sua nova apresentação, com muitomais páginas coloridas, O TICO-TICO vaioferecer grandes novidades. Uma delas é alinda e patriótica coleção dos "QUADROS

DA NOSSA HISTÓRIA", páginas de grandevalor educativo que vão constituir o mais beloálbum. AS "MENSAGENS À JUVENTUDE",

X. Ar1*"^^ ^^^i». ^____

de que já vocês tiveram notícia, serão outra mi-ciativa digna de registo. Através dessas páginasbonitas, que Fragusto vai ilustrar, e que trarãosempre o retrato do signatário da Mensagem,vocês vão conhecer o pensamento patrióticode homens ilustres do nosso tempo. A primeiramensagem é assinada pelo Dr. Lçví Carneiro,presidente da Academia de Letras e jurista dcrenome. Outras novidades interessantes serão:"COROGRAFÍA PITORESCA DO BRASIL","A PÁGINA DAS MENINAS", "ÁLBUM DL

mas 's^no 3 ^saavaisoianocontar as aventuras novas dos he-róis de sempre, e de outros novp.heróis, em páginas lindamente ilus-tradas por Osvaldo Storni, Luis Sá

J. Carlos, Noemia, Paulo Afons •,

Bob Steward, Fragusto, Thirè, Nin:.

Borges, Storni, Seth, Gustavo Goldschmidt eoutros.

Aguardem, pois, meus netinhos, a próxima4.R-feira, quando estará em todos os jornaleii < io novo e encantador O TICO-TICO, em seu

primeiro número da nova fase, na qual tuJ ifará para agradar como até aqui, e mais ainda,aos seus milhares de leitores.

E lá estará, também, com as suas liçõe

VôVô

Page 4: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICOHIFffllmu

— 4 —. 23 — Julho 1941

PARACHOGUE, DEPRESSA. Vi UM BICHO IDE G.&ANTE.SC&S PROPORÇÕES y—j

nMXA,QUE SUSTO ME. DESTEONDE E.STWESTE DORMIDO

ÍPARA SONHZiR,COM BICHOS

— V-/ I i^y//\j^p ^^L^f |VOCÊ NÂO SE INTERESSA ( I HÃO dOGcO li__\S NOPELO BICHO QUE ... f- &ICHO. EM TODO

Bsí /fé^-â S-^ HENTIRO-

SERA'TAOCtRAUDEatüaheutira"NÂOVEclO 8KM0NENHUMJÍ—

FOI AQUI QUE. O VI ?TÃO CERTO COMOTENHO APETITE . E.RA

, MAIOR 6.UE ELEFAMTE\PROCURA .VIRALATA .',

_—A-, -— ¦ L i i. .ii i ..._i

ESTOU COM VONTADC y=\ n|E'BOM FICAR-. I [COM A BRECA^/T^ _£? T^__ f^Õ I~~ ~

DE DORMIR. PARA X~ [DE OLNOSABERXQ" ESTA r^U^H^? Exl>4<r#SONHAR. COrl 0/ C^ J^^' PEDRA \ LV^V^bw^, flf-_,\f4B1CH0,C0K0/ ^1,

6cfT E|>TA C VJP XfeF^FPiTrn

FtóVihos^StSo?!! X^feTAvEO A ISTO E' LL^B^HQS FRITOS^ O^Ií5lNA00^E^0J riVÔO DE -,€Qif A? • f/P I] í à^^-C^e^J* flMERGULHO-

Page 5: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 Julho — 1941 O TICO-TICO

INOVA FÁSc Ça

NOVA FASE ^.NOVA FASE I _ )//> ¦'NOVA FASE ""^(/f//NOVA FASE X/^NOVA F Á S ^ *_¦>_ \NOVA FASE ^ \NOVA FASE A «Jfc \NOVA FASE s~A^ )íNOVA FASE (%r> /NOVA FASE C^lí /NOVA FASE \;Jf /N O V~J\ FASE yNOVA FASE fr •<NOVA FÁSt INOVA FASE Bte^NOVA FASE |kNOVA FASE ¦¦(^NOVA FASE 1 ^frNOVA FASE «1^\NOVA FASE I ^ \NOVA FASE r 2^ 1nova fase' 7 INOVA FASE, O/ /NOVA FASE r-wl /NOVA.FASE V vyNOVA FÁSG, „ ^/NOVA FASE A\NOVA FASE JVJNOVA FASE _!lNOVA F Á S I ;;gwNOVA FASE jkNOVA FASE I ^NOVA FASE ^^ \NOVA FASE L I ^^jNOVA FASE I %$ Wàf+1NOVA FASE P^I^IIfNOVA FASE [X^JWNOVA FASE r^___ }NOVA FASE Z3 7

^yx _^ ^^___-**^

zeitonoPROMETEM ;

PROESAS DOARCO .

DA VELHA NANOVA FASE

DE

íco-TíÍCOa partir do proxi-mo numero, que

traz novidades,

atrações, surpre-

sas, etc. etc. etc.

PROCURE VÊR O PRÓXIMO NÚMERO

Page 6: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 6- 23 — Julho — 1941 \

©esenhòs para colorir

\Va ^ã VP^HNA /A kH 4X® J A^>. Y - J^v ; "

^AA)7 cA-A\ "^

11 i* K ¦ ¦ ¦ ¦*" ¦¦— —

E M A. O O S X O :

NOVA FASE d O Tico--ficoV

Page 7: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 Julho 1941 O TICO-TICO

0 idioma chinêsO idioma chinês se escreve

utilizando-se 40 mil caracteresou desenhos, e seus derivados!Que dizem sobre isto os nossospequenos leitores que achamexcessivas as letras do nossoalfabeto?

O ódio acaba por des-truir o coração que lhe deuguarida.

A gelatina de algas é umpreparado receitado atualmen-te pelos médicos para as pes-soas de estômago delicado que.ão podem suportar a dieta,

látea. Não se trata de uma no-vidade, porem; essa especie degelatina é conhecida de hámuito tempo na Noruega,Islândia e China, onde se pre-param com ela sopas apeti-tosas.n_ _. _%%v.va"_v.%*_avi_.v._.vu_v

Cubra com lápis os espaçosmareados eoro um ponto e ve-rá fiie eoisa curiosa apareeerá.

TIÔCI MIDDO/^ERTO freguês pechincheiro, estando a fazer algu-

mas compras num armazém de secos e molhados,lastima-se ao negociante:

Como está tudo pela hora da morte! Os preçossão de arrancar couro e cabelo! Até quando, 6 crise,abusarás da nossa paciência? Um litro de feijão...J$2O0! Um quilo de açúcar redondo... 1$800!

A falta de chuvas... Há seis meses que nãochove... tentou explicar o negociante.

Chuvas?... Lérias! Não me fale nelas, que échover no molhado. Os depósitos estão abarrotados...Mas não mudemos de assunto. Voltemos às comprinhas.Preciso de uma redução geral nos preços. Freguêsvelho... Bem sabe que sou um amigo da casa...

Assim o considero, respondeu-lhe o dono doarmazém. — E é exatamente dos nossos amigos queprecisamos ganhar alguma coisa, porque os nossos ini-migos, estes aqui não vêm.

PLISSE um grande rei ao filho, que lhe pedia licençapara vingar-se do detrator daquela que lhe dera

a vida:— Vais fazer a tua mãe um mal maior que o ca-

luniador. Vingando-te dele todos ficam acreditando queela não te ensinou a maior das lições — a do perdão.

/^ERTO imperador tinha por bibliotecário um grandesábio. Veiu a este um ignorante e fez-lhe vclhacâ-

mente uma perguntinha qualquer.Não sei, respondeu-lhe o sábio.Como não sabeis?! — E' para saber que o im-

perador vos paga.O imperador — explicou o sábio ao impertinente

— paga-me pelo que eu sei. Ah, meu amigo, se êletivesse de pagar-me pelo que eu não sei, todos os tesou-ros da terra não bastariam!

Page 8: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 8 23 — Julho — 1911

0 Lobo e a Cegonhar

¦ — ¦¦¦—¦— -—fc « — ii I >-"¦¦¦" m.-mmammw-vam •• ¦ — ¦¦¦ ¦. ¦ i.,.—. ... ¦¦

Certa vez um lobo faminto, estava comen- Sem saber o que fazer para tirá-lo, o lobo pro-do um coelho com tanta avidez, que um osso curou o macaco que era tido como sabido, e estelhe atravessou na garganta engasgando-o. depois de examinar ò lobo disse para procurar...

...imediatamente a cegonha. O lobo seguindo Confiando na palavra do lobo, a cegonha fa-conselho, procurou a cegonha a quem prometeu 2endo de pinça o seu comprido bico, enfiou-o pelauma porção de coisas boas, se ela lhe tirasse sua garganta a dentro, . e num instante retirouosso da garganta. o osso.

Quando a cegonha pediu o que o lobo lheprometera este lhe disse: como és tola ! Tive a tuacabeça entre os meus dentes podendo matar-te sequizesse e ainda queres maior recompensa ?

A cegonha coitada, foi lograda e entãocompreendeu que é inútil socorrermos os maus/pois muito cedo se esquecem ingratamente dosbens que receberam.

Page 9: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — Julho 19-11 O TICO-TICO

UM BEMFEITOR DA HUMANIDADE

LUIZ PASTEURPASTEUR

era filho deJoão José Pasteur, curti-

dor de couros que serviu nosexércitos napoleônicos.

Nasceu a 27 de Dezembrode 1822, e fez os seus estudosna Escola Normal de Paris.

As suas primeiras investiga-ções foram feitas no terrenoda Química; mas, logo, pormotivos ocasionais, foram pas-sando para o da bactereología.

Com efeito; desejoso deprestar auxilio aos cervejeiros,aos produtores de vinho e aoutros industriais do país, de-dicou-se ao estudo do fenôme-no da fermentação em as suasvárias modalidades: alcoólica,lática, pútrida, etc, acabandopor verificar que a causa dícada uma delas era um micre-organismo. Pouco tem-po depois, uma epide-mia de pebrina come-çou na França a des-truir os bichos de seda.Foi pedido o auxilio dePasteur e os seus es-tudos provaram quetal moléstia era devidaa um parasito. As suasdescobertas foram deinestimável serviçoàquela indústria e re-cebeu por isso mereci-dos prêmios. Entretan-to Pasteur não estavaainda satisfeito... Quepequeninos organismoseram esses, causadoresda fermentação? Deonde procediam?...

Pasteur não aceitavaa teoria da "geraçãoespontânea", e resol-yeu investigar os se-gredos daquele mundodesconhecidp.

Provou, então, que aquelesorganismos não eram geradospor si mesmos, como se supu-nha, mas sim, que vinham doar para os meios nos quaiscresciam e se multiplicavam,determinando, ao fazê-lo,' fe-nômenos como o da fermen-tação.

Estavam neste ponto os seusestudos quando, aos 46 anosde idade, sofreu Pasteur umataque de apoplexía que o le-vou às portas da morte. Nãoquiz felizmente o Destino pri-var a humanidade daquele cé-rebro privilegiado, e Pasteurrecobrou a saúde.

I Nesta segunda fase de suavida realisou êle a obra quemaior glória deu ao seu nome:a descoberta dos micro-orga-

mm^LLmmmm^f Am .

nismos como causadores deenfermidades. Um novo cam-po abriu-se aos sucessores dePasteur permitindo cm poucotempo à medicina um progres-so maior que o conseguidodurante séculos. A obra ma-gistral de Pasteur foi, nestecampo de atividade, a desço-berta do micróbio da raiva edo remédio contra essa terríveldoença. Havia já aperfeiçoadoo seu soro anti-rabico esperi-mentando-o em animais semcontudo atrever-se a faz-lo nohomem.

Mas a Providencia, que pa-recia colaborar com êle, for-çou-o a dar tal passo. Um jo-ven camponês, José Meister,fôra horrivelmente mordidopor um cão hidrófobo. A mãe

do rapazinho, louca deangustia, como últimorecurso resolveu leva-Io a Pateur. Este, quetinha um fraco pelascrianças (havia perdi-do três dos seus filhos),vencendo todo o t.-mor, resolveu inocularo soro no menino, eo fez naquela mesmanoite. Depois de umasemana de torturanteespectativa, José Méis-ter, a primeira pessoano mundo que recebeuo soro anti-rábico, es-tava são e salvo.

Morreu Pasteur aos73 anos, de uma afec-ção cardíaca, compli-cada com albumiauria.

Os seus restos ja-zem em Paris, no Ins-tituto que tem o seuglorioso nome.

Page 10: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO -- 10 23 — Julho — 1SHIi

LEGIONARIOi DA SORIE HH

O GOLPE E AGORA ESTOU TRATANDO COM jMk 'W^cm ^^k SS

B_^S_» __ -»¦¦ —Err———-* _r _^__^_E^I A '_ _ ^^3

PB-------WI-_-__--— ¦ u >. — -., __M_i____i--__i— .~f_- ***" i ^^ i i^___l HL-_________-____________i

/^ÕH/ MUSICA/MUSICA.' ?^P08Í?ES DE ^\

/" Q 0>L NADA/ N(DIVINA MUSICA /NOS, PRISIONEIROS' \ / VOÇES NAO—V— MÃO CEDO NÃO TEREMOSV ESTÃO PRESOS/

r>_ Ml Ea' a felicidade d^ ouvir ; eü nao estouO-Rk^^^VBfc* *5 V 0E NOv0 TA° /l MAIS ZANGADO

-^ãpT-MAS E Oü^gí NÃO E' DO OUTRO-^t^l MUNDO ? ^

é_7^_A -%^___B_i> **s/i-f _^_*_rT^'^rJé ^w^4_____.d^|_|____--S--___l_ÉÍl__í_r'_i —E tuD0 AU8/1 &m I

_*-

ASBALAS FUTEBOL contém VITAMINAS porque contém GLUCOSE

e distribuem centenps de prêmios à escolher.-

Page 11: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

I

23 — Julho mi —* 11 — O TICO-TICO

Tci?i?a Ho f$í?asií¦'gg!g*^aaaaMan»ap»w^»;!irftr. l um'

D. Pedro de Alcântara,r,osso segundo c último im-perador. foi homem de -.dr: cultura. Era, lar»',

¦i. Quando estava no•i, depois du proclama-

fica. escreveueste soneto, no qual deixoupatente sua serenidade deespirito no momento

perdia uma coroa e. u»\trono e, além disso, o seuijrande amor pelo Brasil,que deixava para Hão m.ciij(oriwr a vêr.

Espavorida agita-se a criançade noturnos fantasmas com rec.Mas se abrigo lhe dá materno seio,fecha os doridos olhos e descansa.

Perdida é para mim toda a espera.-;*de volver ao Brasil; de lá me veioum pugilo de terra, e nesta creiobrando servi meu sono e sem rardança.

Qual o infante a dormir em peito amigo,tristes sombras varrendo da memória,ó doce pátria, sonharei contigo!

E entre visões,de paz, de luz, de glória,sereno, aguardarei no meu jazigoa justiça de Deus, na voz da História!

D. PEDRO DE ALCÂNTARA

O CACAU NA AMÉRI CA

O cacau, o maravilhoso vegetal de que o

Brasil é bem rico, existe na América desde

época que não pôde ser determinada com ab-

soluta precisão. Os primitivos habitantes donosso pais o conheciam e cultivavam, fazendodele uma beberagem muito semelhante aochocolate, que todos os leitores conhecem. Mas

fora do Brasil e em periodo anterior à chegada

do descobridor Pedro Alvares Cabral, o cacau

também era conhecido e muito apreciado. Os

aztécas, nome por que eram conhecidos os in-

digenas do México, preparavam da fava do ca-cáu um vinho excelente, uma espécie de licor.Para isso trituravam o fruto do cacau em re-cipiente de pedra, por meio de pilões. Quandoobtinham uma poeira bem firía do cacau adicio-navam água quente ou mesmo leite e prepara-

vam desse modo uma beberagem de agradável

s:.bôr, que outra cousa não era senão o cho-

colate que todos os nossos leitores conhecem.

Aos soldados espanhóis que tomaram conti

do país, os aztécas, como sinal de obediência e

gentileza, ofereciam muitas vezes essa bebida,

de cujo preparo tinham verdadeiro garbo é a

que davam o nome de chocolatl a palavra, aliás

bem parecida com o nome moderno de choco-

late.O cacau brasileiro é bastante procurado

nos mercados do exterior.

A Baía, o Pará, o Amazonas e o Espirito

Santo são os Estados que mais produzem ca-

cáu, o primoroso produto de que se fazem o

chocolate e os magníficos bombons de que*tanto

gostam os nossos leitores.

Page 12: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

[) TICO-TICO — 12 — 23 Julho — 1941

fi!jj| O CONTO deSTa"™3J|

O POBREM homem muito velho, com os cabelos completa-

mente brancos, andava a custo, apoiado numabengala. Cansado de fadiga e calor, chegou

êl á uma das ruas da aldeia quase deserta. Os camponeseshaviam partido para o campo, e as creanças para a escola ;somente algumas mulheres entregavam-se ao serviço domes-tico. preparando o jantar para os trabalhadores. Assim, detodos os cantos desprendia-se um bom cheiro de comida eo velho, esfaimado, hauria-o a grandes sôrvos, decidindo-sea p.dir hospitalidade à primeira camponesa que encontrasse.Pouco depois, apareceu-lhe u'a mulher, a uma das janelas.Posto que seu rosto nada tivesse de bondoso, no entanto, foia ela que se dirigiu o pobre.

Bôa senhora, — disse êle, humildemente, — estoucansado, tenho fome e sede ; seria grande esmola se medesse um pouco de pão e um copo com água e permitisseque eu repousasse um pouco.

Si eu fosse dar de comer e receber a todos os pobresque por aqui passam — respondeu ela — teria a casa cheiae gastaria todo o pouco dinheiro que possuo. Trabalha queencontrarás com que manter-te.

Mas, veja, senhora, que sou um velho, as minhas

pernas mal me podem sustentar, e nada posso fazer.Nada tenho com isso. Devias ter poupado, enquanto

noço — replicou ela, sem piedade, fechando a janela nonariz do pobre.

Mulher sem coração — murmurou — esta tua mal-dade ha-de fazer-te infeliz.

E continuou seu caminho, afim de encontrar uma almacaridosa. Não foi muito longe.

Dentro em pouco, ouviu uma voz meiga, ao seu ouvido.Bom velho — dizia ela — se tens

fome, entra em minha casa, onde encontra-rás com que fortificar-te e poderás descansaras tuas pernas tropegas de caminhar.

O pobre levantou a cabeça, e viu no li-miar de uma porta próxima, u'a moça loura,de olhos lindos e um sorriso de bondade.'Vendo-o, admirá-la, adiantou-se para êle, to-mou-o pela mão e ajudou-o a subir o degráoda escada. Uma vez na sala, onde ardiamalguns pedaços de madeira, onde brilhavamalguns utensílios de cozinha, ela fê-lo sentar

diante de u'a mesa, que cobriu com uma toalha alva, colcfecando sobre ela uma sopa tão cheirosa que fez subir o calor.às faces do pobre.

Este estava muito contente e comeu lentamente, bebendoaos poucos um grande copo de vinho. E como a moça lhequizesse dar mais alguma coisa, o velho agradeceu muito,sem aceitar. Levantou-se e dirigiu-se para a porta ; masyantes de abri-la, disse :

Moça caridosa, em recompensa do serviço que meacabas de prestar, vou gratificar-te com um dom :

A primeira coisa que fizeres amanhã, de manhã, furasdurante todo o dia.

Ouvindo tais palavras, a moça sorriu e agradeceu, masnão ligou importância. Esqueceu-se, até, das preocupaçõesda véspera.

Não lhe restava no dia seguinte, senão uma vaga lem-branca, quando entrou a trabalhar, dobrando uma peça demorim para medi-la antes de cortar as camisas, encomen-dadas por uma senhora da aldeia.

Contou um metro, dois metros, três metros . . . dezmetros, vinte, cincoenta e ficou muito espantada com Ocomprimento da peça, cujo volume não parecia diminuir.

Continuou a medir sem se fatigar e contando, quandochegou a cem, lembrou-se ela do que havia dito o; pobre :

Moça caridosa, a primeira coisa que fizeres amanhãpela manhã, farús durante todo o dia.

Ficou muito contente e daí em diante não contou mais.Desenrolou unicamente a peça interminável de morim, quese amontoava no assoalho. Então, não sem dificuldade,abriu uma passagem até a porta do jardim e continuou a de-senrolar.

Era já noite quando chegou ao fim da peça. Mas, acasa estava cheia de fazenda, bem como o jardim.

Esse fato causou grande sensação, comose pôde imaginar, e a visinha que havia re-cusado uma esmola ao pobre foi também sa-bedora do ocorrido.

Sabendo que essa fortuna era resultadodas predições do pobre, ficou muito triste eentrou a maídizer-se da sua avareza, que afazia morrer de inveja,;

Depois de se haver entregado aõ deses-pero, durante algum tempo, teve de acal-mar-se.; Refletiu e julgou poder reparar atolice e a má ação que cometera.

Page 13: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 Julho — 1941 — 13 O TICO-TICO

Mas, não foi fácil ; como tornar a vêr o velho, que jádevia estar longe, e talvez fora da aldeia ? No entanto,não lhe pareceu impossível e, agarrando-se a essa esperança,gabava-se que iria conquistar as boas graças d' velho,acolhendo-o melhor que da primeira vez.

Para começar, colocou-se à janela, e aí ficou c1: * íanhã,à noite, com os olhos fixos no logar por onde o \ira vir.

Muitos dias se passaram sem que obtivesse qu.-Jruorresultado ; mas, no fim de uma semana, com grande emoçioe cobiça, viu-o aparecer na extremidade oposta da estrada.]

Imediatamente correu ao guarda-comidas e tirou deleo que pôde;

Isto feito, voltou à janela, procurando dar à fisionomiauma expressão amavei, que não lhe era habitual. — Nãofoi muito bem sucedida.

O pobre não tardou em passar ao alcance de sua voz,e, sem esperar que lhe pedisse uma esmola :

Bom velho — disse ela — pareces fafigado, queresentrar, descansar- um pouco e tomar algum alimento ?

Sem parecer lembrar-se do máu acolhimento que tiverapouco antes, o pobre aceitou o oferecimento e entrou nacasa da a vara, batendo com a bengala.

Vendo a mesa posta, como esperando um hóspede decerta importância, fez-se luz em seus olhos.-

Sentou-se, mas apesar das insistências da mulher cujosolhos brilhavam de contentamento, recusou a carne e sóaceitou um pouco de pão e um copo dágua.

Depois de haver comido todo o pão e bebido água,levantou-se, agradeceu, e ao afastar-se, pronunciou, comoem casa da visinha, a predição tão ansiosamente esperada :

Mulher caridosa — disse êle — o primeira coisa quefizeres amanhã de manhã, farás durante todo o dia.

À mulher não cabia em si de contentamento, por terchegado ao fim de seus desejos ; agradeceu e reconduziu-oaté à porta, delicadamente.

Uma vez só, ficou muito impaciente, esperando o diaseguinte e sem saber o que iria fazer em primeiro logar.

Depois de haver meditado durante algum tempo, con-cluiu : — A visinha medindo o morim, encheu a casa e ojardim ; na verdade, o morim vale dinheiro, mas, é precisoque apareçam compradores. Farei melhor, contarei moedasde ouro, e, quando a casa estiver cheia, ficarei mais ricaque com uma peça de fazenda.

Passeando, então, os olhos cubiçosos pela sala, calculoua quantia que ela poderia conter. Tal trabalho, terminado,deitou-se, tendo o cuidado de colocar a bolsa ao alcance da

i mão, para contar as moedas no dia seguinte.O seu sono foi agitado por máos sonhos e dormiu

muito mal.Finalmente, quando começou a raiar o dia, abriu os

olhos, e lembrou-se e estendeu o braço para a bolsa.No mesmo instante, uma pulga pula para a ponta do

nariz, picando-a cruelmente. A dôr foi tal que ela soltouum grito e levou rapidamente a mão ao logar dorido, afimde castigar a insolente. Não a apanhou e uma segundapulga apareceu ; o mesmo gesto para a apanhá-la e nada ...

Com uma rapidez prodigiosa, apareceu uma terceirapulga, que picou novamente o nariz, já avermelhado damulher que, exasperada, entrou a gesticular desesperada-mente, enquanto o quarto começa a se encher desses animais.

A' infeliz, com o apêndice nasal entumecido, debatia-sehorrorosamente, não podendo alcançar uma só pulga..

 ARANHA E 0 SABIANo interior de uma bela vivenda,junto de uma gaiola, onde moravaum sabiá poeta,que o dia todo sem parar cantava,numa clara manhã,uma aranha fiava a sua teia.Nisso, alguém, com cautela,cheiju. e destrói impiedosamenteo trabalho da humilde tecelã.E ela.embora com vontade de ficar,foi forçada a sair pela janelaque estava aberta para o sol entrar.Nesse instante, o sabiá emudeceu.Pesaroso, ficou a meditar :"Que extranho mundo, Deus l"Eu que amo a liberdade,"porque fatalidade"aqui me hão de deixar ?"E no auge da mâgua que o pungia,cresceu pela prisão a sua sanha.E olhando lá longe o sol e as árvores,teve inveja da aranha.

Contradições da sorte, os teus arcânos,quem os definirá ?Lá fora a aranha a soluçar, dizia:Antes eu fosse aquela sabiá !

LILINHA FERNANDES

Faça como êsle meninoPEÇA DESDE JÁ INSISTENTEMENTEAO SEU PAPAI QUE LHE COMPREO "TICO-TICO" DA PRÓXIMA SE-MANA, EM

NOVA FASECOM TANTA COISA BONITA E

TÃO INTERESSANTECOMO VOCÊ MES-MO NEM IMAGINA!

Essa caçada ridícula durou todo o dia e toda a noite.-A casa que a avára julgava cheia de ouro, estava repletade pulgas, cheias, de seu sangue, podendo apenas mover-seno pequeno espaço, que ficava desocupado.

Como acabam de vêr, meu meninos, o pobre, dumacajadada, matou dois coelhos, como se costuma dizer.. Abôa moça deu o que ela merecia.-) Da outra, vingou-se,castigando-a pela sua avareza e maldade.*:

Page 14: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 14 Tó — Julho — 1941

1

5

ROEZF)__3

DE

1. .. __ _.,~~—-. ~T~~~ Copr. 15-10. King fratures Syrufjcatc, Inc., Woild r.g_j n. rvcd. _? _;—¦ _^

"v '" 'H|;illiiiii!;íi!:!iJllF"r______F- .ii,ii!i3IIi,i.,/i/ "__________^=¦ jjj. ,c......i.i,,i, .,, C. I_. X . -,____¦« Syndccaie, In». VVorIcl rcBhu r.smTd.. '- —

'•W^jm>:i: ^AX^/ _aH___MBBíBB_^^^~="-J__^t^^___r::^lcf I ¦•ni*-;;?:?';;; ;;»:¦?•.;'¦ ••¦

- !!!i;;";;'"";'l',!!'-.;::;!;!i."»«'--r:-,-'í

Page 15: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — Julho — 1941 — 15 O TICO-TICO

É--|§jft|P

Com o capitão Um escorrega. **¦ |l)J ijl. ||'i J

}^C'" AaI Pau não se brin- n*-,e e esíou Ji ) | f f IM jf§]

"«í?:s'!ssSSSrafc"'"aB3SS*.fc a ~* i -^£3C=_âi3

_ _ M^jffig_"T7TS5Íl*aP-i II _~_JÃ""

yV y > BóJas! Inutilisou meu )

iAv!f\'C^^~ '* ''A- r—-/ ^oS^A^L (\ \ Deu-me tempo

/ Com um tiro ^^M "C Nã° "^ a'Can'

*^i me encontrará <-#% Zz0AA0^§S^£k na nova fase 1M -^<yyyzy00^5:1 \ d'0 TICO- ZzIzzAr!^^ ( tico... y .. _^^ t

' "*'"n^**"",^?*f" 'srr 7!,, — ' —

TO

E

IX

DESENHODEPATSULLIVANExclusi-vidadeparaOTICO-TICO

Contínua

Page 16: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO 23_—Ji ; h,L 1941

NOMES QUE DEVEMOS MMBRAR por d$oê StewardO TICO-TICO

s<

.tB

o <-v m<m

Cràm

wsv C

«

<"^ ny

A RAINHA IZABEL DA INGLATERRA — FI-

LHA DE HENRIQUE VIII E DE SUA SEGUN-

DA ESPOSA. ANA BOLENA. AO MORRER

A RAINHA MARIA. OCUPOU O TRONO

EM MEIO DAS ACLAMAÇÕES DE SEU

POVO. SEU REINADO FOI DA MÁXIMA

GRANDEZA, FLORESCENDO AS CIEN.

CIAS E AS ARTES. E TORNANDO-SE A

INGLATERRA A PRIMEIRA POTÊNCIA

MARITIMAj

".

V

ALFREDO KRUPP (181 2-1887) — METALÚRGICO

ALEMÃO. FUNDADOR DAS CÉLEBRES FABRI-

CAS DE ESSEN, FOI O PRIMEIRO FABRICAN-

TE DE PEÇAS DE ARTILHARIA D£ AÇO.FUNDID_04

¦VI)}

\NAV

i?v. D)

4jy?v.1 V

¦«%_...!»

f %i^lh

J \ flv'

'/)

- - s

,oCsV

yyh

fc_

l*->

FREDERICO, O GRANDE FREDERICO II, DA

PRÚSSIA APELIDADO O "GRANDE" (1712-1786),

1

FOI GOVERNANTE HÁBIL E, EMBORA DEMA-

SIADAMENTE RIGOROSO. ESTRICTAMENTE JUS-

TO. A ELE SE DEVEM OS ALICERCES, DA GRAN--,

DEZA DA PRÚSSIA.

•sN^I II

^7/'¦tfí

m m&

M

\%L. njKANT — MANUEL-KANT — (1724-1804) — FOI O"MAIOR DOS FILÓSOFOS MODERNOS. A HISTORIA

DA FILOSOFIA POSTERIOR A ELE, NÃO, É, EM

GRANDE PARTE MAIS. DO QUE O DESENVOLVI-

MENTO DE SUAS DOUTRINAS OU A CRÍTICA

SUSCITADA PO R ELA.

PÇSX'

Vy/'

m¦¦#/$%*

'/>>"//,.

**s. Cs\y<&

*__&///Á

¦j -^̂

m wmrv; v

m'/

AOékW#»wA

i ,

1,1

É*VJ0

henrique ibsen (1826-1906) — autordramático e poeta lirlco norue-guès, celebre' em todo o mundo,quasi todas as suas obras re-FLETEM um temperamento'mELANÍ-CÓLICO E AMARGURADO PELOS RE-

VEZES QUE SOFREU* ¦ _ f' «

PEDRO CALDERON DE LA BARCA — FOI O MAIORDOS AUTORES DRAMÁTICOS DE ESPANHA E UMDOS PRIMEIROS DE TODO O MUNDO. NASCEU NOANO 1600 E COMEÇOU A ESCREVER COMÉDIASAOS 14 ANOS. MORREU EM 1681. DEIXANDO INÚ-

^ERAS OBRAS."

* .->. »

•£

Page 17: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

<J0 T I C O - T I C O — 1b 23 Julho — 1941DlUHElRO HÃO FALTA-6<_»NH.__El)MILHÕES - O SNG..SELRf_- tt_.ü /.A..Í:G.UARPA UV/RO-i OOK o C-j? ,V\-PCOEMAPO OEr lí^_V.

3 contos y—

/--. lÍ\JEcJO QUE SOUTAU-tADO](. <__> PARA «-.Ri-H-C. NEGOCIO.\j <~^\Í\C\ VO-f UKPAfc L-______r^__, __

\ _-/*__._ DADAoe1^ I SEMH0RE.S ErirT?E<_^Cl_.SüBAL7&RNOy^ _-__AÍ^ ^_*-I\ CASA RAPAPÉ «-Oy contínuos e sü80RomAOos_o__d___^J ¦ V7_^ / ^

NADA ABAIXO N{ QUE REALISAG. GRAWDESJ 2»22WJ &±W W &ltm- 4nn*.v... -*er\ 1 HE__ocios»vou __umem-PS l^iOMI-Bf? ^#'_&_ #.

^W A\ TAR SEUS ORPENAT>0Vf 5»^ M±iTyeslm ^J^M'

SENHOR.TA .ESCKEVA uMA CARTA __.oS 1 PFJECU50 .R LOCrO AVI3AK OS 11 Q_E DIA DE TRABALHO',HOSSOS FUTUROS FRE6L.1-2ES BANCOS PARAP^-v ESTOU CCM A CABEÇA

ÉRl rJ\ \ ABRIR OS r^ggf%- _ONT_A CO* TANTOSf£ 9 W\ ""_. Cg-_PtTO___A ^W^è ALGARtSHOS

CHEFE A»' E5TAO UtlA \ j^ 1 I MUITO BEíA! LOGO NO PRjmÊT-1 f ORA .PILULAS1. DE QUE NflGOOO VOUPRUC-vO Dl FRI6UES \ A^ít>

7r~á5ter RO AE_>R_--E SEA.NDA NAO &&\ O-^ MERCADO-"".^NlSíW^ (' |^AFRE6UE- RIA ^U Nfg^^_è__-^J-

Page 18: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

p

23 - Julho 1941

___¦¦_.;<_.._»__:•

âm mi-^A ¦¦'¦'"

.•\9 BV^m )•:\ *_* • tf:

^_^a__..*;v.vv

— 19 —

••*__¦ •_* *

0 TICO-TICO

ÉRAUMAV_2_*Eu&torgio Wantieriey

i_ÍNÉ

Quando o tio André apa-receu, naquela tarde, à portada sua cazinha, trazia nas mãosum pacote de revistas ilustra-das para distribuir entre ascrianças, suas amigas quevinham, diariamente, ouvir ashistória_ que êle lhes contava.

— Hoje não tenho nenhumahistória nova para lhes contar;foi êle dizendo, depois que ascrianças, alegremente, o sau-daram.

Em compensação trago-lhesdiversas revistas nas quaisvêem publicadas muitas histó-rias que vocês poderão ler.Entre elas encontrarão algumascujos personagens lembram osnomes de vocês, como, porexemplo, a Anita, o Luizinho,o Joãozinho e outros.

Uma das revistas já é muitoconhecida de vocês: O TICO-TICO, em cujas páginas gera-ções e gerações de criançasteem aprendido a ler, educan-do seu espirito nos ensina-mentos morais das suas his-toriêtas, seus contos, suas fá-bulas, etc.

A outra me foi enviada deBelo Horizonte pelo meu bomcompanheiro o Vovô Felicio,grande amigo tâmbem das cri-ancas, tanto quanto eu sou devocês.

Essa revista tem o titulo de"Era uma vez"... justamenteo de uma das seções d'0 TICO-TICO muito familiar a vocês.

E' diretor de "Era uma vez"o Professor Vicente Guima-rães, que me distingue com suaamizade, e que me recebeu,gentilmente, em sua residen-cia, quando, há quatro anospassados, eu estive na lindacapital mineira.

Já naquele tempo êle pre-tendia fundar uma revista in-fantil, ou juvenil, nos moldesd'0 TICO-TICO, isto é: pro-curando instruir e educar,aprimorando os dotes espiri-tuais das crianças com exem-pios dignos e proveitosos.

Já eu tenho dito a vocês queos nossos melhores amigos sãoos livros; isto é: os bons li-vros, os de leitura sadia, bemorientada e que, poT sua vez,oriente para o bem os leitores.

Os jornais e as revistas sãocomo os livros que podem serbons ou maus, conforme asleituras que nos proporcionem.

Assim como devemos esco-lher bem os amigos, ou ossimples companheiros comquem estejamos sempre em

contacto, a escolha dos jornais,revistas e livros para lermosdeve ser também cuidadosa-mente feita.

Sei que vocês gostam de lerO TICO-TICO e que continu-árão sempre a lê-lo, principal-mente agora que, me consta,irá êle passar por uma gran-de reforma, para se apresentarcada vez melhor e mais dignode leitura.

A revistinha que.me ofere-ceram vários exemplares, e queeu, por minha vez, ofereço avocês, merece também ser lida,pelo cuidado com que é redi-gida, o que, aliás, já foi reco-nhecida por vários educadores,conscientes do seu elevadomister.

Dizendo isto o velho tio An-dré distribuiu vários exempla-res d'0 TICO-TICO e da re-vista belo-horizontina: "Era

uma vez", entre ^seus amigui-nhos, que ficaram muito satis^,feitos com a lembrança, e seretiraram visivelmente gratosdizendo:

— Muito obrigado, tio An-dré!

Muito agradecido! Atéamanhã!,..

Page 19: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

AS PROEZAS DE TUPINIQUIM

MANSINHA NÃO ERA SOPA___ ~T~7. y-^^y^^-

lá«jiffi>~ y^\y^\ini íi - -

11 '¦¦ '¦¦— " "¦" I' -.---um i

Caimmü JU C 7/^_ ,'' p <-—?:• jr^M^x ^d^^)

s\V*~/f—\ d°s, sem coração!

\ Não joguem pedras na }(

"Mansinha". Seus malva- ^dos, sem coração!

A

NOVA

FASE

VA

1

O

o

O

NiO

I.ca

«-4Csro

.9

Page 20: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

n , i i mmmmr-m, i

° yY> ^ Ela não faz mal ' X /—— „ n ^-w ^ à ninguém! jj Tt.j _

y%^ ^\_________1—Ym\m\m~ "' yy^ * ^^

. -- IIB^^MMiMI III — —

ro

¦^^^^.^ ¦ — —¦¦- 'mmea i.ii _ ¦ ¦_ ¦¦^_^__w_^__a>_______B__wwpw_WBpa_____w___'|

\ Dê-me as pedras. Vou Jy^> Y~~***v ) mostrar- lhe uma <_-^7^ jf~ -T~^*'*

8>S ^-^^^

TUPINIQUIM e seus amigos também estarão firmes na Nova Fase d' O TICO-TICO

SER

UM

COLOsso

?3*

?fa.

K.

O_

I—t

oo

•o

Page 21: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — ;22 — 23 — J u lino — 1941

fls ao.entupas doAPROXIMA-SE

A MEIA NOITE

E DE ACORDO

COM O PLANO

DE 'MICKEY,

CLARABELA .

VAI ABRIS

AS PORTAS

SECRETAS OO

ESCONOERIJO ,

DE PEDROPERNETA

Acho que você tom ra:lo,rapaz. Já deitei a mão emmuito bandido, mas esra éa primeira vez que uma mu-lher vil nos auxiliar,

Voes disse, ' a .meia noiçte", mas são duas da ma-

i nhã, parece que estamosI ^s nas muralrias de Jerico.

Vamos p'rscasa, qents. JNão é e->';-i...ficar aqui anoite toda.

f^_W b^__j() —j AÍA 'Imx^kW^VWtt-

ife_=Mrr^ "í iT" lí

Si- M^lí/©»I V ™ c °! !

__r_^^_is_ kEntão c esse seu "maravilhoso"

plano?Trás dias e ainda não sabem o que foifeito deía.

¦II Por favor, Minnie.,deixo-me refletir...

—ò*^ . X_-~l te«ai»t'- !_• itc*F..Sri siitk; UüAijrTl^íSN-ix -.

Copjrigtitde

iall üysneyReprodução

proibida

MAIS UM DIA SE

PASSA, MAIS DOIS

E NÃO HA PEDIDO

DE RESGATE, NEM

NOTÍCIAS DA

CLARABELA

_ N A D A

Dv3. PORTAI

SE ABRIREM

Nao consigo atinar. Achoque tenho de cogitar dsoutro estratagema.

Raios p.»rtam ! Vocêmeteu a Clarabelanuma "encrenca".

Sei qus sou culpado spor ísso, tenho que res-gatá-la, seja como for.

Ic^S, *f ^i_J J I —l )

'M^AAA^Ír-'C^ _sZAV^Ar'"'J- ( P\ _ooooooooaiíooòaaa&oao&o&oov-oooooocHsooso^

LINDOS CONTOS — AVENTURAS EMPOLGANTES NOVA FASE— NARRATIVAS EMOCIONANTES — PÁGINAS NA d' O TICO-TICODE BELO COLORIDO— NOVIDADES SEM CONTA. em AGOSTO)0fr0000033r>fl sooqqo r>a3r>i>O0pq^

Page 22: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — J 111 h o — 1941 — 23 — O TICO-TICO

Sümondongo -Díel^epA despeito de todos oi esforços, parece que aClarabela está longe de querer serresgatada.

:v4J/') t .. Chi... Como estyá bonita hoje!

ç. _- ._ . „ , . ,. . ""*"**v

n . }»_>-* "-W| P-f- deicar você...? Ainda es-be nao capturarem o PaaVo, M.ckev; \ A / tíSaf-1 ^ \\\ r-.,--,. _- J t 111 // /TV t«___V tou fraca para viaiar.nunca me perdoará, mas... de- J I \// mTmr\t^J- IM^pois de tudo, quando uma moça Y-JJI \W%JSvaW B&- ~l/-*" ' 7íl~i^->—l

Coitada ! Tão doenteque não pode. .. sair.

E', sim... sinto-me tão enfre-quecida... não posso ficar depé...

f* um .""- peso..

T» lf*\ Copr, 1**0. W_)t Oun../ Pt-du-t-M»

.. IV W»;í>ijIJ. K--r..:l i

Dei«e-me ficar mais um bocado em. lua docacompanhia. Ficarei mi'i forte janto d3 umhomem tão forte.

Ah, bem! Entã |é isso que... )

/_¦ E'^S_^_^Jfe?

__-» ¦?v- v-L,^y^ gMas, não brinque comigo,... posso virarmau, sabe;

Após longas horas de meditação parece que Mickeyrejelvs. o problema.

1 ^ CV n H oh- ¦'•p a d r'|tj ^^^

^"^^C^V J^ljSrr*" senhor.. .7 __

'"_ Que idéia "supimpa".

y f " Minnie. Isto que é

> .........y

fi-M . A- ' "^

J ;¦ | 6._r.i..j(ffJ hy g-ie F-^um V-tcare. IncS ^^a^^T "*¦ ^jtf

MICKEY, na Nova Fase, quarta-feira pró-xima, continuará esta aventura.

VEjAM

MICKEY

NA

NOVA

FASE

Page 23: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

0 TICO-TICO 24 23 — Julho — 1941

«ÊTINHA do SABERQUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ VOCÊ DE VENCER

ÍSC6

Na vizinhança de Ma-racaibo, Venezuela, háum lago com o mesmonome, sobre o qual umapequena cidade foiconstruída, imitando acidade italiana de Vene-za. Foram essas cons-truções que deram onome a Venezuela (pe-quena Veneza). Hápoucos anos um incen-dio destruiu-a quasi in-teiramente.

A maioria dos animais•**• que vivem em reba-nhos nas "junglas" e sei-vas escolhe sempre um en-tre eles que serve de guiae vigias que previnem osoutros contra o perigo.Ignora-se como procedemos animais para fazer essaescolha, porque não sãosempre os mais velhos osescolhidos.

(\ organismo humano^^ pôde habituar-se atemperaturas extr emassem precisar de indumen-taria adequada. Numa re-gião do Canadá vive umlenhador, o qual há muitotempo não usa camisa,suportando, sem ressentir-se o mais rigoroso frio.Quando alguem obrigou-oa vestir uma camisa, como termômetro abaixo dezero, êle teve que despi-la,por estar suando abun-dantemente.

•ÜM diversos planaltos do*** Peru há aldeias indi-genas, cujos habitantesnunca entraram em conta-cto com povos civilisados,

EUCLÍDES DA CUNHA — seráo grande brasileiro cuja vida vocêslerão em quadrinhos, a cores, no1.° número da nova fase de O

TICO-TICO

PedacinhosAs plantes, as quais

se inocula veneno de co-bra, morrem infalível-mente depois de 4 dias.

i Nos . Estados Unidos.de cada cem famílias,somente cinco teem em-

pregadas que traba-lham todo o dia. Ali,há domesticas que ser.vem durante horas cadadia.

Calcula-se que sejamnecessários 30.000 bichosde seda, pelo menos,

para produzirem a seda

precisa, não falsificada,

para um vestido.•

O camaleão é notávelpeb facilidade com quomuda de côr, tomandoa dos objetos que prodeiam.

•Os crocodilos como

os avestruzes tragam pe-dras, afim de triturar oalimento ingerido.

CuriosidadesAlguns pensamento.

de Aristóteles : . *';

W'.As ciências teem. rai-

zes amargas : poremseus frutos são doces

•OA amizade é- come

uma lalma em dois cor-pos.

Não há nada que en-velheça mais depressado que um beneficio.

'¦_

A esperança é urrsonho de um homem'acordado.

Amigo de Sócrates ede Platão, sejamo-lomais ainda da verdade

i f>Uma só das pedras

que formam as pírami-des do Egito pesou 88toneladas.

0Sê obediente e serás

estimado.•

Senta Cecilia é a pa-droeira da músico.

mas constróem casas eutensilios muito parecidoscom os destes.

Ç\^> nativos africanos^* teem conhecimentoexato do tempo, contandoas horas pela posição dosol e os dias pela recor-rencia da lua. Mesmo nosdias nublados eles não seenganam na contagem,porque recorrem aos ha-bitos dos animais.

/"^OM freqüência foram^i/ encontrad o s peixesnas poças d'água cavadasno deserto de Sahara, fá-to esse que dá a impressãode ter sido o deserto ofundo de um oceano emépocas remotíssimas, de-vido ao fato desses peixesserem muito parecidoscom. os que vivem noAtlântico.

Apezar de todos osprogressos da engenha-ria moderna, são sempreos animais que ensinampor meios práticos comodevem ser evitados de-sastres provocados pe-Ias inundações e as ero-soes dos terrenos. Oscastores eram conside-radas animais daninhos,até quando a ciência seapercebeu de que eleseram os melhores cons-tratores de barragens ede diques. Esses animaissão agora criados e dis-tribuidos pelas regiõesque necessitam captaráguas.

Page 24: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — Julho — 1941 — 2_ — O TICO-TICO

__> O -M AT jft. 33 O '1- Xa

.VíAÔ GOSTO PE APARECERN/E5TA5 HISTORIAS DE DE5E-(VHI5TAS.NO F.M ELE5 NOS/BOTAM tM CADA CONFUSÃO/

i -t ^k Y J^ís

J I ^rv|r

OLHA 50? ESTA "CERCADURA"ESTA'QUEBRADA o SER A' QUE0 DE5E/MHISTA NA~0 Viü 1510f

"•<¦.

__ ^"^.Ir-^H=S

''—'

rQOE NEGOCIO E^STE^E.. Pl"CA-PAÒ/VOCE AGORA MES-e__o estava no quadro de bai-xo?

Á^ J_Z_^ IZZ- "jt~ÍM0/£0 NAO pS j

^5~ ^sS TÍnao disse/VOO CA!.

.f- IY=W^'^^Ç5 ^_ 0F0"RA.0 DE5&NHI5-.—~. \C\ PSl ^^**-w TA Q0£ ARRANJE 00-|fc ^^ TRO PEOSOA-AGEn^

WLBLjlÍ /\l comigo Ntfo//j>

".

SER ESCOTEIRO É SERVIR AO BRASIL.

Page 25: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 26 — 23 — Julho — 1941^nrnmm í\/\ A Q_

¦ l. r¦fflflratf t i/S_________r\ '3». y ^.

Há muilo tempo ninguém sabia do paradeiro d* Gci»-

bada. Fnlret^nlr. ontem é!e apareceu, carregado de malas,dizendo que voltava da Europa onda estivara em viagem de.recreio.

Lamparina perguntou então si o velho amigo nio inibatiaaido uma lembrança pata seus companheiros. — Trouxe,pois fie. — respondeu Goiabada, — mostrando um mamão,í nvoíto num jornal!ir^ I

'

— Mamão ! Embrulhado num exenyplar do "O Globo"?!tüo não "ta" bem contado. — murmurou a pretinha. — fiaEuropa nio tem mamão.. .

T1

Loco após, para disfarça-. Goiabada perguntou : — ECarrapicho como vai? — Morreu, coitado. Está no cemité-rio. — respondeu Lamparina.

— No cemitério? ' Oh I Pois eu vou lá ! — E Goiaba«*» <*i« a coirer Realmente Carrapicho tinha ido ao cernitino, m»_ tor a prccu«ar um laidineire que r«m umas gali+há. pare vcr>dcr.

Quando Goiabada chegou poria do cemitéiic apa-receu Carrapicho que, assim que viu • velho amigo abriucs braços, exclamando : — "Olá. amiqo velhe '." G»,.Ucjselfcu um berro e disparou.

Page 26: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — Julho 1941 27 — O TICO-TICO

VÁRIOS PASSATEMPOS.../' e 4_t ir. j mwSat _____ £.""'_$

Q£ *^j. i^_ts* X AsP ^Sl / ^Hv:--.í;Ssi*f jOiÇf * ií/2\ I / I

/ Ixí _{_. jíÍx* \ ______ K —""*' h' *''—•*—'—**—

w-Jl_____-i_ fiíiw

*.. ¦>*-__. as_à__a__e__aa _. ¦¦' ¦-—¦—__^>

A ARITMÉTICA ESTA ERRADA?Assim parece, pelo cálculo que

esta professora escreveu no qua-dro negro.

Será possível que 9—S é iguala 4?

Para demonstrar isso arranjecom palitos um quadrado feitocom 9 quadradinhos. Retire 8 pa-litos e verificará que ficam quatroquadrados pequenos.

A solução do problema não é di-ficil, uma vez que se saiba quaissão os 8 palitos a serem retirados.

Veja a solução em baixo nestamesma página.

_s_>_* ' y" >¦_ _?_>>_>

^^í^\ *?n mm

,_?_-.*//> _é^irilf_im_a. tf I ? _. .T fefl \\i*"írM 0F/V0

¦ I _f.____T^____r ¦¦_^^-___._f-^-__ ¦___ ¦¦___ ¦ ._r_l_r-r_ , i ___ ¦_;_¦-%- __.__T _f"_ f _< ¦ - }

"' <

-

_^HH-K**í-:-{-*í»:*-í-I-H»H^-l-*K'-*-M.-

PASSATEMPOS $íProblemas. •£

— Quais os números quemultiplicados um pelo outrodão o produto 7?

(1x7 e 3.5x2)— Qual é maior, 1/3 ou

a metade de um terço de 5?(Em 5 ha 3/3x5

ou 5/3. A metadeé21/2.

¦_;^lJ_^^^r_H_^j_^:..^^[_j_j>j_,j_^j^_^.

Solução do problema da professoraO JOGO ÜOS TRÊS PALMÍPEDES

Primeiro olhem bem o modelo.Colem este desenho numa folha dc cartolina. Quando o papelão

estiver seco, tirem a parte central, branca, deixando as três aves.Recortem, também, o quadrilátero, que se vê acima das aves, e reti-

. íem dele a parte cerrtral. Dobrem o cartão nos ângulos assinalados porpequenas linhas pretas onde está escrito BEND. As aves devem ficarcrétas, diante da lagoa. Coloquem o quadrilátero no dedo polegar damão esquerda e vejam se conseguem, com um impulso, fazer o quadri-látero cair sobre uma das aves. Sempre que acertarem no número 10,terão direito a nova jorrada, além de ganharem os 10 pontos.

fl

!_ i

... E U M ENSINAMENTOO

primeiro enigma moderno depalavras cruzadas, foi publi-cado em 21 de Dezembro de

1913, num suplemento de Domingodc um grande jornal de New-York.

Arthur Wynno, então editor dogrande jornal de nome "Fim''

lembrou-se de uma interessantepaciência que êle havia visto en-

quanto menino, na Inglaterra.Desta idéia se originou o primeiroenigma moderno, de palavras cru-zada. , o qual foi publicado em 21de De_en_b-0 <__ 1913.

Mais tarde, êle introduziu osquadrados pretos nos espaços en-tre as letras. A grande guerra in-terrompeu um pouco o entusiasmopor tal genêro de paciência, masem 1924 um livro de palavras cru-zadas foi publieado, tendo sido omais vendido.

Page 27: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 28 — 23 — Julho — 1941

Aventuras de Zé Macaco e Faustina

Faustina disse ao V.i- Nfácaco ihk- iria vi- ...ouviria falar dela. D.e rato, se apresentou ...que estranhou â visitante, embora estasitar um conhecido diretor artístico e . gr |OSt-, (|a gj»va pano ,je i;,,ca. alegasse chamar-se "Faustina", a celebre

que cm breve... Faustina.

Faustina tratou <le exibir as suas poses ...o de Odaüsca, para. a seguir, aparecer Sempre variando, se apresentou como ca-Artísticas e começou logo com... como unia estátua grega. çadora, c depois como . . .

...a " l'i inta* ci a", e teria continuado as- .. ,J'...ea, interrompendò-a, não tivesse chamado doís enfermeiros para eocerrá-lá rio lios-vim. i o Sr. José da Sil\a Pano de... picio iulgahdo-a doida varrida !

Page 28: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

O TICO-TICO — 30 23 — JuHio — 1941

Hoz/O/ /^fr__\CONCUR/OS

CONCURSO N. 137

Com as iniciais das figuras aqui desenhadas, forma-se o nomede uma grande República Sul-americana

Sorteiaremos 5 prêmios entre os concorrentes que enviarem so-lução certa. O resultado, como a solução, serão publicados na ediçãode Setembro.

As soluções devem vir acompanhadas do Vale n." 137 e trazero endereço completo dos concorrentes.

ER?. DIGNOPor ocasião da sua viagem ao Paraná, foi Pedro II hospedado em

Ponta Grossa por um fazendeiro rude, mas trabalhador e leal, o qual aooferecer um almoço ao monarca, fê-lo, sem maiores cerimonias, nos se-guintes termos:

Senhor Imperador. Eu podia ter feito mais alguma cousa; podiater matado mais uma vitela, mais um peru, mas preferi assinalar por outromodo a vossa passagem por esta terra e a honra de vir a esta sua casa:libertei todos os meus escravos (cerca de setenta) e peço a Vossa Ma-jestade o favor de lhes entregar as cartas de liberdade.

Ao chegar à Corte, levou o Ministro do Império ao soberano os de-cretos distinguindo as pessoas que o haviam homenageado na excursão,cabendo ao fazendeiro paranaense o oficialato da Ordem da Rosa.

Isso é pouco para esse benemérito — declarou o Imperador; —faça-o Barão.

Mas, Majestade, — obtemperou o ministro — êle é quase umiletrado.

Não será o primeiro — tornou o Imperador; — e com a circuns-tância de que é um homem muito digno.

E imperativo:Mande-me o decreto fazendo-o Barão dos Campos Gerais.

0 DIABO E 0 FERREIRO(CONCLUSÃO)

não me prometerei que prorrogarei o prazopor outros dei anos."

Satanaz, querendo vêr-se solto, acedeu.Passado esse tempo, voltou., e o ferreiro,

usando das mesmas asfúcias, fê-lo subir -figueira do inferno, donde não conseguiudescer sinão depois de combinar que espe'raria outros dez anos.

Pela terceira vez o diabo voltou. Entrandono saco de couro, o ferreiro meteu-o nabigorna, e começou a malhá-lo, até que adesligou da palavra dada, o despediu se paranunca mais voltar. * * *

Tempo depois o ferreiro morreu e foí ba*far i porta do Céu. S. Pedro veio abri-la •reconhecendo-o, negou-lhe a entrada.

Em vista disso, foi êle para o inferno, ma»o diabo também se recusou a recebê-lo, re-caiando novas traições.

Desde esse dia, a alma do ferreiro vagaerrante pelo espaço

Resultado do Concurso n. 131Foram premiados com lindos li-

vros de histórias Infantis os seguintes concorrentes que enviaramsolução certa:

LAURA MARGARIDA DEAQUINO

Rua Santa Luzia, 66 — Carangola— MINAS.

F. GUIMARÃES DO NASCI-MENTO

Rua Baltazar Lisboa, 252 — SÃOPAULO.RENATO BARBOSA DA CRUZAvenida Leovigildo Filgueiras n.*73 —SAO SALVADOR - BAÍA.

STELA REGINA WIEDMESRua Eufrasio Cortês N.° 212 —Caixa Postal 40 — Lapa — PA-RANA*.

ANTÔNIO FERNANDESRua Bento Lisboa, 175, ap. 28 —(Edifício Maranhão) — Nesta.

<fijVALE |

NA NOVA FASE, ATRAENTES CONCURSOS!

Page 29: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 Julho — 1941 — 29 — 0 TICO-TICO

0 diabo e o ferreiroiVTV ASSEIAVAM, um dia, pela -terra,

&M) Jesus Christo e São Pedro, cada um>BK> montado no seu burrinho, e chega-ram a uma ferraria situada 4 beira do cami-nho.

Nosso Senhor aproveitou para mandar fer-rar o animal; e, tendo gostado do trabalhodo ferreiro, dando-se a conhecer, disse :

"Não te dou dinheiro, bom homem,mas prometo satisfazer a três pedidos queformulares. Diie lá o que desejos..."

'— "Pede o Reino do Céu, ferreiro...">egredou-!he S. Pedro.

"Eu não !" retorquiu o ferreiro. "O

Reino do Céu não me enche a barriga."E voltando-se para Jesus : Quero quo tudaa pessoa que se sentar neste banco se nãopossa levantar sem minha ordem."

"Concedo!... Qual é a segunda?"—"Pede o Reino do Céu, ferreiro !. . ."

tornou S. Pedro."Não me aborreça, homem !" disse o

ferreiro. "Depois de morto, tanto me faz irpara o Céu como para o Inferno." Dirigiu-se a Nosso Senhor: "Quero que todoaquele qpe subir nesta figueira, dela nãopossa sair sem o meu consentimento."

"Concedo !... Qual é a última coisaque desejas?"

"Pede. o Reino do Céu, ferreiro!..."tornou-lhe S. Pedro, pela terceira vez.

"Que cacete !" exclamou o ferreiro."Já lhe disse que não preciso do Céu paranada. . . Quero que todo aquele que entrardentro deste saco de couro, dele não possasair sem que eu o permita."

"Concedo", disse Jesus Christo, mon-tando no burrinho, e partindo acompanhadode S. Pedro.

Quando nosso Senhor desapareceu, o fer-reiro poz-se a refletir no que lhe havia su-cedido. .

"Ora, Senhor !" dizia éle cem os seusbotões, "fui um grande tolo !... Pará quoservem os desejos que manifestei, quandopodia pedir dinheiro e ser fabulosamenterico? ! Tambem si o diabo me aparecesseagora, era capaz de lhe vender a minha'al-ma !"

Pronunciando essas palavras, sentiu umgrande cheiro de enxofre, e Satanaz apare,ceu-lhe, vestido elegantemente, mas deixan-do vêr os seus pés de cabra.

"Eis-me aqui, ferreiro. Estou pronto afazer o negocio que desejas. Serás fabulosa-mente rico, mas daqui a dez anos, virei bus-car-te."

E desapareceu como tinha vindo.* » *

Durante de: anos o ferreiro foi um fidalgoopulento, gastando sem conta e tendo tudoquanto queria.

Esgotado aquele prazo, Satanaz apareceu.O ferreiro, que já tinha imaginado o meio

de o enganar, disse-lhe :"Pois não ! O prometido é devido. Es-

pera um pouco sentado neste banquinho,enquanto vou preparar.me."

O diabo sentou-se; mas, passado algumtempo, vendo que a sua vítima não vinha,quiz levantar-se. Debalde ! Gritou, esbreve-jou, mas* não o conseguiu.

Então apareceu o ferreiro :"Não poderás te erguer sem o meu

consentimento, e eu não t'o darei enquanto

(Conclue no fim da revista)

E' O SEGUINTE OSUMARIO

da próxima edição deO TICO-TICO

com que este semanário inicia a sua- formidável

NOVA FASE:<

O sabiá e o gafanhoto juiz de brigas.Aventuras de um joven brasileiro.Legionários da sorte — novo episódio.Mensagens à Juventude.O soiitario da cabana. •Réco-Réco, Bolão e Azeitona.Quadros da nossa Pátria.Álbum de curiosidades.Cinco minutos de riso.Corografia pitoresca do Brasil.A página das meninas.A Fazenda — jogo interessantíssimo.O iman de Teodoríco.Unia anedota da vida de Caxias.As rosas de Santa Isabel.Agosto comemorativo.Olhando longe — canção musicada.Boneca para armar.Histórias vocacionais.Gato Felix e Mickey.O barbante.Da vida de Edison.Você sabia ?João de Malempeor.Gavetinha do saber.Nossos Concursos,Um inseto terrivel.

e outras lindas páginas de interesse, cheias de colo-

rido, .gue farão â delícia da petizada.

NA PRÓXIMA SEMANA NOVA FASE

Page 30: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

23 — Julho — 1941«A

O TICO-TICO

AúX(J>BMA TTQA&MK_1RV#? A I Sx<^\ W !

i_J A Catita andava de um lado para o outro VpÍh lh_ ,,m_ ;„-¦_ - |«_] „...,,.. veiu-ine uma idéia que cia pos loqo em£•,- a revirar os miolos at,m de pregar uma peça l__ _..<-„.__ Ar,rr,-_;+-,__„ _ - j .._- .., ^ ** r y* io execução. Aproveitando o sono do Toro» afive-I -ao seu amiguinho loto f__. il_ __ .__.,_, , , _iOu-lhe ao rosto uma mascara de leão.

_3__EsS^5^^;^ UxíH^-^) xAo acordar, o Totó foi _o espelho e. vendo

aquela transformação, convenceu-se de que erarealmente o feroí rei dos animais Aos pulos...

í ^7^^^ " ^ y-——_í \yy^y^ \\x _>w* \-. _,x > ) )r x^ <yJJ

//((V ^ \</r,*"<n^>A ...aplicou-lhe um "direto",

qu. o deixou sem Lsentidos. Na queda, a máscara desprendera- Ef-se-lhe. O Totó só voltou à realidade quando...

... urros, o Totó saiu para a floresta. Alí topan-do com um macaco, pensou em devora-lo mase mono não gostou da brincadeira e... 1

/A

/_¦ â

..ii.-., — ,m ¦^—I-__.-__.____--—__¦ 1 ¦¦ t

despertou. Em casa, foi por um ponto falso sobrea ferida que o macaco lhe havia feito. Desde estedio, o Totó só tom sido o que êle é: cachorro.

-_zzz_z_t__tx_v„

Page 31: v. HBt . KH'*^^ ^^ ^^í lm ., L ii ^ v - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1941_01868.pdf · v..,HBt .KH'*^^ _^^_^^í_lm Lii _^ v Rio de Janeiro, 23 de- Julho de 1941 *. li 10^TlvH

AS AVENTURAS DE ÇHIQUINHO'— J "

|íãpPiaM| "~

Çhiquinho deu à gurisada da sua rua umanotícia sensacional! Jagunço aprendera a falar melhordo que um papagaio. A notícia espalhou-se e todo:

queriam ver 6 cachorro fenômeno.

Çhiquinho então, resolveu dar um espetáculo Ar-mou um palco, e no dia marcado lá estava o Jagun-ço solenemente sentado sob os olhares curiosos da garota-da do bairro.

i

VI Nw-, nj____ Vil/ I I i -U^!?^^

Depois de fazer um pequeno discurso, Çhiquinho mandou o Jagun-

ço Cantar E o cachorro cantou asmais modernas modinnas que se..

..ouvem no rádio. Foi tão grandeo sucesso, que até um repórter quese achava presente subiu ao palcopara entcevistar o Jagunço

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^—

De repente, aparece também no pai-Co um extranho convidado, um cachorráode mé;ii% bófes que começou a extranharo cachorro falador.

Ê bufando como uma fera, atirou-

se sobre êle ! O "Jagunço", que era

o Benjamim, disfarçado, arrancou a

mascara e botou a boca no mundo!...

********************** ~~ ~"»- -~ «^«fi i —' *Ni""

¦¦—¦ .1 ——¦<¦¦¦¦¦> ¦

E a garotado percebendo j logro em medo, e o Çhiquinho de vergonha

que caíra, ficou zangada, e -alvou o Chi- o Jagunço verdadeiro muito triste

quinho com uma formidável vaia. Emquan- olhava aquela mascara que o tíiér<3

to o coitad.o do Benjamim corria de... ficar desmoralisado.