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VACINAS E SOROTERAPIA ACH5525 - Microbiologia, Imunologia e Parasitologia Prof. Dr. Felipe Chambergo Prof. Dr. Gabriel S. de Oliveira

VACINAS E SOROTERAPIA

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VACINAS E SOROTERAPIA

ACH5525 - Microbiologia, Imunologia e Parasitologia

Prof. Dr. Felipe Chambergo

Prof. Dr. Gabriel S. de Oliveira

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OBJETIVOS DA AULA

• Entender os conceitos de imunização ativa e passiva;

• Definir os tipos existentes de vacina;

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Avaliação I

• Data: 30/09 (hoje);

• Todo o conteúdo até a última aula será abordado.

• A avaliação estará disponível a partir das10h da manhã.

• Até o momento, nenhum aluno relatou problemas com acesso.

• Será disponibilizado um formulário para submissão da prova até sábado às10h da manhã.

• Aceitaremos Word ou PDF.

• Respostas completas.

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A imunização é definida como a aquisição de proteção imunológica contra umadoença infecciosa. Prática que tem como objetivo aumentar a resistência de umindivíduo contra infecções.

• Passiva ou Ativa

• Natural ou Artificial

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IMUNIZAÇÃO

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VACINAS

Sensibilização prévia do sistema imunológico permiteuma resposta rápida, antes que a doença ocorra; oufazendo com que a doença sejaleve e de curta duração.

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Como foi criada a primeira vacina?

Em 1789, o médico inglês Edward Jenner começou a observar que as pessoasque ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessemadquirido a forma animal da doença (cowpox).

O médico extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído avaríola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oitoanos, em 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e, em seguida,ficou curado.

Depois de aproximadamente 2 meses, Jenner inoculou no mesmo meninolíquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu adoença, o que significava que estava imune à varíola.

A palavra vacina deriva do latim vaccinus, que significa “derivado da vaca”.

Em 1980 a OMS reconheceu a erradicação da varíola no mundo.

O Instituto Edward Jenner para Pesquisa de Vacinas é um centro de pesquisasde doenças infecciosas, parte da Universidade de Oxford.

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https://www.an.shimadzu.com/solutions_for_vaccine_testing.html

VACINAS

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1- Vacinas vivas atenuadas

O microrganismo (normalmente bactéria ou vírus), obtido a partir de um indivíduo ou animal

infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares. Esta

atenuação diminui o seu poder infeccioso.

O microrganismo mantém a capacidade de se multiplicar no organismo do indivíduo vacinado

(não causando doença) e induz uma resposta imunitária adequada e produz imunidade para toda

a vida.

As vacinas vivas atenuadas têm como desvantagem o risco de poder induzir sintomas (ainda que

normalmente mais ligeiros) da doença que se pretende evitar e o risco de infecção do feto, no

caso de vacinação de grávidas.

Exemplo de vacinas vivas atenuadas: BCG (vacina contra a tuberculose), vacina contra o

rotavírus, vacina contra a varicela, VASPR (vacina contra o sarampo, parotidite e rubéola) e

vacina contra a febre amarela.

VACINAS

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1- Vacinas vivas atenuadas

O método mais utilizado para a obtenção de vírus atenuados baseia-se em promover infecções

sequenciais de vírus patogênicos em culturas celulares in vitro, ou em ovos embrionados. O que se

obtém após a série de passagens são cepas virais menos virulentas (atenuadas), as quais sofreram

mutações genéticas pontuais que comprometem o funcionamento de fatores virais necessários à

patogenicidade, sem, no entanto, gerar prejuízos à capacidade “replicativa” do vírus.

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2- Vacinas mortas ou inativadas

Nas vacinas inativadas os microrganismos são mortos por agentes químicos (formalina ou beta-propiolactona).

A grande vantagem das vacinas inativadas é a total ausência de poder infeccioso do agente (incapacidade de se

multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas.

Estas vacinas têm como desvantagem requerem mais de uma dose para induzir uma resposta imunitária

subótima, o que por vezes requer a necessidade de associar adjuvantes ou proteínas transportadoras e a

necessidade de administrar várias doses de reforço.

Tipos de vacinas inativadas

1. Inteiras (de vírus ou bactéria intactos)

hepatite A, vacina contra a encefalite japonesa, vacina contra a cólera, vacina

contra a raiva.

2. Fragmentadas (contêm pequenas fracções ou porções de vírus ou bactérias)

antigripal, cólera, tétano, difteria, antipneumocócica, meningocócica

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Outros tipos/métodos de obtenção de Vacinas

A- Vacinas de subunidade: É um tipo de vacina inativada que contêm porções (proteínas, fragmentos)

do vírus, necessários para induzir imunidade.

B- Peptídeos sintéticos: São produzidas através de síntese química de pequenos segmentos

(peptídeos) de proteínas virais e utilizadas como vacinas de subunidade mais específicas.

C- Vacinas recombinantes

1- Proteínas recombinantes: O gene do antígeno viral de interesse é clonado e o cDNA é introduzido no

genoma de bactérias ou leveduras, através de um plasmídeo, que produzem a proteína em grandes

quantidades. Esse antígeno é então utilizado como vacina.

2- Vetores virais: O gene (ou genes) de um vírus grande (geralmente um poxvírus, adenovírus,

herpesvírus) é deletado e substituído por um gene (genes) que codificam o antígeno desejado; o último

é introduzido no individuo e o antígeno é expresso nas células. O vírus que carrega o gene do antígeno

desejado é chamado de vetor.

3- Vacinas com deleções de genes: Um vírus virulento é tornado menos virulento pela deleção de genes

ou pela substituição de regiões-chave nos genes com outro material genético.

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4- Vacinas de DNA: Nesta estratégia, o gene viral (ou genes virais) do antígeno proteico é introduzido

no indivíduo por um plasmídeo, estimulando uma resposta especifica e protetora de anticorpos.

Uma vacina de DNA já foi licenciada nos Estados Unidos para a prevenção da infecção pelo vírus do Nilo

Ocidental em equinos.

5- Vacinas com marcadores antigênicos: Essas vacinas tem a deleção de uma proteína ou

possuem uma proteína a mais do que não está presente no vírus original. Dessa forma, a proteína a

menos ou a mais pode servir de marcador para o vírus vacinal. Isto permite para os testes diagnósticos

a diferenciação sorológica entre animais vacinados e animais infectados. Os testes sorológicos

diagnósticos detectam anticorpos contra o vírus de campo, mas não contra o vírus vacinal alterado. Os

métodos utilizados para criar vacinas de marcadores são a deleção de genes (falta de um peptídeo) ou a

produção de vacinas de subunidade (peptídeo novo). Vacinas diferenciais estão comercialmente disponíveis

para o vírus da pseudo-raiva (gene deletado) e herpesvírus bovino tipo 1 (gene deletado) e outras estão

atualmente sendo produzidas ou em testes para outras doenças.

Adjuvantes: São substâncias ou formulações químicas utilizadas para aumentar a resposta imune

contra vacinas inativadas. Atuam pela retenção/deposição do imunógeno no local da inoculação, retardando

a sua eliminação (efeito depot) e consequentemente retardando a sua liberação; o tempo de estimulação

antigênica é prolongado e consequentemente aumentado. Alguns adjuvantes podem também estimular

macrófagos, linfócitos e outras células envolvidas na resposta imunológica. Sais de metais, como

aqueles de alumínio, emulsões de óleo (adjuvante de Freund) e vesículas lipídicas sintéticas

(lipossomas) são também usados como adjuvantes.

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DOI: 10.7150/thno.47987

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Angew. Chem. Int. Ed., First published: 14 July 2020, DOI: (10.1002/anie.202008319)

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Common routes for the delivery of vaccines

Zeng C., Zhang C., Walker P.G., Dong Y. (2020) Formulation and Delivery Technologies for mRNA Vaccines. https://doi.org/10.1007/82_2020_217

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Referências

• ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv.. Imunologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

• BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

• BURMESTER & Antonio Pezzutto, Color Atlas of Immunology 2003.

• HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

• LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.

• SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

• TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. http://www.downloads.imune.net/medicalbooks/atlas_immunology.pdf

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OBRIGADO! BOA SEMANA!