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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO FERNANDA BEATRIZ BATISTA LIMA E SILVA VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA VASCULAR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA NATAL/RN 2018

VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

FERNANDA BEATRIZ BATISTA LIMA E SILVA

VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA VASCULAR EM

PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

NATAL/RN

2018

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FERNANDA BEATRIZ BATISTA LIMA E SILVA

VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA VASCULAR EM

PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

Tese apresentada à banca examinadora, como requisito

parcial para obtenção do título de Doutora em

Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Área de Concentração: Enfermagem na atenção à

saúde.

Linha de Pesquisa: Desenvolvimento tecnológico em

saúde e enfermagem.

Orientadora: Profa. Dra. Ana Luisa Brandão de

Carvalho Lira

NATAL/RN

2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders - ­Escola de Saúde da

UFRN – ESUFRN

Silva, Fernanda Beatriz Batista Lima e.

Validação do diagnóstico de enfermagem trauma vascular em

pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica /

Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva. - 2018.

144f.: il.

Tese (Doutorado em Enfermagem)-Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-

graduação em Enfermagem. Natal, RN, 2018.

Orientadora: Profa. Dra. Ana Luísa Brandão de Carvalho Lira.

1. Trauma Vascular - Tese. 2. Estudos de validação - Tese. 3.

Enfermagem - Tese. I. Lira, Ana Luísa Brandão de Carvalho. II.

Título.

RN/UF/BS-Escola de Saúde CDU 616.13/.14-001

Elaborado por MAGALI ARAUJO DAMASCENO DE OLIVEIRA - CRB-15/519

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FERNANDA BEATRIZ BATISTA LIMA E SILVA

VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA VASCULAR EM

PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

Tese apresentada à banca examinadora, como requisito

parcial para obtenção do título de Doutora em

Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Aprovada em 31 de agosto de 2018

BANCA EXAMINADORA:

Profa. Dra. Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Profa. Dra. Bertha Cruz Enders

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Profa. Dra. Maria Alzete de Lima

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Prof. Dr. Marcos Venícios de Oliveira Lopes

Universidade Federal do Ceará

Dra. Weruska Alcorofado Costa

EBSERH/Hospital Universitário Onofre Lopes

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Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela minha

saúde, por me fortalecer na fé a cada dia e pelas

pessoas de luz que coloca em meu caminho.

Dedico esta tese aos meus pais, meus anjos, por

todos os ensinamentos, por serem minha inspiração

e força a seguir em busca dos meus sonhos.

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AGRADECIMENTOS

À minha família por todo o cuidado, amor, suporte, incentivo, confiança e compreensão

durante as conquistas, ausências e dúvidas.

Aos meus amigos, minha segunda família, que estão presentes em todos os momentos da

minha vida. Em especial às amigas Dândara, Marcela e Livinha, por terem me ajudado tanto

durante toda esta caminhada.

À professora Ana Luisa, minha orientadora, que me acompanha desde a iniciação científica,

pelos ensinamentos e amizade construída além da vida acadêmica.

Ao professor Marcos e às professoras Bertha, Alzete e Weruska, pelas valiosas contribuições

para o aprimoramento deste trabalho.

Aos especialistas que contribuíram durante a etapa de validação do conteúdo do diagnóstico.

Às meninas do grupo de pesquisa pelos momentos vividos e crescimento em parceria.

Aos bolsistas que ajudaram na coleta de dados.

Aos colegas de turma, em especial às amigas Rhayssa e Bebel, com quem dividi os dias de

aula, trabalhos, tensões e que caminharam comigo.

Aos amigos do trabalho que vivenciaram comigo esta trajetória.

Aos meus pacientes que se dispuseram a contribuir com o trabalho.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, aos docentes e aos funcionários.

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RESUMO

O trauma venoso em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica é frequente,

estando relacionado à redução na visibilidade, palpação e diminuição do calibre na rede

venosa durante o tratamento. Entretanto, embora exista um quantitativo expressivo de

diagnósticos de enfermagem, o trauma vascular não está contemplado na Nanda Internacional.

Nesse contexto, estudos de validação de diagnósticos de enfermagem são de grande valia para

legitimá-los em populações específicas, bem como para a construção de diagnósticos ainda

não existentes. Assim, objetivou-se validar o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular

em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Estudo metodológico,

desenvolvido em três etapas: análise de conceito, operacionalizada pela revisão integrativa da

literatura; análise de conteúdo, realizada com nove especialistas por meio de grupo focal; e

análise da acurácia dos indicadores clínicos, desenvolvida com 200 pacientes em um serviço

de referência em oncologia do Nordeste do Brasil. A análise da acurácia dos indicadores

clínicos foi realizada a partir de três diferentes modelos ajustados de classes latentes. O

projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição responsável, sob o Parecer número

1.717.695 e CAAE número 57967816.3.0000.5293. Os resultados mostram que foram

analisados 56 artigos na primeira etapa do estudo, sendo identificados quatro atributos, 13

antecedentes e 13 consequentes. Na segunda etapa, como resultado da análise de conteúdo dos

especialistas, permaneceram três atributos, 13 antecedentes e 11 consequentes. Na última

etapa, a prevalência do trauma vascular na clientela investigada foi de 11,17%. Os indicadores

clínicos diminuição da elasticidade vascular, dor e sinais de infecção no sítio de inserção do

cateter apresentaram elevados valores para especificidade. Conclui-se que o diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica. Dessa forma, o estudo contribuiu para ampliar o corpo de conhecimentos

próprio de enfermagem e melhorar o raciocínio diagnóstico do enfermeiro na prática clínica.

Palavras-chave: Estudos de validação. Trauma Vascular. Quimioterapia. Enfermagem.

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ABSTRACT

The venous trauma is frequent in patients submitted to antineoplastic therapy, and is mainly

related to the reduction in visibility, palpation and reduction in network venous caliber during

the treatment. Although an expressive amount of existing diagnoses in Nanda International is

identified, "vascular trauma" is not contemplated. Studies of validation of nursing diagnoses

are of great value for legitimizing the specific events, as well as for the construction of

diagnoses that are not yet contemplated by the taxonomy. The present study aimed to validate

the diagnosis of vascular trauma in patients submitted to antineoplastic therapy. It was a

methodological study, developed in three stages: concept analysis, content analysis with 9

experts through focal group and analysis of the accuracy of clinical indicators was performed

with 200 subjects from the referral oncology hospital in northeast Brazil. The analysis of the

accuracy of clinical indicators was performed based on three different adjusted models from

analysis of latent classes. The project was forwarded to the Ethics Committee of the Liga

Norte Riograndense Contra Câncer, respecting the ethical aspects in human related research,

according to Resolution no. 466/12 of the Conselho Nacional de Saúde. The project was

approved by the Ethics Committee from the responsible institution under the advice number

1.717.695 and CAAE number 57967816.3.0000.5293. The results presented were analyzed 56

articles, being possible to analyze the concept with the mark of four attributes, 13 antecedents

and 13 consequents. The second phase, as result from content expert analysis, remained three

attributes, 13 related factors and 11 defined characteristics after some adjustments. The last

model presented 11,17% of the patients with vascular Trauma, showing the best result.

Analyzing the clinical indicators, "Decreased vascular elasticity", "Pain" and "Signs of

infection at the site of catheter insertion" presented high specificity values. Thus, the study

supported the nursing “Vascular trauma” diagnosis is valid in patients with cancer submitted

to antineoplastic therapy. Thus, the study contributed to expand of own nursing knowledge

and to improve the nurses diagnostic reasoning in clinical practice.

Keywords: Validation studies; Vascular trauma; Chemotherapy; Nursing.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema de estudo de validação de construto clínico de um diagnóstico de

enfermagem. ............................................................................................................................. 29

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Processo de seleção dos estudos a partir do primeiro cruzamento: Lesões

Vasculares AND Vasos Sanguíneos AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018

.................................................................................................................................................. 32

Quadro 2 - Processo de seleção dos estudos a partir do terceiro cruzamento: Lesões

Vasculares AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018 ..................................... 33

Quadro 3 - Processo de seleção dos estudos a partir do quarto cruzamento: Vasos sanguíneos

AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018 ....................................................... 33

Quadro 4- Resultado final do processo de seleção dos estudos após aplicação dos critérios de

inclusão e exclusão em todas as bases de dados e cruzamentos. Natal, 2018 .......................... 33

Quadro 5 - Proposta do diagnóstico Trauma Vascular com seus componentes e definições a

partir da análise conceitual. Natal, 2018................................................................................... 42

Quadro 6 - Proposta do diagnóstico Trauma Vascular com seus componentes e definições

conceituais e operacionais. Natal, 2018 ................................................................................... 56

Quadro 7 - Proposta diagnóstica do Trauma Vascular para pacientes oncológicos submetidos

à terapia antineoplásica, com seus respectivos elementos: características definidoras e fatores

relacionados. Natal, 2018..........................................................................................................73

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Caracterização dos estudos que compuseram a amostra da revisão integrativa de

acordo com o continente onde foi desenvolvida a pesquisa, ano de publicação, idioma, cenário

e o método. Natal, 2018 ............................................................................................................ 41

Tabela 2 - Caracterização sociodemográfica dos pacientes oncológicos em terapia

antineoplásica. Natal, 2018 ....................................................................................................... 70

Tabela 3 - Caracterização clínica dos pacientes oncológicos em terapia antineoplásica. Natal,

2018 .......................................................................................................................................... 71

Tabela 4 - Modelos de classe latente para o diagnóstico Trauma Vascular. Natal, 2018 ....... 72

Tabela 5 - Probabilidades posteriores do diagnóstico Trauma Vascular a partir dos três

modelos de classe latente ajustados. Natal, 2018 ..................................................................... 74

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LISTA DE APÊNDICES

APÊNDICE A – Protocolo da revisão integrativa da literatura...............................................96

APÊNDICE B – Instrumento para a extração dos dados da revisão integrativa.....................98

APÊNDICE C – Carta-convite aos especialistas para participação no estudo (2ª etapa)........99

APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Especialistas (2ª

etapa).......................................................................................................................................100

APÊNDICE E – Termo de autorização de voz (2ª etapa).....................................................103

APÊNDICE F – Instrumento de coleta de dados (especialistas)...........................................104

APÊNDICE G – Instrumento de coleta de dados (pacientes – 3ª etapa)...............................126

APÊNDICE H – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – pacientes (3ª

etapa).......................................................................................................................................129

APÊNDICE I – Termo de autorização institucional para uso dos documentos dos

pacientes..................................................................................................................................132

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Declaração institucional....................................................................................135

ANEXO B – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa..............................136

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LISTA DE SIGLAS

CAAE – Certificado de Apresentação para Apreciação Ética

CACON – Centro de Alta Complexidade em Oncologia

CD – Características definidoras

CECAN – Centro Avançado de Oncologia

CEP – Comitê de Ética em Pesquisa

CINAHL – Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature

DE – Diagnóstico de enfermagem

FR – Fatores relacionados

HLA – Hospital Luiz Antônio

LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

MEDLINE – National Library of Medicine and Nattional Institutes of Health

NANDA- I – North American Nursing Diagnosis Association

NIC – Nursing Interventions Classification

NOC – Nursing outcomes Classification

PE – Processo de Enfermagem

RN – Rio Grande do Norte

SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem

SE – Sensibilidade

SP – Especificidade

SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

VPN – Valor preditivo negativo

VPP – Valor preditivo positivo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 22

2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 22

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 22

3 REFERENCIAL METODOLÓGICO .............................................................................. 23

3.1 ANÁLISE DE CONCEITO (WALKER; AVANT, 2010) ................................................. 23

3.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO POR ESPECIALISTAS ..................................................... 26

3.3 ANÁLISE DA ACURÁCIA DOS INDICADORES ......................................................... 27

4 MATERIAIS E MÉTODO ................................................................................................. 30

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................ 30

4.2 PRIMEIRA ETAPA: ANÁLISE DE CONCEITO ............................................................ 30

4.2.1 Revisão integrativa ........................................................................................................ 31

4.3 SEGUNDA ETAPA: ANÁLISE DE CONTEÚDO POR ESPECIALISTAS ................... 34

4.3.1 Seleção dos especialistas ................................................................................................ 34

4.3.2 Realização do grupo focal ............................................................................................. 35

4.3.3 Análise e organização dos dados .................................................................................. 36

4.4 TERCEIRA ETAPA: ANÁLISE DA ACURÁCIA DOS INDICADORES CLÍNICOS .. 36

4.4.1 Tipo de estudo ................................................................................................................ 37

4.4.2 Local do estudo .............................................................................................................. 37

4.4.3 População e amostra ...................................................................................................... 37

4.4.4 Procedimentos para coleta dos dados .......................................................................... 38

4.4.5 Análise e organização dos dados .................................................................................. 39

4.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ............................................................................................ 40

5 RESULTADOS ..................................................................................................................... 41

5.1 CONSTRUÇÃO DOS COMPONENTES E DEFINIÇÕES DO DIAGNÓSTICO

TRAUMA VASCULAR .......................................................................................................... 41

5.2 CONSENSO DOS ESPECIALISTAS ACERCA DOS COMPONENTES E

DEFINIÇÕES DO DIAGNÓSTICO TRAUMA VASCULAR ............................................... 55

5.3 VALIDAÇÃO CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA

VASCULAR ............................................................................................................................. 69

6 PRODUTO FINAL: PROPOSIÇÃO DIAGNÓSTICA ................................................... 75

7 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 77

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 86

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 88

APÊNDICES ........................................................................................................................... 98

ANEXOS ............................................................................................................................... 138

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1 INTRODUÇÃO

A ação de conhecer é inerente ao ser humano e essencial à existência, pois torna

possível a atribuição de significados aos fenômenos que circundam a sua existência. No que

tange à ciência, essa atividade produz saberes particulares de cada área e possibilita a

construção de conceitos próprios representativos dos fenômenos de interesse (GARCIA;

NÓBREGA, 2004).

Na área da Enfermagem, é perceptível a construção, evolução e comunicação de um

corpo de conhecimentos específico e aplicável à prática profissional. Destaca-se que os

conceitos são dinâmicos, fato que impulsiona ainda mais a constante busca por

aprimoramento. Tais conceitos se inter-relacionam para a representação dos fenômenos e a

partir dessas relações são geradas proposições teóricas que embasam a ciência da

Enfermagem (GARCIA; NÓBREGA, 2004).

A prática de Enfermagem tem sua fundamentação oriunda das teorias, e estas, por sua

vez, são baseadas na prática clínica. Enfermeiros são capazes de tomar decisões a partir do

embasamento científico e teórico, bem como do senso crítico que adquirem com a

experiência. Assim, percebe-se a importância das teorias de enfermagem, na medida em que

auxiliam no processo de tomada de decisão clínica, desenvolvendo o pensamento crítico do

profissional (MCEWEN; WILLS, 2009).

Dentre os modelos teóricos utilizados na Enfermagem, evidencia-se neste trabalho o

modelo de adaptação de Callista Roy, que orienta o trabalho do enfermeiro na promoção da

adaptação dos indivíduos a fim de contribuir para a saúde com qualidade. Este modelo divide-

se em quatro domínios ou modos adaptativos, a saber: físico-fisiológico, autoconceito,

interdependência e desemprenho de papel. O modo adaptativo de interesse é o físico-

fisiológico, que reflete o modo como o indivíduo responde a estímulos externos por meio de

manifestações fisiológicas (COELHO; MENDES, 2011).

Assim, ganham evidência os diagnósticos de enfermagem, pois se configuram como

representação das necessidades humanas e possibilitam a prestação de um cuidado focado em

intervenções específicas (GARCIA; NÓBREGA, 2009).

O diagnóstico de enfermagem é uma das cinco etapas do Processo de Enfermagem

(PE). Por sua vez, o PE caracteriza-se como uma ferramenta necessária para a Sistematização

da Assistência de Enfermagem (SAE) no cuidado aos pacientes, família ou comunidade. Tal

ferramenta tem como objetivo a promoção de uma assistência integralizada e direcionada às

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necessidades do indivíduo. Além disso, instiga o profissional à avaliação rotineira da sua

prática (ALFARO-LEFEVRE, 2005).

Nesse contexto, têm sido desenvolvidos os sistemas de classificação, a fim de ordenar

e organizar o conhecimento produzido na Enfermagem, possibilitando uma linguagem

padronizada e facilitando a descrição de comportamentos na prática (SOUZA, 2002).

Assim, a presente pesquisa teve como objeto de estudo a validação do diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

Para a operacionalização do estudo, foram seguidos alguns preceitos do modelo proposto por

Lopes, Silva e Araújo (2013).

Para a implementação do PE, faz-se necessária uma padronização da linguagem,

favorecendo a comunicação entre enfermeiros e os demais membros da equipe de

enfermagem. Isso se torna possível por meio do uso das principais taxonomias da área, a

saber: Classificação de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-Internacional (NANDA-I),

das Intervenções de Enfermagem (NIC) e dos Resultados de Enfermagem (NOC) (VARGAS;

FRANÇA, 2007).

Essas taxonomias fornecerem a padronização da linguagem, bem como facilitam,

organizam e orientam as ações de enfermagem a partir das necessidades identificadas em cada

indivíduo (VARGAS; FRANÇA, 2007). Além disso, a utilização desses sistemas é um dos

elementos-chave para o crescimento da Enfermagem como disciplina e profissão

(CARVALHO; CRUZ; HERDMAN, 2013).

Nesse contexto, destaca-se a NANDA-Internacional, a qual é utilizada pelos

enfermeiros na classificação das respostas humanas aos problemas e/ou processos de vida.

Nesse sentido, enfermeiros identificam diagnósticos de enfermagem com foco no problema,

no risco ou para a promoção da saúde (HERDMAN; KAMITSURU, 2018).

A última edição da NANDA-I, publicada em 2018, conta com 249 diagnósticos, os

quais estão distribuídos em 13 domínios relativos à promoção da saúde, nutrição, eliminação

e troca, atividade/repouso, percepção/cognição, autopercepção, papéis e relacionamentos,

sexualidade, enfrentamento/tolerância ao estresse, princípios da vida, segurança/proteção,

conforto e crescimento/desenvolvimento, e estes domínios estão subdivididos em 47 classes

(HERDMAN; KAMITSURU, 2018).

Embora se identifique um quantitativo expressivo de diagnósticos já existentes na

NANDA-I envolvendo as diversas áreas de necessidades do indivíduo, nem todos foram

submetidos a estudos de validação. Além disso, entende-se que eles foram definidos em

realidades diferentes das quais estão sendo aplicados (HERDMAN; KAMITSURU, 2018).

Page 19: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

18

Nesse contexto, estudos de validação de diagnósticos de enfermagem são ferramentas

úteis para que enfermeiros possam identificar a acurácia dos indicadores clínicos e,

consequentemente, julgá-los com excelência. Ademais, compõem a base para o

aperfeiçoamento de diagnósticos já aprovados e para o desenvolvimento de novos

(HERDMAN; KAMITSURU, 2018).

Nesse sentido, destaca-se que os conceitos contidos nos sistemas de classificação

carecem, ainda, de maiores análises, podendo ser submetidos a processos de validação. E,

assim, esses conceitos serão aperfeiçoados e legitimados, formulando um conhecimento

aplicável ao cotidiano dos profissionais e dos pacientes (GARCIA; NÓBREGA, 2004).

Dessa forma, a validação consiste no processo pelo qual certo elemento torna-se

verdadeiro para uma dada condição clínica e para os profissionais de enfermagem, sendo

fundamental para a mensuração de fenômenos da prática (CHAVES; CARVALHO; ROSSI,

2008).

O grau de representatividade da real condição do paciente, indivíduo, família ou

comunidade é indicado pela validade do DE; e isso irá indicar a demanda de intervenção de

enfermagem. Por meio da validação são colhidas evidências capazes de estabelecer a exatidão

e a autenticidade dos fatos (CHAVES; CARVALHO; ROSSI, 2008; CARVALHO et al.,

2008).

Em relação aos modelos de validação, destaca-se o proposto por Lopes, Silva e Araújo

(2013), no qual os autores integram conceitos para a acurácia diagnóstica. Neste modelo são

descritas três etapas metodológicas, a saber: análise de conceito, análise de conteúdo por

especialistas e a análise de acurácia dos indicadores clínicos. O referido modelo está

detalhado no método do presente estudo.

Assim, percebe-se a importância dos estudos de validação de diagnósticos de

enfermagem, para legitimá-los em populações específicas, bem como para elaborar

diagnósticos que ainda não sejam contemplados pela taxonomia. E, assim, contribuir para a

operacionalização de uma assistência de enfermagem mais segura (HERDMAN;

KAMITSURU, 2018).

No contexto do paciente submetido à quimioterapia, percebeu-se que existe uma lacuna

na NANDA-I referente ao diagnóstico Trauma Vascular. Embora se identifique a proposta

desse diagnóstico em algumas publicações (ARREGUY-SENA, 2002; KREMPSER;

ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013; RODRIGUES, 2010; KREMPSER, 2014), a

taxonomia da NANDA-I não contempla o mesmo e os referidos estudos não foram realizados

com pacientes oncológicos.

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19

Sabe-se que o paciente com câncer submetido à quimioterapia enfrenta uma diversidade

de problemas, tais como: dor, náuseas, vômitos, queda de cabelo, anorexia, constipação,

disfagia, alterações de peso, dispneia, fadiga e ansiedade. Estes interferem na qualidade de

vida, humor, mobilidade, sono, alimentação e atividades de vida diária desses pacientes

(BATISTA; MATTOS; SAMARA, 2015; BONASSA; GATO, 2012).

Dentre as formas de tratamento para o câncer, a quimioterapia tornou-se a mais

frequentemente utilizada, devido à sua abrangência tanto nas doenças hematológicas, quanto

nos tumores sólidos. A quimioterapia é uma importante aliada no tratamento precoce de

metástases a distância. Todavia, devido à sua ação sistêmica, os efeitos colaterais são

abrangentes, tais como leucopenia, náuseas, toxicidade venosa, toxicidade gastrointestinal. E,

devido a isso, ela é bastante temida pelos pacientes, necessitando de treino e habilidade da

equipe de saúde (BONASSA; GATO, 2012).

A quimioterapia consiste numa terapia de fármacos isolados ou combinados, que afetam

o metabolismo celular, diminuindo o seu processo proliferativo ou levando à morte celular

(apoptose). Para a administração do quimioterápico, pode-se utilizar diversas vias, a saber:

oral, subcutânea, intravenosa, intramuscular, intra-vesical, intra-tecal, peritoneal. A via

intravenosa tem sido a mais frequentemente utilizada, dada a sua segurança na absorção e

manutenção de níveis séricos da droga (BONASSA; GATO, 2012).

A administração de quimioterápicos venosos requer do enfermeiro e da equipe treino e

habilidade técnica de punção venosa e administração, principalmente quando a droga é

vesicante, além de conhecimento sobre manuseio de diferentes tipos de acessos vasculares e

bombas de infusão (BONASSA; GATO, 2012).

Além disso, é importante a utilização de protocolos institucionais que padronizem o

procedimento, abrangendo desde ações aparentemente mais simples, como a escolha do local,

materiais a serem utilizados na punção e fixação, até os mais complexos, como identificação e

manejo de intercorrências. Bem como é imprescindível que enfermeiros tenham competência

científica e técnica para atuar na minimização dos efeitos do tratamento quimioterápico,

especialmente quanto ao trauma vascular (SOARES; ALMEIDA; GOZZO, 2012).

Nesse contexto, observa-se com frequência o trauma vascular nos pacientes oncológicos

submetidos à terapia antineoplásica. Embora se identifique a utilização de medidas preventivas

(RODRIGUES, 2010; SOARES; ALMEIDA; GOZZO, 2012). Também se constata um risco

de trauma vascular elevado nessa clientela (RODRIGUES et al., 2012; ARREGUY-SENA;

CARVALHO, 2009).

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20

Soares, Almeida e Gozzo (2012) identificaram nas pacientes com câncer de mama

submetidas à quimioterapia alterações na rede venosa, destacando a redução na visibilidade,

palpação e diminuição do calibre. Além disso, o mesmo estudo identificou como

intercorrências mais comuns: hematoma, hiperemia e dor no local da punção venosa.

Corroborando com o apresentado, outro estudo identificou a ocorrência do trauma

vascular em 55% dos entrevistados em uma unidade de emergência. As características dessa

lesão foram: dor, alteração da capacidade funcional, edema, enduração, alteração na

coloração, solução de continuidade, presença de secreção/pústula e modificação na

temperatura local (KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013).

Assim, o enfermeiro deve reunir esforços para estabelecer um plano de cuidados para

pacientes com trauma vascular. Entretanto, não pode esquecer-se do planejamento de medidas

preventivas para o diagnóstico “Risco para trauma vascular” (KREMPSER; ARREGUY-

SENA; BARBOSA, 2013).

Destaca-se que a punção venosa é um cuidado essencialmente da enfermagem, e requer

habilidade técnica, científica e decisória para sua realização, visto que esse procedimento

implica em tratamentos que podem ocasionar lesões, dor, edema, capacidade funcional

alterada, equimoses, eritemas, hematomas, pápulas, placas, nódulos, infiltrações, escleroses,

vesículas, bolhas, pústulas, espasmos vasculares e flebites (ARREGUY-SENA et al., 2013).

Devido a isso, é necessário treinamento da equipe de enfermagem para a administração

dos quimioterápicos (BONASSA; GATO, 2012) e para a identificação precoce dos

indicadores clínicos característicos do trauma vascular. Assim, destaca-se a necessidade de

aprofundar os conhecimentos na referida temática, para identificar as medidas de acurácia dos

indicadores clínicos do trauma venoso. E, dessa forma, poder traçar o diagnóstico de forma

precoce nessa clientela, sendo capaz de estabelecer um planejamento eficiente para o seu

tratamento.

Destarte, devido à ausência do diagnóstico Trauma Vascular na taxonomia da NANDA-

I e a ocorrência desse problema nos pacientes submetidos à quimioterapia, reforça-se a

importância da validação do mesmo, a fim de legitimar seus componentes, podendo aplicá-lo

de forma mais segura. Assim, o objetivo da presente pesquisa é validar o diagnóstico Trauma

Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

Acredita-se que a identificação dos componentes do diagnóstico Trauma Vascular

nesses pacientes – definição, características definidoras e fatores relacionados – poderá

contribuir para o planejamento de estratégias factíveis para o tratamento do dano causado ao

vaso. E, também, o conhecimento dos fatores relacionados possibilitará o planejamento de

Page 22: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

21

estratégias que possam minimizar a ocorrência do evento. Nesse sentido, será possível a

elaboração de um protocolo de cuidados focado nas intervenções para o trauma vascular em

pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

O interesse por essa temática surgiu a partir da experiência como enfermeira em uma

unidade de oncologia, onde se vivencia a dificuldade de acesso vascular dos pacientes, assim

como sinais de desgaste e trauma da rede venosa. Percebe-se, ainda, que esses achados se

intensificam à medida que as sessões de terapia antineoplásica se estendem e episódios de

internações ocorrem. E essa condição, além de interferir no tratamento do paciente, acarreta

uma piora na qualidade de vida.

Nesse contexto, o estudo baseia-se na seguinte tese: o diagnóstico de enfermagem

Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

Para isso, responder-se-á as seguintes questões do estudo: O diagnóstico de enfermagem

Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica?

Existe um conjunto de características definidoras responsáveis pela presença do trauma

vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica?

Page 23: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

22

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Validar o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos

submetidos à terapia antineoplásica.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o conceito Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica, a partir da literatura pertinente;

Analisar o conteúdo do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes

oncológicos submetidos à terapia antineoplásica;

Validar clinicamente o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes

oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

Page 24: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

23

3 REFERENCIAL METODOLÓGICO

Para o presente estudo, tomou-se como base o referencial metodológico proposto pelo

modelo de Lopes, Silva e Araújo (2013), dada a sua eficiência e acurácia. Os autores

desenvolveram um modelo de validação baseado em modelos já utilizados, diante da

necessidade de adotar uma estrutura capaz de integrar etapas de referências distintas para

validação de diagnósticos de enfermagem.

Nesse modelo, os autores propõem três etapas para a validação diagnóstica, a saber:

análise de conceito, análise do conteúdo por especialistas e análise da acurácia dos

indicadores clínicos (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013).

3.1 ANÁLISE DE CONCEITO

A primeira etapa, análise de conceito, consiste na identificação dos atributos,

antecedentes (fatores etiológicos) e consequentes (indicadores clínicos) do diagnóstico de

enfermagem. Além de construir as definições operacionais de cada componente do

diagnóstico de enfermagem (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013).

A análise de conceito é o artifício utilizado para identificar os atributos de um conceito.

É indicado o modelo de análise de Walker e Avant (2010), que propõem uma análise

simplificada e modificada, com base num modelo clássico que, segundo as autoras, tem forte

relação com a enfermagem e, mais especificamente, com os sistemas de classificação de

linguagem da profissão.

O modelo proposto por Walker e Avant (2010) possui uma abordagem que considera o

conceito como uma abstração, expresso de alguma forma. Através da identificação de

componentes comuns a uma classe de objetos ou fenômenos e pela abstração ou junção desses

componentes, o conceito é formado. Os conceitos são constantemente reconstruídos através

das experiências cotidianas e dos conhecimentos apreendidos.

Para a realização da análise conceitual devem ser seguidos oito passos, a saber: 1-

seleção do conceito; 2- determinação dos objetivos da análise conceitual; 3- identificação dos

possíveis usos do conceito; 4- determinação dos atributos críticos ou essenciais; 5- construção

de um caso modelo; 6- construção de casos adicionais; 7- identificação dos antecedentes e

consequentes do conceito; e 8- definição das referências empíricas (WALKER; AVANT,

2010).

Page 25: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

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A seleção do conceito é feita cuidadosamente, pois aponta o tópico ou área de maior

interesse da pesquisa, sendo recomendável a escolha de um conceito baseada no interesse e

prática do pesquisador ou problema de pesquisa. Além disso, a seleção desse conceito deve se

apoiar na criticidade para as necessidades da pesquisa, devendo ser selecionado o conceito

mais crítico (WALKER; AVANT, 2010).

A determinação dos objetivos da análise conceitual deve ser feita pelo próprio

pesquisador, com antecedência, indicando a motivação para a realização da análise.

A identificação dos possíveis usos do conceito se realiza a partir da busca ampliada na

literatura, onde são elencadas as formas mais frequentes de como o conceito é utilizado

cotidianamente e que estejam descritas na literatura. Destaca-se aqui a importância de não

limitar a busca da literatura para a enfermagem ou medicina, mas buscar de forma ampla, pois

assim será possível compreender a verdadeira essência do conceito (WALKER; AVANT,

2010).

A determinação dos atributos críticos ou essenciais permite a identificação dos atributos

que representam o conceito pesquisado, possibilitando uma visão ampliada e que mostra a

essência do conceito. Ainda, esses atributos contribuem para a compreensão do conceito e

identificação do termo pesquisado. Assim, ao serem apresentadas todas as definições

divulgadas pela literatura para esse conceito, são extraídas as ideias-chave que definem a

essência do conceito (WALKER; AVANT, 2010).

Na identificação dos antecedentes e consequentes, as definições dos atributos são ainda

mais refinadas. Isto porque são identificados os antecedentes à ocorrência do conceito. Os

antecedentes são os acontecimentos ou incidentes que precedem a ocorrência do fenômeno.

Por outro lado, os consequentes são os acontecimentos ou eventos que resultam dessa

ocorrência. Por meio desta etapa, é possível a identificação de itens que antecedem fatores

relacionados (FRs) ou sucedem características definidoras (CDs) a ocorrência do conceito,

elementos essenciais para a identificação deste (WALKER; AVANT, 2010).

A etapa seguinte é a construção de um caso modelo: nesta fase é criado um caso clínico

fictício, com o intuito de exemplificar o conceito. Nesse caso são utilizados todos os atributos

definidores do mesmo conceito definido na etapa anterior, com o intuito de compreender e

visualizar o conceito numa situação da prática. Ainda pode ser construído um caso adicional,

isto é, contrário ao modelo. Nesse caso, os atributos definidores do conceito serão opostos ou

contrários. Destaca-se aqui que a utilização desta etapa apenas se faz necessária se o conceito

não estiver claro no caso modelo, conforme recomendação das autoras. Ressalta-se, ainda,

que a construção do caso modelo e do caso modelo contrário, com base nas definições

Page 26: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

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encontradas na literatura, possibilita o encontro de uma definição única e clara do DE

(WALKER; AVANT, 2010).

Por fim, são definidas as referências empíricas, que consistem em classes ou categorias

de fenômenos reais que, por sua presença ou existência, demonstram a ocorrência do conceito

em si. O seguinte questionamento deve ser respondido: Como esse conceito pode ser medido

na prática clínica? A definição das referências empíricas é de suma importância na medida em

que auxilia os profissionais de saúde na observação do acontecimento na prática assistencial.

Mediante essas definições, torna-se possível o estabelecimento de padrões de avaliação

diagnóstica, de modo que a identificação dos atributos seja realizada de maneira uniforme

(WALKER; AVANT, 2010).

Lopes, Silva e Herdman (2015) identificam três elementos essenciais da análise

conceitual para o estudo de validação diagnóstica, são eles: os atributos essenciais,

antecedentes e consequentes clínicos. Nesse sentido, destaca-se que a análise de conceito para

o presente estudo teve como alvo esses elementos, além da definição das referências

empíricas, tendo em vista a sua importância para a definição precisa dos indicadores.

Para operacionalizar a análise, é necessária uma revisão integrativa da literatura, que

resulta na construção do conhecimento. E como estratégia realização desta revisão é sugerido

o método proposto por Whittemore e Knafl (2005).

A revisão integrativa é um método de pesquisa amplo, na medida em que permite

incluir literatura teórica, empírica e estudos com diferentes abordagens metodológicas. Tem

como finalidade básica a síntese dos estudos realizados sobre determinado assunto,

construindo uma conclusão, com base nos resultados evidenciados. Este método possibilita a

geração de uma fonte de conhecimento atualizada sobre o problema e determina se o mesmo é

válido o suficiente para ser transferido para a prática (WHITTEMORE; KNAFL, 2005).

Para a elaboração de uma revisão integrativa, devem ser seguidas etapas metodológicas,

que possibilitam a identificação das características dos estudos analisados e oferecem

subsídios para o avanço da enfermagem (WHITTEMORE; KNAFL, 2005). O método de

revisão pode contribuir para o aprimoramento das taxonomias, a exemplo da classificação de

diagnósticos de enfermagem, na medida em que possibilita o avanço no conhecimento de

determinado conceito, no caso o diagnóstico, sendo útil e prática para a profissão (POMPEO;

ROSSI; GALVÃO, 2009).

Com base no método sugerido por Whittemore e Knafl (2005), são propostas cinco

fases distintas para a revisão, a saber: identificação do problema de pesquisa, realização da

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pesquisa bibliográfica, avaliação dos dados, análise dos dados e apresentação dos resultados

identificados na revisão.

3.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO POR ESPECIALISTAS

Nesta etapa, ocorre a análise por especialistas do conteúdo produzido na etapa anterior,

por meio da análise do conceito. Isto é, neste momento os especialistas irão julgar a

adequação dos elementos identificados na revisão, podendo fazer considerações relevantes

para a etapa posterior (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013).

Tem se identificado na prática dos estudos de validação uma dificuldade nesta etapa

para atingir o nível de expertise ideal entre os especialistas, visto que grupos com alta

expertise em cada temática são difíceis de atingir e esses experts, em geral, têm problemas

relativos à disponibilidade (LOPES; SILVA, 2017).

Diante disso, a estratégia encontrada foi a busca por profissionais com proficiência na

temática em estudo, de modo que um quantitativo maior de experts fosse selecionado. Nesse

sentido, o conteúdo é validado pela sabedora coletiva (LOPES; SILVA, 2017).

Tal estratégia é denominada Teorema da sabedoria coletiva é fundamentada no

raciocínio de que, ao se tomar um grande número de respostas, os possíveis erros inerentes a

cada julgamento individual serão anulados. Assim, para compor os grupos podem ser

indicadas coletividades de um conjunto de pesquisadores, sejam da prática clínica ou

acadêmica da área de interesse na pesquisa (LOPES; SILVA, 2017).

A diversidade da experiência dos integrantes do grupo de Sabedoria Coletiva irá refletir

menores erros associados às estimativas de validade de conteúdo diagnóstico. Assim, para

compor a amostra de experts neste estudo, foram selecionados enfermeiros com experiência

clínica e/ou que tivessem experiência acadêmica em diagnósticos de enfermagem, conforme

recomendam Lopes, Silva e Araújo (2013).

Nesta etapa, para o presente estudo, foi realizada uma adaptação do modelo

metodológico utilizado, sendo aplicado um grupo focal a fim de se obter as considerações dos

especialistas acerca dos elementos construídos na etapa anterior.

O grupo focal consiste numa metodologia para coleta e análise de dados em grupo de

indivíduos que possuem um objetivo comum, o qual pode ser estabelecido pelo pesquisador.

Nesse contexto, existe um intenso diálogo a cada encontro do grupo, onde se torna possível o

aprofundamento acerca da temática estudada (BACKES et al., 2011).

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O quantitativo de especialistas que se define para um grupo focal direciona o nível de

profundidade das discussões e das análises a que se chega. Grupos menores tendem a alcançar

discussões mais aprofundadas, ao passo que grupos maiores conseguem contemplar diálogos

mais abrangentes e menos aprofundados. Os grupos focais variam de seis a 15 pessoas

(BECKES et al., 2011).

Diante do proposto, acredita-se que uma amostra não extensa de especialistas venha a

contribuir com o estudo, no sentido de que se possa alcançar de modo mais aprofundado a

análise dos achados da revisão.

Neste momento é realizado o consenso pelos especialistas quanto aos elementos do

diagnóstico de enfermagem construídos na etapa anterior; podendo ser alterados o título, a

definição conceitual ou operacional ou, ainda, excluído algum item mediante o consenso do

grupo.

3.3 ANÁLISE DA ACURÁCIA DOS INDICADORES

Por fim, é realizada a análise da acurácia dos indicadores clínicos. Para tanto, busca-se

identificar a representatividade destes indicadores na prática clínica (LOPES; SILVA;

ARAÚJO, 2013).

A etapa de validação clínica é essencial para garantir a adequação da estrutura do

diagnóstico, ou seja, neste momento os indicadores clínicos serão validados de acordo com o

diagnóstico específico. É quando se torna possível o estabelecimento da relação de

presença/ausência das características definidoras com o respectivo diagnóstico em sujeitos

(LOPES; SILVA, 2017).

Estudos de validação de constructos clínicos baseiam-se em testes diagnósticos a fim de

validar as características definidoras de um determinado diagnóstico. Nesse sentido, cada

característica é entendida como um teste diagnóstico e a sua presença/ausência é relacionada

com a presença/ausência do diagnóstico em determinado sujeito. A partir destes testes é

possível calcular as medidas de acurácia de cada característica definidora, estabelecer sua

importância sobre o DE e ainda identificar a sua influência na modificação da inferência

diagnóstica (LOPES; SILVA, 2017).

Existem duas formas utilizadas para a validação clínica, são elas: o painel de

avaliadores e a análise de classe latente.

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No painel de avaliadores, após a coleta dos dados das características definidoras, estes

são compilados em planilhas junto com histórias clínicas e enviados aos avaliadores, que

devem definir o status do diagnóstico. Após isso, em caso de discordância, quando existe um

número ímpar de avaliadores opta-se pela regra da maioria ou é estabelecido um consenso.

Por fim, baseado na inferência dos avaliadores, as medidas de acurácia são calculadas

(LOPES; SILVA, 2017).

Outra possibilidade para a validação diagnóstica é a análise de classe latente, que foi

utilizada no presente estudo. Nesse método, o banco de dados contendo os indicadores

clínicos indica o status das características definidoras (presente ou ausente) em cada sujeito e

um algoritmo eletrônico é capaz de mensurar a acurácia diagnóstica a partir do diagnóstico

avaliado e ainda estabelecer relações entre ele e os indicadores/características definidoras

(LOPES; SILVA, 2017).

O método de classe latente consiste em uma análise das variáveis relativas ao

diagnóstico de enfermagem. É um modelo estatístico fundamentado no seguinte princípio:

uma variável de observação indireta (diagnóstico de enfermagem) é capaz de explicar

relações existentes entre as demais variáveis de observação direta (características definidoras).

Para tanto, são utilizadas três técnicas estatísticas: análise de classe latente com efeitos

randômicos (LOPES; SILVA, 2017).

Para diferenciação do tamanho amostral em investigações de padrão de referência de

acurácia com base na análise de classe latente, deve-se tomar como base a relação entre o

número de características definidoras. Recomenda-se de cinco a 30 sujeitos para cada

característica definidora avaliada (SWANSON et al, 2012).

As principais medidas de acurácia são a sensibilidade, especificidade e valores

preditivos. A proporção de sujeitos com o diagnóstico de enfermagem para os quais o

indicador está presente representa a sensibilidade (SE). A especificidade (SP) corresponde aos

sujeitos sem o diagnóstico para os quais o indicador está ausente. E o valor preditivo de um

indicador clínico, se positivo (VPP), representa as pessoas que apresentam o indicador clínico,

que realmente têm o diagnóstico de interesse. E, se negativo (VPN), representará a

porcentagem de pessoas sem o indicador clínico que não apresentam o diagnóstico de

interesse (FLETCHER; FLETCHER, 2006). Essas relações estão apresentadas na figura a

seguir:

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29

Figura 1 - Esquema de estudo de validação de construto clínico de um diagnóstico de

enfermagem

Fonte: Lopes e Silva (2017).

São utilizadas ainda as medidas de eficiência, razão de verossimilhança e Odds Ratio

diagnóstica para a análise da acurácia dos indicadores clínicos. Destacam-se as medidas de

precisão para a análise de sensibilidade, especificidade e valores preditivos. A partir destas

análises é possível estabelecer relações entre os indicadores e o diagnóstico, no sentido de

observar se, na presença de um indicador, será aumentada a probabilidade de ocorrência do

diagnóstico. E se na ausência de determinado indicador estará ausente o diagnóstico (LOPES;

SILVA; ARAÚJO, 2013; LOPES; SILVA, 2017).

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30

4 MATERIAIS E MÉTODO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo metodológico. Esse delineamento de pesquisa é sugerido como

artifício para construir, validar e avaliar instrumentos e técnicas, por meio da verificação de

métodos, organização e análise de dados (POLIT; BECK, 2011).

O estudo foi realizado em três etapas – análise de conceito, análise do conteúdo por

especialistas e análise da acurácia dos indicadores clínicos – conforme indicado pelo

referencial metodológico utilizado (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013).

4.2 PRIMEIRA ETAPA: ANÁLISE DE CONCEITO

Nesta etapa, foi realizada uma análise de conceito seguindo o modelo de Walker e

Avant 2010. A partir da análise foram identificados atributos, antecedentes e consequentes do

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular. Os atributos serviram como elementos

fundamentais para a construção da definição do conceito. Além disso, neste momento foram

construídas as definições conceituais e operacionais dos indicadores clínicos (LOPES;

SILVA; ARAÚJO, 2013).

Primeiro foi realizada a seleção do conceito, criteriosamente, com o intuito de abranger

o interesse da pesquisa, sendo eleito o conceito “trauma vascular”. Destaca-se que esse

conceito foi analisado anteriormente em estudo com adolescentes, adultos e idosos

(ARREGUY-SENA, 2002), todavia, entende-se a necessidade da compreensão de fenômenos

específicos relacionados à população de pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica. Assim, se propôs a validação do conceito nesta clientela.

Como objetivo da análise conceitual, foi estabelecido: identificar qual é o conhecimento

existente na literatura acerca do conceito trauma vascular em pacientes oncológicos

submetidos à terapia antineoplásica, seus componentes, bem como suas definições conceituais

e operacionais.

A seguir, foram identificados os atributos críticos ou essenciais, ou seja, os elementos

que representam o conceito pesquisado e possibilitam a sua compreensão clara. Nesse sentido,

a partir do agrupamento de atributos do conceito, foi possível estabelecer a sua definição.

Simultaneamente, foram identificados os antecedentes (fatores relacionados) e consequentes

(características definidoras) do conceito.

Page 32: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

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Por fim, foram estabelecidas as definições conceituais e operacionais. Esta etapa é de

suma importância, na medida em que estabelece padrões de avaliação diagnóstica para que a

identificação dos indicadores clínicos do diagnóstico ocorra de maneira acurada.

4.2.1 Revisão integrativa

Para viabilizar a análise conceitual foi realizada uma revisão integrativa, a fim de reunir

o conhecimento já descrito na literatura acerca do conceito explorado. A revisão foi executada

em cinco fases distintas com base no modelo supracitado: identificação do problema de

pesquisa, realização da pesquisa bibliográfica, avaliação dos dados, análise dos dados e

apresentação dos resultados identificados na revisão.

A fim de nortear a revisão, elaborou-se um protocolo contendo os seguintes itens: tema

da revisão, objetivo, questões norteadoras, estratégias para buscar as pesquisas, descritores e

sinonímias em inglês, cruzamentos, critérios de inclusão e exclusão, estratégia para a coleta

de dados e avaliação metodológica do estudo, estratégia para a avaliação crítica dos estudos,

interpretação e síntese dos dados (APÊNDICE A).

As questões norteadoras da pesquisa foram: Qual o conceito de trauma vascular em

pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica? Quais são os atributos do

conceito? Quais são os antecedentes/fatores relacionados do conceito? Quais são os

consequentes/características definidoras do conceito? Quais são as definições conceituais e

operacionais para os antecedentes/fatores relacionados e consequentes/características

definidoras do conceito Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica?

Foram consultadas as bases de dados eletrônicas: Science Direct; Web of Science;

LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde); PUBMED

(National Library of Medicine and Nattional Institutes of Health)/MEDLINE; CINAHL

(Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature); SCOPUS e COCHRANE.

Para a busca, foram utilizados os descritores 1#Lesões Vasculares, 2#Vasos sanguíneos

e 3#Quimioterapia, e suas respectivas sinonímias em inglês 1#Vascular injuries, 2#Blood vessels

e 3#Antineoplastic agentes. Sendo realizados os seguintes cruzamentos: 1# AND 2# AND 3#, 1#

AND 3#, 2# AND 3#, utilizando o operador booliano AND. O cruzamento 1# AND 2# foi

excluído da busca por não delimitar a população e tornar a seleção muito abrangente.

Como critérios de elegibilidade para os estudos foram determinados critérios de

inclusão e exclusão.

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32

Critérios de inclusão:

artigos completos disponíveis gratuitamente nas bases de dados selecionadas;

artigos disponíveis nos idiomas português, inglês ou espanhol;

estudos que abordem o conceito Trauma Vascular.

Critérios de exclusão:

editoriais;

cartas ao editor;

resumos;

opinião de especialistas;

artigos de revisão integrativa.

A busca nas bases de dados ocorreu entre abril e junho de 2017. Para a seleção dos

estudos, cada base de dados foi acessada e esgotada pela pesquisadora num único dia.

Entretanto, quando não foi possível finalizar a busca no mesmo dia, a página foi gravada, e

era dada continuidade no dia seguinte.

Para a seleção dos estudos foi realizada primeiramente uma triagem por meio da leitura

do título e resumo. Após aplicados os critérios de inclusão e exclusão e, consequentemente,

eliminados os achados impertinentes, ao final da busca nas bases de dados foram gravados os

resultados. Cada estudo identificado foi avaliado quanto à sua relevância para o conceito

buscado, objetivando responder às questões norteadoras da revisão e atender aos critérios de

inclusão.

O processo de seleção dos estudos por base de dados e cruzamentos está apresentado

seguir em quatro quadros. Os três primeiros apresentam o processo de seleção nas bases de

dados por cruzamento realizado e o último descreve os achados da busca completa.

Quadro 1 - Processo de seleção dos estudos a partir do primeiro cruzamento: Lesões

Vasculares AND Vasos Sanguíneos AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018

CRUZAMENTO 01

Lesões

Vasculares AND

Vasos

Sanguíneos AND

Quimioterapia

Base de dados Artigos

disponíveis

Amostra após

critérios de

exclusão

Amostra

seleção

inicial

Amostra

final

Science direct 1754 188 2 1

Web of Science 4 3 1 1

PUBMED 314 109 0 0

CINAHL 3 3 0 0

SCOPUS 99 60 1 1

TOTAL DE ESTUDOS 2171 363 4 3

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Page 34: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

33

Quadro 2 - Processo de seleção dos estudos a partir do terceiro cruzamento: Lesões

Vasculares AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018

CRUZAMENTO 03

Lesões

Vasculares AND

Quimioterapia

Base de dados Artigos

disponíveis

Amostra após

critérios de

exclusão

Amostra

seleção

inicial

Amostra

final

Science direct 3649 324 3 2

Web of scienc 23 17 2 1

PUBMED 598 181 6 2

CINAHL 20 20 0 0

SCOPUS 406 239 6 4

TOTAL DE ESTUDOS 4696 779 17 9

Fonte: Dados da pesquisa (2018)

Quadro 3 - Processo de seleção dos estudos a partir do quarto cruzamento: Vasos sanguíneos

AND Quimioterapia em cada base de dados. Natal, 2018

CRUZAMENTO 04

Vasos

sanguíneos

AND

Quimioterapia

Base de dados Artigos

disponíveis

Amostra após

critérios de

exclusão

Amostra

seleção

inicial

Amostra

final

Science direct 4262 502 4 1

Web of scienc 54 48 2 0

PUBMED 7306 3275 33 24

CINAHL 260 244 3 2

SCOPUS 2183 1385 21 17

TOTAL DE ESTUDOS 14065 5454 63 44

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Quadro 4- Resultado final do processo de seleção dos estudos após aplicação dos critérios de

inclusão e exclusão em todas as bases de dados e cruzamentos. Natal, 2018

RESULTADO BUSCA NAS BASES DE DADOS

Base de dados Amostra

inicial

Estudos avaliados

após critérios de

inclusão e exclusão

Amostra final

SCIENCE DIRECT 9665 1014 4

WEB OF SCIENCE 81 68 2

PUBMED 8218 3565 26

CINAHL 283 267 2

SCOPUS 2688 1674 22

TOTAL DE ESTUDOS

INCLUÍDOS

20935 6588 56

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

Após esta etapa, realizou-se a leitura detalhada de cada artigo com o intuito de extrair as

informações que contemplassem o conceito. Um instrumento de coleta de dados (APÊNDICE

Page 35: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

34

B), contendo itens sobre a caracterização dos estudos e do conceito, foi utilizado para orientar

a extração das informações.

A partir da revisão foi possível a identificação dos atributos, antecedentes e

consequentes do conceito trauma vascular, bem como a construção da definição do conceito.

Para agregar a construção das definições conceituais e operacionais foram também utilizados

livros-texto e dicionários como referências complementares.

Para a apresentação dos resultados foram elaborados quadros e tabelas síntese contendo

a caracterização dos estudos selecionados, definições do conceito Trauma Vascular, os fatores

relacionados e características definidoras extraídos da literatura e suas definições conceituais

e empíricas, conforme apresentado a seguir.

4.3 SEGUNDA ETAPA: ANÁLISE DE CONTEÚDO POR ESPECIALISTAS

Na segunda etapa, análise de conteúdo por especialistas, foi realizada a validação do

conteúdo construído na etapa anterior por meio do consenso de especialistas quanto aos

elementos do diagnóstico de enfermagem.

4.3.1 Seleção dos especialistas

Para compor a amostra de experts neste estudo foram selecionados enfermeiros com

experiência clínica superior a 2 anos com pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia

e/ou que tivessem experiência acadêmica em diagnósticos de enfermagem, a qual era indicada

a partir da realização de artigo científico envolvendo diagnóstico de enfermagem.

Beckes et al. (2011) indicam que o número de membros de um grupo focal pode variar

de seis a 15 especialistas. Essa variação indicará o nível profundidade do grupo.

Foram convidados 15 enfermeiros com o perfil supracitado, sendo aceito o convite por

nove deles. Enviou-se uma carta-convite via correio eletrônico (APÊNDICE C), contendo a

identificação da pesquisadora e esclarecendo os objetivos da pesquisa. Mediante a

confirmação da participação, foram agendados os encontros para o grupo.

Os especialistas que compuseram a amostra eram integrantes de grupo de pesquisa

sobre diagnósticos de enfermagem e enfermeiros assistenciais. A amostra foi composta por

nove enfermeiras, com idades entre 23 e 49 anos. Sendo quatro com experiência clínica

assistencial e cinco com experiência acadêmica em diagnósticos de enfermagem. Embora

todas tivessem conhecimento com o uso de diagnósticos de enfermagem. Uma era doutora em

Page 36: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

35

enfermagem, quatro eram mestres em enfermagem, duas eram especialistas em oncologia e

uma tinha residência em oncologia e estava cursando mestrado em enfermagem e outra estava

cursando mestrado em enfermagem.

4.3.2 Realização do grupo focal

O grupo focal ocorreu durante quatro encontros no mês de março de 2018, no

Laboratório de Informática do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, com duração máxima de 3 horas cada encontro.

No primeiro momento, os especialistas assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido – TCLE (APÊNDICE D), em duas vias, junto com a pesquisadora, em

concordância com a participação no estudo, bem como o Termo de Gravação de Voz

(APÊNDICE E).

Cada especialista recebeu um instrumento contendo a identificação do estudo, a

explanação sobre o grupo focal e orientação das atividades composta por duas partes: a

primeira parte contemplada com questões relativas ao perfil, para caracterização dos

enfermeiros; e a segunda parte com itens referentes à análise do conceito Trauma Vascular e

seus componentes (definição, antecedentes, consequentes e referentes empíricos) em

pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica (APÊNDICE F).

Durante o grupo focal cabe ao moderador, que deve ter conhecimento do tópico em

discussão, conduzir os participantes adequadamente. Assim, é possível manejar as discussões

e alcançar o melhor resultado. Ele precisa de sensibilidade e senso crítico na condução do

grupo a fim de manter o foco, sem negar a possibilidade de expressão espontânea a nenhum

participante. O moderador deve atuar como mediador do processo, agindo de forma indireta,

de modo que todos estejam centrados no diálogo desenvolvido em conjunto (GONDIM,

2002).

A própria pesquisadora foi mediadora do grupo, responsável por conduzir os

especialistas diante dos itens para discussão com base nos aspectos éticos que permeiam a

técnica, suscitar e mediar a discussão, concluir e compilar os resultados do diálogo (BACKES

et al., 2011).

No primeiro encontro foi feita uma breve apresentação sobre o cenário em que ocorre o

trauma vascular no presente estudo. A seguir, foram apresentados os componentes do

diagnóstico individualmente para o grupo, de modo a suscitar a discussão e avaliar a

adequação de cada item. Primeiro atributos, definição do diagnóstico e, posteriormente, os

Page 37: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

36

fatores relacionados e características definidoras, com suas respectivas definições conceituais

e referentes empíricos.

Além do julgamento dos componentes presentes no instrumento, identificados a partir

da análise conceitual, foi papel dos especialistas avaliarem a necessidade de inclusão de

algum outro fator relacionado ou característica definidora. Quando a sugestão foi relacionada

à inclusão de algum item, modificação de algum conceito e/ou definição, isso foi realizado

depois, a fim de buscar embasamento científico adicional para justificar tais mudanças.

E, por fim, para a composição da definição do diagnóstico com todos os seus elementos,

foi feita a análise da adequação do domínio e classe nos quais o diagnóstico poderia estar

inserido na NANDA-I. As considerações feitas pelo grupo de especialistas foram registradas à

medida que o consenso era estabelecido. Além disso, em todos os encontros ocorreu gravação

de voz, a fim de garantir maior segurança nas informações fornecidas, visto que possibilita ao

pesquisador retomar as falas do grupo.

4.3.3 Análise e organização dos dados

Para a análise dos dados foram analisadas as opiniões expressas por cada especialista,

mas o consenso do grupo foi considerado para o julgamento final, ou seja, cada membro do

grupo expressava sua opinião durante a discussão sobre os itens e a decisão sobre alteração

era realizada mediante o consenso do grupo. Registros durante o grupo focal auxiliaram na

análise dos dados junto com a análise das gravações de voz.

Os dados obtidos mediante o julgamento do diagnóstico pelos peritos foram

sintetizados em um quadro, contemplando o rótulo do diagnóstico de enfermagem Trauma

Vascular, a definição, classe e domínio ao qual o DE pertence, seguido das características

definidoras e fatores relacionados, com suas respectivas definições conceituais e operacionais.

4.4 TERCEIRA ETAPA: ANÁLISE DA ACURÁCIA DOS INDICADORES CLÍNICOS

Por fim, realizou-se a etapa de análise da acurácia dos indicadores clínicos do conteúdo

previamente verificado quanto ao conteúdo junto à literatura e julgado pelos especialistas. Isto

é, foi analisada a acurácia dos indicadores clínicos (características definidoras) do diagnóstico

Trauma Vascular, a partir da análise de sensibilidade e especificidade. Para tanto, utilizou-se

como norte o seguinte questionamento: pacientes com certos indicadores são mais propensos

a apresentar o diagnóstico Trauma Vascular do que pacientes sem o indicador?

Page 38: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

37

4.4.1 Tipo de estudo

Realizou-se um estudo transversal. Este tipo de estudo caracteriza-se pela utilização de

dados colhidos num dado momento, de forma pontual. Possibilita a análise do fenômeno no

tempo da coleta de dados (POLIT; BECK; HUNGLER, 2011).

4.4.2 Local do estudo

O estudo foi realizado em um serviço de referência em Oncologia do Estado do Rio

Grande do Norte (RN). Este serviço representa uma unidade filantrópica conveniada ao

Sistema Único de Saúde (SUS), que presta atendimentos, desde o diagnóstico até o

tratamento, aos pacientes com câncer, incluindo quimioterapia.

Solicitou-se autorização prévia para a realização da pesquisa no local, mediante uma

declaração institucional (ANEXO A).

A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer é uma instituição reconhecida pelo

Ministério da Saúde como CACON (Centro de Alta Complexidade em Oncologia), prestando

serviços de consultas médicas, exames diagnósticos de vários tipos, além de realizar

procedimentos de tratamento em oncologia, dentre os quais se destacam cirurgias,

quimioterapia e radioterapia.

É uma instituição especializada não somente no diagnóstico e tratamento, mas também

na prevenção, reabilitação e cuidados paliativos para pacientes oncológicos. Conta com três

unidades em Natal – Hospital Luiz Antônio (HLA), Policlínica e Centro Avançado de

Oncologia (CECAN) – e outra no interior do estado, Caicó/RN.

O CECAN é uma unidade ambulatorial de diagnóstico e tratamento onde existem

setores de radioterapia, quimioterapia e medicina nuclear, além de ambulatórios para

consultas de várias especialidades, como mastologia, urologia, oncologia clínica,

gastroenterologia, proctologia e cardiologia.

Nessa unidade são concentradas as infusões de quimioterapia ambulatorial, e funciona

como central de manipulação e distribuição de quimioterapia para as demais unidades de

Natal. A pesquisa foi realizada com os pacientes em tratamento no ambulatório de

quimioterapia da unidade CECAN.

4.4.3 População e amostra

Lopes, Silva e Araújo (2013) sugerem a determinação de uma amostra representativa de

indivíduos suspeitos quanto à presença do diagnóstico. Já que a meta nesta fase é estabelecer

Page 39: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

38

os melhores indicadores para identificar o diagnóstico nas situações de dúvidas entre os

avaliadores, isto é, os indicadores mais acurados.

Nesse sentido, a população compôs-se de pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica no referido hospital em Natal/RN. Para a determinação da amostra utilizou-se o

cálculo recomendado por Swanson et al. (2012), que propõe a utilização de números pré-

definidos de indivíduos por indicador clínico investigado.

Definiu-se um total de 18 indivíduos para cada indicador clínico, sendo esses num total

de 11 para o diagnóstico Trauma Vascular em questão. Assim, o tamanho amostral estimado

para o presente estudo foi de 198 indivíduos. Entretanto, 200 indivíduos oncológicos

submetidos à terapia antineoplásica comtemplaram a amostra final do presente estudo.

O procedimento de amostragem foi por conveniência do tipo consecutivo. Este é um

processo de amostragem não probabilístico, no qual o pesquisador seleciona os sujeitos a que

tem acesso através dos critérios de inclusão, admitindo que estes possam, de alguma forma,

representar o universo (GIL, 2008).

Os seguintes critérios de inclusão adotados foram: pacientes oncológicos submetidos à

terapia antineoplásica durante a coleta de dados; com idade igual ou superior a 18 anos;

paciente oncológicos submetidos à terapia antineoplásica por acesso venoso periférico.

E como critérios de exclusão consideraram-se: pacientes com dificuldade de

comunicação verbal, que impossibilitasse a coleta de dados; pacientes desorientados em

relação ao tempo, espaço e autopsíquico.

4.4.4 Procedimentos para coleta dos dados

O período de coleta de dados com os pacientes na etapa 3 do estudos ocorreu entre abril

a junho de 2018. Primeiro o instrumento foi aplicado a 10% (20 pacientes) da amostra para

verificar sua aplicabilidade prática e pequenos ajustes que não influenciaram no conteúdo

coletado, foram realizados. Assim sendo, os pacientes que participaram do pré-teste fizeram

parte da amostra final.

A coleta foi realizada pela pesquisadora, junto com duas enfermeiras e quatro alunos de

iniciação científica do grupo de pesquisa Práticas Assistenciais Epidemiológicas em Pesquisa

e Enfermagem que receberam treinamento para a coleta.

Antes do início da coleta, a equipe recebeu um treinamento que ocorreu por meio de

encontros no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, no mês de março de 2018, com discussões sobre o paciente oncológico, o trauma

Page 40: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

39

vascular, o cenário de coleta de dados. A seguir foi realizada uma exposição dialogada sobre o

instrumento, com explicações sobre as definições e os referentes empíricos dos componentes,

bem como os procedimentos de coleta, a fim de padronizar a coleta e evitar erros na aplicação

do instrumento.

Após a exposição dialogada, os coletadores treinaram a identificação dos indicadores

junto com a pesquisadora, sanando qualquer dúvida. Ainda assim, destaca-se que a

pesquisadora responsável esteve presente em todos os momentos de coleta.

Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento (APÊNDICE G), construído após a

etapa de validação dos componentes do diagnóstico pelos especialistas. O instrumento

contempla itens com base nas definições operacionais dos indicadores clínicos e fatores

relacionados, de modo que seja possível inferir a presença/ausência de cada item, assim como

itens de caracterização dos sujeitos.

Antes de iniciar a coleta com cada paciente, foi feito o convite e explicado o objetivo do

estudo e apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE H),

somente após o consentimento dos pacientes a coleta teve início.

Além da coleta dos dados com os pacientes, algumas informações complementares

foram consultadas a partir de registros clínicos do prontuário. Solicitou-se previamente à

instituição a autorização para uso de documentos dos pacientes, conforme o Apêndice I.

4.4.5 Análise e organização dos dados

Os achados da coleta de dados foram codificados e inseridos numa planilha eletrônica

no Microsoft Excel. Este banco continha informações referentes aos indicadores do trauma

vascular, aspectos sociodemográficos e clínicos dos pacientes. Cada indicador clínico foi

identificado quanto à presença ou ausência. Posteriormente, verificaram-se a relação

estatística entre os indicadores e a presença do diagnóstico em cada paciente.

Para a aplicação dos testes estatísticos, foi utilizado o programa estatístico IBM SPSS

Statistic versão 20.0 for Windows. Para a análise dos dados sociodemográficos empregou-se a

estatística descritiva. Para as variáveis categóricas foram calculadas frequências absolutas e

relativas, e para numéricas foram avaliadas as medidas de tendência central e dispersão. A

normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste Kolmogorov-Smirnov (p<0,05).

Verificou-se a prevalência da proposição diagnóstica Trauma Vascular diante da

ocorrência dos indicadores clínicos. Cada indicador foi analisado como um teste diagnóstico e

Page 41: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

40

sua presença ou ausência foi comparada ao status do diagnóstico. A partir desta avaliação foi

possível calcular as medidas de acurácia de cada indicador clínico, estabelecer sua

importância sobre o diagnóstico e ainda identificar a sua influência na modificação da

inferência diagnóstica.

No modelo de classe latente, entende-se que uma variável de observação indireta ou

latente, neste caso o diagnóstico proposto Trauma Vascular, é capaz de explicar relações com

outras variáveis diretamente observáveis, as características definidoras (LOPES; SILVA,

2017). Foram aplicados três modelos clássicos de análise de classes latentes com base no

quantitativo de características definidoras presentes nos sujeitos avaliados.

Destarte, foram aplicadas as medidas de acurácia sensibilidade, especificidade e valores

preditivos considerando-se o intervalo de confiança de 95%. Cada indicador foi avaliado

quanto à sua acurácia a partir da análise da sensibilidade e especificidade, sendo isto indicado

pelo grau de significância estatística expresso pelo intervalo de confiança (COLLINS;

LANZA, 2010). Para a apresentação dos resultados, tabelas foram elaboradas e os resultados

discutidos conforme a literatura pertinente.

4.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Liga Norte-

Riograndense Contra o Câncer, respeitando-se os aspectos éticos da pesquisa envolvendo

seres humanos, conforme a Resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL,

2012). Obteve-se a aprovação, sob o Parecer número 1.717.695 e Certificado de Apresentação

para Apreciação Ética (CAAE) número 57967816.3.0000.5293.

Solicitou-se o consentimento prévio dos enfermeiros especialistas e dos pacientes

participantes da pesquisa, o qual foi firmado mediante a assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, após a compreensão dos objetivos da pesquisa. Mesmo

para os pacientes que não sabiam ou por outra razão não podiam ler o TCLE, foi feita a leitura

do Termo, bem como esclarecidas as dúvidas antes de qualquer procedimento.

Ademais, asseguraram-se a privacidade e sigilo sobre qualquer informação fornecida,

bem como o direito a qualquer participante de rejeitar ou retirar-se da pesquisa a qualquer

momento que julgasse necessário.

Page 42: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

41

5 RESULTADOS

Os resultados oriundos do desenvolvimento das três etapas da pesquisa serão

apresentados nos seguintes tópicos: Construção dos componentes e definições do diagnóstico

Trauma Vascular; Consenso dos especialistas acerca dos componentes e definições do

diagnóstico Trauma Vascular; e Validação clínica do diagnóstico de enfermagem Trauma

Vascular.

5.1 CONSTRUÇÃO DOS COMPONENTES E DEFINIÇÕES DO DIAGNÓSTICO

TRAUMA VASCULAR

Para a construção dos componentes do diagnóstico foi realizada uma análise do

conceito Trauma Vascular, a partir de uma revisão integrativa. Esta resultou em 56 artigos. A

seguir, está apresentada na Tabela 1 a caracterização dos estudos conforme local de

desenvolvimento, ano de publicação, idioma, cenário de pesquisa e método.

Tabela 1 - Caracterização dos estudos que compuseram a amostra da revisão integrativa de

acordo com o continente onde foi desenvolvida a pesquisa, ano de publicação, idioma, cenário

e o método. Natal, 2018

Variável n %

Continente

Europa 23 41,07

América 19 33,93

Ásia 12 21,43

Oceania 2 3,57

Ano de publicação

1987

1991 ‖-----‖ 1995

1996 ‖-----‖ 2000

2001 ‖-----‖ 2005

2006 ‖-----‖ 2010

2011 ‖-----‖ 2015

2016

1

4

2

6

13

28

1

1,8

7,1

3,6

10,7

23,2

50,0

1,8

2017 1 1,8

Idioma

Inglês

Português

55

1

98,2

1,8

Cenário

Laboratório

Ambulatório

Hospital

32

14

10

57,2

25,0

17,8

Método

Experimental

Ensaio Clínico

Coorte

Estudo de Caso

Caso-controle

Transversal

Descritivo

31

8

7

5

2

2

1

55,3

14,3

12,5

8,9

3,6

3,6

1,8

Fonte: Dados da pesquisa (2018)

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42

A partir dos dados identificados, percebeu-se a predominância de publicações na

Europa (41,07%), seguida pela América (33,93%). Sendo a maioria dos estudos publicados

entre 2011 e 2015 (50%), quase todos no idioma inglês (98,2%). Quanto ao método utilizado,

predominaram os experimentos (55,3%), sendo o laboratório (57,2%) o principal cenário para

desenvolvimento. Tal fato reflete um alto nível de qualidade entre os estudos analisados.

Com a realização da análise de conceito, foi possível identificar os componentes do

diagnóstico e construir as definições conceituais e operacionais de cada um. Ao final da

análise foram identificados quatro atributos, 13 antecedentes e 13 consequentes.

O Quadro 5 apresenta os componentes do diagnóstico de enfermagem Trauma

Vascular identificados a partir da análise de conceito. Nele, estão expostos: rótulo, atributos,

definição do diagnóstico, antecedentes (fatores relacionados) e consequentes (características

definidoras) e suas respectivas definições conceituais e operacionais.

Quadro 5 - Proposta do diagnóstico Trauma Vascular com seus componentes e definições a

partir da análise conceitual. Natal, 2018

Trauma Vascular

Atributos:

Dano

Lesão vascular

Disfunção

Necrose tissular

Definição

Dano ou lesão vascular, caracterizado tissular por disfunção endotelial capaz de atingir

estruturas adjacentes e até ocasionar necrose.

ANTECEDENTES

Infusão de agente quimioterápico

Definição conceitual

Infusão de quimioterápicos. São agentes administrados aos pacientes oncológicos como parte de

sua terapia que agem no ciclo celular.

Definição operacional

Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico de infusão: quimioteápico. Se o paciente

fizer uso, o fator estará presente.

Continua

Page 44: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

43

Referências

CHOW, A.Y.; et al. Anthracyclines cause endothelial injury in pediatric cancer patients: a pilot

study. Journal of clinical oncology, v. 24, n. 6, p. 925-928, 2006.

Hipóxia

Definição conceitual

É a diminuição de oxigênio no sangue.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente, após pelo menos 5 minutos de repouso, com auxílio

de um oxímetro, e avaliar o nível de oxigenação sanguínea a partir do valor de SpO2. Se o valor

estiver inferior a 90%, o fator estará presente.

Referências

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2013.

Infusão de agente de interrupção vascular

Definição conceitual

Infusão de agentes de interrupção vascular. São agentes administrados aos pacientes

oncológicos como parte de sua terapia que interferem em estruturas vasculares.

Definição operacional

Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico de interrupção vascular. Se o paciente

fizer uso, o fator estará presente.

Referências

IBRAHIM, M.A.; et al. Vascular disrupting agent for neovascular age related macular

degeneration: a pilot study of the safety and efficacy of intravenous combretastatin a-4

phosphate. BMC Pharmacology and Toxicology, v. 14, n. 1, p. 7, 2013.

Continua

Page 45: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

44

Infusão de agente antiangiogênico

Definição conceitual

Infusão de antiangiogênicos. São agentes administrados aos pacientes oncológicos como parte

de sua terapia que agem impedindo a formação de novos vasos.

Definição operacional

Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico antiangiogênico. Se o paciente fizer uso,

o fator estará presente.

Referências

BORJAN, B.; et al. The Aplidin analogs PM01215 and PM02781 inhibit angiogenesis in vitro

and in vivo. BMC cancer, v. 15, n. 1, p. 738, 2015.

Presença de um dispositivo de acesso venoso e tempo de permanência

Definição conceitual

É um cateter venoso implantado em veia central ou periférica de um paciente por um tempo pré-

determinado de permanência.

Definição operacional

O investigador deverá identificar, por meio da inspeção, a presença do cateter venoso, e em

registros de prontuário avaliar o tempo de permanência do cateter. Um cateter periférico deve

permanecer pelo tempo máximo de 3 dias e o cateter central deve permanecer pelo tempo

máximo necessário ou até que se tenha sinais de infecção. Se o tempo for superior, o fator estará

presente.

Referências

CARDIM, N.; et al. Playing games with a thrombus: a dangerous match. Paradoxical embolism

from a huge central venous cathether thrombus: a case report. Cardiovascular ultrasound, v.

8, n. 1, p. 6, 2010.

MYERS, S. I.; et al. Vascular trauma as a result of therapeutic procedures for the treatment of

malignancy. Journal of vascular surgery, v. 14, n. 3, p. 314-319, 1991.

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

PHILLIPS, L.D.; GORSKI, L. Manual of IV therapeutics: evidence-based practice for

Continua

Page 46: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

45

infusion therapy. Philadelphia: Davis, 2014.

Exposição à radioterapia

Definição conceitual

É a exposição ao tratamento local ou locorregional para o câncer que utiliza equipamentos e

técnicas para irradiar áreas demarcadas do organismo humano.

Definição operacional

O investigador deverá interrogar o paciente e confirmar em prontuário se o mesmo realizou ou

está em tratamento de radioterapia. Se a resposta for sim, o fator estará presente.

Referências

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: Abordagens básicas para o controle do

câncer. Rio de Janeiro: Inca, 2011.

Procedimento cirúrgico recente

Definição conceitual

É a realização de um procedimento cirúrgico dentro dos últimos 30 dias.

Definição operacional

O investigador deverá interrogar o paciente sobre a realização de algum procedimento cirúrgico

dentro dos últimos 30 dias. Se a resposta for sim, o fator estará presente.

Referências

BRANDES, A.A.; et al. Incidence and risk of thromboembolism during treatment of high-grade

gliomas: a prospective study. European Journal of Cancer, v. 33, n. 10, p. 1592-1596, 1997.

Técnica inadequada de punção venosa e manipulação do local da punção

Definição conceitual

É uma ação ou um conjunto de ações inadequados para inserção de um dispositivo dentro do

vaso sanguíneo, que requer cuidados e controle durante todo o período de permanência do

dispositivo.

Definição operacional

Continua

Page 47: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

46

O investigador deverá identificar se a veia puncionada é adequada (locais que não são

indicados: o dorso da mão, o pulso, dedos, fossa antecubital ou outras áreas de flexão; calibre do

dispositivo: a recomendação é de dispositivos de menor calibre), observar o uso de técnica

asséptica durante a punção e em qualquer manipulação do dispositivo e local da punção. Além

disso, é fundamental o cuidado com a manutenção do curativo limpo e com troca diária, se for

usado curativo com gaze, podendo permanecer até 7 dias o curativo de filme transparente, desde

que a cobertura esteja adequada e não tenha nenhum sinal de infecção. Se a punção estiver

inadequada, e for identificado o uso de técnicas não assépticas ou de curativo não adequado, o

fator estará presente.

Referências

HADAWAY, L. C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PHILLIPS, L, D.; GORSKI, L. Manual of IV therapeutics: evidence-based practice for

infusion therapy. FA Davis, 2014.

TORRES, M.M,; ANDRADE, D.; SANTOS, C.B. Punção venosa periférica: avaliação de

desempenho dos profissionais de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.

13, n. 3, p. 299-304, 2005.

Tipo do cateter venoso: material, calibre

Definição conceitual

É o tipo do material do cateter (compatibilidade com o indivíduo, soluções de infusão e

flexibilidade) e a dimensão do dispositivo inadequada para a punção.

Definição operacional

O investigador deverá identificar qual o tipo de material do dispositivo (não deve ser de material

inflexível), a presença de incompatibilidade do indivíduo com o material ou do material com a

solução de infusão. Se o cateter for de material inflexível, estiver incompatível com o sujeito ou

com a solução, o fator estará presente. Bem como identificar se o calibre do dispositivo é

adequado para a veia puncionada; o indicado são cateteres de menor calibre, 22G ou 24G. Se o

calibre estiver superior ao indicado, o fator estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

Continua

Page 48: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

47

PHILLIPS, L.D.; GORSKI, L. Manual of IV therapeutics: evidence-based practice for

infusion therapy. Philadelphia: Davis, 2014.

Câncer

Definição conceitual

É a definição para o conjunto de mais de 100 doenças caracterizadas pelo crescimento

desordenado de células, podendo invadir tecidos e órgãos vizinhos.

Definição operacional

O investigador deverá questionar o paciente e confirmar no prontuário sobre o diagnóstico de

algum câncer. Se a resposta for sim, o fator estará presente.

Referências

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: Abordagens básicas para o controle do

câncer. Rio de Janeiro: Inca, 2011.

Uso de bomba infusora

Definição conceitual

É a utilização de um equipamento para controlar o fluxo de infusão (volume/tempo).

Definição operacional

O investigador deverá identificar se existe alguma solução infundida por bomba. Embora se

considere a importância do controle do fluxo da infusão com o uso deste dispositivo,

especialmente em quimioterapia antineoplásica, destaca-se que o mesmo gera pressão positiva,

podendo interferir na ocorrência de traumas vasculares. Se houver a infusão por bomba de

infusão, o fator estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

Tempo prolongado de infusão

Definição conceitual

É o tempo prolongado de administração de quimioterapia, pois a superfície de contato com a

veia ficará exposta por mais tempo.

Continua

Page 49: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

48

Definição operacional

O investigador deverá identificar em prontuário o tempo de infusão de cada droga. As drogas

vesicantes não devem exceder 30 min. para a infusão completa; para as demais drogas, deve ser

buscada a indicação do fabricante. Se o tempo de infusão for superior ao recomendado, o fator

estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

CONSEQUENTES

Disfunção endotelial

Definição conceitual

É a perda da integridade anatômica e funcional do vaso.

Definição operacional

A disfunção torna o vaso incapaz de manter a sua capacidade normal, fato que causa dor, edema

e fadiga ao esforço. O investigador deverá examinar e interrogar o paciente quanto à presença

desses sinais. Se algum desses sinais estiver presente, a característica estará presente.

Referências

LOPES, A. C. Tratado de clínica médica. São Paulo: Roca, 2006.

ALENCAR, T.A.M.; MATIAS, K. F.S.; AGUIAR, B.C. Disfunções vasculares em membros

inferiores de ciclistas. Jornal Vascular Brasileiro, v. 12, n. 2, 2013.

Diminuição do fluxo sanguíneo vascular

Definição conceitual

É a redução do fluxo sanguíneo em vasos sanguíneos periféricos, como reflexo de doença

vascular.

Definição operacional

O investigador deverá posicionar o paciente deitado para examinar as pulsações venosas

jugulares. A ocorrência de turgência de jugular em posição deitada que desaparece ao levantar

indica fluxo sanguíneo normal. Se não ocorrer turgência jugular, a característica estará presente.

Continua

Page 50: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

49

Referências

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Formação de trombo

Definição conceitual

Caracteriza-se pela formação de trombos dentro de veias profundas, que resulta em obstrução

parcial ou oclusão total do vaso.

Definição operacional

O investigador deverá aplicar com o paciente a Escore de Wells, que estratifica o risco de

trombose venosa em: baixo, moderado e alto, de acordo com a pontuação obtida. Se o paciente

obtiver um escore igual ou maior que 2, isso indica um risco moderado ou alto, e a característica

estará presente.

Referências

SBACV. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Projeto Diretrizes

SBACV. Trombose venosa profunda diagnóstico e tratamento. Planejamento e Elaboração -

Gestões 2012/2015. Brasília: SBAVC, 2015.

Trombocitopenia

Definição conceitual

É a diminuição do número de plaquetas em consequência do tratamento quimioterápico e da

doença de base.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente quanto à presença de petéquias, equimoses e

sangramento em mucosas ou secreções, e ainda verificar o exame de contagem de plaquetas (se

inferior a 150.000/mm³). Se algum dos sinais estiver presente, o fator estará presente.

Referências

Continua

Page 51: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

50

BONASSA, E.M.A.; GATO, M.I.R. Terapêutica oncológica para enfermeiros e

farmacêuticos. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.

FISCHBACH, F.T. DUNNING, M.B. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e

diagnósticos. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

Sinais de infecção no local sítio de inserção do cateter

Definição conceitual

É a presença de sinais e sintomas que indicam a presença de infecção relacionada ao cateter

venoso periférico ou central. Devido à resposta inflamatória desencadeada pela infecção,

podem ser observados sinais de eritema, edema, presença de exudato próximo ao cateter e febre,

que pode ser em decorrência do cateter ou por outra causa.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o local de inserção do cateter e identificar possíveis sinais de

eritema, edema, presença de exudato próximo ao cateter, e ainda questionar o paciente sobre a

ocorrência de febre (temperatura corporal acima de 37,8º C). Se a febre for um sinal isolado, é

necessário avaliar o paciente quanto à relação com outro possível evento. Se o paciente tiver

evidência de qualquer um dos sinais, com ou sem febre, a característica estará presente,

entretanto a febre isolada não evidencia a característica.

Referências

BONASSA, E.M.A.; GATO, M.I.R. Terapêutica oncológica para enfermeiros e

farmacêuticos. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 2012.

HARROLD, K.; GOULD, D.; DREY, N. The efficacy of saline washout technique in the

management of exfoliant and vesicant chemotherapy extravasation: a historical case series

report. European journal of cancer care, v. 22, n. 2, p. 169-178, 2013.

HADAWAY, L. C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Atraso no tratamento infusional

Definição conceitual

É o adiamento do tratamento além do tempo planejado.

Continua

Page 52: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

51

Definição operacional

O investigador deverá checar no prontuário do paciente qual o esquema de tratamento e qual a

rotina de infusão. Se o planejamento estiver adiado, a característica estará presente.

Referências

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1 ed. São Paulo: Lemar,

2011.

Necrose tissular

Definição conceitual

É a degeneração de um tecido por morte de suas células, que apresenta aspecto amarelado ou

enegrecido.

Definição operacional

O investigador deverá examinar a pele do paciente e identificar qualquer área com presença de

baixa temperatura, umidade e tecido desvitalizado. Se esses fatores estiveram presentes, a

característica estará presente.

Referências

HESS, C.T. Tratamento de feridas e úlceras. 4. ed, Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso

Editores, 2002.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

YOUNG, J.; et al. Risk factors associated with pressure ulcer development at a major western

Australian teaching hospital from 1998 to 2000: secondary data analysis. Journal of Wound

Ostomy & Continence Nursing, v. 29, n. 5, p. 234-241, 2002.

Alteração da pressão sanguínea

Definição conceitual

É quando a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos está alterada acima ou abaixo

(somente se sintomática) dos limites considerados normais.

Definição operacional

O investigador deverá aferir a pressão arterial do paciente. Se o resultado estiver acima

Continua

Page 53: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

52

(sintomático ou assintomático) de: PA sistólica 139 mmHg, PA diastólica 89 mmHg; ou inferior

e sintomático: PA sistólica 120 mmHg, PA diastólica 80 mmHg, a característica estará presente.

Referências

MALACHIAS, M.V.B.; et al. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol,

v. 107, n. 3, p. 1-103, 2016.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Diminuição da vasculatura viável e da formação de novos vasos

Definição conceitual

É a redução da vasculatura tecidual funcionante e da reconstrução da vasculatura tecidual.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente quanto à rede venosa (trajeto, calibre, estado da

parede, estado da pele adjacente, direção do fluxo sanguíneo, sensibilidade). Se ocorrer

alteração em um desses itens, a característica estará presente.

Referências

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2002.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Diminuição da elasticidade vascular/ Induração

Definição conceitual

É a diminuição da capacidade de distensão do vaso.

Definição operacional

O vaso tem sua capacidade de distensão diminuída, observando-se induração. O investigador

deverá examinar a rede vascular do paciente por meio da palpação, em busca de qualquer vaso

endurecido. Se algum vaso endurecido estiver presente, a característica estará presente.

Continua

Page 54: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

53

Referências

GUYTON, A.C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1. ed. São Paulo: Lemar,

2011.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

Função do membro prejudicada

Definição conceitual

É quando a função do membro em que ocorreu a punção venosa fica prejudicada.

Definição operacional

O investigador deverá realizar com o paciente o exame completo de membros superiores

(considerando que a punção é neste local). Ombros: Abdução (110º a 120º), rotação externa

(90º), rotação interna (180º); Cotovelos: extensão (0º ou 180º), flexão (45º ou 150 a 160º),

pronação (90º), supinação (90º), pronossupinação (90-180º para cada movimento); punhos:

flexão palmar (90º), extensão dorsal ou dorsiflexão (70º), desvio radial ou medial ou adução

(20º), desvio cubital ou lateral ou adução (30º). Se o exame estiver com algum desvio de

normalidade e não existir outro motivo (doença preexistente) para a alteração, a característica

estará presente.

Referências

ANDERSSON, A.P.; DAHLSTRØM, K.K. Clinical results after doxorubicin extravasation

treated with excision guided by fluorescence microscopy. European Journal of Cancer, v. 29,

n. 12, p. 1712-1714, 1993.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Dor

Definição conceitual

É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual real ou

potencial, ou descrita em termos de tais danos.

Continua

Page 55: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

54

Definição operacional

O investigador deverá interrogar o paciente sobre a sensação de dor e pedir que indique o local e

descreva o tipo da dor. Se a resposta for positiva e a dor ocorrer no local ou trajeto venoso da

punção, a característica está presente.

Referências

PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

MERSKEY, H. Description of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. In:

MERSKEY, H.; BOGDUK, N. Classification of chronic pain. 2 ed. Seattle: IASP Press, 1994.

Extravasamento

Definição conceitual

É o escape de solução quimioterápica para fora do leito vascular, independente da localização

do dispositivo no momento da punção, com propagação para tecidos circundantes capaz de

causar danos teciduais como necrose, e até ocasionar sequelas limitantes.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente questionando sobre a ocorrência de dor, observar a

presença de eritema, diminuição ou interrupção do fluxo de infusão, diminuição ou interrupção

do retorno venoso, edema no local da infusão. Se ocorrer eritema, associado ou não a um ou

mais desses sinais, o fator estará presente.

Referências

ANDERSSON, A. P.; DAHLSTROM, K. K. Clinical results after doxorubicin extravasation

treated with excision guided by fluorescence microscopy. European Journal of Cancer, v. 29,

n. 12, p. 1712-1714, 1993.

HARROLD, K.; GOULD, Dinah; DREY, N. The efficacy of saline washout technique in the

management of exfoliant and vesicant chemotherapy extravasation: a historical case series

report. European journal of cancer care, v. 22, n. 2, p. 169-178, 2013.

SHIMADA, C.S. Efeitos adversos no tratamento quimioterápico: uma visão para

enfermeiros e farmacêuticos. São Paulo: Planmark, 2009.

DHHS. Department of Health and Human Services. National Institutes of Health. National

Cancer Institute. Common Terminology Criteria for Adverse Events, 2009.

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1 ed. São Paulo: Lemar,

Continua

Page 56: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

55

2011.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

5.2 CONSENSO DOS ESPECIALISTAS ACERCA DOS COMPONENTES E

DEFINIÇÕES DO DIAGNÓSTICO TRAUMA VASCULAR

Após a realização do grupo focal e consenso entre os especialistas diante do

julgamento de cada item identificado na análise conceitual, alguns componentes foram

ajustados quanto ao rótulo e/ou definição, e houve a divisão de componentes devido à

abrangência e/ou alteração de local. Quanto aos atributos, foi sugerido compilar dano e lesão,

visto que são entendidos como sinônimos, ficando com um único termo: lesão vascular, além

de disfunção e necrose tissular.

Sobre os antecedentes, foram excluídos três itens – infusão de agente de interrupção

vascular (esse tipo de agente ainda não é utilizado clinicamente), procedimento cirúrgico

recente (os especialistas julgaram muito abrangente) e tipo de cateter venoso (este item foi

inserido em “técnica inadequada de punção venosa”).

E quatro foram acrescentados/ajustados, a saber: dispositivo de acesso venoso (indica

a presença de um dispositivo de acesso venoso), manipulação inadequada do local de punção

e das conexões (resultado da divisão do fator técnica inadequada de punção venosa e

manipulação do local da punção), trombocitopenia (transferido dos consequentes) e elevação

da pressão sanguínea (transferido dos consequentes). Destarte, mesmo com as alterações, o

quantitativo final de antecedentes (fatores relacionados) foi mantido, a saber: 13 itens.

No que tange aos consequentes, houve a transferência de dois itens para fatores

relacionados (trombocitopenia e elevação da pressão sanguínea) e um foi excluído

(diminuição da formação de novos vasos). E um item foi construído por sugestão dos

especialistas: hematoma. Ao final da análise pelos especialistas, o total de consequentes

(características definidoras) foi de 11 itens.

O resultado final dos componentes do diagnóstico após a validação pelos especialistas

está apresentado a seguir. O Quadro 6 descreve o rótulo, atributos, definição do diagnóstico,

fatores relacionados e características definidoras com suas respectivas definições conceituais

e definições operacionais.

Page 57: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

56

Quadro 6 - Proposta do diagnóstico Trauma Vascular com seus componentes e definições

conceituais e operacionais a partir da análise dos especialistas. Natal, 2018

Trauma Vascular

Atributos:

Lesão vascular

Disfunção

Necrose tissular

Definição

Lesão vascular que pode atingir estruturas adjacentes ao vaso, podendo ocasionar necrose

tissular e até disfunção.

FATORES RELACIONADOS

Infusão venosa de agente quimioterápico

Definição conceitual

Administração venosa de quimioterápicos, drogas que atuam no ciclo celular, aos pacientes

oncológicos como parte de sua terapia.

Definição operacional

Investigar sobre o uso de algum agente quimioterápico de infusão venosa. Se o paciente fizer

uso, o fator estará presente.

Referências

CHOW, A.Y.; et al. Anthracyclines cause endothelial injury in pediatric cancer patients: a pilot

study. Journal of clinical oncology, v. 24, n. 6, p. 925-928, 2006.

Infusão venosa de agente antiangiogênico

Definição conceitual

Administração venosa de antiangiogênicos, agentes que atuam impedindo a formação de novos

vasos, aos pacientes oncológicos como parte de sua terapia.

Definição operacional

Investigar sobre o uso de algum agente antiangiogênico. Se o paciente fizer uso, o fator estará

presente.

Continua

Page 58: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

57

Referências

BORJAN, B.; et al. The Aplidin analogs PM01215 and PM02781 inhibit angiogenesis in vitro

and in vivo. BMC cancer, v. 15, n. 1, p. 738, 2015.

Hipóxia

Definição conceitual

Oxigenação inadequada do tecido no nível celular com SpO2 inferior a 95%.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente, após pelo menos 5 minutos de repouso, com auxílio

de um oxímetro de pulso, e avaliar o nível de oxigenação sanguínea a partir do valor de SpO2.

Se o valor estiver inferior a 95%, o fator estará presente.

Referências

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2013.

Tempo de permanência prolongado de um dispositivo de acesso venoso

Definição conceitual

Permanência de dispositivo de acesso venoso periférico acima de 96 horas quando utilizado

curativo de filme transparente, ou acima de 48 horas quando utilizado curativo de gaze e fita

adesiva.

Definição operacional

O investigador deverá identificar por meio da inspeção a presença e as condições do cateter

venoso e em registros de prontuário avaliar o tempo de permanência do cateter. Se um cateter

periférico permanecer tempo superior a 96 horas quando utilizado curativo de filme

transparente, e superior a 48 horas quando utilizado curativo de gaze e fita adesiva, mesmo

respeitando as condições adequadas de manutenção: realização de flushing com solução de

cloreto de sódio 0,9% e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada administração

para prevenir mistura de medicamentos incompatíveis e o acesso sem sinais flogísticos, o fator

estará presente.

Continua

Page 59: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

58

Referências

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção

Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

CARDIM, N.; et al. Playing games with a thrombus: a dangerous match. Paradoxical embolism

from a huge central venous cathether thrombus: a case report. Cardiovascular ultrasound, v.

8, n. 1, p. 6, 2010.

MYERS, S.I.; et al. Vascular trauma as a result of therapeutic procedures for the treatment of

malignancy. Journal of vascular surgery, v. 14, n. 3, p. 314-319, 1991.

Dispositivo de acesso venoso

Definição conceitual

Cateter venoso implantado em veia periférica ou central de um paciente.

Definição operacional

O investigador deverá identificar por meio da inspeção a presença do cateter venoso central ou

periférico. Se o paciente tiver algum cateter implantado, o fator estará presente.

Referências

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção

Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

CARDIM, N.; et al. Playing games with a thrombus: a dangerous match. Paradoxical embolism

from a huge central venous cathether thrombus: a case report. Cardiovascular ultrasound, v.

8, n. 1, p. 6, 2010.

MYERS, S.I.; et al. Vascular trauma as a result of therapeutic procedures for the treatment of

malignancy. Journal of vascular surgery, v. 14, n. 3, p. 314-319, 1991.

Exposição a radioterapia

Definição conceitual

Exposição ao tratamento local ou locorregional para o câncer que utiliza equipamentos e

técnicas para irradiar áreas demarcadas do organismo humano.

Definição operacional

O investigador deverá interrogar o paciente e confirmar em prontuário se o mesmo realizou ou

Continua

Page 60: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

59

está em tratamento de radioterapia. Se a resposta for sim, o fator estará presente.

Referências

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: Abordagens básicas para o controle do

câncer. Rio de Janeiro: Inca, 2011.

DINARDI, A.U.; et al. Enfermagem em Radioterapia. São Paulo: Lemar, 2008.

Técnica inadequada de punção venosa

Definição conceitual

Ações inadequadas relacionadas à inserção de um dispositivo dentro do vaso sanguíneo.

Definição operacional

O investigador deverá avaliar o local da punção do paciente e o registro da punção para

identificar se a técnica de punção foi inadequada. Ações adequadas de punção devem considerar

os seguintes itens: escolha do dispositivo de punção (o material deve ser flexível e ter

propriedades compatíveis com o indivíduo e com a solução de infusão); calibre, onde a

recomendação é de dispositivos de menores calibres 22G ou 24G adequado para a veia; local de

punção (os locais indicados são: 1º antebraço, 2º dorso da mão, 3º pulso, 4a fossa antecubital);

uso de técnica asséptica durante a punção e em qualquer manipulação do dispositivo. Se pelo

menos um item da técnica de punção não estiver adequado, o fator estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PHILLIPS, L. D.; GORSKI, L. Manual of IV therapeutics: evidence-based practice for

infusion therapy. Philadelphia: Davis, 2014.

TORRES, M. M.; ANDRADE, D.; SANTOS, C. B. Punção venosa periférica: avaliação de

desempenho dos profissionais de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.

13, n. 3, p. 299-304, 2005.

Manipulação inadequada do local da punção e das conexões

Definição conceitual

Continua

Page 61: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

60

Ausência de técnicas assépticas, de cuidados na administração de medicamentos e com a

manutenção da permeabilidade do cateter.

Definição operacional

O investigador deverá a avaliar a equipe da unidade em que o paciente está em atendimento a

fim de identificar como ocorre a manipulação do local de punção e das conexões. Qualquer

manipulação do cateter ou conexões deve ocorrer com as mãos higienizadas e com luvas;

assepsia das conexões antes da administração de cada medicação; devem ser realizados flushing

com solução de cloreto de sódio 0,9% e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de

cada administração, para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis. Se algum dos itens

recomendados estiver inadequado durante a manipulação do cateter e conexões, o fator estará

presente.

Referências

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção

Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.

CAPUCHO R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PHILLIPS, L.D.; GORSKI, L. Manual of IV therapeutics: evidence-based practice for

infusion therapy. FA Davis, 2014.

Câncer

Definição conceitual

Conjunto de mais de 100 doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células,

podendo invadir tecidos e órgãos vizinhos.

Definição operacional

O investigador deverá questionar o paciente e confirmar no prontuário sobre o diagnóstico de

algum câncer. Se a resposta for positiva, o fator estará presente.

Referências

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer: Abordagens básicas para o controle do

Continua

Page 62: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

61

câncer. Rio de Janeiro: Inca, 2011.

Uso de bomba infusora

Definição conceitual

Utilização de um equipamento para controlar o fluxo de infusão.

Definição operacional

O investigador deverá identificar se existe alguma solução infundida por bomba. Este

dispositivo gera pressão positiva no vaso, podendo interferir na ocorrência de traumas

vasculares. Se houver a infusão por bomba de infusão, o fator estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

Tempo prolongado de infusão

Definição conceitual

Tempo de administração de quimioterapia superior ao recomendado.

Definição operacional

O investigador deverá identificar em prontuário o tempo de infusão de cada droga. As drogas

vesicantes não devem exceder 30 min. para a infusão completa (se a infusão for em acesso

venoso periférico); para as demais drogas, deve ser buscada a indicação do fabricante. Se o

tempo de infusão for superior ao recomendado, o fator estará presente.

Referências

CAPUCHO, R.C.; et al. Fatores de risco para trauma vascular durante a quimioterapia

antineoplásica: contribuições do emprego do risco relativo. Acta Paulista de Enfermagem, v.

25, n. 3, 2012.

Trombocitopenia

Definição conceitual

Diminuição do número de plaquetas na corrente sanguínea.

Continua

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62

Definição operacional

O investigador deverá avaliar o exame de contagem de plaquetas do paciente. Se o resultado do

exame estiver inferior a 150.000/mm³, o fator estará presente.

Referências

BONASSA, E.M.A.; GATO, M.I.R. Terapêutica oncológica para enfermeiros e

farmacêuticos. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.

FISCHBACH, F.T. DUNNING, M.B. Manual de enfermagem: exames laboratoriais e

diagnósticos. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

Elevação da pressão sanguínea

Definição conceitual

Força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos alterada acima dos limites considerados

normais.

Definição operacional

O investigador deverá aferir a pressão arterial (PA) do paciente. Se o resultado estiver acima de:

PA sistólica 139 mmHg e/ou PA diastólica 89 mmHg, a característica estará presente.

Referências

MALACHIAS, M.V.B.; et al. 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol,

v. 107, n. 3, p. 1-103, 2016.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS

Disfunção vascular

Definição conceitual

Perda da integridade funcional do vaso.

Definição operacional

O investigador deverá verificar o resultado de exame de ultrassonografia com Doppler. Se o

Continua

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63

paciente tiver evidência de disfunção venosa pelo Doppler, a característica estará presente.

Referências

ALENCAR, T.A.M.; MATIAS, K.F.S.; AGUIAR, B.C. Disfunções vasculares em membros

inferiores de ciclistas. Jornal Vascular Brasileiro, v. 12, n. 2, 2013.

LOPES, A.C. Tratado de clínica médica. São Paulo: Roca, 2006.

SBACV. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Projeto Diretrizes

SBACV. Trombose venosa profunda diagnóstico e tratamento. Planejamento e Elaboração -

Gestões 2012/2015. Brasília: SBAVC, 2015.

Diminuição do fluxo sanguíneo vascular

Definição conceitual

Redução do fluxo nos vasos sanguíneos.

Definição operacional

O investigador deverá verificar resultado de exame de ultrassonografia com Doppler. Se o

Doppler indicar fluxo venoso diminuído, a característica estará presente.

Referências

SMELTZER, S.C.; BARE, B. G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

SBACV. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Projeto Diretrizes

SBACV. Trombose venosa profunda diagnóstico e tratamento. Planejamento e Elaboração -

Gestões 2012/2015. Brasília: SBAVC, 2015.

Formação de trombo

Definição conceitual

Formação de trombos dentro de veias que resulta em obstrução parcial ou total do vaso.

Definição operacional

O investigador deverá verificar resultado de exame de imagem: ultrassonografia com Doppler,

ou Ressonância Magnética (este é indicado quando o Doppler é inconclusivo). Se o paciente

tiver exame de imagem positivo, a característica estará presente.

Continua

Page 65: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

64

Referências

SBACV. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Projeto Diretrizes

SBACV. Trombose venosa profunda diagnóstico e tratamento. Planejamento e Elaboração -

Gestões 2012/2015. Brasília: SBAVC, 2015.

Hematoma

Definição conceitual

Extravasamento de sangue que resulta em coleção do conteúdo abaixo da superfície cutânea.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente quanto à presença de algum local com alteração de

cor (coloração azulada) e que à palpação leve apresenta-se elevado em relação ao restante da

pele. Se esses sinais estiverem presentes, a característica estará presente.

Referências

CRAVEN, R.F.; HIRNLE, C.J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter

Definição conceitual

Sinais e sintomas que indicam infecção relacionada ao cateter venoso periférico ou central tais

como: eritema, edema, presença de exudato próximo ao cateter, febre e dor.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o local de inserção do cateter e identificar possíveis sinais e

sintomas de eritema (pele avermelhada próximo ao local de infusão), edema (realizar palpação

digital em local plano e observar a ocorrência do sinal de Godet, a região comprimida não

retornará ao mesmo nível da pele imediatamente); presença de exudato próximo ao cateter

(observar a drenagem de secreção purulenta ao redor da pele no local da inserção do cateter);

verificar a presença de febre (temperatura corporal superior a 37,8º C) e dor relacionada ao

cateter (em caso positivo, deve ser aplicada a escala de fácies ou analógica de dor, o examinador

irá mostrar a escala para o paciente e solicitar que ele marque com um “x” na face ou no número

que melhor representa o nível mais elevado da dor atual). Se o paciente tiver evidência de

qualquer um dos sinais/sintomas, com ou sem febre, a característica estará presente, entretanto a

Continua

Page 66: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

65

febre isolada não evidencia a característica.

Referências

BONASSA, E.M.A.; GATO, M.I.R. Terapêutica oncológica para enfermeiros e

farmacêuticos. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.

HARROLD, K.; GOULD, D.; DREY, N. The efficacy of saline washout technique in the

management of exfoliant and vesicant chemotherapy extravasation: a historical case series

report. European journal of cancer care, v. 22, n. 2, p. 169-178, 2013.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Atraso no tratamento infusional

Definição conceitual

Adiamento do tratamento além do tempo planejado devido à rede venosa do paciente

impossibilitada de receber o tratamento.

Definição operacional

O investigador deverá checar no prontuário do paciente qual o Protocolo de tratamento e qual a

rotina de infusão. Se o planejamento estiver adiado devido à impossibilidade de rede venosa, a

característica estará presente.

Referências

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1. ed. São Paulo: Lemar,

2011.

Necrose tissular

Definição conceitual

Continua

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66

Degeneração de um tecido por morte de suas células que apresenta aspecto amarelado ou

enegrecido.

Definição operacional

O investigador deverá inspecionar a pele do paciente e identificar qualquer área com presença

de lesão com tecido amarelado ou enegrecido. Se esses fatores estiveram presentes, a

característica estará presente.

Referências

HESS, C.T. Tratamento de feridas e úlceras. 4. ed, Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso

Editores, 2002.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

YOUNG, J. et al. Risk factors associated with pressure ulcer development at a major western

Australian teaching hospital from 1998 to 2000: secondary data analysis. Journal of Wound

Ostomy & Continence Nursing, v. 29, n. 5, p. 234-241, 2002.

Diminuição da elasticidade vascular

Definição conceitual

Diminuição da capacidade de distensão do vaso.

Definição operacional

O investigador deverá examinar a rede vascular do paciente por meio da palpação em busca de

qualquer vaso endurecido. Deve-se palpar cada veia por completo e identificar alguma área

endurecida. Se algum vaso estiver endurecido, a característica estará presente.

Referências

GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1. ed. São Paulo: Lemar,

2011.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Continua

Page 68: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

67

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem medico

cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

Função do membro prejudicada

Definição conceitual

A função do membro em que ocorreu a lesão vascular fica prejudicada.

Definição operacional

O investigador deverá realizar com o paciente o exame completo de membros superiores

(considerando que a lesão é neste local). Ombros: Abdução (110º a 120º), rotação externa (90º),

rotação interna (180º); Cotovelos: extensão (0º ou 180º), flexão (45º ou 150 a 160º), pronação

(90º), supinação (90º), pronossupinação (90-180º para cada movimento); punhos: flexão palmar

(90º), extensão dorsal ou dorsiflexão (70º), desvio radial ou medial ou adução (20º), desvio

cubital ou lateral ou adução (30º). Se o exame estiver com algum desvio de normalidade e não

existir outro motivo (doença preexistente) para a alteração, a característica estará presente.

Referências

ANDERSSON, A.P.; DAHLSTROM, K.K. Clinical results after doxorubicin extravasation

treated with excision guided by fluorescence microscopy. European Journal of Cancer, v. 29,

n. 12, p. 1712-1714, 1993.

HADAWAY, L.C. Preventing and managing peripheral extravasation. Nursing, v. 34, n. 5, p.

66, 2004.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Dor

Definição conceitual

Experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual real ou potencial, ou

descrita em termos de tais danos.

Definição operacional

O investigador deverá interrogar o paciente sobre a sensação de dor e pedir que indique o local e

descreva o tipo da dor. Além disso, deverá aplicar a escala de fácies ou analógica de dor,

solicitando que o paciente marque com um “x” na face ou no número que melhor representa o

nível mais elevado da dor atual. Se a resposta for positiva e a dor estiver relacionada ao local ou

trajeto venoso da punção, a característica está presente.

Continua

Page 69: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

68

Referências

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

MERSKEY, H. Description of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. In:

MERSKEY, H.; BOGDUK, N. Classification of chronic pain. 2 ed. Seattle: IASP Press, 1994.

Extravasamento

Definição conceitual

Escape de solução intravenosa para fora do leito vascular, independente da localização do

dispositivo no momento da punção, com propagação para tecidos circundantes que pode de

causar danos teciduais como necrose, e até ocasionar sequelas limitantes.

Definição operacional

O investigador deverá examinar o paciente questionando sobre a ocorrência de dor relacionada à

infusão (em caso positivo, deve ser aplicada a escala de fácies ou analógica de dor, o

examinador irá mostrar a escala para o paciente e solicitar que ele marque com um “x” na face

ou no número que melhor representa o nível mais elevado da dor atual); observar a presença de

edema (realizar palpação digital em local plano e observar a ocorrência do sinal de Godet, a

região comprimida não retornará ao mesmo nível da pele imediatamente); diminuição ou

interrupção do fluxo de infusão (observa-se um retardo do fluxo de infusão em relação ao

programado ou parada completa no gotejamento da solução em infusão); diminuição ou

interrupção do retorno venoso (ao testar o retorno venoso com auxílio de uma seringa conectada

à uma das vias do cateter, percebe-se o refluxo diminuído ou ausente); eritema no local da

infusão (pele avermelhada próximo ao local de infusão). Se ocorrer dor e/ou edema associados

ou não a um dos demais sintomas, a característica estará presente.

Referências

ANDERSSON, A.P.; DAHLSTROM, K.K. Clinical results after doxorubicin extravasation

treated with excision guided by fluorescence microscopy. European Journal of Cancer, v. 29,

n. 12, p. 1712-1714, 1993.

HARROLD, K.; GOULD, D.; DREY, N. The efficacy of saline washout technique in the

management of exfoliant and vesicant chemotherapy extravasation: a historical case series

Continua

Page 70: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

69

report. European journal of cancer care, v. 22, n. 2, p. 169-178, 2013.

SHIMADA, C.S. Efeitos adversos no tratamento quimioterápico: uma visão para

enfermeiros e farmacêuticos. São Paulo: Planmark, 2009.

DHHS. Department of Health and Human Services. National Institutes of Health. National

Cancer Institute. Common Terminology Criteria for Adverse Events, 2009.

PASSOS, P.; CRESPO, S. Enfermagem oncológica antineoplásica. 1. ed. São Paulo: Lemar,

2011.

PORTO, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2012.

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

5.3 VALIDAÇÃO CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA

VASCULAR

Para a avaliação das medidas de acurácia dos indicadores clínicos (características

definidoras) do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular, este estudo avaliou pacientes

submetidos à terapia antineoplásica. Serão apresentados a caracterização sociodemográfica e

clínica dos pacientes, os modelos de classe latente para o diagnóstico Trauma Vascular e a

probabilidade de ocorrência do diagnóstico Trauma Vascular a partir do modelo de classe

latente ajustado.

A Tabela 2 descreve a caracterização sociodemográfica dos participantes da pesquisa,

com base na estatística descritiva, indicando a frequência relativa e absoluta e medidas de

tendência central e dispersão.

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70

Tabela 2 - Caracterização sociodemográfica dos pacientes oncológicos em terapia

antineoplásica. Natal, 2018

Variáveis sociodemográficos n %

Sexo

Feminino 141 70,5

Masculino 59 29,5

Estado Civil

Com companheiro 137 68,5

Sem companheiro 63 31,5

Procedência

Interior 117 58,5

Capital 83 41,5

Religião

Praticante 174 87,0

Não Praticante 26 13,0

Ocupação

Beneficiado/Aposentado 144 72,0

Desempregado 43 21,5

Trabalha 7 3,5

Outro 6 3,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: Teste de Kolmogorov-Smirnov1; DP: Desvio padrão; Idade em anos*; Renda familiar em salários

mínimos (um salário equivale a R$ 954,00)§.

Os achados apontaram que a maioria dos participantes era do sexo feminino (70,5%),

com companheiro (68,5%), provenientes do interior do Estado do Rio Grande do Norte

(58,5%), praticantes de alguma religião (87%) e aposentados ou que recebiam algum

benefício (72%). Quanto à idade, a mediana foi 58 anos, sendo 6,50 a mediana referente aos

anos de estudo. O número de membros da família que residiam na mesma casa teve mediana

de 3,00 e a mediana da renda familiar foi igual a 1 salário mínimo, equivalente a R$ 954,00

no momento da coleta.

A Tabela 3 expõe a caracterização dos dados clínicos dos pacientes que participaram

da pesquisa, com base na estatística descritiva, indicando a frequência relativa e absoluta e

medidas de tendência central e dispersão.

Média Mediana DP* Mínimo Máximo Valor P1

Anos de estudo 7,18 6,50 6,48 0,00 18,00 0,000

Idade* 56,66 58,00 13,68 19,00 83,00 0,001

Membros da

família

3,48 3,00 1,57 1,00 8,00 0,000

Renda

familiar§

1,90 1,00 1,85 0,00 16,50 0,000

Page 72: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

71

Tabela 3 - Caracterização clínica dos pacientes oncológicos em terapia antineoplásica. Natal,

2018

Média Mediana DP Mínimo Máximo Valor P1

Tempo de início

do tratamento*

7,97 4,00 14,74 0,00 113,00 0,000

Nº de exposições

à quimioterapia

7,04 5,00 7,16 1,00 52,00 0,000

Legenda: Teste de Kolmogorov-Smirnov1; DP: Desvio padrão; Tempo em meses*.

Fonte: Dados da pesquisa (2018).

A avaliação clínica dos pacientes apontou uma maioria de pacientes com tumores

sólidos (89,5%), estando somente 11,5% fazendo também tratamento de radioterapia,

concomitante ao da quimioterapia. No que se refere ao adiamento do tratamento

quimioterápico, 33% relataram já ter adiado, e os motivos mais comuns foram neutropenia e

anemia.

Variáveis clínicas n %

Diagnóstico

Tumor sólido 179 89,5

Tumor não sólido 21 10,5

Radioterapia Atual

Não 177 88,5

Sim 23 11,5

Quimioterapia Adiada

Não 134 67,0

Sim 66 33,0

Intercorrência na Quimioterapia

Não 137 68,5

Sim 63 31,5

Intercorrência com o acesso venoso

Não 128 64,0

Sim 72 36,0

Hipertensão arterial

Não 122 61,0

Sim 78 39,0

Diabetes Mellitus

Não 165 82,5

Sim 35 17,5

Medicações em uso

Sim 134 67,0

Não 66 33,0

Etilismo

Não 174 87,0

Parou 23 11,5

Sim 3 1,5

Tabagismo

Não 127 63,5

Parou 66 33,0

Sim 7 3,5

Page 73: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

72

Quanto à intercorrência durante a quimioterapia, 31,5% já haviam vivenciado algum

episódio. Dentre os eventos, destacam-se: náusea, vômito, dor, hipotensão, hipertensão e

anafilaxia. Além disso, 36% relataram algum tipo de intercorrência relacionada ao cateter

venoso, dentre as quais salientam-se: edema, dor no local do acesso, hiperemia,

extravasamento, formação de trombo e hematoma.

No tocante às comorbidades, hipertensão arterial (39%) e diabetes (17,5%) foram as

mais frequentes. Quanto ao uso de medicações, 67% faziam uso de algum tipo de medicação,

dentre as quais estavam anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antieméticos, protetores

gástricos e analgésicos. Em relação aos hábitos de vida, a maioria não era etilista (87%) nem

tabagista (63,5%). No que se refere ao tempo de início de tratamento (em meses), a mediana

foi igual a 4,00. Sendo a mediana do número de exposições à quimioterapia 5,00.

A Tabela 4 apresenta a análise da acurácia dos indicadores clínicos do diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular, a partir do modelo de classe latente. Destaca-se que, embora o

diagnóstico tivesse 11 indicadores clínicos, cinco deles não estiveram presentes em nenhum

sujeito da amostra avaliada. Com isso, foram identificados três diferentes modelos ajustados

com base na análise de classes latentes clássica, incluindo em cada modelo três indicadores

clínicos.

Tabela 4 - Modelos de classe latente para o diagnóstico Trauma Vascular. Natal, 2018

Características Se IC95% Sp IC95%

Modelo 1

Hematoma 0,9988* 0,9796 1,0000 0,9808 0,2853 0,9998

Diminuição da elasticidade vascular 0,5129 0,0017 0,9693 0,8981¶ 0,8106 0,9385

Formação de trombo 0,0399 0,0008 0,8361 1,0000¶ 1,0000 1,0000

Prevalência: 25,09% AIC: 432,67 BIC: 455.76

Modelo 2 Se IC95% Sp IC95%

Hematoma 0,6726 0,1542 0,9437 0,7725¶ 0,6857 0,8255

Dor 0,7074 0,0417 0,9789 0,9505¶ 0,7967 0,9831

Sinais de infecção no sítio de inserção

do cateter 0,9917* 0,5521 1,0000 0,9821 0,2059 0,9993

Prevalência: 8,43% AIC: 461,95 BIC: 485,05

Modelo 3 Se IC95% Sp IC95%

Diminuição da elasticidade vascular 0,5503 0,1254 0,8549 0,8384¶ 0,7677 0,8852

Dor 0,6005 0,0562 0,9332 0,9573¶ 0,6076 0,9933

Sinais de infecção no sítio de inserção

do cateter 0,8944 0,0082 0,9973 0,9999¶ 0,9981 1,0000

Prevalência: 11,17% AIC: 431,96§ BIC: 455,04**

Legenda: AIC: Critério de Informação de Akaike; BIC: Critério de Informação Bayesiano. Se: Sensibilidade. Sp:

Especificidade. IC: Índice de confiabilidade. *Características definidoras que apresentaram sensibilidade para a

proposição diagnóstica. ¶Características definidoras que apresentaram especificidade para a proposição

diagnóstica. §Modelo selecionado com base no AIC. ** Modelo considerado com melhor ajuste pelo BIC.

Fonte: Dados da pesquisa.

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73

Na Tabela 4, observa-se a presença de três modelos ajustados da análise de classes

latentes, identificados a partir da combinação de três indicadores clínicos em cada. Para o

modelo 1, observa-se o valor de sensibilidade elevado do indicador “hematoma” e, quanto à

especificidade, os valores estiveram mais elevados para os indicadores: “Diminuição da

elasticidade vascular” e “Formação de trombo”.

No modelo 2, o indicador “Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter”

apresentou valor de sensibilidade mais elevado. E os valores elevados de especificidade foram

para “Hematoma” e “Dor”.

E, quanto ao modelo 3, todos indicadores clínicos analisados apresentaram valores

elevados de especificidade: “Diminuição da elasticidade vascular”, “Dor” e “Sinais de

infecção no sítio de inserção do cateter”.

Analisando-se todos os modelos construídos, o melhor modelo para a inferência

diagnóstica neste estudo foi o terceiro. Assim sendo, tem-se os indicados “Diminuição da

elasticidade vascular”, “Dor” e “Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter” com

elevados valores para especificidade.

A Tabela 5 apresenta a probabilidade de ocorrência do diagnóstico de enfermagem

Trauma Vascular, a partir dos três modelos de classe latente analisados.

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Tabela 5 - Probabilidades do diagnóstico Trauma Vascular a partir dos três modelos de classe

latente ajustados. Natal, 2018

Conj. Indicadores Clínicos n

Prob. Trauma

vascular

Aus. Pres.

Modelo 1 Hematoma

Diminuição da

elasticidade

vascular

Formação de trombo

1 0 0 0 132 1,00 0,00

2 0 1 0 15 1,00 0,00

3 1 0 0 26 0,10 0,90*

4 1 0 1 1 0,00 1,00*

5 1 1 0 25 0,01 0,99*

6 1 1 1 1 0,00 1,00*

Modelo 2 Hematoma Dor

Sinais de infecção no

sítio de inserção do

cateter

1 0 0 0 132 1,00 0,00

2 0 0 1 4 0,60 0,40

3 0 1 0 7 1,00 0,00

4 0 1 1 4 0,03 0,97*

5 1 0 0 39 1,00 0,00

6 1 0 1 4 0,18 0,82*

7 1 1 0 2 0,97 0,03

8 1 1 1 8 0,00 1,00*

Modelo 3

Diminuição da

elasticidade

vascular

Dor

Sinais de infecção no

sítio de inserção do

cateter

1 0 0 0 143 1,00 0,00

2 0 0 1 3 0,01 0,99*

3 0 1 0 7 0,91 0,09

4 0 1 1 6 0,00 1,00*

5 1 0 0 28 0,98 0,02

6 1 0 1 5 0,00 1,00*

7 1 1 0 2 0,61 0,39

8 1 1 1 6 0,00 1,00* *Conjuntos que apresentaram a proposição diagnóstica Trauma Vascular.

Fonte: Dados da pesquisa.

A partir dos 22 conjuntos construídos com as combinações dos indicadores clínicos,

foi possível identificar a proposição diagnóstica em 11 conjuntos. Considera-se o diagnóstico

como presente ou ausente quando sua probabilidade é superior a 0,5 em cada caso.

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6 PRODUTO FINAL: PROPOSIÇÃO DIAGNÓSTICA

Esta seção apresenta o produto final da presente pesquisa, a saber, a proposição do

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular, validado quanto ao conteúdo e clinicamente,

conforme o Quadro 7.

Quadro 7 - Proposta diagnóstica do Trauma Vascular para pacientes oncológicos submetidos

à terapia antineoplásica, com seus respectivos elementos: características definidoras e fatores

relacionados. Natal, 2018 Trauma Vascular

Domínio 11: Segurança e Proteção

Classe 2: Lesão física

Definição: Lesão vascular que pode atingir estruturas adjacentes ao vaso, podendo ocasionar

necrose tissular e até disfunção.

Características definidoras

Disfunção vascular

Diminuição do fluxo sanguíneo

vascular

Formação de trombo

Hematoma

Sinais de infecção no sítio de inserção

do catete

Atraso no tratamento infusional

Necrose tissular

Diminuição da elasticidade vascular

Função do membro prejudicada

Dor

Extravasamento

Fatores relacionados

Infusão venosa de agente

quimioterápico*

Infusão venosa de agente

antiangiogênico*

Hipóxia*

Tempo de permanência prolongado de

um dispositivo de acesso venoso

Dispositivo de acesso venoso*

Exposição à radioterapia*

Manipulação inadequada do local da

punção e das conexões

Câncer§

Uso de bomba infusora

Tempo prolongado de infusão

Trombocitopenia*

Elevação da pressão sanguínea

Legenda: *Condições associadas; §População de risco.

Fonte: Dados da pesquisa.

Page 77: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

76

A proposição aqui apresentada baseia-se no modelo da NANDA-Internacional 2015-

2017, visto que durante todo o desenvolvimento do estudo esta era a versão disponível. Nesse

sentido, os componentes do diagnóstico identificados na análise conceitual e validados por

especialistas e na clínica corroboram com esta versão.

A nova versão publicada da NANDA-Internacional (2018-2020) apresentou algumas

modificações relacionadas aos componentes do diagnóstico, dentre as quais se destaca o

acréscimo dos componentes “população de risco” e “condições associadas” (HERDMAN;

KAMITSURU, 2018).

Entende-se por população de risco um grupo de indivíduos com características

semelhantes que indicam maior grau de susceptibilidade a determinado evento, por exemplo,

características demográficas, hereditariedade, faixa etária, exposição a certos fatores. E

condições associadas são descritas como diagnósticos médicos, lesões, procedimentos,

dispositivos médicos ou agentes farmacêuticos. São condições não independentemente

modificadas pelos enfermeiros, mas que podem interferir na acurácia dos diagnósticos de

enfermagem (HERDMAN; KAMITSURU, 2018).

Fazendo uma análise do diagnóstico construído no presente estudo com a nova

estrutura da taxonomia, pode-se inferir como população de risco “pacientes submetidos à

terapia antineoplásica” e “pacientes com câncer”, e como condições associadas: “Infusão

venosa de agente quimioterápico”, “Infusão venosa de agente antiangiogênico”, “hipóxia”,

“Dispositivo de acesso venoso” e “trombocitopenia”.

Page 78: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

77

7 DISCUSSÃO

O câncer representa a doença da Modernidade, caracterizada como um fenômeno

multifatorial e multifacetado, que está além dos aspectos biológicos e pessoais do indivíduo,

incorporando um considerável aspecto social. Este fato influencia a tomada de decisões em

nível de saúde pública com o objetivo de prevenção, combate e cuidados paliativos da doença

(SAITO et al., 2015).

Dentre as modalidades de tratamento estão incluídas as terapias de controle

locorregional, cirurgia e radioterapia, e o tratamento sistêmico. As primeiras terapias

sistêmicas, a quimioterapia citotóxica clássica, tiveram início nos anos de 1940 e ainda são

usadas hoje, apesar dos eventos adversos (SAITO et al., 2015; BONASSA; GATO, 2012).

Com o advento das terapias-alvo direcionadas às alterações genéticas relacionadas ao

câncer do paciente, as reações adversas são menores e a qualidade de vida do paciente é

melhor, além do tempo de sobrevida que se prolonga (SAITO et al., 2015). Mas esta ainda é

uma realidade um pouco distante para pacientes do Brasil, especialmente aqueles atendidos

pelo Sistema Único de Saúde.

Para a administração da terapia sistêmica, os acessos venosos são grandes aliados. A

via intravenosa é mais utilizada devido à segurança quanto ao nível sérico da droga e

absorção, quando comparada a outras vias de administração. Sendo a rede venosa periférica

utilizada mais frequentemente para a infusão dos antineoplásicos (BONASSA; GATO, 2012;

SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).

Os enfermeiros têm papel essencial na atenção ao paciente oncológico submetido à

terapia sistêmica. Isso, pois eles são os profissionais responsáveis pela administração da

terapia e devem manejar os possíveis eventos das drogas. Destaca-se a toxicidade decorrente

do risco de extravasamento, como um dos principais efeitos adversos (FERREIRA; REIS;

GOMES, 2008; SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).

A ciência da Enfermagem utiliza uma linguagem padronizada para a comunicação dos

diagnósticos. Dessa maneira, os enfermeiros conseguem comunicar-se entre si e com a equipe

de forma singular, além possibilitar cuidados específicos e com base nos diagnósticos

(HERDMAN; KAMITSURU, 2015).

Nesse contexto, o presente estudo validou o diagnóstico de enfermagem “Trauma

Vascular” em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Sabe-se que a

infusão de agente quimioterápico, agente antiangiogênico e outros agentes pela via

Page 79: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

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intravenosa faz parte do tratamento dos pacientes oncológicos, entretanto representa fatores

capazes de predispor à ocorrência do trauma vascular.

Estudos corroboram no que tange aos quimioterápicos, pois drogas vesicantes ou

irritantes, se entram em contato com a camada íntima do vaso ou espaço extravascular, podem

causar lesões (CHOW et al., 2006; IBRAHIM et al., 2013; SAITO et al., 2015; ARREGUY-

SENA et al., 2009). Quanto aos agentes antiangiogênicos, existe uma interferência na

formação de novos vasos, especialmente tumoral, mas estudos relatam que esse efeito pode

atingir células sadias (TERME; TARTOUR; TAIEB, 2013; BERTELSEN et al., 2014).

Nesse contexto, a reação ocasionada pelo câncer no ambiente vascular tumoral gera

reações com a liberação de radicais livres de oxigênio, resultando na diminuição de oxigênio

ou isquemia e morte celular (GUTMAN et al., 1996). Estudo apresenta que algumas células

tumorais sofrem mutações adaptativas em decorrência da hipóxia. Este fato caracteriza maior

agressividade da doença e resistência à terapia sistêmica (BRITO; SCHIAVON; MARANA,

2011).

A presença de um dispositivo de acesso venoso e tempo de permanência foi outro

antecedente do conceito. Estudos apontam que a presença do cateter é uma porta aberta para a

entrada de microrganismos na corrente sanguínea e esse risco se eleva junto com o tempo

prolongado de permanência do cateter (SOARES et al., 2012; BRASIL, 2017). A Anvisa, na

última revisão de medidas de prevenção de infeção, prevê um tempo máximo de manutenção

de cateter periférico de 96 horas, desde que com curativo estéril impermeável e sem sinais

flogísticos (BRASIL, 2017).

A análise do conceito apontou ainda a exposição à radioterapia como antecedente, pois

relatos apresentaram que, em pacientes submetidos à quimioterapia e radioterapia, não é

possível mensurar seguramente o que ocasiona o dano vascular (CHOW et al., 2006).

O procedimento cirúrgico recente foi identificado como antecedente ao conceito

dentro de uma visão ampliada do trauma vascular. Tendo em vista a cirurgia com uma das

modalidades de tratamento do paciente oncológico e a trombose venosa profunda como um

possível consequente do conceito neste complexo. Corroborando, a Sociedade Brasileira de

Angiologia e de Cirurgia Vascular (2015) apresentou os seguintes fatores de risco desse

evento: idade avançada, câncer, procedimentos cirúrgicos e imobilização.

Sabe-se que a técnica de punção, a escolha do dispositivo de punção compatível com a

veia do paciente e a manipulação do local de punção são fatores que podem influenciar para a

ocorrência do trauma. Assim, a técnica inadequada de punção venosa e manipulação do local

da punção e tipo do cateter venoso: material, calibre inadequados foram identificados com

Page 80: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

79

antecedentes do conceito. Autores apontam que a escolha do calibre requer atenção do

profissional e que dispositivos menores são preferíveis para a infusão de quimioterapia, por

diminuírem o risco de trauma durante a inserção e possibilitarem a recirculação de sangue ao

redor do dispositivo (RODRIGUES et al., 2012; BONASSA; GATO, 2012).

O próprio câncer é uma condição de vulnerabilidade para o paciente. Corroborando,

estudo sobre fatores de risco para o trauma vascular identificou que condições de saúde e

tratamento em curso são questões que desencadeiam direta ou indiretamente o trauma

(ARREGUY-SENA et al., 2009).

Além disso, o tempo prolongado de infusão e uso de bomba infusora são fatores que

podem anteceder o trauma. Estudos relataram que o fluxo de infusão pode predispor ao

trauma, sendo infusões com volume superior a 90 ml/h, com maior risco. Ainda, drogas

vesicantes e irritantes devem ser infundidas em menor tempo, não excedendo 30 minutos, no

caso de infusões por acesso venoso periférico (ARREGUY-SENA et al., 2009; RODRIGUES

et al., 2012). Destaca-se ainda que alguns volumes não possíveis de infundir num tempo tão

curto, porém o risco se eleva com o tempo de contato entre a parede do vaso com a droga.

Como consequentes do conceito, identificaram-se a disfunção vascular e a diminuição

do fluxo sanguíneo vascular como resultados do efeito das drogas antineoplásicas. Estudos

apontam que pacientes avaliados após tratamento de câncer têm evidência de disfunção

vascular em comparação com pessoas saudáveis. Relacionado a isto, ocorre um aumento da

permeabilidade vascular, que resulta na diminuição do fluxo sanguíneo (MULROONEY et

al., 2013; JACOBETZ et al., 2012).

Nesse contexto, percebeu-se a alteração da pressão sanguínea que pode ser expressa

como hipotensão ou hipertensão. Estudo apresentou que o dano endotelial era frequente em

pacientes e nestes havia ocorrência de hipotensão (ESKENS et al., 2014). A hipertensão foi

apontada por estudo como influenciada por estruturas vasculares anormais em pacientes com

câncer pós-terapia e o mesmo estudo ainda destacou o risco de doença cardiovascular

aumentado nesses pacientes (IBRAHIM et al., 2013).

Outro consequente extraído da análise foi formação de trombo. Autores relataram que

indivíduos com câncer, somente pela doença, já têm uma predisposição maior ao

tromboembolismo e, somado a isso, os dispositivos de acesso venoso representam um risco

mais elevado para essa clientela (BATRA; DAVIES; WHEATLEY, 2009; CARDIM et al.,

2010; SBACV, 2015).

A trombocitopenia é um evento comum nos pacientes oncológicos, sendo apresentado

pela análise como um possível consequente do trauma vascular. Corroborando, estudos

Page 81: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

80

apontam que a trombocitopenia é a segunda alteração hematológica mais frequente entre

pacientes em tratamento quimioterápico (FERREIRA et al., 2013; ANDRADE; SAWADA;

BARICHELLO, 2013). Além disso, em revisão realizada para avaliar complicações

relacionadas ao uso de cateter totalmente implantado, identificou-se a ocorrência de

trombocitopenia evidenciada por hematomas (SILVA; CAMPOS, 2009).

A diminuição da vasculatura viável e da formação de novos vasos também foi extraída

como consequente do trauma, pois, à medida que o trauma se configura, a rede vascular dos

sujeitos torna-se menos viável, e observou-se a interferência na formação de novos vasos.

Algumas terapias intravenosas utilizadas para o tratamento do câncer influenciam

diretamente na formação de novos vasos, as drogas antiangiogênicas, sendo esse efeito

predominantemente nos vasos tumorais, embora se perceba a influência nos vasos normais.

Nesse sentido, o trauma resulta em dano a determinados vasos e ainda inibição da formação

de novos (SIEMANN; SHI, 2004; BORJAN et al., 2015).

A diminuição da elasticidade vascular emergiu como outro consequente da análise.

Observa-se que pacientes submetidos à quimioterapia, ao longo do tempo, apresentam

enrijecimento das veias. Tal fato resulta em paredes vasculares com fibras elásticas mais

frágeis ao estresse e com maior risco de escape de conteúdo vascular para o espaço

extravascular (GUTMAN et al., 1996; KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013;

RODRIGUES, 2010).

A dor é uma consequência frequente do trauma vascular. Pacientes em tratamento

quimioterápico referem dor em ardência ou queimação no local de inserção do cateter,

durante a punção e durante a infusão (KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013;

RODRIGUES, 2010; BRITO; LIMA, 2012).

Observou-se também a ocorrência de “sinais de infecção no sítio de inserção do

cateter” como consequente. Destacam-se os sinais flogísticos eritema, edema, dor, presença

de exudato próximo ao cateter e febre. Esses achados podem ocorrer devido a uma ação física,

química ou mecânica da terapia intravenosa (BARBOSA et al, 2015). Pesquisas reafirmam a

importância de manter um cuidado seguro com o cateter venoso, a fim de prevenir a

ocorrência de infecções (REIS et al., 2008; BARBOSA et al., 2015).

Os itens extravasamento, necrose tissular e função do membro prejudicada foram

descritos em consequência do trauma. Embora, no presente estudo, o extravasamento não

tenha sido evidenciado. Provavelmente devido às medidas preventivas aplicadas pela equipe

de enfermagem na unidade de pesquisa. Esta ainda representa uma toxicidade dermatológica

Page 82: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

81

grave em pacientes submetidos à quimioterapia. Sendo assim, enfermeiros precisam ser

capacitados para a assistência com esses pacientes (REIS et al., 2008; BRITO; LIMA, 2012).

As reações cutâneas mais severas decorrentes do extravasamento ocorrem com drogas

vesicantes, devido ao escape para o tecido vizinho à veia puncionada, com irritação severa,

destruição tecidual e até necrose tissular. Em casos mais graves, a lesão pode ocasionar

prejuízo ao membro comprometido com a lesão (ANDERSSON; DAHLSTROM, 1993;

FERREIRA; REIS, 2008).

Como consequente do trauma vascular, emergiu ainda o atraso no tratamento

infusional. Estudo realizado com pacientes em tratamento quimioterápico para câncer de

mama apontou que o uso de acesso venoso periférico para o tratamento quimioterápico é

restrito ao longo do tempo, visto que a rede venosa das pacientes não tem tempo hábil para se

recuperar, podendo gerar um atraso no tratamento em decorrência da falta de acesso venoso

viável (CUSTÓDIO, 2016).

Nove especialistas validaram o conteúdo construído na análise de conceito em um

grupo focal. A estratégia de grupo focal permitiu aos especialistas um encontro com o

conceito e a análise profunda de cada componente e definição. Ao decorrer dos encontros a

fala de cada integrante foi sempre valorizada e todos eram incentivados a se expressar.

Levando-se em conta o consenso do grupo para qualquer mudança.

Alguns itens foram ajustados quanto ao rótulo e/ou definição, houve a divisão de

componentes devido à abrangência, transposição de local, ou seja, componentes identificados

na análise como consequentes foram alterados para antecedentes e alguns componentes foram

construídos nesta etapa.

Considerando que dano e lesão são sinônimos, o grupo sugeriu manter um único termo

dentre os atributos e a opção foi “lesão vascular”, obtendo-se um total de três atributos. E, a

partir desses, o Trauma Vascular foi definido como: “Lesão vascular que pode atingir

estruturas adjacentes ao vaso, podendo ocasionar necrose tissular e até disfunção”.

O antecedente “Infusão de agente de interrupção vascular” foi excluído pelo consenso

do grupo focal, visto que essa classe terapêutica ainda não existe em fase clínica, somente em

fase pré-clínica.

O fator relacionado “Presença de um dispositivo de acesso venoso e tempo de

permanência” o grupo sugeriu dividir em dois fatores: “Tempo de permanência” e “Presença

de um dispositivo de acesso venoso”, tendo em vista a abrangência do termo para ser avaliado

em um único item.

Page 83: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

82

O grupo focal indicou a exclusão do fator relacionado “Procedimento cirúrgico

recente”, pois entendeu tratar-se de um item amplo no campo do paciente oncológico e com

pouca influência direta para a ocorrência do DE.

O FR “Técnica inadequada de punção venosa e manipulação do local da punção” foi

divido em dois fatores: “Técnica inadequada de punção venosa” e “Manipulação do local da

punção”, por se entender que a punção e a manipulação do cateter são processos diferentes,

apesar de durante a punção também ocorrer a manipulação do cateter. Além disso, o item

“Tipo do cateter venoso: material, calibre” foi compilado junto ao fator “Técnica inadequada

de punção venosa”.

Quanto aos consequentes, os especialistas julgaram mais adequada a transferência do

item “Trombocitopenia” para os antecedentes, pois em consenso justificaram que os pacientes

com níveis menores de plaquetas terão uma predisposição maior para a ocorrência de trauma.

Foi sugerida a elaboração da CD “hematoma” pelo grupo, pois entenderam se tratar de

um item frequente nos pacientes submetidos à terapia por via intravenosa e que reflete o

trauma venoso. Assim, essa característica foi construída após a análise pelos especialistas.

Os especialistas sugeriram a alteração da CD “Alteração da pressão sanguínea”, pois

em consenso entenderam que a elevação da pressão tem efeito mais notório para o trauma

vascular. Nesse contexto, a decisão foi a alteração do termo para “elevação da pressão

arterial” e a transferência do item para fator relacionado.

Para a análise da acurácia dos indicadores clínicos foram avaliados 200 pacientes. O

perfil sociodemográfico dos pacientes oncológicos nas entrevistas foi semelhante ao presente

em outro estudo (SOUZA; SIMÃO; LIMA, 2012; PEREIRA et al., 2013). Considerando que,

no Estado do RN, a Liga Contra o Câncer é referência no tratamento em oncologia, é natural

que se tenha um quantitativo expressivo de pacientes do interior do estado.

A maioria dos pacientes entrevistados tinha tumores sólidos, conforme apresentado

pelo Instituto Nacional do Câncer (2018), sendo a prevalência de câncer de mama em

mulheres e de próstata em homens. Quanto ao quantitativo de pacientes que também fizeram

radioterapia durante a quimioterapia, isso se deve ao protocolo previsto. Dois estudos relaram

que, embora cada modalidade de tratamento tenha suas complicações potenciais, a

concomitância hoje não é considerada fator capaz de aumentar toxicidades, porém traz uma

melhora na sobrevida do paciente, devendo cada caso ser avaliado com sua indicação

(BUENO; MAGALHÃES; MOREIRA, 2012; FARIA et al., 2001).

No que se refere ao adiamento do tratamento quimioterápico, os pacientes relataram já

ter adiado, e os motivos mais comuns foram neutropenia e anemia. Esses resultados

Page 84: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

83

corroboram com estudo experimental, em que as principais toxicidades hematológicas foram

neutropenia e anemia (CUNHA, 2014). Outro estudo avaliou 116 pacientes em quimioterapia

e identificou 63,3% de casos de neutropenia, fato que resultou em suspensão do tratamento

até a melhora do quadro (NASCIMENTO et al., 2014).

Durante a quimioterapia, os pacientes apresentaram: náusea, vômito, dor, hipotensão,

hipertensão e anafilaxia. Estudos que analisaram a ocorrência de eventos adversos em

pacientes submetidos à quimioterapia apresentam resultados semelhantes, ademais, enfatizam

que, embora os casos de anafilaxia não sejam muitos, é de suma importância manter a

vigilância constante (SOARES et al., 2009; REIS et al., 2008; BERTOLAZZI et al., 2015).

Além disso, os pacientes relataram algum tipo de intercorrência relacionada ao cateter

venoso, a saber: edema, dor no local do acesso, hiperemia, extravasamento, formação de

trombo e hematoma. Resultados anteriores apoiam esses achados, sendo ocorrências

registradas em pacientes submetidos à terapia antineoplásica. Destaca-se o extravasamento

como evento de atenção constante para enfermeiros, visto que pode causar danos graves ao

paciente (REIS et al., 2008; SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).

No tocante às comorbidades, a hipertensão arterial e diabetes foram mais frequentes.

E, sobre hábitos de vida, a maioria não era etilista nem tabagista. Esses achados são opostos

aos apresentados em outro estudo, em que a maioria dos pacientes oncológicos apresentava

outra comorbidade, e tinha hábito de fumar e/ou beber (FEITOSA; PONTES, 2011).

O diagnóstico avaliou 11 indicadores clínicos nos pacientes, entretanto cinco não

estiveram presentes em nenhum sujeito da amostra avaliada, foram eles: “Disfunção

vascular”, “Atraso no tratamento infusional”, “Necrose tissular”, “Função do membro

prejudicada” e “Extravasamento”.

Acredita-se que, devido à prática institucional com medidas de prevenção de

extravasamento, esse evento não foi evidenciado na presente pesquisa. Em consequência, não

houve presença de necrose e de prejuízo ao membro. Entende-se isso como um achado

positivo, pois afirma a qualidade do cuidado da equipe de enfermagem.

Quanto ao atraso no tratamento infusional, embora alguns pacientes tenham relatado

essa experiência, o motivo não estava relacionado à dificuldade ou falta de condições de

acesso venoso para a infusão de terapia. Sendo assim, nenhum paciente da amostra apresentou

atraso, apesar da existir uma piora da rede venosa com o passar da terapia.

E a “Disfunção vascular” requer um exame de imagem para constatação. Como os

pacientes só fazem esse tipo de exame conforme a indicação médica, além disso, custa caro,

Page 85: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

84

entre os sujeitos avaliados nenhum havia realizado. Todavia, não se exclui a possibilidade de

esse indicador ter sido prejudicado na avaliação.

Assim sendo, seis indicadores foram analisados a partir de três diferentes modelos

ajustados na análise de classes latentes clássica, incluindo três indicadores clínicos em cada. O

modelo que melhor representou a inferência do diagnóstico Trauma Vascular esteve presente

em 11,17% da amostra e foi representado pelos indicadores “Diminuição da elasticidade

vascular”, “Dor” e “Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter”, os quais tiveram altos

índices de especificidade para o diagnóstico.

Diminuição da elasticidade vascular resulta da perda de fibras elásticas dos vasos,

tornando-os mais enrijecidos, com maior risco de transfixação durante a punção e ainda

menos resistentes à infusão de grandes volumes, pois as fibras que revestem o vaso são mais

sensíveis (KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013). A diminuição da

elasticidade do vaso foi identificada em pesquisa com pacientes oncológicas como evidência

do trauma vascular (RODRIGUES, 2010).

Contrariamente, pesquisa avaliou pacientes durante tratamento quimioterápico e não

identificou diminuição da elasticidade vascular ao final do tratamento (SOARES; ALMEIDA;

GOZZO, 2012). Porém destaca-se que a amostra foi somente de 20 pacientes. Acredita-se que

a realização de estudo posterior ampliando a população seja válida.

A “Diminuição da elasticidade vascular” mostrou-se como um indicador clínico

específico ao diagnóstico de enfermagem. A especificidade é a característica do indicador que

representa a proporção de indivíduos sem diagnóstico e sem a característica definidora.

Assim, elevados valores de especificidade refletem boa habilidade de confirmar o diagnóstico

(LOPES; SILVA, 2017).

Outro indicador com elevado índice de especificidade foi “Dor”. Esse evento é comum

nos pacientes oncológicos, e relacionado à terapia intravenosa os relatos são frequentes.

Estudos relatam características definidoras do trauma vascular em pacientes atendidos em

urgência e a dor no local de inserção e trajeto do cateter foi evidente nos pacientes

(KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA, 2013; KREMPSER, 2014; ARREGUY-

SENA, 2002).

Por fim, o indicador mais específico foi “Sinais de infecção no sítio de inserção do

cateter”, tendo valor 99,99% de especificidade. Os pacientes em quimioterapia ou submetidos

a alguma terapia intravenosa estão susceptíveis a infecção no local do cateter. A presença de

secreção no sítio de inserção do cateter, eritema, dor e edema são características evidentes que

Page 86: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

85

compõem esses sinais (REIS et al., 2008; KREMPSER; ARREGUY-SENA; BARBOSA,

2013; KREMPSER, 2014; ARREGUY-SENA, 2002).

O paciente oncológico é mais susceptível a infecções devido ao estado imunológico

prejudicado pela própria doença e pela terapia. Somado a isso, outros fatores que interferem

no risco de infecções no sítio de inserção do cateter são a punção e manipulação inadequadas

do local e ainda o tempo de permanência prolongado do cateter (BRASIL, 2017). Sabendo

disso, o enfermeiro é o profissional-chave para intervir nesse diagnóstico.

Assim, três indicadores clínicos acurados predizem o diagnóstico Trauma Vascular em

pacientes submetidos à terapia antineoplásica, a saber: “Diminuição da elasticidade vascular”,

“Dor” e “Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter”. Outrossim, ressalta-se o papel do

enfermeiro na identificação de diagnósticos em populações específicas, com o objetivo de

melhorar a qualidade do cuidado a pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia. Para

tal, propõe-se o fenômeno “Trauma Vascular” como diagnóstico de enfermagem válido

clinicamente para essa clientela.

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86

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o diagnóstico Trauma Vascular é válido quanto ao conteúdo e na

clínica é possível afirmar que ele é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica a partir da análise dos seguintes indicadores: Diminuição do fluxo sanguíneo

vascular, Formação de trombo, Hematoma, Sinais de infecção no sítio de inserção do cateter,

Diminuição da elasticidade vascular e dor.

Para isso, foi analisado, inicialmente, o conceito “trauma vascular” em pacientes

submetidos à terapia antineoplásica. Mediante a análise de conceito, obtiveram-se quatro

atributos, 13 antecedentes e 13 consequentes. A partir da segunda etapa, com a análise de

especialistas, encontrou-se um total de três atributos, 13 fatores relacionados e 11

características definidoras. Após a análise do conteúdo, o diagnóstico foi validado na clínica

em 200 pacientes.

O diagnóstico esteve presente em 11,17% dos pacientes entrevistados. Os indicados

clínicos “Diminuição da elasticidade vascular”, “Dor” e “Sinais de infecção no sítio de

inserção do cateter” apresentaram elevados valores para especificidade. Esses indicadores têm

importância substancial para a confirmação da presença do diagnóstico. Assim sendo, o

estudo sustenta a tese de que o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular é válido para

pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica.

Como limitação do estudo observamos itens relacionados à utilização da metodologia

transversal: inclusão de pacientes em ciclo inicial do tratamento, visto que têm uma

probabilidade de ter uma rede venosa mais bem preservada; falta de registro sobre o tempo de

início e término da infusão de cada medicamento, impossibilitando a coleta do dado “Tempo

prolongado de infusão”; e avaliação num único momento, visto que alguns pacientes

manifestam um determinado trauma e este precisa ser acompanhado posteriormente. Assim,

sugere-se a realização de estudos longitudinais com essa clientela para acompanhar a

manifestação do diagnóstico ao longo de um tempo.

Espera-se, com os resultados do presente estudo, contribuir para o manejo do cuidado

de pacientes submetidos à terapia antineoplásica que apresentem trauma vascular e, assim,

melhorar a qualidade de vida e a segurança dos pacientes. Outrossim, espera-se contribuir

para a Sistematização da Assistência de Enfermagem, a implementação do Processo de

Enfermagem e o estabelecimento mais seguro do diagnóstico, a partir da acurácia dos

indicadores clínicos estudados.

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87

Nesse contexto pretende-se construir um protocolo de cuidados focado nas intervenções

para o trauma vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica, no

sentido de padronizar o cuidado a essa clientela.

Além disso, acredita-se que o diagnóstico estudado possa ser incorporado ao corpo de

diagnósticos indexados da Nanda Internacional junto com outros estudos já realizados acerca

desse DE, que juntos são capazes de dar subsídios para a inclusão do “Trauma Vascular” de

maneira padronizada e dessa forma poderá ser aplicado por enfermeiros de qualquer lugar do

mundo.

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APÊNDICES

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99

APÊNDICE A - Protocolo da revisão integrativa da literatura.

PROTOCOLO DA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Tema: Conceito de Trauma Vascular em pacientes submetidos à terapia antineoplásica.

1) Objetivo: Identificar qual é o conhecimento existente na literatura acerca dos componentes

do conceito Trauma Vascular em pacientes submetidos à terapia antineoplásica, bem como suas

definições conceituais.

2) Questões norteadoras

Qual o conceito de Trauma Vascular em pacientes submetidos à terapia antineoplásica?

Quais são os atributos do conceito?

Quais são os antecedentes/fatores relacionados do conceito?

Quais são os consequentes/características definidoras do conceito?

Quais são as definições conceituais e operacionais para os antecedentes/fatores

relacionados e consequentes/características definidoras do conceito Trauma Vascular

em pacientes submetidos à terapia antineoplásica?

3) Estratégias para a busca dos artigos

3.1 Base de dados

Base de dados 01: Science Direct

Base de dados 02: Web of Science

Base de dados 03: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde).

Base de dados 04: PUBMED (National Library of Medicine and Nattional Institutes of

Health)/ MEDLINE.

Base de dados 05: CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health

Literature).

Base de dados 06: SCOPUS.

Base de dados 07: COCHRANE.

3.2 Descritores e sinonímias

3.2.1 Decs (Descritores em Ciências da

Saúde) Mesh (Medical Subject Headings)

1#Lesões Vasculares 1#Vascular injuries

2#Vasos sanguíneos 2#Blood vessels

3#Quimioterapia 3#Antineoplastic agents

3.3 Cruzamentos

CRUZAMENTO 1: 1# AND 2# AND 3#

CRUZAMENTO 2: 1# AND 3#

CRUZAMENTO 3: 2# AND 3#

4) Seleção dos estudos: leitura flutuante.

4.1 Critérios de inclusão:

Artigos completos disponíveis nas bases de dados selecionadas;

Artigos disponíveis nos idiomas português, inglês ou espanhol;

Estudos que abordem o conceito Trauma Vascular em pacientes submetidos à terapia

antineoplásica.

4.2 Critérios de exclusão:

Editoriais;

Cartas ao editor;

Resumos;

Opinião de especialistas;

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100

Artigos de revisão.

5) Avaliação dos estudos inclusos

Leitura profunda dos estudos selecionados, com vistas a selecionar os dados a serem

extraídos dos estudos.

6) Estratégia para a extração de dados dos estudos

Instrumento com dados sobre a caracterização do estudo e dados sobre os atributos,

antecedentes/fatores relacionados, consequentes/características definidoras, definições

conceituais e operacionais referentes ao conceito Trauma Vascular, contidos em cada artigo

(APÊNDICE B).

7) Estratégia para a análise/interpretação e síntese dos dados

Análise de conceito.

Construção de quadro sintético com a caracterização dos estudos selecionados;

Construção de quadro com a síntese dos itens: definições do conceito Trauma Vascular,

os fatores relacionados, características definidoras extraídos da literatura e suas definições

conceituais e empíricas.

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101

APÊNDICE B – Instrumento para a extração dos dados da revisão integrativa

Identificação ( )

Base de dados

Referência

Idioma

Revista de

publicação

Ano de publicação

Objetivo

Tipo do estudo

Local de

desenvolvimento do

estudo

População com que

o estudo foi

desenvolvido

Cenário

Resultado

Conclusão

Usos do conceito

Atributos

Antecedentes

Consequentes

Conceitos

relacionados

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102

APÊNDICE C – Carta-convite aos especialistas para participação no estudo (2ª etapa)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

CARTA-CONVITE

Prezado enfermeiro especialista,

Sou doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte e estou desenvolvendo a pesquisa intitulada “Validação do

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica”, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira.

Venho, por meio desta, solicitar a sua colaboração na análise de conteúdo do

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular, o qual será submetido à validação. O estudo

objetiva validar conceitual e clinicamente o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular

focado para os pacientes submetidos à terapia antineoplásica.

Dessa forma, o(a) Sr.(a) precisará participar de um grupo focal a ser realizado no

Departamento de Enfermagem-UFRN, durante seis encontros, com duração máxima de três

horas cada, no qual o(a) Sr.(a) participará de debates sobre a apreciação do diagnóstico

Trauma Vascular, sendo destacados os itens: definição do rótulo do diagnóstico de

enfermagem proposto, fatores relacionados e características definidoras a serem inclusos no

referido diagnóstico e suas definições operacionais e conceituais. Assim, a partir desses

encontros, o(a) Sr.(a) discutirá com outros participantes sobre essa temática, com vistas a

atingir um consenso sobre possíveis modificações no conteúdo construído na análise

conceitual do diagnóstico proposto.

Caso aceite participar desta pesquisa, peço que confirme por e-mail sua participação

para que possamos enviar a data da primeira reunião. Aguardamos sua resposta e desde já

agradecemos por sua honrosa colaboração.

Atenciosamente, Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva (Doutoranda) e Ana Luisa Brandão de

Carvalho Lira (Orientadora)

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103

APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Especialistas (2ª

etapa)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Esclarecimentos

Este é um convite para o(a) Sr.(a) participar de pesquisa “Validação do diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica”,

que está sendo desenvolvida por Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva, sob a orientação da

Prof.ª. Dr.ª Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira.

Sua participação é voluntária, o que significa que o(a) Sr.(a) poderá desistir a qualquer

momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou

penalidade.

Esta pesquisa objetiva validar o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em

pacientes submetidos à terapia antineoplásica. Para isso, na primeira etapa, identificaremos o

conhecimento produzido na literatura acerca dos componentes (definição, antecedentes e

indicadores clínicos) desse diagnóstico de enfermagem. Em seguida, construiremos as

definições conceituais e as referências empíricas dos indicadores desse diagnóstico. E nesta

etapa verificaremos com especialistas a adequação das definições construídas para o

diagnóstico em questão.

Caso decida aceitar o convite, o(a) Sr.(a) será submetido(a) ao(s) seguinte(s)

procedimentos: precisará compor um grupo focal a ser realizado no Departamento de

Enfermagem-UFRN, durante seis encontros, com duração máxima de três horas cada, no qual

o(a) Sr.(a) participará de debates sobre a apreciação do diagnóstico Trauma Vascular, sendo

destacados os itens: definição do rótulo do diagnóstico de enfermagem proposto, fatores

relacionados e características definidoras a serem inclusos no referido diagnóstico, bem como

suas definições operacionais e conceituais. Assim, a partir desses encontros, o(a) Sr.(a)

discutirá com outros participantes sobre essa temática, com vistas a atingir um consenso sobre

possíveis modificações no conteúdo construído na análise conceitual do diagnóstico proposto.

Com este estudo, almeja-se melhorar a fundamentação científica do diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular em pacientes submetidos à terapia antineoplásica no intuito de

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104

facilitar seu uso na prática clínica dos enfermeiros, melhorando sua identificação e o

planejamento de cuidados.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em

nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados

será feita de forma a não identificar os voluntários.

O(A) Sr.(a) não terá nenhum custo com a participação na pesquisa, porém, se por

algum motivo vier a ter, esse gasto será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se

o(a) Sr.(a) sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, terá direito a

indenização.

O(A) Sr.(a) ficará com uma cópia deste Termo e, toda dúvida que tiver a respeito desta

pesquisa, poderá perguntar diretamente para Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira ou

Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva, no endereço Campus Universitário, s/n, BR 101 –

Lagoa Nova – Natal/RN – CEP: 59072-970 ou pelo telefone 32153889.

Dúvidas a respeito da ética desta pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de

Ética em Pesquisa da LNRCC no endereço Rua Dr. Mário Negócio, 2267. Quintas. Natal/RN

ou pelo telefone (84) 4009-5494.

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

“Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento

a qualquer hora, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de

qualquer benefício que eu possa ter adquirido. A minha assinatura neste Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE dará autorização ao patrocinador do estudo e à

instituição responsável de utilizarem os dados obtidos quando se fizer necessário, incluindo a

divulgação dos mesmos, sempre preservando minha privacidade”.

“Assino o presente documento em duas vias de igual teor e forma, ficando uma em minha

posse.”

Natal, _______ de ____________de ______

___________________________________________________________

Assinatura do enfermeiro

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105

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL

Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do diagnóstico de enfermagem

Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica”, declaro que

assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente

e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante deste estudo, assim como

manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente de que, na inobservância do compromisso ora assumido,

estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho

Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, _______ de ____________de ______

___________________________________________________________

Assinatura do pesquisador

Page 107: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

106

APÊNDICE E – Termo de autorização de voz (2ª etapa)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Eu,_______________________________________, depois de entender os riscos e

benefícios que a pesquisa intitulada “Validação do diagnóstico de enfermagem Trauma

Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica” poderá trazer, e

entender especialmente os métodos que serão usados para a coleta de dados, assim como estar

ciente da necessidade da gravação de minha entrevista, AUTORIZO, por meio deste Termo,

os pesquisadores Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira e Fernanda Beatriz Batista Lima e

Silva a realizarem a gravação de minha entrevista sem custos financeiros a nenhuma parte.

Esta AUTORIZAÇÃO foi concedida mediante o compromisso dos pesquisadores

acima citados em garantir-me os seguintes direitos:

1. Poderei ler a transcrição de minha gravação;

2. Os dados coletados serão usados exclusivamente para gerar informações para a

pesquisa aqui relatada e outras publicações dela decorrentes, quais sejam: em revistas

científicas, congressos e jornais;

3. Minha identificação não será revelada em nenhuma das vias de publicação das

informações geradas;

4. Qualquer outra forma de utilização dessas informações somente poderá ser feita

mediante minha autorização;

5. Os dados coletados serão guardados por cinco anos, sob a responsabilidade da

pesquisadora Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva, e, após esse período, serão destruídos; e,

6. Serei livre para interromper minha participação na pesquisa a qualquer momento

e/ou solicitar a posse da gravação e transcrição de minha entrevista.

Natal, _______ de ____________de ________

______________________________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

______________________________________________________________

Assinatura e carimbo do pesquisador responsável

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107

APÊNDICE F – Instrumento de coleta de dados (especialistas)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Instrumento de coleta de dados para a validação de conteúdo do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos

submetidos à terapia antineoplásica

Prezado enfermeiro especialista,

Sou doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e estou desenvolvendo a pesquisa

intitulada “Validação do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica”, sob a orientação da

Prof.ª Dr.ª Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira.

O estudo contou, inicialmente, com uma etapa de análise de conceito, na qual foram identificados o conceito, seus antecedentes e consequentes e

construídas as definições conceituais e operacionais, baseado em uma revisão consistente da literatura. Esta é a segunda etapa, que contará com sua

colaboração ao analisar os achados da análise de conceito, caracterizando a etapa de Análise de Conteúdo por Especialistas. Para isto, contamos com sua

valiosa participação respondendo o instrumento abaixo, o qual se divide em: Identificação do Especialista e Análise do Conteúdo dos Componentes do

Diagnóstico de Enfermagem Trauma Vascular para Pacientes Oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Estes componentes são os indicadores clínicos

(características definidoras) e agentes etiológicos (fatores relacionados).

Desde já, agradeço suas valiosas contribuições e estou à disposição para qualquer dúvida.

Page 109: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

108

PARTE 1 – CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

1.1 Nome (iniciais): 1.2 Sexo: 1. ( ) Feminino 2. ( ) Masculino

1.3 Idade (anos):

1.4 Estado em que reside:

1.5 Ocupação atual: 1. ( ) Assistência 2. ( ) Gerência 3. ( ) Pesquisa 4. ( ) Ensino 5. ( ) Estudante de graduação 6. ( ) Outro

1.6 Qualificação profissional:

1. ( ) Especialização 2. ( )Residência 3. ( ) Mestrado acadêmico 4. ( ) Mestrado profissional 5. ( ) Doutorado 6. ( ) Graduação 7. ( ) Outro

1.7 Tempo de formação profissional (em anos):

1.8 Temática (ensino/pesquisa/assistência):

1.9 Desenvolveu ou está desenvolvendo trabalhos no contexto da Taxonomia de Enfermagem na forma de: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

1.10 Desenvolveu ou está desenvolvendo trabalhos no contexto Diagnósticos de Enfermagem na forma de:

( ) Monografia de graduação ( )Monografia de especialização ( ) Dissertação

( ) Tese ( ) Artigos científicos ( ) Outros: ___________________

1.11 Desenvolveu ou está desenvolvendo trabalhos no contexto da Oncologia na forma de:

( ) Monografia de graduação ( )Monografia de especialização ( ) Dissertação

( ) Tese ( ) Artigos científicos ( ) Outros: ___________________

1.12 Nos últimos 12 meses, onde exerceu suas atividades profissionais?

( ) Hospital ( ) Unidade Básica de Saúde ( ) Instituição de Ensino ( ) Outro: _________________________

1.13 Utiliza ou já utilizou Diagnósticos de Enfermagem na sua prática profissional?

( ) Sim. Por quanto tempo?______________________ ( )Não

1.14 Presta ou já prestou assistência a pacientes Oncológicos e/ou com o Diagnóstico de Enfermagem Trauma Vascular?

( ) Sim ( ) Não

Se sim,

( ) Pacientes Oncológicos

( ) Pacientes com o Diagnóstico de Enfermagem Trauma Vascular

( ) Pacientes Oncológicos e Diagnóstico de Enfermagem Trauma Vascular

Em que local? ___________________________________________________

Há quanto tempo? _________________________________________________

1.15 Já identificou o Diagnóstico de Enfermagem Trauma Vascular em sua prática profissional?

( ) Nunca ( ) Algumas vezes ( ) Frequentemente

Page 110: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

109

PARTE 2 – VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA VASCULAR EM PACIENTES

ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

Nesta segunda parte do instrumento solicitamos que o(a) Sr.(a) analise as definições conceituais e operacionais de cada componente, as

quais estão descritas abaixo:

DEFINIÇÃO CONCEITUAL: se propõe a definir o conceito com significado conotativo (compreensivo, teórico), estabelecido

por meio da revisão da literatura.

DEFINIÇÃO OPERACIONAL: se propõe a definir como o conceito é mensurado. Reflete a expressão do fenômeno na

realidade em que ocorre.

Após a leitura criteriosa de cada definição, solicitamos que o(a) Sr.(a) avalie cada uma de acordo a adequação: “adequado” ou “não

adequado”, levando em consideração os critérios de Relevância, Clareza e Precisão conforme as suas respectivas definições:

RELEVÂNCIA: compreenderá a capacidade de as características definidoras (CDs) serem consistentes com a estrutura do

diagnóstico de enfermagem em análise ou, no caso de fatores relacionados (FRs), de esses serem capazes de estabelecer uma relação de

causalidade com o mesmo.

CLAREZA: caracterizará a inteligibilidade de cada definição construída para os componentes do diagnóstico CD e FR, utilizando

como base frases curtas, expressões inequívocas e simples que apresentem uma única ideia.

PRECISÃO: consistirá na capacidade de cada definição permitir a distinção de um componente diagnóstico específico dos

demais, mantendo a caracterização clínica do mesmo.

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110

O(A) Sr.(a) deverá julgar e discutir com o grupo para que o grupo focal obtenha um consenso sobre cada item. Utilize o espaço intitulado

como “sugestões” para justificar sua avaliação sempre que necessário. Caso também deseje dar qualquer contribuição adicional, ao final do

questionário poderá elencá-las.

2.1 A definição do rótulo do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica está

adequada?

Definição do Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica

Definição: Dano ou lesão vascular, caracterizado por disfunção endotelial capaz de atingir estruturas adjacentes e até ocasionar necrose tissular.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

2.2 No quadro abaixo estão listados os fatores relacionados e suas definições conceituais e operacionais identificados na literatura, referentes ao

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular. Estes fatores relacionados estão adequados para o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular?

As definições conceituais e operacionais estão adequadas para cada fator relacionado correspondente? Marque a melhor opção considerando os

itens relevância, clareza e precisão.

Page 112: VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TRAUMA …...enfermagem Trauma Vascular é válido para pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Dessa forma, o estudo

111

Fatores Relacionados

Infusão de agente quimioterápico

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: Infusão de quimioterápicos. São agentes administrados aos pacientes oncológicos como parte de sua terapia que agem no ciclo

celular (CHOW et al., 2006).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico de infusão: quimioterápico. Se o paciente fizer uso, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Infusão de agente de interrupção vascular

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: Infusão de agentes de interrupção vascular. São agentes administrados aos pacientes oncológicos como parte de sua terapia que

interferem em estruturas vasculares (IBRAHIM et al., 2013).

Adequado ( ) Não adequado ( )

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112

Definição operacional: Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico de interrupção vascular. Se o paciente fizer uso, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Infusão de agente antiangiogênico

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: Infusão de antiangiogênicos. São agentes administrados aos pacientes oncológicos como parte de sua terapia que agem impedindo a

formação de novos vasos (BORJAN et al., 2015).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: Investigar sobre o uso de algum agente antineoplásico antiangiogênico. Se o paciente fizer uso, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Hipóxia

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a diminuição de oxigênio no sangue (SMELTZER; BARE, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá examinar o paciente, após pelo menos 5 minutos de repouso, com auxílio de um oxímetro e avaliar o nível

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113

de oxigenação sanguínea a partir do valor de SpO2. Se o valor estiver inferior a 90%, o fator estará presente (POTTER; PERRY, 2013).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Presença de um dispositivo de acesso venoso e tempo de permanência

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É um cateter venoso implantado em veia central ou periférica de um paciente por um tempo pré-determinado de permanência

(CARDIM et al, 2010; MYERS et al., 1991).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá identificar por meio da inspeção a presença do cateter venoso e em registros de prontuário avaliar o tempo

de permanência do cateter. Um cateter periférico deve permanecer pelo tempo máximo de 3 dias e o cateter central deve permanecer pelo tempo máximo

necessário ou até que se tenha sinais de infecção. Se o tempo for superior, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Exposição a radioterapia

Adequado ( ) Não adequado ( )

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114

Definição conceitual: É a exposição ao tratamento local ou locorregional para o câncer que utiliza equipamentos e técnicas para irradiar áreas demarcadas

do organismo humano (INCA, 2011; DENARDI, 2008).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá interrogar o paciente e confirmar em prontuário se o mesmo realizou ou está em tratamento de radioterapia.

Se a resposta for sim, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Procedimento cirúrgico recente

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a realização de um procedimento cirúrgico dentro dos últimos 30 dias (BRANDES, 1997; SMELTZER; BARE, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá interrogar o paciente sobre a realização de algum procedimento cirúrgico dentro dos últimos 30 dias. Se a

resposta for sim, o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

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115

Sugestões:

Técnica inadequada de punção venosa e manipulação do local da punção

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É uma ação ou um conjunto de ações inadequadas para inserção de um dispositivo dentro do vaso sanguíneo, que requer cuidados e

controle durante todo o período de permanência do dispositivo (TORRES; ANDRADE; SANTOS, 2005).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá identificar se a veia puncionada é adequada (locais não são indicados: o dorso da mão, o pulso, dedos,

fossa antecubital ou outras áreas de flexão; calibre do dispositivo: a recomendação é de dispositivos de menor calibre), observar o uso de técnica asséptica

durante a punção e em qualquer manipulação do dispositivo e local da punção. Além disso, é fundamental o cuidado com a manutenção do curativo limpo

e com troca diária se for usado curativo com gaze, podendo permanecer até 7 dias o curativo de filme transparente, desde que a cobertura esteja adequada

e não tenha nenhum sinal de infecção. Se a punção estiver inadequada, for identificado uso de técnicas não assépticas ou curativo não adequado, o fator

estará presente (TORRES; ANDRADE; SANTOS, 2005; HADAWAY, 2004; PHILLIPS; GORSKI, 2014).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

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116

Tipo do cateter venoso: material, calibre

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É o tipo do material do cateter (compatibilidade com o indivíduo, soluções de infusão e flexibilidade) e a dimensão do dispositivo

inadequada para a punção (CAPUCHO et al., 2012, HADAWAY, 2004; PHILLIPS; GORSKI, 2014).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá identificar qual tipo de material do dispositivo (não deve ser de material inflexível), a presença de

incompatibilidade do indivíduo com o material ou do material com a solução de infusão. Se o cateter for de material inflexível, estiver incompatível com o

sujeito ou com a solução, o fator estará presente. Bem como identificar se o calibre do dispositivo é adequado para veia puncionada, o indicado são

cateteres de menor calibre 22G ou 24G. Se o calibre estiver superior ao indicado, o fator estará presente (CAPUCHO et al., 2012, HADAWAY, 2004;

PHILLIPS; GORSKI, 2014).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Câncer

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a definição para o conjunto de mais de 100 doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, podendo invadir

tecidos e órgãos vizinhos (INCA, 2011).

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117

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá questionar o paciente e confirmar no prontuário sobre o diagnóstico de algum câncer. Se a resposta for sim,

o fator estará presente.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Uso de bomba infusora

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a utilização de um equipamento para controlar o fluxo de infusão (volume/tempo) (CAPUCHO et al., 2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá identificar se existe alguma solução infundida por bomba. Embora se considere a importância do controle

do fluxo da infusão com o uso deste dispositivo, especialmente em quimioterapia antineoplásica, destaca-se que o mesmo gera pressão positiva, podendo

interferir na ocorrência de traumas vasculares. Se houver a infusão por bomba de infusão, o fator estará presente (CAPUCHO et al. 2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

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118

Tempo prolongado de infusão

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É o tempo prolongado de administração de quimioterapia, pois a superfície de contato com a veia ficará exposta por mais tempo

(CAPUCHO et al., 2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá identificar em prontuário o tempo de infusão de cada droga. As drogas vesicantes não devem exceder 30

min. para a infusão completa; para as demais drogas, deve ser buscada a indicação do fabricante. Se o tempo de infusão for superior ao recomendado, o

fator estará presente (CAPUCHO et al., 2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

2.3 No quadro abaixo estão listadas as características definidoras e suas definições conceituais e operacionais identificadas na literatura,

referentes ao diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular. Estas características definidoras estão adequadas para o diagnóstico de enfermagem

Trauma Vascular? As definições conceituais e operacionais estão adequadas para cada característica definidora correspondente? Marque a

melhor opção considerando os itens relevância, clareza e precisão.

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Características definidoras

Disfunção vascular

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a perda da integridade anatômica e funcional do vaso (LOPES, 2006).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: A disfunção torna o vaso incapaz de manter a capacidade normal, fato que causa dor, edema e fadiga ao esforço. O investigador

deverá examinar e interrogar o paciente quanto à presença desses sinais. Se algum desses sinais estiver presente, a característica estará presente

(ALENCAR; MATIAS; AGUIAR, 2013).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Diminuição do fluxo sanguíneo vascular

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a redução do fluxo sanguíneo em vasos sanguíneos periféricos, como reflexo de doença vascular (SMELTZER; BARE, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá posicionar o paciente deitado para examinar as pulsações venosas jugulares. A ocorrência de turgência de

jugular em posição deitada que desaparece ao levantar indica fluxo sanguíneo normal. Se não ocorrer turgência jugular, a característica estará presente

(PORTO, 2008).

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120

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Formação de trombo

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: Caracteriza-se pela formação de trombos dentro de veias profundas, que resulta em obstrução parcial ou oclusão total do vaso

(SBACV, 2015).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá aplicar com o paciente a Escore de Wells, que estratifica o risco de trombose venosa em: baixo, moderado

e alto, de acordo com a pontuação obtida. Se o paciente obtiver um escore igual ou maior que 2, isso indica um risco moderado ou alto, e a característica

estará presente (SBACV, 2015).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Trombocitopenia

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121

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a diminuição do número de plaquetas em consequência do tratamento quimioterápico e da doença de base (BONASSA; GATO,

2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá examinar o paciente quanto à presença de petéquias, equimoses e sangramento em mucosas ou secreções e

ainda verificar o exame de contagem de plaquetas (se inferior a 150.000/mm³). Se algum dos sinais estiver presente, a característica estará presente

(BONASSA; GATO, 2012; GUYTON; HALL, 2002; FISCHBACH; DUNNING, 2010).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Sinais de infecção no local sítio de inserção do cateter

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a presença de sinais e sintomas que indicam a presença de infecção relacionada ao cateter venoso periférico ou central. Devido à

resposta inflamatória desencadeada pela infecção, podem ser observados sinais de eritema, edema, presença de exudato próximo ao cateter e febre, que

pode ser em decorrência do cateter ou por outra causa (HARROLD; GOULD; DREY, 2013; PHILLIPS; GORSKI, 2014).

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122

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá examinar o local de inserção do cateter e identificar possíveis sinais de eritema, edema, presença de

exudato próximo ao cateter e ainda questionar o paciente sobre a ocorrência de febre (temperatura corporal acima de 37º C). Se a febre for um sinal

isolado, é necessário avaliar o paciente quanto à relação com outro possível evento. Se o paciente tiver evidência de qualquer um dos sinais, com ou sem

febre, a característica estará presente, entretanto a febre isolada não evidencia a característica (PORTO, 2008; BONASSA; GATO, 2012).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Atraso no tratamento infusional

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É o adiamento do tratamento além do tempo planejado (PASSOS; CRESPO, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá checar no prontuário do paciente qual o esquema de tratamento e qual a rotina de infusão. Se o

planejamento estiver adiado, a característica estará presente (PASSOS; CRESPO, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

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123

Necrose tissular

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a degeneração de um tecido por morte de suas células que apresenta aspecto amarelado ou enegrecido (HESS, 2002).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá examinar a pele do paciente e identificar qualquer área com presença de baixa temperatura, umidade e

tecido desvitalizado. Se esses fatores estiveram presentes, a característica estará presente (PORTO, 2008; YOUNG et al., 2002).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Alteração da pressão sanguínea

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É quando a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos está alterada acima ou abaixo (somente se sintomática) dos

limites considerados normais (PORTO, 2008; Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2016).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá aferir a pressão arterial do paciente. Se o resultado estiver acima (sintomático ou assintomático) de: PA

sistólica 139 mmHg, PA diastólica 89 mmHg; ou inferior e sintomático: PA sistólica 120 mmHg, PA diastólica 80 mmHg, a característica estará presente

(Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2016).

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124

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Diminuição da vasculatura viável e da formação de novos vasos

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a redução da vasculatura tecidual funcionante e da reconstrução da vasculatura tecidual (GUYTON; HALL, 2002).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá avaliar o paciente quanto à rede venosa (trajeto, calibre, estado da parede, estado da pele adjacente, direção

do fluxo sanguíneo, sensibilidade). Se ocorrer alteração em um desses itens, a característica estará presente (GUYTON; HALL, 2002; PORTO, 2008).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Diminuição da elasticidade vascular/ Induração

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É a diminuição da capacidade de distensibilidade do vaso (GUYTON; HALL, 2002; SMELTZER; BARE, 2011).

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125

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: Quando o vaso tem sua capacidade de distensibilidade diminuída, observa-se induração. O investigador deverá examinar a rede

vascular do paciente por meio da palpação em busca de qualquer vaso endurecido. Se algum vaso endurecido estiver presente, a característica estará

presente (PORTO, 2008; PASSOS; CRESPO, 2011).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Função do membro prejudicada

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É quando a função do membro em que ocorreu a punção venosa fica prejudicada (ANDERSSON; DAHLSTROM, 1993;

HADAWAY, 2004).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá realizar com o paciente o exame completo de membros superiores (considerando que a punção é neste

local). Ombros: Abdução (110º a 120º), rotação externa (90º), rotação interna (180º); Cotovelos: extensão (0º ou 180º), flexão (45º ou 150 a 160º),

pronação (90º), supinação (90º), pronossupinação (90-180º para cada movimento); Punhos: flexão palmar (90º), extensão dorsal ou dorsiflexão (70º),

desvio radial ou medial ou adução (20º), desvio cubital ou lateral ou adução (30º). Se o exame estiver com algum desvio normalidade e não existir outro

motivo (doença preexistente) para a alteração, a característica estará presente (PORTO, 2008; HADAWAY, 2004).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

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126

Dor

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tais

danos (IASP, 1994).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição operacional: O investigador deverá interrogar o paciente sobre a sensação de dor e pedir que indique o local e descreva o tipo da dor. Além

disso, deverá aplicar a escala de fácies de dor para que o paciente indique o seu nível de dor na escala padronizada. Se a resposta for positiva e a

localização da dor estiver relacionada ao local ou trajeto venoso da punção, a característica está presente (IASP, 1994; PORTO, 2008).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

Extravasamento

Adequado ( ) Não adequado ( )

Definição conceitual: É o escape de solução quimioterápica para fora do leito vascular, independente da localização do dispositivo no momento da

punção, com propagação para tecidos circundantes capaz de causar danos teciduais como necrose e até ocasionar sequelas limitantes (ANDERSSON;

DAHLSTROM, 1993; HADAWAY, 2004; HARROLD; GOULD; DREY, 2013).

Adequado ( ) Não adequado ( )

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127

Definição operacional: O investigador deverá examinar o paciente questionando sobre a ocorrência de dor, observar a presença eritema, diminuição ou

interrupção do fluxo de infusão, diminuição ou interrupção do retorno venoso, edema no local da infusão. Se ocorrer eritema associado ou não a um ou

mais desses sinais, a característica estará presente (PASSOS; CRESPO, 2011; CTCAE, 2009).

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:

2.3 Existem fatores relacionados ou características definidoras que deveriam ser acrescentados ao diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular?

Se sim, expresse o nome do fator relacionado e da característica definidora e sua justificativa.

Sugestão de inclusão de outros fatores relacionados Justificativa

Sugestão de inclusão de outras características definidoras Justificativa

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129

2.4 Propõe-se que o diagnóstico se enquadre no domínio 11 – Segurança e Proteção e na

classe 02 – Lesão física da NANDA Internacional, definidos como:

Domínio 11 – Segurança e Proteção: “Estar livre de perigo, lesão física ou dano ao

sistema imunológico; conservação contra perdas e proteção da segurança e da

ausência de perigos” (HERDMAN; KAMITSURU, 2015, p. 124).

Classe 02 – Lesão física: “Dano ou ferimento no corpo” (HERDMAN; KAMITSURU,

2015, p. 124).

A partir do exposto, a inserção do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular

no domínio 11 e na classe 02 está adequada? Marque com um X a opção mais adequada

considerando os itens relevância, clareza e precisão.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:_____________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.5 A inclusão do diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular na taxonomia da

NANDA Internacional é adequada? Marque com um X a opção mais adequada

considerando os itens relevância, clareza e precisão.

Adequado ( ) Não adequado ( )

Sugestões:_____________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Parte 14 de 15

Parte 14 de 15 Parte 14 de 15

Continua...

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APÊNDICE G – Instrumento de coleta de dados (pacientes – 3ª etapa)

1) IDENTIFICAÇÃO Data da coleta:

1.1 Nome (iniciais): 1.2 Nº prontuário:

1.3 Data de nascimento: 1.4 Idade (anos):

1.5 Sexo: 1. ( ) Feminino 2. ( ) Masculino

1.6 Estado civil: 1. ( ) Com companheiro 2. ( ) Sem companheiro

1.7 Procedência: 1. ( ) Capital/RN 2. ( ) Interior/RN 3. ( ) Outros:

1.8 Religião: 1. ( ) Praticante 2. ( ) Não Praticante

1.9 Anos de estudo: 1.10 Renda familiar (Salários Mínimos):

1.11 Número de membros da família:

1.12 Ocupação: 1. ( ) Trabalha 2.( ) Desempregado 3. ( ) Aposentado/Beneficiado

4. ( ) Outros:

2) ENTREVISTA

2.1 Diagnóstico do paciente (primário/recorrência/ 2º primário):

2.2 Data de início do tratamento: 2.3. Radioterapia atual: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

2.4 Ciclo de tratamento atual/nº de exposições:

2.5 O tratamento de quimioterapia foi adiado por algum motivo (exame alterado, internação hospitalar, falta

de condição de acesso venoso): 1. ( ) Sim Especificar motivo:______________________ 2. ( ) Não

2.6 Intercorrências que já ocorreram durante a quimioterapia? 1. ( ) Nenhuma 2. ( ) Náuseas

3. ( ) Vômito 4.( ) Dor 5. ( ) Hipotensão 6. ( ) Hipertensão

7.( ) Anafilaxia 8. ( ) Outras:

2.7 Quais intercorrências já ocorreram no acesso? 1. ( ) Nenhuma 2. ( )Edema

3. ( )Dor 4. ( )Hiperemia 5. ( ) Extravasamento 6. ( )Infecção

7. ( ) Formação

de trombo

8. ( ) Hematoma 9. ( ) Flebite 10. ( ) Outros:

2.8 Presença de HAS? 1.( ) Sim 2.( )Não

2.9 Presença de DM? 1.( ) Sim 2.( )Não

2.10 Presença de outra

comorbidades?

1.( ) Sim Qual(is)?: 2.( )Não

2.11 Medicações em uso: 1.( ) Nenhum 2. ( ) Analgésico 3. ( ) Anti-hipertensivos

4.( ) Hipoglicemiante 5.( ) Outros:

2.11.1. Medicações do paciente:

2.12 Hábito de:

2.12.1 Etilismo 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Parou (há quanto tempo?)__________

Tipo: Frequência (dias/semana): Início em:

2.12.2 Tabagismo 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Parou (há quanto tempo?)__________

Tipo: Frequência (cigarros/dia): Início em:

3) EXAME FÍSICO ESPECÍFICO

3.1. Pele/ mucosa:

3.1.1. Coloração: 1. ( ) Normocorado 2. ( ) Descorado 3. ( ) Cianose

4. ( ) Icterícia 5. ( ) Vermelhidão 6. ( ) Outro:__________

3.1.2. Umidade: 1. ( ) Normal 2. ( ) Pele seca 3. ( ) Aumentada

3.1.3. Textura: 1. ( ) Normal 2. ( ) Lisa ou

fina

3. ( ) Áspera

4. ( )

Enrugada

Continua...

Continua...

Continua...

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131

3.1.4. Elasticidade: 1. ( )

Normal

2. ( ) Aumento da

elasticidade

3. ( ) Diminuição da

elasticidade

3.1.5. Turgor: 1. ( ) Normal 2. ( ) Diminuído

3.2 Membros superiores: 1.( ) Normal 2.( ) Plegia 3.( ) Parestesia

4.( ) Presença de edema 5.( ) Musculatura eutrófica 6.( ) Musculatura hipotrófica

7.( ) Musculatura hipertrófica 8.( ) Presença de varizes 9.( ) Rede venosa preservada

3.3 Membros inferiores: 1.( ) Normal 2.( ) Plegia 3.( )

Parestesia

4.( ) Presença de edema 5.( ) Musculatura eutrófica 6.( ) Musculatura hipotrófica

7.( ) Musculatura hipertrófica 8.( ) Presença de varizes 9.( ) Rede venosa preservada

3.4. Pulso carotídeo: 1. ( ) Ritmo regular 2. ( ) Ritmo

irregular

3. ( ) Onda de

pulso normal

4. ( ) Pulso filiforme 5. ( ) Pulso alternante 6. ( ) Outro:_____________

3.5. Pulso cubital: 1. ( ) Ritmo regular 2. ( ) Ritmo

irregular

3. ( ) Onda de

pulso normal

4. ( ) Pulso filiforme 5. ( ) Pulso alternante 6. ( ) Outro:_____________

3.6. Pulso radial: 1. ( ) Ritmo regular 2. ( ) Ritmo

irregular

3. ( ) Onda de

pulso normal

4. ( ) Pulso filiforme 5. ( ) Pulso alternante 6. ( ) Outro:_____________

3.7. Pulso pedioso: 1. ( ) Ritmo regular 2. ( ) Ritmo irregular 3. ( ) Onda de

pulso normal

4. ( ) Pulso filiforme 5. ( ) Pulso alternante 6. ( ) Outro:_____________

3.8. Vaso endurecido: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Qual(is)?:

3.9. Presença de hematoma: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Localização:

3.10. Presença de lesão

relacionada à infusão

1.( ) Sim 2.( ) Não Localização:

3.11. Aspecto da lesão: 1. ( ) Tecido de granulação 2. ( ) Tecido amarelado

3. ( ) Tecido enegrecido 4. ( ) Outro

3.12. Função prejudicada de membro

relacionado ao trauma vascular:

1. ( )Sim 2. ( ) Não

3. Qual:_______________

3.13. Presença de cateter venoso periférico: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

Qual

dispositivo?:

3.14. Calibre do dispositivo:________________

3.15. Local de punção: 1. ( ) Antebraço 2. ( ) Dorso da mão 3. ( ) Pulso

4. ( ) Fossa antecubital

3.16. Número total de punções até finalizar a infusão:

3.17. Uso de técnica asséptica durante a punção: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.18. Manipulação do cateter e/ou conexões ocorre com mãos

higienizadas:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.19. Manipulação do cateter e/ou conexões ocorre com luvas: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.20. Realização de assepsia das conexões antes da

administração de cada medicação:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

1.1 3.21. Tempo de permanência do cateter:_________________

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3.22. Tipo de curativo do cateter: 1. ( ) Curativo de gaze e fita adesiva 2. ( ) Filme

transparente

3. ( ) Outro:

3.23. Realizado flushing com solução de cloreto de sódio 0,9%

e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada

administração:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.24. Acesso sem sinais flogísticos: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Quais:

3. ( ) Eritema 4. ( ) Edema 5. ( ) Exudato 6. ( ) Febre

7. ( ) Dor relacionada ao cateter (Nível:______________ ) 8. ( ) Outro

Avaliar nível de dor pelo menos 20 min. após a punção:

3.25. Solução infundida por bomba 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.26. Relato de dor à infusão: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Nível: _______

3.27. Presença de edema durante a

infusão:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.28. Diminuição do fluxo de infusão: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.29. Interrupção do fluxo de infusão: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.30. Diminuição do retorno venoso: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.31. Interrupção do retorno venoso: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.32. Presença de eritema no local da infusão: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.33. Pressão arterial:__________/___________mmHg

Membro:

3.34. Pulso:________bat/min

3.35. Respiração:______________rpm 3.36. T:_______o C 3.37. Spo2:___________%

3.38. Peso:_________Kg 3.39 Altura:______cm

3.40. Exame de ultrassonografia com Doppler alterado? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3. ( ) Disfunção vascular 4. ( ) Alteração de fluxo 5. ( ) trombose venosa 6. ( ) Outro

3.41. Exame de Ressonância magnética alterada? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3. ( ) trombose venosa 4. ( ) Outro

3.42. Exame de contagem de plaquetas

inferior a 150.000

Resultado: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.43. Prescrição:

Droga A:

Droga B:

Droga C:

Droga D:

Droga E:

Droga F:

Droga G:

Droga H:

Droga I:

Droga J:

3.44. Tempo de infusão de cada droga: A. T programado: A. T realizado:

B. T programado: B. T realizado: C. T programado: C. T realizado:

D. T programado: D. T realizado: E. T programado: E. T realizado:

3.45 Hora de início da infusão: 3.46. Hora de término da infusão:

3.47. Uso de agente quimioterápico de infusão venosa:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

3.48. Uso de agente antiangiogênico:

1. ( ) Sim 2. ( ) Não

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APÊNDICE H – Termo de consentimento livre e esclarecido – pacientes (3ª etapa)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Esclarecimentos

Este é um convite para o(a) Sr.(a) participar da pesquisa “Validação do

diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à

terapia antineoplásica”, que está sendo desenvolvida por Fernanda Beatriz Batista Lima e

Silva, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira.

Sua participação é voluntária, o que significa que o(a) Sr.(a) poderá desistir a

qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum

prejuízo ou penalidade.

Esta pesquisa objetiva validar o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular

em paciente com câncer que estão em tratamento de quimioterapia. Para isso, na

primeira etapa, identificaremos o conhecimento produzido na literatura acerca dos

componentes (definição, indicadores e fatores relacionados) do diagnóstico Trauma

Vascular. Em seguida, construiremos as definições conceituais do diagnóstico e as

referências empíricas dos fatores relacionados e características definidoras, ou seja, as

definições necessárias para identificar esses componentes na prática clínica. Na segunda

etapa, verificaremos com os especialistas a adequação das definições conceituais e

empíricas dos componentes do diagnóstico de enfermagem. E a última etapa, da qual

o(a) Sr.(a) poderá participar, tem como objetivo a confirmação de forma clínica da

listagem dos indicadores clínicos que passaram pela análise de conceito e a análise de

conteúdo pelos especialistas no ambiente clínico, ou seja, nesta etapa será possível a

identificação dos indicadores validados nas fases anteriores do estudo, em pacientes.

Com a finalidade de confirmar a listagem desses indicadores no ambiente

clínico, que já foram anteriormente analisados quanto ao conceito e ao conteúdo pelos

especialistas, convidamos o(a) Sr.(a) para participar deste estudo, e contamos com o seu

apoio para que sejam realizados os procedimentos da pesquisa.

Caso decida aceitar o convite, o(a) Sr.(a) será submetido(a) ao(s) seguinte(s)

procedimentos: precisará responder a uma entrevista e será submetido(a) a um exame

físico. A nossa conversa durará em torno de uma hora. A entrevista tem a finalidade de

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obter algumas informações a seu respeito e inclui dados pessoais, dados relacionados ao

seu estilo de vida, ao seu estado de saúde. Também iremos examiná-lo(a), avaliando

seus braços e pernas. Mediremos sua altura, pressão arterial, temperatura, respiração e

pulso. Esta avaliação só será feita se o(a) Sr.(a) concordar. Os valores avaliados serão

informados ao(a) Sr.(a) e registrados em uma ficha própria.

Com este estudo, almeja-se melhorar a fundamentação científica do diagnóstico

de enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica no intuito de facilitar seu o uso na prática clínica dos enfermeiros.

Acreditamos que este trabalho contribuirá para a melhoria da assistência de enfermagem

com pacientes oncológicos, assim como o(a) senhor(a), na medida em que possibilitará

o diagnóstico preciso do trauma vascular, tornando assim mais efetivo o planejamento

do cuidado para esse problema. O(A) Sr.(a) não receberá nenhum benefício diretamente,

no entanto, com esta pesquisa, estará cooperando para melhorar a qualidade do cuidado

prestado pela enfermagem. E, consequentemente, estará melhorando a assistência

prestada ao(a) Sr.(a).

Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado

em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos

resultados será feita de forma a não identificar os voluntários.

O(A) Sr.(a) não terá nenhum custo com a participação na pesquisa, porém, se

por algum motivo vier a ter, esse gasto será ressarcido, caso solicite. Em qualquer

momento, se o(a) Sr.(a) sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa,

terá direito a indenização. Os riscos envolvidos com sua participação são mínimos e

podem estar relacionados a algum tipo de constrangimento, que serão minimizados pelo

cuidado que teremos ao realizar a pesquisa, mantendo a privacidade.

O(A) Sr.(a) ficará com uma cópia deste Termo e, toda a dúvida que tiver a

respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Ana Luisa Brandão de

Carvalho Lira ou Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva, no endereço Campus

Universitário, s/n, BR 101 – Lagoa Nova – Natal/RN – CEP: 59072-970 ou pelo

telefone 32153889.

Dúvidas a respeito da ética desta pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê

de Ética em Pesquisa da LNRCC no endereço Rua Dr. Mário Negócio, 2267. Quintas.

Natal/RN ou pelo telefone (84) 4009-5494.

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CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

“Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu

consentimento a qualquer hora, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou

prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido. A minha assinatura

neste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE dará autorização ao

patrocinador do estudo e à instituição responsável de utilizarem os dados obtidos

quando se fizer necessário, incluindo a divulgação dos mesmos, sempre preservando

minha privacidade”.

“Assino o presente documento em duas vias de igual teor e forma, ficando uma em

minha posse.”

Natal, _______ de ____________de ______

Participante da pesquisa:

Assinatura (por extenso)

Pesquisador responsável:

Pesquisador responsável

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APÊNDICE I – Termo de autorização institucional para uso de documentos dos

pacientes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL

PARA USO DE DOCUMENTOS DOS PACIENTES

Ilma. Sra. Andréa Carla P. Fernandes

Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da LIGA

O Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

realizará uma pesquisa pela doutoranda Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva sob a orientação

do Profa. Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira, intitulada “Validação do diagnóstico de

enfermagem Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia antineoplásica”.

O estudo objetiva validar o diagnóstico de enfermagem Trauma Vascular em pacientes

oncológicos submetidos à terapia antineoplásica. Para isso, serão realizadas três etapas, a

saber: uma análise de conceito, na qual identificaremos o conhecimento produzido na literatura

acerca dos componentes (definição, antecedentes e indicadores clínicos) desse diagnóstico de

enfermagem; uma análise de conteúdo por especialistas, que consiste na verificação por

especialistas da adequação das definições construídas para o diagnóstico; e a análise de acurácia

de indicadores clínicos, na qual serão confirmados de forma clínica os indicadores identificados

na análise de conceito e validados na análise de conteúdo, isto é, nesta etapa será necessário

fazer uma anamnese e examinar os pacientes, além de complementar a coleta de dados com

dados relatados em prontuário, acerca do estado se saúde do indivíduo.

Assim sendo, solicitamos de V. Sa. a valiosa colaboração, no sentido de autorizar o

acesso e utilização de (fichas, prontuários ou outro documento de cadastro dos pacientes da

LIGA) pela doutoranda e pesquisadora responsável (Fernanda Beatriz Batista Lima e Silva).

Salientamos que os dados coletados serão mantidos em sigilo e utilizados tão somente para a

realização deste estudo, minimizando o risco de exposição dos pacientes. Serão tomadas as

devidas precauções para que não haja danos aos documentos: ou seja, o(s) pesquisador(es) se

compromete(m) manusear os documentos em ambiente reservado e destinado para isso e não

retirá-los do local de origem, não fotografar ou fazer cópia de qualquer natureza. Mesmo com os

cuidados tomados pelo pesquisador ou grupo de pesquisadores) com os pacientes, donos dos

documentos cedidos, caso ocorram danos provenientes da pesquisa, os mesmos serão

devidamente indenizados pelos pesquisadores. A pesquisa não trará benefício direto aos

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pacientes, no entanto, o estudo irá contribuir com a melhora da fundamentação científica do

diagnóstico de enfermagem „Trauma Vascular em pacientes oncológicos submetidos à terapia

antineoplásica‟, no intuito de facilitar seu o uso na prática clínica dos enfermeiros.

Acreditamos que este trabalho contribuirá para a melhoria da assistência de enfermagem com

pacientes em oncológicos, na medida em que possibilitará o diagnóstico preciso do trauma

vascular, tornando assim mais efetivo o planejamento do cuidado para esse problema. Dessa

forma, aposta-se na melhora da qualidade do cuidado prestado pela enfermagem. Os dados

serão guardados em local seguro na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob a

responsabilidade da coordenadora da pesquisa e a divulgação dos resultados será feita de forma

a não identificar os voluntários.

A pesquisa não acarretará despesas nem para esta instituição – Liga Norte Riograndense

Contra o Câncer, nem para os sujeitos de pesquisa. No entanto, se surgir alguma despesa não

prevista, referente à participação da LIGA ou dos sujeitos, nos comprometemos ressarcir tais

despesas, mediante solicitação. A participação do Centro é voluntária, o que significa que V. Sa.

poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso traga nenhum

prejuízo ou penalidade para a instituição LIGA ou os pacientes donos dos documentos. V. Sa.

ficará com uma cópia deste Termo, elaborado em duas vias, e toda dúvida que houver a respeito

desta pesquisa poderá perguntar diretamente à pesquisadora responsável Fernanda Beatriz

Batista Lima e Silva ou à Profa. Ana Luisa Brandão de Carvalho Lira, orientadora do projeto de

pesquisa, através dos seguintes meios: no endereço Campus Universitário, s/n, BR 101 – Lagoa

Nova – Natal/RN – CEP: 59072-970, Departamento de Enfermagem, telefone fixo (84)

32153889 ou e-mail: [email protected].

Natal, 11 de julho de 2016

Coordenadora do Projeto

Orientadora do Projeto

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ANEXOS

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ANEXO A – Declaração Institucional

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ANEXO B – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

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