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CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES VALÉRIA DA SILVA SALIN VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE CAPACIDADE DE REDE, FOCADO EM ENLACES DE TELECOMUNICAÇÕES, COM BASE NO MODELO ITIL CANOAS, 2010.

VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO ......alinhamento da TI ao negócio. Um dos processos do modelo ITIL é o Gerenciamento da Capacidade, que segundo FARREL; BRYSKIN, 2005, foi desenhado

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CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES

VALÉRIA DA SILVA SALIN

VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE

CAPACIDADE DE REDE, FOCADO EM ENLACES DE

TELECOMUNICAÇÕES, COM BASE NO MODELO ITIL

CANOAS, 2010.

2

VALÉRIA DA SILVA SALIN

VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE

CAPACIDADE DE REDE, FOCADO EM ENLACES DE

TELECOMUNICAÇÕES, COM BASE NO MODELO ITIL

Trabalho de Conclusão apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Telecomunicações, sob orientação do Prof. Me. Gustavo Passos Tourinho.

CANOAS, 2010.

3

VALÉRIA DA SILVA SALIN

VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE

CAPACIDADE DE REDE, FOCADO EM ENLACES DE

TELECOMUNICAÇÕES, COM BASE NO MODELO ITIL

Trabalho de conclusão aprovado pelo orientador como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Telecomunicações pelo Centro Universitário La Salle – UNILASALLE.

Aprovado pelo orientador em 03 de dezembro de 2010.

_____________________________________

Prof. Me. Gustavo Passos Tourinho Unilasalle

Canoas, 03 de dezembro de 2010.

4

“Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas, pois sabemos que tudo isto é bom para nós – ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos. (...) então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conhecemos quanto Deus nos ama. (...), pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com o seu amor”. (Romanos 5:3-5)

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela oportunidade de alcançar mais um objetivo da minha

vida.

À minha família, pela tolerância e paciência nos momentos mais difíceis.

Aos colegas da COOPERCREDI pela colaboração nas informações, pois sem

eles não seria possível a realização desta pesquisa.

Aos professores e colegas de faculdade, pelo auxílio e troca de

conhecimentos que contribuíram na composição deste estudo.

E, em especial ao Prof. Ms Gustavo Passos Tourinho, que através de seus

conhecimentos e profissionalismo foi possível à realização deste trabalho.

6

RESUMO

A importância das redes de computadores vem aumentando progressivamente com o passar dos anos. O seu crescimento, tanto em número de usuários como na variedade de aplicações utilizadas, levam a pensar em uma plataforma multiserviços, capaz de atender as necessidades atuais dos usuários, notadamente sendo de serviços com base em IP e largura de banda flexível. O Planejamento da Capacidade destas redes torna-se, então, um grande desafio para as operadoras de telecomunicações, pois a decisão de investir em novas capacidades envolve análises de crescimento e desempenho, alterações de topologia física ou lógica, cuidados relativos ao cálculo de disponibilidade de rede de forma a ser possível a venda de serviços com base em ANS (acordos de nível de serviço), e análise dos aspectos financeiros das expansões necessárias para suprir às demandas de serviços. A decisão de planejamento quando não tomada no tempo correto pode acarretar falta ou excesso de capacidades, sendo um problema em qualquer caso. Uma situação que causa extrema dificuldade para as operadoras é a falta de gestão de capacidade por parte dos clientes. Neste contexto o modelo ITIL (Information Technology Infrastructure Library) se propõe a promover a qualidade de serviços na área de TI. O mesmo já é reconhecido como padrão, proporcionando, de fato, vantagens estratégicas para as organizações e conceituando a importância do alinhamento da TI ao negócio. Um dos processos do modelo ITIL é o Gerenciamento da Capacidade, que segundo FARREL; BRYSKIN, 2005, foi desenhado para assegurar que a competência da infraestrutura de TI esteja alinhada com a necessidade do negócio. Deve-se fazer o balanceamento entre custo x capacidade e fornecimento x demanda. Com base neste modelo, este trabalho visa o estudo necessário para a implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade de rede, focado em enlaces de telecomunicações. Palavras-chaves: Tecnologia da Informação; Tecnologia MPLS; Modelo ITIL; Planejamento da Capacidade.

7

ABSTRACT

The importance of computer nets has progressively increased as the years go by. Its growth, in number of users and diversity of application utilized, lead to think in a multiservice platform, able to attend to the users current needs, mainly being services based in IP with a flexible band width. The planning of the capacity of these nets became, so, a big challenge to the telecommunication operators, because the decision of investing in new capacities implies growth and performance analysis, changes of physics or logical topology, cares related to the net availability calculation, in a way to make possible the sell of services based in ANS (agreement of service level), and analysis of the financial aspects of the expansions needed to supply the services demands. The planning decision not taken in the correct time can result in lack or excess of capacity, being a problem in any case. A situation that causes extreme difficulty to the operators is the lack of capacity management by the clients. In this context, the ITIL model (Information Technology Infrastructure Library) proposes the promotion of quality services in the IT area. This one is already recognized as pattern, providing, in fact, strategic advantages to the companies and conceptualizing the importance of the IT alignment to the business. One of the processes of the ITIL model is the Capacity Management, that, according to FARREL; BRYSKIN, 2005, was designed to assure that the IT infrastructure competence be aligned to the business need. It must make the balance between cost x capacity and supply x demand. Based in this model, the aim of this work is the study of the process needed to implementation of the net Capacity Management process, focused on telecommunication binds. Key-words: Information Technology; MPLS Technology; ITIL; Capacity Planning

8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Distribuição Geográfica das Cooperativas ligadas ao

COOPERCREDI ...........................................................................................................

17

Figura 2 Estrutura do Sistema de Crédito Cooperativo....................................... 18

Figura 3 Distinção entre Tag e Label................................................................... 27

Figura 4 Proposta do MPLS................................................................................ 30

Figura 5 Estrutura dos processos definidos pelo ITIL......................................... 32

Figura 6 Orientação a Negócios ......................................................................... 34

Figura 7 Esquema de qualificação da ITIL V3 .................................................... 36

Figura 8 Gerenciamento da Capacidade............................................................. 38

Figura 9 Fluxo contínuo do processo de Gerenciamento da

Capacidade...........................................................................................................

44

Figura 10 Sub processos – Implementação do Gerenciamento da Capacidade

..............................................................................................................................

47

Figura 11 Entradas, saídas e sub processos....................................................... 48

Figura 12 Atividades de Gerenciamento da Capacidade..................................... 49

Figura 13 Atividades Iterativas ............................................................................. 50

Figura 14 BDC ..................................................................................................... 50

Figura 15 Gerenciamento da Capacidade em relação a outros processos

................................................................................................................................ 52

Figura 16 Análise gráfica de tendência de um enlace .......................................... 58

9

Figura 17 Análise de tendência de um enlace por protocolo ................................ 59

Figura 18 Domínio da ITIL V2 ................................................................................ 60

10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Operacionalização da pesquisa........................................................... 42

Quadro 2 Situação atual da área de Infraestrutura de TI .................................... 62

Quadro 3 Situação da área de Infraestrutura de TI com o processo de

Gerenciamento da Capacidade ...........................................................................

63

11

LISTA DE ABREVIATURAS

TI – Tecnologia da Informação.

ITIL – Information Technology Infrastructure Library

MPLS – Multiprotocol Label Switching

IP – Internet Protocol

TCP – Transmission Control Protocol

ANS – Acordo de Nível de Serviço

BDC – Banco de Dados de Capacidade

BDGC – Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração

ATM – Asynchronous Transfer Mode

ATMARP - Asynchronous Transfer Mode Address Resolution Protocol

NHRP – Next Hop Resolution Protocol

NHS – Next Hop Server

NHC – Next Hop Client

FEC – Forward Equivalence Class

LSP – Label Switched Path

LSR – Label Switching Router

LER – Label Edge Router

QoS – Qualidade de Serviço

VPN – Virtual Private Network

ITSM – IT Service Management

OGC – Office of Government Commerce

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 14

2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 16

2.1 Caracterização da organização e seu ambiente .................................... 16

2.1.1 Empresas ligadas ..................................................................................... 19

2.1.2 Negócio .................................................................................................... 19

2.1.3 Planejamento Estratégico ........................................................................ 19

2.2 Situação problemática .............................................................................. 20

2.3 Justificativa ................................................................................................. 21

2.3.1 Quanto à importância ................................................................................ 21

2.3.2 Quanto à viabilidade................................................................................... 21

2.3.3 Quanto à oportunidade .............................................................................. 22

3 OBJETIVOS ................................................................................................... 23

3.1 Objetivo geral ............................................................................................ 23

3.2 Objetivos específicos ............................................................................... 23

4 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 24

4.1 Tecnologia da Informação (TI) ................................................................... 24

4.2 Tecnologia MPLS ( Multiprotocol Label Switching) ................................ 25

4.2.1Hitórico do MPLS ....................................................................................... 26

4.2.2 Funcionamento Básico do MPLS .............................................................. 28

4.3 Information Technology Infrastructure Library – ITIL ............................ 31

4.3.1História da ITIL ........................................................................................... 31

4.3.2 Alinhamento da ITIL com o Negócio ......................................................... 33

4.3.3 A ITIL e os Padrões Internacionais ........................................................... 34

13

4.3.4 Tipos de certificações existentes na ITIL .................................................. 35

4.3.5 Novo esquema de qualificação da ITIL V3 ................................................ 36

4.4 Planejamento da Capacidade .................................................................... 37

5 METODOLOGIA ............................................................................................ 40

5.1 Delineamento do tipo de pesquisa .......................................................... 40

5.2 Definição da área alvo do estudo ............................................................ 41

5.3 Instrumento de coleta de dados .............................................................. 41

5.4 Plano de análise dos dados ..................................................................... 42

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................................ 43

6.1 Mapear o processo atual de gerenciamento de cap acidade da empresa

.......................................................................................................................................

43

6.2 Pesquisar e estudar a viabilidade de implementa ção do Gerenciamento da

capacidade na organização .....................................................................................

45

6.2.1 Como a implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade

melhora os serviços de TI ..................................................................................

49

6.2.2 Principais benefícios da implementação ................................................... 51

6.2.3 Problemas mais comuns ........................................................................... 51

6.2.4 Relação do Processo de Gerenciamento da Capacidade com outros

processos ...........................................................................................................

52

6.3 Pesquisar e estudar a caracterização do tráfego nos enlaces

..................................................................................................................................... 55

6.4 Pesquisar e estudar os fatores influenciadores (negócio)

...................................................................................................................................... 59

6.4.1 Situação atual sem o processo de Gerenciamento da Capacidade .................. 62

6.4.2 Como ficaria com o Processo de Gerenciamento da Capacidade ..................... 63

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 64

REFERÊNCIAS............................................................................................................ 68

APÊNDICE A – Roteiro semi-estrurado para entrevista s na empresa

...................................................................................................................................... 71

14

1 INTRODUÇÃO

Por muitos anos, algumas organizações puderam manter seus negócios ainda

que tivessem pouco apoio da Tecnologia da Informação (TI). Hoje a realidade é

diferente, a TI é um fator crítico de sucesso para a organização, em muitos casos

acaba sendo seu diferencial competitivo no mercado. Existem determinados ramos

de negócio que é quase impossível se imaginar sem o apoio da TI, como exemplo o

sistema bancário, seria impossível tentar controlar as contas dos clientes sem o

apoio de um sistema de banco de dados informatizado.

A TI hoje, para muitas empresas, se tornou um parceiro estratégico e faz parte

do negócio. As decisões sobre os investimentos em TI são tratadas nas reuniões

de planejamento estratégico pelo conselho administrativo da empresa, não é mais

possível tratá-la isoladamente. A Tecnologia da Informação deixou de ser tratada por

técnicos e passou a ser incorporada na estratégia da empresa para alcançar seus

objetivos. Assim com o aumento do peso de importância dentro da organização, ela

passou a ter vários desafios.

De acordo com Laurindo (2002), muitas organizações tem implementado

sistemas de qualidade integrando vários departamentos, ou em alguns casos, a

totalidade das atividades da empresa, com processos controlados para obtenção da

melhoria contínua de seus produtos e serviços.

A segurança é um ponto de grande relevância para os gestores de TI, a

empresa não pode correr o risco de perder suas informações, pois isto pode trazer

prejuízos financeiros e até mesmo prejudicar sua reputação no mercado.

Em virtude deste cenário, onde a TI aparece com grande importância para o

negócio da empresa, há um crescimento exponencial da Internet e da importância

das redes de comunicação, o que acaba gerando uma enorme carga nas redes dos

provedores de serviços e operadoras. Com tal crescimento no número de usuários e

evidentemente na diversificação dos serviços utilizados, surgiu a necessidade de

uma tecnologia viabilizar múltiplos serviços e tornar-se um ponto de concentração

para os serviços novos e antigos. O Multiprotocol Label Switching (MPLS) surgiu

como resposta de fabricantes de equipamentos e centros de pesquisa a estas várias

necessidades e acabou tornando-se a principal tecnologia capaz de oferecer estes

15

serviços diferenciados. Por este motivo, manter o planejamento da capacidade

destas redes também se tornou um grande desafio para as operadoras de

telecomunicações, principalmente por não poder levar em consideração o

planejamento da capacidade de seus clientes.

Neste trabalho, a organização objeto de estudo foi a COOPERCREDI,

instituição financeira bancária, que oferece diversos serviços nesse ramo há mais de

100 anos para mais de 10 estados do país.

Este projeto foi dividido em seis capítulos, sendo o primeiro esta introdução. O

capítulo 2 trata da definição do problema, o qual apresenta a caracterização da

empresa e do seu ambiente, a situação problemática, bem como, as justificativas

para a escolha do tema.

Os objetivos deste trabalho foram divididos em objetivo geral e específicos,

sendo que os mesmos são apresentados no capítulo 3. A seguir, no capítulo 4, é

abordada a revisão de literatura, a qual fornece fundamentos bibliográficos para se

compreender conceitos como: Tecnologia da Informação, Tecnologia MPLS, Modelo

ITIL, Planejamento da Capacidade, entre outros.

O capítulo 5 descreve a forma como a pesquisa deste trabalho foi realizada, ou

seja, a metodologia utilizada para a fundamentação do estudo.

Por fim, o capítulo 6 enfoca a descrição e análise dos dados coletados, onde se

apresenta os resultados alcançados durante o período de execução da pesquisa,

seguida das considerações finais.

16

2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Este capítulo apresenta a caracterização da empresa na qual foi realizado o

estudo, descrevendo o contexto onde ela está inserida.

Também é abordada a situação problemática e a justificativa para a escolha do

tema.

2.1 Caracterização da organização e do seu ambiente

Sistema de Crédito Cooperativo – COOPERCREDI - opera com 128

cooperativas de crédito e mais de 1.000 pontos de atendimento em dez estados

brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso

do Sul, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás e São Paulo). A localização e dispersão

geográfica das Cooperativas Singulares ligadas ao Sistema é apresentada na figura

a seguir.

17

Figura 1 – Distribuição Geográfica das Cooperativas ligadas ao COOPERCREDI Fonte: Própria autora (2010).

Segundo a COOPERCREDI, a mesma possui cinco Cooperativas Centrais,

Centralizadora, Banco Cooperativo e empresas controladas (Administradora de

Cartões, Administradora de Consórcios e Corretora de Seguros), além de uma

empresa de informática, com atuação de forma integrada, proporciona ganhos de

escala, fortalecimento da marca e maior competitividade. Hoje, o COOPERCREDI

possui no Brasil mais de um milhão de associados.

Com origem essencialmente no setor primário, o COOPERCREDI atua nos

centros urbanos, por intermédio das cooperativas de livre admissão e/ou por meio de

cooperativas de crédito segmentadas, que são aquelas ligadas a categorias

profissionais ou segmentos econômicos específicos. Com o fortalecimento

institucional do COOPERCREDI e de outras instituições de mesma natureza, foi

crescendo a abrangência de atuação do cooperativismo de crédito, com a

significativa ampliação do volume de recursos administrados, o aumento do

contingente de associados e a disponibilização de uma maior gama de produtos e

serviços.

18

As cooperativas de crédito integrantes do COOPERCREDI são organizadas em

sistema, o que lhes assegura uma marca corporativa forte e ganho de escala em

todos os níveis, que determinam crescimento sustentado e a sua perpetuação.

Para atender às necessidades dos associados, as cooperativas de crédito do

COOPERCREDI contam com empresas corporativas que atuam com a função

principal de oferecer apoio técnico e maior especialização ao negócio. São

empresas que garantem produtos e serviços com especialidade, qualidade e ganhos

de escala às cooperativas de crédito.

O Banco Cooperativo COOPERCREDI S.A é o primeiro banco cooperativo

privado do Brasil. Constituído em 1995, o Banco Cooperativo COOPERCREDI atua

como instrumento das cooperativas de crédito para acessar o mercado financeiro e

programas especiais de financiamento, administrar em escala os recursos do

Sistema, desenvolver produtos corporativos e políticas de comunicação e marketing.

Neste sentido, sua atuação é voltada ao atendimento das demandas do quadro

social das cooperativas de crédito do COOPERCREDI e também daquelas com as

quais mantém convênios específicos de prestação de serviços. A figura abaixo

apresenta a organização do Sistema de Crédito Cooperativo (Guia do

Cooperativismos de Crédito, Alcenor Pagnussat, 2004).

Figura 2 Estrutura do Sistema de Crédito Cooperativo Fonte: Guia do Cooperativismos de Crédito, Alcenor Pagnussat, 2004.

19

2.1.1 Empresas Ligadas

A Corretora de Seguros é responsável por oferecer, através das cooperativas

de crédito, soluções em produtos de seguros aos associados. A Administradora de

Cartões oferece, por meio das cooperativas de crédito, soluções em meios

eletrônicos de pagamento aos associados. A Administradora de Consórcios é

responsável por oferecer, por meio das cooperativas de crédito, soluções em

consórcios aos associados. A TencoSys é a empresa ligada ao Sistema responsável

pela logística, manutenções em campo e comercialização de equipamentos de TI.

2.1.2 Estrutura organizacional

Quanto à estrutura organizacional da empresa, esta é descrita por um

organograma gerencial divulgado internamente. Suas divisões do trabalho passam

por seis níveis hierárquicos: Presidência, Diretoria, Gerência, Coordenação,

Supervisão e Operacional.

2.1.3 Produtos e Serviços

O COOPERCREDI garante significativa tecnologia aos seus produtos,

atendendo as necessidades dos mais diversos clientes. Produtos oferecidos:

• Consórcios;

• Pagamentos;

• Investimentos;

• Cobrança;

• Seguros;

• Crédito;

• Câmbio;

• Conveniência;

• Previdência.

20

As informações acima citadas dizem respeito à COOPERCREDI, as quais

foram repassadas pela própria organização.

2.2 Situação problemática

Em um passado não muito distante, os processos que evoluíam a área de TI

eram direcionados para solução de problemas técnicos pontuais, geralmente

internos à organização. Todavia incentivados pelo acirramento da competitividade

num mundo cada vez mais globalizado, usuários e clientes tem abandonado esse

velho paradigma e concentrado esforços para geração de valor dos negócios,

lançando mão dos avanços, tecnológicos recentes para implementar processos

eficientes, efetivos e econômicos no gerenciamento de recursos.

Em meio a este cenário está a tecnologia MPLS. “Tecnologia emergente que

surge como alternativa para a engenharia de tráfego e o encaminhamento rápido de

pacotes IP” (SWALLOW; ANDERSON, 2010).

Muitos fatores estimularam o desenvolvimento da tecnologia de chaveamento

de pacotes, sendo que um desses foi a expansão da Internet. Outro fator relevante

que também está contribuindo com a rede mundial de comunicação, é a biblioteca

de melhores práticas - ITIL, modelo aberto, flexível e não-proprietário, pode ser

implementado por qualquer organização, independentemente do porte ou segmento.

De acordo com Magalhães (2007, p. 11) é referência mundial em gerenciamento de

recursos em TI. Conforme o autor, se aplicado de forma planejada, é capaz de

diminuir, até eliminar os anseios dos clientes e usuários no que se refere à

eficiência, eficácia e economia dos produtos e serviços de uma empresa.

Este trabalho visa a apresentação do estudo do processo para a

implementação do Gerenciamento de Capacidade de rede, focado em enlaces de

telecomunicações e aplicado em uma organização. Faz parte deste planejamento

conhecer o tipo de tráfego e a sua caracterização matemática, de forma a ser

possível a previsão do seu comportamento e realizar ações para melhorar a

utilização dos recursos de rede. Este conhecimento é fundamental para que a

COOPERCREDI possa otimizar seus recursos financeiros em função da expansão

21

de sua rede de dados. Além disso, também poderá auxiliar a prestadora de serviços

de Telecom através da predição futura de necessidade de pontos de acesso ou

quantidade de canais de dados necessários.

Do ponto de vista acadêmico, o desenvolvimento deste estudo demonstra os

conhecimentos multidisciplinares adquiridos, ao mesmo tempo em que aborda

assunto de pouco conhecimento pelas empresas em geral.

Por tanto, a questão que se apresenta é:

Como a empresa COOPERCREDI poderá beneficiar-se com a

implementação do gerenciamento de capacidade de red e, focado em enlaces

de telecomunicações, com base no modelo ITIL?

2.3 Justificativa

As justificativas deste trabalho são classificadas da seguinte forma: quanto à

importância; quanto à viabilidade e quanto à oportunidade.

2.3.1 Quanto à importância

O estudo realizado foi de suma importância para a empresa COOPERCREDI,

pois com ele, foi possível analisar questões referentes as vantagens e desvantagens

para uma possível implementação do processo de gerenciamento de capacidade de

rede focado em enlaces de telecomunicações, baseado no modelo ITIL.

2.3.2 Quanto à viabilidade

A viabilidade desta pesquisa aconteceu em função da empresa estar

interessada na melhoria contínua dos processos de gerenciamento dos recursos da

infraestrutura de TI e em especial não ter o processo de gerenciamento de

capacidade de rede focado nos enlaces de telecomunicações implementado,

dispondo-se a fornecer todas as informações necessárias para análise da questão

deste trabalho.

22

2.3.3 Quanto à oportunidade

Tornou-se oportuno uma vez que a COOPERCREDI já analisava a

possibilidade de estudo na empresa.

23

3 OBJETIVOS

O presente capítulo trata dos objetivos deste trabalho.

3.1 Objetivo geral

Demonstrar para a empresa COOPERCREDI como a mesma poderá

beneficiar-se com a implementação do gerenciamento de capacidade de rede

focado em enlaces de telecomunicações, baseado no modelo ITIL.

3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos deste estudo foram assim definidos:

• Mapear o processo atual de gerenciamento de capacidade da empresa;

• Pesquisar e estudar a viabilidade de implementação do gerenciamento de

capacidade na organização;

• Pesquisar e estudar a caracterização do tráfego nos enlaces;

• Pesquisar e estudar os fatores influenciadores (negócio);

24

4 REVISÃO DE LITERATURA

Conforme citado por Vergara (2003, p. 35), a revisão de literatura aborda os

estudos existentes sobre o tema já realizado por outros autores, o que dá

consistência à pesquisa.

Neste trabalho, foram explanados assuntos relacionados à Tecnologia da

Informação; Tecnologia MPLS; Modelo ITIL; Planejamento da Capacidade.

4.1Tecnologia da Informação (TI)

“Tecnologia da Informação é uma das muitas ferramentas disponíveis para que

os gerentes possam lidar com as mudanças” (LAUDON; LAUDON, 2004, p.13).

Para Cruz (2002, p. 186), Tecnologia da Informação é o conjunto de

dispositivos individuais, como hardware, software, telecomunicações ou qualquer

outra tecnologia que faça parte ou gere tratamento da informação, ou, ainda, que a

contenha.

McGee; Prusak (1994, p. 5 e 27) enfatizam que a TI:

• “Alterou o mundo dos negócios de forma irreversível”. Produtos e serviços

são estruturados reunindo facilidades de TI, onde o papel a ser

desempenhado por essa tecnologia da informação é estratégico, ajudando

no desenvolvimento do conhecimento coletivo, e no aprendizado contínuo.

Por conseguinte, torna-se mais fácil para as pessoas na organização,

compartilharem problemas, perspectivas, idéias e soluções;

• Propicia novas alternativas para a elaboração de processos que criam e

oferecem produtos e serviços. Sendo assim, a TI pode ser utilizada como

uma estratégia que auxilia os gestores no ambiente competitivo;

• Deve ser utilizada para facilitar a troca de experiências e o trabalho em

conjunto, bem como, para mapear e acompanhar a participação de cada

um.

Laudon; Laudon (2004, p. 6) ressaltam que “[...] em todas as indústrias, a

informação e a tecnologia se tornaram ativos estratégicos para as empresas e seus

25

gerentes”. Posto isto, nota-se que também para esses autores, assim como para

McGee; Prusak (1994), a TI é de suma importância para a prosperidade e a

sobrevivência de uma empresa.

A difusão acelerada das novas tecnologias da informação e comunicação vem promovendo profundas transformações na economia mundial e está na origem de um novo padrão de competição globalizado, em que a capacidade de gerar inovações em intervalos de tempo cada vez mais reduzidos é de vital importância para empresas e países (TAKAHASHI, 2000, p.17).

A utilização de modo intensivo dessas tecnologias faz com que haja maior

racionalidade e flexibilidade no processo produtivo, assim como, favorece a criação

de novas oportunidades de investimento.

O novo estilo de empresa é um arranjo de generalistas enxuto (menos hierárquico), descentralizado e flexível que se baseia na informação quase imediata para fornecer produtos e serviços personalizados para mercados ou clientes específicos. Este novo estilo de organização ainda não está firmemente arraigado; ele ainda está evoluindo. Todavia, a direção está clara, e esta nova direção seria inconcebível sem a tecnologia da informação (LAUDON; LAUDON, 2004, p. 6).

Cabe ressaltar, conforme Laudon; Laudon (2004, p. 6), que a Tecnologia da

Informação mudou e continuará mudando a forma de administração nas empresas, e

que, cada vez mais dependerão dela para a tomada de decisão. Para que as

empresas possam utilizar a TI de forma eficaz, é necessário que haja uma outra

estratégia: o gerenciamento de novas tecnologias, como o MPLS.

4.2 Tecnologia MPLS ( Multiprotocol Label Switching)

4.2.1 Histórico do MPLS

Segundo Assis (2002) quando o Asynchronous Transfer Mode (ATM) foi

lançado, esperava-se que ele acabasse por dominar o cenário mundial devido às

suas altas velocidades. Porém a tecnologia ATM possuía um calcanhar de Aquiles,

26

ela não era compatível com o Internet Protocol (IP), o protocolo de rede mais

difundido do mundo.

Assis (2002) revela que “vários esforços foram feitos para se compatibilizar o

ATM com o IP. Uma destas tentativas foi o ATMARP (Asynchronous Transfer Mode

Address Resolution Protocol). Este protocolo mapeia os endereços IP em endereços

ATM, para que pacotes IP possam ser roteados através de uma nuvem ATM.”

Porém o ATMARP possuía várias desvantagens, entre elas a impossibilidade de conexão direta entre endereços IP de diferentes subredes. Para isto era necessário que os pacotes passassem por roteadores, mais lentos do que os comutadores ATM, formando assim gargalos na rede. Outra desvantagem é que através do ATMARP, os pacotes IP não podiam aproveitar a Qualidade de Serviço oferecida pelo ATM (ASSIS, 2002).

Conforme Andersson; Swallow (2003, p. 9) “para contornar o problema com os

roteadores foi desenvolvido o NHRP (Next Hop Routing Protocol). O NHRP funciona

utilizando NHS (Next Hop Servers) nos roteadores IP”. Deste modo, quando um

NHC (Next Hop Client) manda um pacote de request para uma subrede IP, os NHS

roteiam este pacote até o roteador final. Para o autor (p. 9), “o NHS do roteador final

transforma o endereço IP final em um endereço ATM e manda de volta para o NHC”.

Assim os próximos pacotes IP poderão ser encaminhados inteiramente dentro da

rede ATM.

Mas o NHRP também apresentava sérias desvantagens. Uma das desvantagens era o número limitado de transmissões IP que poderiam ser feitas devido ao armazenamento dos dados sobre as transmissões nos NHS’s. Outra desvantagem era que o NHRP não suporta transmissões multicast. Aos poucos foi-se percebendo que a interoperabilidade entre redes IP e ATM seria uma questão complexa e que necessitaria de muito investimento para ser resolvida. Para contornar este problema, várias tecnologias foram desenvolvidas, todas independentes entre si, mas na mesma direção (ANDERSSON; SWALLOW, 2003, p. 10).

Andersson; Swallow (2003, p. 10) explica que o IP Switching, da Ipslon, foi uma

das primeiras a aparecer. Ele foi projetado para conectar subredes IP através de

nuvens ATM.

Para Lawrence (2010) o IP Switching é composto de comutadores ATM e

Controladores de Chaveamento IP (IP Switch Controllers). O Controlador de

Chaveamento IP é um equipamento de roteamento e encaminhamento, ligado a

uma das portas OC-3c do comutador ATM.

“Apesar desta tecnologia estar fortemente conectada à tecnologia ATM, os

comutadores ATM são utilizados apenas como o elemento de encaminhamento dos

27

pacotes, sendo que toda a sinalização e controle ATM são revogados” (LAWRENCE,

2010).

Aproximadamente na mesma época apareceu a arquitetura CSR (Cell Switching Routers) que foi em grande parte resultado de pesquisas realizadas no Instituto de Tecnologia de Tóquio e que foi depois adaptada pelas corporações Toshiba. O CSR é muito similar ao IP Switching sendo que sua maior diferença é que sua intenção é a de conectar ATM LIS (Local IP Subnets), e não subredes IP com enlaces não ATM utilizando roteadores IP padrão. Outra diferença é que o IP Switching só é capaz de rotear pacotes IP, já o CSR pode rotear pacotes de protocolos que não sejam IP. A conexão entre ATM LIS e redes não ATM se dá através de roteadores padrão, onde o endereçamento depende de servidores ATMARP (LAWRENCE, 2010).

“Após o CSR foi desenvolvido o Tag Switching da CISCO, que já apresenta a

maior parte das características do MPLS. Esta é uma tecnologia que pretende ser

totalmente transparente em uma rede heterogênea” (LAWRENCE, 2010).

Quando um pacote de uma camada superior entra em uma nuvem Tag Switching, este pacote é etiquetado, sendo que esta etiqueta é um índice de uma base de informações (TIB – Tag Information Base). As etiquetas são muito similares aos campos VPI/VCI de um cabeçalho ATM, o que possibilita que o processamento dos pacotes seja realizado por hardware o que confere maior agilidade ao processo (MPLS-EXPERTS, 2010).

Figura 3 – Distinção entre Tag e Label. Fonte: mpls-experts (2010).

Conforme MPLS-EXPERTS (2010) é interessante ressaltar que não existe

diferença conceitual entre etiqueta (Tag) e rótulo (Label). A distinção é feita

puramente por uma questão de direito autoral, pois a tecnologia Tag Switching é

patenteada pela CISCO. “Porém seus desenvolvedores encontraram alguma

dificuldade para mapear esta tecnologia diretamente em comutadores ATM, o que é

imprescindível para a transparência do protocolo”.

A IBM também desenvolveu a sua própria tecnologia. O ARIS (Aggregate Route-Based IP Switching) foi concebido para ser utilizado em redes baseadas em comutadores. O ARIS é a única entre as propostas que

28

compõem o MPLS a encorajar largamente o uso de comutadores ATM designados para acomodar Circuitos Virtuais. Tanto o IP Switching da Ipslon como o Tag Switching da CISCO, iniciaram esforços independentes pela padronização de suas arquiteturas. Porém, foi criado um grupo de trabalho para lidar com todas as tecnologias sendo desenvolvidas para se garantir a interoperabilidade. Deste grupo de trabalho nasceu o MPLS (MPLS-EXPERTS, 2010).

4.2.2 Funcionamento Básico do MPLS

Segundo Farrel; Bryskin (2005, p. 31), O MPLS é um protocolo de roteamento

baseado em pacotes rotulados, onde cada rótulo representa um índice na tabela de

roteamento do próximo roteador. Pacotes com o mesmo rótulo e mesma classe de

serviço são indistinguiveis entre si e por isso recebem o mesmo tipo de tratamento.

Desta forma o objetivo de uma rede MPLS não é o de se conectar diretamente a

sistemas finais. Ao invés disto ela é uma rede de trânsito, transportando pacotes

entre pontos de entrada e saída.

De acordo com os autores (p.31) este protocolo é na verdade um padrão que

foi feito com base em diversas tecnologias similares desenvolvidas por diferentes

fabricantes. Ele é referido por documentos do IETF como sendo uma camada

intermediária entre as camadas 2 e 3, fazendo com que estas se “encaixem” melhor.

“O MPLS surgiu como uma resposta de fabricantes de equipamentos e centros

de pesquisa a várias necessidades que surgiram com a popularização da internet e

diversificação de seus serviços” (ANDERSSON; SWALLOW, 2003, p. 15). Talvez a

mais primordial destas necessidades seja a sobrecarga que esta sendo aplicada aos

roteadores da rede devido ao sempre crescente número de usuários. Conforme os

autores, os roteadores IP possuem um algoritmo de roteamento que é ineficiente à

medida que o tamanho da rede cresce pois, para definir qual será o próximo salto do

pacote, cada roteador tem que analisar mais informações do que é realmente

necessário.

O termo "Multiprotocol" significa que esta tecnologia pode ser usada sob qualquer protocolo de rede, obviamente o IP é o mais popular. O MPLS é uma tecnologia utilizada em backbones e tem o objetivo de solucionar os problemas atuais das redes de comunicação como velocidade, escalabilidade, gerenciamento de qualidade de serviço (QoS) e a necessidade de engenharia de tráfego. Por esse motivo, o MPLS é hoje reconhecido como a principal tecnologia capaz de oferecer serviços diferenciados, que atendam às diversas necessidades dos usuários de redes,

29

desde pequenas empresas que utilizam a rede para negociar com seus clientes e fornecedores, até as grandes, e que estejam implementando uma VPN global. No entanto, esta é também um grande desafio para as operadoras de telecomunicações, tendo em vista o planejamento da capacidade destas redes, pois a decisão de investir em novas capacidades envolve análises de crescimento e desempenho, alterações de topologia física ou lógica, cuidados relativos ao cálculo de disponibilidade de rede de forma a ser possível à venda de serviços baseados em SLA ou acordos de nível de serviço, e análise dos aspectos financeiros das expansões necessárias para suprir às demandas de serviços. A decisão de planejamento quando não tomada no tempo correto pode acarretar falta ou excesso de capacidades, sendo um problema em qualquer caso. Uma situação que causa extrema dificuldade para as operadoras é a falta de gestão de capacidade por parte dos clientes. (ASSIS, 2002,).

Para Assis (2002) o funcionamento do MPLS se da quando um pacote vai de

um roteador para outro através de um protocolo de rede sem conexão, cada

roteador analisa este pacote e toma decisões independentes sobre para onde enviar

o pacote. Isto significa que cada roteador analisa o cabeçalho e roda o seu próprio

algoritmo de roteamento.

Assis (2002) ressalta algumas vantagens do MPLS, que são:

• A primeira vantagem seria o fato do encaminhamento MPLS poder ser

feito apenas com comutadores no papel de RCR (LSR). Usualmente os

comutadores são capazes de realizar as tarefas de pesquisa e troca de

rótulos, mas não são capazes de analisar o cabeçalho da camada de

rede, ou não são capazes de fazê-lo rápido o bastante;

• A utilização de comutadores no lugar de roteadores é vantajosa porque

os comutadores são em geral mais baratos e operam a velocidades

superiores à dos roteadores;

• Outra vantagem introduzida pelo MPLS é decorrente do fato dos

pacotes serem analisados apenas uma vez, quando entram na rede

MPLS. Sendo assim o roteador de ingresso pode utilizar qualquer

informação sobre o pacote, não necessariamente presente no

cabeçalho da camada de rede, para determinar a que CEE pertence o

pacote;

• Com isso é possível se criar classes de serviço para se diferenciar

pacotes e se realizar engenharia de tráfego para não sobrecarregar

rotas congestionadas. Assim, pode-se por exemplo, escolher caminhos

30

mais rápidos, porém com custo mais elevado, para pacotes de maior

prioridade;

• A possibilidade de se rotular diferenciadamente pacotes que entram

por roteadores ou até mesmo interfaces diferentes. Isto permite a fácil

criação de Redes Privadas Virtuais (VirtualPrivate Networks - VPN’s);

Existe ainda uma vantagem que é inerente a própria concepção da arquitetura.

Como a parte pesada do processamento dos pacotes é feita nas bordas da rede, o

núcleo da rede pode operar com mais folga. Isto é uma grande vantagem uma vez

que a taxa de pacotes por segundo no núcleo da rede é maior do que a taxa de

pacotes nas bordas.

Conforme Assis (2002) nas tradicionais redes sem conexão, como é o caso da

Internet, cada pacote é tratado e encaminhado independentemente em cada

roteador, e esse processo é baseado no endereço de destino carregado no

cabeçalho do pacote. Na proposta do MPLS, os dispositivos usarão rótulos ao invés

de mapeamento de endereço para determinar qual é a próxima parada para um

pacote recebido. Em curtas palavras, a abordagem é tornar a Internet orientada a

conexão, pelo menos em parte, para atingir os objetivos supracitados. A figura 4

abaixo demonstra o seguimento da conexão.

Figura 4 – Proposta do MPLS Fonte: mpls-experts (2010).

“Depois de muita análise, chegou-se a conclusão de que o MPLS foi

influenciado pela necessidade de se adicionar funcionalidades extras nos

31

roteadores, como suporte à engenharia de tráfego e à qualidade de serviços”

(ANDERSSON; SWALLOW, 2003, p. 16).

4.3 Information Technology Infrastructure Library – ITIL

4.3.1 História da ITIL

Conforme o Office of Government Commerce (2004), o Information Technology

Infrastructure Library (ITIL) foi desenvolvido pela Central Computer and

Telecommunication Agency, agora Office of Government Commerce, na Inglaterra

em meados da década de 80 com a finalidade de atender à demanda por melhores

práticas na área de gerenciamento de serviços. O IT Service Management Forum,

uma organização global composta por mais de 12000 membros corporativos e

governamentais, é responsável pela sua atualização. Na literatura de referência

disponível no site do Office of Government Commerce, o ITIL aborda o

gerenciamento de propriedade do software, a implantação, suporte e gestão dos

serviços prestados, o gerenciamento da infraestrutura de informação, comunicação e

tecnologia (ICT), o gerenciamento de aplicações e o gerenciamento de segurança.

Conforme o Office of Government Commerce (2004), os processos de TI, definidos

pelo ITIL, foram desenvolvidos com o objetivo de atender às necessidades do

negócio, pois estes dependem cada vez mais da TI. As melhores práticas utilizadas

pelo ITIL permeiam a organização como um todo. A área de TI, em especial, deve

estar alinhada com as necessidades de negócio da organização e desenvolver

serviços de TI com vistas a seus objetivos. A área de TI deve assistir a área de

negócios para a exploração dos seus recursos ao máximo, ajudando a construir uma

cultura integrada e permitindo mudança e inovação para obter vantagens

competitivas.

Inúmeras empresas e agências governamentais na Europa adotaram o padrão de trabalho rapidamente no começo dos anos 90 e o padrão ITIL, desde essa época, é conhecido como uma boa prática da indústria para o gerenciamento de serviços de TI, tanto para entrega quanto para suporte. Em 2000, o Ministério da Fazenda Britânico estabeleceu a OGC (Office of Government Commerce) para coordenar todas as atividades comerciais dentro do governo. Todas as atividades que estavam sob o controle da CCTA também foram assumidas pelo novo departamento. Embora a CCTA

32

não exista atualmente, eles foram os desenvolvedores originais do padrão de trabalho da ITIL. Em 2001 foi liberada a versão 2 da ITIL. Nesta versão os livros de Suporte e Entrega de Serviços foram reformulados em volumes mais concisos. A ITIL é de domínio público, porém protegida por direitos autorais. A marca registrada ITIL é propriedade da OGC. Porém, qualquer empresa pode usar a propriedade intelectual para implantar os processos. Capacitação, ferramentas e serviços de consultoria oferecem o devido suporte. A ITIL se tornou o padrão de fato na entrega de serviços de TI para todos os tipos de organizações. Tanto as organizações governamentais quanto as não governamentais beneficiam-se na manipulação dos processos, independente do tamanho da área de TI. A ITIL é utilizada globalmente e não tem limitações geográficas. É utilizada extensivamente por toda a Europa, Austrália, Canadá, EUA, Reino Unido, América Latina e países da Ásia. As organizações e as pessoas que desejam discutir as experiências da implantação da ITIL podem associar-se ao Fórum de Gerenciamento de Serviços de TI (IT Service Management Forum – itSMF). Este fórum é um ponto de encontro para os usuários que optaram pela ITIL. (CAVALCANTE, 2010).

A figura 5 apresenta a estrutura dos processos definidos pelo ITIL, que estão

agrupados em três grandes áreas: Gerenciamento de Aplicações, Gerenciamento de

Serviços e Gerenciamento de Infraestrutura de Tecnologia de Comunicações e de

Informação (TCI).

Figura 5 – Estrutura dos processos definidos pelo ITIL Fonte: SORTICA; CLEMENTI; CARVALHO (2004).

4.3.2 Alinhamento da ITIL com o Negócio

33

Segundo Cavalcante (2010), a ITIL está relacionada com todos os processos

que precisam ser executados dentro das empresas para o gerenciamento e

operação da infraestrutura de TI, para obter um excelente fornecimento de serviços

aos clientes sob um esquema de custos congruentes com as estratégias do negócio.

Quando os serviços de TI são críticos, cada uma das atividades realizadas deve ser executada com uma ordem para garantir que o grupo de TI ofereça valor e entrega de serviços de forma consistente. Para isso, um bom começo é alinhar o Gerenciamento de Serviços de TI (IT Service Management-ITSM) e ITIL aos objetivos organizacionais e não à tecnologia. A infra-estrutura de TI deve ser administrada, pois dessa forma a ITIL oferece um padrão de trabalho para o gerenciamento dessa infraestrutura. (CAVALCANTE, 2010).

Desta forma, conforme Cavalcante (2010) o gerenciamento de serviços de ITIL

ajudará a:

• Facilitar a qualidade do gerenciamento de serviços de TI

• Melhorar a eficiência, aumentando a efetividade

• Reduzir riscos

• Proporcionar códigos de teste no suporte da qualidade total

Para o autor (2010), algumas empresas que entregam serviços de TI aos seus

clientes com o objetivo de suportar os processos de negócio precisam de uma

estrutura adequada, pois historicamente, as organizações de TI estavam baseadas

em torno de funções e capacidades técnicas.

Cavalcante (2010) enfatiza que depois que os processos de gerenciamento de

serviços de TI estão alinhados com os objetivos do negócio, a ITIL recomenda

contar com um programa de melhoria contínua ou CSIP (Continuous Service

Improvement Programme – Programa de Melhoria Contínua dos Serviços). Para

esta melhoria, devem ser considerados 3 aspectos:

• Processos

• Infraestrutura

• Pessoas

Para Cavalcante (2010) a ITIL está ligada principalmente aos clientes e

usuários, normalmente, são utilizados sem diferença, porém na ITIL existe diferença

entre eles. Um cliente é o proprietário dos processos de negócio, pagando

(diretamente ou indiretamente) pelos serviços de TI que suportam os processos de

34

negócio e regularmente são gerentes na estrutura organizacional. Um usuário é a

pessoa que utiliza os serviços no seu trabalho diário.

4.3.3 A ITIL e os padrões internacionais

Uma das vantagens de utilizar padrões está em poder aproveitar experiências

de outras empresas em benefício próprio, que economizarão tempo e recursos, além

de garantir, quando adotados de forma adequada, o correto suporte e entrega dos

serviços de TI. A figura 6 abaixo mostra os padrões de negócios que as

organizações norteiam seus serviços e produtos.

Figura 6 – Orientação a Negócios Fonte: Cavalcante (2010)

Assim, utilizar as melhores práticas da ITIL apóia as organizações a contar com

processos eficientes e alinhados com as suas necessidades, que oferece a

otimização dos recursos de TI necessários para a operação das empresas.

4.3.4 Tipos de certificações existentes na ITIL

De acordo com Cavalcante (2010), a EXIN e ISEB são bancas examinadoras

que organizam e controlam o esquema completo de certificação. Elas garantem que

35

o pessoal de certificação seja justo e honesto, independente das organizações que

ministrem os cursos. Ambas as bancas credenciam as empresas de capacitação

para garantir um nível consistente de qualidade na entrega dos cursos.

Existem 3 tipos de certificações ITIL:

• Certificação em Fundamentos de Gerenciamento de Ser viços de TI ( ITIL

Foundation): garante o conhecimento de termos básicos, conceitos e a

relação entre processos de Gerenciamento de Serviços de TI.

• Certificação Profissional em Gerenciamento de Servi ços de TI ( ITIL

Practitioner): nesta certificação serão obtidas as habilidades em aspectos

específicos e práticos de apenas um processo de ITIL, ou seja, para cada

processo existe uma certificação profissional.

• Certificação de Administrador de Serviços de TI ( ITIL Service

Management): oferece o reconhecimento internacional, que mostra

claramente a capacidade para implantar e administrar os serviços de TI.

“Para realizar as certificações, Profissional e Administrador, é necessário

obter a certificação de fundamentos (ITIL Foundation), que é a base para estas duas

certificações” (CAVALCANTE, 2010).

4.3.5 Novo esquema de qualificação da ITIL V3

Conforme TIEXAMES (2010), o novo esquema de qualificação da ITIL V3 é

bem mais estruturado e fornece uma carreira para o profissional que deseja

especializar-se em gerenciamento de Serviços de TI com ITIL. Há bem mais opções

de cursos em comparação ao subitem anterior.

36

Segundo Tiexames (2010) a certificação Foundation continua existindo, agora com

um novo currículo que exige que o profissional tenha um conhecimento básico das

cinco principais publicações da ITIL V3. Na ITIL V2 Foundation o candidato tinha que

estudar apenas os processos dos livros Suporte ao Serviço e Entrega do Serviço. As

certificações intermediárias exigem que o profissional faça um treinamento oficial,

cujo programa é direcionado para quem quer ganhar um entendimento mais

profundo da ITIL e sua implantação nas organizações.

A figura 7 ilustra o esquema de qualificação da ITIL V3.

Figura 7 – Esquema de qualificação da ITIL V3 Fonte: TIEXAMES (2010)

É importante esclarecer que a ITIL, não é uma metodologia, e sim um conjunto de melhores práticas. Por isto não prevê o detalhamento de como fazer, ou seja, não prediz passo-a-passo como fazer, mas sim o que é importante ter em cada processo e fundamentalmente a interligação entre os diversos processos de T.I. Ao se adotar a ITIL, é preciso adaptá-la à organização. A flexibilidade inerente ao conjunto de melhores práticas permite tal adaptação mais facilmente, não sendo de igual valor se a rigidez de uma metodologia fosse a base para a formulação da ITIL. (CONRADOROSA, 2010)

37

4.4 Planejamento da Capacidade

“A TI está reformulando o processo de gerenciamento, fornecendo novos e

poderosos recursos para ajudar os gerentes a planejar, organizar, liderar e controlar”

(LAUDON; LAUDON, 2004, p. 19). Daí a importância de analisar o ambiente da

organização para redefinir missão e escolher estratégias de ação.

Este processo está diretamente relacionado com os requerimentos do negócio e não tem enfoque apenas no desempenho dos componentes dos sistemas, seja de forma individual ou em conjunto. O Gerenciamento de Capacidade está relacionado com a solução de incidentes e a identificação de problemas, além de avaliar as alterações, para verificar o impacto sobre a capacidade e o desempenho. (CAVALCANTE, 2010).

Cavalcante (2010) ressalta que para haver planejamento tem que haver

gerenciamento da capacidade, a figura 8 demonstra que o objetivo desse

gerenciamento é garantir que a melhor capacidade da infraestrutura está na

localização correta, para o cliente adequado, no tempo certo e por um preço justo.

Figura 8 – Gerenciamento da Capacidade. Fonte: Cavalcante (2010).

38

O Gerenciamento da Capacidade visa fornecer a capacidade exigida para o processamento e o armazenamento de dados no momento certo e de um modo que seja compensador quanto ao custo. É um ato de equilíbrio. O bom Gerenciamento da Capacidade elimina a compra no último minuto, movida pelo pânico, ou a compra da maior caixa possível para depois cruzar os dedos. As duas situações são dispendiosas. Muitos centros de dados, por exemplo, operam sempre com 20%, ou até menos, de utilização média (capacidade usada) durante o dia de atividade (sem levar em conta tipos de sistema mas considerando servidores de arquivo e de impressão etc.). Isso não é tão ruim quando o número de servidores não é grande. Mas quando se tem milhares de servidores, como é o caso de muitas empresas de TI, essas percentagens significam que enormes somas de dinheiro estão sendo disperdiçadas. (ITSMF, 2006, p. 143)

Conforme ITSMF (2006, p. 143) o Gerenciamento da Capacidade trata das

seguintes questões:

• O preço de compra da capacidade de processamento pode ser

justificado levando-se em conta as exigências do negócio? A

capacidade de processamento é usada do modo mais eficiente (custo

versus capacidade)?

• A atual capacidade de processamento atende adequadamente às

demandas presentes e futuras do cliente (oferta versus demanda)?

• A capacidade de processamento disponível está funcionando em sua

eficiência máxima (ajuste do desempenho)?

• Quando, exatamente, se deve disponibilizar a capacidade adicional?

• Sabe-se que capacidade de TI será necessária no futuro e quando?

“Para implantar o seu objetivo, o Gerenciamento da Capacidade precisa ter um

relacionamento próximo com o negócio e com os processos do negócio e da

estratégia de TI. Por isso esse processo é reativo (medir e melhorar) e positivo

(analisar e prever)”. (ITSMF, 2006, p. 143).

39

5 METODOLOGIA

Apresenta-se neste capítulo, os métodos e técnicas a serem aplicados para se

atingir os objetivos deste trabalho.

5.1 Delineamento do tipo de pesquisa

Este estudo tem relevância de natureza aplicada, devido ao levantamento

realizado gerar conhecimento e o mesmo ter a possibilidade de ser aplicado na

prática de gestão estratégica. Para melhor fundamentar os argumentos deste estudo

pode-se classificá-lo como pesquisa qualitativa. “A pesquisa qualitativa é apropriada

para avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa

ou plano” (Roesch, 1999, p. 155).

Assim, pode-se relacionar a proposta deste trabalho que é de demonstrar para

a empresa COOPERCREDI como poderá beneficiar-se com a implementação do

gerenciamento de capacidade de rede focado em enlaces de telecomunicações,

baseado no modelo ITIL. Ficando a critério da empresa sua futura implantação.

Pela tipologia proposta por Vergara (2003), quanto aos fins pode-se classificá-

lo como pesquisa exploratória, e quanto aos meios de investigação como pesquisa

de campo, documental e bibliográfica.

Para Vergara (2003, p. 47):

A pesquisa exploratória, que não deve ser confundida com leitura exploratória, é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa.

Em relação a pesquisa de campo, Vergara (2003, p. 48) explica:

A pesquisa de campo é a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não.

Outros meios utilizados nesta pesquisa foram, a investigação documental e a

pesquisa bibliográfica. Conforme Vergara (2003, p. 48):

40

A investigação documental é a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros. [...] Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma.

5.2 Definição da área alvo do estudo

O alvo deste trabalho foi a área de infraestrutura de TI da empresa

COOPERCREDI.

5.3 Instrumento de coleta dos dados

Como instrumento de coleta de dados para esta pesquisa foi utilizado um

roteiro de entrevista, semi-estruturado, análise de documentos e observação.

Conforme Roesch (1996, p. 150), nas entrevistas semi-estruturadas, não há

uma definição de categorias das questões pelo entrevistador, são usadas questões

do tipo abertas, o que permite ao pesquisador entender e captar a perspectiva dos

entrevistados.

Outro instrumento de coleta de dados é a documental, como já apresentado no

item 5.1.

Na opinião de Roesch (1999, p.159), a entrevista pode ser realizada de forma

encoberta, que acontece quando o pesquisador se torna um empregado da

empresa, ou de forma aberta, onde o pesquisador tem permissão para observar, no

ambiente de trabalho em estudo. No caso deste estudo, a técnica utilizada foi a

entrevista de forma aberta.

O quadro a seguir mostra de forma resumida os métodos e técnicas utilizadas

para atingir os objetivos específicos propostos neste trabalho.

41

Etapa 1 - Mapear o processo atual de gerenciamento de capacid ade da empresa .

a) Entrevista utilizando roteiro semi-estrututrado; b) Observação; c) Análise documental.

Etapa 2 – Pesquisar e estudar a viabilidade de implementação do gerenciamento da capacidade na organização.

a) Entrevista utilizando roteiro semi-estrututrado; b) Observação; c) Análise bibliográfica.

Etapa 3 – Pesquisar e estudar a caracterização do tráfego nos enlaces .

a) Entrevista utilizando roteiro semi-estrututrado; b) Observação; c) Análise documental e bibliográfica.

Etapa 4 – Pesquisar e estudar os fatores influenciadores (neg ócio) .

d) Entrevista utilizando roteiro semi-estrututrado; e) Observação; f) Análise bibliográfica.

Quadro 1 – Operacionalização da pesquisa. Fonte: Própria autora (2010).

5.4 Plano de análise dos dados

Para análise dos dados deste trabalho, foram utilizadas as técnicas de

observação, análise documental fornecida pela empresa e para melhor

fundamentação da análise recorreu-se à pesquisas bibliográficas.

O objetivo dos dados coletados é demonstrar a importância que a

implementação do Gerenciamento da Capacidade focado em enlaces de

telecomunicações poderá proporcionar às empresas que desejam estar à frente de

seus competidores, podendo através do mesmo obter a credibilidade dos clientes e

a lucratividade. Como é o caso da empresa COOPERCREDI, foco deste trabalho.

42

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Este capítulo tem o objetivo de apresentar os dados coletados conforme

descrito no quadro 1 acima mencionado, descrevendo-o e analisando-o de forma a

responder os objetivos específicos propostos.

6.1 Mapear o processo atual de gerenciamento de cap acidade da empresa.

Segundo o gerente da área de Infraestrutura de TI, atualmente não existe o

processo de gerenciamento de capacidade implementado na empresa.

De acordo com JMazzoni (2010), o processo de Gerenciamento da Capacidade

foi desenhado para assegurar que a capacidade da infraestrutura de TI esteja

alinhada com as necessidades do negócio. “O propósito principal do Gerenciamento

da Capacidade é entender e manter os níveis de entrega de serviços requisitados a

um custo aceitável”.

Para o autor:

A capacidade da infra-estrutura de TI, que normalmente inclui capacidade de processador, armazenamento de registros no banco de dados, arquitetura do software, etc., deve ser planejada logo na fase de Desenho do Serviço, para que não haja surpresas quando o novo serviço entrar no ambiente de produção. O Gerenciamento da Capacidade é inicialmente suportado pela estratégia de serviço, onde são identificados: decisões e análises de resultados do cliente que influenciam o desenvolvimento de padrões de atividades do negócio, níveis de serviço e pacotes de serviços. Isto cria indicadores contínuos necessários para alinhar a capacidade à demanda.

Desta forma, nota-se a necessidade tanto por parte do gestor e de seus

colaboradores da área em estudo, a busca de informações, cursos, etc., para se

atingir os objetivos de um processo de Gerenciamento da Capacidade sugeridos por

JMAZZONI (2010), que são:

• Produzir e manter um plano de capacidade apropriado e atualizado,

refletindo as necessidades atuais e futuras do negócio;

• Fornecer conselhos e diretrizes para todas as áreas de negócio e de TI

sobre questões relacionadas à capacidade e desempenho;

43

• Garantir que o desempenho do serviço seja alcançado ou exceda todas

as metas acordadas, através do Gerenciamento da Capacidade tanto

dos serviços como dos recursos envolvidos;

• Assistir no diagnóstico e resolução de incidentes e problemas

relacionados a questões de desempenho e capacidade;

• Avaliar o impacto de todas as mudanças no plano de capacidade o

desempenho e capacidade de todos os serviços e recursos;

• Garantir que medidas pró-ativas sejam implantadas para melhorar o

desempenho dos serviços a um custo justificável.

O autor (2010) complementa que, o Gerenciamento da Capacidade está

continuamente tentando alcançar a combinação de custo efetivo com os recursos de

TI. A figura 9 abaixo demonstra o fluxo deste processo.

Figura 9 – Fluxo contínuo do processo de Gerenciamento da Capacidade Fonte: JMAZZONI (2010)

6.2 Pesquisar e estudar a viabilidade de implementa ção do gerenciamento da

capacidade na organização .

Como já foi citado no item anterior, não existe um processo de Gerenciamento

da Capacidade implantado na empresa. Por este motivo é extremamente importante

o alinhamento desta implementação com o negócio da COOPERCREDI.

44

Phillips (2003, p. 2) explica que antes da implementação de qualquer projeto

tem-se que obter o maior número de informações possíveis, bem como, buscar uma

visão objetiva do mesmo, pois a objetividade está acima de tudo. Conforme o autor,

antes do início de um projeto, é preciso saber quais resultados exatamente sinalizam

a sua conclusão e o que produzirá.

Para Vargas (2009, p. 14) um projeto bem sucedido é aquele que é realizado

conforme o planejado.

Segundo Vargas (2009, p.15) o sucesso dos projetos também está diretamente

relacionado com a capacidade que a organização tem de favorecer o ambiente para

os projetos, uma vez que muitas vezes o gerente/coordenador do projeto não dispõe

de autoridade suficiente para influenciar o sucesso dos resultados. Tais ações

incluem:

• Selecionar corretamente os membros-chave do time do projeto;

• Desenvolver um senso de comprometimento em toda a equipe;

• Buscar autoridade suficiente para conduzir o projeto;

• Coordenar e manter uma relação de respeito e cordialidade com o

cliente, os fornecedores e outros envolvidos;

• Determinar quais processos precisam de melhorias, especialmente os

mais importantes;

• Desenvolver estimativas de custos, prazos e qualidade realistas;

• Desenvolver alternativas de backup em antecedência aos problemas;

• Manter as modificações sob controle;

• Dar prioridade a missão ou meta do projeto;

• Evitar o otimismo ou pessimismo exagerado;

• Desenvolver e manter estreitas linhas de comunicação informal;

• Evitar um número excessivo de relatórios e análises;

• Evitar excessiva pressão sobre o time durante períodos críticos.

De acordo com JMAZZONI (2010), o objetivo do Gerenciamento da

Capacidade é garantir que a melhor capacidade da infraestrutura está na localização

correta, para o cliente adequado, no tempo certo e por um preço justo. E para isto a

principal vantagem para gerenciar um projeto como esse ou outro projeto é que ele

não é restrito a projetos gigantescos, de alta complexidade e custo. Dentre os

principais benefícios, podem-se destacar:

45

• Evita surpresas durante a execução dos trabalhos;

• Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma

vez que toda a metodologia está sendo estruturada;

• Antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas,

para que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes

que essas situações se consolidem como problemas;

• Adapta os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente;

• Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos;

• Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e

disponibilizadas;

• Aumenta o controle gerencial de todas as fases a serem

implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado;

• Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem

decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo,

melhorando a capacidade de adaptação do projeto;

• Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários;

• Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos.

JMAZZONI (2010) enfatiza que o Gerenciamento da Capacidade é baseado

em:

• Requisitos do negócio;

• Estruturas existentes dentro da empresa;

• Infraestrutra existente de TI.

O autor (2010) complementa que para haver sucesso na implementação é

necessário planejar também os sub processos. A figura 10 ilustra os sub processos.

46

Figura 10 - Subprocessos – Implementação do Gerenciamento da Capacidade Fonte: JMAZZONI (2010)

A finalidade de cada subprocesso é:

a) Gerenciamento da Capacidade do Negócio

• Planejar e implementar os requisitos atuais e futuros do negócio. Isso

se faz obtendo-se informações do cliente, por exemplo, fornecidas por

planos estratégicos ou planos de marketing, ou realizando-se análises

de tendências.

• Atender a todas as necessidades de mudanças do negócio que estão

relacionadas a capacidade, trabalhando em sintonia com os processos

de:

� Gerenciamento de desenvolvimento

� Gerenciamento de Mudança

� Gerenciamento de Nível de Serviço

� Processo de Compras

� Gerenciamento da Configuração

� Gerenciamento Financeiro de TI

b) Gerenciamento da Capacidade de Serviço

• Assegura que o desempenho dos serviços de TI que são acordados

nos ANSs e RNS sejam realizados

• Analisa os requisitos do negócio para os serviços de TI e irá trabalhar

em sintonia com os processos de:

� Gerenciamento de Nível de Serviço

47

� Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI

� Service Desk / Central de Serviços

� Gerenciamento de Incidente

� Gerenciamento de Problema

� Gerenciamento de Mudança

c) Gerenciamento da Capacidade de Recursos

• Assegura que todos os componentes na infraestrutura de TI que

tenham recurso finito sejam monitorados, medidos, analisados e

reportados.

• Exemplos de recursos que são monitorados:

� Processadores

� Memória

� Discos

� Largura de banda, etc

• Vai trabalhar muito próximo com os processos de:

� Gerenciamento da Disponibilidade

� Gerenciamento da Configuração

� Gerenciamento Financeiro

• Precisa acompanhar as novas tecnologias de mercado

JMAZZONI (2010) demonstra na figura 11 abaixo, como funcionam as

entradas, saídas e subprocessos no Gerenciamento da Capacidade.

Figura 11 - Entradas, saídas e subprocessos Fonte: JMAZZONI (2010)

48

6.2.1 Como a implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade

melhora os serviços de TI

Um gerenciamento adequado da infraestrutura de TI garante que os serviços

requeridos pelos processos do negócio estejam disponíveis através da

implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade.

Para Bartlett (2003)

• Prevê problemas de desempenho antecipadamente;

• Faz análise de tendência de utilização dos recursos;

• Propõe mudanças nos componentes para atender demanda futura;

• Evita não cumprir os ANSs;

• Suporta o Service Desk em questões de problemas de desempenho.

A figura 12 ilustra a otimização das atividades com a implementação do

processo de Gerenciamento da Capacidade com os recursos da TI.

Figura 12 – Atividades de Gerenciamento da Capacidade Fonte: JMAZZONI (2010)

O autor (2010) explica que tão importante quanto as demais atividades

também são as atividades iterativas, demonstradas na figura 13 abaixo:

49

Figura 13 – Atividades Iterativas Fonte: JMAZZONI (2010)

Conforme o autor (2010) para se implementar com sucesso é preciso conhecer

o BDC – Banco de Dados de Capacidade:

• Dados no BDC são armazenados e usados por todos os subprocessos do

Gerenciamento de Capacidade devido ele ser um repositório que armazena

um número de diferentes tipos de dados: negócios, serviços, técnico,

financeiro e utilização de componentes.

• A informação no BDC é usada como base para os relatórios de performance

e a elaboração do Plano de Capacidade.

• Os dados também são utilizados para gerar previsões futuras e permitir o

Gerenciamento de Capacidade se planejar para questões futuras.

Figura 14 – BDC Fonte: JMAZZONI (2010)

50

Bartlett (2003) explica que a implementação de quaisquer alterações

decorrentes dessas atividades deve ser realizada através de uma rigorosa mudança

formal. O impacto das mudanças ajuste do sistema pode ter implicações importantes

sobre os clientes do serviço. O impacto e os riscos associados a estes tipos de

alterações são susceptíveis de ser maior do que a de tipo diferente de outras

alterações.

6.2.2 Principais benefícios da implementação

Segundo Bartlett (2003), os principais benefícios são:

• Menor impacto negativo sobre o usuário do serviço;

• Aumento da produtividade do usuário;

• Aumento da produtividade do pessoal de TI;

• Uma redução no número de mudanças que precisam ser fora-suportado,

mas a capacidade de fazê-lo mais facilmente;

• Maior gerenciamento e controle de serviços críticos de negócios da

aplicação;

• Redução do risco de problemas de performance;

• Elimina o pânico na hora da compra;

• Melhorias no serviço através de melhor controle;

• Menos suporte reativo;

• Aumento da confiança da TI aos olhos dos clientes.

6.2.3 Problemas mais comuns

Para Bartlett (2003) os problemas comuns que podem ser encontrados após o

processo já implementado são:

• Informações sobre capacidade vinda de fornecedores;

• Não estão disponíveis ou são muito genéricas e podem estar

equivocadas;

51

• A expectativa sobre o que o Gerenciamento de Capacidade pode trazer

é super estimada. Se uma aplicação for projetada de maneira errada, a

capacidade não irá resolver o problema;

• Os detalhes do monitoramento podem ser muitos detalhados fazendo

com que o processo seja muito caro;

• A informação é difícil de se obter. Não é fácil sempre predizer que a

capacidade futura será necessária antes de desenvolver uma

aplicação.

6.2.4 Relação do processo de Gerenciamento da Capacidade com outros processos

Segundo Cavalcante (2010) o processo de gerenciamento da capacidade

apresenta uma estreita relação com os gerenciamentos de disponibilidade, de

configuração e de níveis de serviço. A figura 15 mostra onde está o processo de

Gerenciamento da Capacidade e a relação com outros processos.

Figura 15 – Gerenciamento da Capacidade em relação a outros processos Fonte: Cavalcante (2010)

52

Entende-se que cada um dos processos de Gerenciamento de Entrega e

Suporte de Serviços e Gerenciamento de Capacidade apresenta relação com outros

processos, para garantir o uso correto dos recursos de TI para assim atender os

níveis de rendimento acordados com os clientes.

Abaixo a relação do processo de Gerenciamento da Capacidade com os

demais, conforme ITSMF (2006, p. 147):

• Gerenciamento de Incidentes: o Gerenciamento de Incidentes informa ao

Gerenciamento da Capacidade sobre incidentes registrados devido a

questões de capacidade ou desempenho. O Gerenciamento da Capacidade

pode fornecer ao Gerenciamento de Incidentes roteiros que auxiliam no

diagnóstico ou na solução de problemas de capacidade.

• Gerenciamento de Problemas: o Gerenciamento da Capacidade dá suporte

ao Gerenciamento de Problemas em suas atribuições reativas e proativas. As

ferramentas, as informações, o conhecimento e a especialização do

Gerenciamento da Capacidade podem ser usados para ajudar o

Gerenciamento de Problemas em diversas atividades.

• Gerenciamento de Mudanças: o Gerenciamento da Capacidade deve integrar

o comitê de avaliação de mudanças. Ele pode fornecer informações sobre a

necessidade de capacidade e o impacto potencial que uma mudança causa

na oferta do serviço. As informações sobre mudanças também oferecem um

valioso subsídio para o Plano de Capacidade. O Gerenciamento de

Capacidade também pode apresentar Requisições de Mudança (RDM)

durante a implementação do plano.

• Gerenciamento de Liberação: O Gerenciamento da Capacidade dá suporte ao

planejamento da distribuição quando os servidores da rede e da distribuição

são usados para distribuição automática ou manual, garantindo que em todas

as áreas necessárias se disponha de capacidade suficiente.

• Gerenciamento da Configuração: Existe uma ligação próxima entre a Base de

Dados da Capacidade (BDC e a BDGC, provavelmente constituindo parte do

BDGC. As informações fornecidas pelo Gerenciamento da Configuração são

essenciais para o desenvolvimento de uma BDC eficiente.

• Gerenciamento de Nível de Serviço: O Gerenciamento da Capacidade orienta

o Gerenciamento de Nível de Serviço, quanto à viabilidade dos níveis de

53

serviço (por exemplo, tempos de resposta e Requisitos de Nível de Serviços).

O Gerenciamento da Capacidade mede e monitora os níveis de desempenho

fornece informações para checar e, quando necessário, alterar os níveis de

serviço acordados e os relatórios que se ligam a eles.

• Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI: o Gerenciamento da

Capacidade dá suporte ao orçamento de investimento, à análise de

custo/benefício e as decisões sobre investimento. Além disso, fornece

informações essenciais para a cobrança de serviços ligados a capacidade,

como por exemplo o uso da capacidade de rede. É fundamental que o Plano

de Capacidade seja coerente com todos os aspectos do planejamento

financeiro e dos planos.

• Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI: o Gerenciamento da

Capacidade especifica a capacidade mínima necessária para prosseguir com

a oferta de serviço ou recuperá-la em eventualidade de um desastre. As

necessidades de capacidade do Gerenciamento da Continuidade dos

Serviços de TI devem ser constantemente revistas, pois só assim se garante

que elas irão refletir as mudanças diárias no ambiente operacional.

• Gerenciamento da Disponibilidade: o Gerenciamento da Capacidade e o

Gerenciamento da Disponibilidade são bastante ligados. Problemas no

desempenho e na capacidade podem resultar em serviços de TI de baixa

qualidade. Na verdade para o cliente pode não haver diferença entre um

serviço com baixo desempenho e um serviço indisponível. Em razão das

várias dependências, os dois processos precisam ser eficientemente

coordenados. Ambos tem muitas ferramentas e técnicas em comum, como

por exemplo a Análise de Impacto em Falhas de Componentes e a Análise de

Tolerância a Falhas.

6.3 Pesquisar e estudar a caracterização do tráfego nos enlaces.

Para atender este objetivo foi pesquisado e estudado sobre as atividades do

processo de Gerenciamento da Capacidade:

Monitoração:

54

• É importante que a utilização de cada recurso e serviço seja monitorada

de uma forma contínua para garantir o melhor uso possível de recursos

de hardware e software, que todos os níveis de serviço sejam alcançados

e que os volumes de negócio sejam conforme esperado.

• A monitoração será específica para sistemas operacionais, configurações

de hardware e aplicações em particular.

Análise:

• Os dados coletados através da monitoração devem ser analisados para

identificar tendências a partir das quais a utilização normal, nível de

serviço ou baseline podem ser estabelecidos.

• Pela monitoração regular e comparação com este baseline, condições de

exceção na utilização de componentes individuais ou thresholds de

serviço podem ser definidos, e brechas ou quase-falhas nos ANSs podem

ser reportados. Também os dados podem ser utilizados para predizer

utilização futura de recursos, ou para monitorar crescimento atual do

negócio em relação ao crescimento previsto.

Ajuste:

A análise de dados de monitoração pode identificar áreas da configuração que

podem ser ajustada para melhor utilizar os recursos do sistema ou melhorar a

performance de um serviço em particular.

• Técnicas de ajuste incluem

• Balanceamento de carga de trabalho

• Balanceamento de tráfego de disco

• Definição de estratégia de bloqueio que especifica quando os bloqueios

são necessários e o nível apropriado

• Uso eficiente de memória

Implementação de atividades de ajuste:

O objetivo desta atividade é introduzir aos serviços em produção quaisquer

mudanças que foram identificadas pelas analises e atividades de ajuste.

Gerenciamento de Demanda:

O objetivo principal do Gerenciamento de Demanda é influencia da demanda

por recursos computacionais e o uso destes recursos. Pode ser tanto de curto prazo

como longo prazo.

55

A influência nos serviços que estão sendo executados pode ser exercida por

• Restrições físicas

• Restrições financeiras

Modelagem:

O objetivo principal da modelagem é prever o comportamento de sistemas

computacionais sob um dado volume e variedade de trabalho. Modelagem é uma

atividade que pode ser utilizada como efeito benéfico em qualquer um dos sub-

processos de Gerenciamento de Capacidade. Existem diferentes tipos de

modelagem:

• Análise de Tendência – baseada nos dados de utilização de recursos e

performance de serviços coletados pelos sub-processos de Gerenciamento

de Capacidade de Serviços e Gerenciamento de Capacidade de Recursos

• Modelagem Analítica – São representações do comportamento de sistemas

computacionais utilizando técnicas matemáticas

• Simulação: - Envolve a modelagem de eventos discretos (ex. razão de

chegada de transações, diante de uma determinada configuração de

hardware). Esse modelo pode ser muito preciso em dimensinar novas

aplicações ou previsão de efeitos de mudanças em aplicações existentes.

• Modelos de baseline – Com base em um baseline preciso, o modelo de

simulação pode ser realizado, com base em questões como ‘e se?’ que

refletem mudanças planejadas nem hardware e/ou volume/variedade de

cargas de trabalho.

Dimensionamento de Aplicação:

Essa atividade tem um tempo de vida finito. Ela é iniciada no estágio inicial de

um projeto para uma nova aplicação (ou alteração de uma aplicação já existente) e é

completada quando a aplicação é aceita no ambiente operacional. O objetivo

principal do dimensionamento é estimar os requisitos de recurso para suportar uma

mudança proposta em uma aplicação ou nova aplicação, para garantir que ela se

encaixe aos níveis de serviço solicitados.

Elaboração do Plano de Capacidade:

56

Para Cavalcante (2010) o principal objetivo da produção de um plano de

capacidades é documentar os níveis reais de utilização dos recursos e desempenho

do serviço, considerando em todo momento a estratégia e planos do negócio,

prognósticos de requerimentos futuros de recursos para suportar os serviços de TI

que apóiam essas atividades. O plano deve indicar claramente qualquer suposição

efetuada, além de incluir qualquer recomendação quantificada em termos de

recursos requeridos, custo, benefício, impacto, etc.

JMAZZONI (2010) enfatiza que o Plano de Capacidade deve ser publicado

anualmente em conjunto com o ciclo orçamentário. Idealmente, deveria ser

atualizado a cada 4 meses e consiste das seguintes partes:

• Introdução:

� Escopo do planejamento

� Métodos (técnicas de modelagem)

• Concepção e pré requisitos

• Avaliações do negócio e cenários

• Sumário de Serviços

• Sumário de Recursos

• Opções para a Melhoria de Serviços

• Modelo de Custos (Ver Gerenciamento Financeiro)

• Recomendações:

� Benefícios esperados para o negócio (ROI)

� Impacto potencial de não levar em consideração as recomendações;

riscos envolvidos

� Recursos necessários para a melhoria (investimentos)

� Custos: iniciais e de manutenção

O plano de capacidade desenvolvido pela gerência de capacidade documenta os níveis atuais de utilização e desempenho dos recursos de infra-estrutura existentes, projetando-os para as necessidades futuras do negócio, trazendo a estes recomendações, custos, benefícios, impactos e necessidades ante as quais a T.I. precisa posicionar-se de forma a suportar as atividades do negócio (ELEPHANT, 2004, p. 138).

Atualmente a empresa COOPERCREDI não possui ferramentas que viabilizem

a realização das atividades do Gerenciamento da Capacidade dos enlaces de

telecomunicações. Como requisito para implantação do gerenciamento de

capacidade, foi sugerida a aquisição de uma ferramenta, que dentre as opções a

57

escolhida foi a CA NetQoS ReporterAnalyser, a qual viabilizará a realização da

coleta dos dados possibilitando o monitoramento dos enlaces, a análise das

informações, a realização de ajustes e auxiliar a elaboração do Plano de

Capacidade.

Nas figuras 16 e 17, podem-se observar exemplos de auxílio da ferramenta em

relação análises de tendência dos enlaces:

Figura 16 – Análise gráfica de tendência de um enlace (não possibilita uma análise coerente devido ao curto período de coleta de dados) Fonte: Ferramenta CA NetQoS ReporterAnalyser

58

Figura 17 – Análise de tendência de um enlace por protocolo (também não possibilita uma análise coerente devido ao curto período de coleta de dados) Fonte: Ferramenta CA NetQoS ReporterAnalyser

6.4 Pesquisar e estudar os fatores influenciadores (negócio)

Para Conradorosa (2010), a adoção da ITIL na organização, normalmente, vem

acompanhada de um desenvolvimento/melhoramento dos fluxos internos não só da

TI, mas de toda a organização. Para se obter um melhor alinhamento estratégico de

TI, este melhoramento e desenvolvimento devem se tornar cíclicos e

constantemente avaliados e ajustados. A ITIL é, portanto, uma visão estruturada e

orientada a processos de suporte ao gerenciamento de TI. Tem na sua versão 2 —

adotada neste texto — a distribuição sugerida pela Figura 18 abaixo

59

Figura 18 – Domínio da ITIL V2 Fonte: Conradorosa (2010)

O alinhamento com a estratégia de negócio é fundamental para o processo de Gerenciamento de Capacidade poder traduzir as previsões de negócio e estimativas de carga de trabalho em requisitos de capacidade de infra-estrutura de TI, em termos de quantidade, de bem como determinar quanto são necessários. (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p 313)

Conforme ITSMF (2006, p.24) a implantação da ITIL traz resultados positivos

para a organização. Os resultados associados à adoção da ITIL podem ser listados

por inúmeros enfoques. Na perspectiva da visão do Cliente / Usuário de TI, tem-

se:

• A oferta de serviços de TI torna-se mais orientada aos Clientes e

aos acordos quanto à qualidade do serviço melhora a relação;

• Os serviços são mais bem definidos na linguagem do Cliente e com

um detalhamento mais adequado;

• A qualidade, a disponibilidade, a confiabilidade e o custo dos

serviços são mais bem gerenciados;

• A comunicação com a organização de TI melhora devido à

definição dos pontos de contato.

Completando a percepção acima, para ITSMF (2006, p.24) na visão da

organização e TI, tem-se:

• A organização de TI desenvolve uma estrutura clara, torna-se mais

eficiente e mais concentrada nos objetivos corporativos;

60

• A organização de TI exerce um controle maior sobre a infra-

estrutura e os serviços pelos quais é responsável, tornando as

mudanças mais fáceis de serem gerenciadas;

• Uma estrutura de processo eficiente fornece uma base para a

terceirização eficiente de elementos dos serviços de TI;

• A adoção das melhores práticas da ITIL incentiva uma mudança

cultural com relação ao fornecimento dos serviços e auxilia na

introdução de sistemas de gerenciamento de qualidade baseados

na série ISSO 9000 ou BSI 15000.

“A ITIL oferece um modelo de referência coerente para a comunicação interna

e a comunicação com os fornecedores, além de uma padronização e identificação

de procedimentos”. (ITSMF, 2006, p.24)

De acordo com ITSMF (2006, p.151) a qualidade do processo de

Gerenciamento da Capacidade depende dos seguintes fatores decisivos para se

obter o sucesso:

• Previsões e expectativas precisas sobre o negócio;

• Conhecimento da estratégia e do planejamento da TI e clarividência

quanto a eles;

• Conhecimento das tecnologias atuais e futuras;

• Cooperação com outros processos;

• Capacidade de demonstrar eficiência em custos.

6.4.1 Situação atual sem o processo de Gerenciamento da Capacidade

O quadro a seguir, aborda a situação atual da área de Infraestrutura de TI.

61

Existe implantado o processo de Gerenciamento de Capacidade dos enlaces

de telecomunicações, hoje?

Dificuldades sem o processo

• Não

• Não há critérios de avaliação para autorização das solicitações de upgrades dos enlaces;

• Não existe ferramenta que monitore o desempenho dos enlaces;

• Não existe análise do desempenho e avaliação do ANS (Acordo de nível de serviço) contratado;

• Não existe previsão dos requisitos de negócios, entre outros.

Quadro 2 - Situação atual da área de Infraestrutura de TI. Fonte: Própria autora (2010).

6.4.2 Como ficaria com o processo de processo de Gerenciamento da Capacidade

Dificuldades com o processo Principais Benefícios Resultados esperados

• Informações sobre capacidade vinda de fornecedores; • Não estão disponíveis ou são muito genéricas e podem estar equivocadas; • A expectativa sobre o que o Gerenciamento de Capacidade pode trazer é super estimada. Se uma aplicação for projetada de maneira errada, a capacidade não irá resolver o problema; • Os detalhes do monitoramento podem ser muitos detalhados fazendo com que o processo seja muito caro;

• A informação é difícil de se obter. Não é fácil sempre predizer que a capacidade futura será necessária antes de desenvolver uma aplicação.

• Redução dos riscos associados aos serviços existentes, pois os recursos são administrados com eficiência e desempenho do equipamento é continuamente monitorado; Redução dos riscos associados aos serviços novos ou modificados, pois o dimensionamento da aplicação significa que se conhece o impacto de serviços novos ou modificados sobre os sistemas existentes;

• Redução dos custos, pois os investimentos são feitos na hora certa, nem cedo demais nem tarde demais, o que significa que o processo de compra não precisa lidar com compras de última hora ou com compras de capacidade exageradas, muito além da necessidade;

• Redução dos transtornos para o negócio, graças ao envolvimento próximo com o Gerenciamento de Mudanças quando se determina o impacto sobre a capacidade da TI.

• Previsões mais confiáveis propiciam uma resposta mais rápida e mais precisa aos pedidos dos clientes;

• Maior eficiência, graças ao equilíbrio entre demanda e oferta num estágio ainda inicial;

• Administração, ou até mesmo redução, do gasto associado à capacidade, pois esta é usada de modo mais eficiente.

• Integração com outros processos;

• Aumento da eficiência e redução de custos;

• Satisfação dos usuários; • Aumento da confiança da TI

aos olhos do cliente; • Controle de Upgrades dos

enlaces; • Ferramenta que monitore o

desempenho dos enlaces; • Análise do desempenho e

avaliação do ANS (Acordo de Nível de Serviço) contratado;

• Previsão dos requisitos de negócios, entre outros.

Fonte: Própria autora (2010). Quadro 3 - Situação da área de Infraestrutura de TI com o processo de Gerenciamento da Capacidade.

62

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em vista das análises apresentadas ao longo deste estudo, observa-se que o

Gerenciamento da Capacidade é um processo que visa fornecer regularmente e na

hora certa os recursos de TI exigidos (quando eles o são) e a um preço razoável,

ajustado às exigências atuais e futuras do negócio.

Para se atingir o objetivo geral deste trabalho, respondeu-se os objetivos

específicos, os quais foram analisados através de pesquisa de campo e bibliográfica,

bem como, a utilização dos métodos de observação e entrevista sobre o tema de

estudo junto aos colaboradores da área de Infraestrutura de TI da COOPERCREDI.

Como base para fundamentar os argumentos deste capítulo, reporta-se à

afirmativa de Conradorosa (2010) de que, no mundo atual, é crescente a criação de

vantagens competitivas sustentáveis para organizações que competem numa

economia mundial. Para isso, alguns fatores são muito importantes, dentre eles está

a implementação do Gerenciamento da Capacidade dos enlaces de

telecomunicações.

Com base nos dados coletados e nas pesquisas bibliográficas, compreende-se

que para um processo de Gerenciamento da Capacidade ser eficaz, conforme TSO

(2010), depende da implementação dos processos de Gerenciamento de Nível de

Serviço, Configuração, Disponibilidade, Mudança, Incidentes, Problemas e

Financeiro, pois é responsável por garantir que uma capacidade adequada está

disponível em todos os momentos para atender aos requisitos do negócio. O

Gerenciamento da Capacidade está diretamente relacionado às exigências do

negócio e não é simplesmente sobre o desempenho dos componentes do sistema,

individual ou coletivamente; está envolvido em resolução de incidentes e

identificação de problemas para as dificuldades relacionadas a questões de

capacidade.

Entre as atividades do Gerenciamento da Capacidade também está: levantar

Requisições de Mudança (RFC) para garantir que a disponibilidade da capacidade

adequada. Estas RFCs estão sujeitas ao processo de Gerenciamento de Mudança,

e a aplicação pode afetar vários Itens de Configuração, incluindo hardware, software

e documentação, exigindo efetivamente até o Gerenciamento de Liberação. O

Gerenciamento de Capacidade deve ser envolvido na avaliação de todas as

63

mudanças, para estabelecer o efeito sobre a capacidade e desempenho. Isso deve

ocorrer tanto quando as mudanças são propostas e depois de serem

implementadas. O Gerenciamento da Capacidade deve prestar atenção especial

para o efeito cumulativo de mudanças ao longo de um período de tempo, pois o

efeito negligenciável de mudanças simples podem muitas vezes combinar para

causar tempos de resposta degradados, problemas de armazenamento de arquivos,

e excesso de demanda por capacidade de processamento.

Pode-se entender que todos os processos descritos pelo ITIL relacionam-se

entre si, em alguns casos, são totalmente dependentes dos uns dos outros. A

questão que frequentemente é feita é: "Qual processo deve-se implementar

primeiro?". A verdadeira resposta é, todos eles, como o verdadeiro valor de

implementar todos os processos de Gerenciamento dos Serviços de TI é muito maior

que a soma dos processos individuais.

Embora reconhecendo que, para obter o benefício completo da implementação

do Gerenciamento dos Serviços de TI, todos os processos precisam ser abordados,

também se reconheceu que é pouco provável que as organizações possam fazer

tudo de uma vez. Sendo recomendado que as áreas de maior necessidade sejam

tratadas em primeiro lugar. Uma avaliação detalhada deve ser realizada para a

verificação dos pontos fortes e fracos da prestação dos serviços de TI, esta deve ser

realizada através de pesquisas de satisfação dos clientes, conversas com os

clientes, conversas com o pessoal da TI e analises dos processos em ação. A partir

desta avaliação, estratégias a curto, médio e de longo prazo podem ser

desenvolvidas.

Pode ser que "ganhos imediatos" tenham que ser implementados no curto

prazo para melhorar a situação atual, mas com a melhoria dos processos podem ser

descartados ou alterados como parte de estratégias a médio ou longo prazo. Mas se

"ganhos imediatos" são implementados é importante que não sejam as custas dos

objetivos a longo prazo, e estes devem ser considerados em todos os momentos. No

entanto, cada organização terá que começar por algum ponto e o ponto de partida

será sempre em termos de nível da maturidade da organização em relação ao

Gerenciamento dos Serviços de TI.

Considerando todos os aspectos vistos, analisando as informações que cercam

o universo da implementação de projetos e avaliando o cenário atual da empresa

COOPERCREDI, pode-se concluir que a implementação do Gerenciamento da

64

Capacidade dos enlaces de telecomunicações é viável. Tendo em vista que a

empresa passa a contar com o apoio da ferramenta CA NetQoS ReporterAnalyser e

possui hoje implantados os processos de Gerenciamento de Nível de Serviço,

Incidentes, Problemas, Mudanças, Disponibilidade, Financeiro e em fase de

implantação o processo de Gerenciamento da Configuração, atendendo assim aos

requisitos para a implementação do processo.

Para que fosse respondida a questão proposta na situação problemática desta

pesquisa: Como a empresa COOPERCREDI poderá beneficiar-se com a

implementação do gerenciamento de capacidade de rede focado em enlaces de

telecomunicações, baseado no modelo ITIL?

Além da pesquisa da revisão bibliográfica realizada para que houvesse

entendimento de conceitos de assuntos relacionados ao Gerenciamento da

Capacidade de rede focado em enlaces de telecomunicações, baseado no modelo

ITIL; foi realizada a apresentação para os representantes da área de Infraestrutura

de TI e a COOPERCREDI aderiu a ferramenta sugerida, a qual está em ambiente de

homologação e foram cadastrados alguns enlaces para coleta de dados e realização

de testes iniciais antes da implementação efetiva do processo. Analisando as

dificuldades da situação atual da empresa, pode-se destacar que o primeiro grande

benefício com a implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade

focado nos enlaces de telecomunicações, é o controle efetivo das solicitações de

upgrades destes.

A realização desta pesquisa proporcionou conhecimentos práticos e teóricos no

Gerenciamento da Capacidade de rede focado em enlaces de telecomunicações,

baseado no modelo ITIL, bem como, a vivência da multidisciplinaridade desenvolvida

ao longo do curso de Engenharia de Telecomunicações. Durante a execução deste

estudo foi possível entender que para se alcançar um objetivo e atendê-lo

plenamente, tem-se que desenvolver habilidades, criatividade e principalmente a

responsabilidade e o comprometimento que a ele requer. E como resultado do

esforço e dedicação, este estudo será um dos principais argumentos junto à

Diretoria da empresa para a aprovação do futuro projeto de implementação e, servirá

como base para que sejam cumpridas todas as etapas nele descritas.

Pode-se observar que a empresa está buscando organizar a estrutura

empresarial, assim como definir a padronização de atividades, funções e

65

treinamento, além de investir em benefícios e programas, com o propósito de

promover a motivação de seus colaboradores.

Este trabalho poderá também, contribuir para projetos futuros no que diz

respeito ao assunto em questão, de tal forma que possa auxiliar no curso de

Engenharia de Telecomunicações. E é válido observar, que a adoção de um

gerenciamento de capacidade dos enlaces de telecomunicações na COOPERCREDI

e em geral nas demais empresas que utilizam estes serviços, pode contribuir com o

gerenciamento de capacidade e planejamento de expansão da malha de comutação

de dados das operadoras.

66

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APÊNDICE A – Roteiro semi-estruturado de entrevistas para a área de

Infraestrutura de TI da empresa COOPERCREDI.

ENTREVISTA DE PESQUISA PARA TRABALHO ACADÊMICO

Este roteiro de entrevista foi baseado nas informações contidas no livro de ITSMF

(2010).

1 Existe implantado na organização o processo de Gerenciamento da Capacidade

dos enlaces de telecomunicações?

2 Existe critério de avaliação/aprovação para as solicitações de upgrade dos

enlaces? Em caso positivo, quais são estes critérios?

3 Qual o custo em função dos upgrades?

4 Existe visibilidade do consumo da banda dos links? Há ferramentas de

monitoramento de desempenho dos links?

5 Existem equipes com habilidades técnicas capazes de realizar o monitoramento,

dimensionamento, análise e modelagem?

6 Novos projetos levam em consideração a capacidade atual? Como é realizado o

projeto de quais componentes devem ser atualizados, quando serão atualizados

e o custo envolvido?

7 Existe a análise do desempenho e avaliação do SLA contratado?

8 Qual a expectativa do departamento de Infraestrutura de TI em relação à

implementação do processo de Gerenciamento da Capacidade dos enlaces de

telecomunicações?

9 Sabe-se que a implantação de um novo processo gera mudanças de

paradigmas. O pessoal envolvido está preparado para uma possível mudança? O

que foi feito para essa preparação?