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Em junho a presidente da Fundação foi con-
vidada pelo senhor James Jung, coordena-
dor regional da IPYG, International Peace
Youth Group, para participar, em setembro,
no encontro da Aliança Mundial das Reli-
giões ao Serviço da Paz, marcado para Seul,
Coreia do Sul.
Escolhida como Embaixadora da Paz cabia,
também à Dra. Maria de Jesus indicar
outros elementos, de diferentes denominações
religiosas, para irem a Seul.
A fim de preparar a presença portuguesa
no evento, a presidente da Pro Dignitate
reuniu-se com o Bispo Auxiliar de Lisboa,
D. Nuno Braz, com o imã da Mesquita
de Lisboa, Sheik Munir, e com o vice-presi-
dente da Fundação Padre Vítor Melícias.
Para integrar a equipa portuguesa, foram
designados, o imã da Mesquita Central,
Sheik Munir e o secretário-geral da Fundação
Pro Dignitate, Dr. António Pacheco.
Na impossibilidade de ir a Seul, a presidente
da Fundação dirigiu na ocasião uma mensa-
gem que foi divulgada na cerimónia inicial,
no estádio da Capital da Coreia.
MENSAGEM
“Ninguém pode ficar indiferente a esta ma-
ravilhosa Declaração da Paz Mundial.
Vivendo num mundo onde a violência impera, des-
truindo milhares de seres humanos e a natureza
B O L E T I M I N F O R M A T I V O
Nº94 SETEMBRO A DEZEMBRO 2014
PRESIDENTE: MARIA DE JESUS BARROSO SOARES
(Cont. >)
VIAGEM A SEUL: PARTICIPAÇÃO NA CIMEIRA DA ALIANÇA MUNDIAL DAS RELIGIÕES AO SERVIÇO DA PAZ
Cerimónia de Abertura da Cimeira de Seul
| 2 Pro Dignitate BOLETIM INFORMATIVO nº94SETEMBRO A DEZEMBRO 2014
confessar – foi sempre uma
das grandes preocupações
da minha Fundação. Reali-
zámos, por isso, vários con-
gressos e publicámos livros
também nesse sentido.
Custou-nos, custa-nos ex-
traordinariamente – as men-
sagens de violência que os
media nos enviam constan-
temente e sobretudo com que
ferem as mentes dos jovens.
Elas tornam normal o recurso
à violência tal a insistência
dos seus incríveis programas.
Não esqueçamos o que uma
grande fi gura da nossa his-
tória, o Padre António Viei-
ra, no século XVII, dizia – ao
povo desse tempo e ao atual –
que “o que entra pelos olhos
tem muito mais força do que
o que entra só pelos ouvidos”.
Daí o organizarmos coló-
quios com a participação de
algumas fi guras estrangeiras
de grande nível e de realizar-
mos cursos para criarmos o
que chamamos jornalistas de
Paz. Em África foram muitos
desses cursos dados por um
meu colaborador muito im-
portante e que tiveram resul-
tados ótimos nos países onde
se realizaram.
Por isso me atrevo a apelar
entusiasticamente aos media
– responsáveis por eles e jor-
nalistas – para que deem
a maior relevância a esta tão (Cont. >)
onde se enquadram, como po-
deremos não fazer algo à medida
de cada um, para salvar o mundo
que Deus criou, estimulando-
-nos a conservá-lo e a enrique-
cê-lo para que as gerações fu-
turas possam nele viver felizes.
Alguns altos e respeitáveis
fi guras da Igreja – qualquer
que seja a sua fi losofi a, ações
e meios – apontaram-nos e
apontam-nos o caminho que
pode levar à civilização do
amor, baseada na solidarieda-
de e na paz para a atingirmos.
Portanto, responsáveis que
somos pela vida, pelo futuro
e felicidade das novas gera-
ções não podemos aceitar que
as novas gerações sejam víti-
mas da violência que hoje se
utiliza em todas as partes do
mundo e que o está a destruir
brutalmente com as mais
trágicas consequências.
Pertenço a um país de que me
orgulho imenso – pela sua
história e pelos seres huma-
nos que a teceram e enrique-
ceram – e devo dizer-vos que
todos os meus concidadãos se
esforçam por o manterem em
paz e embebido no amor, ape-
sar dos graves problemas que
por causa da guerra o mundo
está sofrendo, esforçando-se
por não sermos vítimas dela.
Possuímos uma cultura de
alto nível em todos os seus seto-
res. Quem não conhece quem foi
Camões e o seu grande livro so-
bre as descobertas dos navega-
dores portugueses – e não só!
– “Os Lusíadas” que nos faz acu-
dir à lembrança a famosa “Enei-
da” (“Arma virumque cano”).
E também outro poeta que foi
Fernando Pessoa e tantos ou-
tros que cantaram, primorosa-
mente a beleza do nosso país
e os grandes feitos, muitos
deles interpretando as angús-
tias e as raivas que sufocaram
o nosso povo durante uma
ditadura de meio século.
Muitos deles os disse para
revelar – perigosamente é ver-
dade – o meu sentimento de
não aceitação de um regime
que, durante esse meio sécu-
lo, perseguiu, prendeu, mal-
tratou brutalmente quem se
lhe opunha.
O papel da comunicação so-
cial – não posso deixar de vos
Secretário-geral da Pro Dignitate,António Pacheco na Cimeira de Seul
Pro Dignitate BOLETIM INFORMATIVO nº94 3SETEMBRO A DEZEMBRO 2014
|
norias étnicas e religiosas,
como os Cristãos, Muçulma-
nos Chiitas e Yazidis;
Angariar fundos para instituições
e organizações não governamen-
tais portuguesas que estejam a
trabalhar na área, apoiando a
reconstrução de escolas, hos-
pitais e centros de apoio.
importante e preciosa reu-
nião!
A verdade é que um mundo co-
mo é o atual faz-nos correr gran-
des riscos e por isso e até urgen-
temente é preciso modifi cá-lo.
A realização deste encontro
de mulheres e homens vin-
dos de diferentes países, al-
guns e algumas com grandes
responsabilidades nos mais
altos cargos que ocupam nos
seus países e em importantes
organizações internacionais
é, por isso, muito importan-
te. Ela pode – e deve! – ser um
grande passo dado no sentido
da Paz, na abolição, portanto,
da violência que nos fere em
toda a parte do mundo.
Só a Paz nos fará viver com
calma, sem pavores nem an-
gústias, afi nal viver com amor
como tanto nos recomendam
as grandes religiões aqui re-
presentadas.
Meus Amigos: que esta reunião
seja, um grande momento
histórico por nos inspirar,
nos incentivar, nos impelir a
PROJETO “ESPERANÇA”
Júlia Maranha, Karwan Kurdi, Maria de Jesus Barroso Soares, Ana Maria Vieira de Almeida, Maria de Lourdes Paixão e Vítor Melícias
No dia 29 de setembro, um
grupo de estudantes estagiá-
rios iraquianos veio apelar a
que Fundação Pro Dignitate
assumisse a direção de uma
campanha a favor das popula-
ções vítimas da violência pro-
vocada pela ocupação de ter-
ritórios pelo designado estado
islâmico, no norte do Iraque
(Curdistão) e no norte da Síria.
Na ocasião os estudantes, acom-
panhados pelo Prof. José Lame-
go, fi zeram um briefi ng sobre
a situação vivida no território,
baseado no relato de refugiados
vindos das zonas de confl ito.
A Fundação propôs-se, em
colaboração com outras or-
ganizações como a “Ajuda à
Igreja que Sofre” e a Mesqui-
ta Central de Lisboa, desen-
volver uma campanha tendo
como objetivos:
Sensibilizar os portugueses
para a situação dramática
vivida no Médio Oriente, que
atinge particularmente mi-
tudo fazermos nas diferentes
religiões em que nos inscre-
vemos – para alcançar uma
fi rme e inquebrantável paz
para o mundo e que saiamos
daqui com os corações emo-
cionados e enriquecidos para
o embebermos numa paz in-
fi ndável, com as nossas mãos
dadas e com o fi rme propó-
sito de tudo fazermos, onde
quer que estejamos, para
fazer da Paz e do Amor as
nossas bandeiras e a inspira-
ção das nossas ações.”
Maria de Jesus Barroso Soares
| 4 Pro Dignitate BOLETIM INFORMATIVO nº94SETEMBRO A DEZEMBRO 2014
PROJETO “A PAR”
Praça da Estrela, nº 12 – 1º
1200-667 Lisboa
Tel: 213929310
E-mail: [email protected]
www.prodignitate.pt
INSTITUIÇÕES
GRANDES BENEMÉRITAS
DA PRO DIGNITATE EM 2014:
Banco BPI, S.A.
INSTITUIÇÕES BENEMÉRITAS
DA PRO DIGNITATE EM 2014:
Banco BIC Português, S.A.
Fundação Montepio Geral
Jerónimo Martins
INSTITUIÇÕES BENFEITORAS
DA PRO DIGNITATE EM 2014:
Amorim Holding
Caixa Geral de Depósitos
Fundação Calouste Gulbenkian
Fundação Idílio Pinho
Fundação Luso-Americana
para o Desenvolvimento
Fundação Millennium BCP
APOIANTES
DA PRO DIGNITATE EM 2014:
BRISA
Estoril-Sol
Manuel Rui Azinhais
Nabeiro, Lda.
Seth
Não às armas
Programa A PAR: Capacitação Paren-
tal e Direitos da Família no âmbito do
Programa Cidadania Ativa na sede
Fundação Pro Dignitate
O Programa A PAR: Capacitação
Parental e Direitos da Família tem como
objetivo reforçar os fatores protetores
do desenvolvimento das crianças
através de um trabalho conjunto com
e entre as famílias, contribuindo para
a o desenvolvimento de competên-
cias pessoais, sociais e parentais, e
para a prevenção de futuros proble-
mas na adolescência e na vida adulta
das crianças.
Em parceria com a Associação Portu-
guesa de Apoio à Vítima (APAV) e a
Pro Dignitate – Fundação de Direitos
Humanos, espera-se o reforçar dos
laços afetivos entre adultos e crian-
ças, e o aumento da consciência das
famílias sobre violência doméstica,
abuso sexual, direitos humanos.
O projeto implementa-se através de
Grupos A PAR: sessões com adultos e
crianças que reúnem semanalmente,
durante uma hora, e em que cada
criança é acompanhada, pelo menos,
por um adulto cuidador. As sessões
acontecem num ambiente de intera-
ção e ludicidade, onde as expressões
são o veículo promotor da relação e
da aprendizagem, através das can-
ções, rimas, histórias, jogos e brin-
cadeiras criativas, que permitem a
interação adultos e crianças e entre as
diferentes famílias. A dinâmica das
sessões inclui um momento de parti-
lha entre os adultos, o Momento de
Diálogo Parental (o foco das sessões)
onde são abordados temas sobre a
educação e desenvolvimento das
crianças, direitos da família e violên-
cia doméstica.
Da esquerda para direita: Helena Sampaio e Maria de Oliveira (Apav), Carina Santa Bárbara (A Par), Emília Nabuco (A Par), António Pacheco (Pro Dignitate), Maria Geraldes (A Par) e Lurdes Fonseca (Pro Dignitate)