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    VIDROS Apostila elaborada para auxlio aos estudos referente a disciplina de

    materiais de construo civil II. Trata-se de uma compilao das

    referncias recomendadas pelo PPC do curso e outros materiais

    considerados importantes pelo ministrante da disciplina conforme

    consta na bibliografia.

    vlido ressaltar a importncia de consultar a bibliografia recomendada

    para conhecimento mais aprofundado dos temas.

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    VIDROS

    SUMRIO

    1. DEFINIES ........................................................................................................................................... 3

    2. COMPOSIO E FABRICAO .......................................................................................................... 3

    3. CLASSIFICAO ................................................................................................................................... 5

    3.1 Classificao quanto ao tipo ............................................................................................................... 5

    3.1.1 Vidro recozido ............................................................................................................................ 5

    3.1.2 Vidro de segurana ..................................................................................................................... 5

    3.1.3 Vidro termo absorvente e termo refletor ..................................................................................... 9

    3.1.4 Vidro composto .......................................................................................................................... 9

    3.2 Classificao quanto transparncia .................................................................................................. 9

    3.2.1 Vidro transparente; ..................................................................................................................... 9

    3.2.2 Vidro translcido; ..................................................................................................................... 10

    3.2.3 Vidro opaco. ............................................................................................................................. 10

    3.3 Classificao quanto ao acabamento da superfcie .......................................................................... 10

    3.3.1 Vidro liso .................................................................................................................................. 10

    3.3.2 Vidro float ................................................................................................................................. 10

    3.3.3 Vidro impresso.......................................................................................................................... 11

    3.3.4 Vidro fosco ............................................................................................................................... 11

    3.3.5 Vidro espelhado ........................................................................................................................ 11

    3.3.6 Vidro gravado ........................................................................................................................... 11

    3.3.7 Vidro esmaltado; ....................................................................................................................... 12

    3.4 Classificao quanto a colorao ..................................................................................................... 12

    a) Vidro incolor; .................................................................................................................................... 12

    b) Vidro colorido. ................................................................................................................................... 12

    3.5 Clasificao quanto colocao ...................................................................................................... 12

    a) Em caixilhos; ..................................................................................................................................... 12

    b) Autoportantes; ................................................................................................................................... 12

    c) Mista. ................................................................................................................................................. 12

    4. PROPRIEDADES .................................................................................................................................. 12

    5. CORROSO E ARMAZENAMENTO ................................................................................................. 13

    6. TIJOLO DE VIDRO............................................................................................................................... 13

    7. L E FIBRA DE VIDRO ....................................................................................................................... 14

    8. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 14

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    VIDROS

    1. DEFINIES

    O vidro um material muito comum no nosso dia a dia. Est presente em muitos

    objetos ao nosso redor, como janelas, lmpadas, frascos de perfume, copos, vasilhas,

    garrafas, etc. De maneira tcnica trata-se de um produto de fuso que foi resfriado at

    atingir a rigidez, sem formar cristais.

    Substncia inorgnica numa condio contnua e anloga ao estado lquido daquela

    substncia, a qual, porm como resultado de uma mudana reversvel na viscosidade

    durante o resfriamento, atingiu um alto grau de viscosidade de modo a ser para todos os

    fins prticos rgidos. (George W. Morey, 1938)

    Suas qualidades, devido a sua estrutura atmica, so singulares. Apesar da aparncia

    slida, o vidro considerado lquido. Sua estrutura interna no possui o ordenamento

    regular dos tomos encontrados em outros slidos, sendo sua estrutura mais parecida

    com um arranjo aleatrio de um lquido.

    Como o vidro obtido atravs do resfriamento instantneo de lquidos superaquecidos

    at o ponto de rigidez sem que haja uma cristalizao do material, ele no pode ser

    considerado slido. Para ser slido ele teria que apresentar estrutura cristalina definida,

    o que no o caso dos vidros. Sendo assim, considerado um lquido com altssima

    viscosidade, tambm chamado de slido amorfo, pois no possui ordenao espacial

    como os slidos regulares.

    2. COMPOSIO E FABRICAO

    Na construo civil so utilizados vidros compostos por aproximadamente:

    Slica (areia) 72%

    Sdio (Barrilha) 14%

    Clcio (calcrio) 9%

    Magnsio 4%

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    Alumina 0,7%

    Potssio 0,3%

    Dentre estes os materiais tem as seguintes funes:

    Vitrificantes: Formadores de retculo

    Fundentes: Possibilitam a obteno do vidro em temperaturas menores,

    facilitando a produo;

    Estabilizantes: Garantem a estabilidade qumica;

    Refinantes: Homogenezam a fase fluida e eliminam a gasosa.

    Para incio da produo do vidro plano todos esses componentes so misturados com

    cacos de vidro nos misturadores (batedeiras gigantes). Os cacos ajudam a diminuir a

    temperatura necessria para fundir a massa do vidro dentro do forno, economizando gs

    e energia eltrica.

    Depois de pronta a mistura despejada no forno de fuso que aquece a massa a elevadas

    temperaturas e torna a massa incandescente como a lava de um vulco. Saindo do forno

    a massa cai no banho float, que uma piscina de estanho com aproximadamente 15 cm

    de profundidade. Como o estanho mais denso que o vidro, a massa flutua, tal qual o

    leo flutua na gua. Dentro da cmara de banho float h roletes que fazem com que o

    vidro ande mais rpido ou mais devagar e essa velocidade define a espessura que o

    vidro ter.

    Depois dessa etapa o vidro vai para a cmara de recozimento, onde o vidro resfriado

    lentamente at 250C com a ajuda de sopradores para acelerar o processo. E a partir da

    ele corre em esteiras ao ar livre para que esfrie lentamente evitando a quebra indesejada

    no momento do corte em chapas.

    Logo aps o vidro resfriado, ele passa por uma inspeo de qualidade onde se detecta

    falhas na massa (como impurezas e bolhas de ar) e tambm analisa a cor do vidro em

    relao ao padro da empresa. O vidro que no tem defeito cortado em chapas de

    dimenso padro (2,203,21m, 2,403,21m ou a chapa jumbo de 6,003,21m). O vidro

    que apresenta defeitos ou esteja fora do padro quebrado e retorna ao incio do

    processo.

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    O vidro aps o corte empilhado verticalmente em cavaletes (chamados pelo setor

    vidreiro de colares), que facilitam o transporte para o estoque e para a expedio que

    envia os vidros para beneficiadores e distribuidores de todo o pas.

    O processo de fabricao do vidro no pode parar, ele acontece 24h por dia e sete dias

    por semana, por anos e anos. Se o processo for interrompido a massa solidifica dentro

    do forno e da s demolindo e construindo outro (que custa milhes de reais). Os fornos

    so reformados a cada 20 anos, que a vida til que eles possuem.

    Para vidros coloridos, outros componentes so inseridos na massa que alteram a

    colorao mas no a transparncia deles.

    Depois de pronto o vidro enviado para as indstrias de beneficiamento, que so

    responsveis pela tmpera, cortes em peas menores, lapidao das bordas, etc. O

    beneficiador cota a pea na medida necessria e com o tratamento adequado.

    J o vidraceiro quem compra esse vidro e revende ao cliente final com a instalao.

    3. CLASSIFICAO

    De acordo com a ABNT NBR7199: Vidros Projetos, execuo e aplicaes de vidros

    na construo civil, os vidros podem classificar-se de diferentes maneiras, conforme

    apresentado a seguir.

    3.1 Classificao quanto ao tipo

    3.1.1 Vidro recozido

    Vidro que aps sua sada do forno e resfriamento gradual, no recebe nenhum

    tratamento trmico ou qumico e cuja tenso de ruptura a flexo de aproximadamente

    400kgf/cm.

    3.1.2 Vidro de segurana

    A enorme demanda por vidros que oferecessem maior segurana aos usurios dos novos

    modelos de carros estimulou a indstria a produzir vidros especiais, com caractersticas

    de segurana. Com o passar do tempo a construo civil tambm passou a adotar

    normas de segurana para vidros utilizados em locais de grande risco.

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    Impulsionado por estes dois mercados a produo de vidros de segurana foi

    aumentando e se aperfeioando.

    A diferena bsica entre os vidros de segurana e os recozidos comuns que ao ser

    fraturado, o vidro de segurana produz fragmentos menos suscetveis de causar

    ferimentos graves do que o vidro recozido em iguais condies.

    3.1.2.1 Vidro de segurana temperado

    Como a maior parte dos materiais frgeis, o vidro tem elevada resistncia a compresso

    e baixa resistncia a trao. Para melhoria da resistncia a trao, um dos artifcios o

    uso da tmpera.

    A tmpera um processo que consiste em aquecer o material a uma temperatura crtica

    e depois resfri-lo rapidamente, introduzindo tenses de compresso na superfcie que

    melhoram a resistncia a trao. Assim, quando uma carga de trao for aplicada na

    superfcie, antes de tracionar a camada externa, primeiramente dever neutralizar as

    tenses de compresso ali introduzidas.

    Aps aplicado o processo de tmpera o vidro no pode sofrer recortes, lapidao ou

    furao, salvo polimento leve, porque a tenso devido a tmpera to grande que ele se

    quebra ao tentar efetuar modificaes. Por isso importante que o projeto leve em conta

    a dimenso final acabada.

    Esse tipo de vidro apresenta deformaes caracterizadas pelo tipo de forno. Podem ser

    leves empenamentos, marcas, depresses circulares, ondulaes, etc. Entretanto, todas

    as deformaes devem respeitar tolerncias dimensionais de fabricao, conforme

    apresentado em norma.

    Para maior esclarecimento, considera-se empenamento o afastamento mximo de um

    ponto da chapa de vidro em relao a um plano vertical. Para medir-se o empenamento,

    coloca-se a chapa de vidro na posio vertical e mede-se o afastamento mximo em

    relao a uma rgua nas duas extremidades da pea.

    As dimenses de utilizao mximas so indicadas por norma, devido as condies de

    segurana no manuseio, transporte e fabricao. So funo do tipo de colocao, tipo

    de vidro, espessura, etc.

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    So recomendados para locais sujeitos a impactos, choques trmicos ou condies que

    requeiram resistncia mecnica. Utilizados em reas como a da construo civil e naval,

    automveis, mveis, etc. Vale ressaltar que apesar da elevada resistncia mecnica, no

    blindado, logo no suporta impacto de balas.

    Na construo civil so geralmente utilizados em locais onde o projeto arquitetnico

    requer o mximo de transparncia com poucas ou nenhuma estrutura de sustentao.

    Por exemplo, boxes para banheiros, vitrines, divisrias, tampo de mesa, fachada de

    edifcios etc.

    De acordo com a NBR 7199 norma que define os parmetros de usos de vidros em

    edificaes o vidro temperado deve ser utilizado em:

    Vidro com furaes ou recortes: vidros que recebem puxador, dobradia, etc;

    Vidro autoportante: vidros grandes que no possuem estrutura de apoio;

    Tampos de mesa: vidros que precisam aguentar muito peso em pontos especficos

    (p da mesa);

    Vidro para box: vidros que geralmente tem furaes e/ou recortes e que

    necessitam de maior resistncia trmica por causa do choque trmico causado

    pela gua quente e a temperatura do ambiente.

    3.1.2.2 Vidro de segurana laminado

    Laminao quando uma pea de vidro colada a outra pea de vidro em definitivo por

    meio de um intercalante, transformando um vidro comum em um vidro de segurana.

    No incio o vidro laminado possua muitas falhas, como descolamento e

    enfraquecimento da pelcula plstica. Mais tarde, com o desenvolvimento da indstria

    de plstico foi possvel obter um material que satisfizesse todos os resultados,

    resultando no vidro de segurana laminado hoje utilizado, que em sua maioria emprega

    o polivinil butiral (PVB).

    Em caso de quebra, os fragmentos ficaro presos a pelcula, reduzindo a chance de

    acidentes. A pelcula absorve o impacto do objeto que provocou a quebra do vidro,

    evitando a passagem at que seja providenciada a troca do vidro danificado.

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    So propriedades especais desse vidro:

    Excelente filtro de raios ultra violeta, reduzindo a transmisso;

    Melhor desempenho acstico do envidraamento. A pelcula PVB absorve e

    amortece as vibraes sonoras transmitidas pela lmina de vidro externa,

    reduzindo a transmisso sonora para o interior do ambiente.

    Podem ser simples (duas lminas e pelcula) ou mltiplos (trs ou mais lminas e duas

    ou mais pelculas) e os vidros podem ser incolores, coloridos ou termo refletores.

    O ideal que o vidro chegue a obra com as dimenses exatas, pois a operao de corte

    pode danificar a borda do vidro, permitindo penetrao da umidade, que pode promover

    a irisao das lminas de vidro.

    Irisao o fenmeno no qual a pelcula de gua entre as lminas inicia uma reao

    qumica na superfcie do vidro que altera a qualidade do produto. Modifica o aspecto

    visual com a presena de manchas de leo semelhante a um arco-ris ou manchas

    opacas.

    Uma outro causa comum para esta manifestao o estoque inadequado. O vidro deve

    ser estocado em local com boa ventilao e luz do sol, em intervalos de tempo no

    muito longos.

    O vidro temperado pode tambm ser laminado, aumentando a segurana do vidro,

    porque ele fica mais resistente (5 vezes mais) e em caso de quebra ele fica preso ao

    intercalante da laminao.

    3.1.2.3 Vidro de segurana aramado

    Vidro formado por uma nica chapa de vidro, que contm em seu interior fios

    metlicos incorporados a massa na fabricao. Ao quebrar, os fios mantm preso os

    estilhaos. caracterstica marcante desse vidro sua resistncia ao fogo.

    Seu uso recomendado em portas corta-fogo, janelas, dutos de ventilao vertical e

    passagens para sadas de incndio. Alm de locais onde a queda de pedaos de vidro

    represente um risco

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    3.1.3 Vidro termo absorvente e termo refletor

    Atualmente verifica-se constantemente a busca por solues mais econmicas para as

    mais diversas situaes. O emprego de vidros termo absorventes e termo refletores,

    ajudam a reduzir o consumo de energia para iluminao e ar condicionado. Eles

    reduzem a energia radiante transmitida pelo sol, refletindo-a antes de entrar na

    edificao ou absorvendo-a no corpo do vidro e reirradiada geralmente para a parte

    externa.

    Os vidros termo absorventes so produzidos pela introduo de xidos metlicos na

    massa do vidro, que produzem diversas cores, como verde, azul, cinza e bronze.

    Reduzem a transmisso solar devido ao aumento da absoro do vidro.

    Os vidros termo refletores so fabricados aplicando-se na superfcie uma camada de

    metal ou xido metlico, suficiente fina para ser transparente.

    Outro aspecto a ser considerado quando feito o estudo do envidraamento o

    aparecimento de tenses trmicas. Se as bordas dos vidros estiverem cobertas, a rea do

    vidro diretamente exposta radiao absorve calor, aumento de temperatura e expande.

    Enquanto as bordas protegidas mantm-se mais frias que a parte central. Esse

    diferencial de expanso pode produzir tenses que se ultrapassarem a resistncia a

    trao do vidro resultam em fraturas trmicas.

    3.1.4 Vidro composto

    Vidro formado por duas ou mais chapas de vidro, selada na periferia formando vazios

    entre as chapas, contendo gs desidratado, com a finalidade de isolamento trmico e

    acstico.

    3.2 Classificao quanto transparncia

    3.2.1 Vidro transparente;

    Vidro que transmite a luz e permite viso ntida atravs dele.

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    3.2.2 Vidro translcido;

    Vidro que transmite a luz em vrios graus de difuso, de modo a no permitir viso

    ntida.

    3.2.3 Vidro opaco.

    Vidro que impede a passagem de luz.

    3.3 Classificao quanto ao acabamento da superfcie

    3.3.1 Vidro liso

    um vidro transparente, apresentando leve distoro das imagens refratadas, em virtude

    das caractersticas da superfcie ocasionadas pelo processo de fabricao.

    3.3.2 Vidro float

    um vidro transparente, mas permitindo viso sem distoro das imagens, pelo

    tratamento superficial.

    A qualidade ptica a diferena notvel. Isto , embora a matria-prima utilizada na

    fabricao destes dois tipos de vidros seja a mesma, o Vidro Float apresenta um ndice

    de deformao e ondulao de sua superfcie muito inferior do que o Vidro Comum -

    fabricado pelo processo convencional.

    Mais de 90% dos vidros fabricados no Brasil so produzidos pelo processo de flutuao

    ou "float glass". A principal diferena entre o vidro comum e o float a qualidade

    ptica.

    Vale ressaltar o vidro cristal, que no possui ondulaes superficiais, tem menor

    porcentagem de defeitos e, mais importante, no produz distores de imagens. um

    vidro com caractersticas notveis de brilho e transparncia, sendo especialmente

    adequado para a fabricao de taas, vasos, enfeites, etc. O brilho consequncia do uso

    de chumbo em sua composio.

  • 11

    3.3.3 Vidro impresso

    O vidro impresso, tambm conhecido como vidro fantasia, produzido passando o

    material fundido entre dois rolos, os quais podem ter desenhos em relevo que so

    transferidos ao vidro. A composio qumica do vidro impresso a mesma do vidro

    comum ou do float. Pode tambm receber beneficiamentos como laminao, tmpera,

    etc.

    A impresso pode estar em uma ou ambas as faces. Tratam-se de desenhos suaves e

    uniformes, que podem difundir a luz e os raios solares, mantendo a privacidade dos

    ambientes sem perder a luminosidade. Com uma imensa gama de texturas, cores e

    espessuras, o impresso proporciona variados efeitos decorativos, privacidade e conforto.

    3.3.4 Vidro fosco

    Translcido, pelo tratamento mecnico ou qumico em uma ou nas duas superfcies.

    Pode ser atravs de cidos ou de jatos de areia, de modo geral reduzem a passagem da

    luz, aumentam a difuso e melhoram o ofuscamento, que causado pela presena de

    fontes luminosas excessivamente brilhantes.

    3.3.5 Vidro espelhado

    Vidro espelhado aquele que reflete totalmente os raios luminosos, em virtude do

    tratamento qumico sobre a superfcie.

    A transformao do vidro em refletivo consiste na aplicao de uma camada metalizada,

    como a prata, o alumino ou o cromo sobre uma das faces com funo de refletir as

    imagens. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta com funo proteg-lo.

    Possui um bom desempenho para controle do calor solar em sua forma monoltica (sem

    a combinao de outros vidros ou com sistemas com cmara de ar interna). Porm, seu

    desempenho trmico varia conforme a cor do vidro, o processo de metalizao e o tipo

    de xido metlico aplicado.

    3.3.6 Vidro gravado

    o tipo de vidro sujeito a tratamentos para emisso de ornamentos na superfcie, por

    ser por meio de cidos, de mquinas, brocas especiais, etc.

  • 12

    3.3.7 Vidro esmaltado;

    Ornamentado atravs da aplicao de esmalte cermicos (tinta vitrificvel) em uma ou

    nas duas superfcies. So considerados vidros de segurana, pois aps a aplicao da

    tinta so submetidos a tmpera para que ocorra a fuso da tinta ao vidro. Deste modo,

    so considerados temperados, o que resulta numa impresso com elevada resistncia.

    A diferena entre serigrafado e esmaltado est na aplicao do esmalte: enquanto no

    primeiro, o esmalte aplicado pelo processo serigrfico, no segundo, o esmalte

    aplicado por rolos (esmaltado). A serigrafia consiste em gravar a imagem desejada em

    uma tela de polister e transfer-la a pea por meio de emisso luminosa.

    Alguns tipos de vidro refletivo podem ser serigrafados, desde que a metalizao resista

    tmpera.

    3.4 Classificao quanto a colorao

    a) Vidro incolor;

    b) Vidro colorido.

    3.5 Clasificao quanto colocao

    a) Em caixilhos;

    b) Autoportantes;

    c) Mista.

    4. PROPRIEDADES

    Transparncia VS Opalescncia;

    Dureza: A escala de Mohs quantifica a resistncia do material ao risco, variando

    de 1 (talco) a 10 (diamante). O vidro possui dureza de aproximadamente 6,5.

    Peso especfico: aproximadamente 2500 kgf/m;

    Mdulo de elasticidade: 750.000 kgf/cm (75 GPa);

    Tenso de ruptura a flexo: 400 kgf/cm (40 MPa) para o vidro comum e 1800

    kgf/cm (180 MPa) para o vidro temperado;

  • 13

    Coeficiente de Poisson: 0,22;

    Coeficiente de dilatao linear entre 20C e 220C: = 9x10-6C-1;

    Coeficiente de condutibilidade trmica a 20C: k = 0,8 a 1 kcal/m.h.C

    Calor especfico entre 20C e 100C: C = 0,19 kcal/kgC

    Fragilidade elevada: Submetido a uma flexo crescente, parte sem apresentar

    sinais de aviso.

    Propriedades trmicas e eltricas: um mau condutor de eletricidade, baixa

    condutibilidade trmica e mdia capacidade trmica.

    5. CORROSO E ARMAZENAMENTO

    Sempre que a gua fica em contato com a superfcie de um vidro, muitas reaes

    qumicas podem acontecer, causando eroso ou manchas. pouco provvel a

    ocorrncia em vidros instalados em edifcios, automveis, etc., porque a umidade em

    contato com o vidro no retida. Entretanto em pacotes de vidros, durante o

    armazenamento de duas chapas adjacentes pode ocorrer corroso.

    Para evitar a corroso deve-se utilizar durante a armazenagem um papel de separao

    entre os vidros, cuja funo separar mecanicamente as chapas, evitando tambm danos

    durante manuseio e transporte. Por questes de ph para as reaes de corroso

    acontecerem, o papel de armazenamento deve ser cido, tal qual o jornal.

    Outros cuidados a serem tomados para a proteo dos vidros armazenados so:

    As pilhas devem ser cobertas de forma no estanque, permitindo a ventilao,

    evitando, porm, infiltrao de poeira entre as chapas

    Armazenar as pilhas em material que no danifique as bordas, levemente

    inclinado em relao a vertical obedecendo os mximos por pilha indicado por

    norma, conforme reproduzido na tabela abaixo.

    6. TIJOLO DE VIDRO

    O tijolo de vidro podem ser transparentes ou translcidos, com ou sem insero de fibra

    de vidro, texturizados com diversos padres e desenhos, coloridos ou esmaltados.

  • 14

    O assentamento se faz com argamassa 1:4:3 (cimento, cal, areia), verificando sempre o

    prumo e a junta de 1cm e limpando a pea antes da secagem.

    Vale ressaltar que as paredes suportam apenas seu peso prprio e podem ter at 2,50m

    de altura sem a necessidade de sustentaes.

    7. L E FIBRA DE VIDRO

    A l de vidro produzida fazendo-se passar o vidro fundido atravs de pequenos furos

    ou orifcios. medida que os filetes de vidro fundido escorrem atravs dos orifcios,

    eles so atingidos por jatos de ar ou vapor de alta presso, fazendo com que um produto,

    com aspecto de l, seja produzido. A temperatura do vidro, dimenso dos orifcios e a

    presso dos jatos condicionam o tipo de fibra fabricada, que podem ser longas, curtas,

    finas, grossas, etc.

    um material incombustvel, no absorvente e quimicamente estvel. Resistente ao

    ataque de insetos, roedores e fungos. So muito utilizadas para isolamento trmico e

    acstico.

    Fibra de vidro um material composto da aglomerao de finssimos filamentos

    de vidro que no so rgidos e so altamente flexveis. Quando adicionado

    resina polister (ou outro tipo de resina), transforma-se em um composto

    popularmente conhecido como fibra de vidro.

    um material de elevada resistncia a tenses, agente qumicos e apodrecimento.

    leve, reciclvel, incombustvel e eficaz no isolamento eltrico e razoavelmente no

    isolamento trmico. utilizada na carenagem de veculos, caixas dgua, telhas,

    plsticos reforados, etc.

    8. BIBLIOGRAFIA

    http://centralvidrosdf.com.br/

    http://www.andiv.com.br/

    L.A. Falco Bauer Materiais de construo Volume 2