40
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E

DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E

PERSPECTIVAS

Page 2: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIAVIOLÊNCIA

É CONTRÁRIA

À SUA NATUREZA.

Page 3: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIAVIOLÊNCIA

“FATO MORALMENTE CONSTRANGEDOR”

LEFEVRE (1992)

Page 4: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIAVIOLÊNCIA

EDUCAÇÃO

SAÚDE

TRABALHO

DOMÉSTICA

Page 5: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESCOLARIDADEESCOLARIDADE

Níveis de escolaridade da população de 15 anos ou mais, período 2004. __________________________________

Região Sudeste 7,39 Menos de 1 ano de estudo

1 a 3 anos de estudo 8,65

4 a 7 anos de estudo 25,8

8 e mais anos de estudo 58,69 ______________________________________________________________

Fonte IBGE/outubro 2006

Page 6: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

SAÚDESAÚDE

NA ÚLTIMA DÉCADA, A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL MANTEVE A TRAJETÓRIA DE DECLÍNIO, PASSANDO DE 41,1% EM 1993,

PARA 25,5% em 2003.

Fonte IBGE 2004

Page 7: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

TRABALHO INFANTILTRABALHO INFANTIL

Última década do século XIX, 15% dos

trabalhadores nos estabelecimentos industriais em São Paulo eram crianças e adolescentes.

Em 1920 as crianças representavam 40% no setor têxtil do Estado.

(OIT, 2004)

Page 8: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

TRABALHOTRABALHO

Em 2003 - 5,1 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam inseridas no mercado de

trabalho. Com destaque para 1,3 milhão de crianças entre 5 e

13 anos de idade

Fonte: - IBGE 2004

Page 9: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

TRABALHOTRABALHO

Rendimentos de crianças de 10 a 17 anos contribuíam com 17% do rendimento familiar,38%

não recebiam remuneração.

Entre 10 e 15 anos era ainda menor

Área Rural de 1,8 milhão de crianças entre 10 e 17 anos, 37,6% iniciam o trabalho com menos 10

anos de idade

Fonte: IBGE 2004

Page 10: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Page 11: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

VIOLÊNCIA DOMÉSTICAVIOLÊNCIA DOMÉSTICA

NÃO PROPORCIONA À VÍTIMA A POSSIBILIDADE DE DEFESA

Faleiros e Faleiros (2000)

Page 12: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

FAMÍLIA

Page 13: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

FAMÍLIAFAMÍLIA

É vista como responsável pelo processo de educação dos filhos, pelo contato

destes com a sociedade e pela sociabilização das crianças e

adolescentes.

Page 14: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

FAMÍLIAFAMÍLIA

Família nuclear, ainda, é considerada referência para muitos modelos, ou seja, a

estrutura de poder e autoridade exercida pelo marido sobre esposa e filhos, a divisão

sexual do trabalho e as próprias relações afetivas entre os membros.

ROMANELLI (1997).

Page 15: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICAS

Page 16: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICASESTATÍSTICAS

CAISM/HC - UNICAMP, de 166 casos, 50% das vítimas tinham menos que 19 anos. em 10,8% dos casos os agressores eram conhecidos das vítimas, e 11,4% eram

familiares.

Oshikata (2003)

Page 17: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICASESTATÍSTICAS

Na região norte, na cidade de Jaru (RO) no primeiro semestre de 1996 a 2003

, para um grupo de 24.597, foram cometidas 376 violências, sendo que 160 delas foram

classificadas como negligência primeiro

LACRI (2004) primeiro

Page 18: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICASESTATÍSTICAS

Em Porto Velho (RO) para uma população de 153.695, a violência física

apresentou o maior índice entre os demais tipos, com 110 ocorrências do

total de 263 registros.

LACRI( 2004)

Page 19: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICASESTATÍSTICAS

Na Espanha, em 1995, de um universo de 895 pessoas entre 18 e 60 anos de idade, foi constatado que 22%

das mulheres e 15% dos homens relataram abuso em algum momento de sua infância e adolescência.

Na Suíça, na cidade de Genebra, em 1996, 1.193 alunos da 9a série, constatou-se que 20% das meninas e 3% dos meninos relataram abuso.

ELLSBERG (1999)

Page 20: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

ESTATÍSTICASESTATÍSTICAS

Na Noruega, em 1996, estudo com 465 adolescentes em idades entre 13 e 19 anos, 17% das meninas e 1% dos meninos foram

vítimas de abuso.

ELLSBERG (1999)

Page 21: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

SINAIS

Page 22: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

OBSERVAÇÃOOBSERVAÇÃO

É fundamental que a percepção do profissional de saúde não seja

direcionada a marcas concretas de natureza física, mas especialmente

àquelas que não estão visíveis.

Page 23: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

OBSERVAÇÃOOBSERVAÇÃO

Os sinais somados às outras percepções, podem ser indicadores da violência.

Page 24: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

OBSERVAÇÃO PARAOBSERVAÇÃO PARA INTERVENÇÃOINTERVENÇÃO

Os pais que maltratam seus filhos, muitas vezes foram maltratados na infância.

Page 25: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

“PAIS APANHAM DA VIDA E FILHOS APANHAM DOS PAIS”

Page 26: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

PROCEDIMENTOSPROCEDIMENTOS

Notificação - conselhos tutelares/vara infância

Notificação da ocorrência à autoridade policial

exame de corpo de delito.

Page 27: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO

“uma informação emitida pelo Setor Saúde ou por qualquer outro órgão ou pessoa, para o

Conselho Tutelar, com a finalidade de promover cuidados sócios sanitários voltados para a proteção da criação e do adolescente,

vítimas de maus-tratos. O ato de notificar inicia um processo que visa a interromper as

atitudes e comportamentos violentos no âmbito familiar e por parte de qualquer

agressor. (BRASIL, 2002)

Page 28: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO

Os profissionais que incorporaram a atitude de notificar asseguraram às crianças e

adolescentes a possibilidade de garantia de seus direitos e ao profissional o exercício da

cidadania.

SILVA (2001).

Page 29: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Número de vezes que os diferentes Número de vezes que os diferentes Profissionais já suspeitaram ou Profissionais já suspeitaram ou confirmaram a ocorrência da VFconfirmaram a ocorrência da VF

V F VS VP N

Sim uma vez 11,2 16,2 8,9 13,3

Sim mais de uma vez 39,2 29,9 30,5 38,9

Não nunca 49,6 53,9 60,6 47,8

ROSSI, D.

Page 30: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

NOTIFICARAMNOTIFICARAM

V FV F VSVS VPVP NN

Sim

Não

n

Sim

Não

n

57,9

38,6

(280)

57,9

38,6

(280)

64,5

30,5

(256)

64,5

30,5

(256)

37,0

57,0

(216)

37,0

57,0

(216)

47,7

49,1

(279)

ROSSI, D.

47,7

49,1

(279)

ROSSI, D.

Page 31: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

NOTIFICARIANOTIFICARIA

V FV F VSVS VPVP NN

Sim

Não

n

Sim

Não

n

58,7

34,4

(276)

58,7

34,4

(276)

59,5

31,4

(332)

59,5

31,4

(332)

51,5

35,8

(332)

51,5

35,8

(332)

46,5

35,9

(256)

ROSSI, D.

46,5

35,9

(256)

ROSSI, D.

Page 32: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

SINAISSINAIS

VF VS VP N

ALTERAÇÃO DECOMPORTAMENTO 252 406 689 131

MEDO 214 249 105 18

FALTA DE HIGIENE 9 - - 286

FRATURAS 96 - - 2

ROSSI, D.

Page 33: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

“Não tenho um caminho novo. O que eu tenho

de novo é o jeito de

caminhar ”.

Tiago de Melo

Page 34: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

CEDECAMP

Centro de Defesa de Direitos de Crianças

e Adolescentes de Campinas

 

 

Page 35: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Missão 

Contribuir para a garantia de Defesa de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes,

assegurando em especial, o acesso à justiça para efetivação destes Direitos.

Page 36: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

  Garantir a defesa dos Garantir a defesa dos direitosdireitos humanos de crianças humanos de crianças e adolescentes e adolescentes com seus direitos com seus direitos ameaçados ou ameaçados ou violadosviolados principalmente principalmente pela ação pela ação ou omissão ou omissão do Estadodo Estado..  

Page 37: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Realizar a defesa de crianças e adolescentes vítimas de violações de direitos humanos, na perspectiva da proteção jurídico social proposta pela ANCED- Associação Nacional dos Centros de Defesa de direitos de Crianças e Adolescentes.

Page 38: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Trabalhar na articulação e mobilização de crianças e adolescentes, propiciando sua participação para garantia de seus direitos, como preconiza a Convenção Internacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Page 39: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

SABER NÃO É SUFICIENTE,

DEVEMOS APLICAR. DESEJAR NÃO É

SUFICIENTE, DEVEMOS FAZER”

GOETHE

Page 40: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E DEFESA DE DIREITOS: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

OBRIGADA.OBRIGADA.Dra Dalva RossiDra Dalva Rossi

e-mail: [email protected]: [email protected]