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[email protected] ou ligue para 11 99832 3766 Revista AutoBus www.revistaautobus.com.br “O ônibus deve ser inovador, inteligente e ter prioridade” Edição 248 - 12 de janeiro 2017 www.revistaautobus.com.br Virtudes para se melhorar o ônibus urbano Editor - Antonio Ferro Jornalista responsável - Luiz Neto - MTB 30420/134/59-SP https://www.facebook.com/pages/Revista-AutoBus/723249597767433?fref=ts Agora você pode acompanhar a revista AutoBus no Facebook Em defesa da redução de impostos Quando olhamos pelo retrovisor, 2016 nos lembra que temos pela frente o de- safio de recuperarmos a nossa confiança nesse momento tão difícil na economia brasileira, na forma como lutamos para a manutenção de um patamar decente de vida e como podemos contribuir com nosso papel para alcançarmos cidades melhores e modernas. No rastro do ano que passou, 2017 traz consigo uma questão que está presente ano após ano sem ainda alcançarmos resposta ex- pressiva e positiva, que é a de como promover, nos segmentos da mobilidade urbana e do transporte público, a atratividade para se obter o sucesso na forma de deslocamento das pessoas e no desenvolvimento urbano. Proporcionar virtudes continua sendo uma provocação em sistemas de trans- porte público já conhecidos pela sociedade e pelos poderes públicos. As caracte- rísticas dos sistemas metro-ferroviários urbanos permitem total prioridade à operação, além de promoverem viagens mais rápidas e com comodidade. Com infraestrutura adequada que propiciam o bom desempenho, não vemos nesses sistemas qualquer tipo de interferência que possa comprometer suas opera- ções, a não ser problemas de ordem técnica. Outro aspecto, pouco observado e não tão divulgado, é a subvenção governamental para que haja equilíbrio aos custos operacionais, que não são cobertos apenas pelos valores das passagens. Recentemente, surgiu no Brasil a modalidade do VLT (Veículo Leve sobre Tri- lhos) como mais uma opção para se resolver os problemas da mobilidade urba- na. Assim como o metrô, o VLT é um sistema que conta com o apelo da moder- nidade, da evolução do conceito de serviços, com projetos bem elaborados e acabados. Figura-se como o objeto solução de muitos gestores públicos que so- nham com a onda da revolução moderna. Ok, não podemos desmerecer os méritos dos sistemas de trilhos. São funda- mentais para a vida das grandes cidades, responsáveis por atender as altas de- mandas de passageiros com viagens mais rápidas. Também se destacam por terem vida útil maior. Entretanto, seus custos, tanto na implantação, como no lado operacional são altos, e exigem maior tempo de construção. E os ônibus, onde podem se enquadrar no cenário do transporte público urba- no? Aí está uma pergunta das mais importantes, com resposta de várias verten- tes. É preciso uma análise sobre esse setor para se conquistar soluções susten- táveis que permitam sua revolução. Primeiro que o modal significa uma ótima oportunidade para se qualificar o transporte coletivo. Como? Basta ajustarmos a tão falada “metronização” ao veículo, com uma visão diferenciada em sua questão operacional, proporcionan- do-lhe as mesmas características e atenções que os sistemas férreos recebem. É necessário o entendimento, digo sociedade e poder público, que o modal ôni- bus tem condições de suprir as carências do transporte público. Este espaço destaca constantemente que o veículo precisa evoluir se quiser contribuir com o desenvolvimento urbano. A renovação de sua imagem é essencial para aquelas cidades que buscam um melhor caráter aos seus sistemas de mobilidade, mas que não contam com altos recursos financeiros para viabilizar uma linha de me- trô. Sistemas bem estruturados e planejados de ônibus podem atingir índices sa- tisfatórios de operação com menores custos, desde que atendam alguns requisi- tos básicos, como a implantação de vias exclusivas e feitas por materiais ade- quados ao uso, como concreto, por exemplo; prioridade em interseções; paga- mento antecipado das tarifas em estações fechadas; uso de veículos maiores e com portas mais largas; layout veicular interno atrativo; gestão eficiente; comu- nicação; subsídio (por que não?); dentre outros. Por que não determinar aos ônibus os mesmos méritos que os sistemas de metrôs e VLT´s possuem? Os modais sobre trilhos são sempre valorizados por suas imagens de vanguarda e o ônibus continua sem ter um devido reconheci- mento com seu cunho de sustentabilidade ambiental por meio de sua versatili- dade em propulsão e pela flexibilização operacional. É preciso repensar isso e 2017 será mais uma oportunidade. Mãos a obra. A redução de impostos pode beneficiar os passageiros de ônibus rodoviários no Bra- sil. É o que diz o presidente do Expresso Princesa dos Campos Florisvaldo Hudinik sobre a extinção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que eleva o valor da passagem em até 20%. Detalhe: no segmento aéreo, esse tributo não é cobrado há 15 anos. “Mais de 80% das viagens são feitas por meio do trans- porte rodoviário. Seria muito justo que es- tes passageiros tenham o mesmo direito que os passageiros das viagens aéreas. As pessoas precisam saber deste valor e aju- dar a sensibilizar as autoridades políticas para eliminar este peso do bolso dos usuá- rios”, destacou Hudinik. Por meio da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) foi lançada uma campanha de conscientização composta por mensa- gens no rádio, na televisão e das redes sociais com a #fimdoicmsrodoviario. Tal mobilização pode contribuir com um preço das passagens mais acessíveis nas viagens interestaduais. “E isto sem retirar grande receita do orçamento dos Estados, já que dentro do composto da arrecadação esta- dual, o ICMS rodoviário representa muito pouco. Porém, para o usuário do transpor- te, o desconto do índice seria bastante sig- nificativo”, concluiu o presidente da ope- radora paranaense Princesa dos Campos. Florisvaldo Hudinik - Dentro do con- texto de recessão e desemprego vi- venciado no Brasil, este desconto po- deria ser uma forma de garantir que as pessoas pudessem viajar com preço menor. Nossa Senhora do Amparo renova frota com Marcopolo A encarroçadora gaúcha Marcopolo fez a entrega no final do ano passado de 34 carroçarias modelo Audace para a operadora fluminense Viação Nossa Senhora do Amparo. Com capacidade para transportar 50 pessoas em poltronas Executi- vas com 1.030 mm de largura e descansa-pés, a Marcopolo informa que o Auda- ce foi desenvolvido para oferecer uma solução versátil e diferenciada para os segmentos de fretamento contínuo, fretamento receptivo, bem como linhas re- gulares de média e curta distâncias. “Esse modelo oferece elevado padrão de qualidade, conforto e segurança para os passageiros. Foi concebido dentro dos mais recentes conceitos de fabricação, que permitem a otimização do aproveita- mento do espaço interno, elevação da rigidez estrutural, além de conferir menor custo operacional”, disse Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marke- ting da Marcopolo. Imagem - Douglas de Souza Melo Ônibus elétrico Irizar para cidade francesa O futuro sistema de ônibus BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) da Aglomeração da Costa Vasca-Adour, formada por cinco municípios localizados no sul da Fran- ça, na fronteira com a Espanha, terá a eletricidade como combustível para a operação de seus veículos. A Irizar e-moblity, empresa de eletromobilidade do grupo espanhol Irizar, será a responsável pelo fornecimento de 18 unidades de seu modelo i2e, bem como das estações de recargas rápidas que serão instala- das nos pontos finais das linhas, e também dos sistemas de recarga a serem implantados nas garagens dos veículos. O destaque fica por conta da nova versão articulada do i2e (totalmente elétri- co) com 18,70 metros de comprimento e que virá com um design personaliza- do, de vanguarda. Os veículos contam com a mais alta tecnologia da traça elé- trica e representam, segundo a diretoria da Irizar, a estratégia definida pelo Grupo para fornecer um novo modelo de transporte público com o compromisso de ser sustentável e que irá marcar uma etapa diferenciada na mobilidade das cidades envolvidas. A Irizar e-mobility oferece soluções em veículos e componentes para as cida- des que buscam implantar sistemas de transporte público ambientalmente ami- gáveis. A empresa dispõe de conhecimento e experiência em tecnologia 100% elétrica para a tração, recarga e armazenamento de energia em ônibus urba- nos. A primeira unidade do i2e articulado está em fase final de testes de dura- bilidade e sua comercialização se iniciará neste ano. As obras das duas linhas de BRT da Aglomeração da Costa Vasca-Adour come- çarão ainda em 2017 e o início das operações se dará em abril de 2019. Mercedes-Benz na Busworld Latin America Uma rápida conversa com Cláudio Siedmman, gerente Sênior de Ônibus da Dai- mler Latina, sobre a participação da Mercedes-Benz na primeira edição da Bus- world na América Latina, que aconteceu no começo de dezembro do ano passado na cidade colombiana de Medellín. Informativo AutoBus - Em relação a mostra mundial que chegou a América Lati- na, que tipo de tecnologia alternativa a Mercedes-Benz explorou? Cláudio Siedmman - Além de apresentar todo o portfólio de ônibus Euro 5 dispo- nível para o mercado brasileiro e ser a única marca com esta tecnologia para as necessidades do transporte da Colômbia, a Mercedes-Benz também apresentou o O500 MG, chassis com motor a gás adequado para aplicação urbana. O ônibus a gás foi um dos protagonistas da feira, principalmente pela entrega simbólica que fizemos a empresa Transportes Medellin de Castilha, uma das operadoras do transporte urbano na cidade de Medellín. AutoBus - Na feira a montadora também apresentou o seu conceito para BRT, com o chassi do superarticulado? Siedmman - Apresentamos o inovador conceito do ônibus superarticulado O500 por meio de nossos engenheiros, folhetos técnicos e vídeos de aplicações e pro- vas de durabilidade, compartilhando as experiências nas operações dos clientes no Brasil, onde o custo benefício e as vantagens superam as expectativas. O ônibus superarticulado é indicado para horários de maior movimentação de pessoas e opera com uma excelente capacidade de transporte, além de ter custos operacionais bem vantajosos. AutoBus - O que significou participar desse evento? Siedmman - O mais importante foi proporcionar aos visitantes e clientes uma ex- periência única ao compartilhar nossa tecnologia a favor do meio ambiente, além de reafirmar a confiabilidade, durabilidade, performance e baixo custo operacio- nal dos nossos veículos. Compromisso de sustentabilidade ambiental da Mercedes-Benz ao transporte urbano Imagem - Divulgação/Busworld Um alento para a indústria No final de 2016, o governo brasileiro lançou um programa que permitirá a re- novação da frota de ônibus urbano. A medida apresenta o Refrota 17, que visa renovar 10% da frota de ônibus urbanos no Brasil, estabelecendo o financia- mento de R$ 3 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para 10 mil veículos. Para a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o programa é um estímulo não apenas para investir na frota, mas também para ampliá-la e atualizá-la. "O modelo de financiamento nos ajuda bastante porque oferece taxas atraentes e compatíveis com o momento econômico que estamos vivendo hoje. Além disso, abrirá espaço também para a indústria de fabricação de ônibus, de chassis e encarroçadoras, abaladas pela crise”, destacou Otávio Cunha, presidente da NTU. A entidade também ressaltou que o Refrota 17 faz parte da linha de financia- mento do Pró-Transporte que utiliza recursos do FGTS para o financiamento de equipamentos, investimentos em tecnologia, sinalização e/ou aquisição de veí- culos, etc. A iniciativa vem em boa hora, mas também é preciso incentivar o maior uso dos serviços de ônibus urbanos e adotar políticas que melhorem sua imagem e permitam maior eficiência operacional do modal. Divulgação/Irizar Imagem - Reprodução Imagem - Reprodução/Marcopolo

Virtudes para se melhorar o ônibus urbano - omnibus.com.br · Primeiro que o modal significa uma ótima oportunidade para se qualificar o ... gás foi um dos protagonistas da feira,

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“O ônibus deve ser inovador, inteligente e ter prioridade”

Edição 248 - 12 de janeiro 2017

www.revistaautobus.com.br

Virtudes para se melhorar o ônibus urbano

Editor - Antonio Ferro Jornalista responsável - Luiz Neto - MTB 30420/134/59-SP

https://www.facebook.com/pages/Revista-AutoBus/723249597767433?fref=ts

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Em defesa da redução de impostos

Quando olhamos pelo retrovisor, 2016 nos lembra que temos pela frente o de-safio de recuperarmos a nossa confiança nesse momento tão difícil na economia brasileira, na forma como lutamos para a manutenção de um patamar decente de vida e como podemos contribuir com nosso papel para alcançarmos cidades

melhores e modernas. No rastro do ano que passou, 2017 traz consigo uma questão que está presente ano após ano sem ainda alcançarmos resposta ex-pressiva e positiva, que é a de como promover, nos segmentos da mobilidade

urbana e do transporte público, a atratividade para se obter o sucesso na forma de deslocamento das pessoas e no desenvolvimento urbano.

Proporcionar virtudes continua sendo uma provocação em sistemas de trans-porte público já conhecidos pela sociedade e pelos poderes públicos. As caracte-

rísticas dos sistemas metro-ferroviários urbanos permitem total prioridade à operação, além de promoverem viagens mais rápidas e com comodidade. Com infraestrutura adequada que propiciam o bom desempenho, não vemos nesses sistemas qualquer tipo de interferência que possa comprometer suas opera-ções, a não ser problemas de ordem técnica. Outro aspecto, pouco observado e não tão divulgado, é a subvenção governamental para que haja equilíbrio aos

custos operacionais, que não são cobertos apenas pelos valores das passagens. Recentemente, surgiu no Brasil a modalidade do VLT (Veículo Leve sobre Tri-

lhos) como mais uma opção para se resolver os problemas da mobilidade urba-na. Assim como o metrô, o VLT é um sistema que conta com o apelo da moder-nidade, da evolução do conceito de serviços, com projetos bem elaborados e acabados. Figura-se como o objeto solução de muitos gestores públicos que so-nham com a onda da revolução moderna.

Ok, não podemos desmerecer os méritos dos sistemas de trilhos. São funda-mentais para a vida das grandes cidades, responsáveis por atender as altas de-mandas de passageiros com viagens mais rápidas. Também se destacam por terem vida útil maior. Entretanto, seus custos, tanto na implantação, como no lado operacional são altos, e exigem maior tempo de construção.

E os ônibus, onde podem se enquadrar no cenário do transporte público urba-no? Aí está uma pergunta das mais importantes, com resposta de várias verten-

tes. É preciso uma análise sobre esse setor para se conquistar soluções susten-táveis que permitam sua revolução.

Primeiro que o modal significa uma ótima oportunidade para se qualificar o transporte coletivo. Como? Basta ajustarmos a tão falada “metronização” ao veículo, com uma visão diferenciada em sua questão operacional, proporcionan-do-lhe as mesmas características e atenções que os sistemas férreos recebem.

É necessário o entendimento, digo sociedade e poder público, que o modal ôni-bus tem condições de suprir as carências do transporte público. Este espaço destaca constantemente que o veículo precisa evoluir se quiser contribuir com o desenvolvimento urbano. A renovação de sua imagem é essencial para aquelas cidades que buscam um melhor caráter aos seus sistemas de mobilidade, mas que não contam com altos recursos financeiros para viabilizar uma linha de me-trô.

Sistemas bem estruturados e planejados de ônibus podem atingir índices sa-tisfatórios de operação com menores custos, desde que atendam alguns requisi-tos básicos, como a implantação de vias exclusivas e feitas por materiais ade-quados ao uso, como concreto, por exemplo; prioridade em interseções; paga-mento antecipado das tarifas em estações fechadas; uso de veículos maiores e com portas mais largas; layout veicular interno atrativo; gestão eficiente; comu-nicação; subsídio (por que não?); dentre outros.

Por que não determinar aos ônibus os mesmos méritos que os sistemas de metrôs e VLT´s possuem? Os modais sobre trilhos são sempre valorizados por suas imagens de vanguarda e o ônibus continua sem ter um devido reconheci-mento com seu cunho de sustentabilidade ambiental por meio de sua versatili-dade em propulsão e pela flexibilização operacional. É preciso repensar isso e 2017 será mais uma oportunidade. Mãos a obra.

A redução de impostos pode beneficiar os passageiros de ônibus rodoviários no Bra-sil. É o que diz o presidente do Expresso Princesa dos Campos Florisvaldo Hudinik

sobre a extinção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que eleva o valor da passagem em até 20%. Detalhe: no segmento aéreo, esse tributo não é cobrado há 15 anos. “Mais de 80% das viagens são feitas por meio do trans-porte rodoviário. Seria muito justo que es-

tes passageiros tenham o mesmo direito que os passageiros das viagens aéreas. As pessoas precisam saber deste valor e aju-dar a sensibilizar as autoridades políticas para eliminar este peso do bolso dos usuá-rios”, destacou Hudinik.

Por meio da Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) foi lançada uma campanha de conscientização composta por mensa-gens no rádio, na televisão e das redes sociais com a #fimdoicmsrodoviario. Tal mobilização pode contribuir com um preço

das passagens mais acessíveis nas viagens interestaduais. “E isto sem retirar grande receita do orçamento dos Estados, já que dentro do composto da arrecadação esta-dual, o ICMS rodoviário representa muito pouco. Porém, para o usuário do transpor-te, o desconto do índice seria bastante sig-

nificativo”, concluiu o presidente da ope-radora paranaense Princesa dos Campos.

Florisvaldo Hudinik - Dentro do con-texto de recessão e desemprego vi-venciado no Brasil, este desconto po-deria ser uma forma de garantir que as pessoas pudessem viajar com preço menor.

Nossa Senhora do Amparo renova frota com

Marcopolo

A encarroçadora gaúcha Marcopolo fez a entrega no final do ano passado de 34 carroçarias modelo Audace para a operadora fluminense Viação Nossa Senhora do Amparo. Com capacidade para transportar 50 pessoas em poltronas Executi-vas com 1.030 mm de largura e descansa-pés, a Marcopolo informa que o Auda-

ce foi desenvolvido para oferecer uma solução versátil e diferenciada para os segmentos de fretamento contínuo, fretamento receptivo, bem como linhas re-gulares de média e curta distâncias. “Esse modelo oferece elevado padrão de qualidade, conforto e segurança para os passageiros. Foi concebido dentro dos mais recentes conceitos de fabricação, que permitem a otimização do aproveita-mento do espaço interno, elevação da rigidez estrutural, além de conferir menor custo operacional”, disse Paulo Corso, diretor de operações comerciais e marke-

ting da Marcopolo.

Imagem - Douglas de Souza Melo

Ônibus elétrico Irizar para cidade francesa

O futuro sistema de ônibus BRT (Trânsito Rápido de Ônibus) da Aglomeração da Costa Vasca-Adour, formada por cinco municípios localizados no sul da Fran-ça, na fronteira com a Espanha, terá a eletricidade como combustível para a operação de seus veículos. A Irizar e-moblity, empresa de eletromobilidade do

grupo espanhol Irizar, será a responsável pelo fornecimento de 18 unidades de seu modelo i2e, bem como das estações de recargas rápidas que serão instala-das nos pontos finais das linhas, e também dos sistemas de recarga a serem implantados nas garagens dos veículos.

O destaque fica por conta da nova versão articulada do i2e (totalmente elétri-co) com 18,70 metros de comprimento e que virá com um design personaliza-do, de vanguarda. Os veículos contam com a mais alta tecnologia da traça elé-

trica e representam, segundo a diretoria da Irizar, a estratégia definida pelo Grupo para fornecer um novo modelo de transporte público com o compromisso de ser sustentável e que irá marcar uma etapa diferenciada na mobilidade das cidades envolvidas.

A Irizar e-mobility oferece soluções em veículos e componentes para as cida-des que buscam implantar sistemas de transporte público ambientalmente ami-

gáveis. A empresa dispõe de conhecimento e experiência em tecnologia 100% elétrica para a tração, recarga e armazenamento de energia em ônibus urba-nos. A primeira unidade do i2e articulado está em fase final de testes de dura-bilidade e sua comercialização se iniciará neste ano.

As obras das duas linhas de BRT da Aglomeração da Costa Vasca-Adour come-çarão ainda em 2017 e o início das operações se dará em abril de 2019.

Mercedes-Benz na Busworld Latin America

Uma rápida conversa com Cláudio Siedmman, gerente Sênior de Ônibus da Dai-mler Latina, sobre a participação da Mercedes-Benz na primeira edição da Bus-world na América Latina, que aconteceu no começo de dezembro do ano passado na cidade colombiana de Medellín.

Informativo AutoBus - Em relação a mostra mundial que chegou a América Lati-na, que tipo de tecnologia alternativa a Mercedes-Benz explorou? Cláudio Siedmman - Além de apresentar todo o portfólio de ônibus Euro 5 dispo-

nível para o mercado brasileiro e ser a única marca com esta tecnologia para as necessidades do transporte da Colômbia, a Mercedes-Benz também apresentou o O500 MG, chassis com motor a gás adequado para aplicação urbana. O ônibus a gás foi um dos protagonistas da feira, principalmente pela entrega simbólica que fizemos a empresa Transportes Medellin de Castilha, uma das operadoras do transporte urbano na cidade de Medellín.

AutoBus - Na feira a montadora também apresentou o seu conceito para BRT, com o chassi do superarticulado? Siedmman - Apresentamos o inovador conceito do ônibus superarticulado O500 por meio de nossos engenheiros, folhetos técnicos e vídeos de aplicações e pro-vas de durabilidade, compartilhando as experiências nas operações dos clientes

no Brasil, onde o custo benefício e as vantagens superam as expectativas. O ônibus superarticulado é indicado para horários de maior movimentação de pessoas e opera com uma excelente capacidade de transporte, além de ter custos operacionais bem vantajosos. AutoBus - O que significou participar desse evento?

Siedmman - O mais importante foi proporcionar aos visitantes e clientes uma ex-periência única ao compartilhar nossa tecnologia a favor do meio ambiente, além de reafirmar a confiabilidade, durabilidade, performance e baixo custo operacio-nal dos nossos veículos.

Compromisso de sustentabilidade ambiental da Mercedes-Benz ao transporte urbano

Imagem - Divulgação/Busworld

Um alento para a indústria

No final de 2016, o governo brasileiro lançou um programa que permitirá a re-novação da frota de ônibus urbano. A medida apresenta o Refrota 17, que visa renovar 10% da frota de ônibus urbanos no Brasil, estabelecendo o financia-mento de R$ 3 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS) para 10 mil veículos. Para a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o

programa é um estímulo não apenas para investir na frota, mas também para ampliá-la e atualizá-la. "O modelo de financiamento nos ajuda bastante porque oferece taxas atraentes e compatíveis com o momento econômico que estamos vivendo hoje. Além disso, abrirá espaço também para a indústria de fabricação de ônibus, de chassis e encarroçadoras, abaladas pela crise”, destacou Otávio

Cunha, presidente da NTU. A entidade também ressaltou que o Refrota 17 faz parte da linha de financia-

mento do Pró-Transporte que utiliza recursos do FGTS para o financiamento de equipamentos, investimentos em tecnologia, sinalização e/ou aquisição de veí-culos, etc.

A iniciativa vem em boa hora, mas também é preciso incentivar o maior uso

dos serviços de ônibus urbanos e adotar políticas que melhorem sua imagem e permitam maior eficiência operacional do modal.

Divulgação/Irizar

Imagem - Reprodução

Imagem - Reprodução/Marcopolo