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semanal Edição 188ª - 24 de dezembro de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br Comunidade Luz da Vida, 20 anos a serviço da evangelização Ideologia de Gênero foi tema de Audiência na Câmara Municipal Nutricionista dá dicas para alimentação saudável no Natal pág. 4 pág. 3 pág. 7 T ACONTECEU ARQUIDIOCESE EM DIÁLOGO Foto: Rudger Remígio VIVER O NATAL DO SENHOR Do presépio em que nasceu Jesus, muito podemos tirar de ensinamento sobre o mistério da salvação. No nas- cimento do seu Filho, Deus abre o seu coração à humanidade. Um coração sensível e afetuoso refletido na sim- plicidade de uma estrebaria. pág. 5 A simplicidade do presépio nos ensina EDICAO 188 DIAGRAMACAO.indd 1 20/12/2017 19:12:26

VIVER O NATAL DO SENHOR Foto: Rudger Remígio segue até a Epifania do Senhor (manifes-tação de Deus, ... te da Lectio Divina do Advento, em ... ensinar às nossas crianças que

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semanalEdição 188ª - 24 de dezembro de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br

Comunidade Luz daVida, 20 anos a serviço

da evangelização

Ideologia de Gênero foitema de Audiência na

Câmara Municipal

Nutricionista dá dicaspara alimentaçãosaudável no Natal

pág. 4pág. 3 pág. 7

T ACONTECEUARQUIDIOCESE EM DIÁLOGO

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VIVER O NATAL DO SENHOR

Do presépio em que nasceu Jesus, muito podemos tirar de ensinamento sobre o mistério da salvação. No nas-cimento do seu Filho, Deus abre o seu coração à humanidade. Um coração sensível e afetuoso re� etido na sim-plicidade de uma estrebaria.

pág. 5

A simplicidade do presépio nos ensina

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Fotogra� a: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de Oliveira e Jane GrecoDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota (Estudante deJornalismo/PUC Goiás)

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialÉ chegado o Tempo do Natal, que

começa neste domingo (24) à noite e segue até a Epifania do Senhor (manifes-tação de Deus, pelo seu Filho, a toda a humanidade), no dia 7 de janeiro. Esse período, chamado de oitava do Natal, traz em si uma mensagem muito rica: o Natal é um evento tão grande que não cabe em um único dia. Por isso, é im-portante que saibamos vivê-lo intensa-mente, conforme nos orienta a Igreja. Nesta edição, trazemos uma reporta-gem sobre o Natal do Senhor e como

VIVAMOS O FIELSENTIDO DO NATAL!

devemos viver esse Tempo forte da liturgia da Igreja. Na seção Arquidio-cese em Movimento, a cobertura das celebrações pelos 20 anos da Comu-nidade Luz da Vida; a terceira noi-te da Lectio Divina do Advento, em preparação ao Natal; e uma matéria especial sobre o presépio goiano, que está em exposição no Santuário Sagrada Família. Aproveite o nosso conteúdo!

Boa leitura!

Fique por dentro

A terceira noite da Lectio Divina em preparação ao Natal do Senhor foi orientada por Dom Levi Bonatt o, bis-po auxiliar de Goiânia. Foi rezada na noite do sábado (16), véspera do 3º Do-mingo do Advento, conhecido por Do-mingo Gaudete ou da Alegria, devido à primeira palavra do prefácio da Missa: Gaudete, ou seja, alegra-se. O bispo des-tacou frases fortes das leituras deste dia: Exulto de alegria no Senhor (cf. Is 61,1-2a.10-11); A minha alma engran-dece o Senhor (Salmo - Lc 1,46); Estai sempre alegres (1Ts 5,16-24); Aplainai o caminho do Senhor (Jo 1,23).

Dom Levi disse que a nossa alegria é justifi cada pelo nascimento de Cris-to. “O Natal é a festa da encarnação de Jesus, por isso nós nos alegramos”. Neste domingo (17), sobretudo, nós fi -camos mais alegres porque recebemos a mensagem de que o Natal está mui-to próximo”, confi rmou. Em seguida, o bispo comentou as várias passagens do evangelho em que os relatos come-çam com a alegria. A anunciação do Anjo Gabriel, por exemplo: “Alegra--te, cheia de graça! O Senhor está con-tigo” (Lc 1,28); o anúncio do anjo aos pastores: “Eu vos anuncio uma grande

Lectio Divina: exultemos dealegria, pois o Natal se aproxima

Para nós, cristãos, 25 de de-zembro é um dia de imensa alegria, há mais de dois mil anos. Rememoramos, come-

moramos e, especialmente, celebra-mos liturgicamente o nascimento do Cristo, Jesus, que alimenta nossa fé e esperança de vida plena, em abun-dância, neste mundo e para sempre! Nasceu-nos um menino! Um salva-dor nos foi dado para a redenção de nossas culpas! Sigamos a Estrela

Guia, que pode nos mostrar o caminho até o Menino Deus, misteriosamente, o próprio caminho para o Reino dos Céus. Essa estrela, hoje, é Sua mensagem salvífi ca, que anuncia o Amor e a Misericórdia do Pai para conosco, convidando-nos à conversão e à nossa transformação em pessoas melhores, a cada dia.

Natal é tempo de celebrar, mas também de repensar a vida, nossas atitudes, para que possamos nascer, com o Me-nino Jesus, para uma vida repleta de sentido, com perdão, amorosidade e solidariedade. Precisamos nos libertar dos sentimentos que impedem a entrada e a permanência de Je-sus em nossa casa interior. São os mesmos que o impediram de nascer nas hospedarias de Belém, como a indiferença à dor e às necessidades do irmão; o preconceito que nos cega para a plena igualdade de todas as pessoas como fi lhos de Deus; o egoísmo que nos isola em mundos particulares, mui-tas vezes repletos de vaidade e ganância.

Precisamos, também, ensinar às nossas crianças que já ganhamos o maior presente de Natal do Papai do Céu, que é o nascimento do Menino Jesus. Contemos a elas a sua his-tória, mensagens e trajetória como nosso Mestre e Redentor, plantando nelas a semente da fé, edifi cadora de grandes e generosos seres humanos. A passagem bíblica que fala da atitude de Jesus para com as crianças pode resumir para elas o seu imenso amor: “Deixais as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele! E abra-çava as crianças e, impondo as mãos sobre elas, as abenço-ava” (Mc 10,13-16).

O hábito de trocar presentes, tradicional em nossa cul-tura, pode ganhar novo signifi cado, simbolizando a alegria do amor que nutrimos uns pelos outros, cumprindo o man-damento do nosso Mestre, de amar nosso próximo como a nós mesmos. E que a nossa forma de nos relacionarmos seja exemplo verdadeiro de comunhão, para que digam, como disseram dos primeiros cristãos: vejam como eles se amam!

Com a inspiração e a força que nos é dada pelo Espírito San-to, e contando com o auxílio maternal de Maria, sejamos sinal do amor infi nito do Pai neste mundo, apontando, como a Es-trela Guia, para as manjedouras de nosso tempo e para a Mesa Eucarística, onde Jesus pode ser encontrado todos os dias.

Um feliz e abençoado Natal para todos!

alegria, que também será a de todo o povo” (Lc 2,10). E o Magnifi cat de Maria: “Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47).

Essa alegria que experimentamos agora, véspera do Natal do Senhor, conforme Dom Levi, é totalmente diferente daquela que experimenta-mos no cotidiano, por isso precisa ser vivida intensamente. “Muitas das nossas alegrias são pobres, incon-sistentes, volúveis. Às vezes temos nossos desejos satisfeitos. Ou nos tornamos alegres pelo sucesso em al-gum objetivo alcançado, pelo elogio

de um chefe, ou pelo bem-estar, pela ausência de sofrimento, como uma consulta ou exame que deu certo, ou porque amanhã não tem aula e pos-so dormir até às 9h. Ficamos felizes e alegres ainda pelo amor correspon-dido dos pais, da namorada, mas a alegria no Senhor é diferente porque é a alegria do Deus sempre conosco, o Emanuel que vai chegar”.

Como tarefa, Dom Levi pediu que os participantes exercitem a ale-gria durante toda a semana. “Inde-pendentemente das situações que passamos, permaneçamos alegres”.

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“Precisamos, também, ensinar às nossascrianças que já ganhamos o maior

presente de Natal do Papai do Céu...”

“A alegria no Senhor é diferente porque éa alegria do Deus sempre conosco,o Emanuel que vai chegar”

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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

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Santuário Sagrada FamíliaPresépio goiano � ca em exposição até 2 de fevereiro

Jarros de barro, tachos de cobre, roda de fi ar, casarões coloniais, a vida simples do interior. É assim que o Santuário Sagrada Fa-mília retratou o nascimento de

Jesus, neste ano, com um presépio com rosto totalmente goiano. A ideia é do padre Rodrigo de Castro, reitor do santuário, que ganhou formas pelas mãos do artista sacro João Ri-cardo. “Os presépios regionais são comuns na Itália, em países africanos e no continente asiático. Esses lugares retratam o nascimento de Jesus com o rosto do seu povo. Então, por que nós também não podemos fazer o mesmo?”, disse em entrevista o pa-dre Rodrigo. Apesar de as peças que compõem a obra terem vindo da Itá-lia, tudo ali remete à realidade goia-na. “O presépio, além de ter vários elementos da nossa cultura, como a cabaça, as panelinhas, tem também a bica, a cascata, o ipê amarelo, que está ao centro do presépio e repre-senta Jesus, sol nascente que vem nos visitar. Tudo isso fala do nosso povo, da nossa gente. Ali é o fi m de uma ci-dade. Tem a experiência tanto das ca-sas coloniais, como a experiência da roça que Jesus nasce”, explicou o pa-dre. O artista da obra, João Ricardo, disse que foi um desafi o ter confec-

cionado o presépio goiano. “Foi um grande desafi o construir em apenas dez dias esse presépio, mas foi muito gratifi cante porque eu não imaginava

que ia ter uma aceitação tão positiva do nosso povo. Só tenho a agradecer ao Santuário e ao padre Rodrigo por acreditar no meu trabalho”, declarou.

FÚLVIO COSTA

O Santuário Sagrada Família estálocalizado na Rua C-14, n. 155, Vila Canaã

Tel.: (62) 3942-4267

No dia em que a comunidade completou 20 anos, em 14 de de-zembro, Dom Levi Bonatt o, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, presidiu missa na sede da Comuni-dade, que fi ca na Chácara Nossa Se-nhora das Graças, no Setor Recreio dos Bandeirantes, em Goiânia. Na ocasião, as Irmãs Servas da Transfi -guração do Senhor renovaram seus votos perante o bispo e sua superio-ra. Também oito noviças – Lorena Mendes, Layanne Virginia, Stefane Gabriele, Ravane Fernandes, Polya-na Paula, Marilu Pereira, Talita Li-nhares e Creuza Pimentel – profes-saram seus primeiros votos.

Dom Levi refl etiu, na homilia, sobre a vocação a qual cada um é chamado. Ele afi rmou também que Deus nunca nos impõe nada. “Deus não força nunca para impor seus

dons. Mas toda manifestação da presença e da ação divina nos deixa inebriados, extasiados”. De acordo com o bispo, precisamos nos deixar tocar com seu amor e consciente-mente devemos falar como os após-

Comunidade Luz da Vida celebra 20 anos de evangelização

tolos na Transfi guração do Senhor. “Esta é a reação dos apóstolos dian-te do mistério da Transfi guração: ‘Senhor, é bom estarmos aqui!’. Quando nos consagramos ao Se-nhor, nos colocamos inteiramente à

sua disposição e deixamos que ele guie nossos passos e a nossa vida”, ressaltou.

No mesmo dia, com uma solene celebração na Catedral Metropolitana de Goiânia, presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, os membros da comunidade de vida e de aliança renovaram os seus votos. Alguns no-vos noviços foram admitidos e todos leram, de joelhos, em frente ao arce-bispo, a carta de compromisso dos membros da comunidade.

Dom Washington, em sua ho-milia, falou do papel do leigo na Igreja, levando em conta o carisma da comunidade. “Ser Luz da Vida é iluminar as trevas do mundo, é resplandecer a luz que brilha do coração de Jesus para a salvação das famílias. Isso é ser Sal da Terra e Luz do mundo”.

Obra é do artista sacro João Ricardo

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

444 AUDIÊNCIA PÚBLICA

Na noite do dia 19 de de-zembro, a Câmara Muni-cipal de Goiânia foi pal-co da audiência pública

sobre Ideologia de Gênero nas normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Proposta do vereador Kley-be Morais, o evento reuniu estudio-sos do tema gênero e da BNCC, como o prof. de Direito Internacional da PUC Goiás, Jean Marie Lambert. Em sua exposição, o professor declarou que a discussão em voga se trata de uma guerra pelo controle da sala de aula, que começou a ser construída há pelo menos 60 anos. O estudio-so explicou que a essência disso se fundamenta no choque cultural en-tre o Brasil clássico (judeu-cristão) e o Brasil transnacional. Este, segundo ele, pauta projetos em uma fi losofi a subjetivista proveniente da infi ltra-ção da Unesco em nosso país.

O professor Jean disse que os pontos sobre o tema gênero intro-duzidos na BNCC irão levar a edu-cação brasileira a um “caos mental”. Ele também demonstrou preocupa-ção sobre a direção que está toman-

Orley José da Silva, professor no Ensino Fundamental, da rede públi-ca municipal de Goiânia, mestre em Letras e Linguística (UFG) e douto-rando em Ciências da Religião (PUC Goiás), analisou, com outros estu-diosos, a quarta versão da BNCC, que está pronta para ser homologa-da a qualquer momento pelo minis-tro da educação, Mendonça Filho. As conclusões do grupo não são positivas. “Para começar, esse docu-mento não é Base, mas um currículo completo. 470 páginas não pode ser Base”. Sobre a suposta retirada da Base dos termos referentes a gênero, o professor disse que todas as pala-vras comuns à IG saíram, mas a ideia de gênero permanece. “Eles conse-guiram fazer de uma maneira muito inteligente, uma engenharia linguís-tica discursiva em que preservaram o conceito de gênero no texto”. A única solução agora, conforme Or-ley, seria retirar a BNCC das mãos do Ministério da Educação e levá-la para o Congresso Nacional. Façanha

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do esse importante braço cultural do Brasil. “Não educamos nossos fi lhos para isso. Todo pai tem o de-ver sagrado de proteger seus fi lhos, para que eles não caiam nesse tipo de delírio”, afi rmou.

As declarações do professor se referem a pontos explícitos que di-recionam o ensino velado da Ideolo-gia de Gênero (IG) nas escolas brasi-leiras. Um exemplo, na página 137 da Base, trata dos programas de lín-

muito improvável. “Precisaria ter um movimento nacional para fazer pressão. A sociedade brasileira pre-cisa entender que a BNCC é compa-rada a um leme bem pequeno de um transatlântico, que conduz todas as direções da embarcação. Ela tem po-der de mudar a sociedade brasileira no futuro”. O professor completou dizendo que, se a Base for homo-logada da forma que está, o Brasil nunca deixará de ter um currículo feito pelo MEC. “Nós corremos o risco de, no futuro, um grupinho de 20 a 50 pessoas ter o poder de mon-tar a estrutura educacional do nosso país, dependendo apenas do gover-no que estiver no poder”.

Dr. Ciro Mendes Vargas, médico psiquiatra, explicou cientifi camente que, diferente do que a IG dissemina – o homem ou a mulher não nascem desprovidos de sexo. Ele desconside-rou que o sexo seja fruto do meio ex-terno. “Nós já nascemos com várias determinações biológicas, inclusive a sexual. Claro que o homem ou a mu-

Estudiosos: BNCC afronta a famíliae esvazia os objetivos do Ensino Religioso nas escolas

Análise da BNCC

gua portuguesa para os alunos do 6º ao 9º ano. “Diferenciar liberdade de expressão, de discurso de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbran-do a possibilidade de denúncia quando for o caso”, diz o trecho. “Estão ensinando a delação a crian-ças dessa idade. Quem fazia isso era o Nazismo na Alemanha: delatar quem pensa diferente do sistema. E estão colocando isso na cabeça

lher podem sofrer algumas infl uên-cias sim e o indivíduo pode se ver em outro sexo, mas isso é raro, denomi-nado de transtorno de gênero”.

A advogada Marina Valadão também contribuiu com a audiência pública. Além da Ideologia de Gênero, ela demonstrou preocupação com a retirada do Ensino Religioso (ER) da Base Nacional Comum Curricu-lar. De acordo com a última versão, aprovada no dia 15 de dezembro, a defi nição de conteúdos do ER é de competência dos sistemas estaduais e municipais de ensino e não do go-verno federal. Segundo Valadão, o conteúdo e objetivos do Ensino Re-ligioso, no documento, são “esvazia-dos e descontruídos”. Para ela, essa é “uma precondição para o ensino do ateísmo e do materialismo nas escolas”.

O vereador Kleybe Morais enfati-zou que o objetivo da discussão so-bre o tema não é se posicionar contra a comunidade LGBT, como muitos pensam e divulgam, mas defender,

de crianças. Com uma frase desse tipo, estão ensinando as crianças a excluir o diferente. Esse documento fala em direito à diferença, à diver-sidade, mas quem é que cabe nessa diversidade é aquele que não gos-ta das diferenças dessas propostas politicamente corretas”, comentou. Segundo o professor, “não basta retirar a palavra gênero do texto se permanecem os componentes do conceito”.

sobretudo, as crianças, que não têm consciência formada para entender o que é Ideologia de Gênero. “O que se vê no momento é uma tentativa das autoridades governamentais de es-timular, incentivar e, o pior, ensinar conteúdos que vão atrapalhar o de-senvolvimento da família. Essa ideo-logia tem o objetivo de dar diretrizes dentro das nossas casas e eu, como pai de fi lhos ainda pequenos, não gostaria que eles fossem infl uencia-dos sobre o assunto sem condições formativas para refl etir a respeito”.

Ainda integraram a mesa o secre-tário de Direitos Humanos e repre-sentante do prefeito Iris Rezende, Filemon Pereira; o coordenador do Movimento Direita Goiás, Cristiano Augusto; a membro da Comunidade Luz da Vida, irmã Ravane; o verea-dor Oséias Varão; e o representante da Juventude Católica Salesina, Ma-noel Anakin. Por fi m, foi lida uma Carta de Repúdio escrita por Kleybe Morais, a ser direcionada ao Minis-tério da Educação.

FÚLVIO COSTA

Em audiência pública,estudiosos convocaramsociedade a fazer pressãoao Ministério da Educação,para que Base NacionalComum Curricular sejalevada para ampladiscussão no CongressoNacional

Base Nacional Comum Curricular poderá mudar substancialmente o futuro educacional do país

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1. Sentido

3. Caminho

4. Natal no mundo

5. Aprofundamento

2. Conhecimento

CAPA

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Em um mundo em que as tec-nologias só se expandem, parece sobrar pouco espaço ou interesse para falar de coi-

sas simples que outrora envolveram, atraíram e despertaram o interesse da humanidade por centenas de anos. O mistério da salvação, por exemplo, continua atual e pela fé transforma as vidas das pessoas. Mas como trans-mitir essa fé? Como fazer Jesus chegar aos corações, sobretudo daqueles que pouco ou nada ouviram sobre ele? Esse tem sido um desafi o constante.

O primeiro ponto a ser observado, conforme o padre, é entender o real sentido do Natal. A Igreja celebra o Na-tal porque Cristo se encarnou, isto é, entrou na história humana e assumiu nossas condições. Mas para quê? Pa-dre Mário disse que é para elevar e re-alçar a dignidade humana. “Deus, que falava pelos profetas, se aproxima da

Cultivar nas crianças o sentido na-talino é outra questão fundamental. Padre Mário sugere que os pais, enten-dendo o espírito do Natal, transmitam--no a seus � lhos, por meio de um ca-minho, um itinerário. O presépio, por exemplo, é uma boa pedagogia a ser utilizada. “O presépio explica, com sua simplicidade, o espírito de acolhida, de

Padre Márcio lembra que, no perío-do natalino, o consumismo ganha evi-dência e as pessoas são direcionadas para esse � m, de modo especial pelos meios de comunicação. Isso é normal, disse ele, pois a humanidade sem-pre foi in� uenciada pela cultura, pelo contexto e pela realidade que a cerca. “Não podemos fazer de contas que es-sas realidades não existem ou não po-demos simplesmente bani-las. Cristo veio para assumir todas as condições humanas, como eu já disse. Inclusive as históricas e sociais, para ordená-las, orientá-las para o bem e assim reali-

Por � m, seguindo o itinerário de compreender o sentido, conhecer o mistério, trilhar o caminho do Natal e saber distinguir o que é fundamental e o que é secundário, é muito impor-tante ainda aprofundar a espirituali-dade desse Tempo que o Senhor fez para nós. Padre Mário recomenda o caminho da cultura para que alcance-mos esse propósito. “Uma leitura fun-damental são os Evangelhos, os quais trazem e narram o nascimento de Jesus. É muito indicado, porque, nos primeiros capítulos dos evangelhos, conhecemos a infância de Jesus. Há

Para celebrar bem, primeiro é ne-cessário conhecer. Por isso, é impor-tante compreender o sentido cristão do Natal. Depois de conhecer, o segun-do passo, segundo padre Mário, é as-sumir que esse Tempo é fundamental para as nossas vidas. Distinguir o Natal que estamos falando daquele divul-

FÚLVIO COSTA

Conhecer para celebrar oNatal de Nosso Senhor Jesus Cristo

Estamos no Tempo do Advento, ini-ciando o Tempo do Natal. O período é conhecido de todos. Ruas, prédios, residências e comércio são os primei-ros a anunciar. Mas qual o verdadeiro sentido desta época do ano? Para res-ponder a essas questões, o Encontro Semanal entrevistou o formador do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney, padre Mário Correia, que explicou como as famílias podem viver bem o Natal do Senhor.

humanidade e passa a falar com ela, por meio do seu Filho, que é a segun-da pessoa da Santíssima Trindade, por isso é Deus. Portanto, esse é o motivo principal pelo qual celebramos o Na-tal. É por isso também que precisamos conhecer, celebrar e atualizar esse mis-tério da encarnação, que é fundamen-tal para nós, cristãos”, explicou.

abertura de Deus à humanidade e nos ensina sobre esse Tempo de esperan-ça. Então, precisamos cultivar desde a infância esse sentido que alimenta a nossa fé”. Nesse itinerário, ajuda as ora-ções e os encontros em família, a No-vena de Natal. Os recursos audiovisuais também são importantes para a peda-gogia da fé: � lmes, músicas, teatro.

zar a redenção e a salvação”, declarou. O sacerdote completou dizendo que a Ceia, os presentes, os enfeites, po-dem ser usufruídos, desde que sejam secundários. “A centralidade deve ser sempre a encarnação de Cristo. Fa-zendo dessa forma, nós colaboramos para que a encarnação também alcan-ce essas realidades da sociedade e do mundo e assim realize a redenção e a orientação para o bem. É muito impor-tante que não fujamos da realidade à nossa volta, mas a vivamos recordan-do a centralidade do mistério do Natal, que é o próprio Jesus Cristo”.

outros livros também que nos ajudam a compreender melhor esse mistério. Indico A Infância de Jesus, de Joseph Ratzinger, o papa emérito Bento XVI. Também um livrinho pequeno, mas bastante acessível, que se chama O Mistério do Natal, do pregador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa. Este é um livro espiritual e tem uma lin-guagem bonita. Uma quarta indicação seria o livro Viver o Natal, de Anselmo Grün. Esses materiais nos ajudam a preparar e celebrar melhor o Natal do Senhor. Eu indicaria ainda � lmes. Lem-bro-me agora de O Quarto Rei”.

gado pelo capitalismo, é essencial. “O verdadeiro motivo, a verdadeira razão, é Jesus Cristo, e por isso precisamos perceber que não se trata de uma festa tradicional de � m de ano, mas de um momento especial, no qual comemo-ramos e atualizamos a encarnação do verbo”, justi� cou o padre.

Padre Mário Correia

Presépio do Seminário Santa Cruz

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Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

Audiência Geral.Praça São Pedro, 22 de novembro de 2017

Caminho do calvário de Cristotários e essas coisas que nos afastam de algo tão bonito, que é a Missa, o triunfo de Jesus.

Penso que agora é mais claro que a Páscoa se torna presente e ativa to-das as vezes que celebramos a Mis-sa, ou seja, o sentido do memorial. A participação na Eucaristia nos faz entrar no mistério pascal de Cristo, concedendo-nos a oportunidade de passar com Ele da morte para a vida, ou seja, no calvário. A Missa signifi ca repercorrer o calvário, não é um es-petáculo.

É este o signifi cado da Missa: en-trar nesta paixão, morte, ressurreição, ascensão de Jesus; quando vamos à Missa é como se fôssemos ao calvá-rio, a mesma coisa. Mas pense: no momento da Missa vamos ao calvário – usemos a imaginação – e sabemos que aquele homem ali é Jesus. Mas será que nos permitiríamos conver-sar, tirar fotografi as, dar um pouco de espetáculo? Não! Porque é Jesus! Certamente estaríamos em silêncio, no pranto e também na alegria de sermos salvos. Quando entrarmos na Igreja para celebrar a Missa pen-semos nisto: entro no calvário, onde Jesus oferece a sua vida por mim. E assim desaparece o espetáculo, de-saparecem as tagarelices, os comen-

Com efeito, o seu sangue nos liber-ta da morte e do medo da morte. Li-berta-nos não só do domínio da mor-te física, mas da morte espiritual, que é o mal, o pecado, que se apodera de nós todas as vezes que somos vítimas do pecado nosso e alheio. E então a nossa vida é contaminada, perde be-leza, perde signifi cado, desfl orece.

Ao contrário, Cristo nos restitui a vida; Cristo é a plenitude da vida, e quando enfrentou a morte, aniqui-lou-a para sempre: “Ressuscitando dos mortos, venceu a morte e reno-vou a vida”, confessa a Igreja cele-brando a Eucaristia (Oração eucarís-tica IV). A Páscoa de Cristo é a vitória defi nitiva sobre a morte, porque Ele transformou a sua morte em ato su-

premo de amor. Morreu por amor! E na Eucaristia, Ele quer nos comunicar este seu amor pascal, vitorioso. Se o recebermos com fé, também nós po-demos amar verdadeiramente a Deus e ao próximo, podemos amar como Ele nos amou, oferecendo a vida.

Se o amor de Cristo estiver em mim, posso me doar plenamente ao outro, na certeza interior de que, mesmo se o outro me ferir, eu não morrerei; caso contrário, teria que me defender. Os mártires oferece-ram a própria vida devido a essa certeza da vitória de Cristo sobre a morte. Só se experimentarmos esse poder de Cristo, o poder do seu amor, seremos realmente livres de nos doarmos sem medo.

do Egito: sempre que se celebrar a Páscoa, os acontecimentos do Êxo-do tornam-se presentes à memória dos crentes, para que conformem com eles a sua vida” (Catecismo da Igreja Católica, 1363). Jesus Cristo, com a sua paixão, morte, ressur-reição e ascensão ao céu, levou a cumprimento a Páscoa. E a Missa é o memorial da sua Páscoa, do seu “êxodo”, que cumpriu por nós, para nos fazer sair da escravidão e nos introduzir na terra prometida da vida eterna. Não é somente uma lembrança, não, é mais do que isso: signifi ca evocar o que aconteceu há vinte séculos.

A Eucaristia leva-nos sempre ao ápice da ação de salvação de Deus: o Senhor Jesus, tornando-se pão parti-

Queridos irmãos e irmãs!

Prosseguindo as Catequeses sobre a Missa, podemos nos questionar: o que é essen-cialmente a Missa? A Mis-

sa é o memorial do Mistério pascal de Cristo. Ela nos torna partícipes da sua vitória sobre o pecado e a morte, e confere pleno signifi cado à nossa vida.

Por essa razão, a fi m de com-preender o valor da Missa, deve-mos então entender, em primei-ro lugar, o signifi cado bíblico do “memorial”. Ele “não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas... tornam-se de certo modo presentes e atuais. É assim que Israel entende a sua libertação

do para nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e o seu amor, como fez na cruz, de modo a renovar o nosso coração, a nossa existência e a nossa forma de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos. O Concílio Vaticano II afi rma: “Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, realiza-se também a obra da nossa redenção” (Const. Dogm. Lumen gentium, 3).

Cada celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso, que é Jesus ressuscitado. Participar na Missa, em particular aos domingos, signifi ca entrar na vitória do Ressus-citado, ser iluminados pela sua luz, abrasados pelo seu calor. Por meio da celebração eucarística, o Espírito

Santo nos torna partícipes da vida divina, que é capaz de transfi gurar todo o nosso ser mortal. E na sua passagem da morte para a vida, do tempo para a eternidade, o Senhor Jesus arrasta também a nós com Ele para fazer a Páscoa. Na Missa faz--se a Páscoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus, morto e ressuscitado, e Ele arrasta-nos em frente, para a vida eterna. Na Missa, unimo-nos a Ele. Aliás, Cristo vive em nós e nós vivemos n’Ele: “Estou crucifi cado com Cristo – diz Paulo –, já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,19-20). Paulo pensa-va dessa forma.

Na Missa, Cristocomunica-nos seu amor pascal, vitorioso

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Dezembro de 2017Arquid iocese de Go iânia

7EM DIÁLOGO

Como escolher bem os alimentos? Vamos nessa edição dar um enfoque especial aos alimentos embalados e/ou industrializados. Atenção para estas dicas:

1. Fique de olho no prazo de validade, assim como nos ingredientes utilizados, modo de conservação e preparo.

2. Escolha embalagens em estado perfeito, que não estejam estufadas, nem en-ferrujadas, amassadas ou rasgadas.

3. Observe cor, cheiro ou consistência do produto e, se apresentar qualquer alte-ração, evite comprar e consumir.

4. Escolha locais de compras que sejam limpos, organizados, com refrigeradores e freezers em boas condições e temperatura adequada de armazenamento.

5. Produtos de origem animal, resfriados ou congelados, devem ter o selo de ga-rantia do Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura.

Carne bovina e de porco (carnes vermelhas): estão adequadas quando frescas e compactas, cor vermelho--brilhante e cheiro agradável, além do carimbo do SIF.

Carne moída: compre apenas em local de con� ança, escolhendo o pedaço e moendo na hora, ou embalado com data de validade e carimbo do SIF.

Frango e aves: estarão adequados quando a cor da pele variar do branco ao amarelo, com superfície brilhante e � rme ao tato (+ SIF).

Ovos: pre� ra os novos, com a casca pouco porosa, limpa, sem rachaduras. Se a clara ou gema grudarem na casca e estiverem com cheiro diferente, não consuma!

Peixes, camarão e mariscos: pre� ra os frescos com olhos arredondados, guelra vermelha, cheiro suave, pele brilhante e escamas � rmes. Quando apertar a carne, ela deve voltar à posição rapidamente. O camarão deve es-tar com a cabeça presa ao corpo e a carapaça � rme.

Miúdos (coração, fígado, rins e língua): superfície bri-lhante, � rme ao tato, cor regular, sem pontos brancos e sem mau cheiro.

Embutidos (salsichas, linguiça, salame, mortadela, presunto, apresuntado): devem estar com cor original, sem fungos ou corantes em exagero e disformes. Ideal também sem bolhas de ar, buracos e sem líquidos.

festejar o Natal deve estar relacio-nada com o mesmo motivo com que Deus enviou os anjos do céu à ter-ra para anunciar a Boa-Nova, assim como esse anúncio levou os três Reis Magos a irem até onde Jesus estava: para prostrar, adorar e ofertar pre-sentes ao nosso Grande Rei.

Nesse período de festas, não po-demos esquecer de manter uma ali-mentação saudável e sem exageros. Para isso é importante estar atento na hora de escolher, preparar, con-servar e rotular os alimentos que se-rão consumidos. Ainda é essencial os cuidados com higiene pessoal, higie-ne ambiental e dos próprios alimen-tos. Assim mantemos nossa saúde e prevenimos distúrbios alimentares provocados pelo consumo em exces-so e/ou por alimentos deteriorados.

cer de vivenciar o verdadeiro espírito do Natal, moldado nos princípios de Jesus, amando e partilhando verda-deiramente com o próximo, para que possamos receber a graça de um Ano Novo repleto de amor, paz e saúde!

A comemoração do Natal começa já no início de de-zembro, com muitas reu-niões entre amigos, cole-

gas de trabalho, parentes, e quando chegam os dias 24 e 25 de dezembro, acontece a tradicional ceia entre as famílias, podendo, muitas vezes, terminar apenas no dia de Reis. Nesta época do ano, o consumo ali-mentar altera-se com frequência, geralmente aumentando em quanti-dade e variedade. Mas não podemos esquecer de comer para celebrar a vida, incluindo a alegria dos sabores e do convívio, respeitando a cultura de cada região. Insisto em afi rmar que a grande razão que nos leva a

Nas festas de Natal, consumimos muitos pratos variados, adotando hábitos natalinos de diversas regiões. Por isso, é importante termos os seguintes cuida-dos nas compras de alimentos de origem animal:

Vamos manter os princípios sau-dáveis: consumir mais água potável do que sucos, refrigerantes e bebi-das alcoólicas; fracionar as refeições e consumir pequenas quantidades a cada 3 horas, em média. E sem esque-

PROFª MSC. SUELI ESSADO PEREIRANutricionista

Natal de Jesusmanter alimentação saudável e evitar a gula“É Jesus que vem no Natal e não o Papai Noel.É importante ensinar isso às crianças paraque elas cresçam sabendo o verdadeirosentido do Natal” (Dra. Zilda, Pastoral da Criança)

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Sagrada família, obra salvífi ca de Deus!‘‘Meus olhos viram a tua salvação’’ (Lc 2,30)

Dezembro de 2017 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

IR. THIAGO FERREIRA SILVA, OSBSeminário São João Maria Vianney

A Festa da Sagrada Família nos coloca dentro do Templo, onde a Família de Nazaré apresenta o Menino Jesus. O que nos fi ca de

signifi cativo no Evangelho de São Lucas do próximo domingo é o amor e o zelo pela Lei do Senhor, que a Virgem Maria e São José preservavam em seus corações. Esse Evangelho nos aponta que Nosso Se-nhor estava em total obediência aos man-damentos e projetos do Pai.

Vale destacar a profunda mensagem de esperança que saiu da boca de Simeão, homem piedoso e justo. Ele, já em idade avançada, ao contemplar o Menino Jesus, tem a alegria de ver a salvação. Simeão não hesita em reconhecer, em seus braços, o Deus Conosco que se fez morada em nosso meio. Sem dúvida, podemos dizer que a Sagrada Família colaborou com os

cumprimentos da Lei, da profecia e da Encarnação. A profetisa Ana também não deixou de reconhecer o Senhor que a vi-sitara no Templo. Por meio de sua fi deli-dade por toda a vida, teve a graça de, na velhice, louvar a Deus, enquanto contem-plava o Menino Jesus.

A Família de Nazaré é o ambiente do diálogo, da compreensão e da obediência. Nossa Senhora e São José proporciona-ram ao Menino Deus um ambiente propí-cio para que ele pudesse crescer e se tor-nar forte. Sabemos que a graça de Deus o acompanhava e a Sabedoria divina fazia morada Nele. Maria e José foram as re-ferências aqui na Terra para que o nosso Deus pudesse concretizar a salvação da humanidade.

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraEste livro é uma ótima oportunidade para quem quer ser tocado pelos anjos natalinos. No Tempo do Natal, os anjos desempenham um pa-pel de grande importância. Nesta obra, Anselm Grün segue os vestí-gios dos anjos ao longo das narrativas do Natal, no Novo Testamento, esclarecendo seu signi� cado e os efeitos de sua ação. O autor, que é monge beneditino, ressalta que as imagens e as canções são o melhor caminho para ir ao encontro dos anjos natalinos. As narrativas que compõem este livro são acompanhadas de doze das mais conhecidas representações de anjos da arte cristã. O autor é reconhecido no mun-do todo por seus inúmeros livros publicados em mais de 28 línguas.

Autor: Anselm GrünOnde encontrar: Editora Vozes - Rua 3, n. 41 – Setor Central, Goiânia-GOTelefone: (62) 3225-3077

Texto para oração: Lc 2,22-40 (página 1271 – Bíblia das Edições CNBB)

1. Procure um lugar tranquilo e agradável que favoreça a oração. Faça o sinal da Cruz e invoque o Espírito Santo.

2. Leia o texto bíblico quantas vezes for necessário, bus-cando saborear as palavras que mais chamaram sua atenção, identifi cando os elementos importantes.

3. Medite a Palavra de Deus. Busque descobrir o que o texto diz. Que frase, palavra tocou o seu coração? O que o texto diz a você?

4. Reze com a Palavra de Deus. A meditação deve nos levar à oração. É o momento de responder a Deus com orações de pedido, de louvor, de agradecimento.

5. Contemple a Palavra. Esse é o momento que perten-ce a Deus, basta-nos apenas permanecer em silêncio diante da sua presença misteriosa. É deixar-se abando-nar em Deus e deixá-lo agir. Mas sempre louvando-O.

6. Pergunte-se: o que Deus me propõe nesse texto, para minha vida pessoal, comunitária, familiar? Que frutos colhi?

(Festa da Sagrada Família – Ano B. Liturgia da Palavra: Eclo 3,3-7.14-17a; Sl 128(127), 1-5; Cl 3,12-21; Lc 2,22-40)

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