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ESPECIAL BARCELONA PCT DA MOBILIDADE

VOZ OFF Especial Barcelona

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Newsletter informativa do PCT da Mobilidade

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ESPECIAL BARCELONA

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SMART CITY WORLD CONGRESS

MOBI.EuROPE APRESENTOu RESuLTADOS APóS DOIS ANOS DE ESTREITA COOPERAçãO EuROPEIA

EDITORIAL

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DE quE PRECISAM AS CIDADES PARA SER INTELIGENTES?OPINIãO DE ALGuNS vISITANTES

CEIIA NOS MEDIA

AS CONFERÊNCIAS

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EDITORIAL

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EDITORIAL

EDITORIAL

Esta edição especial da voz-Off está inteiramente dedicada aos eventos marcan-tes de conclusão de ano que decorreram em Barcelona: a Smart Cities World Expo e a 27ª edição do International Electric vehicle Symposium and Exhibition. Estes dois eventos incluíram exposição e conferência, criando uma sinergia pela orga-nização que, em simultâneo, acabou por aumentar significativamente o número de visitantes nos dois eventos. O CEiiA esteve presente em ambos com stand e apresentações em diversos painéis nas duas conferências.

O tema das Smart Cities é verdadeiramente importante, uma vez que reúne um conjunto de iniciativas e projetos com vista a desenvolver soluções para o aumen-to da qualidade de vida nas cidades. Atualmente, é nas cidades que vive mais de 50% da população mundial e este número tem tendência para aumentar, preven-do-se que sejam atingidos valores de cerca de 80% da população mundial a viver em áreas urbanas até 2050. Estes factos são de vital importância, não apenas para quem é responsável pelo planeamento urbano, mas igualmente constitui uma in-formação relevante para quem desenvolve soluções de mobilidade, desde veícu-los, equipamentos para infraestrutura e sistemas de informação. Através daqueles números já é possível perceber a dimensão do mercado atual e a sua evolução.

O ecossistema das Smart Cities reúne diversos domínios tecnológicos, entre os quais se destacam três dos mais importantes: os transportes, a energia e os sis-temas de informação. Em todos estes domínios Portugal tem empresas e projetos para o desenvolvimento de soluções de sistemas de informação que permitam uma gestão mais eficiente da mobilidade e da energia. Foi com esta tripla vertente que o CEiiA se apresentou em Barcelona, posicionando a nível internacional uma solução de mobilidade inteligente para as cidades do futuro.

Este trabalho resulta do esforço levado a cabo ao longo de um conjunto de proje-tos de I&D nestas áreas, promovido e articulado no âmbito do esforço de especia-lização da indústria nacional levado a cabo pelo Pólo da Mobilidade, com vista a criar novos produtos e serviços com elevado potencial de internacionalização. Os produtos (incluindo veículos completos ou apenas componentes) associados, as tecnologias e os sistemas de informação e de gestão da mobilidade desenvolvidos por empresas portuguesas têm capacidade para complementar ou inclusivé para competir a nível internacional com soluções desenvolvidas por grandes atores da indústria da mobilidade, da energia ou dos sistemas de gestão.

Este esforço levado a cabo pelo CEiiA não terminou com a apresentação num dos principais fóruns internacionais do tema das smart cities. Estes eventos apenas constituíram um marco da passagem da fase de desenvolvimento para a fase de internacionalização. O projeto de internacionalização do Pólo da Mobilidade, financiado no âmbito do SI qualificação PME “Pushing Trends”, é a ferramenta fun-damental para a operacionalização desta estratégia, que terá continuidade com a segunda edição do projeto durante 2014 e primeiro semestre de 2015. Através deste projeto, tem sido possível, em articulação com a AICEP, desenvolver um con-junto de iniciativas que possibilitem às empresas nacionais da área da mobilidade implementarem os seus planos de internacionalização assentes em soluções (pro-dutos e serviços) concebidos em Portugal, de elevado valor acrescentado e com forte potencial de exportação.

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EM FOCO

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SMART CITY WORLD CONGRESS

O Smart City World Congress é o principal evento internacional do setor, onde mais de 80 cidades, na sua maioria do C40, marcam presença com stands e mais de 300 speakers especialistas de referência a nível mundial nesta matéria.

O CEiiA esteve presente com um espaço de demonstração, com speakers nas ses-sões paralelas da conferência e uma can-didatura ao prémio Smart City na catego-ria de iniciativa inovadora.

ESPAçO DO CEIIA

O espaço do CEiiA com 100m2 esteve es-truturado em torno do projeto do Rio de Janeiro e da apresentação do projeto de mobilidade partilhada de Lisboa (“Lx Mo-bilidade”), a experiência de bicicletas elé-tricas de uso partilhado testado na sema-na da Mobilidade em Lisboa.

CONfERêNCIA

A conferência realizada ao longo dos três dias esteve estruturada em sessões pa-ralelas em torno de vários temas, onde o CEiiA marcou presença como speaker em duas delas, nomeadamente na Energy Management, Smart Grid & Energy Effi-ciency e na Smart Mobility Solutions, para além da sessão organizada no âmbito do projeto europeu de Mobilidade em desen-volvimento, MOBI.Europe, no qual o CEiiA participa como parceiro.

CANDIDATuRA AO PRéMIO SMART CITY

A prefeitura do Rio de Janeiro selecionou o projeto “MaréAnas: um projeto social colaborativo da Maré para a cidade do Rio de Janeiro” como candidatura ao pré-mio Smart City na categoria de iniciativa inovadora.

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O projeto MaréAnas, promovido pelo CEiiA em parceria com a Redes da Maré e o Observatório de favelas, é um pro-jeto de Mobilidade Plena que combina a mobilidade simbólica1 com a mobilidade física e de informação, estando focado no desenvolvimento e implementação de um novo device de mobilidade conectado com a cidade e os seus sistemas de mo-bilidade.

O projeto MaréAnas surgiu da necessida-de de reforçar a interação entre a Favela da Maré e a cidade e da intenção de afir-mar a Maré como uma nova centralidade urbana, mas também do imperativo de induzir um processo de reconhecimento

simbólico dos cidadãos da Maré enquan-to cidadãos de pleno direito da cidade do Rio de Janeiro.

Pensado com o objetivo de integrar a mobilidade física com a mobilidade de informação, permitirá a conectividade com outros sistemas de transporte, assim como a quantificação da pegada ecológi-ca do utilizador e a sensibilização para a sua redução.

É uma iniciativa inovadora quer desde uma perspetiva tecnológica quer desde a perspetiva da participação social da co-munidade da Maré. Por um lado, porque os seus moradores trabalharão em cola-boração com o CEiiA no desenvolvimento de um novo device de mobilidade que in-tegra as funcionalidades de uma bicicleta elétrica com um Hotspot, tornando mais eficiente a conexão do usuário com a ci-dade. Por outro lado, porque os morado-res estarão também envolvidos na fase de operação do sistema.

1 Mobilidade simbólica é um conceito do Observatório das Favelas e da Redes da Maré que defende o deslo-camento do cidadão da favela do ponto A para o ponto B com dignidade e sem preconceito, mantendo a sua identidade em toda a cidade.

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O projeto MaréAnas é uma iniciativa cola-borativa: potencia o potencial criativo da comunidade da Maré, desenvolvido a par-tir dos seus ativos culturais e sociais; en-volve os seus habitantes desde a fase da conceção até à operação; o valor gerado pela tecnologia desenvolvida e pela mar-ca criada – MaréAnas – tem um retorno económico e social para a comunidade, distinguindo positivamente os utilizado-res pelo seu uso (mobilidade simbólica), à semelhança do que acontece com as Ha-vaianas.

O projeto MaréAnas é assim um projeto de Mobilidade Plena, dinamizado pela co-munidade criativa, colaborativa e inclusa da Maré, que combina a mobilidade sim-bólica com a mobilidade física e de infor-mação na cidade do Rio, enquanto cidade conectada, integrada e sustentável.

S3C - SMART CONNECTED CITIES CENTRE

CEiiA apresentou a fórmula das Cidades do futuro em Barcelona

O CEiiA apresentou o também o S3C (Smart

Connected Cities Centre) na Smart City Expo em Barcelona.O S

3C é o primeiro centro de gestão de

cidades, em tempo-real, nas suas diferen-tes dimensões (Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia, Saúde e Bem-Estar, entre outras), auxiliando decisores e ci-dadãos a melhor perceber o impacto das suas políticas e comportamentos para o metabolismo e evolução das cidades.

O S3C recolhe dados, trata informação,

e produz conhecimento para cidades e operadores, permitindo identificar perfis de comportamentos tendo em vista a di-

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minuição da fatura de mobilidade para os utilizadores finais.

Toda esta gestão e monitorização é rea-lizada pela plataforma MOBI.ME, um sis-tema inteligente de gestão integrada de serviços na cidade.

O MOBI.ME, inclui hoje, para além, da ges-tão de carregamento de veículos elétricos, a integração com parqueamento, uso par-tilhado de veículos e sua interação com os sistemas de gestão de transportes. No plano da energia e ambiente, permite-se a integração com as redes inteligentes, avaliando permanente a pegada ecológi-ca e os custos energéticos associados.

Esta gestão integrada de serviços permite que diversos operadores adotem modelos de negócio inovadores e disponibilizem ao utilizador final produtos e serviços de forma flexível, como por exemplo o uso de veículos como um serviço pago na fatura da eletricidade.

O S3C é, hoje, utilizado para monitorizar

redes de mobilidade elétrica em Portugal e no Brasil, tendo permitido o lançamento de um sistema avançado de uso partilha-do de veículos, o primeiro a utilizar bici-cletas elétricas permanentemente conec-tadas, desenhado pelo CEiiA em parceria com a Prio.e, Tekever, Magum Cap e Mi-ralago. Este sistema designa-se LX Mobili-dade e foi testado, pela primeira vez, du-rante a Semana Europeia da Mobilidade de 2013, em Lisboa.

Outro exemplo de uso partilhado e in-tegração de sistemas de transporte é o Projeto MaréAnas. O Projeto MaréAnas é, assim, um Projeto de Mobilidade Ple-na que combina a mobilidade simbólica com a mobilidade física e de informação, estando focado no desenvolvimento de um novo device de mobilidade conectado com a cidade e os seus sistemas de mobi-lidade. Este novo device (M-Bike) integra as funcionalidades de uma bicicleta elé-trica com um hotspot.

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Este projeto é co-desenvolvido, envol-vendo para além do Observatório das Favelas, da Redes da Maré e do CEiiA, os moradores da Maré. O projeto MaréAnas é o primeiro projeto de mobilidade parti-cipado por uma comunidade local, desde a fase da conceção até a fase de opera-ção, em que o valor gerado pela tecno-logia desenvolvida e pela marca criada tem retorno económico e social para esta comunidade.

Outros Projetos do CEiiA com as Cidades:MOBI.EMOBI.EuropeMOBI2GridMOBICARMOBICAR.InfoMOBI.ME Campinas

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O MOBI.Europe, assim como alguns dos seus parceiros, esteve presente na 27ª edição do Electric vehicle Symposyum (EvS27) que se realizou em Barcelona, entre os dias 17 e 20 de novembro. Sen-do um dos cinco maiores projetos de de-monstração na área da mobilidade elétri-ca cofinanciado pela Comissão Europeia, o MOBI.Europe e o Green eMotion foram os dois únicos que tiveram a possibilidade de promover sessões públicas de discus-são com os participantes da conferência.

Estes dois projetos têm vindo, aliás, a coo-perar no sentido de partilhar as experiên-cias e os protocolos de comunicação de-senvolvidos desde 2012. Essa cooperação tem sido promovida com a chancela da Comissão Europeia e com o objetivo de harmonizar as soluções tecnológicas no eco-sistema da mobilidade elétrica, não só na Europa, mas também na América do Norte e no Japão. Nesse âmbito, durante o EvS27 foi oficialmente lançado o eMI3, uma nova plataforma tecnológica do ERTICO que reúne mais de 40 empresas dos setores automóvel, da energia e das tecnologias de informação e comunica-ção, e que tem no MOBI.Europe e no Green eMotion os dois projetos mais represen-tados e com maior capacidade para de-monstrarem nos seus pilotos os futuros desenvolvimentos tecnológicos. Além dis-so, o eMI3 apresenta-se também como

uma nova plataforma capaz de promover novos projetos de investigação, desenvol-vimento e/ou demonstração no âmbito do Horizonte 2020, incorporando os resulta-dos entretanto alcançados pelo MOBI.Eu-rope. A sessão de discussão pública organizada pelo MOBI.Europe contou com os contri-butos de João Jesus Caetano, da INTELI – Centro de Inovação (Portugal), Sébas-tien Albertus, da Renault (França), Senan McGrath, da ESB eCars (Irlanda), Mereil-le Klein Koerkamp, da Alliander Mobility Services (Holanda), e Diego Rodriguez, do CTAG – Centro Tecnologico de Auto-mocion de Galicia (Espanha). Nela, foram apresentados os objetivos principais do projeto, os resultados mais relevantes dos dois primeiros anos, e os desafios para o terceiro e último ano de atividade. Na sessão de discussão, foi dada algum des-taque à questão da monitorização das diferentes iniciativas europeias de mo-bilidade elétrica, particularmente ao de-senvolvimento das necessárias metodolo-gias harmonizadas para medir o impacto ambiental, climático e energético de uma adoção em larga escala dos veículos elé-tricos. Nesse contexto, o CEiiA poderá e deverá desempenhar um papel muito re-levante, na medida em que dispõe da ne-cessária capacidade tecnológica através do Smart Connected Cities Center, utiliza-da aliás no MOBI.Europe para esse efeito.

Para além da sessão pública de discus-são, alguns dos parceiros do MOBI.Europe tiveram a oportunidade de demonstrar a tecnologia que têm vindo a desenvolver no setor da mobilidade elétrica. As par-ticipações mais relevantes foram as do

MOBI.EuROPE APRESENTOu RESuLTADOS APóS DOIS ANOS DE ESTREITA COOPERAçãO EuROPEIA

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CEiiA, com a apresentação de um veículo elétrico e do sistema de gestão de redes de mobilidade elétrica que tem servido não só para gerir a rede Portuguesa, mas também tem sido utilizado como centro de monitorização dos pilotos em Portugal, na Holanda, na Irlanda e na Galiza. A Re-nault foi outro dos parceiros do MOBI.Eu-rope com uma participação assinalável no centro de exposições, tendo levado para Barcelona três dos seus modelos de veí-culos elétricos.

Ao mesmo tempo, outros projetos finan-ciados pela Comissão Europeia marcaram presença como observadores no EvS27, o que acabou por garantir um excelente ambiente para a troca de experiências e a partilha não formal de conhecimento, tendo o MOBI.Europe servido como pivot para alguns desses encontros e demons-trado a sua capacidade de projeto mobili-zador e de referência no espaço Europeu.

João Caetano (INTELI)

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Integration between different modes of transport.

Paul Blakeman | Transport Systems Catapult

A total wireless internet solution.

Alexander von Horn | Invest in Denmark

To involve and include each citizen in its development process, specially those who are most excluded from society to create together a city for all.

Marta Iglesias Benet | Atd-cuarto mundo

It would need a smart and efficient network of IT and smart people promoting and using it!

Florian Dobner | fXX Cycles.com

DE quE PRECISAM AS CIDADES PARA SER INTELIGENTES?OPINIãO DE ALGuNS vISITANTES

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Energetically efficient, focusing on traffic lights, water savings, wasting collection.

Maria Baltà | Business strengths

Oporto needs to have a comprehensive view of the entire dynamics of the city to allow a more dynamic and real-time needs of everyday life.

vitor Martins | Câmara Municipal do Porto

The most important to be a smart city is the citizens consciousness.

Javier Calvo Lausin | Wits Service Design

Traffic management and efficient smart public tranportation.

Jim Writaker | Smart Cities Council

DE quE PRECISAM AS CIDADES PARA SER INTELIGENTES?OPINIãO DE ALGuNS vISITANTES

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EMPRESAS, CENTROS DE INvESTIGAçãO E CIDADESjuNTAS NA PLATAfORMA SMART CITIES PORTuGALin Público 01-12-2013

Pode ser um moderno guia para turis-tas, como o que desenvolveu a JiTT. Ou pode ser um sistema de gestão online de recolha de lixo (o WiseWaste, da Soma), tarefa que tem que correr bem para não afugentarmos os turistas. Há dezenas de empresas em Portugal a dar respostas novas a necessidades actuais das cida-des, tornando-as, essencialmente, “mais inteligentes” na forma como resolvem os problemas. E, para potenciar o valor eco-nómico e o impacto da sua actividade, o centro de inovação Inteli criou a platafor-ma Smart Cities Portugal.

O cunho smart cities é conhecido há mui-to, e já não é uma área de nicho. É uma urgência, na área das tecnologias da in-formação, da energia, mobilidade, urba-nismo e construção civil, a procura de so-luções que garantam que o fl uxo contínuode habitantes que, por todo o mundo, escolhem as cidades para viverem não levará a uma implosão em esgotos, em engarrafamentos, em lixo, em ingoverna-bilidade, etc., etc. E, sabendo disso, a Inteli criou este ano a rede que reúne cidades,centros de investigação e empresas, 74% das quais pequenas e médias, que têm a “etiqueta” cidades inteligentes em algo do que façam. Para já, a Inteli está a tirar o retrato ao que se vai fazendo nesta área, no nosso país. Em centros de competên-cias como o Future Cities, da universida-de do Porto, entre outros, passando por empresas, como o CEIIA (Centro para a Inovação na Indústria Automóvel), ligado à engenharia e mobilidade, ou pequenasstart-up, cujos projectos não tenham ain-da chegado ao mercado.

Entre as soluções que estão já estabiliza-das e a ser comercializadas, as exporta-ções, ambição de quase todos os envolvi-dos, vão ganhando peso. São, nesta fase inicial, quase um quarto do volume de

negócios, cujo montante global só deve-rá ser conhecido nos primeiros meses do próximo ano, quando este road map pelos sectores envolvidos estiver concluído, ad-mitiu Catarina Seladas, da Inteli.

A plataforma pretende afirmar Portugal como palco de desenvolvimento e experi-mentação de soluções inovadoras para as cidades do futuro, tendo como objectivo, precisamente, a exportação desses pro-dutos e serviços.

A rede de cidades inteligentes portugue-sas, a Rener, que ajudou a fundar, no âm-bito do projecto Mobi.E, alargou o seu âmbito de interesses para lá da mobili-dade eléctrica e, em Novembro, duran-te o congresso mundial das Smart Cities que decorreu em Barcelona, associou-se à rede espanhola de cidades inteligentes, criando desta forma uma plataforma ibé-rica que deverá servir para troca de ex-periências, benchmarking e candidaturas comuns a projectos-piloto.

Na apresentação da plataforma Smart Cities Portugal, em Barcelona, Catarina Seladas explicou que uma das priorida-des do próximo programa-quadro para a Ciência e Inovação vão ser os Lighthou-se Projects, “projectos-farol” que deverão envolver cidades de vários países e em-presas, no desenvolvimento de soluções “na intersecção” de áreas como mobilida-de, energia e tecnologias da informação”. Com a dimensão ibérica alcançada, e em rede com parceiros tecnológicos como a IBM, a Indra, a Oracle Portugal e a Sie-mens, a Inteli espera assim captar uma parte importante desse financiamento para projectos portugueses.

O esforço de normalização que começa a ser feito ao nível da união Europeia, com a defi nição de standards de desempenho

CEIIA NOS MEDIA

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e soluçõestipo nas mais diversas áreas que contribuem para tornar as cidades mais inteligentes, leva a Inteli a apostar ainda na criação de um selo smart cities, que garanta a qualidade dos produtos ou serviços desenvolvidos no nosso país, ten-do em conta que se pretende que a pla-taforma apoie a internacionalização das empresas — em Espanha e na América Latina, para começar.

O mercado espanhol já garante 40% do volume de negócios na área da mobili-dade eléctrica para a Magnum Cap, em-presa de Aveiro que produz unidades de carregamento de veículos eléctricos para espaços públicos e domésticos, e que es-

teve em Barcelona, enquanto parceira do CEIIA.

Também presente na feira mundial de Smart Cities a start-up vitalId incorporou no volante do veículo eléctrico desenvol-vido também pelo centro de engenharia um dispositivo capaz de fazer um elec-trocardiograma do condutor, através das mãos.

A solução — que serve para identificar o condutor, tal como a íris ou as impressões digitais, também pode monitorizar o seu estado de saúde e enviar alertas sobre o mesmo — está já patenteada e a dar os primeiros passos.

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MAREANAS, MOBILIDADE COM A MARCA DO CEIIA NuMA fAvELA DO RIOin Público 01-12-2013

Centro de Engenharia português juntou-se a uma ONG do Rio de janeiro para desenvolver, com a população, um novo veículo que ajude a quebrar as barreiras com o resto da cidade

Com um artigo nas páginas centrais do número de Setembro deste ano, o jornal gratuito Maré espalhava pela zona homó-nima do Rio de Janeiro por onde é dis-tribuído as queixas sobre as alterações no licenciamento de transportes, que re-duziram a oferta disponível neste grande aglomerado de 17 favelas. A grande cida-de está em mudança, com investimentosavultados para a Copa do Mundo e, prin-cipalmente, para os Jogos Olímpicos de 2016, que aqui decorrerão, mas nas fave-las há problemas básicos que continuam por resolver. um deles, o da mobilidade, é o alvo de um projecto que o Centro para a Inovação na Indústria Automóvel, o CEIIA,está a desenvolver em parceria com uma entidade local.

“Nada pode parecer impossível de mu-dar”. A frase, de Bertold Brecht, serve de inspiração para os múltiplos projectos que os donos do jornal Maré, a organiza-ção Redes de Desenvolvimento da Maré, levam a cabo, na educação, na promoção da segurança, na cultura e interculturali-dade e, também, na mobilidade. É deles o primeiro mapa destes aglomerados de cinco quilómetros quadrados, onde vivem 130 mil pessoas; é deles o guia das ruas, muitas delas ainda sem nome e que os moradores estão a ser convidados a bap-tizar. E é deles, com o Observatório das Favelas e o CEIIA, o projecto Mareanas.

Os três parceiros pretendem fazer de um novo veículo de mobilidade um produto tão famoso como as mundialmente co-nhecidas havaianas. Se estas são para an-dar a pé, as suas primas Mareanas hão-de ter duas rodas e, sabe-se já, serão uma es-

pécie de hotspot de acesso à Internet am-bulante, em conexão com a rede de trans-portes convencional. José Rui Felizardo, do CEIIA, não quer avançar, por agora, muito mais. E não é porque o segredo seja a alma deste negócio. A questão é que, mais do que um simples veículo eléctrico, este novo dispositivo deverá integrar al-gumas soluções que respondam a neces-sidades da população local.

Para isso, e tal como noutros projectos da Redes da Maré — que exploram a criati-vidade de pessoas que conseguem resol-ver problemas a partir do pouco que têm —, os habitantes vão ser chamados, nos próximos meses, a dizer o que achariam importante incluir no produto final, que há-de estar nas ruas, isso é certo, antes da Copa do Mundo. “queremos pôr as pessoas a pensar nas questões da mobili-dade. que é, basicamente, a liberdade de ir e vir”, explicou Eliana Sousa, desta ONG,

Tiragem: 38650

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 22

Cores: Cor

Área: 27,70 x 30,32 cm²

Corte: 1 de 3ID: 51089810 01-12-2013

Mareanas, mobilidade com a marca do CEIIA numa favela do Rio

Com um artigo nas páginas centrais do número de Setembro deste ano, o jornal gratuito Maré espalhava pela zona homónima do Rio de Janeiro por onde é distribuído as queixas so-bre as alterações no licenciamento de transportes, que reduziram a oferta disponível neste grande aglomerado de 17 favelas. A grande cidade está em mudança, com investimentos avultados para a Copa do Mundo e, principalmente, para os Jogos Olím-picos de 2016, que aqui decorrerão, mas nas favelas há problemas básicos que continuam por resolver. Um de-les, o da mobilidade, é o alvo de um projecto que o Centro para a Inova-ção na Indústria Automóvel, o CEIIA, está a desenvolver em parceria com uma entidade local.

“Nada pode parecer impossível de mudar”. A frase, de Bertold Brecht, serve de inspiração para os múltiplos projectos que os donos do jornal Ma-ré, a organização Redes de Desenvol-vimento da Maré, levam a cabo, na educação, na promoção da seguran-ça, na cultura e interculturalidade e, também, na mobilidade. É deles o primeiro mapa destes aglomerados de cinco quilómetros quadrados, on-de vivem 130 mil pessoas; é deles o guia das ruas, muitas delas ainda sem nome e que os moradores estão a ser convidados a baptizar. E é deles, com o Observatório das Favelas e o CEIIA, o projecto Mareanas.

Os três parceiros pretendem fazer de um novo veículo de mobilidade um produto tão famoso como as mundialmente conhecidas havaia-nas. Se estas são para andar a pé, as suas primas Mareanas hão-de ter duas rodas e, sabe-se já, serão uma espécie de hotspot de acesso à Inter-net ambulante, em conexão com a rede de transportes convencional. José Rui Felizardo, do CEIIA, não quer avançar, por agora, muito mais. E não é porque o segredo seja a alma deste negócio. A questão é que, mais do que um simples veículo eléctrico, este novo dispositivo deverá integrar algumas soluções que respondam a

necessidades da população local.Para isso, e tal como noutros pro-

jectos da Redes da Maré — que ex-ploram a criatividade de pessoas que conseguem resolver problemas a partir do pouco que têm —, os ha-bitantes vão ser chamados, nos pró-ximos meses, a dizer o que achariam importante incluir no produto fi nal, que há-de estar nas ruas, isso é certo, antes da Copa do Mundo. “Queremos pôr as pessoas a pensar nas questões da mobilidade. Que é, basicamente, a liberdade de ir e vir”, explicou Eliana Sousa, desta ONG, notando que, nes-te como noutros casos, este processo ajuda o poder político a perceber os direitos desta população e permite retirá-la da invisibilidade em que se encontra. E se é dela a próxima pala-vra, o CEIIA, para já, não quer inter-vir mais do que necessário.

A empresa portuguesa vai desen-volver o conceito e a engenharia des-te veículo, cuja produção, no Brasil, se pretende que acabe por valorizar, económica e socialmente, as favelas em que ele tem origem. Até do ponto de vista simbólico, pela associação da marca, Mareanas, ao lugar de origem. Essa é a preocupação cen-tral dos parceiros brasileiros, com os quais apresentaram o projecto na feira mundial de Smart Cities, que decorreu este mês em Barcelona, sob a atenção de algumas dezenas de participantes neste evento que, durante quatro dias, juntou centenas de empresas e milhares de pessoas na capital da Catalunha.

A seu lado, na divulgação do Ma-reanas, estavam representantes da prefeitura do Rio de Janeiro, cidade que, graças aos próximos grandes eventos, concita muita atenção, por esse mundo fora, e que teve um stand na feira, mesmo ao lado do espaço do CEIIA. E o vice-prefeito garantiu que este projecto de mobilidade terá a “chancela” da cidade, pois responde a alguns dos seus desafi os actuais, co-mo o da qualidade do ar, por exem-plo. Envolvida por alguns dos princi-pais eixos de comunicação do Rio, e mal servida de transportes, apesar de ser bastante plana, a Maré é um dos espaços mais poluídos do Rio.

Para além da mobilidade física, a

As Mareanas, veículos eléctricos com várias valências, vão promover a mobilidade no complexo da Maré

Centro de Engenharia português juntou-se a uma ONG do Rio de Janeiro para desenvolver, com a população, um novo veículo que ajude a quebrar as barreiras com o resto da cidade

InovaçãoAbel Coentrão

Um centro de gestão urbana em tempo real

Plataforma ajuda a perceber o metabolismo das cidades

OCEIIA apresentou também em Barcelona a sua plaforma S3C, Smart Connected Cities Centre,

um centro de gestão de cidades, em tempo real, em dimensões tão diferentes como mobilidade e transportes, ambiente e energia, saúde e bem-estar, entre outras. Num momento em que as diferentes vertentes da vida urbana integram dispositivos ligados, em rede, a sistemas centrais, a solução

apresentada na feira mundial de Smart Cities transforma esse fluxo de dados em informação, de forma a ajudar decisores e cidadãos “a melhor perceber o impacto das suas políticas e comportamentos para o metabolismo e evolução das cidades”. Segundo o CEIIA, o S3C já está a ser utilizado para monitorizar redes de mobilidade eléctrica em Portugal e no Brasil, tendo permitido o lançamento de um sistema de uso partilhado

de veículos, o LX Mobilidade, com bicicletas eléctricas sempre conectadas, desenhado pelo CEIIA em parceria com a Prio.e, Tekever, Magum Cap e Miralago. Toda a gestão é realizada pelo Mobi.ME, um sistema inteligente de gestão integrada de serviços na cidade. Além da gestão de carregamento de veículos eléctricos, o Mobi.ME permite avaliar a pegada ecológica e os custos energéticos do meio de transporte usado. A.C.

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notando que, neste como noutros casos, este processo ajuda o poder político a perceber os direitos desta população e permite retirá-la da invisibilidade em que se encontra. E se é dela a próxima pala-vra, o CEIIA, para já, não quer intervir mais do que necessário.

A empresa portuguesa vai desenvolver o conceito e a engenharia deste veículo, cuja produção, no Brasil, se pretende que acabe por valorizar, económica e social-mente, as favelas em que ele tem origem. Até do ponto de vista simbólico, pela as-sociação da marca, Mareanas, ao lugar deorigem. Essa é a preocupação central dos parceiros brasileiros, com os quais apre-sentaram o projecto na feira mundial de Smart Cities, que decorreu este mês em Barcelona, sob a atenção de algumas de-zenas de participantes neste evento que,durante quatro dias, juntou centenas de empresas e milhares de pessoas na capi-tal da Catalunha.

A seu lado, na divulgação do Mareanas, estavam representantes da prefeitura do Rio de Janeiro, cidade que, graças aos próximos grandes eventos, concita muita atenção, por esse mundo fora, e que teve um stand na feira, mesmo ao lado do es-paço do CEIIA. E o vice-prefeito garantiu que este projecto de mobilidade terá a “chancela” da cidade, pois responde a al-guns dos seus desafi os actuais, como o da qualidade do ar, por exemplo. Envolvida por alguns dos principais eixos de comu-nicação do Rio, e mal servida de transpor-tes, apesar de ser bastante plana, a Maré é um dos espaços mais poluídos do Rio.

Para além da mobilidade física, a mobili-dade simbólica é outro problema grave. O presidente do Observatório das Favelas, Jailson Sousa, professor universitário, ex-plicou que tem um filho adoptivo, negro, que não entra num shopping numa deter-minada zona da cidade, porque, assina-la, naqueles corredores, a cor da pele é sinónimo de discriminação. As barreiras culturais entre os favelados e o resto da cidade são enormes. A Maré tem três gru-pos criminosos organizados, disse, na suaintervenção, com uma normalidade desar-mante, Jailson Sousa. que, pouco depois, ouviu o vice-prefeito anunciar que uma das próximas unidades de pacificação da

polícia do Rio vai ser colocada, precisa-mente, neste complexo de 17 bairros.

Mobilidade física, somada a mobilidade simbólica, faz o que Jailson e Eliana Sousa defi nem como mobilidade plena. Peritos em inovação tecnológica, os portugueses do CEIIA embrenharam-se num projecto que pretende ser motor de inovação so-cial. E porquê? “Porque a qualidade de vida é algo que tem de ser para todos”, alerta Eliana Sousa — professora universi-tária, ela própria uma filha da Maré —, fri-sando que, no caso deste aglomerado de favelas, isso passa por quebrar as frontei-ras: fazendo frente ao desconhecimento, ao preconceito, e promovendo o contactoentre as duas “partes” da cidade. E isso, acreditam, pode ser feito levando as Ma-reanas da Maré para o Rio e do Rio para o Mundo.

uM CENTRO DE GESTãO uRBANA EM TEMPO REAL

PLATAfORMA AjuDA A PERCEBER O METABOLISMO DAS CIDADES

O CEiiA apresentou também em Barcelo-na a sua plaforma S3C, Smart Connected Cities Centre, um centro de gestão de cidades, em tempo real, em dimensões tão diferentes como mobilidade e transportes, ambiente e energia, saúde e bem-estar, entre outras. Num momento em que as diferentes vertentes da vida urbana integram dispositivos ligados, em rede, a sistemas centrais, a solução apresen-tada na feira mundial de Smart Cities trans-forma esse fluxo de dados em informação, de forma a ajudar decisores e cidadãos “a melhor perceber o impacto das suas políticas e com-portamentos para o metabolismo e evolução das cidades”. Segundo o CEiiA, o S3C já está a ser utilizado para monitorizar redes de mobi-lidade eléctrica em Portugal e no Brasil, tendo permitido o lançamento de um sistema de uso partilhado de veículos, o LX Mobilidade, com bicicletas eléctricas sempre conecta-das, desenhado pelo CEiiA em parceria com a Prio.e, Tekever, Magum Cap e Miralago. Toda a gestão é realizada pelo Mobi.ME, um sistema inteligente de gestão integrada de serviços na cidade. Além da gestão de carregamento de veículos eléctricos, o Mobi.ME permite avaliar a pegada ecológica e os custos energéticos do meio de transporte usado. A.C.

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REDE PORTuGuESA DE CIDADES INTELIGENTES ASSOCIA-SE àS SMART CITIES DE ESPANhAin Público 22-11-2013

Rede nacional tem 25 membros e dez novos pedidos de adesão. Em Espanha, há 49 municípios a experimentar o futuro.

A Inteli, entidade responsável pela gestão da rede de cidades inteligentes, anunciou em Barcelona, no Congresso Mundial das Smart Cities, que a organização portu-guesa de 25 municípios deverá ser alar-gada a mais dez cidades, tendo-se asso-ciado à congénere espanhola, que inclui gigantes como Madrid ou a capital da Catalunha. Com este ganho de escala, os mais de 70 municípios ibéricos esperam conseguir captar investimentos e fi nan-ciamento europeu para projectos, em vá-rias áreas, com impacto na melhoria da vida urbana.

A Inteli e o CEIIA – Centro de Excelência e Inovação para a indústria automóvel mar-caram presença em Barcelona, numa feira pejada de soluções que, de uma forma ou de outra, seja na mobilidade, no ambientee resíduos ou na automação e na ges-tão e partilha de dados, tentam captar a atenção dos visitantes, entre os quais se encontram empresas mas também deci-sores políticos. Entre estes, contavam-se algumas autarquias portuguesas, como Lisboa – através da EMEL –, Braga, com o vereador do Ambiente, e o Porto, que en-viou a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, e o da Inovação e Ambiente, Fi-lipe Araújo, num sinal de maior interesse da autarquia pela participação na Rener.

Projecto no Porto

Além dos dois autarcas, o Porto levou a Barcelona dois elementos da câmara en-volvidos num projecto com a Microsoft e a Indra que está a revolucionar a organiza-ção de dados e de informação dentro dosvários departamentos do município. O projecto, cuja primeira parte, a da uni-

formização de procedimentos e selecção dos dados relevantes de cada serviço, foi levado a cabo por equipas internas, inclui a criação de um portal, disponível para os vários decisores autárquicos, no qual esses dados, depois de cruzados e anali-sados, são transformados em informação relevante para a gestão.

O exemplo concreto demonstrado aos outros autarcas portugueses pegou nos dados diários da protecção civil munici-pal do Porto para criar, com o apoio do Google Maps, uma imagem da distribui-ção das várias ocorrências por freguesia. O vereador com a tutela desta área, por exemplo, pôde observar, em pormenor, a distribuição horária, semanal ou de outro tipo destes incidentes, o que permite, no caso de recorrências, tomar qualquer de-cisão visando prevenir o mesmo proble-ma.

Ficou bem vincado no congresso que on-tem terminou em Barcelona que, mais do que qualquer nova tecnologia de ponta, a gestão da informação é fulcral para se cumprir o conceito de cidade inteligente.vários departamentos da autarquia por-tuense – como a empresa Águas do Porto ou o Gabinete do Munícipe – já recorrem à analise de dados para melhorar a efi ciên-cia dos serviços que restam. Mas o projec-to que está a ser levado a cabo, por impli-car uma partilha da informação de todos os departamentos, acaba por ser integra-dor. Perspectiva-se também que aquelesdados que possam ser importantes para o escrutínio da gestão camarária por parte dos munícipes possam vir a ser disponibi-lizados, numa lógica de prestação de con-tas, admitiu o vereador Filipe Araújo.

Este portal da Câmara do Porto permite integrar também informação externa, ge-rada por outras entidades – como as me-dições da qualidade do ar, por exemplo –,

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e a criação, a partir do material gerado interna e externamente, de indicadores úteis para empresas e cidadãos. Na rede portuguesa de cidades inteligentes a In-telli criou uma ferramenta que permite, precisamente, a comparação do compor-tamento das várias cidades envolvidas num leque de cerca de 80 indicadores, na convicção de que o benchmarking, a comparabilidade, é essencial para o de-senvolvimento dos espaços urbanos.

Público - Porto Tiragem: 38650

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 21,19 x 30,61 cm²

Corte: 1 de 1ID: 50932287 22-11-2013

A Inteli, entidade responsável pe-la gestão da rede de cidades inteli-gentes, anunciou em Barcelona, no Congresso Mundial das Smart Cities, que a organização portuguesa de 25 municípios deverá ser alargada a mais dez cidades, tendo-se asso-ciado à congénere espanhola, que inclui gigantes como Madrid ou a ca-pital da Catalunha. Com este ganho de escala, os mais de 70 municípios ibéricos esperam conseguir captar investimentos e fi nanciamento euro-peu para projectos, em várias áreas, com impacto na melhoria da vida urbana.

A Intelli e o CEIIA – Centro de Ex-celência e Inovação para a indústria automóvel marcaram presença em

Rede portuguesa de cidades inteligentes associa-se às smart cities de Espanha

um portal, disponível para os vários decisores autárquicos, no qual esses dados, depois de cruzados e analisa-dos, são transformados em informa-ção relevante para a gestão.

O exemplo concreto demonstrado aos outros autarcas portugueses pe-gou nos dados diários da protecção civil municipal do Porto para criar, com o apoio do Google Maps, uma imagem da distribuição das várias ocorrências por freguesia. O vere-ador com a tutela desta área, por exemplo, pôde observar, em porme-nor, a distribuição horária, semanal ou de outro tipo destes incidentes, o que permite, no caso de recorrên-cias, tomar qualquer decisão visan-do prevenir o mesmo problema.

Ficou bem vincado no congresso que ontem terminou em Barcelona que, mais do que qualquer nova tecnologia de ponta, a gestão da in-formação é fulcral para se cumprir o conceito de cidade inteligente. Vários departamentos da autar-quia portuense – como a empresa Águas do Porto ou o Gabinete do Munícipe – já recorrem à analise de dados para melhorar a efi ciên-cia dos serviços que restam. Mas

InovaçãoAbel Coentrão, em BarcelonaRede nacional tem 25 membros e dez novos pedidos de adesão. Em Espanha, há 49 municípios a experimentar o futuro

o projecto que está a ser levado a cabo, por implicar uma partilha da informação de todos os departa-mentos, acaba por ser integrador. Perspectiva-se também que aque-les dados que possam ser impor-tantes para o escrutínio da gestão camarária por parte dos munícipes possam vir a ser disponibilizados, numa lógica de prestação de contas, admitiu o vereador Filipe Araújo.

Este portal da Câmara do Porto permite integrar também informação externa, gerada por outras entidades – como as medições da qualidade do ar, por exemplo –, e a criação, a partir do material gerado interna e exter-namente, de indicadores úteis para empresas e cidadãos. Na rede portu-guesa de cidades inteligentes a Intelli criou uma ferramenta que permite, precisamente, a comparação do comportamento das várias cidades envolvidas num leque de cerca de 80 indicadores, na convicção de que o benchmarking, a comparabilidade, é essencial para o desenvolvimento dos espaços urbanos.

O PÚBLICO esteve em Barcelona a convite do CEIIA

Barcelona, numa feira pejada de soluções que, de uma forma ou de outra, seja na mobilidade, no am-biente e resíduos ou na automação e na gestão e partilha de dados, ten-tam captar a atenção dos visitantes, entre os quais se encontram empre-sas mas também decisores políticos. Entre estes, contavam-se algumas autarquias portuguesas, como Lis-boa – através da EMEL –, Braga, com o vereador do Ambiente, e o Porto, que enviou a vereadora da Mobilida-de, Cristina Pimentel, e o da Inova-ção e Ambiente, Filipe Araújo, num sinal de maior interesse da autarquia pela participação na Rener.

Projecto no PortoAlém dos dois autarcas, o Porto le-vou a Barcelona dois elementos da câmara envolvidos num projecto com a Microsoft e a Indra que es-tá a revolucionar a organização de dados e de informação dentro dos vários departamentos do município. O projecto, cuja primeira parte, a da uniformização de procedimentos e selecção dos dados relevantes de cada serviço, foi levado a cabo por equipas internas, inclui a criação de

DR

O Congresso Mundial das Cidades Inteligentes decorreu entre terça-feira e ontem na Feira Internacional de Barcelona, Espanha

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Paralelamente às duas exposições rea-lizadas em Barcelona (que decorreram praticamente em simultâneo) cada um dos eventos incluiu igualmente uma con-ferência com diversas sessões de apre-sentação, por diversos especialistas, fo-cadas em temas relevantes na área de mobilidade elétrica e das smart cities. Em ambas as conferências, o CEiiA realizou diversas apresentações. Estas conferên-cias formaram um importante espaço de divulgação de projetos e desenvolvimen-tos tecnológicos relacionados com diver-sos domínios dos dois temas.

A CONFERÊNCIA EvS27

Na EvS27, decorreram conferências em quatro salas em simultâneo. um dos temas que ocupou praticamente toda a confe-rência foi o das baterias e do armazena-mento de energia. Neste domínio, o tema do lítio foi incontornável tendo sido apre-sentadas comunicações que abordavam

aspetos como as cadeias de fornecimento de lítio, a modelação do desempenho de baterias bem como o seu comportamento térmico, os efeitos do carregamento rápi-do incluindo resultados testes de ciclo de vida, e os métodos e tecnologias de pro-dução de células de lítio.

Os outros dois temas dominantes desta conferência foram o marketing e modelos de negócio, e a política pública. No que se refere às apresentações relacionadas com marketing e modelos de negócio, é de realçar uma apresentação feita por um representante do Imperial College sobre a evolução da indústria da mobili-dade elétrica na Alemanha. Fundamental-mente, as variáveis que influenciaram a movimentação da indústria foram os re-gulamentos relacionados com emissões e as pressões por parte dos consumidores, evidenciando ao mesmo tempo que indi-cadores económicos a nível nacional ou global não têm conduzido a alterações na tomada de decisões da indústria. Ao nível

AS CONfERêNCIAS

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das soluções implementadas é comum a todos os construtores o recurso a conhe-cimento a tecnologias disruptivas ou me-nos familiares proveniente de terceiros.

No caso da política pública é de realçar o conjunto de apresentações realizadas sobre a implementação da mobilidade elétrica na Noruega. Desde um resumo da evolução da utilização de veículos elétri-cos, com as diversas iniciativas levadas a cabo quer a nível de governos centrais, quer a nível de associações cívicas que permitiram conduzir a Noruega ao lugar de país com a implementação da mobi-lidade elétrica mais enraizada. Efetiva-mente, é na Noruega que as vendas de veículos elétricos têm um maior volume, contando já com uma rede de suporte de mais de 4 mil pontos de carregamento e uma frota de mais de 10 mil carros vendi-dos desde 2010.

A CONFERÊNCIA SMART CITIES

O tema das smart cities é por si um tema transversal, e nessa medida, os assuntos abordados e os temas das apresenta-ções realizadas durante a conferência cobriram um conjunto vasto de tópicos. A realizar estas apresentações, o progra-ma incluiu,um conjunto significativamente amplo de especialistas de diversas áreas, desde representantes de municípios de diversos países e regiões, representantes do Banco Mundial, das principais empre-sas tecnológicas como a IBM, a CISCO ou a ORACLE, bem como de outras empresas com soluções e tecnologias para as cida-des sobretudo ligadas à energia e à água. De entre todo este conjunto, destacando--se diversas figuras de renome mundial. Neste conjunto de oradores devem ser nomeados pessoas como o Prof. Henry Chesbrough da universidade de Berckley e autor da teoria da “Open Innovation” que participou num debate sobre os de-safios de governance para as smart cities. O Dr. Kent Larson investigador principal e diretor do grupo de investigação “Chan-ging Places” do Media Lab do MIT. E ainda o Dr. Christopher Borroni-Bird, vice-pre-sidente de planeamento estratégico da

qualcomm e especialista de tecnologias para a mobilidade, desde a comunicação ou carregamento de veículos elétricos sem fios.

Fundamentalmente a conferência foi di-vidida em sete temas principais: Energia; Tecnologia e Inovação; Sociedade inteli-gente e cidades colaborativas; Governan-ce e economia; Ambiente sustentavelmen-te construído; Mobilidade; e Resiliência e segurança nas cidades.

O facto de a população em cidades estar a aumentar, perspetivando-se que esta tendência se mantenha nas próximas dé-cadas, assim como a ocupação das ruas e estradas que em muitos já atingiu um limite físico, foram o mote para um con-junto de painéis que tentaram explorar as soluções que têm vindo a ser desenvolvi-das um pouco por todo o mundo. Soluções TIC para diversos modos de transporte, a integração de serviços, esquemas de par-tilha e gestão da mobilidade, bem como o planeamento de novas infraestruturas in-cluindo a utilização de fontes de energia alternativa.

Assim, os painéis relacionadas com a mo-bilidade iniciaram-se com sessão plenária dedicada à discussão das questões que as agenda políticas deverão considerar para a promoção da mobilidade em cidades inovadoras. Seguiram-se depois diversas sessões paralelas direcionadas para as-suntos específicos, como as soluções de mobilidade inteligente e as soluções de ITS. A sessão de serviços partilhados de mobilidade urbana teve como objetivo apresentar as apps e as iniciativas mais interessantes, partindo de cidadãos e or-ganizações visando facilitar o transporte nas cidades. uma sessão sobre os fatores de sucesso dos transportes públicos em cidades explorou temas como integração de transportes, ferramentas ICT e solu-ções de “last mile”. Por fim uma sessão dedicada ao tema do ambiente construí-do para a mobilidade permitiu apresen-tar as principais políticas que prioritizem a utilização de transportes públicos, os peões e as bicicletas, limitando o espaço para os automóveis.

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An E.Bike Design for the 4th Generation Bike-Sharing Services Bernardo Sousa Ribeiro (CEiiA)

Os sistemas de bike-sharing, que estão neste momento a ser testados na sua quarta geração, têm vindo a evoluir desde os primeiros sistemas instalados em Ams-terdão, as “white bikes”, passando pela segunda geração que já implicava algum compromisso dos utilizadores, como o sis-tema de Copenhaga desde meados dos anos 90 e pela terceira geração, que as-senta num sistema de maior responsabi-lização do utilizador através de contratos de utilização e sistemas de identificação com cartão, como é o caso dos sistemas instalados em Paris ou Barcelona. A quar-ta geração introduz nos sistemas de bike--sharing a tração elétrica bem como o sistema de inteligência e a comunicação com um sistema central de gestão do ser-viço.

O CEiiA desenvolveu uma bicicleta propo-sitadamente para esta quarta geração de bike-sharing, que inclui um conjunto de funcionalidades e características que a fazem distinguir neste domínio tecnológi-co. A ergonomia e o design que permitem a utilização por um conjunto alargado de perfis de utilizadores. Dispõe de tração elétrica. Tem uma construção que a torna mais resistente ao vandalismo, o que ao mesmo tempo permite uma redução dos

custos de manutenção, sobretudo através da utilização de painéis exteriores, que protegem o motor elétrico, montado no eixo pedaleiro, as baterias e o módulo de comunicação. Através deste último mó-dulo é estabelecida a comunicação com um sistema central, trocando informação sobre localização, utilização e estado da bicicleta. Foi ainda desenvolvido um siste-ma de trancamento inovador que permite a ligação mecânica, elétrica e de comu-nicação entre a bicicleta e a estação de carga, com apenas um movimento.

Foi desenvolvido um teste piloto de três dias em Lisboa, utilizando dois pontos de paragem em duas zonas centrais da cidade. Durante este teste mais de 350 pessoas utilizaram as bicicletas, tendo em paralelo sido feito um inquérito de satis-fação. Em termos de classificação a média final obtida foi de 8,6 pontos em 10, tendo sido valorizada a facilidade de utilização, o facto de a bicicleta ser elétrica e com isso permitir atingir maiores velocidades e o próprio design da bicicleta. Foram igualmente apresentados alguns aspetos com necessidade de melhoria, como a re-dução do peso, a melhoria da suspensão, travões e mudanças de caixa.

Energy Management, Smart Grid & Energy Efficiency An Approach at Mobility Luis Reis (iNTELi)

um dos grandes desafios à perspetiva da eficiência nas cidades é compreender a sua natureza como sistemas dinâmi-cos, envolvendo cidadãos e comunidades, sistemas de transporte, infraestrutura e sistemas de energia, entre outros. Com a crescente introdução de sistemas de infor-mação associados às funções da cidade e a sensorização de sistemas, devices e in-divíduos (na lógica da internet of things e do indivíduo como prosumer de informa-ção e serviços), novos modelos de gestão e planeamento da cidade terão que ter por base uma articulação eficaz entre to-dos estes elementos, segundo a visão de uma cidade (ou área metropolitana) que se permite gerir em função de indicado-res de alto nível (emissões, por exemplo) e que reage em tempo real até ao nível do cidadão. uma cidade que pulsa.

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É disto exemplo a abordagem que o CEiiA tem vindo a desenvolver através de um modelo, uma plataforma e novos serviços, segundo a visão da “fatura única da mobi-lidade”, numa trajetória para sistemas ba-seadas em “redes sociais de mobilidade e serviços”, capazes de integrar todos os serviços de mobilidade, energia, sistemas e subsistemas da cidade, através de mo-delos centrados no cidadão, abertos a to-dos os operadores de serviços e tenden-cialmente orientados para modelos de intervenção multi-tarifária em tempo real. O Smart Connected Cities Centre será um instrumento para o desenvolvimento destas novas plataformas para cidades, segundo uma abordagem baseada na interoperabilidade, protocolos abertos, arquiteturas ágeis e inclusivas, gerado-ras de capacidade de processamento de grandes volumes de dados (big data) e informação aberta (open data), que esti-mule a inovação na gestão e introdução de novos serviços.

MOBI.ME - A Mobility Management Engine for Services Integration in the City André Dias (CEiiA)

No âmbito da sessão paralela “MO1: Smart Mobility Solutions” no “Smart City Expo World Congress 2013”, em Barcelona, o

CEIIA fez uma apresentação subordinada ao tema “MOBI.ME – A Mobility Manage-ment Engine for Services Integration in the City”, na qual foi uma vez mais desta-cado o contributo do MOBI.ME para uma visão para uma cidade integrada, susten-tável e conectada.

Tomando a mobilidade como o ponto de partida, e girando em torno das temáti-cas das redes inteligentes de informação, mobilidade e energia, segundo um en-quadramento económico, societal e am-biental, o MOBI.ME tem como propósito a materialização do conceito de “Fatura de mobilidade”. Permite-se assim, nas ci-dades do futuro, imaginar a mobilida-de e energia como um conjunto de ser-viços, onde os utilizadores se encontram interligados segundo verdadeiras “redes sociais” de mobilidade que integram di-ferentes operadores. Este “roaming de serviços” é o fundamento do MOBI.ME enquanto plataforma independente e in-tegradora de múltiplos operadores e ser-viços, assegurando a flexibilidade de mo-delos de negócio.

Adicionalmente, é também assegurada a ligação em tempo-real de devices de mobilidade (veículos e pontos de gestão de mobilidade), à plataforma MOBI.ME, permitindo obter informação sobre o me-

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tabolismo da cidade e cobrar diferentes serviços em função da utilização e das grandezas medidas permitindo, no fundo:

• A decisores e usuários conhecer em tempo real o impacto das suas políti-cas e comportamentos no metabolis-mo e evolução das suas cidades em diferentes dimensões: mobilidade e transportes, ambiente e energia, saú-de e bem-estar.

• Recolher dados, tratar informação, e produzir conhecimento, permitindo identificar perfis de comportamentos tendo em vista a melhoria da gestão de cidades, comunidades e operado-res – incluindo a diminuição dos custos de mobilidade.

Alicerçando-se na plataforma MOBI.ME, surge o S3C – “Smart Connected Cities Center”, que visa monitorizar vários ser-viços/devices na cidade, em termos prá-ticos, monitorizando redes de carrega-mento de veículos elétricos, e estando igualmente preparado para monitorizar frotas de veículos (carsharing e bikesha-ring), e integrar componentes tais como contadores inteligentes, postos de ilumi-nação pública, sensores de qualidade do ar…

Através do MOBI.ME, no domínio tecnológi-co, e do S3C, na sua vertente de operação e controlo, permite-se a qualquer cidade estabelecer uma arquitetura integrada e centrada no cidadão, para o desenvolvi-mento de abordagens inovadoras e dis-ruptivas à gestão da oferta de mobilidade na cidade.

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Ficha técnica

Edição: PCT da Mobilidade (CEiiA e INTELI)

Data: Dez. 2013

Equipa vOZ OFF: Bernardo Sousa Ribeiro (CEiiA),

Gualter Crisóstomo (CEiiA), Helena Silva (CEiiA), Luís Afonso (CEiiA),

Maria João Rocha (INTELI) e Sónia Pereira (CEiiA).

Colaboraram nesta edição: André Dias (CEiiA), João Caetano (INTELI)

e Luís Reis (INTELI).

Design: Mónica Sousa (CEiiA)

Coordenação: CEiiA/INTELI

intelligence: