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especial 1 ano • dezembro de 2010 FORÇA 1 ENTREVISTA Eduardo Martini conta para a revista um pouco de sua trajetória no teatro GASTRONOMIA Big Butcha da dicas para você acertar no espumante de final de ano ano I - nº 7 dezembro de 2010 especial 1 ano www.revistaforça.com.br Elas quebram tabus “EX-SEXO FRÁGIL”

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Revista Força de dezembro de 2010, versão web

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especial 1 ano • dezembro de 2010 • FORÇA • 1

ENTREVISTAEduardo Martini conta para a revista um pouco de sua trajetória no teatro

GASTRONOMIABig Butcha da dicas para

você acertar no espumante de final de ano

ano I - nº 7dezembro de 2010especial 1 ano

w w w.revistaforça.com.br

Elas quebram tabus“EX-SEXO FRÁGIL”

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Editorial

Luís José SartoriMaurício Borte

CONSELHO EDITORIAL

Luís José Sartori

EDITOR

Maurício Borte

DIRETOR ADMINISTRATIVO

Luís José Sartori

DIRETOR DE REDAÇÃO

Dr. Luiz Alberto LazinhoDr. Marco Antonio PizzolatoDr. Reinaldo César SpazianiDr. Luis Fernando Matsuo MaedaGabriela Alves Corrêa SartoriCovolan Indústria Textil LtdaOsmídio Antônio Buck de GodoyBruno BadanMarcos Antônio de OliveiraÂngela Carrascosa Storolli

COLABORADORES

Cristiani Azanha - MTB 31156

JORNALISTA

Thiago Sallati

DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Nilzamara Sartori de OliveiraVera Lucia Argente Prando

REVISORES

Michele Trevisan

REPORTAGENS

Força Contábil LtdaCnpj 09.414.196/0001-35

RESPONSÁVEL PELO PROJETO

www.revistaforça.com.brSugestões / Críticas / Elogios

[email protected]

Para assinar ligue:(19) 3026.6365

SITE OFICIAL

Apresentamos a sétima edição da Revista Força, e confesso que pensei muito no que poderia dizer neste espaço que me é concedido, pensei, pensei, pensei, e só me vem à cabeça uma fala: “Muito obrigado”. Quero agradecer de coração, acima de tudo a DEUS, a todos os colaboradores da revista, a todos os anun-ciantes, a todos os parceiros, enfim, muito obrigado.O nosso sonho virou realidade e se não fosse por tudo que citei, não teria acontecido. Estamos cada dia mais alinhados com nossas estratégias e temos a certeza que, além de levarmos informações de credibilidade a você, estamos contribuindo para o desenvolvimento intelectual de muitos. Quero então fazer alguns co-mentários:Quase acabando o ano e olha que ainda tem muita coisa a fazer. Se olharmos pelo lado profissional, po-demos dizer que, fazendo um check-up das nossas realizações, das nossas decisões, acertadas ou não, em nosso cotidiano de trabalho, já nos servirá em muito para novas tomadas de decisões no ano seguinte, inclu-sive, devemos esmiuçar os erros, para aprendermos e crescermos com eles, sem deixá-los virarem falhas, fato este que é ainda mais grave quando não se aprende com os erros, mesmo que sejam referencias, por terem acontecidos com os amigos, concorrentes, enfim, devemos repensar decisões que geraram resultados inesperados. Por outro lado, tudo que vem dando certo, o mais prudencial é manter o curso realizando me-lhorias e se tornando cada vez mais flexível a um eventual fator externo que possa vir ameaçar os planos. Não significa se tornar estático, pois isso levaria à ruína qualquer projeto, que não tenha um “plano B” que possa ser implantado quando se tem ameaças de fatores cíclicos, a exemplo de cenários econômicos vulneráveis, viabilidade comercial do produto ameaçada etc. Uma frase que trago sempre comigo quando me deparo em situações que demandem vários estudos, é a seguinte: “O sucesso de nossas estratégias está em nossas atitudes”. Essa é a maneira mais clara de se dizer que, tenha o mais maravilhoso projeto a ser implantado, sem pessoas com atitudes diferenciadas, não se realizará da maneira esperada, ou seja, haverá dificuldades na implantação, por isso, uma ótima estratégia somente será bem sucedida com profissionais que tenham atitude.Como diz Paulo Coelho, as atitudes diferentes nos dão resultados diferentes na vida, e isso, para o desenvol-vimento é primordial: “Atitudes iguais, resultados iguais. Atitudes diferentes, resultados diferentes”. O que se deve é ter o máximo de cuidado para prever as variáveis que novas atitudes possam trazer, analisando pontos fortes, fracos, ameaças, e principalmente as oportunidades que surgirão, e aí sim, saber aproveitá--las. Olhando pelo lado pessoal, sempre haverá tempo para nos redimirmos perante DEUS e as pessoas, que por vezes magoamos ou deixamos a desejar com o que se esperava de nós. Às vezes conflitos pessoais em qualquer tipo de relacionamento são difíceis de se resolverem sozinhos, e acho, que é aí o segredo da resolução, pois, se você apenas permitir que se resolva, DEUS cuida do restante, fazendo que as partes se encaixem quando menos se esperam, o que não se pode é subestimar o poder de DEUS sobre as coisas. Devemos entender que há sempre uma visão diferente em tudo, e com todas as pessoas, pois somos dife-rentes, sabendo disso cabe a nós respeitarmos divergências sobre o que somos e da forma como agimos em sociedade. Neste período de festas natalinas deixemos o Espírito Santo agir em nossos corações, em nossas vidas de maneira intensa para que de forma incondicional possamos compreender o nosso próximo e aceitá-lo como ele é, e que também você seja aceito da mesma maneira.Peça perdão, dê o perdão, aproxime-se de quem não está próximo, permita se aproximarem de você, faça diferente, ame para ser amado, apenas permita, que DEUS vai cuidar do restante.

Feliz natal e um ano novo de muito sucesso e paz!Luís José SartoriDiretor Editorial

Sérgio [email protected][email protected](19) 3026.6365 • Ramal 213

COMERCIAL

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44 A hegemonia vai continuar

87 • O jeans do alto verão

Moda

106 • Cardápio para celebrar114 • Vamos beber estrelas!

110 • O mundo é a melhor escola

Gastronomia

História de minha vida

100 • Feira das nações de Santa Bárbara 104 • Craque no apito

Social

116 • Ano novo, mente nova122 • 20 atividades cotidianas que ajudam a emagrecer129 • Tire suas dúvidas sobre queimaduras

Saúde

Índice Edição 6 | Ano 1

6 • Entrevista Eduardo Martini8 • Radar25 • Rápidas

Entrevista Eduardo Martini: Humor que fala a verdade6

Elas quebramos tabus

27

58 • Homologação da rescisão de contrato de trabalho por justa causa60 • Documento: guardar ou não?62• Multa administrativa retroa-tividade benigna lei 11.941/2009

Jurídico

52 • A nova tomada, fim da novela

Dicas de Construção

78 • A idade certa para ir à escola 79 • O que tem de bom pra ler?

64 • Luta contínua pela vida67 • O que você não conhece sobre Dilma Rousseff71 • Terra de Dona Margarida completa 192 anos74 • Recuperação dos laços familiares

Pedagogia

Espaços

80 • O ano em que o Twitter ultrapassou os 160 milhoes de usuários

Tecnologia

31 • Sonho de consumo mais próximo da realidade35 • Imã de dólores 36 • Sucroenergia

Economia

Capa

44 • A hegemonia vai continuar

12 • Um ano de força18 • Amigo secreto de cara nova

27 • Elas quebram os tabus

Esporte

Especial Natal

138 • Um pedido de socorro

Orações

Terra de Dona Margarida completa 192 anos71

O ano em que o twitter ultrapassou 160 milhoes de usuários 80

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Entrevista Eduardo Martini

HUMOR QUE FALA A VERDADE

6 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano

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Entrevista

No meu tra-

balho quando

o ego é valori-

zado, o trabal-

ho não existe!

Existem várias teorias so-bre a origem do teatro. Antropologistas no final do século XIX, dizem

que teria surgido a partir dos rituais; outra hipótese seria o surgimento a partir de danças, jogos, imitações. Segundo o site Terra, foi na Grécia que o teatro e o drama, como hoje os conhecemos no Ocidente, assumem a sua feição definitiva. Muitos regis-tros indicam que o teatro no Brasil surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. O teatro foi muito perseguido e cen-surado. No site “Oficina de Teatro” o dramaturgo e roteirista Paulo Sacal-dassy disse: “Houve um tempo em que o palco era o único lugar para dar vazão às idéias reprimidas e su-focadas pela censura. Estar no palco era ter a certeza de levar ao público, a voz calada e amordaçada pelo regi-me autoritário”. No dia 27 de março de 1985, Fer-nando Lira, Ministro da Justiça de-clarou: “A partir desta data declaro uma nova era entre Estados e inte-lectuais”. É sobre cultura e teatro que vamos falar com o Eduardo Martini que atuou também, numa época em que a censura fazia parte da rotina:Revisra Força:Já trabalhou na épo-ca da censura? Como você analisa a tentativa atual de calar o humor no Brasil? Eduardo Martini: Sim, fiz espetá-culo quando estreei em 78. Era terrí-vel. Hoje em dia acho ridículo, o governo fala em liberdade e democracia, mas morre de medo desse “espelho” que o teatro tem !!!

R.F.:Qual a importância do teatro para a sociedade?E. Martini: Acho que o teatro acaba sendo um espelho da sociedade. As minhas peças têm falado sobre rela-cionamento e isso tem dado grande repercussão.

R.F.:Como incentivar o público bra-sileiro a frequentar o teatro? E. Martini: Com boas peças e com boas produções. Temos que acabar com essas pecinhas terríveis que só querem grana de quem vai ver. Eu tenho certeza de que se a política cul-tural do Brasil fosse levada a sério, a gente estaria bem lá na frente.

R.F.:Qual livro está lendo?E. Martini: Agora estou lendo: “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”.

R.F.:A que você atribui o sucesso das suas peças? (Por exemplo “I love Neide”)

E. Martini: Não sei te dizer... Mas da minha parte é paixão e respeito! Pai-xão pelo que faço e respeito por quem vê.

R.F.:Acontece muito improviso du-rante as apresentações?E. Martini: Sim. Sou uma pessoa an-tenada em tudo que acontece e tenho que me segurar senão fico 3 horas no palco.

R.F.:Existe uma grande diferença entre ser famoso e ser ator?E. Martini: São duas coisas comple-tamente diferentes. No meu trabalho quando o ego é valorizado, o trabalho não existe!

R.F.:Como se sente sendo referência para os novos atores?E. Martini: Eu? Será? (risos). Minha consciência está tranqüila porque se alguém novo quiser se inspirar em mim... Estou fazendo o meu melhor.

R.F.:Como será seu trabalho na peça “O Filho da Mãe”, de Regiana An-tonini.?E. Martini: Estou apaixonado. O tex-to da Regiana é um primor e eu estou focado total na montagem dessa comé-dia. Farei o papel da Valentina mãe do Fernando, uma mulher completamente diferente da Neide. Além de produzir e dirigir, muito trabalho... Mas estou ADORANDO!

Mais informações sobre o ator Edu-ardo Martini você encontra no site: http://www.eduardomartini.com.br

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Radar

Segundo pesquisa do IBGE divulgada este mês, mais de 10 milhões de brasi-leiros passaram fome no ano de 2009.

O Senado brasileiro ignorou ordem ju-dicial sobre exoneração de parentes e recontrata sete que foram demitidos e ainda desafia a súmula STF.

A entidade fechou uma parceria com a Interpol para aumentar a segurança das cidades que abrigarão eventos da copa do mundo de 2014. Os agentes de-verão atuar meses antes e meses depois do evento.

A justiça trabalhista leiloou a fazenda do empresário Canhedo (Vasp) e quitou um terço da dívida traba-lhista da companhia.

Fiat faz joint venture com Chrysler na Itália e a operação movimenta 2,3 bilhões de reais. O Brasil se beneficiará desta operação, pois reduzirá o cus-to mundial da montadora, que inclui o Brasil, mas o aumento na fatia de mercado está voltado para o consumidor italiano.

No mês de novembro passado, os brasileiros deram mais uma lição de solidariedade e consciência no dia nacional de combate ao câncer. Profissionais da área de saúde foram os grandes exemplos, emba-lados pela SBD – Sociedade Brasileira de Derma-tologia, que organizou a 11ª Campanha Contra o Câncer de Pele.

“É GUERRA” NO RIO

PASSAR FOME NO BRASIL?

NO JAPÃO NÃO

ACONTECERIA ISSO!

FIFA

JUSTIÇA TARDA MAIS NÃO FALHA

PEIXE GRANDE SOLIDARIEDADE

A imagem do Estado do Rio de Janeiro após os confrontos de traficantes com a segurança estadual, ficou, e muito arranhada perante o mundo. Isso causará milhões de perdas ao turismo carioca.

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Radar

O cantor Belo é barrado em lançamento de revista Maxim em SP, de acor-do com o jornal Agora. Segundo informações, ele não estava com o nome na listam e não deveria insistir.

Luma de Oliveira compra Iate parti-cular, para não ser mais incomodada em seus diários banhos de mar. É mesmo de bom gosto é moça.

Príncipe William e Kate Middleton é o casal mais falado do mundo. A Kate já ganhou até uma biogra-fia: Kate: a construção de uma princesa. Por Cláudia Joseph. Será lançado no Brasil no início de 2011 e a procura já é grande.

MORAL BAIXO!

QUATRO MILHÕES DE REAIS

SERÁ FENÔMENO DE VENDAS?

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Especial > Natal

Realmente 2010 foi um ano de Força. A economia do Brasil cresceu e superou a de países europeus, como a da Espanha. Os jovens ganharam mais espaço no mercado de trabalho. O desenvolvimento contínuo da

RMC (Região Metropolitana de Campinas) foi confirmado. O país mostrou sua visão futurista com o início das obras do

TAV (Trem de Alta Velocidade). Assuntos polêmicos como aborto e anabolizantes foram discutidos como nunca tinham sido antes. O vôlei brasileiro mostrou

sua força com a conquista do nono campeonato na Liga Mundial. A saúde do homem deixou de ser tratada

como tabu. O Brasil antecipou para o mundo da moda as tendências do outono-inverno 2011. A tecnologia conectou

milhões de pessoas através do Twitter. E a maioria dos brasilei-ros escolheu o comando de uma mulher na presidência da repú-blica, pelos próximos quatro anos.

De fato este ano foi marcado pela quebra de muitos recordes e tabus e por projetos audaciosos. Dentre as propostas ino-

vadoras e audaciosas, a região de Campinas conheceu e abraçou o projeto da Revista Força. Inovadora na sua

proposta gráfica e jornalística e audaciosa quando não se limitou a trabalhar com 13 editorias, a

revista se tornou um canal de comunicação direto com as diversas classes sociais e com

os mais diversificados segmentos da socie-dade. As reportagens nas áreas de economia,

esportes, dicas de construção, jurídico, pedagogia, tecnologia, moda, gastronomia e saúde; as orações,

histórias de entidades e de personalidades da região fize-ram dela leitura obrigatória para todos os públicos a qualquer

hora do dia. Todos os fatos marcantes que repercutiram durante este ano estive-

2010: UM ANO DE FORÇA

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especial 1 ano • dezembro de 2010 • FORÇA • 13

Especial > Natal

VOCÊVIU NAREVISTA

ram em pauta na Revista Força. Com visão diferenciada e reportagens atemporais, o departamento de jornalismo Força retratou as notícias com foco diferente dos demais veículos de comunicação. Além de ter tra-balhado com conteúdo exclusivo e repor-tagens voltadas para a realidade da região. O quadro de colunistas, especialistas nas mais diversas áreas, trouxe para a revista opiniões, análises e pontos de vistas escla-recedores. O design gráfico e editoração também agradaram, servindo – inclusive – de referência para outros projetos. Nesta edição de dezembro, a Força completa um ano de vida com a certeza de que está cada vez mais forte e comprometida com a in-formação de interesse público. A evolução da revista e a importância que ela ganhou na região ficam evidentes

1ª edição: Santa Bárbara d’Oeste: Uma metrópole em desenvolvimento: A primeira edição da revista detalhou o desenvolvimento de Santa Bárbara d’Oeste como matéria de capa.Entrevista: Estatística da evolução de Santa Bárbara d’Oeste: Na entre-vista da edição, Luis José Sartori, falou da evolução estatística da cidade ao longo de sua história.Pedagogia: Quando um aluno deve receber ajuda pedagógica? Direcio-nada as famílias que têm filhos com dificuldades na escola, educadores orientaram aos pais como observar as dificuldades na aprendizagem.

2ª Edição: TAV é promessa de facili-dade no transporte: A capa da segun-da edição trouxe conteúdo exclusivo sobre o Trem de Alta Velocidade que vai cortar as principais cidades do Es-tado.Economia: RMC entre as regiões mais ricas do Estado: A reportagem apresentou o panorama da Região Me-tropolitana de Campinas e das cidades que mais crescem no bloco .Jurídico: As mudanças do Código Penal: O artigo do advogado Reinaldo César Spaziani, veio a calhar no mo-mento de dúvidas da população.

em números. Na primeira edição, lançada em dezembro de 2009, dois mil exemplares foram distribuídos em Santa Bárbara d’Oeste. A revis-ta agradou tanto, que na edição seguinte teve sua circulação expandida para mais três cidades, chegando também em Americana, Nova Odessa e Sumaré. A partir da terceira edição, em abril deste ano, a Revista Força passou a circular em mais quatro cidades: Hortolândia, Monte Mor, Va-linhos e Vinhedo; tendo que expandir sua tiragem para cinco mil exem-plares. Na quarta edição, Indaiatuba, Jaguariúna e Paulínia também ganharam “força”. Na quinta edição, atingiu alto nível em conteúdo e diagramação e entrou na cidade de Campinas. De lá para cá, a circulação acontece em 12 cidades da região com a tiragem de 10 mil exemplares. Patamar que nenhuma revista de distribuição gratuita da região atingiu até hoje. Por todos esses motivos, 2010 foi um ano de Força. Para marcar o primei-ro ano de existência da Revista Força, compilamos em nossas edições entrevistas e reportagens exclusivas que você só viu aqui. Em 2011, você continua convidado a desfrutar de uma leitura agradável e fazer parte, novamente, do nosso sucesso.

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6ª edição: Anabolizantes: O que os pais precisam saber: Epidemia nas academias, a reportagem de capa da edição de outubro trouxe relatos sur-preendentes de jovens que usaram es-teróides anabolizantes. Especialistas alertaram sobre os danos à saúde e os riscos de morte.Economia: Os sete pecados capitais

do endividamento: Em época de final de ano, as contas já viraram uma bola de neve. Por isso, a Revista Força traçou junto com o economista e educador financeiro, Reinaldo Domingos, os erros mais cometidos pelos endividados.Esportes: Estádios da Copa de 2014 ainda estão no pa-pel: Depois da Copa do Mundo da África do Sul, as aten-ções se voltaram para o Brasil, próxima sede do mundial. A editoria de esportes fez um levantamento do cronograma das obras pelo país.Histórias de Minha Vida: Político como não se tem hoje: Em Santa Bárbara d’Oeste vive Juvenal Pezolato, eleito um dos dez melhores prefeitos do Estado de São Paulo na dé-cada de 50. Em entrevista, a personalidade analisa e critica a política atual.

5ª edição: O perfil de quem aborta: O assunto em pauta na 5ª edição findou o estereótipo de que o aborto acontece em famílias desestruturadas, de baixa renda e com adolescentes. A reporta-gem trouxe opiniões polêmicas e im-pactantes e apresentou a realidade da prática.Espaços: Campinas: Os 236 anos de

quem não para de crescer: Campinas ganhou destaque na 5ª edição, com uma reportagem especial sobre sua história, pontos turísticos, desenvolvimento, economia e perspectivas.Tecnologia: Carros terão painéis reconfiguráveis em até três anos: Para os apaixonados por carros, a editoria de tec-nologia apresentou a novidade que vai chegar ao Brasil em 2013. Motoristas poderão escolher o que ver no painel e con-figurá-lo quando quiser.Moda: Brasil antecipa para o mundo tendências do outo-no/inverno 2011: A Revista Força esteve na maior feira de moda do país, a Prèmiere Vision, e trouxe uma reportagem especial sobre as tendência da estação mais charmosa do ano. Destaque para a coleção da Glow Tecidos, apresentada com exclusividade pela revista.

3º edição: Descubra como se prepa-rar para o Mercado de Trabalho: Um dos grandes desafios da juventude, a reportagem de capa da edição de abril trouxe dicas de como estar bem prepa-rado e seguro para as oportunidades do mercado.Saúde: Prevenções contra dengue: Em meio à epidemia enfrentada pela região, a reportagem trouxe um guia de como se prevenir, diagnosticar e se tratar do vírus.Dicas de construção: Saiba qual telha escolher para o seu telhado: Uma das maiores dúvidas de quem vai construir, o colunista Bruno Badan apresentou as tendências do mercado e as telhas cer-tas para cada tipo de construção.

4º edição: Copa do Mundo: O espetáculo do maior torneio do mundo: A capa do mês de junho não poderia ser mais própria do que retratar a Copa do Mundo da África do Sul. A história, os craques, as conquistas, a tabela e as novidades do mundial foram pauta da edição.Economia: Os 50 anos da Feira

da Mecânica: A Revista Força cobriu o momento histó-rico para o setor industrial brasileiro: o cinqüentenário da Feira Internacional da Mecânica. A reportagem apresen-tou estatísticas e a força da feira mesmo nos anos de crise.Esportes: As feras da Copa da África do Sul: A editoria de esporte não foi reservada somente para falar do maior espetáculo do mundo dos esportes. Uma repor-tagem especial sobre o revelação do Corinthians, Bruno César, retratou a origem humilde do garoto de Santa Bárbara d’Oeste até o estrelado no time alvinegro.Gastronomia: Os sabores da Copa: O “chef” Buck pre-parou uma reportagens com receitas especiais dos pais participantes da Copa da África do Sul.

Especial > Natal

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Especial 1 ano

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AMIGO SECRETO DE CARA NOVA

O Natal está chegando e muitas famílias, escolas e empresas se apressam para organizar o tradicional amigo secreto (ou oculto). Mais do que um motivo para ganhar e dar presentes, a brincadeira é um momento de in-tegração e diversão com amigos e familiares. Acredita-se que o amigo secreto tenha pelo menos oito décadas de vida. A brincadeira se popularizou no ano de 1929, em plena depressão. Como os povos pagãos não tinham

dinheiro para comprar presentes para todos, se fazia a brincadeira para que todos pudessem sair com presentes.

Especial > Natal

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Mas de lá para cá, muita coisa mudou. O tipo mais comum de amigo-secreto ainda é aquele em que os participantes escrevem o seu nome em um papelzinho, sorteiam e guardam se-gredo até o dia da revelação. Para escolher o presente, vale combinar antes o valor ou o tipo de objeto a ser trocado: pode ser só de choco-late, de livro, CD, de R$ 1,99 e por aí vai... Mas, muitas famílias têm inovado e deixado de lado a maneira convencional. Caminho seguindo também por escolas e empresas. As variações deram uma cara nova à tradicional brincadeira e prometem ser ainda mais diver-tidas. Para isso, preparamos algumas dicas de como fazer um amigo secreto de outras formas. Aproveite as dicas e reúna sua família na noi-te de Natal.

“Roubar” o presente: cada pessoa compra uma lembrancinha unissex (podem ser coisas para a casa, objetos de decoração, chocolate, entre outros). Na hora da revelação, cada um sorteia um papelzinho numerado, de acordo com a quantidade de participantes. Então, o que tirou o número 1 começa a brincadeira. Ele escolhe um dos presentes disponíveis, que estão embrulhados e à vista de todos em uma mesa (ou uma cesta). Mesmo se não tiver gos-tado do que tirou, ele precisa ficar com o obje-to. Então, o segundo escolhe o presente - que pode ser um dos que está fechado ou aquele tirado pelo número 1. Os participantes vão na seqüência, sempre obedecendo à ordem e à re-gra - quem quiser, pode escolher o presente de outro participante (que é obrigado a entregar o objeto). O mais engraçado da brincadeira é quando há um presente muito disputado, que passa de mão em mão. Seus filhos também podem par-ticipar, mas vale explicar que, provavelmente, o presente escolhido poderá ser “roubado” no decorrer do amigo-secreto... Não se esqueça de caprichar no embrulho e “disfarçar” bem o objeto (é mais divertido ver a cara de surpresa das pessoas);

Só de cartão: outra sugestão é combinar apenas a troca de cartões de Natal. Nessa hora, vale usar a criatividade. Em vez de comprar um cartão já pronto, você pode escolher papéis diferentes, dese-nhar e pintar com canetas coloridas, lápis de cor, guache (ou o que mais quiser). Não deixe de chamar seu filho para ajudá-lo nessa tarefa. Ele vai adorar customizar o próprio cartão;

Produtos “verdes”: quer ser ecológico? Uma dica é aproveitar para trocar presentes ecologicamente corretos, como roupas feitas de fibras naturais, brinquedos feitos de sucata, produtos de beleza mais naturais. Você pode, também, produzir o que será presentea-do (com materiais reaproveitados);

Amigo da “onça”: o sorteio é realizado como no amigo secreto convencional. Mas, nesse caso, em vez de dar algo que a pessoa realmente quer, você escolhe um presente que não tem nada a ver com ela. Que tal dar um CD de pagode para aquele seu amigo que adora rock n roll? O que vale é o bom humor na hora de presentear. E para a brincadeira ficar divertida e ninguém sair chateado, o mais indicado é fazer esse tipo de amigo-secreto entre pessoas que têm bastante intimidade;

Pseudônimo: cada um dos participantes escolhe um pseudônimo e escreve em um papelzinho. Então, cada um tira um, como no con-vencional. O divertido é ter de pensar em um presente para alguém que você apenas imagina ser.

Especial > Natal

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20 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano

GUIA DO PRESENTE IDEAL

> PRESENTES PARA A MAMÃE

Se a sua família, empresa ou escola optou pela maneira convencional do amigo-secreto, é hora de começar a pensar no presente. Na tarefa nada fácil, dependendo de quem sorteamos. Mas, para facilitar na hora da escolha, a Revista Força preparou um guia especial em lojas da região. Com dicas e sugestões de presentes para cada perfil. Confira:

Batom Intenso FPS 15 NaturaVárias cores R$ 32,50

Bolsa Ana HickmannLe Postiche R$ 49,99

Camisetão Sonhart Pijamas Bege R$ 69,90

Sandália Rasteirinha BrasileñasPassarela Calçados R$ 89,99

Sabonete Cremoso para as Mãos Sabonete Cremoso para as Mãos R$28,40

Especial > Natal

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especial 1 ano • dezembro de 2010 • FORÇA • 21

> PRESENTES PARA O PAPAI

> PRESENTES IRMÃO OU IRMÃ NERD

Seu irmão é daqueles que passa o dia inteiro na frente do computador? Sua irmã é daquelas que vivem com uma pilha de livros na cabeceira da cabeça? Que tal pensar em novidades tecnológicas e livros?

Pasta em couro para Notebook Le Postiche, Cores, R$ 139,99

Estojo para PSP Clone Starhouse Megastore R$ 13,52

Kit Wii Sport Clone Starhouse Megastore R$ 50,05

MP5 MixlaserCasas Bahia R$ 129

Cinto em couro FasoloLe Postiche R$ 29,99

Camisa manga curta Sérgio KC&A R$ 39,99

Desodorante Colônia NaturaLinha Homem Íon R$ 88,90

Especial > Natal

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22 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano22 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano

Audiolivro Comer, Rezar e AmarLivraria Cultura R$ 29,90

Cachorro dançarino Bisteka Luck Brinquedos R$ 59,90

Kit Massa de Modelar Luck Brinquedos R$ 25,90

Toca Infantil 2 em 1 Lojas Ameircanas R$ 99,90

Caderneta de anotações qua-driculadaVermelho, Lojas Americanas, R$ 24,90 Livro: 100 empregos idiotas e

como conseguí-los Livraria Cultura, Shopping Igua-temi, R$ 35,90

> PRESENTES PARA AS CRIANÇAS

As crianças esperam o ano todo pelo Natal. Desta vez, você e o Papai Noel são concorrentes. Para não despontá-los preparamos dicas especiais para os pequenos.

Especial > Natal

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especial 1 ano • dezembro de 2010 • FORÇA • 23

Boné Olympicus Marisa R$ 15,99

Colônia Kaiak Masculino Natura R$ 75,50

Livro: 200 receitas fáceis de fazer Livraria Saraiva R$ 19,90

Sandália LeveflexPassarela R$ 59,99

Apontador de ferro Loja Home.com R$ 9,90

Barbeador Philips Casas Bahia R$ 149 Maleta de ferramentas Tramontina

100 peças R$ 153,59

Xícara de café com pires Folha Etna R$ 11,90

Cinto feminimo trançado Marisa, várias cores, R$ 25,99

Havaianas Flash Urban Fresh Rosa R$ 25,90

> PRESENTES PARA SEU MELHOR AMIGO

> PRESENTES PARA A VOVÓ E O VOVÔ

Você não poderia ter sorteado pessoal melhor. Afinal, melhor amigo sempre está presente nos momentos mais impor-tantes. Então, aproveite a sua consideração por ele e capriche no presente.

Eles te paparicaram muito quando você era pequeno. Sempre costuma dar seus presentes em dinheiro. Mas, não faça o mesmo.Essa é a hora de retribuir Preparamos uma seleção de presentes para agradar os vovôs e vovós.

Especial > Natal

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24 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano24 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano

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Especial > Natal

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Rápidas

Tenho que cuidar para não fazer oposição a DilmaPRESIDENTE LULA, em entrevista a rádios comuni-tárias

FRANK WILLIAMS, contou ao portal ESPN F1.

JULIANA DIDONE, atriz, diz porque se mudou para Nova York.

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O mundo é muito grande para você resumi-lo em Baixo Gávea e cineminha.

Não sou um bom fã de Fernando. Ele costumeiramente parece mal-humora-do, não reconhece as pessoas e é pou-co comunicativo. É um piloto brilhante, mas não vejo alegria perto dele

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Eu consegui ser vaiado pelas duas torcidas ao mesmo tempoWASHINGTON atacante do Fluminense comenta o gol perdido na partida contra o São Paulo no jogo válido pelo brasileirão 2010

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Quando se vive sozinha, você pode fazer coisas incríveisTAYLOR SWIFT, cantora, fala no programa de Chelsea Lately porque gosta de ficar solteira.

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ELAS QUEBRAM OS TABUSMulheres ditam o ritmo da transformação social do país

Se compararmos a posição que as mulheres ocu-pam na sociedade contemporânea com a que ocupavam há dois séculos, nem os pensadores mais otimistas atribuiriam tanto poder. A mo-

dernidade já apresenta uma relevante predominância do mundo feminino sobre o mundo masculino. Basta fazer uma breve reflexão sobre o caminho que as mulheres per-correram até aqui. No século IX, cabiam ao sexo femi-nino basicamente as atribuições de afazeres domésticos, trabalhos na lavoura e maternidade. Não era reconhecido o direito ao trabalho e muito menos ao salário - que quan-do pago, era muito inferior ao salário dos homens. Hoje, as mulheres se dedicam cada vez menos à maternidade e aos afazeres domésticos e se destacam em posições até então masculinizadas. No mercado de trabalho, muitas delas são chefes e dão ordens para muitos homens. Ou-tras, por opção própria exercem funções tradicionalmen-te masculinas. É cada vez mais comum vermos mulheres quebrando tabus. Ano a ano as pesquisas confirmam essa evolução. Tanto que pelos próximos quatro anos o cargo de presidente da República estará sob o comando de uma mulher. Mas, mui-ta gente já apostava na importância do papel feminino na sociedade. Há pelo menos 200 anos, alguns pensadores co-gitavam a idéia de que no futuro, teríamos uma sociedade governada pelas mulheres, que desbancaria a sociedade da época, governada por homens, na qual as mulheres tinham pouco ou nenhum valor. Eles estavam certos! Pelo menos o modelo de família chefiado por mulheres já existe no Bra-sil. E cresce em ritmo acelerado. Entre 2001 e 2009, - por exemplo - o percentual de famílias brasileiras chefiadas por

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Capa mulheres subiu de aproximadamente 27% para 35%. Em termos absolutos, são quase 22 milhões de famílias que identificam como principal responsá-vel alguém do sexo feminino, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica), no início de novembro. Contingente esse composto por mulhe-res solteiras, separadas ou viúvas que têm filhos, solteiras sem filhos, mo-rando sozinhas, entre outras situações. Mas um perfil chama a atenção: o de mulheres casadas chefiando a família mesmo tendo um marido ou compa-nheiro em casa, com ou sem filhos. Em 2009, 14,2% dos casais com ou sem fi-lhos eram chefiados por mulheres. As hipóteses que explicam o porquê de muitas mulheres se responsabilizarem pela família não deixam dúvidas sobre as conquistas da classe. São três possi-bilidades: ou porque ganham mais que o homem, ou porque possuem mais es-colaridade ou porque têm uma situação de trabalho mais estável. Uma inversão de poder na hierarquia familiar que de-safia muito machista de plantão e que comprova a ideia de que as mulheres têm ditado o ritmo das transformações culturais do país. Segundo a socióloga Maria Tereza Bráz de Andrade, a quebra do estigma de que somente os homens têm compe-tência para chefiar as famílias pode ter sido um dos mais difíceis. “Sempre se viu uma sociedade tendo o homem na ponta da hierarquia. Há décadas atrás o conservadorismo dificilmente dava es-paço para que mulheres sustentassem a família. Primeiro porque não se tinha condições favoráveis às mulheres no mercado de trabalho e depois porque uma mulher solteira e com filho era re-criminada. A escolha de uma mulher (Dilma Rousseff) para a presidência já é um sinal de que as mulheres já es-tão sendo vistas com outros olhos. Que

têm a mesma capacidade que os ho-mens”, explica. A mulher contemporânea não assumiu somente a responsabilidade de con-duzir uma família, também assumiu papeis que em nada condizem com a relação de mu-lher e materni-dade das déca-das passadas. A prioridade para o mercado de trabalho ou para si mesma adia os planos de ser mãe. Tanto é verdade que a mesma pesquisa IBGE apontou que os divórcios sem filhos estão cada vez mais comuns. Em 1999, eles res-pondiam por 25,6% do total. Hoje, são 37,9%. Nas próximas décadas veremos uma grande quantidade de filhos com pais idosos. Aos poucos, o Brasil vai deixando de ser um país jovem e dos jovens. Uma transformação decorrente da cultura que elas assumiram. Hoje, pode-se optar por trabalhar ou ser mãe, casar-se ou apenas morar juntos, cuidar da casa ou trabalhar fora. Em muitos

casos, chega a soar estranho o perfil de mulher que no auge de seus 25 anos já está casada e com filhos. Mas não é só isso. A tendência é a de que os filhos vão ter de aprender a conviver com mães que, na faixa dos 60 anos, vão ter

novos namora-dos. “Realmente a sociedade está mudada. A cultura que se tem hoje é da mulher que tra-balha, cuida da casa, do mari-do e da família.

As filhas de mães que deixaram o em-prego para cuidar da casa e do marido crescem não querendo acompanhar os passos da mãe. Porque elas estão viven-do numa época em que a prioridade é o trabalho, é aproveitar as oportunida-des da vida. Hoje, não há pressão para seguir a linha prendada, de que toda mulher precisava bordar, costurar para agradar ao marido. A sociedade exige mulheres fortes e despreocupadas com os preconceitos”, analisa a socióloga. Os estigmas desmistificados não param

Mulheres chefes de

família já são 35% no país ”

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Capa

por aí. Tem mais! Já que muitas mulhe-res são chefes de família, porque não se casarem com homens mais novos? O que antes podia parecer insulto aos va-lores morais, hoje é comum. Segundo o IBGE, os casamentos em que homens são mais velhos do que as mulheres ainda compõem a ampla maioria. Po-rém, na comparação entre os anos de 1999 e 2009 existe um aumento sig-nificativo de mulheres que se casam com homens mais jovens. No final do milênio, em 19,3% dos casamentos as mulheres eram mais velhas do que os companheiros. No ano passado, esse número chegou a 23%. Os dados não priorizam uma determinada região. O casamento entre homens mais novos e mulheres mais velhas acontece com a mesma intensidade em todo o Brasil. É um retrato de um país que aos poucos vai superando alguns tabus.Assim como exemplos de mulheres anônimas que enfrentaram o precon-ceito e quebraram tabus não faltam, a mídia também cultua mulheres trans-gressoras. Enganam-se os que pensam que as quebras de tabu se limitam ao mercado de trabalho, aos direitos civis, ao poder de chefiar uma família. Antes

mesmo disso tudo se concretizar, muitas mulheres desafiaram a sociedade machis-ta e quebraram tabus com ousadia e cora-gem. A cantora May-sa é exemplo disso. Ao s 18 anos, desafiou todos os valores que permeavam a década de 60 e levou uma vida bastante ousada para a época. Casou--se com o empresário Jaime Matarazzo – 22 anos mais velho - e se separou porque o en-tão marido não apoia-

va sua carreira de cantora. Envolveu-se com o alcoolismo e se viu cercada por uma série de polêmica. A vida desre-grada da cantora e intérprete da MPB chamou a atenção do país. Morreu em 1977, aos 40 anos, em um trágico aci-dente de carro. Dirigia em alta velo-cidade numa conhecida via do Rio de Janeiro. Os exemplos mais recentes podem ser apontados para a atriz Suzana Vieira e para a apresentadora Ana Maria Bra-ga. Ambas têm companheiros décadas mais jovens. E não se incomodam por isso. Elas são apenas os casos mais co-nhecidos de um fenômeno que se espa-lha pelo País. A diferença entre a vida ousada de Maysa e a vida ao lado de companheiros mais jovens que Suza-na Vieira e Ana Maria Braga têm é a percepção de mundo que se tem hoje. A opção de um jovem namorar uma mulher mais velha já não se trata de ousadia. Já não surpreende e assusta os mais conservadores. Assim como já não é novidade para nenhum homem chegar numa empresa e ter como che-fe uma mulher. “As pessoas estão mais tolerantes. As mulheres de hoje podem

escolher. Já não são moldadas pelo conservadorismo. Pela tradição. Sim, os valores continuam, mas a sociedade está começando a ser menos preconcei-tuosa. Mas, muita coisa ainda precisa ser conquistada”, conclui a socióloga Maria Tereza Bráz de Andrade.

Os direitos femininos.Foram muitas lutas até que as mulheres tivessem seus direi-tos reconhecidos. Abaixo os 12 direitos conquistados por elas de acordo com a ONU (Organi-zação das Nações Unidas) são:

1.Direito à vida2. Direito à liberdade e a segu-rança pessoal3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de dis-criminação4. Direito à liberdade de pen-samento5. Direito à informação e a edu-cação6. Direito à privacidade7. Direito à saúde e a proteção desta8. Direito a construir relaciona-mento conjugal e a planejar sua família9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los10. Direito aos benefícios do progresso científico11. Direito à liberdade de re-união e participação política12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato

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Ousadia e coragem: Na década de 60, a cantora e intérprete da MPB, Maysa caminhava na contramão dos valores da época. Tinha uma vida polêmica e desregrada. Morreu aos 40 anos num trágico acidente de carro

A mulher que é chefe de mui-tos homens: A presidência de uma das maiores redes de lojas especializadas em eletrodomés-ticos, móveis e eletroeletrônicos do país é de uma mulher. Luiza Helena Trajano é responsável pelo grande salto do grupo que tem hoje 455 lojas.

Idade não é problema: Aos 67 anos, a atriz Suzana Vieira ga-rante que reencontrou a felici-dade ao lado de Sandro Pedro-so (25), 47 anos mais jovem do que ela. O casal está junto desde março de 2009.

Exemplo de casamento quando o ho-mem é mais jovem: A apresentadora Ana Maria Braga (61) e o empresário Marcelo Frisoni (38) voltaram a circular juntos deixando para trás os desencontros da união de três anos e três meses. A dife-rença de idade entre o casal é de 23 anos.

O poder nas mãos de uma mulher: Com 56% dos votos, Dilma Rousseff (PT) venceu as eleições de 2010. Pelos próximos quatro anos o Brasil terá uma mulher no mais alto cargo da República.

Quem disse que futebol é esporte só de homens? Marta encantou o mundo com seu futebol. Modalidade feminina do esporte mais querido do Brasil tem ganhado espaço por aqui, graças ao futebol vistoso da brasi-leira – eleita melhor do mundo nos últimos quatro anos.

ELAS QUEBRAM TABUS

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Economia

SONHO DE CONSUMO MAIS PRÓXIMO DA REALIDADEMercado náutico reafirma potencial e cresce mais do que o PIB; classe média já tem poder de compra

A maré nunca este-ve tão boa para a classe média se aventurar em alto

mar. Já pensou passar um fi-nal de semana navegando a bordo de um barco ou de uma lancha? Não é utopia. Agora, e se essa embarcação for sua? O sonho de consumo de milhões de brasileiros de classe média está mais próximo da realida-de. Nunca foi tão fácil entrar para o mercado náutico. De iates sintuosos, de milhões de dólares, a barcos e lanchas com preços de carro popular. Defi-nitivamente, um novo público tem usufruido das facilidades do mercado. A 13ª edição do São Paulo Boat Show, que aconteceu de 14 a 19

de outubro, em São Paulo, reafirmou esse poder de crescimento. O evento gerou R$ 208 milhões em negócios, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Nú-mero que superou as expectativas dos organizadores, que previam alta de até 10%. “O setor náutico está no melhor momento das três últimas décadas, com o aqueci-mento da moeda e a economia brasileira. Os resultados em negócios só confirmam esse quadro” explica Ernani Paciornik, presidente e idealizador do SPBS.Cerca de 30% dos negócios fechados pertencem à classe média, com barcos e lan-chas que vão de R$ 30 mil a R$ 100 mil. O que explica a boa fase? A facilidade de acesso ao crédito, a queda nos imposto e a desvalorização do dólar têm tornado possível que cada vez mais pessoas pensem em comprar um barco. Uma lancha para oito pessoas, por exemplo, custa o preço de um carro popular: menos de R$ 30 mil. E qualquer barco pode ser financiado em até 60 meses.

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Economia

Opções não faltam. Conforme dimi-nuem as medidas dos barcos e os itens de luxo, mais fácil fica encaixar as prestações no bolso. Uma das opções mais baratas no mercado brasileiro é a Mr. Nineteen, da Bmyd Boats, que na versão básica, sem tantos acessórios de conforto, como ducha de água doce

ou frigobar, sai por R$ 23,5 mil. Esse segmento de lanchas menores, leves e acessíveis cresceu muito. O valor mí-nimo de manutenção mensal também pode ser comparado com a de um car-ro popular, entre limpeza e aluguel de estaleiro, é de cerca de R$ 300. A lancha Pioneer 17, atraiu o público

da São Paulo Boat Show para o esta-leiro da Smart Pier, de São Paulo (SP). O modelo - que tem casco de proa aberta e 17 pés de comprimento, é ultrarresistente, até mesmo contra pe-dras – custa R$ 48 mil e é a primeira lancha de lazer nacional feita de plás-tico. Durante o evento, 60 unidades

do modelo foram vendidas para bra-sileiros e estrangeiros. “Podemos pre-ver que esse movimento continuará em razão da boa imagem econômica do Brasil na comunidade internacio-nal”, acredita Paciornik.Com barcos mais robustos, o nave-gante de fim de semana consegue ir

um pouco mais longe da orla e pas-sar a noite na água. A partir de R$ 50 mil, lanchas maiores, de 22 pés, oferecem cabines que acomodam de

duas a quatro pessoas, ducha de água doce, acabamento em madeira e outros mimos que variam de acordo com o fabricante, como os suportes

para esqui ou espaço para aco-modar equipamentos de pesca.

Quem está disposto a encarar brin-cadeiras mais sérias, pode se aventu-rar em um hidroavião, como o Sea-Max, que sai por R$ 189 mil e chega a 180 quilômetros por hora. Nele, um percurso entre Campinas e Angra dos Reis dura uma hora e meia.

Para quem dispoem de milhões, téc-nologia, sofisticação e conforto não faltam. O iate 430 Full, com 43 pés (13,33 metros), um modelo com pe-gada esportiva e acabamento interno que lembra um loft, é topo de linha. Outro fator indispensável nos barcos

de luxo é a tecnologia. No 430 Full, por exemplo, os comandos estão cen-tralizados em painéis digitais. Wi-fi, telas de LCD e mobiliário inteligen-te, como a mesa de jantar que vira de centro com um toque no visor ou no controle remoto, também são presen-ça constante. O preço? O barco pode

Mr. Nineteen: Modelo mais barato do mercado, custa R$ 23 mil. Não possui acessórios de conforto, como ducha de água doce ou frigoba, mas é um dos modelos mais adiquiridos pela classe média.

Pioneer 17: Grande vedete do Show Paulo Boat Show, a lancha tem casco de proa aberta e 17 pés de comprimento, é ultrarresistente, até mesmo contra pedras. Custa R$ 48 mil e é a primeira lancha de lazer nacional feita de plástico.

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chegar a custar até R$ 3 milhões.Diante a desvalorização das moedas estrangeiras frente ao Real e da crise mundial, o Brasil passou a ser visto como uma grande oportunidade de negócios, principal-mente, para empresas da Europa e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira dos Construtores de Barco (Acobar), a projeção de exportação de barcos pode chegar a US$ 50 milhões este ano, quatro vezes mais do que em 2009, enquanto a expectativa para importações deve bater a casa dos US$ 90 milhões em 2010, cerca de 15% a mais do que no ano passado.

DE VENTO EM POPAPor ter condições climáticas favoráveis e apresentar uma grande extensão de costa navegável (são mais de 45.000 km de águas navegáveis de rios e represas e 8.500 km de costa), o Brasil é um dos países com maior l de cresci-mento do mercado náutico. “Nosso mercado tem

grande potencial para chegar perto do padrão do primeiro mundo. Com o Real forte, o segmento náutico brasileiro deverá crescer em todas as faixas. Prova disso é o aumento da procura por lanchas acima de 60 pés”, afirma Ernani Pa-

ciornik. São mais de 150 estaleiros em atividade no Brasil, que produziram 4,2 mil barcos somente em 2009, dos quais cerca de 85% têm até 32 pés de tamanho. Somente no Brasil, a produção de barcos passou de 3,5 mil, em 2006, para 4,2 mil barcos em 2009. O mercado náutico de lazer e de esporte envolve, no país, 151 estaleiros. Por aqui, são vendidos mais de 14 mil barcos a cada ano, isso quando

Seamax: Para quem quer estar na água e no ar, este hidroavião é capaz de fazer o trajeto Campi-nas/Ilhablea em 63 minutos e Campinas/Angra dos Reis em 91 minutos. O modelo custa R$ 189 mil e comporta duas pessoas.

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Economia

o mercado não está muito aquecido. Embora as praias paulistas estejam mais distantes do que as do Rio de Ja-neiro ou de Santa Catarina, por exem-plo, São Paulo concentra 60% desse mercado.Temos uma relação de 1 barco para cada 300 habitantes, enquanto na Eu-ropa a média de 1 para 60. Atualmen-

te, a frota brasileira é composta por 660 mil barcos de esporte e recreio, incluindo os produzidos em alumínio, infláveis, pequenos veleiros e caia-ques. Apenas no ano passado, o mer-cado de embarcações novas e usadas movimentou US$ 510 milhões, sendo US$ 12.300 milhões em exportações e US$ 80 milhões em importações.

430full: O iate 430 Full é sinônimo de sofisticação e conforto. Com duas cabines, quatro leitos, cozinha, sala e banheiro é pratica-mente uma casa. Ao longo de seus mais de 13 metros de comprimento, tecnologia de ponta. Para tanto luxo, o dono deste iate deve desembolsar R$ 3 milhões.

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Economia

O mundo está de olho na economia brasileira. E tem motivos de sobra para isso. Primeiro porque o país

tem superado a economia de países considerados potência mundial e de-pois porque a economia por aqui não mostra sinais de fragilidade. O cenário favorável coloca o Brasil na rota dos investimentos estrangeiro. E faz do real uma moeda valorizada. Quando tudo parece um “céu de brigadeiro” - como dizem os economistas quando a situação é favorável -, o governo Fede-ral resolve aumentar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financei-ras) de 2% para 4%. Tudo para frear a valorização do real frente à desvalori-zação das outras moedas pelo mundo, em função da “guerra cambial”. Sinal de que o Brasil tem grandes possibili-dades de perder investimentos, certo? Errado.Nem mesmo o IOF tendo sido dobra-do, no início de outubro, tirou o po-tencial do Brasil de atrair bilhões de dólares em investimentos. Mais uma

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vez o Brasil recebeu uma “enxurrada” de dólares. Mesmo sem os investimen-tos da Petrobrás, entrou no país em outubro US$ 6,91 bilhões. O segundo maior valor do ano — atrás apenas de setembro – e o dobro do acumulado de janeiro até agosto. O aumento da alíquota do IOF - que por um lado é a solução para não acabar com a com-petitividade internacional do país – por outro deixou dúvidas sobre a tendência de investimentos no mercado brasilei-ro. Mas, se levar em conta a quantida-de de investimentos feitos no mês de outubro, o temor está bem longe. O diferencial de juros entre o Brasil e o exterior continua grande e lucrativo o suficiente para o país atrair tantos dóla-res. Tanto é verdade que só na conta fi-nanceira, por onde passam investimen-tos em ações e renda fixa, o ingresso foi de 327% maior do que em agosto, segundo dados do Banco Central. Fato que vai contra as previsões do secretá-rio do Tesouro Nacional, Arno Augus-tin. Se os resultados com o aumento do IOF já estão sendo satisfatórios e

surpreendentes em curto prazo, os de longo prazo já são esperados. “O lon-go prazo vai continuar vindo. O perfil que queremos de estrangeiros para o país é o que venha para ficar”, relatou o secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin, durante entrevista.Aumento do IOF – O aumento do Im-posto sobre Operações Financeiras foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no dia 4 de outubro. A alíquota do imposto incidente em operações de estrangeiros no mercado de renda fixa brasileiro dobrou, de 2% para 4%. A medida tem o objetivo de interromper a valorização excessiva do real. “Vivemos hoje uma guerra cam-bial internacional, uma desvalorização cambial generalizada. Isso nos ameaça porque tira a nossa competitividade”, defendeu Mantega em entrevista no final de outubro. O aumento do IOF não vale para: Entrada de capital estrangeiro na Bolsa de Valores (segue em 2%) e para os in-ventimentos estrangeiros diretos (que não são taxados pelo IOF).

IMÃ DE DÓLARES Mesmo com o aumento do IOF, em outubro Brasil

atraiu o segundo maior valor de investimentos do ano

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Economia

SUCRO-ENERGIAA CULTURA DA CANA EM SANTA BÁRBARAO O setor da cana-de-açúcar tem sua história vinculada à de Santa Bár-bara, pois a cidade possuía vários engenhos de pequeno porte desde a sua fundação no ano de 1818, tendo se transformado em quatro usi-nas de açúcar e álcool instaladas por famílias de imigrantes europeus, atraídos pela fertilidade de suas terras e clima favorável à cultura da cana. Essas usinas que sucederam os engenhos, como é o caso da Usi-na Azanha, Usina Furlan (1910), Usina Santa Bárbara (1914) e Usina Cillo (1928) e com o desenvolvimento do setor passaram a sofrer in-corporações no sentido de se tornarem maiores, buscando o equilíbrio financeiro. Assim restou hoje uma única usina, do Grupo Furlan, que se expandiu com outra unidade na região de Avaré, enquanto divide as

terras no município com o Grupo Cosan, que desativou a Usina Santa Bárbara ( antes havia incorporado Azanha e Cillo), transferindo-a para a cidade de Ipaussu (região de Ourinhos), no ano de 1996, deixando as terras de Santa Bárbara para serem exploradas por outras unidades que o grupo mantém em cidades vizinhas.

A USINA SANTA BÁRBARAA instalação da unidade industrial deu-se no ano de 1914, através de projeto desenvolvido pelo francês Gilberts Lescuyer, e foram importados equipamentos produzidos na França, viabilizados por um grupo de investidores coordenados por João Frederico Rehder. Vieram todos os desenhos, desenvolvidos e aplicados em pranchas de tecido azul, padronizados pela unidade métrica e que deram sustentação a instalação de todos os equipamentos, como o tandem de moendas, caldeiras, peneiras, filtros, aquecedores, evaporadores, cozedores cristalizadores, centrífugas e secador, complementando os itens do processo produtivo do açúcar. Além desses componentes vieram os materiais para a construção dos prédios e estruturas, tubulações, tanques e vigamentos metálicos de grande capacidade, que utilizavam-se do sistema de arrebites para sua jun-

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Economia ção e fixação, pois à época não existia solda elétrica. Foram muitos anos, en-tre a chegada dos trilhos e locomoti-vas, implantação e inicio de operação da indústria até a chegada do conjunto de fermentação, pelo processo ( Mel-le Boinot) e aparelho de destilação de etanol anidro, para reaproveitamento dos méis esgotados da produção de açúcar. A usina passou por várias e marcantes administrações, que tive-ram influencia na história de Santa Bárbara, como a do coronel Luiz Al-ves, benemérito por muitas doações à municipalidade e que acabou receben-do uma homenagem ao denominar a principal praça da cidade, até a aqui-sição da empresa pela Família Omet-to, que domina o setor no Brasil e no mundo, tendo proporcionado a passa-gem de administradores que marca-ram época, como o engenheiro João Guilherme Sabino Ometto, que além de favorecer várias entidades como o Hospital Santa Bárbara, APAE, Es-porte Club Barbarense, foi um dos fundadores, juntamente com o profes-sor José Paulo Stupielo, da STAB, as-sociação que congrega os técnicos do setor açucareiroe que promove grande parte de desenvolvimento tecnológico deste setor. Em 1987, um dos acio-nistas do Grupo Ometto formou uma nova empresa com a união das Usi-nas Costa Pinto (Piracicaba) e Santa Bárbara, utilizando-se das iniciais do nome de ambas ( COSAN ), para for-mar o que é hoje o maior grupo mun-dial do setor. O engenheiro Rubens Ometto Silveira Mello administra hoje um conglomerado de vinte e cinco usi-nas, dois terminais de embarque para açúcar no porto de Santos,e é detentor de importantes marcas como o“Açúcar União”,“ESSO”, lubrificantes “MO-BIL” e através de uma “joint venture” com a “SHELL”, praticamente passa-ram a dominar o mercado de combus-tíveis. No ano de 1997, a usina São

Francisco de Ipaussu – SP, que recebeu 60% dos equipamentos da antiga usina Santa Bárbara, fez sua primeira safra e desde então se estabilizou na sua ca-pacidade de moagem de 2.000.000 de toneladas de cana por ano.

UNIDADES DO SETOR O setor é formado por mais de 400 unidades industriais no país, das quais 70% localizam-se na região Centro--Sul, com predominância maciça no estado de São Paulo, tendo se expandi-do nos últimos cinco anos nos estados da região centro-oeste, que recebeu a instalação dos Green-Fields advin-dos dos grandes projetos de grupos recém formados(muitos instalados em “clusters”), além dos tradicionais grupos do setor. Isto tem garantido

um crescimento médio anual de 11% nos índices de produção, o que ele-varam a capacidade total de moagem no país, próximo das 600.000.000 de toneladas de cana. Em função de uma grande demanda pelos produtos, açú-car no mercado mundial pelos próxi-mos dois anos e de etanol no mercado interno pela grande produção de veí-culos “flex”, o setor vai ser impulsio-nado a praticamente precisará dobrar sua capacidade produtiva. Hoje a área encontrada em cana no país é da or-

dem de 78.000 Km² (7.800.00 há), que representa 0,9% da área do território nacional, sendo que no Estado de São Paulo são cultivado 4,4 milhões de ha. Sabemos que existem outras ativida-des que ocupam áreas mais represen-tativas como a pecuária que utiliza em torno de 10% da área, o plantio de soja com 21.233 milhões de há(2,5%) e mi-lho com 14.714 milhões de há(1,7%)...

PRODUÇÃO NO BRASILA produção brasileira tem crescido à uma taxa de 11% ao ano e neste ano, acabou tendo uma quebra pela estia-gem um pouco mais acentuada nos 2º e 3º trimestres doano, que acabou re-fletindo na maturação através do ATR (+ 9,3%) e aumento menor na moagem de (+5,2 %).

Essa produção permitiu o atendimen-to do mercado interno em açúcar (teve grande alta no mercado interno)e a exportação deverá fechar acima das 26 milhões de toneladas, tendo batido recorde em valor exportado (US$ 12 bilhões até novembro/2010),enquanto que a produção de álcool, possibilitou a exportação de apenas1,41 bilhões de litros, dos 16,6 bilhões vendidos nesta safra(abril a 15 de novembro).A ÚNICA, órgão que representa os

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Economia produtores brasileiros tem demons-trado preocupação com a dificuldade de abastecimento de etanol e torna-se evidente a necessidade de um progra-ma de expansão da produção à curtís-simo prazo. Com esta deficiência no abastecimento, temos tido inclusive a importação(inédita) de pequenos vo-lumes do produto dos E.U.A., que está com uma supersafra de etanol de mi-lho, na ordem de 52 bilhões de litros, mais que o dobro da produção nacional , sendo que o Brasil, ocupa o 2º posto na produção mundial. Com o advento da desvalorização do dólar, associadoaos excedentes de produção de milho, o custo do etanol americano(subsidiado), está custando US$ 1,30 / galão, ou seja R$ 0,60 / litro.“O crescimento da frota de veículos flex no Brasil e as perspectivas de maior acesso aos mercados mundiais deverão ser a mola propulsora de um novo ciclo de investimentos para ex-pandir a produção do biocombustível no País. A avaliação foi feita pelo di-retor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Edu-ardo Leão de Sousa, durante o III Workshop INFOSUCRO sobre Eco-nomia do Bioetanol e Indústria Sucro-energética, realizado no Rio de Janeiro na sexta-feira (26/11) pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).”

O DESENVOL-VIMENTO TEC-NOLÓGICO DO SETOR Tivemos desde o Proálcool I em 1975 um compromisso expansionista do se-tor e para isto, alguns órgãos tiveram atuação determinante, principalmente os centros de pesquisa na área agrí-cola, como o Instituto Agronômico, o CTC, a Embrapa e demais rgãos que desenvolveram uma infinidade novas

de variedades de cana, privilegiandocaracterísticas importantes como a produtividade, resistência a pragas , adequadas para colheita nos diversos períodos da safra(precoce/média e tar-dia), adequadas aos diferentes tipos de solo, com relação à fertilidade,etc. A atuação destes órgãos permitiu elevar a produtividade da ordem de 70 ton/há para 90 ou mais ton/há média e também foram desenvolvidas pesqui-sas sobre plantio, mecanização, tratos culturais, substituição de nutrientes, uso de resíduos industriais (composta-gem), aplicação mais segura e eficien-te de vinhaça, agricultura de precisão, colheita mecanizada,etc.Na área industrial, foram desenvolvi-dos uma série de projetos por órgãos como o CTCCopersucar, que trouxe técnicos da Austrália, África do Sul, entre outros, mudando as características do preparo de cana, com desfibradores pesados,de alta rotação e potência permitindo o aumento da recuperação do açúcar no processamento, o aperfeiçoamento das moendas, as calhas Donelly, os press--rollers, o acionamento com redutores axiais, com motorização elétrica direta em cada cilindro, o retorno e aperfei-çoamento dos difusores, as opções em tratamento de caldo, com decantado-res compactos, aquecedores e evapo-radores com novos conceitos (película, placas, multi-reboilers,...), a automa-ção de todo o processo de produção de açúcar (evaporação/cozimento). No setor de caldeiras ocorreu um dos maiores saltos na produção das usinas, que foi a adoção das altas pressões (até 100bar) e altas temperaturas( até 520 ºC), que já são utilizadas há muitos anos no setor petroquímico e permi-tiram um salto no uso das turbinas à vapor, aumentando em praticamente 5 vezes a capacidade de geração de ener-gia elétrica(co-geração), que permitirá às usinas uma receita extra na ordem

de até 12% no faturamento bruto. Além disso tivemos novos processos de clarificação do caldo e da calda(com membranas),bem como a substitui-ção nos processos de destilação e de-sidratação, através o uso de peneiras moleculares e membranas tipo “Va-perma”. Temos ainda a possibilidade da produção do etanol de 2ª geração que será obtido através da hidrólise enzimática (mix de enzimas), temos uma série de produtos com origem na alcoolquímica, como o PET (Brasken) e outros produtos sendo desenvolvidos visando a obtenção de plásticos biode-gradáveis, o diesel á partir do etanol (Amerilis/São Martinho),etc.

CURIOSIDADES:a) Para verificar a viabilidade entre o abastecimento de um carro flex com etanol ou gasolina, deve-se fazer a divisão: preço do etanol / preço da gasolina < 0,7

• Quando der menor que 0,7 é viável o uso de ETANOL• Se der maior que 0,7 não tem vanta-gem em usar-se o Etanol. b) Existem vários tipos de etanol, en-tre os principais temos:• Etanol Hidratado: Também chama-do de carburante, com graduação en-tre 92,6 º INPM e 93,6 º INPM, para abastecer direto no tanque dos carros flex. Evite usá-lo junto com a gaso-lina nos carros comuns, porque os quase 7% de água não são miscíveis na gasolina e vão para o fundo do tan-que, caso o veículo tenha uma parada de algumas horas.Etanol Anidro: Vendido exclusiva-mente às distribuidoras de petróleo, que o adicionam á gasolina para cor-reção do fenômeno de “bater pinos” no carro, agindo como anti-detonan-te, evitando a combustão antecipada. O anidro substitui o antigo “chumbo tetraetila e o “MTBE”, que são can-cerígenos.

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Pós graduado em Engenharia Açucareira –CTCPós graduado em Administração – UNISALAgradecimento em 25 anos de COSAN aos colegas, amigos, colaboradores, e aos mestres Rui Peixoto Cavalcanti, Ericson Marino e Antonio A. Guerra.

CURSO DE FEQ-0640 Dicas para quem quer se especializar na área de sucroe-nergia, temos o curso de Extensão da Faculdade de En-genharia Química da UNICAMP, com coordenação da Profª Dra. Telma Franco e coordenação externa do Engº Renato W. Victorino.

Apoio: Prof. Dr.Milton Mori. São 12 Disciplinas ministradas por:• Professor(es) do curso: ADILSON PIRES AFONSO , ANTONIO CARLOS LUZ LISBOA, CAIO GLAUCO SANCHEZ , EDUARDO IEDA, EGLE NOVAES TEIXEIRA , FLAVIO VASCONCE-LOS DA SILVA , LUIZ ANTONIO ROSSI , MARIA DA GRAÇA STUPIELLO ANDRIETTA , RENATO WILLIAM VICTORINO , SILVIO ROBERTO AN-DRIETTAMais a participação dos especialistas : René de Assis Sordi (São Martinho), Florenal Zarpelon (Asses. Co-san, Ester), Alexandre Pansani ( CETESB ), Laderlei Marangoni (Brenco)

Renato William VictorinoEngenheiro Químico pela UNICAMP

Economia

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Economia

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Economia

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Esporte

A HEGEMONIA VAI CONTINUARVoleibol brasileiro lidera ranking mundial nas categorias de base e adulto

Se tem um esporte que no Bra-sil é sinônimo de glórias, esse esporte é o vôlei. A compa-ração pode parecer estranha

para um país com tradição no futebol, mas os resultados não mentem. Nessa década, por exemplo, a seleção mas-culina venceu os três Mundiais que disputou. É como se o futebol brasi-leiro tivesse vencido, além da Copa do Mundo de 2002, as edições de 2006 e 2010. As novas gerações têm visto

uma hegemonia brasileira jamais vista em outro esporte. Mas, será que essa fase de glória do vôlei masculino tem data para acabar? Se julgarmos pelos resultados das categorias de base, mui-tas vitórias ainda estão por vir. A seleção juvenil e infanto-juvenil tem tanta tradição como à do técnico Bernardinho. O Brasil foi ao pódio nas últimas nove edições do Mundial juve-nil, que é realizado a cada dois anos. Em quatro delas, em primeiro lugar,

incluindo as duas últimas, em 2007, no Marrocos, e no ano passado, na Índia. Já a seleção masculina infanto-juvenil foi a que venceu mais vezes o Campeo-nato Mundial da categoria. Foi campeã seis vezes (89, 91, 93, 95, 2001 e 2003) e vice em uma oportunidade (2005). Na última edição, em 2007, a equipe ter-minou na sétima colocação. É por es-ses e outros resultados, que o voleibol brasileiro é líder do ranking mundial na categoria adulta e de base.

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EsporteA Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) comemora os resultados de ter apostado no investimento das ca-tegorias de base para alcançar maior competitividade no esporte. Hoje, o voleibol brasileiro tem infra-estrutura para qualificar os jovens atletas e é co-

mandado e treinado por profissionais especializados na área. O manancial de jogadores em preparação não para de crescer. Além dos 12 atletas que compõem a seleção principal, há mais 18 da Seleção “B”, também conhecida como “Seleção de novos”. Outras dezenas estão na seleção juvenil e infanto-juvenil. E milhares em escoli-nhas e projetos espalhados por todo o país.

A receita? A profissionalização do es-porte, investimentos e um planejamen-to que foi traçado há 30 anos. O suces-so é proveniente de um trabalho de organização e gestão minuciosamente planejado, envolvendo duas diretrizes básicas:

Formação e capacitação profissional: O voleibol adotou há algum tempo uma Escola de Treinadores. O objetivo é capacitar os profissionais que vão tra-balhar na área, como técnicos e comis-são técnica multidisciplinar. Esses pro-fissionais são nivelados de acordo com sua categoria e evolução profissional, como ocorre na UEFA, que classifica em níveis os técnicos de futebol. Por isso, é cada vez mais comum vermos

jogadores aposentados atuando em co-missão técnica. Atletas da área conhe-cem na prática a modalidade e ajudam a manter a fórmula de sucesso.Programa contínuo de formação de atletas: Quem acompanha a evolução do voleibol e as competições das se-

leções de base e principal já deve ter notado que vários garotos que disputa-ram campeonatos na categoria juvenil ou infanto-juvenil figuram na seleção principal. Esse é o processo contínuo de formação de atletas do vôlei. O atle-ta de base é trabalhado para que chegue a seleção principal. Por isso, mesmo com as renovações da seleção princi-pal nos últimos anos, o ritmo não caiu. Pelo contrário, os novatos da seleção

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Esporte

t ê m a

mesma técnica apurado do que os vete-ranos. Pois, todos fazem parte do mes-mo planejamento do vôlei. Mas, nem sempre foi assim. Até a década de 80, o voleibol não tinha estrutura e sequer era profissionalizado. Futebol e basque-te eram os esportes que reinavam nos

l a -res bra-

sileiros. O boom do vôlei: O vôlei

só ganhou força por dois motivos:

um jogo exibição no Estádio do Maracanã

e a medalha de prata conquistada nos Jogos

Olímpicos de Los An-geles.

Em 26 de julho de 1983, numa promoção que en-volveu a participação do locutor esportivo Lucia-no do Valle, foi realizado ao ar livre, no Estádio do Maracanã, o evento chamado oficialmente de “O grande desafio do Vôlei”. Nas arquibanca-das do Maracanã, 95.887 pessoas acompanharam extasiadas a vitória brasi-leira por 3 sets a 1 sobre a União Soviética,

considera uma potência da modalida-de. Pela televisão, outros milhões de brasileiro acompanhar a transmissão ao vivo. Foi nessa ocasião que muitos brasilei-ros tomaram contato com o vôlei pela primeira vez. Era o início da profissio

nalização da Confederação Brasileira

de Voleibol (CBV) sob coman-do de Carlos Arthur Nuzman, atual presidente do Comitê Olímpico Brasi-leiro (COB). Com o voleibol apresen-tado de maneira oficial aos brasileiros, começou a se pensar em resultados. Apesar da hegemonia sul-americana, o Brasil não tinha expressão no cená-rio mundial, mas tudo mudou a partir de 1984, quando nasceu chamada “ge-ração de prata”. Comandada por Bebeto de Freitas, a seleção chamou a atenção de nosso país nos Jogos Olímpicos de Los An-geles, quando só foi derrotada na final para os anfitriões norte-americanos. Disparadamente, a medalha de prata olímpica era até então a maior con-quista do vôlei e a entrada em defini-tivo no mapa mundial da modalidade. A partir desses dois acontecimentos, a profissionalização do vôlei era cada vez mais evidente – campeonatos com cobertura ao vivo pela TV, ídolos sen-do criados e o investimento e fortale-cimento das categorias de base. Hoje o vôlei suplantou o basquete, que está em crise desde o fim dos anos 90, se tornando o segundo esporte do país, só atrás do futebol. O Brasil é líder do ranking mundial nas categorias adul-to, juvenil e infanto-juvenil tanto no masculino quanto no feminino e virou referência para as demais seleções.

OBrasil não tinha ex-pressão no cenário

mundial, mas tudo mu-dou a partir de 1984,

quando nasceu chama-da “geração de prata”. ”

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Esporte

Apelido: BrunoPosição: levantadorPeso e altura: 76 kg - 1,90 mData de Nascimento: 02/07/86Time atual: Cimed (SC)

Apelido: João BravoPosição: pontaPeso e altura: 87 kg - 1,96 mData de Nascimento: 07/01/79Time atual: Piacenza

Apelido: MarioPosição: líberoPeso e altura: 91 kg - 1,92 mData de Nascimento: 03/05/82Time atual: Vôlei Futuro

Apelido: RodrigãoPosição: meio-de-redePeso e altura: 85 kg - 2,05 mData de Nascimento: 17/04/79Time atual: Pinheiros/Sky

Apelido: SidãoPosição: meio-de-redePeso e altura: 98 kg - 2,03 mData de Nascimento: 09/07/82Time atual: SESI/SP

Apelido: BrunoPosição: levantadorPeso e altura: 76 kg - 1,90 mData de Nascimento: 02/07/86Time atual: Cimed (SC)

Apelido: João PauloPosição: opostoPeso e altura: 86 kg - 2,04 mData de Nascimento: 30/03/83Time atual: Panasonic

Apelido: LeandroPosição: opostoPeso e altura:104 kg - 2,11 mData de Nascimento: 30/04/83Time atual: Vôlei Futuro

Apelido: LucasPosição: meio-de-redePeso e altura: 102 kg - 2,09 mData de Nascimento: 06/03/86Time atual: Vôlei Futuro

Apelido: MarlonPosição: levantadorPeso e altura: 82 kg - 1,88mData de Nascimento: 27/07/77Time atual: Vivo/Minas

Apelido: MuriloPosição: pontaPeso e altura: 76 kg - 1,90 mData de Nascimento: 03/05/81Time atual: SESI/SP

Apelido: ThéoPosição: opostoPeso e altura: 80 kg - 1,99 mData de Nascimento: 31/08/83Time atual: Santory Sunbirds

Apelido: DantePosição: pontaPeso e altura: 86 kg - 2,01 mData de Nascimento: 30/09/80Time atual: Dínamo Moscou

Apelido: Thiago AlvesPosição: pontaPeso e altura: 92 kg - 1,96 mData de Nascimento: 26/07/86Time atual: Cimed (SC)

TécnicoBernardo Rocha de Rezende

SELEÇÃO MASCULINA

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Apelido: AdeniziaPosição: meio-de-redePeso e altura: 66 kg - 1,87 mData de Nascimento: 18/12/86Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: ThaisaPosição: meio-de-redePeso e altura: 78 kg - 1,96 mData de Nascimento: 15/05/87Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: Dani LinsPosição: levantadorPeso e altura: 71 kg - 1,82 mData de Nascimento: 05/01/85Time atual: Unilever

Apelido: JaquelinePosição: pontaPeso e altura: 73 kg - 1,84 mData de Nascimento: 31/12/83Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: MariPosição: oposto/pontaPeso e altura: 70 kg - 1,89 mData de Nascimento: 23/08/83Time atual: São Caetano / Blausiegel

Apelido: SassáPosição: pontaPeso e altura: 82 kg - 1,80 mData de Nascimento: 09/09/82Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: SheillaPosição: opostoPeso e altura: 67 kg - 1,85 mData de Nascimento: 01/07/83Time atual: São Caetano / Blausiegel

TécnicoJosé Roberto Lages Guimarães

Apelido: Camila BraitPosição: líberoPeso e altura: 66 kg - 1,68 mData de Nascimento: 28/10/88Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: FernandaPosição: ndPeso e altura: 75 kg - 1,83 mData de Nascimento: 10/05/86Time atual: nd

Apelido: Carol GattazPosição: meio-de-redePeso e altura: 79 kg - 1,92 mData de Nascimento: 27/07/81Time atual: Unilever

Apelido: FabiPosição: líberoPeso e altura: 58 kg - 1,67 mData de Nascimento: 07/03/80Time atual: Unilever

Apelido: FabianaPosição: meio-de-redePeso e altura: 75 kg - 1,93 mData de Nascimento: 24/01/85Time atual: Unilever

Apelido: FabíolaPosição: levantadorPeso e altura: 73 kg - 1,84 mData de Nascimento: 03/02/83Time atual: Pinheiros / Mackenzi

Apelido: JoycinhaPosição: opostoPeso e altura: 68 kg - 1,90 mData de Nascimento: 13/06/84Time atual: Unilever

Apelido: NatáliaPosição: opostoPeso e altura: 76 kg - 1,84 mData de Nascimento: 24/04/89Time atual: Sollys / Osasco

Apelido: PaulaPosição: pontaPeso e altura: 72 kg - 1,83 mData de Nascimento: 22/01/82Time atual: Sollys / Osasco

SELEÇÃO FEMININA

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50 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 ano

Esporte

Ao contrário do que acontece no futebol, os jogadores da seleção brasilei-ra de vôlei jogam no Brasil. Enquanto no futebol os clubes brasileiros não conseguem bancar salários milionários, como na Europa e na Ásia. No vôlei masculino, são os europeus que sofrem com a estrutura brasileira. Dos 14 atletas convocados para o Mundial da Itália, que aconteceu em outu-bro, 11 atuam em solo tupiniquim. Se comparado com o futebol, dos 23 atle-tas brasileiros convocados para a Copa do Mundo da África do Sul, apenas três atuavam no Brasil.O retorno das estrelas tem motivos. O primeiro deles é a crise econômica mundial que ainda tem reflexos em muitos países. Alguns jogadores teriam de abrir mão de parte do salário lá fora. O segundo é a estrutura brasileira. Os clubes nacionais pagam salários milionários. Entre ganhar bem no país de origem ou fora dele, melhor para as Ligas Nacionais.

Todo o planejamento do vôlei não se reflete, apenas, nos re-sultados da equipe masculina. A seleção feminina também é líder do ranking mundial, tanto na categoria adulta como juvenil e infanto-juvenil. Nos últimos anos a evolução do voleibol feminino surtiu feitos inéditos, como a medalha de ouro nas olimpíadas de Pequim, na China. Definitivamente, essa foi uma década de ouro para o Brasil. Juntas, as seleções principais, feminina e masculina, con-quistaram quase trinta títulos. Na seleção masculina, des-taque para o tri-campeonato Mundial e para os oito títulos da Liga Mundial, das dez que foram realizadas de 2000 a 2010. Na seleção feminina, destaque para o título olímpico em 2008 e para os cinco títulos do Grand Prix, dos dez que disputou nos últimos dez anos.

TÍTULOS SELEÇÃO MASCULINA:• Tricampeã mundial (02,06 e 2010) mais um vice campe-onato em 1982• Bicampeã olímpica (92 e 2004) mais duas medalhas de prata (84 e 2008)

AS ESTRELAS DA SELEÇÃO JOGAM NO BRASIL

DÉCADA DE OURO• Tricampeã pan-americana (63,83 e 2007)• Nove vezes campeã da Liga Mundial (93,01,03,04,05,06,07, 09 e 2010)• Bicampeã da Copa do Mundo (03 e 2007)• Tricampeã da Copa dos Campeões (97,05 e 2009)• Tricampeã da Copa América (98, 99 e 2001)• 27 vezes campeã sul-americana (só não venceu em 1964, ano em que não disputou)• Atual bicampeã mundial Juvenil

TÍTULOS SELEÇÃO FEMININA:• Duas vezes vice campeã mundial (94 e 2006)• Campeã olímpica (08) mais duas medalhas de bronze (96 e 2000)• Tetracampeã pan-americana (59, 63, 99 e 2007)• Oito vezes campeã do Grand Prix (94, 96, 98, 04, 05, 06, 08 e 2009)• Campeã da Copa dos Campeões (2005)• 18 vezes campeã sul-americana

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010 11:02:55

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Esporte

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A NOVA TOMADA, FIM DA NOVELA

Dicas de Construção

Pastilhas ganham força junto ao gosto do consumidor e decoram ambientes através de de-talhes ou revestimento completo.

Se você comprou recentemen-te algum aparelho como uma cafeteira para café expresso, um secador de cabelo, um

forno elétrico, máquina de fazer pão ou outro eletrodoméstico que tenha to-mada com três pinos ou consome mais de 10 A provavelmente precisou trocar a tomada para poder utilizar seu apare-lho. É que desde outubro deste ano os fabricantes as fábricas estão entregando aparelhos apenas com o novo plugue. Os aparelhos que tiverem plugues di-ferentes do novo padrão só poderão ser comercializados até 30 de junho de 2011. A tomada antiga, que ainda esti-ver à venda, só pode ser comercializa-da até 1 janeiro de 2011. Será o fim de um processo que se iniciou há cerca de duas décadas e da novela que toda dona

de casa já conhece: comprar um eletrodoméstico ou eletroe-

letrônico novo significa chamar um eletricis-

ta para adequar à tomada. No novo padrão existem apenas dois tipos de to-mada, 10A que

têm um furo me-nor e permitem

apenas a inserção de

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Dicas de Construção plugues de 10A e 20A que têm um furo com maior diâmetro e permitem a inserção de plugues de 10A e 20A. Todas as tomadas vêm com três furos, o furo central é para a ligação de aterramento.Existem quatro tipos de plugue:• Plugue bipolar até 10A (pino mais fino): este plugue se encaixa nas novas tomadas de 10A e 20A e é compatível com a grande maioria das tomadas antigas.• Plugue bipolar Para correntes maiores que 10A e até 20A (pino mais grosso): é compatível somente com a nova tomada de 20A.

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• Plugue tripolar até 10A (pino mais fino): este modelo é compatível com as novas tomadas de 10 e 20A.• Plugue tripolar até 20A (pino mais grosso): este modelo somente é compatível com a nova tomada de 20A.Nesses três últimos casos, para utilizar o plu-gue será necessário trocar a tomada antiga, com a ajuda de um técnico eletricista. Apro-veite e faça também a adequação de sua ins-talação, se não tiver já instalado o fio terra, providencie sua instalação, assim você estará se beneficiando de toda a segurança adicional que o novo padrão oferece.Se a instalação de sua casa for em 127V, e você for trocar tomadas na cozinha coloque tomadas de 20A, isto irá garantir que qual-quer novo aparelho que você comprar poderá

ser utilizado sem problemas. Poucos aparelho em 220V irão utilizar to-madas de 20A.

Dicas de Construção

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Jurídico Dr. Reinaldo Cesar Spaziani

HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA

A extinção ou rescisão do contrato de trabalho, como regra, gera determi-nados efeitos financeiros.

Tais efeitos correspondem a direitos que as normas jurídicas garantem ao trabalhador e, no caso de morte deste, aos seus dependentes. Quando o con-trato extinto tiver sido firmado há mais de um ano, o ato de pagamento e re-cebimento das verbas rescisórias exige uma formalidade especial denominada assistência ou homologação, que con-fere validade jurídica aos pagamentos. Não devemos confundir o dever de pa-gar as verbas rescisórias, que é de 10 dias com a assistência ou homologação da rescisão do contrato de trabalho. Observe-se que o empregador deve cumprir o prazo de 10 dias para paga-mento, mesmo que o trabalhador não compareça para receber suas verbas. Neste caso, deve o empregador procu-rar uma agência da Caixa Econômica Federal que tem formalidades próprias para colocar o valor das verbas rescisó-rias à disposição do trabalhador.

A assistência na extinção do contrato de trabalho foi prevista inicialmente no art. 500 da CLT, com o objetivo de preservar e garantir a autenticidade do pedido de demissão do trabalhador que gozava de estabilidade no emprego. A partir de 1962, todavia, iniciou-se um ciclo de produção legislativa que cul-minou na extensão da obrigatoriedade da assistência para todos os contratos de trabalho extintos após um ano de vigência, na fixação de prazos para pagamento das verbas rescisórias, de penalidades pelo seu descumprimento, bem como na expressa proibição de co-brança para a prestação da assistência. O objetivo da assistência é, assim, ga-rantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, bem como orientar e esclarecer as partes so-bre os direitos e deveres decorrentes do fim da relação empregatícia.No caso presente estamos estudando a homologação da rescisão de trabalho por justa causa e a explicação inicial foi necessária pois a competência pela homologação, em princípio é do sin-

dicato dos empregados da categoria a que ele pertence.Ocorre que, quando o sindicato da ca-tegoria do empregado depara-se com um caso de homologação de rescisão

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Jurídico de contrato de trabalho por justa causa, este nega-se em prestar o serviço que é de sua competência.A atitude do sindicato dificulta sobre-maneira as atividades do empregador e também do empregao. Do emprega-do pois que disponibiliza um preposto para lhe representar na homologação e o empregado que perde seu tempo. Observe-se que a lei determina que o sindicato não pode deixar de prestar o serviço caso o empregado concorde com a rescisão.Todavia, havendo recusa por parte do sindicato, deve o empregado procurar uma agência ou posto do Ministério do Trabalho e Emprego mais próximo de

sua sede, que através do uso da atribui-ção que lhe confere o art. 20, inciso VI, do Regimento Interno da Secretaria de Relações do Trabalho, aprovado pela Portaria Ministerial nº 765, de 11 de

outubro de 2000; e que detém a mesma competência para assistir o empregado na homologação da rescisão do contra-to de trabalho. Não se têm notícias que tenha havido recusa por parte do MTE. Ressalva-se também que mesmo ho-mologada a rescisão, havendo descon-formidade, tanto o sindicato como o MTE deve fazer ressalva aos direitos do trabalhador e, tal ressalva garante a possibilidade do trabalhador ingressar com eventual reclamação trabalhista.

A homologação deve ser feita até o 10° dia subseqüente ao término do contra-to de trabalho. Se o décimo dia recair num sábado, domingo ou feriado, a

homologação deverá ser antecipada para o dia útil imediatamente ante-rior.Finalmente para se conceituar e caracterizar a justa causa para a rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador, normal-mente caracteriza-se pela prática por parte do empregado de atos que implicam violação de normas da empresa, obrigações legais ou contratuais, bem como da necessá-ria confiança que deve existir entre patrão e empregado, tornando, as-sim, inviável o prosseguimento da relação empregatícia.A justa causa pode não ser de fácil caracterização. Em princípio, três elementos confi-guram a justa causa, que são:a) Gravidade: Faltas graves são aquelas que implicam violação séria e irreparável dos deveres

funcionais do trabalhador.b) Atualidade: A falta deve ser atual para justificar a justa causa, pois, faltas pas-sadas e perdoadas não são

aceitas, salvo quando servirem para demonstrar a linha de conduta do em-pregado.c) Imediação: A falta deve ser punida de imediato para que haja vin-culação direta entre ela e a demissão.Salvo determinados tipos de faltas, a caracterização da justa causa pode se tornar complexa, pois a Justiça do Tra-balho não aceita a simples alegação do empregador neste sentido, exigindo sempre um mínimo de prova material e/ou testemunhal.Assim, se não houver a caracterização da falta cometida pelo empregado, a punição aplicada pela empresa poderá ser anulada, implicando a reintegração do empregado ou mesmo sua indeni-zação.A caracterização dependerá da falta cometida, pois, faltas menos graves, que são as chamadas faltas leves, não devem ser punidas de imediato com a demissão por justa causa, devendo ha-ver antes a aplicação de advertências e suspensão, que são penas mais brandas com função pedagógica de reabilitar o empregado.Portanto, antes de aplicar a rescisão do contrato de trabalho por justa causa, tente enquadrar a situação nos limites dos conceitos e características acima e não havendo dúvidas, aplicar o direito do empregador dirigir o seu negócio.

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Jurídico Dr. Marco Pizzolato

DOCUMENTO: GUARDAR OU NÃO?

Todos nós, em algum mo-mento, nos deparamos com uma questão comum: Devo guardar este docu-

mento?Isso ocorre em face de comprovantes de pagamentos, de registros de saúde, etc.Pretendemos em alguns artigos abor-dar as diversas situações que envol-vem os documentos, tais como con-ceito, propriedade, valor probatório, obrigação de guarda, obrigação de exibição, etc.Assim, podemos entender documento como o registro de “qualquer expres-são do pensamento humano”; expres-so em qualquer base material que sirva para a

expansão do pensa-mento humano e que esteja disponível para estudo, observação, comprovação, regis-tro; pois comprovam fatos, fenômenos, for-mas de vida e pensa-mentos do ser humano em alguma época ou lugar.Todo documento é uma fonte de informa-ção como, por exem-plo: o livro, a revista, o jornal, o manuscri-to, o selo, a medalha, a placa, o filme, o vídeo, o disco, a fita magnética, o desenho, o telegrama, fitas de esteno-

tipia, etc.Podemos ainda dividir os do-cumentos entre públicos e privados.Os privados são aqueles formatados entre parti-

culares e que não exi-gem ou mesmo que

tenham uma for-ma especial, tais

como contratos, recibos, cartas,

telegramas, vídeos, fita

m a g n é -t i c a s ,

notas promissórias, etc., que regis-tram atividades pessoais ou institu-cionais, mas que não tem um registro público. Já os públicos são aqueles cuja forma é ou não determinada por lei, mas que, são submetidos a um registro público e podem ser acessa-dos por qualquer cidadão, salvo os revestidos por sigilo. Dentre estes do-cumentos temos as certidões de nas-cimento, óbito, escrituras, contratos registrados em títulos públicos, etc. Existem assim, arquivos públicos e privados.O Decreto nº 2.134/97 regulamenta o art. 23 da Lei nº 8.159/91, declina a categoria dos documentos públicos sigilosos e a possibilidade de aces-so aos mesmos, sendo classificados como ultra secreto, secreto, confiden-cial e reservado.

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Jurídico

Temos ainda o Decreto nº 2.910/98 que estabelece normas para salvaguardar documentos, materiais, áreas, comunicações e sis-temas de informação de natureza sigilosa, e outras providências.Alguns arquivos, depois de determino período, passado o tempo em que tais documentos possam causar desdobramento indese-jáveis, devem vir a público, como recentemente ocorreu com os arquivos da ditadura.Dos tipos de documentos conhecidos temos os: textuais, carto-gráficos, iconográficos, filmográficos, sonoros, micrográficos, informáticos. Quanto à espécie de documentos temos os: atos normativos, atos enunciativos, atos de assentamento, atos comprobatórios, atos de ajuste, atos de correspondências e atos de registros.Atualmente nos defrontamos com um tipo de documento novo, ou seja, os registros magnéticos. Nesta modalidade de documento temos registros magnéticos em números binários e que necessi-tam de um programa de informática para transformar estes regis-tros em imagem.

Para registro de documentos usamos programas de texto, tais como o Word, Wordperfct, Angel Writer, BrOffice Writer, entre outros. As fotografias, dos tradicionais filmes, hoje só exige uma máquina e um driver de memória e, a partir daí, através de um programa de interpreta-ção de tais registros magnéticos, podemos visu-alizar as imagens e aqui, tanto como nos textos, podemos imprimir tais arquivos no velho papel.Ainda, podemos arquivar tais registros em papel, digitaliza-los, arquivar em microfilmes, etc. Enfim, nunca se produziu tantos documentos e nunca tivemos tantos meios físicos e magnéticos para arquivá-los.As inovações ocorridas só vieram para valorizar o documento enquanto prova.No próximo artigo, trataremos do documento como prova judicial.

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Jurídico Dr. Luiz Alberto Lazinho

MULTA ADMINISTRATIVA RETROATIVIDADE BENIGNALEI 11.941/2009

A Lei 11.941/2009 alterou a redação do artigo 32-A da Lei 8.212/91 que trata das penalidades por descum-

primento de obrigações acessórias re-lativamente às informações inseridas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social – GFIP, quanto as contribui-ções da seguridade social incidentes sobre folhas de pagamentos de salá-rios, “pro-labore”, e produtos rurais.A nova Lei impõe multa em regra ge-ral menos gravosa a partir de dezem-bro de 2008 o que atrai o princípio da retroatividade da multa mais benéfica aos processos em andamento nos ter-mos art. 106 do Código Tributário Na-cional.Define ainda, a referida lei, o valor de vinte reais para cada grupo de dez in-formações incorretas ou omitidas e de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou en-

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Jurídico

trega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento). As referidas multas poderão ser redu-zidas à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou a 75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da de-claração no prazo fixado em intimação. As regras anteriores determinavam penalidades de acordo com o número de segurados, até o limite mensal de 50 vezes o valor mínimo, podendo chegar à cem por cento do valor omitido.Contudo, sua aplicação nos processos em andamento tem sido objeto de con-trovérsias, frente à Instrução Normati-va 971/2009 que sem seu artigo 476-A determina no cômputo para apreciação da multa mais benéfica, o somatório

das multas aplicadas por descumprimento de obrigação principal, nos moldes do art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à Lei nº 11.941, de 2009, e das aplicadas pelo descumprimento de obrigações acessórias, nos moldes dos §§ 4º, 5º e 6º do art. 32 da Lei nº 8.212, de 1991, em sua redação anterior à Lei nº 11.941, de 2009; e a multa aplicada de ofício nos termos do art. 35-A da Lei nº 8.212, de 1991, acrescido pela Lei nº 11.941, de 2009.A questão foi decidida de forma contraditória no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e caberá à Câmara Superior de Recursos Fiscais a solução do dissenso, vez que, na seara previdenciária não havia multa de ofício (pela ação fiscal) de 75% , porém os débitos constituídos por fatos geradores não decla-rados em GFIP sofreram o agravamento da multa que pode chegar à 100% de seu valor, portanto superior a penalidade do artigo 44 da Lei 9.430/96 que é de 75%.Assim, na legislação previdenciária pretérita, a multa de ofício foi imposta sob a modalidade de multa de mora agravada incidente sobre os débitos apu-rados em ação fiscal.Portanto entendemos que no cômputo das multas aplicadas, para aplicação do artigo 106 do Código Tributário Nacional, (multa mais benéfica), sejam inclu-ídas também as multas de mora agravadas sobre os débitos constituídos, para perfeita aplicação dos benefícios legais e que sua exclusão nas determinações do artigo 476-A da Instrução Normativa 971/2009 padece de ilegalidade.

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LUTA CONTÍNUA PELA VIDACentro Infantil Boldrini está a mais de três décadas salvando jovens vidas

O slogan de um dos maiores hospitais filantrópicos do país reflete exatamente como ele funciona: na

luta contínua pela vida. O Centro In-fantil Boldrini, hospital filantrópico localizado em Campinas (SP), é refe-rência latino-americana e há 30 anos atua no tratamento de crianças, adoles-

centes e adultos jovens com câncer e doenças do sangue. É o maior hospital especializado na América Latina na área da onco-hematologia pediátrica. Atualmente, o Boldrini atende cerca de seis mil pacientes, a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do País, o Boldrini reúne alta tecnologia

em diagnóstico e tratamento clínico especializado, com índice de cura de 70% a 80% em alguns tipos de câncer – comparáveis ao Primeiro Mundo –, disponibilidade de leitos e atendimen-to humanitário às crianças portadoras dessas doenças. “O Boldrini é exemplo de esperança; de compromisso social. Com atendi-

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fotos: www.boldrini.com.br

mento igualitário, sem restrição de demanda e prestando assistência hu-manizada a todos que o procuram, o Boldrini é a prova viva que o resga-te da dignidade só depende de nós”,

ressalta Silvia Brandalise, presidente do Boldrini, Chefe do Serviço de He-matologia e Oncologia Pediátrica da UNICAMP e Secretária Geral da So-ciedade Latino Americana de Oncolo-gia Pediátrica (SLAOP). Para chegar neste estágio e atender a tanta demanda, o Boldrini conta com a solidariedade do ser humano. Isso por-que por se tratar de um hospital filan-trópico – que pertence à comunidade – vive com doações, parcerias e traba-lhos voluntários. Hoje o recurso arre-cadado pela unidade de telemarketing corresponde a 40% das doações que recebe no ano. Além disso, campanha e ajuda de empresas, famosos e sócios contribuintes também coperam para a

manutenção das atividades do Centro Infantil.Graças às doações e parceiras, o Centro tem melhorado sua estrutura. No mês de Julho do ano passado, o hospital implantou moderno serviço de diagnóstico por imagem com a aquisição de um aparelho de Resso-nância Magnética de campo curto,

um Tomógrafo Multislice de 16 canais e um ultrassom.O Boldrini possui infra-estrutura como nenhum outro hospital. São alojamentos, biblioteca, brinquedoteca, centro cirúrgico, Cen-tro de Radioterapia, Medicina Nu-clear e Imagem, sala de apoio peda-gógico, estação Boldrini, fisioterapia, nutrição, odontologia, unidades de internação, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e TMO (Centro de Trans-plante de Medula Óssea). Se a estrutura impressiona, os nú-meros também. Somente no ano pas-sado, 493 novos casos foram atendi-dos na Oncologia e 365 novos casos foram atendidos no departamento de Hematologia. As consultas ambulato-riais somaram-se 57.957 e os exames laboratoriais 170.1053. Ao todo foram feitas 31.577 sessões de quimioterapia e 782 cirurgias.Entretanto, para a presidente Silvia Brandalise, ainda há muito o que fazer.“Queremos alcançar a integra-lidade do atendimento, fomentando o desenvolvimento de pesquisas cientí-ficas que auxiliam na compreensão do câncer, o que constitui os pilares de atuação desta Entidade. Para tanto, as parcerias com as universidades, o po-der público, a sociedade civil e os em-presários são fundamentais”, relata.

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Conheça quem está por traz do Boldrini: Diretoria e Conselhos

DIRETORIA EXECUTIVA Dra. Silvia Regina Brandalise - Presidente Paulo Pinese - 1º Vice-presidente Marcelo Vinholes Ferreira - 2º Vice-presidenteJosé Alberto Vieira Saltini - 1º Tesoureiro Sr. Celso Colombini Júnior - 2º tesoureiro Sr. Irineu Ribeiro dos Santos - 1º Secretário Joaquim Rangel Frota Fonseca - 2º Secretário Alexandre Calvo - Suplente Paulo Roberto Zimmermann - Suplente Marco Fabrício Vaz - Suplente Eliete Francabandiera Zogbi - Suplente

DIRETORIA DE VOLUNTARIADO Marta Regina Balotin - Presidente Ivete Aparecida dos Santos - 1º Tesoureiro Liliane Maria Sangion Forti - 1º - Secretário

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dra. Ana Maria Osório Orlando Martins Júlio Antonio Neves Gândara Rodrigo Neves Dr. Nestor Luiz Bruzzi Paraguay Dr. Alexandre Eduardo Nowill Dr. Antonio Fernando Ribeiro Dr. Gastão Wagner de Souza Campos Dr. Roberto Teixeira Mendes Antonio Ferreira Calhau Netto João Marlos Hatschbach Airton dos Santos Dasísio Inácio de Souza Luiz Fernando Carpentieri

As doações podem ser feitas pela Central de Telemarketing do

Centro, através do

19 3755.9100

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O QUE VOCÊ NÃO CONHECE SOBRE DILMA ROUSSEFF

Saiba qual é o perfil, as preferências e como agradar a primeira presidenta do país

Entra presidente, sai presidente o Palácio do Planalto passa por modificações em sua rotina. Em 2011 não será diferente. Com Dilma Rousseff no cargo mais alto do Executivo, será inevitável uma reciclagem de

assessores, bajuladores e lobistas ávidos por cargos. Pensando nisso e na fama de “durona” da petista, o portal IG traçou o perfil da primeira mulher que comandará a Presidência da Re-pública. Saiba qual é o perfil, as preferências e como agradar a presidenta do país. Certamente uma face que você ainda não conhece de Dilma Rousseff.

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SÓ PUXE ASSUNTO SE SOUBER O QUE ESTÁ FALANDOUma recomendação corriqueira é a se-guinte: nunca puxe um assunto sobre o qual não tenha domínio. Dilma cos-tuma se aprofundar nos temas pelos quais se interessa e quando encontra

um interlocutor à altura desenvolve a conversa. Assim, não adianta apenas saber que a ministra gosta de artes plásticas e tem um “museu particular” no computador. É preciso saber quais são os pintores, estilos e fases preferi-dos da eleita e se for preciso fazer um curso intensivo sobre, por exemplo, a escola impressionista francesa.Do contrário, o que deveria ser uma tentativa de agradar pode acabar em constrangimento. O mesmo vale para a música, cinema e principalmente a literatura. Dilma é cinéfila, leitora vo-raz e apreciadora de música com gosto peculiar e eclético (ouve desde música erudita, forró, até o pop-rock). Na lei-tura, Dilma já disse e não custa anotar: mesmo com a rotina intensa de presi-

denta, ela pretende continuar com a prática, misturando grandes biogra-fias com literatura.

NÃO SEJA PEDANTEMesmo que seja um especialista em um determinado assunto, é bom tomar cuidado com excessos para não pare-

cer pedante. A dica vale até para comida. Como boa mineira, Dilma gosta de comidas triviais como ar-roz com feijão.

TOUR E SOUVENIRSempre que viajar com a presidenta eleita, princi-palmente para o exterior, tenha em mente o seguin-te: Dilma gosta de conhe-cer os pontos turísticos da cidade que está visitando. Para agradá-la, assessores

sugerem ter sempre na ponta da lín-gua nome de museus famosos para su-gerir. E quanto mais discreto, melhor. Segundo assessores, Dilma costuma também passar nas lojas de souvenirs durante as viagens. Ultimamente, ela tem demonstrado preferência pelas lembrancinhas ao neto Gabriel.

ENTRE NÓSA petista não gosta de muvuca e pre-fere passear acompanhada apenas por poucas pessoas. Em sua primeira via-gem internacional, por exemplo, levou a tiracolo apenas dois assessores para conhecer o Palácio Imperial, um dos principais pontos de Seul, na Coreia do Sul.A presidenta eleita gosta de compa-nhia para almoçar. Mas só chama os

mais próximos. Portanto, não se con-vide. Na campanha, a então candidata costumava chamar, após entrevistas diárias à imprensa, um de seus coor-denadores para comer. Mesmo aque-les que já haviam almoçado, não recu-savam o convite.No círculo familiar, Dilma não foge à regra. Além da mãe, Dilma Jane e da tia, Arilda, a petista cultiva relações íntimas com a única filha, Paula, e o ex-marido Carlos Araújo.

VAI UM KARAOKÊ AÍ?Durante a campanha, para aliviar a tensão, Dilma costumava soltar a voz nos jatinhos que a levavam de um co-mício para outro. Quando não estava lendo ou dormindo, a petista cantava observada pelos aliados José Eduardo Martins Cardozo e José Eduardo Du-tra. Quem sabe sugerir uma cantoria no final de semana livre só entre ami-gos não agrada a presidenta?

DILMA ENTENDE FUTEBOL E É COLORADAEmbora tenha gosto artístico sofistica-do, Dilma tem hábitos simples e sabe falar sobre futebol. Torcedora declara-da do Internacional de Porto Alegre, a presidenta eleita conhece os principais jogadores, os últimos resultados e a situação do time na tabela. Durante a Copa do Mundo, Dilma impressionou assessores ao fazer comentários perti-nentes sobre a seleção brasileira.

ELA NÃO BEBE NEM FUMAOutra grande diferença em relação a Lula é que Dilma não bebe nem fuma. Ela abandonou o cigarro no final da

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década de 90 e desde então nunca mais fumou. Quanto à bebida, a pre-sidenta diz ter baixa resistência e por-tanto evita o álcool a não ser em oca-siões especiais. Nem no dia da vitória Dilma abriu uma exceção. Reunida no Alvorada com Lula, coordenadores de sua campanha e governadores eleitos, a petista recusou bebidas. Disse que só tomava, ocasionalmente, vinho.

NÃO DÊ UMA DE ‘FOLGADO’Para os acostumados com o estilo in-formal e nada protocolar de Lula, todo cuidado é pouco. Dilma é uma pessoa reservada e tímida. Piadas chulas ou preconceituosas são o caminho certo para irritar a presidenta eleita. O velho truque de fingir intimidade para forçar a aproximação também pode sair pela culatra.

NÃO BANQUE O DISSIMULADONa verdade Dilma prefere uma crítica sincera e bem fundamentada à baju-lação mal disfarçada. E neste ponto o terreno fica ainda mais escorregadio pois a futura presidenta costuma dizer que consegue “ler a alma das pessoas”.

NUNCA DESOBEDEÇANada irrita mais Dilma do que uma or-dem não cumprida. “Ela fecha a cara e às vezes chega a perder as estribeiras. O clima fica azedo”, confidenciou um colega mineiro. Se combinar ou pro-meter alguma coisa, cumpra da forma e no prazo combinados. Do contrário o risco de levar um pito em público é grande.

VÁ DIRETO AO PONTOOutra dica de pessoas próximas a Dilma: não tergiverse, como diria a ex-candidata. Seja di-reto. A presidenta elei-ta não gosta de perder tempo com discussões.Gosta de números, pla-nilhas e dados- de pre-ferência exibidos em Power Point. Também não atrase. Principal-mente se for levá-la para ver Paula, sua fi-lha. Assessores dizem que nada deixa Dilma mais tensa que se atra-sar para ver a filha, em Porto Alegre.

FALE SOBRE BEBÊS, MAS NÃO EXAGERESegundo colaboradores próximos de Dilma, nos últimos meses surgiu uma brecha para os candidatos a bajulador. O assunto preferido da presidenta elei-ta é o neto único, Gabriel, nascido du-rante a campanha eleitoral. As enge-nhocas à disposição no mercado para facilitar a vida das mães, os avanços da medicina, as diferenças entre ser avó e mãe são temas que atraem a atenção da futura presidenta do Bra-sil e podem render conversas longas e agradáveis desde que o interlocutor não exagere, nem tente bancar o en-xerido.

NOVOS ACESSÓRIOS Durante a campanha, Dilma usou no pulso esquerdo um presente de Fáti-ma, mulher do governador da Bahia, Jacques Wagner. A pulseira de ouro com olho grego é geralmente usada para combater mau olhado. Para a fase como presidenta eleita, assessores su-gerem : Por que não comprar um amu-leto da sorte contra novos maus olha-dos? Ou, como anotou um observador masculino, presenteá-la com um par de brincos de pérola, um de seus favoritos?

EU SÓ QUERO CHOCOLATEDurante viagem a Seul, um bajulador atento anotaria: chocolate está entre as preferências na lista de Dilma. Na ba-gagem da presidenta que seguiu para o Brasil, entre os presentes e compras, uma caixa chamou a atenção pelo ta-manho: eram chocolates finos na mala. Quem sabe investir na guloseima?

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O município de Santa Bárbara d’Oeste completou 192 anos de sua fundação no último dia 04 de dezembro. A cidade, que hoje possui 187.908 habitantes (IBGE/2008), surgiu com a abertura de uma estrada ligando Campinas a Piracicaba e o início de vendas de sesmarias (terras destinadas á produção através de uma normativa). Foi devido ao

interesse nessas terras que chegou ao local Dona Margarida da Graça Martins que comprou uma sesmaria de duas léguas quadradas, delimitada ao Norte com o Rio Piracicaba e a Nordeste com o Ribeirão Quilombo. Dona Margarida, junto com seus filhos, alguns parentes e agregados, mudou para suas terras em 1817, formando uma fazenda de engenho de açúcar, doando terras para construção de uma capela sob a invocação de Santa Bárbara. Ai fundou-se o novo município. Como a capela foi erguida em 1818, a data oficial da fundação da cidade é considerada 4 de Dezembro deste ano. Santa Bárbara d’Oeste entra para a história como a única cidade brasileira a ser fundada por uma mulher. Em 23 de janeiro de 1844, a freguesia de Santa Bárbara foi incorporada ao município de Campinas. Em 2 de março de 1846, a freguesia fundada por Dona Margarida foi anexado ao município de Vila da Constituição, atual Piracicaba. Finalmente, em 15 de junho de 1869, através da lei provincial nu-mero 2, criou-se o município de Santa Bárbara desmembrando-o de Piracicaba. O primeiro prefeito da cidade foi Joaquim Veríssimo de Oliveira com mandato que durou de 1902 a 1905.O novo município foi sendo povoado e novos lavradores chegaram, principalmente imigrantes nor-te-americanos sobreviventes da Guerra da Secessão. Esses imigrantes trouxeram novos métodos agrícolas, contribuindo muito para o progresso da agricultura. As sesmarias acabaram divididas em sítios e fazendas, dedicando-se à cultura de cana e cereais. Os moradores urbanos limitavam-se às profissões liberais, trabalhando como comerciantes, ferreiros, carpinteiros, latoeiros e curadores homeopatas.O município cresceu e se desenvolveu especialmente em função da agricultura, mas a partir da dé-cada de 1970 começou a deixar para trás a tradição agrícola. Parques industriais foram implantados, criaram-se distritos especialmente para essa finalidade e o desenvolvimento acentuou-se na indús-tria e comércio. O principal resultado dessa industrialização foi a produção do primeiro automóvel brasileiro, o Romi-Iseta, lançado em 5 de setembro de 1956.

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TERRA DE DONA MARGARIDA COMPLETA 192 ANOS

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A cidade de Santa Bárbara d’Oeste está localizada a 130km da capital do Estado e pertence a Região Metropo-litana de Campinas (RMC) possuindo uma área total de 271km quadrados. Seu atual prefeito é Mário Celso Heins cujo mandato se encerra em dezembro de 2012. Com um PIB de 2,8 bilhões de reais, Santa Bárbara é a oitava cidade mais rica dentre os dezenove municípios da RMC e a 135ª mais rica do Brasil. Atualmente, conta com cerca de 900 indústrias, onde predominam a média e pequena empresa, com segmentos bastante diversificados, pontificando as indústrias metal-mecânicas, têxteis e de confecção de roupas.Entre os principais pontos de cultura e lazer da cidade, podemos destacar os Parques dos Ipês (o principal da cidade) e Araçariguama, o Tivoli Shopping, o bairro rural de Santo Antonio do Sape-zeiro, o Museu da Imigração, o Cemi-tério dos Americanos e a Usina Santa Bárbara. Entre as festas anuais que são realizadas pelo município a que mais se destaca é a Feira das Nações.No esporte, destaque para o clube de futebol da cidade, o União Agrícola Barbarense Futebol Clube, fundado em 22 de novembro de 1914, e para o nadador barbarense César Cielo Fi-lho – primeiro brasileiro na Natação a conquistar uma medalha de Ouro em Olimpíadas.Na economia e desenvolvimento, a cidade conta com quatorze agências bancárias e outros diversos postos de serviços. Há o Posto do Sebrae e a Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico, à qual cabe traçar as dire-trizes do desenvolvimento, e a repre-sentação da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). A cidade conta ainda com escola do Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial (Senai).No setor de co-municação, o município

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Mário Celso HeinsPrefeito Santa Bárbara d’Oeste

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possui dois jornais (um de circulação diária e outro quinzenal), uma emissora de TV, três emissoras de Rádio e duas revistas segmentadas, além de duas agências de correios.Na saúde, Santa Bárbara possui um hospital, dois prontos-socorros, doze postos médicos, um centro de saúde, um centro de especialidades e um centro de zoonose.

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RECUPERAÇÃO DOS LAÇOS FAMILIARESABE Casa da Criança presta assistência para pais e filhos

É partindo do principio de que educação vem de casa que a ABE (Associação de Benefi-cência) Casa da Criança, de

Santa Bárbara d’Oeste, atua há 52 anos. Além de prestar assistência às crian-ças de baixa renda, a instituição cuida da estrutura familiar. “Não adianta a criança ser educada na creche, conviver em harmonia AQUI, se ela chega em casa e vê tudo diferente. Então, temos o conceito de recuperar os laços fami-liares. De fazer com que o ambiente em casa seja tão harmonioso como o da creche. É uma medida de prevenir problemas na adolescência”, explica Gil Cones, presidente da instituição.Fundada em 1958, a Casa da Criança presta assistência de caráter filantrópico - sem fins lucrativos - para garantir aos filhos de pais que trabalham atendimen-to multidisciplinar. As crianças assisti-das pela entidade aprendem a desenvol-ver o potencial humano, percebendo a importância das relações interpessoais. A entidade tem como foco principal, resgatar a infância e a juventude como momento privilegiado de formação do caráter humano. Tudo potencializado graças à equipe multidisciplinar de 60 funcionários e voluntários, que priori-zam ações sócio-educativas. “Aqui nós damos suporte para as mães que traba-lham. A maioria das crianças que estão aqui são filhos de mães solteiras ou de

famílias marginaliza-das. Por isso, é impor-tante prepararmos essa criança. Dar assistência educacional e psicoló-gica a ela”, relata Gil.Além de assistir crian-ças carentes, a entidade também às protege de maus-tratos. Para isso,

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trabalha com ações psicopedagógica e assistencial, baseada em Valores Hu-manos com crianças, adolescentes e famílias visando a sua realização ple-na. Hoje, o projeto “Projeto Laços de Ternura” acolhe 20 meninas e 20 me-ninos com idades entre 10 a 17 anos. É uma alternativa de moradia provisória, que prima pelo clima residencial, com atendimento personalizado, em peque-nas unidades, para pequenos grupos de pessoas. “Nós já conseguimos desabri-gar crianças e adolescentes. Fizemos um trabalho de recuperação familiar. Damos assistência psicológica não só para elas, mas para os pais também. Te-mos exemplo aqui de crianças que o pai era alcoólatra, e através da assistência psicológica conseguimos melhorar a situação da família”, comemora o pre-sidente da Casa da Criança.Outro projeto que é referência na cida-de é o “Atendimento Sócio Educativo 04 a 15 anos”. Fazem parte desse pro-jeto crianças que estudam meio perío-

do em escola regular e depois vai até a instituição. Os assistidos têm aulas de dança, artesanato, karatê, música, ex-pressão corporal e Inglês. As crianças e adolescentes da instituição também têm todas as refeições do dia, como café da manhã, almoço e café da tarde. Os que residem no lar social também têm o jantar.A entidade atua de forma descentralizada, executando progra-mas de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, articulado com o Serviço de Proteção Social de Atendimento às famílias, Acolhimento Institucional – Serviço de Proteção Social Especial – Alta Complexidade, visando o desen-volvimento humano e a inclusão social. As ações desenvolvidas são baseadas nos Paradigmas do Desenvolvimen-to Humano, e Educação para Valores Humanos visado ao fortalecimento dos vínculos familiares, desenvolvimento da comunidade, promovendo a inclusão social e o resgate da cidadania. Se o número de projetos e ações que

a Casa da Criança executa impres-siona. A quantidade de atendimentos também. Somente em 2009, os adoles-centes do Lar Social, receberam 1.872 orientações psicológicas, 56 orienta-ções familiares, 52 visitas familiares e 36 avaliações psicológicas. Nesse mes-mo período, os alunos do projeto sócio--educativo tiveram 80 atendimentos so-ciais e inúmeras reuniões com os pais. Porém, o número de doações tem caído nos últimos anos. “Servimos 17 mil refeições por mês para 400 crianças e adolescentes que fazem parte do projeto sócio-educativo e mais 10 mil refeições mensais para os que acolhemos no Lar Social. Por isso, precisamos da ajuda da população”.

As doações podem ser feitas através do telefone 19 3499.1910

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Pedagogia

A IDADE CERTA PARA IR À ESCOLA Saiba como tomar a decisão de matricular seu filho e o que esperar da escola

Com o ano terminando, muitos pais pensam em se dedicar ao trabalho e matricular os filhos em

escolinhas. Nunca foi tão difícil para os pais tomar essas decisão. Nos dias de hoje essa questão preocupa mais do que no passado. Afinal, nas últimas

décadas ocorreram muitas alterações: a participação efetiva da mulher no mercado de trabalho, a correria do dia-a-dia, o aumento das escolas e creches, a ansiedade dos pais em rela-ção aos filhos no mundo competitivo, a freqüência de filhos únicos... Esse é o lado racional da questão. Mas, ao

mesmo tempo, no plano emocional, os pais sentem insegurança quanto à ida-de certa para os filhos irem à escola. Daí vem à dúvida. Será que a escola vai entender e atender suas necessida-des?Para a educadora e pedagoga Lucy Casolari, os pais sempre acharão que

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Pedagogia

os filhos são novos e indefesos para irem à escola. “O ponto crucial para decidir é alcançar o equilíbrio entre o emocional e o racional, só assim a mãe estará tranqüila em deixar o filho num ambiente estranho para ambos”, conta. A partir daí, não há uma res-posta absoluta para todos os questio-namentos dos pais e nem uma idade certa para matricular os filhos. A deci-são de mandar a criança para a escola é pessoal. “Uma resposta, única e de-finitiva, para tantos questionamentos que envolvem crianças e famílias com perfis tão diferentes, não existe. A de-cisão depende da análise de alguns as-pectos fundamentais”, esclarece Lucy. O primeiro aspecto a ser ana-lisado pelos pais é a estrutura da fa-mília. Qual a disponibilidade da mãe para cuidar do filho, o quanto as avós podem ajudar e qual a possibilidade de se ter uma babá. Segundo a peda-goga: “Para algumas famílias a esco-la é opção quando as crianças ainda

nem completaram dois anos. Pois, os pais estão ausentes, as avós não po-dem ajudar e não se tem uma babá de confiança”. Em outros casos, a família espera até que a criança complete três anos para ir à escola. “As-sim, a criança tem um tempo maior para a rotina domés-tica, garantin-do brincar em seu próprio espaço, tirar uma soneca em algum mo-mento da ma-nhã e da tarde, não se prender a horários de-terminados”, relata.Mas, é aos quatro anos que o ingres-so na escola é indicado pela maioria

dos especialistas. Nessa idade, mui-tas crianças já possuem sua indivi-dualidade, deixaram as fraldas e as mamadeiras diurnas e já têm autono-mia suficiente para pedir ou reclamar quando algo não lhe agrada. “Hoje se sabe da importância da educação infantil. Uma boa escola pode per-mitir o desabrochar harmônico nos diversos campos: físico, emocional e cognitivo. A escola de educação infantil é fundamental para as crian-ças, principalmente àquelas que não têm contato com as outras. É lá que aprendem a ceder, emprestar, nego-ciar, esperar, cooperar, habilidades que dificilmente podem ser desenvol-vidas no âmbito doméstico”, explica. Crianças na faixa etária dos dois, três e quatro anos precisam ser

cuidadas por adultos o tempo todo. Nessa fase, têm muita energia, pouco noção do perigo e precisam de uma rotina organizada. Por isso, segun-

do Lucy Casolari, os profissionais da escolinha devem acolher os alunos em todos os momentos. “Inclusive

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Pedagogia nos mais agitados. Esse acolhimento não significa permitir tudo, mas que sejam capazes de identificar a ajudar as crianças a superar seus conflitos e frustrações”, saliente. As brincadei-ras, em ambientes escolares, é que vão desenvolver a aprendizagem em todos os momentos. “As crianças precisam de tempo e espaço para brincar de faz--de-conta, com água, terra e argila, no pátio com jogos com ou sem regras. As atividades de cantar e ouvir his-tórias devem ser privilegiadas, assim como as que permitam a expressão e a ampliação das fantasias por meio de diferentes linguagens”, orienta. Agora que você já sabe em qual ida-de a criança pode responder melhor à educação infantil e o que esperar dos educadores, é preciso decidir a escola. Segundo Lucy, acima de tudo, deve ser evitada a escola que tenta a escola-rização precoce. “A função da escola maternal não é substituir a uma mãe ausente, mas suplementar e ampliar o papel que, nos primeiros anos da criança, só a mãe desempenha”, diz a pedagoga citando a frase do psica-nalista D. W. Winnicott, no livro ‘A criança e seu mundo’. Ou seja, uma escola maternal ou jardim de infância deve ser considerado a extensão da fa-mília. A dica da educadora para os pais é um caminho sugerido por Winnicott. “Ao entrar na escola, a criança não pode deixar de lado sua vida afetiva que vi-via no lar. Na escola de educação in-fantil seu filho estará sendo treinado para a primeira série. Desse modo, a escola deve ampliar a função da famí-lia ao promover o relacionamento da criança com outras, de diversas ida-des, com valores e culturas diferentes.

Mas, sobretudo, a decisão da escola e da idade de matricular as crianças é dos pais. Não existe nenhuma regra”, finaliza.

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Pedagogia

Sabendo da importância da leitura para a vida, a colaboradora da revista é formada em Letras, colunista do jornal: “Corpo & Equilíbrio”, voluntária do Canal NET CIDADE – onde apresenta o quadro de entrevistas: Café Cultural, do programa Circuito Net - e atua como palestrante sobre: “A importância da leitura”. Acredita que ler é essencial, estimulante e cita Rita Foelker: “Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.”

O ano está acabando e na cabeceira da cama aquela pilha de livros proposta para 2010 está diminuindo. Ou, em muitos casos, nem saiu do lugar. Que tal começar 2011 lendo um bom livro? Aí vai algumas dicas do que tem bom para ler no próximo ano. Boa leitura!

Palavra Cruzada - O Jogo da entrevistaAutor: Júlio Maria

O início da resenha deste livro diz: “Uma boa resposta depende, invariavelmente, de uma boa pergunta.” E isso o jornalista Júlio Maria, após mais de 130 entrevistas, sabe fazer muito bem. O autor, formado pela Pontifícia Universi-dade Católica de São Paulo, é repórter cultural desde 1998. São 50 entrevistas onde personalidades falam como nunca falaram antes: “Carrego a dor por ter feito um aborto aos 17 anos. A melhor foto que eu não fiz foi o filho que eu não tive” Luiza Brunet. “O meu texto é vivo e transgressor. Que diferença faz para o mundo uma vírgula separando o sujeito de um verbo?” Paulo Coelho. “Deus é criação dos homens. Só passou a existir quando o homem pensou Nele” Gilberto Gil. “Os censores perguntaram quantas vezes eu fazia o movimento com a pélvis. Disse seis. Pediram para eu fazer só três” Ney Matogrosso. “O problema é que toda hora estou regredindo e esse ódio volta pra mim. Isso é algo que ainda penso e que me maltrata muito. Antigamente, eu não conseguia ver os preconceitos, era cego e sofria menos. Agora, eu vejo melhor e sofro mais” Mano Brown.

Ah, Se Eu Soubesse...Autor: Richard Edler

O título chama muito a atenção, pois é o início de várias respostas que damos durante nossa vida. A pergunta base para a elaboração deste livro foi: “O que você sabe hoje que gostaria de ter sabido 25 anos atrás?”. Este questiona-mento é o ponto de partida e as respostas, de presidentes de grandes empresas, das mais diversas áreas, resultam numa leitura atrativa, que analisa a vida e experiência destas pessoas de sucesso, sob aspectos profissionais e pes-soais. Este livro que diverte, também nos leva á reflexão, facilitando os passos daqueles que pretendem alcançar o sucesso. Um livro de histórias curtas que pode ser lido aleatoriamente.Na internet um leitor escreveu: “Ah, se Eu Soubesse... Teria comprado esse livro antes!”

O QUE TEM DE BOM PARA LER?

Ângela Carrascosa Storolli

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Em 2006, ano em que foi criado, o Twitter tinha pouco mais de 600 mil usuários. Quatro anos

depois, já ultra-passou a marca dos 160 milhões. A frase que dá início a essa reportagem tem exatos 140 toques. É uma mensagem cur-ta que tenta encapsular e explicar a evolução do microblog, ao longo de seus quatro anos de existência. Não é fácil construir esse tipo de síntese, mas dezenas de milhões de pessoas praticam diariamente. Agora, não só por SMS. No ano em que virou fe-bre, o Twitter repercutiu os aconteci-mentos do mundo em 140 caracteres e arrebatou mais de 160 milhões de usuários.

Criado em 2006 nos Estados Unidos, o serviço de microblog atingiu seu auge em outubro deste ano: 165 milhões de usuá-rios. Usado por famosos, anônimos, po-líticos e intelectuais de todo o mundo, é um espaço democrático. Alguns usuários fazem piada de si mesmos e de questões do cotidiano, outros expõem a intimidade - contando que vão tomar banho ou o que almoçaram – enquanto uma boa parcela coloca em discussão assuntos polêmicos e de repercussão nacional e internacional. É como se fosse a mistura de um blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas cir-culam pela internet como os textos de blogs. O crescimento é tão grande quem se fosse um país, o Twitter teria população equi-valente a de países com Rússia, México e Japão. Os mais de 160 milhões de usu-

Tecnologia

O ANO EM QUE O TWITTER ULTRAPASSOU OS 160 MILHÕES DE USUÁRIOSSe fosse um país, Twitter teria população equivalente a do Japão. Número de usuários é três vezes maior do que população francesa

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Tecnologia

ários representam quase o dobro da população alemã e é três vezes maior do que a população de potências eu-ropéias como Itália, França e Espa-nha. “Estou extremamente orgulho-so do quanto o Twitter tem vindo nos últimos dois anos. E, eu não pode-ria estar mais animado”, disse Evan Williams, diretor-executivo do Twit-ter, ao blog oficial da ferramenta. Qual o motivo de tanto crescimento?Estamos conectados. Superconecta-dos. Há quase dois bilhões de pes-soas que usam a internet e mais de três bilhões com celulares. É comum falarmos no celular, mandarmos re-cados no Orkut e conversarmos no MSN ao mesmo tempo. Mas, só isso não é suficiente. Queremos intera-gir e nos exibir para um número de pessoas cada vez maior e cada vez mais rápido. O Twitter faz isso. As mensagens são trocadas de maneira constante e, em vez de seguirem para

apenas uma pessoa, vão para todas as pessoas que seguem (adicionaram) o perfil do emissor. Podem ser 50, 500 ou 2,4 milhões de seguidores, como tem o apresentador Luciano Huck. “O Twitter é uma ferramenta de di-fusão de informação. O Twitter é democrático, você pode falar sem ser perguntado, você pode entrar na conversa de quem você não conhe-ce”, explica a jornalista e professora da Teoria da Comunicação da Uni-mep (Universidade Metodista de Pi-racicaba), Rosemary Bars. Os novos usuários: Desde a sua criação, o Twitter vem sofrendo uma série de transformações. A mais evidente de-las é o perfil dos usuários. A grande massa deixou de usar o Twitter para expor sua intimidade e responder a pergunta What are you doing? (O que você está fazendo agora?) e pas-sou a transformá-lo em ferramenta de difusão de informação, com in-

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Tecnologia

formações de utilidade pública. Tan-to é verdade que a empresa mudou o mote para “What’s happe-ning? (o que está acontecendo?).“Acho que foi um movimento muito natural as pessoas migra-rem dos assun-tos pessoais para a informação de interesse co-mum. A massa de usuários aca-bou por definir quase todos os rumos e decisões da ferramenta”, analisa o twitteiro Micael Silva, de 23 anos, que tem 2.596 seguidores e usa sua conta com freqüência desde 2008. O papel de informar está sen-do levado tão a sério que, em muitos casos, usuários publicam aconteci-mentos antes mesmo de a imprensa noticiar. “Dentre os fatos que fiquei sabendo primeiro através do Twitter, é o acidente entre o ônibus e o trem em Americana. As primeiras infor-mações chegaram por volta da meia-

-noite”, conta Micael referindo-se a cobertura da tragédia que matou nove pessoas em Americana, após colisão de um trem de carga e um ônibus, em

setembro. Foco no consumo de informação: O Twitter apresentou mudanças importantes no funcio-namento do site que apontam para o que o ser-viço quer ser no futuro: uma mídia, um am-biente para que informação seja divulgada e, principalmente, consumida. Há estatísticas que afirmam que uma grande parte desses mais de 150 milhões de perfis nunca twittaram sequer uma vez e que o conteúdo no serviço é criado por uma parcela minúscula dos usuários. Isso podia parecer ruim na época em que o Twitter era visto como uma rede social ou uma mera ferramenta de microblog, mas não na nova função de rede de informação. Evan Williams, diretor-executivo do Twitter , garan-te: “Os usuários não precisam escrever nada

Os usuários não pre-cisam escrever nada no site se não têm nada a dizer. Podem apenas entrar lá e consumir o

que está sendo compar-tilhado, o que está sendo

discutido”“

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Tecnologia

no site se não têm nada a dizer. Podem apenas entrar lá e consumir o que está sendo compartilhado, o que está sendo discutido”. Uma das principais ideias do novo Twitter é que você possa fazer mais coisas dentro do site. Por isso agora vídeos e fo-tos são visualizados em uma nova barra, na direita do site. “Realmente o Twitter tem esse papel social. O usuário pode trazer informações de qualquer parte. Colocar fotos e víde-os. É uma ferramenta importante, mas não é a salvação”, conclui a jornalista Rosemary Bars.

DEMOGRAFIA DO TWITTER

Com números e crescimento equivalentes a países desenvolvidos, o Twitter tem sua própria demografia:

População: 165 milhõesTaxa de crescimento populacional: 6 mi-lhões por mêsProduto Interno Bruto (número de tweets no mundo): 90 milhões por dia, 600 por mi-nutoMercado de trabalho: Saltou de 20 funcio-nários em 2006, para 300 em 2010

Seguidores per capita: 300Seguidos per capita: 165Produção cultural (o que as pessoas mais twittam): 5,85% tweets corporativos; 3,75% spam; 3,6% notícias; 8,7% retwit-ts; 40,55% tweets pessoais (vou almoçar) e 37,55% opiniões e conversas.Nacionalidade: Americanos, 50,9%; Brasileiros 8,8%; Bri-tânicos 7,2%; canadenses 4,3% e alemães 2,4%Relações internacionais: O Twitter está em guerra com o Faceboock, que tem 400 milhões de usuários. 80% dos twitteiros têm menos de 100 seguidodores23% dos brasileiros online acessam a ferramenta

165 milhõesde usuários

Seguidores per capita: 300

Americanos, 50,9%Brasileiros 8,8%Britânicos 7,2%Canadenses 4,3%Alemães 2,4%

23%

dos brasileiros online acessam a ferramenta

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84 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 anowww.mixjeans.com.br

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Moda

O JEANS DO ALTO VERÃO

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Moda

agosto de 2010 • FORÇA • 87

Saiba quais sãos as tendência da peça mais versátil do guarda-roupa para aproveitar o calor

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88 • FORÇA • dezembro de 2010 • especial 1 anoWWW.HANIER.COM.BR

A estação mais quente do ano já está aí. As festas de final de ano também. E sempre fica a dúvida:

que roupa usar nas festas de final de ano? Qual peça não poderá faltar no guarda-roupa no verão?A resposta para as duas perguntas é simples: Jeans. Dentre as várias opções de roupas, se tem uma peça que é atem-poral e pode ser usada em qualquer época do ano é o jeans. Você já pa-rou para pensar como é uma peça versátil? Pode ser usada de dia, de noite. Para ir ao shooping, ao par-que à balada. É usada por homens e mulheres. Enfim, há uma infinidade de possibilidades quando falamos do denim. E para o alto verão ele pro-metem ser o hit da estação.Uma das grandes vitrines para o mundo da moda, o Brasil já tem ab-sorvido várias tendências. Para este verão espere um jeanswear confor-tável e leve, com fácil adaptação do trabalho para a balada. Outra boa notícia para os fãs do denim, é que eles virão em várias peças, não so-mente nas calças e bermudas, mas

em macacões e macaquinhos, saias, tops, coletes e boleros. Portanto, os vestidos são uma ótima opção para estar elegante e confortável na noi-te de Natal. Já para quem vai curtir as festas de final de ano em ritmo de balada com os amigos, que tal agre-gar no seu look o charme de um co-lete jeans? Para os dias mais quentes invista em saias e shorts. Opções não faltam. Independente do seu estilo, no alto verão 2010/2011 não faltarão peças confortáveis, bo-nitas e elegantes. Confira os temas da coleção alto verão da Covolan Je-answear. A empresa é referência para as principais marcas e alia conforto com tecnologia, sustentabilidade, criatividade e qualidade. Aproveite as dicas e componha seu look para o final de ano.

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especial 1 ano • dezembro de 2010 • FORÇA • 89

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Moda

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Moda

4. OUSAR: Inspirado no universo do rock, da literatura e cinema, o jeans aparece com aspecto mais agressivo com aplicações de metais, cristais e couro.Espírito transgressor, ousado e jovem do rock and roll se mistura com a tendência dark inspirada por contos e romances literários, e adaptações para cinema e televisão.

1. RESGATAR Inspiração do passado para produzir peças atuais. O passado é inspirado para criar peças contem-porâneas é um dos aspectos mais fortes da moda atual. Nos jeans, essa tendência se expressa de di-versas maneiras. Dos anos 90, por exemplo, volta à cena o estilo grunge.

2. SIMPLIFICARO conforto exigido pelo dia a dia. Valorizar o básico e do que é simples, facilita o dia a dia e inspira uma moda que foca o conforto. Elementos de fora das grandes cidades inspiram o ideal de uma vida simples. Shapes prioriza o conforto, simplicidade e funcionalidade, com poucos detalhes e bolsos funcionais e discretos.

3. CELEBRARO clima de diversão com sensações positivas. Sites de relacionamento permitem que os seres humanos dividam idéias e experiências. Sha-pes, peças soltas do corpo, lavagens claras e patchs expressam a criati-vidade, a irreverência e o clima fes-tivo do verão 2011.

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Social

26ª FEIRA DAS NAÇÕES DE SANTA BÁRBARANos dias 5, 6 e 7 de novembro a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e do Fundo Social de Solidariedade, realizou uma das mais aguardadas festas do calendário de eventos da cidade: a 26ª edição da Feira das Nações. Confira quem passou pelos três dias de evento, que aconteceu nos barracões da antiga Usina Santa Bár-bara. As fotos são de Soraya Teizen.

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01 - Prefeito Mário Heins e a primeira-dama Karen Heins 02 - Maria Cristina Victorino, Maria Cecília Branco, Vanessa Mariotti e Renato Victorino03 - Clodoaldo Fracassi e Laerte Zúcollo04 - João Rosineli e Dr. Varella acom-panhados de suas esposas05 - Cláudia Trochmamm, Ivan e o filho Rafael, Andreia Camargo, Clo-domir Bueno e o filho Gustavo06 - Família Machado07 - Neiron e família08 - Vera, Nélia e Cecília Sans09 - Comendador Giovani Buldroni10 - Fiuk durante a apresentação da Banda Hori11 - Serginho e esposa12 - Voluntários Creche SOS13 - Família Cabral14 - Musical Infantil Cocóricó ani-mou as crianças

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Social

15 - Fernando e Cecília com os filhos16 - José Maria de Araújo Jr e sua esposa17 - Não faltou opção para brincadeira18 - Renato Victorino e esposa

19 - Família Rotary20 - Festa atraiu público de todas as idades21 - Amigos aproveitaram oportunidade para se encontrarem22 - “Chef Buck” e família

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“O handebol é o esporte mais pra-ticado nas esco-las. Mas, no Bra-sil o que falta é transmissão dos

jogos em TV aberta. Quando os jogos fo-ram transmitidos em TV aberta, os índi-ces de audiência foram ótimos”, defende. A vida de Rogério Pinto no esporte não se resume somente no apito. Ele é presiden-te da Liga de Handebol do Estado de São Paulo e comanda um dos maiores cam-peonatos do país na modalidade. “Hoje, a liga está com 32 entidades e 2.4000 atletas inscritos. Este ano, fecharemos o campeonato com 710 jogos. Já é um dos maiores do Brasil”. Com 2010 chegando ao fim, o barbarense já está arrumando as malas para janeiro de 2011. Entre os dias 13 e 30 de janeiro a dupla brasileira vai apitar o Campeonato Mundial Masculino Adulto, que acontece na Suécia. A agenda de 2011 promete. Rogério Pinto também estará presente nos Jogos Desportivos Pan-americano , que acontecerão em Guadalajara (México).

Social > Personalidades

CRAQUE NO APITOBrasileiro está no grupo de elite e é um dos melhores árbitros de handebol no mundo

O Brasil não é um país conhe-cido somente por revelar grandes atletas no futebol, no vôlei, no basquete, no

automobilismo e na natação. Daqui tam-bém saem grandes árbitros. E não é só do futebol. Uma das modalidades mais praticadas durante a vida escolar e pouco divulgada pela mídia de massa, o hande-bol tem um representante brasileiro digno de craque. Ele atende pelo nome de Rogé-rio Aparecido Pinto, é de Santa Bárbara d’Oeste, tem 40 anos, é casado, tem um casal de filhos, é professor de educação física, presidente da Liga de Handebol do Estado de São Paulo e um dos melhores árbitros do mundo na modalidade.Junto de seu companheiro de dupla, Nil-son Meneses, já atuou em mais de 15 competições internacionais e se orgulha do feito inédito: ser a única dupla de ár-bitros brasileiros que apitou campeonato mundial e olimpíadas. “Para mim é uma honra defender a arbitragem brasileira junto com meu companheiro de trabalho. Por estar entre os melhores árbitros do mundo, fazendo parte da elite mundial da

arbitragem, pois somos a única dupla da história a participar em mundiais adulto masculi-no e jogos olímpicos, isso tudo devo a minha família que sem-pre acreditou em meu traba-lho”, conta.Dentre suas atuações inter-nacionais, destaque para o: Campeonato Mundial Juvenil Masculino no Ca-tar em 2005; Cam-peonato Mundial Adulto Masculino - Alemanha 2001; Campeonato Pan--americano Adulto Feminino, em Santo Domingo - Republi-ca Dominicana 2007; Good Luck Beijing - China 2008; Pré Olímpico Feminino - Nimes França 2008; Jogos Olpimpicos, Beijing 2008 – China; Jogos Centroame-ricanos - Panamá 2010, dentre outros. A lista de competições de alto nível apitadas por Rogério é extensa. Assim como sua experiência em lidar com situações de pressão dentro da quadra.“Se comparado com o futebol, enquan-to no campo todo mundo fala palavrão. No handebol isso não é permitido. Mas, a pressão tem nos dois esportes. Assim como no futebol, o handebol também é um jogo de interesse. Tem pressão dos jogadores. É preciso conquistar respeito. No handebol é a mesma coisa do que no futebol: o melhor árbitro é aquele que não aparece. Que não é lembrado depois da partida” relata. Outra comparação com o futebol vem da midiatização do esporte.

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Gastronomia

CARDÁPIO PARA CELEBRARCaro leitor, em dezembro passado, recebi o convite para participar desta re-vista que estava nascendo. O projeto ficou muito bom na primeira edição e sua qualidade foi crescendo ao longo deste ano, surpreendendo muitos que não acreditavam que uma revista barbarense teria tanta qualidade.Parabéns a toda equipe da Revista Força pelo primeiro ano que estamos completando e que esta revista cresça ainda mais no próximo ano e nos outros que virão.Mas, dezembro não é uma data especial somente pelo aniversário da revista, o Natal e o Réveillon já está aí. Por isso, preparamos um cardápio especial para você celebrar com seus amigos, com a sua família. Enfim, com as pessoas que você. Aproveite para reuni-los e surpreende-los com deliciosos pratos. Boas festas!!! Até 2011!

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Ingredientes1 chester temperado de aproximadamente 3 Kg1 colher (sopa) de manteiga amolecida1 colher (sopa) de mostarda2 xícaras (chá) de vinho branco seco1 colher (sopa) de mel1 colher (sopa) de molho de soja (shoyu)1 lata de pêssego em calda picados1 lata de abacaxi em calda picados1 lata de figo em calda picados

Gastronomia

CHESTER COM FRUTAS EM CALDA

Modo de Preparo:Coloque o chester em um refratário e pincele com a manteiga.Regue com a mostarda misturada ao vinho e cubra com papel laminado e leve ao forno médio (preaquecido), por aproximada-mente 2 horas.Retire o papel laminado e cubra com o mel misturado com o mo-lho de soja, e volte ao forno por mais 30 minutos ou até dourarColoque em uma travessa o chester assado e em volta dele deco-re com as frutas picadas.Sirva em seguida.

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Ingredientes3 colheres (sopa) de açúcar.3 xícaras (chá) de água.1 canela em pau.3 xícaras (chá) de leite condensado.2 xícaras (chá) de leite.1 colher (sopa) de essência de baunilha.3 gemas.3 colheres (sopa) de amido de milho.½ xícara (chá) de creme de leite sem soro.3 pacotes de biscoito champanhe (540gr.).1 xícara (chá) de raspas de chocolate branco.1 xícara (chá) de raspas de chocolate ao leite.

Ingredientes1/2 xícara (chá) de suco de laranja.1 garrafa de champanhe.½ garrafa de vinho branco gelado.½ litro de água mineral.Açucar à gosto.Cubos de gelo à gosto.Rodelas de laranja e cerejas para decorar.

PAVÊ DE LEITE CONDENSADO

COQUETEL TROPICALRECEITA PARA 2 LITROS

Modo de Preparo:Em uma panela, em fogo médio, ferva o açúcar com a água e a canela por 5 minutos. Desligue o fogo e deixe esfriar.Em outra panela, leve ao fogo médio o leite condensado, o leite, a essência de baunilha, as gemas e o amido de milho dissolvido em água, mexendo até engrossar. Desligue o fogo, misture o cre-me de leite e deixe amornar.Umedeça os biscoitos na calda de canela. Em um refratário pequeno e alto, intercale camadas de biscoitos umedecidos e de creme, terminando em creme.Cubra com as raspas de chocolate branco e ao leite. Leve à gela-deira por 3 horas antes de servir.

Modo de Preparo:Misture os ingredientes cerca de 30 minutos antes de servir.Por último, acrescente o gelo. Decore as taças com as rodelas de laranja e as cerejas.

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Ingredientes1 colher (sopa) de manteiga1 cenoura média ralada¼ de xícara (chá0 de uvas-passas½ xícara (chá) de presunto em cubos½ xícara (chá) de champignon em laminasSal e pimenta-do-reino à gosto4 xícaras (chá) de arroz cozido1 lata de creme de leite1 xícara (chá) de requeijão cremoso1 colher (sopa) de salsa picadaQueijo parmesão ralado para povilhar

ARROZ DE FORNO NATALINO

Modo de Preparo:Aqueça a manteiga em fogo médio e refogue a cenoura por 3 minutos. Adicione a uvas-passas, o presunto, o champignon e refogue por 2 minutos. Tempere com sal, pimenta e reserve.Misture o arroz com o creme de leite, requeijão e a salsa. Em um refratário, intercale camadas de arroz e do refogado, ter-minando em arroz.Polvilhe com o parmesão e leve ao forno alto pré-aquecido, por 15 mnutos.Sirva decorado à gosto.

Gastronomia

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IngredientesSuco natural de uva, manga, abaca-xi e maracujáLeite condensado1 rodela de laranjaCerejaCasca de limãoPalito de dente

Modo de Preparo:Despeje aleatoriamente o leite condensado nas laterais do copo. Acrescente um pouco de cada suco, mesclando os sabores. Note que o coquetel deve ficar com um efeito marmorizado e colorido.Para decorar, espete o palito na ro-dela de laranja, sobreponha a cereja e a casca de limão

Gastronomia

COQUETEL DE FRUTAS(SEM ÁLCOOL)

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VAMOS BEBER ESTRELAS!Quando o padre Perrignon desafiou o diabo e entrou nas caves escuras onde explosões e barulhos maléfi-cos aconteciam, não podia imaginar que encontraria lá um anjo. Talvez não tenha imaginado que aquelas borbulhas que mandavam as rolhas pra longe, lhe pa-receriam estrelas mais tarde.Também não creio que o padre cego, visse num futuro distante que sua descoberta seria símbolo de uma festa bem gostosa, a virada do ano.A cada ano mais pessoas brindam a festa do réveillon com um espumante, por mais que as cervejarias inven-tem e engarrafem a cerveja na forma de espumantes, mesmo assim, mais e mais pessoas compram e cele-bram com o vinho borbulhante.Que bom que isso está acontecendo, uma festa onde todos estão de branco, onde as diferenças e passagens ruins ficam pra traz, onde a esperança se renova, na noite onde mais uma página da vida é virada, as taças têm que ter o liquido fresco, aromático, borbulhante e refrescante de um bom espumante, pode ser nacional. Aliás, muita gente mundo a fora faz questão de beber nossos espumantes, afinal são muito bons e com pre-ços ótimos. Também pode ser um espumante argen-tino ou chileno, esses cada dia melhor, pode ser ita-liano, um Proseco ou até um bom Lambrusco, se for um espanhol será uma bela Cava, assim é chamado o

Gastronomia

espumante de lá e se for um genuíno Champa-nhe será um espumante feito nessa região da França segundo seus conceitos, diretrizes, uvas e padrões exigidos por lei, nesse caso o bolso sofrerá um pouco, mas a alma e o paladar irão agradecer.Não importa o espumante, não importa a ori-gem, não importa se estaremos na praia, no clu-be ou em casa.O que importa é a companhia e a idéia de cele-brar uma nova fase da vida que vem por ai, um novo ano que nasce pra renovar esperanças e solidificar desejos, o que importa é poder beijar quem a gente ama e desejar saúde, paz, amor e sorte.Por isso, no momento em que tintilarem as taças, estaremos mais perto de Deus, alcança-remos os céus e aproveitando que estamos lá, beberemos estrelas.Viva as borbulhas, viva o padre Perrignon!

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O MUNDO É A MELHOR ESCOLAAos 21 anos, Marco Enrique é um autêncio filho do mundo. Está em seu segundo intercâmbio e quer mais

Falar mais de dois idiomas não é difícil pra ele. Além de por-tuguês, espanhol, francês e inglês fluente, fala bem o ale-

mão e o italiano. Morar longe da família já é comum. Conhecer e vivenciar novas culturas são de praxe em sua vida. Fazer amigos por onde passa também. Vontade de conhecer o mundo e as mais diversi-

ficadas culturas é seu objetivo. Quem o vê falando ou andando pela universidade onde estuda pensa que é um brasileiro nato. Alegre e prestativo. Mas se engana!

Marco Enrique Tello Largo, de 21 anos, é mexicano e o Brasil só é mais um dos países pelo qual está fazendo intercâmbio. O jovem já morou na França e depois do Brasil pretende desembarcar na Espanha. Com tanta cultura adquirida, não é exa-gero dizer que realmente Marco tem uma bagagem itinerante; caminha de um lado pro outro em busca de conhecimento.

Quando perguntado onde é sua casa, não êxita em responder: “faço cada país um pouquinho meu!” Acostumado a viver longe dos pais e da irmã, Marco garante

que não teve grandes dificuldades para se adaptar ao Brasil. Há cinco meses mora em Piracicaba e estuda marketing na uni-versidade da cidade. “Sempre é compli-cado quando a gente chega num país di-ferente. Tem que se adaptar a uma cidade e a pessoas diferentes. Comidas e horá-rios diferentes. Aqui tive problema com o horário. É mais cedo do que no México.

Mas, o pessoal daqui é legal e tem muita coisa em comum com o México. O clima é maravilhoso”, comemora. O espírito aventureiro ele garante que

Histórias de minha vida

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nasceu cedo. “Sempre tenho saudades de casa. O México pra mim é inesquecível. Mas, eu faço de cada país um pouquinho meu. Eu me lembro que pedia passagem para o Papai Noel para viajar. Não pedia brinquedo, nem bicicleta”. Mas, não é só Marco que quer viajar o mundo. O espí-rito aventureiro vem de família. “Minha irmã tem 17 anos e quer fazer faculdade na China”, conta. Sobre o apoio dos pais? “Foram eles que me enviaram para inter-câmbio. Com nove anos. Para a França. Fiquei só um mês, eu era muito novo. Mas, valeu muito apena. Eu aprendi a ser mais independente desde novinho. Sem-pre é difícil ficar longe de casa, mas já estou acostumado”, conta. Diante de tanta experiência Marco ga-

rante: “Aprendi que a gente sempre vai aprender. Mesmo que tenha alguma difi-culdade. Seja aqui no Brasil ou em outro país que eu viaje. Eu fico feliz de ter essas experiências, porque com as experiências

negativas eu aprendi e aprender é o que eu mais valorizo”. Com os intercâmbios, o mexicano conta que tem uma bagagem que não conseguiria em nenhuma faculdade. “Viajando você vai aprender coisas que não vai aprender nem na melhor faculdade”, relata com propriedade Marco Henrique. E ele ainda quer mais. Muito mais! Quando perguntado sobre os planos para os próxi-mos anos, não economiza palavras e aspirações: “Tenho tantos projetos. Primeiro quero fazer meu serviço social na Indústria Aeroportuária Mexicana. Quero fazer estágio na Arábia ou em Singapura. Fazer intercâmbio na Espanha. Voltar para o Brasil e trabalhar em alguma empresa no Estado de São Paulo. Mas, na verdade a gente nunca sabe se o que planejamos vai acontecer. Tudo fica nas mãos de Deus”, pondera. A passagem de Marco Enrique pelo Brasil termina neste mês, mas seu espírito aven-tureiro sempre está pronto para voltar e descobrir o que ainda não pode ser explorado.

“A liberdade está dentro de cada um. Viajar nos ajuda a lembra desse sentimento que muitas pessoas esquecem. Eu recomendo sempre antes de comprar alguma coisa ma-terial, investir em viagem. Quando a gente morrer a única coisa que levaremos é essa experiência. O que aprendemos conhecendo outros lugares e estando em contato com outras pessoas”, finaliza.

Histórias de minha vida

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Daqui a poucos dias chega ao fim mais uma volta da Terra ao redor do Sol. Por mais que ela tenha re-petido esse movimento centenas

de milhões de vezes, para nós, simples mor-tais, é sempre um recomeço, cheio de simbo-lismos. Ano novo é sempre sinônimo de vida nova e projetos novos. Mas, também é sinôni-mo de energias antigas. É que sempre pensa-mos em renovar nosso exterior e nos esquece-mos do corpo e da mente. Afinal, são eles que trabalham para concretizar nossas promessas. “Todo ano é a mesma coisa. A pessoa quer mudar fora e não muda dentro”, conta Aline Rodrigues, professora de Yoga e meditação e administradora do Instituto de Haja Yoga e Meditação, de Campinas.Resultado? Começamos o ano com as energias esgotadas e no meio do ciclo somos vencidos pelo cansaço e pelo estresse. No final das con-tas, mais um ano se passou e a maioria dos projetos não saiu do papel. Por isso, tem muita gente correndo atrás do prejuízo, ou melhor, da tranqüilidade. Para evitar que o desgaste emocional seja maior do que o desgaste físico, muitos já estão abrindo mão de alguns minu-tos do dia para relaxar. Só assim, é possível recuperar as energias. “A sociedade contem-porânea se apresenta para a maioria das pes-soas de forma frenética. Ficamos estressados não só pela correria do trabalho. Mas, porque as pessoas se cobram, ficam ansiosas, querem cumprir com suas responsabilidades”, analisa a professora de Yoga.

Equilíbrio entre o corpo e mente são fundamentais para começar o ano com as energias renovadas

ANO NOVO, MENTE NOVA

Saúde

Técnicas de relaxamentos não faltam. As mais procuradas são aulas de Yoga, Tai Chi Chuan e massagens relaxantes. “Antes não éramos tão estressados porque tirávamos um tempo pra nós. Hoje, as pessoas vivem da tensão e se esquecem de dar uma pausa. Por isso, a Yoga, a meditação, as massagens são tão importantes. Essas técnicas tra-balham com a mente, o corpo é conseqüência. Elas nos garantem a percepção direta da realidade”, explica Aline Rodrigues. Para chegar neste estágio, é preciso saber administrar a rotina. O primeiro passo é dedicar pelo menos 15 minutos do seu dia para relaxar e renovar as energias, ficar longe do barulho do trânsito, do telefone, esquecer os problemas e pensar em coisas positivas. Quem não tem disponibilidade para freqüentar aulas de Yoga ou fazer massagens, pode meditar em casa. Aline ensina que contar a respira-ção por alguns minutos ajuda a tranqüilizar. “Para fazer esse exercício é preciso estar sentado, com a coluna reta. O local precisa ter claridade e a pessoa pode estar sentada numa cadeira ou em cima da cama. Sem forçar a respiração comece a contar de um a dez. Preste atenção no ar entrando e saindo das narinas. Fazendo isso por 15 minutos é o ideal”, ensina. Para estabelecer o hábito e começar a ver os resultados, a téc-nica deve ser feita ao menos uma vez por dia, por 28 dias. Os horários mais indicados para a prática são: 6h e 18h; ou 10h e 15h; ou 12h e 20h. Seja em casa ou com a ajuda de profissionais especializados, por que não aproveitar o fim deste ano e o começo do próximo para colocar as energias em ordem? Preparamos uma lista com algumas técnicas de relaxamento mais procuradas. Conheça seus benefícios e aproveito o Ano novo, com mente nova.

MassagensAyurvédica: Ao mesmo tempo energética e profundamente rela-xante, é uma das massagens mais tradicionais da Índia. Está associa-da à medicina ayurveda, o mais antigo sistema medicinal holístico da humanidade, com mais de 5000 anos de existência. O termo ayurveda deriva da junção das palavras “Ayu” (vida) e “Veda” (conhecimento), ou seja, significa “ciência da vida”. A massagem ayurvédica consiste

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Saúde

na aplicação de movimentos fortes em toda a massa muscular, combinados com técnicas de tracção e alongamen-to e de estimulação de órgãos vitais. A massagem é aplicada com o auxílio de óleos naturais, aquecidos à tempe-ratura ambiente, e deve ser realizada no chão, sobre um pequeno colchão. Muito eficaz contra problemas de stress, insônias e ansiedade, ajuda a libertar toxinas e a combater a fadiga muscular.

Geotermal (Pedras Quentes): A massagem geotermal (hoje mais conhecida como massagem de pedras

quentes) nasceu no Oriente há mais de dois mil anos. Usada em várias cultu-ras, baseia-se na aplicação de pedras quentes e frias. As pedras utilizadas neste tipo de massagem são pedras vulcânicas de basalto, macias e po-rosas. Combinadas com os óleos es-senciais, constituem uma experiência altamente envolvente e relaxante. Para além do efeito de relaxamento muscu-lar, esta massagem tem um efeito va-sodilatador e ajuda a recuperar ener-gias.

Reflexoterapia: Esta massagem faz parte de uma técnica milenar – a

reflexologia – que assenta em pressões rítmicas em pontos específicos do pé, correspondentes a cada uma das par-tes do corpo. Os pés representam, as-sim, um mapa de todo o corpo, sendo a chave para a prevenção e tratamen-to de vários problemas. Relaxamento muscular e diminuição da tensão e do stress são os principais benefícios.

MeditaçãoYoga: É uma antiga filosofia de vida que se originou na Índia há mais de 5000 anos. Não obstante, ela figura ainda hoje em todo o mundo como o mais antigo e holístico sistema para colocar em forma o corpo e a men-te. Atua em todos os níveis do nosso ser: físico, mental e emocional. Mas o que torna o Yoga único é o fato dele não apenas alongar todas as partes do corpo, mas também massagear os órgãos internos e as glândulas. Ele coordena o sistema respiratório com o corpo físico, relaxa os músculos e a mente, estimula a circulação e au-menta a provisão de oxigênio em to-dos os tecidos. A prática regular do Yoga garante uma qualidade de vida

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Saúde muito melhor, livre dos efeitos nocivos da correria e da tensão do quotidiano.

Tai Chi chuan: O Tai Chi Chuan é com-posto de movimentos circulares, concomi-tantes com respiratórios, que vão relaxando o corpo à medida que são efetuados, sem utili-zação de força física. A sequência aprendida dos movimentos são contínuas, delicadas e circulares, desenvolvendo o alongamento do corpo e ativando a circulação do praticante, além de relaxar os músculos. Relaxa a mente, assim como o corpo. Auxilia a digestão, acal-ma o sistema nervoso, é benéfico para o cora-ção e a circulação sanguínea, tornam flexíveis as articulações e rejuvenesce a pele.

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Saúde

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Passar roupa e esfregar o chão podem não ser tarefas prazerosas, mas queimam muitas calorias

20 ATIVIDADES COTIDIANAS QUE AJUDAM A EMAGRECER

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Uma boa parcela das mu-lheres contemporâneas se desdobra para cuidar da casa, dos filhos e do traba-

lho. Quando o assunto é o cuidado com o corpo, a dieta não sai do papel e ir à academia é praticamente utopia. A boa notícia para essas mulheres é que as ati-vidades que desenvolvemos durante o dia podem potencializar a queima de calorias e conseqüente a perda de peso. Passar roupa ou esfregar o chão – por exemplo - podem não ser atividades prazerosas, mas queimam muitas calo-rias. Se você gosta de jogar baralho ou assistir televisão, acredite, também está queimando calorias. Se esse momento de entretenimento vir acompanhado de beijos, é certeza de centenas de calorias a menos. “Absolutamente tudo o que fazemos queima calorias. Para quem não fre-qüenta academia, as atividades do-mésticas ou do trabalho amenizam os efeitos da vida sedentária. Por isso, é sempre importante estar em movimen-to. Ainda assim, é preciso ter cautela na alimentação e escolher alimentos sau-dáveis”, explica a educadora física Ma-ria Helena Guidolin. Se num dia você: escovou os dentes quatro vezes, por pelo menos dois minutos cada, varreu a casa, tirou o pó dos móveis, passou e dobrou

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Saúde

as roupas, esfregou o chão, fez o jantar, assistiu Tv e, ainda, jogou baralho com os amigos e trocou beijos com seu com-panheiro, você queimou mais de 1300 calorias. Ou seja, mais da metade do que é recomendado consumir diariamente.Segundo Maria Helena: “É possível fa-zer exercícios a qualquer hora do dia e em qualquer situação”. A educadora fí-sica dá a dica: “Enquanto você atende ao telefone, faça agachamentos. Com as pernas afastadas, flexione e estenda as pernas. Com esse exercício você gasta-rá 50 calorias em 10 minutos. Se na sua casa ou trabalho tem escadas, você su-bir escadas 5 minutos, vai queimar 100 calorias. Em uma hora pode perder até 1.000 calorias”, ensina.Confira a seguir as atividades e a quanti-dade de calorias que elas queimam, com base no gasto calórico de uma pessoa de 70 Kg, segundo o site HowStuffWorks, e aproveite para emagrecer enquanto de deixa a casa arrumada e se diverte. Pes-soas com peso superior a esse queimam mais calorias.

1. FAZER COMPRAS NO SUPER-MERCADO: Empurrar o carrinho para cima e para baixo nos corredores do supermercado durante uma hora queima em torno de 243 calorias e você ainda ficará familiarizado com os nutrientes e alimentos saudáveis. Empacote suas próprias compras, carregue-as você

mesma até o carro e devolva o carrinho para o local adequado e você queimará ainda mais.

2. ESCOVAR OS DENTES: A maio-ria dos dentistas recomenda que você escove seus dentes por, no mínimo, dois minutos. Isso significa uma perda de 5,7 calorias por escovação. Se colocarmos na ponta do lápis que escovamos os den-tes pelo menos quatro vezes ao dia, além de estarmos com a boca saudável quei-maremos 22,8 calorias ao dia.

3. TIRAR O PÓ: Tirar o pó das mesas, prateleiras e enfeites da sua casa requer tempo e disposição. Afinal, a tarefa pre-cisa ser feita quase todos os dias. Quer um motivo para correr tirar o pó da sua estante? Durante 30 minutos essa ativi-dade queima algo em torno de 80 calo-rias.

4. BEIJAR: Beijar pode não queimar tantas calorias como tirar o pó – mas pode ser muito mais divertido e praze-roso. Beijar durante 30 minutos queima 36 calorias.

5. PASSAR ROUPA: Passar roupa é uma das tarefas que requer mais tempo e atenção das mulheres. Também é pre-ciso uma dose de paciência. Pois bem, se até você tinha todos os motivos para detestar essa tarefa, saiba que: passando roupas durante 30 minutos você queima 76,5 calorias

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11. JOGAR BARALHO: Depois de um dia pesado em casa ou no trabalho, é hora de se divertir com os amigos e perder peso. Se o encontro não acontece numa academia, que tal jogar baralho? Três horas jogando cartas queimam 351 calorias.

12. COZINHAR: Você queimará 74 calorias durante os 30 minutos que des-penderá preparando o jantar. É claro que nada disso funcionará se você comer logo em seguida uma refeição muito ca-lórica. No lugar disso, escolha alimentos saudáveis.

6. PINTAR A CASA: Você sabe que precisa pintar a casa, mas está faltando motivação. Será que ajuda saber que pin-tar a casa durante três horas queima algo em torno de 1.026 calorias? E que passar a segunda mão de tinta pode fazer você usar a calça um número menor. Então, já sabe, aproveite o final do ano renove a casa para as festas e entre naquele vesti-do que está justo demais.

7. DOBRAR ROUPAS: Sabe aquela pilha de roupa que está te esperando na lavanderia? Dá preguiça até de olhar. Não se você substituir o número de peças que tem para dobrar por calorias que você vai perder. Não tenha medo de olhar para a sua lavanderia. Dobrar roupas durante 30 minutos queima 72 calorias.

8. CATAR O LIXO: Se o seu bairro precisa de um mutirão da limpeza, não perca tempo. Chame seus vizinhos e re-

colha o lixo das ruas. Catar o lixo da vi-zinhança durante cerca de quatro horas queima algo em torno de 1.800 calorias e você ainda será bem visto pela comu-nidade.

9. ESFREGAR O CHÃO: Se você sempre pensa duas vezes antes de pegar o balde e o esfregão para limpar o chão, não será preciso pensar tanto assim. Além de ver sua casa limpinha, 30 mi-nutos limpando o chão queimam cerca de 153 calorias.

10. CORTAR GRAMA: A grama do jardim está alta? A tarefa só vai ser fei-ta no final de semana pelo seu marido? Faço você. Uma hora empurrando o cor-tador de grama ao redor do jardim quei-ma 324 calorias. Mas, sentar sobre uma roçadeira móvel não conta.

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17. LAVAR O CARRO: Não deixe essa tarefa para os homens da casa. Pe-gue logo o balde e a mangueira – meros 20 minutos lavando o carro queimam 102 calorias.

18. DORMIR: Até mesmo quando está dormindo você queima calorias. Oito horas de um bom sono queimam 360 ca-lorias. Mas, não consuma o dobro dessas calorias perdidas durante a noite logo no café da manhã.

15. VARRER A CASA: Esse exercício deve ser feito diariamente em casa e o melhor é que queima calorias e tonifica os músculos do braço. Mover a vassoura para frente e para trás durante 10 minu-tos queima 28 calorias e você terá ainda um suporte que pode servir como um microfone ou um parceiro para dançar.

16. ASPIRAR O TAPETE: Você sabe que o tapete precisa ser limpo, só não sabe que 20 minutos o aspirando quei-mam 56 calorias. Agora, multiplique esse número pelo tanto de tapetes que você tem em casa. Certamente as colo-rias do lanche da tarde serão eliminadas.

13. TROCAR OS MÓVEIS DE LU-GAR: A sala ou o quarto de sua casa já estão sem graça com os móveis sempre no mesmo lugar? É sempre bom mu-dar, ainda mais quando se pode perder calorias. Cada hora trocando os móveis de lugar queima 504 calorias. Pensando nisso, ofereça-se para ajudar seus ami-gos.

14. REMOVER A NEVE: Tudo bem que moramos num país tropical e neve por aqui só se for artificial. Mas, nós não temos idéia do grande exercício que estamos perdendo não tendo neve para remover no quintal ou na garagem. Trin-ta minutos removendo a neve queimam 202,5 calorias.

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19. FAZER JARDINAGEM: Duas horas de jardinagem queimam 648 ca-lorias e você ainda poderá plantar vege-tais e frutas tornando a sua alimentação mais saudável. Além disso, a atividade é considerada uma terapia.

20. ASSISTIR TV: Finalmente, depois de tanto esforço durante o dia é hora de descansar e se esticar no sofá. Acredite, mesmo assistir televisão vale a pena. Uma hora em frente ao aparelho queima 72 calorias. É claro que se você tirar o pó da sala ao mesmo tempo queimará muito mais.

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TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE QUEIMADURAS

As causas mais freqüentes das queimaduras são a chama de fogo, o contato com água fervente ou outros líquidos

quentes e o contato com objetos aqueci-dos. Menos comuns são as queimaduras provocadas pela corrente elétrica, trans-formada em calor ao contato com o corpo. Queimadura química é denominação im-própria dada às lesões cáusticas provoca-das por agentes químicos, em que o dano tecidual nem sempre resulta da produção de calor.As queimaduras em crianças, na maioria dos casos, acontecem no ambiente domés-tico e são provocadas pelo derramamento de líquidos quentes sobre o corpo, como água fervente na cozinha, água quente de banho, bebidas e outros líquidos quen-tes, como óleo de cozinha. Nesses casos costumam ser mais superficiais, porém mais extensas. Ainda é causa comum de queimaduras, no Brasil, a chama de fogo

pela manipulação de álcool etílico líquido, responsável pela maioria dos casos em adolescentes e pela segunda maior causa em crianças atendidas em hospital de refe-rência em urgência de Minas Gerais e por 40% das queimaduras de crianças entre sete e 11 anos de idade em um hospital--escola no Estado de São Paulo.Ao contrário, os adultos queimam-se com mais freqüência com a chama de fogo e principalmente no ambiente profissional. As queimaduras resultantes, portanto, costumam ser mais profundas e, usual-mente, acompanham-se dos danos causa-dos pela inalação de fumaça.As queimaduras por contato com objetos quentes, tais como fornos, tostadores, gre-lhas e aquecedores, são mais comuns em indivíduos em crise convulsiva, alcooliza-dos ou sob efeito de drogas ilícitas, assim como idosos durante episódios de perda da consciência. Também tendem a ser mais profundas devido ao contato prolon-

gado com a fonte térmica. As injúrias elé-tricas podem ser causadas pela passagem da corrente elétrica através do corpo ou pela exposição ao calor gerado pelo arco de corrente de alta tensão. No primeiro caso, além do dano térmico, há risco de al-teração na condução elétrica cardíaca, que deve ser devidamente monitorada.Anualmente no Reino Unido 250 mil pessoas sofrem queimaduras, 175 mil são atendidas em unidades de emergência, 13 mil são hospitalizadas, 1.000 necessitam medidas de ressuscitação hidroeletrolítica, e 300 evoluem para óbito. Entretanto, os números são muito mais alarmantes nos países em desenvolvimento, por exemplo, o Nepal, onde a mortalidade pode atingir 17 vezes o índice britânico.Segundo a Sociedade Brasileira de Quei-maduras, no Brasil acontece um milhão de casos de queimaduras a cada ano, 200 mil são atendidos em serviços de emer-gência, e 40 mil demandam hospitaliza-

Saúde Dr. Maeda

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ção. As queimaduras estão entre as princi-pais causas externas de morte registradas no Brasil, perdendo apenas para outras causas violentas, que incluem acidentes de transporte e homicídios. Estudo conduzi-do no Distrito Federal demonstrou taxa de mortalidade de 6,2% entre os queimados internados em hospital de emergência.Em resposta a recentes ataques e ameaças terroristas, particularmente nos Estados

Unidos, têm-se desenvolvido sistemas estratégicos e logísticos, que englobam equipes bem treinadas para prestar atendi-mento de massa em eventos catastróficos, incluindo as vítimas de queimaduras.Partindo do pressuposto de que 90% das queimaduras poderiam ser evitadas, me-didas preventivas se impõem para dimi-nuir sua incidência e dependem de educa-ção e legislação.As medidas educativas de prevenção con-sistem em orientar desde cedo as crianças a evitar situações de risco para queima-duras no ambiente doméstico, em incluir nos currículos escolares o ensino de pre-venção de acidentes, entre eles as quei-maduras, além de campanhas preventivas gerais voltadas para toda a população.

Campanhas educativas particulares, para serem mais eficazes, devem basear-se em da-dos epidemiológicos confiáveis que identifiquem causas específicas de queimaduras e respectivas populações de risco, às quais devem ser periodicamente dirigidas.As normas legislativas contêm basicamente as medidas compulsórias de instalação de equipamentos de prevenção de incêndio em prédios públicos e privados, assim como equipamentos específicos de segurança no trabalho. No nosso meio, uma medida le-gal de extrema importância foi a proibição da comercialização do álcool etílico líquido, mediante resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas que ainda tem esbarrado com a resistência dos produtores, que por meio de liminares obtidas na Justiça insistem em manter a distribuição do produto no comércio em geral.

Lamentavelmente todas as estratégias de prevenção im-plementadas ainda não foram capazes de produzir o es-perado impacto no dramático quadro epidemiológico das queimaduras.

FISIOPATOLOGIA DASQUEIMADURASA queimadura compromete a integridade funcional da pele, responsável pela homeostase hidroeletrolítica, con-trole da temperatura interna, flexibilidade e lubrificação da superfície corporal. Portando, a magnitude do com-prometimento dessas funções depende da extensão e pro-fundidade da queimadura.A injúria térmica provoca no organismo uma resposta local, traduzida por necrose de coagulação tecidual e progressiva trombose dos vasos adjacentes num período de 12 a 48 horas. A ferida da queimadura a princípio é estéril, porém o tecido necrótico rapidamente se torna co-lonizado por bactérias endógenas e exógenas, produtoras

de proteases, que levam à liqüefação e separação da escara, dando lugar ao tecido de gra-nulação responsável pela cicatrização da ferida, que se caracteriza por alta capacidade de retração e fibrose nas queimaduras de terceiro grau.Nas grandes queimaduras, além da resposta local, o dano térmico desencadeia ainda uma reação sistêmica do organismo, em conseqüência da liberação de mediadores pelo tecido lesado. Ocorre extenso dano à integridade capilar, com perda acelerada de flui-dos, seja pela evaporação através da ferida ou pela seqüestração nos interstí-cios, que é agravada por subprodutos da coloni-zação bacteriana. Além disso, nas queimaduras extensas, superiores a 40% da área corporal, o sistema imune é incapaz de delimitar a infecção, que, sistematizando-se,

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torna rara a sobrevida nesses casos. Essa resposta sistêmica manifesta-se por febre, circulação sangüínea hiperdinâmica e rit-mo metabólico acelerado, com aumento do catabolismo muscular, decorrente de alteração da função hipotalâmica (au-mento da secreção de glucagon, cortisol e catecolaminas), da deficiência da barreira gastrointestinal (passagem de bactérias e seus subprodutos para a circulação sis-têmica), da contaminação bacteriana da área queimada (liberação sistêmica de bactérias e subprodutos), da perda de calor (evaporação através da ferida levando à hi-potermia) e da perda de fluidos (desequilíbrio hidroeletrolítico).

AVALIAÇÃO DAS QUEIMA-DURASSão múltiplos os fatores envolvidos nas queimaduras que devem ser observados em sua avaliação. A profundidade, exten-são e localização da queimadura, a idade da vítima, a existência de doenças pré-vias, a concomitância de condições agra-vantes e a inalação de fumaça têm de ser considerados na avaliação do queimado. O ambiente da avaliação deve manter-se aquecido, devendo a pele ser descoberta e examinada em partes, de modo a mini-mizar a perda de líquido por evaporação.Profundidade Depende da intensidade do agente tér-mico, se gerador ou transmissor de calor, e do tempo de contato com o tecido. É o fator determinante do resultado estético e funcional da queimadura e pode ser avaliada em graus. Extensão Os riscos gerais do queimado nas pri-meiras horas dependem fundamental-mente da extensão da área queimada, sendo maior a repercussão sistêmica, de-vido à perda das funções da pele, quanto maior for a área afetada. A extensão é calculada em porcentagem da superfície corporal total (SC), sendo consideradas

apenas as áreas queimadas com profundi-dade de segundo e terceiro graus.Um método prático para calcular a área queimada toma como medida de referên-cia a palma da mão da vítima, consideran-do-se que a superfície palmar, incluindo os dedos unidos e estendidos, corresponde aproximadamente a 1% de sua superfície corporal. Excluindo os dedos, a superfície palmar representa 0,5% da SC, indepen-dente da idade. Embora grosseiro esse método é bastante útil para determinar de imediato se a área, principalmente nas queimaduras irregulares, ultrapassa 15% da SC do adulto e 10% da SC da criança, situação em que se deve instituir a reidra-tação de urgência. No entanto, para uma avaliação mais precisa da extensão da queimadura, o método mais empregado é a regra dos noves de Wallace, de fácil memorização. Esse método deve ser ajus-tado para crianças menores de 10 anos de idade . Método mais acurado para avaliar a área da queimadura utiliza o diagrama de Lund & Browder, que pondera as varia-ções da forma do corpo conforme a idade.

É, portanto, mais adequado para crianças, mas tem de estar disponível, impresso na ficha da vítima, dada a dificuldade de ser memorizado. Localização das queimaduras Em razão dos riscos estéticos e funcio-nais, são desfavoráveis as queimaduras que comprometem face, pescoço e mãos. Além disso, aquelas localizadas em face e pescoço costumam estar mais freqüen-temente associadas à inalação de fumaça, assim como podem causar edema consi-derável, prejudicando a permeabilidade das vias respiratórias e levando à insu-ficiência respiratória. Por outro lado, as queimaduras próximas a orifícios naturais apresentam maior risco de contaminação séptica.Idade do paciente queimado Deve ser considerada na avaliação da gra-vidade das queimaduras. Idosos e crianças costumam ter repercussão sistêmica mais crítica, os primeiros pela maior dificulda-de de adaptação do organismo, e os últi-mos pela desproporção da superfície cor-poral em relação ao peso. Nessas faixas

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etárias as complicações são, portanto, mais comuns e mais graves.Doenças e condições associadas São condições que pioram o prognóstico os traumas concomitantes, principalmente neurológicos, ortopédicos e abdominais, ou mesmo politraumatismos, assim como a presença de doenças preexistentes, tais como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, hipertensão arterial, diabete e etilismo. Também tendem a evoluir com pior prognósti-co as vítimas alcoolizadas ou sob efeito de drogas ilícitas. Essas situações devem ser consideradas e adequadamente abordadas. Nesses casos a recuperação das alterações decorrentes da queimadura fica substancialmente prejudicada.Inalação de produtos de combustão Além dos danos provocados pela inalação de gases tóxicos, como monóxido de carbono, os produtos de combustão são irritantes e causam inflamação com edema da mucosa traqueobrônquica, que se manifesta por rouquidão, estridor, dispnéia, broncoespasmo e escarro cinzento. Essas lesões costumam ser graves, pioram muito o prognóstico e são responsáveis por elevar a mortalidade dos queimados.

PRIMEIROCUIDADOSOs primeiros cuidados adequados dispensados à vítima de queimadura constituem de-terminante fundamental no êxito final do tratamento, contribuindo decisivamente para a redução da morbidade e da mortalidade. Para isso é importante educar a população em geral e treinar grupos populacionais de risco para agir corretamente diante de um caso de queimadura. Nesse sentido, nos programas de educação para a saúde deve-se incluir o ensino de procedimentos de primeiros socorros ao queimado.O dermatologista como qualquer médico, pode entrar em cena nesses casos, ao ser soli-citado a dar as orientações aos familiares de como proceder nos primeiros cuidados ao queimado ou pode mesmo ser requisitado a prestar atendimento de urgência em nível ambulatorial ou até mesmo hospitalar, quando em locais afastados de grandes centros com serviços de urgência especializados no atendimento a queimados.Remoção da fonte de calor Como primeira medida a ser tomada deve-se remover a fonte de calor, afastando a víti-ma da chama ou retirando o objeto quente. Se as vestes estiverem em chamas a vítima deve rolar-se no solo e nunca correr ou ser envolvida em cobertores, que podem ativar as chamas. As vestes devem ser retiradas, desde que não aderidas à pele; do contrário só devem ser removidas sob anestesia no momento do debridamento da ferida. Em casos de queimaduras elétricas, deve-se providenciar a interrupção da corrente antes do con-tato com a vítima ou, se isso não for possível, tentar afastá-la com objeto isolante, como madeira seca.Resfriamento da área queimada Em seguida deve-se providenciar o resfriamento da área queimada com água corrente fria de torneira ou ducha. Nunca deve ser feito com água gelada ou outros produtos refrescantes, como creme dental ou hidratante. Além de promover a limpeza da ferida, removendo agentes nocivos, a água fria é capaz de interromper a progressão do calor, limitando o aprofundamento da lesão, se realizado nos primeiros segundos ou minutos, de aliviar a dor, mesmo se aplicado após alguns minutos, assim como pode reduzir o edema.Portanto o resfriamento com água corrente deve ser instituído o mais precocemente possível, durante cerca de 10 minutos, podendo chegar a 20 minutos, caso seja necessá-rio. Porém deve ser mais breve quanto mais extensa for a queimadura, devido ao risco

de hipotermia, não sendo recomendável em queimaduras superiores a 15% da SC. Após o resfriamento, a área queimada, se menor do que 5% da SC, pode ser protegi-da com gazes, compressas ou toalhas de algodão, úmidas, em seguida coberta por plástico ou outro material impermeável, e por fim o paciente deve ser envolvido com manta ou cobertor. Aqui cabe a lembran-ça: “resfriar a queimadura mas aquecer o paciente”.

ABORDAGEM

MÉDICAQueimaduras de primeiro grau Nesses casos o atendimento é ambulato-rial e consiste apenas em controlar a dor e nos cuidados locais da área queimada. A analgesia pode ser feita via oral com cloridrato de tramadol 50mg/dose para adultos e 2mg/kg/dose para crianças, a cada quatro ou seis horas. Outra alternati-va para adultos é o paracetamol/fosfato de codeína na dose de 500mg/30mg a cada quatro ou seis horas. Compressas de água fria também auxiliam no alívio da dor, po-dendo ainda ser empregado corticosterói-de tópico em loção ou creme, para reduzir a inflamação. É importante recomendar a fotoproteção de modo a evitar discromias residuais.Queimaduras de segundo e terceiro graus Ao mesmo tempo em que se examina a vítima colhe-se a história detalhada da queimadura, procurando identificar pos-síveis injúrias concomitantes, inalação de fumaça e tratamento prévio instituído. Se possível, uma breve história médica pregressa deve ser tomada, incluindo do-enças, medicamentos, alergias e vacina-ções. Deve ser mantida a calma durante todo o atendimento ao queimado, sendo importante não se deixar impressionar pelo aspecto chocante da queimadura, que pode desviar a atenção do profissio-nal, deixando passar despercebidas lesões

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muitas vezes mais graves, como traumas neurológicos, ortopédicos e viscerais. Se a história do acidente sugerir trauma com envolvimento da coluna vertebral, espe-cial cuidado deve ser dispensado a sua avaliação e devida estabilização. Sempre que atingem face e pescoço são conside-radas queimaduras graves, porque podem comprometer a permeabilidade das vias respiratórias. Nos casos de queimaduras elétricas deve sempre ser lembrado o ris-co de parada cardiorrespiratória, devido

a arritmias cardíacas. Feita a avaliação da queimadura e das condições respiratórias e circulatórias, torna-se imperativa a dis-tinção entre uma queimadura benigna e uma queimadura grave.Queimadura benigna • ausência de insuficiência respiratória instalada • ausência de risco de insuficiência respi-ratória futura (queimaduras de face e pes-coço)

Saúde • queimadura de segundo ou terceiro grau inferior a 10% SC (crianças) e 15% SC (adultos)Embora no caso de queimadura benigna o paciente raramente corra risco de vida, há situações que indicam sua remoção para atendimento em nível hospitalar, por exigir cuidado especializado, como no caso de lesões de terceiro grau superiores a 1% da SC e de lesões de mãos, ou por oferecer maior risco devido às condições da vítima, como faixa etária crítica (idosos

e crianças) e doenças associadas (diabete, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e insuficiência renal, entre outras).Do contrário, o atendimento ambulatorial consiste em analgesia imediata, por via endovenosa, com meperidina na dose de 100mg diluída em 20ml de água destila-da, administrada por 30 minutos, ou clo-ridrato de tramadol, na dose de 100mg. Posteriormente o controle da dor pode ser mantido por via oral, na dose de 50mg a

cada quatro ou seis horas.Controlada a dor pode-se então proceder a excisão das bolhas grandes, deixando in-tactas as pequenas, e o debridamento dos tecidos desvitalizados, realizando uma limpeza profunda da ferida com clorexi-dina diluída ou iodopolivinilpirrolidona (PVPI) e enxaguando-se com água ou solução fisiológica. A PVPI deve ser dei-xada por cinco minutos para que ocorra a liberação do iodo, que tem propriedade antimicrobiana. Nesse caso deve ser evita-do o enxágüe com solução fisiológica, que pode inativar parcialmente a PVPI. Em se-guida faz-se o curativo, aplicando de pre-ferência gaze vaselinada estéril, cobrindo com ataduras de gaze e enfaixando-se com bandagem de crepom sem compres-são excessiva. A sulfadiazina de prata deve ser evitada a princípio, pois pode di-ficultar a avaliação da área queimada, que pode progredir nas primeiras 48 horas.Não deve esquecer-se de verificar o estado da proteção antitetânica. Se seguramente imunizado (no mínimo três doses), só há necessidade do reforço se a última dose foi há mais de cinco anos. No caso de imunização desconhecida ou incompleta, deve-se fazer reforço com toxóide tetânico e aplicar 250mg de gamaglobulina hiperi-mune para tétano.Queimadura grave • insuficiência respiratória instalada ou potencial (face e pescoço) • queimaduras de segundo ou terceiro grau superiores a 10% SC (crianças) e 15% SC (adultos)Nesses casos toda e qualquer medicação deverá ser administrada exclusivamen-te por via endovenosa, exceto o reforço de toxóide tetânico, se necessário, que será intramuscular. Deve-se, portanto, providenciar imediatamente um acesso venoso superficial com catéter de polie-tileno agulhado. O atendimento à vítima de queimadura grave obrigatoriamente deve ser prestado em ambiente hospitalar e compreende quatro estádios em ordem cronológica: 1. controle da função respira-tória (permeabilidade das vias aéreas); 2.

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reidratação parenteral e vigilância do estado hemodinâmico; 3. tratamento analgésico; 4. acondicionamento do queimado para o transporte à Unidade de Queimados.Controle da função respiratória Para a manutenção do controle da função respiratória deve-se instituir oxigenioterapia por catéter nasal, administrando-se oxigênio umidificado - de três a cinco litros por minuto. A intubação impõe-se em presença de insuficiência respiratória aguda, sendo altamente recomendável em casos de inalação de fumaça, queimaduras faciais exten-sas e em queimaduras circulares do pescoço, situações em que pode sobrevir edema tardio com obstrução das vias respiratórias, tornando a intubação difícil e às vezes até impossível mais tarde.Controle da dor Devem ser empregados os agonistas morfínicos, como a meperidina na dose de 100mg para adultos ou 2mg/kg/dose para crianças, via endovenosa, diluída em 20ml de água destilada ou solução fisiológica, administrada por 30 minutos. Posteriormente, quando necessário, pode ser mantida, se possível por via oral, na dose de 50mg a cada quatro ou seis horas. Nos casos refratários podem ser associados benzodiazepínicos.Acondicionamento para transporte Caso se faça necessário transportar o paciente para uma Unidade de Queimados, deve ser instalada uma sonda gástrica e providenciada a proteção da ferida com campo es-téril e proteção térmica do paciente com cobertores, de modo a evitar a hipotermia.Na Unidade de Queimados o cuidado intensivo tem por objetivo primordial limitar a progressão da repercussão sistêmica das queimaduras graves, prevenindo o desenvol-vimento de falência orgânica, sobretudo respiratória, cardíaca, renal e cerebral. Além disso, devem ser mantidos o suporte nutricional e o controle de infecção, principal causa de mortalidade, uma vez ultrapassado o período de ressuscitação.Com a melhora nos índices de sobrevida dos grandes queimados, crescentes progres-sos vêm sendo alcançados no campo da reconstrução das áreas destruídas, da reabi-litação funcional e psicológica, e da reintegração social das vítimas de queimaduras.

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Caro Leitor, esta parte de nossa revista é destinada para que possamos sempre lembrarmos do exercício de nossa fé, ou seja, a todo momento, em qualquer lugar que es-tejamos devemos nos lembrar de agradecer a Deus por tudo que temos, vivemos e somos, e uma das maneiras de se fazer isso é estarmos em sintonia com a palavra de

Deus, encontrada em muitas orações. Caso você possua uma oração ou mensagem de paz e queira vê-la publica-da em nossas edições, nos envie através de cartas para rua XV de Novembro 935, piso 1, Centro, CEP 13450-044, Santa Bárbara D’Oeste, ou ainda, via nosso e-mail: [email protected]

Orações

A “pedra da morte”, o crack, e muitos outros tipos de drogas estão ameaçando o futuro de nossos jovens. Até quando calaremos ou ficaremos indiferentes, deixando nossos jovens serem manipulados por exploradores que ganham seu dinheiro ilicitamente, viciando os jovens e destruindo nossas famílias? A sociedade pede socorro, gritos angustiantes de pais que perdem seus filhos para as drogas ecoam pelo planeta.

O mundo, o Brasil, nossa querida cidade de Santa Bárbara d’Oeste e a sociedade querem se libertar. Mas o que fazer? Mudanças radicais na educação, iniciando pela família que representa a primeira escola dos filhos; pais com autoridade para dizer sim e não na hora certa; pais com valores religiosos que apontem o caminho correto e conduzam seus filhos sob os ensinamentos de Jesus Cristo, e que juntos com seus filhos saibam carregar a cruz de cada dia na observância dos

UM PEDIDO DE SOCORRO

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mandamentos e respeito às leis religiosas e civis.A seguir, os governantes, dis-tribuição de renda justa, prio-rizando a educação, a saúde e a habitação digna para que o jovem possa retornar para a casa e encontrar um lar e ser acolhido pela sua família com amor.Por fim, que esses jovens sai-bam sacrificar-se, se esforçan-do nos estudos e dedicando-se mais a sua formação.Analisemos juntos uma situ-ação: uma criança que cursa regularmente o ensino funda-mental e o ensino médio faz uma faculdade e dedica-se a uma especialização, completa sua formação e após assume sua car-reira profissional, em seguida, encami-nhasse para um compromisso familiar e não se deixa seduzir pela maconha, pelo crack e outras tentações nos bares pela madrugada. Esse será morto pelas dro-gas? Com certeza não. Pais e filhos vamos nos sacrificar para juntos colhermos a alegria e paz com famílias bem constituídas. Ainda há tempo para mudanças, Maria, mãe de Jesus, deu o exemplo. Criou seu filho com amor e este cresceu em sabedoria e graça.Este filho que está no seu lar também precisa de amor, carinho e atenção. Os filhos querem sentir-se amados e preci-sam também ser repreendidos quando erram, para que não paguem mais tarde pelos erros que foram acobertados.Pais e mães vocês querem continuar en-terrando seus filhos, chorando quando os veem num caminho sem volta, pe-dindo ajuda porque não sabem mais o que fazer?Certamente que não. Então, rezem por seus filhos, seguindo o exemplo de santa Mônica, que rezou incessantemente pela conversão de seu filho Agostinho. Em nome de Jesus Cristo eduquem e amem seus filhos, pois somente o amor salva.

Padre Cláudio

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