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Qualidade e Normalização nos Produtos de Construção A experiência de Portugal Ricardo Fernandes, Luanda, 26 e 27 de Novembro de 2008 Workshop O presente e o Futuro dos Materiais de Construção em Angola – Perspectiva e Contribuição para a Adopção de uma Política Estatal Sobre Materiais de Construção http://www.ipq.pt

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Qualidade e Normalizaçãonos Produtos de Construção

A experiência de Portugal

Ricardo Fernandes, Luanda, 26 e 27 de Novembro de 2008

WorkshopO presente e o Futuro dos Materiais de Construção

em Angola – Perspectiva e Contribuição para a Adopção de uma Política Estatal Sobre Materiais de

Construção

http://www.ipq.pt

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1 - O Sistema Português da Qualidade (SPQ)Normalização, Metrologia e QualificaçãoActividades do IPQ

2 - O IPQ enquanto Organismo Nacional de Normalização (ONN)NormalizaçãoOrganismos de Normalização Sectorial (ONS)Eurocódigos

3 - A Directiva 89/106/CEE dos “Produtos de Construção”Normas Harmonizadas e exigências essenciaisAprovação Técnica Europeia e exigências essenciaisSistemas de avaliação da conformidadeOrganismos Notificados

Perspectivas futuras a nível europeu

4 – Reflexões finais

Sumário

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3

Instituto de direito público,sob tutela do Ministério da Economia e da Inovação

- Dec. Lei nº 142/2007, de 27 de Abril- Portaria nº 540/2007, de 30 de Abril

Responsável pela gestão e coordenação do SPQ

É o Organismo Nacional de Normalização É a Instituição Nacional de Metrologia

IPQ- Instituto Português da Qualidade

Criado em 12 de Julho 1986

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4

• Um conceito horizontal que abrange todasas actividades e todos os sectoresda economia e a sociedade em geral

• Um factor competitivo que podediferenciar os produtos e as competênciasnacionais e apoiar a sua afirmaçãonos mercados interno e externo

Qualidade

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5

• O que são “Produtos de Construção”:

Produtos destinados a ser incorporados ou aplicados,

de forma permanente, nos empreendimentos de

construção (DIR 89/106/CEE, Dec-Lei nº 4/2007, 8 de Janeiro)

• O que não são “Produtos de Construção”:

Produtos que não são incorporados permanentemente

na obra. Ex: Lâmpadas, andaimes, …

Produtos de construção

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6

SPQ

Constitui

o enquadramento

legal e institucional

para os assuntos

da Qualidade

em Portugal(Dec-Lei nº 142/2007, de 27 de Abril)

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7

INSTITUTO INSTITUTO PORTUGUÊSPORTUGUÊS

DA QUALIDADEDA QUALIDADE

INSTITUTO INSTITUTO PORTUGUÊSPORTUGUÊS

DA QUALIDADEDA QUALIDADE

METROLOGIAMETROLOGIACientífica (Fundamental)Científica (Fundamental)IndustrialIndustrialLegalLegal

METROLOGIAMETROLOGIACientífica (Fundamental)Científica (Fundamental)IndustrialIndustrialLegalLegal

NORMALIZAÇÃONORMALIZAÇÃOOrganismo NacionalOrganismo Nacional

de Normalização de Normalização Organismos SectoriaisOrganismos Sectoriais

ONSONS

NORMALIZAÇÃONORMALIZAÇÃOOrganismo NacionalOrganismo Nacional

de Normalização de Normalização Organismos SectoriaisOrganismos Sectoriais

ONSONS

QUALIFICAÇÃO•Acreditação

LaboratóriosOrganismos de InspecçãoOrganismos de Certificação

•CertificaçãoOrganizaçõesProdutosPessoas

QUALIFICAÇÃO•Acreditação

LaboratóriosOrganismos de InspecçãoOrganismos de Certificação

•CertificaçãoOrganizaçõesProdutosPessoas

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8

São documentos resultantes de um consenso,aprovados por um organismo de normalizaçãoreconhecido, que estabelecem regras, guias oucaracterísticas de produtos ou serviços,assentes em resultados consolidados,científicos, técnicos ou experimentais.As normas visam a optimização dos benefíciospara a comunidade

O que são normas?

+ =DIÁLOGO CONSENSO NORMAS

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9

Normalização

Tem como objectivo proporcionar aos agenteseconómicos e sociais um ferramenta idónea nomercado, utilizável em questões de carácter

comume repetitivo, facilitando a competitividade das organizações e a inovação em produtos e serviços

Por definição é uma actividade voluntária,à excepção de situações em que um diploma legaldetermine o cumprimento obrigatório de normas

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10

Normalização

Enquanto Organismo Nacional de Normalização (ONNONN), oIPQ assegura, promove e desenvolve:

• Coordenação do Subsistema da Normalização do SPQ;

• Gestão das funções de elaboração, adopção, edição e venda de normas e outros documentos normativos, de âmbito nacional, europeu e internacional;

• Participação nacional na Normalização europeia e internacional (CEN, CENELEC, ETSI, ISO, IEC);CEN, CENELEC, ETSI, ISO, IEC);

• Gestão dos processos de votação de documentos normativos, a nível nacional, europeu e internacional.

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11

A Normalização em números

A Rede Nacional

55 Organismos de Normalização Sectorial (ONS)

151 Comissões Técnicas (CT) Cerca de 2900 Peritos

envolvidos

O Acervo Normativo

Normas Europeias (EN) : 17 335 *

Normas Portuguesas (NP) : 2 915

Acervo nacional total : 20 250

* das quais 2 295 já traduzidas para português

Votações Europeias e Internacionais

asseguradas pelo IPQ em 2007

4 022 processos 3 714 documentos

Nota: Dados referentes a 2007-12-31

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12

Organismos de Normalização Sectorial

Dos 55 ONS existentes em Portugal, há:

- 12 ONS directamente envolvidos na Construção.

Ex: - ANIPB (Associação Nacional da Indústria dos Prefabricados de

Betão)

- INIR (Instituto de Infra-estrutura Rodoviária)

- 10 ONS indirectamente envolvidos na

Construção. Ex: - IEP (Instituto Electrotécnico Português)

- CATIM (Centro de Apoio Tecnológico à Indústria

Metalomecânica)

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13

Eurocódigos

São normas europeias de cálculo de

estruturas, que de um modo geral podem ser

referidas como autênticos “compêndios” de cálculo.

Pela sua abrangência, são documentos quase únicos

a nível mundial, pois contêm praticamente

a indicação de como se deve proceder no cálculo da

quase totalidade das estruturas que se constroem.

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14

Eurocódigos

Eurocódigo 0 – Bases para projecto (série EN 1990)

Eurocódigo 1 – Acções (fogo, vento, temperatura, etc.) (Série EN 1991)

Eurocódigo 2 – Estruturas em Betão (Série EN 1992)

Eurocódigo 3 – Estruturas em Aço ( Série EN 1993)

Eurocódigo 4 – Estruturas Mistas (Série EN 1994)

Eurocódigo 5 – Estruturas em Madeira (Série EN 1995)

Eurocódigo 6 – Estruturas em Alvenaria (Série EN 1996)

Eurocódigo 7 – Projecto Geotécnico (Série EN 1997)

Eurocódigo 8 – Sismos (Série EN 1998)

Eurocódigo 9 – Estruturas em Alumínio (Série EN 1999)

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15

• São constituídos por 58 normas

• 39 normas estão a ser traduzidas para português (as consideradas mais importantes)

• 16 Normas Europeias estarão disponíveis em 2009 como NP EN e estão a desenvolver-se esforços para publicar em 2009/2010 as restantes 23

Eurocódigos

É recomendação Europeia (CEN) que cada país europeu na sua esfera de influência (por exemplo

Portugal com a CPLP) faça um esforço para que a nível mundial os Eurocódigos passem a ser a referência

no que concerne ao cálculo de estruturas

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INSTITUTO INSTITUTO PORTUGUÊSPORTUGUÊS

DA QUALIDADEDA QUALIDADE

INSTITUTO INSTITUTO PORTUGUÊSPORTUGUÊS

DA QUALIDADEDA QUALIDADE

METROLOGIAMETROLOGIACientífica (Fundamental)Científica (Fundamental)IndustrialIndustrialLegalLegal

METROLOGIAMETROLOGIACientífica (Fundamental)Científica (Fundamental)IndustrialIndustrialLegalLegal

NORMALIZAÇÃONORMALIZAÇÃOOrganismo NacionalOrganismo Nacional

de Normalização de Normalização Organismos SectoriaisOrganismos Sectoriais

ONSONS

NORMALIZAÇÃONORMALIZAÇÃOOrganismo NacionalOrganismo Nacional

de Normalização de Normalização Organismos SectoriaisOrganismos Sectoriais

ONSONS

QUALIFICAÇÃO•Acreditação

LaboratóriosOrganismos de InspecçãoOrganismos de Certificação

•CertificaçãoOrganizaçõesProdutosPessoas

QUALIFICAÇÃO•Acreditação

LaboratóriosOrganismos de InspecçãoOrganismos de Certificação

•CertificaçãoOrganizaçõesProdutosPessoas

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Avaliação da Conformidade

“Actividade que assegura a

demonstração de que são cumpridos os

requisitos especificados relativos a um

produto, processo, sistema, pessoa ou

organização“

ISO/IEC 17000

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18

DPCDPC

Obrigatoriedade da Marcação “CE” no mercado europeu

Actividades de monitorização dos organismos notificados e de vigilância e controlo de mercado

Guia

s de A

pro

vaçã

o

Técn

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peia

(E

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G)

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es

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fica

dos

(ON

)

Directiva 89/106/CEE

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19

Transposição legal

Decreto Lei nº 04/2007, de 8 de Janeiro

(republicação do Dec-Lei nº 113/93, de 10 Abril)

Entidades intervenientes: DGAE – Direcção Geral das Actividades EconómicasIPQ – Instituto Português da QualidadeLNEC – Laboratório Nacional de Engenharia CivilASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

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20

4

Princípio de funcionamento da DPC

3

Produto ENh

CONFORMIDADE COM A DPC

ETA

6 Exigências essenciais das

obras:

• Resistência mecânica e estabilidade

• Segurança em caso de incêndio

• Higiene, saúde e ambiente

• Segurança na utilização

• Protecção contra o ruído

• Isolamento térmico e economia da energia

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Grafismo da marcação ”CE”

Deve ser colocada pelo fabricante ou pelo seu mandatário estabelecido na UE, no produto, num

rótulo nele fixado, na embalagem ou nos documentos comerciais de acompanhamento

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22

27

Normas europeias harmonizadas

Publicadasno JOUE

A publicarno JOUE

N.º de ENh´s 325 89

414TOTAL

~ 494

Fonte: CEN (2008.11.03)

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57 Famílias de Produtos

• Sub-família• Euroclasse• Uso pretendido• Ensaio tipo

A opção do sistema de

avaliação da conformidad

e é em função de:

Organizadas por:

• Consequência da falha do produto

• Efeito da variabilidade na utilização

• Susceptibilidades de defeitos na fábrica

• Natureza do produto

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Sistemas de avaliação da conformidade

1+ Certificação da conformidade do produto com ensaios aleatórios1 Certificação da conformidade do produto sem ensaios aleatórios2+ Certificação do controlo interno da produção com acompanhamento permanente2 Certificação do controlo interno da produção sem acompanhamento permanente3 Ensaios de tipo inicial, por um Organismo Notificado4 Tarefas exclusivamente a cargo do fabricante

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Sistemas de avaliação da conformidadee Organismos Notificados

• Organismos de Certificação - Com funções de certificação da conformidade dos produtos 1+, 1

- Com funções de certificação do controlo interno da produção 2+, 2

• Organismos de inspecção 1+, 1, 2+, 2

• Laboratórios de Ensaio 3

GONP – Grupo de Organismos Notificados Portugueses

(10 ON´s para a DPC)

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Qualificação e Notificação

Organismos Notificados (ON’s) – Organismos

que efectuam tarefas de avaliação da conformidade

• Organismos de Certificação• Organismos de Inspecção e• Laboratórios de Ensaio

http://ec.europa.eu/enterprise/newapproach/nando/

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Significado da Marcação “CE” garantia dos produtos : características de

qualidade e segurança na utilização, durante e após a obra;

maior transparência no mercado europeu, deixando de haver marcas e exigências diferenciadas, que tornavam os mercados difíceis de penetrar (marcas nacionais com requisitos distintos);

os produtos vindos de países terceiros, de qualidade reduzida e de baixo preço, só terão o acesso ao mercado europeu se cumprirem as mesmas exigências dos fabricantes europeus.

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28

Declaração de Conformidade CE

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29

27

Informação deInformação deacompanhamentoacompanhamento

valores declarados das características do

produto

limite de cloretoslimite da perda ao fogo

da cinza volante……………

EXEMPLO PARA UM EXEMPLO PARA UM CIMENTOCIMENTO

9

Ano 08

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30

Etiquetagem

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Área Regulamentar

Directiva 89/106/CEE

Num período transitório aplicam-se diplomas nacionais

• Decreto-Lei nº 301/2007, de 23 de Agosto - Betão

• Decreto-Lei nº 28/2007, de 12 de Fevereiro - Aços de pré-esforço

• Decreto-Lei nº 128/1999, de 21 de Abril - Varões de aço para pré-esforço

• Decreto-Lei nº 340/1990, de 27 de Setembro - Abobadilhas cerâmicas

• Decreto-Lei nº 390/1989, 9 de Novembro - Tubos e acessórios de aço e de ferro fundido maleável para canalizações

Obrigatoriedade de Certificação, na colocação do produto no mercado português

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Directiva Europeia 2002/91/CE (EPBD)

Transposição para a Legislação Portuguesa

RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (Dec-Lei 79/2006)

RRCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (Dec-Lei 80/2006)

SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (Dec-Lei 78/2006 )

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Algumas reflexões finais

1. Acervo normativo – Normas Angolanas (p. ex. adopção de NP ou NP EN ou NP EN ISO)

2. Quadro Regulamentar – Legislação

3. Sistema de avaliação da conformidade

- Realização de ensaios Laboratório Nacional Laboratório(s) independente(s) Laboratórios de empresas

- Marcação / Homologação / Certificação de

produtos Responsabilidade do fabricante ou seu mandatário (representante) Organismo(s) de avaliação da conformidade

4. Controlo do mercado Comercialização, produtos nacionais e produtos importados

credibilidadetransparênc

ia

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Um Sistema Nacional da Qualidade

O Sistema Português da Qualidade(SPQ) com as suas metodologias paraa qualidade, constitui uma experiênciaque tem seguramente aplicabilidadeem qualquer país, pelo que vale a

penaser partilhada