1
Mercado está em expansão, mas ainda é precisodesatar nós como a burocracia excessiva
Licenciamentoambiental
Licenciamentoambiental
Mercado está em expansão, mas ainda é precisodesatar nós como a burocracia excessiva
EmpreendedorismoDe empregado a patrão:conheça dois exemplosde iniciativas de sucesso
Construção civilBeco Castelo investe emprojetos de alto padrãocomercial e residencial
EmpreendedorismoDe empregado a patrão:conheça dois exemplosde iniciativas de sucesso
Construção civilBeco Castelo investe emprojetos de alto padrãocomercial e residencial
Am
bien
tes
proj
etad
os p
elos
arq
uite
tos
Raf
ael C
aram
ori e
Silv
ana
Mar
garin
4
5
6
7
8
DIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃO
Andreia Thives Borges
JORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVEL
Carla Pessotto - MTb 21692 - SP
TEXTTEXTTEXTTEXTTEXTOSOSOSOSOS
Carla Pessotto - MTb 21692 - SP
Luciane Zuê - SC 00354 -JP
Mirela Maria Vieira - SC 00215 JP
DESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICO
Luciane Zuê
PLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVOOOOO
Andreia Borges Publicidade Ltda
COMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃO
Andreia Borges Publicidade Ltda
REPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTANTEANTEANTEANTEANTE
Virtual Brazil - Paulo Della Pasqua
FONESFONESFONESFONESFONES
(48) 3034 7958 / 7811 1925
TIRATIRATIRATIRATIRAGEMGEMGEMGEMGEM
8.000 exemplares
Expediente
EDITEDITEDITEDITEDITORIALORIALORIALORIALORIAL
Prezadoleitor,
Tere
zinh
a B
onfa
nti
Andreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives Borges
Assunto de grande interesse do setor produtivo – afinal, qualquer
tipo de empreendimento necessita enfrentar essa etapa para fun-
cionar –, o licenciamento ambiental é a nossa reportagem especi-
al dessa edição. O tema teve avanços nos últimos anos, mas ain-
da é preciso resolver questões como a burocracia, falta de
infraestrutura dos órgãos públicos e demora nos processos. Aqui, mais
do que abordar os problemas, apresentamos cases de empresas do
segmento, mostrando as estratégias para avançar em um mercado
que, somente em 2009 (último dado disponível) na área de bens e
serviços do País, movimentou US$ 15,9 bilhões e tem potencial de
crescimento exponencial.
Nessa edição abrimos um espaço maior para o segmento de
decoração & designer de interiores, com uma boa novidade para nos-
sos leitores: a partir de agora, em uma parceria com a designer Grasiela
Iris, vamos oferecer um projeto personalizado e gratuito, a partir das
demandas apresentadas e com a proposta de ajudar na funcionalida-
de e na agregação de valor ao negócio. Detalhamos ainda a forma
peculiar de trabalho da dupla de arquitetos Marcelo Martins e Felipe
Schneider e como a Modecol se transformou em referência quando o
assunto é marcenaria sob medida.
Também tem destaque a trajetória de dois personagens, com
histórias recentes na área do empreendedorismo, que souberam usar
a experiência como empregados para se tornarem donos do negócio.
Juliana Sales começou como atendente do Outback e hoje é proprie-
tária do único restaurante da rede em SC e, João Francisco Sobrinho,
ex-office boy da H. Stern, criou sua própria marca de jóias, a Personalité.
Boa leitura.
9
índi
ce 101220263640424650586462
entrevistaCecília Häsner, especialista da área ambiental
capaLicenciamento ambiental: mercado em expansão
construção civilBeco Castelo – Concrebras
decoração & interioresProjetos comerciais exigem atenção especial
cases de negócioMarmoraria Biguaçu completa 25 anos projetando expansãoMondo Viagens e Turismo aposta em diferenciais para crescer
coluna mercadoNegócios & tendências
empreendedorismoDe empregado a dono do próprio negócio
créditoBadesc facilita acesso aos financiamentos
automóveisPeugeot 208 chega ao mercado catarinense
gestão públicaOs desafios de Florianópolis e São José
gastronomiaA proposta diferenciada do La Cave
10
ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Cecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília Häsner
O licenciamento ambiental está inserido no mercado de bens e serviços ambientais (BSA), setor daeconomia mundial que movimentou US$ 772 bilhões em 2009. O Brasil lidera na América Latina:movimentou US$ 15,9 bilhões com potencial de expansão exponencial, pelo ciclo de desenvolvimentoeconômico positivo e por liderar a lista dos 17 países mega-diversos. Para isso, precisa romper com adependência das chamadas “tecnologias verdes” estrangeiras, criar um marco regulatório para o se-tor de BSA, instituir políticas de incentivos fiscais e reduzir a carga tributária. Estes os principaispontos apontados pela bióloga capixaba Cecília Häsner. Especialista em gestão ambiental, mestre emPropriedade Intelectual e Inovação, sócia-diretora da Prospective Inovação Tecnológica e Ambiental,pesquisadora e consultora do Instituto Ideias - responsável por estudo inédito deste mercado, realiza-do no Espírito Santo - ela concedeu entrevista exclusiva à Revista O Empresário.
de Propriedade Intelectual (OMPI), onde se percebe queas tecnologias verdes são o principal motor para umamudança global voltada para o desenvolvimento sus-tentável.
OEOEOEOEOE- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números para- Quais as projeções em termos de números parao mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?o mercado de BSA no Brasil e no mundo?CH - CH - CH - CH - CH - Devido à falta de entendimento do que é ummercado de bens e serviços ambientais, não existe umamensuração sistemática nos países. Nos Estados Uni-dos, a Environmental Business International Inc. gerarelatórios anuais do mercado ambiental e do mercadodo câmbio climático, porém, são fontes de difícil aces-so, pois são pagas e o valor cobrado é bastante alto.No estudo que realizamos no Espírito Santo em 2010,adquirimos estes dados para poder ter uma noção realdo tamanho do mercado ambiental e os dados são bas-tante coerentes com o descrito na literatura. A proje-ção do mercado ambiental mundial em 2009 foi de US$772 bilhões, sendo que 76% estavam concentradosnos EUA, Europa e Japão. A América Latina ficava comuma parcela de 4%, tendo o Brasil na liderança, comum volume de US$ 15,9 bilhões. Já os estudos realiza-dos no Espírito Santo mostraram que a economia deBSA movimentou em 2009, 1,74% do PIB estadual, ouseja, R$ 1,21 bilhões, sendo a gestão de resíduos sóli-dos o principal setor. O mais animador é que as taxasde crescimento deste mercado são muito elevadas em
O Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doO Empresário - Existe uma classificação padrão doque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosque sejam bens e serviços ambientais, nos âmbitosnacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?nacional e internacional?Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Cecília Häsner - Não há ainda definição clara dos BSMem nível mundial, mas podemos destacar três aborda-gens. A primeira, imposta pelos países desenvolvidos,os bens e serviços ambientais são conhecidos comotecnologias “fim de tubo”, pois visam remediar os im-pactos gerados pelas indústrias poluidoras e não con-templam a prevenção. Ademais, não inclui produtos eserviços de interesse dos países em desenvolvimentoe mega-diversos (lista de 17 países liderada pelo Brasilque concentram 70% da biodiversidade em menos de10% da superfície do planeta). Já os produtos deriva-dos do manejo e uso sustentável da biodiversidade fa-zem parte dos Produtos Ambientalmente Preferíveis(EPPs), abordagem definida pela Conferência da ONUsobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A ter-ceira deriva da sugestão do Banco Mundial em incluiros bens e tecnologias amigáveis com o clima naliberalização comercial de bens e serviços ambientais,com o foco de estimular o uso e o desenvolvimento deprodutos, tecnologias e serviços relacionados com amitigação do efeito estufa. Esta última proposição temmotivado o surgimento iniciativas como a “IniciativaEconomia Verde”, proposta pelo Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA), ou pelo movi-mento de “patentes verdes” da Organização Mundial
"O Brasil precisa de ambiental própria”
11
ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Cecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília HäsnerCecília Häsner
países em desenvolvimento, principalmente na Ásia.O Brasil também possui taxas altas, um crescimentoestimado entre 10% e 12% anual.
OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “OE - O que é preciso para incentivar os negócios “ververververver-----des” no país? des” no país? des” no país? des” no país? des” no país? CH - CH - CH - CH - CH - Carga tributária elevada, a falta de incentivos fis-cais e de organização do setor são obstáculos a ven-cer. Temos uma economia intensiva em recursos natu-rais, mas somos dependentes da tecnologia verde es-trangeira como tecnologias de energia eólica, equipa-mentos para tratamento de resíduos, entre outros. Épreciso estimular a inovação e a pesquisa, hoje centra-lizadas nas universidades. O foco no desenvolvimentoeconômico do país deve se alinhar às tendências demercado global e não somente aos interesses comer-ciais de um determinado setor, caso do etanol de cana-de-açúcar. O Brasil lutou muito para colocar o etanolde cana-de-açúcar produzido por fermentação no mer-cado global, porém, somente agora está produzindoetanol de 2ª geração (proveniente do bagaço da cana).É importante destacar que o maior estímulo ao merca-do ambiental está nas compras governamentais e naslegislações, que fomentam práticas sustentáveis comoo reuso de água nas indústrias ou a co-geração de ener-gia, estimulando assim a implantação de painéis sola-res ou aerogeradores de energia elétrica.
Para especialista dosetor, país aindanecessita de marcoregulatório no segmentode bens e serviços
OOOOOE - TE - TE - TE - TE - Temos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-emos condições de competir com outros paí-ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?ses e desenvolver nossas soluções?CH -CH -CH -CH -CH - Há esforços que estão sendo realizados paraalavancar a inovação no país, principalmente depoisda promulgação da Lei da Inovação, em dezembro de2004. Dentre as medidas do governo, destaca-se oPrograma Piloto de Patentes Verdes do Instituto Naci-onal da Propriedade Industrial (INPI), destinado a ace-lerar o exame dos pedidos de patentes que se encai-xem nos setores de energias alternativas, transporte,conservação de energia, gerenciamento de resíduose da agricultura. Porém, os incentivos à inovação de-vem estar atrelados a incentivos econômicos para odesenvolvimento industrial do país. Atualmente, existeuma alta concentração de patentes nas universida-des, e não nas empresas. Este é um desafio que opaís deverá superar.
OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-OE - Comparativamente a outros países, é possí-vel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentovel avaliar a qualidade dos estudos para licenciamentorealizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?realizados no Brasil e da nossa legislação ambiental?CH - CH - CH - CH - CH - O Brasil tem um arcabouço legal muito bom emtermos ambientais, invejáveis para muitos países vi-zinhos, portanto, não considero que o problema radi-que nas legislações, mas, sim, no cumprimento dasleis que estão em vigor, o que pode ser realizado commais rigor nas fiscalizações. Há falta de qualidade nosrelatórios de estudos de impacto ambiental e, nestesentido, a organização do setor pode melhorar esteprocesso mediante programas de capacitação. A cen-tralização do processo de licenciamento dificulta aagilidade. Em termos de legislação específica sobrebens e serviços ambientais, existe um projeto de leisobre o tema de 2010, mas que irá depender de umadefinição clara dos BSA relevantes para o Brasil. RRRRReportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieiraeportagem: Mirela Maria Vieira
Foto
: D
ivul
gaçã
o
tecnologia
12
A demora na liberação do licenciamento
ambiental é alvo de críticas pesadas do
setor produtivo no Brasil. As reclama-
ções vão do excesso de burocracia à insegu-
rança jurídica e falta de estrutura dos órgãos
ambientais. No contraponto, o arcabouço legal
brasileiro para o setor é considerado de bom
nível por especialistas no mercado de bens e
serviços ambientais (BSM), que projeta taxas
de crescimento entre 10% e 12% anuais. Os
problemas centrais, afirmam, são a excessiva
centralização dos processos de licenciamento
nos órgãos federal e estaduais, a falta de rigor
na fiscalização e de qualidade dos estudos apre-
sentados pelos empreendedores. Estes, na ava-
liação de consultorias ambientais consolidadas
há mais de uma década no mercado
catarinense, pecam por não integrar o conceito
de gestão ambiental integral ao planejamento
inicial do empreendimento. Também afirmam
que falta competência e seriedade a algumas
consultorias.
Em fevereiro deste ano, a Fundação de
Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma),
contabilizava sete mil processos de licencia-
mento ambiental, número que varia diariamen-
te pela entrada de novos pedidos nas 14
Coordenadorias Regionais e na central, em
Florianópolis. Do quadro de pessoal de 484
servidores, 110 destes lotados nas regionais,
366 técnicos acumulam a fiscalização e as
análises e pareceres dos processos de licen-
ciamento. Soma-se a isto, o atendimento de
solicitações e consultas do Ministério Públi-
co e da Justiça, decorrentes tanto da com-
plexidade da legislação ambiental quanto do
caráter quase sempre conflituoso das ques-
tões referentes ao meio ambiente, as quais,
Com taxa de crescimentode 10% ao ano, setor ainda
precisa desatar nós comoburocracia excessiva e baixa
qualidade dos estudos
CAPA
Licenciamento mercado
emexpansão
Gean LGean LGean LGean LGean LoureirooureirooureirooureirooureiroPresidente da Fatma
Foto
: D
ivul
gaçã
o
Licenciamento
13
CAPA
legalmente envolvem a participação direta das
comunidades que sofrerão os impactos do
empreendimento. “Mesmo que dobrássemos
hoje o número de técnicos, não conseguiría-
mos dar conta da demanda”, afirma o novo
presidente do órgão estadual, Gean Loureiro.
Neste contexto, os prazos previstos pelo arti-
go 38 do código ambiental catarinense dificil-
mente conseguem ser cumpridos em proces-
sos de maior impacto. Tal complexidade tam-
bém exige maior qualificação do quadro de
técnicos, o que se torna quase impossível
frente à demanda existente.
Além disso, segundo a Associação dos
Servidores do órgão (Afatma), falta estrutura
física e políticas de valorização profissional.
A Fundação tem apenas 115 veículos para
atender todo o estado, frota que a Associa-
ção afirma estar sucateada. Assédio moral e
atrasos no pagamento de diárias aos técni-
cos em trabalho de campo também estão
entre as denúncias frequentes da entidade.
Soma-se a este quadro, a demora do Estado
em chamar os aprovados no concurso de
2008: 50 foram efetivados somente no ano
passado.
Junte-se a este contexto, a demora dos
municípios em assumir as responsabilidades
delegadas pela Lei Complementar Federal
140/2011, a falta de qualidade dos estudos
ambientais encaminhados pelos empreende-
dores ao órgão estadual e as divergências de
interpretação do arcabouço legal do meio
ambiente e está instituído um quadro perma-
nente de conflito e empreendimentos parali-
sados.
RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira
ambiental:
SAIBA MAIS
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação dequalquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora oudegradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressi-vas características a participação social na tomada de decisão, por meio darealização de Audiências Públicas.
O artigo 38 do Código Ambiental catarinense estabelece prazos de no máxi-mo três meses para a Fatma emitir a Licença Ambiental Prévia (LAP) e aLicença Ambiental de Instalação (LAI). O prazo para emitir a LicençaAmbiental de Operação (LAO) é de dois meses.
Licença Ambiental Prévia (LAP) - consulta de viabilidade, em que o empreen-
dedor consulta o órgão ambiental sobre a possibilidade de executar o em-preendimento projetado num determinado local. A LAP não autoriza a cons-trução da obra, apenas atesta sua viabilidade naquele local.
Licença Ambiental de Instalação (LAI) - emitida a LAP, o empreendedor deveapresentar em detalhes o projeto físico e operacional da obra e as medidaspara atender às condições e restrições impostas pela LAP. A obra só come-ça com a LAI expedida.
Licença Ambiental de Operação (LAO) - Ao final da obra, o órgão ambientalrealiza a vistoria local para verificar se foi construída de acordo com o proje-to apresentado e licenciado, principalmente em relação ao atendimento dascondições e restrições ambientais. Qualquer desacordo pode causar o seuembargo. Com tudo certo, é expedida a LAO e o empreendimento pode co-meçar a funcionar.
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) - diagnóstico detalhado, realizado antesdo início do empreendimento, das condições ambientais da área de influên-cia do projeto. São analisadas as conseqüências de sua implantação, consi-derando-se o solo, o subsolo, o ar, as águas, o clima, as formas de vida, osecossistemas naturais e o meio sócio-econômico, seus impactos positivos enegativos, as medidas amenizadoras desses impactos e as formas de acom-panhamento e monitoramento.
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (Rima) - reflete todas as conclu-sões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possívelde ser compreendido pela comunidade, ilustrado por mapas, quadros, gráfi-cos, e outros recursos de comunicação visual.
ambiental:
14
CAPA
E m plena semana de Carnaval, explo-
diu a crise provocada no Oeste do
Estado pela não renovação de licen-
ças ambientais de 733 suinocultores e avi-
cultores - setor que corresponde a 35% do
total de processos em tramitação na Fatma.
Sem a renovação das licenças, o sistema
financeiro se recusa a conceder créditos de
custeio ou de financiamento aos produto-
res, embora a LC 140/2011 estabeleça a
prorrogação automática da validade destas
licenças até que o órgão responsável emita
uma nova, desde que o pedido de renova-
ção seja feito 120 dias antes do prazo de
validade expirar.
O problema provocou uma reação
pública e a exigência formal de regulariza-
ção por parte dos Sindicatos de Suinoculto-
res, de Avicultores e da Federação das In-
dústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)
ao governador Raimundo Colombo. A solu-
ção emergencial foi remanejar dois técni-
cos para auxiliar os cinco que atuam na
Coordenadoria da Fatma de Chapecó, res-
Setor é apenas umexemplo das
consequênciasnefastas de
problemas dosórgãos ambientais
com burocracia
14
ponsável pela fiscalização e emissão de li-
cenças no meio rural e urbano em 48 muni-
cípios da região. O paliativo, no entanto, “co-
briu um santo para despir outro”, deixando
a descoberto os procedimentos nos outros
setores, como a construção civil, nas áreas
urbana e rural. Também foi anunciada a con-
vocação de 40 técnicos aprovados no con-
curso realizado no final de 2012, mas sem
data ou locais de lotação dos novos servi-
dores definidas.
Outra medida anunciada por Gean
Loureiro neste caso foi a renovação do con-
vênio com o Sindicato da Indústria da Car-
ne e Derivados no Estado de Santa Catarina
(Sindicarne), nos moldes do que funcionou
até setembro de 2012, disponibilizando téc-
nicos terceirizados para vistoria das propri-
edades.
O novo presidente também pediu a
ajuda do Sindicato para implementar o pro-
cesso de municipalização dos licencia-
mentos ambientais, começando com o se-
tor em foco. (MMV).(MMV).(MMV).(MMV).(MMV).
Agroindústria sofreFoto: Divulgação
15
parque industrial catarinense se des-
taca no cenário nacional na aplica-
ção de programas de gestão
ambiental. Segundo levantamento feito pela
Fiesc em 2009, 90% das grandes e 72% das
médias indústrias têm políticas de
gerenciamento de meio ambiente. Atual-
mente, todas as grandes indústrias do esta-
do possuem o Certificado ISO 14000, além
de outras certificações, como o Öko-Tex, do
setor têxtil, e o FSC, das de base florestal.
Este cenário se deve, em grande parte, ao
pioneirismo na oferta de serviços ambientais
pela Rede Senai/SC de Consultoria
Ambiental, por meio do Núcleo de Meio
Ambiente, sediado em Blumenau, que o
credenciou a integrar o Programa Senai de
Apoio à Competitividade da Indústria Brasi-
leira, lançado em abril do ano passado pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com isto, o Núcleo está em fase de
transição para se tornar Instituto de Tecno-
logia Ambiental e receberá investimentos
de R$ 9 milhões nos próximos cinco anos
para ampliação física e contratação de téc-
nicos. “Estávamos nos preparando para nos
transformar em Centro de Referência
Ambiental. Com o lançamento do Progra-
ma, fomos encaixados como Instituto, que
vai permitir a ampliação e otimização do
trabalho que já vínhamos fazendo”, explica
Senai/SC se prepara
referência nacionalPioneirismo e serviços oferecidoscredenciou unidade para integrar programada Confederação Nacional da Indústria
o coordenador do Núcleo/Instituto, Rodrigo
Bortoli.
As primeiras iniciativas do Senai/SC
na prestação de serviços ambientais remon-
tam ao final da década de 1980, quando
foram realizados estudos de avaliação hídri-
ca no parque dos frigoríficos do Oeste e, na
sequência, do setor têxtil, na região de
Blumenau, que resultou na instalação do pri-
meiro laboratório de análises do Núcleo/Ins-
tituto, o Laboratório de Análises de Águas e
Efluentes (Lanae). “Em meados da década
de 1990 começamos a trabalhar com
consultoria em projetos de implantação de
gestão ambiental, primeiramente nas indús-
trias do setor têxtil da região de Blumenau”,
relata. Hoje, são oferecidos serviços de con-
formidade legal e normativa, ecoeficiência -
um plus para as companhias que desejam
implementar programas ambientais - e ser-
viços complementares como programas de
educação ambiental, garantindo, além da
atuação dentro do que exigem a legislação
e as normas ambientais, otimização de de-
sempenho nos processos. “Isso resulta em
maior rentabilidade e fortalece a compe-
titividade tanto no mercado interno quanto
no externo”, assinala Bortoli.
ONDE ENCONTRAR
www.sc.senai.br
O
para ser centro de
CAPA
Foto
: D
ivul
gaçã
o
16
CAPA
Ambiensfoca setores deportos e energia
Empresa nacionalizaatuação de assessoria
e gestão ambiental
om 12 anos de existência e mais de
700 projetos, 90% deles na área
condominial, a Ambiens Consultoria
Ambiental se prepara para disputar
prospecções nos setores de portos, petró-
leo e gás, fora dos limites do estado. Os
passos para nacionalizar sua atuação já
foram dados e, atualmente, a empresa con-
ta com um escritório no Rio de Janeiro,
presta serviços à Brasilinvest, em São Pau-
lo, e à Samarco, empresa de mineração
sediada no Espírito Santo. “Áreas como
petróleo e gás, que causam grandes im-
pactos ambientais, por exemplo, não são
significativas em Santa Catarina. Este será
um ano de grandes apostas da Ambiens”,
afirma o diretor técnico da empresa,
Emerilson Gil Emerim.
A experiência conquistada com um
trabalho profissional em assessoria e ges-
tão ambiental, segundo ele, credencia a
Ambiens a alçar voos mais altos no mer-
cado nacional. Pesa ainda na decisão do
empresário uma postura cultural de em-
preendedores locais ainda em descom-
passo com a expansão da “economia ver-
de”. “O que mais atrapalha o mercado
ambiental é a visão de que estudo
ambiental é formulário e órgão ambiental
é cartório. Este paradigma tem que ser
quebrado”, sintetiza.
CFo
tos:
Div
ulga
ção
17
CAPA
De acordo com ele, os custos de um
estudo ambiental para licenciamento de
qualidade representam de 1% a 5% do to-
tal a ser investido no empreendimento. “Por
isso, não aceitamos planejamento fecha-
do de empreendimentos, pois o estudo
ambiental deve estar inserido desde o iní-
cio no projeto e é um processo complexo
que implica na mediação de conflitos dos
stakeholders (partes interessadas), com a
participação nas audiências públicas, por
exemplo”, descreve. Neste contexto, sur-
ge um dos principais problemas do mer-
cado ambiental catarinense, de acordo com
Emerim, o ‘facilitador’. “É a figura que faz
um estudo para licenciamento ‘bem bara-
to’, não sei se com a conivência ou não de
técnicos da agência ambiental”, comenta.
O problema, assinala, é reflexo da falta de
normatização para atuação dos profissio-
nais neste setor, decorrente do seu cará-
ter multidisciplinar.
Outro fator que prejudica o merca-
do de serviços ambientais, em sua avalia-
ção, é o tratamento alarmis-
ta dado a empreendimentos
que provocam impactos
ambientais mais visíveis.
“Impacto ambiental é comu-
mente confundido com cri-
me ambiental”, resume o di-
retor técnico da Ambiens,
que tem em seu portfólio,
clientes como o Complexo
Jurerê Internacional, para
quem realizou o Programa
de Recuperação de Degradação Ambiental,
iniciado em 2007, e o condomínio Terra
Nova Palhoça, para o qual realizou o estu-
do e o gerenciamento do licenciamento
ambiental. No setor de geração de ener-
gia, a empresa executa desde 2008 o moni-
toramento da fauna do complexo eólico
localizado no município de Água Doce, no
Oeste de Santa Catarina. (MMV)(MMV)(MMV)(MMV)(MMV)
ONDE ENCONTRAR
www.ambiensconsultoria.com.br
Emerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimEmerilson Gil EmerimDiretor técnico da Ambiens
18
CAPA
Empresa é citada em relatóriodo Ibama pela qualidade
do trabalho oferecido
Brasil deve investir cerca de R$ 500
bilhões em infraestrutura nos próxi-
mos dez anos. Portanto, podemos
falar em investimentos em serviços
ambientais neste setor correspondentes a,
no mínimo, R$ 50 bilhões. Já nacionaliza-
mos nossa atuação e queremos apenas li-
derar este mercado”. A afirmação é de
Antonio Odilon Macedo, Diretor de Ener-
gia e Meio Ambiente da Prosul - Projetos,
Supervisão e Planejamento Ltda, pioneira
no alinhamento de projetos de engenharia
de grandes obras de infraestrutura em San-
ta Catarina a aspectos ambientais.
Com uma trajetória que começou no
final da década de 1980, com as obras ro-
doviárias financiadas pelo Banco Intera-
mericano de Desenvolvimento (BID), que
já exigia que os projetos de engenharia con-
siderassem aspectos ambientais, o traba-
lho feito pela Prosul foi citado em entrevis-
ta do coordenador geral de infra-estrutura
de energia elétrica do Ibama, Thomaz
Miazaki de Toledo, em janeiro deste ano,
como prova do argumento da agência de
que os atrasos na liberação dos licencia-
mentos pela agência decorrem, na maio-
ria dos casos, da baixa qualidade dos es-
tudos apresentados pelos empreendedo-
res. O estudo feito pela Prosul, citado por
Toledo, permitiu que a licença prévia das
obras da linha de transmissão de energia
“O
Prosul aposta na
de 525 Kv, Salto Santiago (PR) - Itá (SC) -
Nova Santa Rita (RS), com extensão de
cerca de 500 Km, fosse expedida em tem-
po recorde: apenas 90 dias. A licença de
instalação foi liberada em cinco meses, ao
contrário da média mínima de 18 meses.
“Existem muitos mitos alimentados por
interesses algumas vezes questionáveis
com relação aos licenciamentos”, assina-
la Macedo.
Sem descartar a necessidade de
aparelhamento e fortalecimento das agên-
cias ambientais, ele credencia a maior
parte dos problemas durante os proces-
sos de licenciamento à falta de compro-
misso efetivo dos empreendedores com
a sustentabilidade ambiental e de serie-
dade e competência das consultorias. “Na
maioria dos casos, os investidores têm
uma visão equivocada em relação aos cus-
tos ambientais e fazem economia que gera
“deseconomia”, refletida nos atrasos de
operação e faturamento”, sintetiza. Ele
também refuta as críticas ao arcabouço
legal, usadas como justificativa tanto por
setores públicos quanto privados para os
freqüentes conflitos. “Os serviços estão
sendo demandados por existir uma legis-
lação e uma estrutura burocrática corres-
pondente. Se a legislação pode e deve ser
aprimorada, se a gestão pública ou priva-
da deve ser mais eficiente, não significa
que lei não deva ser seguida e os seus
trâmites respeitados”, ensina. (MMV)(MMV)(MMV)(MMV)(MMV)
ONDE ENCONTRAR
www.prosul.com
liderança de mercadoFo
to:
Div
ulga
ção
Antonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoAntonio Odilon MacedoDiretor de Energia
e Meio Ambiente da Prosul
19
20
CONSTRUÇÃO CIVIL
P rimeiro residencial de alto luxo a ser
construído na Beira Mar Continental, o
Hamilton Araújo Top Residence tem
como proposta se destacar entre os de-
mais empreendimentos do segmento. Para
isso, conta com uma serie de diferenciais
que vão da localização privilegiada – que
garante facilidade de acesso e, sobretudo,
uma vista invejável da Ilha – ao cuidado dis-
pensado a cada detalhe implementado no
projeto arquitetônico, inspirado nos prédi-
os mais inovadores do mundo.
Recém-lançado pela Beco Cas-
telo, o empreendimento tem caracte-
rísticas marcantes, tanto nas áreas so-
ciais quanto em cada uma das unida-
des, que possuem plantas idealizadas
para atender as necessidades de mo-
radores exigentes e que buscam se-
gurança, sofisticação e conforto.
Em relação à segurança, aos
itens tradicionais o projeto agrega
componentes de última geração, o
que demonstra sintonia com as ten-
dências do mercado. De acordo com
Elídia Franke, geren-
te de vendas da
Beco Castelo, mere-
cem destaque o con-
trole de acesso com
scanner facial na por-
taria do condomínio,
controle remoto de acionamento dos
portões com botão de pânico, monito-
ramento estratégico de todas as áreas, cen-
tral de cadastramento de visitantes e
prestadores de serviço com registro de
acessos e infra estrutura completa para
operação remota da portaria. Além disso, o
condomínio possui gerador próprio de ener-
gia para as áreas comuns e elevadores.
Nas áreas de uso comum, lazer e
comodidade são garantidos com equipa-
mentos como piscina com raia, borda infi-
nita e deck molhado, sala de fitness com
aparelhagem de ponta e ampla sala de jo-
gos. Para os pequenos, espaço infantil de-
corado e mobiliado
Nos apartamentos, a equipe de pro-
jetistas investiu nos detalhes para garantir
a satisfação dos moradores. O Hamilton
Araújo dispõe de plantas com área entre 120
e 167 m2, com três e quatro dormitórios,
sendo duas ou três suítes. As unidades pos-
suem lavabo, áreas íntimas preservadas,
amplas salas de estar com vista total para o
mar, complementadas por sacadas de fren-
te para a Beiramar Continental, com chur-
rasqueira a carvão e o conforto de uma ba-
nheira spa para quatro pessoas.
No acabamento, persianas automa-
tizadas nos dormitórios, piso porcelanato,
infraestrutura para instalação de Split e
água quente, além de alguns confortos
Diferenciaisde luxo
Hamilton Araújo TopResidence, assinado pelaBeco Castelo, é oprimeiro empreendimentodo gênero na Beira MarContinental
21
CONSTRUÇÃO CIVIL
SAIBA MAIS
Hamilton Araújo Top Residence
Endereço: Rua Fúlvio Aducci, esquina com a ruaDr. Heitor Blum, com acesso tantopela Fúlvio Aducci quanto pela BeiraMar Continental
Número de pavimentos tipo: 17
Área dos apartamentos: 120 a 167 m2 de áreaprivativa
Vagas de garagem: 2 ou 3 vagas, com hobbybox
tecnológicos, como o controle inteligente
de iluminação interna e possibilidade de
controlar por smartphone todos os equi-
pamentos automatizados.
Todas as unidades são equipadas
com medidores individuais de água, e o
morador pode optar por duas ou três va-
gas de garagem, com hobby box individu-
al. “Temos certeza de que todo o cuidado
dedicado ao projeto resultou num empre-
endimento único, e o Hamilton Araújo Top
Residence já é considerado um ícone da
arquitetura contemporânea de Florianó-
polis”, afirma Elídia Franke.
ONDE ENCONTRAR
www.becocastelo.com.br
22
CONSTRUÇÃO CIVIL
Direcionado para os
negóciosA&A Philippi BusinessCenter, também da BecoCastelo, une versatilidadee funcionalidade
ocada nas pesquisas que colocam
Florianópolis entre as melhores cida-
des para se investir no Brasil, a Beco
Castelo movimenta o mercado imobiliário
comercial da capital com o lançamento do
A&A Philippi Business Center, um centro exe-
cutivo localizado em área privilegiada e com
valorização crescente. O novo empreendi-
mento começa a ser construído no Estreito,
a menos de 50 metros da Beiramar Conti-
nental, próximo a agências bancárias, res-
taurantes, comércio variado e com facilida-
de de acesso e deslocamento, característi-
cas essenciais em um empreendimento vol-
tado ao segmento comercial.
Na concepção do A&A Philippi
Business Center, a Beco Castelo empregou
conceitos que unem funcionalidade e versa-
F
23
SAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAISSAIBA MAIS
AAAAA&A Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business CenterA Philippi Business Center
Endereço:Endereço:Endereço:Endereço:Endereço: Rua Fúlvio Aducci, esquina com a ruaDr.Heitor Blum, com acesso tanto pelaFúlvio Aducci quanto pela Beira Mar Con-tinental
Área total construída:Área total construída:Área total construída:Área total construída:Área total construída:
Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo:Número de pavimentos tipo: 14
Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: Metragem das salas: 62,69 a 91,7 m2
tilidade, que o qualificam como uma desta-
cada oportunidade tanto para investimento
quanto para a instalação de negócio próprio.
A fachada tem linhas contemporâneas e, as-
sim como suas características estruturais, foi
inspirada em projetos que representam o que
há de mais atual em tecnologia da constru-
ção de centros de negócio. As salas têm en-
tre 62,69 e 91,7m2, e as unidades contíguas
poderão ser integradas. Isso amplia conside-
ravelmente o leque de combinações de am-
bientes que o proprietário pode fazer.
Característica das construções
residenciais da Beco Castelo, o cuidado com
o acabamento foi incorporado também ao
empreendimento comercial, e as salas rece-
berão piso porcelanato, forros de teto em
gesso, lavabos com azulejo até o teto e pia
com bancada de granito e metais de qualida-
de. Além disso, seguindo o conceito de
disponibilizar ao cliente todas as condições
de incrementar o conforto e as potencia-
lidades de seu imóvel, toda a infraestrutura
para cabeamento estruturado e para instala-
ção individual de ar condicionado tipo Split
será entregue pronta pela construtora.
O projeto do A&A Philippi Business
Center possui uma sala de conferência que
será entregue mobiliada e equipada, gara-
gem privativa, estacionamento rotativo e ge-
rador próprio de energia para áreas comuns
e elevadores. De acordo com as caracterís-
ticas indispensáveis aos empreendimentos
comerciais, o condomínio terá controle de
acesso às áreas comuns, central de cadas-
tramento de visitantes e prestadores de ser-
viço com registro de acesso, monitoramento
estratégico de todas as áreas de acesso e
circulação, com câmeras IP de alta resolu-
ção e gravação inteligente.
“Todo o projeto foi desenvolvido para
converter o A&A Philippi Business Center no
melhor ambiente para a evolução dos negó-
cios de nossos clientes”, conclui Elídia Franke,
gerente de vendas da Beco Castelo.
ONDE ENCONTRAR
www.becocastelo.com.br
CONSTRUÇÃO CIVIL
24
CONSTRUÇÃO CIVIL
NegóciosConcrebras amplia atuação
Santa Catarina, mercadoestratégico para a empresa
tenta ao promissor mercado da
construção civil, que registra cres-
cimento médio entre 10 e 15% ao
ano, a Concrebras investe na moderniza-
ção de suas instalações e equipamentos
com o objetivo de aumentar a sua capaci-
dade de produção e ampliar o atendimen-
to em suas unidades catarinenses. Atual-
mente a empresa detém a liderança do
mercado local, e segundo o engenheiro
Marcelo Weinert, gerente da Concrebras,
o compromisso de manter essa posição
aliado ao crescimento do mercado gera
uma necessidade de investimento. “Foi
necessário implantar novas estratégias
para atendermos as demandas que se
apresentavam, dando continuidade a um
modelo de atuação focado no cliente e em
sua plena satisfação”, explica Weinert.
Para que todas as unidades se man-
tivessem no patamar de atendimento de-
sejado, diversos procedimentos foram
colocados em prática, com destaque para
o aumento da capacidade produtiva da
empresa. Assim, no segundo semestre de
2012 as unidades de Joinville e Itajaí pas-
saram por ampliações, garantindo uma
relação ainda mais eficiente entre deman-
da e capacidade de atendimento. Em
2013, será a vez das unidades de Floria-
nópolis e São José, sendo que em Flori-
anópolis as obras de ampliação foram
concluídas já no mês de fevereiro.
Em termos percentuais, o incre-
mento na capacidade de produção deve
alcançar uma média de 30%.
Essas modificações resolvem o que,
segundo Weinert, poderia se transformar
em “gargalo” ao longo de 2013. “Sabemos
que no início teremos uma certa ociosida-
de, porque ainda não há demanda para
absorver todo o potencial produtivo gera-
do pelo novos investimentos, mas, consi-
derando a sustentação do crescimento da
construção civil, nossa expectativa é de
estarmos preparados para atender o mer-
cado pelos próximos anos”, justifica.
Uma das pioneiras na produção e
venda de concreto na Grande Florianó-
polis, a Concrebras tem sede no Paraná e
atua no mercado catarinense há mais de
30 anos, e atualmente o concreto vendi-
do no estado corresponde a 50% da pro-
dução total da empresa.
ONDE ENCONTRAR
www.concrebras.com.br
A
em alta
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
Marcelo WMarcelo WMarcelo WMarcelo WMarcelo WeinerteinerteinerteinerteinertGerente
25
CONSTRUÇÃO CIVIL
A expressiva expansão da pro-
dução da Concrebras é resultado de
um processo que se iniciou há cerca
de seis anos, estruturada a partir de
modificações no quadro organizacio-
nal, da criação de um plano de cargos
e salários além de uma série de incen-
tivos na formação e capacitação dos
gestores. Isso possibilitou a criação de
um comando bem estruturado, que se
traduz na baixa rotatividade verificada
nos cargos-chave da empresa.
Além disso, a Concrebras sem-
pre investiu pesado no incremento e
renovação de sua frota, que tem ida-
de média inferior a três anos.
Agora, segundo Weinert, com
investimentos mais efetivos na ampli-
Mudança organizacionaldá novo tom de gestão
ação da capacidade produtiva, a em-
presa aposta nos diferenciais de aten-
dimento e projeta, para 2013, um cres-
cimento sustentável.
De acordo com o Marcelo Wei-
nert, seguindo seu estilo próprio de ges-
tão a Concrebras identificou a demanda
que o mercado geraria e se preparou
para isso. “Nenhuma empresa consegue
adivinhar o futuro. O que fazemos é
montar uma equipe de pessoas com
competência para coletar e elencar in-
formações relevantes. Com isso, plane-
jamos investimentos e ações com me-
nores possibilidades de erro. Esse é o
segredo da gestão eficiente, comprova-
da através de indicadores operacionais
e de qualidade.”, finaliza.
Central JoinvilleCentral JoinvilleCentral JoinvilleCentral JoinvilleCentral Joinville
26
DECORAÇÃO & INTERIORES
CTrabalhoespecializadogarantefuncionalidade esegurança,transmitindocredibilidade aonegócio
Ambientescorporativos exigematenção especial
Grasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisGrasiela IrisDesign de interiores
onsiderada por muitas pessoas um pas-
so importante na conquista da credi-
bilidade profissional, a abertura de um
escritório próprio é normalmente cercada por
uma série de dúvidas, relacionadas não ape-
nas à localização do espaço, mas também
aos detalhes para criar um ambiente ao
mesmo tempo aconchegante, funcional e
personalizado. Acrescente-se a essas carac-
terísticas, a necessidades de se adaptar aos
espaços cada vez mais reduzidos dispo-
nibilizados nos empreendimentos, e dificil-
mente as soluções surgirão sem que se re-
corra à ajuda profissional.
“Normalmente as pessoas acreditam
que estarão economizando ao fazer tudo por
conta própria, mas algumas vezes detalhes
comprometem o resultado, e isso pode pro-
vocar retrabalho, estender o prazo para a
finalização das tarefas e elevar o custo final,
além de gerar ansiedade e frustração no pro-
prietário”, explica a designer de interiores
Grasiela Iris, habituada a criar ambientes des-
tinados a empreendedores e jovens profis-
sionais.
De acordo com a profissional, defini-
ção de cores e materiais, disposição de
ambientes, projeto de mobiliário e contrata-
ção de mão de obra capacitada são etapas
relativamente simples para quem está acos-
tumado a este tipo de trabalho, mas que
podem ‘tirar o sono’ de quem se aventura a
cuidar de tudo. Para ela, o profissional tem
um olhar mais apurado e está acostumado
a identificar as potencialidades dos espaços,
propondo alternativas que se harmonizam
com o gosto, necessidades e possibilidades
do cliente. “A aparência de um lugar tem in-
fluência direta sobre as opiniões que forma-
mos a respeito de quem trabalha ali: impres-
sões como segurança, estabilidade e até
competência profissional podem ser trans-
mitidas pelas cores, harmonia e organização
do ambiente”, ensina Grasiela, que aponta
painéis e portas de correr como alternativas
para criar privacidade e facilitar a circulação
nas áreas reduzidas da maioria dos escritó-
rios atuais.
Materiais como gesso acartonado, vi-
dro e pisos laminados são materiais de rápi-
da instalação, deixando o ambiente pronto
para receber o mobiliário em pouco tempo.
Os móveis são, segundo Grasiela, os ele-
mentos que levam mais tempo para ficar
prontos, mas a partir do projeto bem elabo-
rado é possível estabelecer um cronograma
que permite finalizar as outras etapas en-
quanto o mobiliário está em produção.
ONDE ENCONTRAR
www.grasielairis.com.br
27
DECORAÇÃO & INTERIORES
Projeto personalizadoDesigner de interiores, Grasiela Iris irá desenvolver soluçõesespecíficas e gratuitas aos leitores de O Empresário
que parece simples pode se
transformar em problemas
de grandes proporções devi-
do à falta de experiência e de plane-
jamento. O que fazer em um espaço
vazio, de forma que se transforme
um ambiente funcional, onde cada
coisa tem seu lugar, e exista harmo-
nia independente do estilo do clien-
te ou da profissão que exerce?
A partir desta edição a revista
O Empresário desenvolve
A primeira proposta foi elaborada a partir da planta de uma sala com29m2, idealizada para um advogado em início de carreira, parceiro darevista O Empresário.
O
Usando os materiais já mencionados, Grasiela projetou um ambienteque comporta recepção, lavabo, copa e sala principal.
Uma divisória de gesso acartonado esconde a entrada do lavabo e limi-ta o ambiente da copa, que pode ser acessada tanto a partir da recepçãoquanto da sala principal.
Na recepção, projeto delimita espaços para uso da secretária e paraclientes.
A divisória com a sala principal é feita com portas de correr de vidro,ampliando o ambiente e facilitando a circulação. Persianas horizontais cum-prem o papel de garantir a privacidade durante os atendimentos.
Armários baixos atrás da mesa e uma estante emtoda a lateral da sala abrem espaço para guardar livros,arquivos e material de trabalho. No lado oposto da mesado profissional, Grasiela elaborou um “espaço coringa”,e o que foi originalmente concebido como um ambientede leitura, mais tarde, pode se transformar em local detrabalho para dois estagiários.
uma parceria com a designer de inte-
riores Grasiela Iris, e disponibiliza aos
leitores a oportunidade de ter seu
escritório projetado pela profissional.
A cada edição, partindo das
medidas do ambiente fornecidas pelo
leitor - com fotos e um croqui do es-
paço –, Grasiela desenvolverá gratui-
tamente um projeto adequado às ne-
cessidades, criando um ambiente de
bom gosto, com bom aproveitamen-
to de espaço e funcional.
(Mande o croqui de sua sala, com medidas e informações a respeitode suas necessidades para [email protected] [email protected]. Seu e-mail pode ser escolhido eo seu projeto elaborado. Ou entre em contato com a designer paramais informações).
28
H á cinco anos, os arquitetos Marcelo
Martins e Felipe Schneider começaram
uma parceria que alia projeto arquite-
tônico e de interiores à decoração, criando
ambientes exclusivos e funcionais decorados
aliada aoDupla de arquitetos Marcelo Martins
e Felipe Schneiderdesenvolve peças exclusivas
DECORAÇÃO & INTERIORESDECORAÇÃO & INTERIORES
Praticid
com peças produzidas por eles mesmos. A
união da praticidade com o inusitado marca
dos trabalhos executados pela dupla, conquis-
tou clientes da área comercial como o res-
taurante Yaah Cozinha Oriental, que os cha-
mou recentemente para reformar e redecorar
o ambiente projetado por eles em 2008, quan-
do foi inaugurado.
Um dos elementos da nova decora-
ção é um lustre criado por Schneider, com-
posto por 43 flores de origami protegidas
por verniz e fixadas em uma estrutura de
metal. No centro de cada uma delas, o arqui-
teto instalou uma lâmpada de LED, cujo efei-
to delicado e encantador pode ser visto da
rua onde se localiza, em Florianópolis. "Além
de exclusivo é inusitado. Esta é a nossa mar-
ca desde o princípio", resume Martins.
Sustentabilidade socioambiental e
"gentileza urbana" também são linhas mes-
tras do trabalho que realizam. "Em 2012,
atendemos à loja da Toyota, em Itajaí, tudo
feito sob as normas da ISO 14000. Para se
ter uma idéia, os funcionários da oficina
usam uniforme branco", comenta. Sobre a
"gentileza urbana", dois projetos arquitetô-
nicos no bairro Saco dos Limões, na Capi-
tal, foram aprovados pela prefeitura pelas
contrapartidas de adoção da praça local,
pintura da escola estadual do bairro e cons-
trução de um bicicletário público.
Os diferenciais, conforme Martins,
oneram os custos em cerca de 30% a 35%,
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
29
DECORAÇÃO & INTERIORES
comparativamente aos projetos padrão,
mas agregam valores tangíveis e intangí-
veis para ambas as partes. Um exemplo
disso foi a escolha deles por um grande
grupo de fora do estado para projetarem
um centro empresarial, avaliado em R$ 2
milhões e com previsão de inauguração
para o final deste ano. O empreendimento
será construído na SC-401, em Florianó-
polis, sob concepção de total susten-
tabilidade ambiental. "A estrutura da obra
utilizará metal e vidro e na área externa ha-
verá um labirinto", antecipa Martins, sem
dar detalhes do que estão planejando para
a decoração. Também a nova loja da Harley
Davidson, que funcionará no Estreito, na
capital catarinense, terá a marca deles.
Enquanto estas novidades ainda não
estão concretizadas, vale a pena conferir al-
adeinusitado
guns trabalhos de
ambientação e de-
coração do portfó-
lio destes arquite-
tos, como o balcão
principal da rede
de confeitarias
Chuvisco, para a
qual criaram um forro com cara de confeito
de cupcake, ou a parede de molduras cola-
das no Churrasquim Espetinhos Gourmet,
todos na capital catarinense.
ONDE ENCONTRAR
www.smarq.com.br
DECORAÇÃO & INTERIORES
30
CASE DE NEGÓCIOS
Q uando adquiriu a então recém-criada
Modecol, há 35 anos, a ideia do empre-
sário Orlíndio da Silva era estruturar a
marcenaria e convertê-la em uma fábrica de
grande porte, distribuidora de móveis para
lojas especializadas. Cinco anos mais tarde,
mudou os planos e passou a investir no ob-
jetivo de se transformar na melhor empre-
sa no segmento de marcenaria de alta clas-
se da Grande Florianópolis, trabalhando ex-
clusivamente com
móveis sob medi-
da. “Observei o
mercado e há 30
anos estabeleci co-
mo meta fazer da
Modecol a melhor
Matéria-prima de primeira linha e acabamentode alto padrão marcam produtos da Modecol
Marcenariade qualidade
entre todas as marcenarias da região, e esse
é um processo que não tem fim. Apesar de
termos uma posição de destaque e reco-
nhecimento junto aos clientes, a evolução
constante é indispensável”, explica Silva,
que credita parte do sucesso de sua em-
presa ao fato de buscar a perfeição em cada
peça produzida.
Para garantir o melhor acabamento
no produto final, o empresário faz questão
de utilizar matéria-prima de alto padrão. Da
madeira de reflorestamento auto-clavada
utilizada na estrutura dos móveis, às tintas
e ferragens, tudo é escolhido levando-se em
consideração a qualidade do produto, mes-
mo que isso signifique um custo mais ele-
vado. Enquanto boa parte das marcenarias
utiliza ferragens de origem chinesa, por
exemplo, a Modecol importa mais de 80%
de suas peças da Áustria, considerada re-
ferência nesse tipo de material.
“O preço é consequência, mas nos-
sos móveis trazem valor agregado e são
direcionados a clientes que dão importân-
cia a isso”, justifica Silva, que faz questão
de que as peças sejam montadas pelo mes-
mo marceneiro que trabalhou em sua fabri-
cação. Essas práticas se traduzem em fide-
lidade por parte dos clientes, e com isso o
percentual de retorno chega a 80%. “A
Modecol tem essa característica, e em nos-
sa carteira temos clientes que estão com a
Orlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhosOrlíndio da Silva entre os filhos
Anna KAnna KAnna KAnna KAnna Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karina, Analy Karolinearolinearolinearolinearoline
e Jean Ricardoe Jean Ricardoe Jean Ricardoe Jean Ricardoe Jean Ricardo
Foto
: A
ndre
ia B
orge
s
Foto
: A
ndre
ia B
orge
s
31
CASE DE NEGÓCIOS
empresa há mais de 25 anos. Em alguns
casos, já mobiliamos o imóvel da terceira
geração de uma família, e para nós isso é
motivo de muito orgulho”, explica Anna
Karina da Silva Padilha, que, a exemplo de
dois de seus irmãos, trabalha com o pai,
Orlíndio, na condução da empresa.
De acordo com Anna Karina, que é
gerente de vendas e responde também pela
gestão da produção da marcenaria, o início
de 2013 foi atípico, não apenas em relação
à quantidade de peças na linha de produ-
ção, mas também no que diz respeito à
prospecção de vendas. Com isso já é pos-
sível projetar uma movimentação positiva
nos negócios até a metade do ano.
Ao longo de seus 35 anos, a Modecol
se firmou no mercado como uma empresa
familiar e registra um crescimento que Sil-
va classifica como sólido e constante, com-
provado pelas centenas de imóveis da Gran-
de Florianópolis que possuem em seus
móveis a etiqueta com a marca da empre-
sa . “Nunca tive pressa ou urgência em rea-
lizar as coisas. Conheço o mercado e apren-
di a dar importância ao que realmente faz
diferença no segmento dos móveis sob
medida, especialmente os de alta classe”,
justifica o empresário, que lista o cumpri-
mento de prazos, a organização e o atendi-
mento pós-venda, como itens que garantem
os diferenciais em relação à concorrência.
Sob medida paraclientes corporativos
De olho em uma fatia do mercado que procurava móveis sob
medida, mas com preços mais acessíveis, há cinco anos foi criada a
Marcenaria Catarinense, uma extensão da Modecol, destinada a tra-
balhar com uma linha onde qualidade e economia pudessem andar
juntas. “Nossa linha de produção estava sempre repleta, e deixáva-
mos de atender o segmento corporativo, que busca móveis sob me-
dida, com qualidade, mas não necessariamente de alto padrão”, ex-
plica Orlíndio da Silva, que apostou em uma nova empresa para su-
prir essa demanda.
Em pouco tempo, a Marcenaria Catarinense passou a atender
também, a clientes residenciais, e hoje a realidade do mercado colo-
ca lado a lado, em um mesmo imóvel, móveis da Modecol e da Mar-
cenaria Catarinense. “Não é raro que salas, cozinhas e lavabos – pe-
ças que tem alta visibilidade – sejam contratadas junto à Modecol.
Quartos, áreas de serviço e banheiros, são menos visados, e uma
linha mais econômica cabe melhor no orçamento da maioria das pes-
soas”, explica Anna Karina.
Para Orlíndio da Silva, é indispensá-
vel estabelecer metas e manter o foco na
forma de alcançá-las. “Quero ver a Modecol
completar 50 anos, sempre se destacando
no mercado”, finaliza.
ONDE ENCONTRAR
www.modecol.com.br
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
32
CASE DE NEGÓCIOS
A té 2017, a internet, que hoje já é o se-
gundo meio mais utilizado para publici-
dade, vai superar a televisão, atualmen-
te na primeira colocação. Simultaneamente,
segundo estudo realizado pela GSMA
Association, que congrega mais de 800 ope-
radores de dispositivos móveis em 220 paí-
ses, o país terá 135 milhões de conexões
móveis em banda larga em 2014. Atualmen-
te, o Brasil já é o 4º maior mercado mundial
e o primeiro da América Latina em conexões
móveis ativas, conforme a Associação. Além
disso, os negócios em e-
commerce em território na-
cional registraram um cres-
cimento de 25% em relação
a 2011, e os m-commerce,
realizados por meio de dis-
positivos móveis, duplica-
ram, saindo de 5% para
10% do total das compras
feitas via rede virtual, de
acordo com a Câmara Bra-
sileira de Comércio Eletrô-
nico (Câmara-e.net).
É neste contexto que o empresário
Luiz Alberto Ferla, CEO de um grupo de
empresas totalmente digitais (confira os en-
dereços abaixo) prepara o lançamento da
Tech Front, voltada ao mercado de games
educativos e publicitários para dispositivos
móveis. “Os brasileiros são muito
conectados. São 85 milhões de pessoas,
usuários finais, conectados na rede. Só no
Facebook são 60 milhões. E, em menos de
dois ou três anos, estarão fazendo tudo dos
seus smartphones e tablets”, afirma o em-
presário, ancorado na experiência de quem
praticamente desbravou esse nicho e hoje
conhece a fundo os hábitos e a cultura dos
consumidores brasileiros. Este conhecimen-
to, diz ele, aliado à rede de relacionamentos
construída ao longo de 17 anos de atuação
no mercado digital, é um dos fatores decisi-
vos na disputa com as corporações interna-
cionais pelo mercado interno.
A Tech Front está sendo gestada com
base em R$ 15 milhões de investimentos
realizados pelas empresas de Ferla em pes-
quisa, desenvolvimento e inovação, e está
na fase de montagem da equipe, outros dois
ingredientes fundamentais para o sucesso
nesse setor, conforme o empresário. “Para
ter sucesso nos negócios digitais você pre-
cisa de uma equipe multidisciplinar, que in-
tegra várias especialidades, da informática
ao marketing, e capaz de oferecer produtos
inovadores pelo menos uma vez a cada se-
mestre”, resume ele.
Com projeção de faturamento global
do pool de empresas de R$ 70 milhões para
este ano, Ferla anuncia ainda o lançamento
da marca mãe para o grupo até abril. “Será
a primeira no Brasil construída de forma di-
gital, Lançamos um prêmio em fevereiro,
por meio de uma rede internacional, com
os conceitos que queremos para a nossa
marca e teremos propostas de todo o mun-
do”, afirma.
ONDE ENCONTRAR
Talk - www.talk2.com.br
Knowtec - www.knowtec.com
DDBR - www.ddbronline.com
KeepingUp - www.ebakana.com
Expansão do uso de conexões móveis é cenáriopara a criação da Tech Front, voltada aomercado de games educativos e publicitários
Futuro na
Foto
: D
ivul
gaçã
o
LLLLLuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto Fuiz Alberto FerlaerlaerlaerlaerlaCEO de grupo deempresas digitais
palma da mão
33
34
CASE DE NEGÓCIOS
D epois de fechar o ano de 2012 com
o lançamento de quatro novas
startups e um faturamento 26% mai-
or em relação a 2011, totalizando R$ 50 mi-
lhões, o grupo catarinense Nexxera prepa-
ra-se para descer do topo da pirâmide que
caracteriza sua cartela de clientes e lança,
ainda em março, a Nexxcity, voltada exclusi-
vamente às micro e pequenas empresas.
A nova startup demandará investi-
mentos de R$ 1 milhão em dois anos e ofe-
para o pequeno empreendedorNexxcity vai oferecer soluçõestecnológicas de gestão financeira ecorporativa no ambiente virtual
recerá as soluções tecnológicas de gestão
financeira e corporativa no ambiente virtual
de negócios desenvolvidas pelo grupo em
seus 20 anos de atuação no mercado. “Nos-
so objetivo é promover a inclusão digital do
micro e pequeno empreendedor, que terá
acesso a estas soluções com menos de R$
100,00 mensais. De maneira geral, eles não
têm como desembolsar R$ 100 mil para
montar a estrutura necessária para isso”,
afirma o presidente do Grupo Nexxera, Ed-
son Silva.
Precursora no mercado brasileiro em
tecnologia para integração de instituições
financeiras, o Nexxera tem atualmente mais
de 400 mil pontos de conectividade que in-
CASE DE NEGÓCIOS
35
CASE DE NEGÓCIOS
terligam em nuvem computacional a rede
de valor (clientes, fornecedores e bancos)
de organizações como Bradesco, Santan-
der, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômi-
ca Federal, Walmart, GM, Bosch, Cemig,
Sadia e Tim.
A Nexxcity, destaca Silva, resulta de
dois fatores principais: os investimentos em
pesquisa e desenvolvimento de novos pro-
dutos - que foram ampliados em 30% só no
ano passado - e a prospecção de novos ni-
chos de mercado proporcionados pelo cres-
cimento econômico brasileiro. Pesa ainda
nesta equação, segundo o empresário, a res-
ponsabilidade socioambiental que caracte-
riza as ações da corporação que preside des-
de a sua fundação, em 1992.
Sobre esta premissa está ancorada a
outra novidade nos negócios do Grupo para
Foto
: D
ivul
gaçã
o
Edson SilvaEdson SilvaEdson SilvaEdson SilvaEdson SilvaPresidente doGrupo Nexxera
2013, a Nexxpago,
direcionada ao potencial
empreendedor brasileiro
que contabiliza, segundo
Silva, 35% de micro e pe-
quenos empreendedores
sem acesso à conta ban-
cária. “A Nexxpago vai ofe-
recer uma solução basea-
da nos cartões pré-pagos,
tendo o celular como
interface e o cartão de plástico como alter-
nativas em locais onde a telefonia móvel
inexiste ou é ineficiente”, explica Silva, que
projeta para este ano um crescimento supe-
rior a 30% no faturamento do grupo.
ONDE ENCONTRAR
www.nexxera.com/pt/
SAIBA MAIS
O Grupo Nexxera investe cerca de 3% da receita líquida atual em projetos de respon-sabilidade social em comunidades da Grande Florianópolis, por meio do InstitutoNexxera. Cerca de mil pessoas já foram beneficiadas com os programas de inclusãodigital, capacitação e qualificação profissional de moradores em periferias; de inclusãopelo esporte, que desenvolve a prática esportiva para crianças e adolescentes; e peloFloripa Viva Hip Hop, que beneficiou recentemente a primeira turma com 76 alunos emoficinas desse estilo musical ajudando na transformação das comunidades envolvidas.Em 2010, iniciou a publicação dos Relatórios Anuais de Sustentabilidade, consolidan-do seu compromisso com a transparência organizacional preconizada pelas boas prá-ticas de governança corporativa.
36
CASE DE NEGÓCIOS
No ano em que completa 25 anos de
fundação, a Marmoraria Biguaçu co-
memora não apenas a conquista de
uma posição de destaque no mercado de
mármores e granitos na Grande Florianó-
polis, mas também o sucesso de um es-
tilo de administrar com foco na evolução
constante, nos investimentos em mão-
de-obra e equipamentos, no trabalho sé-
rio e na proximidade com o cliente. Tra-
ta-se de um modo de condução dos ne-
Empresa projeta dobrar estrutura eprodução nos próximos cinco anos
gócios implantado desde o início, quan-
do os irmãos Juvenal e Anselmo da Silva
criaram a empresa, e que é utilizado até
hoje.
Nesse intervalo de tempo, duas mu-
danças na sociedade modificaram a estru-
tura gerencial da empresa, que desde 2005
tem como diretor-presidente Valério da Sil-
va, filho mais velho de Juvenal. Para ele,
apesar de ter passado por momentos difí-
ceis, a empresa conseguiu prosperar, ex-
perimentando um crescimento considerá-
vel ao longo de sua história. “Consegui-
mos estruturar a empresa, torná-la compe-
titiva e, com simplicidade, muito trabalho
MarmorariaBiguaçu:25Anos
37
CASE DE NEGÓCIOS
Satisfação ao clienteorienta trabalho
e honestidade fomos conquistando nosso
espaço no mercado”, afirma.
Nos últimos sete anos, por exemplo,
a Marmoraria Biguaçu registrou um cres-
cimento de 130%, e hoje tem produção
média de 21,6 mil m2 por ano. Para ala-
vancar esse desempenho, especialmente
nos últimos dois anos, Valério da Silva in-
vestiu forte tanto na compra de equipamen-
tos quanto em treinamento e capacitação
de mão-de-obra. “Além da renovação da
frota, importamos da Espanha uma máqui-
na de corte totalmente automatizada e
completamos as aquisições para a linha de
produção com a instalação de uma ponte
rolante para manuseio das chapas. Para
operar as máquinas, tivemos que capaci-
tar nosso pessoal e com tudo isso tivemos
um salto na produção, passando de 600
m2/mês para 2,5 mil m2”, afirma o empre-
sário, que calcula ter investido cerca de
R$ 1 milhão nesse processo. (R(R(R(R(Reportagem:eportagem:eportagem:eportagem:eportagem:
LLLLLuciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)
ONDE ENCONTRAR
www.marmorariabiguacu.com.br
Mas é na relação com os clientes que a
Marmoraria quer deixar cada vez mais evidente seu
amadurecimento. A empresa contabiliza seis mil cli-
entes, com cerca de dois mil em atividade constan-
te, e investe na qualidade do acabamento de suas
peças como diferencial para ampliar ainda mais o
leque de atendimento. “Desde que a empresa foi
criada, meu pai sempre foi exigente com o acaba-
mento e me ensinou que o atendimento é a base de
tudo. Se um dos maiores desafios é manter ativa
nossa carteira de clientes, então temos que trabalhar para isso, com mão de
obra capacitada, variedade de materiais e custo coerente com o mercado”,
justifica Valério, que para aumentar a proximidade com o mercado consumidor
planeja, a médio prazo, a criação de um show room.
Concentrado no objetivo de manter o ritmo de crescimento da empresa,
Valério da Silva tem projetos ousados para os próximos anos, todos embasados
na qualidade e eficiência que, segundo afirma, marcam o desempenho da em-
presa. “Em cinco anos quero dobrar a estrutura e a produção da Marmoraria, e
melhorar ainda mais nosso desempenho no que diz respeito à pontualidade.
Não tenho pressa para fazer as coisas. Sei que é indispensável trabalhar sério e
saber aproveitar as oportunidades que o mercado oferece, e as consequências
aparecem”, conclui.
VVVVValério da Silvaalério da Silvaalério da Silvaalério da Silvaalério da SilvaDiretor presidente
Foto
s: A
ndre
ia B
orge
s
38
CASE DE NEGÓCIOS
esde que foi criada, em 1993, a Mon-
do Viagens e Turismo tem como pro-
posta se distinguir em um mercado
competitivo, a partir da oferta de serviços
especializados e personalizados, sempre
no sentido de suprir as necessidades e de-
mandas apresentadas pelo setor em des-
tinos como Nova Iorque, Miami, Londres
e Paris, justamente os preferidos dos bra-
sileiros. “Temos como objetivo garantir
conforto, comodidade e segurança a quem
procura nossa agência, e para isso
estamos sempre inovando, tanto na forma
de atendimento quanto na gama de servi-
ços oferecidos”, explica Marco Aurélio
Mondo, diretor da Mondo.
E foi com essa preocupação que
Marco criou na agência um setor exclusi-
vo para atendimento a empresas, com
plantão 24 horas e atendimento emergen-
cial via rádio e celular. Além de gerenciar a
compra de passagens aéreas, reservas em
hotéis no Brasil e no exterior, locação de
carro também na-
cional e internaci-
onal e traslados, a
Mondo oferece
uma alternativa de
autonomia às em-
presas que aten-
de. “Acredito que
no ambiente
corporativo nosso
grande diferencial
está possibilidade
de as pessoas credenciadas pela empresa
poderem, diretamente em nossa página na
internet, emitir suas próprias passagens
aéreas bem como efetuar reservas de hos-
pedagem, com faturamento ou por meio
de cartão de crédito”, afirma Marco, que
reúne no site da agência as principais em-
presas aéreas. Com essas iniciativas, a
agência firmou contratos com empresas de
Florianópolis, Joinville, São Paulo e Rio de
Janeiro e ampliou sua área de abrangência.
Para dar mais segurança ao sistema
de vendas online, que nos últimos dois
anos se destacou nos negócios da agên-
cia, a Mondo implantou um sistema de se-
gurança contra a clonagem de cartões de
crédito, aumentando confiabilidade desta
modalidade. “Com o atendimento pós-ven-
da, damos todo o suporte para solucionar
dúvidas, efetuar alterações de programa-
ção e solucionar eventuais problemas,
atendendo o que se hoje configura como
a maior fonte de reclamação de quem com-
pra pela internet, que é a falta de retorno”,
explica Marco.
Segundo ele, entre os produtos mais
procurados pelos clientes estão os paco-
tes de compra nos Estados Unidos, de
degustação de vinhos na Argentina e as tra-
dicionais viagens de férias para a Disney,
mas a observação do mercado fez com que
a equipe passasse também a investir na
organização e logística de feiras e eventos
e na formação de grupos para shows naci-
onais e internacionais.
De olho nas demandas e focado na
qualidade do atendimento, Marco Mondo
justifica a projeção de crescimento da agên-
cia para o ano de 2013 (entre 15 e 20%): “Tra-
balhamos pensando em diversidade, quali-
dade e competência, itens indispensáveis para
conquistar o mercado”, diz.
ONDE ENCONTRAR
www.mondoviagens.com.br
De SCpara o mundo
Mondo viagensinveste emdiferenciais paracrescer até 20%esse ano
D
39
40
MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO
A startup Beercrew, um clube para amantes
de cervejas especiais, de Joinville, acaba de rece-
ber aporte de capital da HFPX Participações, tam-
bém da cidade. A
startup promove,
por meio de um
serviço de entre-
ga em domicílio,
degustação peri-
ódica de cervejas
de qualidade,
mas pouco en-
contradas no Bra-
Setor de vestuárioprecisa investir
Alimentaçãofast and fresh
A primeira unidade da rede norte americana Quiznos,
de alimentação fast and fresh, acaba de ser inaugurada no
Floripa Shopping, na Capital. Além de mais de 20 variações de
sanduíches (montados na hora) que têm entre 300 e 450 kcal e
são livres de gorduras transgênicas e conservantes, o estabe-
lecimento também possui saladas, sopas, sobremesas e bebi-
das. O franqueado é Evandro Cezar Santos, empresário
com experiência no ramo de alimentação e entretenimento
e proprietário, ainda, das casas Cervejaria Original e Duun
African Bar. Hoje são mais de três mil lojas em 30 países e, no
Brasil, a Quiznos também possui lojas no Distrito Federal, Goiás,
Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Em
www.floripashopping.com.br.
Para oferecer informações estra-
tégicas do setor de vestuário aos empre-
sários catarinenses, o Sistema de Inteli-
gência Setorial (SIS), um projeto do
Sebrae/SC, preparou um relatório de
análise com perspectivas do mercado
interno e externo. Os analistas recomen-
dam investimento no aumento da pro-
dutividade, que vai resultar em moderni-
zação de maquinários e sistemas, novos
processos produtivos e mão de obra
qualificada. Enquanto a China apresenta
uma perspectiva de redução no ritmo de
crescimento em 2013, e a economia da
Europa e dos Estados Unidos está em
fase de atenção, o Brasil deve ter um
crescimento econômico de 4%. “O País
apresenta, historicamente, uma taxa de
desemprego baixa, a renda do trabalha-
dor brasileiro está em crescimento e há
expansão de crédito no País. A conjuga-
ção destes fatores permite maior aces-
so da população ao consumo”, explica o
gestor do SIS, Douglas Luis Três. Em
www.sebrae-sc.com.br/sis.
Amantes de cervejasil. Além disso, na plataforma são compartilhadas
histórias, dicas de harmonização e degustação, mo-
dos e maneiras que tornem ainda mais prazerosa a
apreciação de uma boa cerveja. Além do aporte, a
HFPX participa com know-how e networking para
aprimoramento do sistema. Para o segundo semes-
tre, a Beercrew prepara o lançamento de um e-
commerce para a venda de cervejas especiais, com
rótulos exclusivos importados de diversos países.
O e-commerce estará disponível também para ce-
lular. Na foto, os sócios da Beercrew Rafael Couto
(E), Evandro Dutra, Gustavo Cardoso. Em
www.beercrew.com.br e www.hfpx.com.br.
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
41
MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO
Casa Cor Santa Catarinaem dose dupla
Em 2013, a Casa Cor Santa Catarina terá ação inédita
no país, com a realização do evento em duas cidades, si-
multaneamente na avenida Beiramar, em Florianópolis, e
na Praia Brava, em Itajaí. Um único ingresso dará o direito
de visitar as duas sedes, independente da dada de compra.
Realizada de 18 de maio a 30 de junho, a edição desse ano,
terá, ao total, cerca de 45 ambientes, distribuídos em 3,5
mil metros quadrados. Empresas como Deca e Todeschini
(patrocinadores nacionais) e WOA Empreendimentos Imo-
biliários, Balaroti e Unilux (patrocinadores locais), estão en-
tre os expositores. Na foto, o Hotel Boutique, dos arquite-
tos Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr., eleito o Melhor
Projeto da edição 2012. Em www.casacor.com.br/
santacatarina.
Mercado de livros
O Florianópolis e Região
Convention & Visitors Bureau
(FC&VB) fechou o ano de 2012 com
resultado além do projetado. Foram
27 eventos conquistados no perío-
do, cinco a mais do número esti-
pulado no planejamento estratégi-
co. Na agenda, 17 deles serão dis-
tribuídos na alta temporada e dez
nos meses considerados mais cal-
mos para o turismo da cidade. Jun-
tos, vão garantir o desembarque de
mais de 59 mil pessoas na região.
O calendário de eventos é resulta-
do do trabalho realizado pela enti-
dade, que atua na projeção do des-
tino, na participação em feiras de
negócios e turismo – só em 2012
foram 11 Brasil afora e no exterior
também -, na disputa por grandes
eventos e na ampliação e organi-
zação do trade. A representação
das prestadoras de serviços para
o setor ganhou mais adesões. O
ano encerrou com o ingresso de 47
novas empresas integradas à rede
Florianópolis Convention. Em
www.florianopoliscvb.com.br.
Eventosem alta
Prestes a completar 50 anos, em outubro, Gru-
po Livrarias Curitiba – que reúne as redes Catarinense
e Curitiba – comemora o incremento de 22% na ven-
da de livros no varejo em 2012. Um dos destaques foi
trilogia erótica Cinquenta Tons de Cinza, da autora E.L.
James, com a comercialização de mais de 80 mil uni-
dades nas 21 lojas, enquanto a média de vendas naci-
onal de um bestseller gira em torno de 30 mil. No ano
passado, o montante de livros vendidos em toda rede
– que atua no atacado e varejo - chegou a 5,2 milhões
de exemplares, quantia 19,93% superior a 2011. Para
2013, a previsão é de chegar aos 5,7 milhões de uni-
dades. O grupo também investiu R$ 5,5 milhões na
abertura de duas novas megastores, uma no Conti-
nente ParkShopping, em São José, outra em Maringá
(PR). Para 2013, R$ 5 milhões serão investidos em outra
unidade, em Sorocaba (SP), e R$ 6,8 milhões na aqui-
sição de um terreno com 20,4 mil metros quadrados
em Curitiba, para sediar nova distribuidora e sede ad-
ministrativa. Em www.livrariascatarinense.com.br.
42
A rte pouco conhecida e raramente difundida
no Brasil, a ourivesaria fascinou o proprietá-
rio da Personalité, João Francisco Sobrinho,
aos 15 anos, quando conseguiu uma vaga de
office boy da joalheria H. Stern da capital paulista.
Cinco anos antes, ele havia realizado um dos seus
mais acalentados sonhos de infância, quando,
pela primeira vez na vida, sentou num banco es-
colar, depois que seus pais - um marceneiro e
uma dona de casa - decidiram pegar os sete fi-
lhos e deixar a pacata São João do Paraíso (MG)
para tentar a vida em São Paulo.
O fascínio do adolescente não passou
despercebido aos proprietários da joalheria e,
aos 19 anos, ele foi promovido a auxiliar de ou-
rives. Logo foi desafiado a criar e construir uma
peça, um pingente, que conquistou um cliente
e o alçou ao cargo de meio oficial de ourives.
Fez os cursos técnicos de cravação (corte de
pedras), gemologia (estudo de pedras precio-
sas) e de torneiro mecânico, que lhe permitiu
criar alianças torneadas. Em 1993, com 25 anos,
aceitou uma proposta de emprego em
Florianópolis, onde se graduou em História e
em Artes Visuais para aperfeiçoar sua arte.
Trinta anos depois do seu primeiro con-
tato com a ourivesaria, reuniu os irmãos, en-
tre eles um administrador de empresas e ou-
tro ourives como ele, e abriu uma pequena
oficina de prestação de serviços, criando e
Ex-office boy da H. Stern,João Francisco Sobrinho criou suaprópria marca de jóias, a Personalité
EMPREENDEDORISMO
A arte da
42
43
EMPREENDEDORISMO
“esculpindo” peças únicas e peças padrão,
como anéis de noivado e de formatura,
comercializadas por diversas joalherias em
todo o estado. “Eu estava bem feliz sendo
funcionário. Ganhava bem e não tinha dores
de cabeça, mas surgiu a vontade e a oportu-
nidade com a vinda dos meus irmãos para
cá”, diz. Em pouco tempo, negócio familiar
saiu dos limites da oficina e se transformou
em uma nova marca.
As peças são criadas e concretizadas
na pequena fábrica que funciona no centro da
capital catarinense e dali saem tanto para a
Personalité quanto para outras joalherias do
estado. Peças exclusivas podem variar de R$
600 a R$ 600 mil. A grande diferença é que
quem entra na joalheria do ourives mineiro terá
todas as informações sobre as jóias que lhe
despertem o interesse: do material aos pro-
cessos e técnicas utilizados. “Hoje, numa joa-
lheria comum, o máximo que os vendedores
conseguem informar aos clientes é o nome da
pedra ou se é de ouro ou prata”, lamenta.
E é por isso que o próximo sonho deste
ourives nascido na “terra do doce de marme-
lo”, é criar um curso de pós-graduação na área.
“A ourivesaria não é uma produção em série.
Exige conhecimento profundo sobre os mate-
riais, de onde vêm, e tem processos específi-
cos para cada material ser transformado numa
peça”, ensina.
RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira
ONDE ENCONTRAR
Foto
: D
ivul
gaçã
o
João FJoão FJoão FJoão FJoão Francisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinhorancisco Sobrinho
44
EMPREENDEDORISMO
Talento
Juliana Sales começou comoatendente do Outback e hoje
é proprietária do únicorestaurante da rede em SC
uem chega ao restaurante Outback
no Beiramar Shopping, em Flori-
anópolis, se depara com a placa aci-
ma da porta identificando nominalmente o
“proprietor”. A tradução literal da palavra
inglesa, no entanto, não comporta seu sig-
nificado real para a mulher morena clara
que recebe os clientes e cujo sorriso con-
vida a entrar e dar uma pausa no estresse
cotidiano tomando um copo de chopp ou
uma taça de vinho, acompanhado de um
delicioso steak ou um prato de massas,
com molhos especiais, tudo elaborado com
o mesmo cuidado e carinho da cozinha ca-
seira. “Ter um negócio próprio era um so-
nho meu e da minha mãe. Porém, devido a
problemas de saúde dela, não consegui-
mos realizar juntas. Dei continuidade aos
planos e o Outback é a realização desse
sonho”, traduz Juliana Sales, sócia-propri-
etária do único restaurante da rede em
Santa Catarina.
Paulista, já na adolescência vivida na
região do Grande ABC, Juliana demonstra-
va uma capacidade nata de liderança em
ambientes competitivos, com objetivos
definidos e muita determinação para
alcançá-los. “Nunca esperei soluções pron-
tas. Aos 16 anos precisava de dinheiro para
os estudos e comecei a trabalhar como
instrutora de informática”, diz ela. Quando
começou a cursar a faculdade de Adminis-
tração em Comércio Exterior, percebeu que
era essencial ter fluência em outra língua e
Qpara comandar
Juliana SalesJuliana SalesJuliana SalesJuliana SalesJuliana Sales
45
EMPREENDEDORISMO
decidiu viajar para Londres para
estudar inglês. Apesar da sur-
presa ao ver a jovem de 19 anos
com a bagagem pronta para par-
tir, a atitude encheu a mãe de
orgulho e de alegria. “Mesmo
quando não aprovava as minhas
decisões, ela nunca me impe-
diu de nada e sempre soube me
mostrar as dificuldades de cada
caminho”, relembra Juliana. O
ano vivido fora do país, com fa-
ses ruins e muitas dificuldades,
ensinou a menina-mulher a “va-
lorizar o trabalho que tinha”.
De volta ao Brasil, foi mo-
rar sozinha na capital paulista,
voltou a trabalhar como instru-
tora de informática e ainda con-
seguiu ingressar na Itautec,
como vendedora. Aos 22 anos,
foi promovida à gerente comer-
cial da empresa e simultanea-
mente iniciou sua trajetória no
Outback, trabalhando nos finais
de semana como atendente.
Durante um ano, aliou as duas
atividades, até que decidiu ficar
só no restaurante.
Em 2005, foi convidada
pelo sócio-proprietário do
Outback de Porto Alegre a par-
tir para novos desafios. Lá, as-
cendeu rapidamente e, em 2011, foi avali-
ada como opção para operar o restaurante
em Florianópolis. No dia 8 de maio de 2012,
Juliana Sales e seu sorriso cativante
recepcionaram, pela primeira vez, os clien-
tes do seu restaurante na capital cata-
rinense.
RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira
ONDE ENCONTRAR
http://www.outback.com.br
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
SAIBA MAIS
O Outback no Brasil é resultado de joint venture entre umgrupo de brasileiros e os controladores do OutbackSteakhouse International. Até o final de 2012, totalizava 41lojas em todo o país, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília,Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba,Vitória, Florianópolis e Recife. Os restaurantes não são fran-quias, pertencem à própria companhia que admite um únicosócio como empreendedor para operar o negócio, com to-das as responsabilidades inerentes à sua posição. Emcontrapartida, o operador selecionado recebe um pró-laborefixo e uma porcentagem dos resultados. 60% dos sócios pro-prietários são ex-funcionários da rede.
46
CRÉDITO
A mais nova modalidade de financiamen-
tos oferecida pela Agência de Fomento
de Santa Catarina (Badesc) é considera-
da uma linha de crédito diferenciada, não
apenas pelo acesso via internet dos clientes,
mas também pela redução do número de
documentos necessários para a contratação
do financiamento. O Badesc Fácil, que ofere-
ce créditos entre R$ 15 mil e R$ 100 mil, en-
trou em operação em janeiro e, antes ainda
de completar dois meses já registrava sete
mil visitas ao site, das quais 698 se converte-
ram em propostas de financiamento.
“Como agência de fomento, nosso
objetivo é estimular a economia em todas
as regiões do Estado. Com essa modalida-
de de crédito queremos chegar também aos
municípios que não conseguimos acessar,
e que talvez sejam os que mais precisam
dessa ajuda”, explica Luiz Antônio Ramos,
vice-presidente e diretor de Operações do
Badesc. “Por meio do site, disponibilizamos
ao empresário uma linha de crédito 24 ho-
ras por dia, sete dias por semana”, comple-
ta Ricardo Moriguti, gerente de Operações
Especiais do Badesc.
A proposta é feita via internet. No site
específico da linha de financiamentos, o in-
teressado preenche um formulário e faz uma
simulação da proposta. O próprio sistema já
faz uma análise de crédito e lista os docu-
mentos necessários para a comprovação das
informações. Moriguti calcula que com to-
dos os dados em mãos, o preenchimento
da proposta demora cerca de 20 minutos, e
desconsiderando o prazo de trânsito de do-
cumentos, o processo se completa em qua-
tro ou cinco dias.
O processo de implantação do
Badesc Fácil teve início em abril de 2012, e
no seu desenvolvimento a agência
catarinense utilizou a experiência do Banco
de Desenvolvimento de Minas Gerais
(BDMG), que pratica essa modalidade há al-
gum tempo. “Trata-se de uma economia três
vezes maior do que a catarinense, e eles fe-
charam o ano de 2012 com três mil proces-
sos. Nossa meta para este primeiro ano é
chegar a mil operações, com valor médio de
R$ 50 mil por financiamento efetuado”, com-
para Ramos.
Pelos valores oferecidos, a nova linha
disponibilizada deve atender basicamente a
microempresário, mas não há restrição de
setor ou porte de empresa contratante. Para
Moriguti, o Badesc Fácil vai ajudar, inclusi-
ve, a quebrar o conceito de que o Badesc se
destina apenas a grandes empresas ou que
o acesso às suas linhas de crédito é muito
complicado. “O ‘Fácil’ é um conceito. E é re-
volucionário não apenas na forma de aces-
so e na agilidade, mas também na proposta
de desburocratização, e isso passa por uma
mudança de cultura, interna inclusive. Base-
ados nas dúvidas e questionamentos que
chegam à nossa central de atendimento já
temos uma demanda para fazer algumas
modificações e facilitar ainda mais o proces-
so”, explica.
Para aumentar a capilaridade da linha
de crédito, o Badesc vai credenciar contado-
res que atuarão como correspondentes, re-
cebendo remuneração de 0,75% do valor da
operação contratada. “Acreditamos que com
a entrada dos contadores no processo, alcan-
çaremos maior eficácia, atingindo aproxima-
damente 30% de propostas efetivadas em
relação às consultas. Hoje esse percentual é
de 10%”, afirma Ramos.
ONDE ENCONTRAR
www.badescfacil.com.br
Badesc tem linhade financiamentocom propostafeita pela internete com menosdocumentosexigidos
Dinheiromais fácil
Foto
: D
ivul
gaçã
o
LLLLLuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio Ramosuiz Antônio RamosVice-presidente e diretor
de Operações do Badesc
47
48
ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO
Depois de muito tempo sen-do almejado especialmente por em-presários, o Brasil finalmente realizouem 2012 um processo de reduçãoda taxa de juros. Isso trouxe muitasvantagens, especialmente paraquem precisa tomar dinheiro em-prestado para por em prática seusprojetos. Mas o rendimento dos in-vestimentos nunca foi tão baixo.
O brasileiro está acostumadocom apostas tradicionais, normal-mente disponíveis no banco em quetem relacionamento. A maioria utili-za caderneta de poupança e fundos com rentabili-dade atrelada ao CDI. Com a taxa de juros em pata-mares elevados, os investidores viam seu dinheirocrescer, sem muito esforço ou grandes oscilações.
Entretanto, com a queda da taxa de juros arentabilidade de investimentos tradicionais deixoua desejar. Muitos ficaram, inclusive, abaixo da infla-ção. Como o cenário de juros altos ficou para trás,as tradicionais modalidades conservadoras perde-ram espaço para as de maior risco na preferênciados investidores. Obrigatoriamente, quem quiserganhar mais vai ter de assumir risco.
Assim se destacam os fundos multimercadosque, diferente dos investimentos tradicionais, po-dem investir de várias formas, optando pela melhorestratégia de acordo com o panorama econômico.Os multimercados conseguem aplicar no que é maisvantajoso no momento, tornando-se alternativasinteressantes em cenários econômicos incertos oucom poucas opções rentáveis.
Investimentos no Brasil dos juros baixosApesar de mais arriscados, os
multimercados fazem operações protegi-das, criando e mantendo limites de perdabem definidos. São esses limites que de-terminam a rentabilidade dos fundos:quem assume mais risco normalmente vaiobter melhores retornos. Mas, por nãorenderem de maneira linear, o investidordeve estar preparado para oscilações aolongo do tempo.
Portanto, o investidor deve conhe-cer muito bem o próprio perfil, os objeti-vos e o horizonte de tempo dos investi-mentos. Isso é muito importante para evi-
tar desconforto e resgates na hora errada. O segundodesafio é escolher bons gestores, que não estão embancos. Apesar de normalmente iniciarem a carreiraem banco, os gestores que se destacam optam porgerir seus próprios fundos.
Como isto exige conhecimento e tempo, o ide-al é o aconselhamento de um profissional especializa-do, credenciado para o exercício da função de consul-tor e que atue de forma isenta, sem vínculo com insti-tuições financeiras. A atuação desses profissionais émuito comum em mercados mais maduros e, semdúvidas, o ganho de rentabilidade com o investimentodos recursos da forma correta vai pagar com folga acontratação desse profissional.
Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Alexandre Amorim Analista de Investimentos CNPI, consultor de valores
Mobiliários credenciado pela CVM e sócio da Par MaisPlanejamento Financeiro
49
Entre as diversas medidasinstituídas pelo Plano Brasil Maior,foi editada a Lei 12.546/2011, quevisa uma maior desoneração sobrea folha de salários e demais rendi-mentos pagos a autônomos, admi-nistradores, trabalhadores avulsose individuais. A legislação altera abase de cálculo e alíquota das con-tribuições destinadas à seguridadesocial. Até 31 de dezembro de2014, empresas de segmentosespecíficos passarão a recolheraté 2,5% sobre a receita bruta a tí-tulo de contribuição à seguridadesocial (patronal), ao contrário dos usuais 20% sobrea folha de pagamento. Dentre os setores, desta-camos: autopeças, ônibus, naval, aéreo, “designhouses” (chips), móveis, plásticos, materiais elétri-cos, bens de capital - mecânico, hotéis, têxtil, con-fecções, couro e calçados, tecnologia da informa-ção e call center.
A lei diz que, até 2014, as empresas contri-buirão com 2% sobre o valor da receita bruta, excluí-das as vendas canceladas e os descontos incondi-cionais concedidos em substituição à contribuiçãoanterior. Da mesma forma, lei também determinaque a contribuição será de 1% sobre o valor dareceita bruta, excluídas as vendas canceladas e osdescontos incondicionais concedidos, para as em-presas que fabricam os produtos classificados naTipi, aprovada pelo Decreto no 7.660.
Tendo em conta as características do “novo”tributo, que possui incidência similar a outros tribu-tos conhecidos, podemos concluir pela existên-
Contribuição previdenciáriacia de outras verbas que, muito embo-ra não reconhecidas pela legislação,poderiam ser excluídas da base de cál-culo da contribuição, via medida judici-al própria, tais como tributos inseridosno “preço” da mercadoria ou serviço(ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS),
Devoluções de mercadorias,bonificações, operações de circulaçãode mercadorias para a Zona Franca deManaus e Operações de circulação demercadorias realizadas dentro da ZonaFranca de Manaus.
Nos casos em que a empresa,contrariamente ao pretendido pelo Go-
verno Federal, tenha sofrido um incremento nos seusrecolhimentos da Contribuição Previdenciária, é pos-sível pleitear-se, judicialmente, o retorno ao regime an-terior.
Por fim, destacamos que a redução no valor dearrecadação previdenciária é de 46,4% para os seg-mentos econômicos incluídos no art. 7º e de 35% paraos abrangidos pelo art. 8º da Lei nº 12.546/2011. Essaperda corresponde, em valores atualizados para 2012,a R$ 1,68 bilhão para os segmentos desonerados peloart. 7º e a R$ 5,38 bilhões para os desonerados peloart. 8º, totalizando R$ 7,06 bilhões para o conjuntodessas empresas, em valores correntes de 2012, con-forme dados da ANFIP - Associação Nacional dos Au-ditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.
André Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAndré Eduardo DantasAdvogado tributarista e sócio do escritório Gasparino
Advogados
ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO
50
AUTOMÓVEIS
Omês de abril marca o lançamento nacio-
nal do Peugeot 208, novo modelo com-
pacto da marca, que chega ao mercado
nacional menos de um ano após seu lança-
mento mundial, e evidencia, mais uma vez,
o cuidado característico que a montadora
dispensa ao acabamento de seus veículos.
O Peugeot 208 tem design moderno
e atraente, totalmente sintonizado com o
estilo contemporâneo que a montadora tem
utilizado em seus modelos mais recentes,
e se destaca muito dos demais modelos de
seu segmento. O 208 tem uma aparência
mais robusta, mas os detalhes formam um
conjunto harmônico que fez sucesso junto
ao público durante o Salão Internacional do
Automóvel, que aconteceu no final de 2012,
em São Paulo. A lateral do carro tem um
desenho limpo e as lanternas traseiras pos-
suem um diferenciado formato de bume-
rangue.
Mas é no interior que o 208 deve sur-
preender. De acordo com Gilmar Fachini,
diretor comercial da Florence, concessioná-
ria Peugeot em Florianópolis, o modelo par-
te de uma proposta totalmente inovadora,
com painel elevado, volante com posição,
tamanho e formato diferenciados, além de
itens de conectividade nunca antes encon-
trados em um modelo compacto. “Trata-se
de uma proposta totalmente inovadora em
termos de interior, considerando-se tanto os
materiais de acabamento quanto a ergono-
metria, A Peugeot segue o conceito de cons-
truir o carro de dentro para fora, pensando
primeiramente no bem estar do motorista
Novo modelocompacto émais robusto,com interiorinovador
chega ao mercadocatarinense
Peugeot 208
51
AUTOMÓVEIS
e passageiros”, explica ele. Com a eleva-
ção do painel, instrumentos e informações
são visualizadas sobre e não mais por en-
tre o volante, significando segurança e fa-
cilidade de acesso.
O modelo de série vem com motor
1.5, que proporciona maior economia e re-
gistra baixa emissão de poluentes. Essas
características seguem um conceito vol-
tado ao cuidado com o meio ambiente, e
atendem inclusive às exigências do mer-
cado europeu, que é muito mais exigente
que o brasileiro nessa área. Entre os itens
de segurança, air bag duplo e freios ABS,
além de três anos de garantia.
Em relação aos itens opcionais, o
208 oferece teto panorâmico, central
multimídia touch screen, GPS e bluetooth.
Fotos: Divulgação
52
A versão top de linha apresenta câmbio au-
tomático e motor 1.6.
Segundo Fachini, as primeiras unida-
des do 208 estarão à venda a partir de 13
de abril, mas a partir da segunda quinzena
de março a concessionária já estará rece-
bendo reservas dos clientes interessados.
A expectativa de vendas do modelo é bas-
tante promissora, uma vez que Florianópolis
tem um comportamento diferenciado da
média do mercado, justificado principalmen-
te pelo nível de escolaridade, periodicidade
de viagens para o exterior e conectividade
com as novidades. “O comportamento da
marca na capital normalmente corresponde
ao dobro do número de vendas do merca-
do nacional. Com o 208 não deve ser dife-
rente”, finaliza Fachini.
ONDE ENCONTRAR
www.peugeotflorence.com.br
Premier:para poucos
Para comemorar o lançamen-
to do 208, a Peugeot lançou a serie
Premier, limitada a 208 unidades dis-
ponibilizadas a clientes selecionados
pela própria montadora, e que rece-
berão o veiculo um mês antes do lan-
çamento oficial.
A serie é personalizada e entre
os itens exclusivos estão uma cor es-
pecial fosca e rodas de 16 polegadas.
No interior, bancos que mesclam teci-
do e couro, pedais em alumínio e a
numeração da unidade no painel. O
número cinco já pertence ao procura-
dor de Justiça Basílio Elias De Caro,
único cliente Peugeot de Florianópolis
escolhido para adquirir o modelo.
O 208 é o quinto veículo da
Peugeot comprado por De Caro, que
afirma ter levado em consideração a
relação custo-benefício no momento
em que decidiu se candidatar para a
compra. "Acredito que nesse segmen-
to a Peugeot possui os carros mais
bem acabados e com a maior quanti-
dade de itens de fábrica. São veículos
com materiais de qualidade diferenci-
ada. Nunca tive queixas em relação a
consumo, manutenção e motor, e
classifico o conforto do carro como
um diferencial que merece destaque",
explicou De Caro, que vai presentear
o filho mais novo com o 208 Premier.
AUTOMÓVEIS
53
54
OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO
Certa vez me pergunta-ram se a sociedade merece oJudiciário que tem. Eu res-pondi que sim. O Judiciário éa própria sociedade em mo-vimento, nua e crua. Talvez,por isso, ele inspire no brasi-leiro um sentimento ambíguode amor e ódio. Por um lado,o brasileiro aprecia ouvir efalar de tudo o que diz respei-to ao universo do Judiciário.Por outro, é severo e duro aocriticá-lo. O Judiciário é o pró-prio espelho da sociedade, por isso, às ve-zes, exerce um forte magnetismo sobre obrasileiro e, outras, o incomoda tanto.
O brasileiro, ao criticar tanto o Judiciá-rio, fala de si próprio. Revela de um ladoquanto lhe angustia tanta injustiça no meiosocial e, de outro, toda a sua frustração, asua sensação de impotência frente à perpe-tuação deste quadro. Há tanta coisa a ser“consertada”: pobreza, saúde, habitação,saneamento, educação, segurança, abusoseconômicos etc. Alguém tem que fazer al-guma coisa! Ora, isso tudo a lei não diz quesão direitos? O Judiciário que os assegure...
Poder Judiciário: o espelho da sociedadeInfelizmente não é possí-
vel acabar com esses proble-mas por decreto e nem pelasentença de nenhum juiz, pormais que também esse o de-sejasse. Só com o trabalho,com o dinamismo e acriatividade da coesão socialesse cenário pode mudar. OJudiciário, sem dúvida, é umgrande aliado da sociedade,mas jamais poderá substituir oprotagonismo indispensáveldaquela. Enfim, a inquietação,
demonstrada paradoxalmente pela busca e, aomesmo tempo, pela repulsa ao Judiciário, lon-ge de trazer preocupação deve nos servir dealento. É sinal de que já houve o despertar dasociedade para os seus graves problemas esobre a necessidade inadiável de enfrentá-los.Esse é o primeiro passo para superá-los. Equando isso acontecer, não haverá cidadão al-gum que não se orgulhe do Judiciário que teme da sociedade em que vive.
Juiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio Luiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz JunkesesesesesPresidente da Associação dos Magistrados
Catarinenses (AMC)
55
56
OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO
Com quase 25 anos de atraso, San-ta Catarina vai instituir a Defensoria Públi-ca Estatual, em cumprimento ao art. 134da Constituição Federal de 1988. Não es-pontaneamente, mas em obediência àdecisão do Supremo Tribunal Federal,prolatada no início de 2012.
Criada pela Lei Complementar Es-tadual nº 575, de 2 de agosto de 2012, aDefensoria Pública operará, inicialmente,com 60 defensores públicos e 90 servi-dores, números que se mostram, de an-temão, irrisórios para atender toda a po-pulação vulnerável catarinense. Para quea instituição desempenhe sua função constitucional, éurgente a criação, por lei, de novos cargos de defenso-res e servidores.
Conforme preceitua a Constituição Federal, aDefensoria Pública constitui uma instituição essencial àfunção jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orienta-ção e defesa jurídicas em todos os graus dos necessita-dos, assim definidos como aqueles cuja situação econô-mica não lhes permita pagar as custas processuais e oshonorários de advogado, sem prejuízo do sustento pró-prio ou da família.
Em verdade, trata-se de um eficaz instrumentode ampliação e democratização do acesso à Justiça,indispensável ao Estado Democrático de Direito, so-bretudo num país marcado pela desigualdade social.É por isso que a Carta da República erigiu ao status de
Defensoria Pública em Santa Catarinagarantia fundamental a assistência ju-rídica integral e gratuita aoshipossuficientes, a ser prestada pelasdefensorias públicas.
No entanto, em descumprimentoà Constituição, ela vinha sendo presta-da, em Santa Catarina, por meio de con-vênio com a OAB, em sistema de no-meação, por sorteio, de advogadosdativos para atuarem nos litígios judici-ais. Não havia, assim, assistência jurídi-ca integral, mas mera assistência judici-ária (em processos judiciais), ficando oshipossuficientes despidos de assistên-cia extrajudicial, como na celebração de
acordos e em processos administrativos, e de orientaçãojurídica em geral, incluindo na celebração de contratos, oque vem a ser suprido pela Defensoria Pública.
Por fim, cumpre advertir que a instituição de umaDefensoria forte beneficia não apenas a população caren-te, mas a sociedade como um todo. A propósito, se jáestivesse operante com eficiência a Defensoria, que temtambém por atribuição atuar permanentemente nos presí-dios, é de se questionar se Santa Catarina seria manchetena mídia nacional pela crise em seu sistema carcerário ena segurança pública.
Edson TEdson TEdson TEdson TEdson Telê Camposelê Camposelê Camposelê Camposelê CamposAdvogado, professor e doutor em
Desenvolvimento Regional e Urbano.
57
Segundo pesquisas recentes,são sacrificadas anualmente grandesextensões de florestas nativas no pla-neta terra, e cujas respectivas práticasagrícolas destroem milhões de tonela-das de solo fértil e arável. E isso é mui-to grave, pois é a flor da terra que vaiembora para as bacias hidrográficas domundo, atingindo os oceanos e mares.
Essa matriz nutriz que vai embo-ra causa miséria e fome em nossas vi-das, destruindo a ca-deia alimentar. A recu-peração dessa cama-da superior da terraem torno de 15,25cm rica em húmus esais minerais requerum período aproxi-mado de 10 mil anosde reciclagem. Esti-ma-se que a regiãoamazônica será umdeserto semelhanteao deserto do Saarase continuarmos a agredir suas terras de maneirairracional e irresponsável.
Mas não é só no Brasil que as florestas nomundo estão desaparecendo com uma rapidez alar-mante; pois cerca de um terço de total de florestasdo planeta estarão destruídos nos próximos 15 anose a cada ano desaparece uma extensão de florestas
Desmatamento e vidaequivalente a metade do Estado de San-ta Catarina. Grande parte dessa destrui-ção ocorre nos países do Terceiro Mun-do, para saciar o apetite de alimentos“fastfood” das populações de países dePrimeiro Mundo, bem como outros arti-gos valorizados como açúcar, café, chá ecacau.
Por outro lado, há necessidade dese afirmar que nessas florestas são en-contradas essências que poderiam aju-
dar os seres humanos acontrolar enfermidadesde maneira natural, comonos ensinam os estudio-sos médicos orientais.As florestas tambémreciclam o ar que respi-ramos conservando abiodiversidade natural,cuja ausência provocamaior aporte de CO2 à at-mosfera. Como vemos,há necessidade urgenteda tomada de responsa-
bilidades de governos e sociedade na conservação eproteção da própria vida na Terra.
Ivani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoProfessor da UFSC,
mestre em Engenharia, agrônomo e gestor ambiental.
OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO
58
lorianópolis é uma cidade de contras-
tes. Enquanto seu Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH, segundo
relatório divulgado pela Organização das
Nações Unidas em 2000) é de 0,875, o que
a coloca entre as cidades brasileiras com
melhor qualidade de vida, ao mesmo tem-
po, a capital recebe cerca de 10 mil novos
moradores por ano, além de dobrar sua po-
pulação durante a temporada de verão.
Esse crescimento incontestável, desorde-
nado até, chega a gerar transtornos para a
população, que tem no trânsito habitual-
mente caótico e na falta de planejamento
urbano seus problemas mais evidentes.
Fundada em 23 de março de 1726, a capi-
tal de Santa Catarina chega aos 287 anos
carecendo de ações efetivas que orientem
seu crescimento econômico com equilíbrio
ambiental e social, como forma de contra-
balançar alguns destes índices contras-
tantes que as pesquisas mostram. “É no
município que as pessoas moram e é de
seus governos que a população espera a
solução para seus problemas mais presen-
tes”, explica o prefeito Cesar Souza Junior,
em uma afirmação que reforça a respon-
sabilidade da administração municipal em
apresentar alternativas nesse sentido. E,
segundo, acrescenta, há muito o que se
fazer para resgatar, por exemplo, a capaci-
FApesar do alto índice de qualidadede vida, cidade enfrenta consequênciasda falta de planejamento
GESTÃO PÚBLICA
59
Setor de TI já respondepor 45% do PIB
Fundado pelos bandeirantes, que chegaram às belas terras inicial-
mente ocupadas pelos índios tupi-guaranis, o povoado de Nossa Senhora
do Desterro foi elevado à categoria de Vila em 1726, quando não passava
de um aglomerado com pouco mais de 30 casas. Só cerca de 20 anos
mais tarde, com a chegada dos colonizadores açorianos é que esse qua-
dro começou a se alterar de forma marcante. Desterro passou a ser
Florianópolis, e com o passar dos anos a cidade cresceu muito, mas conti-
nuou sendo referência por suas belezas naturais.
Uma das três ilhas-capitais do Brasil, em 2011 Florianópolis, pos-
suía, segundo estimativa do IBGE, uma população de 427.298 habitantes,
número que a coloca como a segunda cidade mais populosa do estado,
superada apenas por Joinville.
A economia de Florianópolis é alicerçada nos segmentos da cons-
trução civil, turismo, comércio e prestação de serviços, e nos últimos anos
também o setor da tecnologia ganhou destaque, sendo responsável por
mais de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do município.
dade de investimentos da prefeitura – “hoje
em torno de 4%, para pelo menos 12% já
no primeiro ano” - , e para isso prevê, ain-
da nos primeiros meses de governo, ações
relacionadas à modernização administrati-
va, controle de gastos, ética pública e
desburocratização.
Conforme demandas apontadas ain-
da durante a campanha à Prefeitura, as
ações mais contundentes serão referen-
tes às áreas de planejamento urbano, edu-
cação, saúde e infraestrutura. Foi em rela-
ção ao planejamento urbano, por exemplo,
a determinação mais polêmica do início de
mandato do prefeito, a suspensão, por três
meses, da emissão de alvarás para gran-
des empreendimentos.
Na área da educação, conforme pro-
messa de campanha, César Souza Junior
aponta como prioridade zerar as filas de es-
pera nas creches. “Atualmente 11,2 mil cri-
anças são atendidas nas creches do municí-
pio e estamos colocando em prática iniciati-
vas que nos darão condições de disponibilizar
mais quatro mil vagas”, destaca. Além disso,
a prefeitura assinou convênio com 53 entida-
des, destinando R$ 11,7 milhões para a edu-
cação de quase 6 mil crianças, adolescentes
e jovens atendidos por ONGs.
Na saúde, na primeira semana de
março a administração municipal deu iní-
cio ao Mutirão de Exames, viabilizado pelo
investimento de cerca de R$ 1 milhão. Com
isso, a expectativa é de que os 23.210 exa-
mes na fila de espera sejam zerados em
até seis meses. E ainda este ano o prefeito
pretende entregar à cidade a entregar a Uni-
dade de Pronto Atendimento (UPA) do Jar-
dim Atlântico, através de ação conjunta das
secretarias municipais do Continente, de
Obras e da Saúde.
ONDE ENCONTRAR
www.pmf.sc.gov.br
GESTÃO PÚBLICA
Foto: Mauro Goulart
60
GESTÃO PÚBLICA
Q uarta cidade mais populosa do esta-
do, (atrás apenas de Joinvi l le,
Florianópolis e Blumenau), São José
chega, em março, aos 263 anos em meio
aos desafios para assegurar seu cresci-
mento e ao mesmo tempo, garantir o
bem-estar dos cidadãos. Para isso, tem
dedicado especial atenção às áreas da
saúde e educação, consideradas prioritá-
rias pela administração municipal, sem
deixar de investir na infraestrutura e no
desenvolvimento econômico.
Pela primeira vez em sua história, o
No ano em que comemora 263 anos,município precisa avançar nas áreas dasaúde, educação e infraestrutura
município tem à frente do poder executivo
uma mulher – Adeliana Dal Pont, eleita no
pleito de 2012 com mais de 60% dos votos
válidos – que ainda em campanha afirmava
que sua administração seria planejada,
transparente e marcada por grandes ações.
Em ritmo intenso de trabalho, a ad-
ministração municipal colocou em prática
um plano de governo que estabelece me-
tas para 100, 180 dias e um ano de gover-
no, nas quais se encaixam ações de todas
as secretarias, que tiveram seus titulares
escolhidos a partir de critérios técnicos.
Para garantir recursos, a prefeita reforça a
necessidade de implantar um novo estilo
na administração do município. “Vamos
reduzir os gastos e utilizar o dinheiro públi-
co de forma eficiente, com condutas que
vão do controle da conta de luz à diminui-
desafios marcam aniversário
61
GESTÃO PÚBLICA
ção de custos com telefonia e frota
de veículos”, explica Adeliana.
Tanto nas áreas da saúde
quanto da educação, o plano para os
próximos meses prevê a melhoria da
qualidade do atendimento aos cida-
dãos, com algumas mudanças im-
plantadas desde os primeiros dias de
governo. Na área da Educação, por
exemplo, a administração municipal
ampliou o atendimento a crianças a
partir de quatro meses de idade e,
de acordo com a prefeita, estão pro-
gramadas reformas nas escolas mu-
nicipais além da abertura de novas
unidades.
Já na Saúde, Adeliana come-
mora a redução das filas para a reali-
zação de exames laboratoriais como
uma das primeiras conquistas da pas-
ta. “A marcação de um simples exa-
me de sangue, por exemplo, chegava
a demorar 90 dias. Reduzimos este
tempo de espera para uma semana e
em breve estes exames de laborató-
rio serão realizados no dia seguinte ao
agendamento”, diz a prefeita, que des-
taca também a contratação de profis-
sionais, a retomada das obras da Uni-
dade de Pronto Atendimento (UPA) em
Forquilhinhas como ações efetivas para re-
solver os problemas na área.
Secretária da Saúde de São José por
quase dez anos, Adeliana dal Pont acredita
que estão nessa área as maiores carênci-
as do município. “O presente que gostaria
de dar para São José, e estamos trabalhan-
do muito para isso, é melhorar os serviços
de saúde para que todos tenham o atendi-
mento que merecem, com dignidade. Acho
que em breve poderemos assoprar esta
vela e comemorar”, finaliza.
ONDE ENCONTRAR
www.pmsj.sc.gov.br
Fotos: Glaicon Covre
Setor industrial fortalecido
Fundada pelos açorianos em 1750, a cidade nasceu como
São José da Terra Firme, e ainda conserva em seu Centro Histórico
os casarios tradicionais construídos pelos seus primeiros morado-
res. Sua história é diretamente ligada à da capital de Santa Catarina,
Florianópolis, município com o qual faz divisa a leste. Ao norte,
seus limites encontram os de Biguaçu e Antônio Carlos, e, ao sul
Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.
O rápido crescimento da região tornou as fronteiras entre
esses municípios quase imperceptíveis em alguns pontos, forman-
do a região metropolitana da Grande Florianópolis, que concentra
mais de um milhão de moradores. Segundo dados do Censo 2010
do IBGE, naquele ano a população de São José era de 209.804
habitantes, com renda per capita de R$ 20.786,92 mil.
Com pouca vocação turística, o município é atraente para
pequenas indústrias e para o comércio em geral, ocupando o quin-
to lugar no ranking da economia dos municípios catarinenses, gra-
ças, sobretudo, ao grande número de empreendimentos localiza-
dos na área industrial que se formou ao sul de São José.
Em função do crescimento populacional dos últimos 15 anos,
o município vem vivenciando um boom imobiliário, e devido às
suas características demográficas, São José é considerada uma
das dez cidades mais verticalizadas do país.
AAAAAdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal PontontontontontPrefeita
62
SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE
O atendimento domiciliar (homecare) é um conceito de prestação de ser-viço na área de saúde, enfocando obinômio paciente/família. Este serviço desaúde, capaz de romper os limites dainternação hospitalar, permite que suaestrutura convencional seja transferidapara um ambiente no qual o pacienteprovavelmente se sentirá melhor: suaprópria residência.
O termo home care é de origeminglesa. A palavra home significa lar, ea care traduz-se por cuidados. Portanto,a expressão designa literalmen-te: cuidados no lar.
Em home care, a condição clínica ou enfermi-dade do paciente torna-se parte de um plano de trata-mento global integrado, cuja finalidade é a ação pre-ventiva, curativa e reabilitadora.
Por mais de um século, o home care tem sidoconsiderado uma prática muito natural nos EstadosUnidos, sinônimo de família e associado à noção deconforto, compaixão e segurança. Com isto, os famili-ares e amigos procuraram cada vez mais esse serviço,para obterem o apoio necessário.
Dentro do conceito de que a saúde deve ser sem-pre prioridade, a expansão do mercado de home careno Brasil é uma forma de reduzir os gastos com a saú-de, ampliando a possibilidade de assistência aliada aoconforto dos pacientes.
A fisioterapia possui papel importante na
Home care, uma clínica, dentro de casamelhoria da qualidade de vida de paci-entes e familiares. A fisioterapia homecare tem o tratamento semelhante aode uma clínica fisioterápica. Os mes-mos recursos são aplicados e a maiorafinidade com o fisioterapeuta garan-te uma recuperação mais eficiente,prazerosa e segura.
O objetivo desses atendimentossão de diminuir os números de inter-nações, prevenir futuras internações,manter os cuidados necessários, darcontinuidade nas rotinas de pacientese familiares e controlar situações que
possam prejudicar a saúde e recuperação dos pacien-tes, ser tratado nas acomodações e no conforto do seular; ter maior privacidade, ter maior controle e segurançafísica; ter maior dignidade em um ambiente que não ali-menta a ideia de enfermidade; estar em um ambientede maior socialização; poder contar com o apoio, aten-ção e carinho da família; recuperar a saúde no menorprazo possível (já foi comprovado que a recuperação, comtratamento na própria casa, é mais eficiente e mais rápi-da); evitar riscos de infecções cruzadas e receber trata-mento e cuidados com qualidade superior à do hospital.Evite hospitais. Trate em sua própria casa.
Adriano TAdriano TAdriano TAdriano TAdriano TiezeriniiezeriniiezeriniiezeriniiezeriniFisioterapeuta, especialista em Ortopedia e
Traumatologia Desportiva -Registro Crefito n0 5735 - LTT - F - PR
63
SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE
Derivado do prefixo “chloros” (verde) e do sufixo “ella”(pequeno), a chlorella é uma alga unicelular de água doce,referindo-se ao extraordinário conteúdo de clorofila que lhedá a característica cor de esmeralda verde. Durante seu cres-cimento, a chlorella consegue acumular uma enorme quan-tidade de nutrientes essenciais ao bom desempenho dasfunções biológicas do organismo, podendo servir tambémcomo uma fonte de alimento, devido a sua eficiênciafotossintética, compondo alta proporção de proteínas e nu-trientes na sua composição.
O alto teor em fósforo proporciona uma melhor emaior atividade cerebral. Seus principais componentes são:vitaminas A, B1, B2, B6, C, E, K, ácido patogênico, ácidofólico, proteínas (18 aminoácidos essenciais) e sais mine-rais (cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, zinco, iodo).
As principais indicações são para ajudar na reduçãode peso; repor nutrientes, vitaminas e sais minerais; dimi-nuir o apetite, melhorar o sistema imunológico e as funçõesintestinais, para anemia, fraqueza, azia, gastrite, regenera-ção celular; normalizar a digestão e a função intestinal; esti-mular o crescimento e a recuperação de tecidos; reduzir oenvelhecimento precoce, promover a desintoxicação orgâni-ca, auxilia no restabelecimento da saúde e da pele; ajuda nahipertensão, distúrbios digestivos e cardiovasculares.
A chlorella pode ainda ajudar:Nas refeições: para iniciar o dia com maior disposi-
ção. Como fonte nutricional extra, principalmente quandolegumes e verduras não integram a alimentação cotidiana;
Chlorella, o superalimentoCrianças e adolescentes: Por
necessitarem de uma nutrição ade-quada para garantir um completo de-senvolvimento biológico. Ajuda a su-prir e aproveitar melhor a absorçãodos minerais e outros nutrientes;
Fumantes e consumidoresde bebidas alcoólicas: Para compen-sar as falhas na absorção dos nutrientes não assimilados daalimentação diária e na desintoxicação;
Idosos: Permite uma melhor ação e absorção de nutri-entes e seleção enzimática. Na terceira idade ocorre uma ten-dência natural de eliminação dos nutrientes ingeridos. O ido-so terá um auxilio na regularização da função intestinal;
Atletas e desportistas: Fornecimento de agentesantioxidantes e nutrientes necessários, cooperando com mai-or vigor e ajudando a evitar fadiga. Para aqueles que buscammais massa muscular e melhora do peso magro associar aoColágeno hidrolisado.
Em nosso dia-a-dia procuramos selecionar melhor osgrupos de alimentos, porém, muitas vezes o moderno ritmode vida faz com que nos privemos dos alimentos verdes emnossa mesa, sendo, portanto, uma ótima opção parasuplementarmos a nossa alimentação.
Márcia RMárcia RMárcia RMárcia RMárcia ReiseiseiseiseisTerapeuta holística e naturopata – Sint/SC 051
A paralisia cerebral, também chamada encefalopatiacrônica, não progressiva, é uma lesão de uma ou mais par-tes do cérebro, provocada pela falta de oxigênio em suascélulas. Esta lesão pode ocorrer antes, durante ou após oparto, podendo ocorrer através da prematuridade, hemorra-gia cerebral, má formação do cérebro ou infecção contraídapela mãe durante as primeiras semanas de gestação (rubéo-la ou citomegalovírus). De acordo com o grau de comprome-timento que afeta o tônus muscular, a postura e alteraçõesdo desenvolvimento da criança, esta pode vir a apresentarconvulsões, distúrbios de comportamento, da cognição, dapercepção, distúrbio sensorial e de comunicação.
A atuação do fonoaudiólogo no processo terapêuticoem crianças portadoras de paralisia cerebral irá intervir nosaspectos da linguagem, fala, deglutição, sucção, mastigaçãoe respiração, além das hipotonias e/ou hipertonias de lábios,língua e bochechas, levando-se em conta a forma, o grau daparalisia cerebral e o nível de locomoção da criança.
Paralisia cerebral e fonoaudiologiaOs recém-nascidos apresen-
tam dificuldades na alimentação eincoordenação na sucção-deglutição-respiração.
Cabe ao fonoaudiólogo orien-tar pais e/ou os que cuidam da criançaportadora de paralisia cerebral sobrea postura, manuseio com a criança, posicionamentosfacilitadores, maneiras adequadas de higienizar e alimentara mesma, além das formas de interagir e estimular esta,através de atividades diárias.
Qualquer duvida, com relação a paralisia cerebral,procure um fonoaudiólogo.
Dra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoCRFa 8047-SC/Audiologia 5601/2011
Fonoaudióloga e Especialista em Audiologia Clínicae Ocupacional. / [email protected]
64
GASTRONOMIA
Uma casa de vinhos que traz o conceito
de gastrobar, oferecendo a possibilida-
de de degustar novidades da alta gas-
tronomia e bons vinhos, em um ambiente
aconchegante e informal. Essa é a propos-
ta do La Cave, aberto recentemente em
Florianópolis. A idéia foi inspirada no Cave
35, bar à vin da famosa cidade francesa de
Nice, do qual Ludovic Boudouin, um dos
proprietários do La Cave, também é sócio,
em parceria com os amigos Gustavo Este-
ves de Alcântara, Isadora Gomes Rubim e
Priscila Moreira da Silva.
Um dos diferenciais da casa é a ofer-
ta, em taça, de rótulos de diversas regiões
da França, entre eles espumantes, cham-
panhes, tintos, brancos e rosés. A WineSta-
tion, um moderno equipamento, permite
servir vinho em taça, preservando a quali-
dade e as condições originais da bebida,
mesmo depois de a garrafa aberta, e man-
tendo o vinho na temperatura ideal e em
excelente estado por até 60 dias.
Assim, o enófilo pode ter acesso
às bebidas mais refinadas – e com
preços mais elevados -, pois pode
degustar apenas uma taça.
Os vinhos selecionados
pelo La Cave são resultado de
uma parceria com a importadora
Empório Mundo, do francês
Didier Simon. Os produtos são
escolhidos cuidadosamente e diretamen-
te com os produtores na França.
Para acompanhar os vinhos, há as
tapas elaboradas pelo Chef Nelson Valbue-
na, que tem formação em casas da França
e Espanha. Aqui, os aperitivos ganham um
perfil da culinária francesa, preparados com
ingredientes locais e importados, mas sem-
pre preservando um tom informal. Em mar-
ço, estreia o novo cardápio que terá, entre
outras receitas, o Atum vermelho com aba-
caxi caramelizado, camarão confitado e
vieiras.
O projeto arquitetônico, desenvolvido
Propostadiferenciada
Atum vermelho com abacaxicaramelizado, camarão confitadoe vieiras
Ingredientes
150g de atum vermelho100 g de abacaxi2 unidades de camarão2 unidades de vieiraManteigaAçúcar mascavoChampanhe roséCointreauAzeite de oliva
Para a redução das frutas vermelhas
Variedade de frutas vermelhasManteigaAçúcarCointreauCognacVinho tinto
FAÇA TAMBÉM
Propostadiferenciada
Nelson VNelson VNelson VNelson VNelson ValbuenaalbuenaalbuenaalbuenaalbuenaChef do La Cave
Fotos: Divulgação
65
GASTRONOMIA
Degustação de vinhosnobres franceses emtaças e tapaspreparadascuidadosamente sãoas atrações do La Cave
por Henrique Pimont, se inspira em mode-
los europeus. O ambiente combina materi-
ais naturais, rústicos e tecnológicos. Pre-
dominam o preto do alumínio e o cinza do
concreto. No terraço foi utilizado mobiliá-
rio de madeira de demolição e de alumínio,
valorizando cada peça pelo contraste.
O La Cave funciona de segunda a
sábado das 14h às 03h e todos os vinhos
oferecidos no menu estão também à ven-
da na boutique anexa ao bar.
ONDE ENCONTRAR
www.lacavebar.com.br
Para a decoração
Flores comestíveisSal negro do HavaíSal persa azul
Preparo
Descascar o abacaxi e cortar em 2pedaços retangulares idênticos.Envolvê-los de açúcar e manteiga,caramelizá-los numa frigideira atéque adquiram uma coloração dou-rada. Cortar o atum em 2 pedaçosretangulares, dourar e flambar com Cointreau ereduzir com champanhe.
Dar volta e volta no camarão e vieiras numa frigi-deira bem quente, com pouco azeite, 20 segun-dos cada lado.
Redução das frutas vermelhas: Numa frigideira,colocar as frutas, o açúcar e a manteiga por 5minutos, mexendo delicadamente algumas vezes.
Flamear com Cointreau, Cognac e acrescentar o vi-nho com o champanhe rosé até que reduza o liquidoe reservar.
MontagemPincelar o prato com o molho, seguir com o atum comoponto focal do prato. Guarnecer com o abacaxicaramelizado com os camarões e vieiras.Decorar o prato com as flores, o sal do Havaí e salpersa.
66
Imagine-se sozinha contra um passado opressi-vo, de histórias quase sempre tristes, temendo as in-congruências do presente, mas com a consciência ne-cessária para acreditar em mudanças futuras. Pode serdessa forma que uma empresária recém-chegada aomercado enxergue um mundo que se diz economica-mente estabilizado. E, se for o caso, nada mais apropri-ado que conhecer a história da costureira Rosa Parks,mulher símbolo da determinação para mudar.
Nascida no Estado do Alabama, nos EstadosUnidos, Rosa Louise McCauley, ou apenas Rosa Parks,como viria a ser internacionalmente conhecida, decidiuque não era diferente das demais pessoas por causa dacor de sua pele. E assim, num dia comum, mais preci-samente em 01/12/1955, a costureira negra não concor-dou em ceder seu lugar no ônibus para uma pessoa decor branca, num tempo em que isso era a lei.
Desde 1932, Rosa estava casada com RaymondParks, membro da Associação Nacional para o Progres-so de Pessoas de Cor (NAACP). Com sua determinação,a costureira tornou-se militante pelos direitos civis dosnegros – o que culminou com a sua inequívoca recusadentro do ônibus.
A determinação de Rosa ParksAquele foi, então, o esto-
pim para uma forte onda antisse-gregacionista. Martin Luther KingJr, o pastor que pregava o comba-te à desigualdade racial através danão violência e ganhador do Prê-mio Nobel da Paz, apoiava a atitude de Rosa e ainda in-centivava que as outras pessoas também fizessem omesmo. O pequeno gesto mostrava a sua real grandeza.
Os tempos são outros. Aqui como lá fora, as pos-sibilidades para pessoas de todas as cores são maio-res, apesar de que o equilíbrio ainda está distante. Eco-nômica e socialmente a sociedade sempre precisarádaquele tipo de líder que enxerga no outro sua própriaidentidade. De tal modo, a empresária que adquire adeterminação para mudar pode ir até mesmo além doque imagina, superando não só os obstáculos (e os pre-conceitos) do passado e do presente, mas transforman-do o universo ao seu redor porque o futuro promissor éconstruído, também, com pequenos gestos.
Evandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteJornalista - [email protected]
OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO
67
68