...............................................................................................................................
DIREITO DO TRABALHO II – 3º SEMESTRE
MAYARA FREIRE FEITOSA – 9911156764
ERICA DOS SANTOS BEATMAN - 9019432968
EDNALDO SANTOS DA SILVA – 9088473549
JASLIOMARIA DE ANDRADE MEDEIROS – 1299102028
RENAN SILVA – 8803346279
LINEKER AFFONSO - 9025447829
ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS
3ª ETAPA – PASSO 3 E 4
...............................................................................................................................
Guarulhos
2015
MAYARA FREIRE FEITOSA – 9911156764
ERICA DOS SANTOS BEATMAN - 9019432968
EDNALDO SANTOS DA SILVA – 9088473549
JASLIOMARIA DE ANDRADE MEDEIROS – 1299102028
RENAN SILVA – 8803346279
LINEKER AFFONSO - 9025447829
ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS
1ª E 2ª ETAPAS
Trabalho apresentado ao Curso de Direito da Faculdade
Anhanguera para a disciplina de Direto do Trabalho II.
Prof. Custodio
...............................................................................................................................
Guarulhos
2015
Normas de Segurança e Medicina do Trabalho
Cabe simultaneamente ao empregador e ao empregado a observância das normas
existentes com relação à segurança e medicina do trabalho. Portanto entende-se que as
empresas tem a responsabilidade de:
a) atinar para o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho;
b) informar seus contratados, os meios pelos quais se minimize os acidentes do trabalho
bem como as incidências das doenças oriundas da atividade;
c) cumprir as determinações da Delegacia Regional do Trabalho;
d) dar acesso e acolher as atividades fiscalizadoras dos órgãos competentes.
Conforme o instituído no art. 157 da CLT.
Como visto acima, os empregadores têm suas obrigações. Entretanto, os empregados
também devem cumprir as suas responsabilidades com relação à Segurança e Medicina do
Trabalho. Este enfoque está especialmente normatizado pelo art. 158 da CLT.
Art. 158 - Cabe aos empregados: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que
trata o item II do artigo anterior; (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1 977).
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. (Redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1 977).
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: (Incluído pela
Lei nº 6.514, de 22.1 2.1977).
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo
anterior; (Incluída pela Lei nº 6.514, de
22.1 2.1977).
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. (Incluída pela
Lei nº 6.514, de 22.1 2.1977).
2 - Equipamentos de Proteção X Direito de Insalubridade
Com a intenção de evitarem-se os acidentes de trabalho, bem como, a ocorrência de
doenças ocupacionais, o art. 158 da CLT preceitua a que os empregados têm a obrigação
de seguirem as instruções do empregador neste sentido.
Com relação aos EPIs - Equipamentos de Proteção Individual, o parágrafo único do
artigo 158, citado acima, na alínea a) prescreve que: será ato faltoso do empregado, não
observar as instruções do empregador na forma do item II do artigo anterior, e acrescenta
na alínea b) que, da mesma forma, a recusa injustificada para não usar os tais
equipamentos de proteção fornecidos pelo empregador.
Assim, entende-se a preocupação dos legisladores com o trabalhador, no sentido de
que ele tenha conhecimento das instruções passadas pelo empregador ao que se refere ao
uso dos EPIs.
Se ambos, tanto o empregador como também o empregado cumprir as normas
legais, haverá sem dúvida diminuição dos acidentes de trabalho, e das ocorrências de
doenças ocupacionais. A precaução, seja no trabalho diário com as máquinas e utensílios
utilizados na atividade laboral, assim como, a utilização correta dos EPIs para proteção
contra os agentes químicos insalubres ou relacionados à atividade perigosa, é uma
obrigação normatizada destinada aos dois agentes diretos do trabalho, ou seja, ao
empregador e ao empregado.
Ainda com relação aos EPIs, vemos que o patrão é obrigado a fornecê-los,
entretanto, cabe ao empregado equipar-se dos mesmos durante a atividade laboral segundo
as instruções recebidas. Porém, ao empregador não só lhe cabe a obrigatoriedade de
fornecer os equipamentos, mas também está obrigado fazer a exigência e a fiscalização do
uso por parte do empregado.
2.1 - Adicional de Insalubridade
O mero fornecimento dos EPIs e o cumprimento das normas por parte do empregador não
o isenta de pagamento do adicional de insalubridade a que se refere à legislação. Assim,
deve ser cumprido o adicional de 40%, 20% e 10%, segundo a classificação nos graus
máximos, médio e mínimo de insalubridade conforme o artigo 192 da CLT.
Para elucidar questionamentos sobre o fornecimento de EPIs, o TST – Tribunal
Superior do Trabalho emitiu a seguinte súmula:
Súmula nº 289 do TST
INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE
PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam
à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo
do equipamento pelo empregado.
Precedente:
IUJ-RR 4016/1986, Ac. TP 276/1988 - Min. Marco Aurélio Mendes de Farias Mello
DJ 29.04.1988 - Decisão unânime
Histórico:
Redação original - Res. 22/1988, DJ 24, 25 e 28.03.1988
Nº 289 Insalubridade – Adicional – Fornecimento do aparelho de proteção – Efeito.
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do
pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do
equipamento pelo empregado.
3 - AÇÃO TRABALHISTA – PERÍCIA
Diante de ocorrência de ação trabalhista em que envolva questões de adicional por
insalubridade ou periculosidade, cabe ao juiz requisitar os préstimos de perito para
proceder aos exames técnicos necessários. Se a parte não o requerer antecipadamente, o
magistrado o fará de ofício, isto é, de acordo com o seu entendimento sem a manifestação
expressa dos interessados, sobpena de nulidade processual.
Art. 195, § 2º, CLT - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão
competente do Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
Art. 794, CLT - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Dessa maneira entende o eminente Juiz de Direito Mauro Schiavi, da 2ª. Região
(São Paulo), em sua obra a seguir nominada, cujo preceito enfocando o assunto,
transcreveu a seguir:
A perícia no Processo do Trabalho pode ser realizada tanto na fase de
conhecimento como na de execução. Na fase de conhecimento, são típicas as perícias de
insalubridade, periculosidade, médica, grafotécnica e contábil. Na fase de execução, são
típicas as perícias contábeis e de arbitramento.
Verificando a necessidade da perícia, o Juiz do Trabalho, de ofício, ou a
requerimento da parte, há designará nomeando perito de sua confiança, com conhecimento
técnico sobre a questão, e fixará prazo razoável para entrega do laudo concluído.
No prazo de cinco dias, as partes poderão apresentar quesitos a serem respondidos
pelo perito, bem como nomear assistentes técnicos. Durante a diligência, poderão as partes
apresentar quesitos complementares (art. 425 do CPC)
3.1 Insalubridade/Periculosidade
O artigo 189 da CLT nos possibilita o conhecimento conceitual legal da
“Insalubridade”, conforme disposto:
Art. 189, CLT. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Há entendimento de que “agentes nocivos” são aqueles que levam o trabalhador a
aquisição da chamada doença profissional como as proporcionadas por agentes físicos:
ruído, calor, radiações, frio, vibrações e umidade, etc. Também as provocadas por agentes
químicos: poeira, gases, vapores, brumas e fumaças. Ainda discriminam os agentes
biológicos: vírus micro-organismos, fungos e bactérias.
Desta maneira, conforme a natureza, o grau da intensidade, o tempo de exposição
ou outros fatores prejudiciais à saúde do operário ante ao agente nocivo, há determinação
para o adicional correspondente:
Art. 192, CLT. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites
de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo.
Por sua vez, o artigo 193 da CLT, nos trás o lume o conceito legal da
“Periculosidade”, para inflamáveis e explosivos conforme o preceito:
Art. 193, CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em
condições de risco acentuado.
§ 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Atentando que, neste artigo da CLT verificam-se três determinantes que identificam
o preceito da periculosidade, a saber:
1.Contato com inflamáveis e explosivos;
2.Caráter permanente;
3.Condições de risco acentuado.
Assim, a “Portaria n. 3.214, NR-16” do Ministério do Trabalho regulamentou as
atividades pertinentes à denominação “Periculosidade” quando o operário se envolve com
inflamáveis e ou explosivos, bem como, regula a permanência deste em áreas
consideradas de risco ou perigosas.
A energia elétrica é outro agente de periculosidade; dessa forma a Lei n. 7.369
determina um adicional de periculosidade. O Decreto n. 93.412, de 14.10.86, regulamentou
as operações em preclusas e as áreas de risco nesta atividade.
O MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, considerando a periculosidade nas
atividades laborais relacionadas às substâncias e locais radioativos estabeleceu o adicional
correspondente para radiações ionizantes e substâncias radioativas: Portaria n. 3.393, de
17.12.87;
- Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013 - Atividades perigosas em
locais propensos a roubos ou outras espécies de violência em atividades de segurança
pessoal e patrimonial;
- Portaria MTE n.º 1.565, de 13 e outubro de 2014 - Atividades perigosas por
atividades laborais através de motocicleta (motoboys e outros).
NR 15 – ANEXO N.º 1 – LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO
OU INTERMITENTE1
NÍVEL DE RUÍDO dB
(A)
MÁXIMA EXPOSIÇÃO
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85
86
87
88
89
90
91
8 horas
7 horas
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
1
92
93
94
95
96
98
100
102
104
105
106
108
110
112
114
115
3 horas
2 horas e 40 minutos
2 horas e 15 minutos
2 horas
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos
35 minutos
30 minutos
25 minutos
20 minutos
15 minutos
10 minutos
8 minutos
7 minutos
QUADRO - GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
1 Níveis de ruído continuo ou intermitente superior aos limites
de tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 no item
6 do mesmo Anexo.
20%
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2.
20%
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos 20%
limites de
tolerância fixados nos Quadros 1 e 2.
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de
1990)
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos
limites de tolerância fixados neste Anexo.
40%
6 Ar comprimido. 40%
7 Radiações não ionizantes consideradas insalubres em
decorrência de
Inspeção realizada no local de trabalho.
20%
8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho.
20%
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção
realizada no
Local de trabalho.
20¨%
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção
realizada
no local de trabalho.
20%
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos
limites de
tolerância fixados no Quadro 1.
10%, 20%
e 40%
12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos
limites de
tolerância fixados neste Anexo.
40%
13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, 10%, 20%
consideradas
insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de
trabalho
e 40%
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
3.2 Laudo Pericial – Decisão Judicial
O Laudo Pericial como já veste acima, atende o disposto no Art.195, § 2º, CLT.
Por atribuição exclusiva do Juiz, serão requisitados os préstimos de um perito
quando a ação tratar de Insalubridade e ou Periculosidade.
O perito habilitado após a execução da sua incumbência emitirá laudo técnico que
servirá de embasamento para a decisão do magistrado. Entretanto, de acordo com o Arts.
436, 437, CPC, o juiz decida mente não se obriga a decidir com base no laudo técnico. Isto
pode ocorrer, uma vez que o próprio laudo, somado a outras provas produzidas e inseridas
ao processo serve de suporte para fundamentar o seu julgamento de forma eficaz.
O conceito acima está de acordo com os preceitos legais:
Art. 436, CPC. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua
convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.
Art. 437, CPC. O juiz poderá determinar, de ofício ou à requerimento da parte a
realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida.
O empregador tem por dever disponibilizar aos seus empregados um ambiente saudável
para que estes possam desenvolver suas atividades e responsabilidades profissionais com
eficácia, longe dos riscos ambientais, em caráter higiênico e que sejam capazes de respeitar
suas condições e limitações sejam elas no âmbito físico ou mental, assim não sendo capaz de
lesar, prejudicar ou agravar a saúde do trabalhador e garantindo de maneira ativa que suas
atividades serão elas cumpridas com a máxima produtividade e qualidade, uma vez que o
empregador disponibilizou todas as “ferramentas” (condições) seguras e saudáveis para obter
de seu empregado o melhor desempenho sob suas tarefas, além é claro de evitar de forma
contundente o absenteísmo que nada mais é do que a ausência (falta do empregado).
O SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho) é um tópico
de suma importância e abordado de forma contundente pela matéria Direito do Trabalho,
sendo estes por sua vez garantidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e, é claro
resguardados todos eles pela CF (Constituição Federal de 1988). É um tema de disciplina
extensivo e abrangente elencando objetos e aspectos do Direito Constitucional, Ambiental, e
demais ramificações da Medicina, sendo eles: Psiquiatria e Psicologia. Todos estes itens
contribuem para criar – se as considerações necessárias e humanas para os empregados.
Art.30.
I- “Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e integrações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
No passado caracteriza – se como Segurança e Higiene, mas o nome e matéria Medicina
é muito mais extensivo e abrangente capaz de dar um leque maior sob seu campo e a
importância com a saúde do empregado, sob suas condições de trabalho, sejam elas
ambientais ou não.
A jurisprudência nos ensina sobre as normas que regem a Segurança e a Medicina do
Trabalho, abrangendo a esfera previdenciária, a Seguridade Social:
RECURSO DE REVISTA. DANO MATERIAL. PENSÃO MENSAL VITALÍCIA.
CUMULAÇÃO COM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. A percepção do benefício
previdenciário não implica a exclusão da reparação pelo dano causado ao reclamante, ainda
mais quando demonstrada a negligência da empresa com relação à observância das normas de
medicina e segurança do trabalho, por se tratar de verbas de natureza e fontes distintas. Artigo
121 da Lei nº 8.213/91. Precedente. Recurso de revista de que não se conhece. DOENÇA
PROFISSIONAL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 1. O TRT consignou,
expressamente, que houve a prova da doença (LER/DORT), do nexo de causalidade entre a
atividade exercida pela reclamante e as doenças profissionais (síndrome do impacto).
Referências Bibliograficas:
GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. Manual de Direito do Trabalho. 4ª. Ed.rev.e atual- São
Paulo: Método, 2011.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 8 ed. São Paulo: LTr, 2009.
Tribunal Superior do Trabalho: www.tst.jus.br.
Recommended