CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCCICOS) PARA OS
CARGOS DE TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA DO TRIBUNAL DE TRIBUNAL
DE JUSTIA DO ESTADO DE SERGIPE TJ SE.
Aula Demonstrativa
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APRESENTAO PESSOAL
Sou a professora Mrcia Albuquerque, ocupo atualmente o cargo de
Procuradora da Fazenda Nacional, sou Mestre em Direito
Constitucional e Especialista em Direito Pblico. Vou ministrar a
disciplina Direito Civil para o concurso do TRIBUNAL DE JUSTIA
DO ESTADO DE SERGIPE TJ SE para o cargo de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA
APRESENTAO DO CURSO
O nosso curso on line (teoria e exerccios) de Direito Civil ser voltado para a preparao do concurso pblico para o cargo de o
CARGO de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA abordar os todos os itens
constantes do edital.
Contemplar teoria e resolues de questes de concursos anteriores
pertinentes ao tema estudado e ao cargo como meio de treinar e fixar cada vez mais o aprendizado, bem como o modo como ser
cobrado o contedo. Ser composto de 06 aulas, alm desta.
AULA DEMONSTRATIVA LEI DE INTRODUAO S NORMAS DE
DIREITO BRASILEIRO LINDB: Vigncia, Aplicao,
Interpretao e Integrao da Leis. Conflitos das leis no tempo
Eficcia da lei no espao.
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OS CARGOS DE TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA
CARGO 19: O cargo de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA possui como requisitos candidatos que
possuam certificado de concluso de curso de ensino mdio (antigo
segundo grau) ou de curso tcnico equivalente, expedido por
instituio de ensino reconhecida pelo rgo competente. So as
seguintes atribuies/atividades/funes: realizar atividades de nvel intermedirio a fim de fornecer auxlio tcnico e administrativo aos
magistrados e(ou) aos rgos julgadores, favorecendo o exerccio da
funo judicante e o exerccio das funes necessrias ao adequado
funcionamento da organizao; alm das demais atribuies
dispostas na Portaria n 61/2013. A REMUNERAO de R$ 2.457,39
e a JORNADA DE TRABALHO de 30 horas semanais.
TJ SE TCNICO JUDICIRIO - CONTEDO PROGRAMTICO
Aula 00 (Aula Demonstrativa): Lei de introduo s normas do
direito brasileiro. Vigncia, aplicao, interpretao e integrao das leis. Conflito das leis no tempo. Eficcia da lei no espao.
Aula 01: Pessoas naturais. Existncia. Personalidade. Capacidade.
Nome. Estado. Direitos da personalidade. Pessoas jurdicas.
Disposies gerais. Domiclio. Associaes e fundaes.
Aula 02: Bens pblicos. Domiclio.
Aula 03: Ato jurdico. Fato e ato jurdico. Negcio jurdico.
Disposies gerais. Classificao, interpretao. Elementos.
Representao, condio. Termo. Encargo. Defeitos do negcio
jurdico. Validade, invalidade e nulidade do negcio jurdico. Simulao. Atos jurdicos.
Aula 04: Atos Ilcitos.
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Aula 05: Prescrio. Disposies gerais. Decadncia.
Aula 06: Disposies constitucionais aplicveis ao Direito Civil.
Entendimento dominante dos tribunais superiores acerca dos
institutos de Direito Civil.
Sumrio 1. INTRODUO ............................................................................. 4
2.CARACTERSTICAS DA LINDB ........................................................ 5
3. ESTRUTURA DA LINDB - DIVISO ................................................. 6
4. VIGNCIA .................................................................................. 8
5. OBRIGATORIEDADE DA LEI BRASILEIRA ...................................... 11
NO ESTRANGEIRO ........................................................................ 11
6. ERRO NA LEI ............................................................................ 12
7. REVOGAO: ........................................................................... 14
AT QUANDO VIGORAR a LEI? ART. 2: ......................................... 14
8. REPRISTINAO ....................................................................... 17
9. CONFLITO ENTRE NORMAS - ANTONOMIA .................................... 19
10. APLICAO DA NORMAS NO TEMPO .......................................... 23
11. APLICAO DAS NORMAS NO ESPAO ....................................... 30
12. MEIOS DE INTEGRAO DAS NORMAS ....................................... 43
PREENCHIMENTO DAS LACUNAS JURDICAS .................................... 43
13. HERMENEUTICA JURDICA: ...................................................... 48
INTERPRETAO DAS NORMAS ...................................................... 48
AULA DEMONSTRATIVA LEI DE INTRODUAO S NORMAS DE
DIREITO BRASILEIRO LINDB: Vigncia, Aplicao,
Interpretao e Integrao da Leis. Conflitos das leis no tempo
Eficcia da lei no espao.
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1. INTRODUO
Ol, tudo bem com voc? Hoje vamos iniciar nossa primeira aula;
aqui comea nossa caminhada rumo aprovao. Coragem! Vamos
iniciar devagar, passo a passo, do zero!
Como a matria desta aula muito terica sobre uma lei que se aplica a todo o Direito, ao ordenamento jurdico ( uma aula pouco
palpvel, ao contrrio das prximas), a metodologia vai ser atravs
de grficos representativos da prpria lei.
No que diz respeito a esta matria, a primeira pegadinha para
concurso a assertiva seguinte: A Lei de Introduo s Normas
de Direito Brasileiro (LINDB) PARTE INTEGRANTE DO
CDIGO CIVIL. Falso!
A atual Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro
(LINDB) Lei 12.376/2010 NO PARTE INTEGRANTE DO
CDIGO CIVIL, por uma simples razo, o Cdigo Civil a Lei
10.406/2007 e a LINDB a Lei 12.376/2010.
LINDB - Lei 12.376/2010: Art. 1o Esta Lei altera a ementa do
Decreto-Lei no 4.657 (LICC), de 4 de setembro de 1942, ampliando o
seu campo de aplicao.
Art. 2o A ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de
1942, passa a vigorar com a seguinte redao: Lei de Introduo
s normas do Direito Brasileiro (LINDB).
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
A LINDB - Lei 12.376/2010 alterou o nome da LEI DE
INTRODUO AO CDIGO CIVIL para LEI DE INTRODUO AS
NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO LINDB.
O Cdigo Civil cuida, trata das relaes de ordem privada, entre
particulares e a LINDB uma norma que trata sobre outras normas,
trata de regras gerais aplicadas a todo o ordenamento jurdico.
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2.CARACTERSTICAS DA LINDB
* um conjunto de normas sobre normas, pois, uma lei que
disciplina outras normas jurdicas, assinalando lhes a maneira de
aplicao e entendimento, sendo chamada de lei das leis (Lex
Legum);
* aplicvel a todos os ramos do Direito, no apenas ao Direito
Civil; e
* Os dispositivos da LIDB contm normas de sobredireito.
LIDB trata de:
* vigncia e eficcia das normas jurdicas
* conflito de leis no tempo
* conflito de leis no espao
* critrios de hermenutica jurdica (interpretao)
* critrios de integrao do ordenamento jurdico
* normas de direito internacional pblico e privado
LINDB
* Conjunto de normas sobre normas
* Disciplina outras normas jurdicas
* Lei das leis (Lex legum)
* aplicvela a todos os ramos do direito;
* Contm normas de sobredireito
* No parte integrante do Cdigo Civil
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3. ESTRUTURA DA LINDB - DIVISO
Estrutura da LIDB - DIVISO:
Art. 1 e 2 Vigncia das normas;
Art. 3 Obrigatoriedade geral e abstrata das normas;
Art. 4 Integrao normativa;
Art. 5 Interpretao das normas;
Art. 6 Aplicao da norma no tempo (Direito Intertemporal);
Art. 7 e seguintes: Aplicao da lei no espao (Direito Espacial);
Validade da norma a sua adequao ao ordenamento jurdico em
que se insere, por ter sido criada pelo processo legislativo prprio.
a norma ter seguido fielmente o processo legislativo para a sua
elaborao.
Vigncia: a fora que tem a norma cumprindo com sua finalidade,
regular condutas, gerando efeitos, sobre os eventos a que se refere
seu antecedente, to logo ocorram no mbito dos fatos. Pode ocorrer
de uma lei vlida no ter vigncia, quando est em curso o interregno
previsto na Lei de Introduo ao Cdigo Civil, de quarenta e cinco dias no territrio nacional ou noventa dias fora dele, entre a
publicao da lei e sua entrada em vigor. a lei estar pronta para produzir os efeitos; pode ser que no os produza de imediato.
Eficcia: a produo dos efeitos. A eficcia refere-se produo
concreta de efeitos pela norma.
Exequibilidade: poder (ter a capacidade) produzir seus efeitos. A
eficcia refere-se possibilidade de produo concreta de
efeitos pela norma.
Aplicao: fazer incidir a lei no caso concreto.
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Interpretar: buscar o alcance, o significado da lei; descobrir o sentido
da norma jurdica e fixar o seu alcance; pressupe existncia de norma
jurdica.
Integrao: preencher as lacunas quando a lei omissa.
LEI NO VIGENTE, porm EFICAZ: possvel que a lei no esteja
em vigncia, porm possua eficcia (produza efeitos). Para
exemplificar tal situao vamos viajar para o Direito Penal e analisar
o art. 3o do Cdigo Penal que trata da aplicao da lei penal quando esta for excepcional ou temporria:
Lei excepcional ou temporria: Art. 3 do CP - A lei excepcional ou
temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas
as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado
durante sua vigncia.
- Leis temporrias: so aquelas que contm prazo (dia de incio e
dia do fim) de vigncia previsto expressamente em seu corpo.
- Leis excepcionais: so as que vinculam o prazo de vigncia a
determinadas circunstncias, como guerra, epidemia, etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultra atividade: capacidade de,
aps serem revogadas (perder a vigncia), continuar regulando fatos
ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja,
ocorrendo um crime durante a vigncia de uma lei excepcional ou
temporria, mesmo aps a lei no mais estar em vigor (falta de
vigncia), ela dever ser utilizada no julgamento (ter eficcia).
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4. VIGNCIA
A vigncia a propriedade das regras jurdicas que esto prontas
para propagar efeitos, to logo aconteam no mundo ftico, os
eventos que elas descrevem.
Art. 1o. Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em
todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
CARACTERSTICA DA LEI (Todas as Leis)
AUTORIZAMENTO: autoriza ou
no determinado
comportamento.
COMPETNCIA: respeita a
competncia legislativa e o devido
processo legislativo.
PERMANNCIA: perdura no
tempo at que seja revogada ou
perca sua eficcia.
IMPERATIVIDADE: impe deveres
e condutas.
GENERALIDADE: dirige-se a todas
as pessoas.
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H normas que existem e que so vlidas no sistema, mas no esto
vigentes. A despeito de ocorrerem os fatos previstos na hiptese da
norma, no se desencadeiam as consequncias estipuladas no
mandamento.
Tais regras de direito no tm vigor, seja porque j o perderam, seja
porque ainda no o adquiriram. Em suma, a vigncia uma
caracterstica da norma que indica o lapso de tempo no qual a
conduta por esta prescrita exigvel.
Pelo PRINCIPIO DA VIGNCIA SINCRNICA a obrigatoriedade
da lei no pas simultnea, pois ela entra em vigor a um s
tempo em todo o pas (Art. 1o. da LINDB), ou seja, quarenta e
cinco dias aps sua publicao, no havendo data estipulada para sua
entrada em vigor.
No h vigncia progressiva da lei: a lei no entra em vigor, por
exemplo, em Manaus e Rio de Janeiro para depois entrar em vigor
nos demais Estados.
A vigncia da norma ocorre at a perda de sua validade.
INCIO DA VIGNCIA
Geralmente, uma norma entra em vigor no momento de publicao
do texto legal que a veicula. O prprio texto de lei pode dizer: Esta
Princpio da vigncia sincrnica: Art. 1o. Salvo disposio
contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco
dias depois de oficialmente publicada.
Art. 1o. Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em
todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
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lei entra em vigor na data da publicao... ou Esta lei entra em
vigor imediatamente... ou Esta lei entra em vigor na data X. Caso
a lei no diga quando entra em vigor, ela passar a vigorar 45 dias
aps oficialmente publicada.
Porm, pode ser estabelecido no prprio texto legislativo que a
norma s passar a viger aps certo perodo de tempo contado a
partir da publicao. Tal perodo denominado vacatio legis.
Imagine a Lei X:
LEI X:
VACATIO LEGIS
ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO
VIGNCIA DA LEI= ART. 1 - Regra = a lei diz quando entra em
vigor; no silncio, a lei entra e vigor 45 dias aps sua publicao.
VACATIO LEGIS
DATA DA PUBLICAO -----45 ----- ENTRADA EM VIGOR
Vacatio legis uma expresso latina que significa "vacncia da lei",
ou seja: "A Lei Vaga" (h um vcuo) designa o perodo que decorre
entre o dia da publicao de uma lei e o dia em que ela entra em
vigor, ou seja, tem seu cumprimento obrigatrio.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis regulada pelo artigo
8o, 1o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicao e
o ltimo dia na contagem do prazo.
Art. 8o, 1o da LC 95/98: A contagem do prazo para entrada em
vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia far-se- com a
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incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em
vigor no dia subsequente sua consumao integral.
Denomina-se vacatio legis o perodo de tempo que se
estabelece entre a publicao e a entrada em vigor da lei.
Neste intervalo de tempo a lei no produzir efeitos, devendo incidir
a lei anterior no sistema.
Existem trs espcies de leis referentes de vacatio legis:
1) Lei com vacatio legis expressa: a lei de grande
repercusso, que, de acordo com o artigo 8. da Lei Complementar n.
95/98, tem expressa disposio do perodo de vacatio legis. Exemplo:
a expresso contida em lei determinando "entra em vigor um ano
depois de publicada".
2) Lei com vacatio legis tcita: aquela que continua em
consonncia com o artigo 1. da LIDB: no silncio da lei entra em
vigor, no pas, 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no
estrangeiro, quando admitida, trs meses aps a publicao oficial.
3) Lei sem vacatio legis: aquela que, por ser de pequena
repercusso, entra em vigor na data de publicao, devendo esta
estar expressa ao final do texto legal.
5. OBRIGATORIEDADE DA LEI BRASILEIRA
NO ESTRANGEIRO
Art. 1o da LIDB: Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar
em todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
1o Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei
brasileira, quando admitida, se inicia trs meses depois de
oficialmente publicada.
2o Revogado.
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Para que haja segurana social, a lei obrigatria a todas as pessoas,
indistinta, no podendo se justificar o seu no cumprimento alegando
seu desconhecimento. A partir da publicao oficial da lei, opera-se
uma presuno de que todos conhecem a lei; esta se torna
obrigatria no territrio nacional.
Pode ser que uma lei brasileira seja admitida no estrangeiro; nesse
caso a obrigatoriedade da lei brasileira no estrangeiro segue o art.
Art. 1, 1.
O estudo de um projeto de lei bem como o processo de elaborao e
seu nascimento matria de Direito Constitucional. Passa pelas
seguintes fases:
1) Edio
2) Processo Legislativo
3) Sano do Presidente da Repblica
4) Publicao 5) Vigncia
Como ressaltada, as fases de edio e do processo legislativo so
estudadas pelo Direito Constitucional.
A LINDB trata da publicao em diante da lei. Aps a lei ser
sancionada, deve haver a sua publicao para que as pessoas tomem
conhecimento do seu contedo; e, consequentemente, o diploma
legal ir adquirir vigncia (validade) estando apto a produzir efeitos.
6. ERRO NA LEI
Vamos imaginar que a Lei X foi elaborada, sancionada, promulgada e
publicada no Dirio Oficial. Aps a publicao, verifica-se que houve um erro material na lei. Qual a consequncia disso?
Art. 1. LIDB, 3. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer
nova publicao de seu texto, destinada a correo, o prazo
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(vacatio legis) deste artigo e dos pargrafos anteriores
comear a correr da nova publicao.
Imagine a Lei X:
LEI X:
VACATIO LEGIS
ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO
Art. 1. 3o
Imagine agora que: a Lei X foi elaborada, sancionada, promulgada e
publicada no Dirio Oficial e entrou em vigor; est vigente.
Aps estar vigente, verifica-se que houve um erro material na lei.
Qual a consequncia disso?
Art. 1.LIDB, 4. As correes a texto de lei j em vigor
consideram-se lei nova.
Imagine a Lei X:
LEI X:
VACATIO LEGIS
ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO
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Art. 1. 4o
Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando
divergncia de interpretao, ento poderemos observar situaes distintas por ocasio da correo de tal erro, dependendo de qual
fase se encontra o processo de criao da norma:
1) correo antes da publicao: a norma poder ser corrigida sem
maiores problemas;
2) correo no perodo de vacatio legis: a norma poder ser corrigida; no entanto, dever contar novo perodo de vacatio legis;
3) correo aps a entrada em vigor: a norma poder ser corrigida
mediante uma nova norma de igual contedo.
7. REVOGAO: AT QUANDO VIGORAR a LEI? ART. 2:
LEI X VACATIO
LEGIS Lei Y
ELABORAO --- SANO ---- PROMULGAO --- PUBLICAO ---- 45d----- VIGNCIA ----- REVOGAO
Parg. 3 art.1 Parg. 4 art. 1
Parg. 2 art. 2 (Lei Z)
A lei foi elaborada, sancionada, promulgada, publicada e est vigente.
Pergunta-se: At quando uma lei estar em vigor?
PRINCPIO DA CONTINUIDADE: Art. 2o. No se destinando
vigncia temporria, a lei ter vigor at que outra a modifique
ou revogue.
Em regra as leis possuem efeito permanente: vigncia por prazo
indeterminado, excetuando-se as leis com vigncia temporria.
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A lei deixar de estar em vigor quando for revogada por outra lei
posterior. A revogao a retirada de uma lei do ordenamento
jurdico.
Imagine a Lei X:
LEI X:
VACATIO LEGIS
PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA REVOGAO
Art. 2. No se destinando vigncia temporria, a lei ter vigor
at que outra a modifique ou revogue.
1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare, quando seja com ela incompatvel ou quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei anterior.
Regra 1. A lei feita para viger por tempo indeterminado; s perde
sua vigncia se outra lei posterior a modificar ou revogar.
Regra 2. A lei s revogada por outra lei; o regulamento ou a
portaria no revogam a lei.
QUAIS AS HIPTESES EM QUE UMA LEI POSTERIOR REVOGA A
ANTERIOR? ART. 2, 2:
Espcies de Revogao:
1) Revogao Expressa e Revogao Tcita:
EXPRESSA OU DIRETA: quando a lei indica os dispositivos que
esto sendo por ela revogados. Art. 2o 1o da LIDB: A lei posterior
revoga a anterior quando expressamente o declare (...).
TCITA OU INDIRETA: esta se subdivide em dois tipos.
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a) Revogao tcita por incompatibilidade: Art. 2o 1o da LIDB:
A lei posterior revoga a anterior quando (...) quando seja com ela
incompatvel (...).
b) Revogao tcita global: quando uma lei nova regula
inteiramente uma matria tratada por uma lei anterior. Art. 2o 1o
da LIDB: A lei posterior revoga a anterior quando regule
inteiramente a matria de que tratava a lei anterior.
2) Revogao Total (Ab-rogao) e Revogao Parcial
(Derrogao):
Revogao total e parcial: Quando classificada de acordo com a
sua extenso, a revogao pode ser:
1) Total (ab-rogao): quando toda a lei revogada; ou
2) Parcial (derrogao): quando apenas parte da lei anterior
revogada.
Vamos agora estudar o Art. 2o, 2o da LIDB:
Art. 2o, 2o da LIDB: A lei nova, que estabelea disposies
gerais ou especiais a par das j existentes, no revoga nem
modifica a lei anterior.
E por que no revoga? Porque uma lei meramente
interpretativa.
Veja:
Lei X Lei Z
Lei Z: estabelea disposies gerais ou
especiais a par das j existentes.
No revoga nem
modifica a lei
anterior
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POR QUE NO REVOGA? Porque para a revogao s ocorre: Art. 2o
1o da LIDB: A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatvel ou
quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei
anterior.
De acordo com este princpio, se uma lei no contraria outra j
existente, ento eles podem coexistir, no havendo a necessidade de
revogao. A Lei Z uma lei interpretativa da Lei X.
8. REPRISTINAO
Art. 2o, 3o da LIDB: Salvo disposio em contrrio, a lei
revogada no se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigncia.
Veja:
Lei revogada Lei revogadora
Revoga a Lei X
Posteriormente:
Lei X Lei Y
Lei Z Lei X Lei Y
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Lei revogada Lei revogadora da Lei X
Lei revogada pela Lei Z
Revoga a Lei Y
A regra a no restaurao da norma: a impossibilidade de uma
norma jurdica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema
jurdico pela simples revogao de sua norma revogadora.
O motivo dessa no restaurao de normas o controle do sistema
legal para que se saiba exatamente qual norma est em vigor.
Admite-se, porm, a restaurao expressa da norma, ou seja, uma
norma nova que faa to-somente remisso norma revogada
poder restituir-lhe a vigncia, desde que em sua totalidade.
Lei revogada Lei revogadora Lei revogadora: revogada a Lei Y
Ex: Temos uma Lei X. Posteriormente ela revogada pela Lei Y.
Posteriormente a Lei Z revoga a Lei Y. O fato da Lei Z ter revogado a
Lei Y, a Lei X volta automaticamente a ter vigncia? NO!!!
A repristinao para os pases que a admite - o fenmeno pelo
qual a lei revogada - Lei X - se restaura por ter a lei
revogadora Lei Y - perdido a vigncia. O Brasil NO aceita a
repristinao automtica, SALVO SE FOR EXPRESSAMENTE pela Lei Z,
no exemplo; s SE A LEI Z com todas as letras disser expressamente
que est restaurada a Lei X.
LEI X LEI Y LEI Z
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Sendo a Lei X revogada pela Lei Y e, posteriormente, a Lei Y
revogada pela Lei Z, a Lei X volta a ressuscitar? ir ocorrer a
repristinao?
Caso a Lei Z disponha expressamente sobre o renascimento da Lei
X, ento possvel a repristinao, caso contrrio, a Lei X continua
revogada.
CONCLUSO: A regra no ocorrer a repristinao,
entretanto, excepcionalmente, a lei revogada pode ser
restaurada se houver disposio expressa.
9. CONFLITO ENTRE NORMAS - ANTONOMIA
A antinomia a presena de duas normas conflitantes, vlidas e
emanadas de autoridade competente, sem que se possa dizer qual
delas merecer aplicao em determinado caso concreto.
Antinomia a presena de duas normas conflitantes. Decorre da
existncia de duas ou mais normas relativas ao mesmo caso,
imputando-lhe solues logicamente incompatveis.
Trs critrios devem ser utilizados para a soluo dos conflitos entre
normas:
1) hierrquico (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em
verificar qual das normas superior, independentemente da data de
vigncia das duas normas (exemplo: um regulamento no poder
revogar uma lei ainda que entre em vigor aps esta);
2) cronolgico (lex posterior derrogat legi priori): a norma que
entrar em vigor posteriormente ir revogar a norma anterior que
estava em vigor;
3) especialidade (lex specialis derrogat legi generali): as normas
gerais no podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e
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instituda em norma especial. O art. 2o, 2o = princpio da
conciliao.
Dos trs critrios acima, o cronolgico, constante do art. 2 da LICC,
o mais fraco de todos, sucumbindo frente aos demais. O critrio da
especialidade o intermedirio e o da hierarquia o mais forte de
todos, tendo em vista a importncia do Texto Constitucional, em
ambos os casos.
Superada essa anlise, interessante visualizar a classificao das
antinomias, quanto aos critrios que envolvem, conforme esquema a
seguir:
Antinomia de 1 grau: conflito de normas que envolvem
apenas um dos critrios acima expostos.
Antinomia de 2 grau: conflito de normas vlidas que
envolvem dois dos critrios antes analisados.
A antinomia ainda pode ser:
Antinomia aparente: situao em que pode ser resolvida com
base nos critrios mencionados para soluo do aparente
conflito.
Antinomia real: situao em que no h meta-critrio para
soluo de conflito, pelo menos inicial, dentro dos que foram
anteriormente expostos.
CONCORRNCIA DE CRITRIOS
CONCORRNCIA ENTRE OS CRITRIOS HIERRQUICO E
CRONOLGICO: Concorrendo os critrios hierrquico e
cronolgico (conflito entre uma norma superior-anterior com outra
inferior-posterior): prevalece o HIERRQUICO (aplica-se a norma superior-anterior, pois a hierarquia das normas um critrio mais
slido que o temporal).
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a) Concorrendo os critrios de especialidade e cronolgico (norma
especial-anterior com norma geral-posterior): prevalece o
da especialidade (aplica-se a lei especial, ainda que ela seja mais
antiga).
b) Concorrendo os critrios de especialidade e cronolgico (norma
especial-anterior com norma geral-posterior): prevalece o
da especialidade (aplica-se a lei especial, ainda que ela seja mais
antiga).
c) Concorrendo os critrios hierrquico e especialidade (norma
superior-geral com norma inferior-especial): no h consenso na
doutrina. A maioria entende que no possvel aplicar um critrio
sobre o outro sem contrariar a adaptabilidade do Direito, portanto
no h qualquer predominncia de um critrio sobre o outro.
No entanto alguns autores entendem que seria hiptese de
aplicao do critrio hierrquico, principalmente quando est
envolvida a Constituio Federal: uma norma constitucional
geral deve prevalecer sobre uma lei ordinria especial, pois se
se admitisse o princpio de que uma lei ordinria especial
pudesse derrogar normas constitucionais, os princpios
fundamentais do ordenamento jurdico estariam destinados a esvaziar-se, rapidamente, de seu contedo.
Sendo hiptese de antinomia real, dois caminhos poderiam ser dados.
O primeiro pelo Poder Legislativo com a edio de uma terceira
norma, dizendo o que deve ser aplicado. O segundo pelo Poder
Judicirio, com a adoo do princpio mximo da justia, analisando cada caso concreto e optando pela mais justa. O Juiz deve aplicar
uma das duas normas, tentando solucionar o conflito acordo com a
sua livre convico, desde que devidamente motivada,
aplicando os arts. 4 (analogia, costumes e princpios gerais de
direito) e 5 (funo social da norma e exigncias do bem comum),
da LINDB.
Sendo hiptese de antinomia real, dois caminhos poderiam ser dados.
O primeiro pelo Poder Legislativo com a edio de uma terceira
norma, dizendo o que deve ser aplicado.
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O segundo pelo Poder Judicirio, com a adoo do princpio mximo da justia, analisando cada caso concreto e optando pela mais justa. O Juiz deve aplicar uma das duas normas, tentando solucionar o
conflito acordo com a sua livre convico, desde que
devidamente motivada, aplicando os arts. 4 (analogia, costumes e
princpios gerais de direito) e 5 (funo social da norma e exigncias
do bem comum), da LINDB.
De acordo com essas classificaes, devem ser analisados os casos
prticos em que esto presentes os conflitos:
No caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, valer a
primeira, pelo critrio cronolgico (art. 2 da LICC), caso de
antinomia de primeiro grau aparente.
Norma especial dever prevalecer sobre norma geral, emergencial
que o critrio da especialidade, outra situao de antinomia de
primeiro grau aparente.
Havendo conflito entre norma superior e norma inferior, prevalecer
a primeira, pelo critrio hierrquico, tambm situao de antinomia
de primeiro grau aparente.
Esses so os casos de antinomia de primeiro grau, todos de
antinomia aparente, eis que presente soluo, dentro das meta-
regras para soluo de conflito. Passamos ento ao estudo das
antinomias de segundo grau:
Em um primeiro caso de antinomia de segundo grau aparente,
quando se tem um conflito de uma norma especial anterior e outra
geral posterior, prevalecer o critrio da especialidade, valendo a
primeira norma.
Havendo conflito entre norma superior anterior e outra inferior
posterior, prevalece tambm a primeira (critrio hierrquico), outro
caso de antinomia de segundo grau aparente.
E o conflito entre uma norma geral superior e outra norma, especial e
inferior, qual deve prevalecer? No conflito entre o critrio hierrquico
e o de especialidade, havendo uma norma superior-geral e outra
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norma inferior especial, no ser possvel estabelecer uma regra
geral, preferindo o critrio hierrquico ao da especialidade ou vice-
versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito.
10. APLICAO DA NORMAS NO TEMPO
ACONTECIMENTO DE UM FATO
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O conflito de leis ocorre quando h dvidas em relao qual lei que
dever ser aplicada em determinada situao em virtude do tempo.
Em outras palavras, a dvida se instaura porque o fato jurdico
ocorreu na data X, quando uma determinada lei tinha vigncia.
Ocorre que, posteriormente, essa lei fora revogada, surgindo uma
nova lei que disciplina o assunto em questo.
Nesse caso haver conflito entre qual a lei que dever ser aplicada
sobre os efeitos de um fato que ocorreu na vigncia de uma lei
passada.
Denomina-se Direito Intertemporal o ramo do Direito que trata do
conflito de normas.
Um dos princpios bsicos desse ramo o Princpio da Irretroatividade
das Leis, pelo qual uma lei presente ou futura no dever atingir
fatos passados.
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Esse princpio est consagrado pela Constituio da Repblica
Federativa do Brasil de 1988, no art. 5, XXXVI, dentro dos direitos e
garantias fundamentais do indivduo.
A regra geral que as leis no retroagem, ou seja, no atingem fatos
que ocorreram antes de sua vigncia.
Contudo, a prpria Ordem Jurdica elenca trs situaes em que a lei
poder retroagir: em relao s leis de Direito Penal, quando forem
beneficiar o ru (caso em que a lei nova no considera crime a
conduta pelo qual o mesmo est sendo acusado, ou esteja prevista
uma pena menor para a conduta); em relao s regras de
interpretao, quando auxiliarem na busca do real significado (mas se
for trazer algum conceito novo, no dever retroagir), e, em relao
s leis abolitivas, ou seja, quando for excluda determinada instituio
social ou jurdica, sendo essas, j incompatveis com a moral e a tica
social.
Em relao nova lei, seus efeitos podero ser imediatos quando se
tratarem de normas processuais, relacionadas aos processos
judiciais.
Pode-se dizer que normas cogentes so aquelas normas taxativas,
que devem ser cumpridas, independente da vontade dos envolvidos,
no podendo as partes abrir mo de que quaisquer de seus preceitos
sejam aplicados. J, as normas de Ordem Pblica so aquelas que impem aplicao
obrigatria.
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e
as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que
acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a
gide de uma lei e s se extinguem quando outra nova est em vigor.
Para solucionar tais conflitos existem dois critrios:
disposies transitrias: o prprio legislador no texto normativo
novo concilia a nova norma com as relaes j definidas pela norma
anterior;
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princpio da irretroatividade: a lei no deve retroagir para
atingir fatos e efeitos j consumados sob a lei antiga.
Observando os fatos jurdicos e relacionando-os cronologicamente de
acordo com a produo de efeitos, temos que eles podem ser:
a) Pretritos: so os que se constituram na vigncia de uma lei e
tem seus efeitos produzidos na vigncia daquela lei.
b) Futuros: so os que ainda no foram gerados.
c) Pendentes: so os que foram constitudos na vigncia de uma lei
anterior e no produziram todos os seus efeitos nela.
Ex: Celebrei um contrato sob a gide da Lei X. Esse contrato embora
constitudo na vigncia da lei X, continua produzindo seus efeitos na
vigncia da lei revogadora X e na vigncia da Lei Y. Segundo o
Princpio da Irretroatividade, aos fatos pendentes aplicada a lei
anterior, porque a lei posterior s se aplica para o futuro.
Pelo art. 6. da LIDB, em regra, a lei irretroativa, devendo ser
expedida para disciplinar fatos futuros. Porm, a retroatividade da lei
pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que
respeite o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Art. 6. da LIDB: A Lei em vigor ter efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa
julgada.
1 Reputa-se ato jurdico perfeito o j consumado segundo a
lei vigente ao tempo em que se efetuou.
2 Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu
titular, ou algum por ele, possa exercer, como (tambm)
aqueles cujo comeo do exerccio tenha termo pr-fixo, ou
condio pr-estabelecida inaltervel, a arbtrio de outrem.
3 Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deciso judicial
de que j no caiba recurso.
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A lei nova regular os casos futuros e os pendentes, desde que
respeitados o ato jurdico perfeito, a coisa julgada e o direito
adquirido.
O respeito ao ato jurdico perfeito, ao direito adquirido e coisa
julgada, imposto constitucionalmente (art. 5, XXXVI, da CF),
concretiza o princpio de que as leis civis em regra no tm
retroatividade, so irretroativas. A retroatividade situao
excepcional.
Para entender o conflito das leis no tempo e como eles se resolvem,
devemos nos atentar para trs institutos: ato jurdico perfeito,
direito adquirido e coisa julgada. Somente protegendo esses trs
itens, teremos a segurana jurdica.
O ATO JURDICO PERFEITO aquele que foi realizado sob o manto
de uma lei, e embora esta tenha sido revogada, o ato permanece
inalterado produzindo todos os efeitos.
Leis novas no atingem direitos adquiridos por uma lei antiga, ou
seja, elas no atingem um ato consumado na vigncia de uma lei.
DIREITO ADQUIRIDO: subdividido em trs categorias:
a) Atual: o direito que j ingressou no patrimnio da pessoa,
ela j pode exerc-lo.
ex: Pessoa pagou e comprou um apartamento. Agora, independente
da vontade do dono antigo, ela pode alug-lo, revend-lo, etc.
b) A termo: "Termo" um evento futuro e certo. H direito adquirido
nessa situao.
Ex: Em janeiro, eu alugo um apartamento para o carnaval em
fevereiro. A locao s ser exercida futuramente e em uma data
certa.
c) Condicional: "Condio" um efeito futuro e incerto.
ex: Me promete ao filho um carro caso ele passe no vestibular. Nem
ele e nem ela sabem quando isso ir acontecer e nem se, de fato, ir
acontecer.
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A diferena entre o ato jurdico perfeito e o direito adquirido muito
difcil de ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito bsico:
Ato Jurdico Perfeito: ato que j se consuma segundo a lei de seu tempo
Direito Adquirido: direito incorporado ao patrimnio do particular. Direito adquirido o j ingressou no patrimnio do indivduo
(embora no o tivesse ainda exercido): pessoa que se aposenta
e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificao no ir atingir aquele que j est aposentado.
A COISA JULGADA a deciso da qual no cabe mais nenhum
recurso.
CLASSIFICAO DA RETROATIVIDADE
Classificao da retroatividade quanto:
AOS EFEITOS AO ALCANE
MXIMA, se destruir ato
jurdico perfeito, ou se atingir
relaes j acabadas.
MDIA, se ocorrer quando a
norma nova alcanar efeitos
pendentes do ato jurdico
perfeito verificado antes dela.
JUSTA, quando se depara na
aplicao do texto uma ofensa
ao ato jurdico perfeito, direito
adquirido ou coisa julgada.
INJUSTA, quando qualquer
dessas situaes vier a ser
lesada com a aplicao da nova
norma.
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TEORIA DA RELATIVIDADE MNIMA
REGRA GERAL: irretroatividade das leis (art. 6- LINDB).
EXCEO: normas de ordem pblica podem retroagir, desde que no
afetem o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada
(art. 6, 1 a 3,LINDB e art. 2035, pargrafo nico, CC).
No Direito Civil o princpio da Irretroatividade da Lei a regra, porm
admite exceo!
A Teoria da Retroatividade Mnima prevista na LINDB ocorre quando
um negcio (contrato) ou ato jurdico celebrado durante a vigncia
de uma Lei e esta revogada por uma lei posterior.
Nessa situao o ato jurdico/negcio jurdico (contrato)
considerado vlido, mas os efeitos que ele deva produzir aps a lei
nova obedecero o disposto nessa Lei, exceto se negcio ou ato
jurdico prever expressamente que seus efeitos observaro a lei na
qual foram celebrados, nesse caso temos a Retroatividade Mnima.
Entretanto at a Retroatividade Mnima tambm tem sua exceo.
Deve-se respeitar o Ato Jurdico Perfeito, o Direito Adquirido e a
Coisa Julgada, ou do contrrio, no se admite a Retroatividade
Mnima.
REVOGA
LEI X LEI Y
MNIMA, se afastar somente
os efeitos dos atos anteriores,
mas produzidos aps a data em
que entrou em vigor.
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11. APLICAO DAS NORMAS NO ESPAO
Negcio Jurdico
Permanece VLIDO.
Negcio Jurdico: CELEBRAO
TEORIA DA RELATIVIDADE MNIMA: os EFEITOS que o
contrato deva produzir aps a lei nova obedecero o
disposto na nova LEI Y, exceto se negcio ou ato jurdico
prever expressamente que seus efeitos observaro a lei na
qual foram celebrados (LEI X).
DEVE SEMPRE RESPEITAR o ATO JURDICO PERFEITO, O
DIREITO ADQUIRIDO E A COISA JULGADA!
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Cada Estado soberano. Possui prprias normas que devero ser
aplicadas em todo o seu territrio.
Porm, ante a complexidade das relaes entre eles, podem surgir
dvidas a respeito de qual a norma aplicvel numa determinada
situao, que, por sua natureza, fez gerar pontos de contato entre
ordens jurdicas de diferentes Estados.
Assim, h normas que devem disciplinar esses conflitos. O ramo do
Direito que cuida do conflito de leis no espao se denomina Direito
Interespacial.
DIREITO BRASILEIRO: Eficcia da Lei no Espao (Direito
Internacional Privado). Tendo em vista a soberania nacional o
Direito Brasileiro est submetido ao Princpio da Territorialidade
Moderada/Mitigada, vale dizer: no territrio brasileiro aplica-
se, em regra, a lei brasileira. Excepcionalmente, porm,
aplicvel a norma estrangeira no territrio brasileiro, desde
que haja disposio legal expressa neste sentido.
Os princpios basilares do Direito Interespacial so o da
territorialidade, ou seja, princpio pelo qual a norma de um
determinado Estado dever ser aplicada na totalidade de seu
territrio; e o da extraterritorialidade, pelo qual se admitiria a
aplicao da lei estrangeira em situaes excepcionais.
Mas h de serem observados alguns critrios, pois a adoo de
quaisquer desses princpios deve ser cuidadosa, sob pena de ferir a
soberania dos Estados, e inviabilizar as relaes sociais, polticas,
econmicas, etc.
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Assim, existem dois critrios: o da nacionalidade, em que seria
utilizada a lei do Estado do estrangeiro, independente de onde ele se
encontrar, e o do domiclio, no qual a lei utilizada seria a do local
onde a pessoa tenha domiclio, ou seja, resida com nimo de ali
permanecer.
Com base nesses critrios foi criada a Teoria dos Estatutos com a
finalidade de solucionar o conflito espacial.
Atualmente verifica-se a adoo de trs estatutos: o pessoal, o
real e o obrigacional.
As normas relativas s PESSOAS (relacionadas ao comeo e fim da
personalidade, nome, capacidade e os direitos de famlia), esto no
rol das normas pertencentes ao estatuto pessoal.
O estatuto pessoal determina que essas normas sigam o critrio do
domiclio: sero aplicadas s regras do local do domiclio do
indivduo (residncia com nimo definitivo), independente de sua
nacionalidade - art. 7 da LICC.
J o Estatuto Real, que envolve os BENS e as relaes decorrentes,
devem se reger pela lei do local, ou seja, ser aplicada a lei do
Estado onde os bens estiverem situados, de acordo com o
princpio da territorialidade - art. 8 da LICC.
Quanto ao Estatuto OBRIGACIONAL (o que se relaciona s
OBRIGAES decorrentes das relaes sociais) as OBRIGAES sero regidas pela lei do local da celebrao do ato, sendo, dessa
forma, considerado um estatuto misto - art. 9 da LICC.
ESTATUTO PESSOAL: Denomina-se estatuto pessoal a situao
jurdica que rege o estrangeiro pelas leis de seu pas de origem.
Baseia-se ele na lei da nacionalidade ou na lei do domiclio.
Dispe o art. 7 da LINDB: A lei do pas em que for domiciliada a
pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade,
o nome, a capacidade e os direitos de famlia.
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Artigo 7 - LIDB: aplica-se a lei do domiclio para reger:
I) nome;
II) capacidade;
III) personalidade;
IV) direito de famlia.
Em respeito regra do estatuto pessoal (1), sero aplicadas as
regras do pas de domiclio do estrangeiro s relaes jurdicas
constitudas no Brasil por pessoa estrangeira (2).
1. Estatuto Pessoal: Comeo e fim da personalidade, o nome, a
capacidade e os direitos de famlia. LEI DO DOMICLIO. ART. 7,
CAPUT, LINDB.
2. Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-se- a lei do pas em
que se constiturem - Lei do pas PROPONENTE, ou seja, Brasil art. 9, CAPUT, LINDB.
BENS IMOVEIS: Conflito sobre bens imveis situados fora do
Brasil aplica-se a lei do lugar onde estiver situado (art. 8 da
LINDB). Assim, execuo hipotecria cujo bem hipotecado est no
Paraguai se submete legislao paraguaia.
CONTRATO INTERNACIONAL: O contrato internacional se reputa
formado onde residir o seu proponente, sendo esta a legislao
aplicvel e o foro competente (art. 9, 2, LINDB).
Enfatiza-se que este dispositivo apenas se aplica a contratos
internacionais.
Para os contratos celebrados no Brasil h norma especfica
reputando-os celebrados no local em que foi proposto (art. 435 do
CC/02);
LEI SUCESSRIA: Aplica-se a lei sucessria mais benfica para
sucesso de bens de estrangeiros situados no Brasil, quando
h herdeiros brasileiros (art. 10, 1 da LINDB e 5, XXXI CF/88).
Em outras palavras, quando o estrangeiro morre e deixa bens no
Brasil, a competncia para processar e julgar a ao de inventrio e
partilha desses bens exclusiva do Brasil. Tal partilha, todavia, no
se far necessariamente com base na lei brasileira, mas sim na lei
sucessria mais benfica (art. 89, CPC).
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SENTENA ESTRANGEIRA: As sentenas, cartas rogatrias e
laudos arbitrais estrangeiros podem ser executados no Brasil,
desde que:
I) Homologao pelo STJ (exequatur), que se d por
procedimento especial submetido s formalidades insculpidas nos
artigos 483 e 484 do CPC. Tal homologao de competncia do STJ
por fora da Emenda Constitucional 45/04.
II) Prova do Trnsito em Julgado da Sentena Estrangeira,
consoante orientao da smula 420 do STF.
III) Filtragem Constitucional, pois s permitida a execuo no
Brasil de sentena estrangeira compatvel com a ordem interna, sob
pena de manifesta violao a soberania nacional.
Pela LINDB (arts. 7. ao 19) sero solucionados os conflitos
decorrentes da aplicao espacial de normas, que esto relacionadas
noo de soberania dos Estados, por isso, que a LIDB
considerada o Estatuto de Direito Internacional Pblico e Privado.
Toda lei, em princpio, tem seu campo de aplicao limitado no espao pelas fronteiras do Estado que a promulgou (princpio da
territorialidade). Porm, para facilitar as relaes internacionais,
pode a lei ser admitida em territrio estrangeiro (alm do territrio
nacional): princpio da extraterritorialidade.
Pelo princpio da territorialidade no ser absoluto, fica consagrado no
Brasil o Princpio da Territorialidade Temperada, de modo que
leis e sentenas estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde
que observadas as seguintes regras:
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1) No se aplicam leis, sentenas ou atos estrangeiros no Brasil
quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pblica e os
bons costumes.
2) No se cumprir sentena estrangeira no Brasil sem exequatur
(cumpra-se), ou seja, a permisso dada pelo STJ para que a
sentena tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.
Veja a tabela abaixo:
Matria Aplica-se a LEI do Pas
BENS IMVEIS Art. 8.
Lei do pas em que estiverem
situados.
BENS MVEIS - Art. 8. 1
Lei do pas em que for
domiciliado o proprietrio.
PENHOR - Art. 8. 2
Lei do domiclio que tiver a
pessoa, em cuja posse se
encontre a coisa apenhada.
OBRIGAO - Art.
Lei do pas em que se constiturem.
TERRITORIALIDADE X EXTRATERRTORIALIDADE
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9.
1. Destinando-se a obrigao
a ser executada no Brasil e
dependendo de forma essencial, ser esta observada, admitidas
as peculiaridades da lei
estrangeira quanto aos requisitos
extrnsecos do ato.
Obrigaes - Art. 9. 2 Obrigao decorrente de
CONTRATO
Reputa-se constituda no lugar em que residir o proponente
ORGANIZAES destinadas a
fins de interesse coletivo:
1. No podero, entretanto ter no Brasil filiais, agncias ou
estabelecimentos antes de serem
os atos constitutivos aprovados
pelo Governo brasileiro, ficando
sujeitas lei brasileira.
2. Os Governos estrangeiros,
bem como as organizaes de
qualquer natureza, que eles
tenham constitudo, dirijam ou
hajam investido de funes
pblicas, no podero adquirir no
Brasil bens imveis ou suscetveis
de desapropriao.
Lei do Estado em que se
constiturem.
3. Os Governos estrangeiros
podem adquirir a propriedade dos
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prdios necessrios sede dos
representantes diplomticos ou
dos agentes consulares.
Art. 13. (locus regit actum) A
prova dos fatos ocorridos em pas
estrangeiro rege-se pela lei que
nele vigorar, quanto ao nus e
aos meios de produzir-se, no
admitindo os tribunais brasileiros
provas que a lei brasileira desconhea.
Art. 8. Para qualificar os bens e regular as relaes a eles
concernentes, aplicar-se- a lei do pas em que estiverem situados.
1. Aplicar-se- a lei do pas em que for domiciliado o proprietrio,
quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte
para outros lugares.
2. O penhor regula-se pela lei do domiclio que tiver a pessoa, em
cuja posse se encontre a coisa apenhada.
Art. 9. Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-se- a lei do pas
em que se constiturem.
1. Destinando-se a obrigao a ser executada no Brasil e
dependendo de forma essencial, ser esta observada, admitidas as
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrnsecos do
ato.
2. A obrigao resultante do contrato reputa-se constituda no lugar
em que residir o proponente.
Art. 11. As organizaes destinadas a fins de interesse coletivo, como
as sociedades e as fundaes, obedecem lei do Estado em que se
constiturem.
1. No podero, entretanto ter no Brasil filiais, agncias ou
estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo
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Governo brasileiro, ficando sujeitas lei brasileira.
2. Os Governos estrangeiros, bem como as organizaes de
qualquer natureza, que eles tenham constitudo, dirijam ou hajam
investido de funes pblicas, no podero adquirir no Brasil bens
imveis ou suscetveis de desapropriao.
3. Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos
prdios necessrios sede dos representantes diplomticos ou dos
agentes consulares.
Art. 13. (locus regit actum) A prova dos fatos ocorridos em pas
estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao nus e aos
meios de produzir-se, no admitindo os tribunais brasileiros provas
que a lei brasileira desconhea.
Aplica-se a LEI do Pas Matria
REGRA: DOMICLIO - Art. 7. A
lei do pas em que domiciliada
a pessoa determina as regras
sobre o comeo e o fim da
personalidade, o nome, a
capacidade e os direitos de
famlia.
Ser aplicada a lei brasileira
quanto aos impedimentos dirimentes e s formalidades da
celebrao.
1. Realizando-se o
casamento no Brasil
2. O casamento de
estrangeiros poder celebrar-se
perante autoridades diplomticas
EXTRATERRITORIALIDADE
REGRA: APLICA A LEI DO DOMICLIO DA PESSOA
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ou consulares do pas de ambos
os nubentes.
3. Tendo os nubentes
domiclio diverso, reger os
casos de invalidade do
matrimnio a lei do primeiro
domiclio conjugal.
NUBENTES + DOMICILIO
DIVERSO.
4. O regime de bens, legal ou
convencional, obedece lei do
pas em que tiverem os
nubentes domiclio, e, se este
for diverso, a do primeiro
domiclio conjugal.
REGIME DE BENS LEGAL OU
CONVENCIONAL
5. O estrangeiro casado,
que se naturalizar brasileiro,
pode, mediante expressa
anuncia de seu cnjuge,
requerer ao juiz, no ato de
entrega do decreto de
naturalizao, se apostile (insira) ao mesmo a adoo
do regime de comunho
parcial de bens, respeitados os
direitos de terceiros e dada esta
adoo ao competente registro.
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6. O divrcio realizado no
estrangeiro, se um ou ambos
os cnjuges forem brasileiros,
s ser reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data
da sentena, salvo se houver
sido antecedida de separao
judicial por igual prazo, caso
em que a homologao
produzir efeito imediato,
obedecidas as condies
estabelecidas para a eficcia das
sentenas estrangeiras no pas. O
Superior Tribunal de Justia,
na forma de seu regimento
interno, poder reexaminar, a requerimento do interessado,
decises j proferidas em pedidos
de homologao de sentenas
estrangeiras de divrcio de
brasileiros, a fim de que passem
a produzir todos os efeitos legais.
DIVRCIO REALIZADO NO
ESTRANGEIRO.
7. Salvo o caso de abandono,
o domiclio do chefe da famlia
estende-se ao outro cnjuge e
aos filhos no emancipados, e o
do tutor ou curador aos
incapazes sob sua guarda.
8. Quando a pessoa no
tiver domiclio, considerar-se-
domiciliada no lugar de sua
residncia ou naquele em que
se encontre.
PESSOA NO POSSUI
DOMICLIO.
Art. 10. A sucesso por morte
ou por ausncia obedece lei
do pas em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido,
qualquer que seja a natureza e a
SUCESSO POR MORTE OU
AUSNCIA.
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situao dos bens.
Art. 12. competente a
autoridade judiciria brasileira,
quando for o ru domiciliado no
Brasil ou aqui tiver de ser
cumprida a obrigao.
1. S autoridade judiciria
brasileira compete conhecer das
aes relativas a imveis situados no Brasil.
2. A autoridade judiciria
brasileira cumprir, concedido o
exequatur e segundo a forma
estabelecida pele lei brasileira, as
diligncias deprecadas por
autoridade estrangeira
competente, observando a lei
desta, quanto ao objeto das
diligncias.
Art. 17. As leis, atos e
sentenas de outro pas, bem
como quaisquer declaraes de
vontade, no tero eficcia no
Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem
pblica e os bons costumes.
Art. 7. A lei do pas em que domiciliada a pessoa determina as
regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a
capacidade e os direitos de famlia.
1. Realizando-se o casamento no Brasil, ser aplicada a lei
brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e s formalidades da
celebrao.
2. O casamento de estrangeiros poder celebrar-se perante
autoridades diplomticas ou consulares do pas de ambos os
nubentes.
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3. Tendo os nubentes domiclio diverso, reger os casos de
invalidade do matrimnio a lei do primeiro domiclio conjugal.
4. O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas
em que tiverem os nubentes domiclio, e, se este for diverso, a do
primeiro domiclio conjugal.
5. O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,
mediante expressa anuncia de seu cnjuge, requerer ao juiz, no ato
de entrega do decreto de naturalizao, se apostile ao mesmo a
adoo do regime de comunho parcial de bens, respeitados os
direitos de terceiros e dada esta adoo ao competente registro.
6. O divrcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os
cnjuges forem brasileiros, s ser reconhecido no Brasil depois de 1
(um) ano da data da sentena, salvo se houver sido antecedida de
separao judicial por igual prazo, caso em que a homologao
produzir efeito imediato, obedecidas as condies estabelecidas para
a eficcia das sentenas estrangeiras no pas. O Superior Tribunal de
Justia, na forma de seu regimento interno, poder reexaminar, a
requerimento do interessado, decises j proferidas em pedidos de
homologao de sentenas estrangeiras de divrcio de brasileiros, a
fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
7. Salvo o caso de abandono, o domiclio do chefe da famlia
estende-se ao outro cnjuge e aos filhos no emancipados, e o do
tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
8. Quando a pessoa no tiver domiclio, considerar-se-
domiciliada no lugar de sua residncia ou naquele em que se
encontre.
Art. 10. A sucesso por morte ou por ausncia obedece lei do pas
em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situao dos bens.
Art. 12. competente a autoridade judiciria brasileira, quando for o
ru domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigao.
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1. S autoridade judiciria brasileira compete conhecer das
aes relativas a imveis situados no Brasil.
2. A autoridade judiciria brasileira cumprir, concedido o
exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as
diligncias deprecadas por autoridade estrangeira competente,
observando a lei desta, quanto ao objeto das diligncias.
Art. 17. As leis, atos e sentenas de outro pas, bem como quaisquer
declaraes de vontade, no tero eficcia no Brasil, quando
ofenderem a soberania nacional, a ordem pblica e os bons
costumes.
12. MEIOS DE INTEGRAO DAS NORMAS
PREENCHIMENTO DAS LACUNAS JURDICAS
Pelo Princpio da indeclinabilidade de jurisdio, o juiz
obrigado a decidir, ainda que no exista lei disciplinado o caso
concreto. Dessa forma, diante da ausncia de lei regulando
determinada situao jurdica, faz-se necessrio ao magistrado valer-
se dos mecanismos de integrao do ordenamento jurdico indicados
pelo art. 4. da LIDB.
Art. 4. da LIDB: Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de
acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.
Nos termos do art. 4. da LINDB, tais MECANISMOS DE
INTEGRAO so:
ORDEM DECRESCENTE: O juiz deve seguir a ordem.
1) a Analogia
2) os Costumes
3) os Princpios Gerais do Direito.
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ANALOGIA
Aplicao de outra lei prevista para um caso semelhante.
Veja o desenho:
? no existe lei
CASO A CASO A1
Acompanhe o raciocnio:
A Lei X regula o CASO concreto A.
Na sociedade aconteceu o CASO A1, mas no h lei que o regule.
Provocada a jurisdio (atravs do direito de ao), pelo princpio da indeclinabilidade da jurisdio, o Juiz no pode alegar que no vai
julgar, decidir o caso concreto com base na lacuna da lei. Nesse caso,
aplica a analogia. Em que consiste a analogia?
O Juiz vai aplicar a Lei X ao CASO A1!
CASO A1
Lei X
Lei X
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Exemplo concreto de uso, pelo Juiz, dos meios de integrao: a lei at
bem pouco tempo no regulava os casos de barriga de aluguel, mas esses casos ocorriam.
Apresentado o caso em juzo (antes da regulamentao): quem era
considerada a me? Aquela que emprestava a barriga? Aquela que fez
a doao do vulo? Enfim, o Juiz tinha que julgar.
Pois bem! Caso no haja a lei; caso no seja possvel decidir o caso
concreto pela analogia (no h previso de norma aplicada a um caso semelhante), o Juiz decide, ento, pelos costumes do lugar.
Analogia fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade
de integrao da lei, ou seja, a aplicao de dispositivos legais
relativos a casos anlogos, ante a ausncia de normas que regulem o
caso concretamente apresentado apreciao jurisdicional (a que se
denomina anomia falta de norma).
A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurdica
(jris).
H duas espcies de analogia:
a) Legal (analogia legis) e
b) Jurdica (analogia juris).
a) Analogia legal (legis): aplica-se ao caso omisso uma lei que
regula caso semelhante. A legal consiste em obter a norma adequada
disciplina do caso, a partir de outro dispositivo legal, enquanto a jurdica infere-se a norma a partir de todo o sistema jurdico,
utilizando-se a doutrina, a jurisprudncia e os princpios que
disciplinam a matria semelhante ou at os princpios gerais do
direito.
b) Analogia jurdica (jris): aplica-se ao caso omisso um conjunto
de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao
caso concreto.
Na analogia legis parte-se de uma norma jurdica isolada para aplic-la
a casos idnticos, enquanto na analogia jris, a partir de uma
pluralidade de normas e, com base nelas, chega-se a um princpio no
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previsto expressamente na norma.
COSTUMES
Usos e as prticas reiteradas numa determinada sociedade,
numa determinada poca.
O costume a repetio da conduta, de maneira constante e
uniforme, em razo da convico de sua obrigatoriedade. No Brasil,
existe o predomnio da lei escrita sobre a norma consuetudinria.
Os costumes podem ser:
1) Costume secundum legem: o que auxilia a esclarecer o
contedo de certos elementos da lei. Ou seja, o prprio texto da lei
delega ao costume a soluo do caso concreto.
Ex: art. 569, II do CC: O locatrio obrigado a pagar pontualmente o
aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o
costume do lugar.
2) Costume contra legem ou negativo: o que contraria a lei.
Pode ser de dois tipos:
- Consuetudo abrogatria: espcie de costume contra legem que se
caracteriza por ser uma prtica contrria s normas legais.
- Desuetudo: espcie de costume contra legem que consiste na falta
de efetividade da norma legal no revogada formalmente.
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3) Costume praeter legem ou integrativo o que supre a
ausncia ou lacuna da lei nos casos omissos. o costume citado no
art. 4o da LIDB.
Ex: o costume de emitir cheque cheque pr-datado. Tal conduta no
possui regulamentao legal. So condies indispensveis sua
vigncia: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constncia na
realizao do ato, no implicando sano), moralidade e
obrigatoriedade.
PRINCPIOS GERAIS DO DIREITO
O ordenamento jurdico possui inmeros princpios, tanto explcitos
(legalidade, impessoalidade, boa-f, moralidade, etc.), como implcitos
(proporcionalidade, razoabilidade, etc.). O Juiz deve, por ltimo, se
utilizar dos princpios gerais para solucionar o caso concreto.
EQUIDADE
Equidade significa justia, que o Juiz confronte a lei e o fato e
aplique a lei atendendo os fins sociais e o bem comum.
Mas ATENO!
*O Juiz pode se utilizar da equidade? Sim, S nos CASOS
PREVISTO EM LEI. A prpria lei vai dizer: nesse caso, o Juiz pode
usar a equidade ou admite equidade.
**A equidade NO MEIO DE INTEGRAO do ordenamento
jurdico! So comuns as questes de concursos abordarem: so meios
de integrao: a analogia, os costumes, os princpios gerais do direito
Equidade = justia. A equidade NO MEIO DE INTEGRAO do
ordenamento jurdico.
Art. 127. O juiz s decidir por equidade nos casos previstos em
lei.
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e a equidade (errado).
Repito a equidade NO MEIO DE INTEGRAO do ordenamento
jurdico!
EQUIDADE: Art. 127 do CPC - O juiz s decidir por equidade nos
casos previstos em lei.
13. HERMENEUTICA JURDICA: INTERPRETAO DAS NORMAS
Hermenutica jurdica a cincia, a arte da interpretao da
linguagem jurdica. Serve para trazer os princpios e as regras que
so as ferramentas do intrprete. A aplicao, a prtica das regras
hermenuticas, chamada exegese.
MEIOS DE INTEGRAO
Analogia
Costumes
Princpios Gerais do Direito
GERAIS DO DIREITOS DE
EQUIDADE
NO MEIO DE
INTEGRAO
S nos casos previstos em
lei
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INTERPRETAR: buscar o alcance, o significado da lei.
Com base no art. 5o da LIDB, ao utilizar os mecanismos de
integrao para o preenchimento da lacuna jurdica, ou, ao
interpretar a lei, o juiz deve buscar a estabilidade social desejada.
APLICAO DA LEI: Art. 5o da LIDB: Na aplicao da lei, o juiz
atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do
bem comum.
MTODOS DE INTERPRETAO
QUANTO FONTE:
a) Autntica: Emana do prprio legislador que editou a lei.
b) Jurisprudencial: interpretao mansa, pacfica e reiterada dos
Tribunais.
c) Doutrinria: interpretao dos doutrinadores (doutos, juristas) da
cincia do Direito.
QUANTO AO MEIO UTILIZADO
INTEGRAO
H LEI
INTERPRETAO
NO H LEI
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Gramatical Leva-se em considerao a literalidade
da lei. Baseia-se em regras da
lingustica, examinando cada termo da norma, a origem etimolgica,
pontuao, colocao dos vocbulos
etc.
Histrica Leva-se em considerao os fatos histricos que antecederam a criao
da norma. Baseia-se no estudo dos
fatos que antecederam a norma
(occasio legis), verificando o
histrico do processo legislativo, sua
exposio de motivos e emendas
bem como as circunstncias sociais,
polticas e econmicas que
orientaram a sua elaborao.
Lgica Pesquisa-se o esprito do da lei
atravs dos fatores racionais, a
gnese histrica, a conexo com
outra norma e com todo o sistema.
Procura-se desvendar o sentido e o
alcance da norma, mediante
raciocnios lgicos, analisando os
perodos da lei e combinando-os
entre si, com a finalidade de atingir compatibilidade
(combinao/correlao com outras
normas).
Teleolgica Adapta-se o sentido ou finalidade da
norma s novas exigncias sociais.
Busca o sentido e aplicao da
norma a partir da finalidade social a
que ela se dirige. Leva em
considerao valores como a
exigncia do bem comum, justia,
liberdade, igualdade, paz etc.
Sistemtica Entende-se o Direito como um todo,
como um sistema, comparando a
norma com outras espcies legais.
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Verifica o sistema jurdico, o
contexto legal em que se insere a
norma, relacionando-a com outras
concernentes ao mesmo objeto. Leva em considerao o livro, ttulo,
captulo, seo, pargrafo etc.
Analisando as demais normas que
compem um sistema pode-se
desvendar o sentido de uma norma
especfica dele integrante. Por se
pautar num raciocnio lgico, h
que
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