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CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCICOS) PARA OS CARGOS DE TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA DO TRIBUNAL DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE – TJ – SE. Aula Demonstrativa Profa. MÁRCIA ALBUQUERQUE 1 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Márcia Albuquerque APRESENTAÇÃO PESSOAL Sou a professora Márcia Albuquerque, ocupo atualmente o cargo de Procuradora da Fazenda Nacional, sou Mestre em Direito Constitucional e Especialista em Direito Público. Vou ministrar a disciplina Direito Civil para o concurso do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE – TJ – SE para o cargo de TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA APRESENTAÇÃO DO CURSO O nosso curso on line (teoria e exercícios) de Direito Civil será voltado para a preparação do concurso público para o cargo de o CARGO de TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA/JUDICIÁRIA abordará os todos os itens constantes do edital. Contemplará teoria e resoluções de questões de concursos anteriores pertinentes ao tema estudado e ao cargo como meio de “treinar” e fixar cada vez mais o aprendizado, bem como o modo como será “cobrado” o conteúdo. Será composto de 06 aulas, além desta. AULA DEMONSTRATIVA – LEI DE INTRODUÇAO ÀS NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO LINDB: Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Leis. Conflitos das leis no tempo Eficácia da lei no espaço.

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Direito Civil

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  • CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCCICOS) PARA OS

    CARGOS DE TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA DO TRIBUNAL DE TRIBUNAL

    DE JUSTIA DO ESTADO DE SERGIPE TJ SE.

    Aula Demonstrativa

    Profa. MRCIA ALBUQUERQUE

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    APRESENTAO PESSOAL

    Sou a professora Mrcia Albuquerque, ocupo atualmente o cargo de

    Procuradora da Fazenda Nacional, sou Mestre em Direito

    Constitucional e Especialista em Direito Pblico. Vou ministrar a

    disciplina Direito Civil para o concurso do TRIBUNAL DE JUSTIA

    DO ESTADO DE SERGIPE TJ SE para o cargo de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA

    APRESENTAO DO CURSO

    O nosso curso on line (teoria e exerccios) de Direito Civil ser voltado para a preparao do concurso pblico para o cargo de o

    CARGO de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA abordar os todos os itens

    constantes do edital.

    Contemplar teoria e resolues de questes de concursos anteriores

    pertinentes ao tema estudado e ao cargo como meio de treinar e fixar cada vez mais o aprendizado, bem como o modo como ser

    cobrado o contedo. Ser composto de 06 aulas, alm desta.

    AULA DEMONSTRATIVA LEI DE INTRODUAO S NORMAS DE

    DIREITO BRASILEIRO LINDB: Vigncia, Aplicao,

    Interpretao e Integrao da Leis. Conflitos das leis no tempo

    Eficcia da lei no espao.

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    OS CARGOS DE TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA

    CARGO 19: O cargo de TCNICO JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA/JUDICIRIA possui como requisitos candidatos que

    possuam certificado de concluso de curso de ensino mdio (antigo

    segundo grau) ou de curso tcnico equivalente, expedido por

    instituio de ensino reconhecida pelo rgo competente. So as

    seguintes atribuies/atividades/funes: realizar atividades de nvel intermedirio a fim de fornecer auxlio tcnico e administrativo aos

    magistrados e(ou) aos rgos julgadores, favorecendo o exerccio da

    funo judicante e o exerccio das funes necessrias ao adequado

    funcionamento da organizao; alm das demais atribuies

    dispostas na Portaria n 61/2013. A REMUNERAO de R$ 2.457,39

    e a JORNADA DE TRABALHO de 30 horas semanais.

    TJ SE TCNICO JUDICIRIO - CONTEDO PROGRAMTICO

    Aula 00 (Aula Demonstrativa): Lei de introduo s normas do

    direito brasileiro. Vigncia, aplicao, interpretao e integrao das leis. Conflito das leis no tempo. Eficcia da lei no espao.

    Aula 01: Pessoas naturais. Existncia. Personalidade. Capacidade.

    Nome. Estado. Direitos da personalidade. Pessoas jurdicas.

    Disposies gerais. Domiclio. Associaes e fundaes.

    Aula 02: Bens pblicos. Domiclio.

    Aula 03: Ato jurdico. Fato e ato jurdico. Negcio jurdico.

    Disposies gerais. Classificao, interpretao. Elementos.

    Representao, condio. Termo. Encargo. Defeitos do negcio

    jurdico. Validade, invalidade e nulidade do negcio jurdico. Simulao. Atos jurdicos.

    Aula 04: Atos Ilcitos.

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    Aula 05: Prescrio. Disposies gerais. Decadncia.

    Aula 06: Disposies constitucionais aplicveis ao Direito Civil.

    Entendimento dominante dos tribunais superiores acerca dos

    institutos de Direito Civil.

    Sumrio 1. INTRODUO ............................................................................. 4

    2.CARACTERSTICAS DA LINDB ........................................................ 5

    3. ESTRUTURA DA LINDB - DIVISO ................................................. 6

    4. VIGNCIA .................................................................................. 8

    5. OBRIGATORIEDADE DA LEI BRASILEIRA ...................................... 11

    NO ESTRANGEIRO ........................................................................ 11

    6. ERRO NA LEI ............................................................................ 12

    7. REVOGAO: ........................................................................... 14

    AT QUANDO VIGORAR a LEI? ART. 2: ......................................... 14

    8. REPRISTINAO ....................................................................... 17

    9. CONFLITO ENTRE NORMAS - ANTONOMIA .................................... 19

    10. APLICAO DA NORMAS NO TEMPO .......................................... 23

    11. APLICAO DAS NORMAS NO ESPAO ....................................... 30

    12. MEIOS DE INTEGRAO DAS NORMAS ....................................... 43

    PREENCHIMENTO DAS LACUNAS JURDICAS .................................... 43

    13. HERMENEUTICA JURDICA: ...................................................... 48

    INTERPRETAO DAS NORMAS ...................................................... 48

    AULA DEMONSTRATIVA LEI DE INTRODUAO S NORMAS DE

    DIREITO BRASILEIRO LINDB: Vigncia, Aplicao,

    Interpretao e Integrao da Leis. Conflitos das leis no tempo

    Eficcia da lei no espao.

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    1. INTRODUO

    Ol, tudo bem com voc? Hoje vamos iniciar nossa primeira aula;

    aqui comea nossa caminhada rumo aprovao. Coragem! Vamos

    iniciar devagar, passo a passo, do zero!

    Como a matria desta aula muito terica sobre uma lei que se aplica a todo o Direito, ao ordenamento jurdico ( uma aula pouco

    palpvel, ao contrrio das prximas), a metodologia vai ser atravs

    de grficos representativos da prpria lei.

    No que diz respeito a esta matria, a primeira pegadinha para

    concurso a assertiva seguinte: A Lei de Introduo s Normas

    de Direito Brasileiro (LINDB) PARTE INTEGRANTE DO

    CDIGO CIVIL. Falso!

    A atual Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro

    (LINDB) Lei 12.376/2010 NO PARTE INTEGRANTE DO

    CDIGO CIVIL, por uma simples razo, o Cdigo Civil a Lei

    10.406/2007 e a LINDB a Lei 12.376/2010.

    LINDB - Lei 12.376/2010: Art. 1o Esta Lei altera a ementa do

    Decreto-Lei no 4.657 (LICC), de 4 de setembro de 1942, ampliando o

    seu campo de aplicao.

    Art. 2o A ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de

    1942, passa a vigorar com a seguinte redao: Lei de Introduo

    s normas do Direito Brasileiro (LINDB).

    Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    A LINDB - Lei 12.376/2010 alterou o nome da LEI DE

    INTRODUO AO CDIGO CIVIL para LEI DE INTRODUO AS

    NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO LINDB.

    O Cdigo Civil cuida, trata das relaes de ordem privada, entre

    particulares e a LINDB uma norma que trata sobre outras normas,

    trata de regras gerais aplicadas a todo o ordenamento jurdico.

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    2.CARACTERSTICAS DA LINDB

    * um conjunto de normas sobre normas, pois, uma lei que

    disciplina outras normas jurdicas, assinalando lhes a maneira de

    aplicao e entendimento, sendo chamada de lei das leis (Lex

    Legum);

    * aplicvel a todos os ramos do Direito, no apenas ao Direito

    Civil; e

    * Os dispositivos da LIDB contm normas de sobredireito.

    LIDB trata de:

    * vigncia e eficcia das normas jurdicas

    * conflito de leis no tempo

    * conflito de leis no espao

    * critrios de hermenutica jurdica (interpretao)

    * critrios de integrao do ordenamento jurdico

    * normas de direito internacional pblico e privado

    LINDB

    * Conjunto de normas sobre normas

    * Disciplina outras normas jurdicas

    * Lei das leis (Lex legum)

    * aplicvela a todos os ramos do direito;

    * Contm normas de sobredireito

    * No parte integrante do Cdigo Civil

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    3. ESTRUTURA DA LINDB - DIVISO

    Estrutura da LIDB - DIVISO:

    Art. 1 e 2 Vigncia das normas;

    Art. 3 Obrigatoriedade geral e abstrata das normas;

    Art. 4 Integrao normativa;

    Art. 5 Interpretao das normas;

    Art. 6 Aplicao da norma no tempo (Direito Intertemporal);

    Art. 7 e seguintes: Aplicao da lei no espao (Direito Espacial);

    Validade da norma a sua adequao ao ordenamento jurdico em

    que se insere, por ter sido criada pelo processo legislativo prprio.

    a norma ter seguido fielmente o processo legislativo para a sua

    elaborao.

    Vigncia: a fora que tem a norma cumprindo com sua finalidade,

    regular condutas, gerando efeitos, sobre os eventos a que se refere

    seu antecedente, to logo ocorram no mbito dos fatos. Pode ocorrer

    de uma lei vlida no ter vigncia, quando est em curso o interregno

    previsto na Lei de Introduo ao Cdigo Civil, de quarenta e cinco dias no territrio nacional ou noventa dias fora dele, entre a

    publicao da lei e sua entrada em vigor. a lei estar pronta para produzir os efeitos; pode ser que no os produza de imediato.

    Eficcia: a produo dos efeitos. A eficcia refere-se produo

    concreta de efeitos pela norma.

    Exequibilidade: poder (ter a capacidade) produzir seus efeitos. A

    eficcia refere-se possibilidade de produo concreta de

    efeitos pela norma.

    Aplicao: fazer incidir a lei no caso concreto.

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    Interpretar: buscar o alcance, o significado da lei; descobrir o sentido

    da norma jurdica e fixar o seu alcance; pressupe existncia de norma

    jurdica.

    Integrao: preencher as lacunas quando a lei omissa.

    LEI NO VIGENTE, porm EFICAZ: possvel que a lei no esteja

    em vigncia, porm possua eficcia (produza efeitos). Para

    exemplificar tal situao vamos viajar para o Direito Penal e analisar

    o art. 3o do Cdigo Penal que trata da aplicao da lei penal quando esta for excepcional ou temporria:

    Lei excepcional ou temporria: Art. 3 do CP - A lei excepcional ou

    temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas

    as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado

    durante sua vigncia.

    - Leis temporrias: so aquelas que contm prazo (dia de incio e

    dia do fim) de vigncia previsto expressamente em seu corpo.

    - Leis excepcionais: so as que vinculam o prazo de vigncia a

    determinadas circunstncias, como guerra, epidemia, etc.

    Esses dois tipos de leis possuem a ultra atividade: capacidade de,

    aps serem revogadas (perder a vigncia), continuar regulando fatos

    ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja,

    ocorrendo um crime durante a vigncia de uma lei excepcional ou

    temporria, mesmo aps a lei no mais estar em vigor (falta de

    vigncia), ela dever ser utilizada no julgamento (ter eficcia).

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    4. VIGNCIA

    A vigncia a propriedade das regras jurdicas que esto prontas

    para propagar efeitos, to logo aconteam no mundo ftico, os

    eventos que elas descrevem.

    Art. 1o. Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em

    todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente

    publicada.

    CARACTERSTICA DA LEI (Todas as Leis)

    AUTORIZAMENTO: autoriza ou

    no determinado

    comportamento.

    COMPETNCIA: respeita a

    competncia legislativa e o devido

    processo legislativo.

    PERMANNCIA: perdura no

    tempo at que seja revogada ou

    perca sua eficcia.

    IMPERATIVIDADE: impe deveres

    e condutas.

    GENERALIDADE: dirige-se a todas

    as pessoas.

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    H normas que existem e que so vlidas no sistema, mas no esto

    vigentes. A despeito de ocorrerem os fatos previstos na hiptese da

    norma, no se desencadeiam as consequncias estipuladas no

    mandamento.

    Tais regras de direito no tm vigor, seja porque j o perderam, seja

    porque ainda no o adquiriram. Em suma, a vigncia uma

    caracterstica da norma que indica o lapso de tempo no qual a

    conduta por esta prescrita exigvel.

    Pelo PRINCIPIO DA VIGNCIA SINCRNICA a obrigatoriedade

    da lei no pas simultnea, pois ela entra em vigor a um s

    tempo em todo o pas (Art. 1o. da LINDB), ou seja, quarenta e

    cinco dias aps sua publicao, no havendo data estipulada para sua

    entrada em vigor.

    No h vigncia progressiva da lei: a lei no entra em vigor, por

    exemplo, em Manaus e Rio de Janeiro para depois entrar em vigor

    nos demais Estados.

    A vigncia da norma ocorre at a perda de sua validade.

    INCIO DA VIGNCIA

    Geralmente, uma norma entra em vigor no momento de publicao

    do texto legal que a veicula. O prprio texto de lei pode dizer: Esta

    Princpio da vigncia sincrnica: Art. 1o. Salvo disposio

    contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco

    dias depois de oficialmente publicada.

    Art. 1o. Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em

    todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente

    publicada.

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    lei entra em vigor na data da publicao... ou Esta lei entra em

    vigor imediatamente... ou Esta lei entra em vigor na data X. Caso

    a lei no diga quando entra em vigor, ela passar a vigorar 45 dias

    aps oficialmente publicada.

    Porm, pode ser estabelecido no prprio texto legislativo que a

    norma s passar a viger aps certo perodo de tempo contado a

    partir da publicao. Tal perodo denominado vacatio legis.

    Imagine a Lei X:

    LEI X:

    VACATIO LEGIS

    ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO

    VIGNCIA DA LEI= ART. 1 - Regra = a lei diz quando entra em

    vigor; no silncio, a lei entra e vigor 45 dias aps sua publicao.

    VACATIO LEGIS

    DATA DA PUBLICAO -----45 ----- ENTRADA EM VIGOR

    Vacatio legis uma expresso latina que significa "vacncia da lei",

    ou seja: "A Lei Vaga" (h um vcuo) designa o perodo que decorre

    entre o dia da publicao de uma lei e o dia em que ela entra em

    vigor, ou seja, tem seu cumprimento obrigatrio.

    A forma de contagem do prazo de vacatio legis regulada pelo artigo

    8o, 1o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicao e

    o ltimo dia na contagem do prazo.

    Art. 8o, 1o da LC 95/98: A contagem do prazo para entrada em

    vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia far-se- com a

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    incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em

    vigor no dia subsequente sua consumao integral.

    Denomina-se vacatio legis o perodo de tempo que se

    estabelece entre a publicao e a entrada em vigor da lei.

    Neste intervalo de tempo a lei no produzir efeitos, devendo incidir

    a lei anterior no sistema.

    Existem trs espcies de leis referentes de vacatio legis:

    1) Lei com vacatio legis expressa: a lei de grande

    repercusso, que, de acordo com o artigo 8. da Lei Complementar n.

    95/98, tem expressa disposio do perodo de vacatio legis. Exemplo:

    a expresso contida em lei determinando "entra em vigor um ano

    depois de publicada".

    2) Lei com vacatio legis tcita: aquela que continua em

    consonncia com o artigo 1. da LIDB: no silncio da lei entra em

    vigor, no pas, 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no

    estrangeiro, quando admitida, trs meses aps a publicao oficial.

    3) Lei sem vacatio legis: aquela que, por ser de pequena

    repercusso, entra em vigor na data de publicao, devendo esta

    estar expressa ao final do texto legal.

    5. OBRIGATORIEDADE DA LEI BRASILEIRA

    NO ESTRANGEIRO

    Art. 1o da LIDB: Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar

    em todo o pas quarenta e cinco dias depois de oficialmente

    publicada.

    1o Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei

    brasileira, quando admitida, se inicia trs meses depois de

    oficialmente publicada.

    2o Revogado.

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    Para que haja segurana social, a lei obrigatria a todas as pessoas,

    indistinta, no podendo se justificar o seu no cumprimento alegando

    seu desconhecimento. A partir da publicao oficial da lei, opera-se

    uma presuno de que todos conhecem a lei; esta se torna

    obrigatria no territrio nacional.

    Pode ser que uma lei brasileira seja admitida no estrangeiro; nesse

    caso a obrigatoriedade da lei brasileira no estrangeiro segue o art.

    Art. 1, 1.

    O estudo de um projeto de lei bem como o processo de elaborao e

    seu nascimento matria de Direito Constitucional. Passa pelas

    seguintes fases:

    1) Edio

    2) Processo Legislativo

    3) Sano do Presidente da Repblica

    4) Publicao 5) Vigncia

    Como ressaltada, as fases de edio e do processo legislativo so

    estudadas pelo Direito Constitucional.

    A LINDB trata da publicao em diante da lei. Aps a lei ser

    sancionada, deve haver a sua publicao para que as pessoas tomem

    conhecimento do seu contedo; e, consequentemente, o diploma

    legal ir adquirir vigncia (validade) estando apto a produzir efeitos.

    6. ERRO NA LEI

    Vamos imaginar que a Lei X foi elaborada, sancionada, promulgada e

    publicada no Dirio Oficial. Aps a publicao, verifica-se que houve um erro material na lei. Qual a consequncia disso?

    Art. 1. LIDB, 3. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer

    nova publicao de seu texto, destinada a correo, o prazo

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    (vacatio legis) deste artigo e dos pargrafos anteriores

    comear a correr da nova publicao.

    Imagine a Lei X:

    LEI X:

    VACATIO LEGIS

    ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO

    Art. 1. 3o

    Imagine agora que: a Lei X foi elaborada, sancionada, promulgada e

    publicada no Dirio Oficial e entrou em vigor; est vigente.

    Aps estar vigente, verifica-se que houve um erro material na lei.

    Qual a consequncia disso?

    Art. 1.LIDB, 4. As correes a texto de lei j em vigor

    consideram-se lei nova.

    Imagine a Lei X:

    LEI X:

    VACATIO LEGIS

    ELABORAO ---SANO ----PROMULGAO ---PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA -----REVOGAO

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    Art. 1. 4o

    Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando

    divergncia de interpretao, ento poderemos observar situaes distintas por ocasio da correo de tal erro, dependendo de qual

    fase se encontra o processo de criao da norma:

    1) correo antes da publicao: a norma poder ser corrigida sem

    maiores problemas;

    2) correo no perodo de vacatio legis: a norma poder ser corrigida; no entanto, dever contar novo perodo de vacatio legis;

    3) correo aps a entrada em vigor: a norma poder ser corrigida

    mediante uma nova norma de igual contedo.

    7. REVOGAO: AT QUANDO VIGORAR a LEI? ART. 2:

    LEI X VACATIO

    LEGIS Lei Y

    ELABORAO --- SANO ---- PROMULGAO --- PUBLICAO ---- 45d----- VIGNCIA ----- REVOGAO

    Parg. 3 art.1 Parg. 4 art. 1

    Parg. 2 art. 2 (Lei Z)

    A lei foi elaborada, sancionada, promulgada, publicada e est vigente.

    Pergunta-se: At quando uma lei estar em vigor?

    PRINCPIO DA CONTINUIDADE: Art. 2o. No se destinando

    vigncia temporria, a lei ter vigor at que outra a modifique

    ou revogue.

    Em regra as leis possuem efeito permanente: vigncia por prazo

    indeterminado, excetuando-se as leis com vigncia temporria.

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    A lei deixar de estar em vigor quando for revogada por outra lei

    posterior. A revogao a retirada de uma lei do ordenamento

    jurdico.

    Imagine a Lei X:

    LEI X:

    VACATIO LEGIS

    PUBLICAO ----45d-----VIGNCIA REVOGAO

    Art. 2. No se destinando vigncia temporria, a lei ter vigor

    at que outra a modifique ou revogue.

    1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o

    declare, quando seja com ela incompatvel ou quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei anterior.

    Regra 1. A lei feita para viger por tempo indeterminado; s perde

    sua vigncia se outra lei posterior a modificar ou revogar.

    Regra 2. A lei s revogada por outra lei; o regulamento ou a

    portaria no revogam a lei.

    QUAIS AS HIPTESES EM QUE UMA LEI POSTERIOR REVOGA A

    ANTERIOR? ART. 2, 2:

    Espcies de Revogao:

    1) Revogao Expressa e Revogao Tcita:

    EXPRESSA OU DIRETA: quando a lei indica os dispositivos que

    esto sendo por ela revogados. Art. 2o 1o da LIDB: A lei posterior

    revoga a anterior quando expressamente o declare (...).

    TCITA OU INDIRETA: esta se subdivide em dois tipos.

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    a) Revogao tcita por incompatibilidade: Art. 2o 1o da LIDB:

    A lei posterior revoga a anterior quando (...) quando seja com ela

    incompatvel (...).

    b) Revogao tcita global: quando uma lei nova regula

    inteiramente uma matria tratada por uma lei anterior. Art. 2o 1o

    da LIDB: A lei posterior revoga a anterior quando regule

    inteiramente a matria de que tratava a lei anterior.

    2) Revogao Total (Ab-rogao) e Revogao Parcial

    (Derrogao):

    Revogao total e parcial: Quando classificada de acordo com a

    sua extenso, a revogao pode ser:

    1) Total (ab-rogao): quando toda a lei revogada; ou

    2) Parcial (derrogao): quando apenas parte da lei anterior

    revogada.

    Vamos agora estudar o Art. 2o, 2o da LIDB:

    Art. 2o, 2o da LIDB: A lei nova, que estabelea disposies

    gerais ou especiais a par das j existentes, no revoga nem

    modifica a lei anterior.

    E por que no revoga? Porque uma lei meramente

    interpretativa.

    Veja:

    Lei X Lei Z

    Lei Z: estabelea disposies gerais ou

    especiais a par das j existentes.

    No revoga nem

    modifica a lei

    anterior

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    POR QUE NO REVOGA? Porque para a revogao s ocorre: Art. 2o

    1o da LIDB: A lei posterior revoga a anterior quando

    expressamente o declare, quando seja com ela incompatvel ou

    quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei

    anterior.

    De acordo com este princpio, se uma lei no contraria outra j

    existente, ento eles podem coexistir, no havendo a necessidade de

    revogao. A Lei Z uma lei interpretativa da Lei X.

    8. REPRISTINAO

    Art. 2o, 3o da LIDB: Salvo disposio em contrrio, a lei

    revogada no se restaura por ter a lei revogadora perdido a

    vigncia.

    Veja:

    Lei revogada Lei revogadora

    Revoga a Lei X

    Posteriormente:

    Lei X Lei Y

    Lei Z Lei X Lei Y

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    Lei revogada Lei revogadora da Lei X

    Lei revogada pela Lei Z

    Revoga a Lei Y

    A regra a no restaurao da norma: a impossibilidade de uma

    norma jurdica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema

    jurdico pela simples revogao de sua norma revogadora.

    O motivo dessa no restaurao de normas o controle do sistema

    legal para que se saiba exatamente qual norma est em vigor.

    Admite-se, porm, a restaurao expressa da norma, ou seja, uma

    norma nova que faa to-somente remisso norma revogada

    poder restituir-lhe a vigncia, desde que em sua totalidade.

    Lei revogada Lei revogadora Lei revogadora: revogada a Lei Y

    Ex: Temos uma Lei X. Posteriormente ela revogada pela Lei Y.

    Posteriormente a Lei Z revoga a Lei Y. O fato da Lei Z ter revogado a

    Lei Y, a Lei X volta automaticamente a ter vigncia? NO!!!

    A repristinao para os pases que a admite - o fenmeno pelo

    qual a lei revogada - Lei X - se restaura por ter a lei

    revogadora Lei Y - perdido a vigncia. O Brasil NO aceita a

    repristinao automtica, SALVO SE FOR EXPRESSAMENTE pela Lei Z,

    no exemplo; s SE A LEI Z com todas as letras disser expressamente

    que est restaurada a Lei X.

    LEI X LEI Y LEI Z

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    Sendo a Lei X revogada pela Lei Y e, posteriormente, a Lei Y

    revogada pela Lei Z, a Lei X volta a ressuscitar? ir ocorrer a

    repristinao?

    Caso a Lei Z disponha expressamente sobre o renascimento da Lei

    X, ento possvel a repristinao, caso contrrio, a Lei X continua

    revogada.

    CONCLUSO: A regra no ocorrer a repristinao,

    entretanto, excepcionalmente, a lei revogada pode ser

    restaurada se houver disposio expressa.

    9. CONFLITO ENTRE NORMAS - ANTONOMIA

    A antinomia a presena de duas normas conflitantes, vlidas e

    emanadas de autoridade competente, sem que se possa dizer qual

    delas merecer aplicao em determinado caso concreto.

    Antinomia a presena de duas normas conflitantes. Decorre da

    existncia de duas ou mais normas relativas ao mesmo caso,

    imputando-lhe solues logicamente incompatveis.

    Trs critrios devem ser utilizados para a soluo dos conflitos entre

    normas:

    1) hierrquico (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em

    verificar qual das normas superior, independentemente da data de

    vigncia das duas normas (exemplo: um regulamento no poder

    revogar uma lei ainda que entre em vigor aps esta);

    2) cronolgico (lex posterior derrogat legi priori): a norma que

    entrar em vigor posteriormente ir revogar a norma anterior que

    estava em vigor;

    3) especialidade (lex specialis derrogat legi generali): as normas

    gerais no podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e

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    instituda em norma especial. O art. 2o, 2o = princpio da

    conciliao.

    Dos trs critrios acima, o cronolgico, constante do art. 2 da LICC,

    o mais fraco de todos, sucumbindo frente aos demais. O critrio da

    especialidade o intermedirio e o da hierarquia o mais forte de

    todos, tendo em vista a importncia do Texto Constitucional, em

    ambos os casos.

    Superada essa anlise, interessante visualizar a classificao das

    antinomias, quanto aos critrios que envolvem, conforme esquema a

    seguir:

    Antinomia de 1 grau: conflito de normas que envolvem

    apenas um dos critrios acima expostos.

    Antinomia de 2 grau: conflito de normas vlidas que

    envolvem dois dos critrios antes analisados.

    A antinomia ainda pode ser:

    Antinomia aparente: situao em que pode ser resolvida com

    base nos critrios mencionados para soluo do aparente

    conflito.

    Antinomia real: situao em que no h meta-critrio para

    soluo de conflito, pelo menos inicial, dentro dos que foram

    anteriormente expostos.

    CONCORRNCIA DE CRITRIOS

    CONCORRNCIA ENTRE OS CRITRIOS HIERRQUICO E

    CRONOLGICO: Concorrendo os critrios hierrquico e

    cronolgico (conflito entre uma norma superior-anterior com outra

    inferior-posterior): prevalece o HIERRQUICO (aplica-se a norma superior-anterior, pois a hierarquia das normas um critrio mais

    slido que o temporal).

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    a) Concorrendo os critrios de especialidade e cronolgico (norma

    especial-anterior com norma geral-posterior): prevalece o

    da especialidade (aplica-se a lei especial, ainda que ela seja mais

    antiga).

    b) Concorrendo os critrios de especialidade e cronolgico (norma

    especial-anterior com norma geral-posterior): prevalece o

    da especialidade (aplica-se a lei especial, ainda que ela seja mais

    antiga).

    c) Concorrendo os critrios hierrquico e especialidade (norma

    superior-geral com norma inferior-especial): no h consenso na

    doutrina. A maioria entende que no possvel aplicar um critrio

    sobre o outro sem contrariar a adaptabilidade do Direito, portanto

    no h qualquer predominncia de um critrio sobre o outro.

    No entanto alguns autores entendem que seria hiptese de

    aplicao do critrio hierrquico, principalmente quando est

    envolvida a Constituio Federal: uma norma constitucional

    geral deve prevalecer sobre uma lei ordinria especial, pois se

    se admitisse o princpio de que uma lei ordinria especial

    pudesse derrogar normas constitucionais, os princpios

    fundamentais do ordenamento jurdico estariam destinados a esvaziar-se, rapidamente, de seu contedo.

    Sendo hiptese de antinomia real, dois caminhos poderiam ser dados.

    O primeiro pelo Poder Legislativo com a edio de uma terceira

    norma, dizendo o que deve ser aplicado. O segundo pelo Poder

    Judicirio, com a adoo do princpio mximo da justia, analisando cada caso concreto e optando pela mais justa. O Juiz deve aplicar

    uma das duas normas, tentando solucionar o conflito acordo com a

    sua livre convico, desde que devidamente motivada,

    aplicando os arts. 4 (analogia, costumes e princpios gerais de

    direito) e 5 (funo social da norma e exigncias do bem comum),

    da LINDB.

    Sendo hiptese de antinomia real, dois caminhos poderiam ser dados.

    O primeiro pelo Poder Legislativo com a edio de uma terceira

    norma, dizendo o que deve ser aplicado.

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    O segundo pelo Poder Judicirio, com a adoo do princpio mximo da justia, analisando cada caso concreto e optando pela mais justa. O Juiz deve aplicar uma das duas normas, tentando solucionar o

    conflito acordo com a sua livre convico, desde que

    devidamente motivada, aplicando os arts. 4 (analogia, costumes e

    princpios gerais de direito) e 5 (funo social da norma e exigncias

    do bem comum), da LINDB.

    De acordo com essas classificaes, devem ser analisados os casos

    prticos em que esto presentes os conflitos:

    No caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, valer a

    primeira, pelo critrio cronolgico (art. 2 da LICC), caso de

    antinomia de primeiro grau aparente.

    Norma especial dever prevalecer sobre norma geral, emergencial

    que o critrio da especialidade, outra situao de antinomia de

    primeiro grau aparente.

    Havendo conflito entre norma superior e norma inferior, prevalecer

    a primeira, pelo critrio hierrquico, tambm situao de antinomia

    de primeiro grau aparente.

    Esses so os casos de antinomia de primeiro grau, todos de

    antinomia aparente, eis que presente soluo, dentro das meta-

    regras para soluo de conflito. Passamos ento ao estudo das

    antinomias de segundo grau:

    Em um primeiro caso de antinomia de segundo grau aparente,

    quando se tem um conflito de uma norma especial anterior e outra

    geral posterior, prevalecer o critrio da especialidade, valendo a

    primeira norma.

    Havendo conflito entre norma superior anterior e outra inferior

    posterior, prevalece tambm a primeira (critrio hierrquico), outro

    caso de antinomia de segundo grau aparente.

    E o conflito entre uma norma geral superior e outra norma, especial e

    inferior, qual deve prevalecer? No conflito entre o critrio hierrquico

    e o de especialidade, havendo uma norma superior-geral e outra

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    norma inferior especial, no ser possvel estabelecer uma regra

    geral, preferindo o critrio hierrquico ao da especialidade ou vice-

    versa, sem contrariar a adaptabilidade do direito.

    10. APLICAO DA NORMAS NO TEMPO

    ACONTECIMENTO DE UM FATO

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    O conflito de leis ocorre quando h dvidas em relao qual lei que

    dever ser aplicada em determinada situao em virtude do tempo.

    Em outras palavras, a dvida se instaura porque o fato jurdico

    ocorreu na data X, quando uma determinada lei tinha vigncia.

    Ocorre que, posteriormente, essa lei fora revogada, surgindo uma

    nova lei que disciplina o assunto em questo.

    Nesse caso haver conflito entre qual a lei que dever ser aplicada

    sobre os efeitos de um fato que ocorreu na vigncia de uma lei

    passada.

    Denomina-se Direito Intertemporal o ramo do Direito que trata do

    conflito de normas.

    Um dos princpios bsicos desse ramo o Princpio da Irretroatividade

    das Leis, pelo qual uma lei presente ou futura no dever atingir

    fatos passados.

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    Esse princpio est consagrado pela Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil de 1988, no art. 5, XXXVI, dentro dos direitos e

    garantias fundamentais do indivduo.

    A regra geral que as leis no retroagem, ou seja, no atingem fatos

    que ocorreram antes de sua vigncia.

    Contudo, a prpria Ordem Jurdica elenca trs situaes em que a lei

    poder retroagir: em relao s leis de Direito Penal, quando forem

    beneficiar o ru (caso em que a lei nova no considera crime a

    conduta pelo qual o mesmo est sendo acusado, ou esteja prevista

    uma pena menor para a conduta); em relao s regras de

    interpretao, quando auxiliarem na busca do real significado (mas se

    for trazer algum conceito novo, no dever retroagir), e, em relao

    s leis abolitivas, ou seja, quando for excluda determinada instituio

    social ou jurdica, sendo essas, j incompatveis com a moral e a tica

    social.

    Em relao nova lei, seus efeitos podero ser imediatos quando se

    tratarem de normas processuais, relacionadas aos processos

    judiciais.

    Pode-se dizer que normas cogentes so aquelas normas taxativas,

    que devem ser cumpridas, independente da vontade dos envolvidos,

    no podendo as partes abrir mo de que quaisquer de seus preceitos

    sejam aplicados. J, as normas de Ordem Pblica so aquelas que impem aplicao

    obrigatria.

    O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e

    as velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que

    acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a

    gide de uma lei e s se extinguem quando outra nova est em vigor.

    Para solucionar tais conflitos existem dois critrios:

    disposies transitrias: o prprio legislador no texto normativo

    novo concilia a nova norma com as relaes j definidas pela norma

    anterior;

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    princpio da irretroatividade: a lei no deve retroagir para

    atingir fatos e efeitos j consumados sob a lei antiga.

    Observando os fatos jurdicos e relacionando-os cronologicamente de

    acordo com a produo de efeitos, temos que eles podem ser:

    a) Pretritos: so os que se constituram na vigncia de uma lei e

    tem seus efeitos produzidos na vigncia daquela lei.

    b) Futuros: so os que ainda no foram gerados.

    c) Pendentes: so os que foram constitudos na vigncia de uma lei

    anterior e no produziram todos os seus efeitos nela.

    Ex: Celebrei um contrato sob a gide da Lei X. Esse contrato embora

    constitudo na vigncia da lei X, continua produzindo seus efeitos na

    vigncia da lei revogadora X e na vigncia da Lei Y. Segundo o

    Princpio da Irretroatividade, aos fatos pendentes aplicada a lei

    anterior, porque a lei posterior s se aplica para o futuro.

    Pelo art. 6. da LIDB, em regra, a lei irretroativa, devendo ser

    expedida para disciplinar fatos futuros. Porm, a retroatividade da lei

    pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que

    respeite o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

    Art. 6. da LIDB: A Lei em vigor ter efeito imediato e geral,

    respeitados o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa

    julgada.

    1 Reputa-se ato jurdico perfeito o j consumado segundo a

    lei vigente ao tempo em que se efetuou.

    2 Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu

    titular, ou algum por ele, possa exercer, como (tambm)

    aqueles cujo comeo do exerccio tenha termo pr-fixo, ou

    condio pr-estabelecida inaltervel, a arbtrio de outrem.

    3 Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deciso judicial

    de que j no caiba recurso.

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    A lei nova regular os casos futuros e os pendentes, desde que

    respeitados o ato jurdico perfeito, a coisa julgada e o direito

    adquirido.

    O respeito ao ato jurdico perfeito, ao direito adquirido e coisa

    julgada, imposto constitucionalmente (art. 5, XXXVI, da CF),

    concretiza o princpio de que as leis civis em regra no tm

    retroatividade, so irretroativas. A retroatividade situao

    excepcional.

    Para entender o conflito das leis no tempo e como eles se resolvem,

    devemos nos atentar para trs institutos: ato jurdico perfeito,

    direito adquirido e coisa julgada. Somente protegendo esses trs

    itens, teremos a segurana jurdica.

    O ATO JURDICO PERFEITO aquele que foi realizado sob o manto

    de uma lei, e embora esta tenha sido revogada, o ato permanece

    inalterado produzindo todos os efeitos.

    Leis novas no atingem direitos adquiridos por uma lei antiga, ou

    seja, elas no atingem um ato consumado na vigncia de uma lei.

    DIREITO ADQUIRIDO: subdividido em trs categorias:

    a) Atual: o direito que j ingressou no patrimnio da pessoa,

    ela j pode exerc-lo.

    ex: Pessoa pagou e comprou um apartamento. Agora, independente

    da vontade do dono antigo, ela pode alug-lo, revend-lo, etc.

    b) A termo: "Termo" um evento futuro e certo. H direito adquirido

    nessa situao.

    Ex: Em janeiro, eu alugo um apartamento para o carnaval em

    fevereiro. A locao s ser exercida futuramente e em uma data

    certa.

    c) Condicional: "Condio" um efeito futuro e incerto.

    ex: Me promete ao filho um carro caso ele passe no vestibular. Nem

    ele e nem ela sabem quando isso ir acontecer e nem se, de fato, ir

    acontecer.

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    A diferena entre o ato jurdico perfeito e o direito adquirido muito

    difcil de ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito bsico:

    Ato Jurdico Perfeito: ato que j se consuma segundo a lei de seu tempo

    Direito Adquirido: direito incorporado ao patrimnio do particular. Direito adquirido o j ingressou no patrimnio do indivduo

    (embora no o tivesse ainda exercido): pessoa que se aposenta

    e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificao no ir atingir aquele que j est aposentado.

    A COISA JULGADA a deciso da qual no cabe mais nenhum

    recurso.

    CLASSIFICAO DA RETROATIVIDADE

    Classificao da retroatividade quanto:

    AOS EFEITOS AO ALCANE

    MXIMA, se destruir ato

    jurdico perfeito, ou se atingir

    relaes j acabadas.

    MDIA, se ocorrer quando a

    norma nova alcanar efeitos

    pendentes do ato jurdico

    perfeito verificado antes dela.

    JUSTA, quando se depara na

    aplicao do texto uma ofensa

    ao ato jurdico perfeito, direito

    adquirido ou coisa julgada.

    INJUSTA, quando qualquer

    dessas situaes vier a ser

    lesada com a aplicao da nova

    norma.

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    TEORIA DA RELATIVIDADE MNIMA

    REGRA GERAL: irretroatividade das leis (art. 6- LINDB).

    EXCEO: normas de ordem pblica podem retroagir, desde que no

    afetem o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada

    (art. 6, 1 a 3,LINDB e art. 2035, pargrafo nico, CC).

    No Direito Civil o princpio da Irretroatividade da Lei a regra, porm

    admite exceo!

    A Teoria da Retroatividade Mnima prevista na LINDB ocorre quando

    um negcio (contrato) ou ato jurdico celebrado durante a vigncia

    de uma Lei e esta revogada por uma lei posterior.

    Nessa situao o ato jurdico/negcio jurdico (contrato)

    considerado vlido, mas os efeitos que ele deva produzir aps a lei

    nova obedecero o disposto nessa Lei, exceto se negcio ou ato

    jurdico prever expressamente que seus efeitos observaro a lei na

    qual foram celebrados, nesse caso temos a Retroatividade Mnima.

    Entretanto at a Retroatividade Mnima tambm tem sua exceo.

    Deve-se respeitar o Ato Jurdico Perfeito, o Direito Adquirido e a

    Coisa Julgada, ou do contrrio, no se admite a Retroatividade

    Mnima.

    REVOGA

    LEI X LEI Y

    MNIMA, se afastar somente

    os efeitos dos atos anteriores,

    mas produzidos aps a data em

    que entrou em vigor.

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    11. APLICAO DAS NORMAS NO ESPAO

    Negcio Jurdico

    Permanece VLIDO.

    Negcio Jurdico: CELEBRAO

    TEORIA DA RELATIVIDADE MNIMA: os EFEITOS que o

    contrato deva produzir aps a lei nova obedecero o

    disposto na nova LEI Y, exceto se negcio ou ato jurdico

    prever expressamente que seus efeitos observaro a lei na

    qual foram celebrados (LEI X).

    DEVE SEMPRE RESPEITAR o ATO JURDICO PERFEITO, O

    DIREITO ADQUIRIDO E A COISA JULGADA!

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    Cada Estado soberano. Possui prprias normas que devero ser

    aplicadas em todo o seu territrio.

    Porm, ante a complexidade das relaes entre eles, podem surgir

    dvidas a respeito de qual a norma aplicvel numa determinada

    situao, que, por sua natureza, fez gerar pontos de contato entre

    ordens jurdicas de diferentes Estados.

    Assim, h normas que devem disciplinar esses conflitos. O ramo do

    Direito que cuida do conflito de leis no espao se denomina Direito

    Interespacial.

    DIREITO BRASILEIRO: Eficcia da Lei no Espao (Direito

    Internacional Privado). Tendo em vista a soberania nacional o

    Direito Brasileiro est submetido ao Princpio da Territorialidade

    Moderada/Mitigada, vale dizer: no territrio brasileiro aplica-

    se, em regra, a lei brasileira. Excepcionalmente, porm,

    aplicvel a norma estrangeira no territrio brasileiro, desde

    que haja disposio legal expressa neste sentido.

    Os princpios basilares do Direito Interespacial so o da

    territorialidade, ou seja, princpio pelo qual a norma de um

    determinado Estado dever ser aplicada na totalidade de seu

    territrio; e o da extraterritorialidade, pelo qual se admitiria a

    aplicao da lei estrangeira em situaes excepcionais.

    Mas h de serem observados alguns critrios, pois a adoo de

    quaisquer desses princpios deve ser cuidadosa, sob pena de ferir a

    soberania dos Estados, e inviabilizar as relaes sociais, polticas,

    econmicas, etc.

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    Assim, existem dois critrios: o da nacionalidade, em que seria

    utilizada a lei do Estado do estrangeiro, independente de onde ele se

    encontrar, e o do domiclio, no qual a lei utilizada seria a do local

    onde a pessoa tenha domiclio, ou seja, resida com nimo de ali

    permanecer.

    Com base nesses critrios foi criada a Teoria dos Estatutos com a

    finalidade de solucionar o conflito espacial.

    Atualmente verifica-se a adoo de trs estatutos: o pessoal, o

    real e o obrigacional.

    As normas relativas s PESSOAS (relacionadas ao comeo e fim da

    personalidade, nome, capacidade e os direitos de famlia), esto no

    rol das normas pertencentes ao estatuto pessoal.

    O estatuto pessoal determina que essas normas sigam o critrio do

    domiclio: sero aplicadas s regras do local do domiclio do

    indivduo (residncia com nimo definitivo), independente de sua

    nacionalidade - art. 7 da LICC.

    J o Estatuto Real, que envolve os BENS e as relaes decorrentes,

    devem se reger pela lei do local, ou seja, ser aplicada a lei do

    Estado onde os bens estiverem situados, de acordo com o

    princpio da territorialidade - art. 8 da LICC.

    Quanto ao Estatuto OBRIGACIONAL (o que se relaciona s

    OBRIGAES decorrentes das relaes sociais) as OBRIGAES sero regidas pela lei do local da celebrao do ato, sendo, dessa

    forma, considerado um estatuto misto - art. 9 da LICC.

    ESTATUTO PESSOAL: Denomina-se estatuto pessoal a situao

    jurdica que rege o estrangeiro pelas leis de seu pas de origem.

    Baseia-se ele na lei da nacionalidade ou na lei do domiclio.

    Dispe o art. 7 da LINDB: A lei do pas em que for domiciliada a

    pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade,

    o nome, a capacidade e os direitos de famlia.

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    Artigo 7 - LIDB: aplica-se a lei do domiclio para reger:

    I) nome;

    II) capacidade;

    III) personalidade;

    IV) direito de famlia.

    Em respeito regra do estatuto pessoal (1), sero aplicadas as

    regras do pas de domiclio do estrangeiro s relaes jurdicas

    constitudas no Brasil por pessoa estrangeira (2).

    1. Estatuto Pessoal: Comeo e fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de famlia. LEI DO DOMICLIO. ART. 7,

    CAPUT, LINDB.

    2. Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-se- a lei do pas em

    que se constiturem - Lei do pas PROPONENTE, ou seja, Brasil art. 9, CAPUT, LINDB.

    BENS IMOVEIS: Conflito sobre bens imveis situados fora do

    Brasil aplica-se a lei do lugar onde estiver situado (art. 8 da

    LINDB). Assim, execuo hipotecria cujo bem hipotecado est no

    Paraguai se submete legislao paraguaia.

    CONTRATO INTERNACIONAL: O contrato internacional se reputa

    formado onde residir o seu proponente, sendo esta a legislao

    aplicvel e o foro competente (art. 9, 2, LINDB).

    Enfatiza-se que este dispositivo apenas se aplica a contratos

    internacionais.

    Para os contratos celebrados no Brasil h norma especfica

    reputando-os celebrados no local em que foi proposto (art. 435 do

    CC/02);

    LEI SUCESSRIA: Aplica-se a lei sucessria mais benfica para

    sucesso de bens de estrangeiros situados no Brasil, quando

    h herdeiros brasileiros (art. 10, 1 da LINDB e 5, XXXI CF/88).

    Em outras palavras, quando o estrangeiro morre e deixa bens no

    Brasil, a competncia para processar e julgar a ao de inventrio e

    partilha desses bens exclusiva do Brasil. Tal partilha, todavia, no

    se far necessariamente com base na lei brasileira, mas sim na lei

    sucessria mais benfica (art. 89, CPC).

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    SENTENA ESTRANGEIRA: As sentenas, cartas rogatrias e

    laudos arbitrais estrangeiros podem ser executados no Brasil,

    desde que:

    I) Homologao pelo STJ (exequatur), que se d por

    procedimento especial submetido s formalidades insculpidas nos

    artigos 483 e 484 do CPC. Tal homologao de competncia do STJ

    por fora da Emenda Constitucional 45/04.

    II) Prova do Trnsito em Julgado da Sentena Estrangeira,

    consoante orientao da smula 420 do STF.

    III) Filtragem Constitucional, pois s permitida a execuo no

    Brasil de sentena estrangeira compatvel com a ordem interna, sob

    pena de manifesta violao a soberania nacional.

    Pela LINDB (arts. 7. ao 19) sero solucionados os conflitos

    decorrentes da aplicao espacial de normas, que esto relacionadas

    noo de soberania dos Estados, por isso, que a LIDB

    considerada o Estatuto de Direito Internacional Pblico e Privado.

    Toda lei, em princpio, tem seu campo de aplicao limitado no espao pelas fronteiras do Estado que a promulgou (princpio da

    territorialidade). Porm, para facilitar as relaes internacionais,

    pode a lei ser admitida em territrio estrangeiro (alm do territrio

    nacional): princpio da extraterritorialidade.

    Pelo princpio da territorialidade no ser absoluto, fica consagrado no

    Brasil o Princpio da Territorialidade Temperada, de modo que

    leis e sentenas estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde

    que observadas as seguintes regras:

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    1) No se aplicam leis, sentenas ou atos estrangeiros no Brasil

    quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pblica e os

    bons costumes.

    2) No se cumprir sentena estrangeira no Brasil sem exequatur

    (cumpra-se), ou seja, a permisso dada pelo STJ para que a

    sentena tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.

    Veja a tabela abaixo:

    Matria Aplica-se a LEI do Pas

    BENS IMVEIS Art. 8.

    Lei do pas em que estiverem

    situados.

    BENS MVEIS - Art. 8. 1

    Lei do pas em que for

    domiciliado o proprietrio.

    PENHOR - Art. 8. 2

    Lei do domiclio que tiver a

    pessoa, em cuja posse se

    encontre a coisa apenhada.

    OBRIGAO - Art.

    Lei do pas em que se constiturem.

    TERRITORIALIDADE X EXTRATERRTORIALIDADE

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    9.

    1. Destinando-se a obrigao

    a ser executada no Brasil e

    dependendo de forma essencial, ser esta observada, admitidas

    as peculiaridades da lei

    estrangeira quanto aos requisitos

    extrnsecos do ato.

    Obrigaes - Art. 9. 2 Obrigao decorrente de

    CONTRATO

    Reputa-se constituda no lugar em que residir o proponente

    ORGANIZAES destinadas a

    fins de interesse coletivo:

    1. No podero, entretanto ter no Brasil filiais, agncias ou

    estabelecimentos antes de serem

    os atos constitutivos aprovados

    pelo Governo brasileiro, ficando

    sujeitas lei brasileira.

    2. Os Governos estrangeiros,

    bem como as organizaes de

    qualquer natureza, que eles

    tenham constitudo, dirijam ou

    hajam investido de funes

    pblicas, no podero adquirir no

    Brasil bens imveis ou suscetveis

    de desapropriao.

    Lei do Estado em que se

    constiturem.

    3. Os Governos estrangeiros

    podem adquirir a propriedade dos

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    prdios necessrios sede dos

    representantes diplomticos ou

    dos agentes consulares.

    Art. 13. (locus regit actum) A

    prova dos fatos ocorridos em pas

    estrangeiro rege-se pela lei que

    nele vigorar, quanto ao nus e

    aos meios de produzir-se, no

    admitindo os tribunais brasileiros

    provas que a lei brasileira desconhea.

    Art. 8. Para qualificar os bens e regular as relaes a eles

    concernentes, aplicar-se- a lei do pas em que estiverem situados.

    1. Aplicar-se- a lei do pas em que for domiciliado o proprietrio,

    quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte

    para outros lugares.

    2. O penhor regula-se pela lei do domiclio que tiver a pessoa, em

    cuja posse se encontre a coisa apenhada.

    Art. 9. Para qualificar e reger as obrigaes, aplicar-se- a lei do pas

    em que se constiturem.

    1. Destinando-se a obrigao a ser executada no Brasil e

    dependendo de forma essencial, ser esta observada, admitidas as

    peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrnsecos do

    ato.

    2. A obrigao resultante do contrato reputa-se constituda no lugar

    em que residir o proponente.

    Art. 11. As organizaes destinadas a fins de interesse coletivo, como

    as sociedades e as fundaes, obedecem lei do Estado em que se

    constiturem.

    1. No podero, entretanto ter no Brasil filiais, agncias ou

    estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo

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    Governo brasileiro, ficando sujeitas lei brasileira.

    2. Os Governos estrangeiros, bem como as organizaes de

    qualquer natureza, que eles tenham constitudo, dirijam ou hajam

    investido de funes pblicas, no podero adquirir no Brasil bens

    imveis ou suscetveis de desapropriao.

    3. Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos

    prdios necessrios sede dos representantes diplomticos ou dos

    agentes consulares.

    Art. 13. (locus regit actum) A prova dos fatos ocorridos em pas

    estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao nus e aos

    meios de produzir-se, no admitindo os tribunais brasileiros provas

    que a lei brasileira desconhea.

    Aplica-se a LEI do Pas Matria

    REGRA: DOMICLIO - Art. 7. A

    lei do pas em que domiciliada

    a pessoa determina as regras

    sobre o comeo e o fim da

    personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de

    famlia.

    Ser aplicada a lei brasileira

    quanto aos impedimentos dirimentes e s formalidades da

    celebrao.

    1. Realizando-se o

    casamento no Brasil

    2. O casamento de

    estrangeiros poder celebrar-se

    perante autoridades diplomticas

    EXTRATERRITORIALIDADE

    REGRA: APLICA A LEI DO DOMICLIO DA PESSOA

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    ou consulares do pas de ambos

    os nubentes.

    3. Tendo os nubentes

    domiclio diverso, reger os

    casos de invalidade do

    matrimnio a lei do primeiro

    domiclio conjugal.

    NUBENTES + DOMICILIO

    DIVERSO.

    4. O regime de bens, legal ou

    convencional, obedece lei do

    pas em que tiverem os

    nubentes domiclio, e, se este

    for diverso, a do primeiro

    domiclio conjugal.

    REGIME DE BENS LEGAL OU

    CONVENCIONAL

    5. O estrangeiro casado,

    que se naturalizar brasileiro,

    pode, mediante expressa

    anuncia de seu cnjuge,

    requerer ao juiz, no ato de

    entrega do decreto de

    naturalizao, se apostile (insira) ao mesmo a adoo

    do regime de comunho

    parcial de bens, respeitados os

    direitos de terceiros e dada esta

    adoo ao competente registro.

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    6. O divrcio realizado no

    estrangeiro, se um ou ambos

    os cnjuges forem brasileiros,

    s ser reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data

    da sentena, salvo se houver

    sido antecedida de separao

    judicial por igual prazo, caso

    em que a homologao

    produzir efeito imediato,

    obedecidas as condies

    estabelecidas para a eficcia das

    sentenas estrangeiras no pas. O

    Superior Tribunal de Justia,

    na forma de seu regimento

    interno, poder reexaminar, a requerimento do interessado,

    decises j proferidas em pedidos

    de homologao de sentenas

    estrangeiras de divrcio de

    brasileiros, a fim de que passem

    a produzir todos os efeitos legais.

    DIVRCIO REALIZADO NO

    ESTRANGEIRO.

    7. Salvo o caso de abandono,

    o domiclio do chefe da famlia

    estende-se ao outro cnjuge e

    aos filhos no emancipados, e o

    do tutor ou curador aos

    incapazes sob sua guarda.

    8. Quando a pessoa no

    tiver domiclio, considerar-se-

    domiciliada no lugar de sua

    residncia ou naquele em que

    se encontre.

    PESSOA NO POSSUI

    DOMICLIO.

    Art. 10. A sucesso por morte

    ou por ausncia obedece lei

    do pas em que domiciliado o

    defunto ou o desaparecido,

    qualquer que seja a natureza e a

    SUCESSO POR MORTE OU

    AUSNCIA.

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    situao dos bens.

    Art. 12. competente a

    autoridade judiciria brasileira,

    quando for o ru domiciliado no

    Brasil ou aqui tiver de ser

    cumprida a obrigao.

    1. S autoridade judiciria

    brasileira compete conhecer das

    aes relativas a imveis situados no Brasil.

    2. A autoridade judiciria

    brasileira cumprir, concedido o

    exequatur e segundo a forma

    estabelecida pele lei brasileira, as

    diligncias deprecadas por

    autoridade estrangeira

    competente, observando a lei

    desta, quanto ao objeto das

    diligncias.

    Art. 17. As leis, atos e

    sentenas de outro pas, bem

    como quaisquer declaraes de

    vontade, no tero eficcia no

    Brasil, quando ofenderem a

    soberania nacional, a ordem

    pblica e os bons costumes.

    Art. 7. A lei do pas em que domiciliada a pessoa determina as

    regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a

    capacidade e os direitos de famlia.

    1. Realizando-se o casamento no Brasil, ser aplicada a lei

    brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e s formalidades da

    celebrao.

    2. O casamento de estrangeiros poder celebrar-se perante

    autoridades diplomticas ou consulares do pas de ambos os

    nubentes.

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    3. Tendo os nubentes domiclio diverso, reger os casos de

    invalidade do matrimnio a lei do primeiro domiclio conjugal.

    4. O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas

    em que tiverem os nubentes domiclio, e, se este for diverso, a do

    primeiro domiclio conjugal.

    5. O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,

    mediante expressa anuncia de seu cnjuge, requerer ao juiz, no ato

    de entrega do decreto de naturalizao, se apostile ao mesmo a

    adoo do regime de comunho parcial de bens, respeitados os

    direitos de terceiros e dada esta adoo ao competente registro.

    6. O divrcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os

    cnjuges forem brasileiros, s ser reconhecido no Brasil depois de 1

    (um) ano da data da sentena, salvo se houver sido antecedida de

    separao judicial por igual prazo, caso em que a homologao

    produzir efeito imediato, obedecidas as condies estabelecidas para

    a eficcia das sentenas estrangeiras no pas. O Superior Tribunal de

    Justia, na forma de seu regimento interno, poder reexaminar, a

    requerimento do interessado, decises j proferidas em pedidos de

    homologao de sentenas estrangeiras de divrcio de brasileiros, a

    fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

    7. Salvo o caso de abandono, o domiclio do chefe da famlia

    estende-se ao outro cnjuge e aos filhos no emancipados, e o do

    tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

    8. Quando a pessoa no tiver domiclio, considerar-se-

    domiciliada no lugar de sua residncia ou naquele em que se

    encontre.

    Art. 10. A sucesso por morte ou por ausncia obedece lei do pas

    em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a

    natureza e a situao dos bens.

    Art. 12. competente a autoridade judiciria brasileira, quando for o

    ru domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigao.

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    1. S autoridade judiciria brasileira compete conhecer das

    aes relativas a imveis situados no Brasil.

    2. A autoridade judiciria brasileira cumprir, concedido o

    exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as

    diligncias deprecadas por autoridade estrangeira competente,

    observando a lei desta, quanto ao objeto das diligncias.

    Art. 17. As leis, atos e sentenas de outro pas, bem como quaisquer

    declaraes de vontade, no tero eficcia no Brasil, quando

    ofenderem a soberania nacional, a ordem pblica e os bons

    costumes.

    12. MEIOS DE INTEGRAO DAS NORMAS

    PREENCHIMENTO DAS LACUNAS JURDICAS

    Pelo Princpio da indeclinabilidade de jurisdio, o juiz

    obrigado a decidir, ainda que no exista lei disciplinado o caso

    concreto. Dessa forma, diante da ausncia de lei regulando

    determinada situao jurdica, faz-se necessrio ao magistrado valer-

    se dos mecanismos de integrao do ordenamento jurdico indicados

    pelo art. 4. da LIDB.

    Art. 4. da LIDB: Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de

    acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.

    Nos termos do art. 4. da LINDB, tais MECANISMOS DE

    INTEGRAO so:

    ORDEM DECRESCENTE: O juiz deve seguir a ordem.

    1) a Analogia

    2) os Costumes

    3) os Princpios Gerais do Direito.

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    ANALOGIA

    Aplicao de outra lei prevista para um caso semelhante.

    Veja o desenho:

    ? no existe lei

    CASO A CASO A1

    Acompanhe o raciocnio:

    A Lei X regula o CASO concreto A.

    Na sociedade aconteceu o CASO A1, mas no h lei que o regule.

    Provocada a jurisdio (atravs do direito de ao), pelo princpio da indeclinabilidade da jurisdio, o Juiz no pode alegar que no vai

    julgar, decidir o caso concreto com base na lacuna da lei. Nesse caso,

    aplica a analogia. Em que consiste a analogia?

    O Juiz vai aplicar a Lei X ao CASO A1!

    CASO A1

    Lei X

    Lei X

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    Exemplo concreto de uso, pelo Juiz, dos meios de integrao: a lei at

    bem pouco tempo no regulava os casos de barriga de aluguel, mas esses casos ocorriam.

    Apresentado o caso em juzo (antes da regulamentao): quem era

    considerada a me? Aquela que emprestava a barriga? Aquela que fez

    a doao do vulo? Enfim, o Juiz tinha que julgar.

    Pois bem! Caso no haja a lei; caso no seja possvel decidir o caso

    concreto pela analogia (no h previso de norma aplicada a um caso semelhante), o Juiz decide, ento, pelos costumes do lugar.

    Analogia fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade

    de integrao da lei, ou seja, a aplicao de dispositivos legais

    relativos a casos anlogos, ante a ausncia de normas que regulem o

    caso concretamente apresentado apreciao jurisdicional (a que se

    denomina anomia falta de norma).

    A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurdica

    (jris).

    H duas espcies de analogia:

    a) Legal (analogia legis) e

    b) Jurdica (analogia juris).

    a) Analogia legal (legis): aplica-se ao caso omisso uma lei que

    regula caso semelhante. A legal consiste em obter a norma adequada

    disciplina do caso, a partir de outro dispositivo legal, enquanto a jurdica infere-se a norma a partir de todo o sistema jurdico,

    utilizando-se a doutrina, a jurisprudncia e os princpios que

    disciplinam a matria semelhante ou at os princpios gerais do

    direito.

    b) Analogia jurdica (jris): aplica-se ao caso omisso um conjunto

    de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao

    caso concreto.

    Na analogia legis parte-se de uma norma jurdica isolada para aplic-la

    a casos idnticos, enquanto na analogia jris, a partir de uma

    pluralidade de normas e, com base nelas, chega-se a um princpio no

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    previsto expressamente na norma.

    COSTUMES

    Usos e as prticas reiteradas numa determinada sociedade,

    numa determinada poca.

    O costume a repetio da conduta, de maneira constante e

    uniforme, em razo da convico de sua obrigatoriedade. No Brasil,

    existe o predomnio da lei escrita sobre a norma consuetudinria.

    Os costumes podem ser:

    1) Costume secundum legem: o que auxilia a esclarecer o

    contedo de certos elementos da lei. Ou seja, o prprio texto da lei

    delega ao costume a soluo do caso concreto.

    Ex: art. 569, II do CC: O locatrio obrigado a pagar pontualmente o

    aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o

    costume do lugar.

    2) Costume contra legem ou negativo: o que contraria a lei.

    Pode ser de dois tipos:

    - Consuetudo abrogatria: espcie de costume contra legem que se

    caracteriza por ser uma prtica contrria s normas legais.

    - Desuetudo: espcie de costume contra legem que consiste na falta

    de efetividade da norma legal no revogada formalmente.

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    3) Costume praeter legem ou integrativo o que supre a

    ausncia ou lacuna da lei nos casos omissos. o costume citado no

    art. 4o da LIDB.

    Ex: o costume de emitir cheque cheque pr-datado. Tal conduta no

    possui regulamentao legal. So condies indispensveis sua

    vigncia: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constncia na

    realizao do ato, no implicando sano), moralidade e

    obrigatoriedade.

    PRINCPIOS GERAIS DO DIREITO

    O ordenamento jurdico possui inmeros princpios, tanto explcitos

    (legalidade, impessoalidade, boa-f, moralidade, etc.), como implcitos

    (proporcionalidade, razoabilidade, etc.). O Juiz deve, por ltimo, se

    utilizar dos princpios gerais para solucionar o caso concreto.

    EQUIDADE

    Equidade significa justia, que o Juiz confronte a lei e o fato e

    aplique a lei atendendo os fins sociais e o bem comum.

    Mas ATENO!

    *O Juiz pode se utilizar da equidade? Sim, S nos CASOS

    PREVISTO EM LEI. A prpria lei vai dizer: nesse caso, o Juiz pode

    usar a equidade ou admite equidade.

    **A equidade NO MEIO DE INTEGRAO do ordenamento

    jurdico! So comuns as questes de concursos abordarem: so meios

    de integrao: a analogia, os costumes, os princpios gerais do direito

    Equidade = justia. A equidade NO MEIO DE INTEGRAO do

    ordenamento jurdico.

    Art. 127. O juiz s decidir por equidade nos casos previstos em

    lei.

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    e a equidade (errado).

    Repito a equidade NO MEIO DE INTEGRAO do ordenamento

    jurdico!

    EQUIDADE: Art. 127 do CPC - O juiz s decidir por equidade nos

    casos previstos em lei.

    13. HERMENEUTICA JURDICA: INTERPRETAO DAS NORMAS

    Hermenutica jurdica a cincia, a arte da interpretao da

    linguagem jurdica. Serve para trazer os princpios e as regras que

    so as ferramentas do intrprete. A aplicao, a prtica das regras

    hermenuticas, chamada exegese.

    MEIOS DE INTEGRAO

    Analogia

    Costumes

    Princpios Gerais do Direito

    GERAIS DO DIREITOS DE

    EQUIDADE

    NO MEIO DE

    INTEGRAO

    S nos casos previstos em

    lei

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    INTERPRETAR: buscar o alcance, o significado da lei.

    Com base no art. 5o da LIDB, ao utilizar os mecanismos de

    integrao para o preenchimento da lacuna jurdica, ou, ao

    interpretar a lei, o juiz deve buscar a estabilidade social desejada.

    APLICAO DA LEI: Art. 5o da LIDB: Na aplicao da lei, o juiz

    atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do

    bem comum.

    MTODOS DE INTERPRETAO

    QUANTO FONTE:

    a) Autntica: Emana do prprio legislador que editou a lei.

    b) Jurisprudencial: interpretao mansa, pacfica e reiterada dos

    Tribunais.

    c) Doutrinria: interpretao dos doutrinadores (doutos, juristas) da

    cincia do Direito.

    QUANTO AO MEIO UTILIZADO

    INTEGRAO

    H LEI

    INTERPRETAO

    NO H LEI

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    Gramatical Leva-se em considerao a literalidade

    da lei. Baseia-se em regras da

    lingustica, examinando cada termo da norma, a origem etimolgica,

    pontuao, colocao dos vocbulos

    etc.

    Histrica Leva-se em considerao os fatos histricos que antecederam a criao

    da norma. Baseia-se no estudo dos

    fatos que antecederam a norma

    (occasio legis), verificando o

    histrico do processo legislativo, sua

    exposio de motivos e emendas

    bem como as circunstncias sociais,

    polticas e econmicas que

    orientaram a sua elaborao.

    Lgica Pesquisa-se o esprito do da lei

    atravs dos fatores racionais, a

    gnese histrica, a conexo com

    outra norma e com todo o sistema.

    Procura-se desvendar o sentido e o

    alcance da norma, mediante

    raciocnios lgicos, analisando os

    perodos da lei e combinando-os

    entre si, com a finalidade de atingir compatibilidade

    (combinao/correlao com outras

    normas).

    Teleolgica Adapta-se o sentido ou finalidade da

    norma s novas exigncias sociais.

    Busca o sentido e aplicao da

    norma a partir da finalidade social a

    que ela se dirige. Leva em

    considerao valores como a

    exigncia do bem comum, justia,

    liberdade, igualdade, paz etc.

    Sistemtica Entende-se o Direito como um todo,

    como um sistema, comparando a

    norma com outras espcies legais.

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    Verifica o sistema jurdico, o

    contexto legal em que se insere a

    norma, relacionando-a com outras

    concernentes ao mesmo objeto. Leva em considerao o livro, ttulo,

    captulo, seo, pargrafo etc.

    Analisando as demais normas que

    compem um sistema pode-se

    desvendar o sentido de uma norma

    especfica dele integrante. Por se

    pautar num raciocnio lgico, h

    que