Caso Clínico Cirurgia Cardíaca
R3 Cardiologia Pedro Henrique Barbosa Daniel
Caso Clínico• C.L.B, 67 anos
• Dislipidemia, HPB • Cirurgia para correção de Hérnia em Coluna Lombar em
2016 • Tireoidectomia total devido Bócio mergulhante em 2006
• Medicações de uso contínuo: Levotiroxina 112 mcg 1x/dia, Rosuvastatina 10 mg 1x/dia, Somalgin Cardio 81 mg 1x/dia
Caso Clínico• Paciente refere dispneia progressiva, com início em
Outubro/2017
• Inicialmente aos grandes esforços, evoluindo para dispneia aos pequenos esforços
• Nega dor torácica, palpitações, vertigem, síncope, edema de membros inferiores, febre, tosse, sintomas gastrointestinais e urinários
Caso Clínico• Sinais Vitais: FC: 70 / PA: 110x70 / FR:16 / Sat: 96% em
ar ambiente / T: 36,6
• BEG, glasgow 15, corado, hidratado, eupneico, afebril
• CPP: MV+, bilateral, sem crepitações, sem sibilos Sopro sistólico +++/++++++ em foco aórtico, ritmo regular
Abd: Flácido, indolor à palpação, RHA+
Ausência de edema de MMII, perfusão periférica adequada
Exames Complementares
Rx Tórax
Ecocardiograma Transtorácico 08/12/2017
OBSERVAÇÕES GERAIS, TÉCNICA, QUALIDADE DAS IMAGENS OBTIDAS: • Exame realizado com boa qualidade técnica, com "janela" acústica
satisfatória. DIMENSÕES CAVITÁRIAS E ESPESSURA DE PAREDES: • Ventrículo esquerdo com dimensões internas normais e aumento das
espessuras miocárdicas. • Átrio esquerdo aumentado. Câmaras direitas normais.
FUNÇÃO SISTÓLICA GLOBAL DO VENTRÍCULO ESQUERDO E DIREITO: • Função sistólica global do VE preservada, com boa contratilidade de
suas paredes. Função do VD preservada. ANÁLISE SEGMENTAR DA CONTRAÇÃO DO VE: • Função segmentar preservada. FUNÇÃO DIASTÓLICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO: • Disfunção diastólica com padrão de déficit do relaxamento
ventricular.
VALVAS CARDÍACAS-ASPECTOS MORFOLÓGICOS, ANATÔMICOS E ANÁLISE DOPPLER: • Valva aórtica trivalvular, espessada, abertura reduzida,
competente. Diâmetro da VSVE de 23 mm, V Ao máxima de 4,6 m/s, gradiente máximo de 85 mmHg e médio de 51 mmHg, área valvar estimada (equação de continuidade) de 0,6 cm².
• Refluxos mitral e tricúspide mínimos. Não foi possível estimar a PSAP (PAD estimada em 5 mmHg).
AORTA TORÁCICA: • Calibre e aspecto normal na raiz e em sua porção ascendente.
Aorta ascendente mede 36 mm e arco aórtico mede 26 mm. PERICÁRDIO: • Aspecto normal, deslizamento preservado, sem espessamento
ou derrame. SEPTO INTERATRIAL E INTERVENTRICULAR: • Septos íntegros, sem shunt visível no presente exame.
CONCLUSÃO
• Ventrículo esquerdo com padrão geométrico de remodelamento concêntrico, função sistólica global e segmentar do VE preservadas.
• Disfunção diastólica grau I. • Átrio esquerdo aumentado. Câmaras direitas normais. • Estenose aórtica importante. • Refluxos mitral e tricúspide mínimos.
CORONARIOGRAFIA:
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA (CD): Dominante. Artéria de bom tamanho e bom calibre. Apresenta lesão obstrutiva de 30-40% no terço inicial.
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA: • -Óstio e Tronco: sem lesões obstrutivas. • -Art Descendente Anterior (DA): Artéria de bom
tamanho e bom calibre. Apresenta lesão obstrutiva de 70% no terço médio.
• -Art Circunflexa (CX): Artéria de bom tamanho e bom calibre. Não apresenta lesão obstrutiva.
27/03/2018• Realizada anastomose de art. torácica interna esquerda
em descendente anterior • Abertura da Aorta, passado pontos de fixação • Identificado valva aórtica bastante calcificada. • Realizado retirada de valva aórtica com decalcificação • Implantado prótese aórtica biológica número 23 Magna
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Estenose Aórtica
Estenose Aórtica• Restrição da abertura da valva aórtica
• Causas: • Calcificação (idoso)
• Valva aórtica bicúspide
• Sequela de febre reumática
Estenose Aórtica• Sopro mesossistólico na borda esternal direita
alta
• Irradiação para carótidas e fúrcula esternal
• Intensidade proporcional ao aumento do retorno venoso
Estenose Aórtica• Pulso parvus e tardus: Pulso arterial fraco e de
ascensão tardia e sustentada
Estenose Aórtica• Pulso parvus e tardus: Pulso arterial fraco e de
ascensão tardia e sustentada
• Idosos: Anel aórtico calcificado / folhetos da valva normais
Quadro Clínico• Angina: EA induz a hipertrofia do VE
Quadro Clínico• Angina: EA induz a hipertrofia do VE
• Síncope: Não consegue aumentar o débito cardíaco, levando a redução do fluxo cerebral
Quadro Clínico• Angina: EA induz a hipertrofia do VE
• Síncope: Não consegue aumentar o débito cardíaco, levando a redução do fluxo cerebral
• Insuficiência Cardíaca: A hipertrofia do VE leva a disfunção diastólica
Classificação da Estenose Aórtica
Critérios que aumentam a probabilidade de estenose aórtica grave em pacientes com área valvar <1,0cm2 e gradiente médio <40mmHg na presença de fração de ejeção preservada
Muito Obrigado