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O CONHECIMENTO NA PEDAGOGIA FREIREANA COMO
SUPORTE TERICO PARA A EDUCAO ESCOLAR FORMAL
Idanir Ecco. URI Campus de Erechim/RS. [email protected]
RESUMO
A presente pesquisa tem como preocupao investigar os pressupostos tericos dapedagogia freireana que embasam a construo do conhecimento no mbito daeducao formal escolar, considerando que a educao, no seu verdadeiro significado um ato de conhecimento. A partir disso compreende que a prtica pedaggica deva serguiada pela pergunta, que seja provocadora da curiosidade e da criatividade entre os
sujeitos escolares. Prope, em linhas gerais, identificar, analisar e sistematizar ascategorias epistemolgicas propostas por Paulo Freire, mediante a leitura e estudo dasobras do referido pensador/educador, bem como, de demais estudiosos comentadores datemtica em questo. A investigao proposta caracteriza-se pelo estudo exploratrio,orientado pela pesquisa bibliogrfica.
Palavras-chave: Paulo Freire. Educao escolar. Conhecimento.
ABSTRACT
This research aims to investigate Freires pedagogy theoretical background that is thebase for the construction of knowledge in the ambit of school formal education,considering that education, in its real meaning, is an act of knowledge. So, thepedagogical practice should be guided by a question that provokes curiosity andcreativity among the school subjects. In general lines, it proposes to identify, to analyzeand to systematize the epistemological categories proposed by Paulo Freire, by meansof the reading and the study of this thinker/educator works, as well as other scholars inthis thematic. The investigation proposed is characterized by an exploratory study,oriented by a bibliographical research.
Key words: Paulo Freire. School Education. Knowledge
CONSIDERAES INICIAIS
O pensamento de Paulo Freire perpassa tanto o ensino formal, quanto o informal
e continua motivando muitos estudos nos vrios campos do saber, devido aos
desdobramentos que potencializa. Neste particular, objetiva-se inquirir sobre o
conhecimento como suporte terico na educao escolar, a partir da concepo dopensador/educador supracitado.
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O ato de conhecer e o conhecimento adquirem o seu sentido no processo de
realizao do ser humano, concernente sua vocao ontolgica de Ser Mais. O
conhecimento faz parte da totalidade da vida humana, englobando a totalidade da
experincia humana.
[...] ningum educa ningum, como to pouco ningum se educa a simesmo: os homens se educam em comunho, mediatizados pelomundo, pelos objetos cognoscveis que na prtica bancria sopossudos pelo educador que os descreve ou os deposita noseducandos passivos. (FREIRE, 1983, p. 79).
No processo de conhecer definido nas obras de Freire, no h como transferir
conhecimento, pois significa sempre uma nova apreenso do objeto, da realidade.
Portando, conhecer sempre um ato dialgico, que envolve sujeitos ativos. A aotransformadora se d entre sujeitos que interagem que se comunicam. Damke (1995, p.
76), analisando a construo do conhecimento na teoria freireana afirma: a situao
gnosiolgica, de acordo com essa teoria, no uma relao eu-objeto, mas supe uma
situao dialgica entre sujeitos cognoscentes, sendo objeto do conhecimento mediador
dessa relao.
A questo norteadora para este trabalho foi estruturada nos seguintes termos:
Quais os pressupostos tericos da teoria freireana que embasam a construo do
conhecimento na educao escolar formal? O estudo investigativo orientado pelo
enfoque exploratrio, mediante pesquisa bibliogrfica tendo como referencial terico o
referencial bibliogrfico de Paulo Freire, bem como demais investigaes relacionadas
temtica, assim como comentadores do legado freireano.
Os objetivos para o referido estudo, bem como os procedimentos lgicos e
metodolgicos constituem-se em: aprofundar a concepo de conhecimento exposta por
Paulo Freire; definir as categorias centrais da pedagogia freireana que fundamentam e
orientam o processo de construo do conhecimento; analisar as categorias
epistemolgicas freireanas que fundamentam o processo de construo de construo do
conhecimento; interpretar a proposta freireana de construo do conhecimento
relacionada educao escolar.
1 A EDUCAO NA PERSPECTIVA DO CONHECIMENTO
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A educao um ato de conhecimento. E na educao escolar, atravs da relao
dialgica entre professor, educando e objeto cognoscvel a proposta pedaggica de
Freire centraliza-se na dimenso do conhecimento.
Conceber a educao escolar formal efetivamente como um espao de construo
do conhecimento condio para a ressignificao da prpria educao escolar, como
tambm, da ao docente e discente. Neste sentido, o pensamento de Freire, traz
elementos provocadores e desafiadores nesta perspectiva, reafirmando a educao
escolar como possibilidade para desencadear um processo de construo do
conhecimento, respeitando suas peculiaridades.
A proposta pedaggica freireana requer um educador problematizador, pois se
trata de uma pedagogia da pergunta, uma vez que [...] ensinar no transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produo ou sua construo.
(FREIRE, 2000, p. 52).
A perspectiva do conhecimento caracteriza a educao problematizadora, pois
efetiva-se tendo presente situaes desafiadoras, configurando-se como um ato
cognoscente. E quanto mais progride a problematizao mais penetram os sujeitos na
essncia do objeto problematizado e mais capazes so de desvelar esta essncia".
(FREIRE, 1980, p. 89).
O conhecimento construdo de forma integradora e interativa. No algo
esttico, pronto como define a pedagogia dos contedos. Conhecer, portanto
descobrir, construir.
O conhecimento a construo coletiva mediada dialogicamente, que deve
articular dialeticamente a experincia da vida prtica com a sistematizao rigorosa e
crtica. O processo de construo do conhecimento implica uma relao dialgica
(FREIRE, 1977; 1983). Faz-se necessrio propor aos sujeitos o desafio de cultivar uma
postura dialgica e crtica diante do mundo, que os faa ter compromisso em assumir-seenquanto seres epistemologicamente curiosos diante dos fatos, realidades e fenmenos
que constituem seu prprio mundo.
O processo educativo essencialmente dialgico, pois sem dilogo no h
educao. A educao um processo de conhecimento onde todos ensinam e todos
aprendem. Um processo criador e recriador. Os sujeitos que dialogam abrem-se para o
novo e sabem que h sempre algo a interpretar, descobrir, aprender, dizer, a
compartilhar. So abertos a questionamentos e no temem conflitos. Quanto mais osujeito pergunta, mais sente que a sua curiosidadeno se esgota.
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Submeter as aes ao questionamento requer abertura e reconhecimento de que
no h saber absoluto, nem ignorncia absoluta. Abertura para descobrir que h sempre
novas realidades e/ou elementos a descobrir, novos conhecimentos, caminhos e
perspectivas mltiplas de ao, considerando diferentes contextos e sujeitos.
A realidade deve ser compreendida pelo dilogo crtico problematizador que brota
das comunidades humanas em suas experincias vitais, concretas. O processo de
construo do conhecimento visto como um todo e se constitui numa relao
dialgico-comunicativa. O homem no vive isolado, ele pensa, age, fala, comunica-se
com os outros. Por isso, Freire diz que no o sujeito que fundamenta o seu pensar, mas
a presena dos outros. o pensamento coletivo que explica o saber individual.
O processo de conhecer implica compromissos ticos e polticos, de interveno
crtica no mundo. A epistemologia freireana revolucionria constituindo-se na unidade
dialtica entre ao-reflexo-ao (prxis), que requer testemunho da ao (coerncia).
Ratificamos que o sentido revolucionrio de conscientizao constitui-se em processo
educativo e epistemolgico na libertao do ser humano das amarras que o oprimem e
da viso ingnua do mundo que o cerca. Consiste no desenvolvimento crtico da tomada
de conscincia. O desenvolvimento da conscincia crtica se d pela educao
problematizadora-libertadora, num processo dialtico-dialgico da busca permanente de
reelaborao do conhecimento e da transformao tico-poltica da realidade histrico-
cultural. Ao ser consciente implica o agir consciente sobre a realidade constituindo a
unidade dialtica entre ao-reflexo, teoria e prtica.
O sentido inovador e instigante da proposta freireana consiste em conceber o
conhecimento crtico-humanizador na perspectiva de cultivar a abertura do ser humano
enquanto ser inacabado. A educao deve ser processo de humanizao do mundo, pois
conhecimento com sentido serve de instrumento de interveno crtica e criativa no
mundo para transform-lo e humaniz-lo. A educao um processo guiado por aesplanejadas, intencionais, que buscam a superao do nvel da conscincia ingnua para a
posio de criticidade.
O processo de construo do conhecimento, na concepo de Paulo Freire,
constitui-se em quatro passos, interdependentes:
a) Ler o mundo, apropriar-se do conhecimento. Requer curiosidade e interesse
(investigao).
b) Compartilhar a leitura do mundo lido, onde o dilogo a pea chave e no pode seconfigurar em mera estratgia pedaggica (comunicao). Dilogo conflito, depende
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do olhar, da comunicao e intercomunicao. S o olhar do outro d veracidade ao
meu olhar. O conhecimento s vlido se compartilhado.
c) Educao como ato de produo e reconstruo do saber: conhecer no acumular
conhecimentos, informaes, dados. Implica mudana de atitudes, saber pensar,
estabelecer relaes, criar vnculos. O contedo torna-se forma. Saber mudar de
forma, criar forma (desenformar-se, transformar-se), formar-se.
d) Educao como prtica de liberdade: viabiliza-se pela problematizao, identificando
a politicidade do conhecimento. Educao arte e prxis, ao-reflexo-ao,
conscientizao e projeto.
A viso dialetizante do processo de construo do conhecimento parte do
pressuposto de que todo ser humano detentor de conhecimentos significativos, no
importa idade, meio social, grau de escolaridade, posio poltico-econmica, ou outras
diferenas reais. Conhecimento o conjunto de saberes que formam a viso de mundo
de cada sujeito cognoscente. O ato de conhecer, ler o mundo dialgico, rigoroso,
intuitivo, afetivo. Est ligado s relaes com o outro.
2 CATEGORIAS EPISTEMOLGICAS FREIREANAS
No processo de construo do conhecimento nos contextos da educao formal,
a pedagogia libertadora reafirma a necessidade de participao, problematizao.
Em relao concepo epistemolgica freireana afirma Zitkoski (2003, p.118),
que [...] o conhecimento construo coletiva mediada dialogicamente, que deve
articular dialeticamente a experincia de vida prtica com a sistematizao rigorosa e
crtica.
O educador tem que ser um inventor, um reinventor de todos os meios e/ou
caminhos que possibilitem a problematizao do objeto e/ou da realidade a serdescoberta e apreendida pelos educandos, assumindo-se, estes, como sujeitos do
conhecimento. Convictamente afirma Freire (1996, p. 23): no h docncia sem
discncia", isto , no h ensino sem pesquisa. A investigao base para o ensinar-
aprender, considerando a perspectiva da construo do conhecimento no mbito da
educao formal escolar.
A investigao do pensamento freireano, possibilita identificar categorias
epistemolgicas que podem constiturem-se em princpios orientadores das aes
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pedaggicas escolares. Na seqncia, sero apresentadas as categorias identificadas e
breve conceituao.
a) Dilogo:
A categoria dilogo apresenta-se como elemento constitutivo e imprescindvel
na perspectiva educacional gnosiolgica. mister compreender que a referida categoria
no pode ser reduzida simples conversao. preciso compreend-la como fenmeno
humano e se constitui de ao e reflexo.
[...] o dilogo uma exigncia existencial. E, se ele o encontro emque se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereados aomundo a ser transformado e humanizado, no pode reduzir-se a um
ato de depositar idias de um sujeito no outro, nem to pouco tornar-se simples troca de idias a serem consumidas pelos permutantes.(FREIRE, 1983, p. 79).
Freire (1983), ao referir-se educao dialgica a ao dilogo, afirma,
insistentemente, que no h dilogo sem um profundo amor ao mundo a aos seres
humanos; que no h dilogo sem humildade, sem uma intensa f dos seres humanos no
seu poder de criar e recriar, bem como, sem esperana, pois pela esperana que a
eterna busca possvel. Em suma, o dilogo possvel mediante um pensar verdadeiro.A condio necessria para a indagao est assentada no dilogo. E, mediante a
intercomunicao, a troca de saberes, os conhecimentos mitificados, ingnuos so
superados.
Nos contextos da educao escolar preciso assumir o ato de ensinar [...] como
um ato criador, crtico. E o dilogo como elemento desvelador do conhecimento.
(ECCO, 2004, p. 82).
b) Curiosidade:
O ser humano um ser curioso. Pela curiosidade, desvendamos o mundo e ela
[...] parte integrante do fenmeno vital. (FREIRE, 1998, p. 35). Logo, todos somos
seres curiosos. No entanto, ns humanos, a partir de vivncias, podemos satisfazer ou
no nossa curiosidade.
Ao educador, cabe o desafio/responsabilidade de auxiliar os educandos na
passagem da curiosidade ingnua para a curiosidade crtica para que consigam se
aproximar do objeto cognoscvel com maior exatido, exercendo a capacidade de
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aprender criticamente, objetivando um pensar autntico. Entendemos que desafiar
constantemente uma das caractersticas do ato de educar; do contrrio, contribui-se
para o obscurantismo, para o silenciar de conscincias. (ECCO, 2004, p. 69).
A curiosidade move-nos a querer conhecer/desvendar fenmenos,
acontecimentos, relaes, enfim, as realidades que se apresentam como desafiadoras.
Portanto, mister, contribuir para que educandos criticizem sua curiosidade.
c) Temticas Significativas:
Ressignificar o processo do ensinar-aprender possibilita ao educando estabelecer
conexes/relaes entre os conhecimentos produzidos pela humanidade e a realidade em
que est inserido, traduzindo-se em compreenses.
As temticas significativas geram dilogo, provocam questionamentos e
discusses acerca do conhecimento e do mundo histrico-social. Geram tambm uma
organizao curricular flexvel (com possibilidade de mudana) e uma seleo
intencional, criteriosa dos contedos sistematizados, construdos e recriados a partir das
necessidades de compreenso e transformao da realidade.
A partir dos temas geradores, educador e educando desvelam seus nveis de
compreenso da realidade, determinam um mundo comum entre si, a partir do qual
ocorre um ato de conhecimento. Os temas geradores no esto nos seres humanos
isolados, nem na realidade separada dos seres humanos, mas nas relaes homem-
mundo. Partir do contexto dos educandos movimentar-se, seguir uma direo,
perguntar sistematicamente e metodicamente por algo que se quer descobrir, construir,
refazer.
Promover um estudo da realidade, sua compreenso e representao numa viso
de totalidade romper com o senso comum. Isso ocorre atravs de uma metodologia
dialgica, onde o educador promotor de participao e discusso, assumindo umapostura crtica e a problematizao constante.
As temticas significativas ou temas geradores possuem um carter transformador,
pois no so [...] uma criao arbitrria, ou uma hiptese de trabalho que deva ser
comprovada. (FREIRE, 1983, p. 88). Neste sentido, promovem a integrao do
conhecimento e a transformao social.
Os saberes so produzidos de forma integradora, interativa: O ser humano
aprende na relao com o outro, com o mundo, mediatizados pelo ato de conhecer,produzindo saberes em relao a contextos. (ECCO, 2004, p. 38).
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d) Problematizao:
A problematizao possvel mediante o estabelecimento de provocaes, isto
, de perguntas. E a pergunta fundamentalmente imprescindvel no processo de
construo do conhecimento. Cabe ao educador, em suas aes pedaggicas, em
conjunto com seus educandos aperfeioarem as perguntas, criticizar os problemas.
A perspectiva do conhecimento caracteriza a educao problematizadora, pois
efetiva-se tendo presente situaes de desafio. Freire (1983, p. 80) afirma que [...] a
educao problematizadora, de carter autenticamente reflexivo, implica num constante
ato de desvelamento da realidade.
Existe uma inter-relao entre a problematizao e a construo do
conhecimento na estruturao dos saberes, pois conhecer, problematizar a realidade
significa investigar, pesquisar, desvelar, interagir. (ECCO, 2004, p. 38). Em outros
termos significa afirmar que quanto mais provocaes, quanto mais perguntas so
estruturas, maior possibilidade de conhecer, pois toda a pergunta demanda uma
soluo satisfatria, a construo de respostas.
e) Leitura de Mundo:
A leitura tem importncia fundamental na vida das pessoas. Entendemos, com
Luckesi (2003, p. 119) que [...] a leitura, para atender o seu pleno sentido e significado,
deve, intencionalmente, referir-se realidade. Caso contrrio, ela ser um processo
mecnico de decodificao de smbolos. Ler o mundo consiste em problematizar,
analisar e compreender a realidade em que estamos inseridos. A partir da leitura de
mundo, os seres humanos abertos aos diferentes objetos cognoscveis presentes na
realidade que os cerca, so capazes de transcender suas percepes j elaboradas e
atingir novos nveis de percepo da realidade, ampliando conhecimentos. Freire (1982,p. 22), compreende que [...] a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura
desta implica a continuidade da leitura daquele.
O sujeito cognoscente um ser situado em sua cultura, sociedade e instituies a
que pertence existencialmente. Logo, sua conscincia no vazia, porm condicionada
pelo contexto. Por conseguinte, Freire, em sua obras, prope a dialetizao conscincia-
mundo.
O conhecimento inacabado. A abertura de conscincia possibilita a leitura demundo, confrontando permanentemente ser humano e objetos/realidades cognoscveis.
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pensarem criticamente numa perspectiva de globalidade, conhecer melhor o que j
conhecem, levantarem hipteses, confrontarem teorias, idias e posies e tirarem suas
prprias interpretaes dos fatos, resolverem problemas. tambm estabelecer relaes
entre ensino, pesquisa e avaliao, visando recriar conhecimentos existentes, produzir
novos conhecimentos e utiliz-los para transformar a realidade. Gira em torno das
relaes que os sujeitos estabelecem entre si.
O educador tem a tarefa de fazer com que o sujeito se aproxime do objeto
cognoscvel, abra caminhos e desafie outros sujeitos a questionarem as suas posies e
aprofundarem as suas anlises. Desencadear a atividade intelectual e desafi-los a
atingirem nveis cada vez mais profundos e amplos do saber. Dialogando, oportuniza o
encontro dos sujeitos que questionam determinada realidade. Colocar o mundo como
objeto de conhecimento significa provocar os educandos a compreenderem de modo
crtico a sua ao e a de outros sujeitos sobre o contexto histrico.
Os temas geradores, a dialogicidade, a curiosidade, a problematizao e a leitura
de mundo so, portanto, perspectivas de compreenso da realidade a das relaes sociais
e possibilidades viabilizadoras de superar o ensino formal discursivo, isto , so
suportes tericos que fundamentam a construo do conhecimento nos espaos da
educao escolar.
As perspectivas atuais da educao esto, mais do que nunca, marcadas pela
questo do conhecimento, que pea chave para entender a sociedade atual.
REFERNCIAS
DAMKE, Ilda Righi. O processo do conhecimento na pedagogia da libertao: asidias de Freire, Fiori e Dussel. Petrpolis, RJ: Vozes, 1995.
ECCO, Idanir. A prtica educativa escolar problematizadora e contextualizada: uma vivncia na disciplina de histria. Erechim, RS: EdiFAPES, 2004.
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_________ Professora sim tia no. So Paulo: Olho Dgua, 2000.
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LUCHESI, C. C. (et. al.) Universidade: uma proposta metodolgica. 13. ed. So Paulo:Cortez, 2003.
ZITKOSKI, Jaime Jos. Horizontes da refundamentao em educao popular. Frederico Westphalen: Ed. URI, 2000.
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