CRlSTIAN BAZ
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTOCOLO DE EXERciCiOS
HIDROCINESIOTERAPICOS, PARA MELHORA DA QUALIDADE DO
REALINHAMENTO POSTURAL EM UMA PAClENTE COM SiND ROME DE
DOWN.
Monografia apresentada como requisitaparcial a obtenQao do grau de Especiaiistaem Fisiolerapia. Curso deI-iidrocinesioterapia da Faculdade deCiencias Biol6gicas e da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana.Orientadores: Prof a .MSc. Shirley VargasPrudencio.Profa. MSc. Sipdinalva Wo\'roak
CURITIBA
2000.
I'
RESUMO
Com 0 intuito de melhora a postura, de uma paciente com Sindrome de Down,
desenvolveu-se esta pesquisa, que objetiva demonstrar a efidicia da hidrocinesioterapia na
corre~ao do posicionamento pdvico e consequente melhora no realinhamento corporal.
A pesquisa, realizada com uma jovem de 17 anos portadora de Sindrome de Down,
teve como sede a piscina da Associayao de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da
cidade de Porto Amazonas, onde foram realizados 20 atendimentos intercalados com dura~ao
de 45 minutos.
o metoda de procedimento desta pesquisa foi atraves do estudo de urn casa cHnico,
com tipo de amostragem intencional, senda a linha de pesquisa experimental com metoda de
abordagem indutivo
o protocolo de exercicios hidrocinesiotenlpicos utilizados nesta pesquisa, foi
desenvolvido com direcionamento a correy8.o postural da paciente, sendo composto por tases
de
aquecimento; fortalecimento das musculaturas: abdominal, paravertebral, flexora do quadril;
orientayao ao alinhamento corporal; alongamento das musculaturas: flexora e extensora do
quadril, da regiao anterior e posterior do tronco e da regiao cervical; re1axamento.
Obteve-se como resultado desta pesquisa uma conscientizayao, por parte da paciente,
do alinhamento corporal que a nivel de regiao toracica necessitava de estimulo verbal para
correyao, porern corresponde ao estimulo alinhando a postura, e a nivel de regiao 10mbar e
cintura peIvica 0 trabalho de consciencia corporal foi bern assimilado pois a paciente
permanecia em postura correta sern estimulo verbal nao s6 durante 0 atendimento como
durante suas atividades diarias
ABSTRACT
With the improvement intention the position, of a patient with Syndrome of Down,
developed this research, that objective to demonstrate to the effectiveness of the
hidrocinesioterapia in the correction of the pelvic thread and consequent improvement in the
corporal realinhamento.
The research, carried through with a carrying young of 17 years of Syndrome of
Down, had as headquarters to the swimming pool of the Association of Parents and Friends of
Exceptional (APAE) of the city of Amazon Port, where 20 attendments intercalated with
duration of 45 minutes had been carried through.
The method of procedure of this research was through the study of a clinical case, with
type of intentional sampling, being the string of experimental research with inductive method
of boarding.
The protocol of used hidrocinesioterapicos exercises in this research, was developed
with aiming to the postural correction of the patient, being composite for phases of: heating~
strengthen of the musculatures: abdominal, paravertebral, flexora of the hip; prompt to the
corporal alignment~ prolongment of the musculatures: flexor and extensor of the hip, the
previous and posterior region of the trunk and the cervical region; relaxation.
It was gotten as resulted of this research an awareness, on the part of the patient, the
corporal alignment that the level of thoracic region needs verbal stimulation for correction,
however corresponds to the stimulation lining up the position, and the level of lumbar region
and pelvic waist the work of corporal conscience well was assimilated therefore the patient
not only remained in correct position without verbal stimulation during the attendance as
during its daily activities.
SUMARIO
RESUMO ...
ABSTRACT .....
lNTRODUCAO .
. ..v
. ~
I EMBASAMENTO TEORICO 2
. I
2. MATERIAL E METODO ...
3. APRESENTACAO DE DADOS ..
4. INTERPRET ACAO DOS RESULTADOS ...
5. CONCLUSOES ...
ANEXOS ...
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ....
. .. 15
. 19
. 24
...25
...26
. 28
TNTRODU(:AO
A piscina e urn local para terapia e recreayao que fomece beneficios fisicos,
psicologicos e sociais para todos aque\es que sofrem de uma deficiencia.
A agua e urn melo maravilhoso para os exercicios e oferece oportunidades
estimulantes para os movimentos que nao estao dentro dos programas tradicionais de
exercicios ern solo. Os efeitos de flutuabilidade, metaccntrQ e rota90es fornecem campo para
as tecnicas especializadas.A turbulencia da agua pode ser apreciada de uma forma que nao e
passivel no aT, e 0 peso da agua significa que ela pode ser empurrada e utilizada como
resislcncia com que cada individuo pode trabalhar.
o empuxo que a agua possui, alivia 0 estresse sabre as articula90es sustentadoras de
peso e permite que se realize movimento em for~as gravitacional reduzida, 0 que favorece
nosso trabalho, liberando principal mente as articula~5es coxo-femorais.
Esta pesquisa prop5e 0 tratamento do mau alinhamento pClvico por querer melhorar a
qualidade postural de uma paciente com sindrome de Down, atraves de urn trabalho de
reequilibrio da musculatura abdominal, flexora e extensora do quadril.
I. EMUASAMENTO TEORICO
A palavra hidroterapia deriva das palavras gregas hydor (agua) e therapeia (cura)
(CAMPION, 2000, p.xi). A hidroterapia e Hio antiga quanta a hist6ria da humanidade
(CAMPION, 2000, p.xi) e informar;:oes sabre as atividades aquitticas tern side documentadas
tanto para propOsitos recreacionais quanta terapeuticos apesar do fato de sua popularidade teT
oscilado durante epocas.
Noves conhecimentos a respeito da fisiologia da hidroterapia e novas H~cnicas
utilizando os padroes de movimentos adaptados a agua e exercicios aquaticos mais
especificos estao assegurando a aceita~ao crescente da hidroterapia como urn meio de
reabilitar;:.9.o com seus pr6prios meritos. Na agua 0 carpo esta simultaneamente sob a 3yaO de
duas foryas - gravidade (ou impulso para baixo) e empuxo (impulso para cima)- que
fornecem a possibilidade de exercicios tridimensionais, que nao sao possiveis no ar, e
permitem a ocorrencia de atividades de movimento sem a sustentay8.o de peso, antes mesmo
que elas sejam possiveis no solo (CAMPION, 2000, p.xii). Em decorrencia da melhor
aceitayao das vantagens das atividades na agua, 0 numero de recursos esta aumentando,
me1horando a qualidade dos atendimentos.
Atualmente, a popularidade e 0 valor crescente da hidroterapia parecem ser salientados
por urn aumento da pesquisa elll muitos aspectos diferentes da agua, como 0 estudo da
fisiologia dos exercicios aquaticos, e assim por diantc. 0 reconhecimento dos tratamentos
para os quais as caracteristicas e propriedades da agua podem ser utilizadas para criar tecnicas
que acentuem a atividade aquatica como uma parte integral de todo 0 tratamento fisico e
psico16gico e das condiyoes variadas de muitos ira assegurar 0 lugar da hidroterapia para a
reabilitayao total.
A hidroterapia, utilizando-se dos principios fisicos da agua com tecnicas apropriadas
de rnanuseio, tern valor efetivo no tratarnento de uma patologia, seja ela de origem
neurol6gica, ortopedica, pneumo16gica,. .Os principios fisicos que sao relevantes para 0
manuseio de pacientes sao os seguintes(ERiCKSEN, Oscar. Apontamentos de sal a de aula do
curso de Pos Gradualtao de Hidrocinesioterapia. Disciplina de Nataltao e Biomeciinica
Aplicada it Fisioterapia. Curitiba. 1998.)::
• densidade relativa: reJaltao entre a massa de urn dado volume da substancia e a
massa do mesmo volume de agua. A densidade reJativa da agua pura e 01, acima
de 0 I afunda e abaixo tlutua.
• flutualtao: (Principio de Arquimedes) urn corpo cornpletarnente ou parcial mente
imerso em um liquido em repouso sofrera urn empuxo para cima, igual ao peso do
liquido deslocado.
• pressao hidrostatica: a lei de Pascal afirma que a pressao do liquido e exercida
iguaimente sobre todas as areas da superficie de urn corpo imerso em repouso, a
uma dada profundidade. Ah~m de ser util na redultao rnais efetiva de edemas, desde
que a parte tratada seja mantida 0 mais profunda possivel, essa pressao tambem
provou ser utiJ na atenualtao de movimentos espasrn6dicos e no aumento da
coordenaltao quando os exercicios forem realizados abaixo da superficie, 0 que
favorece nosso trabalho de consciencia corporal.
• coesao e adesao: coesao e a forlta de atraltao entre as moleculas vizinhas do mesmo
tipo de materia. Adesao e it forlta de atraltao entre as moleculas vizinhas de
diferentes tipos de materia.
• tensao superficial: e a forlta exercida entre as moleculas da superficie de urn
Iiquido.
• refray30: e a deflex30 de urn raio quando passa de urn rueio rnais denso a urn
menos dense e vice-versa.
• viscosidade: causa resistencia ao fluxo de urn liquido pelo atrito entre as
rnoleculas. Sen\. util em nosso trabalho nos exercicios de fortalecimento, os quais
visam aumento de forya muscular para correyao postural.
Alem de seus principios, a agua possui certos atributos que a faz superior ao ar como
meio para se exercitar: - por ser rnais densa que 0 ar, possibilita maior resistencia ao
movimento, 0 que permite uma resposta efetiva aos exercicios de fortalecimento isotonico e
diminui a velocidade do movimento: - a temperatura mais alta da agua relaxa 0 corpo e
facilita 0 controle da dor durante 0 exercicio; - a resposta sensorial da agua a torna ideal para
treinar nova mente as deficiencias na propriocepy30 individual.
Os efeitos fisiol6gicos experimentados por urn paciente imerso em agua aquecida
dependem de sua postura e de qualquer elemento que possa alterar 0 estado neutro do corpo.
Dentre estes elementos citamos: a temperatura da agua, durayao da aula, 0 tipo e a intensidade
do exercicio, e a condiyiio pato16gica do paciente.
Os principios fisicos da agua em conjunto com 0 aumento da temperatura SaO
respons3veis por muitas das respostas fisio16gicas gerais que afetarn uma variedade de
sistemas do corpo.
As modificayoes fisiol6gicas que ocorrem durante 0 exercicio em agua aquecida saO
(BATES, 1998, p.07): aumento da frequencia respirat6ria, diminuiyao da pressao sanguinea,
aumento do suprimento de sangue para 0 muscul0, aumento do metabolismo muscular,
aumento da circulay30 periferica, aumento da frequencia cardiaca, aumento da quantidade de
sangue de retorno ao corayao, aumento da taxa metab61ica, diminuiyao de edemas das partes
do corpo submersas, reduc;ao da sensibilidade nos tenninais nervosos, relaxamento muscular
geral.
Em adi~ao as varias modifica~oes fisiol6gicas que ocorrem durante a imersao em agua
aquecida, vamos citar os beneficios terapeuticos dos exercicios em agua aquecida (BATES,
1998, p.07): relaxamento muscular, reduvao da sensibilidade a dor, reduc;ao de espasmos
musculares, facilitac;ao de a mobilidade articular, aumento da forva e resistencia muscular em
casos de excessiva fraqueza, reducao da atuacao da forca gravitacional, aumento da circulacao
periferica, melhora da musculatura respiratoria, melhora da consciencia corporal, equilibrio e
estabilidade proximal de tronco, melhora moral e autoconfianva do paciente (efeilo
psicologico).
A terapia na agua traz seus beneficios a diversas patologias quando 0 programa e
desenvolvido e aplicado por profissionais aptos, porem esta terapia tern suas contra-
indicavoes (BATES, 1998, pI4): doencas transmissiveis pel a agua, febre alta (acima de
38°C), insuficiencia cardiaca, doencas renais, desordens gastrointestinais. doencas
infecciosas, feridas abertas, doenvas da pele com erupvoes, timpanos perfurados,
incontinencia urinaria ou fecal, menstruacao sem absorvente interno, epilepsia, pressao
arterial anormal (hipo ou hiper), em tratamento, ou tratamento recente com radia~ao (durante
ultimos tres meses), baixa capacidade pulmonar vital.
A sind rome de Down e uma condicao genetica determinada pela presenva de urn
cromossomo a mais nas ceJulas do seu portador e e caracterizada por urn variavel grau de
retardo no desenvolvimento motor, mental, fisico e psiquico. Esse cromossomo extra se
acrescenta a par de numeros 21, dai 0 tenno tambem utilizado para sua denominacao, entre
lodos 0 mais correto, de trissomia 21.
o portador de sindrome de Down apresenta uma faceis caracteristica, constituida de
urn cranio braquiocefalico ou microcefalico com nuca achatada, rosl0 redondo e plano, nariz
curto com base plana e achatada, 6rbitas oculares pequenas determinando urn exoftalmo
relativo, presen~a tipica do epicanto (prega falciforme do angule mediano das palpebras),
boca pequena com hipolonia dos mllsculos orais, lingua volumosa, orelhas pequenas e
redondas (DANIELSKI, 1999, p.21).
Os membros sao grossos e curtos em rela~ao ao tronco e a mao e caracteristica, curta e
grossa (mao de tridente), apresentando varias alterayoes dermatoglificas, entre as quais a
assim chamada "linha simiesca" de Croashank (as linhas palmares constituindo 0
dermatoglifo normal em M sao constituidas de uma so linha transversal ao eixo dos quatro
dedos)(OANIELSKI ,1999, p.21). Altera~6es dermoglificas estao presentes tambem na planta
dos pes.
Tambem se associam deforma~oes dos aparelhos cardiovascular e endocrino. A
sintomatologia neurologica e constituida, como norma, unicamente pel a presenca de uma
marcante hipotonia, difusa ou simetrica, e por uma hiporreflexia osteotendinea A mobilidade
e habitual mente desajeitada e acanhada.
Notam-se no desenvolvimento motor, psicomotor, da linguagem e da simboliza~ao,
retardos em rela~ao ao tempo nonnal (BOLLEA, 1980, p.21O).
Existem tres tipos de anomalias cromossomicas na sindrome de Down (MASTRANGELO,
1982, p.113):
*Trissomia 21 livre - 94% dos casos
*Trissomia 21 em translocayao - 3 a 5% dos casos
*Trissomia 21 em mosaicismo - 2 a 3% dos casos.
Na trissomia 21 livre hi! uma anornalia nurnerica devida a falta de disjun9ao durante a
meiose, isto e, 0 patrirn6nio genetico, que era normal na mae, nao se dividiu exatarnente na
rnetade e 0 ovocito ficou com urn cromossomo a mais. Neste ponto pode ocorrer urn aborto
espontaneo ou 0 nascirnento de crian9a com trissomia 21 livre ou regular, que representa
eerea de 94% dos easos de sind rome de Down (MASTRANGELO, 1982, p.113).
Na maior parte dos casos, a trissornia 21 e urn incidente: 0 pai c a mac tern os
cromossomos normais e e na "fabrica9aO"da primeira ceiuia, da primeira existencia do novo
ser humano, que 0 problema se verifica.
A trissomia 21 em transloca9aO e mais rara, pois existe urna anomalia nurnerica dos
cromossornos de urn dos pais: por exemplo, urn dos pequenos cromossomos 21 se Iiga a urn
outro cromossomo - este fenomeno chama-se transloca93o.
A trissornia 21 em mosaicismo sc verifica tambem depois da fecunda9ao por causas
que ainda nao esHio muito claras. Neste caso, a "primeira celula" do embriao e normal eo eITO
OCOITeno momento da primeira duplicay30 desta celula e se repete em cada celula enquanto 0
feto se desenvolve.
a Down ocorre tendo linhas celulares normais e uma linha celular trissomica corn 47
cromossornos: e 0 charnado "mosaicismo", cuja frequencia e de, aproximadamente 2 a 3%.
Em outras palavras, estao presentes, como em urn mosaico, dois tipos diferentes de celulas:
urn tipo com 46 cromossomos e urn tipo com 47 cromossomos.
Nao se conhece a causa da sindrome de Down, mas de fato muitos fat ores podem
concorrer para esse risco~ Smith e Berg (Dawn's anomaly) levantam a hipotese de existencia
de 17 causas diversas concomitantes.
Sabe-se, com certeza, que na origem da trissomia 21 hit uma nao divisao (nao
disjun9ao) da dupla de cromossomos 21 no gameta masculino (fala-se em 20 - 25% dos
casos) ou feminino, mas nao se conhece exatamente a causa. Urn certo numero de agentes
ambientais poderia impedir a perfeila distribui~ao dos crornossornos; urn outro fator de risco e
a idade da mae; \ongo intervalo esteril, as pniticas abortivas, abortos pregressos, fatores que
alteram a mucosa uterina, alcoolismo.
Certamente uma leoria etiol6gica aceitavel deve levar em considera~ao diversos fatos
e ao menos os tfeS seguimes:
* a nao disjunc;:ao ocorre no homem e na mulher,
* 0 conjunto completo das concepyoes com trissornia 21, incluindo os 80% que
terminam em aborto espontaneo e os 20% que chegam ao nascimento,
* a probabilidade de ter urn filho Down aumenta com 0 aumento da idade da rnulher.
Quando 0 desenvolvimento motor de urna crian~a com sindrome de Down e
comparado com 0 desenvolvimento da maioria das crianc;:as, observamos urn atraso
consistente na aquisic;:ao dos componentes do controle motor, tanto do postural como do
volunt<irio. Molnar encontrou atraso no aparecimento dos ajustes posturais e aumento na
varia~ao, na idade de aparecimento dos ajustes posturais (SCHWARTZMAN, 1999, p.174).
Em testes de atividade motora grossa, crianyas com sindrome de Down apresentaram
defasagem em relac;:ao a seus colegas sem a sindrome, sendo que a performance menos
eficiente foi em relayao ao equilibrio estatico e dinamico. Foi observado tambem urn tempo
de reac;:ao mais lento durante 0 movimento voluntario (SCHWARTZMAN, 1999, p.174).
o tonus postural normal e basico para 0 controle postural e movimentos funcionais
adequados. A sindrome de Down tern como caracteristica a hipotonia.
A hipotonia interfere nas aquisic;:oes do desenvolvimento motor da crianc;:a, nas
habilidades, nas suas intera~5es com 0 ambiente, retarda ou bloqueia sua explorayao,
diminuindo ou produzindo deficit de sensa~oes e vivencias.
A postura e a relavao posicional das regi6es do corpo entre si. A configura9ao total do
corpo e a soma total dos contomos da col una vertebral e 0 COlltomo das extremidades
posteriores.
A postura "normal" e geralmente aceita da forma seguinte: lordose moderada das sevoes
cervical e lorn bar da coiuna, cifose moderada das sevoes tOHicicas e sacrococcigeas, uma
inciina9ao peIvica para frente de aproximadamente 30°, rotavao neutra dos femures e a cabe9a
centrada de tal modo que 0 prumo a partir da apofise mastoide passe atraves do meio do
ombro e 0 quadrii imediatamente anterior ao joelho e 0 maieolo medial do tornozelo. Os
desvios da posivao basica sao devidos a alteravoes estruturais por lesao ou doen9a e
deslocamentos da coluna e da pe\ve produzidos peia for9a da gravidade superando 0 tono
muscular.
A postura vertebral inadequada (curvas antero·posteriores acentuadas, inciina9ao
peivica aumentada) esta geralmente associ ada com urn defeito perto dos ombros e 0 torax
afundado proximo das extremidades inferiores (flexao e rota¥iio medial dos quadris,
gcnovalgo, pe plano). Portanlo, a corre9ao da deformidade da coluna e pelvica tem urn efeito
benefico sobre as deformidades secundarias.
No curso da evolu~ao de urn animal quadrupede para urn ortogrado, a coluna
relativamente reta do primeiro desenvolve curvas para adiante e para tnls no ultimo para
vencer a for~a da gravidade. Ao mesmo tempo, os musculos paraespinhais e gluleos, que
manH~m a postura ereta, tornam-se mais completamente desenvolvidos. Na posi~ao ereta, se a
col una fosse perfeitamente reta, a coluna balanceada em bloCDS, 0 apoio muscular seria
completamenle desnecessario. Entretanto, os deslocamentos para adiante e para tras das
vertebras exigem constante contmle muscular para manter 0 equilibrio. Isso e obtido pelas
contray6es musculares minimas continuas denominadas tono postural. 0 tono postural
constante depende de impulsos sensitivos dos musculos e tend5es, vestibulo do ouvido
interno e olhos para 0 sistema nervoso central estimular reflexamente 0 musculo. Esse
mecanismo realiza os ajustes necessarios para manter 0 equilibrio a medida que sao
assumidos novos movimentos e posi~5es. Em cada musculo apenas algumas fibras se
contraem em urn periodo, depois outras e com as mudan~as continuas de fibras em contra~ao
mantem a fadiga em urn minimo. Quando a coluna torna-se deslocada ou desequilibrada,
maior for~a muscular e necessaria para controlar a posi~ao ereta, urn nurnero maior de fibras
musculares e convocado em intervalos mais frequentes e a fadiga se desenvolve rnais cedo. A
insuficiencia muscular permite que a coluna se incline ainda mais e os esfor~os passem para
os ligamentos com dor consequente. Habitualmente, a musculatura adequada mantem e
movimenta as vertebras em uma posi~ao media de modo que os ligamentos nunca estao sob
tensao, a menQs que seja aJcan~ado 0 limite extremo do movimento.
Quando ocorre urn aumento anormal de uma curva em uma se~ao da coluna, as curvas
acima e abaixo se fornam acentuadas na dire~ao oposta a tim de manter 0 equilibrio.
Wiles considera a postora da articulac;ao do quadril como a chave para 0 corpo inteiro porque
determina a inclina9ao peJvica. sendo a pelve 0 alicerce para a coluna e a rotac;ao das pemas
(TUREK, 1991, p.I776).
Pode-se argumentar que a inclina<;ao peivica e 0 ponto inicial da deformidade. Na
verdade, a patogenia, na auseneia de lesao ossea e desconhecida. Entretanto, a posiC;ao da
pelve e um ponto inicial conveniente para determinar 0 tipo de deformidade e lratamento
(TUREK, 1991, p.I776).
Como cit amos anteriormente a pelve e 0 elemento fundamental no estabeJecimento da
postura, por isso vamos recordar esquematicamente a anatomofisiologia de seus museu los,
divididos em quatro grupos:
10 grupo - musculos anlero superiores: sao os musculos abdominais, eles unem as
bordas supero-anteriores da pelve as arcadas costais. Embora nao muito potentes, sao muito
eficazes, pois atuam em plano distante dos pontes de apoio (cabe<;as femorais), tendo por isso
longo bra90 de alavanca. Esses musculos realizam a elevac;ao das bordas supero-anteriores da
pelve e produzem, portanto, sua extensiio sobre os membros inferiores, isto e, inc1ina9ao para
tras.
2° grupo - musculos antero inferiores (tensor da fascia lala, sanorio, reto femoral,
illaco e adutores): partem do segmento anterior da pelve, rumo aos membros inferiores; em
seus trajetos estao sempre apoiados sobre estruturas osseas. Com os membros inferiores fixos,
abaixam as bordas anteriores da pe\ve, produzindo sua flexao, islo e, inclinando-a para frente.
3° grupo - musculos postero inferiores: sao os isquiotibiais e gluteos maximos que vao
da tuberosidade isquiitica e face posterior da pelve para 0 membro inferior, sao tarnbem
apoiados sobre 0 esqueleto em todo 0 seu trajeto e realizam a extensao da pelve, isto e. sua
inclinac;iio para wis.
4° grupo - musculos p6stero superiores: sao 0 grande dorsal e 0 quadrado lombar;
inserem-se na pon;ao posterior das cristas iliacas vindo do umero, das ultimas costelas e das
vertebras. Embora nao completamente apoiados sobre pianos solidas, sao refor~ados por
espessa camada fibrosa e por isso sofrem menos 0 efeilO da pressao intra-abdominal. Elevam
as bordas posteriores, pOJtanlo fletem a pelve, ou seja, a inclinam para frente.
Con vern citarmos separadamente os musculos gluteos medios (refor~ados pelos
gluteos minimos), que nao tern a~ao na flexoextensao da pelve, pois que se inserem nas suas
faces laterais, realizando movimentos de inclina~ao por ocasiao do apoio unipodal na marcha
Na movimenta~ao habitual, os membros inferiores estao apoiados sobre 0 solo, e 0
t6rax esta praticamente fixo pela coluna vertebral ereta; portanto e a pelve que deve se
movimentar para manter 0 equilibrio entre as pon;:oes superior e inferior do tronco. Os
musculos destes quatro grupos sao encarregados de realizar os movimentos necessarios para a
manuten~ao desse equilibrio. Desses musculos, apenas os do primeiro grupo passarn em ponte
entre as inseryoes extremas, ficando, assim, expostos as pressoes do conteudo abdominal; eles
devem, portanto, manter urn tono elevado para cumprir sua fim~ao estatica e ainda suportar a
pressao intra-abdominal. Mas, em eventuais situa~oes criticas na vida dos individuos que
causem diminui~ao generalizada do tonus muscular, e a musculatura abdominal que cede
primeiro, em virtude das caracteristicas anatomicas apontadas. Assim se explica 0 fato de ser
mais freqiiente 0 desvio da pelve em flexilo, pelo afrouxamento dos musculos abdorninais,
provocando a hiperlordose lombar.
Urn outro importante clemento de aumento da flexao da pelve (e, consequenternente,
da lordose lombar) e a lendencia normal de fazermos baixar 0 centro de gravidade do corpo
para facilitar 0 seu equilibrio; assim, a cabc~a e projetada para frente, aumenta a cifose
ton'l.cica, 0 abdomen se torna protuso pela hiperlordose lombar, e os joelhos se projetam para
tnis, em hiperextensao. Finalmente, tarnbern, os arcos plantares se abaixam e tudo isso leva a
um «achalamento" do individuo, que e urna posi~ao romoda e confortiwel porque suprime 0
esfon;:o postural de alguns mllsculos, passando a exigir mais das capsulas e ligamentos; estes
agindo mais pela sua resistencia passiva, sao rna is economicos ao organismo. Entretanto, essa
posi~ao de "achatamento" e mais confortavel e comoda somente durante urn cerlo tempo,
porque diminui a mobilidade e sobrecarrega as cartilagens articulares; leva com 0 tempo, a
situa~ao de desconforto e abre caminho para a art rose.
A musculatura paravertebral e formada por grande numero de musculos
anatomicamente individualizados, ela funciona de maneira coordenada, podendo, para fins
praticos, ser considerada em conjunto. Esses musculos realizam a extensao (lordose),
inclina~6es laterais e rota96es. Como os musculos anteriores da coluna lornbar (psoas e
diafragma) sao tambcm lordosantes, verificarnos que nao existem musculos flexores
(cifosantes) com inser~ao na coluna lombar. Isso faz ressaltar a imponancia da pelve na
corre~ao da hiperlordose iombar, a qual 56 se consegue atraves dos rnovimentos da pelve~
alem disso, as mas posturas sao sempre em hiperlordose.
o diafragrna e urn musculo muito irnportante para a postura, embora nem sempre e
lembrado pelos autores como tal. A inser~ao de seus pilares na face anterior das primeiras
vertebras lombares indica sua fi.lJ1~ao lordosante; portanto, na hiperlordose lombar, seus
pilares estarao retraidos e a inspira~ao profunda sent menos eficiente, pela menor descida do
centro frenico.
Como a descida do diafragma comprime as visceras abdominais, e estas empurram os
musculos da parede para frente, estes ultimos precisam estar frouxos. No entanto, a inspira9ao
profunda exige a fixa9ao da coluna lombar, que e ponto de apoio dos pilares, e isto se realiza
pela contra<;ao dos musculos cifosantes, que sao os abdominais e os postero inferiores
(gluteos nuixirnos e isquiotibiais). Para se realizar, entao, a respira<;ao chamada «abdominal",
que e de grande importancia para a corre9ao da rna postura, e necessario urn aprendizado que
consiste na dissociayao dos movirnentos de contrayao do diafragma e relaxarnento dos
abdominais.
2. MATERIAL E METODO
o metoda de procedimento desta pesquisa roi atraves do estudo de urn casa cHnico,
com tipo de arnostragem intencional, sendo a linha de pesquisa experimental com metoda de
abordagem hipotetico indutivo.
A paciente desla pesquisa e do sexo feminino, portadora de sindrome de Down com
grau leve de deficiencia, tendo 17 anos de idade e praticante de nata~a:o.
Esta pesquisa foi realizada, em 20 atendimentos duas vezes por semana, durante dais
meses, corn durac;ao de 45 minutos, na piscina da Associac;ao de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE) da cidade de Porto Amazonas. A piscina possui 0 tamanho de 04x10m;
1,30 de profundidade, 310 de temperatura. Esta piscina possui uma escada fixa, com barras
tambem fixas ao redor da piscina. E como material utilizamos: caneleiras, aquatubes, bastao,
beia e prancha.
o roteiro do protocolo de exercicios realizados nesta pesquisa foi:
• 5' de caminhada ao redor da piscina,utilizando bastao para realizar exercicios de
nexo-extensao e inclina~ao lateral de membros superiores e rota~ao de troneo;
• 5' de nado costas, 0 quaJ foi adaptado~
• exercicios de bascula da pelve,iniciamos com 2 series de 10 repeti~6es; a partir da
OS3sessao aumentamos para 3 series de IS repeti~5es e na 15u sessao aumentamos
para 4 series de 20 repeti~6es;
• fortalecimento dos musculos abdominais utilizando aquatube (em Ires deeubitos:
dorsal, lateral direito e esquerdo), iniciamos com 2 series de 10 repeti~oes em cada
decubito e a partir da I<f sessao aumentamos para 3 series de 15 repetiltoes em
cada decubito. Nestes exercicios os aquatubes eram colocados : urn em regiao
axilar e outro em regiao poplitea;
• fortalecimento dos musculos paravertebrais com prancha em decubito ventral com
a cabelta mergulhada, atraves do exercicio de deslizamento com ondulaltao
("minhoquinha"), tendo a prancha segura pelas maos, 10 vezes ida e volta no
comprimento da piscina;
• fortalecimento dos musculos flexores do quadril utilizando caneleiras e aquatubes,
em pe utilizando caneleiras, 2 series de 10 repetiltoes de flexo-extensao de quadril
e joelho e apcs a J(}' sessao aumentamos para 3 series de IS repetiltoes. Para
fortalecer flexores com aquatube, a paciente ticava em decubito ventral com a
cabeya fora da agua, pes em dorsiflexao, fazendo flexo-extenao de quadril e joeJho,
altemando 0 movimento dos membros inferiores. 0 membro inferior que fica em
extensao pennanece em contrayao isometrica. OBS: Todos os exercicios de
fortalecimento foram realizados bilateralmente~
• 5' deambulando denlro da agua com orientayao postural geral e respirat6ria~ a
orientacao postural foi geral, desde postura de cabeca (olhando no horizonte),
ombros para tnls, contrayao abdominal (forcando a posiltao neutra da pelve,
evitando a anteroversao de pelve e a hiperlordose lornbar). A orientaltao da
respiracao fora direcionada para 0 trabalho do musculo diafragma, e fora realizada
intercalando com a contracao abdominal ( inspiracao nasal, desce 0 diafragma e
"enche"a barriga, expira oralmente e contrai museulos abdominais);
• alongamento dos membros inferiores, membros superiores, regioes anterior e
posterior do tronco, regiao cervical. Os exercicios de alongamento foram
realizados bilateralmente, 3 series em cada exercicio sustentando 0 alongamento
por 40 segundos. as membros inferiores foram alongados da seguinte forma
"'segurando com as duas maos na barra e os dois pes apoiados na parede da piscina
com extensao de joelhos, os membros inferiores encostados e as articula96es coxo
femorais em 90°; *0 mesmo exercicio, porem com os membros inferiores
afastados. "'Agora em pe, da-se urn passo a frente com urn mernbro inferior e
flexiona 0 joelho, rnantendo 0 joelho do outro membro estendido, pressiona 0
quadril do joelho estendido para frente enquanto manH~m 0 tronco ereta. "'Em pe
segurando na barra da piscina, flexiona urn joelhopara tras e segura 0 tomozelo
com a mao do mesmo lado, puxa 0 tornoze!o parafora ern dire9aO ao gluteo. a
membro inferior de sustentayiio pennanece com 0 joelho semi-fletido. as membros
superiores alongamos da seguinte forma *segurando as maos atris do corpo,
gentilmente eleva as maos unidas para cima sem flexionar 0 tronco, quadril ou
cotove!os, joelhos ficam semi-fletidos e os pes afastados. "'Segurando as maos
unidas a frente do corpo, gentilmente eleva os brac;os com as maos undas 0 mais
para cima possivel, sem arquear as costas ou flexionar os cotovelos, os pes estao
afastados e os joelhos semi-fletidos.A regiao cervical alongamos assim : *levando
o queixo em dire9ao ao peito, mantendo a regiao tonicica ereta, as maos estao
postas atnts da cabec;a para forc;ar 0 alongamento. '"Alcan9ando 0 topo da cabec;a
com 0 brac;o esquerdo, colocando 0 dedo medio esquerdo acima da orelha direita, a
mao direita esta atras das costas, gentilmente puxa a cabe9a em dire9ao ao ombro
esquerdo, olhando direlamente para £Tente. Para alongar tronco fizemos 0 seguinte
: *segurando-se verticalmente em uma boia, traz os dois joelhos em direC;ao ao
peilo e segura atras dos mesmos com as maos, flexiona a coluna para frente. "'Em
pe, com as membros inferiores unidos, os bravos a lateral e as costas contra a
parede da piscina, eleva urn joelho e agarra-o abaixo do rnesmo com as duas maos,
puxa-o em direQao ao peito, mantendo a perna oposta est end ida.
dissocia~ao das cinturas pelvica e escapular com beia. Para dissociar apelve, a b6ia
foi colocada em regiao axilar e a paciente foi conduzida para a dissocia~ao
inicialmente por membros inferiores e apes per membros superiores. Para dissociar
cintura escapular, a b6ia foi colocada na cintura da paciente e a paciente roi
conduzida a alcan~ar 0 objetivo da djssocia~ao escapular.
3. APRESENTACAO DE DAD OS
Para a realiza~ao desta pesquisa, fizemos inicialmente urna avaliacao postural e urna
avaliac;:ao aquatica e apos 0 termino do 200 atendimento, themos urna avaliac;:ao postural final
que sent confrontada com a inicial para se tef 0 resultado, baseando-se na escala ana logo
visual.
SEGMENTOS AV. POSTURAL AV. POSTURAL AQUISICOES
OBSERVADOS INICIAL FINAL
VISTA ANTERIOR
CABECA ALlNHADA ALlNHADA ·OMBROS ALlNHADOS ALINHADOS *MAMILOS ALINHADOS ALINHADOS ·TRIANG.DE IGUAlS IGUAIS ·
TALLES
C.lAS. ALINHADAS ALlNHADAS ·JOELHOS VALGOS VALGOS ·
MALEOLOS ALINHADOS ALINHADOS ·PES ALINHADOS ALlNHADOS ·
SEGMENTOS AV. POSTURAL AV. POSTURAL AQUlSl<;:OES.
OBSERVADOS INICIAL FINAL
VISTA POSTERIOR
CABE<;:A ALlNHADA ALlNHADA *OMBROS ALINHADOS ALlNHADOS *MAMfLOS ALINHADOS ALfNHADOS *
"".DE TALLES IGUAIS IGUAIS *
CIAS. ALINHADAS ALINHADAS *JOELHOS VALGOS VALGOS *
MALEOLOS ALINHADOS ALlNHADOS *PES ALINHADOS ALINHADOS *
SEGMENTOS AV. POSTURAL AV. POSTURAL AQUlSI<;:OES.
OBSERVADOS INICIAL FINAL
VISTA LATERAL DlREITA
CABE<;:A PROTUSA PROTUSA I
OMBROS PROTUSOS PROTUSOS 2
LORD. CERV. AUMENTADA AUMENTADA 2
CIF. TORAC. AUMENTADA AUMENTADA 3
LORD. LOMB. AUMENTADA NORMAL 5
ABDOMEN PROTUSO NORMAL 4
PELVE ANTEROVERT NEUTRA 5
JOELHOS HJPEREXTEND. HIPEREXTEND. 2
PES PLANOS PLANOS .
SEGMENTOS AV. POSTURAL AV. POSTURAL AQUISICOES
OBSERVADOS INICIAL FINAL
VISTA LATERAL ESQUERDA
CABECA PROTUSA PROTUSA I
OMBROS PROTUSOS PROTUSOS 2
LORD. CERV. AUMENTADA AUMENTADA 2
CIF. TORAC. AUMENTADA AUMENTADA 3
LORD. LOMB. AUMENT ADA NORMAL 5
ABDOMEN PROTUSO NORMAL 4
PELVE ANTEROVERT. NEUTRA 5
JOELHOS HIPEREXTEND. HIPEREXTEND. 2
PES PLANOS PLANOS .
Legenda:
* = sem aitera90es
1 = nao obteve melhora
2 = obteve melhora com estimulo verbal, sem manutenQao da postura correta
3 = obteve melhora com estimulo verbal, com manuten9ao da postura correta
por urn certa periodo de tempo (aproximadamente 10 minutos).
4 = obteve melhora sem estimulo verbal, corn manuten9ao da postura correta
pDf urn lango periodo de tempo (durante todo 0 atendimento).
5 = obteve melhora sem estirnulo verbal com manutem;:ao da postura correta
tambem em periodos fora do atendimento fisiotenipico.
08S: Os valores mencionados dizem respeito a evolw:;ao da paciente apcs 0 termino da 2an
sessao, onde confrontamos as avalia~oes posturais inicial e final.
Em anexo segue a avalia9ao aquiltica inicial, a qual s6 foi realizada para saber qual 0
dominio do meio liquido da paciente.
4. INTERPRETACAO DOS RESULTADOS
Os resultados aqui descritos, mensurados na escala analoga visual, foram obtidos
atraves da comparac;ao entre as avalia(\:oes posturais inicial e fmaL
Os segmentos do corpo, cabeya, om bros e lordose cervical nao obtiveram melhora
significativa pais, nosse trabalho estava direcionado ao realinhamento pelvico, e as aquisic;5es
nestes segment os aconteceram par conseqOencia ao realinharnento. A hipercifose tonicica
obteve melhora a nivel de consciencia corporal, mesmo este segmento nao tendo side
estimulado diretamente, ou seja. a paciente era estimulada verbal mente para a correyao da
hipercifose, a mesma correspondia com 0 estimulo mantendo a postura correta durante urn
curto periodo de tempo, onde em seguida esquecia e relaxava, retornando it hipercifose la a
hiperlordose lombar, a protusao abdominal e a anteroversao pelvica, principais segmentos
trabalhados nesta pesquisa, obtiveram os seguintes resultados na protusao abdominal
obtivemos um resuhado expressivo, pois nao era necessario 0 estimulo verbal ja que durante 0
atendimento a paciente permanecia em postura abdominal correta. A anteroversao pelvica e a
hiperJordose lombar foram nosso melhor resultado, pois a paciente assimilou 0 trabalho
realizado de reajuste postural da cintura pelvica e permanecia na POSiy80 pelvica correta nao
56 durante 0 atendimento como tambem ern suas atividades diarias. Acredita-se que este
result ado IOrnaria-se mais positivo com urn trabalho associado de fisioterapia em solo, ou com
a manutenyao de uma atividade fisica regular, ja que durante 0 periodo da pesquisa a paciente
deixou de praticar a natayao a pedido dos familiares.
5. CONCLUSAO
Baseando-se na comparayao entre as avaliayoes posturais inicial e final, pudemos
concluir que 0 resultado nao foi tao satisfat6rio quanta 0 almejado, parem conseguimos uma
conscientizayao do alinhamento corporal voluntaria, bern como melhora da protusao
abdominal, sem estimulo verbal em curto periodo de tempo e melhora postural consciente da
hiperlordose lombar e da atitude em anteroversao pe\vica, 0 que demonstrou uma aquisiyao de
consciencia corporal nestes segmentos do corpo
Em nossa pesquisa algumas aquisiyoes nao foram totalmente alcam;adas, em
decorn!ncia de variaveis intervenientes como: assiduidade, obesidade, numero insuficiente de
atendimentos, e lambem pela propria caracteristica da sindrome de Down, a hipotonia.
Sugerimos que sejarn feitas outras pesquisas com grupo controle mai~r, ou ate rnesmo
dois grupos controles, urn com sindrome e outro sem, porem ambos com os mesmos
problemas posturais, onde trabalhasse a mesma teenica para ver qual a influencia da hipotonia
na demora da aquisi~ao do realinhamento postural.
Associada it. Fisioterapia, a pnitica de uma atividade de carater esportivo com devida
orienta~ao do fisioterapeuta e recomendavel, pois estirnula, tarnhem, a integra~ao social,
seguimento de limites e motivayao.
ANEXOS
1. AVALIACAO AQuATICA INICIAL:
A paciente desta pesquisa pratica natac;:ao regularmente ha tres anos, devido a ista ela e
bern ambientalizada, domina 0 meio Iiquido.
AVALIACAO:
*13. teve algum cantata com a agua?
Sim, pratica natat;ao ha tres anos.
*Aceila presenc;:a de agua nos orificios?
Sim. Parern, por onenta9ao de urn otorrinolaringologista faz usc de tampao de
silicone nos ouvidos.
*Estahelece comunicacao?
Sim.
*FJutua sozinha?
Sim.
*Faz rota90es sem auxilio?
Sim
*Domina entrada e saida da piscina?
Sim.
*Locomove-se na agua?
Sim.
*Tem cant role respiratorio e habilidade de imersao?
Sim.
·Como e seu equilibrio?
Deficitario.
*Desliza?
Sim.
·Utiliza a corpo como propulsor?
Sim.
·Faz saltos?
Sim
*Executa 0 dominic de um nado?
Sim.
BIBLlOGRAFlA
1. BATES, Andrea; HANSON, Norm. Exercicios Aquaticos Terapeuticos. Sao Paulo. Ed.
Manole. 1998
2. BOLLE~ G. Compendia di Psichiatria dell'etit evolutiva. Rama. Ed. Bulzoni. 1980.
3. CAMPION, Margaret Reid. Hidroterapia, Principios e Pniticas. Sao Paulo.
Ed. Manole. 2000.
4. DANIELSKI, Vanderlei. Sind rome de Down. Sao Paulo. Ed. Ave Maria. 1999.
ERICKSEN, Oscar. Apontamentos de Sala de Aula do Curso de Pos
Gradu3(,'ao de FJidrocinesioterapia. Disciplina de Natac;ao e Biomecanica Aplicada
it Fisiolerapill. Curitiba. 1998.
6. MASTRANGELO, G. Manuale di Neuropschiatria Infantile. Roma.JI
Pensiero Scientifico. 1982.
7. SCHWARTZMAN, Jose Salomao e col.. Sind rome de Down. Sao Paulo.
Ed. Mackenzie. 1999.
8. TUREK, Samuel L. Orlopedia, Principios e sua Aplicac;ao. 4' Ed. Sao Paulo.
Ed. Manole. 1991.