O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
POR
VOLMIR ANTONIO BEGNINI
MEDIANEIRA – PR
2010
UNIOESTE
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Curso de Educação Física
Campus de Mal. Cândido Rondon – Pr.
VOLMIR ANTONIO BEGNINI
UNIDADE DIDÁTICA
Produção Didática Pedagógica - Unidade Didática - apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste - Campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Orientação: Professor Doutor Luís Sérgio Peres
Julho de 2010
SUMÁRIO 1- Identificação Da Produção Didático Pedagógica. ................................................. 04
2- Apresentação …........................................................................................................06
3- Unidade 1 – Esporte Na Escola ............................................................................... 07
Atividade 01 - O Esporte Como Meio De Reflexão Das Práticas Pedagógicas..07
Atividade 02 – Pesquisando Sobre Tipos De Esporte....................................... 11
4 - Unidade 2 – Voleibol: O Esporte Realizado Na Escola .........................................13
Atividade 03 – O Voleibol No Contexto Das Aulas De Educação Física............12
Atividade 04 – Pesquisando Sobre O Voleibol....................................................15
5- Unidade 3 – Voleibol: Educativos Para Trabalhar Seus Fundamento s...............16
Atividade 05 – Iniciação aos Fundamentos do Voleibol na Escola.................... 16
Atividade 06 – Atividades Pedagógicas Para Fundamentação do Voleibol
na Escola..............................................................................................................18
Atividade 07 – Jogos Pré-Desportivos de Voleibol.............................................28
6- Referências ............................................................................................................... 31
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Secretaria de Estado da Educação – SEED Superintendência da Educação - SUED
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – D PPE Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
DO PROFESSOR PDE – 2010
1. NOME DO PROFESSOR PDE: VOLMIR ANTONIO BEGNINI 2. DISCIPLINA/ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA 3. IES: UNIOESTE: CAMPUS MARECHAL CÂNDIDO RONDON 4. ORIENTADOR: PROF. Dr. LUÍS SÉRGIO PERES 5. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO:
Este estudo caracteriza-se por um trabalho descritivo exploratório participativo. que
tem por objetivo descrever completamente determinado fenômeno e que uma variedade
de procedimentos de coleta de dados pode ser utilizada, como entrevistas, questionários
e análise de conteúdo.
A pesquisa descritiva é um estudo de status que tem o seu valor baseado na
premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por
intermédio da observação, análise e descrição objetiva e completa do fenômeno.
6. TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA:
Voleibol na Escola: Uma proposta de integração e intervenção pedagógica.
7- PROBLEMA:
Nas atividades apresentadas em muitas escolas tem-se observado que atualmente
as aulas de Educação Física se desenvolvem apenas em forma de jogo. Refletindo sobre
esta ação e tendo conhecimento, constatado teoricamente que há diversas formas de
tornar o processo de ensino-aprendizagem mais prazeroso e motivador, como o lúdico, o
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recreativo e o cooperativo, levando o aluno a inserir-se voluntariamente nas atividades
ofertadas, porém esta realidade em muitas escolas não acontece.
O objetivo desta proposta é fazer com que as aulas tenham maior participação dos
alunos no desenvolvimento do conteúdo de voleibol, entendam o objetivo do jogo,
fazendo com que eles aprendam jogar esta modalidade do esporte para que se incluam
espontaneamente, evitando a exclusão e dando continuidade e incrementando as
atividades conforme o nível de aprendizado dos alunos, não só nas 5ª séries, mas dando
continuidade nas séries subseqüentes.
8. JUSTIFICATIVA DA PRODUÇÃO:
Atualmente entre os esportes de maior aceitação nas escolas durante as aulas de
Educação Física, encontramos o voleibol, fato este devido a popularidade do mesmo junto
a resultados apresentados a nível mundial e pelo incentivo demonstrado pela mídia em
divulgá-lo. Este esporte é considerado como um dos fundamentais para o
desenvolvimento integral dos alunos, proporcionando movimentos que além de privilegiar
o desenvolvimento motor das crianças, desenvolve também os valores coletivos,
imprescindíveis para a formação do ser humano, através do aprimorando das
capacidades físicas, melhorando a saúde e a integração social. O professor, como
educador, deve criar situações visando esta abordagem.
9. OBJETIVO GERAL DA PRODUÇÃO:
Elaborar uma proposta pedagógica para o desenvolvimento da modalidade de
voleibol nas 5ª séries do Colégio Estadual Belo Horizonte no município de Medianeira.
10. TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA:
Para o desenvolvimento da atividade optou-se pela Unidade Didática. Para a
elaboração desta Unidade Didática, utilizou-se como Conteúdo Estruturante os Esportes e
com o conteúdo específico denominado Voleibol.
11. PÚBLICO-ALVO:
Alunos das 5ª séries do Colégio Estadual Belo Horizonte de Medianeira.
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APRESENTAÇÃO:
O voleibol inclusivo é a proposta deste material didático. Baseado em constatação
teórica, proponho uma intervenção pedagógica através de procedimentos para o
desenvolvimento da modalidade do voleibol. Primeiramente, será apresentada aos
professores de Educação Física do estabelecimento, e posteriormente às turmas das 5ª
séries A e B do Colégio Estadual Belo Horizonte, no município de Medianeira, colégio
este escolhido para o desenvolvimento da proposta de forma intencional, tendo em vista
as necessidades apresentadas pelos alunos, características específicas desta
comunidade escolar, detectadas pelos seus professores. A forma de desenvolvimento
junto aos alunos deve ser inclusiva, dando oportunidades iguais a todos, oferecendo o
direito ao movimento, que é a atividade fundamental da Educação Física, seja ele de
qualquer natureza. Nesse caso, o professor, como educador, deve criar situações visando
esta abordagem, com a finalidade de promover o aluno na sua formação integral,
adequando suas necessidades ao prazer em movimentar o corpo.
O objetivo deste material didático é fazer com que as aulas tenham maior
participação dos alunos no desenvolvimento do conteúdo de voleibol, que entendam o
objetivo do jogo, fazendo com que eles aprendam jogar esta modalidade do esporte para
que se incluam espontaneamente, dando continuidade e incrementando as atividades
conforme o nível de aprendizado dos alunos, não só nas 5ªs, mas dando continuidade
nas séries subseqüentes.
MEDIANEIRA, 02 de agosto de 2010.
VOLMIR ANTONIO BEGNINI
Professor PDE/2009-2011
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UNIDADE 1 – ESPORTE NA ESCOLA
ATIVIDADE 01 - O ESPORTE COMO MEIO DE REFLEXÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Objetivo: resgatar a importância do esporte no contexto escolar, através de leitura, reflexão e discussão das abordagens apresentadas
Atividade: os alunos em pequenos grupos deverão realizar a leitura do texto abaixo, apontando pontos importantes a serem questionados ao professor.
O esporte deve ser oferecido no sistema de ensino como atividade inerente ao
componente curricular da Educação Física inserido no projeto pedagógico da escola. A
sua prática deve evitar a hipercompetitividade dos alunos e priorizar o seu
desenvolvimento integral, incluindo a sua formação para a cidadania e lazer. O esporte e
os demais conteúdos devem ser orientados para promover o estilo de vida ativo, para o
lazer e a fruição, fazendo com que hábitos e atitudes que são próprias do esporte sejam
utilizados com fatores de bem estar, de paz, de cooperação e de exercício da ética
(RUBINHO, 2009)
Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (PARANÁ, 2008, p. 63),
preconizam que os conteúdos estruturantes “esporte”, deve garantir aos alunos o direito
de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas, além de adaptá-las à realidade
escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de ensino. A prática pedagógica de
Educação Física não deve limitar-se ao fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e
exclusivamente das habilidades físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
Portanto, nestas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teórico-
prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser
uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para
integrar os sujeitos em suas relações sociais.
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No entanto, o profissional de Educação Física deve enfatizar a reflexão crítica e a
didatização desse conteúdo, pode reforçar algumas características como a sobrepujança,
a competitividade e o individualismo. A título de exemplo, a profissionalização esportiva
deve ser analisada criticamente, discutindo-se com os alunos as consequências dos
contratos de trabalho que levam à migração e a desterritorialização prematura de meninos
e meninas; às exigências de esforço e resistência física levados a limites extremos.
A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e
nas comparações absolutas e objetivas fazem do esporte na escola uma prática
pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes, hábeis e
ágeis conseguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado desse
conteúdo. Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige um
trabalho intenso redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na escola,
repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos estudantes as
múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica perante esse conteúdo
escolar.
Nesta mesma linha de pensamento Bojikian e Bojikian (2008, p. 22), afirma que: se
um Professor de Educação Física quiser dar sua parcela de contribuição para que
formemos em nosso país cidadãos conscientes, participativos, responsáveis e honestos,
faz-se necessário que em suas aulas, para crianças e adolescentes, sejam praticados
valores comportamentais, de modo a propiciar aos estudantes crescimento e
desenvolvimento, praticando princípios da boa cidadania. A prática de atividades físicas
que agreguem equilíbrio emocional, confiança, motivação, perseverança, espírito crítico,
melhora da auto-estima, participação, comprometimento, responsabilidade, respeito ao
próximo e ao coletivo, solidariedade e tolerância pode ser de muito valia para que nossos
estudantes cresçam já como cidadãos.
As DCES (PARANÁ, 2008, p. 64) sugerem uma abordagem que privilegie o esporte
da escola, e não somente o esporte na escola. Ainda, o ensino do esporte deve propiciar
ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política. Busca-se um
entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma
ampla, isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido
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da competição esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural como
fenômeno de massa.
Portanto, o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim contemplar o
aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, mas não
se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu plano de trabalho
docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das inúmeras modalidades
esportivas e do fenômeno esportivo que, sem dúvida, é algo bastante presente na
sociedade atual (PARANÁ, 2008, p. 64).
Assim o professor, ao trabalhar o esporte, deve levá-los a refletir de forma crítica,
não só sobre os problemas que envolvem o esporte de forma negativa na sociedade, tais
como a utilização de drogas ilícitas para a melhoria do desempenho, a corrupção e a
violência, mas também sobre seus aspectos positivos, como a geração de empregos, o
desenvolvimento de pesquisas científicas, tanto no tocante a novas tecnologias, como na
área da saúde
Darido (2005, p.180-181) define estas manifestações esportivas da seguinte
maneira: O esporte-educação focaliza-se na escola, nas aulas de Educação Física, tem
por finalidade democratizar e geral cultura pelo movimento de expressão do indivíduo em
ação como manifestação social e de exercício crítico da cidadania, evitando a e exclusão
e a competitividade exagerada. Assim o professor, ao trabalhar o esporte-educação, além
de proporcionar aos alunos a vivência de diferentes modalidades, deve levá-los a refletir
de forma crítica, não só sobre os problemas que envolvem o esporte na sociedade, tal
como utilização de drogas ilícitas para a melhoria do desempenho, como os anabolizantes
e outras drogas similares, a corrupção e a violência, mas também seus aspectos positivos
como o desenvolvimento de pesquisas científicas para a melhoria da saúde da população
em geral e não só dos atletas e também na geração de empregos que o esporte
proporciona.
O esporte-participação, referenciadas pelo princípio do prazer lúdico, essas
manifestações ocorrem em espaços não comprometidos com o tempo e livres de
obrigações da vida cotidiana, apresentam como propósito a descontração, a diversão, o
desenvolvimento pessoal e a interação social. O esporte-participação pode ser praticado
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por crianças, jovens, adultos, indivíduos da terceira idade, portadores de necessidades
especiais, homens e mulheres. É comum observarmos as pessoas se organizando para
jogar futebol, futsal, basquetebol, voleibol, ciclismo, ginástica, realizar caminhadas ou
ainda esportes de aventura, em espaços públicos de lazer e esporte, nos clubes, nas
praias, nas ruas e também em algumas instituições de ensino que cedem espaço para a
realização de tais atividades nos finais de semana ou nos períodos de ociosidade das
atividades cotidianas.
O esporte-performance, ou de rendimento traz consigo os propósitos de novos
êxitos e a vitória sobre os adversários. As diferentes modalidades esportivas estão ligadas
a instituições (ligas, federações, confederações, comitês olímpicos) que organizam as
competições locais, nacionais ou internacionais e têm a função de zelar pelo cumprimento
das regras e dos códigos de ética das competições. É exercido sobre regras
universalmente preestabelecidas, e apresenta uma tendência a ser praticado pelos
talentos esportivos, tendência que mar a o seu caráter antidemocrático. Certamente que,
em meio a tantos aspectos negativos, o autor sustenta que há um grande número de
aspectos positivos: cita o esporte como uma atividade cultural que proporciona
intercâmbio nacional e internacional; o envolvimento de recursos humanos qualificados, o
que provoca a existência de profissões especializadas no esporte; a geração de turismo;
o efeito-imitação como influência ao esporte popular e o crescimento de mão-de-obra
especializada na indústria de produtos esportivos. Exemplos de esporte-performance
podem ser vistos, algumas modalidades com maior ou menor freqüência, pelas
transmissões televisivas dos campeonatos nacionais e internacionais de futebol, voleibol,
vôlei de praia, automobilismo, basquetebol, surf, judô, ginástica artística, natação, entre
outros.
Obs.: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) hor as/ aula .
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UNIDADE 1 – ESPORTE NA ESCOLA
ATIVIDADE 02 – PESQUISANDO SOBRE TIPOS DE ESPORTE
Objetivo: Aprimorar os conhecimentos dos alunos em relação à pesquisa de forma
interdisciplinar, fazendo com que os mesmos busquem através da internet ou livros.
Atividade: A turma será dividida em dois grupos, sendo que o grupo 1, deverá
realizar a pesquisa 1 e o grupo 2 realizará a pesquisa 2.
PESQUISA 1 - Realizar pesquisa na web ou biblioteca e promover apresentação
em grupo e debate, sendo abordados os pontos positivos e negativos das três
manifestações esportivas citadas: esporte-educação, esporte-participação e esporte
performance.
PESQUISA 2 - Realizar pesquisa e promover apresentação individual escolhendo
um dos seguintes temas: doping no esporte, drogas lícitas e ilícitas, violência e lesões no
esporte, corrupção no esporte.
Obs.: Esta atividade equivale-se para 04 (quatro) h oras/ aula.
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UNIDADE 2 – VOLEIBOL: O ESPORTE REALIZADO NA ESCOLA
ATIVIDADE 03 – O VOLEIBOL NO CONTEXTO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA
Objetivo: Conhecer o esporte voleibol, sua importância, aceitação, história e fundamentos para sua realização.
Atividade: leitura e discussão do texto:
Atualmente o voleibol está entre os esportes de maior aceitação nas escolas
durante as aulas de Educação Física, fato este devido a popularidade do mesmo junto a
resultados apresentados a nível mundial e pelo incentivo demonstrado pela mídia em
divulgá-lo. Este esporte é considerado como um dos fundamentais para o
desenvolvimento integral dos alunos, proporcionando movimentos que além de privilegiar
o desenvolvimento motor das crianças, desenvolve também os valores coletivos,
imprescindíveis para a formação do ser humano, através do aprimorando das
capacidades físicas, melhorando a saúde e a integração social. O professor como
educador, deve criar situações visando esta abordagem.
As regras do voleibol também foram uma das que mais sofreram alterações nos
últimos anos, como a permissão de queimar o saque (tocar a rede), sacar de toda
extensão do fundo da quadra e uma das principais foi quanto à contagem dos pontos, que
antes era com vantagem/ponto e os sets iam até 15 pontos, hoje é disputado no sistema
ponto/rally, em que toda jogada vale o ponto, tornando-se o jogo mais fácil de ser
entendido para o público e diminuindo o tempo de duração dos jogos, sendo que no
sistema antigo uma partida de final olímpica chegou a durar mais de quatro horas, sendo
inviável para a as redes de TV transmitir. Hoje os campeonatos nacionais como a
Superliga Nacional de Voleibol são transmitidos em rede de TV aberta e fechada (por
assinatura). Outra regra que mudou drasticamente o formato do jogo foi a introdução do
Líbero, jogador especialista na recepção e na defesa, contribuindo também para a
inclusão no esporte de alto nível de jogadores mais baixos que a atual média mundial dos
demais jogadores.
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As características e peculiaridades do voleibol aqui citadas, tornam a utilização
desse esporte um instrumento de grande potencial para colaborar com os programas de
Educação Física, quando estes estão inseridos nos Projetos Pedagógicos dos colégios
que tenham como objetivo maior a formação de bons cidadãos.
Embora seja um jogo que exija uma grande precisão nos movimentos técnicos,
possibilita também uma grande diversidade de adaptações de pequenos jogos e muitos
outros movimentos que podem ser criados pelos alunos, a partir do conceito de voleibol,
tendo como obstáculo a rede e como implemento do jogo, a bola. Inclusive porque na
prática desse esporte há a possibilidade da participação simultânea de meninos e
meninas sem que a estrutura do jogo tenha que ser alterada.
Outra questão favorável é a possibilidade de adaptação dos materiais necessários
à sua prática, por exemplo, dois postes fixados em lados opostos e uma corda amarrada
a elas, caracterizam uma rede; uma bola de qualquer textura e tamanho possibilita
jogadas semelhantes ao jogo, e sendo mais leve que a oficial torna-se mais atrativa, pois
não machuca os braços dos alunos que são frágeis principalmente na execução da
manchete na iniciação; finalmente o espaço pode ser de grama, ou terra batida, ou areia,
desde que o piso seja plano, ou como numa quadra de piso de alta tecnologia, as
atividades e o jogo de voleibol pode ser desenvolvido.
Campos (2006, p. 34), ao refletir sobre a importância desta modalidade destaca
que o voleibol é um esporte perfeito para ser desenvolvido na escola como conteúdo de
uma aula de Educação Física, como também uma modalidade esportiva com fins
específicos de competição. Compete ao professor relevar tais questões e implantar o jogo
no contexto escolar. No trabalho com movimentos do vôlei com fins educacionais o
desafio para o aluno é a possibilidade de explorar o maior número possível de
movimentos a partir dos elementos do vôlei que são todos aqueles fundamentos que
compõem, da ludicidade de sua prática, valores morais e de esforço individual, a relação
social que o jogo promove e a democratização para congregar pessoas de diferentes
níveis, qualidade, gênero, posições sociais diferentes num mesmo momento com um
objetivo de superação de muitas situações do ambiente em que esse esporte acontece.
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Os fundamentos desse esporte deverão ser trabalhados de modo que todos os
alunos de qualquer faixa etária possam realizá-los, sem exclusão dos menos habilidosos.
Nesse caso, o professor é o educador, devendo criar situações de movimentos com a
finalidade de promover o aluno na sua formação integral.
Obs.:Esta atividade equivale-se para 02 (duas) hora s/ aula.
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UNIDADE 2 – VOLEIBOL: O ESPORTE REALIZADO NA ESCOLA
ATIVIDADE 04 – PESQUISANDO SOBRE O VOLEIBOL
Objetivo: Fazer com que os alunos entendam porque as regras do voleibol foram
alteradas ao longo da história desse esporte.
Atividades :
Realizar pesquisas, apresentações e debates sobre as alterações das regras de
voleibol:
- Detectar as alterações mais significantes nas regras do jogo de Voleibol que
mudaram a estrutura do jogo nos últimos anos;
- Dentre as alterações mais significativas, quais foram as mudanças que
melhoraram ou pioraram para o entendimento das regras do voleibol pelo público
espectador? Justifique.
Obs.: Esta atividade equivale-se para 02 (duas) hor as/aula .
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UNIDADE 3 – VOLEIBOL FUNDAMENTOS
ATIVIDADE 5: EDUCATIVOS PARA TRABALHAR SEUS
FUNDAMENTOS:
Objetivo: Domínio corporal, domínio de bola, lateralidade, equilíbrio,
capacidade de antecipação, coordenação geral e viso motora, com ênfase no
aparelho locomotor.
Ao iniciar o ensino do voleibol, deve-se pensar em iniciar pelo domínio
corporal, uma vez que o nosso corpo a todo instante está respondendo a uma série
de estímulos que possibilitam um bom aproveitamento do nosso sistema muscular,
adequando com precisão nossos movimentos aos deslocamentos da bola. São
atividades de domínio corporal: rastejar; rolar sobre o solo; engatinhar; andar
ajoelhado; andar; andar rápido; correr de diferentes formas (frente, costas e
lateral); saltar (com um pé, com o outro, co mos dois juntos, etc.). Através dessas
atividades básicas, poderemos incluir e alternar os movimentos com os membros
superiores e inferiores simultaneamente. Com isso, teremos exercícios com
diferentes graus de dificuldade, enriquecendo as aulas, de acordo com a evolução
de nossos alunos, que estarão sendo preparados e estimulados aos gestos do
voleibol. A
seguir, alguns exercícios com bola que servem como educativos para
posteriormente trabalhar os fundamentos do voleibol, que podem ser realizados
com os alunos parados, andando ou correndo, individualmente:
- Lançar a bola para cima, com as duas mãos e recebê-la com as duas
mãos;
- Lançá-la para cima, com as duas mãos e recebê-la com uma (alternar
direita e esquerda);
- Lançá-la para cima, com uma das mãos (alternar direita e esquerda) e
recebê-la com uma das mãos ou com as duas mãos;
- Lançá-la como nos itens anteriores, mas recebê-la após quicar uma vez no
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solo na trajetória ascendente;
- Verificar quem pode bater palmas antes de receber a bola de volta, após
lançá-la para cima;
- Passar a bola de uma mão para outra. Passar a bola por entre as pernas,
formando um oito. Passar a bola ao redor dos quadris e cabeça;
- Estando em pé, rolar a bola com uma ou duas mãos, acompanhando-a;
- Sentado com as pernas cruzadas, rolar a bola ao redor do corpo, para a
direita e para a esquerda;
- Sentado com as pernas erguidas, passar a bola por baixo delas;
- Sentado, verificar quem é capaz de, lançar a bola ao ar com os pés e
recebê-la com as mãos. Idem e recebê-la com os pés. Sentado, arremessá-la para
cima, levantar-se e pegá-la antes que ela cara no chão;
- Em pé, ater a bola com as duas mãos, com a direita, com a esquerda, uma
vez com a direita, outra vez com a esquerda, alternando;
- Bater a bola andando e correndo com a mão direita e com a esquerda.
Alternar batendo a bola duas vezes com a direita e duas com a esquerda;
- Fazer a bola quicar para frente, para trás e para os lados;
- Quicar a bola e efetuar um giro completo antes de a bola descer
novamente. Verificar quem consegue dar dois giros antes que a bola desça;
- Quicar a bola e passar, com o tronco flexionado por debaixo dela enquanto
ela está no ar. Verificar quantas vezes se pode passar sob ela;
- Rolar a bola e correr atrás dela em várias direções;
- Verificar quem consegue levantá-la com o pé direito e esquerdo;
- Estando várias bolas no solo em linha reta ou em curva, de maneira que
não haja necessidade de passos intermediários, ultrapassar a galope por cima
delas;
- As bolas da mesma forma ultrapassá-las em deslocamento lateral em “zig-
zag”, de frente e de costas;
- Idem ao anterior ultrapassar as bolas saltando com os dois pés juntos;
- Golpear a bola com a cabeça, com o braço, antebraço, punho, coxa,
tornozelo e pés;
Obs.: Estas atividades correspondem a 4 (quatro) ho ras/aula.
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UNIDADE 3 - ATIVIDADE 06 – ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA FUNDAMENTAÇÃO DO VOLEIBOL NA ESCOLA
Objetivo : Trabalhar os fundamentos do voleibol na teoria e prática para melhor
execução dos mesmos nas atividades propostas nas aulas de Educação Física.
A seguir a sequência pedagógica para o aprendizado dos fundamentos do voleibol
que são: posicionamento básico, toque de bola por cima, manchete, saque, ataque,
bloqueio e defesa. Após a apresentação dos fundamentos segue uma série de exercícios
Educativos e/ou Formativos.
Posição Básica :
A posição básica é aquela que introduz a execução dos demais fundamentos, deve
ser executada de forma que permita a pronta entrada em ação por parte do aluno, pois a
dinâmica do voleibol requer intervenções rápidas. Ela deve favorecer deslocamentos
rápidos em qualquer direção. O executante deve estar com as pernas em afastamento
lateral (na largura dos ombros), semiflexionadas, estando uma ligeiramente à frente da
outra. Os braços devem estar semiflexionados e os cotovelos com afastamento um pouco
maior que os ombros, permitindo a execução tanto da manchete como do toque por cima.
Para favorecer os deslocamentos devem-se tirar os calcanhares do solo.
Atividades :
- Executar o posicionamento dos pés, joelhos e pernas;
- Acrescentar à posição anterior a posição do tronco, ombros e braços, chegando à
posição final;
- Executar a posição completa em duplas, um corrigindo o outro;
- Executar a posição básica com deslocamentos para a direita, para a esquerda,
para frente e para trás (ora com a perna direita, depois com a perna esquerda à frente);
- Executar deslocamentos em várias direções ao comando do professor;
- Sentado em uma cadeira ou banco, o aluno realiza a posição de expectativa;
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- O professor segura uma bola baixa, para que os alunos encostem as mãos nela,
executando a posição correta;
- Os alunos executam a posição correta segurando uma bola à frente do peito com
os braços semiflexionados;
- Os alunos executam o exercício anterior deslocando-se em várias direções;
- Os alunos executam as passadas dos deslocamentos, pisando sobre mascas de
giz sobre o chão;
- Em duplas, com uma bola, um aluno segura a bola embaixo da rede; o outro
executa a posição básica com deslocamentos à frente;
- Um aluno de um lado da quadra, lança a bola por cima da rede para o aluno do
outro lado da quadra para este deslocar-se e segurá-la mantendo a posição de
expectativa;
- O professor lança bolas baixas para frente, para trás e para as laterais, os alunos
partindo da posição básica, executam um deslocamento e seguram a bola.
Toque por cima :
O toque de bola por cima é o fundamento mais característico do jogo de voleibol é
responsável, na maioria das vezes, pela preparação do ataque, ou seja, pelo
levantamento. Na iniciação todos os alunos devem aprender esse fundamento, pois não
se sabe ainda quem vai ser o levantador. Na entrada sob a bola as pernas e os braços
devem estar semiflexionados, pernas na direção dos ombros e um pé ligeiramente à
frente do outro. Com a bola próximo da testa, as mãos devem estar com os dedos quase
que totalmente estendidos em forma de concha para acomodar a curvatura da bola. Os
dedos polegares e indicadores formarão afigura de um triângulo. No momento da
execução todo o corpo participa. O contato será sutil com a ponta dos dedos e uma leve
flexão dos punhos. Os braços e pernas se estenderão totalmente para enviar a bola ao
local desejado.
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Atividades :
- Ficar de “cócoras” atrás de uma bola parada no solo, com um dos pés
ligeiramente à frente do outro;
- Mantendo o posicionamento anterior, elevar a bola sobre a testa (a um palmo de
distância e ligeiramente à frente), as mãos estarão em forma de concha e os polegares
voltados para a testa;
- Idem ao anterior, acrescentando completa extensão dos braços e pernas,
terminando com o corpo estendido e segurando a bola, mantendo o posicionamento das
mãos em forma de concha;
- Repetir o movimento anterior, impulsionando a bola para cima, no retorno da bola,
segurá-la flexionando braços e pernas em um movimento de molejo na posição básica de
expectativa;
- Idem ao anterior, realizar dois pequenos toques antes de segurar a bola na
posição de expectativa;
- Em duplas, frente a frente a uma distância de três metros, um aluno lança a bola
para o outro em posição básica realizar um toque em sua direção;
- Em duplas, na mesma posição anterior, os alunos trocarão passes utilizando o
toque por cima;
- Em duplas, um aluno lança a bola em várias direções (pequenas distâncias), o
outro realiza o toque;
- Em duplas, o aluno controlará a bola (toques consecutivos para cima) 4 a 6
vezes, antes de devolvê-la para o outro aluno executar o toque da mesma forma;
- Os alunos deverão realizar o toque para cima, deixar a bola quicar entre um toque
e outro;
- Realizar toque na parede a uma distância de 20 a 30 centímetros;
- Em duplas, um em pé lança bolas para o outro aluno sentado realizar toques; a
cada dez toques trocar de posição;
- Em duplas um aluno em pé lança a bola para o outro executar o toque em pé e
sentar a cada toque, trocar a cada dez repetições;
- Em duplas, um aluno lança para o outro realizar o toque com deslocamentos para
frente, para trás e para as laterais;
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- Em duplas executar o toque deslocando-se um de frente e um de costas;
- Idem ao anterior deslocando-se lateralmente para a direita e para a esquerda;
- Duas filas, uma de cada lado da rede, realizar toques dentro da linha de ataque, o
aluno que errar ou realizar 5 toques seguidos volta para o final da fila.
Manchete :
A manchete é o fundamento mais usado na recepção do saque e para a defesa.
Na entrada sob a bola, as pernas devem estar como no toque, semiflexionadas, afastadas
lateralmente em uma distância semelhante à largura dos ombros e um pé ligeiramente à
frente do outro. Os braços são unidos e estendidos à frente do corpo. Os dedos unidos de
uma mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma que os polegares estendidos
devem se tocar paralelamente. No momento de ataque à bola, as pernas se estenderão, o
peso do corpo é transferido para a perna da frente. O impacto se dá no antebraço e os
punhos devem estar estendidos em direção ao solo. Ao término do movimento os braços
e pernas devem permanecer estendidos até o impacto da bola.
Atividades :
- Sentados, os alunos executarão o posicionamento adequado das mãos, estender
os braços paralelamente ao solo, procurando aproximar bem os cotovelos e realizar uma
extensão dos punhos em direção ao solo;
- Em pé, realizar deslocamentos com o posicionamento dos braços e pernas sem a
bola;
- Segurar a bola sobre os antebraços na posição correta, realizar deslocamentos
em várias direções;
- Idem ao posicionamento anterior realizar vários toques de manchetes para cima
dominando a bola;
- Realizar vários toques de manchete contra a parede a uma distância aproximada
de 50 centímetros. A bola deverá ser tocada na altura dos joelhos;
- O aluno em posição de manchete bem próximo à rede, de frente para ela, deverá
rebater uma bola lançada bem baixa, devolvendo-a por baixo da rede;
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- Iniciado o movimento sentados em uma cadeira ou banco, os alunos rebaterão
uma bola lançada à sua frente, realizando a manchete e terminando o movimento em pé;
- Em duplas, partindo da posição deitado em decúbito dorsal, levantar-se e rebater
a bola de manchete e voltar a posição inicial. Repetir de 10 a 15 vezes e trocar com o
companheiro;
- Todos os exercícios indicados para o toque por cima podem ser utilizados para
realizar a manchete.
O Saque :
O jogo de voleibol inicia-se pelo saque, dando-se um golpe na bola solta no ar pelo
jogador que ocupa a posição 1, o qual estará atrás da linha de fundo, em qualquer lugar
dos 9m de comprimento. Na fase preparatória, o aluno em pé, de frente para a quadra
adversária, o aluno deve posicionar-se com o tronco ligeiramente inclinado à frente, com
as pernas em afastamento ântero-posterior, a perna contrária ao lado do braço que irá
sacar deverá estar à frente, num distanciamento lateral mais ou menos igual à largura dos
ombros. A bola deverá ser segura na palma da mão que não irá sacar, como braço quase
que totalmente estendido. O braço que irá golpear a bola deverá estar estendido para
trás. A bola será lançada para cima, a uma altura aproximada de 30 cm, à frente do corpo.
A mão, posicionada de forma arredondada, com os dedos unidos e quase estendidos
golpeará a bola em grande superfície e deverá estar com a musculatura contraída para
enviar a bola a distâncias maiores. Na iniciação o saque poderá ser iniciado da linha dos
3m do ataque e aumentando a distância gradativamente conforme a evolução dos alunos,
também como forma de incluir os alunos com menor porte físico, podendo inclusive
executar desta distância na hora do jogo. O saque tipo tênis ou por cima é executado
basicamente com a mesma posição inicial do anterior, somente a bola será lançada acima
da cabeça um pouco à frente do aluno e golpeada com a palma da mão e trabalho do
tronco. O saque por cima só deve ser ensinado quando os alunos dominarem totalmente
o saque por baixo.
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Atividades :
- Em duplas, um aluno deverá lançar a bola para o seu companheiro de forma que
ela siga rasteira, em movimento semelhante ao boliche. A bola deve ser lançada com um
braço estendido, vindo de trás para frente, acompanhando um movimento de flexão e
extensão das pernas;
- Lançar a bola com a mão esquerda e sacar com a direita contra uma parede,
mantendo o pé contrário à mão que vai sacar à frente (os canhotos deverão realizar de
modo contrário ao destro);
- Idem ao anterior, lançar a bola de maneira que ela descreva uma parábola alta;
- Um aluno de cada lado da rede realizar o saque por baixo da linha de ataque;
- Idem ao anterior, realizar saques por baixo aumentando a distância da rede
gradativamente até chegar à área de saque;
- Sacar livremente de várias posições dentro da área de saque;
- Sacar contra a parede procurando atingir um alvo ou altura predeterminada;
- Sacar procurando acertar alvos colocados na quadra contrária;
O Ataque :
O ataque ou cortada é o movimento que finaliza a maioria das ações ofensivas e
visa enviar, por meio de um forte golpe dado com a palma da mão durante um salto. É a
habilidade motora mais complexa, mas que mais atrai os alunos e depende das
características e trajetórias do levantamento. Requer muita coordenação viso-motora. O
ataque é composto de cinco etapas: o deslocamento que é a corrida de aproximação que
pode ser com 1, 2, 3, ou mais passadas de acordo com o levantamento; a chamada, após
o deslocamento, ambos os pés tocam o solo, com o esquerdo (para os destros)
ligeiramente mais próximo da rede que o direito e com afastamento lateral um pouco
menor que a largura dos ombros. O corpo se inclina um pouco para frente e os braços
estendidos são lançados para trás. As pernas são flexionadas a aproximadamente 90
graus; no salto os calcanhares tocam primeiro o chão num movimento rápido, e a última
parte a perder o contato com o solo são a ponta dos pés, esse movimento é simultâneo
de uma brusca extensão vertical das pernas e lançamento vigoroso dos braços para cima
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e pela frente do corpo; na fase aérea os braços são lançados para cima e o que vai
golpear a bola faz um movimento passando sobre a linha do ombro, se posicionando,
semiflexionado, na máxima amplitude escápulo-umeral, o outro encerrará sua trajetória
um pouco acima da linha do ombro, estendido à frente do corpo, acontecendo uma
hiperextensão do tronco. O golpe acontece no comprimento do braço de ataque e à frente
da cabeça, devendo ser executado o mais alto possível. A batida na bola deve ser
acompanhada de uma flexão de punho para imprimir uma rotação à bola; o último estágio
é a queda, no instante do contato com o solo, o executante deve amortecer a queda
(movimento de molejo), de forma a se equilibrar, evitando cair na rede, invadir a quadra
adversária e evitar lesões.
Tanto no saque quanto no ataque deve-se dar atenção aos alunos canhotos, já que
a perna da frente para execução dos movimentos deve ser contrária à dos destros e uma
vez aprendido com uma perna, depois fica difícil corrigir quando os movimentos já estão
automatizados. Há vários casos de atletas de alto nível com a passada trocada, que não
impede o jogador de executar o movimento, mas limita o direcionamento da bola.
Atividades :
- Os alunos realizam, sem a bola, o movimento dos braços da cortada, finalizando
com uma flexão de punho;
- Em pé, com a perna esquerda ligeiramente à frente, os alunos realizam o trabalho
dos braços para a cortada, mas partindo estendidos ao longo do corpo, sendo lançados
para baixo e para trás (estendidos) antes de serem dirigidos à frente e para o alto no
balanceio da armada;
- O mesmo trabalho anterior, com um salto vertical no instante da extensão das
pernas (movimento da cortada, sem o deslocamento;
- Idem, realizando o mesmo movimento, tendo agora duas passadas a precede a
chamada para o salto;
- Realizar o deslocamento, pisando dentro de retângulos marcados com giz ou fita
adesiva, saltar e realizar o movimento completo da cortada;
- Lançar a bola para cima (autolevantamento) realizando o movimento da cortada,
segurar a bola com ambas as mãos no ponto máximo de seu alcance;
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- Em pé, parado com a perna contrária ao braço de ataque, atacar a bola contra o
chão e uma parede (paredão);
- Realizar o mesmo exercício lançando a bola para cima e saltando;
- O professor sobe numa cadeira, banco ou mesa e segura uma bola acima da
borda da rede para os alunos executarem o movimento completo da cortada sem golpear
a bola;
- O professor lança a bola para que os alunos possam cortar. Eles devem iniciar o
deslocamento após o lançamento da bola (executar nas posições 4, 3 e 2);
- Executar série de 3 a 5 bolas consecutivas para o aluno cortar seguidamente,
sempre retornando de costas para a posição inicial em cima da linha de ataque;
O Bloqueio :
O bloqueio é um fundamento que visa interceptar junto à rede, a bola atacada pelo
adversário. Essa habilidade de caráter defensivo pode se tornar ofensiva quando se
consegue enviar a bola contra o solo do atacante. Na fase preparatória o jogador na
posição de expectativa, com os joelhos semiflexionados, pés paralelos em afastamento
lateral à distância dos ombros. Os braços estarão semiflexionados com as mãos ao lado
dos ombros e as palmas voltadas para frente. O tronco deve estar ereto. Na execução o
bloqueador deve estar olhando para a bola e para o atacante e no momento adequado
saltar, estendendo as pernas e os braços simultaneamente em direção à bola. No
bloqueio ofensivo, as mãos invadem o espaço aéreo adversário e se posicionam abertas,
estendidas, firmes, uma ao lado da outra, formando um obstáculo à passagem da bola. O
bloqueio pode ser simples (individual), duplo ou triplo, mas na iniciação ensina-se apenas
o simples, uma vez que poucas bolas serão atacadas durante o jogo. Já no alto nível
definem-se as posições de cada jogador e o central (meio de rede) é o mais especializado
para o bloqueio, sendo geralmente os mais altos e fazem os bloqueios tanto no centro da
quadra como no auxílio das pontas da rede.
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Atividades :
- De frente para uma parede com extensão completa dos braços e pernas (sem
saltar), tocando com as palmas das mãos na parede;
- Mesmo exercício saltando e tocando na parede;
- Com uma passada para a direita realiza o bloqueio na parede saltando e depois
com uma passada para a esquerda;
- Colunas frente a frente, os alunos, um de cada lado da rede, saltam
simultaneamente e tocam as palmas das mãos sobre a borda da rede;
- Idem ao anterior os alunos deslocam-se com uma passada lateral por toda a
extensão da rede (trocar de lado para realizar para o lado esquerdo e direito);
- O professor ou os alunos sobem numa cadeira ou banco para os alunos
realizarem o bloqueio acima do bordo da rede tocando a bola;
- O professor ou alunos de um lado da rede a uma distância de 2 a 3 metros lança
a bola para os alunos realizarem o bloqueio;
- Idem ao anterior realizar bloqueios consecutivos com deslocamentos laterais para
a esquerda e para a direita;
- O professor ou alunos sobre um banco ou plinto corta bolas para os alunos
bloquearem;
- Idem ao anterior os alunos realizam o bloqueios consecutivos com deslocamentos
laterais para a direita e para a esquerda.
A Defesa :
A defesa na iniciação é executada de manchete para impedir que a bola vá de
encontro ao solo. No momento da defesa de manchete, a bola deve estar acima dos
joelhos e dentro do triângulo formados por eles e a pelve. A bola defendida deve tentar
ser enviada para o levantador junto à rede dar sequência à jogada. Nos treinamentos
específicos de rendimento também existe a defesa alta, acima da cabeça com as mãos
espalmadas, com rolamento, mais usadas no feminino, e com mergulho (peixinho) mais
utilizado no masculino. No alto nível também tem o jogador Líbero que é especializado na
defesa. Na iniciação não se deve especializar os alunos em determinada função, mas
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deve-se explicar que existe a função do líbero e como se realizam as substituições do
mesmo, que entra no lugar de um jogador do fundo da quadra (geralmente os centrais), e
participa de três rodízios no fundo da quadra e quando for entrar na rede, o jogador que
saiu retorna para as posições de ataque, não contando como substituição regular.
Atividades :
- Em duplas um aluno bate a bola para o outro defender de manchete;
- Idem com deslocamentos laterais para a direita e para a esquerda;
- Com duas bolas a uma distância de 3 metros um aluno se desloca entre as bolas
em forma de 8 (oito) e defende a bola nas extremidades;
- O professor no centro da quadra próximo à rede, ataca em direção aos cantos da
quadra (posições 1 e 5), os alunos em duas filas no centro da quadra se deslocam e
realizam a defesa;
- Idem ao anterior com o professor sobre uma mesa ou plinto do outro lado da rede
e realiza os ataques para os alunos defenderem;
- Idem variar ataques no corredor e diagonal;
- Idem aos anteriores realizar séries de 5 ataques consecutivos para os alunos
defenderem.
Obs. Estas atividades serão realizadas em 12 (doze) horas/aula.
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UNIDADE 3 – VOLEIBOL: EDUCATIVOS PARA TRABALHAR SEU S FUNDAMENTOS:
ATIVIDADE 07 – JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS DE VOLEIBOL
A seguir sugerimos alguns jogos pré-desportivos para fins de recreação e
cooperação, onde as regras devem ser bem flexíveis quanto aos toques na bola. Estas
atividades também poderão ser desenvolvidas como forma de aquecimento antes ou após
as atividades de fundamentação do voleibol.
ATIVIDADES :
Atividade 1: Vôlei Trocado
Objetivo: Estimular a cooperação, permitir que meninos e meninas joguem juntos.
Desenvolvimento: o professor explicará que inicialmente os meninos ficam de um
lado da rede e as meninas do outro. Quando algum membro da equipe conseguir passar
a bola para o outro lado deve passar por baixo da rede e se juntar ao outro time. Ao final,
todos estarão jogando juntos num processo de co-educação.
Variações: poderão ser utilizadas bolas grandes e leves e duas bolas ao mesmo
tempo.
Atividade 2: Jogo com todas as partes do corpo
Objetivos: estimular a cooperação, exercitar habilidades motoras como bater,
rebater e passar e aprendizado sobre a regra do voleibol que pode utilizar qualquer parte
do corpo para jogar o voleibol.
Desenvolvimento: o professor divide o grupo em dois e cada time fica de uma
lado da rede. Cada equipe terá que tocar na bola três vezes antes de passá-la para o
outro lado da rede e poderão ser utilizar-se de todas as partes do corpo incluindo cabeça
e pés.
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Variação: Utilizar bola mais leve e maior de plástico.
Atividade 3: Voleibol Sentado (para-olímpico)
Objetivos: estimular a cooperação, vivenciar uma prática realizada nas pára-
olimpíadas, por portadores de necessidades especiais.
Desenvolvimento: dividir a turma em duas equipes sentadas na quadra de
voleibol. Com a rede mais baixa como de uma quadra de tênis, desenvolver o jogo de
voleibol com os alunos realizando os fundamentos do voleibol sem tirar os glúteos do
contato com o solo.
Variação: introduzir duas bolas ao mesmo tempo.
Atividade 4: Vôlei-Unido
Objetivos: estimular a cooperação, reforçar o trabalho em equipe e descontrair o
grupo.
Desenvolvimento: dividir em grupos de 3 ou 4 alunos, de mãos dadas, só poderão
tocar a bola com a cabeça, ombros cotovelos, pernas e pés. As equipes entram na quadra
sacando por baixo e quem perde o rally deixa a quadra para entrar a próxima equipe.
Variações: utilizar bola grande de plástico, entrar dois trios ou quarteto na quadra.
Atividade 5: Mini-Voleibol, 1 x 1, 2 x 2
Objetivo: desenvolver a técnica do posicionamento básico, saque por baixo, toque
por cima, manchete.
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Desenvolvimento: dividir a quadra reduzida podendo ser dividida ao meio no
sentido longitudinal por cones, fita adesiva ou giz no sentido longitudinal, desenvolvendo
jogos 1 contra 1 e 2 contra 2 alunos, iniciando com saque por baixo, podendo deixar a
bola quicar uma vez na sua quadra e realizar os três toques na bola antes de passar pro
outro lado da quadra, cada jogador ou dupla que perde o rally. volta pro final da fila.
Variações : utilizar bolas mais leves na iniciação podendo até ser de plástico.
Atividade 6: Mini-Voleibol 3 x 3 e 4 x 4
Objetivo: Desenvolver a técnica do posicionamento básico,saque por baixo e por
cima, toque por cima, manchete e realização dos três toques.
Desenvolvimento : com a quadra em tamanho reduzido podendo ser dividida por
cones, fita adesiva ou giz no sentido longitudinal, o jogo será desenvolvido em 3 contra 3
ou 4 contra 4 alunos, realizar o jogo iniciando com saque por baixo ou por cima, não
podendo deixar a bola quicar, podendo realizar os 3 toques se possível, o trio ou quarteto
joga um rally e o perdedor volta pro final da fila.
Variações: a equipe que vencer 3 rallys seguidos também deixa a quadra e vai
para o final da fila para que todos tenham maior participação na atividade.
Obs.: Estas atividades equivalem-se para 06 (seis) horas/aula.
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REFERÊNCIAS BOJIKIAN, J.C.M., BOJIKIAN, L.P. Ensinando Voleibol . São Paulo, Phorte, 2008. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 25 mar. 2010. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais : educação física. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRUNORO, J.C. Fundamentos do Vôlei: para você aprender, entender e jogar. Revista Saque , Ed. especial, 1986. CAMPOS, L.A.S. Voleibol “da” Escola . São Paulo: Fontoura, 2006. CARVALHO, O.M. Voleibol moderno . Brasília: MEC; Secretaria de Educação Física e Desporto, 1990. DARIDO, S.C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola : implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. MACHADO, A.A. Voleibol : do aprender ao especializar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica : educação física. Curitiba, 2008. PARANÁ. Diretrizes curriculares de educação física para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba: SEED. 2008. SOLER, Reinaldo. Esporte Cooperativo . Uma proposta para além das quadras, campos e pátios. Rio de Janeiro: Sprint, 2009. TUBINO, M.J.G. Dimensões sociais do esporte . São Paulo: Cortez, 2001. XAVIER, T.P. Métodos de ensino em educação física . São Paulo: Manole,1986.