EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
A toxemia gravídica é uma doença multissistêmica ocorrendo habitualmente no final da gestação e caracterizada por manifestações clínicas como hipertensão, edema e proteinúria.
Nas suas formas graves, devido a irritabilidade do sistema nervoso central, instalam-se convulsões (eclampsia)
As alterações placentárias são responsáveis pelo sofrimento fetal crônico do concepto, podendo ir a óbito intra útero
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
Pré – Eclampsia grave: Caracteriza-se por hipertensão com pressão sanguínea > ou = 160 X 110 (02 ocasiões espaçadas por 6 horas) e proteinúria > ou = 5 g/24hs.
São sintomas clínicos também a epigastralgia, oligúria (< 500 ml/24hs ), escotomas visuais, distúrbios cerebrais.
CONEITUAÇÃO
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
Eclampsia: É definida como a presença de convulsões em gestantes com pré – eclampsia.
Síndrome Hellp: É definida como a forma grave da pré – eclampsia, caracterizada por hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. Ocorre geralmente no final da gestação ou no pós parto imediato.
CONCEITUAÇÃO
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
Pré – eclampsia grave/ Eclampsia:* ABC materno
* Sulfatação
* Controle dos SSVV maternos
TRATAMENTO
• Permeabilidade de vias aéreas= DLE (drenagem de secreção), guedel, aspiração oral
• Elevar grades laterais do leito, O2 máscara a 5L/min, 2 acessos venosos calibrosos
* Dose de ataque: MgSO4 10% 04 fr. 10ml em SG 5% 250 ml, EV, em 30 minutos
* Manutenção: MgSO4 10% 04 fr. 10ml em SG 5% 250 ml, EV, em BIC EM 04 horas até 24 horas após o parto.
* FC, pulso, FR, reflexo tendíneo, diurese ( > 30 ml/hr ), queixas* Primeira hora: 5/5 minutos, Segunda hora: 15/15 minutos, Terceira hora: 30/30 minutosQuarta hora e após: 1/1 hora
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
•Gluconato de Cálcio 10%
- Sendo o Sulfato de Mg um medicamento perigoso, pois em doses tóxicas deprime sistema respiratório e causa parada cardíaca, o gluconato de Ca, seu antagonista, se torna imprescindível durante sulfatação para combater sua toxicidade, se necessário.
TRATAMENTO
* Manter 10 ml na seringa ao lado do leito
* Aplicar se: FR < 12 rpm, abolição do reflexo tendíneo, apnéia ou PCR
TOXEMIA GRAVÍDICA PRÉ – ECLAMPSIA/ECLAMPSIA
* Hidralazina
* Sondagem vesical de demora* Avaliação fetal
* Exames laboratoriais
TRATAMENTO
* Diluir 01 ampola em 19 ml AD, fazer 5 ml e repetir a cada 20 minutos se PAD > ou = 110 mmHg
* Débito urinário desejável > 30 ml/hr
* CTB: variabilidade FCF, bradicardia fetal após a dose de ataque ( por até 10 minutos)
* TS, contra prova, hemograma, TGO, bilirrubinas, uréia, creatinina, coagulograma (TP, TTPA, fibrinogênio, dímeros D, teste do coágulo )
PROLAPSO DO CORDÃO UMBILICAL
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o óbito do concepto.
E feito através da palpação do cordão através do toque vaginal, às vezes ele ultrapassa a vulva, sendo reconhecido até pela parturiente.
DIAGNÓSTICO
PROLAPSO DO CORDÃO UMBILICAL
1.
2. Hidratação: 1000 ml EV SF 0,9% ou Ringer Lactato, aberto.3. Posição genupeitoral ou decúbito dorsal com acentuado cefalodeclive 4. Elevação da apresentação5. Parto cesárea de urgência.
CONDUTA
* Ajuda: Chamar anestesista, pedir sala cirúrgica, avisar neonatologista
* O2 em máscara: 5 litros /min
* Toque vaginal até o parto* Encher bexiga materna com 500 ml de SF 0,9%, utilizando sonda vesical
* Transporte da paciente em maca
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
PERÍODOS
DA
GESTAÇÃO
Atentar para trimestres de ocorrência
* 1º Trimestre
* 2º Trimestre
* 3º Trimestre
* Hemorragia Pós parto
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
AbortamentoGravidez EctópicaDoença neoplásica Mola - Hidatiforme
1º TRIMESTRE
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
1) Placenta Prévia
2) Descolamento Prematuro de Placenta
3) Hemorragias pós - parto
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
PLACENTA
PRÉVIA
• Definição: Placenta implantada no segmento inferior do útero
Sintomas: Hemorragia vaginal indolor, frequente após relações sexuais
Obs: o toque vaginal nunca deve ser realizado
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
DESCOLAMENT
O PREMATURO
DA PLACENTA-
DPP
Definição: Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida incerida na parede uterina
Sinais: Líquido amniótico sanguinolento; hemorragia uterina (formas graves) ; diminuição dos movimentos fetais
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
DESCOLAMENT
O PREMATURO
DA PLACENTA-
DPP
Sintomas: 75% sangramento vaginal externo ; 25% sangramento oculto (formação de hematoma retroplacentário ; dor hipogástrica
Riscos: Morte fetal / neonatal ; hemorragia materna ; anemia e choque hipovolêmico materno ; coagulopatias (CIVD)
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
HEMORRAGIAS
PÓS PARTO
Definição: Perda sanguínea materna excessiva nas primeiras 24 hs pós parto associada a desequilíbrio hemodinâmico
- Perda sanguínea maior de 500 ml para partos normais
- Perda sanguínea maior de 1000 ml em partos cesárea
- Obs: 25% das mortes maternas no mundo ; 90% das mortes por HPP são evitáveis.
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
HEMORRAGIA
S PÓS PARTO
Profilaxia:10 UI de ocitocina intramuscular após clampeamento do cordão umbilical
Principal causa = Atonia uterina
Fatores de risco intraparto: - 3º período prolongado > 30
min.- Parada de progressão- Episiotomia- Lacerações: vaginais,
cervicais e perineais- Parto assistido:Fórceps/ Vácuo
extrator- Indução /Condução do
trabalho de parto
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
HEMORRAGIA
S PÓS PARTO
Tratamento: - Primeira droga de escolha:
ocitocina 20 a 40 UI de ocitocina em 1000 ml de SF 0,9% ou SG 5%
- Segunda droga de escolha: Methergin OU Ergotrate 0,2 mg intramuscular (contra-indicação = hipertansão arterial)
- Terceira droga de escolha: Misoprostol 1000 mcg (05 cp 200 mcg via retal
2º E 3º TRIMESTRES/PÓS PARTO
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
ABC- A- AIRWAY – Vias aéreas ->Ajuda ->
Permitir/garantir permeabilidade das vias aéreas - B- BREATHING – Oxigênio -> Administrar 05
L/minem máscara ou cateter nasal - C – CIRCULATION – Circulação: Punção de dois
acessos venosos calibrosos (jelco 18 0u 16) ; Correr fluidos e drogas prescritos e ; Monitorizar PA, FR, FC, Saturação O2 (oximetria de pulso)
ASSISTÊNCIA
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
Coleta de Exames: - ABO -Rh +Reserva de hemocomponentes- Hemograma completo- Coagulograma- Prova do coágulo – Tubo seco com 10 ml de
sangue (Teste de Weiner)Posição da paciente - TrendelemburgMonitorar sinais de sangramento com forro
perineal
ASSISTÊNCIA
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
Transfusão de hemocomponentes , S/N (Concentrado de hemáceas, plaquetas, plasma fresco, crioprecipitado), com objetivo de manter HB acima de 10, HT acima de 30% e plaquetas acima de 50.000
Observação:- Prover setor com materais cirúrgicos = caixa
HTA, caixa p/ CTG uterina, caixa p/ revisão de canal vaginal ; Medicamentos específicos p/ tratamento das hemorragias ; materais p/ reanimação neonatal e materna
ASSISTÊNCIA
REFERÊNCIAS
REZENDE, Filho Jorge , MONTENEGRO, Carlos Antonio Barbosa. Obstetrícia Fundamental. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Por hoje é só
pessoal