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Inserida no projecto de renovação em curso da Ordem dosEngenheiros – Região Norte, iniciamos hoje a publicação de uma novarevista.

Peça-chave da relação forte que pretendemos desenvolver entre aOrdem e os seus membros e entre a Ordem e a Sociedade, queremosque esta revista, que será dirigida pelo Colega Luís Ramos, Vice-Presidente do Conselho Directivo Regional e principal obreiro desteprojecto, seja:– um factor de aproximação entre os engenheiros do Norte, não tantopor dar a conhecer o que de mais relevante se está ou venha a fazer naOrdem, mas especialmente por vir a ser o fórum de debate de ideias eprojectos sobre os temas que interessam à Engenharia, aosEngenheiros e aos seus públicos;– o palco de promoção da boa Engenharia que se ensina, desenvolve eimplementa na nossa Região. Contrariando a teimosa tendência para asobrevalorização e elogio da imagem e da forma em detrimento doconteúdo, realçaremos com orgulho o decisivo e constante contributodos Engenheiros e da Engenharia para o progresso do Homem e daSociedade.– um espaço de memória, capaz de identificar, expor, louvar e agrade-cer a intervenção de tantos e tão bons Mestres, que com grande bri-lhantismo, colocaram a Engenharia portuguesa no patamar de qualida-de que todos justamente reconhecem;– um espaço de promoção do nosso código de ética e deontologia,conjunto de regras que nos comprometemos a cumprir, assegurando àSociedade um desempenho qualificado e responsável;

O sucesso deste projecto será directamente proporcional ao empenha-mento que todos tenhamos no seu desenvolvimento. Por isso, aquideixo um forte apelo à participação dos Colegas, dando-nos conta dassuas ideias e sugestões.

Entretanto, nesta hora de arranque, falta-nos um Amigo de sempre: oSr Vilarinho. Empenhado como estava no processo de reorganizaçãoda “sua” Ordem, oferecendo-nos um importante apoio sustentado emmuitos anos de experiência, estamos convencidos de que hoje tambémestaria a rejubilar com mais este sinal de revitalização da Ordem.

Com ânimo redobrado, vamos prosseguir esta caminhada de renova-ção, na certeza de que é do interesse de todos – Engenheiros eSociedade em geral – que a Ordem dos Engenheiros seja cada vezmais forte e interventiva, sempre centrada no interesse comum.

Gerardo Saraiva de MenezesPresidente do Conselho Directivo

índice2 9Artigos de Opinião

Notícias

XV Congresso Nacional da Ordem

dos Engenheiros 1613

Tema em debateo decreto-lei 73/73

20Entrevista a Simões Cortez

25Vida associativa

Propriedade: Ordem dos Engenheiros – Região NorteDirector: Luís Ramos ([email protected].),Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Luís Leite Ramos, FernandoAlmeida Santos, Maria Teresa Ponce Leão, António Machado e Moura, JoaquimFerreira Guedes, José Alberto Gonçalves, Aristides Guedes Coelho, HipólitoCampos de Sousa, José Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, AntónioFontainhas Fernandes, João da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, FernandoJunqueira Martins, Luís Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo PintoRodrigues, António Rodrigues da Cruz, Maria da Conceição Baixinho.Redacção: Ana Ferreira (edição), Liliana Marques e redacção QuidNovi.Paginação: Paulo Raimundo.Grafismo, Pré-impressão e Impressão: QuidNovi. Praceta D. Nuno Álvares Pereira, 20 4º DQ – 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155.www.quidnovi.pt. [email protected]ção trimestral: Julho/Agosto/Setembro – n.º 1/2004. Preço: 2,00 euros.Tiragem: 15 000 exemplares. ICS: 113324. Depósito legal: 29 299/89.Contactos Ordem dos Engenheiros – Região NorteJorge Basílio, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros – Região NorteSede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto. Tel. 222054102/ 222087661. Fax.222002876. www.ordemdosengenheiros.ptDelegação de Braga: Largo de S. Paulo, 13 – 4700-042 Braga. Tel. 253269080. Fax. 253269114.Delegação de Bragança: Av. Sá Carneiro, 155/1º/Fracção AL. Edifício Celas – 5300-252 Bragança. Tel. 273333808.Delegação de Viana do Castelo: Av. Luís de Camões, 28/1º/sala 1 – 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522.Delegação de Vila Real: Av. 1º de Maio, 74/1º dir. – 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473.

9 1613

editorial

Ficha Técnica

28Agenda

Escrevo estas reflexões com a vontade sincera de ser útila experiência que tenho tido sobre este tema. A declara-ção de Bolonha foi assinada por Portugal em 1999 e temmotivado muita discussão e trabalho devido às conse-quências que poderá ter no ensino superior, universitárioe politécnico. Foi uma declaração, na verdadeira acepçãoda palavra, de intenções que pretendia perspectivar umfuturo melhor para o ensino superior na Europa. Nestescinco anos, constatei, pessoalmente e pela leitura devários artigos e relatórios, que houve participações deinteresse para o futuro do ensino superior mas a maioriafoi realizada com falta de rigor e conhecimento que seestá a passar no resto da Europa. Por isso delineei osmeus pensamentos com essa preocupação e, por outrolado, pensando no ensino e na formação da Engenharia.A primeira conclusão frequente e errada acerca destadeclaração era a de haver a intenção de diminuir as dura-ções dos cursos superiores. De modo a perceber-semelhor as razões desta falácia é conveniente recordaralguns factos. É importante sublinhar que esta declaraçãoseguiu-se à da Sorbonne de Maio de 1998. Esta foi assi-nada durante o fim-de-semana de celebração do 800º ani-versário desta prestigiosa universidade pelos ministros daeducação da França, Reino Unido, Alemanha e Itália.Esta declaração foi proclamada depois da leitura das con-clusões de quatro mesas redondas que a precederam eque versaram o futuro das universidades. Foi tambémdistribuído e publicado nesse fim-de-semana o relatórioTabatoni que fazia a análise do ensino superior emFrança. A declaração assinada pelos ministros dos quatropaíses mais populosos da UE continha as conclusõesdesse relatório e das mesas redondas. A recomendaçãocom maior impacto era a limitação a três graus no espa-ço Europeu do ensino superior: um curto, um médio eum longo. Posso afirmar, por conhecimento pessoal, queesta intenção apanhou de surpresa muitas organizaçõescomo a Comissão Europeia e a European UniversityAssociation (ex-CRE). Segundo a minha análise, esta cria-ção dum ciclo curto visava sobretudo criar este tipo decursos em algumas das universidades de Itália, da Françae da Alemanha aonde não existiam. As consequênciasimportantes seriam o alívio para os governos da pressão

orçamental criado pelas universidades, que tinhamsomente ciclos médios e longos, e aumentar a diversida-de de oferta para os alunos que queriam obter qualificações resultantes decursos curtos. Aliás deve-se sublinhar que não há nenhu-ma referência nas duas declarações e no relatórioTabatoni ao encurtamento dos cursos existentes. Existe, por outro lado, a afirmação que alguns jovens que-riam a independência profissional mais cedo e o mercadotinha necessidade de mais profissionais com cursos cur-tos. A segunda conclusão corrente e incorrecta baseia-se naconvicção que se pretende uniformizar os cursos superio-res na União Europeia. O que se passou a seguir à decla-ração da Sorbonne foi que os outros países europeus pre-tenderam aderir aos mesmos princípios. Algumas organi-zações como a Comissão Europeia e a EUA intervieramno processo que pretendia discutir a declaração daSorbonne. Este debate levou à redacção e assinatura dadeclaração de Bolonha por vinte e nove países, incluindoos quatro signatários da declaração da Sorbonne. Estedebate levou precisamente a que ficasse claro que adiversidade dos cursos iria continuar e que, em vez defalar de harmonização, se iria estudar a comparabilidadee a harmonização dos cursos nestes vinte e nove países. Outra dedução frequente e errada é que a Europa tentavaimitar o modelo norte-americano criando o mesmonúmero de ciclos. É necessário realçar que existe umquarto ciclo no sistema de ensino superior norte-america-no que é de dois anos e é conferido pelos chamadosCommunity Colleges. Esta ideia de copiar o sistemanorte-americano é aceite também do outro lado doAtlântico sobretudo nos meios relacionados com a educa-ção dos engenheiros. No entanto, não há nos documen-tos oficiais, ou nos resultantes das discussões posterio-res, qualquer referência a uma imitação de outro sistemade ensino superior. De facto seria impossível fazê-lo sema reconversão fundamental do sistema de ensino superiorna Europa dadas as diferenças estruturais que existem.Estas diferenças que impediriam uma cópia vão desde agestão das instituições do ensino superior até à culturaestudantil.

A Declaração de Bolonha e a Engenharia Portuguesa

Alfredo Soeiro, director da Licenciatura em Engenharia Civil da FEUP e presidente da SEFI

infoPágina 2 OPINIÃO info Página 3OPINIÃO

dos sobre a implantação do processo de Bolonha e o querefiro foi organizado pela Société Européenne pour laFormation des Ingénieurs (SEFI – www.sefi.be). Nesteestudo, que engloba os países da declaração de Bolonha,as transformações tiveram formas e amplitudes diversas.Constata-se que houve países que introduziram os cursoscurtos de forma obrigatória ou opcional, outros paísesque modificaram as durações dos cursos e outros aondenão houve quaisquer consequências. Existe uma grandediversidade de reacções mas a tendência geral é a deaplicação dos três ciclos de aprendizagem na área daEngenharia. A questão fundamental que tem preocupado as escolasde engenharia em Portugal tem sido o de escolher asdurações apropriadas para os dois primeiros ciclos.Existem quatro ciclos (bacharel, licenciado, mestre e dou-tor) e tem-se discutido como compactar os três primeirosem dois com duração de três mais dois ou quatro maisum anos. Do estudo feito pela SEFI a duração predomi-nante na Europa dos dois primeiros ciclos tem sido a detrês mais dois anos. Em Portugal existem cursos curtoshá muito tempo quer nas universidades quer nos politéc-nicos. Para a redução para os três ciclos de engenhariade acordo com a declaração de Bolonha bastava, porexemplo, compactar os dois ciclos de duração intermé-dia.No entanto, é preciso referir que a duração dos ciclosnão é a questão essencial da aplicação da declaraçãouma vez que a discussão tem levado a esquecer o quetalvez seja essencial. O que é importante, nessa perspec-tiva, é saber o que se espera, em termos de competên-cias, que cada um dos três ciclos venha a conferir a quemos obter. Por exemplo, a rede temática EnhancingEngineering Education in Europe E4 (www.unifi.it/tne4)fez esta análise e apresentou as competências essenciaispara cada um dos dois primeiros ciclos. Trata-se dumestudo de âmbito limitado mas é um exemplo do quepoderá ser feito em Portugal. Aliás, esta definição decompetências adquiridas é a que tem sido adoptadacomo critério de avaliação de cursos de engenharia noestrangeiro. Este é um assunto que tem a ver com a acre-ditação dos cursos e que interessa às associações profis-sionais como a Ordem dos Engenheiros. Esta questãodas competências está ligada à aprendizagem ao longoda vida que está referenciada nas declarações como aforma de colmatar as necessidades de conhecimentos.Esta discussão sobre a duração dos ciclos não faz senti-do sem a definição das competências esperadas em cadaum e sem o diálogo com as associações profissionais ecom outros parceiros sociais como os empregadorespúblicos e privados.

“A declaração de Bolonha foi assinada por Portugalem 1999 e tem motivado muita discussão e trabalhodevido às consequências que poderá ter no ensinosuperior, universitário e politécnico”

Feitas estas considerações, o que gostaria de dizer eraque, em Portugal se considerasse seriamente o futuro daeducação dos engenheiros tendo em conta o espaço daUnião Europeia. Está em causa a qualidade daEngenharia e a integração da mesma num contexto queextravasa a dimensão do país. Foram feitos vários estu-

Escrevo estas reflexões com a vontade sincera de ser útila experiência que tenho tido sobre este tema. A declara-ção de Bolonha foi assinada por Portugal em 1999 e temmotivado muita discussão e trabalho devido às conse-quências que poderá ter no ensino superior, universitárioe politécnico. Foi uma declaração, na verdadeira acepçãoda palavra, de intenções que pretendia perspectivar umfuturo melhor para o ensino superior na Europa. Nestescinco anos, constatei, pessoalmente e pela leitura devários artigos e relatórios, que houve participações deinteresse para o futuro do ensino superior mas a maioriafoi realizada com falta de rigor e conhecimento que seestá a passar no resto da Europa. Por isso delineei osmeus pensamentos com essa preocupação e, por outrolado, pensando no ensino e na formação da Engenharia.A primeira conclusão frequente e errada acerca destadeclaração era a de haver a intenção de diminuir as dura-ções dos cursos superiores. De modo a perceber-semelhor as razões desta falácia é conveniente recordaralguns factos. É importante sublinhar que esta declaraçãoseguiu-se à da Sorbonne de Maio de 1998. Esta foi assi-nada durante o fim-de-semana de celebração do 800º ani-versário desta prestigiosa universidade pelos ministros daeducação da França, Reino Unido, Alemanha e Itália.Esta declaração foi proclamada depois da leitura das con-clusões de quatro mesas redondas que a precederam eque versaram o futuro das universidades. Foi tambémdistribuído e publicado nesse fim-de-semana o relatórioTabatoni que fazia a análise do ensino superior emFrança. A declaração assinada pelos ministros dos quatropaíses mais populosos da UE continha as conclusõesdesse relatório e das mesas redondas. A recomendaçãocom maior impacto era a limitação a três graus no espa-ço Europeu do ensino superior: um curto, um médio eum longo. Posso afirmar, por conhecimento pessoal, queesta intenção apanhou de surpresa muitas organizaçõescomo a Comissão Europeia e a European UniversityAssociation (ex-CRE). Segundo a minha análise, esta cria-ção dum ciclo curto visava sobretudo criar este tipo decursos em algumas das universidades de Itália, da Françae da Alemanha aonde não existiam. As consequênciasimportantes seriam o alívio para os governos da pressão

orçamental criado pelas universidades, que tinhamsomente ciclos médios e longos, e aumentar a diversida-de de oferta para os alunos que queriam obter qualificações resultantes decursos curtos. Aliás deve-se sublinhar que não há nenhu-ma referência nas duas declarações e no relatórioTabatoni ao encurtamento dos cursos existentes. Existe, por outro lado, a afirmação que alguns jovens que-riam a independência profissional mais cedo e o mercadotinha necessidade de mais profissionais com cursos cur-tos. A segunda conclusão corrente e incorrecta baseia-se naconvicção que se pretende uniformizar os cursos superio-res na União Europeia. O que se passou a seguir à decla-ração da Sorbonne foi que os outros países europeus pre-tenderam aderir aos mesmos princípios. Algumas organi-zações como a Comissão Europeia e a EUA intervieramno processo que pretendia discutir a declaração daSorbonne. Este debate levou à redacção e assinatura dadeclaração de Bolonha por vinte e nove países, incluindoos quatro signatários da declaração da Sorbonne. Estedebate levou precisamente a que ficasse claro que adiversidade dos cursos iria continuar e que, em vez defalar de harmonização, se iria estudar a comparabilidadee a harmonização dos cursos nestes vinte e nove países. Outra dedução frequente e errada é que a Europa tentavaimitar o modelo norte-americano criando o mesmonúmero de ciclos. É necessário realçar que existe umquarto ciclo no sistema de ensino superior norte-america-no que é de dois anos e é conferido pelos chamadosCommunity Colleges. Esta ideia de copiar o sistemanorte-americano é aceite também do outro lado doAtlântico sobretudo nos meios relacionados com a educa-ção dos engenheiros. No entanto, não há nos documen-tos oficiais, ou nos resultantes das discussões posterio-res, qualquer referência a uma imitação de outro sistemade ensino superior. De facto seria impossível fazê-lo sema reconversão fundamental do sistema de ensino superiorna Europa dadas as diferenças estruturais que existem.Estas diferenças que impediriam uma cópia vão desde agestão das instituições do ensino superior até à culturaestudantil.

A Declaração de Bolonha e a Engenharia Portuguesa

Alfredo Soeiro, director da Licenciatura em Engenharia Civil da FEUP e presidente da SEFI

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dos sobre a implantação do processo de Bolonha e o querefiro foi organizado pela Société Européenne pour laFormation des Ingénieurs (SEFI – www.sefi.be). Nesteestudo, que engloba os países da declaração de Bolonha,as transformações tiveram formas e amplitudes diversas.Constata-se que houve países que introduziram os cursoscurtos de forma obrigatória ou opcional, outros paísesque modificaram as durações dos cursos e outros aondenão houve quaisquer consequências. Existe uma grandediversidade de reacções mas a tendência geral é a deaplicação dos três ciclos de aprendizagem na área daEngenharia. A questão fundamental que tem preocupado as escolasde engenharia em Portugal tem sido o de escolher asdurações apropriadas para os dois primeiros ciclos.Existem quatro ciclos (bacharel, licenciado, mestre e dou-tor) e tem-se discutido como compactar os três primeirosem dois com duração de três mais dois ou quatro maisum anos. Do estudo feito pela SEFI a duração predomi-nante na Europa dos dois primeiros ciclos tem sido a detrês mais dois anos. Em Portugal existem cursos curtoshá muito tempo quer nas universidades quer nos politéc-nicos. Para a redução para os três ciclos de engenhariade acordo com a declaração de Bolonha bastava, porexemplo, compactar os dois ciclos de duração intermé-dia.No entanto, é preciso referir que a duração dos ciclosnão é a questão essencial da aplicação da declaraçãouma vez que a discussão tem levado a esquecer o quetalvez seja essencial. O que é importante, nessa perspec-tiva, é saber o que se espera, em termos de competên-cias, que cada um dos três ciclos venha a conferir a quemos obter. Por exemplo, a rede temática EnhancingEngineering Education in Europe E4 (www.unifi.it/tne4)fez esta análise e apresentou as competências essenciaispara cada um dos dois primeiros ciclos. Trata-se dumestudo de âmbito limitado mas é um exemplo do quepoderá ser feito em Portugal. Aliás, esta definição decompetências adquiridas é a que tem sido adoptadacomo critério de avaliação de cursos de engenharia noestrangeiro. Este é um assunto que tem a ver com a acre-ditação dos cursos e que interessa às associações profis-sionais como a Ordem dos Engenheiros. Esta questãodas competências está ligada à aprendizagem ao longoda vida que está referenciada nas declarações como aforma de colmatar as necessidades de conhecimentos.Esta discussão sobre a duração dos ciclos não faz senti-do sem a definição das competências esperadas em cadaum e sem o diálogo com as associações profissionais ecom outros parceiros sociais como os empregadorespúblicos e privados.

“A declaração de Bolonha foi assinada por Portugalem 1999 e tem motivado muita discussão e trabalhodevido às consequências que poderá ter no ensinosuperior, universitário e politécnico”

Feitas estas considerações, o que gostaria de dizer eraque, em Portugal se considerasse seriamente o futuro daeducação dos engenheiros tendo em conta o espaço daUnião Europeia. Está em causa a qualidade daEngenharia e a integração da mesma num contexto queextravasa a dimensão do país. Foram feitos vários estu-

No sexto Relatório Periódico sobre a situação sócio-econó-mica das Regiões da União Europeia, faz-se uma análise daevolução da economia dos países europeus e um balançosobre a situação relativa das suas regiões. É um bom pontode partida para falarmos um pouco da Região do Norte dePortugal.Após a adesão em 1986, Portugal encontrou as condiçõesobjectivas para concretizar a sua ambição de um progressoeconómico tranquilo e consolidar a opção feita a favor dademocracia e das liberdades conquistadas 12 anos antes. Aanálise da evolução na década de 1986-1996 vem revelarque, após o alargamento da EU aos países ibéricos, experi-mentou-se uma convergência objectiva, podendo referir-seque no ranking das regiões europeias, o PIB/capita (corrigi-do em paridade de poder de compra) em relação à médiaEuropeia: passou de 41% para 50%, nas 10 regiões inferiores;passou de 52% para 59%, nas 25 regiões inferiores;passou de 65% para 76,5% nos quatro países da Coesão;passou de 55,1% para 70,5% em de Portugal.Trata-se de uma convergência muito rápida, sem preceden-tes, que se deve à progressiva política de integração euro-peia e à ajuda dos Fundos Estruturais.Por outro lado, o comércio externo entre os quatro paísesda Coesão (Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda) e a EUduplicou, em termos reais, numa década. No entanto, o referido relatório também reconhece a persis-tência de disparidades significativas dentro de cada estadomembro, permitindo concluir que as regiões capitais dospaíses mais desfavorecidos (caso de Portugal) continuam aconcentrar uma boa parte do crescimento e das oportunida-des, recomendando que futuramente os recursos se devemconcentrar nas regiões que mais precisam de apoio.Como exemplo refira-se que, para o indicador antes referidoe na mesma década:o Norte passou de 51,1% para 62,4%;e Lisboa e Vale do Tejo de 79,2% para 88,5%. Se isto era assim na data de publicação deste documento, em1999, hoje sabemos que a situação não melhorou e reclamade cada um de nós uma reflexão muito especial. Com maisagudeza o problema se coloca quando sabemos que o Nortede Portugal se confronta hoje com uma das mais agudas cri-ses de oferta de emprego qualificado, que preocupa osjovens, mas que também é sintoma da necessidade de rever-mos o nosso perfil de especialização regional. Parece-me muito positivo interpretar a situação em que nos

encontramos a partir de alguma reflexão e do estado deespírito regional, com a preocupação de esclarecer o papelque podemos desempenhar numa Europa que definiu emLisboa pretender ser a economia mais competitiva doMundo no espaço de uma geração.Trata-se de uma preocupação legítima e urgente que recla-ma a mobilização geral dos portugueses, independentemen-te donde vivam, bem como o contributo organizado detodas as parcelas do território nacional, e para qual os enge-nheiros podem e devem ter uma posição clara sobre opapel que lhes cabe desempenhar.Nunca é demais reafirmar que, quando em Portugal avalia-mos o impacto de qualquer efeito social relevante é indis-pensável não esquecer que o nosso País não é um todohomogéneo e que é porventura no potencial da sua diversi-dade que reside a maior expectativa de salvaguarda dosnossos valores identitários e da nossa capacidade de afir-mação futura.Isto vale apesar do grande desequilíbrio na distribuição dosfactores de competência e de conhecimento que é necessá-rio e possível reunir para mudar Portugal e para reduzir esteatraso que no Norte parece ser ainda mais persistente.Quando procuramos acertar ideias sobre o que é precisofazer, é fácil pormo-nos de acordo sobre parâmetros óbvios:maior produtividade e competitividade face aos parceiros,desburocratização da Administração, reformas nos sectoreseducativos e tecnológicos, maior celeridade na Justiça,menos Estado onde houver ineficiência, etc. Alguns chegama propor reformas prioritárias, reclamando consensos míni-mos sobre mudanças a efectuar e identificando as deficiên-cias na actuação do lado das Autoridades.Que faltará então fazer para passar de sugestões, mais oumenos óbvias, para um ambiente favorável à mudança?Apontarei três caminhos: responsabilização do cidadão como agente da mudança;identificar entre os problemas principais quais os mais críti-cos por onde se deva começar;pugnar pela construção de soluções acertivas de políticapública, como medidas de reparação das situações ondeacusamos maior atraso relativo.Numa perspectiva de desenvolvimento económico, o objec-tivo tem de ser sempre o mesmo: tornar Portugal um Paísrespeitado e atractivo, aos olhos dos nossos parceiros inter-nacionais, sejam eles investidores, portadores de tecnologiamais avançada, de inovação ou de conhecimento. Isto éassim porque acreditamos que tal nos aproxima mais rapi-

O papel da Ordem no reforço do debatesobre as questões da Região Norte

Luís Braga da Cruz, Presidente da Assembleia Regional Norte

infoPágina 4 OPINIÃO info Página 5OPINIÃO

criação de movimentos de opinião e a organização sectorialde cidadãos. Porém, para outras ainda estamos muito distan-tes. A questão que se põe, relevante para a actuação da Ordemdos Engenheiros, é esta: como organizar as pessoas parapoderem reagir de forma mais adulta e tomarem consciênciado seu papel na formação da opinião, na busca de soluções,de uma sociedade que se deseja mais participativa e empe-nhada? Torna-se necessário reter uma orientação prática importante:para que esta valorização do debate tenha pernas para andartemos de assumir que é indispensável que o Poder Políticoveja estas iniciativas de participação com bons olhos, queacredite nos seus méritos, que as estimule e, principalmente,que dê sinais inequívocos de que está disposto a criar o hábi-to de escutar e respeitar os resultados deste esforço. Saberouvir é uma virtude humana e um bom atributo democrático,não bastando anunciar que uma questão vai ser posta adebate, mas que há abertura para colher o ensinamento doseu resultado.Pelo País e especialmente nos espaços regionais, há um sen-timento de descrença sobre a utilidade da participação cívicae da vantagem de mobilizar a capacidade de pensar existen-te. Por outro lado, há matérias que deviam ser objecto dedebate mas que não estão suficientemente estruturadas paraque da participação resulte um efeito útil. É isto que é neces-sário alterar.Caberá à Delegação Regional do Norte assumir um papelactivo na sua região, tanto na promoção de um debate eleva-do e esclarecido, como procurar dele extrair orientações epara que, desta forma, os engenheiros possam contribuirpara um maior nível de responsabilidade social dos agentesda região, neste período de mudança sem precedentes. Perante um quadro de progressiva integração na economiaeuropeia, de sujeição a directivas comunitárias, de dependên-cia do mercado ibérico, de limitação da nossa capacidade dedecidir autonomamente, perante toda esta evolução de senti-do único, o que nos resta? Onde devemos pôr as nossasambições, não esquecendo as nossas actuais limitações? Aresposta a esta questão basilar não nos pode deixar indife-rentes. Onde a Europa tiver as suas metas em 2020 é aí quedevemos estar também. O que significa que só nos resta tomar como base da nossadecisão as variáveis cuja gestão só de nós depende: os portu-gueses e o território nacional. Ou seja: por um lado, capacitaros nossos recursos humanos ao nível dos padrões de maiorexigência educativa, técnica e profissional e por outro organi-zar de forma optimizada a administração territorial doEstado, com especial incidência a nível regional.Eis dois bons temas para voltar ao assunto e para a Ordemdebater a partir do Norte.

“Caberá à Delegação Regional do Norte assumir um papelactivo na sua região, tanto na promoção de um debateelevado e esclarecido, como procurar dele extrair orienta-ções”

damente de padrões de comportamento mais avançados eexigentes, e que são geradores de emprego qualificado e dedesempenho qualitativo. Mas não pode ser só isso, porque é necessário que Portugalseja também atractivo aos nossos próprios olhos, que saiba-mos reforçar o nível da nossa autoestima nacional e regional,que sejamos mais solidários em termos morais perante osnossos compatriotas em situação menos favorecida. De tudoisto resulta a vantagem em privilegiar um debate que permitaa construção de um amplo consenso sobre o que é comum atodos, aquilo que não depende da divergência ideológica eque pode contribuir para a construção de uma visão estraté-gica sobre o futuro. Depois, a partir daí, tornar-se-á mais fácilestabelecer um compromisso colectivo, não só sobre o que épreciso fazer, mas sobretudo sobre o que queremos e pode-mos ser.Responsabilizar o cidadão como agente de mudança, não sealcança senão através do reforço da participação, porque asliberdades só valem se puderem ser associadas ao plenoexercício da cidadania. Ora esta convicção não terá sidoainda apreendida por algumas camadas da nossa sociedade,com particular incidência aqui no Norte e nas regiões maisinteriores do País. Sobre algumas poucas matérias consegui-mos facilmente identificar uma generalizada sensibilidadefavorável a tomadas de consciência cívica, que facilitam a

No sexto Relatório Periódico sobre a situação sócio-econó-mica das Regiões da União Europeia, faz-se uma análise daevolução da economia dos países europeus e um balançosobre a situação relativa das suas regiões. É um bom pontode partida para falarmos um pouco da Região do Norte dePortugal.Após a adesão em 1986, Portugal encontrou as condiçõesobjectivas para concretizar a sua ambição de um progressoeconómico tranquilo e consolidar a opção feita a favor dademocracia e das liberdades conquistadas 12 anos antes. Aanálise da evolução na década de 1986-1996 vem revelarque, após o alargamento da EU aos países ibéricos, experi-mentou-se uma convergência objectiva, podendo referir-seque no ranking das regiões europeias, o PIB/capita (corrigi-do em paridade de poder de compra) em relação à médiaEuropeia: passou de 41% para 50%, nas 10 regiões inferiores;passou de 52% para 59%, nas 25 regiões inferiores;passou de 65% para 76,5% nos quatro países da Coesão;passou de 55,1% para 70,5% em de Portugal.Trata-se de uma convergência muito rápida, sem preceden-tes, que se deve à progressiva política de integração euro-peia e à ajuda dos Fundos Estruturais.Por outro lado, o comércio externo entre os quatro paísesda Coesão (Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda) e a EUduplicou, em termos reais, numa década. No entanto, o referido relatório também reconhece a persis-tência de disparidades significativas dentro de cada estadomembro, permitindo concluir que as regiões capitais dospaíses mais desfavorecidos (caso de Portugal) continuam aconcentrar uma boa parte do crescimento e das oportunida-des, recomendando que futuramente os recursos se devemconcentrar nas regiões que mais precisam de apoio.Como exemplo refira-se que, para o indicador antes referidoe na mesma década:o Norte passou de 51,1% para 62,4%;e Lisboa e Vale do Tejo de 79,2% para 88,5%. Se isto era assim na data de publicação deste documento, em1999, hoje sabemos que a situação não melhorou e reclamade cada um de nós uma reflexão muito especial. Com maisagudeza o problema se coloca quando sabemos que o Nortede Portugal se confronta hoje com uma das mais agudas cri-ses de oferta de emprego qualificado, que preocupa osjovens, mas que também é sintoma da necessidade de rever-mos o nosso perfil de especialização regional. Parece-me muito positivo interpretar a situação em que nos

encontramos a partir de alguma reflexão e do estado deespírito regional, com a preocupação de esclarecer o papelque podemos desempenhar numa Europa que definiu emLisboa pretender ser a economia mais competitiva doMundo no espaço de uma geração.Trata-se de uma preocupação legítima e urgente que recla-ma a mobilização geral dos portugueses, independentemen-te donde vivam, bem como o contributo organizado detodas as parcelas do território nacional, e para qual os enge-nheiros podem e devem ter uma posição clara sobre opapel que lhes cabe desempenhar.Nunca é demais reafirmar que, quando em Portugal avalia-mos o impacto de qualquer efeito social relevante é indis-pensável não esquecer que o nosso País não é um todohomogéneo e que é porventura no potencial da sua diversi-dade que reside a maior expectativa de salvaguarda dosnossos valores identitários e da nossa capacidade de afir-mação futura.Isto vale apesar do grande desequilíbrio na distribuição dosfactores de competência e de conhecimento que é necessá-rio e possível reunir para mudar Portugal e para reduzir esteatraso que no Norte parece ser ainda mais persistente.Quando procuramos acertar ideias sobre o que é precisofazer, é fácil pormo-nos de acordo sobre parâmetros óbvios:maior produtividade e competitividade face aos parceiros,desburocratização da Administração, reformas nos sectoreseducativos e tecnológicos, maior celeridade na Justiça,menos Estado onde houver ineficiência, etc. Alguns chegama propor reformas prioritárias, reclamando consensos míni-mos sobre mudanças a efectuar e identificando as deficiên-cias na actuação do lado das Autoridades.Que faltará então fazer para passar de sugestões, mais oumenos óbvias, para um ambiente favorável à mudança?Apontarei três caminhos: responsabilização do cidadão como agente da mudança;identificar entre os problemas principais quais os mais críti-cos por onde se deva começar;pugnar pela construção de soluções acertivas de políticapública, como medidas de reparação das situações ondeacusamos maior atraso relativo.Numa perspectiva de desenvolvimento económico, o objec-tivo tem de ser sempre o mesmo: tornar Portugal um Paísrespeitado e atractivo, aos olhos dos nossos parceiros inter-nacionais, sejam eles investidores, portadores de tecnologiamais avançada, de inovação ou de conhecimento. Isto éassim porque acreditamos que tal nos aproxima mais rapi-

O papel da Ordem no reforço do debatesobre as questões da Região Norte

Luís Braga da Cruz, Presidente da Assembleia Regional Norte

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criação de movimentos de opinião e a organização sectorialde cidadãos. Porém, para outras ainda estamos muito distan-tes. A questão que se põe, relevante para a actuação da Ordemdos Engenheiros, é esta: como organizar as pessoas parapoderem reagir de forma mais adulta e tomarem consciênciado seu papel na formação da opinião, na busca de soluções,de uma sociedade que se deseja mais participativa e empe-nhada? Torna-se necessário reter uma orientação prática importante:para que esta valorização do debate tenha pernas para andartemos de assumir que é indispensável que o Poder Políticoveja estas iniciativas de participação com bons olhos, queacredite nos seus méritos, que as estimule e, principalmente,que dê sinais inequívocos de que está disposto a criar o hábi-to de escutar e respeitar os resultados deste esforço. Saberouvir é uma virtude humana e um bom atributo democrático,não bastando anunciar que uma questão vai ser posta adebate, mas que há abertura para colher o ensinamento doseu resultado.Pelo País e especialmente nos espaços regionais, há um sen-timento de descrença sobre a utilidade da participação cívicae da vantagem de mobilizar a capacidade de pensar existen-te. Por outro lado, há matérias que deviam ser objecto dedebate mas que não estão suficientemente estruturadas paraque da participação resulte um efeito útil. É isto que é neces-sário alterar.Caberá à Delegação Regional do Norte assumir um papelactivo na sua região, tanto na promoção de um debate eleva-do e esclarecido, como procurar dele extrair orientações epara que, desta forma, os engenheiros possam contribuirpara um maior nível de responsabilidade social dos agentesda região, neste período de mudança sem precedentes. Perante um quadro de progressiva integração na economiaeuropeia, de sujeição a directivas comunitárias, de dependên-cia do mercado ibérico, de limitação da nossa capacidade dedecidir autonomamente, perante toda esta evolução de senti-do único, o que nos resta? Onde devemos pôr as nossasambições, não esquecendo as nossas actuais limitações? Aresposta a esta questão basilar não nos pode deixar indife-rentes. Onde a Europa tiver as suas metas em 2020 é aí quedevemos estar também. O que significa que só nos resta tomar como base da nossadecisão as variáveis cuja gestão só de nós depende: os portu-gueses e o território nacional. Ou seja: por um lado, capacitaros nossos recursos humanos ao nível dos padrões de maiorexigência educativa, técnica e profissional e por outro organi-zar de forma optimizada a administração territorial doEstado, com especial incidência a nível regional.Eis dois bons temas para voltar ao assunto e para a Ordemdebater a partir do Norte.

“Caberá à Delegação Regional do Norte assumir um papelactivo na sua região, tanto na promoção de um debateelevado e esclarecido, como procurar dele extrair orienta-ções”

damente de padrões de comportamento mais avançados eexigentes, e que são geradores de emprego qualificado e dedesempenho qualitativo. Mas não pode ser só isso, porque é necessário que Portugalseja também atractivo aos nossos próprios olhos, que saiba-mos reforçar o nível da nossa autoestima nacional e regional,que sejamos mais solidários em termos morais perante osnossos compatriotas em situação menos favorecida. De tudoisto resulta a vantagem em privilegiar um debate que permitaa construção de um amplo consenso sobre o que é comum atodos, aquilo que não depende da divergência ideológica eque pode contribuir para a construção de uma visão estraté-gica sobre o futuro. Depois, a partir daí, tornar-se-á mais fácilestabelecer um compromisso colectivo, não só sobre o que épreciso fazer, mas sobretudo sobre o que queremos e pode-mos ser.Responsabilizar o cidadão como agente de mudança, não sealcança senão através do reforço da participação, porque asliberdades só valem se puderem ser associadas ao plenoexercício da cidadania. Ora esta convicção não terá sidoainda apreendida por algumas camadas da nossa sociedade,com particular incidência aqui no Norte e nas regiões maisinteriores do País. Sobre algumas poucas matérias consegui-mos facilmente identificar uma generalizada sensibilidadefavorável a tomadas de consciência cívica, que facilitam a

Por fim, mas não menos importante,refira-se a incompreensível confusãocom a atribuição de responsabilida-des a cada um dos intervenientes.Atribuindo-se expressamente ao TRO,ainda que solidariamente com o pro-motor, a responsabilidade pelopreenchimento e pela garantia de queas características descritas na FTHsão as que existem na realidade, estáa confundir-se e a baralhar-se respon-sabilidades tão distintas como a depromover a construção, a de projec-tar, a de definir as condições de licen-ciamento, a de executar o objecto pro-jectado, a de verificar que a coisaconstruída é a que foi licenciada e ada acção comercial pura e simples.A relevância destes erros impõe que oLegislador intervenha rapidamente, deforma a assegurar a aplicabilidade semdistorções deste regime.

Insuficiências

Para além destes erros, a FTH enfermaainda, de algumas insuficiências ouimprecisões que, não sendo impeditivasda implementação do regime, deveriamser colmatadas quanto antes para lheaumentar a eficiência. Exemplificando:A FTH, mesmo na sua fase provisória,deve indicar quem é o construtor geral equem é o designado Director Técnico deObra (DTO), figuras obrigatórias do regi-me de licenciamento;Não é aceitável que se destaque a arqui-tectura das outras componentes do pro-jecto. O projecto é um todo uno e comotal deve ser referenciado e identificado.As designações das componentes deespecialidade do projecto devem ser asque resultam da legislação específica,abandonando-se expressões aproxima-das que só confundem;A breve descrição da solução estruturaldeve ser complementada com a apresen-tação da planta simplificada da estrutura

directamente relacionada com a habita-ção (fogo + dependências), localizando eindicando as dimensões reais dos ele-mentos estruturais que a atravessam ouenformam.A caracterização das soluções construti-vas deveria poder ser feita através deesquemas construtivos simplificadosrelativos a paredes, pisos, tectos e cober-turas e a orientação das paredes poderiaresultar de indicação expressa na planta,opções muito mais perceptíveis para oconsumidor do que a descrição textualsolicitada.Devia indicar-se o pé-direito livre do fogoe das suas dependências.A elaboração das instruções sobre o usoe manutenção da construção é matériaque deve competir aos projectistas e nãoao TRO, seja este quem for, devendo porisso ser integrada na definição do concei-to de projecto.Apesar de algumas destas e de outrasinsuficiências dificultarem a percepçãopelo consumidor da informação relevan-te sobre a habitação, são os erros gravesidentificados que condicionam fortemen-te a aplicabilidade deste regime.

Que propomos?

A importância do sector da construçãona nossa vida, bem patente na gravidadedas consequências para o indivíduo, afamília e a sociedade quando alguma dassuas componentes não funciona regular-mente, há muito que reclama do gestorda coisa pública uma visão integradasobre a globalidade do problema. Na ver-dade, não é possível encontrar uma solu-ção simples para um problema tão com-plexo.Neste sentido, a FTH tem de ser vistatambém como uma das peças de umextenso puzzle que integra ainda:– a revisão do regime de acesso e per-manência na actividade de construção, jáconsumada no início deste ano3;

Com a publicação do Decreto-Lei n.º698/2004 de 25 de Março e da Portarianº 817/2004 de 16 de Julho, foi definida eformatada a informação mínima a pres-tar pelo vendedor de habitação, consa-grando-se assim neste mercado o incon-testável direito do consumidor à informa-ção.Sendo consensual a necessidade deintervir num negócio em que todos osdias aumentam as queixas contra opera-dores que, intencional ou inadvertida-mente, defraudam as expectativas presu-midamente por si geradas aos Clientes, oregime agora posto em vigor, apesar deresultar de uma muito louvável ideia econter algumas boas disposições atépara além da estrita caracterização dafracção, enferma de erros e insuficiênciasque lamentavelmente inviabilizam a suacorrecta implementação.

Dos méritos

Para além do mérito maior da consagra-ção do direito à informação, o regimeagora em vigor acrescenta algumas dis-posições que, extravasando a caracteriza-ção do produto, contribuem para anecessária clarificação da relação contra-tual entre vendedor e comprador, oupotenciam a formação esclarecida davontade que precede essa relação. Sãoexemplos do que dizemos:– a imposição de um referencial único –neste caso a Área útil da Habitação1 -

para definir um parâmetro unitário depreço, elemento essencial para coerentescomparações de preço. O referencialescolhido pode ser contestado, porém avantagem da sua criação, com opção porum conceito já existente, sobreleva clara-mente eventuais críticas à sua composi-ção;– a obrigação de disponibilizar no localde venda uma cópia integral do projectoaprovado devidamente autenticada,embora omitindo a obrigação de disponi-bilizar, como se impunha, as condiçõesde licenciamento, é uma medida quefacilita o acesso à informação certificadaaté pelo Director Técnico de Obra(DTO)2;– a obrigatoriedade de anunciar no localde venda a existência da FTH, ainda quetenha faltado impor também a identifica-ção da sua versão mais actual;– a obrigatoriedade de identificar o alvaráde licença de construção e a sua validadeem toda a informação que diga respeitoa edifícios em construção.

Erros graves

Infelizmente, talvez pela precipitação queparece ter existido na publicação destesdiplomas, foram cometidos erros que,por impedirem a correcta implementa-ção do novo regime, são graves.A génese e credibilidade da FTH, talcomo está definida, assenta na interven-ção de três pessoas ou grupos de pes-

soas: o promotor imobiliário, os projec-tistas e o que designa por “TécnicoResponsável pela Obra” (TRO).Conhecendo-se os dois primeiros, igno-ra-se quem deve ser o terceiro.Estranhamente, o Legislador, ao optarpor uma figura inexistente até aqui,esqueceu-se de a caracterizar e atribuir,fazendo deste lapso a maior e maisimportante debilidade deste novo regi-me. Na verdade, se a FTH carece, paraser válida, da assinatura deste técnico enão se diz quem ele é, quem deve validaras FTH que são já hoje necessárias paraas transacções de habitação?Acresce a infelicidade da designaçãoadoptada. Anunciar este técnico como“responsável pela obra” é induzir emerro o consumidor. Como bem sabemos,numa obra intervém vários Técnicos eoutros agentes, sendo cada um respon-sável pelos actos que pratica ou, deven-do pratica-los e não o fazendo, pela suaomissão. Não sendo nenhum deles res-ponsável pelo que os outros fazem, nãoé aceitável que se dê a entender ao con-sumidor que um deles e só um é (o)“responsável pela Obra” (seja qual for osignificado desta expressão).Por outro lado, sabendo-se que a habita-ção sofre frequentemente alterações, nãofoi previsto nem regulamentado nenhummecanismo de actualização da FTH,capaz de assegurar que esta ficha acom-panhe, com verdade, a evolução da frac-ção que descreve.

Ficha Técnica da Habitação

Em defesa de uma boa ideia

1 Área Útil da Habitação é a soma das áreas de todos os compartimentos da habitação, incluindo vestíbulos, circulações interiores, instalações sanitárias, arrumos,

outros compartimentos de função similar e armários nas paredes, e mede-se pelo perímetro interior das paredes que limitam o fogo, descontando encalços até 30cm,

paredes interiores, divisórias e condutas. – cf alínea b) do nº 2 do artº 67º do RGEU, com a redacção dada pelo artº 1º do DL nº 650/75 de 18 de Novembro.

2 Designação atribuída pelo Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, Dec-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, ao Técnico a quem compete atestar que o que está

construído é o que foi licenciado.

Gerardo Saraiva de Menezes, Presidente do Conselho Directivo Regional Norte

infoPágina 6 OPINIÃO info Página 7OPINIÃO

“A importância do sector da construção na nossa vida, bem patente na gravidadedas consequências para o indivíduo, a família e a sociedade quando alguma dassuas componentes não funciona regularmente, há muito que reclama do gestorda coisa pública uma visão integrada sobre a globalidade do problema”

Por fim, mas não menos importante,refira-se a incompreensível confusãocom a atribuição de responsabilida-des a cada um dos intervenientes.Atribuindo-se expressamente ao TRO,ainda que solidariamente com o pro-motor, a responsabilidade pelopreenchimento e pela garantia de queas características descritas na FTHsão as que existem na realidade, estáa confundir-se e a baralhar-se respon-sabilidades tão distintas como a depromover a construção, a de projec-tar, a de definir as condições de licen-ciamento, a de executar o objecto pro-jectado, a de verificar que a coisaconstruída é a que foi licenciada e ada acção comercial pura e simples.A relevância destes erros impõe que oLegislador intervenha rapidamente, deforma a assegurar a aplicabilidade semdistorções deste regime.

Insuficiências

Para além destes erros, a FTH enfermaainda, de algumas insuficiências ouimprecisões que, não sendo impeditivasda implementação do regime, deveriamser colmatadas quanto antes para lheaumentar a eficiência. Exemplificando:A FTH, mesmo na sua fase provisória,deve indicar quem é o construtor geral equem é o designado Director Técnico deObra (DTO), figuras obrigatórias do regi-me de licenciamento;Não é aceitável que se destaque a arqui-tectura das outras componentes do pro-jecto. O projecto é um todo uno e comotal deve ser referenciado e identificado.As designações das componentes deespecialidade do projecto devem ser asque resultam da legislação específica,abandonando-se expressões aproxima-das que só confundem;A breve descrição da solução estruturaldeve ser complementada com a apresen-tação da planta simplificada da estrutura

directamente relacionada com a habita-ção (fogo + dependências), localizando eindicando as dimensões reais dos ele-mentos estruturais que a atravessam ouenformam.A caracterização das soluções construti-vas deveria poder ser feita através deesquemas construtivos simplificadosrelativos a paredes, pisos, tectos e cober-turas e a orientação das paredes poderiaresultar de indicação expressa na planta,opções muito mais perceptíveis para oconsumidor do que a descrição textualsolicitada.Devia indicar-se o pé-direito livre do fogoe das suas dependências.A elaboração das instruções sobre o usoe manutenção da construção é matériaque deve competir aos projectistas e nãoao TRO, seja este quem for, devendo porisso ser integrada na definição do concei-to de projecto.Apesar de algumas destas e de outrasinsuficiências dificultarem a percepçãopelo consumidor da informação relevan-te sobre a habitação, são os erros gravesidentificados que condicionam fortemen-te a aplicabilidade deste regime.

Que propomos?

A importância do sector da construçãona nossa vida, bem patente na gravidadedas consequências para o indivíduo, afamília e a sociedade quando alguma dassuas componentes não funciona regular-mente, há muito que reclama do gestorda coisa pública uma visão integradasobre a globalidade do problema. Na ver-dade, não é possível encontrar uma solu-ção simples para um problema tão com-plexo.Neste sentido, a FTH tem de ser vistatambém como uma das peças de umextenso puzzle que integra ainda:– a revisão do regime de acesso e per-manência na actividade de construção, jáconsumada no início deste ano3;

Com a publicação do Decreto-Lei n.º698/2004 de 25 de Março e da Portarianº 817/2004 de 16 de Julho, foi definida eformatada a informação mínima a pres-tar pelo vendedor de habitação, consa-grando-se assim neste mercado o incon-testável direito do consumidor à informa-ção.Sendo consensual a necessidade deintervir num negócio em que todos osdias aumentam as queixas contra opera-dores que, intencional ou inadvertida-mente, defraudam as expectativas presu-midamente por si geradas aos Clientes, oregime agora posto em vigor, apesar deresultar de uma muito louvável ideia econter algumas boas disposições atépara além da estrita caracterização dafracção, enferma de erros e insuficiênciasque lamentavelmente inviabilizam a suacorrecta implementação.

Dos méritos

Para além do mérito maior da consagra-ção do direito à informação, o regimeagora em vigor acrescenta algumas dis-posições que, extravasando a caracteriza-ção do produto, contribuem para anecessária clarificação da relação contra-tual entre vendedor e comprador, oupotenciam a formação esclarecida davontade que precede essa relação. Sãoexemplos do que dizemos:– a imposição de um referencial único –neste caso a Área útil da Habitação1 -

para definir um parâmetro unitário depreço, elemento essencial para coerentescomparações de preço. O referencialescolhido pode ser contestado, porém avantagem da sua criação, com opção porum conceito já existente, sobreleva clara-mente eventuais críticas à sua composi-ção;– a obrigação de disponibilizar no localde venda uma cópia integral do projectoaprovado devidamente autenticada,embora omitindo a obrigação de disponi-bilizar, como se impunha, as condiçõesde licenciamento, é uma medida quefacilita o acesso à informação certificadaaté pelo Director Técnico de Obra(DTO)2;– a obrigatoriedade de anunciar no localde venda a existência da FTH, ainda quetenha faltado impor também a identifica-ção da sua versão mais actual;– a obrigatoriedade de identificar o alvaráde licença de construção e a sua validadeem toda a informação que diga respeitoa edifícios em construção.

Erros graves

Infelizmente, talvez pela precipitação queparece ter existido na publicação destesdiplomas, foram cometidos erros que,por impedirem a correcta implementa-ção do novo regime, são graves.A génese e credibilidade da FTH, talcomo está definida, assenta na interven-ção de três pessoas ou grupos de pes-

soas: o promotor imobiliário, os projec-tistas e o que designa por “TécnicoResponsável pela Obra” (TRO).Conhecendo-se os dois primeiros, igno-ra-se quem deve ser o terceiro.Estranhamente, o Legislador, ao optarpor uma figura inexistente até aqui,esqueceu-se de a caracterizar e atribuir,fazendo deste lapso a maior e maisimportante debilidade deste novo regi-me. Na verdade, se a FTH carece, paraser válida, da assinatura deste técnico enão se diz quem ele é, quem deve validaras FTH que são já hoje necessárias paraas transacções de habitação?Acresce a infelicidade da designaçãoadoptada. Anunciar este técnico como“responsável pela obra” é induzir emerro o consumidor. Como bem sabemos,numa obra intervém vários Técnicos eoutros agentes, sendo cada um respon-sável pelos actos que pratica ou, deven-do pratica-los e não o fazendo, pela suaomissão. Não sendo nenhum deles res-ponsável pelo que os outros fazem, nãoé aceitável que se dê a entender ao con-sumidor que um deles e só um é (o)“responsável pela Obra” (seja qual for osignificado desta expressão).Por outro lado, sabendo-se que a habita-ção sofre frequentemente alterações, nãofoi previsto nem regulamentado nenhummecanismo de actualização da FTH,capaz de assegurar que esta ficha acom-panhe, com verdade, a evolução da frac-ção que descreve.

Ficha Técnica da Habitação

Em defesa de uma boa ideia

1 Área Útil da Habitação é a soma das áreas de todos os compartimentos da habitação, incluindo vestíbulos, circulações interiores, instalações sanitárias, arrumos,

outros compartimentos de função similar e armários nas paredes, e mede-se pelo perímetro interior das paredes que limitam o fogo, descontando encalços até 30cm,

paredes interiores, divisórias e condutas. – cf alínea b) do nº 2 do artº 67º do RGEU, com a redacção dada pelo artº 1º do DL nº 650/75 de 18 de Novembro.

2 Designação atribuída pelo Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, Dec-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, ao Técnico a quem compete atestar que o que está

construído é o que foi licenciado.

Gerardo Saraiva de Menezes, Presidente do Conselho Directivo Regional Norte

infoPágina 6 OPINIÃO info Página 7OPINIÃO

“A importância do sector da construção na nossa vida, bem patente na gravidadedas consequências para o indivíduo, a família e a sociedade quando alguma dassuas componentes não funciona regularmente, há muito que reclama do gestorda coisa pública uma visão integrada sobre a globalidade do problema”

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Governo quer nova leipara as obras públicas

O Governo tem em estudo uma novalegislação para as Obras Públicas, com aqual visa punir os responsáveis pelosatrasos e desperdícios de dinheirospúblicos. A Ponte Rainha Santa Isabel, emCoimbra, inaugurada em Maio do pre-sente ano, é um dos exemplos maisrecentes desta problemática. A pontecustou mais de 40 milhões de euros doque o estimado e só ficou concluída doisanos e meio após o previsto. O objectivo desta legislação, que deveráestar concluída antes do final do ano, épunir todos os intervenientes, admitindomesmo que o esquema de penalizaçõespoderá originar que certos projectistasou empreiteiros não possam ser selec-cionados para realizar uma obra.Segundo Jorge Costa, secretário deEstado das Obras Públicas, o observató-rio a criar no âmbito do ConselhoSuperior irá registar em ficheiro os pro-prietários da obra, empreiteiros, projec-tistas sub-empreiteiros e fiscais que este-jam relacionados com obras públicas. A nova lei deverá impedir que o preço deadjudicação seja superior ao valor basede concurso, contribuindo para uma

maior moralização desta área e impedirque o dono da obra altere o projectodurante a execução.Embora, o caso da ponte Rainha SantaIsabel tenha alertado novamente oGoverno para os casos de desperdício dedinheiros públicos, o facto é que háquem acuse os poderes públicos de nadafazerem.

2004, o ano da retomana construção

O ano de 2004 pode ser de mudança naconstrução civil. A reabilitação urbana eas obras públicas são as grandes oportu-nidades, mas quem não apostar nos pro-jectos de qualidade mesmo assim podeficar de fora. O ano passado foi negro para a constru-ção, a produção diminuiu 12 por cento, oque fez de 2003 um dos períodos maisnegativos de há pelo menos 15 anos.Este ano as duas principais associaçõesdo sector da construção apontam núme-ros menos pessimistas: a AECOPS esti-ma uma quebra de cinco por cento eANEOP de seis por cento. No entanto,mesmo sendo estes valores negativos,há indicadores que apontam que a reto-ma da construção vai começar em 2004. Um mercado onde há muito para fazer éo da reabilitação. A AECOPS aponta para1291 mil edifícios a necessitarem de repa-rações e o preço médio da reparação poredifício, segundo dados do programaRECRIA, é de 68,4 mil euros.A atenção está voltada para asSociedades de Reabilitação Urbana, cujodiploma foi publicado em Maio, quesegundo a explicação de José TeixeiraMonteiro, presidente do InstitutoNacional de Habitação (INH), “sãoestruturas empresariais dos municípiosque terão como objecto exclusivo a reabi-litação urbana. Para isso dispõe de pode-

res de expropriação que só serão utiliza-dos em última instância”. Este processo também contará com aparticipação do Estado, prevendo-sefinanciamentos a fundo perdido eempréstimos bonificados, a atribuirsegundo os casos.Passando da reabilitação às obras públi-cas, verifica-se um aumento do investi-mento neste sector. Alguns dos exem-plos recaem sobre o TGV que irá avançarem 2006 e representa um investimentode 11 mil milhões de euros; o metro doPorto que ainda conta este ano com uminvestimento de 403 milhões de euros; osector aeroportuário que contará com 118milhões de euros e o sector portuáriocom 262 milhões de euros.Outros indicadores de retoma para 2004dizem respeito à tendência do aumentode empréstimos para a compra de casa epara a construção, bem como da aprova-ção e financiamento de grandes projec-tos, sobretudo na área do turismo. Contudo, o bastonário da Ordem dosEngenheiros, Fernando Santos, faz umalerta para esta situação: “as melhoriasno sector não vão ser sentidas por todosda mesma maneira. Aqueles que melhorconseguirem identificar as necessidadesdo consumidor vão garantir a sua evolu-ção”.E segundo o bastonário da Ordem dosEngenheiros destas melhorias dependemdois factores: a localização e a qualidadedo produto. Por último, é necessário realçar a impor-tância da construção na economia nacio-nal. A construção, segundo o Ministériodas Finanças, representa 7,4 por centodo VAB (Valor Acrescentado Bruto) danossa economia, quase metade daimportância de toda a indústria e estesector também é responsável por cercade sete por cento do PIB(Produto InternoBruto) e emprega mais de 11% da popu-lação activa em Portugal.Na Europa prevê-se um aumento mode-

– a regulamentação e controlo da activi-dade da mediação imobiliária, recente-mente publicada4;– o desenvolvimento do projecto deregulamentação do exercício da activida-de de promotor;– os projectos de regulamentação e con-trolo do acesso ao exercício da actividadeda gestão de condomínios;– o apoio à qualidade e eficiência cres-centes da intervenção do IMOPPI nosdiferentes segmentos da actividade daconstrução e do imobiliário;– a revisão em curso das regras da quali-ficação exigida aos técnicos para elaborare coordenar projectos, coordenar e dirigira execução, a fiscalização e a segurançadas obras de construção civil5;– a revisão em curso das instruções paraa elaboração de projectos;– a revisão em curso do RGEU – regimeGeral das Edificações Urbanas;– a revisão em curso das disposiçõesrelativas à Coordenação de Segurançaem Obras de Edifícios e de EngenhariaCivil6;– o regime jurídico da urbanização e daedificação (licenciamento);– o enquadramento, regulamentaçãoe implementação efectiva e generali-zada dos seguros associados às dife-rentes intervenções e intervenientes;– a promoção, agilização e qualificaçãoda arbitragem voluntária de conflitose deve ainda ter como premissas,o estímulo permanente ao incrementoda qualidade da intervenção dos técnicosseja qual for a qualidade e o momentoem que o fazem;– o reforço da eficiência da intervençãodas autoridades licenciadoras;– a consciencialização do consumidor deque a sua natural dificuldade em avaliarum produto tão complexo como é a

habitação, não se vence pela via adminis-trativa, mas sim pelo recurso à interven-ção de técnicos habilitados à sua correc-ta ponderação.Assim sendo, a FTH será tanto maisuma excelente ideia quanto se integre erelacione coerentemente com as demaisintervenções legislativas e regulamenta-res em estudo, em vias de implementa-ção ou já em vigor. Se a tanto não che-gar, transformar-se-á em mais um obstá-culo à normalização e transparência dasrelações entre compradores e vendedo-res.É, pois, neste contexto que propomosseja feita de imediato uma revisão desteregime, corrigindo pelo menos os errosgraves que apontamos atrás, aproveitan-do para sanar algumas das insuficiênciasdetectadas, mas também integrando-ocoerentemente no edifício legislativo dosector. Especial atenção deverá ser dadaà definição clara de quem é quem e oque preenche e quando na FTH, garan-tindo-se o respeito pelas responsabilida-des típicas de cada interveniente à luz darestante legislação do sector e a correc-

ção da informação registada na FTH.Em conclusão, diremos que a FichaTécnica da Habitação é uma excelenteideia que não terá sido bem interpretadapelo Legislador e por isso foi deficiente-mente reflectida no respectivo regimelegal. Com a preocupação de não deixarmorrer a ideia, ou de a ver arremessadapara um pântano de abusos e habilida-des que comprometerão irremediavel-mente a sua credibilidade, reclama-se acorrecção urgente destes diplomas, revi-são para a qual a Ordem dosEngenheiros deverá contribuir com a efi-ciência e equilíbrio que o conhecimentode causa e o distanciamento que temrelativamente às partes interessadas, lhepermitem.

APELO A COMUNICAÇÕES

Com o objectivo de promover a divulgação de estudos e projectos de carácter técnico ecientífico, a “Info – Magazine” vai editar, a partir do próximo número, uma separata ondetodos os colegas interessados poderão publicar trabalhos relacionados com os diferentesramos da Engenharia. As comunicações propostas serão avaliadas com a colaboração daComissão Regional do Colégio relevante que as seleccionará com base na sua actualidade,originalidade, generalidade, inovação e apresentação. A avaliação das comunicações seráfeita com base nos textos completos com um máximo de 4 páginas (5000 caracteres porpágina), incluindo figuras e fotografias (p/b). As comunicações deverão ser enviadas emformato electrónico Microsoft (Word), acompanhado de uma versão integral impressa empapel, para o Colégio Regional da Especialidade ou para o Eng. Jorge Basílio([email protected].), Ordem dos Engenheiros – RegiãoNorte. Rua Rodrigues Sampaio,123. 4000-425 Porto.

3 Decreto-Lei n.º 12/2004 de 9 de Janeiro, complementado por diversas portarias da mesma altura 4 Decreto-Lei n.º 211/2004 de 20 de Agosto 5 Vulgo revisão do

Decreto-Lei n.º 73/73 de 28 de Fevereiro, com uma proposta da OE já em fase final de preparação 6 Com proposta alternativa já apresentada pela OE há cerca de

três meses.

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Governo quer nova leipara as obras públicas

O Governo tem em estudo uma novalegislação para as Obras Públicas, com aqual visa punir os responsáveis pelosatrasos e desperdícios de dinheirospúblicos. A Ponte Rainha Santa Isabel, emCoimbra, inaugurada em Maio do pre-sente ano, é um dos exemplos maisrecentes desta problemática. A pontecustou mais de 40 milhões de euros doque o estimado e só ficou concluída doisanos e meio após o previsto. O objectivo desta legislação, que deveráestar concluída antes do final do ano, épunir todos os intervenientes, admitindomesmo que o esquema de penalizaçõespoderá originar que certos projectistasou empreiteiros não possam ser selec-cionados para realizar uma obra.Segundo Jorge Costa, secretário deEstado das Obras Públicas, o observató-rio a criar no âmbito do ConselhoSuperior irá registar em ficheiro os pro-prietários da obra, empreiteiros, projec-tistas sub-empreiteiros e fiscais que este-jam relacionados com obras públicas. A nova lei deverá impedir que o preço deadjudicação seja superior ao valor basede concurso, contribuindo para uma

maior moralização desta área e impedirque o dono da obra altere o projectodurante a execução.Embora, o caso da ponte Rainha SantaIsabel tenha alertado novamente oGoverno para os casos de desperdício dedinheiros públicos, o facto é que háquem acuse os poderes públicos de nadafazerem.

2004, o ano da retomana construção

O ano de 2004 pode ser de mudança naconstrução civil. A reabilitação urbana eas obras públicas são as grandes oportu-nidades, mas quem não apostar nos pro-jectos de qualidade mesmo assim podeficar de fora. O ano passado foi negro para a constru-ção, a produção diminuiu 12 por cento, oque fez de 2003 um dos períodos maisnegativos de há pelo menos 15 anos.Este ano as duas principais associaçõesdo sector da construção apontam núme-ros menos pessimistas: a AECOPS esti-ma uma quebra de cinco por cento eANEOP de seis por cento. No entanto,mesmo sendo estes valores negativos,há indicadores que apontam que a reto-ma da construção vai começar em 2004. Um mercado onde há muito para fazer éo da reabilitação. A AECOPS aponta para1291 mil edifícios a necessitarem de repa-rações e o preço médio da reparação poredifício, segundo dados do programaRECRIA, é de 68,4 mil euros.A atenção está voltada para asSociedades de Reabilitação Urbana, cujodiploma foi publicado em Maio, quesegundo a explicação de José TeixeiraMonteiro, presidente do InstitutoNacional de Habitação (INH), “sãoestruturas empresariais dos municípiosque terão como objecto exclusivo a reabi-litação urbana. Para isso dispõe de pode-

res de expropriação que só serão utiliza-dos em última instância”. Este processo também contará com aparticipação do Estado, prevendo-sefinanciamentos a fundo perdido eempréstimos bonificados, a atribuirsegundo os casos.Passando da reabilitação às obras públi-cas, verifica-se um aumento do investi-mento neste sector. Alguns dos exem-plos recaem sobre o TGV que irá avançarem 2006 e representa um investimentode 11 mil milhões de euros; o metro doPorto que ainda conta este ano com uminvestimento de 403 milhões de euros; osector aeroportuário que contará com 118milhões de euros e o sector portuáriocom 262 milhões de euros.Outros indicadores de retoma para 2004dizem respeito à tendência do aumentode empréstimos para a compra de casa epara a construção, bem como da aprova-ção e financiamento de grandes projec-tos, sobretudo na área do turismo. Contudo, o bastonário da Ordem dosEngenheiros, Fernando Santos, faz umalerta para esta situação: “as melhoriasno sector não vão ser sentidas por todosda mesma maneira. Aqueles que melhorconseguirem identificar as necessidadesdo consumidor vão garantir a sua evolu-ção”.E segundo o bastonário da Ordem dosEngenheiros destas melhorias dependemdois factores: a localização e a qualidadedo produto. Por último, é necessário realçar a impor-tância da construção na economia nacio-nal. A construção, segundo o Ministériodas Finanças, representa 7,4 por centodo VAB (Valor Acrescentado Bruto) danossa economia, quase metade daimportância de toda a indústria e estesector também é responsável por cercade sete por cento do PIB(Produto InternoBruto) e emprega mais de 11% da popu-lação activa em Portugal.Na Europa prevê-se um aumento mode-

– a regulamentação e controlo da activi-dade da mediação imobiliária, recente-mente publicada4;– o desenvolvimento do projecto deregulamentação do exercício da activida-de de promotor;– os projectos de regulamentação e con-trolo do acesso ao exercício da actividadeda gestão de condomínios;– o apoio à qualidade e eficiência cres-centes da intervenção do IMOPPI nosdiferentes segmentos da actividade daconstrução e do imobiliário;– a revisão em curso das regras da quali-ficação exigida aos técnicos para elaborare coordenar projectos, coordenar e dirigira execução, a fiscalização e a segurançadas obras de construção civil5;– a revisão em curso das instruções paraa elaboração de projectos;– a revisão em curso do RGEU – regimeGeral das Edificações Urbanas;– a revisão em curso das disposiçõesrelativas à Coordenação de Segurançaem Obras de Edifícios e de EngenhariaCivil6;– o regime jurídico da urbanização e daedificação (licenciamento);– o enquadramento, regulamentaçãoe implementação efectiva e generali-zada dos seguros associados às dife-rentes intervenções e intervenientes;– a promoção, agilização e qualificaçãoda arbitragem voluntária de conflitose deve ainda ter como premissas,o estímulo permanente ao incrementoda qualidade da intervenção dos técnicosseja qual for a qualidade e o momentoem que o fazem;– o reforço da eficiência da intervençãodas autoridades licenciadoras;– a consciencialização do consumidor deque a sua natural dificuldade em avaliarum produto tão complexo como é a

habitação, não se vence pela via adminis-trativa, mas sim pelo recurso à interven-ção de técnicos habilitados à sua correc-ta ponderação.Assim sendo, a FTH será tanto maisuma excelente ideia quanto se integre erelacione coerentemente com as demaisintervenções legislativas e regulamenta-res em estudo, em vias de implementa-ção ou já em vigor. Se a tanto não che-gar, transformar-se-á em mais um obstá-culo à normalização e transparência dasrelações entre compradores e vendedo-res.É, pois, neste contexto que propomosseja feita de imediato uma revisão desteregime, corrigindo pelo menos os errosgraves que apontamos atrás, aproveitan-do para sanar algumas das insuficiênciasdetectadas, mas também integrando-ocoerentemente no edifício legislativo dosector. Especial atenção deverá ser dadaà definição clara de quem é quem e oque preenche e quando na FTH, garan-tindo-se o respeito pelas responsabilida-des típicas de cada interveniente à luz darestante legislação do sector e a correc-

ção da informação registada na FTH.Em conclusão, diremos que a FichaTécnica da Habitação é uma excelenteideia que não terá sido bem interpretadapelo Legislador e por isso foi deficiente-mente reflectida no respectivo regimelegal. Com a preocupação de não deixarmorrer a ideia, ou de a ver arremessadapara um pântano de abusos e habilida-des que comprometerão irremediavel-mente a sua credibilidade, reclama-se acorrecção urgente destes diplomas, revi-são para a qual a Ordem dosEngenheiros deverá contribuir com a efi-ciência e equilíbrio que o conhecimentode causa e o distanciamento que temrelativamente às partes interessadas, lhepermitem.

APELO A COMUNICAÇÕES

Com o objectivo de promover a divulgação de estudos e projectos de carácter técnico ecientífico, a “Info – Magazine” vai editar, a partir do próximo número, uma separata ondetodos os colegas interessados poderão publicar trabalhos relacionados com os diferentesramos da Engenharia. As comunicações propostas serão avaliadas com a colaboração daComissão Regional do Colégio relevante que as seleccionará com base na sua actualidade,originalidade, generalidade, inovação e apresentação. A avaliação das comunicações seráfeita com base nos textos completos com um máximo de 4 páginas (5000 caracteres porpágina), incluindo figuras e fotografias (p/b). As comunicações deverão ser enviadas emformato electrónico Microsoft (Word), acompanhado de uma versão integral impressa empapel, para o Colégio Regional da Especialidade ou para o Eng. Jorge Basílio([email protected].), Ordem dos Engenheiros – RegiãoNorte. Rua Rodrigues Sampaio,123. 4000-425 Porto.

3 Decreto-Lei n.º 12/2004 de 9 de Janeiro, complementado por diversas portarias da mesma altura 4 Decreto-Lei n.º 211/2004 de 20 de Agosto 5 Vulgo revisão do

Decreto-Lei n.º 73/73 de 28 de Fevereiro, com uma proposta da OE já em fase final de preparação 6 Com proposta alternativa já apresentada pela OE há cerca de

três meses.

infoPágina 8 OPINIÃO

infoPágina 10 NOTÍCIAS info Página 11NOTÍCIAS

rado do sector para este ano (0.8 porcento segundo a FIEC, EuropeanConstruction Industry Federation).

Projecto de decreto-leisobre Coordenação de Segurança

A Ordem dos Engenheiros apresentouao Governo, a 12 de Maio, uma propostade decreto-lei sobre o “Exercício daCoordenação em Matéria de Segurançae Saúde na actividade de Construção deEdifícios e Engenharia Civil, bem como oReconhecimento dos RespectivosCursos”, em alternativa ao projecto dediploma submetido à apreciação públicaa 13 de Abril de 2004.Esta iniciativa surge da necessidade dese criar um enquadramento legal har-monioso dos diferentes processosenvolvidos na concretização dumaobra. Além disso, é preciso coordenaro poder legislativo com as instituiçõesde ensino no ajustamento dos cursosque ministram, sobretudo no que refe-re à obrigatoriedade de acreditaçãopelas Ordens e AssociaçõesProfissionais.Até agora, só se tem assistido aoremendo avulso da lei por parte dosresponsáveis, o que é insuficiente paraa realidade da actividade profissional.É neste contexto que, sem ouvir asOrdens e as Associações Profissionais,às quais o Estado atribuiu, entre outrascompetências de controlo profissional,o reconhecimento da qualificação dostécnicos, a Ordem dos Engenheirostomou conhecimento do projecto dediploma. Este documento apresenta um conjuntovasto de deficiências, que merecem aoposição frontal da Ordem dosEngenheiros:

Repete conceitos já expressos noutrosdiplomas de forma não coincidente,contribuindo para a confusão resultanteda falta de uniformização do léxico dosector;Não exige a certificação dosEngenheiros, Arquitectos e EngenheirosTécnicos pelas respectivas Ordens eAssociação Profissional, permitindo oacesso a portadores de cursos não acre-ditados; Alarga o exercício a agentes com qualifi-cação muito baixa, no pressuposto deque a experiência (qualquer que tenhasido…) lhes confere a formação comple-mentar necessária, que não tiveram debase;Permite o exercício por profissionaisque, embora possam ter boa formaçãoespecífica em matéria de segurança ehigiene no trabalho, não têm qualquerformação de base na área da constru-ção, insuficiência que não oferece qual-quer expectativa de capacidade crítica nodebate técnico a que ficam associados;Equipara formações escolares de nívelsecundário com licenciaturas e bachare-latos, pressupondo que o fosso das dife-renças de capacidade técnico-científicasresultantes da formação de base é ultra-passado pela experiência profissional(com pequeníssima diferença, por sinal)Não especifica o conceito de experiênciaprofissional, nem define critérios para acertificar, aceitando qualquer uma queocorra no sector;Reserva ao Ministério do Trabalho oreconhecimento dos cursos de forma-ção, ignorando as competências de acre-ditação da qualificação profissional atri-buídas pelo Estado às Ordens eAssociações Profissionais;Constitui matéria que não é exclusiva doMinistério do Trabalho e deveria ser tute-lada em conjunto com o Ministério dasObras Públicas;Permite que se instalem definitivamentena actividade todos os agentes que

actualmente a exercem, qualquer queseja a sua formação;É preciso não confundir, as exigênciaspróprias das funções dos Técnicos deSegurança com as dos Coordenadoresde Segurança. Para estes executarem deforma competente a missão que lhes éatribuída são exigidas, entre outras,competências técnicas e científicas noâmbito da construção.No sistema de ensino português, aonível superior estas competências só sãoadquiridas nos cursos de Engenharia(licenciatura e bacharelato) e no cursode Arquitectura; ao nível secundário,naturalmente orientado para missões demenor exigência técnica e científica, nocurso de Construtor Civil. No entender da Ordem dosEngenheiros, o objectivo de reduçãodrástica da sinistralidade constitui umimperativo que não é compatível com ocaminho legislativo pouco exigente quefoi oferecido e que desmotiva o interessepela função .Face a esta situação a Ordem dosEngenheiros apresentou uma proposta,que assenta nos seguintes princípios:A função só pode ser desempenhadapor profissionais com formação de baseem construção: Engenheiros,Arquitectos, Engenheiros Técnicos eConstrutores Civis Diplomados, acredi-tados pelas respectivas Ordens ouAssociações Profissionais;A definição de competências para o exer-cício é determinada em função do nívelde formação profissional, da experiência,da complexidade da obra e do seu valoreconómico;O diploma deve ser harmonizado com alegislação do sector.

Porto/Vigo em alta velocidade

Quatro traçados possíveis para a ligaçãoem comboio de alta velocidade

Porto/Vigo estão a ser analisados peloGoverno, enquanto que cada um dospercursos Aveiro/Salamanca eLisboa/Madrid três alternativas de traça-dos, segundo indicações da RAVE.A viagem Porto/Vigo apresenta alternati-vas como a partir do Aeroporto SáCarneiro rumo a Valença pelos corredo-res Atlântico (via Póvoa de Varzim, Vianado Castelo), Central (Barcelos) e Este (viaVila Nova de Famalicão, Braga). Segundo

os técnicos, estes traçados vão permitir ainstalação de uma estação em Braga, emBarcelos, ou num local intermédio aestas duas localidades, ou ainda emViana do Castelo. Estas propostas partiram de um estu-do de viabilidade técnica executadopela Idom&Cised que apurou asmelhores alternativas para velocidadesde 250 e 300 Km/h.O principal objectivo é que a ligaçãoPorto/Vigo se realize em menos deuma hora, Porto/ Pontevedra emmenos de 80 segundos,Porto/Santiago em menos de 120segundos e Porto/Corunha em menosde 150.Para a ligação Porto/Vigo serão investi-dos no total 1,320 milhões de euros parauma procura estimada de 2,1 milhões.Quanto às ligações Lisboa/Madrid eAveiro/Salamanca foram ambas estuda-das pela Coba&Euroestudios. Esta insti-tuição perante o trajectoAveiro/Salamanca entende que a ligaçãopelo Centro privilegia o Norte de

Portugal com uma rota de mercado-rias/passageiros para a Europa, aliviandoos congestionamentos na IP5.

Processo de Bolonha em discussão

Ordens e associações profissionaisforam recebidas, em Junho do correnteano, pela ministra da Ciência e do EnsinoSuperior, Maria da Graça Carvalho, paraapresentar o Processo de Bolonha, quevisa uniformizar o ensino superior noespaço europeu.A nova Lei de Bases da Educação jáprevê alterações na estrutura e duraçãodos cursos superiores, mas mesmoassim foram constituídos grupos decoordenadores para cada área de conhe-cimento para reunir com as ordens,escolas e sociedade e conjuntamentedecidir a estrutura dos cursos. O Processo de Bolonha prevê formaçõescom menos anos e divididas em doisciclos, um primeiro que dá acesso àlicenciatura e dois de mestrado; ou qua-tro anos de licenciatura e um de mestra-do. Contudo, esta estrutura não agrada atodos, como é o caso da Ordem dosAdvogados.Licenciaturas como as de Arquitectura ouMedicina não vão adequar-se à propostade Bolonha. A primeira manterá os cincoanos mais um de mestrado e a segundacontinuará a ter seis anos. Estas dura-ções não prejudicarão os alunos já queexistem directivas europeias específicaspara estes cursos.

60 anos dos EstaleirosNavais de Viana

do Castelo

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo(ENVC) comemoraram, em Junho desteano, 60 anos de existência numa indús-tria de construção e reparação naval. Dos mais de 200 navios construídos aolongo da sua existência, cerca de metadedestinou-se ao mercado português.Porém, nestes últimos 20 anos, a esma-gadora maioria da produção foi paraarmadores estrangeiros. Nos últimos anos, a ENVC, tal como noresto da Europa, tem sentido a concor-rência especialmente de países asiáticos,o que a obrigou a alterar o mercado-alvopara navios mais sofisticados, nomeada-mente de passageiros, de investigaçãocientífica e militares.A ENVC tem novas expectativas no mer-cado russo, sul-americano e PALOP’s, ejá assinou um contrato com a MarinhaPortuguesa para a construção de naviosde patrulha oceânica.

Português vence “óscar”da Engenharia

António Segadães Tavares foi premiadocom o IABSE OStrA da edição de 2004 –o mais importante prémio do mundo deEngenharia de Estruturas – pela amplia-ção da pista do Aeroporto Internacionalda Madeira, no Funchal. Esta obrademonstra o carácter inovador e criativodo seu autor. A pista funchalense sus-pensa sobre o mar foi inaugurada em2000, tendo sido também distinguidacom o Prémio Secil em 2003 e eleitacomo uma das “Cem obras do SéculoXX” pela Ordem dos Engenheiros. Em ex-aequo, o IABSE OStrA distingiu aobra do Museu de Arte de Milwaukee,projecto da autoria de SantiagoCalatrava, no estado norte-americano de

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rado do sector para este ano (0.8 porcento segundo a FIEC, EuropeanConstruction Industry Federation).

Projecto de decreto-leisobre Coordenação de Segurança

A Ordem dos Engenheiros apresentouao Governo, a 12 de Maio, uma propostade decreto-lei sobre o “Exercício daCoordenação em Matéria de Segurançae Saúde na actividade de Construção deEdifícios e Engenharia Civil, bem como oReconhecimento dos RespectivosCursos”, em alternativa ao projecto dediploma submetido à apreciação públicaa 13 de Abril de 2004.Esta iniciativa surge da necessidade dese criar um enquadramento legal har-monioso dos diferentes processosenvolvidos na concretização dumaobra. Além disso, é preciso coordenaro poder legislativo com as instituiçõesde ensino no ajustamento dos cursosque ministram, sobretudo no que refe-re à obrigatoriedade de acreditaçãopelas Ordens e AssociaçõesProfissionais.Até agora, só se tem assistido aoremendo avulso da lei por parte dosresponsáveis, o que é insuficiente paraa realidade da actividade profissional.É neste contexto que, sem ouvir asOrdens e as Associações Profissionais,às quais o Estado atribuiu, entre outrascompetências de controlo profissional,o reconhecimento da qualificação dostécnicos, a Ordem dos Engenheirostomou conhecimento do projecto dediploma. Este documento apresenta um conjuntovasto de deficiências, que merecem aoposição frontal da Ordem dosEngenheiros:

Repete conceitos já expressos noutrosdiplomas de forma não coincidente,contribuindo para a confusão resultanteda falta de uniformização do léxico dosector;Não exige a certificação dosEngenheiros, Arquitectos e EngenheirosTécnicos pelas respectivas Ordens eAssociação Profissional, permitindo oacesso a portadores de cursos não acre-ditados; Alarga o exercício a agentes com qualifi-cação muito baixa, no pressuposto deque a experiência (qualquer que tenhasido…) lhes confere a formação comple-mentar necessária, que não tiveram debase;Permite o exercício por profissionaisque, embora possam ter boa formaçãoespecífica em matéria de segurança ehigiene no trabalho, não têm qualquerformação de base na área da constru-ção, insuficiência que não oferece qual-quer expectativa de capacidade crítica nodebate técnico a que ficam associados;Equipara formações escolares de nívelsecundário com licenciaturas e bachare-latos, pressupondo que o fosso das dife-renças de capacidade técnico-científicasresultantes da formação de base é ultra-passado pela experiência profissional(com pequeníssima diferença, por sinal)Não especifica o conceito de experiênciaprofissional, nem define critérios para acertificar, aceitando qualquer uma queocorra no sector;Reserva ao Ministério do Trabalho oreconhecimento dos cursos de forma-ção, ignorando as competências de acre-ditação da qualificação profissional atri-buídas pelo Estado às Ordens eAssociações Profissionais;Constitui matéria que não é exclusiva doMinistério do Trabalho e deveria ser tute-lada em conjunto com o Ministério dasObras Públicas;Permite que se instalem definitivamentena actividade todos os agentes que

actualmente a exercem, qualquer queseja a sua formação;É preciso não confundir, as exigênciaspróprias das funções dos Técnicos deSegurança com as dos Coordenadoresde Segurança. Para estes executarem deforma competente a missão que lhes éatribuída são exigidas, entre outras,competências técnicas e científicas noâmbito da construção.No sistema de ensino português, aonível superior estas competências só sãoadquiridas nos cursos de Engenharia(licenciatura e bacharelato) e no cursode Arquitectura; ao nível secundário,naturalmente orientado para missões demenor exigência técnica e científica, nocurso de Construtor Civil. No entender da Ordem dosEngenheiros, o objectivo de reduçãodrástica da sinistralidade constitui umimperativo que não é compatível com ocaminho legislativo pouco exigente quefoi oferecido e que desmotiva o interessepela função .Face a esta situação a Ordem dosEngenheiros apresentou uma proposta,que assenta nos seguintes princípios:A função só pode ser desempenhadapor profissionais com formação de baseem construção: Engenheiros,Arquitectos, Engenheiros Técnicos eConstrutores Civis Diplomados, acredi-tados pelas respectivas Ordens ouAssociações Profissionais;A definição de competências para o exer-cício é determinada em função do nívelde formação profissional, da experiência,da complexidade da obra e do seu valoreconómico;O diploma deve ser harmonizado com alegislação do sector.

Porto/Vigo em alta velocidade

Quatro traçados possíveis para a ligaçãoem comboio de alta velocidade

Porto/Vigo estão a ser analisados peloGoverno, enquanto que cada um dospercursos Aveiro/Salamanca eLisboa/Madrid três alternativas de traça-dos, segundo indicações da RAVE.A viagem Porto/Vigo apresenta alternati-vas como a partir do Aeroporto SáCarneiro rumo a Valença pelos corredo-res Atlântico (via Póvoa de Varzim, Vianado Castelo), Central (Barcelos) e Este (viaVila Nova de Famalicão, Braga). Segundo

os técnicos, estes traçados vão permitir ainstalação de uma estação em Braga, emBarcelos, ou num local intermédio aestas duas localidades, ou ainda emViana do Castelo. Estas propostas partiram de um estu-do de viabilidade técnica executadopela Idom&Cised que apurou asmelhores alternativas para velocidadesde 250 e 300 Km/h.O principal objectivo é que a ligaçãoPorto/Vigo se realize em menos deuma hora, Porto/ Pontevedra emmenos de 80 segundos,Porto/Santiago em menos de 120segundos e Porto/Corunha em menosde 150.Para a ligação Porto/Vigo serão investi-dos no total 1,320 milhões de euros parauma procura estimada de 2,1 milhões.Quanto às ligações Lisboa/Madrid eAveiro/Salamanca foram ambas estuda-das pela Coba&Euroestudios. Esta insti-tuição perante o trajectoAveiro/Salamanca entende que a ligaçãopelo Centro privilegia o Norte de

Portugal com uma rota de mercado-rias/passageiros para a Europa, aliviandoos congestionamentos na IP5.

Processo de Bolonha em discussão

Ordens e associações profissionaisforam recebidas, em Junho do correnteano, pela ministra da Ciência e do EnsinoSuperior, Maria da Graça Carvalho, paraapresentar o Processo de Bolonha, quevisa uniformizar o ensino superior noespaço europeu.A nova Lei de Bases da Educação jáprevê alterações na estrutura e duraçãodos cursos superiores, mas mesmoassim foram constituídos grupos decoordenadores para cada área de conhe-cimento para reunir com as ordens,escolas e sociedade e conjuntamentedecidir a estrutura dos cursos. O Processo de Bolonha prevê formaçõescom menos anos e divididas em doisciclos, um primeiro que dá acesso àlicenciatura e dois de mestrado; ou qua-tro anos de licenciatura e um de mestra-do. Contudo, esta estrutura não agrada atodos, como é o caso da Ordem dosAdvogados.Licenciaturas como as de Arquitectura ouMedicina não vão adequar-se à propostade Bolonha. A primeira manterá os cincoanos mais um de mestrado e a segundacontinuará a ter seis anos. Estas dura-ções não prejudicarão os alunos já queexistem directivas europeias específicaspara estes cursos.

60 anos dos EstaleirosNavais de Viana

do Castelo

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo(ENVC) comemoraram, em Junho desteano, 60 anos de existência numa indús-tria de construção e reparação naval. Dos mais de 200 navios construídos aolongo da sua existência, cerca de metadedestinou-se ao mercado português.Porém, nestes últimos 20 anos, a esma-gadora maioria da produção foi paraarmadores estrangeiros. Nos últimos anos, a ENVC, tal como noresto da Europa, tem sentido a concor-rência especialmente de países asiáticos,o que a obrigou a alterar o mercado-alvopara navios mais sofisticados, nomeada-mente de passageiros, de investigaçãocientífica e militares.A ENVC tem novas expectativas no mer-cado russo, sul-americano e PALOP’s, ejá assinou um contrato com a MarinhaPortuguesa para a construção de naviosde patrulha oceânica.

Português vence “óscar”da Engenharia

António Segadães Tavares foi premiadocom o IABSE OStrA da edição de 2004 –o mais importante prémio do mundo deEngenharia de Estruturas – pela amplia-ção da pista do Aeroporto Internacionalda Madeira, no Funchal. Esta obrademonstra o carácter inovador e criativodo seu autor. A pista funchalense sus-pensa sobre o mar foi inaugurada em2000, tendo sido também distinguidacom o Prémio Secil em 2003 e eleitacomo uma das “Cem obras do SéculoXX” pela Ordem dos Engenheiros. Em ex-aequo, o IABSE OStrA distingiu aobra do Museu de Arte de Milwaukee,projecto da autoria de SantiagoCalatrava, no estado norte-americano de

infoPágina 12 NOTÍCIAS

Wisconsin. A entrega daquele que é considerado o“óscar” da Engenharia, e que já distin-guiu a Biblioteca de Alexandria, noEgipto, ou o Guggenheim de Bilbau,decorrerá no próximo Congresso daIABSE que se realiza em Setembro, emXangai.O engenheiro Segadães Tavares, com 60anos e natural de Angola, é autor deobras como a “pala” do Pavilhão dePortugal na Expo98 e o Estádio daCidadela em Luanda.

A desertificação em estudo

As zonas de Portugal sujeitas a proces-sos de desertificação são geralmentelocais marcados pelo desinvestimento,que consequentemente provoca outrosproblemas, agravando assim o proces-so de abandono físico e humano. Esta foi uma das conclusões apresen-tadas pelo relatório “Desertificação emPortugal – incidência no ordenamentodo território e no desenvolvimentourbano”, editado pela Direcção-Geraldo Ordenamento do Território eDesenvolvimento Urbano, elaboradopor uma equipa coordenada por

Francisco Nunes Correia, professor doInstituto Superior Técnico. NunesCorreia é também presidente doLaboratório Nacional de EngenhariaCivil e no passado foi o responsávelpelo programa Polis no governo PS epreparou, durante o executivo deCavaco Silva, o Plano Nacional dePolítica do Ambiente.“Economias deprimidas conduzem aum abandono dos agentes económicosque, por sua vez, conduzem a umadiminuição das possibilidades deemprego e, consequentemente, a umprogressivo despovoamento”, lê-se norelatório, que apresentando a cadeia deresultados deste processo ainda expli-ca que “este processo é habitualmenteacompanhado de uma crise dos valo-res identitários da região que vê assimdiminuída a sua auto-estima. E, aoreduzir-se esta auto-estima, perde-se osentimento de identidade”. A solução para travar este processopassa sobretudo pelo apoio às cidadesde média dimensão, na opinião deNunes Correia: “hoje, só se pode con-trariar a desertificação através do forta-lecimento das cidades de médiadimensão nas regiões afectadas. Éusando as cidades como alavancas dedesenvolvimento que se consegue che-gar às populações do interior”.

CYPE anuncia novo pro-grama para projecto deacústicaA Top – Informática, distribuidor portu-guês dos programas CYPE, prepara-separa lançar a nova versão do Cypevac –Verificação da acústica nas construções,desenhado agora para edifícios habitacio-nais e mistos, edifícios comerciais,industriais ou de serviços, edifícios esco-lares e de investigação, edifícios hospita-lares, edifícios desportivos e estações detransporte de passageiros (inclui trans-

missões marginais).O novo Cypevac realiza a verificação doíndice de isolamento sonoro a sons decondução aérea e de percussão, do nívelde avaliação sonora (LAr) proveniente doruído particular de equipamentos colecti-vos, da área de absorção equivalente edo tempo de reverberação. Passa tam-bém a efectuar o cálculo das transmis-sões marginais.O preço de tabela do programa é €745,00 e pode ser adquirido, durante operíodo de lançamento, por € 695,00 +IVA, incluindo já os € 100,00 de licencia-mento do CYPE. O upgrade para a novaversão custará € 400,00 podendo seradquirido durante o período de lança-mento por € 245,00 + IVA.O Cypevac é um programa desenvolvidopela CYPE exclusivamente para Portugal,tendo sido iniciada a sua comercializaçãoem Dezembro de 2001. Actualmenteconta com mais de 2.000 utilizadores,prevendo os responsáveis da Top -Informática que a nova versão venha aalargar consideravelmente a base instala-da. O novo Cypevac estará em destaquena próxima edição da Concreta que ocor-rerá em Matosinhos de 27 a 31 deOutubro. Poderá solicitar os seus convi-tes em www.cype.pt com recurso a estareferência personalizada.

info CONGRESSO NACIONAL

A Ordem dos Engenheiros irá realizar o XVCongresso Nacional, em Lisboa, nos dias 21e 22 de Outubro, subordinado ao tema “Aimportância da Engenharia naCompetitividade”. Num período de acen-tuadas mudanças no contexto interno einternacional, Portugal tem que encontrar

novos modelos de desenvolvimento pararesponder à necessidade de competir em

mercados mais exigentes, em que a competiti-vidade é ditada por factores como a qualidade, o

preço, a diferenciação e a especialização, para os quais a enge-nharia constitui um valor indispensável. As assimetrias que onosso país ainda conhece, justificam uma profunda reflexão porparte de uma classe profissional que sempre desempenhou umpapel indispensável para o desenvolvimento da sociedade, contri-buindo de forma evidente para a melhoria das condições de vidadas populações e deixando a sua marca em todas as actividadeseconómicas.

É nesta perspectiva, de participação dos engenheiros nos desafiosnacionais, que escolhemos a competitividade como tema princi-pal do nosso Congresso, envolvendo os engenheiros, a universi-dade e as empresas, como parceiros indispensáveis para o desen-volvimento.

Estamos certos que a qualidade das intervenções e a sua divulga-ção permitirá uma reflexão sobre os problemas do presente e dofuturo, acentuando a importância da engenharia e dos engenhei-ros para resposta aos desafios nacionais e o seu reconhecimentopela Sociedade.

A divulgação do Congresso e a expressiva participação dos enge-nheiros nas sessões programadas serão importantes contributospara a dignificação, valorização e afirmação da nossa classe pro-fissional, pelo que esperamos contar com a sua presença.

O BastonárioPROGRAMA

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XV CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS

“A importância da engenharia na competitividade”Com o alto patrocínio de Sua Excelência o Senhor Presidente da República

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Wisconsin. A entrega daquele que é considerado o“óscar” da Engenharia, e que já distin-guiu a Biblioteca de Alexandria, noEgipto, ou o Guggenheim de Bilbau,decorrerá no próximo Congresso daIABSE que se realiza em Setembro, emXangai.O engenheiro Segadães Tavares, com 60anos e natural de Angola, é autor deobras como a “pala” do Pavilhão dePortugal na Expo98 e o Estádio daCidadela em Luanda.

A desertificação em estudo

As zonas de Portugal sujeitas a proces-sos de desertificação são geralmentelocais marcados pelo desinvestimento,que consequentemente provoca outrosproblemas, agravando assim o proces-so de abandono físico e humano. Esta foi uma das conclusões apresen-tadas pelo relatório “Desertificação emPortugal – incidência no ordenamentodo território e no desenvolvimentourbano”, editado pela Direcção-Geraldo Ordenamento do Território eDesenvolvimento Urbano, elaboradopor uma equipa coordenada por

Francisco Nunes Correia, professor doInstituto Superior Técnico. NunesCorreia é também presidente doLaboratório Nacional de EngenhariaCivil e no passado foi o responsávelpelo programa Polis no governo PS epreparou, durante o executivo deCavaco Silva, o Plano Nacional dePolítica do Ambiente.“Economias deprimidas conduzem aum abandono dos agentes económicosque, por sua vez, conduzem a umadiminuição das possibilidades deemprego e, consequentemente, a umprogressivo despovoamento”, lê-se norelatório, que apresentando a cadeia deresultados deste processo ainda expli-ca que “este processo é habitualmenteacompanhado de uma crise dos valo-res identitários da região que vê assimdiminuída a sua auto-estima. E, aoreduzir-se esta auto-estima, perde-se osentimento de identidade”. A solução para travar este processopassa sobretudo pelo apoio às cidadesde média dimensão, na opinião deNunes Correia: “hoje, só se pode con-trariar a desertificação através do forta-lecimento das cidades de médiadimensão nas regiões afectadas. Éusando as cidades como alavancas dedesenvolvimento que se consegue che-gar às populações do interior”.

CYPE anuncia novo pro-grama para projecto deacústicaA Top – Informática, distribuidor portu-guês dos programas CYPE, prepara-separa lançar a nova versão do Cypevac –Verificação da acústica nas construções,desenhado agora para edifícios habitacio-nais e mistos, edifícios comerciais,industriais ou de serviços, edifícios esco-lares e de investigação, edifícios hospita-lares, edifícios desportivos e estações detransporte de passageiros (inclui trans-

missões marginais).O novo Cypevac realiza a verificação doíndice de isolamento sonoro a sons decondução aérea e de percussão, do nívelde avaliação sonora (LAr) proveniente doruído particular de equipamentos colecti-vos, da área de absorção equivalente edo tempo de reverberação. Passa tam-bém a efectuar o cálculo das transmis-sões marginais.O preço de tabela do programa é €745,00 e pode ser adquirido, durante operíodo de lançamento, por € 695,00 +IVA, incluindo já os € 100,00 de licencia-mento do CYPE. O upgrade para a novaversão custará € 400,00 podendo seradquirido durante o período de lança-mento por € 245,00 + IVA.O Cypevac é um programa desenvolvidopela CYPE exclusivamente para Portugal,tendo sido iniciada a sua comercializaçãoem Dezembro de 2001. Actualmenteconta com mais de 2.000 utilizadores,prevendo os responsáveis da Top -Informática que a nova versão venha aalargar consideravelmente a base instala-da. O novo Cypevac estará em destaquena próxima edição da Concreta que ocor-rerá em Matosinhos de 27 a 31 deOutubro. Poderá solicitar os seus convi-tes em www.cype.pt com recurso a estareferência personalizada.

info CONGRESSO NACIONAL

A Ordem dos Engenheiros irá realizar o XVCongresso Nacional, em Lisboa, nos dias 21e 22 de Outubro, subordinado ao tema “Aimportância da Engenharia naCompetitividade”. Num período de acen-tuadas mudanças no contexto interno einternacional, Portugal tem que encontrar

novos modelos de desenvolvimento pararesponder à necessidade de competir em

mercados mais exigentes, em que a competiti-vidade é ditada por factores como a qualidade, o

preço, a diferenciação e a especialização, para os quais a enge-nharia constitui um valor indispensável. As assimetrias que onosso país ainda conhece, justificam uma profunda reflexão porparte de uma classe profissional que sempre desempenhou umpapel indispensável para o desenvolvimento da sociedade, contri-buindo de forma evidente para a melhoria das condições de vidadas populações e deixando a sua marca em todas as actividadeseconómicas.

É nesta perspectiva, de participação dos engenheiros nos desafiosnacionais, que escolhemos a competitividade como tema princi-pal do nosso Congresso, envolvendo os engenheiros, a universi-dade e as empresas, como parceiros indispensáveis para o desen-volvimento.

Estamos certos que a qualidade das intervenções e a sua divulga-ção permitirá uma reflexão sobre os problemas do presente e dofuturo, acentuando a importância da engenharia e dos engenhei-ros para resposta aos desafios nacionais e o seu reconhecimentopela Sociedade.

A divulgação do Congresso e a expressiva participação dos enge-nheiros nas sessões programadas serão importantes contributospara a dignificação, valorização e afirmação da nossa classe pro-fissional, pelo que esperamos contar com a sua presença.

O BastonárioPROGRAMA

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XV CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS

“A importância da engenharia na competitividade”Com o alto patrocínio de Sua Excelência o Senhor Presidente da República

infoPágina 14 CONGRESSO NACIONAL info Página 15CONGRESSO NACIONAL

Local: Centro de Congressos de Lisboa (Junqueira)

21 de Outubro (5ª feira)

9h15 – 10h45Sessão de abertura com a presença do Senhor Primeiro-Ministro (a confirmar)

Conferência – A competitividade da economiaportuguesa. Enquadramento global da compe-titividade. Factores condicionantes.Produtividade. Sectores mais competitivos. A criação de valor. Orientações estratégicas.Eng. Luís Mira Amaral (Presidente da Comissão Executiva da CGD)

10h45 – 11h15 – Intervalo

11h15 – 13hSessão 1 – Contributos para a competitividade. Conferência – Como é que a engenharia podecontribuir para a competitividade da economia.Intervenção do Eng. Ângelo LudgeroMarques (Presidente da AEP)Moderador: Eng. Luís Braga da Cruz(Presidente da Enernova – Novas Energias) Intervenções:Inovação e desenvolvimentoEng. Paulo Nordeste (Presidente da PT Inovação) A sinergia Indústria / Universidades Eng.ª Teresa Mendes (Presidente do Instituto Pedro Nunes)A gestão da informação e o seu contributopara a competitividadeEng. João Matias (Director-Geral da Oracle)Estratégia e desenvolvimento Eng. Luís Tadeu (Coordenador da Especialização em Engenhariae Gestão Industrial)

13h – 14h30 – Almoço Livre

14h30 – 16hSessão 2 – A engenharia na indústria e nos serviços. Casos de aplicação da engenharia para melhoria da competitivi-dade e criação de valor.Moderador: Eng. Francisco Sousa Soares(Gestor do POCTI – Programa Operacionalpara a Ciência, Tecnologia e Inovação)Intervenções: A engenharia na indústria automóvelEng. Emílio Sáenz (Director-GeralVolkswagen Autoeuropa) (a confirmar)

A engenharia inovadora – a perspectiva da Siemens Communications PortugalEng. João Picoito (CEO SiemensCommunications Portugal) A engenharia no desenvolvimento do produtoEng. Pedro Ramalho (Simoldes Plásticos)O valor da marca nos produtos e serviçosEng. Adolfo Roque (Presidente da Revigrés)

16h – 16h30 – Intervalo

16h30 – 18hSessão 3 – Os actos de engenharia, a qualificação profissional e a legislação apli-cável. O contributo da Ordem para a revisão da legislação sobre a qualificação profissional.Intervenção do Bastonário, Eng. Fernando SantoModerador: Eng. Gerardo Saraiva(Presidente do Conselho Directivo da Região Norte)Intervenções: A definição dos actos de engenharia. A qualificação profissional nas diferentes espe-cialidades de engenharia.Eng. Pedro Sena da Silva (Vice-Presidente da Ordem dos Engenheiros)O exercício de actos de engenharia por técnicos da Administração Pública e Autárquica, não inscritos na Ordem dos Engenheiros.A complexa produção legislativa como factor de ineficiência.Dr. Júlio Castro Caldas (ex-Bastonário da Ordem dos Advogados)

18h – 19hUma visão política sobre o enquadramentolegal da profissão.Comentários aos temas debatidos na sessão, com a intervenção de representantes dos partidos políticoscom assento parlamentar (a confirmar)

22 de Outubro (6ª feira)

9h15 – 10h45Sessão 4 – A reforma do ensino da engenharia no âmbito da Declaração de BolonhaIntervenção da Senhora Ministra da Ciência, Inovação e Ensino SuperiorEng.ª Maria da Graça Carvalho(a confirmar)Moderador: Eng.ª Teresa Correia de Barros (Presidente do Colégio de Engenharia Electrotécnica)

Intervenções:A posição da Ordem na perspectiva da Declaração de Bolonha Eng. Sebastião Feyo de Azevedo (Vice-Presidente da Ordem dos Engenheiros)A acreditação dos cursos de engenharia pela OrdemEng. Salgado de Barros (Director do Gabinete de Qualificação da Ordem dos Engenheiros)A formação contínua dos engenheiros na EuropaEng. Alfredo Soeiro (Prof. da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

10h45 – 11h15 – Intervalo

11h15 – 13h15Sessão 5 – A internacionalização da engenharia. Oportunidades e dificuldades.Conferência – Os factores competitivos e as estratégias para a internacionalização.Eng. António Bernardo(Vice-Presidente da Roland Berger StrategyConsultants)

Sessões paralelas sobre a experiência deempresas na internacionalização, utilizandoa engenharia como factor competitivo.

11h45 – 13h15 Tema IModerador: Eng. Paulo Reis (Presidentedo Conselho Directivo da Região Sul)Construção, Obras Públicas e AmbienteMota – Engil, SGPS (a confirmar)Somague SGPSDr. Diogo Vaz Guedes (Presidente da Somague)Lena Engenharia e ConstruçõesDr. Joaquim Paulo Conceição(Administrador) Grupo Visabeira

11h45 – 13h15Tema IIModerador: Eng. Valter Lúcio (Coordenadordo Colégio de Engenharia Civil da Região Sul)Telecomunicações, Energia e Vias de ComunicaçãoPT Investimentos Internacionais Dr. Álvaro Roquete (Administrador da PT Investimentos Internacionais) EFACECEng. António Cardoso Pinto (Presidente da EFACEC) EDPEng. António Martins da Costa (Presidente

Executivo da EDP Brasil)Brisa Auto – Estradas de PortugalDr. João Azevedo Coutinho (Administradorda Brisa para a área internacional)

13h15 – 14h45 – Almoço livre

14h45 – 16h30 Sessão 6 – Sessões paralelas sobre áreas de especialidade e regulamentação técnica Temas IModerador: Eng. Celestino Quaresma(Presidente do Conselho Directivo da Região Centro)Intervenções:EurocódigosEng. Cansado Carvalho (Membro daComissão Técnica 115 – EurocódigosEstruturais)Certificação Energética de EdifíciosEng. Eduardo Maldonado (Presidente do Colégio de Eng.ª Mecânica)Segurança contra Incêndios em EdifíciosEng. Carlos Ferreira de Castro(Coordenador do grupo de trabalho do projecto de regulamento)Revisão do Regulamento Geral de Edificações Urbanas Eng. Vítor Abrantes (Prof. da Faculdade deEngenharia da Universidade

do Porto)

Temas IIModerador: Eng. Carlos Salema (Membrodo Conselho de Admissão e Qualificação da Ordem dos Engenheiros)Estudos de Impacte AmbientalEng. António Brito (Presidente do Colégio de Engenharia do Ambiente)Energias RenováveisEng. António Sá da Costa (PresidenteAssociação Portuguesa de EnergiasRenováveis)TelecomunicaçõesEng. Vasco Lagarto (Vogal do Colégio de Engenharia Electrotécnica)A reestruturação do sector das águas em PortugalEng. Poças Martins (Presidente da Águas de Portugal)

16h30 – 17h – Intervalo

17h – 18h30Sessão 7 – Os desafios da engenharia portu-guesa para os próximos anos.Moderador: Nicolau Santos (Jornalista)Painel debate com a intervenção dos convi-dados: Eng. Belmiro de Azevedo (Presidente da Sonae)Eng. Diogo Lucena (Administrador

da Fundação Calouste Gulbenkian) Eng. João Talone (Presidente da ComissãoExecutiva da EDP)Eng. Joaquim Fortunato (Presidente da AECOPS) Eng. Manuel Ferreira de Oliveira (Presidenteda Unicer)

18h30Conclusões e sessão de encerramento com a presença do Senhor Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

INSCRIÇÕES

Até 8 de Outubro:Membros Efectivos* – 120,00 €Membros Estagiários e Estudantes – 60,00 €Não Membros – 180,00 €

Depois de 8 de Outubro:Membros Efectivos* – 140,00 €

*Membros eleitos com 50% de desconto.

infoPágina 14 CONGRESSO NACIONAL info Página 15CONGRESSO NACIONAL

Local: Centro de Congressos de Lisboa (Junqueira)

21 de Outubro (5ª feira)

9h15 – 10h45Sessão de abertura com a presença do Senhor Primeiro-Ministro (a confirmar)

Conferência – A competitividade da economiaportuguesa. Enquadramento global da compe-titividade. Factores condicionantes.Produtividade. Sectores mais competitivos. A criação de valor. Orientações estratégicas.Eng. Luís Mira Amaral (Presidente da Comissão Executiva da CGD)

10h45 – 11h15 – Intervalo

11h15 – 13hSessão 1 – Contributos para a competitividade. Conferência – Como é que a engenharia podecontribuir para a competitividade da economia.Intervenção do Eng. Ângelo LudgeroMarques (Presidente da AEP)Moderador: Eng. Luís Braga da Cruz(Presidente da Enernova – Novas Energias) Intervenções:Inovação e desenvolvimentoEng. Paulo Nordeste (Presidente da PT Inovação) A sinergia Indústria / Universidades Eng.ª Teresa Mendes (Presidente do Instituto Pedro Nunes)A gestão da informação e o seu contributopara a competitividadeEng. João Matias (Director-Geral da Oracle)Estratégia e desenvolvimento Eng. Luís Tadeu (Coordenador da Especialização em Engenhariae Gestão Industrial)

13h – 14h30 – Almoço Livre

14h30 – 16hSessão 2 – A engenharia na indústria e nos serviços. Casos de aplicação da engenharia para melhoria da competitivi-dade e criação de valor.Moderador: Eng. Francisco Sousa Soares(Gestor do POCTI – Programa Operacionalpara a Ciência, Tecnologia e Inovação)Intervenções: A engenharia na indústria automóvelEng. Emílio Sáenz (Director-GeralVolkswagen Autoeuropa) (a confirmar)

A engenharia inovadora – a perspectiva da Siemens Communications PortugalEng. João Picoito (CEO SiemensCommunications Portugal) A engenharia no desenvolvimento do produtoEng. Pedro Ramalho (Simoldes Plásticos)O valor da marca nos produtos e serviçosEng. Adolfo Roque (Presidente da Revigrés)

16h – 16h30 – Intervalo

16h30 – 18hSessão 3 – Os actos de engenharia, a qualificação profissional e a legislação apli-cável. O contributo da Ordem para a revisão da legislação sobre a qualificação profissional.Intervenção do Bastonário, Eng. Fernando SantoModerador: Eng. Gerardo Saraiva(Presidente do Conselho Directivo da Região Norte)Intervenções: A definição dos actos de engenharia. A qualificação profissional nas diferentes espe-cialidades de engenharia.Eng. Pedro Sena da Silva (Vice-Presidente da Ordem dos Engenheiros)O exercício de actos de engenharia por técnicos da Administração Pública e Autárquica, não inscritos na Ordem dos Engenheiros.A complexa produção legislativa como factor de ineficiência.Dr. Júlio Castro Caldas (ex-Bastonário da Ordem dos Advogados)

18h – 19hUma visão política sobre o enquadramentolegal da profissão.Comentários aos temas debatidos na sessão, com a intervenção de representantes dos partidos políticoscom assento parlamentar (a confirmar)

22 de Outubro (6ª feira)

9h15 – 10h45Sessão 4 – A reforma do ensino da engenharia no âmbito da Declaração de BolonhaIntervenção da Senhora Ministra da Ciência, Inovação e Ensino SuperiorEng.ª Maria da Graça Carvalho(a confirmar)Moderador: Eng.ª Teresa Correia de Barros (Presidente do Colégio de Engenharia Electrotécnica)

Intervenções:A posição da Ordem na perspectiva da Declaração de Bolonha Eng. Sebastião Feyo de Azevedo (Vice-Presidente da Ordem dos Engenheiros)A acreditação dos cursos de engenharia pela OrdemEng. Salgado de Barros (Director do Gabinete de Qualificação da Ordem dos Engenheiros)A formação contínua dos engenheiros na EuropaEng. Alfredo Soeiro (Prof. da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

10h45 – 11h15 – Intervalo

11h15 – 13h15Sessão 5 – A internacionalização da engenharia. Oportunidades e dificuldades.Conferência – Os factores competitivos e as estratégias para a internacionalização.Eng. António Bernardo(Vice-Presidente da Roland Berger StrategyConsultants)

Sessões paralelas sobre a experiência deempresas na internacionalização, utilizandoa engenharia como factor competitivo.

11h45 – 13h15 Tema IModerador: Eng. Paulo Reis (Presidentedo Conselho Directivo da Região Sul)Construção, Obras Públicas e AmbienteMota – Engil, SGPS (a confirmar)Somague SGPSDr. Diogo Vaz Guedes (Presidente da Somague)Lena Engenharia e ConstruçõesDr. Joaquim Paulo Conceição(Administrador) Grupo Visabeira

11h45 – 13h15Tema IIModerador: Eng. Valter Lúcio (Coordenadordo Colégio de Engenharia Civil da Região Sul)Telecomunicações, Energia e Vias de ComunicaçãoPT Investimentos Internacionais Dr. Álvaro Roquete (Administrador da PT Investimentos Internacionais) EFACECEng. António Cardoso Pinto (Presidente da EFACEC) EDPEng. António Martins da Costa (Presidente

Executivo da EDP Brasil)Brisa Auto – Estradas de PortugalDr. João Azevedo Coutinho (Administradorda Brisa para a área internacional)

13h15 – 14h45 – Almoço livre

14h45 – 16h30 Sessão 6 – Sessões paralelas sobre áreas de especialidade e regulamentação técnica Temas IModerador: Eng. Celestino Quaresma(Presidente do Conselho Directivo da Região Centro)Intervenções:EurocódigosEng. Cansado Carvalho (Membro daComissão Técnica 115 – EurocódigosEstruturais)Certificação Energética de EdifíciosEng. Eduardo Maldonado (Presidente do Colégio de Eng.ª Mecânica)Segurança contra Incêndios em EdifíciosEng. Carlos Ferreira de Castro(Coordenador do grupo de trabalho do projecto de regulamento)Revisão do Regulamento Geral de Edificações Urbanas Eng. Vítor Abrantes (Prof. da Faculdade deEngenharia da Universidade

do Porto)

Temas IIModerador: Eng. Carlos Salema (Membrodo Conselho de Admissão e Qualificação da Ordem dos Engenheiros)Estudos de Impacte AmbientalEng. António Brito (Presidente do Colégio de Engenharia do Ambiente)Energias RenováveisEng. António Sá da Costa (PresidenteAssociação Portuguesa de EnergiasRenováveis)TelecomunicaçõesEng. Vasco Lagarto (Vogal do Colégio de Engenharia Electrotécnica)A reestruturação do sector das águas em PortugalEng. Poças Martins (Presidente da Águas de Portugal)

16h30 – 17h – Intervalo

17h – 18h30Sessão 7 – Os desafios da engenharia portu-guesa para os próximos anos.Moderador: Nicolau Santos (Jornalista)Painel debate com a intervenção dos convi-dados: Eng. Belmiro de Azevedo (Presidente da Sonae)Eng. Diogo Lucena (Administrador

da Fundação Calouste Gulbenkian) Eng. João Talone (Presidente da ComissãoExecutiva da EDP)Eng. Joaquim Fortunato (Presidente da AECOPS) Eng. Manuel Ferreira de Oliveira (Presidenteda Unicer)

18h30Conclusões e sessão de encerramento com a presença do Senhor Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações.

INSCRIÇÕES

Até 8 de Outubro:Membros Efectivos* – 120,00 €Membros Estagiários e Estudantes – 60,00 €Não Membros – 180,00 €

Depois de 8 de Outubro:Membros Efectivos* – 140,00 €

*Membros eleitos com 50% de desconto.

Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto

info Página 17ENTREVISTA

perito nas áreas de exploração de minas (principalmente decéu aberto) de hidrogeologia e de avaliação de jazigos.Admitindo, porém, ter um gosto especial por hidrogeologia,sobretudo de aquíferos minerais, e geologia de engenharia. Apesar de estar afastado da docência – não integralmente,visto colaborar actualmente com o Instituto Superior deCiências da Informação e Administração de Aveiro, na disci-plina de Gestão –, confessa que continua a trabalhar tantocomo fazia enquanto docente. Mesmo muito ocupado, Simões Cortez ainda tem tempopara o que mais gosta. O engenheiro considera “que aspessoas ocupadas são as que sabem gerir melhor otempo”, por isso arranja alguns momentos para se dedicaràs porcelanas, aos cristais e aos quatro livros que lê emsimultâneo: um está em casa, outro no automóvel e um emcada escritório. Além disso, gosta de viajar pelo nosso paíse apreciar a boa comida dos restaurantes que constam doseu “auxiliar de campo”, que enumera mais de 1000 locais.“Tenho gosto em viver”, assim sintetiza o engenheiro deMinas, reforçando mais uma vez a importância que atribuia todos os momentos vividos, ideia também transmitida nasua última aula na Faculdade de Engenharia ao citar o actorJames Dean: “Sonha como se vivesses para sempre. Vivecomo se fosses morrer hoje”.

De Civil para as MinasSer engenheiro de Minas não era o sonho de SimõesCortez. O seu percurso profissional nesta especialidade deEngenharia ocorreu por acaso, pois a sua “verdadeira voca-ção era Civil”, confessa o engenheiro, que em pequeno “for-mava casas com castanhas e fazia a distribuição das salas edos espaços”. A reprovação a duas disciplinas dos Preparatórios deEngenharia, em Coimbra, e o pedido de engenheiros deMinas – para se iniciar a exploração de urânio emPortugal, por parte da então Junta de Energia Nuclear –fez com que Simões Cortez terminasse os preparatóriosde Minas e deixasse a Engenharia Civil. Nunca se arrepen-deu desta opção e olhando para trás recorda os estágiosnas Minas da Panasqueira, na Empresa das Lousas deValongo e nas Minas de Carvão de S. Pedro da Cova.Porém, o primeiro estágio deixou uma recordação espe-cial, afirma o engenheiro: “Onde eu gostei mais de estarfoi manifestamente nas Minas da Panasqueira, porque eraa primeira mina onde eu entrava, que estava a desenvol-ver um segundo piso e dois outros colegas e eu fomosencarregados de fazer as medições de ventilação dessesegundo piso”.Outro marco importante na carreira de Simões Cortez foia experiência, entre 1985 e 1992, como presidente doConselho Directivo Nacional e bastonário da Ordem dosEngenheiros. No primeiro mandato, como vice-presidenteem exercício, da Ordem, substituiu João Maria de OliveiraMartins, que abandonou o cargo para assumir a pasta das

Obras Públicas. Pretendendo dar continuidade ao trabalhoiniciado, Simões Cortez submeteu-se às eleições seguin-tes e ganhou um segundo mandato. “Os meus anos comopresidente e bastonário da Ordem dos Engenheiros foramextremamente trabalhosos e gratificantes”, reconhece jus-tificando: “Porque foi durante o meu período de trabalhoque foi discutido, analisado e aprovado o actual Estatutoda Ordem dos Engenheiros, que confere à Ordem a capa-cidade de dar o título de Engenheiro, ficando definida adiferença entre licenciado em Engenharia e Engenheiro”. Foi ainda durante o seu mandato que se iniciou a acredi-tação dos cursos de Engenharia. Aliás, “a Ordem dosEngenheiros foi a primeira ordem a fazer acreditações decursos”. Trabalho que foi feito através de um diálogo notá-vel entre este organismo e as escolas de Engenharia dopaís e que também está a ser levado a cabo pelos seussucessores.Outro aspecto a salientar desse período, foi a participaçãode Simões Cortez em várias instituições de Engenharia da

“A Engenharia é uma profissão feita para o bem-estar das pessoas”

José António Simões Cortez, Engenheiro de Minas

infoPágina 16 ENTREVISTA

José António Simões Cortez fez da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto (FEUP) a sua segunda casa, quecarinhosamente apelida apenas de “Faculdade” deEngenharia, já que é a única no país. Aí licenciou-se emEngenharia de Minas, no ano de 1958, e doutorou-se seteanos mais tarde. Foi professor auxiliar – durante oito anoso único da Faculdade de Engenharia – tendo-se submetidode seguida aos concursos para professor extraordinário epara professor catedrático. O docente jubilou-se, em 2002, com 44 anos de serviço,momento assinalado por uma aula realizada a 4 de Junhoque contou com a presença de mais de 400 convidados. Talcomo as provas académicas, a retirada de um professor, naopinião do engenheiro, deve ser assinalada. Confessa serum “marco da vida, da vida académica” ver os colegas, alu-

nos, amigos e a extensa família a assistir à sua última aula,cujo tema foi “A Engenharia de Minas no Século XXI – umNovo Desafio”. E todo este caminho, Simões Cortez percor-reu na Faculdade de Engenharia. Porém, não passou ape-nas pelos corredores desta instituição, pois durante dezanos (de 1990 a 2000) também leccionou na Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.A par da vida académica, a qual considera que “correspon-de sempre a uma vocação”, Simões Cortez, desde 1958, éum profissional liberal como director técnico, consultor e

Já passaram 45 anos desde que Simões Cortez iniciou oseu percurso em Engenharia de Minas, e como teste-munho ainda guarda o gasómetro, um “velho” utensílioda profissão.

Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto

info Página 17ENTREVISTA

perito nas áreas de exploração de minas (principalmente decéu aberto) de hidrogeologia e de avaliação de jazigos.Admitindo, porém, ter um gosto especial por hidrogeologia,sobretudo de aquíferos minerais, e geologia de engenharia. Apesar de estar afastado da docência – não integralmente,visto colaborar actualmente com o Instituto Superior deCiências da Informação e Administração de Aveiro, na disci-plina de Gestão –, confessa que continua a trabalhar tantocomo fazia enquanto docente. Mesmo muito ocupado, Simões Cortez ainda tem tempopara o que mais gosta. O engenheiro considera “que aspessoas ocupadas são as que sabem gerir melhor otempo”, por isso arranja alguns momentos para se dedicaràs porcelanas, aos cristais e aos quatro livros que lê emsimultâneo: um está em casa, outro no automóvel e um emcada escritório. Além disso, gosta de viajar pelo nosso paíse apreciar a boa comida dos restaurantes que constam doseu “auxiliar de campo”, que enumera mais de 1000 locais.“Tenho gosto em viver”, assim sintetiza o engenheiro deMinas, reforçando mais uma vez a importância que atribuia todos os momentos vividos, ideia também transmitida nasua última aula na Faculdade de Engenharia ao citar o actorJames Dean: “Sonha como se vivesses para sempre. Vivecomo se fosses morrer hoje”.

De Civil para as MinasSer engenheiro de Minas não era o sonho de SimõesCortez. O seu percurso profissional nesta especialidade deEngenharia ocorreu por acaso, pois a sua “verdadeira voca-ção era Civil”, confessa o engenheiro, que em pequeno “for-mava casas com castanhas e fazia a distribuição das salas edos espaços”. A reprovação a duas disciplinas dos Preparatórios deEngenharia, em Coimbra, e o pedido de engenheiros deMinas – para se iniciar a exploração de urânio emPortugal, por parte da então Junta de Energia Nuclear –fez com que Simões Cortez terminasse os preparatóriosde Minas e deixasse a Engenharia Civil. Nunca se arrepen-deu desta opção e olhando para trás recorda os estágiosnas Minas da Panasqueira, na Empresa das Lousas deValongo e nas Minas de Carvão de S. Pedro da Cova.Porém, o primeiro estágio deixou uma recordação espe-cial, afirma o engenheiro: “Onde eu gostei mais de estarfoi manifestamente nas Minas da Panasqueira, porque eraa primeira mina onde eu entrava, que estava a desenvol-ver um segundo piso e dois outros colegas e eu fomosencarregados de fazer as medições de ventilação dessesegundo piso”.Outro marco importante na carreira de Simões Cortez foia experiência, entre 1985 e 1992, como presidente doConselho Directivo Nacional e bastonário da Ordem dosEngenheiros. No primeiro mandato, como vice-presidenteem exercício, da Ordem, substituiu João Maria de OliveiraMartins, que abandonou o cargo para assumir a pasta das

Obras Públicas. Pretendendo dar continuidade ao trabalhoiniciado, Simões Cortez submeteu-se às eleições seguin-tes e ganhou um segundo mandato. “Os meus anos comopresidente e bastonário da Ordem dos Engenheiros foramextremamente trabalhosos e gratificantes”, reconhece jus-tificando: “Porque foi durante o meu período de trabalhoque foi discutido, analisado e aprovado o actual Estatutoda Ordem dos Engenheiros, que confere à Ordem a capa-cidade de dar o título de Engenheiro, ficando definida adiferença entre licenciado em Engenharia e Engenheiro”. Foi ainda durante o seu mandato que se iniciou a acredi-tação dos cursos de Engenharia. Aliás, “a Ordem dosEngenheiros foi a primeira ordem a fazer acreditações decursos”. Trabalho que foi feito através de um diálogo notá-vel entre este organismo e as escolas de Engenharia dopaís e que também está a ser levado a cabo pelos seussucessores.Outro aspecto a salientar desse período, foi a participaçãode Simões Cortez em várias instituições de Engenharia da

“A Engenharia é uma profissão feita para o bem-estar das pessoas”

José António Simões Cortez, Engenheiro de Minas

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José António Simões Cortez fez da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto (FEUP) a sua segunda casa, quecarinhosamente apelida apenas de “Faculdade” deEngenharia, já que é a única no país. Aí licenciou-se emEngenharia de Minas, no ano de 1958, e doutorou-se seteanos mais tarde. Foi professor auxiliar – durante oito anoso único da Faculdade de Engenharia – tendo-se submetidode seguida aos concursos para professor extraordinário epara professor catedrático. O docente jubilou-se, em 2002, com 44 anos de serviço,momento assinalado por uma aula realizada a 4 de Junhoque contou com a presença de mais de 400 convidados. Talcomo as provas académicas, a retirada de um professor, naopinião do engenheiro, deve ser assinalada. Confessa serum “marco da vida, da vida académica” ver os colegas, alu-

nos, amigos e a extensa família a assistir à sua última aula,cujo tema foi “A Engenharia de Minas no Século XXI – umNovo Desafio”. E todo este caminho, Simões Cortez percor-reu na Faculdade de Engenharia. Porém, não passou ape-nas pelos corredores desta instituição, pois durante dezanos (de 1990 a 2000) também leccionou na Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.A par da vida académica, a qual considera que “correspon-de sempre a uma vocação”, Simões Cortez, desde 1958, éum profissional liberal como director técnico, consultor e

Já passaram 45 anos desde que Simões Cortez iniciou oseu percurso em Engenharia de Minas, e como teste-munho ainda guarda o gasómetro, um “velho” utensílioda profissão.

José António Simões Cortez, Engenheiro de Minas

infoPágina 18 ENTREVISTA info Página 19ENTREVISTA

pode estar sujeita a uma restrição muito grande, ou seja, oscursos incidirem apenas em áreas de actividade limitadas. Oengenheiro ressalva, porém, que não é “contra a criação denovos cursos de Engenharia, desde que estes correspondama necessidades e a áreas de actividade reais”.

Definir o acto de ‘engendrar’Face a estes desafios que a Engenharia enfrenta no séculoXXI, Simões Cortez considera que a Ordem dos Engenheirosdeve desempenhar um papel activo, apontando quatro focosfundamentais de acção. Um deles recaí na importância emdefinir-se o acto de Engenharia face ao leque variado de acti-vidades profissionais, reconhecendo, porém, que esta é umatarefa muito difícil. “O engenheiro perante um problema que é chamado a resol-ver, primeiro inventa – por isso é que se diz ‘engendra’ –uma solução para o problema, depois projecta-a, calcula-a,orçamenta-a e realiza-a dentro de um prazo fixado e dentrodo orçamento aprovado. Isto é que é fazer Engenharia”, defi-ne, assim, Simões Cortez a sua área de trabalho de umaforma abrangente e simples.

A Ordem dos Engenheiros deve também continuar o esforçode acreditação dos cursos, isto é, “estar sempre atenta aodiálogo permanente com as Escolas de Engenharia, ao nível eà quantidade dos cursos que vão sendo ministrados emPortugal”. Ainda inserido no âmbito da formação, está opapel que este organismo deve ter na colocação de jovensrecém-formados no mercado de trabalho. O terceiro ponto a salientar diz respeito “ao diálogo perma-nente com o poder, com o legislador, insistindo, exigindo,pedindo que toda a legislação relacionada com a actividadede Engenharia tenha o parecer da Ordem”. Por último, a Ordem dos Engenheiros deve velar pela qua-lidade da Engenharia praticada. “Não devemos esquecerque há desastres que podem provir de erros de projecto, deerros de metodologia de construção ou de falha de mate-riais”, sublinha Simões Cortez, que acrescenta que esta pro-blemática passa pela certificação dos materiais e dos méto-dos e pelo projecto e fiscalização da obra. No que se refere aos projectos, considera que estes“devem demorar o tempo suficiente para ficar bem edepois a execução é rápida”, o que nem sempre acontece.

Na prática muitas obras começam com ante-projectos, oque é, manifestamente, errado. Para apoiar as suas afirmações, o engenheiro dá comoexemplo o elevado custo e o atraso da construção da Casada Música, no Porto, situação que na sua opinião se deveprincipalmente às alterações ao projecto inicial: “Pensoque houve um mau reconhecimento do terreno na Casada Música e por isso houve necessidade de recorrer a pro-cessos construtivos mais demorados e mais caros”.A qualidade da prática de Engenharia, segundo SimõesCortez, passa ainda pela competência dos engenheiros.Por isso, fazia sempre questão de passar aos seus alunosa mensagem de que “a profissão de engenheiro não écompatível com actos menos dignos. Nada se conseguesem trabalho, sem esforço, sem sacrifício”, o que é neces-sário é enaltecer sempre a nobreza de fazer Engenharia,que “é uma profissão feita para o bem-estar das pessoas”.

Europa, como, por exemplo, na Federação Europeia dasAssociações Nacionais dos Engenheiros.

Desafios à EngenhariaSimões Cortez está sempre atento às preocupações e aosdesafios que hoje se colocam à Engenharia, em particular à deMinas. Prosseguindo o tema da sua última aula, dada noAuditório da Faculdade, ainda se mantêm esses desafios, istoé, a qualidade dos produtos finais que produz, os constrangi-mentos ambientais e o futuo da Engenharia de Minas em por-tugal e a formação dos Engenheiros em geral.“Vivemos uma fase de exploração de georecursos em que aspreocupações ambientais não eram muito grandes e issogerou, na década de 60, o aparecimento de um ambientalis-mo fundamentalista, talvez como contraponto de um certodesleixo que havia antes”, explica. Actualmente, no que serefere às questões ambientais, Simões Cortez considera quese tende para um equilíbrio, necessário para que sem preju-dicar o ambiente seja possível aproveitar os recursos naturaispara o bem-estar e melhor qualidade de vida das populações.Acrescenta ainda: “As características ambientais de um deter-minado local até podem ser melhoradas com a exploraçãodos georecursos. Um recurso pode ser explorado e no fimpode ficar ainda melhor” e aponta como exemplos as explo-rações de uma pedreira na Póvoa de Varzim, que deu lugar aum lago artificial com fins lúdicos, dos caulinos da Senhorada Hora, que hoje em dia são uma urbanização, e de umapedreira de quartzo em Viseu que foi tratada e preservadapara lazer visual, sendo considerada agora geomonumento.Simões Cortez refere ainda o caso das Minas de Barqueiros,das quais é director técnico. Na lagoa de decantação da águaindustrial destas minas, além de plantas, existem gansos,enguias e peixes, o que prova que as vidas vegetal e animalsão compatíveis com a exploração cuidada dos georecursos. De uma forma mais generalizada, indica que os desafiosque a Engenharia enfrenta neste século estão relacionadoscom os transportes de energia eléctrica, mecanização eautomação, alimentação da população mundial, domíniodos rios, aproveitamentos dos recursos marinhos e a deser-tificação. São estes os problemas que têm de ser resolvi-dos, mas “a Engenharia não resolve nada sem dinheiro”,alerta Simões Cortez, que de entre todas as dificuldadesdestaca a falta de água potável, tendo “os engenheiros queencontrar maneiras de repurificar a água que utilizámos nasnossas actividades humanas”. Sempre que se fala dos novos desafios da Engenharia, outroaspecto a considerar é o desenvolvimento dos cursos nestaárea, que segundo Simões Cortez “parece excessivo”.Engenharia Civil, de Minas, Mecânica, Electrotecnia,Química, Agronómica, Silvícola, Naval e Geográfica são hojeapelidados de cursos ‘clássicos’ e novos surgiram a par doaparecimento de outros sectores profissionais. Contudo, nemtodos os cursos de Engenharia são acreditados pela Ordem.Ora, esta diversificação dos cursos, segundo Simões Cortez,

José António Simões Cortez, Engenheiro de Minas

infoPágina 18 ENTREVISTA info Página 19ENTREVISTA

pode estar sujeita a uma restrição muito grande, ou seja, oscursos incidirem apenas em áreas de actividade limitadas. Oengenheiro ressalva, porém, que não é “contra a criação denovos cursos de Engenharia, desde que estes correspondama necessidades e a áreas de actividade reais”.

Definir o acto de ‘engendrar’Face a estes desafios que a Engenharia enfrenta no séculoXXI, Simões Cortez considera que a Ordem dos Engenheirosdeve desempenhar um papel activo, apontando quatro focosfundamentais de acção. Um deles recaí na importância emdefinir-se o acto de Engenharia face ao leque variado de acti-vidades profissionais, reconhecendo, porém, que esta é umatarefa muito difícil. “O engenheiro perante um problema que é chamado a resol-ver, primeiro inventa – por isso é que se diz ‘engendra’ –uma solução para o problema, depois projecta-a, calcula-a,orçamenta-a e realiza-a dentro de um prazo fixado e dentrodo orçamento aprovado. Isto é que é fazer Engenharia”, defi-ne, assim, Simões Cortez a sua área de trabalho de umaforma abrangente e simples.

A Ordem dos Engenheiros deve também continuar o esforçode acreditação dos cursos, isto é, “estar sempre atenta aodiálogo permanente com as Escolas de Engenharia, ao nível eà quantidade dos cursos que vão sendo ministrados emPortugal”. Ainda inserido no âmbito da formação, está opapel que este organismo deve ter na colocação de jovensrecém-formados no mercado de trabalho. O terceiro ponto a salientar diz respeito “ao diálogo perma-nente com o poder, com o legislador, insistindo, exigindo,pedindo que toda a legislação relacionada com a actividadede Engenharia tenha o parecer da Ordem”. Por último, a Ordem dos Engenheiros deve velar pela qua-lidade da Engenharia praticada. “Não devemos esquecerque há desastres que podem provir de erros de projecto, deerros de metodologia de construção ou de falha de mate-riais”, sublinha Simões Cortez, que acrescenta que esta pro-blemática passa pela certificação dos materiais e dos méto-dos e pelo projecto e fiscalização da obra. No que se refere aos projectos, considera que estes“devem demorar o tempo suficiente para ficar bem edepois a execução é rápida”, o que nem sempre acontece.

Na prática muitas obras começam com ante-projectos, oque é, manifestamente, errado. Para apoiar as suas afirmações, o engenheiro dá comoexemplo o elevado custo e o atraso da construção da Casada Música, no Porto, situação que na sua opinião se deveprincipalmente às alterações ao projecto inicial: “Pensoque houve um mau reconhecimento do terreno na Casada Música e por isso houve necessidade de recorrer a pro-cessos construtivos mais demorados e mais caros”.A qualidade da prática de Engenharia, segundo SimõesCortez, passa ainda pela competência dos engenheiros.Por isso, fazia sempre questão de passar aos seus alunosa mensagem de que “a profissão de engenheiro não écompatível com actos menos dignos. Nada se conseguesem trabalho, sem esforço, sem sacrifício”, o que é neces-sário é enaltecer sempre a nobreza de fazer Engenharia,que “é uma profissão feita para o bem-estar das pessoas”.

Europa, como, por exemplo, na Federação Europeia dasAssociações Nacionais dos Engenheiros.

Desafios à EngenhariaSimões Cortez está sempre atento às preocupações e aosdesafios que hoje se colocam à Engenharia, em particular à deMinas. Prosseguindo o tema da sua última aula, dada noAuditório da Faculdade, ainda se mantêm esses desafios, istoé, a qualidade dos produtos finais que produz, os constrangi-mentos ambientais e o futuo da Engenharia de Minas em por-tugal e a formação dos Engenheiros em geral.“Vivemos uma fase de exploração de georecursos em que aspreocupações ambientais não eram muito grandes e issogerou, na década de 60, o aparecimento de um ambientalis-mo fundamentalista, talvez como contraponto de um certodesleixo que havia antes”, explica. Actualmente, no que serefere às questões ambientais, Simões Cortez considera quese tende para um equilíbrio, necessário para que sem preju-dicar o ambiente seja possível aproveitar os recursos naturaispara o bem-estar e melhor qualidade de vida das populações.Acrescenta ainda: “As características ambientais de um deter-minado local até podem ser melhoradas com a exploraçãodos georecursos. Um recurso pode ser explorado e no fimpode ficar ainda melhor” e aponta como exemplos as explo-rações de uma pedreira na Póvoa de Varzim, que deu lugar aum lago artificial com fins lúdicos, dos caulinos da Senhorada Hora, que hoje em dia são uma urbanização, e de umapedreira de quartzo em Viseu que foi tratada e preservadapara lazer visual, sendo considerada agora geomonumento.Simões Cortez refere ainda o caso das Minas de Barqueiros,das quais é director técnico. Na lagoa de decantação da águaindustrial destas minas, além de plantas, existem gansos,enguias e peixes, o que prova que as vidas vegetal e animalsão compatíveis com a exploração cuidada dos georecursos. De uma forma mais generalizada, indica que os desafiosque a Engenharia enfrenta neste século estão relacionadoscom os transportes de energia eléctrica, mecanização eautomação, alimentação da população mundial, domíniodos rios, aproveitamentos dos recursos marinhos e a deser-tificação. São estes os problemas que têm de ser resolvi-dos, mas “a Engenharia não resolve nada sem dinheiro”,alerta Simões Cortez, que de entre todas as dificuldadesdestaca a falta de água potável, tendo “os engenheiros queencontrar maneiras de repurificar a água que utilizámos nasnossas actividades humanas”. Sempre que se fala dos novos desafios da Engenharia, outroaspecto a considerar é o desenvolvimento dos cursos nestaárea, que segundo Simões Cortez “parece excessivo”.Engenharia Civil, de Minas, Mecânica, Electrotecnia,Química, Agronómica, Silvícola, Naval e Geográfica são hojeapelidados de cursos ‘clássicos’ e novos surgiram a par doaparecimento de outros sectores profissionais. Contudo, nemtodos os cursos de Engenharia são acreditados pela Ordem.Ora, esta diversificação dos cursos, segundo Simões Cortez,

“O Colégio de Engenharia Civil da Região Norte daOrdem dos Engenheiros elegeu esta questão comouma das prioridades da sua acção, tendo dinamizadosessões de discussão com os colegas da região”

“No que respeita mais especificamente à elaboração deprojectos, pretende-se instituir um conjunto de princípiosque venham a ter um efeito dinamizador de boas práti-cas no sector”

Revisão do 73/73O decreto-lei n.º 73/73 está desajustado da realidade actual

infoPágina 20 TEMA EM DEBATE

Texto de Hipólito Sousa

info Página 21TEMA EM DEBATE

O decreto-lei n.º 73/73 é o documento que estabelece aqualificação oficial a exigir aos técnicos responsáveispelos projectos de obras sujeitas a licenciamento munici-pal. Este documento, bastante conciso e limitado a algunstipos de obras, está claramente desajustado por razõesque são bem conhecidas do meio técnico:– o processo construtivo desenvolve-se hoje num enqua-dramento muito mais abrangente no que respeita aosdiferentes tipos de obras, às exigências aplicáveis e àsexpectativas dos utentes;– os actos praticados pelos profissionais correlacionadoscom a construção são em maior número e o quadro deresponsabilidades tendencialmente mais exigente;– o espectro de formações escolares disponibilizadas nonosso país não tem nada a ver coma realidade de há 30anos atrás. O número de profissionais nas áreas da arqui-tectura e engenharia com formação universitária é muitoelevado nos dias de hoje.

O quadro legislativo que regula a construção é hoje muitomais completo e complexo do que há três décadas, embo-ra em diversas situações com deficiências importantes decoordenação, resultado da existência de inúmeros secto-

res que concorrem para a construção e da dificuldade porparte do Estado em harmonizar toda esta profusão legis-lativa. Para além disso, continuando o processo de licen-ciamento de projectos de edificações a ser importante, aintervenção técnica estende-se hoje por outros actos paraalém desse que interessam regular.Neste contexto é reconhecido e aceite pela generalidadedo meio técnico que urge rever profundamente o decreto-lei n.º 73/73.Naturalmente, a Ordem do Engenheiros concorda comesta posição, tendo relativamente ao assunto uma posi-ção ambiciosa, na medida em que considera que, tendoeste decreto uma função estruturante, deve ser a oportu-nidade para dar um sinal positivo e corajoso das mudan-ças que urge encetar no sector, no sentido duma clarifica-ção de competências e responsabilidades.Com efeito, nas várias tentativas que se conhecem de revi-são do diploma predominou a tentativa de gerir a qual-

quer preço o mínimo denominador comum que assegu-rasse o equilíbrio entre as classes profissionais, com claroprejuízo do resultado, que se limitava em geral a umareescrita pouco inovadora do diploma em vigor.Neste cenário, da posição do Colégio de Engenharia Civilda Ordem dos Engenheiros sobre esta matéria destacam-se os seguintes aspectos:– instituir que o novo decreto sobre a qualificação dostécnicos deve estender-se a mais actos para além da ela-boração de projectos, designadamente à direcção deobras, à fiscalização de obras e à coordenação de segu-rança;– incluir no diploma um conjunto mais alargado de pro-jectos do que os constantes do decreto em vigor, em arti-culação com a iniciativa legislativa em curso sobre instru-ções para a elaboração de projectos;– estender as exigências de qualificação dos técnicos nãosó às obras sujeitas a licenciamento, mas a todas asobras, particularmente às obras promovidas por organis-mos públicos;– defender que as associações profissionais desenvolvamsistemas dinâmicos de qualificação dos seus técnicos,levando em conta as suas formações académicas, a expe-

riência profissional efectiva e a formação contínua, permi-tindo a prazo qualificar de forma graduada os profissio-nais, valorizando no mercado o uso rigoroso dos títulosprofissionais; – iInstituir a obrigatoriedade da inscrição dos técnicos,exercendo actividade como Agentes da AdministraçãoPública e empresas concessionárias de serviços públicosnas associações profissionais respectivas, sujeitando-osàs mesmas obrigações e deveres dos restantes técnicosnos actos profissionais que praticarem;– obrigar a que a qualificação dos técnicos que apreciamprojectos seja no mínimo igual à requerida para a prática domesmo acto;– instituir para todos os actos praticados por profissionaisum acesso graduado que pondere as qualificações escola-res e a experiência efectiva dos profissionais, em articula-ção com a complexidade e valor económico das obras.No que respeita mais especificamente à elaboração de pro-

“O Colégio de Engenharia Civil da Região Norte daOrdem dos Engenheiros elegeu esta questão comouma das prioridades da sua acção, tendo dinamizadosessões de discussão com os colegas da região”

“No que respeita mais especificamente à elaboração deprojectos, pretende-se instituir um conjunto de princípiosque venham a ter um efeito dinamizador de boas práti-cas no sector”

Revisão do 73/73O decreto-lei n.º 73/73 está desajustado da realidade actual

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Texto de Hipólito Sousa

info Página 21TEMA EM DEBATE

O decreto-lei n.º 73/73 é o documento que estabelece aqualificação oficial a exigir aos técnicos responsáveispelos projectos de obras sujeitas a licenciamento munici-pal. Este documento, bastante conciso e limitado a algunstipos de obras, está claramente desajustado por razõesque são bem conhecidas do meio técnico:– o processo construtivo desenvolve-se hoje num enqua-dramento muito mais abrangente no que respeita aosdiferentes tipos de obras, às exigências aplicáveis e àsexpectativas dos utentes;– os actos praticados pelos profissionais correlacionadoscom a construção são em maior número e o quadro deresponsabilidades tendencialmente mais exigente;– o espectro de formações escolares disponibilizadas nonosso país não tem nada a ver coma realidade de há 30anos atrás. O número de profissionais nas áreas da arqui-tectura e engenharia com formação universitária é muitoelevado nos dias de hoje.

O quadro legislativo que regula a construção é hoje muitomais completo e complexo do que há três décadas, embo-ra em diversas situações com deficiências importantes decoordenação, resultado da existência de inúmeros secto-

res que concorrem para a construção e da dificuldade porparte do Estado em harmonizar toda esta profusão legis-lativa. Para além disso, continuando o processo de licen-ciamento de projectos de edificações a ser importante, aintervenção técnica estende-se hoje por outros actos paraalém desse que interessam regular.Neste contexto é reconhecido e aceite pela generalidadedo meio técnico que urge rever profundamente o decreto-lei n.º 73/73.Naturalmente, a Ordem do Engenheiros concorda comesta posição, tendo relativamente ao assunto uma posi-ção ambiciosa, na medida em que considera que, tendoeste decreto uma função estruturante, deve ser a oportu-nidade para dar um sinal positivo e corajoso das mudan-ças que urge encetar no sector, no sentido duma clarifica-ção de competências e responsabilidades.Com efeito, nas várias tentativas que se conhecem de revi-são do diploma predominou a tentativa de gerir a qual-

quer preço o mínimo denominador comum que assegu-rasse o equilíbrio entre as classes profissionais, com claroprejuízo do resultado, que se limitava em geral a umareescrita pouco inovadora do diploma em vigor.Neste cenário, da posição do Colégio de Engenharia Civilda Ordem dos Engenheiros sobre esta matéria destacam-se os seguintes aspectos:– instituir que o novo decreto sobre a qualificação dostécnicos deve estender-se a mais actos para além da ela-boração de projectos, designadamente à direcção deobras, à fiscalização de obras e à coordenação de segu-rança;– incluir no diploma um conjunto mais alargado de pro-jectos do que os constantes do decreto em vigor, em arti-culação com a iniciativa legislativa em curso sobre instru-ções para a elaboração de projectos;– estender as exigências de qualificação dos técnicos nãosó às obras sujeitas a licenciamento, mas a todas asobras, particularmente às obras promovidas por organis-mos públicos;– defender que as associações profissionais desenvolvamsistemas dinâmicos de qualificação dos seus técnicos,levando em conta as suas formações académicas, a expe-

riência profissional efectiva e a formação contínua, permi-tindo a prazo qualificar de forma graduada os profissio-nais, valorizando no mercado o uso rigoroso dos títulosprofissionais; – iInstituir a obrigatoriedade da inscrição dos técnicos,exercendo actividade como Agentes da AdministraçãoPública e empresas concessionárias de serviços públicosnas associações profissionais respectivas, sujeitando-osàs mesmas obrigações e deveres dos restantes técnicosnos actos profissionais que praticarem;– obrigar a que a qualificação dos técnicos que apreciamprojectos seja no mínimo igual à requerida para a prática domesmo acto;– instituir para todos os actos praticados por profissionaisum acesso graduado que pondere as qualificações escola-res e a experiência efectiva dos profissionais, em articula-ção com a complexidade e valor económico das obras.No que respeita mais especificamente à elaboração de pro-

“O quadro legislativo que regula a construção é hojemuito mais completo e complexo do que há três déca-das, embora em diversas situações com deficiênciasimportantes de coordenação”

“Parece-nos existir uma contradição entre os orientaçõesnacionais, que procuram regular as apreciações munici-pais e estabelecer regulamentos técnicos nacionais, e aestratégia de muitos municípios”

Para o Colégio de Engenharia Civil da Região Norte a revisão é uma prioridade

infoPágina 22 TEMA EM DEBATE info Página 23TEMA EM DEBATE

jectos, pretende-se instituir um conjunto de princípios quevenham a ter um efeito dinamizador de boas práticas no sec-tor garantindo aos Donos de Obra uma maior qualidade doresultado final, e ao público em geral uma redução de avariase dos custos da não qualidade, designadamente:– privilegiar a visão do projecto de um empreendimentocomo um todo coordenado, levado a cabo por uma equipamultidisciplinar definida no início do processo dos empreen-dimentos;– instituir a obrigatoriedade da figura de coordenador de pro-jecto, com funções e responsabilidades formais bem defini-das;– instituir a revisão de projecto em empreendimentos dedimensão e/ou complexidade, fixando objectivos e o tipo de

responsabilidades que lhe estão associadas;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos autores de pro-jectos dos vários tipos de obras;– sem prejuízo dos princípios já enunciados, procurar que osmecanismos que os materializam sejam suficientemente fle-xíveis para que não se traduzam em exigências desmesura-das ou exigindo recursos que poderão ser incompatíveis comalguns tipos de obras, nomeadamente as pequenas.

No que respeita mais especificamente à Direcção de Obra:– reforçar a capacidade técnica do Director de Obra e dosseus adjuntos, impedindo-o de delegar funções técnicas emquem não possua qualificação técnica para os actos delega-dos;– relativamente aos trabalhos de especialidade, para os quaiso Director de Obra não tenha habilitação, obrigar à existênciade um Adjunto, que deverá ser um técnico habilitado para aparte da obra em questão;– o Director de Obra e os eventuais adjuntos deverão subs-crever um termo de responsabilidade relativamente ao cum-primento do projecto que aceitaram executar;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos Directores deObra.

No que respeita mais especificamente à Fiscalização, definiras competências e responsabilidades do Coordenador daFiscalização, designadamente:– validar os desenhos de execução comparativamente aos delicenciamento;– confirmar que o projecto executado corresponde ao projec-to licenciado;– aprovar os desenhos finais “como construido”;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos Coordenadoresde Fiscalização.– elaborar um léxico com as definições associadas ao proces-so construtivo, tendo em conta principalmente os interve-nientes, as funções, os actos e as outras definições técnicas,que neste momento se encontram dispersos, descoordena-dos e muitas vezes com definições incoerentes.

O Colégio de Engenharia Civil da Região Norte da Ordemdos Engenheiros elegeu esta questão como uma das prio-ridades da sua acção, tendo dinamizado sessões de dis-cussão com os colegas da região, que tiveram lugar noPorto, Braga, Vila Real e Viana do Castelo. Estes debatespossibilitaram a percepção de muitas dificuldades nestamatéria sentidas pelos colegas no seu quotidiano. Paraalém disso, o Colégio de Engenharia Civil da Região Norteelaborou e coordenou a produção do documento-basecom as orientações e posições da Ordem sobre estamatéria.

A insatisfação dos técnicos com o processo

de licenciamento de obras

O licenciamento de obras tem sofrido múltiplas mutações eprocessa-se hoje num enquadramento teoricamente maisexigente que deveria conduzir no final a obras de melhorqualidade e em cuja tramitação os requerentes estariammais defendidos. Com efeito, o quadro regulamentar e nor-mativo tem vindo a alargar-se e a modernizar-se e a legisla-ção confere aos interessados muito mais direitos. Noentanto, na prática os frutos não são muito animadores emtermos de resultados finais das nossas obras, designada-mente das sujeitas a licenciamento.Para este facto contribuem múltiplas causas e nenhum dosintervenientes no processo – Donos de Obras, Projectistas eEntidades Licenciadoras – está isento de culpa. No que con-cerne às entidades licenciadoras não é legitimo exigir-lhesque sejam muito melhores que os outros intervenientes, maso poder que detêm permite-lhes em muitos casos ser discri-cionárias e dessa forma influenciarem de modo muito negati-vo o processo. À Ordem dos Engenheiros chegam com frequência, deforma mais ou menos formal, queixas sobre diversasactuações tecnicamente incorrectas por parte de Agentes

de Entidades Licenciadoras. Acresce a este aspecto a difi-culdade dos técnicos ligados aos projectos e obras encon-trarem do lado de muitos técnicos municipais a disponibi-lidade e a abertura para discutirem num plano técnicoaberto as questões, particularmente nos grandes municí-pios. E o aumento do quadro regulamentar tem contribuí-do para agravar este estado de coisas.Com frequência, as especificidades e dimensões das obrasnão são levadas em conta na apreciação e formulam-seexigências que não fazem sentido em determinados tiposde obras.Confrontados com estas situações, há técnicos municipaisque são irredutíveis, compelindo os autores dos projectospara subscreverem projectos que de facto sabem que nãoirão ser cumpridos.Citam-se, apenas com carácter ilustrativo, alguns exemplos:– exigência de verificação do RCCTE por edifícios aos quais oreferido regulamento não é de todo aplicável, como arma-

“O quadro legislativo que regula a construção é hojemuito mais completo e complexo do que há três déca-das, embora em diversas situações com deficiênciasimportantes de coordenação”

“Parece-nos existir uma contradição entre os orientaçõesnacionais, que procuram regular as apreciações munici-pais e estabelecer regulamentos técnicos nacionais, e aestratégia de muitos municípios”

Para o Colégio de Engenharia Civil da Região Norte a revisão é uma prioridade

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jectos, pretende-se instituir um conjunto de princípios quevenham a ter um efeito dinamizador de boas práticas no sec-tor garantindo aos Donos de Obra uma maior qualidade doresultado final, e ao público em geral uma redução de avariase dos custos da não qualidade, designadamente:– privilegiar a visão do projecto de um empreendimentocomo um todo coordenado, levado a cabo por uma equipamultidisciplinar definida no início do processo dos empreen-dimentos;– instituir a obrigatoriedade da figura de coordenador de pro-jecto, com funções e responsabilidades formais bem defini-das;– instituir a revisão de projecto em empreendimentos dedimensão e/ou complexidade, fixando objectivos e o tipo de

responsabilidades que lhe estão associadas;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos autores de pro-jectos dos vários tipos de obras;– sem prejuízo dos princípios já enunciados, procurar que osmecanismos que os materializam sejam suficientemente fle-xíveis para que não se traduzam em exigências desmesura-das ou exigindo recursos que poderão ser incompatíveis comalguns tipos de obras, nomeadamente as pequenas.

No que respeita mais especificamente à Direcção de Obra:– reforçar a capacidade técnica do Director de Obra e dosseus adjuntos, impedindo-o de delegar funções técnicas emquem não possua qualificação técnica para os actos delega-dos;– relativamente aos trabalhos de especialidade, para os quaiso Director de Obra não tenha habilitação, obrigar à existênciade um Adjunto, que deverá ser um técnico habilitado para aparte da obra em questão;– o Director de Obra e os eventuais adjuntos deverão subs-crever um termo de responsabilidade relativamente ao cum-primento do projecto que aceitaram executar;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos Directores deObra.

No que respeita mais especificamente à Fiscalização, definiras competências e responsabilidades do Coordenador daFiscalização, designadamente:– validar os desenhos de execução comparativamente aos delicenciamento;– confirmar que o projecto executado corresponde ao projec-to licenciado;– aprovar os desenhos finais “como construido”;– fixar os níveis de qualificação exigidos aos Coordenadoresde Fiscalização.– elaborar um léxico com as definições associadas ao proces-so construtivo, tendo em conta principalmente os interve-nientes, as funções, os actos e as outras definições técnicas,que neste momento se encontram dispersos, descoordena-dos e muitas vezes com definições incoerentes.

O Colégio de Engenharia Civil da Região Norte da Ordemdos Engenheiros elegeu esta questão como uma das prio-ridades da sua acção, tendo dinamizado sessões de dis-cussão com os colegas da região, que tiveram lugar noPorto, Braga, Vila Real e Viana do Castelo. Estes debatespossibilitaram a percepção de muitas dificuldades nestamatéria sentidas pelos colegas no seu quotidiano. Paraalém disso, o Colégio de Engenharia Civil da Região Norteelaborou e coordenou a produção do documento-basecom as orientações e posições da Ordem sobre estamatéria.

A insatisfação dos técnicos com o processo

de licenciamento de obras

O licenciamento de obras tem sofrido múltiplas mutações eprocessa-se hoje num enquadramento teoricamente maisexigente que deveria conduzir no final a obras de melhorqualidade e em cuja tramitação os requerentes estariammais defendidos. Com efeito, o quadro regulamentar e nor-mativo tem vindo a alargar-se e a modernizar-se e a legisla-ção confere aos interessados muito mais direitos. Noentanto, na prática os frutos não são muito animadores emtermos de resultados finais das nossas obras, designada-mente das sujeitas a licenciamento.Para este facto contribuem múltiplas causas e nenhum dosintervenientes no processo – Donos de Obras, Projectistas eEntidades Licenciadoras – está isento de culpa. No que con-cerne às entidades licenciadoras não é legitimo exigir-lhesque sejam muito melhores que os outros intervenientes, maso poder que detêm permite-lhes em muitos casos ser discri-cionárias e dessa forma influenciarem de modo muito negati-vo o processo. À Ordem dos Engenheiros chegam com frequência, deforma mais ou menos formal, queixas sobre diversasactuações tecnicamente incorrectas por parte de Agentes

de Entidades Licenciadoras. Acresce a este aspecto a difi-culdade dos técnicos ligados aos projectos e obras encon-trarem do lado de muitos técnicos municipais a disponibi-lidade e a abertura para discutirem num plano técnicoaberto as questões, particularmente nos grandes municí-pios. E o aumento do quadro regulamentar tem contribuí-do para agravar este estado de coisas.Com frequência, as especificidades e dimensões das obrasnão são levadas em conta na apreciação e formulam-seexigências que não fazem sentido em determinados tiposde obras.Confrontados com estas situações, há técnicos municipaisque são irredutíveis, compelindo os autores dos projectospara subscreverem projectos que de facto sabem que nãoirão ser cumpridos.Citam-se, apenas com carácter ilustrativo, alguns exemplos:– exigência de verificação do RCCTE por edifícios aos quais oreferido regulamento não é de todo aplicável, como arma-

“À Ordem dos Engenheiros chegam com frequência,de forma mais ou menos formal, queixas sobre diver-sas actuações tecnicamente incorrectas por parte deAgentes de Entidades Licenciadoras”

Os engenheiros civis devem divulgar queixas sobre o licenciamento de obras

infoPágina 24 TEMA EM DEBATE

zéns sem ocupação humana ou armazenamento de produtosrelativamente aos quais não faz sentido levantar a questão dapoupança de energia;– exigência de apresentação de projectos objectivamente nãoaplicáveis às pretensões a construir;– em trabalhos de reabilitação ou de legalização, exigência deapresentação técnica e formal das pretensões em moldes cla-ramente desajustados nesse tipo de obras, por se tratar deobras em que a garantia do cumprimento da legalidade nãose pode fazer nos mesmos termos.

Por outro lado e inexplicavelmente, à medida que o corpo regu-lamentar se vai completando e modernizando, assiste-se à pro-fusão de regulamentos municipais avulsos, em muitos casossobre matérias relativamente às quais há regulamentaçãonacional recente, o que dificulta o exercício da actividade dostécnicos e não trás qualquer vantagem final às construções.Neste domínio, parece-nos existir uma contradição entre os

orientações nacionais, que procuram regular as apreciaçõesmunicipais e estabelecer regulamentos técnicos nacionais, e aestratégia de muitos municípios que procuram a qualquerpreço manter um poder excessivo e às vezes discricionário,relativamente à apreciação dos processos sujeitos a licencia-mento.

No contexto atrás referido, parece-nos legítimo formular umconjunto de reflexões/sugestões:– o que pensam os responsáveis pelos municípios e a suaAssociação Nacional dos aspectos processuais ligados aolicenciamento e porque não incentivam a sua harmonização anível nacional?– justifica-se a existência de tantos regulamentos municipaisespecíficos diferentes, alterando alguns aspectos dos regula-mentos nacionais, às vezes com grandes diferenças em conce-lhos vizinhos?– porque não há um esforço de coordenação intermunicipaldos aspectos técnicos, sendo as sugestões positivas remetidase vertidas para as revisões dos regulamentos nacionais?– sendo expectável que os municípios estejam interessados naqualidade final da construção e na redução do número de ava-rias, porque não sujeitam por amostragem alguns projectos averificação integral, comprovando a adequação e qualidade dosprojectos licenciados?– não será de incentivar a criação de uma provedoria tecnica-mente habilitada à qual os técnicos pudessem recorrer pararelatar hipotéticos desmandos das autarquias ou dos seusagentes?

A Ordem dos Engenheiros defende um exercício profissionalcompetente e responsabilizado dos profissionais que represen-ta, numa atitude proactiva de melhoria do sector da constru-ção, nos vários planos em que essas iniciativas possam serconsequentes. No Colégio Regional de Engenharia Civil temos consciência deque o processo de licenciamento constitui um dos aspectos deque os técnicos ligados à construção têm mais queixas, consta-tando-se que este processo pouco contribui para a qualidadefinal das construções, servindo com frequência para uma dis-criminação negativa entre os técnicos que mais facilmente con-seguem ultrapassar esses falsos obstáculos e os que não oconseguem.Elegemos este tema como um dos assuntos em que é neces-sário actuar. Os colegas que tenham experiências e contribui-ções sobre esta matéria são chamados a fazê-las chegar aoColégio Regional de Engenharia Civil, de forma a que se pos-sam lançar acções em que todos os interessados se revejam.

info Página 25VIDA ASSOCIATIVA

Rotary Clube

de Viana do Castelo

“Hidrogénio como força motriz” foi otema da reunião, do dia 12 de Março,do Rotary Clube de Viana do Castelo,iniciativa que contou com a colabora-ção da Ordem dos Engenheiros e daESTG-IPVC (Departamento doAmbiente).O moderador Bouça Morais, dosServiços Profissionais, fez uma breveabordagem dos estudos e progressosdesta técnica. Henrique Correia, da BP, enalteceu ouso do hidrogénio e referiu o projectoCUTE (Clean Urban Transport ofEurope) e os seus parceiros portugue-ses IST e STCP.Das intervenções resulta a expectativade que num futuro próximo (cerca de 10anos) o hidrogénio virá a ocupar umapercentagem significativa nas fontes deenergia utilizadas pela Humanidade.O recém eleito Coordenador do ColégioRegional do Ambiente da OE e docenteda ESTG-IPVC, Luís Marinheiro, com-pletou todos os discursos na óptica doambiente.Esta palestra também serviu de pretextopara que os engenheiros do distrito deViana do Castelo exprimissem o seuvoto de confiança no programa e naequipa de delegados da Lista B eleitapara os próximos três anos.

II Encontro Galiza – Norte

de Portugal de Engenharia

Civil, Transportes e

Comunicações

Nos passados dias 20 e 21 de Maiorealizou-se, no Clube Financeiro dacidade galega de Vigo, o II Encontro

Norte de Portugal – Galiza deEngenharia Civil, Transportes eComunicações. Especialistas destaEuroregião, bem como representantesde empresas e instituições portugue-sas e espanholas debateram estestemas, marcando presença nesteevento promovido conjuntamenteentre a Ordem dos Engenheiros –Região Norte e o Colégio deEngenheiros de Caminhos, Canais ePortos da Galiza.Passada a cerimónia de abertura, pre-sidida pela autarca de Vigo, por repre-sentantes regionais (galegos) e nacio-nais (espanhóis), bem como pelodecano do Colégio de Engenheiros deCaminhos, Canais e Portos da Galiza,Eng. Manuel Paramo Neyra, e do pre-sidente do Conselho Directivo daRegião Norte da Ordem dosEngenheiros, Eng. Gerardo Saraiva deMenezes, seguiram-se intervençõesde altíssimo nível.Destacam-se neste encontro a presen-ça de vários engenheiros portugueses,especialistas nas diversas áreas deactuação, tais

como: Eng. Castanho Ribeiro (REFER) e Eng. José Pires da Fonseca (CP), no TransporteFerroviário; Eng. Álvaro Costa (FEUP)e Eng. Leonel Horta Ribeiro (ANA),nos Aeroportos; Dr. João Pedro Araújo(CPL) e Eng. Brogueira Dias (APDL),nos Portos; Eng. Matos de Almeida(OE), Eng. Paulo Pereira (UM), Eng.Jorge Spraley Ferreira (BRISA) e Eng.Luís Roda (VIA VERDE), na RedeViária.Durante a celebração deste encontro,analisou-se a situação actual dasinfraestruturas, transportes e comuni-cações no Norte de Portugal e naGaliza, pois que sendo estas questõesde grande actualidade para o desen-volvimento dos dois países e daEuroregião em causa, são também degrande interesse dos engenheiros deambos os lados da fronteira. Acresceainda a importância do comboio dealta velocidade que ligará ambas asregiões, bem como as ligará ao restoda Península Ibérica e Europa central.Este II Encontro, cuja comissão exe-cutiva foi presidida pelo Eng. Juan

“À Ordem dos Engenheiros chegam com frequência,de forma mais ou menos formal, queixas sobre diver-sas actuações tecnicamente incorrectas por parte deAgentes de Entidades Licenciadoras”

Os engenheiros civis devem divulgar queixas sobre o licenciamento de obras

infoPágina 24 TEMA EM DEBATE

zéns sem ocupação humana ou armazenamento de produtosrelativamente aos quais não faz sentido levantar a questão dapoupança de energia;– exigência de apresentação de projectos objectivamente nãoaplicáveis às pretensões a construir;– em trabalhos de reabilitação ou de legalização, exigência deapresentação técnica e formal das pretensões em moldes cla-ramente desajustados nesse tipo de obras, por se tratar deobras em que a garantia do cumprimento da legalidade nãose pode fazer nos mesmos termos.

Por outro lado e inexplicavelmente, à medida que o corpo regu-lamentar se vai completando e modernizando, assiste-se à pro-fusão de regulamentos municipais avulsos, em muitos casossobre matérias relativamente às quais há regulamentaçãonacional recente, o que dificulta o exercício da actividade dostécnicos e não trás qualquer vantagem final às construções.Neste domínio, parece-nos existir uma contradição entre os

orientações nacionais, que procuram regular as apreciaçõesmunicipais e estabelecer regulamentos técnicos nacionais, e aestratégia de muitos municípios que procuram a qualquerpreço manter um poder excessivo e às vezes discricionário,relativamente à apreciação dos processos sujeitos a licencia-mento.

No contexto atrás referido, parece-nos legítimo formular umconjunto de reflexões/sugestões:– o que pensam os responsáveis pelos municípios e a suaAssociação Nacional dos aspectos processuais ligados aolicenciamento e porque não incentivam a sua harmonização anível nacional?– justifica-se a existência de tantos regulamentos municipaisespecíficos diferentes, alterando alguns aspectos dos regula-mentos nacionais, às vezes com grandes diferenças em conce-lhos vizinhos?– porque não há um esforço de coordenação intermunicipaldos aspectos técnicos, sendo as sugestões positivas remetidase vertidas para as revisões dos regulamentos nacionais?– sendo expectável que os municípios estejam interessados naqualidade final da construção e na redução do número de ava-rias, porque não sujeitam por amostragem alguns projectos averificação integral, comprovando a adequação e qualidade dosprojectos licenciados?– não será de incentivar a criação de uma provedoria tecnica-mente habilitada à qual os técnicos pudessem recorrer pararelatar hipotéticos desmandos das autarquias ou dos seusagentes?

A Ordem dos Engenheiros defende um exercício profissionalcompetente e responsabilizado dos profissionais que represen-ta, numa atitude proactiva de melhoria do sector da constru-ção, nos vários planos em que essas iniciativas possam serconsequentes. No Colégio Regional de Engenharia Civil temos consciência deque o processo de licenciamento constitui um dos aspectos deque os técnicos ligados à construção têm mais queixas, consta-tando-se que este processo pouco contribui para a qualidadefinal das construções, servindo com frequência para uma dis-criminação negativa entre os técnicos que mais facilmente con-seguem ultrapassar esses falsos obstáculos e os que não oconseguem.Elegemos este tema como um dos assuntos em que é neces-sário actuar. Os colegas que tenham experiências e contribui-ções sobre esta matéria são chamados a fazê-las chegar aoColégio Regional de Engenharia Civil, de forma a que se pos-sam lançar acções em que todos os interessados se revejam.

info Página 25VIDA ASSOCIATIVA

Rotary Clube

de Viana do Castelo

“Hidrogénio como força motriz” foi otema da reunião, do dia 12 de Março,do Rotary Clube de Viana do Castelo,iniciativa que contou com a colabora-ção da Ordem dos Engenheiros e daESTG-IPVC (Departamento doAmbiente).O moderador Bouça Morais, dosServiços Profissionais, fez uma breveabordagem dos estudos e progressosdesta técnica. Henrique Correia, da BP, enalteceu ouso do hidrogénio e referiu o projectoCUTE (Clean Urban Transport ofEurope) e os seus parceiros portugue-ses IST e STCP.Das intervenções resulta a expectativade que num futuro próximo (cerca de 10anos) o hidrogénio virá a ocupar umapercentagem significativa nas fontes deenergia utilizadas pela Humanidade.O recém eleito Coordenador do ColégioRegional do Ambiente da OE e docenteda ESTG-IPVC, Luís Marinheiro, com-pletou todos os discursos na óptica doambiente.Esta palestra também serviu de pretextopara que os engenheiros do distrito deViana do Castelo exprimissem o seuvoto de confiança no programa e naequipa de delegados da Lista B eleitapara os próximos três anos.

II Encontro Galiza – Norte

de Portugal de Engenharia

Civil, Transportes e

Comunicações

Nos passados dias 20 e 21 de Maiorealizou-se, no Clube Financeiro dacidade galega de Vigo, o II Encontro

Norte de Portugal – Galiza deEngenharia Civil, Transportes eComunicações. Especialistas destaEuroregião, bem como representantesde empresas e instituições portugue-sas e espanholas debateram estestemas, marcando presença nesteevento promovido conjuntamenteentre a Ordem dos Engenheiros –Região Norte e o Colégio deEngenheiros de Caminhos, Canais ePortos da Galiza.Passada a cerimónia de abertura, pre-sidida pela autarca de Vigo, por repre-sentantes regionais (galegos) e nacio-nais (espanhóis), bem como pelodecano do Colégio de Engenheiros deCaminhos, Canais e Portos da Galiza,Eng. Manuel Paramo Neyra, e do pre-sidente do Conselho Directivo daRegião Norte da Ordem dosEngenheiros, Eng. Gerardo Saraiva deMenezes, seguiram-se intervençõesde altíssimo nível.Destacam-se neste encontro a presen-ça de vários engenheiros portugueses,especialistas nas diversas áreas deactuação, tais

como: Eng. Castanho Ribeiro (REFER) e Eng. José Pires da Fonseca (CP), no TransporteFerroviário; Eng. Álvaro Costa (FEUP)e Eng. Leonel Horta Ribeiro (ANA),nos Aeroportos; Dr. João Pedro Araújo(CPL) e Eng. Brogueira Dias (APDL),nos Portos; Eng. Matos de Almeida(OE), Eng. Paulo Pereira (UM), Eng.Jorge Spraley Ferreira (BRISA) e Eng.Luís Roda (VIA VERDE), na RedeViária.Durante a celebração deste encontro,analisou-se a situação actual dasinfraestruturas, transportes e comuni-cações no Norte de Portugal e naGaliza, pois que sendo estas questõesde grande actualidade para o desen-volvimento dos dois países e daEuroregião em causa, são também degrande interesse dos engenheiros deambos os lados da fronteira. Acresceainda a importância do comboio dealta velocidade que ligará ambas asregiões, bem como as ligará ao restoda Península Ibérica e Europa central.Este II Encontro, cuja comissão exe-cutiva foi presidida pelo Eng. Juan

infoPágina 26 VIDA ASSOCIATIVA info Página 27VIDA ASSOCIATIVA

Luís Rios, deu continuidade ao cele-brado em Junho de 2002 no Porto,Portugal.A conferência de encerramento foiassegurada pelo Eng. Luís Valente deOliveira que reforçou a importânciada inter-comunicabilidade a todos osníveis desta Euroregião.Dada a diversidade de temas, as con-clusões do Encontro foram dividaspelas seguintes áreas:Transporte Ferroviário– Imprescindível a prioridade de linha férrea de alta velocidadeentre Vigo e Porto, com paragem no Baixo Minho como elemento verte-brador da Euroregião. Com este fim, é necessário acelerar osestudos informativos e os projectospara haver acesso a fundos estrutu-rantes provenientes da UniãoEuropeia.– No mesmo sentido, seria conve-niente alcançar acordos que incre-mentem e facilitem o transporte demercadorias na Euroregião em condi-ções de interoperabilidade do materialde tracção.– A rede férrea de mercadorias nazona de Vigo e Porto deveriam melho-rar a sua conectividade com os portomarítimos, as zonas francas e as dis-tintas zonas industriais.Aeroportos– A existência de quatro aeroportosna Euroregião torna importante umaplanificação conjunta, que dentro deuma estratégia de competitividade ede colaboração se estudem os seguin-tes aspectos: Especialização dos aero-portos; Localização dos voos de longadistância; Captação de companhias de“baixo custo”; Melhoria das comuni-cações terrestres com os aeroportos;e Estudo de transporte de mercado-rias de alto valor e de produção local(peixe, marisco, etc.)Portos de mar

– Os previsíveis condicionalismosprogressivos de navegação pelo Canalda Mancha, fazem possibilitar o estu-do da existência de um único grandePorto de mar no corredor Atlânticopara a Europa.– Os Portos de mar da Euroregiãodevem coordenar-se no sentido deserem competitivos com a actualpujança comercial dos Portos doMediterrâneo.– Um problema detectado é a escas-sez de superfície de alguns Portos daEuroregião para manipular e conse-guir valor acrescentado das cargas emercadorias em geral. Este problemacarece de soluções urgentes para ofuturo e viabilidade dos respectivosPortos de Mar.Rede Viária– Actualmente está alcançado oobjectivo da comunicação nos eixosprincipais mediante a rede existentede auto-estradas e vias rápidas. Torna-se então necessário completar a redeviária secundária, fundamentalmente,nas margens do Rio Minho e suasconexões– Compatibilizar, entre outros, os sis-temas de pagamento nas auto-estra-das com portagem.– Necessário definir actuações con-cretas nos pontos viários onde pos-sam ocorrer saturações de tráfego,principalmente nos grandes núcleosurbanos.– Nas grandes cidades (Corunha,Grande Porto, Vigo e Rias Baixas,Braga e Baixo Minho) definir novositinerários e potenciar o transportepúblico.Ficou definido que o III EncontroNorte de Portugal – Galiza deEngenharia Civil se realizará em Maiode 2006, em Braga, Portugal.

Actividades cartográfi-cas

em debate

Realizou-se no dia 30 de Abril de 2004,na sede regional da Ordem, um debateentre os membros do colégio deEngenharia Geográfica, sobre as propos-tas de legislação apresentadas peloInstituto Geográfico Português, relativasao exercício de Actividades Cartográficas. O debate contou com a presença do pre-sidente do colégio, tendo participadocerca de 20 membros do colégio regional(efectivos e estagiários). Foram debatidos os diferentes aspectosrelativos à proposta, assim como a inte-racção com outras especialidades deEngenharia directamente interessadasnas actividades de produção de cartogra-fia e topografia.

Homenagem a ManuelCorrêa de Barros Júnior

No próximo dia 7 de Outubro realiza-seuma homenagem ao Professor ManuelCorrêa de Barros Júnior (7/10/1904-28/4/1991). Este evento, que marca simbolicamentea celebração do seu centésimo aniver-sário, vai servir de pretexto para recor-dar alguns elementos da biografia deum engenheiro que marcou a suaépoca e que influenciou com o seuensino e com o seu exemplo a carreirade muitos dos seus alunos naFaculdade de Engenharia daUniversidade do Porto.Manuel Corrêa de Barros Júnior pos-suía duas licenciaturas em engenharia– Civil (1928) e Electrotécnica (1929) –e ao longo da sua vida desenvolveuuma vasta carreira profissional e acadé-mica que o levou a desempenhar osmais altos cargos docentes e adminis-trativos na Universidade do Porto. Para além do seu longo percurso dedi-

cado ao ensino e à vivência da enge-nharia como profissão, traduzida emmuitas publicações, há que evidenciaroutros interesses intelectuais doProfessor Manuel Corrêa de Barros,que o levaram a publicar um curso deFilosofia Tomista ministrado aos mem-bros da Juventude UniversitáriaCatólica em 1942, e a publicar em 1982um último livro – “Reflexões de umEstudioso de S. Tomás de Aquino” –,análise racional de algumas situaçõescientíficas, técnicas e sociais do seutempo e síntese das suas reflexões pes-soais influenciadas pela filosofia de S.Tomás de Aquino.De facto, o trabalho do ProfessorManuel Corrêa de Barros pode sercaracterizado por mulifacetado. Comodocente dedicou-se a diversos camposda Engenharia Civil e da EngenhariaElectrotécnica; a sua actividade profis-sional ocorreu fundamentalmente naépoca pioneira da electrificação nacio-nal, deparando-se com muitos desafiostécnicos que tiveram fortes implicaçõesindustriais; e na sua actividade intelec-tual actuou nos domínios da Filosofia edas Belas-Letras.

Joaquim VilarinhoSoares Santos (1949-2004)Perdemos um amigo

e um funcionário exem-plar

O mês de Agosto foi marcado por umanotícia inesperada e chocante: o faleci-mento do Senhor Joaquim VilarinhoSoares Santos, Chefe de Serviços daRegião Norte da Ordem dos Engenheirose figura incontornável da nossa institui-ção.Nascido a 26 de Maio de 1949, na fre-guesia de Ramalde (Porto), o SenhorVilarinho, nome pelo qual era conhecidoentre nós, iniciou a sua actividade profis-sional na Ordem dos Engenheiros –Região Norte no dia 1 de Julho de 1967. Ao longo dos 35 anos em que esteve con-nosco demonstrou sempre um conjuntode qualidades pessoais e profissionaisímpares: uma grande simpatia e afabili-dade no trato, uma disponibilidade per-manente, uma seriedade inabalável, umrigor e um profissionalismo sem falhas.Era não só o fiel depositário da “memó-ria” da Ordem dos Engenheiros noNorte, que procurava manter viva comesmero e paixão, mas também um pro-fundo conhecedor das leis, dos regula-mentos e dos procedimentos administra-tivos internos, a quem recorríamos, inevi-tavelmente, para esclarecer dúvidas ouencontrar as soluções para os problemas

mais diversos. Todos nós beneficiamos,de forma directa ou indirecta, das suasqualidades pessoais, das suas competên-cias profissionais e da sua longa expe-riência, que colocou empenhadamenteao serviço da nossa associação e dosseus membros. Tendo convivido com mais de uma deze-na de corpos dirigentes, sempre foicapaz de se adaptar aos diferentes esti-los e modelos de gestão que a Ordemdos Engenheiros – Região Norte conhe-ceu ao longo das três últimas décadas ede aderir aos projectos associativos quecada um deles tentou desenvolver. Nosúltimos 6 meses, confrontado com asideias e as propostas de mudança e dereforma institucional veiculadas peloactual Conselho Directivo, o SenhorVilarinho demonstrou, mais uma vez, asua grande abertura e disponibilidade,identificando-se e associando-se comentusiasmo ao nosso objectivo de tornara Ordem dos Engenheiros numa institui-ção cada vez mais prestigiada, mais efi-caz e mais próxima dos seus membros emais activa na defesa dos interesses ena dignificação dos Engenheiros e daEngenharia da região e do País.A sua perda prematura é, pois, para nós,um motivo de grande tristeza e de pro-fundo pesar. Perdemos um amigo e umfuncionário exemplar, um homem bom aquem muito ficamos a dever. ObrigadoSenhor Vilarinho.

Luís RamosVice-Presidente do Conselho Directivo daRegião Norte

infoPágina 26 VIDA ASSOCIATIVA info Página 27VIDA ASSOCIATIVA

Luís Rios, deu continuidade ao cele-brado em Junho de 2002 no Porto,Portugal.A conferência de encerramento foiassegurada pelo Eng. Luís Valente deOliveira que reforçou a importânciada inter-comunicabilidade a todos osníveis desta Euroregião.Dada a diversidade de temas, as con-clusões do Encontro foram dividaspelas seguintes áreas:Transporte Ferroviário– Imprescindível a prioridade de linha férrea de alta velocidadeentre Vigo e Porto, com paragem no Baixo Minho como elemento verte-brador da Euroregião. Com este fim, é necessário acelerar osestudos informativos e os projectospara haver acesso a fundos estrutu-rantes provenientes da UniãoEuropeia.– No mesmo sentido, seria conve-niente alcançar acordos que incre-mentem e facilitem o transporte demercadorias na Euroregião em condi-ções de interoperabilidade do materialde tracção.– A rede férrea de mercadorias nazona de Vigo e Porto deveriam melho-rar a sua conectividade com os portomarítimos, as zonas francas e as dis-tintas zonas industriais.Aeroportos– A existência de quatro aeroportosna Euroregião torna importante umaplanificação conjunta, que dentro deuma estratégia de competitividade ede colaboração se estudem os seguin-tes aspectos: Especialização dos aero-portos; Localização dos voos de longadistância; Captação de companhias de“baixo custo”; Melhoria das comuni-cações terrestres com os aeroportos;e Estudo de transporte de mercado-rias de alto valor e de produção local(peixe, marisco, etc.)Portos de mar

– Os previsíveis condicionalismosprogressivos de navegação pelo Canalda Mancha, fazem possibilitar o estu-do da existência de um único grandePorto de mar no corredor Atlânticopara a Europa.– Os Portos de mar da Euroregiãodevem coordenar-se no sentido deserem competitivos com a actualpujança comercial dos Portos doMediterrâneo.– Um problema detectado é a escas-sez de superfície de alguns Portos daEuroregião para manipular e conse-guir valor acrescentado das cargas emercadorias em geral. Este problemacarece de soluções urgentes para ofuturo e viabilidade dos respectivosPortos de Mar.Rede Viária– Actualmente está alcançado oobjectivo da comunicação nos eixosprincipais mediante a rede existentede auto-estradas e vias rápidas. Torna-se então necessário completar a redeviária secundária, fundamentalmente,nas margens do Rio Minho e suasconexões– Compatibilizar, entre outros, os sis-temas de pagamento nas auto-estra-das com portagem.– Necessário definir actuações con-cretas nos pontos viários onde pos-sam ocorrer saturações de tráfego,principalmente nos grandes núcleosurbanos.– Nas grandes cidades (Corunha,Grande Porto, Vigo e Rias Baixas,Braga e Baixo Minho) definir novositinerários e potenciar o transportepúblico.Ficou definido que o III EncontroNorte de Portugal – Galiza deEngenharia Civil se realizará em Maiode 2006, em Braga, Portugal.

Actividades cartográfi-cas

em debate

Realizou-se no dia 30 de Abril de 2004,na sede regional da Ordem, um debateentre os membros do colégio deEngenharia Geográfica, sobre as propos-tas de legislação apresentadas peloInstituto Geográfico Português, relativasao exercício de Actividades Cartográficas. O debate contou com a presença do pre-sidente do colégio, tendo participadocerca de 20 membros do colégio regional(efectivos e estagiários). Foram debatidos os diferentes aspectosrelativos à proposta, assim como a inte-racção com outras especialidades deEngenharia directamente interessadasnas actividades de produção de cartogra-fia e topografia.

Homenagem a ManuelCorrêa de Barros Júnior

No próximo dia 7 de Outubro realiza-seuma homenagem ao Professor ManuelCorrêa de Barros Júnior (7/10/1904-28/4/1991). Este evento, que marca simbolicamentea celebração do seu centésimo aniver-sário, vai servir de pretexto para recor-dar alguns elementos da biografia deum engenheiro que marcou a suaépoca e que influenciou com o seuensino e com o seu exemplo a carreirade muitos dos seus alunos naFaculdade de Engenharia daUniversidade do Porto.Manuel Corrêa de Barros Júnior pos-suía duas licenciaturas em engenharia– Civil (1928) e Electrotécnica (1929) –e ao longo da sua vida desenvolveuuma vasta carreira profissional e acadé-mica que o levou a desempenhar osmais altos cargos docentes e adminis-trativos na Universidade do Porto. Para além do seu longo percurso dedi-

cado ao ensino e à vivência da enge-nharia como profissão, traduzida emmuitas publicações, há que evidenciaroutros interesses intelectuais doProfessor Manuel Corrêa de Barros,que o levaram a publicar um curso deFilosofia Tomista ministrado aos mem-bros da Juventude UniversitáriaCatólica em 1942, e a publicar em 1982um último livro – “Reflexões de umEstudioso de S. Tomás de Aquino” –,análise racional de algumas situaçõescientíficas, técnicas e sociais do seutempo e síntese das suas reflexões pes-soais influenciadas pela filosofia de S.Tomás de Aquino.De facto, o trabalho do ProfessorManuel Corrêa de Barros pode sercaracterizado por mulifacetado. Comodocente dedicou-se a diversos camposda Engenharia Civil e da EngenhariaElectrotécnica; a sua actividade profis-sional ocorreu fundamentalmente naépoca pioneira da electrificação nacio-nal, deparando-se com muitos desafiostécnicos que tiveram fortes implicaçõesindustriais; e na sua actividade intelec-tual actuou nos domínios da Filosofia edas Belas-Letras.

Joaquim VilarinhoSoares Santos (1949-2004)Perdemos um amigo

e um funcionário exem-plar

O mês de Agosto foi marcado por umanotícia inesperada e chocante: o faleci-mento do Senhor Joaquim VilarinhoSoares Santos, Chefe de Serviços daRegião Norte da Ordem dos Engenheirose figura incontornável da nossa institui-ção.Nascido a 26 de Maio de 1949, na fre-guesia de Ramalde (Porto), o SenhorVilarinho, nome pelo qual era conhecidoentre nós, iniciou a sua actividade profis-sional na Ordem dos Engenheiros –Região Norte no dia 1 de Julho de 1967. Ao longo dos 35 anos em que esteve con-nosco demonstrou sempre um conjuntode qualidades pessoais e profissionaisímpares: uma grande simpatia e afabili-dade no trato, uma disponibilidade per-manente, uma seriedade inabalável, umrigor e um profissionalismo sem falhas.Era não só o fiel depositário da “memó-ria” da Ordem dos Engenheiros noNorte, que procurava manter viva comesmero e paixão, mas também um pro-fundo conhecedor das leis, dos regula-mentos e dos procedimentos administra-tivos internos, a quem recorríamos, inevi-tavelmente, para esclarecer dúvidas ouencontrar as soluções para os problemas

mais diversos. Todos nós beneficiamos,de forma directa ou indirecta, das suasqualidades pessoais, das suas competên-cias profissionais e da sua longa expe-riência, que colocou empenhadamenteao serviço da nossa associação e dosseus membros. Tendo convivido com mais de uma deze-na de corpos dirigentes, sempre foicapaz de se adaptar aos diferentes esti-los e modelos de gestão que a Ordemdos Engenheiros – Região Norte conhe-ceu ao longo das três últimas décadas ede aderir aos projectos associativos quecada um deles tentou desenvolver. Nosúltimos 6 meses, confrontado com asideias e as propostas de mudança e dereforma institucional veiculadas peloactual Conselho Directivo, o SenhorVilarinho demonstrou, mais uma vez, asua grande abertura e disponibilidade,identificando-se e associando-se comentusiasmo ao nosso objectivo de tornara Ordem dos Engenheiros numa institui-ção cada vez mais prestigiada, mais efi-caz e mais próxima dos seus membros emais activa na defesa dos interesses ena dignificação dos Engenheiros e daEngenharia da região e do País.A sua perda prematura é, pois, para nós,um motivo de grande tristeza e de pro-fundo pesar. Perdemos um amigo e umfuncionário exemplar, um homem bom aquem muito ficamos a dever. ObrigadoSenhor Vilarinho.

Luís RamosVice-Presidente do Conselho Directivo daRegião Norte

infoPágina 28 AGENDA info Página 29AGENDA

28 E 29 OUTUBRO. LEÇA DA PALMEIRA. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILI Congresso sobre Construção SustentávelNos dias 28 e 29 de Outubro, na EXPONOR, em Leça daPalmeira (Matosinhos) tem lugar o I Congresso sobreConstrução Sustentável, estando a organização a cargo doConselho Regional Norte do Colégio de Engenharia doAmbiente (CRNCEA) da Ordem dos Engenheiros, daAssociação Portuguesa de Comerciantes de Materiais deConstrução (APCMC) e do Núcleo Regional Norte (NRN)da Associação Portuguesa de Engenheiros do Ambiente(APEA). Pretendendo constituir um fórum de reflexão sobre a temá-tica da Construção Sustentável, a realização do evento temcomo principais objectivos abordar o estado da arte sobrea Construção Sustentável em Portugal e na Europa; poten-ciar o conhecimento do Plano Nacional deDesenvolvimento Sustentável; debater aspectos de regula-mentação, regime jurídico e certificação associados às acti-vidades de construção e obras públicas; discutir a proble-mática da construção bioclimática; constitui um espaço dereflexão sobre estratégias de gestão integrada de resíduosda construção e demolição; apresentar conhecimentos edesenvolvimentos científicos, inovações, tecnologias erecursos disponíveis no âmbito da Construção Sustentávele promover o intercâmbio de experiências entre profissio-nais do sector.Durante o I Congresso vão ser abordados temas gerais eespeciais, obedecendo sempre à temática de enquadra-mento que é o Plano Nacional de DesenvolvimentoSustentável e Construção Sustentável.

12 E 13 NOVEMBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDANTES DE AGRICULTURA I Jornadas de EtnobotânicaA Associação Portuguesa de Estudantes de Agricultura

(APEA) vai realizar, nos dias 12 e 13 de Novembro, AulaMagna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro(UTAD), as I Jornadas de Etnobotânica, subordinadas aotema Perspectivas Interdisciplinares para o Uso Sustentáveldos Recursos Vegetais. A realização deste evento pretendedivulgar os recursos vegetais com boas perspectivas deexploração económica e de valorização patrimonial quer nopresente quer no futuro. Conjuga-se a riqueza dos conheci-mentos da população rural portuguesa sobre a flora e ofraco desenvolvimento da área disciplinar da Etnobotânica.Este evento ocorre no seguimento de várias iniciativaslevadas a cabo por esta associação nos domínios técnico ecientífico, algumas das quais em estreita ligação com oColégio de Engenharia Agronómica. É neste quadro de aproximação da Ordem aos alunos das

licenciaturas acreditadas, que o referido Colégio da RegiãoNorte vai estabelecer um programa conjunto de iniciativaspara o próximo triénio.

12 E 13 NOVEMBRO. UTAD. DIVISÃO DE QUÍMICA ORGÂNICA DA SOCIEDADEPORTUGUESA DE QUÍMICA Simpósio sobre “Corantes e Pigmentos Orgânicos”A Divisão de Química Orgânica da Sociedade Portuguesade Química promove na Universidade de Trás-os-Montes eAlto Douro (UTAD), a 12 e 13 de Novembro, um simpósiosubordinado ao tema “Corantes e Pigmentos Orgânicos”.O encontro tem duas lições plenárias, várias lições convida-das e comunicações em painel. Duas das lições convidadasserão escolhidas entre os resumos apresentados para comu-nicação. Pretende-se abranger um leque alargado de tópicosde grande interesse nesta área: fenómenos crómicos, coran-tes naturais e sintéticos, corantes funcionais, compostos foto-crómicos, corantes para aplicações médicas, etc. Além do carácter informativo, esta iniciativa é também umlocal privilegiado de encontro e de debate de temas deinteresse comum para a comunidade desta área científica.No dia último dia do simpósio, estão previstas duas SessõesExperimentais, especialmente destinadas a professores doEnsino Secundário, que decorrem em simultâneo para umnúmero limitado de participantes. Os interessados serãoinformados com antecedência sobre a sua inscrição naSessão Experimental.Mais informação em:www.utad.pt/pt/eventos/simposio_corantes/index.html

17 A 19 NOVEMBRO. FEUP.GRUPO PORTUGUÊS DO BETÃO ESTRUTURAL Encontro Nacional Betão Estrutural 2004Durante os dias 17, 18 e 19 de Novembro realiza-se oEncontro Nacional Betão Estrutural, que terá por palco as ins-talações da Faculdade de Engenharia da Universidade doPorto (FEUP), dando assim seguimento aos encontros bia-nuais que o Grupo Português do Betão Estrutural (GPBE)promove há duas décadas.Este evento, organizado pelo GPBE e pela FEUP, servirá depretexto para que investigadores, projectistas, construtores,fabricantes e fornecedores de materiais ligados à área dasestruturas de betão discutam os enormes desafios queactualmente se colocam ao sector da construção, os meca-nismos de inovação técnica das empresas, e o apoio dasInstituições de I & D ao sector da construção.Apresentação de trabalhos, exposições técnicas, visitas aobras, sessões temáticas e um concurso para jovens enge-nheiros e alunos finalistas complementam o programa doBE2004.19 E 20 NOVEMBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES

HOMENAGEM

7 OUTUBRO. SEDE DA ORDEM DOS ENGENHEIROS -REGIÃO NORTE.COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA ELECTRÓNICAHomenagem ao Prof. Corrêa de Barros (7/10/1904-28/4/1991)Terá lugar pelas 18h do dia 7 de Outubro, no Auditório daSede da Ordem dos Engenheiros – Delegação Norte, umasessão de homenagem ao Professor Manuel Corrêa deBarros Júnior por ocasião do seu centenário de nascimento.Um conjunto de personalidades ligadas à vida académica,profissional, cultural e familiar do homenageado produziráintervenções a destacar os factos mais marcantes e as prin-cipais qualidades do Professor. No final da sessão será ofe-recido um Porto de Honra.

CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

21 E 22 OUTUBRO. CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA. ORDEM DOS ENGENHEIROSCongresso Nacional da Ordem dos Engenheiros

7 E 8 DE OUTUBRO. UTAD.COMISSÃO DE DINAMIZAÇÃO E O NÚCLEO DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA AMBIENTALE DOS RECURSOS NATURAIS (EARN) DA UTADSeminário “Desenvolvimento e Ambiente: Novos Desafiospara o Século XXI”Em torno do tema “Desenvolvimento e Ambiente: NovosDesafios para o Século XXI”, a Comissão de Dinamização eo Núcleo de Estudantes de Engenharia Ambiental e dosRecursos Naturais (EARN) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), promovem um seminário,que decorre nos dias 7 e 8 de Outubro. As sessões científicas, a cargo de individualidades de quali-dade científica reconhecida, serão dedicadas a assuntoscomo a Preservação de Recursos Naturais, AvaliaçãoAmbiental, Tratamento de Efluentes Líquidos e Gestão deResíduos. Durante o seminário também serão apresentados projectosrealizados por alunos finalistas do curso de EngenhariaAmbiental e dos Recursos Naturais.De uma forma complementar, e com a colaboração daAssociação dos Antigos Alunos da UTAD, decorrem ascomemorações do 10º aniversário da licenciatura emEngenharia Ambiental e dos Recursos Naturais, no dia 9 deOutubro, em que se realiza uma Mesa Redonda, intitulada“Formação em EARN: expectativas profissionais”, com apresença de actuais e antigos alunos de EARN, oportunida-de para intercâmbio de experiências e vivências profissio-nais e pessoais.Mais informações em: home.utad.pt/~neamb

7 A 9 OUTUBRO. ANGRA DO HEROÍSMO. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ENGENHEIROSZOOTÉCNICOSXIV Congresso de ZootecniaA Associação Portuguesa de Engenheiros Zootécnicos(APEZ), contando mais uma vez com o apoio da Ordemdos Engenheiros, vai realizar na Universidade dos Açores,em Angra do Heroísmo, o XIV Congresso de Zootecnia, sobo tema “A Zootecnia – O Futuro”, de 7 a 9 de Outubro. Especialistas de renome nacional e internacional abordarãodiversos temas: Nutrição e Alimentação, ReproduçãoAnimal, Grandes Ruminantes, Pequenos Ruminantes, Bem-estar Animal, Economia Agrária, Aquacultura, ProduçãoAnimal e Ambiente e Genética e Melhoramento Animal. Os trabalhos apresentados durante o congresso poderão ser publicados na “Revista Portuguesa de Zootecnia”, que é da responsabilidade editorial da APEZ.

18 E 19 OUTUBRO. FEUP.FEUPFórum sobre a cultura científicaA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto(FEUP) vai realizar, a 18 e 19 de Outubro, um Fórum dereflexão sobre a cultura científica.Neste primeiro Fórum Ciência propõe-se uma reflexão sobreo estado preocupante da cultura científica em Portugal, aqualidade e solidez da formação científica ministrada noensino, a defesa do espírito científico e do espírito crítico, origor na transmissão e análise da informação e a consciên-cia social de que, sem ciência e espírito de rigor, não háprogresso.

20 A 23 OUTUBRO. FORTE DE S. FRANCISCO (CHAVES)DEPARTAMENTO DE PLANTAS DA UTAD3rd International Chestnut CongressOrganizado pelo Departamento de Plantas da Universidadede Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), juntamente comum comité organizador que integra outras universidades dePortugal, Espanha, Itália e Grécia, decorre nos dias 20, 21,22 e 23 de Outubro, no Forte de S. Francisco, em Chaves, o3rd International Chestnut Congress.Este congresso reúne dezenas de investigadores ligados àprodução e às doenças do castanheiro de diversos países eintegra palestras, posters, debates e visitas guiadas a locaisda região transmontana associados ao cultivo do castanhei-ro, entre outras actividades.Mais informação em: www.utad.pt/eventos/chestnutcon-gress/index.html

infoPágina 28 AGENDA info Página 29AGENDA

28 E 29 OUTUBRO. LEÇA DA PALMEIRA. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILI Congresso sobre Construção SustentávelNos dias 28 e 29 de Outubro, na EXPONOR, em Leça daPalmeira (Matosinhos) tem lugar o I Congresso sobreConstrução Sustentável, estando a organização a cargo doConselho Regional Norte do Colégio de Engenharia doAmbiente (CRNCEA) da Ordem dos Engenheiros, daAssociação Portuguesa de Comerciantes de Materiais deConstrução (APCMC) e do Núcleo Regional Norte (NRN)da Associação Portuguesa de Engenheiros do Ambiente(APEA). Pretendendo constituir um fórum de reflexão sobre a temá-tica da Construção Sustentável, a realização do evento temcomo principais objectivos abordar o estado da arte sobrea Construção Sustentável em Portugal e na Europa; poten-ciar o conhecimento do Plano Nacional deDesenvolvimento Sustentável; debater aspectos de regula-mentação, regime jurídico e certificação associados às acti-vidades de construção e obras públicas; discutir a proble-mática da construção bioclimática; constitui um espaço dereflexão sobre estratégias de gestão integrada de resíduosda construção e demolição; apresentar conhecimentos edesenvolvimentos científicos, inovações, tecnologias erecursos disponíveis no âmbito da Construção Sustentávele promover o intercâmbio de experiências entre profissio-nais do sector.Durante o I Congresso vão ser abordados temas gerais eespeciais, obedecendo sempre à temática de enquadra-mento que é o Plano Nacional de DesenvolvimentoSustentável e Construção Sustentável.

12 E 13 NOVEMBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDANTES DE AGRICULTURA I Jornadas de EtnobotânicaA Associação Portuguesa de Estudantes de Agricultura

(APEA) vai realizar, nos dias 12 e 13 de Novembro, AulaMagna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro(UTAD), as I Jornadas de Etnobotânica, subordinadas aotema Perspectivas Interdisciplinares para o Uso Sustentáveldos Recursos Vegetais. A realização deste evento pretendedivulgar os recursos vegetais com boas perspectivas deexploração económica e de valorização patrimonial quer nopresente quer no futuro. Conjuga-se a riqueza dos conheci-mentos da população rural portuguesa sobre a flora e ofraco desenvolvimento da área disciplinar da Etnobotânica.Este evento ocorre no seguimento de várias iniciativaslevadas a cabo por esta associação nos domínios técnico ecientífico, algumas das quais em estreita ligação com oColégio de Engenharia Agronómica. É neste quadro de aproximação da Ordem aos alunos das

licenciaturas acreditadas, que o referido Colégio da RegiãoNorte vai estabelecer um programa conjunto de iniciativaspara o próximo triénio.

12 E 13 NOVEMBRO. UTAD. DIVISÃO DE QUÍMICA ORGÂNICA DA SOCIEDADEPORTUGUESA DE QUÍMICA Simpósio sobre “Corantes e Pigmentos Orgânicos”A Divisão de Química Orgânica da Sociedade Portuguesade Química promove na Universidade de Trás-os-Montes eAlto Douro (UTAD), a 12 e 13 de Novembro, um simpósiosubordinado ao tema “Corantes e Pigmentos Orgânicos”.O encontro tem duas lições plenárias, várias lições convida-das e comunicações em painel. Duas das lições convidadasserão escolhidas entre os resumos apresentados para comu-nicação. Pretende-se abranger um leque alargado de tópicosde grande interesse nesta área: fenómenos crómicos, coran-tes naturais e sintéticos, corantes funcionais, compostos foto-crómicos, corantes para aplicações médicas, etc. Além do carácter informativo, esta iniciativa é também umlocal privilegiado de encontro e de debate de temas deinteresse comum para a comunidade desta área científica.No dia último dia do simpósio, estão previstas duas SessõesExperimentais, especialmente destinadas a professores doEnsino Secundário, que decorrem em simultâneo para umnúmero limitado de participantes. Os interessados serãoinformados com antecedência sobre a sua inscrição naSessão Experimental.Mais informação em:www.utad.pt/pt/eventos/simposio_corantes/index.html

17 A 19 NOVEMBRO. FEUP.GRUPO PORTUGUÊS DO BETÃO ESTRUTURAL Encontro Nacional Betão Estrutural 2004Durante os dias 17, 18 e 19 de Novembro realiza-se oEncontro Nacional Betão Estrutural, que terá por palco as ins-talações da Faculdade de Engenharia da Universidade doPorto (FEUP), dando assim seguimento aos encontros bia-nuais que o Grupo Português do Betão Estrutural (GPBE)promove há duas décadas.Este evento, organizado pelo GPBE e pela FEUP, servirá depretexto para que investigadores, projectistas, construtores,fabricantes e fornecedores de materiais ligados à área dasestruturas de betão discutam os enormes desafios queactualmente se colocam ao sector da construção, os meca-nismos de inovação técnica das empresas, e o apoio dasInstituições de I & D ao sector da construção.Apresentação de trabalhos, exposições técnicas, visitas aobras, sessões temáticas e um concurso para jovens enge-nheiros e alunos finalistas complementam o programa doBE2004.19 E 20 NOVEMBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES

HOMENAGEM

7 OUTUBRO. SEDE DA ORDEM DOS ENGENHEIROS -REGIÃO NORTE.COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA ELECTRÓNICAHomenagem ao Prof. Corrêa de Barros (7/10/1904-28/4/1991)Terá lugar pelas 18h do dia 7 de Outubro, no Auditório daSede da Ordem dos Engenheiros – Delegação Norte, umasessão de homenagem ao Professor Manuel Corrêa deBarros Júnior por ocasião do seu centenário de nascimento.Um conjunto de personalidades ligadas à vida académica,profissional, cultural e familiar do homenageado produziráintervenções a destacar os factos mais marcantes e as prin-cipais qualidades do Professor. No final da sessão será ofe-recido um Porto de Honra.

CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

21 E 22 OUTUBRO. CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA. ORDEM DOS ENGENHEIROSCongresso Nacional da Ordem dos Engenheiros

7 E 8 DE OUTUBRO. UTAD.COMISSÃO DE DINAMIZAÇÃO E O NÚCLEO DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA AMBIENTALE DOS RECURSOS NATURAIS (EARN) DA UTADSeminário “Desenvolvimento e Ambiente: Novos Desafiospara o Século XXI”Em torno do tema “Desenvolvimento e Ambiente: NovosDesafios para o Século XXI”, a Comissão de Dinamização eo Núcleo de Estudantes de Engenharia Ambiental e dosRecursos Naturais (EARN) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), promovem um seminário,que decorre nos dias 7 e 8 de Outubro. As sessões científicas, a cargo de individualidades de quali-dade científica reconhecida, serão dedicadas a assuntoscomo a Preservação de Recursos Naturais, AvaliaçãoAmbiental, Tratamento de Efluentes Líquidos e Gestão deResíduos. Durante o seminário também serão apresentados projectosrealizados por alunos finalistas do curso de EngenhariaAmbiental e dos Recursos Naturais.De uma forma complementar, e com a colaboração daAssociação dos Antigos Alunos da UTAD, decorrem ascomemorações do 10º aniversário da licenciatura emEngenharia Ambiental e dos Recursos Naturais, no dia 9 deOutubro, em que se realiza uma Mesa Redonda, intitulada“Formação em EARN: expectativas profissionais”, com apresença de actuais e antigos alunos de EARN, oportunida-de para intercâmbio de experiências e vivências profissio-nais e pessoais.Mais informações em: home.utad.pt/~neamb

7 A 9 OUTUBRO. ANGRA DO HEROÍSMO. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ENGENHEIROSZOOTÉCNICOSXIV Congresso de ZootecniaA Associação Portuguesa de Engenheiros Zootécnicos(APEZ), contando mais uma vez com o apoio da Ordemdos Engenheiros, vai realizar na Universidade dos Açores,em Angra do Heroísmo, o XIV Congresso de Zootecnia, sobo tema “A Zootecnia – O Futuro”, de 7 a 9 de Outubro. Especialistas de renome nacional e internacional abordarãodiversos temas: Nutrição e Alimentação, ReproduçãoAnimal, Grandes Ruminantes, Pequenos Ruminantes, Bem-estar Animal, Economia Agrária, Aquacultura, ProduçãoAnimal e Ambiente e Genética e Melhoramento Animal. Os trabalhos apresentados durante o congresso poderão ser publicados na “Revista Portuguesa de Zootecnia”, que é da responsabilidade editorial da APEZ.

18 E 19 OUTUBRO. FEUP.FEUPFórum sobre a cultura científicaA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto(FEUP) vai realizar, a 18 e 19 de Outubro, um Fórum dereflexão sobre a cultura científica.Neste primeiro Fórum Ciência propõe-se uma reflexão sobreo estado preocupante da cultura científica em Portugal, aqualidade e solidez da formação científica ministrada noensino, a defesa do espírito científico e do espírito crítico, origor na transmissão e análise da informação e a consciên-cia social de que, sem ciência e espírito de rigor, não háprogresso.

20 A 23 OUTUBRO. FORTE DE S. FRANCISCO (CHAVES)DEPARTAMENTO DE PLANTAS DA UTAD3rd International Chestnut CongressOrganizado pelo Departamento de Plantas da Universidadede Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), juntamente comum comité organizador que integra outras universidades dePortugal, Espanha, Itália e Grécia, decorre nos dias 20, 21,22 e 23 de Outubro, no Forte de S. Francisco, em Chaves, o3rd International Chestnut Congress.Este congresso reúne dezenas de investigadores ligados àprodução e às doenças do castanheiro de diversos países eintegra palestras, posters, debates e visitas guiadas a locaisda região transmontana associados ao cultivo do castanhei-ro, entre outras actividades.Mais informação em: www.utad.pt/eventos/chestnutcon-gress/index.html

infoPágina 30 AGENDA info Página 31AGENDA

Moral e Direito; Deontologia Profissional; Ordem dosEngenheiros – sua natureza jurídica, razão de ser, finalidadee organização; Direito Disciplinar dos Engenheiros; Estudodas Normas do Estatuto e do Regulamento Disciplinar. Desde Janeiro de 2002 que os cursos são uma componenteobrigatória dos estágios de admissão à Ordem dosEngenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiário quese tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitidocomo membro efectivo após a frequência, com aproveita-mento, do curso.Os próximos cursos realizam-se nos dias 6 e 13 deNovembro e 11 e 18 de Dezembro e têm a duração de 10horas. O número de vagas é limitado, sendo as inscriçõesconsideradas pela data de recepção na Ordem dosEngenheiros – Região Norte.

5 NOVEMBRO 2004 A 5FEVEREIRO 2005. FEUP.FEUPCurso de Especialização em Segurança no Trabalho da Construção – Gestão e CoordenaçãoA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto(FEUP) promove um curso de Especialização emSegurança no Trabalho da Construção – Gestão eCoordenação, de 5 de Novembro de 2004 a 5 de Fevereirode 2005, equivalendo a uma duração total de 120 horas deaulas e a 80 horas para elaboração de um ProjectoIndividual a desenvolver fora das aulas, que deverá serapresentado até 6 de Maio de 2005.O curso realiza-se à sexta-feira, das 9h-13h e 14h-18h, eaos sábados, 9h-13h, e em alguns casos também no perío-do da tarde.O objectivo é formar técnicos superiores especializadospara qualificação no domínio da gestão e coordenação dasegurança e saúde no trabalho da construção e destina-sepreferencialmente a licenciados em Engenharia eArquitectura e bacharéis em Engenharia. O curso está estruturado de acordo com o “Projecto deDecreto-Lei sobre o exercício da coordenação em matériade segurança e saúde na actividade de construção de edifí-cios e engenharia civil, prevista no Decreto-Lei n.º273/2003, de 29 de Outubro”, publicado em separata doBoletim de Trabalho e Emprego, de 13 de Abril, do MSST. As candidaturas devem dar entrada no Secretariado docurso na FEUP até 22 de Outubro, e deve constar de umaficha de inscrição (disponível em www.fe.up.pt/formacao),acompanhada de certificado de habilitações com data deconclusão e média final, CV resumido (2-3 págs), fotocó-pia do B.I. e foto pessoal. 2004-2005. ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA.ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA DAUNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESAFormação AvançadaA Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica

Portuguesa vai promover, ainda este ano ou no início de2005, mestrados e pós-graduações. Gestão de Qualidade(pós-graduação), Segurança Alimentar (mestrado/pós-gra-duação), Enologia (mestrado/pós-graduação), Inovação eIndústria Agro-Alimentar (mestrado/pós-graduação),Microbiologia Aplicada (mestrado/pós-graduação) e Masterin Business and Engineering serão os cursos ministrados. Mais informações contactar a Escola Superior deBiotecnologia: 225580076 ou [email protected]

ATÉ MAIO DE 2006. UTAD.INSTITUTO DE TRÁS-OS-MONTES PARA A INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIALFormação Profissional na Região Demarcada do DouroAté Maio de 2006 decorre no Douro Vinhateiro PatrimónioMundial o projecto Plano de Formação para oDesenvolvimento da Região do Douro, no âmbito das AcçõesIntegradas de Base Territorial – Empregabilidade (AIBTs) –Medida 2.5 do Programa Operacional da Região Norte.Trata-se de um projecto financiado pelo Fundo Social Europeue Estado Português, promovido pelo Instituto de Trás-os-Montes para a Investigação e Desenvolvimento Agro-Industrial (ITIDAI), sendo a entidade formadora aUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e compontual parceria a Associação para o Desenvolvimento daViticultura Duriense (ADVID).O plano de formação é composto por um total de 19 cursosde formação, que tem como objectivo a melhor valorizaçãoprofissional em diferentes áreas de actuação, entre as quais aagricultura, a empresarial, o turismo, a saúde e de todo opatrimónio natural, cultural e paisagístico, para o desenvolvi-mento da Região do Douro.Os cursos decorrem no Campus Universitário da UTAD, comconteúdos teóricos e práticos estrategicamente definidos, comuma rigorosa selecção de formadores especializados e comtodas as condições necessárias para proporcionar a todos osparticipantes uma formação de qualidade e por conseguinteum plano de formação único e de sucesso.Mais informações em: www.utad.pt/pfdrdouro/index.html

VISITAS TÉCNICAS

12 OUTUBRO. PORTO.ESPECIALIZAÇÃO EM TRANSPORTESE VIAS DE COMUNICAÇÃOVisita ao Metro do PortoA Especialização em Transportes e Vias de Comunicação,contando com o apoio da Empresa do Metro do Porto, realizano dia 12 de Outubro, uma visita ao Metro Ligeiro do Porto. Osinteressados em participar nesta iniciativa devem dirigir-se àOrdem dos Engenheiros para efectuar a inscrição, estandoestas limitadas a 30 participantes.

DE AGRICULTURAII Jornadas de Bovinicultura Organizadas pela Associação Internacional de Estudantes deAgricultura (IAAS), as II Jornadas de Bovinicultura decorremna Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),nos dias 19 e 20 de Novembro. A realização desta segunda edição, novamente nesta institui-ção de ensino, pretende, na opinião dos organizadores, per-petuar e reforçar o estatuto que estas jornadas adquiriramnão só em Portugal, mas no estrangeiro, privilegiando tam-bém o IAAS e a UTAD. Mais informações em: www.utad.pt/~iaas

13 A 15 DEZEMBRO. FEUP.SECÇÃO DE CONSTRUÇÕES CIVIS DO DEPARTAMENTODE ENGENHARIA CIVIL DA FEUP2º Congresso Nacional de ConstruçãoA Secção de Construções Civis do Departamento deEngenharia Civil da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto, apoiada pelo Instituto daConstrução, realiza, de 13 a 15 de Dezembro, o 2º CongressoNacional de Construção – Construção 2004, sob a temática“Repensar a Construção”. Urbanismo e Arquitectura; Regulamentação e Normalização;Gestão, Informação e Qualidade; Materiais e Reciclagem;Física das Construções; Tecnologias Construtivas e Patologiae Reabilitação são os temas do Congresso. No decorrer do evento está patente uma exposição de mate-riais, tecnologias e realizações recentes na área da constru-ção.

ENCONTROS DE DEBATE

4 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS– REGIÃO NORTE. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILTansferência de Riscos de Responsabilidade Profissional da Actividade de Engenharia. O Papel dos Seguros.O Colégio Regional de Engenharia Civil vai promover, no dia4 de Novembro, uma acção aberta a todas as especialidadesde Engenharia, com o objectivo de esclarecer as responsabi-lidade pendentes a cada uma delas e dar a conhecer as solu-ções actualmente disponíveis no mercado segurador.O evento, que tem como tema: Tansferência de Riscos deResponsabilidade Profissional da Actividade de Engenharia.O Papel dos Seguros, tem lugar no Auditório da sede regio-nal, e conta com a presença do Engenheiro Carlos Rhodes.A organização desta iniciativa tem como reflexo a preocupa-ção da Ordem dos Engenheiros – Região Norte face àimportância que esta matéria tem para o exercício da profis-são e às escassas informações que existem.O aumento das responsabilidades cometidas aos engenhei-ros no exercício da sua actividade profissional, e a necessida-

de cada vez mais exigente de prestação de garantias eficazesjunto dos consumidores, tornou indispensável a contrataçãode apólices de seguro adequadas.Contudo, a conjugação de diversos factores com destaquepara a incompreensível passividade do Estado de quem seaguarda há 13 anos a publicação da portaria regulamentar doseguro de projecto, têm contribuído para o fraco desenvolvi-mento do mercado segurador nacional nesta área.

10 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILCoordenação de Segurança na Construção – a perspectiva da Ordem dos Engenheiros

17 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE.COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILA Revisão do 73/73 – a perspectiva da Ordem dosEngenheiros

18 NOVEMBRO. BRAGA.DELEGAÇÃO DISTRITAL DE BRAGAO Diploma 12/2004 – Alvarás – Implicações profissionais para os Engenheiros

FORMAÇÃO

11 A 15 OUTUBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES DE AGRICULTURA Curso de Formação sobre Projectos Florestais A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura(IAAS), com o apoio do Departamento Florestal daUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), reali-za nesta universidade, de 11 a 15 de Outubro, um curso deformação sobre Projectos Florestais, na especialidade deCartografia e Elaboração.Este curso terá como sub-temas: Levantamentos perime-trais; Cartografia detalhada e Apresentação de candidaturas.As inscrições decorrem até 4 de Outubro.Mais informações em: www.utad.pt/~iaas

3 E 13 NOVEMBRO E 11 E 18 DEZEMBRO. SEDE ORDEMDOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE. ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTECursos de Ética e Deontologia ProfissionalA Ordem dos Engenheiros – Região Norte tem vindo a pro-mover cursos de Formação Ética e Deontologia Profissional,tendo como objectivo a transmissão de valores e princípiosinerentes ao exercício da profissão de engenheiro e a divul-gação de casos relacionados com essa mesma actividade. O programa dos cursos englobam temas como a Ética,

infoPágina 30 AGENDA info Página 31AGENDA

Moral e Direito; Deontologia Profissional; Ordem dosEngenheiros – sua natureza jurídica, razão de ser, finalidadee organização; Direito Disciplinar dos Engenheiros; Estudodas Normas do Estatuto e do Regulamento Disciplinar. Desde Janeiro de 2002 que os cursos são uma componenteobrigatória dos estágios de admissão à Ordem dosEngenheiros. Deste modo, qualquer membro estagiário quese tenha inscrito depois de 1 de Janeiro só será admitidocomo membro efectivo após a frequência, com aproveita-mento, do curso.Os próximos cursos realizam-se nos dias 6 e 13 deNovembro e 11 e 18 de Dezembro e têm a duração de 10horas. O número de vagas é limitado, sendo as inscriçõesconsideradas pela data de recepção na Ordem dosEngenheiros – Região Norte.

5 NOVEMBRO 2004 A 5FEVEREIRO 2005. FEUP.FEUPCurso de Especialização em Segurança no Trabalho da Construção – Gestão e CoordenaçãoA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto(FEUP) promove um curso de Especialização emSegurança no Trabalho da Construção – Gestão eCoordenação, de 5 de Novembro de 2004 a 5 de Fevereirode 2005, equivalendo a uma duração total de 120 horas deaulas e a 80 horas para elaboração de um ProjectoIndividual a desenvolver fora das aulas, que deverá serapresentado até 6 de Maio de 2005.O curso realiza-se à sexta-feira, das 9h-13h e 14h-18h, eaos sábados, 9h-13h, e em alguns casos também no perío-do da tarde.O objectivo é formar técnicos superiores especializadospara qualificação no domínio da gestão e coordenação dasegurança e saúde no trabalho da construção e destina-sepreferencialmente a licenciados em Engenharia eArquitectura e bacharéis em Engenharia. O curso está estruturado de acordo com o “Projecto deDecreto-Lei sobre o exercício da coordenação em matériade segurança e saúde na actividade de construção de edifí-cios e engenharia civil, prevista no Decreto-Lei n.º273/2003, de 29 de Outubro”, publicado em separata doBoletim de Trabalho e Emprego, de 13 de Abril, do MSST. As candidaturas devem dar entrada no Secretariado docurso na FEUP até 22 de Outubro, e deve constar de umaficha de inscrição (disponível em www.fe.up.pt/formacao),acompanhada de certificado de habilitações com data deconclusão e média final, CV resumido (2-3 págs), fotocó-pia do B.I. e foto pessoal. 2004-2005. ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA.ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA DAUNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESAFormação AvançadaA Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica

Portuguesa vai promover, ainda este ano ou no início de2005, mestrados e pós-graduações. Gestão de Qualidade(pós-graduação), Segurança Alimentar (mestrado/pós-gra-duação), Enologia (mestrado/pós-graduação), Inovação eIndústria Agro-Alimentar (mestrado/pós-graduação),Microbiologia Aplicada (mestrado/pós-graduação) e Masterin Business and Engineering serão os cursos ministrados. Mais informações contactar a Escola Superior deBiotecnologia: 225580076 ou [email protected]

ATÉ MAIO DE 2006. UTAD.INSTITUTO DE TRÁS-OS-MONTES PARA A INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIALFormação Profissional na Região Demarcada do DouroAté Maio de 2006 decorre no Douro Vinhateiro PatrimónioMundial o projecto Plano de Formação para oDesenvolvimento da Região do Douro, no âmbito das AcçõesIntegradas de Base Territorial – Empregabilidade (AIBTs) –Medida 2.5 do Programa Operacional da Região Norte.Trata-se de um projecto financiado pelo Fundo Social Europeue Estado Português, promovido pelo Instituto de Trás-os-Montes para a Investigação e Desenvolvimento Agro-Industrial (ITIDAI), sendo a entidade formadora aUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e compontual parceria a Associação para o Desenvolvimento daViticultura Duriense (ADVID).O plano de formação é composto por um total de 19 cursosde formação, que tem como objectivo a melhor valorizaçãoprofissional em diferentes áreas de actuação, entre as quais aagricultura, a empresarial, o turismo, a saúde e de todo opatrimónio natural, cultural e paisagístico, para o desenvolvi-mento da Região do Douro.Os cursos decorrem no Campus Universitário da UTAD, comconteúdos teóricos e práticos estrategicamente definidos, comuma rigorosa selecção de formadores especializados e comtodas as condições necessárias para proporcionar a todos osparticipantes uma formação de qualidade e por conseguinteum plano de formação único e de sucesso.Mais informações em: www.utad.pt/pfdrdouro/index.html

VISITAS TÉCNICAS

12 OUTUBRO. PORTO.ESPECIALIZAÇÃO EM TRANSPORTESE VIAS DE COMUNICAÇÃOVisita ao Metro do PortoA Especialização em Transportes e Vias de Comunicação,contando com o apoio da Empresa do Metro do Porto, realizano dia 12 de Outubro, uma visita ao Metro Ligeiro do Porto. Osinteressados em participar nesta iniciativa devem dirigir-se àOrdem dos Engenheiros para efectuar a inscrição, estandoestas limitadas a 30 participantes.

DE AGRICULTURAII Jornadas de Bovinicultura Organizadas pela Associação Internacional de Estudantes deAgricultura (IAAS), as II Jornadas de Bovinicultura decorremna Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),nos dias 19 e 20 de Novembro. A realização desta segunda edição, novamente nesta institui-ção de ensino, pretende, na opinião dos organizadores, per-petuar e reforçar o estatuto que estas jornadas adquiriramnão só em Portugal, mas no estrangeiro, privilegiando tam-bém o IAAS e a UTAD. Mais informações em: www.utad.pt/~iaas

13 A 15 DEZEMBRO. FEUP.SECÇÃO DE CONSTRUÇÕES CIVIS DO DEPARTAMENTODE ENGENHARIA CIVIL DA FEUP2º Congresso Nacional de ConstruçãoA Secção de Construções Civis do Departamento deEngenharia Civil da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto, apoiada pelo Instituto daConstrução, realiza, de 13 a 15 de Dezembro, o 2º CongressoNacional de Construção – Construção 2004, sob a temática“Repensar a Construção”. Urbanismo e Arquitectura; Regulamentação e Normalização;Gestão, Informação e Qualidade; Materiais e Reciclagem;Física das Construções; Tecnologias Construtivas e Patologiae Reabilitação são os temas do Congresso. No decorrer do evento está patente uma exposição de mate-riais, tecnologias e realizações recentes na área da constru-ção.

ENCONTROS DE DEBATE

4 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS– REGIÃO NORTE. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILTansferência de Riscos de Responsabilidade Profissional da Actividade de Engenharia. O Papel dos Seguros.O Colégio Regional de Engenharia Civil vai promover, no dia4 de Novembro, uma acção aberta a todas as especialidadesde Engenharia, com o objectivo de esclarecer as responsabi-lidade pendentes a cada uma delas e dar a conhecer as solu-ções actualmente disponíveis no mercado segurador.O evento, que tem como tema: Tansferência de Riscos deResponsabilidade Profissional da Actividade de Engenharia.O Papel dos Seguros, tem lugar no Auditório da sede regio-nal, e conta com a presença do Engenheiro Carlos Rhodes.A organização desta iniciativa tem como reflexo a preocupa-ção da Ordem dos Engenheiros – Região Norte face àimportância que esta matéria tem para o exercício da profis-são e às escassas informações que existem.O aumento das responsabilidades cometidas aos engenhei-ros no exercício da sua actividade profissional, e a necessida-

de cada vez mais exigente de prestação de garantias eficazesjunto dos consumidores, tornou indispensável a contrataçãode apólices de seguro adequadas.Contudo, a conjugação de diversos factores com destaquepara a incompreensível passividade do Estado de quem seaguarda há 13 anos a publicação da portaria regulamentar doseguro de projecto, têm contribuído para o fraco desenvolvi-mento do mercado segurador nacional nesta área.

10 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE. COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILCoordenação de Segurança na Construção – a perspectiva da Ordem dos Engenheiros

17 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE.COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILA Revisão do 73/73 – a perspectiva da Ordem dosEngenheiros

18 NOVEMBRO. BRAGA.DELEGAÇÃO DISTRITAL DE BRAGAO Diploma 12/2004 – Alvarás – Implicações profissionais para os Engenheiros

FORMAÇÃO

11 A 15 OUTUBRO. UTAD.ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES DE AGRICULTURA Curso de Formação sobre Projectos Florestais A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura(IAAS), com o apoio do Departamento Florestal daUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), reali-za nesta universidade, de 11 a 15 de Outubro, um curso deformação sobre Projectos Florestais, na especialidade deCartografia e Elaboração.Este curso terá como sub-temas: Levantamentos perime-trais; Cartografia detalhada e Apresentação de candidaturas.As inscrições decorrem até 4 de Outubro.Mais informações em: www.utad.pt/~iaas

3 E 13 NOVEMBRO E 11 E 18 DEZEMBRO. SEDE ORDEMDOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE. ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTECursos de Ética e Deontologia ProfissionalA Ordem dos Engenheiros – Região Norte tem vindo a pro-mover cursos de Formação Ética e Deontologia Profissional,tendo como objectivo a transmissão de valores e princípiosinerentes ao exercício da profissão de engenheiro e a divul-gação de casos relacionados com essa mesma actividade. O programa dos cursos englobam temas como a Ética,

infoPágina 32 AGENDA

O local de concentração para a visita é a estação intermodalde Campanhã, do Metro do Porto, às 10 horas da manhã,estando os horários conjugados com os dos comboios Alfa daCP: Lisboa/ Porto/ Lisboa. Quinze minutos mais tarde inicia-se o trajecto em túnel Campanhã/Trindade, com visita às esta-ções do Campo 24 de Agosto e Trindade (arquitectura e insta-lações electromecânicas), seguido do trajecto à superfícieTrindade/Senhora da Hora/Matosinhos. Os participantesseguem para a cantina do PMO de Guifões, onde será servidoo almoço. À tarde decorre a apresentação do projecto doMetro do Porto e a visita do PMO e PCC. O regresso à estaçãointermodal de Campanhã está marcado para as 18 horas.

15 OUTUBRO. EL FERROL.ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTEVisita de estudo ao Porto de Mar em ampliação de Ferrol(Galiza) A Ordem dos Engenheiros – Região Norte promove a 15 deOutubro uma visita de estudo ao Porto de Mar em ampliaçãode Ferrol, na Galiza.A saída do autocarro do Porto, mais precisamente da PraçaFrancisco Sá Carneiro, junto ao Café Bom Dia, é às 8 horas,devendo chegar a Braga, à Praça Conde de Agrolongo, junto àIgreja do Pópulo, uma hora mais tarde. Depois de uma para-gem em Valença, o autocarro parte às 10 horas em direcção aEl Ferrol.Ao meio-dia os visitantes são recebidos pelo Colegio deIngenieros de Caminos, Canales y Puertos - Galiza e umahora depois é servido o almoço.Da parte da tarde, dá-se a visita ao Porto Marítimo de ElFerrol, orientada pelo Exmo. Presidente do Porto Marítimo eacompanhada pelo Exmo. Presidente do Colegio deIngenieros de Caminos, Canales y Puertos – Galiza, Sr. Ing.Manuel Paramo Neyra).A saída de El Ferrol, em autocarro, de regresso a Valença,Braga e Porto, é às 17 horas. O prazo das inscrições é até 6 de Outubro, sendo estas limi-tadas a 50 participantes e com o custo de 25 euros. Mais informações contactar: [email protected]

CULTURA E LAZER

14 OUTUBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE.ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTEInauguração da exposição de pintura de Isabel Leite16 OUTUBRO. AMARANTE GOLF CLUB.COLÉGIO REGIONAL DE ENGENHARIA CIVILClínica de GolfeO Colégio Regional de Engenharia Civil promove no dia 16 deOutubro a Clínica de Golfe, a decorrer no campo do

Amarante Golf Club. O programa do evento é composto por um almoço no res-taurante do Club House. Logo após a apresentação do profis-sional de ensino aos participantes com distribuição de gru-pos pelo Driving Range e Putting Green, inicia-se a introdu-ção prática ao golfe, com o ensino dos pontos básicos destedesporto: pontaria, pega, postura, stance, alinhamento eposição de bola. Ao meio da tarde é realizada uma competi-ção de Putting entre os participantes e, por fim, a entrega deum livro com as regras de golfe aos vencedores da competi-ção. O número máximo de participantes é de 25 e os primeirosinscritos terão condições preferenciais. A data limite das ins-crições é 30 de Setembro e deverão ser feitas por correio elec-trónico [email protected], indicando o assuntoClínica de Golfe.

11 E 25 NOVEMBRO. FEUP.COMISSARIADO CULTURAL DA FEUPInstrumentos no Jazz Os dois concertos de encerramento do Ciclo de ConcertosComentados, intitulado “Instrumentos no Jazz”, que teve iní-cio a 12 de Maio e que foi organizado pelo ComissariadoCultural da FEUP, decorrem nos dias 11 e 25 de Novembro. Fátima Serro, Kiko, Susana Baldaque nas vozes, Paulo Gomesno piano, José Lima no contrabaixo e Mário Teixeira na bate-ria preenchem o cartaz “A Voz no Jazz”, do dia 11 deNovembro.O último concerto, “A Bateria no Jazz”, conta com a presençade Bruno Pedroso na bateria, Jorge Reis no saxofone, PauloGomes no piano e Nelson Cascais no contrabaixo.Os encontros têm lugar no Auditório da FEUP, às 18 horas, ea entrada é livre.

12 NOVEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE. ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTEInauguração da exposição de pintura de Natália Santos

2 DEZEMBRO. SEDE ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE.ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTEInauguração da exposição de pintura de Julieta Aguiar