CMARA MUNICIPAL DE VIRGNIA Estado de Minas Gerais
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HISTRICO DE VIRGNIA
Em 1.856, passando por aqui o Padre Custdio Oliveira Monte Raso,
que seguia para Cristina, tanto se deliciou com o panorama e tais foram as expanses de sua
admirao que os proprietrios daquelas terras, Diogo Jos Labat Uchas e Francisco Ribeiro
Pires lhes doaram cinco alqueires de terra, para que nessa rea erguesse uma capela.
Terminadas as obras da capela, esta foi dedicada Nossa Senhora da Conceio, tendo o
fundador escolhido para a nova povoao o nome de Virgnea em homenagem Virgem
Santssima e em aluso mata virgem que cobria o local. Da palavra Virgnea veio a corrutela
VIRGNIA.
Os primeiros povoadores da nova localidade foram as famlias
Gonalves, Fonseca, Pinto, Brito, Uchas, Ribeiro, Alves e Musa.
Por Lei Provincial de 27 de dezembro de 1.861, o povoado foi elevado
categoria de freguesia ou termo de paz, como parte integrante do municpio de Cristina.
Alguns anos depois, a freguesia foi entregue aos cuidados paroquiais do Padre Jos de
Calazans Nogueira que faleceu em 1.869. Veio substitu-lo Monsenhor Manuel Carlos de
Seixas Rabello, que dirigiu a parquia at 21 de novembro de 1.921, quando faleceu. Assumiu
o paroquiano, o ento coadjutor Monsenhor Dalsio Batista Dini, que at 05 de novembro de
1.978, esteve com os virginenses, doutrinando-os e incentivando-os a lutar sempre confiantes
em Deus.
A presena do Monsenhor Dalsio em Virgnia lembrada da mesma
forma com que tradicionalmente respeitada a presena, em passado remoto, do Padre
Custdio de Oliveira Monte Raso, o pioneiro.
O Distrito foi criado pela Lei Provincial n. 1.306 de 05 de novembro
de 1.866. Foi desmembrado do Termo de Cristina pela Lei n. 2.527 de 6 de janeiro de 1870.
Desde esta data passou a pertencer a Pouso Alto at a Lei n. 2.650 de 4 de novembro de
1880, quando voltou a pertencer Cristina. Pela Lei Estadual n. 2 de 14 de setembro de
1891, foi desmembrado do municpio de Cristina, passando novamente a pertencer a Pouso
Alto.
Emancipao Poltica
Pela Lei Estadual n. 556 de 30 de agosto de 1911, o Municpio foi
desmembrado do municpio de Pouso Alto, passando a ser denominado Distrito de Virgnia.
A Sede Municipal foi elevada categoria de cidade pelo Decreto- Lei Federal n. 311, de 2 de
maro de 1938.
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Diviso Administrativa e Organizao do Espao Urbano
A edificao obedeceu os traados modernos possuindo ruas retas,
paralelas e algumas praas de bonito aspecto, sendo todas elas arborizadas e floridas.
Nossa cidade divide-se em Centro e Bairros Rurais:
Centro: No centro da cidade edificam-se: Igreja de Nossa Senhora da
Conceio, Casa Paroquial, Igreja de So Jos, Igreja Santa Cabea, Igreja Evanglica
Assemblia de Deus, Igreja Crist do Brasil, Assemblia de Deus Belm II, Centro de
Sade, Casa de Caridade Santo Antonio, Correio, Caixa Econmica Federal, Parque de
Exposies Jos Bernardino Neto, Telemig, Cemig, Escola Estadual Delfim Moreira de 1. e
2. graus, Escola Municipal Christovam Chiaradia, Prdio da Prefeitura, Cmara Municipal,
Quadra de Esportes, Quartel da Polcia Militar, Estdio Municipal Jos Gasto de Carvalho
Brito, Parque Infantil, Bares, Restaurantes, Supermercados, Jardins Pblicos.
Bairros Rurais: gua Limpa, Mato Dentro, Moreiras, Pereiras,
Mendes, Retirinho, Palmeiras, Virgem do Socorro, So Jos, Muquem, Ribeiro, Porto,
Vargem Grande, Sertozinho, Mogiano, Campo Feio, So Francisco, Correias, Fazendinha,
Mendanha, Caet, Rio Acima I, Serra Verde, Roseirinha, Vargem Alegre, Retiro dos Marins,
Quilombo, Rio Acima II, So Jos da Mantiqueira, Torres, Marques, Roseira, Morangal,
Gonalves, Estiva, Pimentas, Fortaleza, Padres I e II.
Sistema Econmico
Possui aproximadamente 1150 estabelecimentos de propriedade de
terras entre terras individuais e condomnio ou pessoas, totalizando aproximadamente 30 mil
hectares de rea.
Referente agricultura, daremos algumas conceituaes para melhor
compreenso: subentendemos como culturas temporrias, culturas de curta durao com via
de regra menor que um ano, necessitando geralmente de um novo plantio aps a colheita. So
consideradas culturas temporrias, a cana-de-acar e a cana de forragem. As culturas
permanentes so de longa durao que podem proporcionar colheitas por vrios anos
sucessivos sem necessidade de novo plantio.
Em Virgnia, na rea da agricultura destaca-se a produo de milho,
feijo e batata inglesa. A comercializao desses produtos feita no prprio municpio, em
mercearias, em mercados extras municipais, com destaque para a batata inglesa que
comercializada tambm em outros estados.
Alm destes, temos o cultivo do arroz que para o consumo prprio.
A Cana forrageira, capim napier, capim gordura, so utilizados tambm pelos prprios
produtores para alimentao do gado.
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Na pecuria destacamos, principalmente, a produo de leite utilizada
pela populao e comercializado em laticnios como produtos de forma in-natura.
Na atividade agrcola, alm da lavoura de subsistncia, sobressai o
cultivo de frutos.
Destaca-se na fruticultura, a produo de ameixa, pssego, pra e figo,
que so comercializados e industrializados no prprio municpio, na produo de polpa e
doces, e mercados de outros municpios e estados.
Indstria as indstrias de Virgnia apiam-se basicamente na
transformao de produtos agropecurios. So laticnios, estabelecimentos de produo de
polpas e fbricas de doces. Possui 7 confeces de roupas que empregam em torno de 350
pessoas.
Comrcio bastante diversificado, com destaque para bares e
mercearias.
O Municpio conta tambm com uma transportadora, um Sindicato de
Trabalhadores Rurais, servios bancrios (CEF), funcionrios pblicos municipais, estaduais
e federais, contribuindo para a economia do municpio.
Lazer e Turismo
Virgnia, por ser uma cidade do interior, oferece opes para quem
gosta de viver em contato com a natureza. Possui lugares de uma beleza incomparvel. Est
investindo, atualmente, no turismo, com construes de hotis-fazendas e pousadas.
BRASO DE VIRGNIA
O Braso do Municpio de Virgnia foi escolhido pela Cmara
Municipal em sesso ordinria realizada no dia 02 de Abril de 1990.
O seu autor se chama Francisco Jos Brito Pinto.
Desenhos e smbolos que representam:
Torre Defesa Todos os cidados virginenses so responsveis pela defesa de sua cidade, da ecologia, do patrimnio histrico-cultural, das tradies, dos bons costumes.
Serra Localizao geogrfica de Virgnia na Serra da Mantiqueira. No seu pico mais proeminente foi colocado o Santo Cruzeiro, smbolo da f crist de seu povo.
Mata Lembrando a tradio de que o nome de Virgnia vem da mata virgem aqui existente.
Flor-de-Lis Smbolo da pureza de Maria. Segundo alguns historiadores, Virgnia deve seu nome Virgem Maria, numa homenagem de seu fundador. Por isso este smbolo
teve um destaque maior.
Cabea de Vaca atividade econmica do municpio.
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Ramo de ameixa principal fruta produzida no municpio.
Ramo de Milho principal cereal produzido no municpio.
Faixa cores da Bandeira Mineira e do Virgnia Futebol Clube.
EMENDA DE REVISO DA LEI ORGNICA MUNICIPAL N 1/2006
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SUMRIO:
PREMBULO
TTULO I - Disposies Preliminares
TTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais
TTULO III Da Organizao Municipal
CAPTULO I Do Municpio
SEO I Disposies Gerais
SEO II Da Diviso Administrativa do Municpio
CAPTULO II Da Competncia do Municpio
SEO I Da Competncia Privativa
SEO II - Da Competncia Comum
SEO III Da Competncia Suplementar
CAPTULO III Das Vedaes
TTULO IV Da Organizao dos Poderes
CAPTULO I Do Poder Legislativo
SEO I Da Cmara Municipal
SEO II Do Funcionamento da Cmara
SEO III Das Atribuies da Cmara Municipal
SEO IV - Dos Vereadores
SEO V Do Processo Legislativo
SEO VI Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria
CAPTULO II - Do Poder Executivo
SEO I Do Prefeito e do Vice Prefeito
SEO II Das Atribuies do Prefeito
SEO III Da Perda e Extino do Mandato
SEO IV Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
SEO V Da Administrao Pblica
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SEO VI Dos Servidores Pblicos
SEO VII Da Segurana Pblica
TTULO V Da Organizao Administrativa Municipal
CAPTULO I Da Estrutura Administrativa
CAPTULO II Dos Atos Municipais
SEO I Da Publicidade dos Atos Municipais
SEO II Dos Livros
SEO III Dos Atos Administrativos
SEO IV Das Proibies
SEO V Das Certides
CAPTULO III Dos Bens Municipais
CAPTULO IV Das Obras e Servios Municipais
CAPTULO V Da Administrao Tributria e Financeira
SEO I Dos Tributos Municipais
SEO II Da Receita e da Despesa
SEO III Do Oramento
TTULO VI Da Ordem Econmica e Social
CAPTULO I Das Disposies Gerais
CAPTULO II Da Assistncia Social
CAPTULO III Do Saneamento Bsico
CAPTULO IV Da Sade
CAPTULO V Da Educao, da Cultura, do Desporto e do Lazer, do
Meio Ambiente e do Turismo
SEO I Da Educao
SEO II Da Cultura
SEO III Do Desporto e do Lazer
SEO IV Do Meio Ambiente
SEO V Do Turismo
CAPTULO VI - Da Famlia, da Criana, do Adolescente,
do Portador de Deficincia e do Idoso
CAPTULO VII Da Poltica Urbana
CAPTULO VIII - Da Poltica Rural
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TTULO V Das Disposies Finais e Transitrias
EMENDA DE REVISO LEI ORGNICA MUNICIPAL
DE VIRGNIA N. 1/2006
A Cmara Municipal de Virgnia, em conformidade com o art. 3 do
Ato das Disposies Transitrias da Constituio Estadual de Minas Gerais, promulga a
seguinte reviso parcial da Lei Orgnica Municipal, na forma de Emenda Revisional Lei
Orgnica n. 1/2006.
Art. 1 Fica a Lei Orgnica Municipal de Virgnia, promulgada em 14
de julho de 1.990, modificada com inseres e alteraes, na forma de reviso, na redao de
seu texto original, conforme a presente Emenda.
LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE VIRGNIA
PREMBULO
Ns, representantes do povo de Virgnia, cientes da relevncia da
funo que nos foi delegada pela Constituio Federal da Repblica de 1988 que a de
instituir, com base nos ideais democrticos, sob a proteo de DEUS, a ordem jurdica
autnoma destinada a completar a Carta Magna para a contemplao das solues mais
adequadas ao atendimento dos anseios e interesses dos muncipes, garantindo o exerccio dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade, enfim, direitos de uma plena cidadania numa sociedade digna, fraterna, pluralista
e sem preconceitos, fundada na justia social, promulgamos a seguinte reviso LEI
ORGNICA:
TTULO I
DISPOSIES PRELIMINARES
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Art. 1 O Municpio de Virgnia, Estado de Minas Gerais, criado pela
Lei Estadual n. 556, de 30 de Agosto de 1911, integra, com autonomia poltico-
administrativa, a Repblica Federativa do Brasil.
Pargrafo nico. O Municpio se organiza e se rege por esta Lei
Orgnica e demais Leis que adotar, observados os princpios constitucionais da Repblica e
do Estado.
Art. 2 Todo o poder do Municpio emana do povo, que o exerce
diretamente ou por meio de seus representantes eleitos, nos termos da Constituio da
Repblica, do Estado e do Municpio.
1 O exerccio direto do poder pelo povo no Municpio se d, na
forma da Lei Orgnica, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular no processo legislativo;
IV - participao em deciso da administrao pblica;
V - ao fiscalizadora sobre a administrao pblica.
2 O exerccio indireto do poder pelo povo no Municpio se d por
representantes eleitos pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para
todos, na forma da legislao federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos
termos desta Lei Orgnica.
Art. 3 mantido o atual territrio do Municpio, cujos limites s
podem ser alterados nos termos da Constituio do Estado, possuindo atualmente as seguintes
confrontaes:
I - ao sul: Delfim Moreira e Maria da F
II - a leste: Marmelpolis
III - a oeste: So Sebastio do Rio Verde e Dom Vioso
IV - ao norte: Itanhandu e Passa Quatro
Art. 4 So objetivos prioritrios do Municpio, nos limites de sua
competncia:
I - assegurar a permanncia da cidade enquanto espao vivel e de vocao histrica,
que possibilite o efetivo exerccio da cidadania;
II - preservar a sua identidade, adequando as exigncias do desenvolvimento
preservao de sua memria, tradio e peculiaridades;
III - proporcionar aos seus habitantes condies de vida compatveis com a dignidade da
pessoa humana, a justia social e o bem comum;
IV - criar condies para a segurana e a ordem pblica;
V - priorizar o atendimento das demandas sociais de educao, sade, transporte,
moradia, abastecimento, lazer e assistncia social;
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VI - promover condies necessrias para a fixao do homem no campo;
VII - promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminao.
TTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 5 O Municpio assegura, no seu territrio e nos limites de sua
competncia, os direitos e garantias fundamentais que as Constituies da Repblica e do
Estado conferem aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas.
1 Nenhuma pessoa ser discriminada, ou de qualquer forma
prejudicada, pelo fato de litigar com rgo ou entidade municipal, no mbito administrativo
ou judicial.
2 Incide na penalidade de destituio de mandato administrativo ou
de cargo ou funo de direo, em rgo ou entidade da administrao pblica, o agente
pblico que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do
requerimento do interessado, omisso que inviabiliza o exerccio de direito constitucional.
3 Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o
procedimento, observar-se-o, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o
contraditrio, a defesa ampla e o despacho ou a deciso motivados.
4 Todos tm o direito de requerer e obter informao sobre o
projeto do Poder Pblico, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindvel
segurana da sociedade e do Municpio, nos termos da lei, que fixar tambm o prazo em
que deva ser prestada a informao.
5 Independe de pagamento de taxa ou de emolumentos ou de
garantia de instncia o exerccio do direito de petio ou representao, bem como a obteno
de certido, no prazo mximo de trinta dias, para a defesa de direitos ou esclarecimentos de
interesse pessoal ou coletivo.
6 direito de qualquer cidado e entidade legalmente constituda
denunciar s autoridades competentes a prtica, por rgo ou entidade pblica ou por
empresas concessionrias ou permissionrias de servios pblicos, de atos lesivos aos direitos
dos usurios, cabendo ao Poder Pblico apurar sua veracidade ou no e aplicar as sanes
cabveis, sob pena de responsabilidade.
7 Ser punido, nos termos da lei, o agente pblico que, no exerccio
de suas atribuies e independentemente da funo que exera, violar direito constitucional do
cidado.
8 Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas em locais
abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade
competente que, no Municpio, o Prefeito ou aquele a quem delegar a atribuio.
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9 O Poder Pblico Municipal coibir todo e qualquer ato
discriminatrio em seus rgos e entidades, e estabelecer formas de punio, como cassao
de alvar, a clubes, bares e outros estabelecimentos que o pratiquem.
10 So direitos sociais: o direito educao, ao trabalho, cultura,
moradia, assistncia, a proteo maternidade, gestao, infncia, ao idoso e ao
deficiente, ao lazer, ao meio ambiente, sade e segurana, que significam uma existncia
digna.
11 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Municpio a
inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana, propriedade, nos
termos do Art. 5 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil.
12 Ao Municpio vedado:
I - estabelecer culto religioso ou igreja, subvencion-los, embaraar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relaes de dependncia
ou de aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;
II - recusar f a documento pblico;
III - criar distino entre brasileiros ou preferncia em relao s
demais unidades da Federao.
TTULO III
DA ORGANIZAO MUNICIPAL
CAPTULO I
DO MUNICPIO
SEO I
DISPOSIES GERAIS
Art. 6 O Municpio de Virgnia, pessoa jurdica de direito pblico
interno, no pleno uso de sua autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por
esta Lei Orgnica, votada e aprovada por sua Cmara Municipal, observado os princpios
constitucionais da Repblica e do Estado.
Art. 7 So poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre
si, o Legislativo e o Executivo.
Pargrafo nico. So smbolos do Municpio, a Bandeira, o Hino e o
Braso, representativos de sua cultura e histria.
Art. 8 Constituem bens do Municpio todas as coisas mveis e
imveis direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam.
Art. 9 sede do Municpio d-lhe o nome de Virgnia e tem a
categoria de cidade.
SEO II
DA DIVISO ADMINISTRATIVA DO MUNICPIO
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Art. 10. O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos, em
Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei aps consulta
plebiscitria populao diretamente interessada, observada a legislao estadual e o
atendimento aos requisitos estabelecidos no art. 11 desta Lei Orgnica.
1 A criao do Distrito poder efetuar-se mediante fuso de dois ou
mais Distritos, que sero suprimidos, sendo dispensada, nessa hiptese, a verificao dos
requisitos do art. 11 dessa Lei Orgnica.
2 A extino do Distrito somente se efetuar mediante consulta
plebiscitria populao da rea interessada.
3 O Distrito ter o nome da respectiva sede, cuja categoria ser a
de Vila.
Art. 11. So requisitos para a criao do Distrito:
I - populao, eleitorado e arrecadao no inferiores quinta parte
exigida para a criao de Municpio;
II - existncia, na povoao sede, de pelo menos, cinqenta moradias,
escola pblica, posto de sade e posto policial.
Pargrafo nico. A comprovao do atendimento s exigncias
enumeradas neste artigo far-se- mediante:
a) declarao, emitida pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, de estimativa de populao;
b) certido, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o nmero de eleitores;
c) certido, emitida pelo agente municipal de estatstica ou pela repartio fiscal do municpio, certificando o nmero de moradias;
d) certido do rgo fazendrio Estadual e do Municpio certificando a arrecadao na respectiva rea territorial;
e) certido emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educao, de Sade e de Segurana Pblica do Estado, certificando a existncia de escola pblica e dos postos de
sade e policial na povoao sede.
Art.12. Na fixao das divisas distritais sero observadas as seguintes normas:
I - evitar-se-o, tanto quanto possvel, formas assimtricas, estrangulamentos e
alongamentos exagerados;
II - dar-se- preferncia, para a delimitao, s linhas naturais, facilmente identificveis;
III - na inexistncia de linhas naturais, utilizar-se- linha reta, cujos extremos, pontos
naturais ou no, sejam facilmente identificveis e tenham condies de fixidez;
IV - vedada a interrupo de continuidade territorial do Municpio ou Distrito de
origem.
Pargrafo nico. As divisas distritais sero descritas trecho a trecho, salvo para evitar
duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.
Art.13. A alterao da diviso administrativa do municpio somente
pode ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleies municipais.
Art. 14. A instalao do Distrito ser de conformidade com a Lei
Municipal instituidora.
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CAPTULO II
DA COMPETCIA DO MUNICPIO
SEO I
DA COMPETNCIA PRIVATIVA
Art. 15. Ao Municpio compete prover a tudo quanto diga respeito a
seu peculiar interesse e ao bem estar de sua populao, cabendo-lhe, privativamente, dentre
outras, as seguintes atribuies:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislao federal e estadual, no que couber;
III - criar, organizar e suprimir Distritos observada a legislao estadual;
IV- manter com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de
educao pr-escolar e de ensino fundamental;
V - elaborar o oramento anual e plurianual de investimentos;
VI instituir, decretar e arrecadar os tributos de sua competncia e aplicar suas
receitas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes;
VII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos;
VIII - dispor sobre organizao, administrao e execuo dos servios locais;
IX - dispor sobre administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;
X - organizar o quadro e estabelecer o regime jurdico nico dos servidores pblicos;
XI - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesso ou permisso, os
servios pblicos locais;
XII - planejar o uso e a ocupao do solo em seu territrio, especialmente na zona
urbana;
XIII - estabelecer normas de edificao, de loteamento, de arruamento e de
zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao do
seu territrio, observada a lei federal;
XIV - conceder e renovar licena para localizao e funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servio e quaisquer outros;
XV - cassar a licena que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudicial
sade, a higiene, ao sossego, segurana ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade
ou determinando o fechamento do estabelecimento;
XVI - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios,
inclusive dos seus concessionrios;
XVII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao;
XVIII - regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos e de
uso comum;
XIX - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente o permetro
urbano, determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XX - fixar os locais de estacionamento de txis, quando houver, e demais veculos;
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XXI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os
servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter
essencial;
XXII - fixar e sinalizar as zonas de silncio e de trnsito e trfego em condies
especiais;
XXIII - disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima
permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais;
XXIV - tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria, quando houver;
XXV - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e
fiscalizar sua utilizao;
XXVI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do
lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;
XXVII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observada as normas
federais pertinentes;
XXVIII - dispor sobre servios funerrios e de cemitrios;
XXIX - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixao de cartazes e
anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos
locais sujeitos ao poder de polcia municipal;
XXX - prestar assistncias nas emergncias mdico-hospitalares de pronto-socorro, por
seus prprios servios ou mediante convnio com instituio especializada;
XXXI - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio ao seu
poder de polcia administrativa;
XXXII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condies sanitrias dos
gneros alimentcios;
XXXIII - dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrncia de transgresso da legislao municipal;
XXXIV - dispor sobre registro de vacinao e captura de animais, com a finalidade
precpua de erradicar as molstias de que possam ser portadores ou transmissores;
XXXV - estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos;
XXXVI - promover os seguintes servios:
a) mercados, feiras e matadouros; b) construo e conservao de estradas e caminhos municipais; XXXVII - regulamentar os servios de carros de aluguel, inclusive o uso de
taxmetros;
XXXVIII difundir a seguridade social, a educao, a cultura, o desporto, a cincia e
a tecnologia;
XXXIX proteger o meio ambiente;
XL - assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas
municipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes, estabelecendo os prazos de
atendimento.
1 As normas de arruamento e loteamento a que se refere o inciso XIII deste artigo
devero exigir reserva de reas destinadas a:
a) zonas verdes e demais logradouros pblicos;
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b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de esgoto e de guas pluviais nos fundos dos Vales;
c) passagem de canalizao pblicas de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnvel seja superior a um metro da frente
ao fundo;
2 A lei complementar de criao da guarda municipal estabelecer
a organizao e competncia dessa fora auxiliar na proteo dos bens, servios e instalaes
municipais.
SEO II
DA COMPETNCIA COMUM
Art. 16. da competncia administrativa comum do Municpio, da
Unio e do Estado, observada a lei complementar federal o exerccio das seguintes medidas:
I zelar pela guarda da Constituio das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;
II cuidar da sade e assistncia pblica da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;
III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;
IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;
V proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia; VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar; IX promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies
habitacionais e de saneamento bsico;
X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;
XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;
XII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito; XIII - fomentar as atividades econmicas e estimular, particularmente, o melhor
aproveitamento da terra.
SEO III
DA COMPETNCIA SUPLEMENTAR
Art. 17. Ao Municpio compete suplementar a legislao federal e a
estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.
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Pargrafo nico. A competncia prevista neste artigo, ser exercida
em relao s legislaes federal e estadual no que digam respeito ao peculiar interesse
municipal, visando a adapt-las a realidade local.
CAPTULO III
DAS VEDAES
Art. 18. Ao Municpio vedado:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relaes de dependncia ou
aliana, ressalvada na forma da lei a colaborao de interesse pblico;
II - recusar f aos documentos pblicos;
III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;
IV - subvencionar ou auxiliar de qualquer modo com recursos pertencentes aos cofres
pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servios de alto falante, ou qualquer outro meio
de comunicao, propaganda poltico-partidria ou fins estranhos administrao;
V - manter a publicidade de atos, propagandas, obras, servios e campanhas de rgos
pblicos que no tenham carter educativo ou de orientao social, assim como a publicidade
da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de
autoridades ou servidores pblicos;
VI - outorgar isenes ou anistias fiscais ou permitir a remisso de dvidas sem interesse
pblico justificado, sob pena de nulidade do ato;
VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;
VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que encontrem em situao
equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou funo por eles
exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;
IX - estabelecer diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza em razo
de sua procedncia ou destino;
X - cobrar tributos:
a) em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;
b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
XI - utilizar tributos com efeito de confisco;
XII - estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens por meio de tributos
ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico;
XIII - instituir imposto sobre:
a) patrimnio, renda ou servios da Unio, do Estado e de outros Municpios; b) templos de qualquer culto; c) patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;
d) livros, jornais, peridicos e o papel destinado a sua impresso;
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1 A vedao do inciso XIII a extensiva s autarquias e s
fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e
aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes;
2 A vedaes do inciso XIII a e do pargrafo anterior no se
aplicam ao patrimnio, renda e aos servios relacionados com as exploraes de atividades
econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados ou em que haja
contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio nem exonera o promitente
comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel.
3 As vedaes expressas no inciso XIII, alneas b e c,
compreendem somente o patrimnio, a renda e os servios relacionados com as finalidades
essenciais das entidades nelas mencionadas;
4 As vedaes expressas nos incisos VII e XIII sero
regulamentadas em lei complementar federal.
TTULO IV
DA ORGANIZAO DOS PODERES
CAPTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEO I
DA CMARA MUNICIPAL
Art. 19. O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara
Municipal.
Pargrafo nico. Cada legislatura ter a durao de quatro anos,
compreendendo cada ano uma sesso legislativa.
Art. 20. A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo
sistema proporcional, como representante do povo, com mandato de quatro anos.
1 So condies de elegibilidade para o mandato de Vereador, na
forma da lei federal:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exerccio dos diretos polticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;
V - a filiao partidria;
VI - a idade mnima de dezoito anos;
VII - ser alfabetizado.
2 O nmero de Vereadores da Cmara Municipal fica fixado em:
I at 47.619 habitantes em 09 (nove) Vereadores;
II de 47.620 at 95.238 habitantes em 10 (dez) Vereadores;
III 95.239 at 142.857 habitantes em 11 (onze) Vereadores;
IV de 142.858 at 190.476 habitantes em 12 (doze) Vereadores;
V de 190.477 at 238.095 habitantes em 13 ( treze)Vereadores.
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3 O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, includos os
subsdios dos Vereadores e excludos os gastos com inativos, no poder ultrapassar os
percentuais definidos pelo artigo 29-A da Constituio Federal, relativos aos somatrios da
receita tributria e das transferncias previstas no 5. do artigo 153 e nos artigos 158 e 159
do texto da Constituio Federal, efetivamente realizado no exerccio anterior.
4 A Cmara Municipal no gastar mais de 70% (setenta por cento)
de sua receita com a folha de pagamento, includo o gasto com o subsdio de seus vereadores,
no limite de 8% (oito por cento).
5 Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A da Constituio
Federal;
II - no enviar o repasse at o dia vinte de cada ms; ou
III - envi-lo a menor em relao proporo fixada na Lei Oramentria.
6. Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Cmara
Municipal o desrespeito ao 2. deste artigo.
Art. 21. No incio de cada legislatura, a Cmara, sob a presidncia do
Vereador mais idoso, reunir-se- em 01 de janeiro, em sesso solene, para dar posse aos
Vereadores aps compromisso, e eleger sua Mesa Diretora para mandato de dois anos.
1 A eleio da Mesa Diretora observar os procedimentos
constantes no Regimento Interno.
2 Os membros da Mesa Diretora no podero ser reconduzidos para
o mesmo cargo na eleio subseqente.
3 No ato de posse os Vereadores prestaro o seguinte
compromisso:
Prometo manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar a
Constituio Federal e Estadual, as leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o
bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade
e da legalidade
4 A eleio da Mesa Diretora se dar por chapa, que poder ou no
ser completa e inscrita at a hora da eleio por qualquer Vereador, nos temos do Regimento
Interno.
5 O Vereador que no tomar posse, dever faz-lo dentro do prazo
de (15) quinze dias do incio do funcionamento normal da Cmara, sob pena de perda do
mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara.
Art. 22. A Cmara Municipal, reunir-se- anualmente, na sede do
Municpio, de primeiro de janeiro a trinta de junho e de primeiro de agosto a quinze de
dezembro.
1 As reunies marcadas para estas datas sero transferidas para o
primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.
2 A Cmara se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou
solenes, conforme dispuser o seu Regimento Interno.
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3 A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se-:
I - pelo Prefeito, quando este a entender necessria;
II - pelo Presidente da Cmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-
Prefeito;
III - pelo Presidente da Cmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em
caso de urgncia ou de interesse pblico relevante;
IV - pela Comisso representativa da Cmara, conforme previsto no art. 41, V, desta Lei
Orgnica.
4 Na sesso legislativa extraordinria, a Cmara Municipal
somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada.
Art. 23. As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de
votos, presente a maioria de seus membros, salvo disposio em contrrio constante na
Constituio Federal e nesta Lei Orgnica.
Art. 24. A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem a
deliberao do projeto de lei de diretrizes oramentria e do projeto de lei do oramento do
Municpio.
Art. 25. As sesses da Cmara devero ser realizadas em recinto
destinado ao seu funcionamento, observado o disposto no art. 40, XI, desta Lei Orgnica.
1 Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara,
ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas em outro local designado
pelo Presidente da Cmara no ato de verificao da ocorrncia.
2 As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da
Cmara.
Art. 26. As sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, de
dois teros (2/3) dos Vereadores, adotada em razo de motivo relevante, quando secretas;
Art. 27. As sesses somente podero se abertas com a presena de, no
mnimo, de um tero (1/3) dos membros da Cmara.
Pargrafo nico. Considerar-se- presente sesso o Vereador que
assinar o livro de presena at o incio da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenrio
e das votaes.
SEO II
DO FUNCIONAMENTO DA CMARA
Art. 28. A Cmara reunir-se-, em sesso ordinria,
independentemente de convocao, nos dias teis de cada ms, fixados em Resoluo.
1 A eleio da mesa se dar por chapa, que poder ou no ser
completa e inscrita at a hora da eleio por qualquer dos Vereadores.
2 Inexistindo nmero legal, o Vereador mais idoso dentre os
presentes permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.
3 A eleio da Mesa, para o segundo binio, far-se- na ltima
sesso ordinria do ms de dezembro do segundo ano de cada legislatura, considerando-se
automaticamente empossados os eleitos.
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4 No ato da posse e ao trmino do mandato os Vereadores devero
fazer declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, constando das respectivas
atas o seu resumo.
Art. 29. A Mesa da Cmara ser composta do Presidente, Vice-
Presidente e Secretrio, os quais se substituiro nessa ordem.
1 Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a
representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.
2 Na ausncia dos membros da Mesa o Vereador mais idoso
assumir a Presidncia.
3 Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma,
pelo voto de dois teros (2/3) dos membros da Cmara, assegurada ampla defesa, quando
faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, sendo
substitudo pelo suplente para a complementao do mandato.
4 Na falta do suplente far-se- eleio.
Art. 30. A Cmara ter comisses permanentes e especiais.
1 s comisses permanentes em razo da matria de sua
competncia, cabe:
I - discutir e votar o projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a
competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de uma maioria simples dos membros da
Casa;
II - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, para prestar
informaes sobre assuntos inerentes a suas atribuies;
IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra
atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;
VI - exercer no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da
Administrao Indireta;
2 As comisses especiais, criadas por deliberao do Plenrio,
sero destinadas ao estudo de assuntos especficos e representao da Cmara em
congressos, solenidades ou outros atos pblicos;
3 Na formao das comisses, assegurar-se- tanto quanto
possvel, a representao proporcional dos Partidos ou dos blocos parlamentares que
participem da Cmara.
4 As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de
investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento
Interno da Casa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de um tero
dos seus membros, para a apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 31. A Maioria, a Minoria, as Representaes Partidrias com
nmero de membros superior a 1/10 (um dcimo) da composio da Casa, e os blocos
parlamentares tero Lder e Vice-Lder.
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1 A indicao dos Lderes ser feita em documento subscrito pelos
membros das representaes majoritrias, minoritrias, blocos parlamentares ou Partidos
Polticos Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem instalao do primeiro perodo
legislativo anual.
2 Os Lderes indicaro os respectivos Vice-Lderes, dando
conhecimento Mesa da Cmara dessa designao.
Art. 32. Alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno,
os Lderes indicaro os representantes partidrios nas Comisses da Cmara.
Pargrafo nico. Ausente ou impedido o Lder, suas atribuies sero
exercidas pelo Vice-Lder.
Art. 33. Cmara Municipal, observado o disposto nesta Lei
Orgnica, compete elaborar o seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organizao, polcia
e provimento de cargos de seus servios e, especialmente, sobre:
I - sua instalao e funcionamento;
II - posse de seus membros;
III - eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies;
IV - nmero de reunies mensais;
V - comisses;
VI - sesses;
VII - deliberaes;
VIII - todo e qualquer assunto de sua administrao interna.
Art. 34. Por deliberao da maioria simples de seus membros, a
Cmara poder convocar Secretrio Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente,
prestar informaes a cerca de assuntos previamente estabelecidos.
Pargrafo nico. A falta de comparecimento do Secretrio Municipal
ou Diretor equivalente, sem justificativa razovel, ser considerado desacato Cmara, e , se
o Secretrio ou Diretor for Vereador licenciado, o no comparecimento nas condies
mencionadas caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, para
instaurao do respectivo processo, na forma da Lei Federal, e conseqente cassao do
mandato.
Art. 35. O Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, a seu pedido,
poder comparecer perante o Plenrio ou qualquer comisso da Cmara para expor assunto e
discutir projeto de lei ou qualquer ato normativo relacionado com o seu servio
administrativo.
Art. 36. A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de
informao aos Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, importando em processo
disciplinar, a ser instaurado pela autoridade hierarquicamente superior pela recusa ou o no
atendimento no prazo de quinze dias, bem como a prestao de informao falsa.
Art. 37. Mesa, dentre outras atribuies, compete:
I - tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos;
II - propor projetos que criem ou extingam cargos no servio da Cmara e fixem os
respectivos vencimentos;
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III - apresentar projetos de lei dispondo sobre aberturas de crditos suplementares ou
especiais, atravs do aproveitamento do total ou parcial das consignaes oramentrias da
Cmara;
IV - promulgar a Lei Orgnica e suas emendas;
V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;
VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade
temporria de excepcional interesse pblico.
Art. 38. Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara:
I - representar a Cmara em juzo e fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resolues e decretos legislativos;
V - promulgar as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio,
desde que no aceita esta deciso, em tempo hbil, pelo Prefeito.
VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resolues, decretos legislativos e as leis que vier
promulgar;
VII - autorizar as despesas da Cmara;
VIII - representar por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato
municipal;
IX - solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno no Municpio
nos casos admitidos pela Constituio Federal e pela Constituio Estadual;
X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse
fim;
XI - encaminhar, para parecer prvio, a prestao de contas da Mesa Diretora ao
Tribunal de Contas do Estado, ou rgo a que for atribuda tal competncia.
SEO III
DAS ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL
Art. 39. Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito,
dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio e, especialmente:
I - instituir e arrecadar tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas;
II - autorizar isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas;
III - votar a lei de diretrizes oramentrias, o oramento anual e o plurianual, bem como
autorizar abertura de crditos suplementares e especiais;
IV - deliberar sobre obteno e concesso de emprstimos e operaes de crditos, bem
como a forma e os meios de pagamento;
V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes;
VI - autorizar a concesso de servios pblicos;
VII - autorizar a concesso do direito real de uso de bens municipais;
VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens municipais;
IX - autorizar a alienao de bens imveis;
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X - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem
encargo;
XI criao, transformao e extino de cargo, emprego e funes pblicas na
Administrao direta, autrquica, fundacional e fixao de remunerao, observados os
parmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias;
XII - criar, estruturar e conferir atribuies a Secretrios ou Diretores equivalentes e
rgos da administrao pblica;
XIII - delimitar o permetro urbano;
XIV - autorizar a alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos;
XV - estabelecer normas urbansticas, particularmente as relativas a zoneamento e
loteamento;
XVI plano diretor, observando-se a legislao aplicvel;
XVII plano plurianual e oramentos anuais;
XVIII diretrizes oramentrias;
XIX dvida pblica, abertura e operaes de crdito;
XX fixao e modificao dos efetivos da Guarda Municipal, se criada por lei;
XXI fixao do quadro de empregos das empresas pblicas, sociedade de economia
mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Municpio.
XXII organizao da Defensoria do Povo, da Procuradoria do Municpio, da Guarda
Municipal e dos demais rgos e entidades da Administrao Pblica, nos termos da Lei;
XXIII diviso distrital da Administrao Pblica;
XXIV bens do domnio pblico;
XXV matria decorrente da competncia comum prevista no art. 23 da Constituio
Federal.
Art. 40. Compete privativamente Cmara Municipal exercer as
seguintes atribuies, dentre outras:
I - eleger sua Mesa e constituir as comisses;
II - elaborar o Regimento Interno;
III - organizar os servios administrativos internos e prover os cargos respectivos;
IV - dispor sobre a criao ou extino de cargos dos servios administrativos internos e
a fixao dos respectivos vencimentos;
V - conceder licena ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores;
VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio, por mais de vinte dias, por
necessidade do servio;
VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de
Contas do Estado, no prazo mximo de noventa (90) dias de seu recebimento, observados os
seguintes preceitos:
a) o parecer do Tribunal somente deixar de prevalecer por deciso de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara;
b) decorrido o prazo de cento e vinte (120) dias, sem deliberao pela Cmara, as contas sero includas na Ordem do Dia, sobrestando as demais matrias a serem deliberadas
at a concluso final;
c) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente, remetidas ao Ministrio Pblico para os fins de direito;
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VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na
Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na Legislao Federal aplicvel;
IX - autorizar a realizao de emprstimos, operao ou acordo externo de qualquer
natureza, de interesse do municpio;
X - proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando no
apresentadas Cmara, dentro de noventa (90) dias aps a abertura da sesso legislativa;
XI - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies;
XII - convidar o Prefeito e convocar o Secretrio do municpio ou Diretor equivalente
para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento;
XIII - deliberar sobre o adiantamento e a suspenso de suas reunies;
XIV - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e prazo certo,
mediante requerimento de um tero (1/3) de seus membros;
XV - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagens a pessoas que
reconhecidamente tenham prestado relevantes servios ao municpio ou nele se destacado pela
atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta pelo voto de dois teros
(2/3) de membros da Cmara;
XVI - solicitar a interveno do Estado no municpio;
XVII processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os vereadores nos casos previstos
em lei;
XVII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da Administrao
Indireta;
XIX fixar em parcela nica, observado o que dispem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III
e 153, 2, I da Constituio Federal, o subsdio dos Vereadores, em cada legislatura para a
subseqente, sobre a qual incidir imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza;
XX fixar em parcela nica, observado o que dispem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III e
153, 2, I da Constituio Federal, em cada legislatura para a subseqente, o subsdio do
Prefeito, do Vice-Prefeito e Secretrios municipais ou Diretores equivalentes, sobre a qual
incidir o imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza;
XXI - eleger, pelo voto de dois teros de seus membros, aps arguio pblica, o
Defensor do Povo;
XXII - suspender, no todo ou em parte, a execuo de qualquer ato normativo
municipal, que haja sido, por deciso definitiva do Poder Judicirio, declarado infringente das
Constituies ou da Lei Orgnica;
XXIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar;
XXIV - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao
indireta;
XXV - dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia do Estado em
operaes de crdito;
XXVI - autorizar a realizao de emprstimos, operaes ou acordo externo, de
qualquer natureza, de interesse do Municpio, regulando as suas condies e respectiva
aplicao, observada a legislao federal;
XXVII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio
normativa do Poder Executivo;
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XXVIII - aprovar, previamente a alienao ou a concesso de bem imvel pblico;
XIX mudar, temporariamente, ou definitivamente a sua sede.
1 No caso previsto no inciso VIII, a condenao, que somente ser
proferida por dois teros dos votos da Cmara, se limitar perda do cargo, com inabilitao,
por oito anos, para o exerccio de funo pblica, sem prejuzo das demais sanes judiciais
cabveis.
2 A representao judicial da Cmara ser exercida por seu
Presidente.
Art. 41. Ao trmino de cada sesso legislativa a Cmara eleger
dentre seus membros, em escrutnio pblico, caso necessrio, uma Comisso representativa,
cuja composio reproduzir, tanto quanto possvel, a proporcionalidade da representao
partidria ou dos parlamentares na Casa que funcionar nos interregnos das sesses
legislativas ordinrias, com as seguintes atribuies:
I - reunir-se ordinariamente, quando necessrio, uma vez por semana e
extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente;
II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
III - zelar pela observncia da Lei Orgnica e dos direitos e garantias individuais;
IV - autorizar o Prefeito a se ausentar do municpio por mais de vinte (20) dias;
V - convocar extraordinariamente a Cmara em caso de urgncia ou interesse pblico
relevante.
Pargrafo nico. A Comisso Representativa dever apresentar
relatrio dos trabalhos por ela realizados, quando do reincio do perodo de funcionamento
ordinrio da Cmara.
SEO IV
DOS VEREADORES
Art. 42. Os Vereadores so inviolveis no exerccio do mandato, e na
circunscrio do municpio, por suas opinies, palavras e votos.
Art. 43. vedado ao Vereador:
I - desde a expedio do diploma:
a) firmar ou manter contrato com o municpio, com suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista ou suas empresas concessionrias de
servio pblico, salvo quando o contrato obedecer s clusulas uniformes
b) aceitar cargo, emprego ou funo, no mbito da administrao pblica direta ou indireta municipal, salvo mediante aprovao em concurso pblico e observado o disposto
no art. 88, I, IV e V desta Lei Orgnica.
II - desde a posse:
a) ocupar cargo, funo ou emprego, na Administrao pblica direta ou indireta do municpio, de que seja exonervel ad nutum, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou
Diretor equivalente, desde que se licencie do exerccio do mandato;
b) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo;
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c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico do municpio, ou nela exercer
funo remunerada;
d) patrocinar causa junto ao municpio em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alnea a do inciso I.
Art. 44. Perder o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no art. Anterior;
II que proceder de modo incompatvel com a dignidade da Cmara ou faltar com o
decoro na sua conduta pblica e particular;
III - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbidade
administrativa;
IV - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, tera parte das
sesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada, licena ou misso autorizada pela
edilidade;
V - que fixar residncia fora do municpio;
VI - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;
1 Alm de outros casos definidos no Regimento Interno da Cmara
Municipal, considerar-se- incompatvel com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas
asseguradas ao Vereador ou a percepo de vantagens ilcitas ou imorais.
2 Nos casos do inciso I e II a perda do mandato ser declarada pela
Cmara por escrutnio pblico mediante maioria absoluta, por provocao da Mesa ou de
Partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.
3 Nos casos previstos no inciso III e VI, a perda ser declarada pela
Mesa da Cmara, atravs de ofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros ou
de Partido Poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa.
Art. 45 O Vereador poder licenciar-se:
I - por motivo de doena;
II - para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que o afastamento no
ultrapasse cento e vinte (120) dias por sesso legislativa;
III - para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou de interesse do
municpio.
1 No perder o mandato considerando-se automaticamente
licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente,
conforme previsto no art. 43, inciso II, alnea a desta Lei Orgnica.
2 A Cmara pagar ao Vereador licenciado, nas hipteses do inciso
I, at o 15 (dcimo quinto) dia, o valor do subsdio correspondente a esse perodo, sendo os
demais por conta do regime previdencirio prprio e, nos casos do inciso III, determinar o
pagamento de diria com apresentao dos comprovantes de despesas.
3 O auxlio de que se trata o pargrafo anterior poder ser fixado
no curso de Legislatura.
4 A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a
trinta (30) dias e o Vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino
da licena.
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5 Independentemente do requerimento, considerar-se- como
licena o no comparecimento s reunies de Vereador privado, temporariamente, de sua
liberdade, em virtude de processo criminal em curso.
6 Na hiptese do 1, o Vereador poder optar pela remunerao
do mandato.
Art.46. Dar-se- convocao do Suplente de Vereador nos casos de
vaga ou de licena.
1 O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze
(15) dias, contados da data da convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se
prorrogar o prazo.
2 Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for
preenchida, calcular-se- quorum em funo dos vereadores remanescentes.
SEO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 47. O processo legislativo municipal compreende a elaborao
de:
I - emendas Lei Orgnica Municipal;
II - leis complementares;
III - leis ordinrias;
IV - leis delegadas;
V - resolues; e
VI - decretos legislativos.
Pargrafo nico. So ainda objeto de deliberao da Cmara, na
forma do Regimento Interno:
I autorizao;
II indicao;
III requerimento;
IV moo.
Art. 48. A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante
proposta:
I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal.
1 A proposta ser votada em dois turnos com interstcio mnimo de
dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal.
2 A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa
da Cmara com o respectivo nmero de ordem.
3 A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado
de stio ou de interveno do municpio.
Art. 49. A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e
ao eleitorado que a exercer sob a forma de moo articulada, subscrita, no mnimo, por cinco
por cento do total de nmero de eleitores do Municpio.
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Art. 50. A leis complementares somente sero aprovadas, se
obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os
demais termos de votao das leis ordinrias.
Pargrafo nico. Sero leis complementares, dentre outras previstas
nesta Lei Orgnica:
I - Cdigo Tributrio do Municpio;
II - Cdigo de Obras;
III - Cdigo de Postura;
IV - lei instituidora do regime jurdico nico dos servidores municipais;
V - lei orgnica instituidora da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;
VI - lei de criao de cargos, funes ou empregos pblicos;
VII plano diretor;
XI estatuto dos servidores pblicos;
X lei de parcelamento, ocupao e uso do solo;
XI lei de organizao administrativa.
Art. 51. So de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham
sobre:
I - criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos na
Administrao direta ou autrquica ou aumento de sua remunerao;
II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadorias;
III - criao, estruturao e atribuies das Secretarias ou Departamentos equivalentes e
rgos da Administrao Pblica;
IV - a organizao da Guarda Municipal e dos demais rgos da administrao pblica;
V - o plano plurianual;
VI - as diretrizes oramentrias;
VII - os oramentos anuais;
VIII - a matria tributria que implique em reduo da receita pblica.
Pargrafo nico. No ser admitido aumento da despesa
prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto na
Constituio Federal.
Art. 52. da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a
iniciativa das leis que disponham sobre:
I - autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs do
aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara;
II - o regulamento geral, que dispor sobre a organizao da Secretaria da Cmara, seu
funcionamento, sua polcia, criao, transformao ou extino de cargo, emprego ou funo,
regime jurdico de seus servidores e fixao da respectiva remunerao, observados os
parmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias e o disposto nos Arts. 87, X e XI
e Art. 89, 1.
III - a autorizao para o Prefeito ausentar-se do Municpio:
IV - a mudana temporria da sede da Cmara.
Pargrafo nico. Nos projetos da competncia exclusiva da Mesa
Diretora da Cmara no sero admitidas emendas que aumentem a despesa prevista,
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ressalvado o disposto na parte final do inciso II deste artigo, assinada pela maioria absoluta
dos membros da Cmara de Vereadores, desde que dentro dos parmetros legais.
Art. 53. O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de
projetos de sua iniciativa.
1 Solicitada a urgncia, a Cmara dever se manifestar em at
noventa (90) dias sobre a proposio, contados da data que for feita a solicitao.
2 Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao
pela Cmara, ser a proposio includa na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais
proposies, para que se ultime a votao.
3 O prazo do 1 no corre no perodo de recesso da Cmara nem
se aplica aos projetos de lei complementar.
Art. 54. Aprovado o projeto de lei ser este enviado ao Prefeito, que
aquiescendo, o sancionar.
1 O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de
quinze (15) dias teis, contados da data de recebimento s podendo ser rejeitado pelo voto da
maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio pblico.
2 O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de
pargrafo, de inciso ou de alnea.
3 Decorrido o prazo do 1, o silncio do Prefeito importara
sano.
4 A apreciao do veto pelo Plenrio da Cmara ser, dentro de
trinta (30) dias a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer ou
sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em
escrutnio pblico.
5 rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito para a
promulgao.
6 Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto
ser colocado na Ordem do Dia da Sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at a
sua votao final, ressalvadas as matrias de que trata o art. 53 desta Lei Orgnica.
7 A no promulgao da lei no prazo de quarenta e oito (48) horas
pelo Prefeito, criar para o Presidente da Cmara a obrigao de faz-lo em igual prazo.
8 A no promulgao a que se refere o pargrafo anterior, implicar
na destituio automtica na funo de Presidente da Cmara Municipal.
Art. 55. As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever
solicitar a delegao Cmara Municipal, aprovada pela maioria absoluta de seus membros.
1 Os atos da competncia privativa da Cmara, a matria reservada
lei complementar, a lei de diretrizes oramentrias e o plano plurianual e o oramento no
sero objetos de delegao.
2 A delegao ao Prefeito ser efetuada sob a forma de decreto
legislativo, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio.
3 O decreto legislativo poder determinar a apreciao do projeto
pela Cmara que a far em votao nica, vedada a apresentao de emenda.
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Art. 56. Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse
interno da Cmara e os projetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua
competncia privativa.
Pargrafo nico. Nos casos de projeto de resoluo e de projeto de
decreto legislativo, considerar-se- encerrada com a votao final a elaborao da norma
jurdica que ser promulgada pelo Presidente da Cmara.
Art. 57. A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder
constituir objeto de novo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros da Cmara.
SEO VI
DA FISCALIZAO CONTBIL, FINANCEIRA E ORAMENTRIA
Art. 58. A fiscalizao contbil, financeira e oramentria do
municpio ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno do Executivo, institudos em Lei.
1 O controle externo da Cmara ser exercido com o auxlio do
Tribunal de Contas do Estado ou rgo estadual a que for atribuda esta incumbncia, e
compreender a apreciao das contas do Prefeito e da Mesa da Cmara, o acompanhamento
das atividades financeiras e oramentrias do municpio, desempenho das funes de
auditoria financeira e oramentria, bem como o julgamento das contas dos administradores e
demais responsveis por bens e valores pblicos.
2 As contas do Prefeito, prestadas anualmente, sero julgadas pela
Cmara Municipal, dentro de noventa (90) dias, aps o recebimento do parecer prvio do
Tribunal de Contas; esgotado este prazo sem deliberao pela Cmara, as contas sero
includas na Ordem do Dia, sobrestando as demais matrias a serem deliberadas at a
concluso final.
3 Somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara
Municipal, deixar de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou
rgo estadual incumbido dessa misso.
4 As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela
Unio e Estado sero prestadas na forma da legislao federal e estadual em vigor, podendo o
municpio suplementar esta conta, sem prejuzo de incluso na prestao anual de contas.
Art. 59. Os Poderes Legislativo e Executivo e as Entidades da
Administrao indireta mantero sistema de controle interno de forma integrada, com a
finalidade de de:
I - criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle externo e
regularidade realizao da receita e despesa;
II - acompanhar as execues de programas de trabalho e do oramento;
III - avaliar os resultados alcanados pelos administradores;
IV - verificar a execuo dos contratos;
V - avaliar o cumprimento das metas prevista nos respectivos planos plurianuais e a
execuo dos programas de governo e oramento;
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VI - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia da
gesto oramentria, financeira e patrimonial dos rgos da administrao direta e das
entidades da administrao indireta, e da aplicao de recursos pblicos por entidades de
direito privado;
VII - exercer o controle de operaes de crdito, avais e garantias, e seus direitos e
haveres;
VIII - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.
Pargrafo nico. Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia ao Tribunal de
Contas e ao Defensor do Povo, sob pena de responsabilidade solidria.
Art. 60. As contas do municpio ficaro, durante sessenta dias,
anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
CAPTULO II
DO PODER EXECUTIVO
SEO I
DO PREFEITO E VICE-PREFEITO
Art. 61. O Poder Executivo municipal exercido pelo Prefeito,
auxiliado pelos secretrios municipais ou Diretores equivalentes.
Pargrafo nico. Aplica-se a elegibilidade para Prefeito e Vice-
Prefeito o disposto no 1 do art. 20 desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e um anos.
Art. 62. A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-
simultaneamente, nos termos estabelecidos no art. 29, incisos I e II da Constituio Federal.
1 A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele
registrado.
2 Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por
partido poltico, obtiver a maioria absoluta de votos, no computados os em brancos e os
nulos.
3 Na hiptese de haver empate entre os dois candidatos mais
votados, qualificar-se- o mais idoso.
Art. 63. O Prefeito e o Vice-Prefeito em sesso solene da Cmara
Municipal tomaro posse no dia primeiro de janeiro do ano subseqente eleio, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar a Constituio Federal e
Estadual, as leis da Unio, do Estado e do Municpio, promover o bem geral dos muncipes e
exercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade e da legalidade.
Pargrafo nico. Decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
Prefeito ou o Vice-Prefeito, que salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este
ser declarado vago.
Art. 64. Substituir o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-
, no de vaga, o Vice-Prefeito.
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1 O Vice-Prefeito no poder se recusar a substituir o Prefeito, sob
pena de extino do mandato.
2 O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem
conferidas por lei, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses
especiais.
Art. 65. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou
vacncia do cargo, assumir a Administrao Municipal o Presidente da Cmara.
Pargrafo nico. O Presidente da Cmara recusando-se, por qualquer
motivo, a assumir o cargo do Prefeito, renunciar, incontinente, sua funo de dirigente do
Legislativo, ensejando, assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidente da
Cmara, a chefia do Poder Executivo.
Art. 66. Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo o
Vice-Prefeito, observar-se- o seguinte:
I - ocorrendo a vacncia nos trs primeiros anos do mandato dar-se- eleio noventa
dias aps a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o perodo dos seus antecessores;
II - ocorrendo a vacncia no ltimo ano do mandato, assumir o Presidente da Cmara
que completar o perodo.
Art. 67. O mandato do Prefeito de quatro anos, podendo ser reeleito
para um nico perodo subseqente, e ter incio em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da
sua eleio.
Art. 68. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo,
no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do municpio por perodo
superior a vinte dias, sob pena de perda do cargo ou de mandato.
Pargrafo nico. O Prefeito regularmente licenciado ter direito a
perceber subsdio quando:
I - impossibilidade de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada;
II - em gozo de frias;
III - a servio ou em misso de representao do municpio.
1 O Prefeito gozar frias anuais de trinta (30) dias, sem
prejuzo do subsdio, ficando a seu critrio a poca para usufruir o descanso, vedada a
indenizao em espcie caso no gozada.
2 O subsdio do Prefeito ser fixado na forma do inciso XX do art.
40 desta Lei Orgnica.
Art. 69. Na ocasio da posse e ao trmino do mandato, o Prefeito far
declarao de seus bens, a qual ficar arquivada na Cmara, contando das respectivas atas o
seu resumo.
Pargrafo nico. O Vice-Prefeito far declarao de bens no
momento que assumir, pela primeira vez, o exerccio do cargo.
SEO II
DAS ATRIBUIES DO PREFEITO
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Art. 70. Ao Prefeito como chefe da administrao, compete dar
cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do
municpio, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de
utilidade pblica, sem exceder as verbas oramentrias.
Art. 71. Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:
I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica;
II - representar o municpio em juzo e fora dele;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir os
regulamentos para sua fiel execuo;
IV - vetar no todo ou parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;
V - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica,
ou por interesse social;
VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros, mediante prvia
aprovao pela Cmara;
VIII - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicos, por terceiros;
IX - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional
dos servidores;
X - enviar Cmara os projetos de lei relativos lei de diretrizes oramentrias, ao
oramento anual e ao plano plurianual do municpio e da suas autarquias;
XI - encaminhar Cmara Municipal os balancetes mensais de receita e despesa no
prazo mximo de at (30) trinta dias aps o encerramento do ms findo, e at trinta de maro,
a prestao de contas;
XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de
contas exigidas em lei;
XIII - fazer publicar os atos oficiais;
XIV - prestar Cmara, dentro de quinze (15) dias, as informaes pela mesma
solicitada, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade
da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes dos dados pleiteados;
XV - prover os servios e obras da administrao pblica;
XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da
receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou
dos crditos votados pela Cmara;
XVII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como rev-las quando impostas
regularmente;
XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe forem
dirigidas;
XIX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros
pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;
XX - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao o
exigir;
XXI - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e zoneamento
urbano ou para fins urbanos;
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XXII - apresentar, anualmente, Cmara, relatrio circunstanciado sobre o estado das
obras e dos servios municipais, bem assim o programa da administrao para o ano seguinte;
XXIII - organizar os servios internos das reparties criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal destinadas;
XXIV - contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prvia
autorizao da Cmara;
XXV - providenciar sobre a administrao dos bens do municpio e sua alienao, na
forma da lei;
XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras do
municpio;
XXVII - desenvolver o sistema virio do municpio;
XXVIII - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbas
oramentrias e do plano de distribuio, que so aprovados pela Cmara anualmente;
XXIX - providenciar sobre o incremento do ensino;
XXX - estabelecer a diviso administrativa do municpio, de acordo com a lei;
XXXI - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado para garantia do
cumprimento de seus atos;
XXXII - solicitar, obrigatoriamente autorizao Cmara para ausentar-se do municpio
por tempo superior a vinte (20) dias;
XXXIII - adotar providncias para conservao e salvaguarda do patrimnio municipal;
XXXIV - publicar, at trinta (30) dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio
resumido da execuo oramentria.
Art. 72. O Prefeito poder delegar, por decreto, a seus auxiliares, a
funo administrativa prevista no incisos XV do artigo 71 desta Lei Orgnica.
SEO III
DA PERDA E EXTINO DO MANDATO
Art. 73. vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo
Administrativa Pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e
observado o disposto no artigo 88, I, IV e V desta Lei Orgnica.
1 igualmente vedada ao Prefeito e Vice-Prefeito desempenhar
funo de administrao em qualquer empresa privada.
2 A infringncia ao disposto neste artigo em seu 1 importar em
perda do mandato.
Art. 74. As incompatibilidades declaradas no art. 43, incisos e alneas
desta Lei Orgnica, estende-se no que forem aplicveis, ao Prefeito e aos Secretrios
Municipais ou Diretores equivalentes.
Art. 75. So crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em
lei federal.
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Pargrafo nico. O Prefeito ser julgado, pela prtica de crime de
responsabilidade, perante o Tribunal de Justia do Estado.
Art. 76. So infraes poltico-administrativas do Prefeito as previstas
em lei federal.
Pargrafo nico. O Prefeito ser julgado, pela prtica de infraes
poltico-administrativas, perante a Cmara.
Art. 77. Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de
Prefeito quando:
I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime funcional ou eleitoral;
II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro do prazo de dez
(10) dias;
III - infringir as normas do art. 43 desta Lei Orgnica;
IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos.
SEO IV
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
Art. 78. So auxiliares diretos do Prefeito:
I - Os Secretrios Municipais;
II - Os Subprefeitos, quando couber.
Pargrafo nico. Os cargos so de livre nomeao e exonerao do Prefeito.
Art. 79. A lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares
diretos do prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades.
Art. 80. So condies essenciais para a investidura no cargo de
Secretrio Municipal:
I - ser brasileiro;
II - estar no exerccio dos direitos polticos;
III - ser maior de vinte e um anos.
Art. 81. Alm das atribuies fixadas em lei, compete ao Secretrio
Municipal:
I exercer orientao, coordenao e superviso de suas secretarias;
II - expedir instrues para boa execuo das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por suas reparties;
IV - comparecer Cmara Municipal, nos casos e para os fins indicados nesta Lei
Orgnica;
V praticar atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas pelo prefeito.
1 Os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios
autnomos ou autrquicos esto referendados pelos Secretrios Municipais da Administrao.
2 A infringncia ao inciso IV deste artigo, sem justificao,
importar em infrao disciplinar, estabelecido no Estatuto do Servidor Pblico Municipal.
3 A omisso e a negligncia da Autoridade em
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