Qualidade da Educação Superior e Internacionalização: estado de conhecimento sobre indicadores
Marília Costa MOROSINI*
Introdução
Alguém ligado à Educação Superior, que por qualquer razão, real ou imaginária,
acordasse, após 20 anos, e fosse a sua instituição, sentir-se-ia deslocado, não saberia
exercer a sua função da mesma forma que, sentir-se-ia em dúvida sobre a formação
discente que hoje se postula, no ambiente acadêmico em que se desenvolve.
A graduação era a conclusão ambicionada da formação de recursos humanos.
Enfim, diploma a ser enquadrado e afixado em parede de destaque, no local do exercício
profissional. Não havia a necessidade de ficar a vida inteira ligado a instituições
universitárias. O professor era a pessoa que detinha o conhecimento e a vivência de sua
área; A aula era presencial e expositiva, utilizando somente o quadro negro; Uma
minoria de mestres utilizava autores internacionais; Os relatos eram baseados em livros
sem pesquisa; O discente, a maioria, pertencia à classe dominante, e havia a presença de
alguns poucos alunos estrangeiros, da América Latina.
Não se imaginava cursar a graduação fora do Brasil: não havia um valor
econômico social agregado. Além do mais, as qualificadas instituições de educação
superior (IES) estrangeiras eram caras, ministravam os cursos em inglês e as públicas
estrangeiras ofertavam pouquíssimas vagas gratuitas para latinos. E, para aqueles alunos
que tinham posses e cursavam a graduação no exterior havia a necessidade, de validação
do título ou diploma superior obtido para o conseqüente exercício da profissão. Tal
reconhecimento era difícil e demorado de obter.
* Professora FACED/PUCRS. Bolsista Produtividade 1 CNPq. Coord.a do CEES/PUCRS. Centro de Estudos em Educação Superior e da Rede UNIVERSITAS/RIES (http://www.pucrs.br/faced/pos/universitas), Núcleo de Excelência em C, T & I CNPq/FAPERGS, Coord.a do Observatório de Educação CAPES/INEP e Coordenadora brasileira do Programa Conjunto de Pesquisa CAPES/Universidade do Texas. Pós-doutora junto ao LLILAS – Institute of Latin American Studies, da Universidade do Texas - Austin. [email protected]. Rua Dona Leonor 400/301. CEP 90 420 180, Porto Alegre, Brasil.
No caso da pós-graduação (PG) no exterior era predominantemente realizada por
graduados que ambicionavam a carreira acadêmica. A expansão da capacitação ocorrida
na década de 70 se minimizou na década de 90 e início do século atual, quando o
sistema nacional de pós adquiriu capacidade de formar sua massa crítica.
Hoje, a internacionalização da instituição é fator de qualificação da
universidade, seja na captação de alunos, seja na produção científica. As redes
internacionais são valorizadas (ALTBACH, 2012) e os programas de capacitação no
exterior são priorizados. Cite-se no caso brasileiro, o programa Ciências sem fronteiras
(BRASIL, 2012) lançado em meados de 2011 e que tem como objetivo alocar, até 2015,
100.000 bolsas na área das engenharias e da saúde, na graduação e /ou pós-graduação,
2/3 financiadas pelo governo federal e 1/3 pela iniciativa privada, em boas
universidades estrangeiras1. Enfim, em médio prazo, é a consolidação da universidade
de excelência. (UVALIC-TRUMBIC, 2010). Outro exemplo da alta valorização da
internacionalização é a atribuição, pela CAPES, de conceitos máximos (6 e 7) para
programas de pós-graduação identificados como internacionalizados.
A breve síntese anterior nos aponta as rápidas mudanças ocorridas na
internacionalização da Educação Superior. Ela inicia nos países desenvolvidos e se
estende aos emergentes, tendo como motor a globalização e se caracterizando pela
acelerada expansão. (SANTIAGO, 2008). Esse processo vem apoiado pelo
desenvolvimento das tecnologias de informação e, se destaca como fator de legitimação
da circulação do conhecimento e da formação de recursos humanos. Mas, como avaliar
a qualidade da internacionalização? Essa e outras questões referentes à
internacionalização universitária vêm acopladas à avaliação da qualidade.
Considerando o foco deste artigo - Qualidade da Educação Superior e
Internacionalização o presente texto aborda a forma de avaliar a internacionalização
universitária em relação a indicadores. É construído um estado de conhecimento sobre a
temática com base em literatura internacional atual e qualificada. Para concluir são
apresentadas algumas considerações da autora com base na literatura atual.
1 O programa se encaixa no Plano Nacional de Pós-graduação (2011 – 2020) e tem como objetivo a formação de recursos humanos qualificados nas melhores universidades e instituições de pesquisa estrangeiras, com vistas a promover a internacionalização da ciência e da tecnologia nacional, estimular pesquisas que gerem inovação e, conseqüentemente, aumentar a competitividade das empresas brasileiras.
1. Indicadores de internacionalização universitária: um estado de
conhecimento2.
O conjunto de indicadores, a seguir apresentado, foi categorizado numa primeira
divisão, segundo a amplitude de seu poder de avaliação. São eles: indicadores
transnacionais, nacionais (de estado) e indicadores institucionais.
A divisão entre indicadores nacionais e institucionais teve apoio teórico nos
trabalhos desenvolvidos pela A3ES, quando discute a concepção de indicadores de
garantia de qualidade e indicadores de melhoria de qualidade. Os primeiros ligados ao
processo de acreditação e os segundos ligados à avaliação institucional.
1.1. Indicadores de internacionalização universitária: dimensão transnacional
A Dimensão transnacional abarca a amplitude maior da tipologia de indicadores.
Porque, como o próprio nome diz, sua abrangência é superior à amplitude do estado-
nacional e exige complexas negociações frente à soberania dos estados envolvidos. Tal
característica se constitui em obstáculo e acarreta a não identificação formalizada,
ainda, na literatura internacional de indicadores transnacionais de internacionalização
universitária. Pode-se identificar, no máximo, indicadores regionais de qualidade da
educação superior como aqueles que tenham poder de determinação sobre os estados-
nação como no caso da União Européia.
Outro exemplo é o do MERCOSUL. Também, para esta região a legitimidade dos
indicadores só é possível quando a decisão é consensual, ou seja, todos os países
integrantes do bloco concordam com a existência do indicador. Cite-se a avaliação dos
cursos de graduação de engenharia, direito e ciências contábeis. (MEC, 2012). Este
processo se iniciou com estudos sobre a equivalência de currículos via disciplinas e/ou
número de horas para a integralização. Entretanto a complexidade era de tal monta que
os critérios foram ampliados para uma maior autonomia aos estados nacionais. Hoje
existe uma coordenação central e agências de avaliação nacional.
2 A metodologia de seleção das fontes para a construção de estado de conhecimento sobre indicadores de internacionalização universitária, já testada em trabalhos anteriores (MOROSINI, 2009) se baseou nos seguintes critérios: foco na educação superior; indicação de fontes por juízes internacionais, experts da área; presença da publicação na web; publicação recente; fonte qualificada (periódicos com circulação internacional, com corpo revisor qualificado ou pertencente a instituto de pesquisa universitário); artigos internacionais.
No caso da União Européia também podemos citar os indicadores ligados à
Ciência e Tecnologia apoiados na existência da ERA (BARRÉ, FILLIATREAU, LEPORI,
2007) – European Research Area. Há toda uma discussão e tentativas de criação de uma
Câmara Européia de Indicadores de Ciência e Tecnologia - European Clearinghouse for
S&T Indicators. Mas a dificuldade para a criação de uma Câmara se faz presente, pois as
decisões são consensuais. A atual situação do processo de decisão em relação à ciência
e tecnologia caracterizada pelo poder descentralizado tende a de se manter. Assim, a
proposta de uma Câmara não significaria a criação de uma nova agência para
financiamento ou desenvolvimento dos indicadores, mas organismo que poderia
desenvolver serviços especializados, como por exemplo:
A prestação de serviços técnicos, como bancos de dados de hospedagem dos
indicadores produzidos por institutos sem esta competência e a construção e
gestão de tais bancos de dados (especialmente para institutos acadêmicos que
não são bem equipados);
O desenvolvimento de regras e normas de livre acesso e interoperabilidade dos
dados coletados em campos específicos. São necessárias regras específicas,
como em software livre, para evitar soluções proprietárias, protegendo, ao
mesmo tempo os direitos dos inventores;
O acúmulo de experiência metodológica e de assessoria para projetos de
indicadores. Por exemplo, normas uniformes sobre o nível da documentação a
ser fornecida devem ser introduzidas em todos os contratos de indicadores para
promover a interoperabilidade;
A circulação de informações sobre os projetos existentes de indicadores e
resultados (câmara de compensação e fornecimento de acesso aos documentos e
dados subjacentes).
As discussões que vem ocorrendo na ERA apontam para a necessidade de
transformar essas racionalidades em iniciativas concretas a fim de desenvolver e
estruturar o espaço produtor de indicadores.
1.2. Indicadores de Desempenho de internacionalização universitária – dimensão Nacional
Um dos focos iniciais de pesquisa para construir indicadores que permitem a
comparabilidade da qualidade entre IES internacionais tem sido indicadores de
desempenho. Sarrico, citando Tavenas (2004) realizou estudo sobre Grupo de
Universidades Latino-Européias referente à utilização de indicadores de desempenho
para a garantia da qualidade no ensino superior. O autor divide os indicadores em
desempenho ao nível dos Estados, para depois avançar para indicadores em nível da
instituição. Os de estado “devem considerar as características da “população estudantil à
entrada, de forma a medir, de facto, o desempenho da instituição, e não só os resultados,
sem os contextualizar com dados que afectam os resultados, e não estão sob o controle
da instituição.” (p. 7) Acresce ainda que só faz sentido comparar por área de formação
ou área de pesquisa.
O autor propõe a avaliação por indicadores da área de ensino, pesquisa e de
recursos, a saber:
1. Ensino: tem como cerne os estudantes e são analisados em dois blocos, sempre
comparando por curso: o das características e o do desempenho. No das características
dos estudantes são citados: indicadores à saída versus com o seu valor esperado,
indicadores de caracterização dos estudantes à entrada; Qualificações à entrada; Origem
social dos estudantes; Origem geográfica dos estudantes; Taxas de acesso. No bloco do
Desempenho dos estudantes são citados: Taxas de progressão; Taxas de graduação;
Tempo médio até a graduação; Destino dos diplomados;
2. Investigação – tem como cerne os estudantes e os docentes, voltando-se à formação
de novos investigadores, na produção de conhecimento fundamental, na investigação
aplicada, e na transferência de conhecimento e tecnologia. São citados: atividade (por
área científica): Orientação de doutorandos e financiamento competitivo; e
Produtividade: Doutoramentos concluídos, Publicações, Impacto, e Patentes por
docente;
2. Recursos (por área de formação). São citados: Estudantes por docente; Estudantes
por não docente; Docentes por funcionário não docente; Despesa por estudante;
Recursos materiais por estudante.
A autora cita Simão et al. (2002) com a necessidade de complementar os
indicadores acima apontados com indicadores relativos às seguintes áreas: recursos
humanos, programa de qualificação de docentes, internacionalização, indicadores
financeiros, indicadores de recursos físicos, eficiência formativa, e grau de inserção de
diplomados no mercado de trabalho.
Com relação à avaliação da internacionalização da IES, Sarrico (2010) apresenta
como proposta o conjunto de indicadores, de curto prazo, voltados ao % de presença de
alunos e professores estrangeiros no país e alunos em programas internacionais. Aponta
que estes indicadores têm como ambigüidade nada ser dito se o que conta é a
nacionalidade ou a residência e como potencial de manipulação a possível inflação de
pessoas nascidas no estrangeiro, mas residentes permanentemente em Portugal.
Quanto aos Indicadores de internacionalização universitária para o médio prazo
a autora sugere a percentagem de alunos cuja residência permanente é no estrangeiro.
Santos (2010) da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
(A3ES), de Portugal analisa as tendências européias no domínio da garantia da
qualidade e aponta para a tendência da garantia da qualidade à melhoria da qualidade.
Entretanto conclui que um conjunto de indicadores para apoiar a avaliação externa do
ensino superior em Portugal não existe. “Existem estatísticas. O que não tem acontecido
é a utilização dos dados recolhidos para construir indicadores de desempenho, nem tem
sido visível a sua utilização para a avaliação dos recursos e instituições.” (SANTOS,
2010. p. 13)
1.3. Indicadores de Desempenho de Internacionalização universitária – dimensão INSTITUIÇÃO
Seguindo a tendência trazida pela Sociedade de Conhecimento do surgimento de
rankings e indicadores para medir a qualidade da educação superior começa a se notar
uma tendência de estudos e pesquisa sobre indicadores de internacionalização na
literatura estrangeira qualificada.
Os indicadores institucionais encontrados nessa produção podem ser divididos
em duas dimensões: a dimensão das redes e a dimensão da instituição, por si só.
1.3.1. Indicadores Institucionais de Internacionalização Universitária: redes.
Os indicadores de redes têm como foco preferencialmente a pesquisa. Tal especificidade
é explicável, pois se parte do princípio que uma instituição universitária tem como
principal função a produção do conhecimento, via investigação. E, para a produção do
conhecimento o processo de internacionalização é imprescindível e vem imbricado ao
amadurecimento do conhecimento com base em descobertas e reflexões anteriores,
realizadas em qualquer parte do planeta e disseminado entre as IES. A seguir alguns
exemplos de indicadores internacionalização universitária via redes:
PPNA. O projeto Review of the Partnership Programme in Higher Education
with North America, iniciou em 2008 e estende-se até 2015. É realizado pelo NIFU –
Nordisk Institutt for Studier av Innovasjon Forskining og Utdanning, a pedido do
Norwegian Center of International Cooperation in Higher Education, representando o
governo norueguês. Foram selecionados 12 projetos nas seguintes áreas: Ecologia,
Ciências Naturais, Ciências do Meio Ambiente, Informática, Computação e Tecnologia
da Comunicação, Ciências da Comunicação, Economia, Tecnologia de Meio Ambiente
e Engenharia de Negócios. Os critérios de seleção foram: a qualidade do projeto
proposto; a competência de ambos os países candidatos; a contribuição do projeto para a
renovação e a consolidação dos contatos existentes; a potencialidade do projeto em criar
relações acadêmicas sustentáveis; o engajamento do parceiro norte americano e a sua
contribuição para o projeto; as sinergias entre pesquisa e educação e/ou a relevância do
projeto para a inovação e o empreendedorismo. Participam as seguintes universidades
da Noruega: University of Oslo, University of Bergen, University of Agder, e
University of Nordland (Bodo), e da América do Norte a University of Ottawa, MIT,
University of Nebraska e University of Alberta. (SWEETMAN, VABO &
FINKELSTEIN, 2011, p.15).
As atividades centrais do programa incluem mobilidade do staff e estudantes,
escolas de verão, conferências, cursos de pós-graduação, oficinas de trabalho e
encontros, trabalho de campo, e coleta de dados, desenvolvimento curricular, currículo,
professores visitantes, supervisão de teses dos estudantes, ensino online, redes internas,
publicações científicas e web-site. No quadro a seguir é apontado o Ciclo do programa
de parceria que envolve fases anteriores e posteriores ao desenvolvimento do programa
entre América do Norte e Noruega.
Figura 1 Ciclo do Programa de Parceria, Noruega - América do Norte
Fonte: SWEETMAN, VABO & FINKELSTEIN, 2011. P. 17.
Entre os fatores de
sucesso, que poderíamos
identificar como
indicadores são ressaltados: 1. Forte relação entre os coordenadores; 2. Sinergia entre os
ganhos para os participantes do PPNA: os benefícios esperados a partir dos programas
de parceria podem variar, e podem envolver: avaliação complementar, abordagem
teórica ou métodos e técnicas; acesso a instalações ou links para locais com vantagens
especiais em termos de trabalho de campo ou bases industriais locais; 3. Compromisso e
equilíbrio em benefícios para os parceiros americanos e noruegueses; e 4. Foco em
resultados educacionais e experiências do estudante
Nas recomendações para a consolidação do modelo de programa de parceria
entre IES internacionais foi identificada: a necessidade da manutenção e continuação do
modelo, destacando que o suporte ao pesquisador é o motor das parcerias,
complementado pelo envolvimento institucional; a manutenção da flexibilidade; a
manutenção do período de parceira por um mínimo de quatro (4) anos; e a
administração por um órgão apoiador da pesquisa. É ainda acrescida a necessidade da
complementação com redes de IES de outros países ou instituições chave.
Departamentos ou pesquisadores que trabalham em nicho emergente ou campos que não
têm massa crítica em nível nacional – tornam as redes internacionais uma fonte variada
de abordagens, e ampliam, para os alunos, as ofertas curriculares e as chances para
adquirir e intercambiar conhecimentos.
A avaliação do projeto conclui que a PPNA teve sucesso e funcionou bem pelo
fomento e desenvolvimento da rede e da mobilidade entre as instituições e comunidades
da Noruega e do sistema de educação superior da América Norte.
Algumas outras associações, como a CISEPO (2011) The Canadian
International Scientific Exchange Program, através da Organizational Legitimacy of
Internatioinal Research Collaborations, tem buscado estudar o complexo e variado
interesse e comprometimento dos responsáveis por rede acadêmica de ciências da saúde
em Jerusalém e Toronto que objetiva contribuir para a paz no Oriente Médio. O estudo
propõe um quadro analítico para avaliar a legitimidade organizacional e a
sustentabilidade de pesquisas colaborativas internacionais (quadro a seguir).
QUADRO 1- Internacionalização em Rede. Agência Clonacal, limites e pontos chave.
Local Nacional Regional Global
Superestrutura
Toronto (cidade multicultural). Jerusalem (objeto de discórdia). Comunidade de imigrantes e saude pública, financiadores locais, grupos de interesse politicos.
Federal/nacional políticas externas, posições diplomáticas federal/nacional, premio Canadense Nobel da Paz, Posicionamento da Ciência Nacional internacionalmente.
Envolvimento acadêmico em compromissos para as negociações de paz, grupo de interesses regionais (e.g. família real da Jordânia).
Interesse Internacional na paz, fundações globais, reconhecimento global da contribuição acadêmica, internationalização da ciência.
Estrutura
Universidades de pesquisa, ONG, departamentos acadêmicos, Diretores, Centro Acadêmico de Ciências da Saúde, spin-offs.
Programas de suporte Federal/Academia Nacional de ciência, ligação entre os departamentos de relações internacionais, embaixadas estrangeiras.
Oriente Médio, Associação de ouvidorias, Seminários regional, Coneções emergentes do Distrito dos Grande Lagos no Canadá.
Rede internacional de conhecimento, workshops internacionais, padrões globais de educação superior, disciplina científica global.
Infraestrutura
Fundadores e outros cientistas em Toronto e Oriente Medio.
Equipes de Ciencias do território/ projetos/redes.
Grupos Interdisciplinares do Oriente Médio. Grupos interdisciplinares norte americanos.
Mobilidade acadêmica, intercâmbio.
Fonte: CISEPO, 2011, p.24.
A proposta acima permite o entendimento da interdependência entre várias
opções de governança na legitimação do processo de colaboração internacional. A
combinação da estrutura com a fluidez tem sido importante. Entre os indicadores são
ressaltados a pesquisa interdisciplinar, as atividades empreendedoras, e as conversações
cross-cultural cruciais. Para os autores esses fatores foram os fluxos criativos da
inserção dos níveis local, nacional, regional e global.
Um outro exemplo de indicadores institucionais em rede são os congregados pela
EAIE – European Association of Internacional Education, que na 23° conferência anual
(2011), buscou mapear a internacionalização universitária. A EAIE propõe como
passaporte para a excelência na Internacionalização: a evolução da natureza e objetivos
da internacionalização acadêmica; o planejamento estratégico e visão para a
transformação curricular e institucional; a inserção da internacionalização na missão do
campus e em suas estruturas; o envolvimento com empresas do setor privado,
organizações e governos; o desenvolvimento de melhores práticas na captação de
recursos, orçamento, pessoal, gestão de riscos, logística e outros
aspectos do desenvolvimento integral de programas internacionais de Educação
Superior; o desenvolvimento e manutenção de forma eficaz de parcerias internacionais;
Desenvolvimento de competências e definir os papéis de líderes seniors internacionais;
Políticas públicas que afetam a educação internacional e a representação com decisores
políticos e administrativos; a formação de professores para colaboração internacional,
pesquisa, ensino; e envolvimento com as questões da pobreza global,
desenvolvimento, saúde e meio ambiente.
1.3.2. Indicadores Institucionais de Internacionalização Universitária: instituição
Os indicadores que tem foco na instituição são os predominantes na literatura
estrangeira. São também os mais tradicionais quando comparados com os indicadores
de redes. Estão ligados à gestão e podem ser divididos em indicadores que avaliam a
internacionalização universitária na instituição como um todo – visão total e indicadores
que avaliam um foco da instituição universitária – visão pontual.
1.3.2.1. Indicadores Institucionais de Internacionalização Universitária: visão total
Esta dimensão abarca a perspectiva dos paradigmas da internacionalização
universitária e a perspectiva das funções universitárias.
1.3.2.1.1 Indicadores Institucionais de Internacionalização Universitária: perspectiva
dos paradigmas
Na literatura internacional foi identificada a análise da dimensão institucional com a
proposta de paradigma de internacionalização universitária. Ching & Ching, (2009)
avaliam a internacionalização universitária através da inter-relação de indicadores em
diferentes níveis: indicadores promotores da internacionalização (núcleo); indicadores
articuladores da internacionalização, indicadores ultraperiféricos, os denominados
indicadores de linha de frente (Figura 2) .
Figura 2 Paradigma de internacionalização da Educação Superior em Tawain.Fonte: Ching & Ching, 2009.
Para os autores a internacionalização universitária tem seu cerne nos indicadores de
comprometimento institucional, planejamento estratégico e financiamento. Isso denota
que os três indicadores são considerados os mais importantes a levar em conta antes de
iniciar o processo de internacionalização. O próximo nível de indicadores envolve:
políticas institucionais e diretrizes, infra-estrutura organizacional e de recursos,
desenvolvimento de professores e funcionários, promotores. Em outras palavras, estes
indicadores ajudam a articulação entre os indicadores de núcleo com os de linha de
frente. Finalmente, os indicadores de linha de frente (estudo no exterior, estudantes e
bolsistas estrangeiros, ofertas acadêmicas e curriculares, presença na internet, e vida no
campus), estão colocados ao redor do pentágono (ultraperiféricos), denotando as
características mais observáveis de uma instituição de ensino internacionalizada.
Os indicadores estão detalhados no quadro a seguir:
Quadro 2 Indicadores de internacionalização da Educação Superior em Tawain.
Indicadores de internacionalização
Conteúdos resumidos
Compromissos institucionais
Comprometimento articulado aos esforços de internacionalização; inclusão e promoção da internacionalização na missão/visão, metas e objetivos, filiação a organizações acadêmicas local/internacional.
Planejamento estratégico
Planos de longo e curto prazo para a instituição, departamento, professores e estudantes e diferentes níveis de ensino; linha do tempo da internacionalização; plano para estabelecer filiais, parcerias com a iniciativa privada, pública, local, internacional, acadêmica e indústrial.
FinanciamentoBusca de financiamento em várias organizações, governos e outras entidades privadas.
Políticas institucionais e diretrizes
Políticas e diretrizes para os professores relativas à contratação, recompensas, sanções e código de conduta; políticas e diretrizes estudantis de admissão, recompensas, sanções e oportunidades.
Infra-estrutura organizacional e Recursos
Disponibilidade de um sistema de apoio para a internacionalização: escritório, profissionais e pessoal e recursos.
Ofertas acadêmicas e Curriculares
Requisitos linguísticos estrangeiros; disponibilidade de cursos profissionais de línguas; desenvolvimento do currículo internacionalizado.
Presença da internet
Links para escritório internacional ou admissão de estudantes estrangeiros; informações bilíngües sobre datas importantes, taxas e notícias; informações claras e requisitos juntamente com programas e cursos oferecidos; disseminação dos links.
Desenvolvimento docente e de funcionários
Prestação de apoio à investigação, colaboração, conferências e outros esforços de internacionalização.
Estudantes e bolsistas estrangeiros
Bolsas de estudo, habilitação, escritórios, instalações e outros sistemas de apoio; programas estudantis de língua em parceria.
Estudar no exterior Viagens acadêmicas e não-acadêmicas; subsídios de viagem; orientação; simpósios para estudantes sobre a entrada e saída de estudantes.
Vida no campusPresença de escritório sobre a vida no campus e as atividades oficiais; organizações com temas internacionais; atividades internacionais formal/informal, acadêmica/extracurricular.
Avaliação de desempenho e prestação de contas
Sistema de indicadores de desempenho e de acompanhamento; avaliação interna e externa, relatórios, recomendações, pesquisas e estudos sobre esforços de internacionalização.
Fonte: CHIN & CHING, 2009.
1.3.2.1.2 Indicadores Institucionais de Internacionalização Universitária: perspectivas
das funções
O projeto IMP – Indicators for mapping and profiling internationalisation tem
foco na identificação e no estudo da internacionalização na IES. Tem como objetivos:
construir uma ferramenta para testar a internacionalização; proporcionar possíveis
comparações; produzir indicadores de internacionalização e propor idéias para um
approach de estratégias estruturadas com a finalidade de incrementar a transparência
interna e também incrementar a qualidade da internacionalização. O projeto iniciou em
2009 e concluirá em 2012 e está apoiado pela Comissão Européia 3.
3 A gestão é de responsabilidade de seis organizações parceiras: Think Thank Consultora, CHE – Consult. Agências nacionais: Nuffic, SIU Norway; Campus France, Fundação Nacional Perspektywy e Agência Transnacional – ACA, e tendo como participantes mais de 20 outros órgãos - Associació Catalana d’Universitats Públiques (ACUP); Berlin Institute of Technology; Instituto Europeu da Faculdade de
O projeto (ACA, 2012) apresenta como conclusões parciais da análise do
processo de internacionalização: o domínio do focus no output mais do que nos
resultados; o incremento de demandas cada vez mais complexas, exigindo instrumentos
cada vez mais sofisticados; a inexistência de padrões universais de internacionalização e
atividades com apoio no diagnóstico de internacionalização (checklist); o oferecimento
de uma agenda para a melhoria da internacionalização; e o preparo da IES para a
visitação e/ou acreditação.
Um segundo exemplo de indicadores de internacionalização universitária que
mede as funções institucionais é o MINT - Mapeando a Internacionalização. Ele
objetiva: esclarecer os objetivos da internationalização e as atividades das IES; e prover
informações sobre o status atual da internationalização na unidade. Enfim, objetiva,
através de um questionário, realizar uma auto avaliação da internacionalização na
instituição4. O questionário está dividido em 4 fases: objeto, atividades internacionais,
serviços internacionais e garantia de qualidade.
Quadro 3 Internacionalização da Educação Superior, MINT –
Mapeando a Internacionalização
Direito de Lisboa; Budapesti Müszaki Föiskola; Hanse Universitat; Fachhochschule Oldenburg/Ostfriesland/ Wilhelmshaven; University of Copenhagem; University of Southampton; Universita Cattolica Del Sacro Cuore; Tallin University of Technology; Coimbra Group; TAMK University or Applied Sciences; Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD); Utrecht University; Katholische Universität Eicchstätt-ingolstadt; Warsaw University oftechnology; Ecole Nationale des Travaux Publics de l’ Etat (l’ENTPE); Universiät Zurich; Ecole Normale Supérieure (ENS).44. Os resultados do MINT fornecerão informações para políticas e escolhas estratégicas na internacionalização. Esta ferramenta também pode ser usada para iniciar a discussão em diferentes níveis (institucional, nacional e internacional) sobre a garantia de qualidade de internacionalização, bem como sobre a harmonização dos objetivos e atividades. Cabe aos usuários determinar qual abordagem é a preferida para analisar os resultados. A ferramenta oferece insights sobre os pontos fortes e fracos da garantia de qualidade da unidade, possibilitando à unidade, posteriormente, elaborar as suas próprias conclusões sobre possíveis áreas de melhoria. MINT fornece insights sobre o grau de garantia de qualidade que tem lugar ao nível das atividades e serviços individuais. No entanto, os resultados do MINT também poderiam ser usados para determinar a integridade do ciclo PDCA: Planejar (= objetivos), Realizar (= atividades e recursos), Checkar (= figuras-chave e resultados), e Agir . Isto pode ser estendido para a internacionalização de um programa ou unidade como um todo. Adicionalmente o MINT permite realizar uma comparação com outro parceiro e/ou com outra IES de boas práticas tendo como comparação programas ou unidades similares.
Relatório de auto-avaliação - Projeto Mapeando a Internacionalização (MINT)
Objetivos da internacionalização: melhorar a qualidade da pesquisa e aprimorar a reputação; melhorar a qualidade da educação internacional e as competências interculturais para os estudantes
Atividades InternacionaisAtingindo os objetivos
Compartilhamento do conhecimento Internacional; Internacionalização do staff.
Recrutamento de estudantes estrangeiros
Internationalização do Currículo
Credito para a mobilidadeEducação em ingles ou em outra lingua estrangeira.
Qualidade da Pesquisa – o programa usa as seguintes atividades:- Serviço à comunidade: O programa usa as seguintes atividades.
- Aprimoramento da reputação, o programa usa as seguintes atividades.
- Alcance da melhoria da qualidade da educação, o programa usa as seguintes atividades.
- Alcance de competências internacionais e interculturais para os alunos, o programa usa as seguintes atividades.
Serviços Internacionais - disponíveis para apoiar o programa de atividades internacionaisPrática: Acomodação, Informação (prática); comunicação Multilingue; Acadêmica: Orientação; Informação (acadêmica); programa preparatório Financeira: Bolsas; Subsídios; orientações para solicitação de acesso e outrasSocial: orientação; Equipe crítica/ procedimentos; programa de reentradaA rede de parceiros é utilizada como atividade de apoioEducação em inglês ou outra língua estrangeira; Mobilidade de estudante/credito para a mobilidade, Recrutamento de estudantes estrangeiros; Internacionalização do currículo; Internacionalização do staff; Internacionalização compartilhada do conhecimento Garantia da QualidadeMedido por objetivos, atividades e serviços: Planejamento – Determinação de objetivos e atividades; Execução – Implementação das atividades; Check – avaliação das atividades e dos serviços; e o Ação – melhoria do processo.
Fonte: NUFFIC, 2012
Outro exemplo de Indicadores Institucionais de internacionalização
universitária na perspectiva das funções é proposto por Reeb-Gruber (2009), da
EDINEB – Network International Education & Innovation Consultant, da Universidade
Inholland (2009). Constitui-se em um checklist para medir a internacionalização,
avaliando os seguintes itens: redes & acreditação; liderança, mobilidade e intercâmbio:
relações corporativas e intervenções; docentes; estudantes; pesquisa e transferência de
conhecimento; conteúdo, pedagogia e facilidades do curriculum; desenvolvimento
internacional e expansão. Cada item, a seguir apresentado, pode variar da nota 1 a nota
5, esta última definida como o critério de excelência.
Quadro 4 Checklists da Internacionalização da Educação Superior, Reeb-Gruber,
2009
Indicador Descritor de excelência (nota 5)
Estratégia e Liderança para a Internacionalização
O programa contém em sua missão, visão e estratégia, claramente, uma divisão internacional, que foi traduzida em objetivos táticos e operacionais de internacionalização.O programa tem uma visão profunda do mercado internacional em que atua e a posição que ocupa nesse mercado. O programa estruturalmente reserva recursos para a internacionalização. Esses recursos são baseados em planos de longo prazo.O programa criou processos para integrar a dimensão internacional nas suas estruturas regulares e nos processos de gestão.O programa avalia a implementação da estratégia de internacionalização, periodicamente. Internacionalização é responsabilidade de uma posição profissional de gestão dedicada. A execução e avaliação das atividades de internacionalização é responsabilidade de vários membros da equipe do programa que informa ao gestor da internacionalização e ao departamento internacional da universidade regularmente.O programa consolida a sua experiência internacional, periodicamente, como por exemplo, através da participação em programas de intercâmbio, de gestão com parceiros internacionais ou participando ativamente de conferências internacionais.
Redes e Acreditação
O programa, além de ter uma quantidade substancial de sócios estrangeiros na mesma rede, o programa também criou parcerias estratégicas em que inúmeras atividades educacionais e outros (benchmarking, acreditação internacional, etc) são realizadas. O programa e todos os seus parceiros tiveram validado, uns dos outros, cursos e graus.O programa tem uma política de internacionalização estratégica em que a política de cooperação internacional está incluída. O programa desenvolveu um conjunto claro de critérios específicos que devem obedecer os parceiros internacionais para cada tipo de cooperação. Estes critérios são utilizados para a seleção de novos parceiros e para avaliar periodicamente os já existentes.O programa prevê a divulgação completa dos critérios para (potenciais) parceiros.O programa é credenciado por um organismo de acreditação internacional, e tem uma boa classificação / alta classificação no mercado internacional.O programa fez uma análise das lacunas para a internacionalização, juntamente com toda a equipe, uma boa representação do corpo discente e uma boa representação do campo profissional (usando a “programa de checklist de internacionalização). Ele compôs um plano de médio prazo de internacionalização com base nesta análise. O nível de internacionalização é avaliado periodicamente com funcionários, estudantes e representantes da industria e os resultados são usados para fazer ajustes nas atividades de internacionalização.
Mobilidade e Intercâmbio
O programa possui uma multiplicidade de acordos bilatérias com parceiros estrangeiros em uma infinidade de países. Esses países e parceiros foram selecionados com base na relevância para a qualidade do programa, e desejo dos alunos. O programa avalia a concordância dos acordos bilaterais com os desejos dos alunos e os objetivos dos programas periodicamente.O programa enfatiza a importância da mobilidade para os estudantes. A experiência de estudos no exterior é uma parte obrigatória do currículo, para todos os alunos. O programa prepara os alunos que estão prestes a ir para o estrangeiro, ativamente, organizando treinamento adicional em língua e cursos sobre a cultura do país ao qual se destinarão.O programa formulou política estratégica, tática e operacional para o estudo e estágio profissional no estrangeiro bem como para seus parceiros estrangeiros. Essa política é baseada em análises de desejos dos alunos e relevância para o programa. A experiência dos discentes no exterior é avaliada periodicamente, bem como a política de mobilidade e os parceiros estrangeiros. Ajustes nesta política são feitos com base nessas avaliações.
Relações Corporativas e Intervenções
O programa tem a amplitude da rede com companhias/organizações internacionais, estrangeiras tal que cada estudante e funcionário podem fazer um estágio de orientação internacional.O programa tem um conselho consultivo profissional composto por organizações/ companhias nacional, internacional. O programa permanece em estreito contato com estas empresas /organizações para acompanhar os desenvolvimentos internacionais / estrangeiros que são importantes para o programa.
Checklists da Internacionalização da Educação Superior, Reeb-Gruber, 2009. (continuação)
Indicador Descritor de excelência (nota 5)
Docentes
(virtualmente) Todos os membros do corpo docentes têm experiência internacional (ou anterior). A política do programa de seleção e nomeação destina-se a atrair professores estrangeiros.O programa recebe palestrantes/convidados do exterior, periodicamente. Durante suas visitas, esses palestrantes ou conferencistas dão palestras para os alunos e colaboram com o corpo docente do programa.Todo o corpo docente é capaz de ensinar em inglês sem esforço. Um número substancial deles também domina outra língua estrangeira suficientemente para ensinar nesta língua.Todo o corpo docente deve ensinar no estrangeiro periodicamente. É parte do trabalho.É esperado de todos os docentes a participação em redes internacionais relevantes, conferências (pesquisa), projetos ou publicações e a incorporação do campo dessas atividades no programa.
Todos os professores utilizam a pedagogia cultural inclusiva e, explicitamente consideram as necessidades, estilos de aprendizagem e perspectivas de todos os alunos (inclusive culturalmente diversas). Esta característica é levada em consideração no seu ensino e métodos de avaliação.Todos os professores utilizam uma abordagem internacional. O processo de seleção e nomeação visa atrair professores internacionalmente competentes.
Todos os professores utilizam uma abordagem cross cultural. O processo de seleção e nomeação visa atrair professores internacionalmente competentes.Todos os funcionários são cross culturalmente competentes.O processo de seleção visa atrair professores cross culturalmente competentes.
Estudantes
A população estudantil do programa é completamente diversa em nacionalidade e origem cultural. O recrutamento de alunos está focado internacionalmente ou visa a mercados estrangeiros específicos. Barreiras de matriculas são tratadas explicitamente na política de recrutamento. Intercâmbio intercultural e cross cultural entre as nacionalidades e culturas do grupo é continuamente estimulado por todos os professores e funcionários.Todos os cursos são oferecidos em Inglês. O programa participa de uma infinidade de programas de intercâmbio com parceiros estrangeiros e continuamente tem como objetivo expandir a sua rede. Os programas de intercâmbio geram um fluxo continuo de estudantes estrangeiros.Cada estudante tem a oportunidade de participar de uma série de projetos internacionais durante o curso. Esses projetos são integrados no currículo.
Pesquisa & Transferência de conhecimento
O programa é regularmente envolvido na organização de conferências internacionais.O uso de publicações internacionais, pelo corpo docente, bem como pelos alunos é a norma.Todo o corpo docente, funcionários e estudantes participam regularmente em projetos de investigação internacional. Professores e funcionários produzem publicações internacionais, periodicamente.
Conteúdo do Currículo
Os objetivos de aprendizagem têm uma forte natureza internacional e intercultural.
O programa tem uma visão clara e completa sobre as habilidades/competências internacionais e interculturais exigidas pelo campo profissional e nacional e internacional. Além disso, tem uma visão clara sobre as competências internacionais e interculturais envolvidas na cidadania global. O programa tem traduzido essas idéias e pontos de vista na política que descreva claramente quais habilidades /competência os alunos precisam desenvolver (e porquê) e como esse desenvolvimento é suportado. As habilidades/competências internacionais e inter culturais necessárias são claras e logicamente integradas no currículo e nas avaliações.O currículo como um todo tem o âmbito alargado e clara visibilidade internacional com escopo global. Cada indivíduo é visto de uma perspectiva global. O programa usa freqüentemente material didático do exterior que proporciona uma forte perspectiva internacional. Publicações internacionais dominam as listas de leitura exigidas. Materiais Internacionais (publicações, estudo de caso, revistas) dominam as listas de leitura obrigatórias.O programa é totalmente oferecidos em Inglês. Outros cursos de línguas são incorporados ao currículo.
O desenvolvimento de competência internacional e cross cultural é explicitamente parte das avaliações das experiências dos estudantes no exterior. Antes de ir para o estrangeiro o aluno indica como será o desenvolvimento de sua competência internacional e intercultural, enquanto no exterior participa de um curso de aculturação.Durante o tempo passado no estrangeiro o aluno realiza atribuições especificamente orientadas para o desenvolvimento internacional e competência cross cultural.
Checklists da Internacionalização da Educação Superior, Reeb-Gruber, 2009. (continuação 2)
Pedagogia do currículo
O currículo utiliza, constantemente, estudo de casos transnacionais ou estrangeiros, concentrando-se em uma variedade de perspectivas.A experiência internacional do corpo docente é constantemente usada no programa. Todos os métodos de ensino e de avaliação foram selecionados levando em consideração explícita às necessidades dos estudantes estrangeiros, estilos de aprendizagem e perspectivas. O currículo é completamente “culturalmente inclusivo”.Atenção explícita contínua é dada à integração social ou à aprendizagem intercultural através da interação intercultural autêntica.
Suporte para o Currículo
Todas as informações (para uso interno e externo) sobre o programa estão sempre disponíveis em inglês e em varias outras línguas estrangeiras relevantes (o programa se concentra nas línguas dos países em que oferece o programa). Se necessário, a informação também é traduzida para outras línguas estrangeiras.O programa dispõe de uma quantidade suficiente de espaços para acomodar, temporariamente, todos os estudantes e professores integrantes dos contratos bilaterais e todos os candidatos ao grau acadêmico superior estrangeiro, pelo menos 1 por ano. O aluguel cobrado aos estudantes é o mesmo ou menor que o do mercado. O período de arrendamento é completamente flexível.O programa é composto por pessoal não docente é capaz de lidar com perguntas e solicitações em inglês (oral, escrita, telefone, web). Muitos deles também tem domínio suficiente de outra língua estrangeira para responder a perguntas e pedidos de forma adequada.O programa oferece ajuda (intercâmbio e obtenção de título) e suporte a estudantes e staff do exterior para se candidatarem a bolsas, visto, seguro, etc. Cada ano o programa oferece algumas bolsas escolares extra, provenientes de seu próprio orçamento, para financiar os desafios dos estudantes.
Desenvolvimento Internacional e expansão
O programa se engaja de forma consistente em atividades da incubadora nos países em desenvolvimento e tem expectativas de que os estudantes e professores contribuam para essas atividades, pelo menos uma vez.
Fonte: Reeb-Gruber. 2009.
Outro exemplo de indicadores da internacionalização das funções universitárias é
apresentado por Madera (2006), quanto à docência, pesquisa, extensão, e
desenvolvimento organizacional.
1. Internacionalização da Docência – composta por internacionalização do currículo, dos docentes e dos estudantes.
A Internacionalização do currículo busca identificar: a presença de elementos
internacionais no conteúdo e nos métodos de ensino, a obrigatoriedade das matérias
relativas ao aprendizado de idiomas estrangeiros em todas as carreiras, e como parte
integral do currículo de licenciatura; o estabelecimento, conjuntamente com
universidades estrangeiras, de programas de estudo de graduação, presenciais ou
virtuais; o estabelecimento de sistemas para reconhecimento de créditos e revalidação
de estudos; as oportunidades aos estudantes para estágios em empresas nacionais ou
internacionais, no país ou no estrangeiro; a utilização de novas tecnologias, como a
educação a distância e a Internet.
A internacionalização dos docentes busca avaliar: as facilidades à mobilidade
acadêmica por meio de programas, apoiando e dando oportunidades aos professores de
adquirir experiências internacionais; o estabelecimento de redes colaborativas
horizontais entre docentes; o estímulo aos professores para estudos de pós-graduação
em instituições estrangeiras, estímulos e bolsas para o desempenho internacional, como
parte da avaliação e rendimento acadêmico dos docentes, e o suporte e estímulo aos
acadêmicos que ofertarem novos cursos com enfoque internacional.
A Mobilidade estudantil busca avaliar: a promoção de convenios de mobilidade
interinstitucionais, curtos, dirigidos aos estudantes locais, com a possibilidade de
reconhecimento de seus estudos na sua institiuções de origem; a elaboração de bancos
de dados sobre oportunidades de estudo no estrangeiro; a facilitação de oportunidades
aos estudantes de efetuar práticas profissionais em empresas internacionais; a
organização de programas para receber estudantes estrangeiros através de programas
especiais integrando-os à programas regulares; e a existência de uma casa internacional
para estudantes e acadêmcios estrangeiros.
2. Internacionalização da Pesquisa – Incorporação da dimensão internacional nos
programas e centros de investigação; o estabelecimento de um sistema de
reconhecimento à serviço da internacionalizaçãodo de programas de investigação, como
parte da avaliação acadêmica dos próprios investigadores; a recepção de investigadores
estrangeiros; a difusão dos resultados investigação e intercâmbio de conhecimentos
através de redes e sistemas de comunicação internacional; o estabelecimento de centros
de excelência ou de investigação com enfoque internacional; a participação em redes e
programas de investigação e desenvolvimento internacional; a facilitação da mobilidade
internacional dos investigadores; e o fomento da investigação sobre temas
internacionais e globais.
3. Internacionalização da extenção e das atividades extracurriculares – Organização e
participação em atividades culturais e internacionais; a difusão no âmbito internacional
das publicações universitárias; organização de feiras, festivais ou cátedras internacionais
em áreas culturais; a assessoria e consultoria a instituições públicas e privadas que
necessitem opiniões especializadas ou que requeiram investigações sobre temas
relevantes para o desenvolvimento da comunidade no contexto global; a vinculação com
redes internacionais, presenciais e virtuais, dedicadas ao trabalho de extensão; a
formação de vínculos com individuos, empresas locais, agências e organizações para
missões e projetos internacionais; a internacionalização dos cursos de educação
continuada.
4. Internacionalização da melhoria contínua da gestão e do sistema universitário
(desenvolvimento Organizacional) - Implantação de um sistema normativo de
documentação baseado em normas internacionais; a criação de um Sistema de Gestão de
Recursos Humanos, acadêmicos e administrativos, utilizando critérios próprios de
instituições de reconhecimento mundial; e o redesenho das instâncias de serviços com
padrões internacionais em Pró-reitoria de assuntos estudantis e biblioteca.
1.3.2.2. Indicadores Institucionais – visão pontual
Na literatura sobre qualidade da internacionalização um dos pontos focais é a
importância dada ao gestor no processo de governança e a liderança que este congrega.
Podemos citar como exemplo o projeto que envolve universidades japonesas e é
coordenado pelo SFH - Strategic Fund for Establishing International Headquares que
iniciou com a seleção e, posterior avaliação, pelo ministro de Educação e de Ciência
(MEXT), de 20 universidades piloto (16 universidades nacionais, 3 universidades
privadas e 1 universidade de pesquisa) que por suas estratégias de internacionalização
construíram e consolidaram uma associação de líderes gestores de diversos
departamentos universitários e que levaram a IES à internacionalização do campus. O
University International Strategy Council (JSPS) foi o condutor do projeto.
O relatório final apresentou 10 recomendações (indicadores) para a
internacionalização das universidades, a saber: estabelecer um corpo acadêmico para a
internacionalização que conte com a liderança do reitor da IES; estabelecendo objetivos
concretos; priorizar planos de ação e um sistema de avaliação para promover a
internacionalização; desenvolver atividades organizadas para captar fundos que
promovam a internacionalização; assegurar recursos e pessoal suficiente para a
universidade realizar os acordos substantivos de intercambio com instituições do
exterior e participar efetivamente de consórcios internacional; promover uma
internacionalização profunda em todo o campus universitário baseada no eixo da
educação e pesquisa; consolidar as capacidades de engajamento do staff em programa
internacional e criar parâmetros para esse reconhecimento na carreira profissional;
expandir oportunidades para jovens pesquisadores de treinamento no exterior e criar
um sistema a para incluí-los quando do seu retorno; estabelecer um sistema, nas IES, de
apoio à pesquisadores de outros países; otimizar o uso do ciclo do PDCA nas operações
básicas das universidades estrangeiras; promover uma internacionalização continua pela
torça de informação e pela construção de redes com outras universidades.
2. Considerações finais
Este texto teve como principal objetivo a construção de um estado de
conhecimento sobre indicadores de Internacionalização da Educação Superior com base
em literatura internacional e nos aponta para as seguintes conclusões:
- presença de indicadores de internacionalização da Educação Superior na
literatura internacional qualificada;
- presença de indicadores de internacionalização da Educação Superior na
literatura de diferentes regiões do mundo desenvolvido, tais como União
Européia e USA;
- presença de indicadores transnacionais, nacionais e institucionais;
- presença de marcos regulatórios dirigidos ao estabelecimento da qualidade da
internacionalização da Educação Superior em nível de estado e em nível de
instituição;
- escassez de indicadores transnacionais. Sua existência depende de consenso
entre os países envolvidos, critério que complexifica a sua eficiência;
- presença de indicadores de garantia de qualidade nos indicadores de
internacionalização universitária;
- nos Indicadores de estado se identifica a tensão entre os que credenciam e os que
buscam a melhoria, ou ainda entre acreditação e avaliação. A esse respeito é
importante citar Santos (2012) quando registra a diminuição das tensões entre a
opção pela escolha de garantia de qualidade e a melhoria de qualidade. Ressalta
o autor que a dualidade que inicialmente existiu entre os processos de avaliação
e de acreditação tem vindo, contudo, a esbater-se, sendo hoje razoavelmente
consensual que a avaliação e acreditação são processos indissociáveis -
constituem-se como as duas faces de uma mesma moeda. Os sistemas nacionais
de garantia externa da qualidade se orientam predominantemente para
procedimentos de controle e verificação associados à dimensão da acreditação,
ou para as funções de transparência e melhoria, mais ligadas à dimensão de uma
avaliação orientada para a produção de informação válida, objetiva e
compreensível sobre a instituição e para a melhoria sistemática e sustentada da
qualidade no interior da instituição. (p.3);
- Indicadores institucionais são os mais antigos e predominantes na literatura
estrangeira. Estão ligados à gestão e podem ser divididos em indicadores que
avaliam a internacionalização universitária na instituição como um todo – visão
total e indicadores que avaliam um foco da instituição universitária – visão
pontual;
- predomínio de indicadores de desempenho para medir a qualidade da
internacionalização universitária;
- presença de indicadores oriundos de agências, associações, institutos de
pesquisa, universidades, consultorias, públicas ou privadas.
- presença de indicadores de internacionalização universitária oriundos de
associações de gestão de Educação Superior. Esta tendência reflete um dos
componentes do paradigma da modernização universitária, ou seja, a
determinação de uma gestão universitária forte.
- presença de indicadores de gestão – indicadores Tradicionais e Emergentes,
importados da área da administração. Os tradicionais englobam: avaliações em
larga escala; auto-avaliação; avaliação institucional; sistemas avaliativos;
avaliação de aprendizagem: avaliação educacional (planos de carreira; salários;
formação continuada; composição de jornada; saúde dos trabalhadores em
educação), condições de trabalho nos espaços educacionais, dimensões da gestão
educacional (currículo; estruturas participativas; relações com a comunidade;
projeto pedagógico); e políticas educacionais: diretrizes, programas e projetos,
planos de educação; financiamento do ensino; controle social; relação público-
privado; políticas de descentralização; regime de colaboração. Os indicadores
emergentes estão ligados às redes e a Sociedade do Conhecimento.
A literatura internacional também identifica alguns mitos que marcam a relação
qualidade e internacionalização universitária. Knight (2011. p. 14 e segs) ressalta como
mitos: estudantes estrangeiros como agentes da internacionalização; acordos
institucionais internacionais; reputação internacional de uma IES ou de setores
(estudantes, professores, currículo, pesquisa, acordos, e redes de associações) como
fator para a qualidade; acreditação internacional da IES; e existência de uma IES com
marca global. Em relação a estudantes e acordos a autora afirma que muitas vezes os
estudantes não são incluídos na cultura acadêmica e social do país que os recebe,
constituindo “feudos” de seu país de origem e que a existência de muitos acordos muitas
vezes inviabiliza uma boa governança dos mesmos. Em relação aos outros mitos
apontados há que se considerar que trazem consigo um alto grau de ambigüidade pois
não conseguem avaliar a inclusão e a relevância social do item avaliado. A autora
acresce ainda que é um mito também a afirmação que um esquema internacional de
marketing da IES é equivalente a um bom plano de internacionalização.
Em artigo (BRANDENBURG, WIT, 2011. P.15) com sugestivo título Um novo
alvorecer? A Idade da Pós internacionalização são ressaltados os seguintes pontos: Há
necessidade de afastamento de conceitos dogmáticos e idealistas de internacionalização
e globalização e de compreender a globalização e a internacionalização em seus
significados puros, não como objetivo em si mesmo, mas sim como meio para um fim.
Paralelamente argüi: Por que fazemos certas coisas consideradas internacionalização?
Essas coisas ajudam a alcançar a meta de qualidade da educação e da pesquisa na
sociedade do conhecimento globalizado?
E, finalmente, os autores concluem com a importância de reconsiderar a
preocupação excessiva com os instrumentos e meios e investir mais tempo em questões
de racionalidade (justificativas) e resultados.
Nesta linha de pensamento no artigo (ROBINSON, 2011. P. 619.)
Internationalization at home to prepare all students for life and work in a global
economy é desenvolvido o conceito de internacionalização transformadora, que exige
uma abordagem holística em que as universidades tornam-se comunidades de espírito
internacional, e não simplesmente instituições com aumento do número de estudantes
internacionais e atividades internacionais. A autora baseando-se em outros autores5
aponta que a estratégia de internacionalização responsável far-se-á pela incorporação de
abordagens inovadoras para o desenvolvimento curricular, de apoio ao estudante e de
mecanismos e iniciativas de desenvolvimento acadêmico. O desenvolvimento
acadêmico tem mais probabilidade de alcançar a "transformação da consciência",
quando sustentado, bem planejado com iniciativas colaborativas envolvendo
acadêmicos, com pesquisa baseada em evidências em suas próprias práticas e quando a
pesquisa em si é "reflexiva, interativa e construtiva, distribuída e transformadora para
auxiliar, estudantes e pessoal acadêmico, a desenvolver habilidades, valores e
disposições necessárias para adotar uma perspectiva internacionalista” (p.614). A IES
5 (MacKinnon & Manathunga, 2003; Volet, 1999), "(Christie & Pollard, 2009, p. 34), (Robson & Hsieh, 2010), e (Odgers & Giroux, 2006).
internacionalizada pode proporcionar experiências pessoais profundas ou de
transformação que permitem a comunidade contribuir para a construção intercultural e
para o intercâmbio e aplicação de conhecimento. Isso pode ajudar a promover um clima
positivo e determinar o aceite de tais idéias.
Enfim, o estado de conhecimento apresentado neste artigo identifica que a
questão da relação internacionalização e qualidade da Educação Superior não é clara. E
torna-se mais complexa ainda com a expansão acelerada da Educação Superior neste
século.
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