Direitos da Criança e do Adolescente ao longo da
História
Regina Maria Faria Gomes- 2011
Parceria Buzzero
Tenho a esclarecer que a Buzzero oferece toda a infraestrutura de acesso ao site, de acesso ao curso e a emissão do seu certificado. Dúvidas sobre estes devem ser encaminhadas a própria Buzzero.Quanto necessitarem retorno em relação ao conteúdo e formatação do material do curso podem entrar contato com a autora pelo e-mail [email protected]
Veja neste link outros cursos gratuitos realizados pela autora em parceria com a Buzzero.
2 Veja aqui http://www.buzzero.com/autores/regomes1
Prezado (a) aluno (a)! Por favor, verifique se seu nome está de acordo no sistema. A forma que o alun@ escreve no ato da matrícula sairá no certificado. Então, se você digitar com letra minúscula o nome sairá no certificado com letra minúscula. Se você percebeu que seu nome precisa ser alterado, faça isso antes de fazer as avaliações e gerar o certificado.
“tudo pode ser tomado de um homem, menos uma coisa: a
última das liberdades humanas – a de escolher a sua própria atitude, sob qualquer das circunstâncias dadas, a de escolher seu próprio
caminho”Victor Frankl
link
“A garantia dos Direitos de Crianças e adolescentes no Brasil sempre se apresentou como uma das mais intensas e desafiadoras lutas pelos direitos humanos ao longo dos diferentes contextos históricos, culturais e econômicos”
A história nos conta que, até por volta do séc. XV a infância não era reconhecida, as crianças eram vistas
como seres que careciam de proteção,
inseguros e totalmente
dependentes do adulto.
Os direitos da infância e adolescência ao longo da história passou por vários processos de
mudanças, vamos então (Re)visitar o passado para entender melhor
alguns dos paradigmas se se colocam hoje.
1891- Proibição do Trabalho InfantilPromulgada no Brasil a primeira lei - Decreto nº 1.313 - que determinava a idade mínima de 12 anos para o trabalho
link
1886 – Lei do Ventre Livre: Com a libertação de meninos e meninas negros do trabalho escravo, aumenta a população de crianças e adolescentes vivendo nas ruas1919- Criação da 1ª Entidade Internacional de Apoio à CriançaSurge na Inglaterra a primeira entidade internacional, cuja missão era proteger e cuidar das crianças vítimas da I Guerra Mundial. A entidade, "Save the Children" ('Salvem as Crianças'), foi fundada pela pacifista inglesa Eglantyne Jebb.
1922 – Inauguração do primeiro estabelecimento público para menores”, no Rio de Janeiro
LINk
1923- Criação do Primeiro Juizado de Menores - Criado no Brasil o primeiro Juizado de Menores. Mello Mattos foi o primeiro juiz de Menores da América Latina.1923: primeira regulamentação sobre o trabalho feminino previa a instalação de creches e salas de amamentação durante a jornada das empregadas
1922- ocorre no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância
1927– Promulgação do Código de Menores: conhecido como Código Mello Mattos, conferia amplos poderes ao Juiz em estabelecer intervenções no âmbito da família. Crianças denominadas como sendo expostas, vadias, mendigas. Passagem da tutela da família para o Juiz de Menores
LINk
1924 – Criação do Tribunal de Menores: estrutura jurídica que serviu de base para o primeiro Código de Menores. 1924- Aprovação da Declaração de Genebra - Aprovado o primeiro documento internacional sobre os Direitos da Criança, conhecido como "A DECLARAÇÃO DE GENEBRA”. Elaborado e redigido por membros da ONG “Save the Children”, é considerado o documento que deu origem à “Convenção dos Direitos da Criança” de 1989.
1930 – Criação do Ministério da Educação: chamado Ministério da Educação e Saúde Pública, foi um dos primeiros atos do governo provisório de Getúlio Vargas.
LINk
LINk
link
link
1945 – Criação da ONU - A Organização das Nações Unidas, sucessora da Sociedade das Nações, surgiu com o propósito de manter a paz e a segurança internacionais, além de aprofundar a cooperação e o desenvolvimento entre as nações. Contou com 50 países fundadores.
LINk
1946- Criação do UNICEF - O Fundo das Nações Unidas para a Infância foi criado no dia 11 de dezembro. Os primeiros programas do UNICEF forneceram assistência emergencial a milhões de crianças, no período do pós-guerra na Europa, no Oriente Médio e na China.1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos: instrumento regulatório de abrangência internacional que pretendia evitar o surgimento de outra guerra das dimensões da II Guerra Mundial.
LINk
1950 – Unicef no Brasil: instalado em João Pessoa (PB), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) chega ao Brasil quatro anos após seu surgimento no exterior. Traz para o País programas de proteção à saúde da criança e da gestante nos estados do nordeste brasileiro.
LINK
Observe o Mapa da fome
no Brasil
na década de 1950
LI
Nk
1959 – Declaração Universal dos Direitos da Criança: aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração aumentou o elenco dos direitos aplicáveis à população infantilDécada de 60 – ampliação do número de organizações da sociedade civil, especialmente no âmbito sindical. Começa a haver a reivindicação de políticas sociais redistributivas, embora ainda não haja registro histórico de movimento organizado pela infância e pela adolescência.
1964 – Lei Federal nº 4.513 de 01/12/1964-Criação da Funabem: a Fundação do Bem Estar do Menor, substituta do SAM, foi criada por lei no primeiro governo militar. Um de seus objetivos era o de formular e implantar a Política Nacional do Bem-Estar do Menor. Marco da transição entre a concepção correlacional-repressiva para a assistencialista.
LI
Nk
1965 - Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial (CERD) - ONU. Resolução AG nº 2.106-A, de 21/12/1965. Ratificada pelo Brasil em 27/03/1968. Promulgada pelo Decreto nº 65.810, de 08/12/1969
“ARTIGO 7 - Os Estados Parte comprometem-se a tomar as medidas imediatas e eficazes , principalmente no campo do ensino, educação, cultura, e informação, para lutar contra preconceitos que levem à discriminação racial e promover o entendimento, a tolerância e a amizade entre nações e grupos raciais e étimos, sim como propagar os propósitos e os princípios da Carta das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Declaração das Nações Unidas Sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial e da presente Convenção
LI
Nk
1967 - Lei 1.534 de 27 de novembro de 1967 autoriza o Poder Executivo a criação da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor FEBEM, destinada a prestar assistência ao menor na faixa etária de 0 a 18 anos no Estado da Guanabara. Na mesma época foi criada, a Fundação Fluminense de Bem Estar do Menor - FLUBEM, cuja área de abrangência era o antigo Estado do Rio de Janeiro. Vinculada à Secretaria de Estado de Serviço Social
1978- Sementes da Convenção dos Direitos da Criança- O governo da Polônia apresenta à comunidade Internacional uma proposta de Convenção Internacional dos Direitos das Crianças. A convenção é um instrumento de direito mais forte que uma declaração. A declaração sugere princípios pelos quais os povos devem guiar-se. A convenção vai mais além, ela estabelece normas, isto é, deveres e obrigações aos países que a ela formalizem sua adesão. Ela confere a esses direitos a força de lei internacional, não sendo, no entanto, soberana aos direitos nacionais.
LINk
1979 - Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW) ONU. Resolução AG nº 34/180 , de 18/12/1979. Ratificada pelo Brasil em 01/02/1984 (com reservas). Promulgada pelo Decreto nº 89.406, de 20/03/1984. No seu § 4.” A eliminação de todo conceito estereotipado dos papéis masculino e feminino em todos os níveis e em todas as formas de ensino, mediante o estímulo à educação mista e a outros tipos de educação que contribuam para alcançar este objetivo e, em particular, mediante a modificação dos livros e programas escolares e adaptação dos métodos de ensino.” . § 7 A redução da taxa de abandono feminino dos estudos e a organização de programas para aquelas jovens e mulheres que tenham deixado os estudos prematuramente. § 8. As mesmas oportunidades para participar ativamente nos esportes e na educação física. § 9. Acesso a material informativo específico que contribua para assegurar a saúde e o bem-estar da família, incluída a informação e o assessoramento sobre o planejamento da família
link
1979- Instituição do Ano Internacional da CriançaDefinido pela ONU o ano internacional da criança. Aprovação do Segundo Código de Menores. Revogado, o Código de Menores Mello Mattos é substituído pelo Código de Menores de 79 mantendo, no entanto, a mesma linha de arbitrariedade, assistencialismo e repressão junto à população infanto-juvenil.Década de 80 – Surge um movimento social composto por diferentes organizações da sociedade civil1983- Criação da Pastoral da Criança - Em 1983 é fundada, em nome da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) a Pastoral da Criança. Com um importante engajamento, que vem desenvolvendo uma metodologia própria, em que redes de solidariedade são formadas para a proteção da criança e do adolescente.
LINk
1985 – Surgimento do MNMMR - Fundação em São Bernardo do Campo do Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua, entidade sem fins lucrativos, que nasce com o compromisso de garantir os direitos das crianças e dos adolescentes brasileiros, e com especial atenção aos meninos e meninas de Rua: pela primeira vez, fala-se em protagonismo juvenil e se reconhece crianças e adolescentes como sujeitos participativos.1986 – Criação da Frente de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes: articulação entre várias entidades de expressão na área da infância e adolescência. Nesse mesmo ano, é criada a Comissão Nacional Criança Constituinte.
1988 – Constituição Federal do Brasil: considerada a “Constituição Cidadã”, inova ao introduzir um novo modelo de gestão das políticas sociais, com a criação dos conselhos deliberativos e consultivos. Durante sua elaboração, um grupo de trabalho se reuniu para concretizar os direitos da criança e do adolescente. O resultado foi o artigo 227, base para a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente.
1987 – Reunião da Assembleia ConstituinteA Assembleia Nacional Constituinte, composta por 559 congressistas, foi instalada em 1º de fevereiro de 1987, sendo presidido pelo deputado Ulysses Guimarães. Um grupo de trabalho se reuniu para concretizar os Direitos da Criança e do Adolescente na Constituição Brasileira. O resultado deste trabalho é o artigo 227, que será a base para a elaboração do Estatuo da Criança e do Adolescente.
LINk
1989 – Convenção Internacional dos Direitos da Criança: um dos mais importantes tratados de direitos humanos, ratificado por todos os países membros da ONU com exceção dos Estados Unidos e da Somália.1990 – Promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente: é considerado um documento exemplar de direitos humanos, concebido a partir do debate de idéias e da participação de vários segmentos sociais envolvidos com a causa da infância no Brasil.1990- Criação da Fundação Abrinq- A Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, foi fundada com a finalidade de promover a defesa dos direitos, e o exercício da cidadania da criança e do adolescente.
link
link
link
Fique atento a este fato
Basicamente, temos 3 (três) doutrinas que definem os parâmetros legais para o direito da criança e do adolescente. Tais doutrinas refletem valores que repercutirão na órbita jurídica de cada uma das épocas. São elas: a doutrina do direito penal do menor, a doutrina da situação irregular e a doutrina da proteção integral. Ou seja, orientando a elaboração do ordenamento jurídico , a doutrina adotada definirá qual a posição destinada às crianças e aos adolescentes pela sociedade. Vejamos a seguir:
Prossiga
UMA QUESTÃO PARA VOCÊ PENSAR
Doutrina do Direito Penal do Menor
Prossiga
LIN
k
26
Doutrina do Direito Penal do Menor
26
link
O Código de Menores de 27, também conhecido como Código Mello Matos, ao
se constituir na primeira legislação específica voltada para esses menores, partia desse contexto social marcado
pela criminalidade e pelas longas jornadas de trabalho a que eram
submetidos os menores. Verifica-se, aí, os contornos delimitadores do termo
menores: apenas determinado grupo de crianças e adolescentes do início do
século XX seriam considerados menores, representando um setor
específico, identificado com a gerava delinquência, a marginalidade e o
abandono.Prossiga
O vagabundoO dia inteiro pelas ruas anda
Enxovalhado, roto indiferente:Mãos aos bolsos olhar impertinente,
Um machucado chapeuzinho a banda.Cigarro à boca, modos de quem manda,
Um dandy de misérias alegremente,A procurar ocasião somente
Em que as tendências bélicas expandaE tem doze anos só! Uma corola
De flor mal desabrochada! Ao desditosoQuem faz a grande, e peregrina esmola
De arranca-lo a esse trilho perigoso,De atira-lo p’ra os bancos de uma escola?!
Do vagabundo faz-se o criminoso!...
O soneto "o Vagabundo", de Amélia Rodrigues reflete o temor da sociedade
da época com aqueles menores que perambulavam pelas ruas: Doutrina do Dir
eito Penal do Menor
link
O sentimento de insegurança gerado na sociedade
brasileira dessa época – manifestado, por exemplo, no
soneto O vagabundo, significou um problema a ser
enfrentado pelo Estado brasileiro que, contudo, não tinha um programa de ação
para minorar os efeitos sociais oriundos da
urbanização e industrialização.
É nesse cotidiano de
transformações que se insere o
menor brasileiro do
início do século XX: por um
lado, crescimento econômico, industrial e urbano; por
outro, agravamento
das crises sociais,
proliferação dos cortiços,
marginalidade, miséria e
criminalidade.
Doutrina do Direito Penal do Menor
link
Doutrina da Situação Irregular
Prossiga
Política Nacional do Bem-Estar do Menor Funabem Febem
Código de Menores
Doutrina daSituação Irregular
31
link
Até o final da década de 1980 vigorou no Brasil a Doutrina
da Situação Irregular, representada juridicamente
no Código de Menores, desde 1927. Sua reformulação, em 1979, apesar de acontecer
sob a vigência da Declaração Internacional dos Direitos da Criança (de 1959), manteve
os princípios da teoria menorista da situação irregular, e recebeu inspiração do regime
totalitário e militarista repressor e excludente
vigente no País.
Doutrina daSituação Irregular
As crianças pobres e/ ou em famílias com dificuldades de criarem seus filhos tinham um destino quase certo ao buscarem apoio do estado: o de serem encaminhadas como órfãs ou abandonadas;
As famílias buscavam a instituição
pelo desejo de ver seus filhos
educados e pela
necessidade de alimentá-
los
Os “desvalidos” em boa parte,
eram internados por solicitação da família e até por iniciativa própria;
Os “delinquentes”
eram apreendidos, contra a sua
vontade
O Brasil possui uma longa tradição de
internação de crianças e jovens em instituições
asilares
O Código de Menores expressou a visão do
Direito do Menor, “um conjunto de normas jurídicas
relativas à definição da
situação irregular do menor, seu tratamento e
prevenção”. Foi ideologicamente construído para
intervir na infância e na adolescência pobre
e estigmatizada.. Suas bases conceituais
sustentavam a exclusão e o controle
social da pobreza
Doutrina daSituação Irregular
Esse parece ser o entendimento também da Prof. Liliane Capilé para quem "os primeiros ideólogos da FUNABEM não lidavam mais com a perspectiva do menor trabalhador [como à época da formulação do Código Mello Matos de 1927], mas com o "infrator" e o "carente", e acreditavam que para assegurar a ordem, para manter a doutrina da segurança nacional, esses menores deveriam ser "enclausurados"
Conforme o professor
Cavallieri, outros países já teriam
adotado a expressão "situação
irregular" em suas legislações.
Esclarece o professor que
"regular é o que está de acordo com a regra, a
norma. Irregular é o que contraria a norma, o que
se opõe à normalidade".
link lin
k
Apesar da política explicita da não-
internação, o grande modelo
difundido no período foi o do
internato de menores ou os
internatos-prisão
O reconhecimento de que “a falta de recursos é um dos determinantes das internações” não
impediu a disseminação da
concepção de que os pais queriam se ver livres dos filhos
A vulnerabilidade de crianças e jovens, em geral, está estampada na mídia falada e escrita. A violação de seus direitos é tão grave que hoje, mundialmente, este tema constitui objeto de atenção por parte de governantes, da sociedade civil, educadore(a)s, mídia e pesquisadore(a)s.
Prossiga
Doutrina da Proteção Integral
Prossiga
Crianças e AdolescentesSujeitos de Direitos
"Ser criança é..."Autor: Fábio SgroiEditora: Mundo Mirim
41
Constituição Federal (1988) Convenção Internacional
sobre os Direitos da Criança (1989)
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)
Chegamos
Como vimos um dos Marcos da Defesa dos Direitos da Criança e Adolescentes é a Constituição Federal de 1988, “o paradigma de uma nova cidadania aparece contundente na construção das políticas de garantia de direitos.”
Prossiga
Fique atento a este fato
* EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 65 - Altera a denominação do Capítulo VII do Título VIII da Constituição Federal e modifica o seu art. 227, para cuidar dos interesses da juventude. De 13 de julho de 2010.
CONVENÇÃO INTERNACIONAL
SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
ONU. Resolução AG n.º L. 44 (XLIV), de
20/11/1989. Ratificada pelo Brasil
em 20/10/1990
"Ser criança é..."Autor: Fábio SgroiEditora: Mundo Mirim
Um outro Marcos da Defesa dos Direitos da Criança e Adolescentes é a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças (1989)
Prossiga
“ O Brasil como pais signatário da Convenção Internacional dos direitos da Criança firmou sua posição clara em todo o proceso e, ao declarar Crianças e Adolescentes “PRIORIDADE ABSOLUTA” focou sua atenção na necessidade de implementar este novo projeto de humanidade”
Conanda. Documento Base
link
link
Outro Marco da Defesa dos Direitos da Criança e Adolescentes é O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990)
“Neste sentido, a Lei Federal 8069/1990 – “Estatuto da Criança e do Adolescente” – é o instrumento fundamental para o desencadeamento das ações necessárias no cumprimento deste sonho. A partir deste momento, meninos e meninas são sujeitos de direitos prioritários nas politicas publicas e na destinação privilegiada de recursos públicos.”
“A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente, no processo de consolidação da cidadania, inserem um novo modelo democrático participativo e federativo em todo o ciclo das politicas públicas.”
Prossiga
O CONTEXTO EM QUE NASCE O
ECA... Lei n.º 8.069/90
O ECA resultou de uma grande mobilização e organização que envolveu movimentos sociais, políticas públicas e o mundo jurídico no final da década de 80 e início da década de 90 no Brasil.
A construção do ECA congregou inúmeras entidades
da sociedade civil, destacando-se O Movimento
Nacional de Meninos e Meninas de Rua, a Pastoral do
Menor da CNBB, a Frente Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente, a Articulação Nacional dos Centros de Defesa dos
Direitos, Universidades, a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Associação Brasileira de Proteção à
Infância e à Adolescência (ABRAPIA), a OAB, Sindicatos,
etc.
O CONTEXTO EM QUE NASCE
O ECA...
O CONTEXTO EM QUE NASCE
O ECA...Na área governamental essa construção contou com: dirigentes e técnicos ligados à “Criança e Constituinte”, o FONACRID (Fórum Nacional de Dirigentes Estaduais de Políticas Públicas para a Criança e o Adolescente), a Frente Parlamentar pelos Direitos da Criança que articulou Deputados e Senadores de todos os partidos.
O ECA Lei n.º 8.069/90, de forma inovadora, expressa os direitos e deveres destes sujeitos, rompendo com as formas assistencialistas, inquisitórias e estigmatizantes que se manifestavam no antigo código de menores de 1979, aprovado no contexto do regime militar, 20 anos após a declaração dos direitos da criança (1959).
Uma informação importante
Estatuto da Criança e do Adolescente
ART. 1º – Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Vamos aprofundar um pouco mais
sobre as Características da
Doutrina da Proteção Integral
A Doutrina das Nações Unidas de Proteção Integral à Criança, pode ser afirmada a partir destes quatro documentos:
a) Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (20/11/89);
b) Regras mínimas das Nações Unidas para a Administração dos Direitos dos Menores, conhecidas como regras de Beijing (29/11/85);
c) Regras das Nações Unidas para a Proteção dos Menores Privados de Liberdade (14/12/90);
d) Diretrizes das Nações Unidas para a Prevenção da Delinquência Juvenil, conhecidas como Diretrizes como Diretrizes de Riad (14/12/90).
Se desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegasSe desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegas
Este conjunto normativo revogou a antiga concepção tutelar, trazendo a criança e o adolescente para uma
condição de sujeito de direito, de protagonista de sua própria história, titular de direitos e obrigações próprios de sua peculiar condição de pessoa em desenvolvimento, dando um novo contorno ao
funcionamento da Justiça de Infância e Juventude, abandonando o conceito de menor, como
subcategoria de cidadania. Vejamos então a seguir as principais características da Doutrina de proteção
integral:
Essa proteção integral "quer dizer amparo completo, não só da criança e do adolescente,
sob o ponto de vista material e espiritual, como também a sua salvaguarda desde o momento
da concepção, zelando pela assistência à saúde e bem-estar
da gestante e da família, natural ou substituta da qual irá
fazer parte."
O ECA avança em termos conceituais. Se fundamenta na Doutrina de Proteção Integral defendida pela ONU, com base na Declaração Universal dos Direitos da Criança que afirma: o valor intrínseco da criança como ser humano;a necessidade de especial respeito à sua condição de pessoa em desenvolvimentoo valor prospectivo da infância e da juventude como portadores da continuidade do seu povo e da sua espécie; o reconhecimento de sua vulnerabilidade, o que os torna merecedores de proteção integral por parte da família, da sociedade e do Estado, o que poderá atuar através de políticas específicas de proteção e defesa de direitos
Aprofundando um pouco mais...
Se desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegasSe desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegas
Crianças e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor e classe social foram:
reconhecidos como sujeitos de direitos;
considerados em sua condição de pessoas em desenvolvimento; e
garantiu-se o direito à prioridade absoluta, seja na formulação das políticas públicas, como na destinação dos recursos.
SUJEITOS DE DIREITOS conforme Art. 15, 16, 17 e 18 – ou seja, não se deve tratar
a criança e o adolescente como objeto passivo de
intervenção da família, da sociedade e do Estado e SIM como SUJEITO com direitos à
liberdade, ao respeito, à dignidade.
Liberdade
respeito dignida
de
Entende-se por liberdade:I) Ir e vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais;II) opinião e expressão;III) crença e culto religiosos;IV) brincar, praticar esportes e divertir-se;V) participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação;VI) participar da vida política, na forma da lei;VII) buscar refúgio, auxílio e orientação;
O que pensa você sobre esse conceito?
Entende-se por Respeito:
Inviolabilidade de integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais;
O que pensa você sobre esse conceito?
Para Kant, a dignidade é o valor de que se reveste tudo aquilo que não tem preço, ou seja, não é passível de ser substituído por um equivalente. Para SARLET entende-se “... por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos”
Entende-se Dignidade:
O que pensa você sobre esse conceito?
Essa nova condição jurídica a que foram
alçadas as crianças e os adolescentes coloca-os em posição de igualdade em
relação aos adultos. Agora, ambos são vistos como pessoa humana,
possuindo direitos subjetivos que podem ser exigidos judicialmente. É o
que se estabelece expressamente no artigo
3º do ECA:
"A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade".
artigo 3º do ECA:
“é dever de TODOS zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor (ECA Art. 18).
Importante observar que isso não significa que crianças e adolescentes possam fazer o que quiserem, estão
submetidos a lei, com deveres, ou seja: O ECA prioriza transformar a criança e o adolescente em cidadão, o que implica em direitos e deveres;Aos educadores cabe a responsabilidade de conhecer, interpretar, divulgar e aplicar o estatuto;
"É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária."
Mas não é só. Tais direitos devem ser
assegurados solidariamente pela família, comunidade, sociedade em geral e
Poder Público conforme a previsão inovadora
constante do art. 4º do ECA:
artigo 3º do ECA:
Medidas de
Proteção???? O que
exatamente
significa?
Medidas de proteção são destinadas às crianças e aos adolescentes que se encontrem em situação de violação de direitos. São elas:
Encaminhamento aos pais,
Orientação, apoio e acompanhamento à criança e ao adolescente e sua família,
Matrícula e freqüência na escola,
Inclusão em programa comunitário,
Requisição de tratamento,
Abrigo e colocação em família substituta
O ART. 98 fala mais sobre as Medidas de proteção, vejam “ As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados:I – por ação ou omissão da sociedade ou do estado;II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis;III - em razão de sua conduta.”
Segundo João Batista Costa Saraiva os Princípios norteadores da privação de liberdade, são três:
Princípio lógico – excepcionalidade
Princípio cronológico – brevidade (o tempo na adolescência é outro)
Princípio ontológico – condição peculiar de pessoa em desenvolvimento
O ECA também atribui Responsabilidade as entidades de atendimento, de modo especial, os abrigos, vejamos ao lado:
Não mais se admite conceitos como “menor”, considerando a carga
discriminatória encerrada nesta expressão, na medida em que o ordenamento propõe uma normativa apta a contemplar toda a população infanto-juvenil, agora em uma
nova condição, não mais objeto do processo, mas sim sujeito do processo,
protagonista de sua própria história.
A Doutrina da Proteção Integral vem sintetizada nos artigos 226 e
227 da Constituição Federal, que o Estatuto regulamenta.
As crianças passam a ser conceituadas de maneira afirmativa, como sujeitos plenos de direitos. Já não
se tratam “menores”, incapazes, meia-pessoa ou
incompleta, mas sim pessoas cuja única
particularidade é estarem crescendo.
Por isso se lhes reconhecem todos os direitos que têm os
adultos, mais direitos específicos precisamente
por se reconhecer essa circunstância evolutiva.
E a ato Infracional
???
O Ato Infracional é Caracterizado como crime/contravenção cometido por adolescentes e, nestes casos, são aplicadas medidas socioeducativas:①– Advertência② Obrigação de reparar danos③ Prestação de serviço à comunidade④ – Liberdade Assistida⑤– Regime semiliberdade⑥– Internação.
O Art.112 faz algumas observações vejam a seguir.
Prossiga
Fique atento a este fato
O ATO INFRACIONAL É A CONDUTA DESCRITA COMO CRIME OU CONTRVENÇÃO PENAL.
ATÉ 12 ANOS – CONSELHO TUTELAR – MEDIDAS DE PROTEÇÃO
12 AOS 18 ANOS INCOMPLETOS – MEDIDAS SÓCIO- EDUCATIVAS.
O Conselho Tutelar é um órgão permanenteautônomo que tem por responsabilidadezelar pelos direitos de crianças e adolescentes. Conforme Art. 131.
A função é descobrir onde e qual a violação de direitos que está acontecendo. Agir para que cesse a violação. Conselho Tutelar não é pronto-socorro.
O Sistema de Garantia dos Direitos
Vale lembrar que a absoluta
prioridade inclui quatro ‘ P’:
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
O que pensa você sobre este artigo de Lei?
Se desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegasSe desejar, registre suas ideias em seu bloco de notas e troque ideias com os colegas
Prossiga
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
87
ESTATUTODA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE
ANÁLISE TRIPARTITE
por Graça Gadelha
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 88
Estatuto da
Criança e do
Adolescente
LETRASLETRAS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 89
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOSDIREITOS DA CRIANÇA10 Princípios básicos ( natureza ética dos direitos infantis)
ANO INTERNACIONALDA CRIANÇACONVENÇÃO
INTERNACIONALDOS DIREITOS DA CRIANÇA
MARCOSMARCOS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 90
DIREITO ÀSOBREVIVÊNCIA
1. Vida2. Saúde3. Alimentação
DIREITO AODESENVOLVIMENTO
1. Educação2. Cultura3. Lazer
DIREITO ÀINTEGRIDADE
1. Liberdade2. Respeito3. Dignidade
DIREITOS A SEREM ASSEGURADOS
DIREITOS A SEREM ASSEGURADOS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 91
POLÍTICOAumentar os níveis de participação da populaçãoe elevar o respeito aosDireitos Humanos
SOCIAL
Erradicar as desigualdades sociais éticamente intoleráveis
ECONÔMICO
Inserção competitiva no mercado em aceleradoprocesso de globalização
GRANDES DESAFIOSGRANDES DESAFIOS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 92
CONTEÚD0Incorporação de todos os instrumentos da normativa internacional de proteção àcriança
MÉTODOMudança do método corretivo / repressivo para o garantista
GESTÃODescentralização eparticipação
GRANDES MUDANÇAS DE PARADIGMAS
GRANDES MUDANÇAS DE PARADIGMAS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 93
ESTADO
FAMÍLIA
SOCIEDADE
ATORES ESSENCIAISATORES ESSENCIAIS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 94
EXECUTIVO
LEGISLATIVO
JUDICIÁRIO
PODERESPODERES
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 95
MUNICIPALIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
PARTICIPAÇÃO
MACRO TENDÊNCIAS POLÍTICASMACRO TENDÊNCIAS POLÍTICAS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 96
CRIANÇA
ADOLESCENTE
FAMÍLIA
PRIORIDADES BÁSICAS
PRIORIDADES BÁSICAS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 97
SUJEITO DE DIREITOSPRIORIDADE
ABSOLUTA
CONDIÇÃO PECULIARDE DESENVOLVIMENTO
RECONHECIMENTOSFUNDAMENTAIS
RECONHECIMENTOSFUNDAMENTAIS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 98
CONVENÇÃO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ECA
INSTRUMENTOSJURÍDICOS
INSTRUMENTOSJURÍDICOS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 99
SUS8090/90
LOAS8742/93
LDB9394/96
LEIS NORTEADORASCOMPLEMENTARES
LEIS NORTEADORASCOMPLEMENTARES
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 100
PREFERÊNCIA
PRECEDÊNCIA
PRIVILÉGIO
EIXOS DE ATENDIMENTO
EIXOS DE ATENDIMENTO
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 101
PROMOÇÃO
DEFESA
CONTROLE SOCIAL
FORMAS DE GARANTIA DE DIREITOSFORMAS DE GARANTIA DE DIREITOS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 102
POLÍTICAS SOCIAIS BÁSICAS
POLÍTICASASSISTENCIAIS POLÍTICAS
ESPECIAIS
LINHAS DEPOLÍTICAS PÚBLICASLINHAS DEPOLÍTICAS PÚBLICAS
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 103
CONSELHO DEDIREITOS
CONSELHOSTUTELARES
FUNDOS ESPECIAIS
ESTRUTURASDE APOIO
ESTRUTURASDE APOIO
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 104
OG’SORGANIZAÇÕES
GOVERNAMENTAIS
INICIATIVAPRIVADA
ONG’SORGANIZAÇÕES NÃO
GOVERNAMENTAIS
FORMAS DEOPERACIONALIZAÇÃOFORMAS DEOPERACIONALIZAÇÃO
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
ES
TA
TU
TO
DA
CR
IAN
ÇA
E D
O A
DO
LES
CEN
TE
Graça Gadelha 105
COMITÊ NACIONAL
FÓRUNS/
REDESLOCAIS
FÓRUNS ESTADUAIS
INSTÂNCIAS DEENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIIA SEXUAL
INSTÂNCIAS DEENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIIA SEXUAL
“ O mais importante é lembrar que, se é verdade que existe no Brasil hoje, uma enorme distância entre a lei e a realidade, o melhor caminho para diminuir esse hiato entre o país-legal e o país-real não é piorar a lei, mas melhorar a realidade, para que ela se aproxime cada vez mais do que dispõe a legislação.”
Agop Kayayanam (UNICEF) Prossiga na
linha do tempo
1990 – Criação do SUS - Sistema Único de Saúde --Lei 8080/90- Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências
1992- Criação do CONANDA - O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente foi criado por lei federal em dezembro de 1992. Uma importante atribuição deste órgão, é a formulação de políticas públicas e a destinação de recursos, orientados ao cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sua constituição se dá de forma paritária entre membros do governo e membros da sociedade civil organizada.
link
link
1989- Lei 7853/89: Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde...
link
Outro marco legal é a Criação do CONANDA : Lei 8.242, art. 3º de 12 de outubro de 1991. Que entra em vigor pelo Decreto 408 de 27 de dezembro de 1991.
É a partir desse modelo que o Conanda -
Conselho Nacional dos Direitos
da Criança e Adolescente em conjunto com os
Conselhos Estaduais, Distrito
Federal e Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente vem impulsionando um processo que visa
articular os atores do Sistema de Garantia dos Direitos para efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes
Fique atento a este fato
Não podemos esquecer que temos também como Referenciais Normativos a nível nacional as Leis orgânicas: SUS, Suas, LDB da Educação e outras e a nível internacional os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM)
Prossiga na linha do tempo
1993 – Criação do ECPAT (Articulação Internacional para eliminação da prostituição infantil, da pornografia infantil, do turismo sexual e do tráfico de crianças e adolescentes para fins de exploração sexual).
1993 - DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO -II Conferência Mundial de Direitos Humanos - VIENA, Áustria “A violência e todas as formas de abuso e exploração sexual, incluindo o preconceito cultural e o tráfico internacional de pessoas, são incompatíveis com a dignidade e valor da pessoa humana e devem ser eliminadas”
1993 – Sanção da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS): define que, no Brasil, a assistência social é direito do cidadão e dever do Estado. .
link
link
link
1993 – CPI da prostituição infantil
link
link
•1995 -Resolução nº 41 -do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente -Aprova em sua íntegra o texto oriundo da Sociedade Brasileira de Pediatria, relativo aos Direitos da Criança e do Adolescente hospitalizados.
1994 - Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) - tem papel chave na implementação de políticas públicas/ações para assegurar os direitos à educação das pessoas com deficiência;
1995- I Conferência Nacional dos Direitos da Criança - Com a ideia de ampliar a discussão relativa aos direitos da criança e do adolescente, o CONANDA propôs a realização da primeira Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente..
link
1995 - DECLARAÇÃO DE PEQUIM / BEIJIM - Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz - Beijim, China, em 15/09/1995
link
1997 - O Sistema de Informação para Infância e Adolescência - SIPIA é um sistema nacional de registro e tratamento de informação sobre a promoção e defesa dos direitos fundamentais preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90), criado em 1997, no contexto da Política de Direitos Humanos e gerido, a partir 2003, pela Secretaria de Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente.
1996 – I Congresso Mundial contra a Exploração Sexual Comercial de Crianças – Aprova Agenda de Ação de Estocolmo
link
1996 – Sanção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB): define e regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição.
2000 – Aprovação do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: marca a consolidação da luta contra a violência sexual infanto-adolescente.
2001 -Resol. nº 08 Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência Recomenda ao Ministério da Educação -MEC e ao Conselho Nacional de Educação -CNE medidas referentes à inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência, no sistema regular de ensino, e dá outras providências
1998 – Encontro ECPAT Brasil - 18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil- O dia 18 de maio nasceu na Bahia, em 1998, 1º Encontro do Ecpat, organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, no Brasil. A data foi escolhida para que não seja esquecida a história de Araceli Cabrera Sanches. Aos oito anos de idade, ela foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba.
link
link
A Convenção nº 182 da OIT, de 2000, classifica como "as piores formas de trabalho infantil" o trabalho escravo ou semi-escravo.
Fonte: Márcio Pochman in Exclusão Social no Brasil - 2004
Observe o Índice de Exclusão Social 2000
Prossiga na linha do tempo
2.000 - Compromisso do Brasil com os ODMlin
k
2001- DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO- Conferencia Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância - Durban (África do Sul).
link
2001 -O Ministério da Saúde instituiu a Portaria n° 1.968/GM, de 25 de outubro de 2001- -Dispõe sobre a notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de maus-tratos contra crianças e adolescentes atendidos nas entidades do Sistema Único de Saúde.
2003 – Aprovação do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente2003 - Resol. n° 91/2003 –CONANDA -• -Dispõe sobre a aplicação das disposições constantes do Estatuto da Criança e do Adolescente à família, à comunidade, à sociedade, e especialmente à criança e ao adolescente indígenas
117
Analise se você tem contribuído para garantir os direitos de jovens com deficiência ao acesso ao Ensino e à participação em condições de igualdade .
Agora que você possui este novo conhecimento sobre os direitos humanos, pense em formas de rever suas práticas e promover os direitos de todos/as à educação.
UMA QUESTÃO PARA VOCÊ PENSAR
Prossiga na linha do tempo
2004 - Lei de Acessibilidade (10.098/2000 regulamentada em 2004 por decreto- lei):
link
2004 - Política Nacional de Assistência Social lin
k
2004- Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal
link
2005 - Agenda de Compromisso da Criança – Atenção Integral
link
Em dezembro de 2003, Conferência Nacional de Assistência Social – Construção e implementação do SUAS
2005 inicia-se implantação do SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Sistema Descentralizado e Participativo através de um Sistema único de Assistência Social
2006 – Aprovação do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e do Sistema Nacional Socioeducativo (Sinase): os dois documentos buscam solução para direitos garantidos pelo Estatuto, mas que ainda encontram dificuldades para sua efetivação. Para o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, pela primeira vez, dois conselhos se reuniram para traçar as diretrizes e metas – o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Nacional da Assistência Social. Prossiga
2006 - Diretrizes Internacionais - crianças privadas de cuidados parentais
2006 - Pacto pela Saúde na dimensão do Pacto pela Vida
link
link
Criança era outro...
Naquele em que me tornei
Cresci e esqueci.
Tenho de meu, agora,
um silêncio, uma lei
Ganhei ou perdi?
Fernando Pessoa
Prossiga
Entre leis, decretos, instruções, portarias, comunicados e resoluções, existem mais de 180 mil normas legais federais, de acordo com um levantamento da Casa Civil.
Melchiades Filho, Folha de São Paulo, sexta-feira, 29/08/ 2008
Sistema de Garantia de Direitos
Valores Fundamentais
Políticas básicas
Med
idas
de
pro
teçã
o es
pec
ial
Med
idas sócio-
edu
cativas
Resumindo...
Função da Proteção Social Especial
FORTALECER OU CRIAR VÍNCULOS FAMILIARES OU COMUNITÁRIOS
mudanças culturais, e mudanças culturais, e novos paradigmas na novos paradigmas na
FAMÍLIAFAMÍLIA
“Descobrir e valorizar as fortalezas e
potencialidades ao invés de
diagnosticar o que está errado em relação a um
pretenso modelo de saúde e
normalidade” (PNCFC).
Sócio-Educativo – Adolescentes Infratores
Proteção Especial – Vitimização / Risco
Políticas Básicas – Acesso Universal
Vamos pensar nas Políticas Públicas no ECA, ou seja, as Atividades que o Estado se compromete a prestar, como uma farol
Semili-berdade
Internação
Educação
Prestação de Serviços àComunidade
ColocaçãoFamiliar
Abrigo
Tratamento Especializado
Renda Mínima
Apoio Sócio- Famíliar
Reinserção Escolar
ApoioTemporário
Busca desaparecidos
Atendimento Integrado ao
Infrator
Reparação de Danos
Alimentação
Habitação
Saúde
Cultura
Profissio-nalização
Lazer
ProteçãoJurídico-Social
ESCOLA
CONSELHOTUTELAR
JUIZADO
Tratamento Drogadição
VítimasMaus-Tratos
Guarda Subsidiada
Esporte
FAMÍLIA
mudanças culturais e novos paradigmas: mudanças culturais e novos paradigmas: INSTITUCIONALIZAÇÃOINSTITUCIONALIZAÇÃO
LIÇÕES DA PRIVAÇÃO DA LIBERDADE
LIÇÕES DA PRIVAÇÃO DA LIBERDADE
Apesar do seu caráter quantitativo reduzido, a questão do adolescente infrator possui um induvidável efeito contaminante negativo sobre o conjunto das políticas sociais. Quem não resolve este problema compromete todas as políticas sociais para a infância em geral e os direitos humanos dos adolescentes em particular. A questão do adolescente infrator é um extraordinário termômetro da democracia.
Emilio Garcia Mendez
Leia Artigo DAS NECESSIDADES AOS DIREITOS deste autor
link
link
Proteção Social Especial de Média Complexidade
É a medida indicada quando Os direitos foram violados, porém os vínculos familiares não foram rompidos, embora estejam fragilizados.
Proteção Social Especial de Alta Complexidade
É a medida indicada quando Os direitos foram violados, e os vínculos familiares estão rompidos, a
criança é o adolescente se Encontra-se sem referência, e ou ameaçados.
Destaque os principais pontos do texto que você acabou de ler, anote os documentos apontados e se possível, conheça esses documentos na íntegra. Faça anotações e guarde com você.
Destaque os principais pontos do texto que você acabou de ler, anote os documentos apontados e se possível, conheça esses documentos na íntegra. Faça anotações e guarde com você.
2008 - Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD, ONU, 2008)
Prossiga
link
2008 - PAC Saúde– Mais Saúde, 2008
link
2009 - Compromisso para Acelerar a Desigualdade Regional,
link
2011-2020 - Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e o Plano Decenal . Iniciado na 8ª Conferencia e temaDa 9ª Conferencia em 2012
link
2011-2020 - Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e o Plano Decenal
A elaboração da Política Nacional e do Plano Decenal
dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes é um
processo coletivo em construção, iniciado no ano
de 2009, através das conferências municipais,
regionais, estaduais e distrital
Ela é regida por três tipos de princípios:1 - os que correspondem a direitos humanos universais;2 - os relativos a direitos humanos exclusivos de crianças eadolescentes;3 - os de natureza organizativa.
2011-2020 - Política Nacional dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e o Plano Decenal São cinco eixos estratégicos levam em conta o
Sistema de Garantia dos Direitos:1. Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes
2. Proteção e Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes3. Controle da Efetivação dos Direitos Humanos de
Crianças eAdolescentes
4. Participação de Crianças e Adolescentes5. Gestão da Política Nacional dos Direitos Humanos
de Crianças eAdolescentes
Para aprofundar este tema veja curso Processo histórico das Conferências de Direito da Criança e Adolescente
link
Prossiga e veja linha tempo das Conferências
500 participantes
800 participantes 1.000 participantes
1.000 participantes1.200 participantes955 participantes
1.800 sendo 600 crianças e adolescentes1203 participantes
História das Conferências Nacionais
link
link
link
link
link
link
link
link
link
“OLHAR A CRIANÇA E O ADOLESCENTE COM OS OLHOS
DO ESTATUTO, É DESEJAR PARA OS FILHOS DOS OUTROS O QUE DESEJAMOS PARA OS
NOSSOS FILHOS.”
Herbert de Souza
PROMOÇÃO DA CIDADANIA
“Ser sujeito significa tomar parte ativa nos processos e não simplesmente submeter-se aos
acontecimentos e às decisões de outros, como um mero objeto. Portanto, a criança enquanto sujeito
significa que todas as decisões tomadas a seu respeito devem levar em conta seus interesses
específicos, abrindo espaços para que ela expresse seu ponto de vista e participe dos
processos decisórios”.
Livia deTomazzi, autora da tese de doutorado "Em Busca da Identidade - As Lutas em Defesa dos Direitos da Criança e
do Adolescente no Brasil e a Questão da Participação", pela Universidade de Paris.
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/50198f20-d830-4be7-baf1-8b5cf5e67cf8/Default.aspx
Destaque os principais pontos do texto que você acabou de ler, anote os documentos apontados e se possível, conheça esses documentos na íntegra. Faça anotações e guarde com você.
“De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estaremos
sempre começando; a certeza de que é preciso continuar, e
a certeza de que seremos interrompidos antes de
terminar. Fazer da interrupção, um novo
caminho, do medo, uma ponte, da procura, um
encontro”Fernando Sabino
Vamos abrir este debate...
Segundo Profa. Dra. Maria Helena Zamora o Estatuto ainda não está implementado pois a:
Prossiga
Cont....O Estatuto ainda não está implementado.....
Profa. Dra. Maria Helena Zamora
Que ganhos o Estatuto já trouxe para crianças e
adolescentes?
Profa. Dra. Maria Helena Zamora
...que, dos cerca de 180
milhões de habitantes, o
Brasil possui 44 milhões
de pobres e 18 milhões
extremamente pobres?
Fonte: UNESCO
VOCÊ SABIA...
Foto: Araken Alcântara
Foto: Araquém Alcântara
A pobreza, em todas as suas formas, precisa ser
compreendida como um fenômeno multidimensional que
envolve aspectos como fome, crueldade, violência, opressão,
falta de oportunidades, ausência de acesso à políticas sociais
básicas como saúde, educação, habitação, saneamento
básico, políticas de gênero, políticas de geração de trabalho e
renda, acesso à emprego, condições de expressão e
participação.
Fonte: Mapa da Violência 2006
Prossiga
Novos padrões de mortalidade juvenil:
• Há cinco ou seis décadas a principal causa de morte entre jovens: epidemias e doenças infecciosas;
• Atualmente: “Causas externas” – acidentes de trânsito e homicídios;
• Em 2004, dos 46.812 óbitos juvenis registrados, 33.770 tiveram sua origem em “causas externas”;
• Quase ¾ dos jovens (72.1%) morreram por causas externas.
Fonte: Mapa da Violência 2006
Prossiga
Conclusões alarmantes: Homicídios:
• 39,7% das mortes de jovens acontecidas em 2004 foram por homicídios
• Na faixa dos 14 aos 16 anos de idade que os homicídios mais têm crescido
• Nos finais de semana, os homicídios aumentam severamente• 50,8 homicídios de jovens por dia no Brasil• No nível internacional, entre 84 países do mundo, com sua taxa total
de 27 homicídios em 100 mil habitantes, o Brasil ocupa a 4a posição e entre os jovens a situação é mais grave: a taxa de 51,7 homicídios em 100 mil jovens registrada em 2004 coloca o Brasil na 3a posição.
Fonte: Mapa da Violência 2006
Conclusões alarmantes:
Mortes por armas de fogo
• Dentre 65 países do mundo, o Brasil com uma taxa de 20,7 mortes em 100 mil habitantes, ocupa a 2a posição no ranking.
• E entre os jovens, com uma taxa de 43,1 mortes em 100 mil jovens ocupa a primeira posição!
Fonte: Mapa da Violência 2006 Prossiga
Dados gerais sobre a violência, adolescência e juventude no Brasil
Dados da violência estrutural
Dados sobre a adolescência no Brasil
Prossiga
Principal grupo de risco de tráfico sexual Trafico Internacional: Mulheres jovens (15 e 27 anos)Trafico Interno: Adolescentes (12 a 18 anos)Afro-descendentes; Baixa renda (menos de um salário); Baixa escolaridade (fundamental incompleto); Residentes em áreas periféricas com carência de serviços básicos e bens sociais.; Famílias em situação de fragilidade e vulnerabilidade.; Histórico de violência doméstica (sexual, física ou psicológica) e extrafamiliar (em escolas, abrigos, em redes de exploração sexual e em outras relações).
Dados sobre a adolescência no Brasil
Prossiga
Mapas da Violência, http://www.unesco.org.br/publicacoes/livros/ mapaiv/mostra_documento
link
link
Dados sobre a adolescência no Brasil
Seriam os adolescentes os maiores responsáveis pela violência no Brasil?
Várias situações de trabalho infantil...
Fotos: Iolanda Huzak
Estatísticas do trabalho infantil:Existência de dificuldades para uma aferição exata do trabalho
infantil
A zona rural do Nordeste é a área do país com o maior índice de trabalho infantil. Uma cena comum no Nordeste: nas casas de farinha, as famílias descascam, raspam e torram a mandioca. Muitas vezes, com a exploração do trabalho infantil. No Brasil, algumas das formas especialmente nocivas de trabalho infantil são: o trabalho em canaviais, em minas de carvão, em funilarias, em cutelarias na metalurgia e junto a fornos quentes, entre outros.
Criminalização da pobreza
Criminalização da pobreza
O ônus da cultura prisional
Afinal, os adolescentes infratores ficam impunes?
Ato infracional: Onde o Estatuto (ainda) não foi
aplicado
“Quando um adolescente comete um homicídio, principalmente contra alguém da classe média ou alta, a mídia, a opinião pública clama pela redução da idade de inimputabilidade penal, porém, diariamente são
assassinados(as) adolescentes das camadas populares e não se vê nenhuma revolta, nenhuma indignação. Do mesmo jeito que não se ouve nenhum clamor público contra a morte diária de quinhentas crianças por causas
evitáveis” (ANDI).
Por que não ver que a falta de direitos e a desigualdade social também é violenta?
Como podemos reverter tal situação na concretude de nossas práticas?
Recife, Brasil
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima
existirem 100 milhões de crianças
vivendo nas ruas do mundo
subdesenvolvido ou em desenvolvimento, das
quais 10 milhões no Brasil.
A maioria dessas crianças abusa das drogas, que
as ajudam a negar, a fugir da realidade, a matar
a fome, e a se aquecer. Qual o mundo que
deixaremos para as crianças de hoje e para as
que ainda nascerão?
Nos dois grupos, os meninos são maioria.
As meninas têm por destino a prostituição.
Qual o mundo que deixaremos para as crianças de hoje
e para as que ainda nascerão?
Para onde aponta o futuro do ECA e das políticas publicas para a criança e
adolescente????
“Sem os direitos garantidos, como cobrar o cumprimento de deveres?”
Unifesp – 2008 – Violência Doméstica
Cristiane Silvestre de Paula
Moralidade, boa conduta, juízo:“O maior exige do menor”
Fonte: Maia, M. V. M. Rios sem discurso. reflexões sobre a agressividade da infância na contemporaneidade, 2007.
É importante destacar que a ação de movimentos sociais diversos já eliminou ou minimizou inúmeras barreiras para promover e ampliar os direitos humanos de grupos sociais vulneráveis. Contudo, ainda persiste a desigualdade traduzida na falta de oportunidades de acesso à educação de qualidade, necessária para realizar o pleno desenvolvimento de cada indivíduo e sua cidadania (FERREIRA, 2006).
É preciso pensar o Brasil que queremos:
• Aumentar o crescimento para gerar emprego e renda;• Elevar os níveis de participação democrática da população;• Comprometer-se com a redução da desigualdade .
O aumento de medidas repressivas não diminui a violência ou a criminalidade.
É preciso investir em medidas preventivas e de combate à violência que atuem sobre as causas e não as consequências.
“L’humanité est indignée en moi et avec moi. Cette indignation qui est une des
formes les plus passionées de l’amour, il ne faut ni la dissimuler ni essayer de
l’oublier.”George Sand
A humanidade está indignada em mim e comigo. Não devemos dissimular esta indignação nem tentar esquecê-la, ela que é uma das expressões mais apaixonadas de
amor. George Sand
The Family of Man – Edward Steichen – Migrant Mother (1936), Dorothea Lange
CONTROLE SOCIAL E MONITORAMENTO
Elementos de uma mesma
natureza:
Defesa e Garantia de
DireitosDesafios: Identificar os dados que existem e os
que não existem: identificar a invisibilidade de algumas crianças e adolescentes em relação a dados.
Embora tenhamos muitos atores em defesa dos direitos da criança e do adolescente, algumas lacunas se interpõem no processo eficaz de monitoramento e incidência política:
- Há uma tendência de atuação de forma fragmentada e focada em políticas sociais específicas
- O processo de incidência ainda convive com estratégias pontuais de intervenções e mobilizações
E A CULTURA DO MONITORAMENTO
NO BRASIL ?
COMO ANCORAMOS NOSSAPLATAFORMA DE INDICADORES?
DESAFIOSIDENTIFICADOS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃODE INDICADORES NA DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS
Avançar a qualidade dos dados e indicadores sobre a situação da população infantil do país e garantir orçamento para executar as ações.
Investir na capacitação dos atores da sociedade civil para o monitoramento dos Direitos de Crianças e Adolescentes. O conhecimento de instrumentos internacionais de direitos humanos continua frágil;
Focar o monitoramento no enfoque de Direitos.
Através dos indicadores reformar a lei.
Antonio Carlos Gomes, 2008, nos diz “As dificuldades são muitas, mas não são diferentes das que enfrentam as leis que regem outras políticas públicas do ramo social do Estado brasileiro. Já caminhamos muito, não estamos parados e nem andando para trás, todavia, ainda há muito por fazer. Existem dois consensos e um dissenso sobre o ECA em nossa sociedade. O primeiro consenso é de que o Estatuto é uma legislação avançada. O segundo, é o de que existe uma enorme distância entre a lei e a realidade. “
“A insegurança social não alimenta somente a pobreza. Ela age como um princípio de desmoralização, de dissociação social à maneira de um vírus que impregna a vida cotidiana. Dissolve os laços sociais e mina as estruturas psíquicas dos indivíduos”.
Robert Castel, sociólogo francês
Castel, R. A insegurança social – O que é ser protegido? Petrópolis: Ed. Vozes, 2005.
Insegurança social no neoliberalismo
179
Só mais uma mensagem:É necessário lembrar que a lei, sozinha, não constrói a realidade. Uma lei é um horizonte, uma meta, um caminho por onde a sociedade escolhe trilhar para
chegar onde quer. Sempre que elegemos nossos legisladores, autorizamos um
grupo reduzido de pessoas a nos representar na elaboração das leis que
vão reger nosso país. Desta forma, estamos escolhendo nosso destino!
E nós somos herdeiros daqueles meninos e meninas que ao longo destes 500 anos vêm resistindo e lutando só para sobreviver, só para poder acordar todo dia e ter um prato de comida, ter uma casa para viver, uma roupa para vestir e sonhar por frequentar
oito anos de escola.E nós somos, hoje, os operadores desta
herança histórica de luta e resistência neste país.”
Cláudio Augusto Vieira da SilvaPresidente do CONANDA
Você acaba de vencer esta etapa de seus estudos.
Revise o conteúdo abordado.E fique atento as próximas temáticas que estarei trazendo. http://www.buzzero.com/autores/regomes1
Um abraço.Até lá Prossiga e Muito
Sucesso ! 181
• Destaque os principais pontos do texto que você acabou de ler.
• Identifique os aspectos comuns encontrados no texto lido com o material já estudado.
• Identifique pontos divergentes , caso você encontre.
• Relacione os pontos que estarão presentes no seu texto.
• Estabeleça relações entre o texto lido com o material de estudo.
Pronto, é hora de criar sua produção
MÃOS A OBRA!Guarde com você este texto. Mais tarde poderá precisar dele para melhorá-lo, revisá-lo. É assim que se constrói verdadeiramente conhecimentos.
182
AGORA É COM VOCÊ!
compartilhe com seus colegas suas ideias sobre os assuntos estudados aqui e de sua prática. Troque experiências, proponha discussões.
compartilhe com seus colegas suas ideias sobre os assuntos estudados aqui e de sua prática. Troque experiências, proponha discussões.
183
Sou formada em Psicologia pela Universidade de Guarulhos, SP - turma de 1983. Especializei-me em Psicologia Clinica, Psicopatologia do Trabalho, Dependência Química, Gestão de Saúde Publica, sendo Gênero e Politicas Públicas a minha mais recente jornada. Em 2003 iniciei como trabalhadora do SUS na Cidade de São Paulo, na Cidade Tiradentes, extremo Leste de SP.Casada, dois filhos e recentemente portadora de Deficiência física pela Síndrome pós-poliomielite e agravamento Deficiência auditiva. Contatos: [email protected] - http://saudemulheronline.blogspot.com/http://saudesexualjovem.blogspot.com/Twitter - @regomes1Facebook - http://www.facebook.com/Regomes1
184
Sou grata a Buzzero pela oportunidade de postar meus conhecimentos, gratidão a tod@s professores, mestres e autores/as e militantes que tem partilhado da minha jornada em busca de estar um ser humano melhor, grata a atores/as de ação na busca de igualdade de direitos entre homens e mulheres, branc@s/ negr@s/indígenas que possuem contribuição na construção de politicas que visam a interferir nestas situações. São muitos/as que estão presentes, sendo assim, estes conceitos aqui citados, são copiados destes e vieram destas múltiplas fontes e de com certeza de Deus e da minha fé na sua existência.185 185
BibliografiasReferências e indicações
História das Crianças no Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_Crian%C3%A7as_no_Brasil
História da infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes http://www.unicentro.br/editora/revistas/analecta/v3n2/artigo%204%20hist%F3ria%20da%20inf%E2ncia.pdf
Especial História da infância e direitos da criança http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012184.pdf
Doutrina da Situação Irregular http://www.ucg.br/site_docente/jur/maria_aparecida/pdf/teoriadasituacao.PDFhttp://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/cc/3/crianca/marco.htmhttp://www.redeandibrasil.org.br/eca/sobre-o-eca/linha-do-tempohttp://jus.com.br/revista/texto/3626/notas-sobre-o-direito-da-crianca/2http://jus.com.br/revista/texto/3626/notas-sobre-o-direito-da-crianca
A construção da responsabilidade penal do adolescente no brasil: uma breve reflexão histórica http://www.mp.rs.gov.br/infancia/doutrina/id186.htm
O código Mello Mattos e seus reflexos na legislação posterior http://portaltj.tjrj.jus.br/c/document_library/get_file?uuid=b2498574-2cae-4be7-a8ac-9f3b00881837&groupid=10136
A sociedade e a lei: o código penal de 1890 e as novas tendências penais na primeira república http://www.nevusp.org/downloads/down113.pdf
O Código Criminal do Império http://letrasjuridicas.blogspot.com/2009/05/o-codigo-criminal-do-imperio.html
O Código Criminal do Império http://www.caamaral.adv.br/cdcriminal.htm
Antecedentes históricos do código criminal de 1830- http://www.Azevedo.Adv.Br/lermais_materias.Php?Cd_materias=50
Decreto n° 2.099, de 18 de dezembro de 1996 (DOU - Seção 1 - 19/12/96)- Dá nova redação ao art. 1° do Decreto n° 408, de 27 de dezembro de 1991, que regulamenta o art. 3° da Lei n° 8.242, de 12 de outubro de 1991, que cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA. http://www.mp.rs.gov.br/infancia/legislacao/id88.htm
2012: 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - http://www.direitoshumanos.etc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11726:2012-9o-conferencia-nacional-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente&catid=17:crianca-e-adolescente&Itemid=163
Pequena contribuição, sobre o significado das conferências http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/participacao_parceria/conferencias/2007/o_que_sao_as_conferencias.pdf
Entenda o que é uma conferência http://www.direitosdacrianca.org.br/destaques/8a-conferencia/entenda-o-que-e-uma-conferencia-1
Histórico das Conferencias DCA - http://www.forumdca.org.br/arquivos/documentos/Confer%C3%AAncias.pdf
Lei orgânica Sus http://www.conass.org.br/arquivos/file/legislacaodosus.pdf
DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO- Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância http://www.gddc.pt/direitos-humanos/Racismo.pdf
Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994)http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
DECLARAÇÃO E PROGRAMA DE AÇÃO -II Conferência Mundial de Direitos Humanos - VIENA, Áustria, 1993http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/viena.htm
João Batista Costa Saraiva http://www.jbsaraiva.blog.br/blog/
Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/discrimulher.htm
Critica ao trabalho escravo e infantil e a tortura de animais http://youtu.be/DX1iplQQJTo
Estatuto da Criança e do Adolescente faz 20 anos http://mais.uol.com.br/view/5495583
O Estatuto da Proteção – Parte1 http://mais.uol.com.br/view/5993528
O Estatuto da Proteção – Parte2 http://mais.uol.com.br/view/5993565
O Estatuto da Proteção - Parte 3 http://mais.uol.com.br/view/5993567
Eduardo Galeano - O Direito ao Delírio - El Derecho al Delirio (Legend) http://www.youtube.com/watch?v=m-pgHlB8QdQ&feature=player_embedded
Vídeos indicados