POLÍCIA MILITAR DA BAHIAACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CEL PM ANTÔNIO MEDEIROS DE AZEVEDOCURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
3º CFO PM – TURMA ‘’D’’
AL OF PM LAÍS SENA, Nº 24AL OF PM FERNANDA DINIZ, Nº 44
AL OF PM ALENILSON, Nº 54AL OF PM PITANGA NETO, Nº 60
AL OF PM ALANA ALMEIDA, Nº 68AL OF PM DE ASSIS, Nº 104
ESTUDO DE CASO DIRIGIDO – OPERAÇÃO RONDA ESCOLAR
SALVADOR – BAHIA2015
POLÍCIA MILITAR DA BAHIAACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CEL PM ANTÔNIO MEDEIROS DE AZEVEDOCURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
3º CFO PM – TURMA ‘’D’’
ESTUDO DE CASO DIRIGIDO – OPERAÇÃO RONDA ESCOLAR
AL OF PM LAÍS SENA, Nº 24
AL OF PM FERNANDA DINIZ, Nº 44
AL OF PM ALENILSON, Nº 54
AL OF PM PITANGA NETO, Nº 60
AL OF PM ALANA ALMEIDA, Nº 68
AL OF PM DE ASSIS, Nº 104
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Planejamento Operacional – Planop, no Curso de Formação de Oficiais, na Academia de Polícia Militar da Bahia.
Orientação: Cap PM Garrido
SALVADOR – BAHIA
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3
2 CARACTERIZAÇÃO DA OPM................................................................................ 3
3 HISTÓRICO DA OPERAÇÃO.................................................................................. 5
4 CARACTERIZAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS......................................................... 6
5 PLANEJAMENTO DAS LINHAS DE AÇÃO.......................................................... 8
6 PRODUTIVIDADE POLICIAL................................................................................. 9
7 CONCLUSÃO............................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS..............................................................................................................
.
11
ANEXOS..........................................................................................................................
.
12
1 INTRODUÇÃO
A escola contemporânea passa por um processo diluidor que se expressa pelo
esvaziamento da formação cidadã, tanto ao que se refere à ausência da promoção de um
ensino crítico, como à ineficácia da preparação de adolescentes e jovens para a inserção no
mercado de trabalho e para a efetivação dos direitos humanos. Situações que nos últimos anos
levaram a um descrédito social da escola, implicando no esgotamento da autoridade da
instituição, que passa a se caracterizar como uma instituição mais vulnerável ao crescimento
da indisciplina e mesmo da violência juvenil, que acabam se transformando em atos de
infração, assim como em atos de alta comoção social, como tentativas de homicídio e
homicídios. Contexto que compromete a implicação desta instituição na luta pelos direitos
humanos como forma de liberdades básicas de todos os seres humanos, incluindo a liberdade
de pensamento, de expressão, e a igualdade perante a lei.
Ao buscar compreender o processo educativo, percebemos que possivelmente existe
uma lacuna na sociedade e que em algum ponto a escola não tem obtido completo êxito em
seu objetivo de formar cidadãos críticos e conscientes. A vulnerabilidade da escola e a
manifestação de atos incontroláveis de conduta mais violenta entre estudantes crianças e
adolescentes ensejou a tomada de medidas com o objetivo de inibir, controlar e dar proteção
às escolas.A Secretaria da Educação e a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia
firmaram um convênio através de Decreto Governamental (2009), ação pública que articulou
a escola a instituições da ordem ligadas à segurança pública, garantindo que as ocorrências
mais graves dentro das escolas seriam imediatamente informadas a Polícia Militar e que a
mesma estaria mais perto das escolas, passando nos três turnos, na chamada Operação Ronda
Escolar. Esta ação, ao mesmo tempo que indica uma consciência política em relação a
violência na escola, demonstra a integração de órgãos (Ministério Público, Conselho Tutelar,
Delegacia do Adolescente Infrator - DAI) na busca pelos direitos humanos.
Este trabalho é produto de um estudo de caso dirigido com aplicação dos conceitos de
planejamento operacional pela SPO da Operação Ronda Escolar, no qual será apresentado o
histórico e caracterização da unidade, sua finalidade, bem como o plano de emprego
operacional, produtividade e emprego.
2 CARACTERIZAÇÃO DA OPM
Localizada na Rua Canarana nº 47, no Bairro de Pernambués, Salvador Bahia, a
Ronda Escolar da Polícia Militar atua de forma conjunta com a direção das escolas, em ações
preventivas e repressivas, através de reuniões com o corpo docente, visitas programadas,
rotineiras e excepcionais, nas 288 instituições de ensino estaduais e em seu entorno. Ela tem
empregado mensalmente cerca de 90 policiais militares, 15 viaturas e 8 motocicletas, que
cobrem toda a capital e parte da RMS.
As atividades de Ronda Escolar possuem como missão intensificar o policiamento
ostensivo por meio de rondas nos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual e no
seu entorno, atuando também em escolas da rede municipal e privada, com o escopo de
garantir a segurança no ambiente escolar, tendo como primado o ser humano, quando
verificado a existência atual ou eminente de violência. Estas atividades são implementadas
através de ações proativas, preventivas, educativas e repressivas, se necessário, visando à
redução e controle da violência, o uso e tráfico de drogas nas unidades de ensino ou no
entorno.
O objetivo da Operação Ronda Escolar é buscar garantir a sensação de segurança e a
integridade física do ambiente escolar (alunos/professores/funcionários/comunidade do
entorno/estrutura física da escola), prevenindo e/ou reprimindo os atos e/ou ações delituosas
que se contraponham às normas estabelecidas.
ARonda Escolaré um policiamento dentro da Polícia Militar, que tem como finalidade
executar de forma qualificada e técnica o policiamento escolar com fundamento nos
princípios da polícia comunitária e cidadã, e utilizando-se dos princípios do Policiamento
Orientado ao Problema, busca a política de proximidade, tendo como premissa o Estatuto do
Menor e do Adolescente (ECA) e toda e qualquer norma de proteção à criança e adolescente,
objetivando implementar ações preventivas nas instituições de ensino, visando a redução e
controle da violência e drogas. A ronda escolar se faz presente também no intuito de proteger
os menores que se encontram dentro da escola de qualquer tipo de atitudes que violem seus
direitos.
Pela falta de efetivo para compor um batalhão específico para a atividade de ronda
escolar, sua atividade é desenvolvida através de serviço extraordinário, assim, caracteriza-se o
trabalho da ronda escolar como um serviço composto por policiais de outras unidades, que em
seu horário de folga, exercem atividade extraordinária na ronda escolar. Para participar da
ronda escolar cada policial que tem interesse em realizar o serviço, primeiramente envia uma
ficha preenchida com os dados pessoais e profissionais, com a assinatura do comandante do
seu local de lotação, autorizando o mesmo a exercer a atividade extraordinária. Em seguida,
um pouco antes do início do ano letivo, o policial participa de uma palestra formativa, com
duração de 30h, na qual o policial é orientado sobre atividades desenvolvidas no interior das
escolas e sobretudo é realizada uma atualização sobre o ECA e outras leis específicas e
necessárias como suporte para sua atuação profissional.Importante salientar que, desde maio
de 2015, para concorrer a escala da Ronda Escolar, os policiais militares devem apresentar
certificado nos cursos de “Policiamento Comunitário Escolar” e “Concepção e Aplicação do
ECA”, oferecidos pela SENASP. Isso porque a tropa que participa da Ronda Escolar deve
estar capacitada para trabalhar com um público específico, e difundir entre a comunidade
escolar conceitos de disciplina e valorização da ética. Cada policial é orientado sobre como
deve agir e quais os casos que devem ser encaminhados para a delegacia de jovens infratores
No trâmite entre a escola e a PM no combate à violência na escola, a ronda escolar
ocupa uma função de mediação. Ela recebe os chamados das escolas, notificando ocorrências
através de ligação telefônica, e, ao chegar e tentar intervir no controle da ocorrência, decide se
procederá ou não ao encaminhamento do ato para o registro na delegacia.Vale acrescentar que
o contato com a ronda policial é feito pela escola quando esta não consegue controlar a
ocorrência e busca reforço, ou seja, a polícia é chamada após a situação deflagrada.
A partir de 2012, a ronda escolar passou a apresentar uma maior funcionalidade no
tratamento da violência escolar. Criou um plano estratégico e estabeleceu visitas ordinárias,
com a finalidade de desenvolver ações preventivas na escola.
3 HISTÓRICO DA OPERAÇÃO RONDA ESCOLAR
A Ronda Escolar desenvolve uma operação policial que tem sua origem vinculada ao
Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), que desenvolve
ações educacionais voltadas à prevenção ao uso de drogas e à violência nas escolas. No
Brasil, sua implantação ocorreu na década de 1990, e foi implementada apenas em alguns
estados brasileiros.
Com a experiência já consolidada através desse programa, a demanda por uma maior e
mais efetiva participação da Polícia Militar como representante da ordem e da segurança
aumentou. Dessa forma, o espaço de atuação do policial militar ganhou mais vulto, sendo
imprescindível criar elementos que pudessem inserir de forma coercitiva e ao mesmo tempo
com um viés pedagógico a PM dentro das escolas,sendo dessa forma estruturada a ronda
escolar.
Na Bahia, ela foi implantada e operacionalizada em forma de policiamento escolar em
1997, e em 2000, no então 7º Batalhão de Polícia Militar – Barbalho, onde foi sistematizado
um novo arcabouço de policiamento escolar. Até o período de 2006 a Ronda Escolar era feita
pelas próprias Unidades Operacionais. Entretanto, foi sendo observado que a atuação do
policiamento ostensivo escolar não deveria se dar nos mesmos moldes em que é feito o
policiamento ostensivo ordinário, sendo necessário a atuação de um efetivo especializado,
atuação esta que reúna os conceitos de Policiamento Comunitário Escolar, Policiamento
Orientado para o Problema, e que tenha como premissa o Estatuto do Menor e do Adolescente
(ECA) e toda e qualquer norma de proteção à criança e adolescente.
Sendo assim, a Operação Ronda Escolar é fruto do Decreto Estadual 11.216/2009 de
18/09/08 que criou o Programa de Melhoria de Segurança nas Unidades Escolares da Rede
Pública de Ensino no município de Salvador, e em municípios do interior do Estado com mais
de 100.000 habitantes.
De tal Decreto, decorreu o Convênio de Cooperação Técnica entre a Secretaria de
Educação e a Secretaria de Segurança Pública, tendo a PMBA como interveniente. A
operacionalização do Convênio ficava a cargo da PMBA, contando, para tanto, com a
cooperação das Secretarias de Educação e da Segurança Pública. Como o convênio não vinha
atendendo ao quanto estabelecido originariamente, seu plano de trabalho foi modificado para
se enquadrar a real situação, atendendo a partir de então apenas Salvador, Lauro de Freitas e o
distrito de Abrantes.
Em 2012, ela reestruturou o seu programa de atuação, criando diretrizes específicas
para o combate da violência na escola, passando a ter uma atuação mais preventiva. Antes, a
função da ronda era apenas a de encaminhar os envolvidos para o registro da ocorrência na
DAI. Após a reestruturação de 2012, os policiais militares são treinados para aplicar as
estratégias de Policiamento Orientado ao Problema e mediação de conflitos a fim de resolver
a situação na própria escola, avaliando assim a gravidade do ocorrido e se há realmente a
necessidade dos encaminhamentos para a delegacia. Estas estratégias abrem caminho para o
estabelecimento de uma grande rede envolvendo eresponsabilizando alunos, pais, professores,
corpo administrativo e policial. Por fim, permitem atodos conhecerem de perto os problemas
para tomarem medidas certeiras e desejáveis a cada caso,de maneira que prevaleça a cultura
de paz e a cidadania.
Atualmente, a Operação Ronda Escolar tem como comandante o Major PM Antônio
Jorge de Oliveira Paraíso e como subcomandante o CapitãoPM Telmo Carvalho do Espírito
Santo.
4 CARACTERIZAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS
É possível dividir as ocorrências comuns no âmbito escolar em dois grupos, sendo
atendidas pelaadministração escolar e ocorrências atendidas pela polícia.
Ocorrências atendidas pela administração escolar:
Discussões entre alunos ou entre estes e professores/as;
Brigas leves entre alunos (criança x criança);
Discussões entre professores(as);
Intimidação de aluno(a) ao professor(a);
Intimidação de aluno(a) à direção da escola;
Intimidação de aluno(a) a outro aluno;
Conflitos gerais;
Indisciplina de uma forma geral, violência psicológica e violência verbal.
Mesmo sendo estas demandas de competência da administração escolar, isto não é
percebido na prática, nas quais consistem na maior parte dos chamados da Ronda Escolar.
Percebe-se o quanto as escolas têm carecido de orientação no que tange a lidar com os casos
de indisciplinas, incivilidades ou outros desvios de comportamento devem ser resolvidosno
âmbito administrativo. Nesses casos, a Polícia Militar atua como mediadora de conflitos.
Entre as ocorrências atendidas principalmente pela polícia encontram-se:
Tráfico e consumo de drogas
Homicídio
Lesão corporal
Vias de fato
Ameaça
Porte de armas
Agressões
Crimes contra a dignidade sexual
Furto
Roubo
Dano
Resistência
Desobediência
Desacato
A PMBA e a DAI, com base na atuação da Ronda Escolar formaram uma parceria que
levou à criação de um banco de dados específico para o registro das ocorrências nas
instituições de ensino e a implicação de uma equipe que adota um conjunto de procedimentos
para a atuação, tendo em vista as especificidades no tratamento com o adolescente. Os
registros estatísticos possibilitam uma melhor análise dos aspectos demográficos e da
tipologia das infrações no ambiente escolar. Nos casos em que há registros de ocorrências, a
delegada instaura o processo, ouve os envolvidos, investiga e os encaminha para o Ministério
Público, ou diretamente para as Varas específicas, neste caso a Vara da Infância e da
Juventude, para procederem aos encaminhamentos jurídicos.
5 PLANEJAMENTO DAS LINHAS DE AÇÃO
No ano de 2009, a coordenação da Ronda Escolar mapeou as escolas Estaduais de
Salvador por bairros,com o nome e endereço completo de cada escola e estabelecendo os
horários de visita da ronda escolar que atualmente funcionam em 4 grupos de RP e 3 grupos
de motopatrulhamento, tendo como unidades escolares priorizadas as da rede estadual, mas
quando solicitadas a ronda é realizada na rede municipal e particular.Rotineiramente, é
realizado opatrulhamento ostensivo, que atua das 6 às 22h de segunda a sexta-feira e nos
sábados letivos. Os grupos possuem escala operacional diária de 6h.
Para operacionalizar o serviço, a cidade de Salvador é dividida em quatro áreas de
atuação: Atlântico, que compõe os bairros da orla, desde a Barra até Itapuã; Bahia de Todos os
Santos (BTS), abrangendo o Centro Histórico, Liberdade e Subúrbio Ferroviário; Central, que
abrange os Bairros de Pernambués, Mata Escura até Cajazeiras; e Região Metropolitana
(RMS) que abrange Lauro de Freitas e adjacências. Cada área de atuação destas recebe o
radiopatrulhamento de 01 (uma) viatura de serviço. Antigamente, eram formadas guarnições
(GU) de tipo B, porém com o último corte de gastos, o efetivo de patrulhamento foi reduzido
e as GU’s montadas são do tipo A. As motocicletas são utilizadas no patrulhamento apenas
nos sábados letivos.
O serviço de Ronda Escolar conta com uma escala de supervisores, que antes do corte
de efetivo era realizada por policiais militares do posto de Capitão PM. Atualmente, essa
supervisão é realizada por Sub-tenentes e Sargentos PM, que monitoram todo o policiamento
empregado no dia, lançam demandas a Cenop, verificam as ocorrências e, ao final do serviço,
preenchem o relatório (Anexo 1).
O Planejamento do serviço da Ronda Escolar é realizado com base no calendário
escolar da Rede Estadual (Anexo 2) e tem um planejamento específico para as diversas
programações deste calendário, que vão desde o período de matrícula, até o final do período
letivo. No período de recesso escolar, a Operação Ronda Escolar funciona apenas com o
efetivo administrativo, que conta com 3 oficiais e 15 praças, divididos desde as funções de
comando e chefe de SPO até as funções de auxiliar, guarda e sala de meios. Durante os
períodos de greve das escolas públicas, a Ronda Escolar atua com efetivo reduzido,
permanecendo a pronto-emprego na unidade.
A Ronda Escolar também atua em parceria com as Bases Comunitárias de Segurança e
com unidades da área. Para aumentar sua efetividade e o tempo-resposta às ocorrências, a
Ronda Escolar tem cedido viaturas, que não estão sendo utilizadas operacionalmente devido à
falta de efetivo, a outras OPM’s a fim de que estas possam dar uma resposta mais rápida às
ocorrências nas escolas situadas em suas respectivas áreas.
Em sua atuação em parceria com a Secretaria Estadual da Educação do Estado da
Bahia (SEC), a ronda escolar tem se envolvido nas demandas e necessidades das escolas
sempre que solicitada.As principais ações operacionais envolvem rondas e abordagens nos
estabelecimentos de ensino e entornos, visitas orientadas as escolas, mediações de conflitos,
participação nas reuniões de pais e mestres e a parceria PM x Comunidade.
Além das visitas rotineiras e sistemáticas, a ronda escolar realiza palestras sobre o uso
de drogas e sobre a violência, direitos e deveres da criança e do adolescente, educação no
trânsito e outros, buscando resgatar nos alunos uma imagem positiva e comprometida de
segurança pública e uma proximidade do policial militar com a comunidade. (Anexos 3 e 4)
O planejamento das visitas programadas de cunho formativo e preventivo através de
palestras, orientação a pais e alunos, e visitas extraordinárias, ocorre via chamado de urgência
feito pela escola. (Anexo 5). Quando é verificada a necessidade pelo Comando de
Policiamento Especializado ou pela própria coordenação da Ronda Escolar, os policiais da
ronda intensificam a segurança na escola, com presença constante na unidade e no seu
entorno, mediante Ordem de Policiamento Ostensivo – OPO (Anexo 6, 7, 8, 9, 10 e 11). As
OPO’s são responsáveis pelo itinerário a ser seguido pelas GU’s de serviço, tendo em vista
que não há a utilização de Cartão-Programa no serviço.
A Operação Ronda Escolar registra, para fins de planejamento, análise, controle e
estatística, em banco de dados, todas as visitações e atividades de cunho preventivo, bem
como os dados dos fatos anotados no ROP (Registro de Ocorrências Policiais).
6 PRODUTIVIDADE POLICIAL
Visualizando os gráficos do Sistema de Monitoramento Operacional da Capital
colhidas no período de 1 de janeiro de 2015 a 17 de setembro de 2015 (Anexo 11 e 12) é
possívelconstatar uma visão preliminar das ocorrências atendidas em âmbito escolar.
Das 201 ocorrências registradas neste período, verifica-se que as tipicidades
envolvendo as agressões com lesões corporais/vias de fato, ameaças, efurtorepresentam os
maiores referenciais frente à violência.
A maior parte das ocorrências se dá entre os horários das 8h às 12h e entre as 14h às
18h, o que surpreende ao notar que elas se dão majoritariamente em período diurno, sendo das
20h às 22h o período em que menos ocorrem registros de ocorrências. Em relação aos dias da
semana em que mais ocorrem registros, as terças-feiras e quartas-feiras respondem pela
maioria.
No que concerne a maior quantidade de ocorrências por instituição de ensino, a maior
parte das ocorrências foram registradas no Colégio Estadual Paulo Américo de Oliveira,
Colégio Estadual Vale dos Lagos e Colégio Estadual Getúlio Vargas.
Em relação aos resultados das ocorrências, mais de 70% são resolvidas no local.Como
o problema foi resolvido in loco, não foi encaminhado para o registro na DAI, o que reduz
ainda mais os índices de atos de infração, o que ratifica a função preventiva que tem
mobilizado a ação da polícia militar, através da ronda escolar.
7 CONCLUSÃO
A Operação Ronda Escolar foi criada para dar cobertura e proteção prevenindo,
coibindo e colaborando contra a radicalização do uso deviolência no ambiente escolar. As
atividades da Operação são implementadas através de ações proativas, preventivas, educativas
e repressivas, se necessário. Em sua atuação em parceria com a secretaria de educação, a
ronda escolar tem se envolvido nas demandas e necessidades das escolas sempre que
solicitada. Além das visitas rotineiras e sistemáticas, são realizadas palestras sobre o uso de
drogas, sobre violência, direitos e deveres da criança e do adolescente, dentre outras.
A ronda escolar tem como princípio exercer uma função educativa, seja com a simples
presença do policial nas escolas ou na apresentação de cursos e palestras, sempre no intuito de
resolver conflitos, estabelecer mediações, tendo como a principal função social, manter a
dignidade da pessoa humana, afirmando uma cultura de paz no interior das escolas.
É possível perceber a importância do Planejamento desta UOP, que vai desde a seleção
dos policiais militares que disputam a escala, até o planejamento das intervenções, palestras e
visitas e orientações nas escolas, possibilitando se estabelecer uma rotina de diálogo da
polícia com a instituição de ensino.
REFERÊNCIAS
MATOS, Adriana Araújo Saraiva.Educação e segurança pública: breve análise sobre o papel educativo da ronda escolar. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade do Estado da Bahia,Salvador, 2011.
OPERAÇÃO RONDA ESCOLAR/SPOI.
SVSMOC – Sistema de Monitoramento Operacional da Capital – Jan/Set- 2015.
ANEXO 5