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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

MAICON DE SIQUEIRA BONTORIN

TREINAMENTO DE FORÇA E RESISTENCIAPARA ATLETAS DE CORRIDA DE RUA.

CURITIBA2007

MAICON DE SIQUEIRA BONTORIN

TREINAMENTO DE FORÇA E RESISTENCIAPARA ATLETAS DE CORRIDA DE RUA.

Trabalho de Conclusão de curso apresentado noCurso de Educação Física na Faculdade deCiências Biológicas e de Saúde da UniversidadeTuiuli do Paraná, como requisito parcial para aobtenção do grau de Licenciado em EducaçãoFísica.

Orientador: Professor Adel Youssef.

CURITIBA2007

TERMO DE APROVAÇÃO

MAICON DE SIQUEIRA BONTORIN

TREINAMENTO DE FORÇA E RESISTENCIAPARA ATLETAS DE CORRIDA DE RUA.

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do Grau deLicenciado em Educação Física, no Curso de Educação Física de Ciências Biológicas e desaúde da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba,22 de novembro de 2007.

Faculdade de Ciências Biolôgicas e de Saúde

Curso de Educação Física

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Professor Adel YousseUniversidade Tuiuti do Paranã

Professora Luciane PaivaUniversidade Tuiuti do Paraná

Professor Rodrigo RezendeUniversidade Tuiut; do Paraná

RESUMO

o objeto deste trabalho é o estudo acerca do treinamento com atletas de corrida de rua.A partir da pesquisa de campo realizada com atletas da cidade de AlmiranteTamandaré, buscou-se investigar a atuação destes atletas após o desenvolvimento doprograma de treino e força e resistência. A pesquisa realizada no período de 01 de julhode 2007 a 01 de novembro de 2007 I proporcionou um estudo comparativo com algunsautores elencados neste estudo. O estudo toma-se relevante, com o lançamento de umprograma junto a Secretaria de Cultura da cidade, que possibilite o desenvolvimentomais completo dos atletas de rua, e a parceria com a Secretaria da Educação, naseleção de alguns atletas mirins, nas escolas municipais, que já praticam este esporte,porém sem preparos ou treinamento, correndo risco de lesões, decorrentes dodespreparo.

Palavra chaves: esporte, corrida de rua, treino, força I resistência.

SUMÁRIO

1 . INTRODUÇÃO.. .

1.1 JUSTIFICATIVA ..

1.2 PROBLEMA ...

........................................... .5

............ 5

. 6

1.3 OBJETIVOS 6

1.4.1 Objetivo Geral .. . 6

1.4.2 Objetivos Específicos 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8

2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE ....

2.2 A HISTÓRIA DO ATLETISMO ...

. 8

. 13

2.3 HISTÓRIA DAS CORRIDA DE RUAS .21

2.4 TREINAMENTO DE FORÇA E VELOCIDADE .25

2.5 TREINAMENTO DE RESISTêNCIA....... . .26

3. METODOLOGIA APLICADA .....

3.1 TIPO DE PESQUiSA ....

3.2 DESCRiÇÃO DO UNIVERSO ...

. 27

. .27

. .27

3.3 MATERIAIS E INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS .27

3.4 ANÁLISE DOS DADOS .

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...

. .28

. .29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 36

REFERÊNCIAS 38

1. INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

As corridas rústicas estão entre as mais antigas manifestações do atletismo,

em seu formato moderno, principalmente no caso de provas internacionais, estas

competições são realizadas de maneira a mostrar pontos históricos e turísticos de

uma cidade.

Atualmente, o Brasil conta com representantes de primeira linha em eventos

do pedestrianismo internacional. O interesse gerado por este segmento surgiu após

contatos feitos com alguns atletas de rua, quando da apresentação do projeto nas

dependências Fundação Cultural de Almirante Tamandaré.

No passado o treinamento de força era pouco trabalhado em alunos/atletas

com pouca idade por medo de lesão ou interrupção prematura do processo do

crescimento, já que a maioria das lesões causadas no treinamento ocorria em

tendões e ligamentos.

Hoje em dia. segundo Bompa (2002). o treinamento de resistência e força,

fortalece os ligamentos e os tendões, e é importante para os atletas/alunos não

sofrerem fadiga.

A pesquisa está embasada em um primeiro momento com o resgate

histórico sobre os esporte e atletismo.

Num segundo momento, a parte específica sobre corridas de ruas,

pontuando sobre alguns recordes, que o Brasil já possui.

Num terceiro momento, a pesquisa, com a análise de dados, buscando

desta forma, validar as hipóteses levantadas no inicio do projeto.

A Confederação Brasileira de alletismo - CBAt, desde 1987, acompanha e

dá suporte aos praticantes do pedestrianismo e faz exigências mínimas para

homologação dos resultados e criou o Cadastro Nacional de Corredores, sempre

com o objetivo de proteger o praticante.

A atuação da CBAt foi reforçada em 2004, quando a IAAF passou a

reconhecer recordes mundiais em provas de rua, estabelecendo critérios técnicos

rígidos para aceitação de resultados, a partir de um site, criado pela CBAt, tem como

objetivo prestar as melhores informações para a comunidade.

Corredores, treinadores, dirigentes, organizadores, além da imprensa, têm

as informações fundamentais da modalidade, sobre regras, normas oficiais,

calendários, provas nacionais, que além dos atletas de elite, reúne milhares de

amadores, que são atletas que competem para manter o condicionamento físico ou

seguindo orientação médica.

1.2 PROBLEMA

A partir de algumas indagações, propõe-se para investigar quais as

alterações que um programa de treino de força e resistência produzem em atletas de

corrida de rua.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

A pesquisa apresentada teve como objetivo verificar as alterações que um

programa de treino de força e resistência produz em atletas de corrida de rua.

1.3.2 Objetivo Específico

• Avaliar e reavaliar a força dos atletas de corrida de rua.

Avaliar e reavaliar a resistência dos atletas de corrida de rua.

Propor uma metodologia de treino para atletas de corrida de rua,

consistindo em uma metodologia de treinamento intervalado, que

consistiu no treinamento de força e resistência.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE

A pratica dos esportes e jogos remota ao início da vida em sociedade. Os

primeiros surgiram do desenvolvimento de habilidades adquiridas no exercício da

caça, outros estão vinculados à imaginação e ao espírito de diversão.

A longa história do esporte ajuda a entender como, um fenômeno surgido hâ

milênios se perpetuou no imaginaria do homem.

Inicialmente, a prática esportiva está ligada aos exércitos e às guerras. Aprimorar e

desenvolver a força física do soldado, além de significar mais chances de vitória nas

batalhas, serve para demonstrar a superioridade de um povo. Em 2700 a.C. os

egípcios praticavam, com fins militares, a luta corpo-a-corpo e com espadas. Na

China, treina-se kung-fu há cerca de 5 mil anos.

Arqueólogos encontraram monumentos de babilônios, assírios e hebreus

com representações de jogos com bola, natação, acrobacia e danças. Mas é na

Grécia Antiga que o esporte passa a ocupar um lugar de destaque na sociedade.

o filósofo Sócrates registra a importância do esporte para a sociedade da

época:

Nenhum cidadão tem ° direito de ser um amador na matéria deadestramento físico, sendo parte de seu ofício, como cidadão, manter-secom boas condições, pronto para servir ao Eslado sempre que preciso.Além disso, que desgraça é para o homem envelhecer sem nunca ter vistoa beleza e sem ter conhecido a força de que seu corpo é capaz deproduzir.(Sócrates, 1996, p.101)

Por volta de 2.500 a.C., os gregos realizavam festivais esportivos em honra

a Zeus no santuário de Olimpia, o que originou o termo olimpiada. O evento era tão

importante que interrompia até as guerras. Os nomes dos vencedores das

competições começam a ser registrados a partir de 776 a.C., participavam os

cidadãos livres, em provas de atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo( que

incluía luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e disco).Os vencedores

recebiam uma coroa de louros.( OLIMPíADAS ..2007).

As Olimpíadas perdem prestígio com o domínio romano na Grécia, no

século 11a.C., e em 392d.C., o imperador Teodósio I converte-se ao cristianismo e

proíbe todas as festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.

Em 1896, em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy, Barão de

Coubertein, é realizada uma versão moderna dos festivais esportivos gregos.

Pierre de Fredy, citado por Grifi (1989) definia o esporte como "o culto

voluntário e habitual de exercícios musculares intensivos, apoiando no desejo de

progredir, e sem que isso acarrete riscosn

A prática de esportes e jogos contribui de forma notável para o

desenvolvimento das faculdades humanas, favorecendo o processo de socialização,

orientando crianças e jovens em sua conduta de acordo com um sistema de regras

gerais, estimulando pela superação de dificuldades.

A longa história do esporte ajuda a entender como um fenômeno surgido há

milênios se perpetuou no imaginário do homem. Inicialmente, a prática esportiva

está ligada aos exércitos e às guerras. Aprimorar e desenvolver a força física do

soldado, além de significar mais chances de vitória nas batalhas, serve para

demonstrar a superioridade de um povo. Em 2700 a.C. os egípcios praticam, com

fins militares, a luta corpo-a-corpo e com espadas. Na China, treina-se kung-fu há

cerca de 5 mil anos.(OLIMPíADAS ...2007)

Arqueólogos encontraram monumentos de babilônios, assírios e hebreus

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com representações de jogos com bola, natação, acrobacia e danças, mas é na

Grécia Antiga que o esporte passa a ocupar um lugar de destaque na sociedade.

A Educação Física deixa o campo militar e se torna motivo de distinção

social. A prática esportiva é a única atividade que, mesmo gerando suor, causa

orgulho nos cidadãos. O trabalho, por exemplo, cabe ao escravo e não confere

prestígio aos homens livres.

O esporte na Grécia Antiga também apresenta características que mesclam

guerra e religião. O maior exemplo é a Olimpíada, competição esportiva criada por

volta de 2.500 a.C e promovida para louvar Zeus, a maior divindade da mitologia

grega.

A realização das provas e jogos tinha o poder de paralisar guerras. Os jogos

olímpicos reúnem a elite da sociedade - cidadãos que não tenham cometido

assassinato ou outros crimes graves. Mulheres só competem na corrida de cavalos,

mesmo assim se forem proprietárias dos animais. Com exceção das sacerdotisas de

Dêmetra, apenas homens podem assistir aos jogos. Nessa época surge o lema

olimpico: "Citius, a/tius, fortius", cuja tradução - "o mais rápido, o mais alto, o mais

forte" - representa a projeção de um ideal de corpo humano. (OLlMPiADAS ..,2007)

Com a conquista da Grécia Antiga pelos romanos, em 456 a.C, os jogos

olimpicos entram em declínio. A proposta de integrar os cidadãos em competições

marcadas pela cordialidade cede espaço a disputas cada vez mais violentas. A

última Olimpíada da Era Antiga acontece em 393 d.C, quando o imperador romano

Teodósio I proíbe a realização de festas para adoração de deuses.

A partir do século IV, passando por toda a Idade Média, o esporte vive um

período de estagnação, principalmente no Ocidente. O cristianismo prega a

purificação da alma; o corpo, colocado em segundo plano, serve mais às penitências

II

do que ao desenvolvimento de aptidões esportivas. A Educação Física, pelo menos

na perspectiva adotada na Grécia antiga, desaparece ou é praticada de forma

isoladapor pequenosgrupos.

A retomada do esporte se dá lentamente. O Humanismo, nos séculos XVI e

XVII, redescobre a importância da atividade física.As bases dos conceitos modernos

de esporte surgemna Europa do séculoXVIII, quando a EducaçãoFisica volta a ser

sistematizada. No século seguinte, em Oxford (Inglaterra). se dá a reforma dos

conceitos desportivos, com a definição das regras para os jogos.

A padronização dos regulamentos das disputas favorece a

internacionalização do esporte.

No fim do século XIX, há três linhas doutrinárias de atividade fisica: a

ginástica nacionalista (alemã), que valoriza aspectos ligados ao patriotismo e à

ordem; a ginástica médica (sueca), voltada para fins terapêuticos e preventivos; e o

movimento do esporte (inglês), que introduz a concepção moderna de esporte e

impulsiona a restauração do movimento olímpico, com o barão Pierre de Coubertin.

Esta ultima linha prevalece e leva á realização da primeira Olimpiada da Era

Modernaem 1896,emAtenas. ( OLlMPiADAS...2007. p.272)

A primeira metade do século passado é marcada por um desenvolvimento

lento do esporte. Duas guerras mundiais (1914/1918 e 1939/1945), a revolução

comunista de 1917, Por causa das guerras mundiais, três edições dos Jogos

Olimpicos foram canceladas - 1912. 1940 e 1944. Neste quadro de relativo

marasmo, a Associação Cristã de Moços (ACM) se destaca nos Estados Unidos,

criando novas modalidades esportivas - como o basquete e o vôlei - ou inovando

com as concepções pioneiras de ginástica de conservação

Na segunda metade do século XX, notadamente entre 1950 e 1990, o

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esporte é sacudido por uma nova realidade. A concepção do "Ideario Olímpico" e

sua máxima de "o importante é competir" saem de cena. A Guerra Fria estimula o

uso ideológico do esporte, colocando em segundo plano o fair play. A simples

prática esportiva deixa de ser relevante, pois o que importa é o rendimento, o

resultado. (OLlMPiADAS ...2007, P.273,274)

Inicia-se um rápido processo de profissionalização dos atletas, alçados à

condição de estrelas da mídia e heróis nacionais. A corrida em busca de recordes e

titulas faz com que organismos internacionais lancem manifestos denunciando a

exacerbação da competição e alertando os governos para as novas

responsabilidades do Estado no que se refere às atividades físicas. Os textos

destacam a necessidade de garantir à população em geral - e não apenas aos

atletas - condições que levem a democratização do esporte.

Na última década do século passado revela a aceleração das mudanças na

prática esportiva. Consolida-se a idéia de esporte como direito de todos. Grupos até

então pouco atendidos na questão da atividade física ganham mais atenção. Dois

exemplos de tal transformação são a lerceira idade e a pessoa portadora de

deficiência. Amplia-se o próprio conceito de esporte, desmembrado em esporte-

participação (lazer) e esporte de rendimento (competição). O papel do Estado

também se altera. Ele deixa de apenas tutelar as atividades esportivas. Passa a

investir em recursos humanos e científicos. Além disso, no campo do alto

rendimento, dá atenção especial às questões éticas, como o combate ao doping.

O atletismo é o esporte mais antigo do mundo atualmente, ele na realidade,

trata-se de uma mistura de vários desportos, que engloba as corridas, os saltos e os

lançamentos.

Vem dos tempos de outrora em que correr, saltar e lançar eram encarados

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como uma aprendizagem vital na guerra.

Os primeiros jogos aconteceram em 776 a.C., na cidade de Olímpia, na

Grécia, que deram origem ás Olimpiadas. A prova, chamada pelos gregos de

"stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o

primeiro campeão olimpico da história.(OLlMPiADAS ...2007, p.274).

O allelismo, desde a antiguidade até os jogos Olimpicos da era

contemporânea, sempre se constituiu em uma das modalidades mais disputadas e

de grande importância. Esla visibilidade e divulgação impôs a necessidade de

organização da modalidade, a qual hoje tem como órgão principal a federação

inlernacional de alletismo (IAAF) e no Brasil a confederação Brasileira de Alletismo

(CBAT) que desde 1987, acompanha e da suporte aos praticantes do

pedestrianismo.

2.2 A HtSTÓRIA DO ATLETtSMO

Os acontecimentos desportivos vêm sendo organizados desde hã quase

três mil anos. O Atletismo é a forma mais antiga de um desporto organizado. Na

realidade, trata-se de urna mistura de vários desportos, que engloba as corridas, os

saltos e os lançamentos, vem dos tempos de outrora em que correr, saltar e lançar

eram encarados como uma aprendizagem vital na caça e na guerra.

Nos originários antigos jogos em Olimpia, os corredores usavam elmo e

escudo, nos primeiros jogos de que ha registro efeluados na Grécia, em 776 a.C.,

existiu apenas uma prova, a corrida no estádio.

O número de modalidades e a extensão dos jogos foi aumentando

gradualmente. Hoje, a corrida, o salto e os lançamentos têm uma posição destacada

no mundo do desporto. O atletismo é um desporto de alta competição que continua

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a dar imenso prazer a quem o pratica.

o atletismo é um esporte controlado no mundo pela Associação

Internacional de Federação de atletismo (Iaal), e no Brasil, pela Confederação

Brasileira de Atletismo (CBAt).

Fora os Jogos Olímpicos, as principais competições são o Campeonato

Mundial e o Campeonato Indoor, este disputado em pista coberta, realizado de dois

em dois anos entre 1987 a 2003. (ESPORTE DE MARCA ..2007,p.266).

No Brasil, uma das provas de mais expectativa é a corrida de longa distância

conhecida como São Silvestre, que foi criada pelo jornalista Casper Lebreo em

1925. A partir de 1945 tornou-se internacional, com a participação de estrangeiros,

em 1973,houve a estréia de mulheres. (Esportes de Marca ...2007,p.267)

Em seu artigo História do atletismo, o autor Tomas Cabreira, elenca as

diferentes modalidades, bem como define cada uma delas.

Um estádio de atletismoUm estádio é concebido de modo a que possam ocorrer ao mesmo tempoprovas de corrida (ou pista), bem como de saltos e lançamentos (oucampo).A pista moderna é oval, mede 400 m de perímetro, e possui seis a dezfaixas. A superfície da pista é geralmente de plástico ou borracha, o que atoma lanlo resistente ao tempo como ao atrito. As modalidades de camporealizam-se no centro da pista, área essa que se designa por centro docampo.

ModalidadesO atletismo engloba várias modalidades, tais como: modalidades de sprints- 100 m, 200 m e 400 m; meio fundo - 600 m, 1500 m, 3000 m, 5000 m e10000 m; corrida de estafetas; barreiras; triplo salto; sallo em comprimento;salto em altura; lançamento do disco; lançamento do dardo; lançamento dopeso; salto à vara; as provas combinadas e a maratona.

Corrida de estafetasUma das modalidades atléticas mais excitantes é a corrida de estafetas,constituindo, com frequência, o ponto ano das competições importantes,como os Jogos Olímpicos, e sendo, habitualmente, a última das provas. Aocontrário da maioria das outras, esta é uma prova de equipa, em quequatro corredores fazem um delenninado trajecto. Cada corredor éescolhido por ter um mérito especial. O mais rápido actua na primeiraposição. os mais potentes ocupam a segunda e a última. e o melhor adescrever curvas actua em terceira. O priTleiro passa ao segundo umtestemunho, e assim sucessivamente. As principais provas são 4x100 m e4x400 m.

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o estemunho é um tubo macio e oco, com cerca de 30 em decomprimento e 12 em de perímetro. Pode ser feito de madeira, metal ouplástico, e pesa 50 9 apenas. Em geral, os testemunhos têm uma cor viva,para se verem com facilidade. Uma boa passagem do testemunho podepoupar preciosos segundos numa corrida. Na prova dos 4x100 m, ocorredor que parte não olha para Irás ao receber o testemunho, mas nados 4x400 m, que é muito fatigante. o corredor que parte olha para trás napassagem do testemunho.Passagem por cima - Das duas passagens de testemunho, esla é a maisfácil de aprender e a mais segura de utilizar. O corredor da frente mantémo braço baixo, o que facilita a entrega do testemunho.1- Quando o corredor da frenle ouve o de trás gritar-lhe, estica a mãoesquerda, com a palma virada para baixo. O polegar e o indicador devemfonnar um V.2- O portador do testemunho levanta-o até ao V fonnado pela mão docorredor da frente. O corredor nO 1 deve agarrar o testemunho pelo seuprimeiro quarto, o nO2 pelo segundo, etc.3- O portador do testemunho larga-o quando vê que o corredor da frente oagarrou. O testemunho é transportado na mão direita desse corredor etransferido para a mão esquerda do corredor seguinte.Passagem por baixo - Quando se faz correclamente, esta passagemtoma-se a mais rápida. Contudo, é a mais difícil, porque o corredor dafrente eleva mais o braço para receber o testemunho.1- O portador do testemunho agarra a extremidade deste, enquanto ocorredor da frente leva a mão direita atrás, com a palma virada para cima.2- O portador entrega o testemunho baixando-o para a mão esticada dooutro. Este deve ter os dedos a formar um V.3- O corredor da frente pega no testemunho coma mào direita, pronto apassá-lo para a mão esquerda do próximo corredor.Barreiras Nos Jogos Olímpicos de 1896, a primeira destas conidasexecutou-se numa distância de 100 m. Nessas primeiras competições asbarreiras eram, na realidade, barreiras para carneiros, pregadas à pista,portanto, muitíssimo pesadas e capazes de magoar gravemente um atletaque derrubasse uma delas. Hoje, esta prova pratica-se em distâncias de100 m (mulheres), 110m (homens) e 400 m (homens e mulheres). Asbarreiras actuais são uma barra de madeira apoiada em dois postes demetal ajustáveis. Não estão presas à pista, mas têm de pesar o suficientepara que seja precisa uma força de 3,6 kg para as derrubar. A altura dabarreira varia consoante a idade e o sexo. Abaixo dos 14 anos (A-14) dosrapazes e dos 17 anos (A-H) das raparigas, emprega-se a barreira de 76cm; os rapazes A-15, as raparigas A-20 e as mulheres mais velhas saltamuma barreira de 84 cm; os rapazes A-17 transpõem uma altura de 91,4 cm,e os homens mais velhos uma de 106,7cm. Quando os atletas estão asaltar barreiras, esforçam-se por executar uma corrida suave e contínua,apenas ligeiramente interrompida cada vez que passam sobre umabarrejra, a isso chama-se técnica de barreiras.

Triplo saltoO Triplo Salto é um dos tjpos de salto mais complicados e exigentes. Assuas origens remontam tão longe quanto os antigos Jogos Olimpicos dosGregos, quando nào existiam quaisquer regras e os atletas podiam dar doispulos e um salto, ou três passos e um salto. Ainda nos primeiros JogosModernos, James Conolly, o vencedor, ganhou com dois pulas e um salto.Hoje as regras obrigam os atletas a "um pulo, um passo e um salto',enquanto tentam cobrir a maior distância possjveL Para esta modalidadeos atletas precisam de ser ageis e ter pernas muito fortes. O rftmo tambémé importante, já que necessitaram de tomar os voos de cada fase tão iguaisquanto possivel e devem ter noção da sincronização ao aterrarem.Pulo, passo e salto.

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1- O atleta esforça-se por ganhar velocidade na corrida de balanço. porcausa da rapidez e da distãncia que irão perder cada vez que fizerem achamada.2- O pulo de chamada deve ser rápido e enérgico. Batem na tábua dechamada com o pé todo e avançam com essa perna, atirando-a para cima,de fonna a que a sua coxa fique paralela à pista.3- Arremessam a perna esquerda para uma posição horizontal, de maneiraa fICar paralela ao chão e lhes impulsionar o joelho direito para trás. Nestafase de contaclo intermédio tentam ~cravar' o pé esquerdo no chão, dafrente para trás, atirando, assim, o corpo para a frente.4- Ao caírem, os seus pés devem estar um pouco à frente dos joelhos edas ancas. Serão impulsionados para a frente pelo pé em que caem,"cravado· no chão, bem como pela oscilação do joelho direito.5- Aproveitando ainda o movimento oscilatório de um só braço,entram na fase do passo. O voa é semelhante ao do pulo. Com as pernasbem afastadas, levantam a pema direita e arremessam-na para a frente.6- Este passo de contaclo intermédio é o mais diflcil do triplo salto porque éexecutado com a perna mais fraca e porque já terão perdido imensavelocidade e impeto nas duas chamadas antenores. Quando, caírem,lançam os braços para a frente preparando, assim, a sua próximachamada.7- Partem imediatamente com a perna do contaclo intermédio. A chamadado salto é mais elevada do que a do pulo e do passo, e faz um ângulo de20-24°,B- Quando levarem o joelho direito ao encontro do esquerdo, pareceramsuspensos no ar, por instantes, até dobrarem o corpo para a frente, prontoa aterrar. A este movimento chama-se ~salto pairante~9- Quando tocarem na areia, projectam os braços para a frente e deb<amque os joelhos se dobrem um pouco - impedindo que o corpo caia para Irásao aterrarem.As medidas de distância do triplo salto, bem como do salto emcomprimento, são medidas a partir da tabua de chamada até à marca maispróxíma que existir na areia. Por conseguinte, devem sempre tentar cairpara a frente, na aterragem e afastarem-se pela frente do buraco. Secairem ou andarem para trás, o seus saltos serão medK:los a partir dadistância mais curta.

Salto em comprimentoDe todas as provas de salto, o salto em comprimento é talvez o maisnatural de executar e o mais simples de aprender. O objectivo é fazer achamada atrás de uma determinada linha e tentar cobrir a maior distânciapossivel, antes de aterrar na caixa de areia. A modalidade lama-se maisdifícil devido às vetocidades fantãsticas que o corredor tem de alcançar nacorrida de balanço, porque isso afecla directamente o comprimento dosalto. Os saltadores com mais sucesso nesta modalidade muitas vezes têma constituição dos spr;nters • altos, com pernas compridas e uma boacapacidade de arranque. Nos treinos devem esforçar·se por desenvolver asua força, um bom sentido rítmico e a capacidade de avaliar distâncias comrigor. Hâ quatro fases distintas no salto em comprimento: a corrida debalanço, a chamada, o voo e a queda ou aterragem.1- Batem na tábua de chamada com o pé lodo, e depois, avançamrapidamente com a perna livre, lançando-a para cima e para a frente.Eslendem a outra perna e conservam o corpo direito enquanto seimpulsionam.2- Durante o voo tentam dar uma ou duas passadas, o que os ajudara aimpulsionar o corpo para diante, enquanto estão no ar.3- Quando se preparam para aterrar juntam as pernas e balançam-naspara a frente. Conservam os pés elevados e fazem oscilar os braços paratras, enquanto o corpo avança.

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4- No momento em que tocam com os pés na areia, dobram ligeiramenteos joelhos e tentam impulsionar-se para além da marca feita pelos pés.

Salto em alturaUm dos faclares mais importantes no salto em altura é o material em queos atletas têm que aterrar. Até principios da década de 60, caiam sobreareia e, por conseguinte eram forçados a servir-se de uma técnica de saltoque lhes garantisse uma queda incólume. O aparecimento de uma area deespuma, permitiu aos atletas concentrarem-se na passagem sobre afasquia. Tal como o salto em comprimento e o triplo salto, o salto em alturalem quatro fases: corrida de balanço, chamada, passagem da fasquia equeda ou aterragem. Os dois tipos principais de salto em altura são oFosbury e a tesoura. O estilo Fosbury foi usado pela primeira vez noMéxico, quando um atleta americano, nos Jogos Olímpicos, em 1968. Emvez de executar o habitual sallo em tesoura, Fosbury espantou a multidãoao passar a fasquia de costas e cair sobre estas. Embora seja uma têcnicaligeiramente mais dificil de aprender do que a da tesoura, vai pennitir umsallo muito mais elevado.1· A corrida de balanço deve consistir em 8 a 10 passadas. As primeiras 4e 5 serão lineares e vão permitir ganhar velocidade, enquanto as últimas 4e 5 serão curvilíneas, para os fazer elevar sobre a fasquia.2· Enquanto se aproximam da fasquia, dão as últimas passadas maiscurtas e mais rápidas. Tentam cair sobre os calcanhares, porque isso farácom que consigam baj)3r as ancas e fleclir a perna da chamada,aprontando·se para o salto.3· O seu pê de chamada deve estar agora a apontar na direcção quepretendem. Mantêm dobrada a perna interior, enquanto fazem avançar aCO)3 e a levantam.4· Em consequência da corrida de balanço curvilinea, o seu corpo ira virar·se enquanto saltam, e serão impulsionados sobre a fasquia, de cabeçapara a frente.5· Enquanto passam a fasquia, levantam a cabeça e os ombros, paraverem os pês. Mantêm as cosias direitas, empurram os ombros para trás eos calcanhares para dentro. Isso ira evitar-lhes que as ancas caiam e iráelevar·lhes as pemas sobre a fasquia. Esforçam-se por cair sobre ascostas e os ombros.

Lançamento do discoO praticante desta modalidade roda em tomo de um circulo antes dearremessar um objecto ptano e redondo. designado por disco. O discoremonta ao século VIII a.C. Até 1912, o disco era lançado de umaplataforma inclinada. Hoje, os atletas são obrigados a lançá-lo de dentro deum circulo com 2,5 m de diâmetro. Têm de dar uma volta e meia aocirculo. antes de largarem o disco· o que signifICa que a acção é maisparecida com um arremesso de uma funda do que com um lançamento.O disco é feito de madeira e contornado por um aro de metal. A partecenlral pode ser de madeira, metal ou borracha. Para segurar o disco, eledeve estar folgado na palma da mão lançadora, com a beira apoiada naspontas dos dedos. Podem abrir os dedos a intervalos regulares, ou manterjuntos o indicador e o médio. Em ambas as preensões, servem-se dopolegar para manterem o disco numa posição finne. Uma das melhoresmaneiras de aprender a lançar o disco é parado. Isso vai ensinar oselementos bãsicos da modalidade e também irá auxiliar o treino futuro.Usar esta técnica aumenta gradualmente a velocidade, fazendo girar osbraços e o tronco a partir das ancas.1- Parados, com os pés afastados à mesma largura dos ombros, seguramo disco na mão que lhes der mais jeito. Viram um pouco o corpo, enquantoestendem o braço para Irás.2- Fazem girar o disco para a frente, virando também o corpo, enquanto ofazem.

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3· Levam o disco até ao ponto mais alto do seu rodopio. Agora devem ter opeso apoiado no pé esquerdo. Viram-no de frente para a posição em quevão lançar.4- Vollam à posição de partida e recomeça a sequência. Flectem osjoelhos, enquanto giram o corpo e, gradualmente, vão acumulandovelocidade.AValiaDesde que tenham controlado o balanço, tentam virar-se, enquantolançam. Começam na parte de lrãs do círculo, mantendo as pernasfleclidas e ligeiramente afastadas, e os braços abertos. Desviam o seupeso para o pé oposto ao braço lançador, e giram nesse pé. Dão urna voltaao corpo, e aterram sobre o outro pé. Quando se virarem de novo para astraseiras do círculo. começam a endireitar o corpo e a levar para a frente obraço lançador, num gesto largo e balanceado. Lançam o disco eatravessam o seu braço direito, em frente do corpo, â altura do peito,levando o pé direito para diante, o que lhes evitará uma queda. Um pesonormal tem 7,257 kg, sendo fabricado em aço. O peso para as mulherestem 4 kg.

Lançamento do dardoAo contrário de outras provas de lançamento, esta é praticada com corridade balanço e não num círculo.Evoluiu a partir do arremesso de dardos usados pelos nossosantepassados na caça e na guerra, mas as distâncias são agora muitosuperiores ao que se poderia imaginar, resultando de melhorias naconcepção do dardo e na própria técnica de lançamento. De facto, em1984 o dardo teve de ser novamente desenhado porque estava a cair paralá do campo e sobre a pista - uma distância de mais de 100 melros! Odardo é composto a partir de um cabo de madeira ou melai, com umaponteira de metal e uma braçadeira de cordão.No lançamento do dardo são precisas as seguintes etapas:1- Ganhar velocidade na conida de balanço. Segurar o dardo alto, com apalma da mão voltada para cima.2- Nas últimas passadas da corrida, esticar o braço que vai lançar. paraque o dardo ficar atrás de si, e lambém levantar o joelho direito, na últimapassada. A isso chama-se passada cruzada.3- Devido à passada cruzada, alerram no pé direito, com o corpo inclinadopara Irás e as ancas para a frente, posição essa destinada a facilitar oarremesso do dardo, que seguraram alto e atrás de si.4- Atirar a perna esquerda para a frente, na última passada, com o braçodireito e o dardo atrás si. Flectir a perna direita, para as ancas avançarem,e o corpo se arquear ligeiramente. Arremessar para fora o braço esquerdo,para ajudar no equilibrio.5- Inclinar para a frente o peito e os ombros, para atirar o dardo. Ver se temo cotovelo elevado, nesse momento, o que fará com que o dardo voe bemacima do ombro e da cabeça, ajudando a evitar lesões na articulação docotovelo.6- Depois de largar o dardo, a sua perna direita continuará a avançar paraa próxima passada. Flectir para abrandar a marcha e evitar ultrapassar alinha limite. Permanecer atrás dessa linha até a distância ter sido medida,ou o lançamento será invalidado.

Lançamento do pesoEsta modalidade nasceu nos Jogos das Terras Altas da Escóciaprovavelmente no século XIV. Os pesos eram pedras grandes, demasiadopesadas para serem atiradas, mas passiveis de serem arremessadas, apartir do ombro, com uma das mãos. Hoje, em vez de uma pedra, usa·seuma bola de meral pesada, chamada peso mas a técnica pennanece amesma. UWiza-se a base do indicador, do médio e do anelar para aguentar

19

o peso; com o polegar e o mínimo podemos estabilizá·lo. Deve-se seguraro peso debaixo do queixo até ao momento de o arremessar sem nuncatocar a palma da mão. O peso, de bronze ou ferro, varia entre 3,25 kg pararaparigas A-13, 7,26 kg para homens e 4 kg para mulheres. No lançamentodo peso são necessárias as seguintes etapas:1- Afastar os pês cerca de 60 em. Segurar o peso debaixo do queixo,mantendo alto o cotovelo desse braço.2- Juntar os pés enquanto se salta, ou deslizar para a esquerda.3- Apoiar-se no pé direito, enquanto se aterra, e avançar com a pernaesquerda. Flectir os joelhos e preparar-se para empurrar o peso a partir doombro.4- Fazer oscilar a anca direita, para lançar o corpo para a frente. Retirar opeso debaixo do queixo, como preparação para o largar.5- Tentar impulsionar o peso para cima e em frente, a partir do queixo etão depressa Quanto possível. O peso irá tanto longe quanto mais alto emaiS depressa for arremessado.6- Para seguir o movimento do peso depois do arremesso, avançar com aperna direita e dobrá-Ia, para evitar passar sobre a barra de madeira emfrente do circulo.

Provas combinadasDuas das provas que mais testam os alletas são o decatlo e o heptatlo quese destinam a descobrir o atleta masculino e feminino que seja polivalente.O decatlo que é para homens consiste em dez provas em dois dias: os 100e 400 m, o sallo em altura, o salto em comprimento, o lançamento do peso,os 1500 m, os 110 m barreiras, o salto à vara, o lançamento do dardo e olançamento do disco. O prmelro decatlo moderno foi levado a cabo naAlemanha, em 1911, e todas as provas se deram no mesmo dia. Surgiunas Olimpíadas em 1912, e, lal como actualmente, demorou dois dias. Oheptatlo que é para mulheres consiste em sete provas em dois diastambém: os 100 m barreiras, o salto em altura, o lançamento do peso, os200 m, os 800 m, o salto em comprimento e o lançamento do dardo. Oheptatlo (para as mulheres), foi introduzido em 1981 para substituir opentatlo, que abrangia cinco provas. Acrescenlou-se-Ihe o lançamento dodardo e os 800 metros, para acentuar a força, bem como a velocidade. Emcada conjunto de provas o vencedor é escolhido por um sistema deponluação, no qual os competidores obtêm pontos pelo tempo, distância evelocidade demonstrados em cada prova. Ganha o atleta com a pontuaçãomais alta.

HeptatloPrimeiro Dia100 melros BarreirasAs provas no heptatlo têm 30 minutos de intelValo entre si. O conjunto demodalidades põe à prova a velocidade, a força, a agilidade e a resistênciade uma atleta. O treino para esta primeira prova - os 100 m barreiras-também benefICia os 200 m.

Salto em AlturaNeste salto a técnica e a agilidade sào postas à prova. As regras são asmesmas Que na modalidade individual, mas as atletas sào divididas emgrupos com padrões semelhantes. As atletas comem alimentos energéticosao longo do dia.

Lancamento do PesoServe para pôr à prova a força de uma alleia. As distâncias alcançadas noheptatlo são frequentemente mais baixas do que nas provas individuais,porque a atleta é muito mais leve, e aumentar-lhe o peso corporal para estaprova poderia prejudicar a sua actuação nas outras. Nos lançamentos, asatletas dispõem apenas de três tentativas.

20

200 metrosEsta prova é praticada no fim do primeiro dia, quando a atleta começa asentir-se cansada. Por isso, é tanto uma prova de resistência como develocidade.

Segundo DiaSalto em ComprimentoAs atlelas só fazem três tentativas neste salto. A velocidade é tambémvilal, para assegurar uma boa corrida de balanço.

Lançamento do DardoA capacidade técnica bem como a força do tronco são vitais no arremessodo dardo. Nas provas individuais, as lançadoras do dardo são baixas eleves. A maior parte das atletas do heptatl0 são constituição semelhante e,muitas vezes, conseguem pontuar bastante nesta prova.

800 metrosO segredo é mais a resistência do que a velocidade. Nesta fase, a atletadevia concentrar-se na marcação dos pontos de que necessita paraestabelecer O resultado final e devia ter por objectivo regular a suapassada.

DecatloPrimeiro Dia100 metrosEsta é a primeira prova do primeiro dia. Nas modalidades de pista, pennite-se aos atletas três falsas partidas, em contraste com as duas habituais.

Salto em ComprimentoDepois da velocidade dos 100 m, este salto põe â prova a capacidadetécnica do atleta. Os atlelas que praticam provas combinadas devem iniciarcada uma delas, ou serão desqualifICados. No entanto, se nãocompletarem a prova por falha de um salto, por exemplo, nesse caso nãomarcaram pontos, o que pode ser desastroso para o resultado final.

Lancamento do PesoComo no heptatlo, um físico avultado pode beneficiar esta e outras provasde arremesso, mas talvez façam abrandar o alleta do decatlo nas corridasde velocidade e nos 1500 metros.

Salto em AlturaOs atletas praticantes de provas combinadas têm de aproveitar ao mâximoo seu tempo de treino, e, muitas vezes, treinarem ao mesmo tempo o saltoem comprimento, o sallo em altura e o salto com vara.

400 metrosÉ importante beber durante o dia, principalmente em climas quentes edepois de provas de esforço, como os 400 m. Esta é a que encerra oprimeiro dia, e os atletas terão de pensar em descansar antes das provasdo dia seguinte.

Segundo Dia110 metrosAs pontuações do segundo dia são frequentemente mais baixas, visto osatletas poderem ter os músculos rigidos e estar cansados depois davéspera.

21

Lancamento do DiscoÉ uma prova difícil porque exige um equilíbrio e coordenação perfeitos, euma técnica mais apurada do Que outras provas de arremesso.

Salto com VaraOs saltadores devem ser rápidos, fortes e maJeáveis, para executaremlodos os movimentos exigidos ao catapullar-se sobre a barra apoiando-senuma vard de fibra de Vidro.

Lancamento do DardoNesta altura da competição. o atleta do decatlo estará cansado, e devemconcentrar-se em arremessar o dardo com ligor para ter a certeza de Quemarca pontos. No seu primeiro arremesso -válido·, deve ter por alvo o meioda área de aterragem. O segundo e o terceiro arremessos podem serusados, depois. para melhorar a distância atingida.

1500 melrosA última e a mais difícil de todas as provas. Como nos 800 m femininos, atáctica é mais importante que a velocidade.

Olimpíadas dos DeficienlesNestas competem alicias com vârios lipos de defICiências. Tal como osJogos convencionais, as Olimpíadas dos defICientes têm lugar de qualroem quatro anos e, sempre que possivel, no mesmo país que os JogosOlímpicos.As primeiras Climpiadas deste tipo, completas, foram em Roma, no ano de'960 c, dcsde 1976, também tcm havido as Olimpiadas dc DefICientes deInverno, que incluem bicicleta e judo.

MaratonaA maratona é uma corrida de longa distância cujo trajeclo é de cerca de 42km, o que exige um esforço e>d.raordinârio do alleta.(CABREIRA, 2007 - grifas do autor)

2.3 HISTÓRIA DAS CORRIDAS DE RUA

A corrida é uma das formas mais primitivas de exercício e alguns

historiadores acreditam ter surgida da necessidade dos homens primitivos de andar

mais depressa para fugir de alguns perigos ou de perseguição a caça.

Segundo Santos (1999)

A maratona é a prova mais tradicional dos jogos. Sua criação foi inspirada em um falohistórico. No ano 490 a.C. os gregos venceram os persas em uma guerra travada naPlanicle de Maratona, na Grécia. Um grego chamado I?heidippides foi, então destacadopara avisar seu povo da vitória. Ele correu cerca de 40 Km entre Maratona e Ate as. ara

cumprir a missão c, logo depois, morreu de cansaço. ~s\~f\OErt//v~ -"~ .' \.{,;~,~~ "<"'

22

Outras informações acerca do início das corridas de rua, são ilustradas no

site, 'vVWW.corridasderua.com.br, que discorre acerca da ilha perdida perdida no

Pacífico, ao sul do trópico de câncer, a 3.846 Km a oeste de São Francisco e a

6.196 Km a leste do Japão, está o arquipélago do Havai, composto de 8 grandes

ilhas vulcânicas, sendo que a maior, Kona ou Big Island é o teatro atual e anual da

mais importante, emocionante, difícil e o sonho todo triathleta: O lronman - A prova

que consagrou o triathlon para o mundo, e cujos concluintes são aclamados

"homens de ferro".( CBAL2007)

O lronman nasceu como uma aposta louca para se conhecer os limites da

resistência humana, tudo começou em torno das canecas cheias de cerveja na

Brasserie Primo Brewery, Honolulu, Capital do Estado do Havai, que fica na Ilha de

Oahu. ( CBI\t...2oo7)

Era uma dezena de marinheiros com idades variando entre 30 e 40 anos,

afogando na cerveja a amargura de uma derrota numa corrida de revezamento

super rápida, em que haviam sido batidos por jovens mariners. Inconformados com

a derrota, eles se perguntavam como poderiam provar que eles eram mais

resistentes e ainda capazes de ganhar dos mais jovens, qual a prova havaiana que

representava o maior desafio?

Seriam os 3.800 metros de natação da tradicional Waikiki Rough Water

Swim? Ou 180 Km de ciclismo da famosa Around the Island Bike Race? Ou ainda os

intermináveis 42,195 Km da maratona de Honolulu?

Um capitão da marinha, de 42 anos, John COllins, levantou~se e lançou o

desafio: A prova mais dura seria aquela que englobasse as três provas mais difíceis

da ilha juntas e no mesmo dia.

23

Todo mundo riu, no que ele complelou: "Conheço 11 pessoas que

conseguiriam ir até o fim"

A idéia fez seu caminho, e alguns meses depois daquele fim de tarde de

Outubro de 1977, mais precisamente no dia 18 de Fevereiro de 1978, 15 homens,

na sua maioria corredores ou nadadores se apresentaram para a largada do

primeiro lronman da história.

Um motorista de táxi de Honolulu, John Haller, foi o primeiro homem de ferro

a completar a prova com o tempo de 11 horas 46 minutos e 58 segundos.

Dos 15 que largaram em Waikiki Beach, 12 a completaram. f', prova que ninguém

acreditava ser possível havia encontrado seu nome e seu primeiro heróI.

Em 1982 a quinta edição da prova ganhou um patrocinador, a cerveja Bud

Light. Ela ganhou dimensões e hoje apenas 1.500 atletas podem participar snedo a

única prova do mundo a ter uma seleteiv8. O lronman é u sucesso de publico e

crítica, o maior Best-SeUer do triathlon, a prova referência como modelo de

organização, alegria e distância.( A HISTÓRIA DO ATLETISMO ...2007)

E foi exatamente por causa do lronman, e não poderia ser de outra

maneira, que surgiram os primeiros triathletas tupiniquins e depois deles as

primeiras provas.

O triathlon em sua versão inicial, ou seja, o Ironman deu origem a novas

modalidades e distância.

Especificamente no triathlon, além da distância clássica do Ironman, temos

atualmente o Meio lronman: (1.900 metros de natação, 90 Km de ciclismo e 21 Km

de corrida); a distância olimpica: (1.500 metros de natação, 40 Km de ciclismo e 10

Km de corrida) e o Shot-Triathlon: (750 metros de nataçâo, 20 Km de ciclismo e 5

Km de corrida), além das modalidades Aquathon e Biathlon.

24

No Brasil a corrida de rua ou o pedestrianismo como é .conhecido a corrida

rústica, tem diversos modos de competição e os treinamentos para os atletas

normalmente são feitos em pista de atletismo.

Hoje em dia os atletas que se despontam nas competições estão em

destaque também na pista.

No Brasil, o pedestrianismo é um segmento importante do atletismo. Tanto

que é realizado grande número de corridas de rua em todo o território nacional, com

mithares de participantes. Várias destas provas obtêm o Permit da CBAT e têm os

resultados homologados.

Corredores brasileiros têm conseguido bons resultados em eventos de

importância mundial, os chamados de corredores de elite são bons também nas

provas de pista.

O exemplo de Marilson Gomes dos Santos é bem atual. Em 2006, ele bateu

os recordes nacionais dos 5.000 m e dos 10.000 m e ganhou a Maratona de Nova

York.

Nos anos 80, José João da Silva foi bicampeão da São Silvestre e recordista

brasileiro das provas de fundo.

Além dos atletas de elite, estas provas reúnem milhares de amadores. Isto é:

atletas que competem para manter o condicionamento físico ou seguindo orientação

médica.

As corridas rústicas estão entre as mais antigas manifestações do atletismo.

Em seu formato moderno, principalmente no caso de provas internacionais, estas

competições são realizadas de maneira a mostrar pontos históricos e turísticos de

uma cidade.

Atualmente, o Brasil conta com representantes de primeira linha em eventos

25

do pedestrianismo internacional, além de Marilson e de outros nomes, dois

brasileiros foram campeões pan-americanos da maratona em Santo Domingo 2003:

Vanderlei Cordeiro de lima e Márcia Narloch. Já entre os expoentes da nova

geração estão Franck Caldeira e Lucélia Peres, ganhadores da São Silvestre 2006.

Por outro lado, o interesse gerado por este segmento em todo o País

possibilitou que surgissem empresas especializadas na organização dos eventos,

chamando à atenção das Federações estaduais de atletismo e das secretarias

municipais de esporte, que passaram a contribuir com a organização.

A Confederação Brasileira de Atletismo - CBAt, desde 1987, acompanha e

da suporte aos praticantes do pedestrianismo. A Confederação faz exigências

mínimas para homologação dos resultados e criou o Cadastro Nacional de

Corredores, sempre com o objetivo de proteger o praticante.

A atuação da CBAt foi reforçada em 2004, quando a Associação

Internacional de Federação de Atletismo - IAAF passou a reconhecer recordes

mundiais em provas de rua, estabelecendo critérios técnicos rígidos para aceitação

de resultados.

Ao veicular a partir do site www.cbat.org.br. a CBAT, busca prestar as

melhores informações para a comunidade.

Corredores, treinadores. djrigentes, organizadores. além da jmprensa, têm asinfonTlaçôes fundamentais da modalidade, sobre regras, normas ofICiais. calendários,provas nacionais ..(2006, s/p)

2.4 TREINAMENTO DE FORÇA E VELOCIDADE

O conceito de força do ser humano é entendido como" a capacidade de

superar ou opor-se a uma resistência por meio da atividade muscular" (PLATONOV,

2004, p.298).

26

Segundo este autor, existem varias tipos de força, força maxima, força

velocidade, força resistente.

Força maxima consiste na capacidade mâxima de produção de força do

desportista, durante uma contração muscular voluntária.

Força velocidade é a capacidade do sistema neuromuscular mobilizar o

potencial funcional com a finalidade de alcançar altos níveis de força em menor

tempo possível.

Força resistente é a capacidade de manter elevados níveis de força

durante o maior tempo possivel.

2.5 TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA

Resistência é a capacidade de realizar o exercício de maneira eficaz,

superando a fadiga produzida". (PLATONOV, 2004, p.348)

PLATONOV (2004) define dois tipos de resistência a resistência geral e

especial.

Resistência geral , segundo os conceitos formulados, é entendida como

capacidade do desportista para executar de maneira eficaz e contínua um trabalho

de intensidade moderado ( de caráter aerôbio), no qual intervem uma considerável

parte do sistema muscular.

Resistência Especial é a capacidade para executar eficazmente o trabalho e

superar a fadiga nas condições determinadas pelas exigências da atividade

competitiva e cada modalidade.

27

3. METODOLOGIA APLICADA

3.1 TIPO DE PESQUISA

A presente pesquisa descritiva foi desenvolvida a partir de uma reflexão na

busca de respostas para os questionamentosacerca das alterações que um

programa de treinamento de força e resistência para atletas de rua, pode ocorrer.

Com a pesquisa de campo, foram avaliados os 15 atletas da cidade de

Almirante Tamandaré, in foco, para observação e levantamentos dos dados

específicos que elucidarão a pesquisa.

3.2 DESCRiÇÃO DO UNIVERSO

Para desenvolver a pesquisa teve-se como ponto de partida num primeiro

momento a seleção dos atletas de rua, da cidade de Almirante Tamandaré, que

fariam parte da pesquisa.

A partir de entrevistas, foram selecionados 15 atletas de corrida de rua, na

faixa etária entre 13 e 16 anos, que se comprometeram a participar do treinamento

de resistência e força.

3.3 MATERIAIS E INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Como instrumentos da pesquisa foram utilizados o frequencímetro para

analisar a freqüência cardíaca do atleta/aluno, também foram utilizados os testes de

salto estatico para verificar o nível de performance do aluno atleta.

Para melhor avaliar o desempenho foi realizado um controle das variave's1-. ,~

28

freqüência, avaliação e reavaliação dos testes, protocolo do teste.

No período de 1° de junho de 2007 a 30 de agosto de 2007, foram

realizados os testes de resistência com os atletas selecionados, com o objetivo de

verificar se estes atletas estavam tendo alguma melhora em seus tempos nas

provas de corrida de rua, apõs o treinamento.

O treinamento nesta primeira fase consistiu em: exercícios aeróbicos,

exercícios anaerôbicos, exercício de flexibilidade.

No período de 31/08/2007 a 01/11/2007 foi sendo realizado o treinamento

que consistiu em exercícios de força e resistência.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

A partir da proposta de treinamento de resistência, força e de velocidade,

no período de julho/2007 a novembro 1 2007, duas vezes por semana, 2 horas por

dia.

A coleta de dados foi realizada pelo pesquisador, nos meses de julho a

outubro, nas dependências do Parque Santa Maria, durante 05 meses, sendo nos

meses de junho a ag05to/2007 foram realizados os treinamentos de força e

velocidade, o treinamento intervalado, e no período de agosto a novembro/2007

treinamento de resistência, envolvendo o treinamento pirâmide e o treinamento

intervalado.

29

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram observados e analisados os dados, e mensurados a partir de uma

analise interpretativa, que estão sendo representados através dos quadros 2 e 3 do

dos respectivos gráficos 1 e 2.

A pesquisa realizada com os 15 atlelas de rua da cidade de Almiranle

Tamandaré, estão na faixa de idade entre 13 e 16 anos, entre eles 02 do sexo

feminino e 13 do sexo masculino.

Quadro 1 ~ Faixa etâria

.Sexo

Idade Total Masc. Fem.

13 anos 3 2 1

14 anos 3 3

15 anos 4 3 1

16 anos 5 5

Através do treinamento pode-se apurar as melhoras expressiva em alguns

atletas, tanto no programa de força e velocidade, quanto no de resistência.

O atleta "E" obteve desde o início do treinamento um desempenho

significativo em suas marcas, mantendo-as desde o inicio.

A partir do quadro 1 - Teste de Cooper , é possivel visualizar os resultados,

e analisá-los, comparando o seu desempenho em relação a teoria.

30

o Treinamento resistência, realizado no período de junho a agosto, envolveu

o treinamento pirâmide e o treinamento intervalado de resistência, consistiu em tiros

curtos, resistência anaeróbica, que é a capacidade de resistir à fadiga nos esforços

de intensidade elevada1, durante o maior tempo possivel.

Através do Quando 2 , podemos visualizar as melhoras dos atletas em mts.

QUADRO 2 - Teste Cooper

Corredores 1° tempo 2° tempo Melhora

A 2100mts 2500mts 400mts

B 2100mts 2400mts 300mts

C 2300mts 2900mts 600mts

D 2600mts 2900mts 300mts

E 3200mts 3200mts 00

F 2800mts 2900mts 100mts

G 2400mts 3150mts 790mts

H 2400mts 3200mtsO 800mts

I 1900mts 2300mts 400mts

J 2000mts 2550mts 550mts

L 1900mts 2500mts 600mts

M 1900mts 2300mts 400mts

N 2000mts 2400mts 400mts

O 2400mts 2860mts 460mts

p 2400mts 2600mts 200mts

O Teste de Cooper foi elaborado pelo Doutor Kenneth H. Cooper em 1968

para ser usado pelas forças armadas para verificar o nivel de condicionamento

fisico. Em sua forma original, o objetivo o teste é correr o mais longe possível em 12

minutos. O teste de Cooper visa medir o condicionamento da pessoa e dessa forma

deve ser corrido em um ritmo constante ao invés de sprints. (TESTE DE

31

COOPER ..2007). Os resultados do teste de Cooper dão uma estimativa aproximada

do condicionamento físico da pessoa. As classificações ("Muito Bom", "Bom",

"Médio", "Ruim" e "Muito Ruim") são baseadas no quanto a pessoa correu, sua

idade e sexo.

Há várias tabelas de resultados, as duas abaixo são para pessoas de 13-20

anos e 20-50 anos. (TESTE COOPER -TABELA .2007)

Teste Cooper (13*20)

Muito Bom Bom Mêdio Ruim Muito Ruim

13-14M 2700+ m 2400·2700 m 2200·2399 m 2100·2199 m 2100· mF 2000+ m 1900·2000 m '1600 ·1899 m 1500 ·1599 m 150Q-m

15-16 M 2800+ m 2500 - 2800 m 2300 - 2499 m 2200 - 2299 m 2200- mF 2100+ m 2000 - 2100 m 1900 - 1999 m 1600 - 1699 m 1600- m

17-20M 3000+ m 2700 - 3000 m 2500 - 2699 m 2300 - 2499 m 2300- mF 2300+ m 2100 - 2300 m 1800 - 2099 m 1700 -1799 m 1700- m

CooperTest (20-50+)

Muito Bom Bom Médio Ruim Muito Ruim

20-29M 2800+ m 2400 - 2800 m 2200·2399 m 1600 - 2199 m 160Q-m

F 2700+ m 2200 - 2700 m 1800 - 2199 m 1500 -1799 m 1500-m

30-39M 2700+ m 2300 -2700 m 1900 - 2299 m 1500 -1899 m 1500-m

F 2500+ m 2000 - 2500 m 1700 -1999 m 1400 -1699 m 140Q-m

40-49M 2500+ m 2100 - 2500 m 1700 - 2099 m 1400 - 1699 m 1400- m

F 2300+ m 1900 - 2300 m 1500 - 1899 m 1200 - 1499 m 1200-m

50+M 2400+ m 2000 - 2400 m 1600 -1999 m 1300 -1599 m 1300-m

F 2200+ m 1700 - 2200 m 1400 -1699 m 1100 -1399 m 1100-m

Através da tabela acima os atletas "C, D, E, F, G, H, O" são considerados

como muito bom, os atletas "A, J, H e P' são considerados bons, os atletas "B,I,

M, N" são considerados médios.

Desta forma apurou-se graficamente o desempenho dos atletas, como

podemos verificar a partir do grâfico 1.

Os atletas "J, 0, N, M, I, A" representando 39% obtiveram um desempenho

32

pouco expressivo. Este resultado se deu face não haver por parte dos mesmo um

comprometimento maior nos treinamentos.

Os atletas "H, G, C, H" , representando um percentual de 27% obtiveram um

desempenho expressivo, e os atletas "P, B,D,ED representando também um

percentual de 27% obtiveram um desempenho não expressivo.

o atleta "E" representando os 7%, manteve sua performance, tendo um

desempenho significativo desde o início do treinamento.

Gráfico 1 - Melhora no desempenho de resistência

7%

r

O-M~ni~;;;p~rt;~~;~~l11Expressiva iO Pouco Expressiva IO Não expressiva !___________________ ...J

39%

tiveram uma marca significativa.

Em relação ao desempenho do treinamento de força e velocidade, os atletas

33

Segundo Carvalho (1993) cilada por Marques (2005) sem eu artigo "O efeito

do treino de força sobre o salto vertical em jogadores de basquetebol de 10-13 anos

de idade" define a Avaliação da Força Explosiva:

Avaliação da Força Explosiva SV ( salto vertical sem contramovimenloconsiste em partjndo da posição de pé, estática, com o tronco direito e asmãos nos quadrios, e com os membros inferiores em semi·flexão ( 90"), osujeito efetua um salto vertical máximo. O SCM ( salto verticalcontramovimento) consiste a partir da posição de pé, com o tronco dereitoe as mãos nos qll3dris, e os membros inferiores em extensão, o individuoefectua uma semiflexão dos joelhos ( contra·movimento) a 90~ (CalValho,1993)

Neste sentido, os resultados apresentados pelos atletas após os

treinamentos no período de agosto a novembro de 2007, foram expressivos,

conforme o quadro 3.

A partir dos resultados verifica-se a melhora no desempenho de todos os

atletas.

o atleta "F iniciou seu treinamento no seu máximo e continuou na mesma

marca. Tem apresentado excelente resultados em suas participações nos eventos,

tendo um promissor futuro, dando continuidade aos cuidados físicos e treinos.

É um exemplo para a cidade de Almirante Tamandaré, bem como os

demais, que já estão envolvidos em atividades especificas da Fundação Cultural.

o treinamento de força e velocidade realizado no periodo de agosto a

novembro de 2007 revelou como se verifica no Quadro 3, que apenas o atleta "G"

não teve variedade em sua marca, os demais tiveram uma variação.

Os resultados alcançados com o treinamento intervalado, mostra que o

treinamento adequado permite ao atleta, melhora o seu desempenho.

A respeito do atleta" Y , apurou-se que o mesmo estava na semana anterior

ao treinamento com a saúde debilitada, em função de um quadro clinico de gripe e

febre.

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QUADRO 3 - Teste de Força - Salto estático

Corredores 1° tempo 2' tempo Melhora

A 1,89 1,95 6cm

B 1,90 1,97 7cm

C 2,21 2,29 8cm

D 2,33 2,51 18cm

E 2,30 2,38 8cm

F 2,21 2,36 15cm

G 2,30 2,30 00

H 2,35 2,42 7cm

I 1,95 2,05 10cm

J 2,20 2,25 5cm

l 2,35 2,55 20cm

M 2,30 2,35 5cm

N 2,21 2,28 7cm

O 2,40 2,55 15cm

p 2,35 2,45 10cm

A partir destes resultados apurou-se graficamente para uma melhor

vizualização dos resultados no conjunto dos atletas

O gráfico de nO 2, mostra-nos a superação em alguns momentos de nossos

alletas.

Dos atletas que participaram da pesquisa, os atletas "l,D,F,O" obtiveram

um resultado expressivo, representando um percentual de 27%.

Os atletas ' A,B,C,E,H,i,J, M, N, p", representando 66% da amostra,

obtiveram resultados não muito expressivo, face ao pouco entusiasmo na realização

do treino, a partir de algumas semanas.

o atleta "G", não obteve melhoras, representando 7% da amostra, face

apresentar-se ainda debilitando, porém insistindo para participar da pesquisa

Gráfic01 - Melhora no desempenho de força

7%

----Io Expressiva

liI Não expressiva

~ã~bte\e _I

35

também um envolvimento do atleta, embora o esporte corrida de rua necessite de

A partir dos resultados elencados, percebeu-se a necessidade de haver

um maior incentivo por parte das autoridades da cidade de Almirante Tamandaré.

36

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização da pesquisa na cidade de Almirante Tamandaré, teve uma

conotação de desafio, face estes atletas estarem realizando seus treinos muita

vezes sem um instrutor preparado.

Após esta pesquisa e em conjunto com a Fundação Cultural, estar-se-ã

realizando um levantamento específico na modalidade atletas de corrida de rua,

para que possa-se estar desenvolvendo um Projeto, e desta forma subsidiar o

desempenho cada vez mais dos atletas.

Foi possível a partir deste trabalho, informar de forma mais relevante as

técnicas e o condicionamento físico, para esses atletas, pois alguns deles, apenas

viam na corrida de rua, como uma forma de vencer seu próprio limite.

Em conjunto com a Fundação Cultural, estar-se-á desenvolvendo o projeto ao

qual um das ações será organizar um grupo de professores de educação fisica que

possam estar desenvolvendo junto a estes atletas técnicas especificas para a

corrida de rua, bem como, elaborando uma metodologia para a realização do

treinamento.

Apõs a realização da pesquisa, apurou-se que os atletas antes iam apenas

por gostarem de estar correndo, hoje, muitos deles já vêem num futuro não muito

distante, a participação em competições de maior nível.

Com a parceria realizada junto a Secretaria Municipal de Almirante

Tamandaré, também estará sendo realizado, um projeto para identificarmos atletas

mirins, nas escolas.

Um aspecto relevante nessa pesquisa e que vem de encontro a muitos

outros projetos que existem neste país, é o envolvimento com crianças em situação

de risco, e que de certa maneira, começam a ver a possibilidade de estarem

37

participando do projeto junto a Fundação Cultural, diminuindo o número de

adolescentes em situação de risco, nas ruas.

Quanto as escolas, o projeto idealizado com alguns professores permitirâ

estar inserindo alguns alunos, que muitas vezes estão deixando de comparecer a

escola, o que estaria atrelado a sua permanência na escola e também ao seu

desempenho escolar.

E importantevalorizar a participaçãoda lamilia neste processo, resgatar a

história pessoal de cada um e de experiência positivas na própria história da

sociedade.

Acreditar que através do esporte é possível acontecer mudanças na vida de

um adolescente, muitos projetos já nos mostraram isto, estar participando

concomitantemente com outras ações, com adolescentes em situação de risco,

torna-nos agentes de uma ação única na sociedade que é a cidadania.

38

REFERÊNCIAS

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BRASIL Decreto-lei n' 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizese bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, nO 248, p.27833, de2e de dezembro de 1996.

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BOMPA, Tudor O. Treinamento Total para Jovens Campeões. São Paulo: EditoraManole Ltda, 2000.

BOTELHO, P. Segredos e silêncio na educação dos surdos. Belo Horizonte:4Autentica, 1998.

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CIDADE, R.EA & FREITAS, P.S. de. Introdução á Educação Fisica e aodesporto para pessoas portadoras de deficiência. Curitiba: UFPr, 2002.

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WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole, 1999.PLATANOV, V.N. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. São Paulo:Artemed.2004.

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Teste de Cooper - Tabela.WWW.COPACABANARUNNERS.neUteste.cooper.html.Acesso em 13/11/2007.


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