VII Workshop Nacional em Bioenergia
Salvador, BA, 21 e 22 de novembro de 2013
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Anais
VII Workshop Nacional
sobre Bioenergia
21 e 22 de novembro de 2013
Salvador- Bahia
Editores: Dr. Amaro Emiliano Trindade Silva, Dra. Maise-
Silva, Dr. Thiago Bruce & Dra. Viviane Galvão
VII Workshop Nacional em Bioenergia
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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
Mestrado Profissional em Bioenergia
Coordenador: Prof. Dr. Januário Gomes Mourão e Lima
VII WORKSHOP NACIONAL SOBRE BIOENERGIA
COORDENAÇÃO GERAL
Profa. Dra. Viviane Galvão
Profa. Dra. Maise-Silva
COORDENAÇÃO DE PROGRAMA
Profa. Dra. Maise-Silva
Profa. Dra. Viviane Galvão
Prof. Dr. Thiago Bruce
COMITÊ CIENTÍFICO
Prof. Dr. Alberto Freire Nascimento
Profa. Dra. Andrea Monteiro de Amorim
Prof. Dr. Amaro Emiliano Trindade Silva
Prof. Dr. Astria Dias Ferrao Gonzales
Prof. Dr Fábio Macedo Nunes
Prof. Dr. Januário Gomes Mourão e Lima
Prof. Dr. Luiz Cesar Maffei Sartini Paulillo
Profa. Dra. Maise-Silva
Prof. Dr. Thiago Bruce Rodrigues
Prof. Dr. Vitor H. Moreau de Cunha
Profa. Dra. Viviane Galvão
SECRETARIA
Simone Monteiro
http://portal.ftc.br/eventos/2013/workshopbioenergia
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AGRADECIMENTOS
A Comissão Organizadora do VII Workshop Nacional sobre Bioenergia- Salvador expressa
seus sinceros agradecimentos ao importante apoio que recebeu das Instituições, Empresas e
pessoas relacionadas abaixo:
REDE FTC
Diretoria Geral
Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (PPGEx)
Coordenações dos Cursos de Graduação
Gerência de Marketing
CAMPUS SALVADOR
Prefeitura de Campus
Central de Atendimento ao Docente
Tecnologia da Informação
INSTITUIÇÕES
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Fundação de Apoio e Amparo à Pesquisa no Estado da Bahia (FAPESB)
PESSOAL
Às pessoas abaixo relacionadas, pela contribuição em suas especialidades:
Silvana Silveira
Mariana Madeira
José Rodrigues Souza Filho
Alice Kotler
Otacílio Neto
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PREFÁCIO
O Workshop Nacional sobre Bioenergia (WNB), evento científico organizado
anualmente pelo Mestrado Profissional em Bioenergia, no Campus da Cidade de
Salvador da Faculdade de Tecnologia e Ciências, reúne profissionais elevada
competência e produção na área de Bioenergia e Biocombustível. Esse evento na sua
VII edição consecutiva mostra que já é tradicional e, a cada ano, tem despertado
interesse de profissionais de diversas partes do Brasil. A cada ano é observado maior
interesse das pessoas em participar do WNB. Esse fato pode ser comprovado na
qualidade e quantidade de trabalhos apresentados nessa sétima edição.
Na sua primeira edição o Wokshop Nacional sobre Bioenergia representou um
espaço para discussão e planejamento da construção do primeiro Mestrado
Profissional em Bioenergia fora do eixo sul-sudeste do Brasil. Essa meta foi alcaçada
no ano de 2003. Atualmente é um encontro temático consolidado, tradicional, único
no Nordeste Brasileiro, e o único totalmente organizado por pesquisadores e
estudantes de Programa de Pós-Gradução em Bioenergia.
Nessa edição, o Workshop Nacional sobre Bioenergia (VII WNB) apresentará
ao público seis palestras de pesquisadores de renome nacional e internacional, doze
artigos completos, dezesseis resumos expandidos e vinte e nove resumos (total de
sessenta e três trabalhos). Participarão do evento professores, estudantes,
empreendedores e comunidade em geral, do estado da Bahia e de outras regiçoes do
Brasil. Durante dois dias serão discutidos temas relativos aos avanços tecnologócios,
estudos ambientais e o potencial projetável das fontes renováveis (biomassa) para
geração de energia.
Saudamos e agradecems a todos os participantes do VII Workshop Nacional
sobre Bioenergia pelas suas contribuições, esperamos que tenham um excelente
intercâmbio de ideias e encontros profissionais que possam ser prolongados para
além desse evento. Nosso desejo é que todos aproveitem esses dois dias para discutir
temas de interesse comum e confraternizar, criando laços de amizade e cooperaão
científica duradora.
Aproveite o VII WNB e estaremos te esperando na edição de 2014!
Comissão Organizadora
Salvador, 21 de novembro de 2013
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PROGRAMAÇÃO
21 de novembro de 2013
MANHÃ
08:30 – 09:00 - Credenciamento
09:00 – 09:30 - Abertura do VII Workshop sobre Bioenergia
Dr. Januário Gomes Mourão e Lima (Coordenador do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em
Bioenergia da FTC)
Dra. Astria Gonzales (Gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Rede FTC- IMES)
MsC. Edilson Barbuda Lins (Diretoria Geral da Rede FTC)
Dra. Viviane Galvão (Coordenadora do VII Workshop Nacional sobre Bioenergia)
Dra. Maise Silva (Coordenadora do VII Workshop Nacional sobre Bioenergia)
09:30 – 10:30 - "A Biotecnologia aplicada à produção de biocombustíveis no Inmetro"
Dra. Juliana Lopes Martins (Inmetro-RJ) (Coordenação: Dra. Viviane Galvão)
10:30 - 10:50 - Intervalo
10:50 - 12:10 - Apresentações Orais (Coordenação: Dr. Januário Gomes Mourão e Lima)
10:50 – 11:10 - "Colaboração científica sobre biogás no Brasil" Cláudio Marcelo Matos Guimarães ,
Viviane Galvão
11:10 - 11:30 - "O Mestrado em Bioenergia da FTC: Estratégia para a formação de profissionais capazes de
atuar na matriz energética do país " Andréa Souza B. da Silva, Astria Dias Ferrão Gonzales
11:30 - 11:50 - " Definição dos índices de capacidade do processo (Cp e Cpk) para verificação da
estabilidade e centralização da produção do biodiesel: um estudo de caso na usina alfa para a especificação
glicerina total" Rodolfo Bello Exler, Fábio Macêdo Nunes
11:50 - 12:10 - " Influência do estande na produtividade de sorgo sacarino " Raúl A. M. Uribe; Lucian C. S.
Ticianeli
12:10 – 14:00 - Intervalo para almoço
TARDE
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14:00 – 14:50 - "Métodos Alternativos para Produção de Biodiesel" Prof. Dr. Leonardo Sena Gomes
Teixeira (UFBA) (Coordenação: Dr. Amaro Emiliano Trindade Silva)
14:50 – 16:30 - Apresentações orais (Coordenação: Dr. Amaro Emiliano Trindade Silva)
14:50 - 15:10 - " Acidentes de trabalho não fatais e fatores associados em trabalhadores da agricultura
familiar do cultivo da mamona, no município de Morro do Chapéu, no ano de 2012" Maria Celeste Almeida
Viana, Maria de Lourdes Palmeira dos Santos, Andréa Monteiro de Amorim
15:10 - 15:30 - "Análise econômico-financeira da implantação de uma mini usina de biodiesel de sebo
bovino em Feira de Santana - Bahia" Luís Oscar Silva Martins, Roberto Antônio Fortuna Carneiro
15:30 - 15:50 - " Análise de redes semânticas baseada em títulos de publicações de um periódico sobre
bioenergia " Paulo César da Silva Gonçalves, Viviane Galvão
15:50 - 16:10 - "Co-produto do biodiesel – clareamento e purificação da glicerina bruta proveniente da
PETROBRAS biocombustíveis de Candeias-Ba " Andressa Nery Lopes, Cleber André Cechinel, Alexandre
Pereira Wentz, Regiane da Silva Aelo, Javana Sacramento Dias Susruta e José Fernando Raymundi
16:10 - 16:30 - "Rede de colaboração científica das principais oleaginosas envolvidas na produção do
biodiesel no Brasil " Isadora Lucena Andrade, Viviane Galvão
16:30 - 17:00 - "O potencial do uso da biomassa lignocelulósica para fins energéticos no Brasil" MsC. Javier
Farago Escobar [Doutorando em Energia (EP/IEE/FEA/IF), Pesquisador do CENBIO - Centro Nacional de
Referência em Biomassa]
17:00 – 19:00 - Sessão de Painéis e Confraternização
Dia 22/11/2013 (Sexta-Feira)
MANHÃ
09:00 – 09: 40 - "Jatropha curcas: uma planta com múltiplas aplicações" Prof. Dr. Luis Cesar Maffei Sartini
Paulillo (FTC) (Coordenação: Dr. Thiago Bruce Rodrigues)
09:40 – 11:00 - Apresentações orais (Coordenação: Dr. Thiago Bruce Rodrigues)
09:40 - 10:00 - "Rede bipartida das usinas produtoras de biodiesel no Brasil e suas respectivas matérias-
primas nos anos de 2008, 2010 e 2012" Zenaide Silva, Viviane Galvão
10:00 - 10:20 - "Monocultivo de dendê: riqueza e abundância de abelhas polinizadoras " Tania Planzo,
Hermes Cerqueira e Maise Silva
10:20 - 10:40 - "Bioprospecção de microalgas como matéria-prima para bioenergia" Fabrine Souza de
Andrade, Fernanda Almeida Soares dos Santos, Iracema Andrade Nascimento
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10:40 - 11:00 - "Biodiesel, agricultura familiar e inclusão social: estudo de caso em uma comunidade rural
no estado da Bahia" Celma Amorin de Oliveira, Fábio Matos Fernandes, Marcelo Santana Silva e Angela
Machado
11:00 - 11:20 - Intervalo
11:20 – 12:00 - "Caracterização do sistema celulolítico de teredinídeos e do seu potencial biotecnológico"
Dra. Daniela Akamine ( Inmetro - RJ) (Coordenação: Dr. Thiago Bruce Rodrigues)
12:00- 14:00 - Intervalo para Almoço.
TARDE
14:00 – 14:50 - "Vehicle emissions: What will change with use of Biofuel?" Profª. Dra. Lilian Lefol Nani
Guarieiro (SENAI - BA) (Coordenação: Dra. Andrea Monteiro de Amorim)
14:50 - 16:30 - Apresentações orais (Coordenação: Dra. Andrea Monteiro de Amorim)
14:50 - 15:10 - "Rede de colaboração científica na área de bioenergia no Brasil: um estudo baseado nos
artigos do periódico Biomass & Bioenergy " Luciana Santana de Souza, Viviane Galvão
15:10 - 15:30 - "Modificação de aspectos da cultura alimentar: da roça de subsistência ao plantio de matéria
prima para biocombustíveis " Cláudia M. Treumann, Janilton S. Andrade
15:30 - 15:50 - "Anaerobic digestion of dry microalgae biomass" Aristela Vitória dos Santos, Larissa Maria
Barbosa Dantas Xavier, Guilherme Souza Santos Alencar, Iracema Andrade Nascimento, Fabio Alexandre
Chinalia
15: 50 - 16:10 - "Metabolismo microbiano da glicerina e suas aplicações biotecnológicas: uma revisão "
Ricardo de Oliveira Mota, Amaro Emiliano Trindade Silva
16:10 - 16:30 - "Uso de subprodutos da síntese de biodiesel: obtenção de triacetina com catálise de líquidos
iônicos próticos " Miguel Iglesias, Safira M. Barros, Jamille S. Serra, Artur Alcoeres, Natalia Ferreira
16:30 – 17:00 - Lançamento do livro "Bioenergia: um diálogo renovável" MsC. Rodolfo Exler, MsC. Luis
Polybio Brasil Teixeira, Mestranda Lorene Paixão Sampaio (Organizadores) (Coordenação: Dra. Viviane
Galvão e Maise-Silva)
17:00 – 18:30 - Sessão de Painéis e Confraternização
18:30 – 19:00 - Encerramento e Entrega de Premiação
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ÍNDICE
PALESTRAS
Métodos Alternativos para Produção de Biodiesel - Leonardo Sena Gomes Teixeira
A biotecnologia Aplicada à Produção de Biocombustíveis no Inmetro - Juliana Lopes Martins
Vehicle Emissions: What will change with use of Biofuel? - Lilian Lefol Nani Guarieiro
Jatropha Curcas: uma planta com múltiplas aplicações - Luis Cesar Maffei Sartini Paulillo
Potencial do uso da Biomassa Lignocelulósica para fins Energéticos no Brasil - Javier Farago
Escobar
Caracterização do sistema celulolítico de teredinídeos e do seu potencial biotecnológico - Daniela
Toma de Moraes Akamine
COMUNICAÇÕES ORAIS
"Colaboração científica sobre biogás no Brasil" Cláudio Marcelo Matos Guimarães
"O Mestrado em Bioenergia da FTC: Estratégia para a formação de profissionais capazes de atuar na matriz
energética do país" Andréa Souza B. da Silva
"Definição dos índices de capacidade do processo (Cp e Cpk) para verificação da estabilidade e centralização
da produção do biodiesel: um estudo de caso na usina alfa para a especificação glicerina total" Rodolfo Bello
Exler
"Rede de colaboração científica das principais oleaginosas envolvidas na produção do biodiesel no Brasil "
Isadora Lucena Andrade
"Análise econômico-financeira da implantação de uma mini usina de biodiesel de sebo bovino em Feira de
Santana - Bahia" Luís Oscar Silva Martins
"Análise de redes semânticas baseada em títulos de publicações de um periódico sobre bioenergia " Paulo
César da Silva Gonçalves
"Co-produto do biodiesel – clareamento e purificação da glicerina bruta proveniente da PETROBRAS
biocombustíveis de Candeias-Ba " Andressa Nery Lopes
" Acidentes de trabalho não fatais e fatores associados em trabalhadores da agricultura familiar do cultivo da
mamona, no município de Morro do Chapéu, no ano de 2012" Maria Celeste Almeida Viana
"Rede bipartida das usinas produtoras de biodiesel no Brasil e suas respectivas matérias-primas nos anos de
2008, 2010 e 2012" Zenaide Silva
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"Monocultivo de dendê: riqueza e abundância de abelhas polinizadoras" Tania Planzo
"Bioprospecção de microalgas como matéria-prima para bioenergia" Fabrine Souza de Andrade
"Biodiesel, agricultura familiar e inclusão social: estudo de caso em uma comunidade rural no estado da
Bahia" Angela Machado
"Rede de colaboração científica na área de bioenergia no Brasil: um estudo baseado nos artigos do periódico
Biomass & Bioenergy " Luciana Santana de Souza
"Modificação de aspectos da cultura alimentar: da roça de subsistência ao plantio de matéria prima para
biocombustíveis " Cláudia M. Treumann
"Anaerobic digestion of dry microalgae biomass" Larissa Maria Barbosa Dantas Xavier
"Metabolismo microbiano da glicerina e suas aplicações biotecnológicas: uma revisão" Ricardo de Oliveira
Mota
"Uso de subprodutos da síntese de biodiesel: obtenção de triacetina com catálise de líquidos iônicos próticos"
Miguel Iglesias
RESUMOS EXPANDIDOS
ANAEROBIC DIGESTION OF DRY MICROALGAE BIOMASS, Aristela Vitória dos Santos,
Larissa Maria Barbosa Dantas Xavier, Guilherme Souza Santos Alencar, Iracema Andrade
Nascimento, Fabio Alexandre Chinalia
QUANTITATIVE AND QUALITATIVE EVALUATION OF THE POTENTIAL FOR JET-FUEL
LIKE BIOFUEL PRODUCTION FROM MICROALGAE, Edson dos Santos, Gabriele Rodrigues
Conceição, Iracema Andrade Nascimento, Fabio Alexandre Chinalia
BIOPROSPECÇÃO DE MICROALGAS COMO MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA,
Fabrine Souza de Andrade, Fernanda Almeida Soares dos Santos, Iracema Andrade Nascimento
CULTIVO DE MICROALGAS RICAS EM HIDROCARBONETOS ACOPLADOS A
PROCESSO DE BIOFIXAÇÃO DE CO2, Fernanda Almeida Soares dos Santos, Iracema Andrade
Nascimento
CULTIVO DE CHLORELLA VULGARIS EM FOTOBIORREATOR TUBULAR VERTICAL
(FBR) DE BAIXO CUSTO PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL, Gabriele Rodrigues
Conceição, Fabrine Souza Andrade, Leandro Jesus Sousa, Fabio Alexandre Chinalia, Iracema
Andrade Nascimento
CULTIVO DE MICROALGAS DULCÍCOLAS EM AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS
CONTAMINADAS, Iracema Andrade Nascimento, Edson dos Santos, Iago Teles Dominguez
Cabanelas, Fabio Alexandre Chinalia
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CULTIVO DE MICROALGAS DULCIAQUÍCOLAS UTILIZANDO VINHAÇA TRATADA
ANAEROBICAMENTE, Larissa Maria Barbosa Dantas Xavier, Sheyla Santa Isabel Marques,
Iracema Andrade Nascimento, Fábio Alexandre Chinalia
AVALIAÇÃO DO MERCADO DE REVENDA VAREJISTA DE ETANOL HIDRATADO
COMBUSTÍVEL EM SALVADOR (BA) À LUZ DA DEFESA DA CONCORRÊNCIA, Luis
Polybio Brasil Teixeira, Milena Nascimento Sales,
Luis Manuel García Reyes
CULTIVO DE CIANOBACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO PARA PRODUÇÃO DE
FERTILIZANTES NITROGENADOS, M. H. Fontoura, , I. A. Nascimento, F. A Chinalia
ACIDENTES DE TRABALHO NÃO FATAIS E FATORES ASSOCIADOS EM
TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR DO CULTIVO DA MAMONA, NO
MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, NO ANO DE 2012, Maria Celeste Almeida Viana;
Maria de Lourdes Palmeira dos Santos; Andréa Monteiro de Amorim.
RESÍDUO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIO COMO SUPLEMENTO PARA O CULTIVO DE
MICROALGAS, O. T. Vale, I.A. Nascimento, F.A. Chinalia
METABOLISMO MICROBIANO DA GLICERINA E SUAS APLICAÇÕES
BIOTECNOLÓGICAS: UMA REVISÃO, Ricardo de Oliveira Mota, Amaro Emiliano Trindade
Silva
MÉTODO RÁPIDO PARA EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS DE
MICROALGAS, VISANDO À PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS, S.A. Pereira & T.O.
Vale.
MONOCULTIVO DE DENDÊ: RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DE ABELHAS
POLINIZADORAS, Tania Planzo, Hermes Cerqueira e Maise Silva
PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE SEBO BOVINO COM CATALISADORES EM
FASE HETEROGÊNEA, Roberta Alencar Macedo Costa1, Alexandre dos Santos Machado, Érika
Durão Vieira, Fabiano Ferreira de Medeiros, Otanéa Brito de Oliveira
REDE BIPARTIDA DAS USINAS PRODUTORAS DE BIODIESEL NO BRASIL E SUAS
RESPECTIVAS MATÉRIAS-PRIMAS NOS ANOS DE 2008, 2010 E 2012, Zenaide Silva e
Viviane Galvão
RESUMOS
TRABALHADORES DO CORTE DA CANA DE AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES
– BA, Adriano Celso Rodrigues da Conceição, Andréa Monteiro de Amorim e Alane Mendara da
Silva Costa
UMA REDE DE ASSITÊNCIA A TRABALHADORES DA PRODUÇÃO DO ETANOL, Aline de Jesus
Dantas
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INCIDÊNCIA DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E ÁREAS PRÓXIMAS À QUEIMA DA
CANA DE AÇÚCAR NA REGIÃO DE AMÉLIA RODRIGUES-BA, Ana Catharine Silva Lima,
Januário G. Mourão e Lima
ACIDEZ DO OLÉO DE GORDURA RESIDUAL PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL:UMA
REVISÃO, Arabella Varjão Damaceno Vital e Astria Dias Ferrão Gonzáles
ESTABELECIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE BACTÉRIAS COM POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO
DO SOLO DA CHAPADA DIAMANTINA, Camila Neves, Ana Camila Andrade, Amaro Trindade-
Silva, César Rodrigo Santos Dourado, Luana Natividade Ferreira, Fabiane dos Santos Pinto,
Claudia Treumman, Vitor Hugo Moreau e Thiago Bruce
EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES DA INALAÇÃO DA FUMAÇA DA QUEIMA DE CANA
DE AÇÚCAR EM RATOS WISTAR, Camilla Santos Portugal Britto e Januário Gomes Mourão e
Lima
ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS FERMENTADORES DE GLICEROL
EM ANAEROBIOSE, E CARACTERIZAÇÃO DOS SUBPRODUTOS GERADOS, César Rodrigo
Santos Dourado, Fabiane dos Santos Pinto, Luana Natividade Ferreira, Ricardo de Oliveira Mota,
Thiago Bruce, Vitor Hugo Moreau e Amaro Emiliano Trindade Silva
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE CAZYMES (ENZIMAS ATIVAS PARA CARBOIDRATOS) MARINHAS
POR ABORDAGEM METAGENÔMICA, Cleanto Rodrigo da Silva Lopes e Thiago Bruce
A PRODUÇÃO DE ETANOL E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS CORTADORES
DE CANA DE AÇÚCAR NO MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES – BA, Cristiano Souza, Andréa
Amorim
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE BRIQUETES A PARTIR DE CAPIM ELEFANTE E
A UTILIZAÇÃO DE SEUS CO-PRODUTOS, Daniela Raic, Luis Cesar M. S. Paulillo, Januário
Gomes Mourão e Lima
OCORRÊNCIA DE LESÃO DO MÚSCULO SUPRA ESPINHAL EM CORTADORES DE CANA DE
AÇÚCAR NO RECÔNCAVO, Dijalma Cerqueira Campos Junior e Januário Mourão Filho
JATROPHA CURCAS: DESDE A PRODUÇÃO DE BIODIESEL ÀS APLICAÇÕES MEDICINAIS,
Edjacy Lopes , Marco Brotto e Luis Cesar M. S. Paulillo
ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA ADAPTAÇÃO DE UMA MICRO DESTILARIA DE
ETANOL COMBUSTÍVEL PARA PROCESSOS DE PRODUÇÃO A PARTIR DA MANIPUEIRA, Eliane
Teixeira de Assunção Vitor Hugo Moreau, Eduardo Augusto Brito Arêas e Nazaré Franco Santana
ANÁLISE DO MAPA DE RISCO E IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS EM UMA
EMPRESA DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS VEGETAIS EM BRUTO E REFINADO, Evangileno
Nunes Leal, Januário Gomes Mourão e Lima
TRABALHADOR BRAÇAL: A PREVALÊNCIA DA DOR MUSCULAR E SUA RELAÇÃO
COM O AUMENTO DOS NÍVEIS DE LACTATO EM CORTADORES DE CANA-DE-
AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES, Erika Samile de Carvalho Costa,
Januário Gomes Mourão e Lima
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ANÁLISE GENÔMICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE VIAS METABÓLICAS ENVOLVIDAS NA
PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS EM UMA LINHAGEM DE CLOSTRIDIUM BUTYRICUM,
Fernanda Gomes, Mariana Faber, Nei Pereira Jr, Fabiano Thompson e Thiago Bruce
IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS EXISTENTES NO MODELO DE QUEIMADURA DE 3° GRAU EM
RATOS WISTAR A PARTIR DO TRATAMENTO COM EXTRATO DE JATROPHA CURCAS LIN,
Gladssinay de Sousa Lessa e Januário Gomes Mourão e Lima
PERMEABILIDADE COMBINADA EM DEPÓSITOS FORMADOS POR RITMITOS, Idney
Cavalcante da Silva, Anderson José S. Costa², Débora Marla Fonseca Macedo e Marcos Augusto.
ESTIMAÇÃO (SUGESTÃO ESTIMATIVA) DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA RESIDUAL
LIGNOCELULÓSICA NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2000 E 2010 PARA POSSÍVEL APLICAÇÃO
NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2ª. GERAÇÃO, Ivete Capinan da Silva e Astria Dias Ferrão
Gonzáles
AGRICULTORES FAMILIARES QUE PARTICIPAM DO PNPB: DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
PELO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL, Jamille Macedo Lima e Astria Dias Ferrão
Gonzáles
PANORAMA HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE CANA DE AÇÚCAR NO MUNICÍPIO DE AMÉLIA
RODRIGUES E A SITUAÇÃO DOS CORTADORES NO PERÍODO DA SAFRA E ENTRESSAFRA,
Jader da Silva Cedraz e Andréa Monteiro de Amorim
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE OS
TRABALHADORES DO CORTE DA CANA-DE-AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA
RODRIGUES, BAHIA, Jorge Augusto Beck Filho, Andréia Monteiro de Amorim e Helena Maria
Silveira Fraga Maia
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA BAIANA: UM FOCO NOS MODELOS DE BIODIGESTORES, Lorene
Paixão Sampaio, Rodolfo Bello Exler e Fábio Macêdo Nunes.
DIVERSIDADE DE ENZIMAS ATIVAS PARA CARBOIDRATOS (CAZYMES) MICROBIANAS
ASSOCIADAS ÀS ESTRUTURAS RECIFAIS DO BANCO DE ABROLHOS PARA APLICAÇÃO
BIOTECNOLÓGICA, Marcondes Porto Santos, Fabiano Thompson e Thiago Bruce
AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO EM TRABALHADORES CORTADORES DE
CANA-DE-AÇÚCAR DO RECONCAVO BAHIANO, Menilde Araújo Silva Bião, Luis Cesar M.S.
Paulillo e Januário Gomes Mourão e Lima
CONSTRUÇÃO DE BIODIGESTOR PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DA FERMENTAÇÃO
DA MANIPUEIRA: ESTUDO DE CASO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA
CONQUISTA, Nirlânia Brito Amorim e Fábio Macedo Nunes
ANÁLISE TEMPORAL DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO EXTRATO BRUTO DE
JATROPHA CURCAS LIN EM UM MODELO DE QUEIMADURA DE 3º GRAU EM RATOS
WISTAR, Patrícia Campos, Januário Gomes Mourão e Lima
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PROCESSO DE ETERIFICAÇÃO DA GLICERINA BRUTA, Rosita Brasil Mayan Neta, Fernanda
Miranda Torres, Otanéa Brito de Oliveira, Érika Durão Vieira e Alexandre dos Santos Machado
EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES E SISTÊMICOS DA QUEIMA DE CANA DE AÇÚCAR
EM RATOS WISTAR, Sarah Carvalho de Oliveira Nogueira e Januário Gomes Mourão e Lima
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Palestras
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PALESTRA I
MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Prof. Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira
Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia (UFBA)
E-mail: [email protected]
O principal método de produção do biodiesel é através da reação de transesterificação, no qual se
coloca o triacilglicerol para reagir com álcool na presença de um catalisador. Atualmente, o
processo mais comum de obtenção do biodiesel é a transesterificação metílica de óleos vegetais em
meio alcalino homogêneo. Processos alternativos para a obtenção de biodiesel têm sido estudados
com o objetivo de aumento de rendimento, redução do tempo de reação, diminuição do consumo de
reagentes, diminuição de impactos ambientais e busca de matérias-primas alternativas. Esses
estudos incluem também catalisadores heterogêneos e enzimáticos alternativos e o uso de energia
de micro-ondas e irradiação ultrassônica. Na palestra se fará uma abordagem de métodos
alternativos á transesterificação convencional para produção de biodiesel.
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PALESTRA II
A BIOTECNOLOGIA APLICADA À PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
NO INMETRO
Dra. Juliana Lopes Martins
Laboratório de Biotecnologia, Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida,
Inmetro
E-mail: [email protected]/ [email protected]
No setor energético mundial existe um direcionamento para pesquisas buscando o desenvolvimento
de fontes renováveis que assegurem o desenvolvimento sustentável, ambientalmente correto e
economicamente viável. O bioetanol e o biodiesel são promissoras fontes renováveis de energia e já
amplamente utilizadas. Porém, a atual tecnologia de produção desses biocombustíveis não suprirá a
demanda futura e exercerá um grande impacto sobre a oferta global de alimentos. Como alternativa,
é sugerido o emprego de biocombustíveis de segunda e terceira gerações. O INMETRO apresenta
como um de seus programas especiais, a contribuição decisiva no desenvolvimento de projetos em
áreas estratégicas da Biotecnologia em sintonia com a política de desenvolvimento econômico do
país. A recém-criada Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida tem, entre suas
atribuições, a realização de pesquisas aplicadas ao melhoramento da produção dos biocombustíveis.
Para isso, estamos desenvolvendo pesquisas na área de Biotecnologia aplicada às seguintes linhas:
(i) melhoramento da produção de etanol a partir da biomassa celulósica, através da busca de novas
enzimas celulolíticas; (ii) utilização de microrganismos oleaginosos como fonte de matéria-prima
para produção de biodiesel. Nessa palestra serão abordados alguns exemplos dos projetos
desenvolvidos no Inmetro.
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PALESTRA III
VEHICLE EMISSIONS: WHAT WILL CHANGE WITH USE OF BIOFUEL?
Profa. Dra. Lilian Lefol Nani Guarieiro
SENAI-BAHIA
E-mail: [email protected]
In urban areas, large concentrations of chemical compounds are emitted into the atmosphere by
industries, vehicles and others due human activities. Nearly 3000 different compounds from human
activity have been identified in the atmosphere, and mostly organic. This complex mixture of
pollutants can have impacts on health and the environment. Thus, the systematic determination of
air quality should be, for practical reasons, limited to a restricted number of pollutants, defined in
terms of its importance and the human and material resources available to determine them. In
general, the choice falls on when a group of pollutants which serve as indicators of air quality,
which are regulated and universally: sulfur dioxide (SO2), particulate matter (PM), carbon
monoxide (CO), ozone (O3) and nitrogen oxides (NOx). The reason for this choice is related to
frequency of occurrence and adverse effects on the environment. Thus, the effects of air pollution
can be characterized by changing conditions considered normal and the enhancement of existing
problems, which can manifest themselves in health, population welfare, vegetation, fauna, and on
the materials. However, the attention of the authorities and researchers must not only turn to the
standards of air quality, because there are compounds that despite not being regulated deserve
attention because of the damage they cause to the environment and, especially, health. The search
for alternative fuels to reduce dependence on petroleum and emission of pollutants into the
atmosphere has stimulating many scientific studies. The goal is to develop fuels that can be used in
existing vehicles without the need for major changes in their engines. A term often used to fuel
derived from renewable sources is 'biofuel', which has strong links with the concept of
sustainability, whereby the use of natural resources to meet current needs should not compromise
the needs of future generations.
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PALESTRA IV
JATROPHA CURCAS: UMA PLANTA COM MÚLTIPLAS APLICAÇÕES
Prof. Dr. Luis Cesar Maffei Sartini Paulillo
Mestrado Profissional em Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC-SSA
E-mail: [email protected]
Jatropha curcas é uma planta com muitas aplicações, perene, que pertence à família
Euphorbiaceae e é nativa das regiões tropicais áridas e semiáridas em todo o mundo.
Possui muitos atributos e considerável potencial para a produção de energia devido à
grande quantidade de ácidos graxos presentes em suas sementes, e pode se utilizada
para a alimentação de peixes e animais. Apesar de sua rica aplicação como matéria-
prima como fonte para a produção de energia renovável e para a alimentação animal, seu
potencial medicinal tem sido pouco explorado. Diversas patentes relacionadas à J. curcas
mostram que tem sido subutilizada para fins medicinais. Por exemplo, apenas um estudo
sobre a utilização da J. curcas, combinado a outras três outras plantas, demonstrou seu
potencial para cicatrização de feridas. Estudos piloto, in vitro, realizados pelo Centro de
Pesquisas Biomédicas da Faculdade de Tecnologia e Ciências (CPB-FTC) em associação
com o Grupo de Pesquisa em Biologia Muscular da University of Missouri - Kansas City
(MUBIG-UMKC) revelaram que o extrato foliar de J. curcas é capaz de proteger células
musculares esqueléticas contra os efeitos deletérios do etanol. Foi demonstrado que os
efeitos são mediados pela regulação de HSP60, uma importante proteína mitocondrial de
choque térmico, relacionada à regulação do potencial redox intracelular. Considerando
que as miopatias musculares provocadas pelo abuso do consumo de etanol são
responsáveis por mais de 50% de todos os casos em todo o mundo, que acarretam
grande ônus aos sistemas de saúde além de sérios problemas sociais, esperamos que
nossos estudos preliminares, associados ao seu grande potencial para a produção de
biocombustível, desperte o interesse da comunidade científica para explorar suas
propriedades medicinais contribuindo para o desenvolvimento de inéditas patentes que
possam levar ao desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento de doenças
musculares e outras doenças humanas.
Palavras-chave: Jatropha curcas, biocombustível, fármaco, miopatia.
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PALESTRA V
POTENCIAL DO USO DA BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA PARA FINS
ENERGÉTICOS NO BRASIL
MsC. Javier Farago Escobar
Doutorando em Energia (EP/IEE/FEA/IF), Pesquisador do CENBIO - Centro Nacional de
Referência em Biomassa
E-mail: [email protected]
O Brasil é um país que reúne inúmeras vantagens comparativas que o situam como líder mundial no
mercado de produtos agrícolas, agroindustriais e silviculturais, em particular aqueles dedicados à
energia. Assim, o país apresenta uma produção de biomassa lignocelulosica com enorme potencial
de aproveitamento tanto para transformação de energia térmica como elétrica. Com condições
geográficas favoráveis, grande quantidade de terra agricultável com características tecnológicas
adequadas e condições climáticas que possibilitam múltiplos cultivos ao longo de um único ano, faz
deste o país que reúne o maior quantitativo de vantagens para liderar na produção e no uso
energético da biomassa em grande escala, para isto, inicialmente temos que compreender o ciclo
energético da biomassa vegetal, que esta composta por resíduos agroflorestais e/ou plantações
dedicadas para geração de energia, que por suas características particulares apresenta um caso
exclusivamente nacional. Neste trabalho discutiremos sobre as tecnologias para o aproveitamento
energético da biomassa lignocelulosica, e finalmente o caso da produção de pellets de madeira para
fins energéticos no Brasil.
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PALESTRA VI
Caracterização do sistema celulolítico de teredinídeos e do seu
potencial biotecnológico
Daniela Toma de Moraes Akamine
Inmetro - RJ
E-mail: [email protected]
A hidrólise enzimática de materiais lignocelulósicos é um dos fatores cruciais para a
produção de etanol de segunda geração. O desenvolvimento de extratos enzimáticos mais eficientes
é um dos importantes aspectos para aumentar a eficiência de hidrólise e, consequente rendimento
em etanol. Visando contribuir com este cenário, os órgãos relacionados com a degradação da
madeira dos teredinídeos, bivalves perfuradores de madeira, são avaliados quanto à presença de
enzimas celulolíticas, esclarecendo em quais órgãos estas enzimas podem ser encontradas, quais são
estas enzimas e as características bioquímicas das celulases. Os teredinídeos são dissecados
separando-se os órgãos do sistema digestório e brânquias e seu conteúdo extraído em tampão. As
frações líquidas do conteúdo e dos tecidos macerados são ensaiadas quanto à presença de celulases
através de zimograma e quantificação in vitro. Como resultado espera-se: definir em quais órgãos
do sistema digestório as celulases e hemicelulases estão presentes, assim como sua atividade e
propriedades bioquímicas, comparando-as com as de fungos e bactérias e esclarecer se estas
enzimas são exógenas (produzidas por simbiontes) ou endógenas (produzidas pelo animal). O
estudo de novos organismos como modelos degradadores de madeira pode contribuir para encontrar
enzimas mais eficientes na degradação de materiais lignocelulósicos.
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Resumos
dos
Artigos
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Artigo Autor Título
1 Andréa Souza B. da Silva e Astria
Dias Ferrão Gonzales
O MESTRADO EM BIOENERGIA DA FTC:
ESTRATÉGIA PARA A FORMAÇÃO DE
PROFISSIONAIS CAPAZES DE ATUAR NA
MATRIZ ENERGÉTICA DO PAÍS
2 Celma Amorin de Oliveira, Fábio
Matos Fernandes,,Marcelo Santana
Silva e Angela Machado
BIODIESEL, AGRICULTURA FAMILIAR E
INCLUSÃO SOCIAL: ESTUDO DE CASO EM
UMA COMUNIDADE RURAL NO ESTADO
DA BAHIA
3 Cláudia M. Treumann e Janilton S.
Andrade
MODIFICAÇÃO DE ASPECTOS DA
CULTURA ALIMENTAR: DA ROÇA DE
SUBSISTÊNCIA AO PLANTIO DE MATÉRIA
PRIMA PARA BIOCOMBUSTÍVEIS
4 Cláudio Marcelo Matos Guimarães ,
Viviane Galvão
COLABORAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE
BIOGÁS NO BRASIL
5 Isadora Lucena Andrade e Viviane
Galvão
REDE DE COLABORAÇÃO CIENTÍFICA
DAS PRINCIPAIS OLEAGINOSAS
ENVOLVIDAS NA PRODUÇÃO DO
BIODIESEL NO BRASIL
6 Andressa Nery Lopes, Cleber André
Cechinel, Alexandre Pereira Wentz,
Regiane da Silva Aelo, Javana
Sacramento Dias Susruta e José
Fernando Raymundi
CO-PRODUTO DO BIODIESEL –
CLAREAMENTO E PURIFICAÇÃO DA
GLICERINA BRUTA PROVENIENTE DA
PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEIS DE
CANDEIAS-BA
7 Luciana Santana de Souza, Viviane
Galvão
REDE DE COLABORAÇÃO CIENTÍFICA NA
ÁREA DE BIOENERGIA NO BRASIL: UM
ESTUDO BASEADO NOS ARTIGOS DO
PERIÓDICO BIOMASS & BIOENERGY
8 Luís Oscar Silva Martins e Roberto
Antônio Fortuna Carneiro
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA
IMPLANTAÇÃO DE UMA MINI USINA DE
BIODIESEL DE SEBO BOVINOEM FEIRA
DE SANTANA - BAHIA.
9 Miguel Iglesias, Safira M. Barros,
Jamille S. Serra, Artur Alcoeres,
Natalia Ferreira
USO DE SUBPRODUTOS DA SÍNTESE DE
BIODIESEL: OBTENÇÃO DE TRIACETINA
COM CATÁLISE DE LÍQUIDOS IÔNICOS
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PRÓTICOS
10 Paulo César da Silva Gonçalves e
Viviane Galvão
ANÁLISE DE REDES SEMÂNTICAS
BASEADA EM TÍTULOS DE PUBLICAÇÕES
DE UM PERIÓDICO SOBRE BIOENERGIA
11 Raúl A. M. Uribe; Lucian C. S.
Ticianeli
INFLUÊNCIA DO ESTANDE NA
PRODUTIVIDADE DE SORGO SACARINO
12 Rodolfo Bello Exler e Fábio Macêdo
Nunes
DEFINIÇÃO DOS ÍNDICES DE
CAPACIDADE DO PROCESSO (CP E CPK)
PARA VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE E
CENTRALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DO
BIODIESEL: UM ESTUDO DE CASO NA
USINA ALFA PARA A ESPECIFICAÇÃO
GLICERINA TOTAL.
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1. O MESTRADO EM BIOENERGIA DA FTC: ESTRATÉGIA PARA A FORMAÇÃO DE
PROFISSIONAIS CAPAZES DE ATUAR NA MATRIZ ENERGÉTICA DO PAÍS
Andréa Souza B. da Silva e1 Astria Dias Ferrão Gonzales
2
RESUMO
Ao acrescentar ao mestrado a possibilidade de formação profissional como mais uma iniciativa para
favorecer o ajuste social que o país precisa realizar, um campo fértil de pesquisa se abre. E é nesse espaço
que se justifica a relevância deste estudo, que apresenta por meio da adoção de metodologia qualitativa,
ganhos sociais alcançados e suas dificuldades. A proposta desse artigo é relatar a experiência de um grupo de
alunos nas turmas de 2007 à 2012 do programa de mestrado em bioenergia da FTC- Faculdade de tecnologia
e ciências, apontando as dificuldades e os ganhos percebidos pelos mesmos, bem como a importância da
pesquisa para o crescimento de uma matriz limpa no nosso Brasil chegando até a Bahia.
Palavras - Chave: Mestrado Profissional; Bioenergia; Pesquisa
1 Discente do Mestrado Profissional em Bioenergia da Rede de Ensino FTC. Especialização em Ensino Superior a Distância, docente dos cursos de engenharia do Centro Universitário Jorge Amado-
UNIJORGE e da Faculdade AREA1. E-mail: [email protected] 2 Professora do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC-Salvador e Gerente de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Rede FTC de Ensino, Farmacêutica pela Faculdade de Farmácia
(Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ-1996), mestre em Ciências Biológicas (1998-bolsista CNPq) e doutora em Química Biológica (2001-bolsista CNPq) pelo Instituto de Bioquímica
Médica (IBqM) da UFRJ. E-mail: [email protected]
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2. BIODIESEL, AGRICULTURA FAMILIAR E INCLUSÃO SOCIAL: ESTUDO DE CASO EM
UMA COMUNIDADE RURAL NO ESTADO DA BAHIA
Celma Amorin de Oliveira¹,Fábio Matos Fernandes2*,
Marcelo Santana Silva3
Angela Machado Rocha4
¹Graduanda em Administração, DCHT XVII - Universidade do Estada da Bahia, UNEB. E-mail:
2Professor do Curso de Administração, DCHT XVII - Universidade do Estada da Bahia, UNEB. E-mail:
[email protected]; * autor responsável
3Doutorando em Energia e Ambiente – CIENAM – Universidade Federal da Bahia, UFBA. E-mail:
4Doutoranda em Energia e Ambiente– CIENAM – Universidade Federal da Bahia, UFBA. E-mail:
Em 2004, o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
(PNPB), com o intuito da introdução do biodiesel na matriz energética do país. Além da segurança
energética, o PNPB valorizava o aspecto social pela inclusão da agricultura familiar na cadeia
produtiva do biodiesel. Era esperado que a produção de biodiesel trouxesse melhoria na renda
destes agricultores e promovesse o desenvolvimento em áreas marginais à produção agrícola, a
exemplo da região do semiárido do Nordeste. Diante desse cenário, o presente trabalho tem como
objetivo investigar a atual situação da comunidade dos agricultores familiares de Brejo de São José,
situados em Riacho de Santana, na Bahia, que eram produtores de mamona para o PNPB. A partir
de uma pesquisa quali-quantitativa com o referido grupo, ficou constatado o não desenvolvimento
do programa na comunidade e o abandono do plantio da mamona para o biodiesel pelos
agricultores. Entre as causas apontadas, citam-se o desinteresse dos produtores de biodiesel em
atuar na região; a falta de crédito para custeio da produção; o baixo retorno financeiro com a venda
desta oleaginosa, muitas vezes inferiores aos custos de produção e a precariedade das políticas
públicas que sustentam o referido programa.
PALAVRAS-CHAVE: Biodiesel; PNPB; Agricultura Familiar; Inclusão Social
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3. MODIFICAÇÃO DE ASPECTOS DA CULTURA ALIMENTAR: DA ROÇA DE
SUBSISTÊNCIA AO PLANTIO DE MATÉRIA PRIMA PARA BIOCOMBUSTÍVEIS
MODIFYING ASPECTS OF FOOD CULTURE: FROM SUBSISTENCE FARM TO PLANT
FEEDSTOCK FOR BIOFUELS
Cláudia M. Treumann1 *;
Janilton S. Andrade 2
1. Nutricionista. Eng. Química. Mestranda em Bioenergia. Docente FTC. 2. Psicólogo. Mestrando em
Bioenergia. Docente FTC. Endereço eletrônico: [email protected]
O papel da fabricação de biocombustíveis para o desenvolvimento local, frente às diferentes modificações
que ocorrem na forma de produzir o alimento, norteia este estudo que objetiva iniciar discussão sobre as
modificações ocorridas na cultura alimentar desde a roça de subsistência até a produção de matéria prima
para o biodiesel. A expansão da produção de biocombustíveis tem acirrado os debates envolvendo a
agricultura brasileira. A agricultura familiar, que tem um papel importante na economia nacional,
empregando grande parte da população agrária, está perdendo destaque no planejamento agrícola. No
entanto, a não contemplação da agricultura familiar vinculada à produção de biocombustíveis poderá trazer
sérias consequências sócio-ambientais ao país. Os projetos de produção de biocombustíveis devem ser
adaptados à realidade local e oferecer renda complementar capaz de estimular a diversificação produtiva e
não apenas o plantio das comodities utilizadas para esse fim. Observa-se a expansão da produção
agropecuária, a taxa de crescimento da produção de biocombustível e o nível de oferta de alimentos no
mercado a fim de verificar a hipótese de uma correlação entre o recente aumento de preços dos alimentos no
mercado e a redução do plantio dos mesmos devido a substituição das culturas. A contemporaneidade traz,
por um lado, a ideia de crescimento sob o cerne da dinâmica do capital, observando a terra como fator
limitante ao crescimento, enquanto do outro se apresenta a corrente teórica da economia ambiental que
concebe a ideia de desenvolvimento sustentável, atribuindo a esta um alto grau de relevância para o debate
em questão.
Palavras-chave: Agricultura familiar; Alimentação; Biocombustíveis.
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4. COLABORAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE BIOGÁS NO BRASIL
Cláudio Marcelo Matos Guimarães 1, Viviane Galvão
2
1Mestrando em Bioenergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciência de Salvador, Especialista em
Educação Matemática UCSal, Licenciado em Matemática pela UCSal, docente do SENAI curso
Superior em Engenharia de Materiais, e-mail: [email protected] 2 Doutora em Biotecnologia, Mestre em Física, Bacharel e Licenciada em Física, docente do
Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciência de Salvador, e-mail:
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Avenida Luís Viana Filho, 8812, Paralela. Salvador - Bahia - Brasil.
CEP: 41.741-590
As fontes de energia renovável estão ganhando a cada dia mais evidência no cenário
científico, econômico e político. Este tema é importante pois ele envolve tecnologia, meio ambiente
e o futuro do planeta. O biogás se destaca entre as fontes de energia renovável, pois este tipo de
biocombustível pode ser produzido a partir do lixo urbano ou industrial e também pela
decomposição de resíduos orgânicos ou de animais. A produção acadêmica sobre biogás está
crescendo nos últimos anos. Assim, este artigo construiu e caracterizou a rede de colaboração
científica entre instituições e autores brasileiros que publicaram sobre biogás no período de 1945 a
2012. Neste intervalo, 50 trabalhos foram publicados por 156 autores em 51 instituições distintas
pertencentes a 8 países.
Palavras-Chave: Biogás; Energia Renovável; Co-autoria; Análise de Rede Social.
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5. REDE DE COLABORAÇÃO CIENTÍFICA DAS PRINCIPAIS OLEAGINOSAS
ENVOLVIDAS NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL NO BRASIL
Isadora Lucena Andrade ([email protected]) e Viviane Galvão ([email protected])
Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), 41741-590, Salvador - BA, Brasil
Trabalhos publicados em co-autoria tem apresentado um crescimento contínuo no meio acadêmico. Assim,
este artigo construiu e analisou duas rede de colaboração científica (autor e instituição) entre as principais
oleaginosas envolvidas na produção do biodiesel no Brasil. Esta rede foi mapeada a partir de documentos
indexados no banco de dados do Web of Science, no período de 1945 a 2012. As oleaginosas selecionadas
foram: soja, mamona, pinhão-manso, girassol, dendê, babaçu e crambe. Um total de 277 publicações foram
obtidas e analisadas. A identificação dos países que colaboraram com o Brasil também foi registrada.
Palavras-chave: análise de rede social; co-autoria; oleaginosa; biodiesel
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6. CO-PRODUTO DO BIODIESEL – CLAREAMENTO E PURIFICAÇÃO DA GLICERINA
BRUTA PROVENIENTE DA PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEIS DE CANDEIAS-BA
LOPES, Andressa Nery 1,2
; CECHINEL, Cleber André 3; WENTZ, Alexandre Pereira
3; AELO, Regiane da
Silva 2; SUSRUTA, Javana Sacramento Dias
2; RAYMUNDI; José Fernando
1
1Mestrado Profissionalizante em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia, FTC – Salvador/BA;
E-mail: [email protected]
2Graduação em Engenharia Ambiental, FTC – Salvador/BA
3Doutorado em Química, UFSM – Santa Maria/RS
Resumo: A produção de biodiesel cresce cada vez mais no país, entretanto a sua utilização em larga escala
gera um subproduto de forma demasiada – a glicerina. Para tanto, o presente trabalho realizou uma
investigação sobre métodos de purificação utilizando uma amostra de glicerina de origem exclusiva da
produção de biodiesel da Petrobras Biocombustíveis, unidade de Candeias – BA. Os principais objetivos
foram avaliar a eficiência do clareamento nas amostras de glicerina e posterior determinação das
características que conferem a sua qualidade, e principalmente, porcentagem de glicerol em sua composição
para uma avaliação comparativa. A metodologia foi dividida em etapas e consistiu na aplicação de um
procedimento adaptado e uso de reagentes de baixo custo. O resultado final foi um clareamento significativo
das amostras comprovado com baixos valores de absorbância (<0,05), além da redução da umidade (8%) e
aumento do teor de glicerol (90%) em comparação à amostra de glicerina bruta. Desta forma, com este
trabalho espera-se contribuir para uma melhoria no processo de purificação deste co-produto e viabilizá-lo
como produto de valor agregado no mercado da indústria de biomassa.
Palavras-chave: Glicerina. Purificação. Biodiesel. Bioenergia.
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7. REDE DE COLABORAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE BIOENERGIA NO BRASIL: UM
ESTUDO BASEADO NOS ARTIGOS DO PERIÓDICO BIOMASS & BIOENERGY
Luciana Santana de Souza ([email protected]), Viviane Galvão ([email protected])
Mestrado Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC),
41741-590, Salvador - BA, Brasil.
Resumo
Este trabalho realizou um estudo bibliométrico. Ele construiu e analisou a rede de colaboração científica no
Brasil na área de bioenergia a partir de artigos publicados no periódico Biomass & Bioenergy. Os dados
foram obtidos desde a primeira edição desta publicação em 1991 até o ano de 2012. O levantamento apurou
104 artigos. Estes artigos foram catalogados e analisados segundo a colaboração entre autores, instituições e
países. Adicionalmente, curvas foram ajustadas para a distribuição do número de autores, instituições e
países e obtiveram alto índice de correlação. Uma análise do Currículo Lattes dos autores mais produtivos
também foi realizada e foi identificado algumas características comuns entre eles.
Palavras-chave: Colaboração científica, Bibliometria, Biomass & Bioenergy.
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8. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA MINI USINA DE
BIODIESEL DE SEBO BOVINOEM FEIRA DE SANTANA - BAHIA.
Luís Oscar Silva Martins3 e Roberto Antônio Fortuna Carneiro
4
1Aluno do curso de Mestrado Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências de Salvador (FTC). Especialista em Administração. Economista. Email: [email protected]. 1Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia. Professor do quadro permanente do Mestrado
Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia e Diretor de Planejamento Econômico da Secretaria do
Planejamento da Bahia (SEPLAN). Email: [email protected]
Este artigo apresenta um estudo de viabilidade econômico-financeira de uma mini usina que utiliza sebo
bovino como matéria-prima para produção de biodiesel. O estudo de implantação do investimento foi
realizado no município de Feira de Santana (Bahia), escolhido por algumas particularidades tais como:
localização privilegiada, próxima tanto da matéria-prima (zonas de criação de gado e dos principais
frigoríficos industriais), quanto da Refinaria Landulfo Alves de Mataripe (RELAM) e das distribuidoras de
combustíveis. Além disso, o município é margeado pelas duas principais rodovias federais que cortam o país,
a BR 101 e BR 116, bem como pela BR 324, que a liga diretamente com a capital Salvador e a outras
cidades importantes da região do semiárido baiano. O estudo demonstrou que apesar das vantagens em
termos de custo do sebo bovino, um empreendimento que utilize apenas essa matéria-prima não seria viável
do ponto de vista econômico.
Palavras-chave: Biodiesel; Sebo Bovino; Análise Econômico-financeira; Mini usina.
3Aluno do curso de Mestrado Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências de Salvador (FTC). Especialista em Administração. Economista. Email: [email protected]. 4
Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia. Professor do quadro permanente do Mestrado
Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia e Diretor de Planejamento Econômico da Secretaria do
Planejamento da Bahia (SEPLAN). Email: [email protected]
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9. USO DE SUBPRODUTOS DA SÍNTESE DE BIODIESEL: OBTENÇÃO DE TRIACETINA COM
CATÁLISE DE LÍQUIDOS IÔNICOS PRÓTICOS
Miguel Iglesias*, Safira M. Barros, Jamille S. Serra, Artur Alcoeres, Natalia Ferreira
Dpto. de Engenharia Química, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil
E-mail: [email protected]
RESUMO
Com o rápido crescimento da indústria de biodiesel, existe atualmente a necessidade de desenvolver novas
aplicações para a glicerina, um subproduto do processo de produção de biodiesel. Triacetina (triacetato de
glicerol) é um importante derivado da glicerina, sendo o óleo mais simples depois do triformiato de glicerol.
É um composto químico artificial que apresenta diversas aplicações industriais, possuindo maior valor
agregado comparado a glicerina. Na indústria tem-se sido produzida, normalmente, na presença de
catalisadores ácidos, apresentando uma série de desvantagens. Neste trabalho apresentam-se os resultados
promissores da utilização de um conjunto de líquidos iônicos próticos como catalisadores na síntese de
triacetina. Os resultados obtidos relatam a excelente ação catalítica dos líquidos iônicos próticos nesse
processo, obtendo taxa de conversão na esterificação da triacetina de 90-95%. Esse estudo procura novos
líquidos iônicos próticos que possibilitem melhores performances em relação ao tempo de reação e a
temperatura do processo.
Palavras-chave: líquidos iônicos próticos, triacetina, catálise
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10. ANÁLISE DE REDES SEMÂNTICAS BASEADA EM TÍTULOS DE PUBLICAÇÕES DE
UM PERIÓDICO SOBRE BIOENERGIA
Paulo César da Silva Gonçalves ([email protected]) e Viviane Galvão ([email protected])
Mestrado Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC),
41741-590, Salvador - BA, Brasil.
Este trabalho descreveu e analisou as redes semânticas construídas a partir dos títulos de publicações obtidas
do periódico científico Global Change Biology Bioenergy. Esta revista é relevante na área de bioenergia. O
período analisado foi compreendido entre 2009 a 2012 e uma rede é gerada para cada ano escolhido. Para a
geração da rede, as palavras sem significações importantes foram retiradas. As restantes foram colocada na
forma canônica. As redes obtidas são não-direcionadas, os vértices representam palavras distintas e as arestas
conectam duas palavras caso elas estejam próximos na frase. Este artigo assinalou os pares de palavras mais
frequentes e as palavras de maior frequência por ano. Os vocábulos “bioenergy”, “crop” e “production” são
apontados como os mais que aparecem nos títulos deste periódico. Esse tipo de análise é importante, pois
identifica como ocorre o processo de organização do conhecimento.
Palavras-chave: Bioenergia; Rede semântica; Redes complexas.
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11. INFLUÊNCIA DO ESTANDE NA PRODUTIVIDADE DE SORGO SACARINO
Raúl A. M. Uribe1*; Lucian C. S. Ticianeli
2
1 Professor Doutor Universidade Sagrado Coração. [email protected].
2 Aluno bolsista de Iniciação científica
FAP-USC.
Atualmente o país é referência no uso de combustíveis renováveis e destaca-se no cenário mundial como o
segundo maior produtor de etanol combustível, respondendo por uma produção anual de cerca de 15 dos 25
bilhões de litros produzidos pelo mundo. As previsões para 2017 apontam para uma produção nacional
estimada em 64 bilhões de litros, para isso a produção deve ser aumentada. Uma alternativa é utilizar o
período de entre safra com outras culturas complementares tal como o sorgo sacarino. Determinar o estande
apropriado em cada uma das regiões é fundamental, por isto, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do
número de plantas por hectare para o cultivo do sorgo sacarino sobre as características biométricas e
tecnológicas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso, com quatro repetições para
cada tratamento, sendo estes T1: 10 plantas m-1
e T2: 5 plantas m-1
. O material utilizado foi à variedade BRS
506. Foi realizada a determinação dos parâmetros tecnológicos, como: Pol, graus Brix (°Brix), Fibra, Pureza,
PC e ATR. O T1 apresentou mais indivíduos (plantas) reservando fotoassimilados resultando desta forma em
maiores índices de acúmulo de carboidratos, afetando positivamente os valores de °Brix (19,38%), Pol
(15,10%), pureza (77,96%), PC (11,62%) e ATR (118,66 Kg). A quantidade de massa (TCH) e de açúcar
produzida (TPH) também aumentou com o maior estande de plantas, sendo de 56,7 e 8,57 Mg ha-1
,
respectivamente. Houve diferenças significativas para diâmetro de plantas aumentando com a diminuição do
estande.
Palavras-chaves: biomassas energéticas, etanol, produtividade.
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12. DEFINIÇÃO DOS ÍNDICES DE CAPACIDADE DO PROCESSO (CP E CPK) PARA
VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE E CENTRALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DO BIODIESEL:
UM ESTUDO DE CASO NA USINA ALFA PARA A ESPECIFICAÇÃO GLICERINA TOTAL
Rodolfo Bello Exler1 e Fábio Macêdo Nunes
2.
1Mestre Profissional em Tecnologias aplicáveis a Bioenergia, MBA em Gestão Empresarial,
Especialista em Educação a Distância e Bacharel em Ciências Estatísticas. Docente do Centro
Universitário Jorge Amado e da Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC. Email:
2
Pós Doutor em Biotecnologia, Biofísica e Bioquímica, Doutor em Ciências, Mestre em Química,
Licenciado em Química. Docente do quadro permanente do Mestrado Profissional em Tecnologias
aplicáveis a Bioenergia da Rede FTC. Email: [email protected]
Esse estudo se propôs a avaliar, através dos índices Cp e Cpk, a capacidade do processo produtivo da Usina
Alfa concernente a faixa de especificação Glicerina Total tocante ao biodiesel produzido pela mesma. Para
tal, conforme indica a literatura, utilizou-se o processo em estado de controle estatístico como resultado de
um estudo anterior realizado pelos autores. O resultado demonstrou que o processo produtivo do biodiesel na
referida usina no tocante a especificação avaliada apresenta baixa variação, entretanto com sua distribuição
tendendo ao valor máximo de especificação, fato que implica na necessidade de um acompanhamento
sistemático do processo almejando melhorias no processo.
Palavras-chave: Controle Estatístico de Processo; Glicerina; Capacidade de Processos.
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Resumos
Expandidos
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Resumo
Expandido
Autor Trabalho
1 Aristela Vitória dos Santos,
Larissa Maria Barbosa Dantas
Xavier, Guilherme Souza Santos
Alencar, Iracema Andrade
Nascimento, Fabio Alexandre
Chinalia
ANAEROBIC DIGESTION OF DRY
MICROALGAE BIOMASS
2 Edson dos Santos, Gabriele
Rodrigues Conceição, Iracema
Andrade Nascimento,
Fabio Alexandre Chinalia
QUANTITATIVE AND QUALITATIVE
EVALUATION OF THE POTENTIAL FOR
JET-FUEL LIKE BIOFUEL PRODUCTION
FROM MICROALGAE
3 Fabrine Souza de Andrade,
Fernanda Almeida Soares dos
Santos, Iracema Andrade
Nascimento
BIOPROSPECÇÃO DE MICROALGAS COMO
MATÉRIA-PRIMA PARA BIOENERGIA
4 Fernanda Almeida Soares dos
Santos, Iracema Andrade
Nascimento
CULTIVO DE MICROALGAS RICAS EM
HIDROCARBONETOS ACOPLADOS A
PROCESSO DE BIOFIXAÇÃO DE CO2
5 Gabriele Rodrigues Conceição,
Fabrine Souza Andrade,
Leandro Jesus Sousa, Fabio
Alexandre Chinalia, Iracema
Andrade Nascimento
CULTIVO DE CHLORELLA VULGARIS EM
FOTOBIORREATOR TUBULAR VERTICAL
(FBR) DE BAIXO CUSTO PARA A
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
6 Iracema Andrade Nascimento,
Edson dos Santos, Iago Teles
Dominguez Cabanelas, Fabio
Alexandre Chinalia
CULTIVO DE MICROALGAS DULCÍCOLAS
EM AMOSTRAS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS
CONTAMINADAS
7 Larissa Maria Barbosa Dantas
Xavier, Sheyla Santa Isabel
Marques, Iracema Andrade
Nascimento, Fábio Alexandre
Chinalia
CULTIVO DE MICROALGAS
DULCIAQUÍCOLAS UTILIZANDO
VINHAÇA TRATADA ANAEROBICAMENTE
8 Luis Polybio Brasil Teixeira,
Milena Nascimento Sales, Luis
Manuel García Reyes
AVALIAÇÃO DO MERCADO DE REVENDA
VAREJISTA DE ETANOL HIDRATADO
COMBUSTÍVEL EM SALVADOR (BA) À
LUZ DA DEFESA DA CONCORRÊNCIA
9 M. H. Fontoura, , I. A.
Nascimento, F. A Chinalia
CULTIVO DE CIANOBACTÉRIAS
FIXADORAS DE NITROGÊNIO PARA
PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES
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NITROGENADOS.
10 Maria Celeste Almeida Viana;
Maria de Lourdes Palmeira dos
Santos; Andréa Monteiro de
Amorim.
ACIDENTES DE TRABALHO NÃO FATAIS E
FATORES ASSOCIADOS EM
TRABALHADORES DA AGRICULTURA
FAMILIAR DO CULTIVO DA MAMONA, NO
MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, NO
ANO DE 2012
11 O. T. Vale, I.A. Nascimento,
F.A. Chinalia
RESÍDUO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIO
COMO SUPLEMENTO PARA O CULTIVO DE
MICROALGAS
12 Ricardo de Oliveira Mota,
Amaro Emiliano Trindade Silva
METABOLISMO MICROBIANO DA
GLICERINA E SUAS APLICAÇÕES
BIOTECNOLÓGICAS: UMA REVISÃO
13 Roberta Alencar Macedo Costa,
Alexandre dos Santos Machado,
Érika Durão Vieira, Fabiano
Ferreira de Medeiros, Otanéa
Brito de Oliveira
PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE
SEBO BOVINO COM CATALISADORES EM
FASE HETEROGÊNEA
14 S.A. Pereira & T.O. Vale MÉTODO RÁPIDO PARA EXTRAÇÃO E
QUANTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS DE
MICROALGAS, VISANDO À PRODUÇÃO DE
BIOCOMBUSTÍVEIS.
15 Tania Planzo, Hermes Cerqueira
e Maise Silva
MONOCULTIVO DE DENDÊ: RIQUEZA E
ABUNDÂNCIA DE ABELHAS
POLINIZADORAS
16 Zenaide Silva e Viviane Galvão REDE BIPARTIDA DAS USINAS
PRODUTORAS DE BIODIESEL NO BRASIL
E SUAS RESPECTIVAS MATÉRIAS-PRIMAS
NOS ANOS DE 2008, 2010 E 2012
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1. ANAEROBIC DIGESTION OF DRY MICROALGAE BIOMASS
Aristela Vitória dos Santos1, Larissa Maria Barbosa Dantas Xavier
1, Guilherme Souza Santos
Alencar1, Iracema Andrade Nascimento
1, Fabio Alexandre Chinalia
2*
1 Institute of Biology, Federal University of Bahia, Salvador, 40170-290, Brazil
2 Institute of Science and Health, Federal University of Bahia, Salvador, 40110-902, Brazil, *([email protected])
Keywords
Microalgae anaerobic digestion, dry biomass digestion, algal methane potential
Introduction
The idea of using microalgae as a feedstock for methane production is more than fifty years old, but
attempts have mostly been made with wet biomass (Alzate et al., 2012). In recent years, the
shortage of fossil based fuels has triggered new interest on growing algae for biodiesel production.
The result of this activity may produce significant amounts of dry algal biomass. Ehimen et al
(2011) have shown that after oil extraction, Chlorella sp transesterified biomass can produce about
245 mlCH4 gTVS-1. However, very little is known if such productivity varies with different algal
strains and/or varieties. Thus, the aim of this poster is to identify and compare the methane
production potential of the dry biomass of 4 distinct microalgae strains before oil extraction. The
overall purpose of the final project, however, is to compare methane production potential of such
strains before and after oil extraction (data in preparation).
Material and Methods
Triplicates of each experimental setup was arranged by combining 0.75 gVSalgal-biomass with 23-
30 gTVSsludge l-1, in order to respect the substrate/inoculum ratio ≤ 0.5 as suggested by VDI 4630.
Anaerobic digestion was carried out on AMPTS system (Bioprocess Control®, 2012) with a total
volume of 300 ml for each anaerobic digester as described by Marques et al (in press). The distinct
algae species or strain varieties are shown on Table 1. These are all known oil producing
microalgae.
Results and Discussion
The highest methane potential was obtained with B. braunni variety TEX, for it was isolated from
Texas-USA. The variety LABIOMAR, for it was isolated in Bahia-Brazil, showed a statistically
lower methane potential (t-student, 5 degree of freedom). As dried biomass was obtained from
culturing and also digesting all varieties at the same conditions, differences are directly linked to
their respective organic quality; which includes oils composition. The lowest methane potential was
observed with B terribles.
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Methane production kinetics varied from 22-46 mlCH4 d-1 (Figure 1), whilst the control was of 18
mlCH4 d-1.
The results showed that methane production potential of dried C vulgaris biomass is close to what
has been previously reported for the transesterified biomass (Ehimen et al., 2011). Future work
should, however, better quantify the difference from before and after transesterification. It is
possible that this former process may improve cellulolytic-substances digestion after the extraction
of the oils; once the presence of such oils should have contributed to a significantly higher methane
production potential instead of similar values. It was also observed a significant difference between
B terribles e other Botryococcus spp. This result highlights the fact that the choice of a strain is not
only important for supporting oil producing systems; but it is also relevant for sustaining high
methane yields. This is particularly significant if both practices are to be combined in order to make
algal biodiesel a feasible process, as suggested elsewhere (Ehimen et al., 2011).
Conclusion
Distinct, but taxonomically close strains, showed different methane production potentials. This is a
relevant observation in the case that algal-culturing and anaerobic digestion of their dejects are to be
combined in order to make algal biodiesel an economically viable process.
Acknowledgements
The authors would like to acknowledge Brazilian Research Councils – CAPES/FAPESB Protocols
23038.006707/2013-21 (206/2013) e PET004/2103.
References
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http://www.bioprocesscontrol.com/files/Technical%20Specification%20AMPTS%20II.pdf,
accessed 11/2012.
Ehimen, E.A., Sun, Z.F., Carrington, C.G., Birch, E.J., Eaton-Rye, J.J. (2011). Anaerobic digestion
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3463 VDI. VDI 4630 - Fermentation of organic materials. Berlin: Beuth Verlag GmbH, 2006.
Marque, S.S.I., Nascimento, I.A, Almeida P.F, Chinalia, F.A (2013). Growth of Chlorella vulgaris
on Sugarcane Vinasse: The Effect of Anaerobic Digestion Pretreatment. Applied Biochemistry and
Biotechnology, v. 171, n. 2.
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2. QUANTITATIVE AND QUALITATIVE EVALUATION OF THE POTENTIAL FOR
JET-FUEL LIKE BIOFUEL PRODUCTION FROM MICROALGAE
Edson dos Santos1, Gabriele Rodrigues Conceição
1, Iracema Andrade Nascimento
1,
Fabio Alexandre Chinalia2*
1 Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil
2 Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40110-902, Brasil
Keywords: Fuel from microalgae, Botryococcus, Biokerosene.
Introduction
In 2006, the jet-fuel consumption (kerosene-like substances) by the aviation sector
corresponded to an 11% fraction of the total fuel used by the transportation sector (CGEE, 2010). It
has also been estimated that such a consumption were responsible for 2% of greenhouse gases
emissions in that year. As a whole, the transportation sector contributes to about 60% of the total
amount of greenhouse gases emissions in the atmosphere, which makes it a significant source of
environmental impact (Mata et al., 2010).
Most of the greenhouses gases emissions from the transportation sector are originated by the
use of fossil fuels, because its use continuously increases the amount of CO2 present in the
atmosphere. It has been estimated that the continuous use of fossil fuels will increase CO2 levels
from 400 ppm (the highest in the last 3 million years) to 445-490 ppm with catastrophic
environmental consequences (IPCC, 2007). Biofuels such as ethanol, biodiesel e biokerosene are
being sought as the best substitute to fossil fuels for two main reasons (i) they can be directly used
by the actual transportation sector infrastructure and (ii) they also recycle atmospheric CO2.
Biofuels such as biodiesel is mainly produced by soybeans, however, it can also be
generated by maze, palm-tree or even animal fat (Chisti, 2007; Meng et al., 2008). On the other
hand, the potential for generating jet-fuel like substances from such sources is dependent of
expensive thermo-chemical treatments making such practice economically unviable (CGEE, 2010).
Furthermore, the economic and environmental gains of using arable land for growing oil producing
plants with the aim of producing biodiesel is yet unclear or questionable (Meng et al., 2008).
Therefore, an alternative for producing such biofuels are currently at the centre of the world
attention.
Microalgae are considered as the best eco-compatible and economic option for the
production of such biofuels (Chisti, 2007). Furthermore, it has been observed that some microalgae
species may produce oil with desirable characteristics for the production of jet-fuel like biofuels.
Such observation has the potential for reducing significantly the production costs during the
biologic generation of such biofuel.
Aim
The aim of this research is to quantitatively and qualitatively compare two species of
Trebouxiophyceae isolated in the Bahia State of Brazil and discuss their potential for producing jet-
fuel like substances.
Material and Methods
The Trebouxiophyceae species used in this work was Botryococcus terribilis (IBL-C115)
and Botryococcus braunii (IBL-C116). These are freshwater species isolated in Bahia-Brazil and
kept by LABIOMAR/UFBA.
Culturing and kinetic analysis were carried out using Chu-13 medium in triplicate with 10%
inoculation from pre-inoculum at exponential phase. Cultures were incubated at 87 uE/m2/s light
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intensity with a 12:12 photoperiod at 25 0C. Kinetic parameters, lipid, protein and carbohydrate
extractions, quantifications or qualifications were carried out as described in Nascimento et al.
(2013).
Results and Discussion
Growth experiments showed that end of the exponential phase for Botryococcus terribilis
(IBL-C115) and Botryococcus braunii (IBL-C116) are close to 20 days (Figure 1). The latter is less
productive than the former. Biomass productivity by the Bahia-isolated strains were in average of
51.10 mgL-1
d-1
and 22.70 mgL-1
d-1
for B. braunii and B terribilis, respectively (Table 1). These are
comparable values obtained by similar species or variants as reported elsewhere (Mata et al., 2010).
Figure 1: B. braunii B. terribilis ( ) growth curves on Chu-13.
Table 1: B. braunii (IBL-C116) and B. terribilis (IBL-C115) biomass, lipid, carbohydrate and
protein productivity estimations on Chu-13.
Parameteres
Biomass
(mg L-1
)
μ
(day-1
)
Biomass
productivity
(mg L-1
d-1
)
Lipid
productivity
(mg L-1
d-1
)
Lipids
(mg g-1
)
Carbohydrate
(mg g-1
)
Protein
(mg g-1
)
IBL-C116 1072 0,16 51,1 23,35 457 100 560
IBL-C115 719,9 0,10 22,7 13,57 598 45 438
Working with a variant of the same species as the local B braunii, Dayananda (2007)
reported a final yield of 1000 mg L-1
during 21 days incubation. This is a significantly higher value
than what was obtained in this work, but the former author used constant illumination (light
incidence) which makes such performance economically unviable.
Table 2: Percentages of Fatty acids compositions for the following strains:
Name Saturated Monounsaturated Polyunsaturated
B.
braunii
9.85 79.61 10.54
B.
terribilis
43.15 44.29 12.56
Source: Nascimento et al., 2013.
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As airplanes are exposed to very low temperature during flights, the cold filter plugging
point (CFPP) of the fuel is of paramount importance to guarantee safety. CFPP is an index used for
assessing such variable and it is directly affected by the final content of saturated and unsaturated
fatty acids in the oil used for producing the biofuel. For instance, with 80 to 90% of saturation, jet-
fuel like substances produced from palm kernel and coconut oils show CFPP values around -5.0 and
-10.0C , respectively (Llamas et al., 2012). Table 2 shows the proportion of fatty acids for B braunii
and B. terribilis (Nascimento et al., 2013). Such a fatty acid mix would generate a jet-fuel like
substance with a CFPP around -7.9 and -10 for the formers species, respectively. These values are
comparatively as good as, or even more advantageous than with what is obtained from palm kernel
and coconut oils. Furthermore, Llamas et al. (2012) reported that a jet-fuel like substance from
coconut blended with kerosene can increase combustion efficiency, reduce emissions and it shows a
significant low CFPP value.
Conclusions
The percentage of unsaturated fatty acids in the oil profiling o B braunni indicates that such
strain is suitable for the production of jet-fuel like substances with a lipid productivity of 23 mg L-1
d-1
. B terribilis has also shown significant potential for producing biofuels, but its productivity may
yet be improved using auxiliary nutrient sources, better culturing strategies and/or eco-physiological
studies exploring its relationship with commensal microorganisms.
Acknowledgements
This work received support from the PIBIC/UFBA-FAPESB programme Nº BOL1639/2012,
Rearch Projects 574712/2008-9 and 551134/2010-0 from the CNPq and CAPES/FAPESB Protocols
23038.006707/2013-21 (206/2013) e PET004/2103.
References:
Chisti, Y., Biodiesel from Microalgae: Biotechnology Advances, 25: 294-306. 2007
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS. Biocombustíveis aeronáuticos: progressos e
desafios. Brasília: CGEE, 2010.
Dayananda C. , Sarada R. , Rani M. U. , Shamala T. R., Ravishankar G. A. Autotrophic cultivation of
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LLAMAS, A., García-martínez M., Al-lal A., Canoira L., Lapuerta M. Biokerosene from coconut and palm
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Mata, T.M.; Martins, A.A. & Caetano, N.S.. Microalgae for biodiesel production and other applications: a
review. Renewable & Sustainable Energy Reviews 14: 217-232. 2010.
Metzger, P., B. Allard, E. Casadevall, C. Berkaloff and A. Coute. Structure and chemistry of a new chemical
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266. 1990.
Meng X., Yang J. M., Xu X., Zhang L., Nie Q. J., Xian M. Biodiesel production from oleaginous
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Nascimento, I.A., Marques, S.S.I., Cabanelas, I.T.D., Pereira, S.A., Souza, C.O., Druzian,J.I., Vich, D.V.,
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Tavares, J, E, B., Cultivo de microalgas do gênero Botryococcus visando a produção de biodiesel. Dissertação
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CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA VEGETAL, 68p. 2009.
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http://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/syr/en/mains5-4.html Acessado em 24/09/2013.
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3. BIOPROSPECÇÃO DE MICROALGAS COMO MATÉRIA-PRIMA PARA
BIOENERGIA
Fabrine Souza de Andrade¹*, Fernanda Almeida Soares dos Santos¹, Iracema Andrade Nascimento¹.
¹Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil. *[email protected]
Palavras-chave: Microalgas, Bioprospecção, Biocombustível.
Introdução:
Apesar da crescente demanda em energia para o setor de transporte, atualmente, a principal
fonte de combustível utilizada no mundo é derivada do petróleo, que gera poluição, principalmente
pela emissão de gases que intensificam o efeito estufa. Biocombustíveis, mais eco-compatíveis,
podem atuar como possíveis substitutos parciais, mas o alto custo em nutrientes e água na produção
agrícola de oleaginosas fomenta barreiras para seu desenvolvimento e aproveitamento. As
microalgas podem apresentar uma maior eficácia como principal matéria-prima de biocombustíveis
por serem mais produtivas e capazes de fixar mais CO2 por área, além de poderem ser cultivadas
durante o ano todo. Os custos de produção, entretanto ainda não são competitivos. A identificação
de espécies produtivas em óleo (para biodiesel) e em carboidratos (para etanol) é essencial para
viabilizar custos.
Para a realização do trabalho, foram escolhidas 6 espécies dulciaquícolas pertencentes ao
Banco de Microalgas do Laboratório de Biologia Marinha e Biomonitoramento (LABIOMAR –
IB/UFBA): Ankistrodesmus falcatus, Ankistrodesmus fusiformis, Chlamydocapsa bacillus,
Coelastrum indicum, Pseudokirchneriella subcapitata e Kirchneriella lunaris. A escolha dessas
espécies relaciona-se com a necessidade de um estudo ampliado dessas microalgas, de forma a
abordar a composição química em diferentes fases de crescimento, tornando possível uma avaliação
e comparação entre os produtos-foco que poderão ser obtidos em cada fase.
Objetivo:
O objetivo do trabalho foi identificar cepas locais de microalgas capazes de suprir as cadeias
produtivas de biodiesel e álcool, através da identificação química dos produtos-foco contidos na
biomassa, e pela dinâmica de crescimento e produtividade.
Materiais e métodos:
As microalgas escolhidas (Tabela 1) pertencem à classe Chlorophyceae, ocorrem em água
doce e estão no Banco de Microalgas do LABIOMAR/IB.
Tabela 1: Espécies selecionadas do Banco de Microalgas.
Família Espécies Local de origem
Selenastraceae
Ankistrodesmus falcatus (Corda) Ralfs, 1848 Lagoa do Caixão (Salvador, BA)
Ankistrodesmus fusiformis Corda ex Korshikov, 1953 Lagoa do Caixão (Salvador, BA)
Pseudokirchneriella subcapitata Hindák, 1990 Instituto Oceanográfico - USP (São Paulo, SP)
Oocystaceae Kirchneriella lunaris (Kirch.) Möb, 1894 Lagoa do Caixão (Salvador, BA)
Palmellopsidaceae Chlamydocapsa bacillus (Teiling) Fott, 1972 Lagoa do Abaeté (Salvador, BA)
Scenedesmaceae Coelastrum indicum W.B.Turner Lagoa do Caixão (Salvador, BA)
O cultivo de cada espécie foi feito em batelada iniciando-se com inóculos de 10 ml
transferidos, na fase exponencial para Erlemeyers contendo CHU-13 modificado. O
acompanhamento final dos cultivos foi feito em duas séries em triplicata de Erlemeyers contendo
600 ml de meio além do inoculo de transferência, na fase exponencial para cada microalga. Três das
culturas de cada microalga foram retirados no momento em que a espécie finalizou a fase
exponencial e os outros 3, após 5 dias quando, em tempo médio, as microalgas finalizam a fase
estacionária. Durante o cultivo todas as espécies foram mantidas sob condições controladas
Standards (temperatura de 25ºC, agitação constante, fotoperíodo 12:12 - claro:escuro) e sob adição
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de 2% de CO2. Para determinação do produtividade, mediu-se a concentração das culturas em
intervalos de 48 horas, através de densidade óptica, o que possibilitou o traçado das curvas de
crescimento e a determinação dos parâmetros cinéticos. Os teores de nitrato e fosfato (Tabela 2) da
fase inicial do cultivo, e final das fases exponencial e estacionária foram determinados, utilizando-
se protocolos desenvolvidos no LABIOMAR. Ao final de cada fase, as culturas passaram pela
separação do meio líquido e coleta através da centrifugação e secagem por liofilização. A biomassa
seca de cada espécie foi submetida e analisada para identificação da quantidade de macromoléculas.
Para a determinação dos teores de lipídios, foi aplicada a técnica de extração com
clorofórmio/metanol (Freeman et al., 1957). Para a determinação de proteínas totais utilizou-se a
técnica de Bradford (1976) e para os carboidratos, o método utilizado foi o do fenol-ácido sulfúrico
(Dubois et al., 1956).
Resultados e discussão:
Os resultados em termos de crescimento com base nos quais foram determinados os
parâmetros cinéticos são apresentados na Figura 1.
Figura 1: Curvas de crescimento das espécies
As análises químicas relativas aos teores iniciais e finais de nitrato e fosfato (Tabela 2) nas
fases exponencial e estacionária para cada espécie, assim como a análise química para quantificação
das principais macromoléculas celulares após as etapas de coleta e secagem da biomassa de cada
espécie, são apresentadas nas tabelas 2 e 3.
Tabela 2: Teores de Nitrato e fosfato nas culturas em diferentes fases
Tabela 3: Porcentagem de Lipídios, Proteínas e Carboidratos de cada fase das espécies.
Fase Ankistrodesmus
falcatus
Ankistrodesmus
fusiformis
Chlamydocapsa
bacillus
Coelastrum
indicum
Pseudokirchneriella
subcapitata
Kirchneriella
lunaris
Nit
rato
Inicial 14,31mg/L 14,31 mg/L 14,31mg/L 14,31mg/L 14,31mg/L 14,31mg/L
Exponencial 0,60 mg/L 0,88 mg/L 1,32 mg/L 0,93 mg/L 0,75 mg/L 0,77 mg/L
Estacionária 0,35 mg/L 0,36 mg/L 0,86 mg/L 0,42 mg/L 0,61 mg/L 0,58 mg/L
Fo
sfa
to Inicial 9,27 mg/L 9,27 mg/L 9,27 mg/L 9,27 mg/L 9,27 mg/L 9,27 mg/L
Exponencial 0,09 mg/L 0,20 mg/L 0,91 mg/L 6,68 mg/L 1,49 mg/L 0,73 mg/L
Estacionária 0,06 mg/L 0,13 mg/L 0,69 mg/L 5,5 mg/L 0,11 mg/L 0,41 mg/L
Espécies Fase Exponencial Fase Estacionária
Lipídios Proteínas Carboidratos Lipídios Proteínas Carboidratos
Ankistrodesmus falcatus 21,13 49,09600212 17,19218 24,425 37,80326 7,252039
Ankistrodesmus fusiformis 20,97 41,170433 16,02747 22,96 39,37923 5,722914
Chlamydocapsa bacillus 14,1875 54,84549015 10,41031 18,36667 60,91424 8,646667
Coelastrum indicum 19,575 4,589645445 5,397541 24,675 5,090929 3,821111
Pseudokirchneriella
subcapitata 31,62 20,6710557 7,305138 33,9 35,45995 5,096535
Kirchneriella lunaris 14,38333 64,81632102 4,917468 17,5 61,01277 4,819973
Espécies Fase Exponencial Fase Estacionária
Lipídios Proteínas Carboidratos Lipídios Proteínas Carboidratos
Ankistrodesmus falcatus 21,13 49,09600212 17,19218 24,425 37,80326 7,252039
Ankistrodesmus fusiformis 20,97 41,170433 16,02747 22,96 39,37923 5,722914
Chlamydocapsa bacillus 14,1875 54,84549015 10,41031 18,36667 60,91424 8,646667
Coelastrum indicum 19,575 4,589645445 5,397541 24,675 5,090929 3,821111
Pseudokirchneriella
subcapitata 31,62 20,6710557 7,305138 33,9 35,45995 5,096535
Kirchneriella lunaris 14,38333 64,81632102 4,917468 17,5 61,01277 4,819973
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A taxa de crescimento específico (µ) foi obtida a partir dos valores encontrados na fase
exponencial de cada espécie (Tabela 4).
Tabela 4 - Taxa de crescimento específico (µ) e suas relações na fase exponencial das microalgas. Espécies T1 T2 t (T2-T1) N1 (mg/L) N2 (mg/L) N2/N1 µ D (g/L) G (day) G (hour)
A. falcatus 4 12 8 0,082918 0,440346 5,31059 0,208713 0,301109 3,321056 79,70535
A. fusiformis 2 10 8 0,050849 0,424005 8,33856 0,265111 0,382475 2,614551 62,74924
C.bacillus 4 23 19 0,10247 0,70458 6,875964 0,101475 0,146398 6,830695 3,513552
C. indicum 4 15 11 0,08583 0,879667 10,24892 0,211561 0,305218 3,276345 78,63227
P.subcapitata 4 12 8 0,043546 0,475003 10,90801 0,298687 0,430914 2,320646 55,69551
K. lunaris 4 11 7 0,218747 1,176549 5,378583 0,240346 0,346747 2,88395 69,21481
Dentre as espécies selecionadas, Pseudokirchneriella subcapitata apresenta a maior taxa de
crescimento específico (µ ≈ 0,3). Observa-se na sua composição celular, grande quantidade de
lipídios (33,9%), caracterizando essa espécie como uma possível opção de matéria-prima para
produção do biodiesel, devido a sua taxa de crescimento ser relativamente alta. Com a
bioprospecção, é possível aliar estes dois parâmetros fundamentais, que definem qual espécie seria
mais adequada como matéria-prima na produção de biodiesel.
Entre as espécies de mesmo gênero, Ankistrodesmus falcatus e Ankistrodesmus fusiformis,
percebe-se, em comparação ao grupo analisado, valores mais altos de carboidratos na fase
exponencial (17,19% e 16%, respectivamente) e uma taxa de crescimento específico mediana (µ ≈
0,21 e µ ≈ 0,26, respectivamente). Porém, na fase estacionária, há um aumento dos valores de
lipídios, concomitante com um declínio na taxa de carboidratos, cujos valores foram bem mais
baixos que os indicados em literatura, fato que necessita ser novamente averiguado. Apesar destas
espécies serem consideradas boas produtoras de carboidratos, trabalhos do grupo (Nascimento et al,
2013) as apontam como boas produtoras de óleo e, portanto, apropriadas para a produção de
biodiesel.
As espécies Coelastrum indicus, Chlamydocapsa bacillus e Kirchneriella lunaris não se
mostraram como as mais adequadas para inserção na cadeia de biocombustíveis. Porém, como
possuem grandes quantidades de proteínas, estas podem ser analisadas como matéria-prima para
outros fins, como cosméticos, farmacêuticos, etc.
Conclusão:
Neste trabalho, conclui-se que as espécies Ankistrodesmus falcatus, Ankistrodesmus
fusiformis, Pseudokirchneriella subcapitata são importantes microalgas para a bioenergia, seja para
a produção de biodiesel ou etanol, apresentando características fundamentais para complementar os
grupos de organismos capazes de produzir combustíveis ecocompatíveis.
Agradecimentos:
Este trabalho foi apoiado pelos Projetos n. 574712/2008-9 e 551134/2010-0 do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Programa Jovens Talentos para
Ciência – CAPES - Bolsista 2012/2013.
Referências:
NASCIMENTO, I. A. et al. Screening Microalgae Strains for Biodiesel Production: Lipid
Productivity and Estimation of Fuel Quality Based on Fatty Acids Profiles as Selective
Criteria. BIOENERG RES, v. 6, p. 1-13, 2013.
CABANELAS, I. T. D. et al. Comparing the use of different domestic wastewaters for coupling
microalgal production and nutrient removal. Bioresource Technology, v. 131, p. 429-436, 2013.
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4. CULTIVO DE MICROALGAS RICAS EM HIDROCARBONETOS ACOPLADOS A
PROCESSO DE BIOFIXAÇÃO DE CO2
Fernanda Almeida Soares dos Santos1, Iracema Andrade Nascimento
1.
1 - Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil
E-mail: [email protected]
RESUMO
Espécies de microalgas do gênero Botryococcus são reconhecidas como produtoras de bio-óleo de
composição muito semelhante ao petróleo. Como a fração lipídica é rica em hidrocarnbonetos, estas
microalgas são indicadas como muito propícias para a produção de combustível para aviões. O
estudo visou comparar uma espécie local de Botryococcus braunii , isolada de ambiente natural na
Bahia, e depositada no banco de microalgas do IB/UFBA, com à cepa alóctone de Botryococcus
braunii (UTEX-EUA) no que tange às características cinéticas e composição em lipídios
carboidratos e proteínas. Ambas foram cultivadas e comparadas quanto a produtividade em
diferentes concentrações de CO2. O propósito foi avaliar a capacidade de inserção dessas espécies
na cadeia produtiva de biocombustíveis. Os resultados mostraram a B braunii (Texas), com
crescimento mais rápido, porém não significativamente diferente da cepa local. O teor de lipídios na
biomassa foi ligeiramente superior para a espécie local que, entretanto, mostrou-se mais resistente
ao cultivo prolongado.
INTRODUÇÃO
A procura por recursos energéticos limpos e renováveis para suprir as necessidades futuras no
consumo de energia, tem-se tornado um grande desafio para a humanidade. Medidas para a redução
das emissões de transporte, tais como a substituição gradativa de combustíveis fósseis por fontes
renováveis de energia envolvem também a produção de biocombustíveis, como o biodiesel e o bio-
etanol, que podem substituir em parte, respectivamente, o diesel e a gasolina. (MATA, et
al.; 2010).
Diversos estudos já comprovaram o grande potencial das microalgas como fonte energética para a
produção de biocombustível, e quando as comparamos com as plantas oleaginosas, as microalgas
apresentam uma maior eficiência em produtividade lipídica. Além disso, as microalgas requerem
menor área de cultivo que os vegetais oleaginosos e também menos água, podendo ser cultivadas ou
não em água potável, além de serem CO2 neutras e sequestrarem CO2 já presente em nosso
ambiente. (Singh & Gu 2010).
As microalgas da espécie Botryococcus braunii são consideradas como muito produtivas em
lipídios geralmente compostos por HC de cadeias longas, destacando sua composição diferente de
tipos de ácidos graxos, em particular, a percentagem mais elevada (76,29%) de ácido oleico.
MATERIAL E MÉTODOS
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Os inóculos microalgais (volume equivalente a 10% de cada meio de cultura) foram transferidos
para Erlenmeyers com 160mL contendo meio CHU-13. O material foi transferido para maiores
volumes (600mL), com três replicatas para cada espécie. Durante o cultivo no erlenmeyer de
600mL, a cinética de crescimento foi acompanhada a cada 48h, através de leituras de densidade
óptica (680nm) em espectrofotômetro, indicativas da concentração das culturas em biomassa,
equivalente à quantidade de células presente no meio. O experimento envolveu a verificação do
crescimento das cepas em diferentes concentrações de CO2 (2,5%, 5%, 10% e 20%). As respostas
das microalgas mantidas sob as mesmas condições de temperatura (25 a 27°C), pH (6 a 8) luz
(140uE/m²/s) sob foto período de 12:12h de luz e escuro, aeração de 0.5vvm com ar misturado ao
CO2 foram também acompanhadas das avaliações de valores iniciais e finais de nitrato e fosfato. No
final da fase exponencial, quando então foi realizado as medições de nitrato e fosfato ainda
presentes no meio de cultivo, foi realizada a centrifugação para a obtenção da biomassa para
análises química dos componentes presentes. A biomassa foi obtida por centrifugação (Centrifuga
MPW-351), e posteriormente foi liofilizada (Liofilizador de bancada linha Enterprise® II) e
conservada em congelador.
A diferença verificada no crescimento entre as duas cepas está no momento sendo objeto de
repetição do experimento para possibilitar com mais precisão o cálculo das variáveis da cinética de
crescimento, de modo que se possa comparar as duas cepas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados apontam diferenças na taxa de crescimento entre as duas espécies (Figura 1),
refletidas nos valores dos parâmetros cinéticos apresentados na Tabela 1.
0 5 10 15 20 25 300,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
Opt
ical
Den
sity
(680
nm
)
Time (days)
Figura 1-Curva de crescimento de microalgas Família Botryococcaceae: Botryococcus braunii
UTEX(■; r2= 0,99742); Botryococcus braunii local (○; r
2= 0,99765); dados
experimentais, ─ ajuste sigmoidal de Boltzmann no software Origin® 7.0.
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Com base nos dados a espécie local tem um crescimento mais reduzido. Em geral na fase
estacionaria quando a reprodução celular sofre um declínio em relação à fase exponencial de
crescimento especialmentee relacionado à redução de nitrogênio no meio,as microalgas têm
possibilidade de alterar o metabolismo, produzindo mais lipídios de reserva (maior quantidade de
lipídios neutros), passíveis de serem utilizados para a produção de biodiesel ((Banerjee, 2002;
Metzger, 2005; Zhila et al. 2001),).
REFERÊNCIAS
Mata, T.M.; Martins, A.A.; Caetano,N.S. Microalgae for biodiesel production and other
applications: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews. V.14, p.217-232, 2010.
Mendes, M. C. Q.; Gonzalez, A. A. C.; Menezes, M.; Nunes, J. M. C.; Pereira, S.; Nascimento, I.
A. Coleção de microalgas de ambientes dulciaquícolas naturais da Bahia, Brasil, como potencial
fonte para a produção de biocombustíveis: uma abordagem taxonômica/ Collection of microalgae
from natural freshwater environments of Bahia, Brazil, as a potential source for biofuel production:
a taxonomic approach. Acta Bot. Bras. vol 26 no. 3Feira de Santana. 691-696, ILUS.July/Sept.
2012 .
Singh, J., & Gu, S. 2010. Commercialization potential of microalgae for biofuels
production. Renewable and Sustainable Energy Reviews 14(9):2596-2610.
Banerjee A, Sharma R, Chisti Y, Banerjee UC (2002) Botryococcus braunii: a renewable source of
hydrocarbons and other chemicals. Crit Rev Biotechnol 22(3):245–279.
Metzger P, Largeau C (2005) Botryococcus braunii a rich source for hydrocarbons and related ether
lipids. App Microbiol Biot 6:486–496.
Harrington KJ (1986) Chemical and physical properties ofvegetable oil esters and their effect on
diesel fuel performance.Biomass 9:1–17.
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5. CULTIVO DE CHLORELLA VULGARIS EM FOTOBIORREATOR TUBULAR
VERTICAL (FBR) DE BAIXO CUSTO PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Gabriele Rodrigues Conceição1, Fabrine Souza Andrade
1, Leandro Jesus Sousa
1,
Fabio Alexandre Chinalia2, Iracema Andrade Nascimento
1
1Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. CEP: 40170-290
2Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. CEP: 40110-902
Email para correspondência: [email protected]
Palavras-chave: microalgas, fotobiorreator, lipídios, biodiesel.
Introdução
Existem algumas empresas que cultivam algas utilizando diferentes metodologias como (i)
sistemas abertos, (ii) fechados (fotobiorreatores) ou (iii) híbridos (Pulz, O. 2001). Atualmente, 12
mil toneladas de biomassa algal são produzidas no mundo, mas essa biomassa é, na maioria dos
casos, usada como insumo alimentar e/ou agrícola (Lundquist et al. 2010). As espécies cultivadas
mais comuns são Chlorella vulgaris, Haematococcus pluvialis, Dunaliella salina e Spirulina
platensis. A Companhia Nature Beta Technologies - Israel, por exemplo, tem operado
continuamente há 20 anos no cultivo de 10 hectares de D. salina. As Companhias americanas Irvine
e Kona LTDA produzem biomassa de Spirulina platensis também há vários anos. Baseados em
estimativas de produção, acredita-se que, com 40% de eficiência, microalgas como C. vulgaris e
algumas espécies de Botryoccocaceae podem gerar biodiesel com uma produtividade de
aproximadamente 30 ou 60 t ha-1
a-1
, em lagoas ou fotobiorreatores, respectivamente (Chisti, 2007).
Muñoz (2005) definiu que os fotobiorreatores são sistemas utilizados para propiciar um
desenvolvimento algal mais controlado e produtivo. Podem ter diversas configurações, dependendo
da aplicação que se deseja imprimir ao cultivo. Apesar das vantagens decorrentes destes sistemas
fechados, são os sistemas abertos os mais utilizados para produção ou cultivo em larga escala. No
entanto, mesmo que a produção de biomassa algal seja baseada em sistemas abertos, os
fotobiorreatores ainda serão importantes na tarefa de multiplicação e manutenção de inoculo. Os
parâmetros de operação de um fotobiorreator, por exemplo, permitem significativa manipulação das
concentrações de nutrientes do meio e de exposição à luz, e essa variação pode alterar a composição
bioquímica das microalgas, estimulando-as a acumular altas concentrações de uma determinada
molécula, como por exemplo, os triglicerídeos (Brownet al., 1989). São esses últimos os ácidos
graxos mais importantes para produção de biodiesel. A produtividade em óleo (massa de óleo
produzida por unidade de volume da cultura de microalgas/dia) depende, portanto, da taxa de
crescimento algal e do conteúdo de óleo da biomassa. O controle dos parâmetros de operação do
fotobiorreator é muito importante para viabilizar o cultivo de algas e sustentar um processo de
produção de biodiesel.
Os biocombustíveis despontam como uma opção viável para a substituição parcial da
energia fóssil, porém, o custo financeiro e ambiental desse biocombustível é alto caso seja baseado
na expansão agrícola (Nascimento et al. 2013). O uso das microalgas como matéria prima na
produção de biocombustíveis é a alternativa ideal, pois, estas apresentam maior eficiência em
produtividade lipídica (podem alcançar 70% do peso seco em óleo), requerem menor área de
cultivo, podem ser cultivadas em água não potávele durante o ano inteiro, e são CO2 neutras por
reciclarem esse composto na atmosfera.
Objetivos
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O objetivo desse trabalho foi o de identificar os parâmetros operacionais do fotobiorreator
“Patente de invenção – INPI 0000221105500270” para produção de biomassa de Chlorella vulgaris
em escala piloto.
Material e Métodos
O pré-inoculo de Chlorella vulgaris foi preparado em batelada e transferido para o
fotobiorreator tubular vertical com capacidade de 100 litros. O crescimento das culturas foi
acompanhado através de medidas de concentração celular e densidade ótica, e foram controladas as
variações de pH, luminosidade e temperatura. A partir da biomassa foram determinados
concentração de lipídios e proteínas totais. O controle do pH foi efetuado, e se manteve na faixa de
7,0 ± 1,0. Detalhes dos métodos podem ser encontrados em Nascimento et al. (2013).
Resultados
Foi adotado o método de cultura semi-continua e a Figura 1 mostra a curva de crescimento
da microalga durante o período do cultivo, e as taxas de crescimento e produtividade lipídica
segundo a cinética de crescimento de Levasseur M. (1993). Os resultados mostram a média de 10
tubos de 10 litros que compõem o fotobiorreator.
Figura 1: Cinética de crescimento de C. vulgaris em 3 ciclos de cultura semi-continua, com as
respectivas taxa de crescimento e produtividade lipídica por ciclo.
Discussão
Através da cinética de crescimento, percebe-se que o maior valor de taxa de crescimento
específico de 0,19 dia-1
, valor encontrado no 3º ciclo. Chiu et al. (2009) relatou que o cultivo
semicontínuo no intervalo de 2, 3 e 8 dias gerou uma taxa de crescimento especifico algal (µ) de
0,106, 0,118 e 0,132g/L/dia, respectivamente. Portanto, os autores observaram uma variação
significativa no cultivo e um melhor rendimento no terceiro ciclo de 8 dias. Esse resultado pode ter
sido influenciado pelo acúmulo de biomassa em função da retomada do crescimento celular após a
diluição da cultura. Comparando os valores obtidos na pesquisa, nota-se que estes foram maiores e
demonstraram que esta forma de operação foi mais vantajosa.
Em comparação com experimentos anteriores realizados no próprio Laboratório
(Nascimento et al., 2013), verificou-se que a produtividade desta espécie foi menor no
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fotobiorreator do que nos sistemas de batelada. Esse resultado pode ter sido influenciado por fatores
como o menor aproveitamento da luz pelas microalgas por causa do efeito do sombreamento
causado pela disposição da fonte luminosa em relação aos tubos de cultivo.
Em relação aos nutrientes, houve uma taxa de remoção de nitrato de 0,68mg/L/dia,
2,09mg/L/dia, e 1,97mg/L/dia e uma taxa de remoção de fosfato de 0,47mg/L/dia, 0,43mg/L/dia, e
0,37mg/L/dia para o 1º, 2º e 3º ciclo, respectivamente. Estas taxas comprovam o consumo destes
nutrientes pelas microalgas nos 3 ciclos, e consequentemente um aumento na produção de
biomassa. Segundo Feng et al. (2012), as concentrações destes nutrientes presentes no meio são
consideradas fatores limitantes e têm influência direta sobre o crescimento microalgal, porém a
variação desses fatores é uma eficiente maneira para induzir acúmulo de lipídeos nas microalgas, o
que demonstra ser interessante na produção de biodiesel, aliar uma alta quantidade de biomassa
com uma maior síntese de lipídeos. Para otimizar o sistema testado, é necessário combinar dois
tipos de metodologias utilizando 2 fotobiorreatores, o 1º FBR será usado para aumentar a
quantidade de biomassa até o fim da fase exponencial, e o 2º utilizará o inoculo do 1º FBR, em um
local com baixa concentração de nutrientes, para induzir o acúmulo de lipídeos.
Conclusões
Os experimentos comprovam a alta produtividade da cepa local da espécie Chlorella
vulgaris e a recuperação do crescimento algal depois da colheita de biomassa (retirada do meio).
Observou-se que levou 13 dias para a cultura de algas chegar ao patamar de 0,47 g/L, no entanto,
depois da colheita, o período médio de reposição dessa biomassa foi de 6-7 dias apenas. Portanto o
sistema de operação do fotobiorreator apresentou significativa vantagem na redução do tempo para
a produção de biomassa.
Agradecimentos
Este trabalho foi desenvolvido no programa PIBIC/UFBA – CNPq e apoiado pelos Projetos
n. 574712/2008-9 e 551134/2010-0 do CNPq e pela CAPES/FAPESB 23038.006707/2013-21
(206/2013) e PET004/2103.
Referências
• Brown, M. R., Jeffrey, S. W., Garland, C. D. Nutritional aspects of microalgae used in mariculture: a
literature review. CSIRO Marine Laboratories 205, 44p., 1989.
• Chisti, Y. Biodiesel from microalgae beats bioethanol. Trends in Biotechnology, v. 26, n. 3, p. 126-131,
2007.
• Chiu, Y.S. et al. The air-lift photobioreactors with flow patterning for high-density cultures of microalgae
and carbon dioxide removal. Eng. Life Science, v.9, n.3, p.254-260, 2009.
• Feng, P., Deng, Z., Fan, L., Hu, Z. Lipid accumulation and growth characteristics of Chlorella zofingiensis
under different nitrate and phosphate concentrations. Journal of Bioscience and Bioengineering, v.114, n.4,
p.405-410, 2012.
• Levasseur M., Thompson P.A., Harrison P.J. Physiological acclimation of marine hytoplankton to different
nitrogen sources. J Phycol v. 29, p. 587–595, 1993. • Lundquist, T.J. et al., 2010. A Realistic Technology and Engineering Assessment of Algae Biofuel
Production, University of California, Berkley: Energy Bioscience Institute. Available at: www.ascension-
publishing.com/BIZ/Algae-EBI.pdf.
• Muñoz, R.T. Algal-bacterial photobioreactors for the degradation of toxic organic pollutants. Doctoral
Dissertation. Lund University, Sweden, 183p.,2005.
• Nascimento, I.A. et al. Screening Microalgae Strains for Biodiesel Production: Lipid Productivity and
Estimation of Fuel Quality Based on Fatty Acids Profiles as Selective Criteria. Bioenergy Research, v. 6, n.1,
p. 1-13, 2013.
• Pulz, O. Photobioreactors: production systems for phototrophic microorganisms. Appl. Microbial
Biotechnol. v.57, n. 3, p.287-293, 2001.
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6. CULTIVO DE MICROALGAS DULCÍCOLAS EM AMOSTRAS DE ÁGUAS
SUPERFICIAIS CONTAMINADAS
Iracema Andrade Nascimento1*
, Edson dos Santos1
, Iago Teles Dominguez Cabanelas1, Fabio
Alexandre Chinalia2
1 Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil, 2 Instituto de Ciências da Saúde,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40110-902, Brasil (*[email protected])
Palavras-chave: Combustíveis de Microalgas, Águas superficiais contaminadas, Botryococcus,
Biodiesel.
Introdução:
Atualmente buscam-se alternativas à utilização de combustíveis fósseis, pois, o uso
continuado deste tem se mostrado insustentável pelas estimativas de escassez em potencial e sua
contribuição para o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera com o consequente aumento do
efeito estufa (CHISTI, 2007). O cultivo de microalga dulcícola pode ser usado para produção de
biodiesel. Biodiesel pode ser produzido a partir de lipídios como óleos vegetais, gorduras animais e
óleos residuais (MENG et al, 2008). No entanto essas fontes não são suficientes para sustentar altas
produções de biodiesel, ou por competir com a produção de alimentos, ou por terem baixa
produção. Uma possível solução para o barateamento dos biocombustíveis, portanto, é a utilização
de fontes mais eficientes na produção de óleo. O biodiesel a partir de microalgas, portanto, tem
valor comprovado e as tecnologias de produção são variadas (CHISTI, 2007).
Em comparação com oleaginosas, as microalgas são mais produtivas e capazes de fixar mais
CO2 por área equivalente do que vegetais terrestres. Outra vantagem é que as algas podem ser
cultivadas em aguas superficiais contaminadas para baratear o processo produtivo. As algas podem
produzir lipídios a partir de nutrientes contidos em esgotos domésticos ou industriais, e tal
estratégia combina produção com tratamento de efluentes. Portanto, acredita-se que o cultivo de
microalgas pode atender a demanda de biocombustível ao mesmo tempo em que ajuda a resolver
problemas ambientais (Brennan & Owende, 2010).
Objetivos:
O presente trabalho teve por objetivo quantificar o crescimento de microalgas dulcícolas em
amostras de águas superficiais contaminadas por efluentes domésticos (esgoto) e determinar a
eficiência dessa atividade na depuração ou tratamento dessas amostras.
Material e Métodos:
As amostras de águas superficiais foram coletadas no Rio Sapato, Lauro de Freitas-
Bahia/Brasil, logo após os pontos com despejo de efluentes domésticos. As amostras foram
aplicadas tanto in natura como seguidas de esterilização por autoclavagem; em ambos os casos as
amostras foram analisadas para controle dos nutrientes. (Nitrogênio total, NH4, NO3, NO2, PO4),
DQO e pH. Foram selecionadas as espécies Botryococcus terribilis (IBL-C115, nativa da Bahia,
depositada no Banco de microalgas do LABIOMAR/UFBA) e Botryococcus braunii (IBL-C101,
proveniente do banco de microalgas da UTEX/EUA). Ambas as espécies foram cultivadas sob os
seguintes parâmetros: temperatura (25ºC), iluminância (87 uE/m2/s), agitação constante,
fotoperíodo 12:12 claro:escuro, acréscimo de 2,5% de CO2. Os parâmetros para avaliação das
respostas a estas condições foram densidade celular (hemocitômetro) e densidade óptica. As
culturas foram submetidas, no final da fase exponencial, à coleta (centrifugação 5000xg) e secagem
(liofilização). Detalhes das metodologias utilizadas estão descritas em Nascimento et al. (2013).
Resultados e Discussão:
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A produtividade de biomassa foi de 100,0 mg L-1
d-1
e 54,2mg L-1
d-1
para Botryococcus
terribilis e Botryococcus braunii, respectivamente. Estes valores são baixos quando comparados
com os resultados reportados por outros autores (QIN, 2005; DAYANANDA et al., 2007; ZHILA
et al., 2005). Este fato deve-se pela baixa concentração de nutrientes encontrada nas águas
superficiais contaminadas que foi utilizada (Tabela1). No entanto, mesmo com a contaminação por
esgoto, as concentrações de nutrientes ainda foram baixas para sustentar o crescimento algal
(Tabela 2). Observou-se também que amostras de águas superficiais esterilizadas houve uma maior
liberação de nutrientes (Tabela 1). Tirando o efeito da baixa concentração de nutrientes, as algas
não mostraram nenhuma resposta negativa ao uso dessa água superficial. Portanto, esse tipo de água
pode ser considerada como uma fonte alternativa de água para o cultivo, desde que acrescida de
nutrientes.
Tabela 1: Composição química do efluente do rio Sapato, Lauro de Freitas-BA Conc. Inicial Conc. Final
B. braunii
Conc. Final
B. terribilis
Parâmetros Efluente bruto Efluente estéril Efluente Bruto Efluente estéril Efluente bruto
pH 6,80 8,21 8,80 7,90 8,10
DQO (mg/L) 3269,00 308,43 287,00 262,10 247,72
Nt (mgN L-1) 11,35 1,29 4,42 3,83 5,15
NH4 (mgN-NH4 L-1) 5,14 0,00 0,00 0,00 0,00
NO3 (mgN-NO3 L-1) 0,79 0,34 0,29 0,49 0,36
NO2 (mgN-NO2 L-1) 0,03 0,00 0,00 0,01 0,00
PO4 (mgP-PO4 L-1) 0,50 0,00 0,00 0,15 0,00
Foi feita uma comparação entre o crescimento de B. braunii e B. terribilis em amostras de
águas superficiais brutas e com estéreis após autoclavagem (Tabela 2). Os resultados não mostram
diferenças significativas.
Tabela 2: Produtividade biomassa, lipídeos, carboidratos, proteína e exopolissacarídeos. B. braunii B. terribilis
Parâmetros Efluente
estéril
Efluente Bruto Efluente estéril Efluente bruto
Biomassa (mg L-1)* 610 650 880 900
μ (dia-1) 0,11 0,10 0,15 0,18
Produtividade Biomassa (mg L-1 d-1) 50,8 54,2 97,8 100,0
Produtividade lipídica (mg L-1 d-1) 17,8 13,5 42,0 33,0
Exopolissacarídeos (mg/L) 12,73 15,1 21,98 26,58
Lipídios totais (mg g-1) 352 259 435 334
Carboidratos (mg g-1) 126 134 203 220
Proteínas totais (mg g-1) 688 342 508 502
* No final da fase LOG
Embora a produção de biomassa algal tenha sido comparativamente baixa, a remoção de
nutrientes foi significativa (Tabela 1).
Dayananda (2007) utilizando meio sintético com concentrações de nutrientes maiores do que
as do rio Sapato, como 200 mg L-1
de NO3 e 40 mg L-1
de PO4 , sob oferta de luz contínua e
agitação conseguiu uma produção total de biomassa de 1000 mg L-1
com B. braunii, valor maior
do que o encontrado para B. braunii no atual trabalho(650 mg L-1
), porém não muito diferente do
encontrado para a cepa de B. terribilis (900 mg L-1
) (Tabela 2). Esse valor é considerado ainda mais
relevante se comparado com os resultados de Tavares (2009) que cultivando duas cepas diferentes
de B. braunii (IO 98-01 e IO 98-02) após 46 dias de cultivo chegaram a uma concentração máxima
de biomassa de 710 e 760 mgL-1
respectivamente.
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A B Figura 1: Curvas de crescimento em efluente in natura ( ) e estéril ( ) para as espécies B. braunii (A) e B. terribilis (B).
Conclusões:
As microalgas têm grande aplicação biotecnológica; entre elas, a de maior destaque no
cenário atual, onde a demanda por combustíveis renováveis é crescente, é a de produzir
hidrocarbonetos; mas à utilização das microalgas como matéria prima para biocombustíveis não é
competitiva no atual momento devido ao alto custo da produção e processamento em larga escala
das algas até o produto final. Esse trabalho mostrou que águas superficiais contaminadas podem ser
utilizadas para o cultivo de algas quando a concentração de nutrientes for corrigida para sustentar o
sistema de produção. A água superficial contaminada como fonte alternativa de água para cultivo
barateia o processo e ainda oferece vantagens ambientais, pois, promove a depuração do corpo de
água contaminado removendo significativas quantidades de nutrientes.
Agradecimentos:
Este trabalho foi apoiado pelos Projetos n. 574712/2008-9 e 551134/2010-0 do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Programa PIBIC/UFBA-FAPESB
Nº BOL1231/2011.
Referências:
Brennan, L. & owende, P.. Biofuels from microalgae – A review of technologies for production,
processing, and extrations of bio-fuels and co-products. Renewable and Sustainable Energy Reviews,
14:557-577. 2010
Cabanelas I. T. D. , Moreira L. M. A. Estudo sobre o estado de preservação das nascentes do rio sapato,
Lauro de Freitas-BA. Revista de ciências médicas e biológicas, 6: 160-164. 2007
ChistI, Y., Biodiesel from Microalgae: Biotechnology Advances, 25: 294-306. 2007
Dayananda C., sarada R. , RanI M. U. , Shamala T. R. Ravishankar G. A. Autotrophic cultivation of
botryococcus brauni for the production of hydrocarbons and exopolysaccharides in various media.
Biomass and Bioenergy, 31: 87-93. 2007.
Mata, T.M.; Martins, A.A. & Caeano, N.S.. Microalgae for biodiesel production and other applications: a
review. Renewable & Sustainable Energy Reviews 14: 217-232. 2010.
Meng X., Yang J. M., Xu X., Zhang L., Nie Q. J., Xian M. Biodiesel production from oleaginous
microorganisms Renewable Energy, 34: 1-5. 2009 .
Metzger, P., B. Allard, E. Casadevall, C. Berkaloff and A. Coute. Structure and chemistry of a new
chemical race of Botryococcus braunii that produces lycopadiene, a tetraterpenoid hydrocarbon. J.
Phycol., 26: 258-266. 1990.
Qin J., WALTERS R. Bio-Hydrocarbons from algae: impacts of temperature, light and salinity on algal
growth. Rural Industries Research and Development Corporation. 05: 01-18. 2005
Tavares, J, E, B., Cultivo de microalgas do gênero Botryococcus visando a produção de biodiesel.
Dissertação de Mestrado em Biologia Celular e Biotecnologia UNIVERSIDADE DE LISBOA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA VEGETAL, 68p.2009.
ZHILA N. O., KALACHEVA G. S., VOLOVA T. G. Effect of salinity on the biochemical composition of
the alga Botryococcus braunii Kutz IPPAS H-252. J Appl Phycol, 23: 47-52. 2011
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7. CULTIVO DE MICROALGAS DULCIAQUÍCOLAS UTILIZANDO VINHAÇA
TRATADA ANAEROBICAMENTE
Larissa Maria Barbosa Dantas Xavier1*
, Sheyla Santa Isabel Marques1, Iracema Andrade
Nascimento1, Fábio Alexandre Chinalia
2
1 Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil
2 Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40110-902, Brasil,
Palavras- chave: Microalgas, Vinhaça, Digestão Anaeróbia, Biocombustíveis
Introdução
A produção de biocombustíveis em larga escala a partir da biomassa de microalga esbarra
nos custos altos de produção. Os nutrientes necessários para o cultivo representam cerca de 50%
dos custos totais (COZZA, 1999; BENEMANN, 2009; CHISTI, 2008). Por esse motivo, o
aproveitamento dos nutrientes e a agua presentes em resíduos líquidos como esgotos domésticos ou
efluentes industriais são alternativas promissoras para reduzir os custos de cultivo ((PIPES e
GOTAAS, 1960; OLIVEIRA, 1988). Existe ainda a vantagem ambiental, pois, o uso de tais fontes
para o cultivo reduziria também o seu impacto no ambiente. Cabanelas et al (2013) relata uma
significativa redução de substancias nitrogenadas e fosforadas após o cultivo de algas.
A vinhaça é caracterizada como efluente de destilarias com alto poder poluente, cerca de
cem vezes maior que o do esgoto doméstico (Marques et al., in press). O seu efeito poluidor decorre
da alta carga orgânica, baixo pH, e varias substancias inorgânicas que são consideradas altamente
nociva à fauna, flora, microfauna e microflora das águas doces, além de afugentar a fauna marinha
que vem às costas brasileiras para procriação (FREIRE E CORTEZ, 2000).Uma vez que a tendência
nacional é de ampliação da produção de etanol, a quantidade de vinhaça produzida (entre 12 e 14L
de vinhaça/L etanol) também ira aumentar e, por isso, existe hoje a necessidade de buscar usos
diversos para este efluente. Esse trabalho explora o uso da vinhaça para o cultivo de microalgas
com a meta de produzir biocombustível. Para reduzir a toxicidade da vinhaça causada pela alta
carga orgânica e liberar nutrientes como amônia e fosfato, estes utilizados para o cultivo de
microalgas, a vinhaça deve ser tratada anaerobicamente.
Objetivo
O objetivo desse trabalho foi o de testar o crescimento de Synechocystis sp. em vinhaça tratada
anaerobiamente.
Materiais e Métodos
A vinhaça efluente dos digestores anaeróbios foi diluída em esgoto doméstico para atingir
uma DQO final de 2 g l-1
. Para a obtenção do inoculo, a espécie da microalga Synechocystis sp.,
depositada no Banco de Microalgas do LABIOMAR/IB/UFBA, foi cultivada em meio CHU até a
fase exponencial do crescimento. O experimento foi realizado em triplicata utilizando erlemeyers
contendo 150mL de vinhaça tratada e 30% de inoculo microalgal. O controle foi realizado
utilizando meio CHU.
Os parâmetros adotados para o cultivo foram: 25±2˚C, acréscimo de 2,5% de CO2 ao ar,
intensidade luminosa de 173μE/m²/s, agitação constante a 85 bpm em mesa shaker, fotoperíodo
12h/12h. Para o acompanhamento das culturas, foram realizadas a cada 48h, medição da
absorbância, e valor de pH, acompanhando a curva de crescimento da microalga. Na fase inicial e
final do experimento, determinou-se a concentração de nutrientes (fosfato, nitrato, amônia, potássio
e DQO). O método descrito por Strickland & Persons foi utilizado para a determinação do teor de
PO4 (mg/L); a análise de DQO (mg/L) foi descrita segundo o método no Standard Methods e para a
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determinação de NO-3
(mg/L) e K+ (mg/L), utilizou-se kits específicos da Alfakit (SpectroKit). Os
detalhes da metodologia estão descritos em Nascimento et al (2013).
Resultados
A tabela 1 apresenta os dados obtidos para a determinação dos parâmetros físico-químicos da
vinhaça afluente e efluente do reator anaeróbio.
Tabela 1. Características do afluente e efluente dos reatores anaeróbios
Afluente Efluente
DQOb (g L-1
) 2,008±0,040 0,300±0,006
Fosfato (g L1) 0,016±0,001 0,014±0,001
Potássio (g L-1
) 0,034±0,005 0,038±0,007
Nitrato (g Ll-1
) 0,009±0,000 0,002±0,000
Amônia (g L-1
) 0,003±0,000 0,020±0,004
Turbidez (NTU) 650±5,2 100±6,8
pH (g L-1
) 6,8±0,1 6,7±0,1
A figura 1 apresenta o crescimento da microalga Synechhocystis sp. em vinhaça digerida e
no meio CHU. Os resultados confirmam a importância da digestão anaeróbia aplicada à vinhaça,
antes de seu uso como meio de cultivo. Portanto, a vinhaça afluente mostrou-se como um
tratamento eficiente para o crescimento das microalgas. Este fato pode ser atribuído à baixa DQO
adotada para esta etapa do trabalho. Outro fator importante é que a digestão anaeróbia é realizada
por diferentes grupos de microrganismos, os quais, em conjunto, conseguem transformar e quebrar
moléculas, resultando na formação de compostos menos complexos e potencialmente mais
facilmente assimiláveis pelas algas. A digestão anaeróbia possivelmente resultou na formação de
ácidos orgânicos e moléculas essenciais que puderam ser aproveitadas pelas microalgas e
indisponíveis na vinha in natura.
Figura 1: Curva de crescimento da Synechhocystissp.
Figura 2: Determinação de nutrientes nas fases
inicial e final do crescimento da microalga em
vinhaça.
Na tabela 2 e na figura 2, é possível observar a redução dos nutrientes na fase final do
experimento. Esses corroboram com o estudo de España-Gamboa et al (2011) que indicam a
utilização das microalgas como uma das diversas opções de tratamento da vinhaça. O tratamento
utilizando as microalgas remove nutrientes, material orgânico e a cor de águas residuais. Como a
fonte de nutrientes consiste num dos principais componentes do custo de produção em larga escala,
há a necessidade de se buscar fontes de baixo custo e cultivar microalgas utilizando efluente
industrial, ou até mesmo doméstico.
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Tabela 2. Nutrientes na fase inicial e final do crescimento da microalga cultivada em vinhaça
Potássio
(g L-1
)
Nitrato
(g L-1
)
DQO
(g L-1
)
Fosfato
(g L-1
)
Amônia
(g L-1
)
Turbidez
(NTU)
Inicial 0,014 0,002 0,300 0,014 0,020 100
Final 0,12 - 0,11 - - 3,9
Depois do cultivo, calculou-se a taxa de crescimento especifico (µ). A taxa de crescimento
da Synechhocystis sp. cultivada em vinhaça digerida foi de 0,142052 enquanto que Synechhocystis
sp. cultivada em meio CHU atingiu o valor de 0,263662. Os valores do conteúdo celular
(carboidratos, lipídios e proteínas) para a Synechhocystis sp. cultivada em meio CHU foram,
respectivamente, 4,62%, 36,26% e 28,35%. Em vinhaça digerida, os valores destes foram 4,31%
para carboidratos, 28,73% para lipídios e 20,73% para proteínas. Esses dados evidenciam a
viabilidade da vinhaça digerida como uma futura alternativa para os meios artificiais no cultivo de
microalgas. Isso irá culminar na redução de uma parcela dos custos do processo de produção, além
de promover a sustentabilidade, uma vez que esse resíduo (vinhaça) não será despejado in natura no
meio ambiente.
Conclusão
Os resultados apresentados mostram a viabilidade do cultivo de microalgas usando vinhaça
digerida. No entanto, faz-se necessário aprimorar os procedimentos até então adotados,
estabelecendo melhor os parâmetros e as etapas do processo para tratamento da vinhaça aplicada ao
cultivo de microalgas. Trabalhos futuros irão concentrar-se na determinação da quantidade de
nutrientes que serão ofertados para as microalgas para favorecer o melhor crescimento, bem como
na determinação do melhor valor de DQO a ser adotado nesse processo.
Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ), pelo investimento através dos projetos: CNPq
574712/2008-9 e CNPq 551134/2010-0, que tornaram possível a realização deste trabalho.
Referências Bibliográficas BENNEMAN, J. R. CO2 mitigation with microalgae systems. Energy Conversion and Management, v. 38, p.
475-479, 1997.
CHISTI, Y. Biodiesel from microalagae beats bioethanol. Trends Biotechnol. Biofuels, n. 26, p. 126-131,
2008.
COZZA, K.L. Spirulina platensis em meios naturais e sintéticos: fatores nutricionais e custos experimentais
Rio Grande. 204p. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências de Alimentos) – Fundação Universidade
Federal do Rio Grande. 1999.
España-Gamboa, E.; Mijangos-Cortes, J.; Barahona-Perez, L.; Dominguez-Maldonado, J.; Hernández-Zarate,
G.; Alzate-Gaviria, L. 2011. Vinasses: characterizationandtreatments. WasteManag Res. Disponível em:
http://wmr.sagepub.com/content/early/2011/01/14/0734242X10387313. Acesso em 04 out 2011.
FORESTI, E. ET AL.Fundamentos do tratamentoanaeróbio, In: CAMPOS, J.R. (Coord.). Tratamento de
esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no solo. Rio de Janeiro: ABES/PROSAB,
p.29-52, 1999.
NASCIMENTO, I. A., CABANELAS, I. T. D., MARQUES, S. S. I., PEREIRA, S. A., VICH, D. V., DOS
SANTOS, J. N., GUERRIERI, Y. Microalgas como matéria-prima para biocombustíveis: uma opção eco-
compatível para o aumento de eficiência na indústria sucroalcooleira. Foro Iberoam. Rec. Mar. Acui. III
(2011): 47-65.
OLIVEIRA, H. T. Utilização de vinhaça como meio de cultura para Chlorella vulgaris. São Carlos, 146 p.
Dissertação (Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais) – Universidade Federal de São Carlos, 1988.
PIPES, W. O.; GOTAAS, H. B. Utilization of organic matter by Chlorella grown in seawage. Applied
Microbiology, v.8, p.163-169, 1960.
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8. AVALIAÇÃO DO MERCADO DE REVENDA VAREJISTA DE ETANOL
HIDRATADO COMBUSTÍVEL EM SALVADOR (BA) À LUZ DA DEFESA DA
CONCORRÊNCIA
Luis Polybio Brasil Teixeira1, Milena Nascimento Sales
2, Luis Manuel García Reyes
3.
1,2
Mestres em Bioenergia pela FTC - [email protected], [email protected],
[email protected] - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 3
Doutor em Geofísica pela UFBA – [email protected] - Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP)
Palavras-chave: ANP. Cartel. Concorrência. Etanol.
Introdução
Entende-se o cartel como sendo qualquer ato que tenha por objetivo reduzir, frustrar ou de
qualquer forma lesar a livre concorrência. No presente trabalho, avalia-se o mercado de revenda
varejista de etanol hidratado combustível em Salvador, à luz da defesa da concorrência.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a
cidade de Salvador (Ba) conta com 184 postos revendedores. Trata-se de uma atividade
econômica com grande número de denúncias de prática de cartel, sendo propensa a tal prática,
em virtude de determinadas características, como produto homogêneo, barreiras regulatórias que
dificultam a entrada de novos concorrentes e atuação ativa por parte de sindicatos (BRASIL,
2009).
Ressalte-se que a ANP não regula os preços no mercado; no entanto, deve proteger o processo
de competição entre os agentes com vistas a garantir a livre concorrência (PEDRA et al, 2010).
A garantia de concorrência é fator essencial para que os segmentos de mercado funcionem de
modo satisfatório, sendo que a cartelização diminui as opções de compra do consumidor, bem
como o seu bem-estar (ESTEVES, 2011).
Objetivo
O objetivo deste trabalho é avaliar, sob o enfoque estritamente econômico, na cidade de
Salvador (Ba), a possibilidade de alinhamento de preços ao consumidor final de etanol hidratado
combustível no período de 17/3/2013 a 7/9/2013 (24 semanas), podendo ser utilizado para
aprofundamento de estudos com vistas a verificar a formação de cartel de preços em postos
revendedores na cidade.
Material e Métodos
Foi realizado o levantamento dos preços médios ao consumidor do etanol hidratado combustível
(Gráfico 1) durante vinte e quatro semanas, bem como os desvios-padrão, na cidade de Salvador
(Ba), no período de 17/3/2013 a 7/9/2013, utilizando-se o sistema de levantamento de preços
(SLP) da ANP, disponível no site www.anp.gov.br/preço/.
Semanalmente são coletados preços em 75 postos na cidade. Com os dados obtidos, produziu-se
o gráfico do coeficiente de variação (Gráfico 2) para o período analisado, resultado da divisão
do desvio-padrão pelo preço médio. Para análise e interpretação dos dados foi utilizada a
metodologia adotada pela ANP para detecção de cartéis, a qual indica que coeficientes
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inferiores a 0,010 (limite superior) caracteriza uma dispersão de preços muito pequena,
indicando uma maior possibilidade de alinhamento de preços ao consumidor final.
Resultados
Os resultados das informações levantadas estão representados pelos dois gráficos a seguir.
Gráfico 1- Preço médio do etanol hidratado combustível ao consumidor em Salvador (Ba) –
17/3/2013 a 7/9/2013.
Fonte: ANP – Sistema de Levantamento de Preços (2013). Elaboração própria
Gráfico 2 – Coeficientes de variação do etanol hidratado combustível em Salvador (Ba) –
17/3/2013 a 7/9/2013.
Fonte: ANP – Sistema de Levantamento de Preços (2013). Elaboração própria
Discussão
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Os resultados indicaram que em nenhuma semana do período analisado houve coeficiente de
variação dentro da área compreendida até o limite superior (0,010) estabelecido na metodologia
adotada pela ANP. Os preços médios do etanol hidratado combustível oscilaram ao longo do
período de acordo com os períodos de safra e entressafra, característica da sazonalidade do
produto com origem agrícola.
Conclusão
O estudo realizado indicou não haver indícios de alinhamento de preços entre postos
revendedores de etanol hidratado combustível ao consumidor final para o período analisado na
cidade de Salvador (Ba). Caso o estudo indicasse a possibilidade de alinhamento de preços,
dever-se-ia prosseguir na análise avaliando o comportamento das margens médias brutas para
verificar aumentos significativos que não pudessem ser explicados por aumentos de custos, bem
como comparando-as, também, com a evolução das margens médias em alguns municípios do
estado.
Referências
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria de Direito Econômico. Combate a cartéis na revenda
de combustíveis. 1. ed. Brasília: SDE / MJ, 2009.
ESTEVES, H. B. B. Principais práticas anticompetitivas nos segmentos de distribuição e
revenda de combustíveis automotivos. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:<
http://www.anp.gov.br/?pg=63613&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=136819213
6440>. Acesso em: 10 mai. 2013.
PEDRA, D. P. et al. Metodologia adotada pela Agência Natural do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis para detecção de cartéis. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:<
http://www.anp.gov.br/?pg=63613&m=&t1=&t2=&t3=&t4=&ar=&ps=&cachebust=136819213
6440>. Acesso em: 10 mai. 2013.
Patrocínio:
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9. CULTIVO DE CIANOBACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO PARA
PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES NITROGENADOS.
M. H. Fontoura 1, I. A. Nascimento
1, F. A Chinalia
2
1 Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. CEP: 40170-290
2 Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. CEP: 40110-902
Email para correspondência: ([email protected])
Palavras-chave: Cianobactérias, Fixação, Nitrogênio, Fertilizantes
Introdução
O estudo das cianobactérias fixadoras de nitrogênio tem se desenvolvido muito nos últimos
anos. Esses organismos possuem a capacidade de fixar o nitrogênio gasoso, que é o mais abundante
na atmosfera (78%), e transformá-lo em compostos orgânicos nitrogenados (Franceschini et al.,
2010). Existem basicamente três fontes de nitrogênio para organismos não fixadores: (i) a
decomposição de proteínas e substâncias similares, (ii) uso de fertilizante ou (iii) a associação com
organismos fixadores. Muitas algas e plantas superiores, portanto, dependem de uma dessas fontes
de nutrientes para produzir biomassa. Observa-se que na produção industrial de biomassa de
microalgas, o gasto com os fertilizantes nitrogenados limita os lucros e a difusão do processo em
larga escala (Chisti, 2007). Dessa forma, processos alternativos para a produção de nutrientes
nitrogenados são importantes para tentar viabilizar economicamente o cultivo industrial de
microalgas.
O emprego das microalgas como fonte de produção de biocombustíveis responde a
necessidade da implementação de alternativas que venham ajudar a controlar o aquecimento global,
causado pelo uso de combustíveis fósseis. As microalgas representam uma fonte de energia
renovável; são CO2-neutras por sequestrarem dióxido de carbono atmosférico. Comparadas com os
vegetais superiores em relação à produção de lipídios, as microalgas podem produzir cerca de 6,5 a
10 vezes mais que a palma (Elaies guineenses), que é um dos vegetais de maior rendimento e
produtividade (Nascimento et al., 2013). No entanto, o processo de obtenção do biodiesel ainda
apresenta um alto custo, tornando-se necessário a otimização da produção da biomassa algal para
que ela se torne economicamente viável.
A utilização de fertilizantes nitrogenados geram gastos na preparação de meio para o cultivo
de algas. Portanto, uma forma de se reduzir os custos de cultivo seria encontrar alternativas para
substituir essas fontes de fertilizantes nitrogenados. As cianobactérias fixadoras de nitrogênio
podem fixar o nitrogênio gasoso presente na atmosfera e disponibilizá-lo para o crescimento de
outras espécies de microalgas através de um tratamento adequado da biomassa. No entanto, antes de
se definir esse processo, é necessário estimar a quantidade de nitrogênio fixado para calcular o
rendimento e a sua contribuição em potencial para sustentar o crescimento de algas não fixadoras.
Dessa forma, a taxa de fixação de nitrogênio por cianobactérias é uma variável que precisa ser
estimada em paralelo com a taxa de crescimento de algas oleaginosas.
Objetivo
Estimar a contribuição em potencial das cianobactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico
para produção de nutriente nitrogenado (fertilizante) com a meta de utilizá-lo para sustentar o
cultivo de microalgas produtoras de biocombustíveis (oleaginosas).
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Materiais e métodos
Os resultados de produtividade, taxa de crescimento e conteúdo proteico das cianobactérias
fixadoras de nitrogênio foram extrapolados a partir de uma média geral dos dados apresentados por
Benemann (1979) e Berberoglu et al. (2008). As médias de produtividade de biomassa, lipídio e
consumo de nitrogênio foram extrapolados em experimentos do Labiomar/UFBA e dados
reportados por Nascimento et al. (2013).
Resultados e discussão
Algumas cianobactérias fixadoras de nitrogênio possuem um alto conteúdo proteico, como
Anabaena spp., Oscillatoria spp. e Spirulina spp. Estima-se que, de uma forma geral, a biomassa de
uma cianobactéria apresenta 10% de nitrogênio em sua composição (Benemann, 1979).
Considerando que a taxa de crescimento da Anabaena sp., que é um dos principais organismos
fixadores, seja de 192 g/m³/dia de biomassa (Berberoglu et al., 2008), é possível se obter 19,2
g/m³/dia de nitrogênio a partir dessa biomassa (Tabela 1). Logo, em um cultivo de 10 m³, seria
possível produzir 192 g de nitrogênio por dia.
Tabela 1. Valores médios estimados da taxa de crescimento, taxa de fixação e consumo de nitrogênio e
produção de biomassa dos cultivos de Anabaena sp. e Chlorella vulgaris (Benemann, 1979; Berberoglu et
al., 2008; Nascimento et al., 2013 e estimativas laboratoriais).
Cianobactéria Fixadora de nitrogênio Microalga para produção de biodiesel (em PBR)
Taxa de
crescimento
(dia-1
)
Taxa de
fixação de
nitrogênio
(g/m³/dia)
Produção
de
biomassa
(g/m³/dia)
Taxa de
crescimento
(dia-1
)
Taxa de
consumo
de
nitrogênio
(g/m³/dia)
Produção
de
biomassa
(g/m³/dia)
Produção
de
biodiesel
(ml)
0,20 19,2 192 0,53 8,2 730 300
A Chlorella vulgaris, que é atualmente uma das principais microalgas estudadas devido a
sua grande taxa de crescimento, eficiência fotossintética e a alta assimilação de CO2, consome
aproximadamente 36,5 g/m³/dia de nitrato (NO3). Como o nitrogênio representa 22,5% do peso
molecular do nitrato, então é possível estimar que essa microalga utilize 8,2 g/m³/dia de nitrogênio
total. Esse dado foi extrapolado a partir de experimentos laboratoriais, em que a produção de 40
g/m³/dia de biomassa de C. Vulgaris consome 0,45 g/m³/dia de nitrogênio. Logo, a produção
máxima de 730 g/m³/dia, reportada por Nascimento et al (2013), deve ser acompanhada de um
consumo de nitrogênio de 8,2 g/m³/dia. Nesse cenário, a produtividade em biomassa da C. vulgaris
é de 730 g/m³/dia (Nascimento et al., 2013); portanto, espera-se que ela consuma 8,2 g/m³/dia de
nitrogênio para produzir 730 g/m³/dia de biomassa algal.
Baseado nas estimativas de Chisti (2007), foi possível estimar que, a partir de 1 g de
biomassa de C. vulgaris, é possível produzir até 0,4 ml de biodiesel. Ou seja, 730 g/m³/dia de
biomassa algal pode produzir até 300 ml de biodiesel por m³ diariamente. Para produzir 300 ml de
biodiesel por m³ diariamente seria necessário 8,2 g/m³/dia de nitrogênio. O cultivo de Anabaena sp.
produz em média 19,2 g/m³/dia de nitrogênio, que é um valor diário cerca de 2 vezes maior do que
o consumido pela C. vulgaris.
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Conclusão
Esse trabalho destaca que existe grande demanda por fertilizantes nitrogenados para o
cultivo de plantas e algas não fixadoras de nitrogênio. A busca por alternativas de produção que
sejam mais baratas e ecologicamente mais corretas identificam o cultivo de cianobactérias fixadoras
de nitrogênio como potencial a ser explorado. A partir das taxas de crescimento, foi possível
estimar que o cultivo de Anabaena sp. pode gerar 2 vezes mais a quantidade de nitrogênio que é
consumida no cultivo de Chlorella vulgaris. Portanto, esse trabalho identifica que associar o
crescimento de cianobactérias com algas oleaginosas é uma alternativa viável e que este processo
pode impactar positivamente na redução dos custos de preparação dos meios de cultivo e nos gastos
com o uso de fertilizantes nitrogenados. Destaca-se ainda que a produção sintética desses
fertilizantes tem causado significativo impacto ambiental e este pode ser comparativamente
reduzido com o uso de cianobactérias fixadoras de nitrogênio. Portanto, o cultivo de cianobactérias
fixadoras de nitrogênio pode produzir fertilizantes com menor custo agregado e assim diminuir o
impacto ambiental do processo produtivo que utiliza as vias sintéticas.
Agradecimentos
Este trabalho foi desenvolvido no programa PIBIC/UFBA – CNPq e apoiado pelos Projetos n.
574712/2008-9 e 551134/2010-0 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq). CAPES/FAPESB Protocols 23038.006707/2013-21 (206/2013) e
PET004/2103.
Referências bibliográficas
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and Estimation of Fuel Quality Based on Fatty Acids Profiles as Selective Criteria. BioEnergy
Research, v. 6, p. 1-13, 2013.
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by Anabaena Variabilis ATCC 29413. International journal of hydrogen energy, v. 33, p. 1172 –
1184, 2008.
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10. ACIDENTES DE TRABALHO NÃO FATAIS E FATORES ASSOCIADOS EM
TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR DO CULTIVO DA MAMONA,
NO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU, NO ANO DE 2012
Maria Celeste Almeida Viana1; Maria de Lourdes Palmeira dos Santos
2; Andréa Monteiro de
Amorim3.
1Mestranda em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, Bahia, Brasil,
Especialista em Administração de Serviços de Saúde, Especialista em Inspeção e Segurança de Alimentos, Graduada
em Nutrição pela UFBA, Graduada em Fisioterapia pela EBMSP, e-mail: [email protected] 2Profa. Ms. do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, Bahia, Brasil
3Profa. Dra. do Mestrado em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador,
Bahia, Brasil
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Av. Luís Viana Filho, 8812, Paralela, Salvador, Bahia, Brasil. CEP: 41.741-590
http://portal.ftc.br/ Telefone: (71) 3281-8030.
Resumo
O objeto deste estudo é a saúde ocupacional dos trabalhadores rurais, filiados à Cooperativa de
Produtores da Agricultura Familiar (COOPAF), localizados no Município de Morro do Chapéu/BA.
Frente à ocorrência de acidentes de trabalho não fatais (ATNF) e à sua variação de acordo com
fatores sociodemográficos, ocupacionais e de saúde autorreferida, esses trabalhadores rurais
encontram-se constantemente expostos a inúmeros agentes que podem causar acidentes, como:
máquinas e implementos agrícolas, ferramentas manuais, agrotóxicos, animais domésticos e
animais peçonhentos. Esta pesquisa compreendeu todos os trabalhadores da região citada, entre 18 e
72 anos, durante os meses de abril e maio, no ano de 2012, contando com uma amostragem de 44
trabalhadores do cultivo da mamona para o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel
(PNPB). O objetivo foi o de estimar a ocorrência de acidentes de trabalho não fatais na população
estudada, verificar a prevalência de acordo com as variáveis selecionadas e analisar a associação
entre os acidentes de trabalho e essas variáveis.
Palavras-chave: Saúde Ocupacional; Doenças Profissionais; Programa Nacional de Produção e
Uso de Biodiesel.
Abstract
Non-fatal accidents at work and associated factors in the family farm workers of farming castor, in
the city of Morro Hat, in the year 2012
The object of this study is the occupational health of farm workers, affiliated with the
Cooperative of Family Agriculture (COOFA), located in the City of Morro Hat/BA. Front of the
occurrence of non-fatal accidents at work (NFAW) and its variation according to
sociodemographic, occupational health and self-reported, these farm workers are constantly
exposed to numerous agents that can cause accidents, such as: agricultural machinery and
implements, hand tools, pesticides, domestic animals and venomous. This survey included all
workers in the region said between 18 and 72 years during the months of April and May, in the year
2012, with a sample of 44 workers from the cultivation of castor for the National Program for the
Production and Use of Biodiesel (NPPB). The objective was to estimate the occurrence of non-fatal
accidents at work in the study population to determine the prevalence according to the selected
variables and analyze the association between work-related accidents and these variables.
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Keywords: Occupational Health; Occupational Diseases; National Program for Production and Use
of Biodiesel.
Introdução
Estudos em saúde e segurança do trabalho apontam que, as doenças profissionais e os acidentes
de trabalho provocam prejuízos significativos às pessoas e às organizações em termos de custos
humanos, sociais e financeiros (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2001). Segundo Fehlberg
(2001) há escassez de dados relacionados a acidentes de trabalho no ambiente rural. As informações
encontradas estão anexadas nas Comunicações de Acidentes do Trabalho (CAT), hábito pouco
usual entre os agricultores. Acidentes mais comuns na atividade do corte manual da cana-de-açúcar
são, por exemplo: nas mãos (8,75%), pernas (6,49%) e olhos (3,80%). O facão é responsável por
12,3% dos 4.408 acidentes que ocorreram na safra de 78/79 (ABPA, 1979).
Diante do exposto, este trabalho objetiva estimar a prevalência dos acidentes de trabalho não
fatais (ATNF) e sua variação de acordo com fatores sociodemográficos, ocupacionais, de saúde
autorreferida e outros fatores de risco, em trabalhadores da agricultura familiar no cultivo da
mamona, no Município de Morro do Chapéu/BA, no ano de 2012.
Material e Métodos
O trabalho foi desenvolvido a partir da dissertação da ex-aluna Maria de Lourdes Palmeira dos
Santos, apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de
Tecnologia e Ciências – FTC / Salvador, para obtenção do título de Mestre em Bioenergia, no ano
de 2013. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de base populacional, cujas variáveis
selecionadas foram as sociodemográficas, ocupacionais, de saúde autorreferida e outros fatores de
risco. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a Ficha Individual do Trabalhador na
Agricultura Familiar (FITAF), que compreendeu todos os trabalhadores da região citada, entre 18 e
72 anos, durante os meses de abril e maio, no ano de 2012.
De posse de um banco de dados pré-existente, foi utilizada uma amostragem de 44 trabalhadores
da agricultura familiar no cultivo da mamona para o Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel (PNPB) e filiados à Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar (COOPAF). O
povoado situa-se em Velame, zona rural do Município de Morro do Chapéu, região semiárida da
Bahia. Foi utilizado um programa de estatística descritiva - Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS, for Windows, versão 20.0, 2011) para analisar dados quanto à frequência simples
das variáveis selecionadas, análise bivariada através do teste qui-quadrado para as associações, e os
cálculos do coeficiente de prevalência e da razão de prevalência.
Resultados e Discussão
Da amostra estudada de 44 trabalhadores rurais, 13,63% (n=6) sofreu, em um período de dois
meses, pelo menos um acidente de trabalho não fatal (ATNF). O resultado do estudo foi
significativo quando comparado à pesquisa de Tomasi, Elaine (2001) realizada na zona rural do
município de Pelotas, RS, onde a prevalência de acidentes encontrada foi de 11%.
Analisando a associação entre os acidentes de trabalho e as variáveis da Figura1 abaixo, a
diferença entre os valores encontrados na variável “Dorme mal?” demonstra que, trabalhadores com
uma menor qualidade de sono e de tempo de horas dormidas sofreram mais acidentes do que aqueles
que conseguiam dormir de forma adequada.
Percebe-se uma possível má utilização dos EPIs presentes neste estudo, pois, estes causaram mais
prejuízos do que benefícios aos trabalhadores. Estatisticamente, grande parte dos trabalhadores que
sofreram acidente, estava utilizando EPI. Isto sugere duas hipóteses: ou os equipamentos usados
neste estudo eram ineficazes, ou estavam sendo utilizados de forma inadequada.
A pesquisa demonstrou que, a duração do intervalo para refeição interferiu significativamente nos
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resultados. Aos indivíduos a que era proporcionado um maior intervalo de descanso houve um
menor índice de acidente de trabalho (9,67%) quando comparado àqueles que retornavam quase
imediatamente ao trabalho (42,85%).
Figura
1. Razão de Prevalência (RP) e Coeficiente de Prevalência (CP) dos Acidentes de Trabalho Não
Fatais (ATNF), de acordo com as variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de saúde
autorreferida, na região de Morro de Chapéu/BA, em 2012.
Conclusão
Dados aos fatores analisados e à sua significância estatística, este estudo veio demonstrar a
relevante importância das pesquisas voltadas para a ocorrência dos acidentes de trabalho na
população de agricultores ligados ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), e,
as associações destes com as variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de saúde autorreferida.
Destaca-se como questão principal a necessidade de prevenção, proteção e preservação da saúde
do trabalhador rural, através do conhecimento quanto aos fatores de risco, que interferem na
atividade laboral.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, ABPA, 1979. GIAMPAOLI,
Eduardo. Radiações. São Paulo: FUNDACENTRO, 1979.
FEHLBERG, M. F., SANTOS, I., TOMASI, E. Prevalência e fatores associados a acidentes de
trabalho em zona rural. RSP - Revista de Saúde Pública, Pelotas, v. 35, n. 3. 2001. p 269-275.
MINISTÉRIO DO TRABALHO (BR). Norma regulamentadora – NR 31: Segurança e saúde no
trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Portaria Nº 86 de
03.03.05. Disponível em: <http://www.normaregulamentadora.com.br/2008/06/06/nr-31/>. Acesso
em 10 de setembro 2013.
SPSS. Statistical Package for the Social Sciences/SPSS. Base 20.0 for Windows. User’s Guide.
SPSS Inc., Chicago, IL, 2011.
TACHIZAWA, T.; FERREIRA, V. C. P.; FORTUNA, A. A. M. Gestão com pessoas: uma
abordagem aplicada às estratégias de negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2001.
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11. RESÍDUO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIO COMO SUPLEMENTO PARA O
CULTIVO DE MICROALGAS
O.T. Vale1, I.A. Nascimento1, F.A. Chinalia2*.*([email protected])
1Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil
2Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40110-902, Brasil.
Palavras-chave: Cultivo de Microalgas, Chlorellasp., Chlamydomonas sp.
Introdução
Efluentes industriais orgânicos são reconhecidamente causadores de impacto ambiental,
mas, podem também ser utilizados para compor meios de cultivo de microalgas que, dependendo de
suas características, podem ser utilizadas para produzir biocombustíveis (Khotari et al,
2012;2013).Os resíduos líquidos industriais contem varias substancias que são utilizadas pelas algas
como compostos nitrogenados e fosforados. O uso de fontes alternativas dessas substâncias
nutrientes tem um potencial significativo para reduzir custos referentes à preparação de meio para o
cultivo de algas. Tal pratica já foi identificada como o melhor método para reduzir custos e
viabilizar o cultivo de microalgas em escala industrial para produção de biocombustível (Cabanelas
et al, 2013a, 2013b).
Os resíduos líquidos, no entanto, podem apresentar alta carga orgânica e, nesse caso, faz se
necessário um tratamento prévio antes do cultivo de algas. Esse tratamento deve ser capaz de não
apenas reduzir a carga orgânica e/ou toxica, mas também liberar a substânciasnitrogenadas e
fosforadas (NO3 e PO4). Estas são os nutrientes inorganicos de fácil absorção pelas microalgas
possibilitando assim altas taxas de crescimento. É por esse motivo que a digestão anaeróbia tem
sido sugerida como o melhor processo de preparo de diversos efluentes para o crescimento algal
(Chan et al, 2011; Ras et al, 2011). No entanto, para dar seguimento aos estudos laboratoriais de
cultivo é necessário fazer uma estimativa do potencial de crescimento e produção de biomassa algal
a partir do meio a ser utilizado. Através desse cálculo é possível identificar o potencial produtivo de
um efluente especifico e assim avaliar vantagens e desvantagens do processo de cultivo. Para tanto,
as taxas de crescimento das algas na presença desses resíduos devem ser estimadas e comparadas
com sistemas reconhecidamente produtivos (Rawatet al. 2011; Park et al. 2011; Chan et al. 2009;
Ras, et al 2011).
Objetivo
O objetivo desse trabalho foi calcular e comparar a taxa de crescimento específico de
microalgas crescidas em resíduo lácteo reportado em literatura, com as estimativas laboratoriais do
Labiomar/UFBA, e assim prever o rendimento potencial deste efluente como suplemento no cultivo
de algas.
Material e Métodos
Dados do crescimento algal em efluente lácteo foram obtidos a partir do estudo de Khotari, 2012 e
2013. A variação da densidade ótica (D.O.) reportada pelo autor foi utilizada para estimar a taxa de
crescimento específico das algas reportadas (baseada na equação (μ), μ=ln(Ny/Nx)/(ty−tx), onde Ny
e Nx são os números de células (N) no início do cultivo (tx) e no fim (ty) da fase exponencial de
crescimento) e comparada com dados experimentais do Labiomar/UFBA. A partir desses resultados
foi estimado o crescimento da cultura na presença do soro e o potencial da formação de biomassa
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por m3 de efluente utilizado. Dados de produção de soro de leite foram obtidos com a Tina Queijo
Frescal, Bahia, Brasil.
Resultados
Os resultados mostram que Khotari (2012 e 2013) obteve uma maior taxa de crescimento
das microalgas em 75% de efluente lácteo do que o que este observou no controle (Tabela 1). No
entanto, Nascimento et al (2013) reporta valores 1.5 vezes maiores do que reportado por Khotari
(2012 e 2013) para Chlamydomonas sp e Chlorella vulgaris, respectivamente (espécies do mesmo
gênero das reportadas). Portanto, essa comparação identifica que existe ainda um significativo
potencial para aumentar a produtividade dessas algas quando crescidas em resíduo lácteo.
Tabela 1. Taxa de crescimento específico das microalgas em resíduo lácteo comparados com
diferentes controles. Espécies Taxa de
crescimento em
75% de efluente
lácteo (day-1
)*
Taxa de
crescimento em
meio controle
(day-1
)*
Taxa de
crescimento em
meio controle
(day-1
)**
Estimativa da
produtividade
por m3 de
efluente***
Chlorellapyrenoidosa 0,27 0,22 0,53 11,4
Chlamydomonaspolypyrenoideum 0,20 0,15 0,30 9,8
*Dados estimados a partir de Khotari, 2012 e 2013.
** Dados estimados no Labiomarpara Chlamydomonas sp. eChlorella vulgaris
*** Estimativa de produção mensal
Discussão
A fábrica Tina Queijo Frescal produz aproximadamente 87.300L de soro por mês, caso todo esse
efluente seja usado no cultivo de microalgas, estima-se uma produção mensal de 995,2Kg de
biomassa para C. polypyrenoideum e 855,54Kg para C. pyrenoidosa. Sendo que esses valores
podem ser superiores para outras espécies, como por exemplo, Botryococcus braunii e Chlorella
vulgaris, que apresentam uma maior taxa de crescimento e produtividade lipídica (Nascimento et al,
2013).Quantidades como essas de biomassa possibilitam a produção mensal de cerca de 438L de
biodiesel. Esse combustível pode ser usado pela própria fábrica em seu ciclo de produção e/ou,
principalmente, no processo de tratamento de efluentes. Dessa forma a fabrica tem significativo
potencial para diminuir impactos ambientais com menor impacto nos custos de produção. Além
disso, as algas conseguem diminuir o impacto ambiental causado por esses efluentes, já que podem
reduzir 30% e 69% os níveis de nitrato (30%) e potássio (69%) (Khotari et al 2012), resíduos com
grandes quantidades dessas substâncias podem gerar danos ambientais, como a eutrofização.
Conclusão
As estimativas de produção mostram que o efluente de derivados do leite pode sustentar uma
significativa produção de biomassa de C. polypyrenoideum e C. pyrenoidosa. A biomassa formada
pode gerar biocombustível suficiente para subsidiar o processo de tratamento do efluente e, dessa
forma, diminuir significativamente o potencial de impacto ambiental de operação da indústria de
laticínios. Esse trabalho ainda identifica que o cultivo de microalgas dos gêneros Chorella sp.e
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Botryococcus sp., mesmo que em efluente diluído, pode gerar1,5 vezes mais biodiesel do que as
algas anteriormente citadas.
Referências Bibliográficas
Cabanelas, I.T.D. et al. Comparing the use of different domestic wastewaters for coupling
microalgal production and nutrient removal. Bioresource Technology 131; 429–436. 2013a.
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12. METABOLISMO MICROBIANO DA GLICERINA E SUAS APLICAÇÕES
BIOTECNOLÓGICAS: UMA REVISÃO
Ricardo de Oliveira Mota
*1, Amaro Emiliano Trindade Silva
1.
*1 Núcleo de Biotecnologia Ambiental, Mestrado Profissional em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e
Ciências, FTC. Avenida Luís Viana Filho, 8812, Módulo IV, Nível I, Paralela. CEP 41.741-590, Salvador (BA).
Email: [email protected]
Introdução
Glicerol (propano-1,2,3-triol) é um composto orgânico, subproduto da transesterificação de
óleos vegetais com metanol/etanol via catálise básica. Para cada 1000 kg de biodiesel produzido,
100 kg de glicerol é gerado. Em 2020 estima-se que 1,4 bilhões de litros de glicerol serão gerados a
partir da produção de biodiesel. O glicerol possui relativo valor agregado, todavia, alguns
microrganismos são capazes de metaboliza-lo em produtos ainda mais rentáveis (MOTA, 2009;
RIVALDI, 2008).
O glicerol é assimilado por bactérias e leveduras sob condições aeróbicas e anaeróbicas para
diferentes fins, inclusive como fonte de carbono. Ao atravessar a membrana plasmática por
transporte ativo ou passivo, o glicerol pode ser catabolizado por várias rotas metabólicas
independentes, gerando produtos de considerável valor agregado, como: ácidos succínico e
propiônico, bioetanol, biohidrogênio, biossurfactantes e commodities como ácido cítrico, lipídeos,
1,3 Propanodiol e 1,2 Propanodiol (RIVALDI, 2008). O glicerol também pode ser utilizado como
bioestimulante na geração de biogás e biorremediação de áreas contaminadas com produtos
orgânicos (SARKAR et al, 2005).
Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento da bibliografia científica e
processos de patente voltados para o metabolismo microbiano da glicerina oriunda da produção de
biodiesel em subprodutos de maior valor agregado, publicados entre 2001 e 2013.
Resultados e Discussão
Efetivou-se um levantamento das publicações de artigos e registros de patentes sobre
metabolismo microbiano do glicerol oriundo da produção de biodiesel. Um total de vinte e três
artigos foram encontrados no banco de dados do “pubmed” utilizando-se o termo “Glycerol”
enquanto apenas quatro artigos foram encontrados no banco de dados do “Scielo” digitando-se
“Glicerol” (Figura 1). Dentre os artigos detectados no “pubmed”, ~35% foram publicados no ano
de 2012. Neste mesmo período, vinte patentes foram registradas no INPI (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial) e trinta e sete no “Espacenet” (Figura 2). Destas patentes, respectivamente
35% e 46% foram depositadas em 2011. Esses levantamentos mostram a relevância e atualidade do
tema, assim com o crescente interesse em melhor destinar o glicerol gerado nas usinas de biodiesel.
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Figura 1: Artigos Publicados na Temática Metabolismo Microbiano do Glcierol de 2001 a 2013
Figura 2: Patentes sobre Metabolismo Microbiano do Glicerol de 2001 a 2013
Dentre as rotas conhecidas para metabolismo microbiano do glicerol, podemos citar dois
exemplos que atraem considerável interesse comercial: a produção de ácido cítrico e lipídeos, em
processos fermentativos utilizando-se microrganismos eucariontes, e a produção de 1,2 e 1,3
propanodiol, em processos fermentativos utilizando-se bactérias sob crescimento anaeróbico.
A produção de ácido cítrico e de lipídeos é endereçada por algumas leveduras e fungos
filamentosos capazes de armazenar grandes quantidades de lipídeos na forma intracelular, sendo
conjuntamente denominados de microrganismos oleaginosos. O acúmulo desses lipídeos é
associado a exaustão de fontes chave de nutrientes, mais particularmente do nitrogênio, no meio de
cultura (RATLEDGE & WYNN, 2002). Neste caso, o carbono continuamente assimilado é
convertido em ácido cítrico, mas este deixa de ser processado pela citrato-desidrogenase, devido a
inativação desta enzima chave. O ácido cítrico acumulado nas mitocôndrias é secretado para o
citoplasma e clivado pela ATP-citrato-liase em acetil-CoA Esta unidade, por sua vez, é condensada
sucessivamente pelos ácidos graxos sintases (do Inglês, Fatty Acid Synthases, FAS) para biossíntese
de gordura (PAPANIKOLAOU & AGGELIS, 2002). Interessantemente, fontes residuais de
glicerol, como o glicerol derivado das plantas de biodiesel, podem ser utilizadas como substrato
para cultivo desses microrganismos oleaginosos e consequente acúmulo de ácido cítrico ou lipídeos,
incluindo-se inclusive triacilgliceróis que podem ser substrato para produção de mais biodiesel.
A produção de 1,2-Propanodiol (1,2-PDO) e 1,3-Propanodiol (1,3-PDO) pode ser obtida a
partir do crescimento de algumas bactérias utilizando-se o glicerol como única fonte de carbono, e
sob anaerobiose. São conhecidos poucos exemplos de microrganismos capazes de fermentar
glicerol em 1,2-PDO. Nestes casos, as vias fermentativas típicas requerem a conversão do glicerol
em dihidroxiacetona (DHA), através de um processo glicolítico e envolvendo a ação da enzima
glicerol desidrogenase (glyDH-II). Sequencialmente, a DHA é convertida em DHA fosfato (DHAP)
por intermédio da enzima dihidroxiacetona cinase utilizando fosfoenol piruvato (PEP) como doador
de fosfato. Por fim, o DHAP é reduzido em 1,2-PDO, pela ação da DHA cinase. No caso de 1,3-
PDO, o glicerol é reduzido pela ação da enzima glicerol desidratase (dhaB) produzindo-se 3-hidroxi
propanaldeído que, por sua vez é convertido a 1,3-PDO pela enzima dehidrogenase (dhaT)
(CLOMBURG, 2013). Apesar de promissora, a produção de propanodiol a partir do metabolismo
bacteriano é embarreirada pelo fato de que as bactérias associadas a esse metabolismo e com maior
taxa de produção são pertencentes a gêneros ou até mesmo espécies patogênicas ao homem, tais
como: Klebsiella pneumoniae e Clostridium butyricum. O 1,2-PDO é utilizado como
anticongelante, em fluidos térmicos, plastificantes, termofixos e cosméticos (CLOMBURG, 2013),
enquanto o 1,3-PDO pode ser precursor de polipropileno tereftalato (PPT) ou polimetileno
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tereftalato (PMT), utilizados para a produção de fibras sintéticas (RAYNAUD et al., 2003;
GONZÁLEZ-PAJUELO et al., 2005, 2006).
Conclusão
Com o desenvolvimento de processos de conversão de glicerol em produtos de maior valor
agregado a produção de biodiesel pode tornar-se mais viável e fomentar o estabelecimento de
biorefinarias.
Referências
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13. Produção de biodiesel a partir de sebo bovino com catalisadores em fase heterogênea.
Roberta Alencar Macedo Costa1*
, Alexandre dos Santos Machado1, Érika Durão Vieira
1, Fabiano
Ferreira de Medeiros1, Otanéa Brito de Oliveira
1
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Diretório Regional da Bahia (SENAI/DR/BA)
Introdução
O aquecimento global tem sido reconhecido como uma ameaça à economia, à vida humana e ao
meio ambiente, o que provoca reações dos governos na busca de soluções alternativas ao
combustível de origem fóssil, o petróleo. O acréscimo da influência do efeito estufa no aquecimento
ocorre em função do aumento de emissões de gases poluentes principalmente derivados da queima
de combustíveis fósseis na atmosfera. Esses gases formam uma camada de poluentes de difícil
dispersão, potencializando o efeito estufa. Diante deste cenário, o Biodiesel, que é produzido
através do processo de transesterificação, é derivado de fontes renováveis e representa uma
alternativa promissora aos combustíveis oriundos do petróleo.
Atualmente a produção de biodiesel no Brasil se dá principalmente a partir do óleo de soja. De
acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP, 2013), o óleo
de soja é responsável por cerca de 70% a 80% da produção do biocombustível, seguido do sebo
bovino entre 15% a 20% e do óleo de algodão entre 3% e 5% (BIODIESELBR, 2012). Apesar da
produção brasileira de sebo crescer lentamente, pois depende diretamente do número de abates no
país e este do aumento do consumo interno e/ou externo das exportações, o Brasil tem um grande
potencial de desenvolvimento, pois abriga grandes produtoras de proteína animal. Para efeito
comparativo, estima-se que a produção brasileira é igual à soma das produções da Argentina, do
Uruguai e do Paraguai.
O biodiesel produzido com o sebo bovino apresenta inúmeras vantagens técnicas se comparado com
o produzido a partir do óleo de soja, como o número de cetano, a estabilidade e o ponto de fulgor
(ABREU, 2008). Além disso, a crescente demanda de utilização do óleo de soja na produção de
biodiesel também pode desencadear problemas como instabilidade comercial já que este concorre
diretamente no mercado alimentício e aumento da necessidade de desmatamento de grandes áreas
para plantio e cultivo da monocultura.
No processo industrial de produção do biodiesel, são utilizados catalisadores em fase homogênea,
sendo os mais usuais os hidróxidos de sódio e potássio, por exigirem condições reacionais amenas e
um curto tempo de reação. Entretanto esses catalisadores são solúveis no meio reacional
impossibilitando sua recuperação para posterior reutilização, além de provocarem problemas de
corrosão. Neste contexto, estudos sobre a produção de biodiesel a partir de sebo bovino utilizando
catalisadores heterogêneos podem contribuir para que esta matéria-prima seja mais bem aproveitada
pela indústria.
Objetivos
Avaliar a produção de biodiesel a partir de sebo bovino, utilizando catalisadores em fase
heterogênea, contemplando estudos em escala de laboratório.
Material e Métodos
- Preparação de catalisadores
Foram preparados, diversos catalisadores a partir de precursores nitratos metálicos suportados em
alfa alumina pelo método de impregnação via úmida. Foram avaliados metais do grupo dos
alcalinos terrosos como Cálcio (Ca) na forma óxido e terras raras como o cério (Ce) na forma óxido
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suportado em alumina. Para a preparação do catalisador mássico de óxido de cálcio (CaO) foi
calcinado 10g de CaCO3 em mufla à 600°C por 4h.
- Produção de ésteres de ácidos graxos na transesterificação de gordura animal
As reações de transesterificação para produção de ésteres de ácidos graxos foram realizadas com
gorduras provenientes de fontes animais como o sebo bovino, utilizando rota metílica. As reações
ocorreram em escala de bancada em sistema aberto sob refluxo, e testados com os catalisadores
previamente preparados em fase heterogênea, com base nos procedimentos referenciados na
literatura (SANTOS, 2007). A fim de controlar a reversibilidade da reação foi utilizado um excesso
de álcool para deslocar o equilíbrio da reação para formação dos produtos. A estequiometria
utilizada para os testes foi de 12:1 álcool: gordura. Os rendimentos foram calculados com base na
massa dos ésteres formados ao final da reação após lavagem e tratamento térmico em relação à
massa de sebo.
- Métodos de caracterização
Os ésteres metílicos foram caracterizados por Cromatografia de camada delgada (CCD). Para
tantos, as amostras foram depositadas em placa de vidro recoberta por sílica e colocada em um
recipiente fechado, contendo 15 mL de solução hexano/acetato de etila 70%/30%. Ao final a
revelação da amostra foi feita através de vapores de iodo. Além disto, os produtos resultantes das
reações de transesterificação foram caracterizados por teste de queima, os quais foram incinerados
em porcelana 5 mL dos óleos transesterificados. Os resíduos formados ao final da queima são
analisados através dos teores de fuligem formados. Finalmente, a identificação dos produtos foi
realizada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) marca VARIAN, modelo 356-LC.
Para estas análises o equipamento operou a uma vazão de 0,4 mL/min, sob pressão de 2000 a 3500
psi com fase móvel a 100% de acetonitrila.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 apresenta as condições experimentais dos ensaios que obtiveram melhores rendimentos
na produção de biodiesel utilizando sebo bovino. O ensaio 1 foi realizado em condições típicas da
indústria com catalisador homogêneo para efeito de comparação.
Tabela 1 – Condições experimentais e rendimento de biodiesel a partir do sebo bovino
Ensaio Razão
Sebo/Metanol Catalisador
Temperatura (°C)
Tempo (h)
Rendimento (%)
1 1:6 KOH 60 0,5 65,0
2 1:12 CaO 65 5 58,0
3 1:12 Ce-Al2O3 110 5 30,4
4 1:12 Alumina 65 5 21,1
O rendimento da reação do sebo com catalisador em fase homogênea (KOH) mostrou-se inferior
àqueles com óleo de soja cujos valores usuais são maiores que 95%. Utilizando-se CaO como
catalisador em fase heterogênea, nota-se que, para se obter rendimentos comparáveis àqueles com
KOH, o tempo necessário foi 10 (dez) vezes maior. Este resultado foi, provavelmente, decorrente de
dificuldades na transferência de massa envolvida entre reagentes e catalisador. Resultados
semelhantes foram observados por Waghoo et al (1999) e Vicente et al (1998). A partir das
condições de testes com o catalisador CaO, foram realizadas bateladas com sólidos que
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apresentassem basicidade de Lewis, como CeO2/Al2O3. No entanto, o processo reacional com este
sólido exigiu temperatura mais elevadas, em concordância com o descrito por Santos (2007).
O biodiesel produzido a partir de sebo bovino foi caracterizado por teste de queima de forma a
verificar alterações nas característivas de inflamabilidade do produto em relação do reagente
metanol. O metanol inflama a temperatura e pressão ambiente, sem pré-tratamento, apresentando
chama transparente e sem formação de cinzas. Comparando-se a queima do biodiesel comercial
com o produto obtido da reação de transesterificação do sebo bovino podemos verificar que ambas
as amostras apresentaram chama característica amarela com presença de uma fina camada de cinzas
no fundo do recipiente, se tratando assim de um mesmo produto.
A formação de biodiesel foi também comprovada por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Nas análises de CCD, as placas cromatográficas
das amostras de biodiesel obtidas nos ensaios apresentaram bandas características de biodiesel
comercial utilizado como padrão. Nas análises de CLAE, foram identificados picos característicos
de ésteres metílicos nos cromatogramas das amostras quando comparados ao cromatograma do
biodiesel comercial.
Conclusão
O tempo de reação de 5 horas aplicado nas reações com catalisadores heterogêneos revelam que seu
uso para conversão de sebo bovino em biodiesel apresenta desafios de ordem cinética que precisam
ser solucionados. A catálise heterogênea, por definição, traz à tona a questão de melhoria dos
fenômenos de transferência quando comparada à catálise homogênea. Somado a este aspecto, o uso
do sebo bovino, contendo ácidos graxos de maior peso molecular que os de origem vegetal,
representa outro fator que dificulta os fenômenos de transferência. Dos catalisadores heterogêneos
testados, o CaO foi o que apresentou melhor desempenho e, por isso, será alvo maiores estudos pelo
grupo envolvendo melhorias no preparo do catalisador e na configuração do reator.
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14. MÉTODO RÁPIDO PARA EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS DE
MICROALGAS, VISANDO À PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS.
S.A. Pereira ¹, & T.O. Vale1, ([email protected])
1 - Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40170-290, Brasil.
2 - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 40110-902, Brasil.
Palavras-chave: microalgas, lipídios, biocombustíveis.
Introdução
Atualmente grandes quantidades de combustíveis são necessárias, principalmente no setor de
transportes (Nascimento et al, 2013). No entanto, além de altamente poluentes, os derivados do
petróleo não são fontes renováveis, o que gera uma crescente preocupação que leva a procura de
fontes alternativas de energia. Diante disso, é necessário descobrir fontes de energia sustentáveis,
viáveis e alternativas para manutenção da economia mundial (Chisti, 2007; 2010). Uma alternativa
para esse problema é uso dos biocombustíveis que apresentam resultados positivos para a questão
ambiental como, por exemplo, algumas espécies de microalgas conseguem produzir mais óleo do
que a soja, uma oleaginosa bem conhecida (Chisti, 2010; Gomes da Costa et al. 2005). De modo
geral, apesar do grande potencial das microalgas para produção de lipídios, é preciso identificar
quais espécies apresentam o maior teor dessa substância, visando a produção de biocombustíveis,
como o biodiesel. O método utilizado para quantificar o teor lipídico das espécies é crucial na
escala produtiva dos combustíveis, já que esse método não pode ser dispendioso economicamente e
temporalmente.
Objetivo
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de uma nova metodologia de quantificação
de lipídios totais em microalgas, indicando quais espécies apresentam maior concentração de
lipídios.
Material e Métodos
As microalgas foram cultivadas sob condições controladas de laboratório onde foram
utilizadas faixas: S=28psu, para algas marinhas e 0psu para a de água doce; pH=7.5 a 8.5; Temp.
23-25º C. A iluminação (±4000 lux) e o arejamento constantes. Os meios de cultivo utilizados
foram: meio Conway (Walne, 1966) para algas marinhas; meio LC Oligo para algas de água doce.
Nestas condições, a fase exponencial de crescimento ocorreu entre 3 a 8 dias, a depender da espécie
algal (Pereira, 1988, Leite, 1988). A biomassa produzida foi colhida por centrifugação a 4000 rpm,
usando um separador e liofilizada para obtenção da massa seca, visando a análise bioquímica
(Zittelli, G.C. et al., 1999).
Para extração dos lipídios foi usada a técnica de Freeman, N.; Fitolingren, Y.C.Ng.; Nichols,
A.V., 1957, adaptada por P_ereira et al., 2010. Pesou-se 2 amostras de 50mg do material seco
transferindo-se este material para frascos de vidro, cap. 50ml. Acrescentou-se 25ml da solução
clorofórmio/metanol, na proporção 2:1, marcando-se o nível no frasco; Os recipientes foram
colocados em placa quente (60º C) por 15min, deixando-se esfriar e nivelando-se até a marca feita,
com a solução de clorofórmio/metanol, agitando-se os frascos. O material foi filtrado em filtro
Whatman 541 e coletadas 2 amostras de 10 ml, transferindo-se para frasco de cap. 30ml, onde
foram adicionados, em cada amostra, 2ml de água destilada, para retirada do metanol. Os
recipientes contendo as amostras foram colocados no agitador por 5min. e centrifugados por 10
min. Após isso, foi removida a parte sobrenadante (fase água-metanol) com pipeta e a fase inferior
(clorofórmio/lipídios) foi evaporada, colocando-a em forminhas de alumínio pré-pesadas, na placa
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aquecedora (60º C). Após esfriamento, as forminhas contendo os lipídios foram pesadas. O teor de
lipídios foi calculado em mg/g peso seco e a % de lipídios/peso seco usando regra de três.
A análise estatística foi feita através de uma análise de variância ANOVA e uma comparação de
médias múltiplas pelo teste de Tukey-Kramer, pelo programa estatístico GraphPadInstat.
Resultados
Gráfico 1. Valores médios (%) das concentrações de lipídios totais encontrados nas espécies de microalgas.
Discussão
Considerando o teor lipídico das nove espécies analisadas, os maiores valores obtidos foram os das
espécies B. braunii (44,97%), C. indicum (22,2%), S. oblíquus (18,9%) e P. subcaptata (15,88%),
seguidas por I. galbana (10,12%), D. salina (7,31%), C. gracilis (6,5%) e por último D. tertiolecta
(5,77%) e C. calcitrans (5,95%). Estudos realizados por Nascimento et al., (2012), mostraram
resultados muito semelhantes em relação às microalgas B.braunii (44.97%) e S.obliquus(16.73%)..
De acordo com os resultados obtidos, as algas mais viáveis para a produção de biocombustíveis são
a B.braunii, seguida de C. indicum e S.obliquus. Das microalgas avaliadas, B. braunii é uma das
espécies que melhor se apresenta para à produção de biocombustíveis, isso baseado no seu perfil de
ácido graxos (Nascimento et al, 2013). No entanto, estudos ainda são necessários quanto à
composição de ácidos graxos desses lipídios.
Conclusões
Os resultados mostram que as microalgas clorófitas como a B.braunii, são as mais indicadas para
cultivo visando à produção de biocombustíveis, uma vez que as espécies com as maiores
quantidades de lipídios pertencem a esse phylum, fato esse corroborado pela literatura (Cheng et al.,
2011). A partir desta técnica, que é simples e pouco dispendiosa a prospecção de outras espécies
com potencial podem ser descobertas.
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15. MONOCULTIVO DE DENDÊ: RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DE ABELHAS
POLINIZADORAS
Tania Planzo¹, Hermes Cerqueira1 & Maise Silva
2
1 Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Bioenergia (FTC) ([email protected]);
2Docente titular
do Mestrado Profissional em Bioenergia (FTC)
INTRODUÇÃO
Plantação de espécies vegetais com potencial para a produção de biocombustíveis é importante para
investimento em energia renovável limpa. Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
(PNPB) foi lançado em 2004 teve como objetivo implementar uma política sustentável do ponto de
vista técnico, econômico e social, promovendo o desenvolvimento regional, para geração de
energia limpa a partir de fontes renováveis (Vian & Ribeiro 2008, p. ex). Sua implantação
impulsionou o desenvolvimento de estudos voltados para a cadeia produtiva da Bioenergia,
incluindo aspectos relacionados ao meio ambiente (Kato et al 2011, p. ex) e atendeu acordo
internacional que visava garantir a preservação ambiental, fortalecendo a agricultura familiar. Essa,
em geral, utiliza metodologia compatível com a manutenção dos processos e interações ecológicas
locais possibilitando a garantia de maior e melhor produção de alimento e assegurando a
manutenção das gerações atuais e futuras (Carrer et al 2010, Correa et al 2010). O óleo vegetal
extraído do dendê (Elaeis guianensis – Arecaceae) tem amplo uso na indústria de alimentos,
farmacêutica e química e representa grande oportunidade à produção de biocombustível. No
entanto, sua exploração está abaixo da capacidade produtiva, particularmente na Bahia (EMBRAPA
2011). A produção agrícola baseada no monocultivo implica em alteração ecológica na estrutura da
flora e fauna local podendo ocasionar diminuição da riqueza e abundância de algumas espécies de
animais, como abelhas. Os Apiformes são polinizadores importantes de diversas culturas vegetais e
sua visita às flores favorece o aumento da produtividade agrária (Oliveira et al 2013, Imperatriz-
Fonseca & Nunes-Silva 2010). Esse representa um grupo bastante diversificado de insetos (Silveira
et al 1995) e seus serviços de polinização aumenta a qualidade dos frutos produzidos e assegura
melhor qualidade de vida aos trabalhadores rurais (Figueredo et al 2011, p. ex). O sul da Bahia
apresenta grandes áreas com monocultura de dendê, e uma parcela da produção é utilizada na
produção energética (biocombustível) sendo, portanto, um modelo adequado para verificar se o
modelo de cultivo é ecologicamente sustentável. O trabalho teve como objetivo analisar a riqueza e
abundância de abelhas em cultivo de dendê numa porção de habitat no sul da Bahia visando obter
dados sobre a preservação dos polinizadores locais em sistemas de monocultivo voltado para a
produção de biocombustíveis. Aqui são apresentados resultados preliminares. Em publicação
posterior será realizada discussão detalhada sobre a sustentabilidade desse sistema de produção de
biomassa vegetal usado na produção de biocombustível com destaque à preservação dos
polinizadores locais e suas interações ecológicas.
MATERIAL E MÉTODOS
As coletas foram realizadas em área de cultivo de dendê da Fazenda Opalma (S13°32”03.0”; W
39º06’001”), localizada na cidade de Taperoá-Bahia. Segundo a classificação de Köppen, o clima
da região é do tipo AF, com temperatura variando de 22ºC a 31ºC. Nesse estudo foram escolhidos
dois grupos focais de abelhas coletoras de essências: Euglossini e Megalopta (Carvalho et al 2012).
O primeiro tem sido bastante utilizado como modelo em estudos sobre fragmentação e preservação
local de polinizadores devido: alta diversidade regional, a maioria das espécies está associada a
habitats florestados (Nemésio & Morato 2006), apresentam alta mobilidade (Williams & Dodson
1972), são os principais polinizadores das orquidáceas e de dezenas de espécies vegetais arbóreas
(Roubik 1989). Também são polinizadores que facilita a coleta de dados com técnicas amostrais
padronizadas, como armadilhas odoríferas ou iscas de odor (Ramalho et al 2013). Estudos indicam
que essas abelhas apresentam baixa tolerância (elevado limiar de resposta) à fragmentação (p.ex
Tonhasca et al. 2003, Brosi 2009). As coletas foram realizadas nos meses de agosto a outubro de
2013, em dois fragmentos de mata (borda e interior) e dendê (100m, 250m e 500m distantes da
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85
mata). Os fragmentos marcados estavam distantes cerca de 3km quilômetros um do outro. Em cada
ponto amostral foi instalado conjunto de duas armadilhas odoríferas contendo salicilato de metila e
eucaliptol. No total foram disponibilizadas 20 armadilhas, quatro na mata e 16 no dendê, a diferente
distâncias da mata. As armadilhas-odoríferas foram abastecidas com essência entre 06h e 07h e
deixadas abertas à visitação até as 15h. Após esse período, todas as abelhas capturadas foram
retiradas, transferidas e etiquetadas. Em laboratório, as abelhas foram montadas, secas em estufa a
60ºC por 48h e identificadas com material de referência do Laboratório de Ecologia da Polinização
do IB/UFBA e bibliografia especializada. Ao final do estudo os espécimes serão incorporadas ao
acervo do Laboratório da Coleção Entomológica da FTC-SSA e do Laboratório de Ecologia da
Polinização da UFBA (ECOPOL/UFBA). Também foi coletado dados sobre a disponibilidade de
recurso vegetal (essência floral) para as abelhas focais nos locais onde foram instaladas as
armadilhas, através da contagem dos indivíduos de Orquidaceae no dendê (100m, 250m e 500m),
utilizando parcelas medindo 10mX10m (n=5 por ponto).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Até o momento foram coletados 150 indivíduos de Apoidea, distribuídos em quatro gêneros
(Euglossa, Eulaema, Exaerete e Megalopta) e oito espécies (Euglossa cordata, E. ignita, E.
imperialis, Eulaema nigrita, E. atleticana, E. bombiformis, Exaerete frontalis e Megalopta
amoena). O gênero mais abundante foi Euglossa, representando 50% do total de indivíduos
amostrados. Quanto à distribuição de abundância de abelhas considerando a distância do fragmento,
foi observado que áreas florestadas apresentaram valor percentual mais elevado (27%) do que a
“borda” (17%) e dendê a 100m (17%). A abundância de abelhas no dendê a 250m e 500m distantes
da mata apresentaram valores percentuais próximos (20% e 21%, respectivamente). As espécies de
abelhas mais abundantes foram E.ignita (31,3%) e Eu. atleticana (26,7%) enquanto Exaerete
frontalis foi a mais rara (0,7%). Quanto à distribuição de abundância de Orquidaceae no dendê foi
observado um total de 237 indivíduos, sendo que a maior abundância dessa planta ocorreu a 500m
da floresta (48,5%) enquanto que a 100m e a 250m a abundância percentual foi muito próxima
(26,2% e 25,3%, respectivamente). Estudo da riqueza e abundância de Euglossini com o uso de
armadilhas odoríferas tem sido bastante utilizada em pesquisa sobre mobilidade de polinizadores
(conectividade) na Mata Atlântica (Ramalho et al 2009) e tem sido eficiente na coleta de dados
comparativos sobre qualidade ambiental e preservação de processos ecológicos em diferentes
ecossistemas brasileiros (Milet-Pinheiro & Schlindwein 2005, Peruquetti et al. 1999). Os resultados
deste estudo indicam forte associação dos indivíduos de Euglossini com a mata, sete das oito
espécies identificadas foram amostradas na mata e todas foram observadas no dendê. Trabalho
realizado por Milet-Pinheiro & Schlindwein (2005) em área fragmentada de monocultivo de cana-
de-açúcar, Pernambuco, mostrou que a maioria das abelhas Euglossini estava restrita a área de mata
e que o ponto mais próximo da floresta (10m) apresentou redução considerável do número de
espécie e indivíduos. Nos pontos amostrados na cana-de-açúcar a riqueza e abundância de
Euglossini foram extremamente baixas. Nesse trabalho o ponto mais próximo da mata (100m)
apresentou valor percentual igual ao observado a área da “borda” da mata indicando que o
monocultivo de dendê não é uma barreira ecológica para os polinizadores analisados e a
distribuição de abundância e riqueza de abelhas Euglossini e Megalopta deve estar associada ao tipo
de manejo. Naquela área o sistema de manejo possibilita a colonização dos troncos de dendê por
espécies de Orquidaceae. Essa particularidade do monocultivo de dendê do sul da Bahia pode
favorecer a preservação dos polinizadores locais e sustentabilidade ecológica do processo de
produção e utilização dessa biomassa vegetal para a produção de biocombustível.
CONSIDERAÇÕES
O resultado sugere que o sistema de dendeicultura analisado apresenta certo nível de
sustentabilidade ecológica quanto à conservação dos grupos de polinizadores em estudo (abelhas
Euglossini e Megalopta). A preservação das interações pode ser mantida desde que o manejo do
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cultivo possibilite a ocorrência de espécies vegetais da família Orquidaceae que crescem nos
troncos e partes aéreas do dendê. Além desse recurso é importante garantir a manutenção de outras
espécies vegetais, associadas a borda da mata, porque são fontes importantes de recursos florais
(néctar, pólen e essência) para esses e outros grupos de abelhas. A preservação das áreas florestadas
próximas a cultivos de dendê é imprescindível para manutenção desses polinizadores e facilita seu
deslocamento (dispersão) entre as áreas florestadas, onde nidificam, e as áreas de dendê, onde
também devem buscar alimento e recurso atrativo para acasalar (essências florais). Logo, é possível
considerar que a produção de bioenergia baseada na exploração de culturas de dendê, no sul da
Bahia, pode ser incentivada desde que ocorram melhorias no manejo visando a preservação das
interações ecológicas e polinizadores locais.
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16. REDE BIPARTIDA DAS USINAS PRODUTORAS DE BIODIESEL NO BRASIL E
SUAS RESPECTIVAS MATÉRIAS-PRIMAS NOS ANOS DE 2008, 2010 E 2012
Zenaide Silva ([email protected])1,2
, Viviane Galvão2 ([email protected])
1 Pós- Graduação, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Vitória da Conquista, BA, CEP:
45.000.000, Brasil
2 Mestrado Profissional em Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Salvador, BA,
CEP: 41.741-590, Brasil
INTRODUÇÃO
Atualmente, é possível observar o grave problema de escassez energética com a qual o
mundo se depara. Este fato é fruto do esgotamento dos derivados de petróleo que estarão se
exaurindo em breve. Adicionalmente, o tempo geológico necessário para a renovação do estoque
desta energia fóssil inviabiliza o seu uso em longo prazo. Portanto, a busca por fontes renováveis de
energia, como, por exemplo, o biodiesel, torna-se de suma importância, já que diversos tipos de
matérias-primas fazem parte do cadeia de produção deste biocombustível.
O biodiesel não é tóxico nem corrosivo. Ele pode ser obtido através do processos de
transesterificação. Este processo produz, além do biodiesel, um subproduto, a glicerina. Este
subproduto pode ser utilizado na indústria farmacêutica ou cosmética. (SILVA E FREITAS, 2008).
O biodiesel apresenta algumas desvantagens, como a dificuldade em sua obtenção e produção, pois
necessita de profissionais e equipamentos especializados. Outra questão relevante é que dependendo
da área e da matéria-prima utilizada na produção deste biocombustível, o custo de produção do
mesmo pode ficar mais alto do que o diesel (MOTHÉ et al., 2005).
No Brasil, as usinas tem a sua disposição uma grande diversidade de matérias-primas para a
produção de biodiesel. Assim, uma mesma usina pode utilizar mais de um tipo de matéria-prima
produção deste biocombustível. Contudo, neste país, a soja ainda é a oleaginosa mais usada
(CARDOSO et al., 2012). Desta forma, este trabalho teve como objetivo construir e caracterizar a
rede bipartida entre usinas produtoras de biodiesel e suas respectivas matérias-primas. Três redes
foram geradas, uma para cada ano selecionado no estudo: 2008, 2010 e 2012.
METODOLOGIA
A rede construída é bipartida, pois possui dois tipos de vértices: usina e matéria-prima. Os
vértices podem ser conectados por duas formas distintas: há ligações entre as usinas que pertencem
ao mesmo grupo e há ligações entre as plantas e as matérias-primas que são utilizados na produção
de biodiesel. Adicionalmente, não existem ligações entre as matérias-primas. O nome das usinas de
biodiesel foram obtidos da Agência Nacional do Petróleo (ANP, 2013). A listagem com as
matérias-primas utilizadas pelas usinas foram obtidas na ANP, BIODIESELBR e no endereço
eletrônico da empresa. A partir destes dados levantados três redes foram geradas, uma para cada
ano selecionado: 2008, 2010 e 2012. A capacidade nominal e a produção de biodiesel de cada usina
e do Brasil também foram analisadas. Para a visualização, cálculo dos índices e identificação das
comunidades da rede, foi usado o programa Pajek (de NOOY et al., 2005).
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88
RESULTADOS
As matérias-primas empregadas nas usinas brasileiras são soja, algodão, girassol, canola,
pinhão-manso, mamona, nabo forrageiro, amendoim, óleo reciclado, crambe, gordura animal e
dendê. A evolução temporal desta rede é relevante, pois mostrou que somente 35 usinas que
estavam produzindo em 2008 continuaram funcionando em 2010 e 2012. A figura 1 apresenta a
capacidade nominal e a produção das usinas brasileiras. A produção da maioria destas indústrias,
neste período, foi abaixo da sua capacidade nominal.
Figura 1. a) Capacidade nominal das usinas brasileiras para a produção de biodiesel em 2008, 2010 e 2012.
b) Produção das usinas brasileiras de biodiesel em 2008, 2010 e 2012.
A figura 2 apresenta a rede bipartida das usinas produtoras de biodiesel no Brasil e suas
respectivas matérias-primas no ano de 2010. Esta rede é formada apenas por uma comunidade
apenas. As matérias-primas mais utilizadas na produção de biodiesel são soja e gordura animal (na
quase totalidade sebo bovino), respectivamente. Elas aparecem mais conectadas na rede. A maioria
das usinas não se conectam entre si, ou seja, não pertencem a nenhum grupo.
Figura 2. Rede das usinas produtoras de biodiesel no Brasil e suas matérias-primas construída a partir dos dados
obtidos no ano de 2010.
2008 2010 20120
2000
4000
6000
8000(b)
Ano
Pro
du
ção
m3/d
ia
2008 2010 20120
5000
10000
15000
20000
Ano
(a)
Cap
acid
ade
m3/d
ia
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CONCLUSÕES
A análise das usinas produtoras de biodiesel no Brasil demonstrou que a maioria delas usam
a soja como matéria-prima. Também ficou evidente que existem conexões de usinas que pertencem
ao mesmo grupo e entre usinas e matérias-primas usadas na produção de biodiesel. Pôde-se
observar que as industrias brasileiras ainda não utilizam toda a sua capacidade de produção, ficando
abaixo da taxa estipulada pela ANP. Portanto, o governo brasileiro precisa adotar medidas que visa
aumentar e aperfeiçoar os programas de incentivo a produção e o consumo de biodiesel. Estes
programas poderão mobilizar os consumidores a uma conscientização ambiental, investindo na
redução tributária e no financiamento para as usinas produtoras. Este fato é relevante, pois
atualmente, os custos de produção dos biocombustíveis, na maioria das vezes, são superiores aos
combustíveis fósseis.
REFERÊNCIAS
ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, 2013.
CARDOSO, B.F., NASCIMENTO, J.S., de ARAÚJO, A.F.V., RODRIGUES, W., de OLIVEIRA,
T. J.A. (2012) Análise multicritério na seleção de oleaginosas na cadeia de produção de
biodiesel Rev. de Economia Agrícola, São Paulo,v. 59, n. 1, p. 97-107.
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MOTHÉ, C.G., CORREIA, D.Z., de CASTRO, B. C. S., CAITANO, M. (2005) Otimização da
produção de biodiesel a partir de óleo de mamona. Revista Analytica. v.19, 40-44.
SILVA, P. R.F., FREITAS, T.F.S. (2008) Biodiesel:O ônus e o bônus de produzir combustível.
Ciência Rural, v.38, n.3, 843-851.
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Resumos
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Resumo Autor Trabalho
1
Adriano Celso Rodrigues da
Conceição, Andréa Monteiro de
Amorim e Alane Mendara da
Silva Costa
TRABALHADORES DO CORTE DA CANA DE
AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA
RODRIGUES – BA.
2
Aline de Jesus Dantas UMA REDE DE ASSITÊNCIA A
TRABALHADORES DA PRODUÇÃO DO
ETANOL
3
Ana Catharine Silva Lima,
Januário G. Mourão e Lima
INCIDÊNCIA DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E
ÁREAS PRÓXIMAS À QUEIMA DA CANA DE
AÇÚCAR NA REGIÃO DE AMÉLIA
RODRIGUES-BA
4
Arabella Varjão Damaceno Vital e
Astria Dias Ferrão Gonzáles
ACIDEZ DO OLÉO DE GORDURA RESIDUAL
PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL:UMA
REVISÃO
5
Camila Neves, Ana Camila
Andrade, Amaro Trindade-Silva,
César Rodrigo Santos Dourado,
Luana Natividade Ferreira,
Fabiane dos Santos Pinto, Claudia
Treumman, Vitor Hugo Moreau e
Thiago Bruce
ESTABELECIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE
BACTÉRIAS COM POTENCIAL
BIOTECNOLÓGICO DO SOLO DA CHAPADA
DIAMANTINA
6
Camilla Santos Portugal Britto e
Januário Gomes Mourão e Lima
EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES DA
INALAÇÃO DA FUMAÇA DA QUEIMA DE
CANA DE AÇÚCAR EM RATOS WISTAR
7
César Rodrigo Santos Dourado,
Fabiane dos Santos Pinto, Luana
Natividade Ferreira, Ricardo de
Oliveira Mota, Thiago Bruce,
Vitor Hugo Moreau e Amaro
Emiliano Trindade Silva
ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE
MICRORGANISMOS FERMENTADORES DE
GLICEROL EM ANAEROBIOSE, E
CARACTERIZAÇÃO DOS SUBPRODUTOS
GERADOS
8
Cleanto Rodrigo da Silva Lopes e
Thiago Bruce
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE CAZYMES
(ENZIMAS ATIVAS PARA CARBOIDRATOS)
MARINHAS POR ABORDAGEM
METAGENÔMICA
9
Cristiano Souza, Andréa Amorim A PRODUÇÃO DE ETANOL E SUA
INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS
CORTADORES DE CANA DE AÇÚCAR NO
MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES – BA.
10
Daniela Raic, Luis Cesar M. S.
Paulillo, Januário Gomes Mourão
e Lima
ESTUDO DA VIABILIDADE DA PRODUÇÃO
DE BRIQUETES A PARTIR DE CAPIM
ELEFANTE E A UTILIZAÇÃO DE SEUS CO-
PRODUTOS
11
Dijalma Cerqueira Campos Junior
e Januário Mourão Filho
OCORRÊNCIA DE LESÃO DO MÚSCULO
SUPRA ESPINHAL EM CORTADORES DE
CANA DE AÇÚCAR NO RECÔNCAVO
12 Edjacy Lopes , Marco Brotto e
Luis Cesar M. S. Paulillo
JATROPHA CURCAS: DESDE A PRODUÇÃO
DE BIODIESEL ÀS APLICAÇÕES MEDICINAIS.
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13
Eliane Teixeira de Assunção Vitor
Hugo Moreau, Eduardo Augusto
Brito Arêas e Nazaré Franco
Santana
ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA
ADAPTAÇÃO DE UMA MICRO DESTILARIA
DE ETANOL COMBUSTÍVEL PARA
PROCESSOS DE PRODUÇÃO A PARTIR DA
MANIPUEIRA
14
Evangileno Nunes Leal, Januário
Gomes Mourão e Lima
ANÁLISE DO MAPA DE RISCO E
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS ERGONÔMICOS
EM UMA EMPRESA DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS
VEGETAIS EM BRUTO E REFINADO.
15
Erika Samile de Carvalho Costa,
Januário Gomes Mourão e Lima
TRABALHADOR BRAÇAL: A PREVALÊNCIA
DA DOR MUSCULAR E SUA RELAÇÃO COM O
AUMENTO DOS NÍVEIS DE LACTATO EM
CORTADORES DE CANA-DE-AÇÚCAR DO
MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES.
16
Fernanda Gomes, Mariana Faber,
Nei Pereira Jr, Fabiano Thompson
e Thiago Bruce
ANÁLISE GENÔMICA PARA IDENTIFICAÇÃO
DE VIAS METABÓLICAS ENVOLVIDAS NA
PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS EM UMA
LINHAGEM DE CLOSTRIDIUM BUTYRICUM
17
Gladssinay de Sousa Lessa e
Januário Gomes Mourão e Lima
IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS EXISTENTES
NO MODELO DE QUEIMADURA DE 3° GRAU
EM RATOS WISTAR A PARTIR DO
TRATAMENTO COM EXTRATO DE JATROPHA
CURCAS LIN
18
Idney Cavalcante da Silva,
Anderson José S. Costa², Débora
Marla Fonseca Macedo e Marcos
Augusto.
PERMEABILIDADE COMBINADA EM
DEPÓSITOS FORMADOS POR RITMITOS
19
Ivete Capinan da Silva e Astria
Dias Ferrão Gonzáles
ESTIMAÇÃO (SUGESTÃO ESTIMATIVA) DA
PRODUÇÃO DE BIOMASSA RESIDUAL
LIGNOCELULÓSICA NO ESTADO DA BAHIA
ENTRE 2000 E 2010 PARA POSSÍVEL
APLICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE
2ª. GERAÇÃO
20
Jamille Macedo Lima e Astria
Dias Ferrão Gonzáles
AGRICULTORES FAMILIARES QUE
PARTICIPAM DO PNPB: DIAGNÓSTICO
NUTRICIONAL PELO PERCENTUAL DE
GORDURA CORPORAL
21
Jader da Silva Cedraz e Andréa
Monteiro de Amorim
PANORAMA HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE
CANA DE AÇÚCAR NO MUNICÍPIO DE
AMÉLIA RODRIGUES E A SITUAÇÃO DOS
CORTADORES NO PERÍODO DA SAFRA E
ENTRESSAFRA
21
Jorge Augusto Beck Filho,
Andréia Monteiro de Amorim e
Helena Maria Silveira Fraga Maia
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO
CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE OS
TRABALHADORES DO CORTE DA CANA-DE-
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94
AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA
RODRIGUES, BAHIA.
23
Lorene Paixão Sampaio, Rodolfo
Bello Exler e Fábio Macêdo
Nunes.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA BAIANA: UM FOCO
NOS MODELOS DE BIODIGESTORES
24
Marcondes Porto Santos, Fabiano
Thompson e Thiago Bruce
DIVERSIDADE DE ENZIMAS ATIVAS PARA
CARBOIDRATOS (CAZYMES) MICROBIANAS
ASSOCIADAS ÀS ESTRUTURAS RECIFAIS DO
BANCO DE ABROLHOS PARA APLICAÇÃO
BIOTECNOLÓGICA
25
Menilde Araújo Silva Bião, Luis
Cesar M.S. Paulillo e Januário
Gomes Mourão e Lima ,
AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO
EXPIRATÓRIO EM TRABALHADORES
CORTADORES DE CANA-DE-AÇÚCAR DO
RECONCAVO BAHIANO
26
Nirlânia Brito Amorim e Fábio
Macedo Nunes
CONSTRUÇÃO DE BIODIGESTOR PARA
PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DA
FERMENTAÇÃO DA MANIPUEIRA: ESTUDO
DE CASO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE
VITÓRIA DA CONQUISTA
27
Patrícia Campos, Januário Gomes
Mourão e Lima
ANÁLISE TEMPORAL DO EFEITO ANTI-
INFLAMATÓRIO DO EXTRATO BRUTO DE
JATROPHA CURCAS LIN EM UM MODELO DE
QUEIMADURA DE 3º GRAU EM RATOS
WISTAR
28
Rosita Brasil Mayan Neta,
Fernanda Miranda Torres, Otanéa
Brito de Oliveira, Érika Durão
Vieira e Alexandre dos Santos
Machado
PROCESSO DE ETERIFICAÇÃO DA
GLICERINA BRUTA
29
Sarah Carvalho de Oliveira
Nogueira e Januário Gomes
Mourão e Lima
EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES E
SISTÊMICOS DA QUEIMA DE CANA DE
AÇÚCAR EM RATOS WISTAR
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95
1. TRABALHADORES DO CORTE DA CANA DE AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE
AMÉLIA RODRIGUES – BA
Adriano Celso Rodrigues da Conceição1; Andréa Monteiro de Amorim
2; Alane Mendara da Silva
Costa3
1Mestrando em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências,
Salvador, Bahia, Brasil, Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica pela Universidade Gama
Filho, Graduado em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador, Bahia, Brasil, e-mail:
[email protected] 2 Profa. Dra. do Mestrado em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências, Salvador, Bahia, Brasil 3 Psicóloga Mestra em Saúde Comunitária pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal
da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Av. Luís Viana Filho, 8812, Paralela, Salvador, Bahia, Brasil.
CEP: 41.741-590 http://portal.ftc.br/ Telefone: (71) 3281-8030.
Este estudo tem como objetivo verificar a incidência de sinais e sintomas relacionados à Síndrome
de Burnout em entre os trabalhadores do corte da cana de açúcar do município de Amélia Rodrigues
– BA, Brasil. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e descritiva que utilizará como instrumentos de
investigação o Maslach Burnout Inventory, além de, questionários que conterão variáveis referentes
aos aspectos socioeconômicos e demográficos, ao estado de saúde e os relativos às condições de
vida e trabalho, como a Ficha Individual do Trabalhador, FIT e o Whoqol-Bref, questionário sobre
como o indivíduo se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. A
população será composta por 30% do número total de cortadores da cana-de-açúcar que residam no
município de Amélia Rodrigues e que sejam filiados ao Sindicato dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais de Amélia Rodrigues. A coleta de dados será realizada entre os meses de
dezembro de 2013 e janeiro de 2104 com entrevistas face à face e, no plano de análise, um banco de
dados será criado no programa Excel for Windows e analisado no programa SPSS v 20.0, onde
serão realizadas correções dos dados digitados com o objetivo de eliminar possíveis erros ou
inconsistências. Será realizada uma análise descritiva com a finalidade de identificar as
características gerais e específicas da população estudada.
Palavras-chave: Burnout, trabalhadores rurais, cana-de açúcar.
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2. ACIDEZ DO OLÉO DE GORDURA RESIDUAL PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL:
UMA REVISÃO
Arabella Varjão Damaceno Vital 1
, Astria Dias Ferrão Gonzáles2
1Mestranda do Programa de Mestado Profissional em Bioenergia, [email protected]
2 Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador -
BA
O consumo humano em nosso país de óleo vegetal gera o inconveniente de não reutilização para
fins alimentares, pois o óleo vegetal ao entrar em contato com o alimento deixa de ser puro e as
reações químicas que acontecem durante o procedimento da fritura transformam sua composição
gerando o acréscimo de quantidade de ácidos graxos livres e subprodutos das reações de oxidação,
depreciando o seu reciclo. Este trabalho objetivou estudar a importância do controle dos níveis de
acidez do óleo de gordura residual (OGR) para a produção de biodiesel. Para tanto, foi realizado o
estudo, fundamentalmente por meio de revisão bibliográfica e dados secundários de órgãos de
pesquisa vinculados à acidez do OGR. A reciclagem do óleo de fritura para fabricação de biodiesel
traz numerosos benefícios para o meio ambiente e para a sociedade, pois vários problemas
relacionados à poluição do ar e da água podem ser mitigados. Uma das dificuldades encontrados na
produção de biodiesel pela reação de transesterificação é a utilização de matérias primas com
elevado índice de acidez. Essa reação realizada por catálise ácida é utilizada para reduzir o índice de
acidez de óleos por conversão dos ácidos graxos livres em ésteres de alquila. O índice de acidez
demonstra o estado de conservação de óleos e gorduras e é caracterizado pelo número de
miligramas de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos livres de 1,0 g da
amostra (IAL, 2008). Várias pesquisas tem norteado a utilização de óleos com acidez mais baixa
para a produção de biodiesel, uma vez que o excesso de ácidos graxos livres podem ocasionar as
reações de saponificação, que concorrem com a reação de transesterificação, e assim valor igual ou
inferior a 1,0 mg KOH/g podem resultar na eliminação da etapa de neutralização, reduzindo etapas
de tratamento da matéria-prima, as quais demandam tempo, custos e geração de resíduos. São
necessários estudos mais aprofundados das reações para obtenção de biodiesel visto que pesquisas
demonstram que vale a pena reutilizar o óleo descartado de frituras.
Palavras – chave: OGR, Acidez, Biodiesel
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97
3. INCIDÊNCIA DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E ÁREAS PRÓXIMAS À QUEIMA DA
CANA DE AÇÚCAR NA REGIÃO DE AMÉLIA RODRIGUES-BA
Ana Catharine Silva Lima1, Januário G. Mourão e Lima
2
1. Aluna do Mestrado em Bioenergia da FTC/Salvador, 2. Professor Titular do Mestrado em
Bioenergia da FTC/Salvador. [email protected]
Da produção brasileira de etanol, só 25% têm colheita de material de forma mecanizada, no
restante, o material é queimado antes da colheita manual. A OMS sugere que a queima de cana de
açúcar promova um impacto sobre a mortalidade diária, admissões hospitalares, visitas à
emergência e ao ambulatório e sobre a função pulmonar. Contudo, são escassos os estudos que
comprovam os efeitos que o material particulado produzido pelas queimadas pode causar à saúde
humana. A Usina Nova Aliança tem sua área agrícola em três municípios do estado da Bahia:
Amélia Rodrigues, São Sebastião do Passé e Terra Nova, com o objetivo a venda do produto da
cana. (APSIS consultoria empresarial s/c Ltda., 2005). Porém a área analisada será no município de
Amélia Rodrigues, pois em termo de área, concentram maior número de terras. Por conta da
proximidade com o município sede, outras localidades serão também estudadas, são os municípios
de Conceição do Jacuípe, Coração de Maria e o distrito de Humildes, que pertence à cidade de Feira
de Santana. O objetivo desse trabalho é analisar a incidência de doenças respiratórias no período de
queima da cana-de-açúcar em cidades próximas. A pesquisa será realizada através de uma coleta de
dados dos Município de Amélia Rodrigues e cidades próximas como Conceição do Jacuípe,
Coração de Maria e o distrito de Humildes durante o período de queima da palha da cana de açúcar,
onde ocorre uma maior exposição de fumaça contendo materiais particulados e inalantes tóxicos.
Serão utilizados informações hospitalares do SUS – SIH/SUS, onde as AIH são processadas pelo
DATASUS, questionários aplicados na população sobre a opinião quanto à condições climáticas no
período da queima da palha da cana, bem como condições de saúde da família quanto a doenças
respiratórias neste mesmo período. Ainda serão realizadas correlações com as variáveis ligadas ao
clima no período da queima.
Palavras-chave: cana-de-açúcar, queima, doenças respiratórias.
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98
4. UMA REDE DE ASSITÊNCIA A TRABALHADORES DA PRODUÇÃO DO ETANOL
Aline de Jesus Dantas
Com a evolução da sociedade a demanda por energia cresce proporcionalmente. Para acompanhar
esse crescimento a origem da energia mudou ao longo dos anos passando da queima da madeira ao
uso da energia nuclear. Atualmente o uso do petróleo é predominante na totalidade das matrizes
energéticas. Contudo tensões mundiais quanto à infinitude deste comodite, questões políticas nos
países detentores das grandes reservas de petróleo e questionamentos ambientais, ocasionando
oscilações no preço e na oferta da matéria prima, levam a varias discussões na esfera internacional
quanto à utilização de combustíveis renováveis. Em virtude deste panorama o Brasil de maneira
pioneira inicia na década de 70 a produção do Etanol. A produção deste combustível incrementou o
mercado da cana de açúcar e ocasionou mudanças no processo de produção, nas relações de
trabalho e no meio ambiente .Essas alterações repercute na vida e no processo saúde-doenca. Em
consonância com essa evolução a assistência à saúde também sofre alterações passando a ser
garantida como direito através da constituição de 1988, regulamentada pela lei 8080 que entre
outras providencias garanti o direito à Saúde do Trabalhador. Para tanto esse trabalho objetiva
descrever a Rede de assistência existente em um município do interior da Bahia para atender os
trabalhadores do corte de cana. Este trabalho trata-se de um estudo transversal, descritivo e de base
populacional. Tendo como amostra 30% do número total de cortadores da cana-de-açúcar que
residam no município de estudo e que sejam filiados ao Sindicato dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais de Amélia Rodrigues. Os dados serão coletados por meio de aplicação de
questionários e analise de dados oficiais dos sistemas de informação tais como SIAB, CNES e
IBGE. A coleta dos dados ainda não foi iniciada por isso a inexistência de dados, mesmo que
preliminares, assim como discussão e conclusão.
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99
5. ESTABELECIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE BACTÉRIAS COM POTENCIAL
BIOTECNOLÓGICO DO SOLO DA CHAPADA DIAMANTINA
Camila Neves¹, Ana Camila Andrade2, Amaro Trindade-Silva
3, César Rodrigo Santos Dourado
4
Luana Natividade Ferreira4, Fabiane dos Santos Pinto
4, Claudia Treumman
5, Vitor Hugo Moreau
6 e
Thiago Bruce7
1 Graduando do curso de Biomedicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Grupo de
Biotecnologia Ambiental da FTC. 2Mestranda do Programa de Pós Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal da Bahia
3 Docente do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC, Doutorado em genética pela UFRJ,
Grupo de Biotecnologia Ambiental da FTC. 4Graduando do curso de Farmácia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Grupo de Biotecnologia
Ambiental da FTC. 5Mestranda do Mestardo Profissional em Bioenergia. Grupo de Biotecnologia Ambiental, Faculdade
de Tecnologia e Ciências 6Docente do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC, Doutorado em genética pela UFRJ,
Laboratório de Biotecnologia Industrial 7Docente do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC, Doutorado em genética pela UFRJ,
Coordenador do Grupo de Biotecnologia Ambiental da FTC. Faculdade de Ciência e Tecnologia –
FTC, endereço: Av Luís Viana Filho 8122 Fone: (71) 3281-8192. E-mail: [email protected]
A busca por fontes renováveis de energia e de alternativas ao uso do petróleo está mobilizando
internacionalmente setores acadêmicos, industriais, sociais e governamentais com ênfase no
desenvolvimento de processos biotecnológicos de menor impacto ambiental. Microrganismos
capazes de produzir enzimas que degradam resíduos agrícolas, como a lignocelulose presente no
bagaço da cana-de-açúcar, podem reduzir significativamente os custos associados à produção do
combustível. A prospecção de linhagens bacterianas capazes de degradar material lignocelulósico
apresenta alto valor biotecnológico com aplicação no setor de bioenergia para produção de
biocombustíveis.
Estão sendo empregadas estratégias tradicionais de isolamento dirigido por substrato (lignina,
celulose ou glicerol) para a seleção de microrganismos para a construção de uma coleção
microbiana. Essa estratégia é uma metodologia altamente atrativa, pois permite a determinação de
características morfológicas, fisiológicas e bioquímicas dos microrganismos, obtendo importantes
informações sobre a composição taxonômica da comunidade microbiana de determinado solo.
Os microrganismos são isolados de amostras ambientais para serem submetidas a caracterização
funcional e taxonômica. A coleção é formada por amostradas coletadas no Parque Nacional da
Chapada Diamantina e do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Esses parques representam biomas
tipicamente brasileiros como a Caatinga, Floresta de Mata Atlântica e no Parque Marinho de
Abrolhos. Atualmente a coleção é composta por cerca de 60 linhagens. a caracterização dos
candidatos potenciais foi realizada através de taxonomia com a amplificação direta de sequências
do rRNA16S, através de PCR (Polymerase Chain Reaction).
Amostras de solo e água do Parque Nacional da Chapada Diamantina foram coletadas. Até o
momento cerca de 30 isolados foram identificados taxonomicamente. Foram identificadas linhagens
pertencentes aos gêneros Klebsiella, Burkhoelderia, Pseudomonas, Serratia e Enterobacter. Já nas
amostras Paenibacillus,Vibrios. As próximas etapas terão foco na caracterização da atividade
enzimática desses isolados. Esses isolados representam uma fonte de prospecção de novas enzimas
e para estudo de vias metabólicas associadas a conversão de biomassa vegetal residual em
biocombustíveis.
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6. EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES DA INALAÇÃO DA FUMAÇA DA
QUEIMA DE CANA DE AÇÚCAR EM RATOS WISTAR
Camilla Santos Portugal Britto 1; Januário Gomes Mourão e Lima
2
1 Aluna do Mestrado em Bioenergia da FTC/Salvador;
2 Professor Titular do Mestrado em
Bioenergia FTC/Salvador. [email protected]
O atual cenário energético mundial é marcado por uma busca contínua de energias renováveis e de
medidas para conter o aquecimento global. O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e álcool,
possuindo aproximadamente sete milhões de hectares de área plantada de cana-de-açúcar. Com o
potencial energético vasto e diversificado o Brasil pode contribuir de maneira construtiva para
ambos estes processos. Em boa parte do Brasil e em especial no estado da Bahia, ainda é realizada a
colheita manual da cana de açucar e para isso sua queima prévia. Com isso, é lançada na atmosfera
uma produção assustadora de poluentes tóxicos, que acometem diretamente a saúde da população
exposta, penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias. Ainda
assim, os poluentes vão até a corrente sanguínea, causando complicações em diversos órgãos.
Levando em consideração a escassez de estudos correlacionando os efeitos da queima da cana de
açúcar, como também o comprometimento da população e a dimensão da população de risco, surge
o interesse pelo tema que tem como objetivo analisar os efeitos inflamatórios pulmonares
ocasionados pela queima da cana de açúcar em ratos Wistar. Serão utilizados 40 ratos wistar,
machos, peso 250g a 300g divididos em quatro grupos, G1= 10 ratos controle, G2= 10 ratos na
residência dos moradores de Amélia Rodrigues. G3=10 ratos expostos nas residências de moradores
de Conceição do Jacuípe e G4= 10 ratos na residência de moradores no distrito de Humildes. Esses
animais ficarão sete dias consecutivos expostos a fumaça da queima da cana de açúcar no município
de Amélia Rodrigues e cidades circunvizinhas como Conceição do Jacuípe e Distrito de Humildes.
Posteriormente serão sacrificados com alta dose de Tiopental (i.p.). Posteriormente serão realizados
cortes histológicos do tecido pulmonar para colorações com HE, Picrosírius (Colágeno), Orceína
(Fibras Elásticas) e imunomarcações para IL-1 e TNF-a.
Palavras-chave: Energia renovável, cana de açúcar, Fumaça, sistema respiratório, ratos Wistar.
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7. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS FERMENTADORES
DE GLICEROL EM ANAEROBIOSE, E CARACTERIZAÇÃO DOS SUBPRODUTOS
GERADOS
César Rodrigo Santos Dourado, Fabiane dos Santos Pinto, Luana Natividade Ferreira, Ricardo de
Oliveira Mota, Thiago Bruce, Vitor Hugo Moreau, Amaro Emiliano Trindade Silva
Grupo de Biotecnologia Ambiental, Mestrado em Tecnologias Aplicáveis a Bioenergia, Faculdade
de Tecnologia e Ciências.
O glicerol é um composto orgânico gerado em grandes quantidades a partir do processo de
produção do biodiesel. Algumas espécies microbianas foram reportadas como capazes de executar o
metabolismo anaeróbico do glicerol. Devido a isso uma das formas de se aproveitar este material
resultante da indústria do biodiesel é através da sua conversão microbiana, por processos
biotecnológicos, em produtos de maior valor agregado. O presente projeto objetivou o isolamento e
caracterização de microrganismos ambientais com habilidade de fermentar o glicerol. Para isso,
amostras de três pontos de coleta situados na Chapada Diamantina foram submetidas a
enriquecimento em meio mínimo com 1% de glicerol como única fonte de carbono (MMG). A
partir desses enriquecimentos, diferentes morfotipos foram isolados em cultura pura por
plaqueamento em MMG em anaerobiose (30o C, por 2-5 dias). Realizou-se a caracterização
molecular dos isolados por Reação de Cadeia da Polimerase (PCR) e sequenciamento do gene do
RNA ribossomal 16S na unidade genômica do laboratório de Microbiologia (UFRJ). Os
subprodutos da fermentação do glicerol foram avaliados através de injeção e análise de
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC). Foram obtidos ao todo 22 isolados. Cinco
destes microrganismos já tiveram o 16S rRNA sequenciado, sendo identificados como:
Pseudomonas aeruginosa, Burkholderia sp., Serratia nematodiphila, Enterobacter aerogenes e
Klebsiella oxytoca. O sobrenadante da cultura do isolado FTC1302 (Klebsiella oxytoca) apresentou
pico na faixa de purificação de 1,3-propanodiol em análise em HPLC. A bioconversão em 1,3
propanodiol é uma promissora alternativa de aproveitamento do glicerol, uma vez que este
composto pode ser utilizado na produção de polímeros, tintas, entre outros produtos. Observou-se
que alguns dos microrganismos identificados pertencem a gêneros que englobam espécies
patogênicas, o que pode limitar a aplicação em processos industriais. Entretanto por se tratarem de
linhagens ambientais, estas bactérias podem não apresentar os fatores de virulência das linhagens
patogênicas. Em conclusão, os resultados das preliminares apontam para obtenção de
microrganismos com potencial para aplicação em processos de produção de biodiesel, como
enfoque na conversão do glicerol residual em de produtos de interesse comercial, como o 1,3-
propanodiol. Entre os microrganismos identificados estão enterobactérias, como Klebsiella e
Enterobacter.
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8. DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE CAZYMES (ENZIMAS ATIVAS PARA
CARBOIDRATOS) MARINHAS POR ABORDAGEM METAGENÔMICA
Cleanto Rodrigo da Silva Lopes1, Thiago Bruce2
1Enfermeiro, Sanitarista, Emergencista, Enfermeiro Coordenador de ESF zona rural do município
de Lagoa Real-BA, Aluno do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC.
2 Professor Doutor do Mestrado Profissional em Bioenergia da FTC, Doutordo em genética pela
UFRJ, Coordenador de pesquisas em laboratório do mestrado profissional em Bioenergia da FTC.
1Secretaria de Saúde do Município de Lagoa Real-BA, endereço: Tv D. Pedro II, S/N –
Fone: (77) 3477-1098. E-mail:[email protected]
3Faculdade de Ciência e Tecnologia – FTC, endereço: Av Luís Viana Filho 8122 Fone: (71) 3281-
8192. E-mail: [email protected]
A biomassa lignocelulósica oriunda de resíduos agrícolas representa um material promissor para a
geração de biocombustíveis, além de grande relevância ambiental. A melhor opção para a
conversão dessa biomassa em açúcares solúveis fermentáveis a etanol é a catálise enzimática. Não
obstante, esta representa a etapa mais cara do processo para obtenção de bioetanol de segunda e
terceira geração, devido à baixa eficiência e alto custo dos coquetéis enzimáticos atualmente
disponíveis para este fim.
Para tornar este processo mais eficiente e economicamente viável, faz-se necessária a utilização de
enzimasde alto rendimento. Como parte destes esforços, o presente trabalho se atém à análise de
fontes alternativas para a obtenção de novas hidrolases. Para isso, estamos realizando uma busca
por sequências de genes que codificam enzimas ativas para carboidratos (CAZYmes) no conjunto
de dados gerados pela trabalho de Venter et al. 2004 (Global Ocean Sampling). As sequências
obtidas nesse trabalho foram obtidas a partir da coleta de 88 amostras de águas superficiais de três
oceanos (Atlântico, Pacífico e Índico) e depositadas no banco de dados MG-Rast.
O ambiente marinho apresenta importância fundamental no equilíbrio ambiental através da
ciclagem de matéria orgânica para níveis tróficos superiores. Por isso, esse trabalho tem como
objetivo avaliar a diversidade genética de CAZYmes associadas a microbiota marinha com
potencial aplicação na cadeia produtiva de biocombustíveis a partir da conversão de biomassa. Até
o momento foram analisados 88 metagenomas, totalizando 18.844.185 sequências. Entre elas um
total de 1.103.931 foi identificado como CAZYmes marinhas. A análise da diversidade e
distribuição das famílias de proteínas demonstra a dominância de glicosil transferases e glicosil
hidrolases nos três oceanos. Além disso, a origem taxonômica dessas sequências estão sendo
avaliadas. Os resultados preliminares demonstram que os ambientes marinhos representam um
reservatório de CAZYmes com potencial aplicação biotecnológica.
Palavras-Chave: Biocombustíveis, Hidrolases, Bioprospecção e metagenômica
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9. A PRODUÇÃO DE ETANOL E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS
CORTADORES DE CANA DE AÇÚCAR NO MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES –
BA.
Cristiano Souza 1, 2, 3
, Andréa Amorim 3
1
Graduação, Universidade Gama Filho(UGF), Rio de Janeiro, RJ, CEP: 22720-011, Brasil 2 Pós- Graduação, Centro Universitário do Triângulo (UNITRI), Uberlândia, MG, CEP: 38411-106,
Brasil 3 Mestrado Profissional em Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Salvador, BA,
CEP: 41.741-590, Brasil
Atualmente percebe-se uma constante busca pelas energias renováveis, pois a escassez dos
combustíveis fósseis é eminente, buscando-se uma solução para esse problema global o Brasil
apresenta-se em destaque com a produção de alguns combustíveis verdes, e dentre eles, se destaca
pela produção de etanol a partir de cana de açúcar. O etanol de cana de açúcar necessita de grande
contribuição dos trabalhadores rurais que atuam na colheita da cana de açúcar, porém, muitas vezes
aos custos da saúde do trabalhador do corte da cana. Atualmente uma solução proposta para
melhorar as condições subumanas de trabalho para os cortadores de cana de açúcar é a colheita
mecanizada, todavia em algumas regiões de relevo acidentado, como o município de Amélia
Rodrigues – BA, a implantação desta colheitadeira é inviável. O município de Amélia Rodrigues
está localizado a 80 km da capital do Estado e em 2010 teve 3000 há de área plantada e colhida com
uma produção de 120.000 toneladas, se tornando a base da economia da região. Atualmente os
cortadores de cana são remunerados por toneladas de cana cortadas e sofrem exploração da sua
força física, se mantém em péssimas condições de moradia, vivendo como miseráveis, e muitas
vezes chegando até a morte durante uma jornada de corte de cana, baseando-se neste contexto o
presente estudo buscará verificar o perfil e a qualidade de vida dos cortadores de cana através do
questionário validado – Whoqol-Bref. Este instrumento avalia a percepção do indivíduo de sua
posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações. A partir destes dados será realizada a tabulação
utilizando o programa SPSS versão 20.0 para avaliar a qualidade de vida desses trabalhadores.
Palavras-chaves: cana de açúcar, etanol, cortador de cana, qualidade de vida.
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10. ESTUDO DA VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE BRIQUETES A PARTIR DE CAPIM
ELEFANTE E A UTILIZAÇÃO DE SEUS CO-PRODUTOS
Daniela Raic1, Luis Cesar M. S. Paulillo
2, Januário Gomes Mourão e Lima
2
1. Mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências – FTC, Salvador – BA. 2. Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador -
BA.
O uso de combustíveis fósseis nos últimos anos, entre outros fatores, tem provocado um aumento da
concentração de gases, chamados Gases de Efeito Estufa, GEE – dióxido de carbono, metano,
clorofluorcarbonetos e óxido nitroso, o que tem potencializado o fenômeno natural do efeito estufa,
provocando mudanças climáticas. O aumento da demanda mundial por consumo de energia vem
levando a novos estudos em busca de fontes de energia renováveis. Originário da África, o Capim
Elefante (Pennisetum purpureum) apresenta uma grande variabilidade genética, com características
variáveis de rendimento, fotoperíodo, perfilhamento, relação colmo/folha e qualidade como
forragem. Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o
capim elefante apresenta um alto potencial para uso como fonte alternativa de energia. Vê-se neste
contexto, o capim elefante como uma fonte de energia renovável, no que se diz respeito à produção
de briquetes, viável economicamente, limpa do ponto de vista ambiental, altamente eficiente na
fixação de CO2, permitindo uma alta produção de biomassa com o uso mínimo de fertilizante
nitrogenado, podendo ser usado diretamente em substituição à lenha ou ao gás natural e
apresentando-se como uma alternativa de alto valor quando comparada à outras formas de energias
tais como a própria lenha, o carvão vegetal e derivados do petróleo. O objetivo desse trabalho é
estudar a viabilidade financeira para implantação de um sistema de produção de briquetes de Capim
Elefante e a exploração dos seus co-produtos. Para esse estudo iremos avaliar todos os custos de
produção, da lavoura até a fábrica. Será realizado o projeto técnico, com estudo do fluxograma,
layout, balanço de massa, orçamentos e necessidade de funcionários para a lavoura e fábrica
funcionarem. Como indicadores para a avaliação econômica serão utilizados os seguintes
coeficientes: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) e o payback.
Palavras-chave: Briquetes, Fonte de energia, Viabilidade Econômica.
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11. OCORRÊNCIA DE LESÃO DO MÚSCULO SUPRA ESPINHAL EM CORTADORES
DE CANA DE AÇÚCAR NO RECÔNCAVO
Dijalma Cerqueira Campos Junior1; Januário Mourão Filho 2
1 Mesrando do Programa do Mestrado Profissional em Bioenergia.
2 Docente Titular do Mestrado
em Bioenergia da FTC/Salvador. [email protected]
Existe um forte apelo global por combustíveis limpos e renováveis, e o Brasil é destaque na
produção de cana de açúcar como maior produtor mundial. No Brasil 80% da cana produzida é
colhida manualmente. Esse fato pode acarretar problemas em diversos seguimentos corporais dos
trabalhadores. Entre os cortadores de cana, o ombro é a terceira região com maior número de
queixas. Lesões nessa região podem acarretar grave prejuízo funcional, atrapalhando e até mesmo
impedindo a atividade laboral do cortador. Estudos mostram que em um dia de trabalho, o cortador
que consegue um rendimento que varia de 5 a 12 toneladas de cana precisa desprender algo em
torno de 66.666 golpes de facão. Os objetivos desse trabalho são investigar a ocorrência de lesão no
músculo supra espinhal em cortadores de cana de açúcar no recôncavo baiano; Descrever a
biomecânica do movimento de abdução do ombro em cortadores de cana; Explicar a utilização do
teste de Jobe como instrumento de avaliação para o musculo supra espinhal; Quantificar a dor no
ombro através da Escala Visual Analógica. Trata-se de um estudo descritivo do tipo observacional,
de caráter exploratório. Serão realizadas três ações de impacto em parceria com a secretaria de
saúde e o sindicato dos trabalhadores rurais com o objetivo de selecionar aleatoriamente a
população do estudo. Sendo as condições de higiene e infraestrutura devidamente respeitadas. As
ações serão realizadas nos dias 18, 20 e 22 de novembro do presente ano, na localidade de Mata da
Aliança no município de Amélia Rodrigues - BA, tendo como população alvo os trabalhadores da
usina situada na proximidade. Indivíduos de ambos os sexos a partir de 18 anos; que estejam
trabalhando no corte manual de cana de açúcar. Serão excluídos trabalhadores que não tenham o
desejo de participar do trabalho. O instrumento para coleta de dados será um formulário
estruturado, elaborado pelo próprio autor da pesquisa, contendo variáveis referentes aos aspectos
sociodemográficos, ao estado de saúde, relativos à funcionalidade e dor corporal. Serão analisadas
variáveis tais como sexo, idade, localização do domicílio e escolaridade. A abordagem relacionada
ao estado de saúde geral perguntará sua auto percepção da saúde (sinto-me bem, sinto-me doente).
Relativos ao estado funcional, serão abordados aspectos como; queixas álgicas nos ombros,
quantificadas através da Escala Visual Analógica e quanto à possibilidade de lesão no musculo
supra espinhal será usado o Teste de Jobe. A aplicação do formulário e coleta dos dados será
realizada pelo pesquisador com o auxílio de 4 entrevistadores devidamente treinados consumindo
em média 5 a 10 minutos por entrevista e coleta (sendo realizada com o trabalhador em sedestação).
Palavras-chave: Bioenergia, Cana-de-açúcar, LER, Síndrome do impacto.
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12. JATROPHA CURCAS: DESDE A PRODUÇÃO DE BIODIESEL ÀS APLICAÇÕES
MEDICINAIS.
Edjacy Lopes 1, Marco Brotto
2, Luis Cesar M. S. Paulillo
3
1 Mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências - FTC, Salvador - BA. 2 Dale & Dorothy Thompson Missouri Endowed Professor, University of Missouri Kansas City
3 Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador -
BA.
Jatropha curcas (JC) é uma planta com muitas aplicações, perene, que pertence à família
Euphorbiaceae e é nativa das regiões tropicais áridas e semiáridas em todo o mundo. Possui muitos
atributos e considerável potencial para a produção de energia renovável, alimentação de peixes e
animais. Apesar de sua rica aplicação como matéria-prima como fonte para a produção de energia
renovável e para a alimentação animal, seu potencial medicinal tem sido pouco explorado. Neste
trabalho foram revistas diversas patentes relacionadas à J. curcas que mostram que tem sido
subutilizada para fins medicinais. Por exemplo, foi encontrado apenas um estudo sobre a utilização
da J. curcas, combinada a outras três outras plantas, utilizada para a cicatrização de feridas.
Motivados pelo apoio das agências de fomento brasileiras e relatos não informais, no Brasil, de seu
valor medicinal foi realizada uma série de estudos-piloto in vitro que demonstram que a J. curcas é
capaz de proteger células muscluares esqueléticas contra os efeitos deletérios de etanol. Foi
demonstrado que os efeitos de J. curcas são mediados pela regulação de HSP60, uma importante
proteína mitocondrial de choque térmico, relacionada à regulação do potencial redox intracelular.
Considerando que as miopatias musculares provocadas pelo etanol são responsáveis por mais de
50% de todos os casos de miopatia em todo o mundo, esperamos que nossos estudos despertem
novo interesse da comunidade científica para explorar as propriedades medicinais da J. curcas,
incluindo o desenvolvimento de inéditas patentes que possam levar ao desenvolvimento de novos
fármacos para o tratamento de doenças musculares e outras doenças humanas.
Palavras-chave: Jatropha curcas, etnaol, fármaco
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13. ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA ADAPTAÇÃO DE UMA MICRO
DESTILARIA DE ETANOL COMBUSTÍVEL PARA PROCESSOS DE PRODUÇÃO A
PARTIR DA MANIPUEIRA
Eliane Teixeira de Assunção1 Vitor Hugo Moreau
1, Eduardo Augusto Brito Arêas
1 Nazaré Franco
Santana2
1FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências
2FAINOR – Faculdade Independente do Nordeste
E-mail: [email protected]
A utilização de fontes alternativas de energia é uma das grandes prioridades, uma vez que contribui
significativamente para contornar os graves problemas ambientais ocasionados pelo
desenvolvimento socioeconômico. A preocupação com a manipueira é muito expressiva, portanto, a
implantação de uma micro destilaria para a produção de etanol a partir dos resíduos da indústria da
mandioca aponta como uma alternativa para transformar o resíduo amiláceo em co-produto. O
aproveitamento da manipueira para obtenção de etanol é uma alternativa para solucionar o
problema do manejo desse resíduo. O presente trabalho, contudo, tem como objetivo estudar a
viabilidade financeira da implementação de uma micro-destilaria na COOPASUB (Cooperativa
Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudeste da Bahia), com fins de produção de
etanol a partir da manipueira. A pesquisa foi realizada com o presidente da cooperativa. Para a
análise da viabilidade financeira foi utilizado o software SISAF-BIO (Sistema de Análise
Financeira para Biocombustíveis). A partir dos resultados podem-se identificar fatores relevantes
para alimentação do software, como tempo do processo, quantidade e preço das enzimas e outras
substâncias químicas utilizadas e rendimento da reação. O estudo apontou para a viabilidade
financeira da produção em pequena escala de bioetanol combustível. Verificou-se um resultado
favorável no que diz respeito aos indicadores financeiros, independente das condições do mercado e
ou de custos de oportunidade em outros investimentos, da mesma natureza.
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14. TRABALHADOR BRAÇAL: A PREVALÊNCIA DA DOR MUSCULAR E SUA
RELAÇÃO COM O AUMENTO DOS NÍVEIS DE LACTATO EM CORTADORES DE
CANA-DE-AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA RODRIGUES.
Erika Samile de Carvalho Costa1, Januário Gomes Mourão e Lima
2
1. Aluna do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Salvador –
BA.
2. Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador -
BA.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de seus produtos, açúcar e etanol. A
colheita predominantemente manual expõe o trabalhador a uma série de riscos á saúde. O processo
manual de corte é uma atividade laboral que impõe o trabalhador a uma carga física intensa, com
execução de movimentos rápidos, repetitivos e em sobrecarga com o corpo. Entre os cortadores de
cana é frequente a referência à fadiga. É provável que na atividade de corte de cana devido ao ritmo
de trabalho intenso, os ajustes fisiológicos que ocorre. Serão realizadas três avaliações, pré e pós-
jornada de trabalho, em indivíduos do sexo masculino a partir de 18 anos, que não tenham realizado
cirurgia de reparo muscular. Serão utilizados para a pesquisa dois instrumentos, o Questionário
Nórdico validado e adaptado de Carvalho e Trocolli (2002), além do Lactímetro para mensuração
dos níveis de lactato sanguíneo. O objetivo desse trabalho é analisar a topografia das dores
musculares e as concentrações dos níveis de lactato sanguíneo em trabalhadores braçais cortadores
de cana de açúcar de uma usina no município de Amélia Rodrigues – BA.
Palavras-chave: Bioenergia, Dor muscular, Lactato, Cana-de-açúcar.
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15. ANÁLISE DO MAPA DE RISCO E IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
ERGONÔMICOS EM UMA EMPRESA DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS VEGETAIS
EM BRUTO E REFINADO.
Evangileno Nunes Leal1, Januário Gomes Mourão e Lima
2
1Mestrando em Bioenergia pela FTC Bahia, Especialista em Fisioterapia Ortopédica pela
Universidade Gama Filho, Fisioterapeuta pela UCSAL; [email protected],
O trabalho no agronegócio do dendê proporciona diversos riscos aos trabalhadores, riscos estes, que
na maioria das vezes acometem a saúde do trabalhador. É uma atividade que emprega um
contingente de mão-de-obra, principalmente semi-qualificada, o qual aumenta, o índice de riscos
ergonômicos desse setor , o qual é considerado alto. O objetivo geral, deste estudo, é analisar o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e identificar os riscos ergonômicos. O
desenho do estudo se caracteriza como: descritivo de abordagem quantitativo, bibliográfico e
transversal. No período estudado, foram analisados 50 questionários, com questões
socioeconômicas e demográficas, sendo 62% no GHE – II Produção Dendê, 22% no GHE – I
Administrativo, 10% no GHE –III Manutenção Mecânica, 4% no GHE – V Transporte, 2% no GHE
– IV Manutenção Elétrica; 86% são do sexo masculino; 30% tinham de 36 a 45 anos, 62% acham a
temperatura elevada; 50% fizeram treinamento funcional; 38,71% têm mais de 5 anos na empresa;
80% acham o trabalho estimulante; 70% gostam muito da sua função; 62% trabalham em pé; 48%
fazem hora extra todos os dias; 68% não têm pausa para descanso; 72% não sofrem pressão por
produtividade; 56% não precisam trabalhar em ritmo acelerado; 44 % se cansam mais ou menos
durante o trabalho; 52% sentem dores no corpo após o trabalho, 44% relataram que as dores eram
nas costas; 34% pegam peso de 7 a 25 kg; 32% ficam mais de 3 horas por dia carregando o peso;
40% acham bom o local de retiradas de objetos; 38% acham bom o local de deposição dos objetos;
14% já sentiam algum sintoma físico antes da função atual, 48% atualmente se queixam de
sintomas físicos. Sendo assim, percebe-se a importância da ergonomia para as empresas, na
manutenção das condições de saúde dos seus funcionários, bem como na motivação e no aumento
da sua produtividade.
Palavras-Chave: Riscos Ambientais, Mapa de Risco, Riscos Ergonômicos,
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16. ANÁLISE GENÔMICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE VIAS METABÓLICAS
ENVOLVIDAS NA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS EM UMA LINHAGEM DE
CLOSTRIDIUM BUTYRICUM
Fernanda Gomes1, Mariana Faber
2, Nei Pereira Jr
3, Fabiano Thompson
4, Thiago Bruce
5
1 Graduanda do curso de Biomedicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências, estagiária no
Laboratório de Bioprocessos (FTC) 2Mestre em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos. Laboratório de Desenvolvimento de
Bioprocessos. Universidade Federal do Rio de Janeiro 3Doutor em Biotecnologia. Laboratório de Desenvolvimento de Bioprocessos. Universidade Federal
do Rio de Janeiro 4Doutor em Bioquímca. Laboratório de Microbiologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro
5Doutor em Genética. Grupo de Biotenologia Ambiental do Mestrado Profissional em Bioenergia.
Faculdade de Tecnologia e Ciências. Faculdade de Ciência e Tecnologia – FTC, endereço: Av Luís
Viana Filho 8122 Fone: (71) 3281-8192. E-mail: [email protected]
O gênero Clostridium é composto por mais de 100 espécies bacterianas com capacidade de
consumir hexose e pentose, monômeros de açúcar liberados de materiais lenhosos, incluindo a
biomassa lignocelulósica. Assim, a possibilidade de utilização de biomassa lignocelulósica para
produção de biocombustíveis através de enzimas do Clostridium butyricum pode tornar-se uma
realidade no Brasil. O metabolismo desse microrganismo permite a produção de diferentes produtos
fermentativos de interesse para o setor de bioenergia como o butanol e o gás hidrogênio.
Esse trabalho tem como objetivo identificar vias metabólicas de uma linhagem de C. butyricum
com potencial para produção de produtos biotecnológicos como biocombustíveis e solventes. Para
isso, o genoma foi sequenciado e sua anotação foi realizada para caracterização funcional. Foram
utilizadas ferramentas de bioinformática e bancos de dados para realizar a reconstrução de vias
metabólicas envolvidas na produção de butanol, etanol, acetona e propanodiol. Além disso, ensaios
de fermentação estão sendo realizados para identificação de produtos metabólicos de interesse
industrial.
O sequenciamento inédito do genoma da linhagem do C. butyricum INCQS 365 gerou 345 contigs
e a montagem revelou um tamanho total de 4,428,945 bp. Foi identificado um total de 87 RNAs e
5771 sequências codificadoras de proteína, das quais 2626 foram classificadas em 376 subsistemas.
O C. butyricum 5521 possui um genoma de 4,540,699 bp composto por 123 contigs e dividido em
353 subsistemas. Possui um total de 137 RNAs e 4031 sequências codificadoras de proteína, das
quais 1692 foram anotados em subsistemas.
A análise cormatográfica do sobrenadante de culturas de C. butyricum não identificou produção de
butanol nem etanol, porém, indica a produção de propanodiol, ácido butírico e ácido acético.
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17. IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS EXISTENTES NO MODELO DE QUEIMADURA
DE 3° GRAU EM RATOS WISTAR A PARTIR DO TRATAMENTO COM EXTRATO DE
JATROPHA CURCAS LIN
Gladssinay de Sousa Lessa1, Januário Gomes Mourão e Lima
2
1.
Aluna do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Salvador – BA. 2. Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador -
BA.
O Pinhão-manso (Jatropha curcas L.), espécie nativa do Brasil, da família das Euforbiáceas, é uma
espécie que pode ser cultivada em diferentes condições edafoclimáticas e apresenta alto potencial
na produção de óleo para fabricar o biodiesel. Além disso, possui aplicação medicinal, sendo
utilizada pelo seu efeito bactericida, anti-inflamatório e cicatrizante. O objetivo desse projeto é
identificar bactérias existentes na pele queimada após tratamento com extrato de Jatropha curcas
L.Para realização do experimento foram utilizados 48 animais, subdivididos em 02 grupos. Grupo
Sulfadiazina de Prata (GC), que recebeu um tratamento convencional com Sulfadiazina de Prata em
dias intercalados e Grupo Jatropha Curcas (JC), animais tratados com Extrato Bruto de Jatropha
Curcas em forma de pomada. Todos os animais foram submetidos à queimadura de terceiro grau no
dorso, após anestesia geral. Cada grupo foi dividido em três subgrupos de 8 animais e avaliados nos
dias 01, 07 e 21, após a queimadura. Nesses dias foram coletados material microbiológico passando
uma haste de algodão estéril (swab) sobre o tecido queimado e realizada repicagens sucessivas de
forma a obter-se uma cultura mais próxima da cultura pura e em seguida a identificação
morfológica pelo método de coloração de Gram e posteriormente serão realizadas provas
bioquímicas. Após a retirada das bactérias os animais foram sacrificados com alta dose de
anestésico intraperitonial. Os resultados obtidos podem contribuir não só para a utilização do
extrato de JC no tratamento das queimaduras, mas também como um melhor aproveitamento dos
coprodutos de sua produção buscando alternativas que não seja a queima.
Palavras-Chave: Jatropha curcas; Queimadura; Bactérias; Biocombustíveis.
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18. ESTIMAÇÃO (SUGESTÃO ESTIMATIVA) DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA
RESIDUAL LIGNOCELULÓSICA NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2000 E 2010 PARA
POSSÍVEL APLICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE ETANOL DE 2ª. GERAÇÃO
Ivete Capinan da Silva*, Astria Dias Ferrão Gonzáles
A produção de bioenergia é uma medida muito importante para combater os sérios desafios
relacionados com os efeitos das mudanças climáticas no mundo com a emissão de CO2 na
atmosfera através dos combustíveis fósseis.
Este estudo procura mostrar a sustentabilidade que há em transformar algumas biomassas residuais
lignocelulósicas das culturas de cana de açúcar (bagaço e palha) e mandioca (casca e farelo) na
obtenção do etanol (através de estimativas), utilizando como a matéria prima a celulose destes, que
passaram por processos químicos (hidrólise e fermentação).
Utilizando como exemplo deste estudo a produção das culturas do estado da Bahia durante o
período de 2000 a 2010 e os resíduos produzidos pelas mesmas com o intuito de revelar as
vantagens que trariam ao meio ambiente, ao ser humano de maneira geral (economicamente,
socialmente e culturalmente) e a possível substituição dos derivados do petróleo por uma forma de
energia renovável dando um melhor destino a seus resíduos diminuindo o efeito estufa provocado
pela emissão de CO2 na atmosfera.
Para alcançar os objetivos propostos foi realizada uma revisão sistemática da literatura de cunho
exploratório e descritivo. Para a realização das estimativas foi feito pesquisa nos sites do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Produção Agrícola Municipal, sobre a área
plantada, colhida e a produção das culturas. E a partir desses dados calcularem a quantidade de
resíduos produzidos por essas culturas e consequentemente obter o percentual da possível produção
de bioetanol.
A produção de etanol de segunda geração integrando eficiência, sustentabilidade, responsabilidade
e desenvolvimento tecnológico aproveitando os resíduos deixados pelas biomassas trarão parte da
biodiversidade devido à redução de emissão de compostos degradantes na camada de ozônio, uma
nova fonte de renda, melhor aproveitamento da mão de obra e do solo promovendo a estabilidade
das áreas destinadas ao plantio das monoculturas, fortalecimento na economia e qualidade de vida
para todos os povos através de energia limpa.
Palavra-chave: resíduos, etanol, biomassas, estimativas, celulose.
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19. PERMEABILIDADE COMBINADA EM DEPÓSITOS FORMADOS POR RITMITOS
Idney Cavalcante da Silva¹ , Anderson José S. Costa², Débora Marla Fonseca Macedo² e Marcos
Augusto².
1. Professor do Centro Universitário Jorge Amado; Aluno de Pós-graduação em Geologia da
Universidade Federal da Bahia; Pesquisador do Núcleo de Geologia Básica/IGEO-UFBA.
2. Alunos de Iniciação Cientifica do Curso de Engenharia de Petróleo e Gás, do Centro Universitário
Jorge Amado.
O cálculo de permeabilidade combinada é aplicado em várias situações. O que pode se tornar um
desafio matemático, na estimativa de parâmetros relacionados a vazão e a pressão do reservatório, a
partir de amostras pontuais coletadas na perfuração de um poço de petróleo. Como um caso típico
do Recôncavo baiano, os depósitos formados por ritmitos constituem um conjunto de camadas que
se alteram em composição e espessura. O desafio de modelar matematicamente este caso está na
função ou variação de espessura das camadas com a profundidade. Partindo de modelos
constituídos por dois litotipos (folhelho e arenito), contemplando uma série de Bouma simplificada,
foram desenvolvidas equações que simulam a permeabilidade combinada do reservatório em
intervalos produtores de poços de petróleo. Inicialmente foram pesquisados valores típicos de
permeabilidade para folhelhos e arenitos. Depois estimados valores para a avaliação da sequência
de Bouma. Em seguida, num afloramento localizado no norte da Ilha de Itaparica, no estado da
Bahia, foram medidas as espessuras das camadas de arenito e folhelho (da base para o topo). Como
resultado, foi possível estabelecer uma relação exponencial de variação das camadas com a
profundidade e, a partir disso, modelar a permeabilidade combinada em leitos paralelos para os
fluxos lineares e radiais, tanto com fluidos compressíveis, como com fluidos incompressíveis.
Palavra-chave: Ritmitos; Litotipos; Permeabilidade.
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20. AGRICULTORES FAMILIARES QUE PARTICIPAM DO PNPB: DIAGNÓSTICO
NUTRICIONAL PELO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL
Jamille Macedo Lima1, Astria Dias Ferrão Gonzáles
2
1Mestranda d Programa de Mestrado Profissional em Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e
Ciências – BA [email protected], 2 Professor Titular do Mestrado em Bioenergia FTC/Salvador
Várias pesquisas têm estudado o estado nutricional de trabalhadores associando o impacto da
obesidade e a capacidade funcional (ZANGIROLANI et al, 2008). O aumento de peso corporal da
população já é uma realidade constatada em pesquisas em diversos países, trazendo consequência
como problemas psicológicos, doenças crônico-degenerativas, alguns tipos de câncer, (WHO,
2007). Na produção do biocombustível se destacam como importantes autores os agricultores
familiares que trabalham no cultivo de matéria-prima. Cuidados com esses trabalhadores devem ser
tomados, visto que a obesidade e suas comorbidades podem ocasionar diminuição da produtividade,
aumento do absenteísmo e redução da qualidade de vida. O objetivo do trabalho foi verificar o
diagnóstico nutricional através do percentual de gordura em agricultores familiares que participam
do PNPB. Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada com 41 agricultores familiares entre 31 de
agosto a 01 de setembro de 2012. Os dados foram coletados por meio de entrevista através de
questionário estruturado de ordem quantitativa. O estudo seguiu os procedimentos éticos exigidos
pela Resolução nº 196/96. Foram avaliados indivíduos adultos e idosos integrantes de uma
cooperativa do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Foram aferidas 4 dobras
cutâneas, em triplicata, registrando o valor médio nos seguintes locais: tríceps, bíceps, subescapular
e suprailíaca. O percentual de gordura foi determinado pela somatória das dobras cutâneas e
classificação propostos por Lohman et al (1992). Dos resultados encontrados 30% dos agricultores
estavam com o percentual de gordura acima da média e 65,8% já tinham risco de doenças
associadas à obesidade. Pesquisas indicam que indivíduos com gordura corporal acima dos valores
de referência, apresentam maiores riscos para cardiopatias, hipertensão, dislipidemias, diabetes,
entre outras (LIMA; GLANER, 2006, p.97; PITANGA; LESSA, 2005, p.27). Esses resultados
mostram a necessidade de mais estudos que investiguem sobre o perfil nutricional deste público que
tanto contribuem para o desenvolvimento biotecnológico do país.
Palavras-chave: PNPB, gordura corporal, trabalhadores.
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21. PANORAMA HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE CANA DE AÇÚCAR NO MUNICÍPIO
DE AMÉLIA RODRIGUES E A SITUAÇÃO DOS CORTADORES NO PERÍODO DA
SAFRA E ENTRESSAFRA.
Jader da Silva Cedraz1,2
, Andréa Monteiro de Amorim3
1 Graduação em Estatística, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, CEP:
41.000.000, Brasil 2 Pós Graduação, Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Salvador, BA, CEP: 41.741-
590, Brasil 3Mestrado Profissional em Bioenergia, Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Salvador, BA,
CEP: 41.741-590, Brasil
A modernização tecnológica acelerou o processo de colheita da cana-de-açúcar em muitas regiões,
o que resultou em menor utilização da mão-de-obra. Um panorama histórico dessa evolução será
apresentado em forma de tabela e avaliado com vista na situação dos cortadores de cana de açúcar
cadastrados no Sindicato dos trabalhadores rurais da cidade de Amélia Rodrigues, município que
está situado entre dois pólos regionais, Feira de Santana e região Metropolitana de Salvador e
apresenta como principal atividade produtiva a cana de açúcar, que no ano de 2010 teve 3000 ha de
área plantada e colhida com uma produção de 120.000 toneladas, segundo dados do IBGE. Serão
avaliadas também as condições socioeconômicas destes trabalhadores no período da Safra e
Entressafra do corte, a formalização da mão-de-obra, o treinamento dos cortadores, a remuneração
mensal, entre outras questões relevantes que serão coletadas em um questionário elaborado para
coleta desses dados, que serão tabulados e correlacionados utilizando o programa estatístico SPSS
versão 20.0 com o objetivo de traçar o perfil destes trabalhadores além dos dados secundários
coletados no sindicato dos trabalhadores local. O desenvolvimento da região e a importância da
Usina produtora de açúcar situada na cidade serão apresentados no decorrer do trabalho, dando
ênfase a uma das preocupações do sindicato, que é a situação do cortador de cana de açúcar que não
é utilizado pela indústria durante todo o ano, sendo que no período da entressafra muitos deles são
demitidos. Desta forma, este trabalho tem como um dos objetivos sugerir alternativas para aumento
da renda dos trabalhadores do corte da cana, durante o período da entressafra.
Palavras-chaves: Safra, entressafra, cana de açúcar.
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22. PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE OS
TRABALHADORES DO CORTE DA CANA-DE-AÇÚCAR DO MUNICÍPIO DE AMÉLIA
RODRIGUES, BAHIA
Jorge Augusto Beck Filho1, Andréia Monteiro de Amorim
2, Helena Maria Silveira Fraga Maia
3.
1. Mestrando do Programa de Mestrado de Profissional em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia
e Ciências – FTC, Salvador – Ba.
2. Professor Titular Programa de Mestrado de Profissional em Bioenergia da Faculdade de
Tecnologia e Ciências – FTC, Salvador – Ba.
3. Professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador – Ba.
O consumo excessivo de álcool ocasiona além de problemas econômicos, problemas sociais e
psicológicos, o que se atribui a relevância do seu estudo e das possíveis causas. A explicação da sua
disseminação pode ser encontrada na facilidade com que o álcool pode ser adquirido, bem como
pela grande tradição cultural. Condições adversas relacionadas com o mundo do trabalho, tais como
sobrecarga física e mental, jornadas prolongadas e sem pausas, alta demanda e baixo controle, além
de remuneração insuficiente são tidos como fatores associados ao consumo elevado do álcool. Este
estudo tem como objetivo conhecer a prevalência e fatores associados ao consumo de álcool entre
os trabalhadores do corte da cana de açúcar, no município de Amélia Rodrigues, Bahia. Trata-se de
um estudo transversal, descritivo e de base populacional, cuja amostra será composta por 30% do
número total de cortadores da cana-de-açúcar que residam no município de Amélia Rodrigues e que
sejam filiados ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Amélia Rodrigues. Dados
primários serão coletados por meio de aplicação de questionários, a partir de janeiro de 2014, sendo
a coleta realizada por entrevistadores treinados nas dependências do sindicato. O banco de dados
será criado no programa Excel for Windows e analisado no programa SPSS v 20.0, onde serão
realizadas correções dos dados digitados com o objetivo de eliminar possíveis erros ou
inconsistências. Será realizada uma análise descritiva com a finalidade de identificar as
características gerais e específicas da população estudada. Para estimar o perfil epidemiológico
serão analisadas frequências comparando a ocorrência de casos entre homens e mulheres. Serão
consideradas como estatisticamente significantes diferenças de proporções com valor de p ≤ 0,05.
Diante do restrito campo de possibilidades que sua condição social lhes impõe, os trabalhadores do
corte da cana-de-açúcar buscam tirar as vantagens possíveis da própria idade, de seu vigor físico e
até mesmo da pouca escolaridade ou dos conhecimentos adquiridos pela própria vivência na área.
Para lidar com suas possíveis frustrações, alguns buscam o álcool e na droga, formas de
enfrentamento dessa realidade, muitas vezes deixando marcas profundas em sua personalidade.
Palavras-chave: Alcoolismo, Trabalhadores do corte da cana-de-açúcar, Condições de vida e
saúde.
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23. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA BAIANA: UM FOCO NOS MODELOS DE
BIODIGESTORES.
Lorene Paixão Sampaio1, Rodolfo Bello Exler
2, Fábio Macêdo Nunes
3.
1Discente do Mestrado em Bioenergia da Rede de Ensino FTC, Especialista em Gestão de Crises
em Relações Internacionais e Bacharel em Relações Internacionais. Docente da Faculdade de
Tecnologia e Ciências, Faculdade da Cidade e dos cursos Técnicos do SENAI CIMATEC. Email:
[email protected] 2Mestre Profissional em Tecnologias aplicáveis a Bioenergia, MBA em Gestão Empresarial,
Especialista em Educação a Distância e Bacharel em Ciências Estatísticas. Docente do Centro
Universitário Jorge Amado e da Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC. Email:
[email protected] 3 Pós Doutor em Biotecnologia, Biofísica e Bioquímica, Doutor em Ciências, Mestre em Química,
Licenciado em Química. Docente do quadro permanente do Mestrado Profissional em Tecnologias
aplicáveis a Bioenergia da Rede FTC. Email: [email protected]
A preocupação com a geração de energia no Brasil sempre ganhou destaque na busca por novas
alternativas, assim no contexto baiano não foi diferente, uma vez que com o aumento do consumo,
torna-se necessário que a matriz energética acompanhe tal crescimento e sofra um incremento em
sua diversidade para suprir esta demanda. Fundamentado neste parâmetro e ainda pensando na
sustentabilidade, a pesquisa científica em bioenergia passou a desenvolver novos conhecimentos na
utilização de uma energia limpa e renovável, sendo uma das opções viáveis os biodigestores, em
seus diversos modelos, que apresentam um conjunto de vantagens para as comunidades rurais como
soluções para minimizar os seus problemas e ampliar o desenvolvimento das mesmas. Desse modo,
a implantação de um biodigestor nas comunidades baianas vai além da geração de bioenergia
através do biogás e produção de biomassa para a lavoura, pois se trata de um processo que possui
como vertente principal a qualidade de vida, reforçando o âmbito econômico, social e ambiental,
que são fatores atribuídos ao ecodesenvolvimento. As principais características de um biodigestor
variam de acordo com seu tipo, sendo os modelos categorizados em Chinês, Indiano, Canadense e o
da Marinha. O objetivo para este estudo consiste em levantar oportunidades do aproveitamento de
resíduos para a produção bioenergética no estado da Bahia, bem como descrever de que forma as
comunicadas compreendem essa possibilidade de geração de energia com um potencial substancial
para a utilização no estado devido às áreas disponíveis para sua implementação. Para o
desenvolvimento da pesquisa foi realizado um levantamento quantitativo e qualitativo através da
aplicação de questionários na comunidade de Cascata, situada no município de Aurelino Leal.
Desse modo, com base na avaliação dos questionários apresentados, observou-se que uma das
maiores dificuldades das comunidades na aceitação e implantação de um biodigestor se justifica
pela priorização de outros produtos.
Palavras-Chave: Biodigestores; Bioenergia; Ecodesenvolvimento; Biogás.
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24. DIVERSIDADE DE ENZIMAS ATIVAS PARA CARBOIDRATOS (CAZYMES)
MICROBIANAS ASSOCIADAS ÀS ESTRUTURAS RECIFAIS DO BANCO DE
ABROLHOS PARA APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA
1Marcondes Porto Santos,
2Fabiano Thompson,
3Thiago Bruce
1Mestrando em Bioenergia, Grupo de Biotecnologia Ambiental, Faculdade de Tecnologia e
Ciências 2Doutor em Bioquímica; Laboratório de Microbiologia; Universidade Federal do Rio de Janeiro
3Doutor em Genética; Grupo de Biotecnologia Ambiental;
Contato: [email protected]
As informações obtidas a partir da análise de metagenomas podem ser usadas para determinar: a
diversidade de uma comunidade; a presença de microrganismos específicos ou dominantes; rotas
metabólicas e determinar a simples presença de um gene. A metagenômica se refere a uma
abordagem independente de cultivo baseada na investigação das moléculas de DNA de uma mistura
de populações microbianas, ou seja, é baseado na análise genômica de DNA microbiano extraído
diretamente de amostras ambientais.
O Banco de Abrolhos, além de sustentar uma grande diversidade de vida marinha, potencialmente
desempenhando um papel principal na homeostase de todo o oceano Atlântico Sul como uma
importante área produtora e berçário de espécies. Amostras de águas superficiais de duas estruturas
recifais foram coletadas para a caracterização de Enzimas Ativas para Carboidratos (CAZYmes).
Foram acessadas amostras de recifes costeiros, formado majoritariamente pelas estruturas chamadas
chapeirões, e nas Buracas. Essa última representa estruturas recifais descritas recentemente e, até o
momento, só foram encontradas no Banco de Abrolhos. Essas estruturas são uma depressão cônica
com diâmetro de abertura e com profundidades variadas. Estudos preliminares apontam as Buracas
como um hostpot de produtividade do Banco de Abrolhos, aonde ocorre alta taxa de conversão de
matéria orgânica.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a diversidade de cazymes microbianas associadas às
estruturas recifais do banco de Abrolhos e utiliza para tal a identificação de domínios conservados
depositados no Cazy Database.
Os resultados parciais apontam que nas buracas (grandes depressões circulares recifais) 47,87% das
cazy encontradas são GT; 29,52% são GH; 13,36% são CBM; 8,02% CE e 1,23% são PL. Sendo
que entre as GT as mais abundantes são as GT4, 14,32% e GT2, 12,92%. Já nos recifes costeiros,
41,57% das cazy encontradas são GT; 32,95% são GH; 15,30% são CBM; 8,98% CE e 1,23%
são PL. Sendo que entre as GT as mais abundantes são as GT4, 12,80% e GT2, 12,42%.
A caracterização taxonômica está em fase de avaliação. Os resultados preliminares mostram que
estruturas recifais do Banco de Abrolhos representam um grande reservatório de CAZYmes,
interessante para a prospecção de enzimas capazes de converter biomassa.
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25. AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO EM TRABALHADORES
CORTADORES DE CANA-DE-AÇÚCAR DO RECONCAVO BAHIANO
Menilde Araújo Silva Bião1, Luis Cesar M.S. Paulillo
2, Januário Gomes Mourão e Lima
3;
Mestranda do Programa do Mestrado Profissional em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e
Ciências – FTC/Salvador; 2 Docente titular do Núcleo Permanente do Mestrado Profissional em
Bioenergia FTC/Salvador.
Com a crescente utilização do álcool aumentou também a queima nos canaviais, gerando grande
quantidade de material particulado denominado “fuligem da cana” que é capaz de desencadear
danos à saúde, relacionados ao aparelho respiratório. As Pneumopatias ocupacionais devem ser
investigadas através de diferentes métodos, na tentativa de estabelecer uma associação com os
fatores de risco, dentre esses métodos destacam-se: exame clínico, exame radiológico, avaliação
funcional e a aplicação de questionário/formulário específico para detecção de sintomas
respiratórios. Os exames de função pulmonar são importantes em uma série de situações,
especialmente quando o indivíduo tem história ou sintomas que sugerem doença pulmonar, ou ainda
quando sofre exposição a fatores de risco como os trabalhadores cortadores de cana. Avaliar o pico
de fluxo expiratório em trabalhadores rurais envolvidos no corte manual da cultura de cana-de-
açúcar no Recôncavo Baiano; Correlacionar o pico de fluxo expiratório com a idade dos
trabalhadores rurais e o tempo de exposição à fuligem; Identificar a prevalência dos principais
sinais e sintomas respiratórios (tosse, expectoração, falta de ar, chiado no peito) entre os
trabalhadores rurais envolvidos no corte manual da cultura de cana-de-açúcar e questionar os
trabalhadores sobre a utilização de máscara facial no ambiente de trabalho por ocasião da colheita.
Para o estudo avaliaremos indivíduos do sexo masculino com idade superior a 20 anos,
preferivelmente não fumante com participação voluntária. Será utilizado um questionário adaptado
e validado no trabalho de Ramos (1983) para pesquisa de sinais e sintomas respiratórios, baseado no
British Medical Research Council (BMRC). Será utilizado o dispositivo portátil Peak Flow Meter
Mini Wright (Clemente Clark International Ltd., London, England), com variação de fluxo entre 50
e 800L/min para avaliação do Pico de Fluxo Expiratório.
Palavras-Chave: Energia renovável, Bioenergia, cana-de-açúcar, cortador de cana, pico de fluxo
expiratório.
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26. CONSTRUÇÃO DE BIODIGESTOR PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS A PARTIR DA
FERMENTAÇÃO DA MANIPUEIRA: ESTUDO DE CASO REALIZADO NO MUNICÍPIO
DE VITÓRIA DA CONQUISTA
¹Nirlânia Brito Amorim, ²Dr.Fábio Macedo Nunes
1Graduada em administração, especialista em Gestão de Pessoas.
Email: [email protected]. Avenida Coronel Gugé, 11, centro, Vitória da Conquista, BA
2Prof. Dr. Postdoctoral in Biotechnology.PhD in Biophysics.MS in Chemistry.Professor Faculdade
de Tecnologia e Ciências – FTC. Salvador-BA-
Av. Luís Viana Filho, 8812 – Módulo IV – 2º andar - Salvador – BA.
Telefone: (71) 3281 – 8030 / Site: www.ftc.br
O desenvolvimento econômico e político do país e do mundo estão diretamente relacionados à
oferta de fontes energéticas. A crise de petróleo, ocorrida na década de 70, fez com que o mundo
despertasse para a busca de novas formas alternativas de energia. Como conseqüência o Brasil
determinou a criação do Proálcool nos anos 80, além e outros programas de incentivo ao uso de
combustíveis (BARBOSA 1990). Um importante aspecto da energia biológica é seu potencial em
contribuir na solução de problemas ambientais causados pelo uso de combustíveis fósseis. Na
década de 90, a preocupação mundial passou ser à utilização do biogás como combustível, sendo
mais uma fonte de energia alternativa. O biogás, produzido por fenômenos naturais existentes em
várias partes do planeta, basicamente é composto de uma mistura de gases contendo principalmente
metano e dióxido de carbono, encontrando-se ainda em menores proporções gás sulfídrico e
nitrogênio (GASPAR, 2003). Assim, ele pode ser encontrado em locais onde a celulose e demais
fontes de carbono sofrem decomposição naturalmente. É possível produzir biogás a partir de
diversos resíduos orgânicos, lixo doméstico, resíduos agrícolas e efluentes industriais. O resíduo
orgânico a ser estudados na produção do biogás neste estudo será a manipueira, resíduo líquido da
prensagem da mandioca. O aproveitamento da manipueira para obtenção de biogás é uma
alternativa para solucionar o problema do manejo desse resíduo. O Brasil produz aproximadamente
26 milhões de toneladas de mandioca, gerando cerca de 10 milhões de empregos. O Biogás é uma
forma de Bioenergia que reutiliza resíduos de produções ou mesmo do lixo doméstico, gerado pela
população, o objetivo do trabalho é avaliar o estudo de um biodigestor, para produção de biogás a
partir de manipueira e seu uso como energia térmica. Partindo do levantamento bibliográfico e
caracterização do local de instalação do biodigestor, de duas fases, para obtenção do gás através da
manipueira onde são processados diariamente aproximadamente vinte e cinco toneladas de
mandioca, apontando a viabilidade técnica a partir da capacidade energética na produção do biogás.
Palavras-chave: Biogás, manipueira, viabilidade técnica, biodigestor.
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121
27. ANÁLISE TEMPORAL DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO EXTRATO
BRUTO DE JATROPHA CURCAS LIN EM UM MODELO DE QUEIMADURA DE 3º
GRAU EM RATOS WISTAR
Patrícia Campos1, Januário Gomes Mourão e Lima
2
1. Aluna do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Salvador –
BA.
2. Professor Titular do Mestrado em Bioenergia da Faculdade de Tecnologia e Ciências,
Salvador - BA.
O Pinhão-manso (Jatropha curcas L.), espécie nativa do Brasil, da família das Euforbiáceas, é
uma espécie que pode ser cultivada em diferentes condições climáticas e apresenta alto
potencial na produção de óleo para fabricar o biodiesel. É uma planta com valores medicinais
sendo utilizada pelo seu efeito bactericida, anti-inflamatório e cicatrizante, além disso é também
considerada pelos pequenos produtores uma planta atrativa para inserção na cadeia produtora
familiar. O objetivo desse projeto é a análise temporal do efeito anti-inflamatório do extrato
bruto de Jatropha curcas L em um modelo de queimadura de 3° grau em ratos Wistar. Para
realização do experimento, foram utilizados 48 animais, divididos em 02 grupos, sendo que um
grupo recebeu um tratamento convencional com Sulfadiazina de Prata (GS), e o outro grupo
tratado com extrato de Jatropha Curcas (GJ) em forma de pomada. Ambos os tratamentos foram
em dias intercalados. Todos os animais foram anestesiados e em seguida submetidos à
queimadura de terceiro grau no dorso. Após a queimadura os grupos foram divididos em três
subgrupos de 8 animais e avaliados nos dias 01, 07, e 21. Nos prazos determinados foi realizado
o sacrifício com posterior coleta de sangue realizando contagem total e diferencial de leucócitos
e retirada das biópsias pele, timo e baço para análise histológicas. Os resultados esperados
podem contribuir não só para a utilização do extrato de JC no tratamento queimaduras, mas
também como um melhor aproveitamento dos coprodutos de sua produção buscando
alternativas que não seja a queima.
Palavras-Chave: Jatropha curcas; Queimadura; Regeneração Tecidual; Biocombustíveis.
VII Workshop Nacional em Bioenergia
Salvador, BA, 21 e 22 de novembro de 2013
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28. PROCESSO DE ETERIFICAÇÃO DA GLICERINA BRUTA
Rosita Brasil Mayan Neta1, Fernanda Miranda Torres1, Otanéa Brito de Oliveira1, Érika Durão
Vieira1, Alexandre dos Santos Machado1*
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – Unidade Cetind
O objetivo deste trabalho foi desenvolver um processo de produção de éteres da glicerina utilizando
como matéria-prima a glicerina bruta, um subproduto do processo de produção de biodiesel. Estes
éteres possuem grande aplicabilidade como aditivos em combustíveis, em especial gasolina e
querosene e também são úteis para a indústria de cosméticos como agente umectante, dentre outras
aplicações. O processo proposto apresenta procedimento simplificado por ser conduzido em
condições operacionais brandas e utilizar substâncias adequadas de forma a se obter o produto final
com elevada pureza. Todos os processos propostos do estado da arte visando à conversão da
glicerina em compostos oxigenados para uso como aditivo de gasolina apresentam algum
inconveniente seja de ordem técnica, tais como baixa seletividade, uso de reagentes tóxicos,
condições drásticas de temperatura e pressão, ou econômicas, tais como catalisadores de alto custo e
necessidade de uso de glicerina com elevado grau de pureza. Em contraste, o processo desenvolvido
provê um processo simples, com o uso de agentes alquilantes e catalisadores de baixo custo, alta
disponibilidade no mercado e descarte seguro além de utilizar a glicerina bruta, uma matéria-prima
de baixíssimo custo, sem necessidade de purificação. O processo desenvolvido compreende uma
primeira etapa de reação da glicerina bruta com um agente alquilante na presença de um catalisador
inorgânico ácido, em condições brandas de temperatura e pressão, uma segunda etapa de separação
dos sais precipitados e uma terceira etapa de purificação dos éteres por meio de uma sequência de
operações unitárias. Os agentes alquilantes compreendem álcoois de baixo peso molecular de um a
quatro átomos de carbono. Os produtos de reação são éteres de glicerina que apresentam menor
ponto de ebulição, menor viscosidade e menor polaridade em relação ao glicerol. A formação destes
compostos ocasiona a formação de duas fases líquidas culminando também na precipitação de uma
quantidade significativa dos sais contaminantes da glicerina bruta. Os compostos oxigenados
formados são recuperados por meio de uma sequência de operações unitárias conhecidas da técnica,
iniciando-se, necessariamente, por uma operação de filtração para efetuar a remoção dos sais
precipitados seguida de evaporação, adsorção e/ou destilação, não necessariamente nesta ordem.
VII Workshop Nacional em Bioenergia
Salvador, BA, 21 e 22 de novembro de 2013
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29. EFEITOS INFLAMATÓRIOS PULMONARES E SISTÊMICOS DA QUEIMA DE
CANA DE AÇÚCAR EM RATOS WISTAR
Sarah Carvalho de Oliveira Nogueira 1; Januário Gomes Mourão e Lima2
1 Coordenadora do Instituto Nobre de Cardiologia (INCARDIO) e do Hospital Geral Cleriston
Andrade(HGCA) e professora da Faculdade Nobre de Feira de Santana; 2 Professor Titular do
mestrado em Bioenergia FTC/Salvador.
O atual cenário energético mundial é marcado por uma busca contínua de energias renováveis e de
medidas para conter o aquecimento global. O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e álcool,
possuindo aproximadamente sete milhões de hectares de área plantada de cana-de-açúcar. Com o
potencial energético vasto e diversificado o Brasil pode contribuir de maneira construtiva para
ambos estes processos. Em boa parte do Brasil e em especial no estado da Bahia, ainda é realizada a
colheita manual da cana de açucar e para isso sua queima prévia. Com isso, é lançada na atmosfera
uma produção assustadora de poluentes tóxicos, que acometem diretamente a saúde da população
exposta, penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias. Ainda
assim, os poluentes vão até a corrente sanguínea, causando complicações em diversos órgãos.
Levando em consideração a escassez de estudos correlacionando os efeitos da queima da cana de
açúcar, como também o comprometimento da população e a dimensão da população de risco, surge
o interesse pelo tema que tem como objetivo analisar os efeitos inflamatórios pulmonares e
sistêmicos ocasionados pela queima da cana de açúcar em ratos Wistar. Serão utilizados 40 ratos
wistar, machos, peso 250g a 300g divididos em quatro grupos, G1= 10 ratos controle, G2= 10 ratos
na residência dos moradores de Amélia Rodrigues. G3=10 ratos expostos nas residências de
moradores de Conceição do Jacuípe e G4= 10 ratos na residência de moradores no distrito de
Humildes. Esses animais ficarão sete dias consecutivos expostos a fumaça da queima da cana de
açúcar no município de Amélia Rodrigues e cidades circunvizinhas como Conceição do Jacuípe e
Distrito de Humildes. Posteriormente serão sacrificados com alta dose de Tiopental (i.p.); Após esse
procedimento, será realizado Lavado Broncoalveolar (BAL), coleta de sangue periférico e da
medula óssea. Além de realizar imunomarcações para IL-1 e TNF-a.
Palavras-chave: Energia renovável, cana de açúcar, fumaça, sistema respiratório, ratos Wistar.